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500 ANOS DE HISTORIA E GENEALOGIA DA PRESENCA BARBALHO NO BRASIL

December 4, 2016

500 ANOS DE HISTORIA E GENEALOGIA DA PRESENCA BARBALHO NO BRASIL

INDICE DO MEU BLOG
CONTEÚDO DESTE BLOG – ALL CONTENTS
01. GENEALOGIA
https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/as-mais-novas-aventuras-genealogicas/
https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/a-autobiografia-do-monsenhor-otacilio-augusto-de-sena-queiroz-e-outros-textos/
https://val51mabar.wordpress.com/2017/11/13/a-familia-de-manuel-rodrigues-coelho-em-resumo/
https://val51mabar.wordpress.com/2017/03/11/a-historia-e-a-familia-barbalho-coelho-andrade-na-historia/
https://val51mabar.wordpress.com/2016/12/04/500-anos-de-historia-e-genealogia-da-presenca-barbalho-no-brasil/
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https://val51mabar.wordpress.com/2016/03/25/os-rodrigues-coelho-e-andrade-do-carlos-drummond-em-minas-gerais/
https://val51mabar.wordpress.com/2015/05/10/nos-os-nobres-e-a-avo-do-juscelino-tambem-pode-ter-sido-barbalho-coelho/
https://val51mabar.wordpress.com/2015/03/07/algumas-notas-genealogicas-20142015/
https://val51mabar.wordpress.com/2015/07/22/um-nosso-lado-cristao-novo-e-talvez-outro-paulistano/
https://val51mabar.wordpress.com/2014/04/14/genealidade-e-genealogia-de-ary-barroso/
https://val51mabar.wordpress.com/2013/12/06/genealogias-de-familias-tradicionais-de-virginopolis/
https://val51mabar.wordpress.com/2013/05/30/barbalho-coelho-e-pimenta-no-site-www-ancestry-com/
https://val51mabar.wordpress.com/2012/09/11/barbalho-pimenta-e-talvez-coelho-descendentes-do-rei-d-dinis/
https://val51mabar.wordpress.com/2011/02/24/historico-do-povoamento-mineiro-genealogia-coelho-cidade-por-cidade/
https://val51mabar.wordpress.com/2012/07/02/familia-barbalho-coelho-no-livro-a-america-suicida/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/05/23/a-historia-da-familia-coelho-do-centro-nordeste-de-minas-gerais/
https://val51mabar.wordpress.com/2011/04/24/a-familia-coelho-no-livro-a-mata-do-pecanha/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/05/03/arvore-genealogica-da-familia-coelho-no-sitio-www-geneaminas-com-br/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/09/22/ascendencia-dos-ancestrais-jose-coelho-de-magalhaeseugenia-rodrigues-rocha-uma-saga-a-ser-desvendada/
https://val51mabar.wordpress.com/2013/01/17/a-heranca-furtado-de-mendonca-no-brasil/
02. PURA MISTURA
https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/mistura-que-se-mistura-da-bom-resultado/
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https://val51mabar.wordpress.com/2016/11/26/trumpando-o-eleitor/
https://val51mabar.wordpress.com/2016/06/08/conspiracoes-alienigenas-tesouros-desaparecidos-e-dominacao/
https://val51mabar.wordpress.com/2016/09/17/ridiculosamente-falando/
https://val51mabar.wordpress.com/2015/12/23/aliens-conspiracies-disappeared-treasures-and-dominance/
03. RELIGIAO
https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/que-a-paz-de-deus-seja-feita-em-todos-voces/
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https://val51mabar.wordpress.com/2011/01/28/o-livro-do-conhecimento-de-deus/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/01/22/carta-de-libertacao/
04. OPINIAO
https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/das-vezes-que-opinei-na-vida-e-nao-me-arrependo/
https://val51mabar.wordpress.com/2018/04/07/a-verdade-nao-se-trata-de-nenhuma-teoria-de-conspiracao/
https://val51mabar.wordpress.com/2014/06/08/a-iii-gm/
https://val51mabar.wordpress.com/2013/01/03/israel-as-diversas-verdades-e-o-padececer-da-palestina-e-outros-textos/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/06/26/faixa-de-gaza-o-travessao-nos-olhos-da-humanidade/
https://val51mabar.wordpress.com/2013/05/12/neste-mundo-so-nao-eh-gay-quem-nao-quizer/
05. MANIFESTO FEMININO
https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/pelo-tempo-que-me-ausentei-me-perdoem/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/07/21/13-estrelas-mulher/
06. MISTO
https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/ah-que-mistura-boa-gente/
https://val51mabar.wordpress.com/2016/08/20/minhas-postagens-mais-recentes-no-facebook/
https://val51mabar.wordpress.com/2014/06/08/a-iii-gm/
https://val51mabar.wordpress.com/2013/11/06/trilogia-de-variedades/
https://val51mabar.wordpress.com/2012/07/02/familia-barbalho-coelho-no-livro-a-america-suicida/
https://val51mabar.wordpress.com/2015/01/25/03-o-menino-que-gritava-lobo/
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07. POLITICA BRASILEIRA
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https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/se-nao-queria-que-isso-acontecesse-nao-deveria-ter-aceitado/
https://val51mabar.wordpress.com/2015/04/19/movimento-fora-dilma-fora-pt-que-osso-camarada/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/10/16/o-direcionamento-religioso-errado-nas-questoes-eleitorais-brasileiras/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/10/19/resposta-de-um-neobobo-ao-excelentissimo-sr-ex-presidente-fernando-henrique-cardoso/
https://val51mabar.wordpress.com/2011/08/01/miilor-melou-ou-melhor-fernandes/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/08/05/carta-ao-candidato-do-psol-plinio-de-arruda-sampaio/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/05/26/politica-futebol-musas-e-propaganda-eleitoral-antecipada-obama-grandes-corporacoes-e-imigracao/
08. IN ENGLISH
https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/space-until-to-the-end/
https://val51mabar.wordpress.com/2015/12/23/aliens-conspiracies-disappeared-treasures-and-dominance/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/06/02/the-nonsense-law/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/08/21/13-stars-woman/
https://val51mabar.wordpress.com/2011/10/05/the-suicidal-americaa-america-suicida/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/08/25/100-reasons-to-amnesty-the-undocumented-workers-in-united-states/
https://val51mabar.wordpress.com/2009/09/25/about-the-third-and-last-testament/
https://val51mabar.wordpress.com/2009/09/12/the-third-and-last-testament/
09. IMIGRACAO
https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/o-que-ha-de-novo-no-assunto-migracao/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/06/17/imigracao-sem-lenco-e-sem-documento-o-barril-transbordante-de-injusticas/

 

500 ANOS DE HISTORIA E GENEALOGIA DA PRESENCA BARBALHO NO BRASIL

 

Tenho planejado escrever uma grande obra a respeito da heranca genealogica portuguesa atraves do ponto de vista da minha propria genealogia. A Familia Barbalho entraria mais como referencia que propriamente como assunto unico.

Baseando-se por minha genealogia, a logica (nenhuma) em o sobrenome aparecer em minha assinatura nao explica nossa Historia. Da mesma forma que assino Barbalho, poderia ter outros sobrenomes tais como: Andrade, Monteiro, Bezerra, Tavares, Guardes, Mendonça, Furtado, Carneiro, Bravo, Gomes, Costa, Ramires, Pimenta, Carvalho, Moniz, sobretudo Coelho e, claro, uma infinidade de outros, conhecidos e desconhecidos. O fato foi que meus ancestrais “escolheram” e assim ficou.

Pela lógica que deveria ser seguida, segundo as tradicoes, ate onde sabemos deveriamos ter o apelido de Aguiar, pois, esse foi o apelido que usou o nosso heptavo Manoel de Aguiar, que foi marido da heptavo Maria da Costa Barbalho. No entanto, nossa linhagem masculina seguiu o lado feminino e nao o masculino como ensejava as mais “perfeitas” tradições machocentricas do seculo XVII.

Sao 16 geracoes assinando o apelido Barbalho. Mesmo quebrando a linhagem masculina em tres oportunidades. Sao 500 anos de Historia de Familia e do Brasil, com importantes extensões nas Historias de Portugal e Geral.

Sao elas representadas pelas pessoas: Braz foi o pai de Camila, a mae de Luiz, o pai de Jeronimo, o pai de Paschoa, a mae de Maria, a mae de Manoel, o pai de Jose, o pai de Francisco Marcal, o pai de Marcal, o pai de Trajano, o pai do dr. Odon. Esse foi meu pai e avo de meus filhos.

Os motivos para escrever sao diversos. Entre os quais, trata-se de uma das primeiras familias que foram colonizar o Brasil. Foi para la na pessoa de Braz Barbalho Feyo, junto com o donatário da Capitania de Pernambuco, Duarte Coelho.

Desde o inicio observa-se a formacao da familia atraves da uniao com diversos outros sobrenomes. Portanto, implica ai o que realmente uma família eh, embora erroneamente nos acostumamos a chamar família os apelidos separados, a verdade eh que familia eh a soma de todos os apelidos.

Outra razao importante eh estarmos nos aproximando de comemorações centenárias de diversos fatos que contribuiram para a Historia e Genealogia no Brasil. Ha que salientar-se aqui que se dará o V século do inicio da colonização oficial portuguesa no Brasil a partir de 2032.

Data que marca a fundacao da Villa de Sao Vicente, atualmente no Estado de Sao Paulo, pelo primeiro Governador Geral da nação, Martim Afonso de Sousa, o qual nos eh ancestral e, senão de todos, da maioria das famílias mais antigas brasileiras do Centro-Sul.

No passar das próximas décadas também teremos comemorações pelos centenários de diversas cidades brasileiras importantes. Esses serão os quintocentenarios de Olinda, Salvador, Rio de Janeiro, Niterói, Vitoria, Sao Cristóvão e outras.

Antes de 2032, em 2020, dar-se-a o inicio do capitulo da Historia conhecido como Invasões Holandesas. Essa data marca a tentativa falha da invasao da Bahia em 1620.

Em 2030 se darao os 400 anos de invasao da Capitania de Pernambuco. Onde realmente se inicia esse capitulo da Historia.

E nesse capitulo temos a participacao de todas as familias ja residentes no Brasil. Destaca-se, porem, a Familia Barbalho na pessoa de sua figura mais elevada que foi o governador Luiz Barbalho Bezerra, neto de Braz Barbalho Feyo. Ele, seus irmaos, filhos, sobrinhos e diversos associados dedicaram suas vidas ao combate ao invasor.

Luiz Barbalho foi o comandante de uma famosa retirada estrategica que vai do Rio Grande do Norte ate `a Bahia, `a testa de 1.000 comandados, em sertoes desconhecidos e sob a dominacao de inimigos. Ao chegar `a Bahia, reforça as defesas da Cidade de Sao Salvador, onde ajuda a repelir outra tentativa de invasao holandesa derrotando a esquadra do principe Mauricio de Nassau.

Nassau, entao, eh chamado de volta `a Europa e o dominio holandes comeca a perder o apoio que tinha, abrindo as portas para as batalhas da Guerra dos Guararapes que, enfim, 24 anos apos ao inicio das invasões, liberta do domínio.

Autores renomados apontam essa data como sendo o inicio do surgimento do nativismo brasileiro que mais tarde leva ao nacionalismo e `a Independencia do Brasil e emancipação de Portugal (1822).

Simultaneamente `a expulsão dos holandeses, em 1640, se da a Guerra da Restauracao. Na qual se destaca tambem o filho de Luiz, Agostinho Barbalho Bezerra. Esse luta contra os piratas que infestavam as costas brasileiras, e contra os espanhois nos Acores e na Praça de Elvas.

Agostinho retorna ao Brasil em 1644, em razao do falecimento do pai que entao havia sido nomeado governador do Brasil do Sul e falecido no cargo, em 1644, com sede administrativa na Cidade do Rio de Janeiro.

Ao final de 1660 e inicio de 1661 da-se o capitulo da Historia do Rio de Janeiro conhecido como “A Revolta da Cachaca”. Esta eh chefiada a partir da Ponta do Bravo, onde se localizava a fazenda de Jeronimo Barbalho Bezerra, irmao do Agostinho. A revolta se deu contra os desmandos do governador Salvador Correia de Sa e Benevides.

Os revoltosos indicaram Agostinho para substituir o governador mas logo depois desconfiaram que estivesse servindo aos interesses do governador deposto.

Jeronimo assume o lugar. Logo sera deposto pelas forcas de Sa e Benevides. Foi enforcado, esquartejado e seus membros foram espalhados pelas praças para manter a populacao sob terror e quieta.

Apos julgamento e absolvição dos revoltosos, Sa e Benevides foi condenado pelo crime de executar um heroi de guerra. Alem de outras impropriedades que os revoltosos o acusavam.

Absolvido, Agostinho foi agraciado com o cargo de “Cacador das Esmeraldas” e com a Capitania Hereditaria da Ilha de Santa Catarina. Faleceu por volta de 1667 apos contrair uma doenca palustre oriunda do Vale do Rio Doce, onde fazia expedicao exploratoria. Por nao assumir a Capitania a concessao se esgotou. E o cargo de “Cacador das Esmeraldas” foi passado para o grande bandeirante Fernao Dias Paes.

A familia Barbalho, entao radicada em Pernambuco, distribui-se pelos estados da Bahia, Pernambuco, Paraiba, Sergipe e Rio de Janeiro. Desses ira passar a outros tais como Minas Gerais, a partir do inicio do Ciclo do Ouro, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. E os membros da familia continuaram fazendo parte da governanca do Brasil durante os periodos que se seguem.

Atualmente o sobrenome Barbalho eh um dos mais difundidos no Brasil, embora, pareca que a maioria absoluta se concentre ainda no Nordeste do pais. Mas a verdade eh que o sangue esta embutido em quase todas as familias brasileiras por causa da passagem de geracoes e da eliminacao do sobrenome.

Muitos vultos da Historia passada e personalidades da atualidade tem o sobrenome entre seus ancestrais. E penso que seria interessante que, atraves de um exemplo, as pessoas pudessem enxergar a verdade genealogica de seus proprios apelidos.

Erroneamente, principalmente no caso dos brasileiros, deu-se ênfase aos estudos genealogicos no passado a apelidos a partir de algum recem-chegado europeu. Isso, quando chegaram apos, talvez, seculos de inicio da colonizacao. Porem, para que se multiplicasse houve a necessidade do entrelace com familias ja constituidas e comumente chamadas de “nobres da terra”.

Um exemplo claro desse fato foi a Familia Coelho do Centro-Nordeste de Minas Gerais. Por ter tido como multiplicador da presenca do sobrenome, o portugues Jose Coelho de Magalhaes, mais provavelmente o pai dele que possivelmente sera outro portugues, Manuel Rodrigues Coelho, foi considerado pelos membros mais antigos da familia como a raiz mais importante, a partir do qual as lembranças e estudos se deram.

Mas dando-se prosseguimento `a genealogia de seus filhos, estamos próximos de desvendar que por via materna eram Rodrigues, Magalhaes, Barbalho, Rocha e Nicatisi. Ha apenas que encontrar-se os vinculos e determinar em qual altura da linhagem acima mencionada se encaixa também o ramo Barbalho.

Os “nobres da terra” na verdade, foram os descendentes da alta nobreza mais antiga. Possuiam os mesmos ancestrais que deram carater `a alta nobreza em suas epocas.

A diferenca se dava a partir de que os ancestrais mais proximos dos senhores de alta nobreza haviam continuado ocupando cargos chaves na administração na metropole. E por nao existirem cargos para que todos os descendentes os ocupassem, os destituidos dos privilegios de nobreza passaram para a classificacao de baixa nobreza.

Mas isso foi esquecido. E atualmente somos todos da mesma procedência, uma mesma família com diversos apelidos, que nos diferenciam apenas no exterior.

Torna-se claro, porem, que para o meu plano concretizar-se, ou seja, escrever o livro antes das datas que se aproximam rapidamente, precisaria dedicar-me em tempo integral ao projeto.

Infelizmente, nao tenho fundos financeiros para desenvolve-lo. Ficaria dependente da oferta por parte de patrocinadores que mantivessem um salario para ajudar no sustento de meus filhos, o meu proprio e buscas no Brasil.

O projeto abrangeria principalmente a localização dos vinculos entre diversos assinantes do sobrenome que chegam a Minas Gerais `a epoca do Ciclo do Ouro. Eles se instalam principalmente em torno das antigas capitais: Mariana e Ouro Preto.

Mas a descendencia desaparece das anotações, penso eu, por terem se mudado para a região mais ao Norte, dominio da antiga Villa do Principe, atual Serro.

Um tempo atras, a Igreja dos Santos dos Ultimos Dias, tambem conhecida como Mormon, deu-se ao trabalho de fotografar documentos antigos de todo o mundo. A ela foi dado acesso a diversos arquivos no Estado de Minas Gerais. A documentação copiada esta reunida no site denominado FamilySearch.

Mas por causa do pensamento ultra-conservador, o entao bispo da Arquidiocese de Diamantina, D. Geraldo Proenca Sigaud, proibiu que o trabalho fosse feito em seus dominios porque o estava sendo feito por outra religiao.

Infelizmente, no Brasil nao se agiu ainda como Portugal onde os Arquivos Distritais reunem a documentacao antiga de grandes areas demarcadas. Os arquivos em Minas Gerais, quando existem, sao localizados. No caso dos documentos eclesiásticos, a regiao dominada pela Diocese de Diamantina era imensa. Mais extensa que Portugal inteiro.

Com essa negativa, D. Sigaud nos negou o privilegio de fazer nossas pesquisas em nossos próprios lares. E tornou dificultoso o trabalho para todos, pois, desde o periodo colonial nossos familiares procedem de outras partes do Estado (Distrito) ou de Portugal e sua descendencia desaparece no antigo territorio da Diocese.

Uma parte reaparece quando retorna a residir em areas que os arquivos estao expostos. Mas como as familias moviam em todas as direcoes do compasso a cada geracao, somente o trabalho de campo pode revelar-lhes os segredos.

Outra parte do projeto seria justamente a aquisição e estudo das muitas obras genealogicas ja existentes. Isso para determinar os vinculos que ja existiram no passado com o apelido Barbalho. No projeto, os livros seriam indicados a partir de que se encontrem em raizes comuns, para facilitar as pesquisas de futuros estudiosos.

Acredito que seria possivel enveredarmos na genealogia de todo o Brasil e, atualmente, do mundo, atraves desse metodo. Isso porque a populacao colonial a principio se manteve nas costas brasileiras. Durante o Ciclo do Ouro mudou-se para Minas Gerais, chegando o Estado a possuir 20% do total da populacao brasileira em seu primeiro censo populacional, em 1872.

A partir de entao, a descendencia da antiga populacao de Minas Gerais ajudou a povoar todo o pais.

Atualmente o Ministerio do Exterior brasileiro divulga que existem 1.2 milhoes de brasileiros residindo nos Estados Unidos. O numero que devera estar residindo em Portugal e no restante da Europa deve ser superior.

Em boa parte, essa populacao imigrante tem como base genealogica justamente a regiao da Cidade de Governador Valadares, Minas Gerais. Na verdade, sao imigrantes intermediarios, pois, nasceram em grande parte em outros municipios da regiao do Centro-Nordeste de Minas Gerais, mudaram-se para Governador Valadares e de la partiram para o mundo. Quando nao sairam diretamente dos outros municipios da regiao.

Portanto, o estudo da genealogia ao qual proponho ja tera uma clientela de interesse no futuro, quando a descendencia dessa populacao permanecer nos paises para os quais migrou e a descendência desejar relembrar seus ancestrais. A exemplo de nos brasileiros atualmente buscarmos em Portugal a fonte de nossas raizes.

Nos custos do patrocinio de tal pesquisa ha que considerar-se tambem a parte que cabera `a publicacao. Mas planejo abrir espacos comerciais onde muitos dos atuais descendentes da família tem projecao empresarial, portanto, a publicação de suas propagandas revelaria a alma no negocio.

Penso que uma obra dessa natureza tornar-se-ia marcante e com provável sucesso garantido, pois, ela falaria com intimidade `as pessoas, das pessoas e para as pessoas.

O interesse devera ser desperto a principio nas pessoas que ja sao parte da descendencia mas a cada nova geracao essa descendencia casar-se com membros da propria familia ou com de outras familias, dando-se a junção e multiplicação.

Caso nao encontre o patrocinio desejado, continuarei o que venho fazendo mesmo sem os recursos. Embora isso vira a resultar em nao conseguir realizar todo o projeto e muito menos a tempo de fazermos as comemoracoes planejadas, transferindo-as para o proximo seculo quando, talvez, nossos descendentes se interessarem mais pelo assunto.

Gostaria de lancar a ideia aqui de as pessoas que buscam suas genealogias e encontrarem vinculos com a familia deixarem registrados tais vinculos que posteriormente poderao ser incluidos na obra.

Tambem gostaria do alerta dos amigos para obras ja publicadas ou por ser publicadas que contenham tais vinculos.

Para facilitar aos que estao procurando pelo sobrenome Barbalho, sugiro que busquem na internet:

01. http://objdigital.bn.br/acervo_digital/anais/anais_047_1925.pdf

Contem o “Nobiliarchia Pernambucana”, de Borges da Fonseca. O titulo “Barbalhos” esta na pagina 139. Esse da apenas um inicio pequeno aos primeiros Barbalho no Brasil. `A pagina 35, temos os “Bezerra Felpa de Barbuda” cujo conteúdo eh mais abrangente. Mostra-se ali como formou-se a assinatura “Barbalho Bezerra”, que tornar-se-a a fonte do Barbalho do Centro-Sul do Brasil `a epoca colonial.

A partir da pagina 382 apresentam-se alguns “Appendix”. O segundo, a partir da pagina 384, temos uma quase repeticao do “Titulo dos Barbalho” com acréscimos muito interessantes. De grande interesse se encontra a descendencia que recebeu o sobrenome “Barbalho Uchoa” que mais tarde figurara durante o Imperio Brasileiro.

Existem discrepancias na obra de Borges da Fonseca. Ele afirma que o Jeronimo Barbalho Bezerra que foi “degolado” no Rio de Janeiro era filho do Filippe Barbalho Bezerra, irmao do governador Luiz Barbalho Bezerra. Mas nas obras do Rio de Janeiro consta que fosse filho do proprio Luiz.

Outro detalhe foi o dizer que Antonio Barbalho Bezerra seria filho do Filippe em contraste aos dados do Rio de Janeiro. Haviam dois com o mesmo nome. Mas apenas um deles foi o segundo senhor do “Morgado de Sao Salvador do Mundo”, da Paraiba. Pelas obras nao pude definir com absoluta certeza qual sera.

Borges da Fonseca afirma que Luiz Barbalho Bezerra e dona Maria Furtado de Mendonca foram pais de 10 filhos. Mas ate o momento encontrei apenas 9. Existe uma Celia Carreiro mencionada por alguns como filha dele, mas não tive confirmação.

02. Revista Trimestral do Instituto Historico e Geographico Brazileiro”, 1889.

Essa revista pode ser encontrada no site “Google Livros”. Sao dois volumes na publicacao.

No primeiro, `a pagina 310, temos o titulo “Barbalhos”. Essa conta parte da Historia da familia, sobretudo refere-se `a presenca do governador Luiz Barbalho e seus familiares na Bahia.

A partir da pagina 308 ha o titulo “Negreiros de Sergipe do Conde” onde se descreve as descendencias de dona Cosma Barbalho Bezerra e Guilherme Barbalho Bezerra, filhos do Luiz Barbalho e Maria Furtado, que se casaram nessa familia.

`A pagina 313 descreve-se o titulo “Ferreiras e Souzas” onde a filha Antonia Barbalho Bezerra se casa com Antonio Pereira (Ferreira) de Souza ( pag. 314). Deles foi filha dona Ignez Thereza Barbalho Bezerra, que se casara com o cel. Egas Moniz Barreto, e deles descendera diversas casas de nobreza do Imperio Brasileiro.

03. http://www.historia.uff.br/stricto/teses/Dissert-2003_CAETANO_Antonio_Filipe_Pereira-S.pdf

Interessante obra do professor Antonio Filipe Pereira Caetano a respeito da Revolta da Cachaca. Boa obra para diversificar nosso conhecimento.

De interesse genealogico temos o capitulo: “Os Honoratiores Goncalenses, A Familia Barbalho”, a partir da pagina 187.

Ali temos a descricao da familia do governador Luiz Barbalho Bezerra. Como na obra baiana fala-se em 6 filhos do casal. Porem, 3 sao diferentes em cada uma. A soma dos que sobram resulta em 9.

Os estudos do professor Antonio Filipe baseiam-se na obra de Rheingantz. Possivelmente deve conter apenas parte da familia que residiu no Rio de Janeiro, omitindo a existencia de 3 dos filhos que foram: Antonia, Cosma e Fernão.

Mas também esclarece outra disputa ja que o nome do pai do governador Luiz tem outras versões como: Antonio, em Borges da Fonseca; Fernão em outros e, atualmente, o mais aceito, Guilherme Bezerra Felpa de Barbuda.

O que deve estar mais correto ja que os nomes dos filhos parece obedecer a homenagem aos ancestrais e o primeiro filho chamava-se Guilherme. Natural que fosse o nome do avo.

04. Pode-se encontrar também na internet diversas ligações com o nosso tronco familiar. Entre eles pode-se citar:

a. http://mitoblogos.blogspot.com/2010/08/genealogia-520-um-ramo-barbalho-bezerra.html

Esse ramo vai do Rio de Janeiro a Jose Bezerra Barbalho. Pode-se acompanhar também a descendência dele via:

b. https://www.wikitree.com/wiki/Bezerra-16

Observa-se que ele foi pai de dona Maria Nicolacia da Conceição Bezerra que foi, via casamento, baronesa de Cacequi.

O marido, Frederico Augusto de Mesquita, Barao de Cacequi, foi heroi da Guerra do Paraguai junto com filhos: Marechal, Carlos Frederico de Mesquita, ten.cel. Joao Frederico de Mesquita e cap. Eurico Augusto de Mesquita. Os filhos desempenharam papel importante na Proclamação da Republica.

Diversos outros sites oferecem janelas para a genealogia da Familia Barbalho e suas agregadas.

Ha um site mineiro onde constam meus parentes próximos:

c. http://www.geneaminas.com.br

Ai nesse site ha possivelmente algo profundo a ser corrigido. Todos os genealogistas cometem enganos. E o professor Dermeval Jose Pimenta nao foi exceção. Boa parte dos dados da Familia Pimenta/Vaz Barbalho procede do livro dele: “A MATA DO PECANHA, SUA HISTORIA E SUA GENTE”.

E `a altura dos heptavos (da minha geração) Manoel Vaz Barbalho e Josepha Pimenta de Souza ele identificou como pai dela a Belchior Pimenta de Carvalho, o que parece estar correto. Mas podera ter se enganado quanto `a identificacao dos avos: Belchior Pimenta de Carvalho e Maria de Andrade.

Segundo o confrade Lenio Richa, ele teria sido filho de Joao Pimenta de Carvalho e Maria Machado.

Na verdade, as duas linhagens encontrar-se-ao em ancestrais comuns, procedentes de Portugal, que foram: Gonçalo Pimenta de Carvalho e Maria Jacome de Mello.
Eles foram pais tanto do capitao Manoel quanto do capitao-mor Joao Pimenta de Carvalho. O que muda serao as linhagens dos conjuges das descendencias deles.

Ainda estou tentando identificar qual das duas linhagens sera a correta. Ambos casar-se-ao com descendentes dos reis portugueses. O que eles proprios ja deveriam ser. A diferenca sera apenas os caminhos pelos quais passam essas descendencias que nao as deles.

Tambem suponho que Gonçalo Pimenta de Carvalho tenha sido descendentes de D. Gonçalo Pimenta Telles de Avelar. O ultimo mestre da Ordem do Hospital independente. Apos ele o cargo passou a ser automaticamente passado a membros da familia real portuguesa.

Meu blog também esta disponível com uma gama boa de detalhes do ponto onde ja se encontram as pesquisas:

d. https://val51mabar.wordpress.com/

e. http://engenhosdepernambuco.blogspot.com/p/engenhos-com-letra.html

Apenas por curiosidade, pode-se explorar um pouco de genealogia atraves desse site. Ai temos os engenhos de Pernambuco e seus senhores. Estao expostos em diversas paginas e organizados por ordem alfabetica.

E na letra B temos o Barbalho/Cabo de Santo Agostinho. Onde se fala que pertenceu a Braz Barbalho Feyo (Fero).

Na letra M temos o Monteiro ou Sao Pantaleão. Ha fontes dizendo que foi fundado por Pantaleão Monteiro, que foi pai de Maria Araujo. Ela foi a esposa de Antonio Bezerra Felpa de Barbuda, que foi o pai do Guilherme Bezerra Felpa de Barbuda, marido de Camila Barbalho e foram os pais de governador Luiz Barbalho Bezerra.

Na letra S encontra-se o Sao Paulo da Varzea do Capibaribe. Ali no site afirma que pertenceu a Braz Barbalho Feyo tambem. Mas um de seus senhores foi o governador Luiz Barbalho Bezerra.

f. http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=188&cat=Ensaios

Nessa postagem encontramos os antepassados do compositor Chico Buarque de Holanda e, entre eles, os que tambem sao nossos. Se comecar-se a verificar a partir da 13a. geracao, numeros 19.386 a 19.391, podemos identificar nomes mencionados acima.

g. https://familysearch.org/photos/artifacts/9868721

Mais uma curiosidade. Aqui temos em particular alguns descendentes do Jeronimo Moniz Barreto, cujo bisneto Egas Moniz Barreto de Menezes casou-se com dona Ines Tereza Barbalho Bezerra. Como ja dissemos, ela foi filha de dona Antonia e Antonio Ferreira de Souza, ela, filha do governador Luiz Barbalho e sua esposa Maria Furtado.

h. http://www.genealogiabrasileira.com/titulos_perdidos/cantagalo_ptregos.htm

Nessa pagina, a partir do terco inferior, encontramos um pouco da descendencia de dona Madalena de Campos que foi esposa do Jose da Costa Barbalho, irmão de nossa ancestral Maria da Costa Barbalho.

O confrade Lenio Richa acrescentou ao final da pagina alguns dados vitais dos filhos de nossos ancestrais, Luiz Barbalho e Maria Furtado.

i. https://www.scribd.com/doc/45971157/Sinopse-dos-Inventarios-e-Testamentos-de-Porto-Alegre-RS-1776-1852

Esse endereço contem resumos genealógicos tirados dos Inventários e Testamentos de Porto Alegre entre os anos de 1776 a 1852.

`A pagina 12 mostra-se alguns dados da família do cirurgião-mor Polycarpo Jose Barbalho. `A pagina 33 encontra-se os dados post mortem da dona Bernarda Maria de Azevedo, que foi a viuva dele.

Nem todos os dados estão nas duas paginas.

No site Family Search encontram-se os batismos dos filhos: Umbelino, Anna, Possidônio, Julio, Candida, Eugenia e Manoel, por ordem de nascimentos. Alem disso tem o registro de casamento da Josepha e Jose Peixoto de Miranda.

Relaciono também aqui alguns nomes de famosos que fizeram parte da Família Barbalho.

01. senhor de engenho, Braz Barbalho Feyo
02. governador, Luiz Barbalho Bezerra
03. governador, Agostinho Barbalho Bezerra
04. governador, Jeronymo Barbalho Bezerra
05. Barão, Luis Barbalho Muniz Fiúza Barreto de Meneses
06. Capitão-mor, alferes Gonçalo da Costa Barbalho
07. Inconfidente, Jose Joaquim Maia e Barbalho
08. Barao de Itapororoca, Jose Joaquim Moniz Barreto de Aragao de Sousa e Menezes
09. Barao de Paraguassu, Salvador Moniz Barreto de Aragao de Sousa e Menezes
10. 2a. Baronesa de Rio de Contas, Maria Amalia Ferrao Moniz Barreto Aragao
11. Baronesa de Matuim, Emilia Augusta Ferrao Moniz de Aragao
12. Baronesa de Alenquer, Francisca de Assis Viana Moniz Bandeira
13. 3o. Barao de Sao Francisco, Antonio Araujo de Aragao Bulcao.
14. cirurgião-mor da Vila de Porto Alegre, Polycarpo Joseph Barbalho
15. capitão, Jose Vaz Barbalho
16. padre, Policarpo Jose Barbalho
17. capitão-cirurgiao, Modesto Jose Barbalho Junior
18. juiz de paz em Sabinopolis, Jose Vaz Barbalho
19. juiz de paz em Pecanha, Cirino Jose Barbalho
20. capitão, Francisco Marçal Barbalho

Outros nao assinam mas são igualmente Barbalho. Exemplos significantes são:

01. compositor, Francisco (Chico) Buarque de Holanda
02. presidente, Juscelino de Oliveira Kubitschek
03. Juiz e deputado, dr. Antonio Rodrigues Coelho Junior (dr. Coelho)
04. Ministro do Trabalho, dr. Alírio de Sales Coelho
05. Bispo, D. Manoel Nunes Coelho
06. Genealogista, Dr. Nelson Coelho de Senna
07. Genealogista, Dr. Dermeval Jose Pimenta
08. compositor, Fernando Brant
09. fundador do Hospital Sao Lucas, Dr. Rui Pimenta Filho
10. Reitor da UEMG, professor Aluisio Pimenta
11. jornalista, Francisco Coelho Sobrinho
12. Baronesa de Cacequi, Maria Nicolacia da Conceição Bezerra
13. pioneiro, Sinval Rodrigues Coelho
14. pioneiro, Gil de Magalhães Pacheco
15. pioneiro, Odilon de Magalhães Barbalho
16. dona Yolanda Consuelo de Senna, esposa do dr. Marcelo Silviano Brandao

Atuais membros da familia Barbalho que assinam ou não:

01. escritora, Paula Pimenta
02. presidente do Cruzeiro Esporte Clube, duas vezes campeão brasileiro, Dr. Gilvan de Pinho Tavares
03. jogador, Leandro Almeida (com passe preso ao Palmeiras, campeão de 2016)
04. Roberto Brant, ministro da Previdencia Social na administracao FHC.
05. deputado federal, Jose Bonifácio Barroso Mourão.
06. empresario, Alexandre Cafe Birman
07. modelo, Camila Figueiredo Coelho
08. atriz, Marcela Pereira Coelho
09. ator, Lucio Mauro Barbalho (e filho)
10. governador, Jader Barbalho
11. Dr. Carlucio Rodrigues Campos Coelho, advogado do trabalho
12. Dr. Bernardo Lemos Ferreira, pesquisador da Harvard
13. Dr. Virgilio Jose Coelho, pesquisador da UFMG
14. Dr. Demostenes Jose Coelho, professor da Universidade de Diamantina
15. Dra. Maria Silvia Nunes Coelho, doutora em periodontia
16. Dr. Matosinhos de Souza Figueiredo, professor da UFV, MG
17. Dr. Odon Jose de Magalhaes Barbalho, BC
18. atleta olimpico, Raul Bernardo Nelson de Senna Neto
19. musico, Taique Coelho
20. Juiz de direito, dr. Jose Geraldo Braga
21. jornalista, Carlos de Magalhaes Barbalho
22. jornalista e genealogista, Ormuz Barbalho Simonetti
23. Theodoro Hungria da Silva Machado, marido da princesa do Brasil, D. Maria Gabriela de Orleans e Braganca
24. Sylvia Amelia Hungria da Silva Machado, esposa do principe de Orleans e Braganca, D. Afonso Duarte.
25. ativista da paz, Joaquim Candido da Silva
26. ativista social, Anibal Rodrigues Coelho
27. modelo, Victoria Dreesmann

28. empresario das Confeccoes Babita, Laureano Fernandes Soalheiro

29. cineasta, Flavia Barbalho Paulino

30. cineasta professor na UFMG, Savio Leite

31. atriz, Ohana Marra (participou do concurso para dancarina para o programa Domingao do Faustao, em 2015/16)

Encerro essa lista por aqui porque quanto mais nomes acrescento menos justa ela me parece ser com tantos outros que sei fazer parte. Enfim, a lista tem o objetivo único de despertar o interesse de alguns curiosos. Em meu caso, todos que participam me são igualmente caros.

Ha outros pontos interessantes a apontar em relação `a genealogia. Um deles eh o fato de os sobrenomes de família fazerem parte de heranças genéticas.

Uma bem interessante vem ja do inicio de nossa linhagem. Braz Barbalho Feyo foi marido de Maria Tavares de Guardes. Ela filha dos nobres Francisco Carvalho de Andrade e dona Maria Tavares de Guardes.

Maria, a filha, teve por irma `a dona Ines Tavares de Guardes que foi a esposa de Joao Velho Paes Barreto, o instituidor do Morgado do Cabo, em Pernambuco. Foi um dos homens mais ricos da Capitania e do Imperio Portugues.

Portanto, nos nos encontramos na mesma ascendência dos Carvalho de Andrade e Tavares de Guardes. Quem descender dessa linhagem tera obrigatoriamente pelo menos esse vinculo genético conosco. Mas como o espaço de tempo entre nos eh relativamente longo, espera-se que haverão outros vínculos alem desse.

Isso quer dizer que devemos descender mais de uma vez dos mesmos ancestrais, alem de descender de outros ancestrais que serão comuns a outras pessoas atuais.

Um outro exemplo nessa linha de pensamento vem de dona Isabel Pedrosa. Ela foi a esposa do Jeronymo Barbalho Bezerra, os nossos nonavos. Isabel foi filha de Joao do Couto Carnide e Cordula Gomes.

Cordula Gomes foi filha dos cristãos-novos Miguel Gomes Bravo e Isabel Pedrosa de Gouveia, a poderosa (foi chamada assim por ter falecido centenária, idade semelhante a que a neta também atingiu).

Interessante aqui esta no fato de o casal ter sido pais também de dona Antonia Pedroso de Gouveia, que foi esposa de Belchior de Azeredo, um dos filhos de Marcos de Azeredo, um importante bandeirante da era colonial brasileira. Vide a pagina:

http://www.genealogiabrasileira.com/titulos_perdidos/cantagalo_ptazercout.htm

Dele descendem os Azeredo Coutinho que desempenharão importante papel no Rio de Janeiro e outros destinos brasileiros.

Sendo esses dois exemplos ja tao significantes, imagine-se outros milhares que se dao nas raízes de todas as famílias brasileiras quinhentonas.

No proximo endereço abaixo, basta ir ao ultimo parágrafo da quinta pagina deste trabalho. Ali ira verificar-se que o nome do ancestral Miguel Gomes Bravo se encontra na lista dos ancestrais da linhagem genealógica descrita.

E na penultima pagina ha uma descrição genealógica mostrando descendentes nobiliárquicos dele. Note-se que nesse caso talvez os nobres não serão membros da Família Barbalho, porem, serão tao Gomes Bravo Pedrosa de Gouveia quanto nos que descendemos, pelo menos, do casal: Jeronymo Barbalho Bezerra e Isabel Pedrosa.

http://www.cbg.org.br/baixar/algumas_notas.pdf.

Ha, ainda, outros detalhes colaterais em todas as genealogias.

Teria ainda que pesquisar melhor, porem, sabemos que nossos familiares em Minas Gerais possuem vínculos parentais com pessoas da alta nobreza. Entre eles pode-se citar:

01. Barao do Serro. Diversos ramos da descendencia Barbalho descendem também dos Ferreira Rabello, o mesmo que aparece no sobrenome do barão Jose Joaquim Ferreira Rabello.

02. Barão de Alfie. O Andrade do barão Joaquim Carlos da Cunha Andrade também aparece na descendência dos Barbalho que habitavam o mesmo nicho ecológico, ou seja, região entre Santa Barbara, Alfie, Itabira, Ferros e outras. O barão foi tio-bisavo do poeta Carlos Drummond de Andrade.

03. Barão de Cocais. O barão Jose Feliciano Pinto Coelho da Cunha deixou uma família extra-conjugal que ao multiplicar-se misturou-se com a descendência Barbalho no Município de Virginópolis, MG, e região. Essa descendência tinha o sobrenome Furtado Leite. Hoje prevalece o Leite isolado.

04. Barão de Sao Mateus. Segundo o professor Dermeval Jose Pimenta tal cargo foi solicitado para seu tio Modesto Jose Pimenta, porem, o imperador Pedro II nao o confirmou. A familia Pimenta descende do casal Manoel Vaz Barbalho e Josepha Pimenta de Souza e a ela foi dada a preferencia do apelido materno.

05. Barão e Visconde de Itaúna. Esse foi o dr. Candido Borges Monteiro, medico particular da familia imperial brasileira, nomeado governador da Provincia de Sao Paulo, destacou-se como cirurgião e professor de medicina.

Outro que talvez nao tenha ascendência Barbalho, porem, muitos Barbalho tiveram uma relação parental próxima com ele.

Segundo a genealogista Anamaria Nunes Vieira Ferreira ela tem razoes para crer que ele foi bisneto de Caetano Borges e Joanna Monteiro. O mesmo casal foi, na Municipalidade de Seia, Distrito de Guarda, pais de Antonio Borges Monteiro (sr. Monteiro).

Vide: http://nobiliarquia.blogspot.com/2008/11/cndido-borges-monteiro.html

Esse Antonio transferiu-se para a Villa do Principe (atual Serro) deixando grande descendencia. Entre eles se encontrou o filho Antonio Junior (Borginha), que ajudou a fundar o Arraial de Sao Sebastião dos Correntes, atual Sabinopolis.

Borginha foi pai de dona Maria Balbina de Santana, que desposou Boaventura Jose Pimenta, neto materno de Manoel Vaz Barbalho e Josepha Pimenta de Souza, cuja familia foi descrita pelo professor Dermeval Jose Pimenta.

Por outra via, o sr. Monteiro enviou dois de seus filhos ainda muito jovens para serem educados no Rio de Janeiro. Foram Umbelino e Isidro Borges Monteiro, os quais deixaram grande descendência em Iguaçu e na capital.

Entre os atuais descendentes ha o Eduardo Pellew Wilson, 2o. Conde de Wilson.

Entre os irmãos do dr. Cândido Borges Monteiro, dona Ilydia Maria Candida Borges Monteiro tornou-se, via casamento, Baronesa da Lagoa.

Outras familias importantes também fazem imbrincacoes com a Família Barbalho. Entre as quais a do capitão Joaquim Alvares Barroso. Português de nascimento, casou-se no Serro por volta de 1815. Nas freguesias daquela importante villa (antiga Villa do Principe) ja se encontravam os Barbalho ha cerca de 100 anos atras.

O capitão Joaquim compartilha com outros de nossos ancestrais a primazia da fundação do Arraial de Sao Sebastião dos Correntes. Muitos da atual descendência Barroso compartilham a genética Barbalho.

Foi em homenagem a Sabino Alves Barroso que o antigo arraial veio a ser chamado pelo nome de Cidade de Sabinopolis. Sabino era neto do capitão Joaquim e foi irmão do Joao Evangelista Barroso, pai do grande compositor Ary Evangelista Barroso. Sabino Barroso foi politico importante em Minas Gerais.

Enfim, o trabalho de juntar tudo isso em apenas uma obra não seria pouco e precisaria da dedicação integral. Somente no mergulho nos arquivos que existem no Colégio Brasileiro de Genealogia, RJ, deverão ser necessários meses, senão mais de ano.

Pesquisas nos arquivos das cidades históricas de Minas Gerais seriam imprescindíveis.

Obviamente, pretendo fazer as verificações das interligações do ramo do Centro-Sul Brasileiro com o Nordeste-Norte. Para isso terei que verificar as obras de estudiosos como Antonio de Araújo de Aragão Bulcão que, pelo sobrenome, imagino haver a possibilidade de também ser Barbalho.

Precisarei consultar também ao confrade Ormuz Barbalho Simonetti a respeito dos familiares dele.

Claro, o objetivo seria levar as linhagens pelo menos ate ao inicio do século XX, pois, de então para ca as pessoas que vivem atualmente poderiam identificar seus ancestrais.

Algumas pessoas, mais leigas que eu, costumam duvidar desses meus escritos por pensar que estou querendo “puxar a sardinha para a minha brasa”, como se eu quisesse dizer que sou mais que quaisquer outras pessoas.

Refiro-me a isso apenas para alertar a esses e outros. Na verdade eh justamente em razão do contrario que gostaria de produzir essa nova obra. Não se trata de dizer que eu sou e os outros não.

O que parece magica eh apenas matemática aplicada `a genealogia. Se eu tivesse fontes suficientes para acompanhar a genealogia de meus outros ancestrais como os casais Francisco Carvalho de Andrade e Maria Tavares de Guardes; Antonio Bezerra Felpa de Barbuda e Maria de Araujo ou Pantaleão Monteiro e Brasia de Araujo acabaria apenas ampliando ainda mais o conhecimento que ja temos.

E se tomarmos outros casais da mesma época que não temos o conhecimento ser nossos ancestrais, mas o serão das pessoas que duvidam de mim, muito provavelmente eles serão ascendentes da maioria das pessoas que vivem atualmente no Brasil e de um contingente considerável daquelas que vivem no exterior.

Do que ja sabemos, retornando pouca coisa antes, aos ancestrais desses nossos ancestrais, podemos citar o rei de Portugal D. Afonso I. Ele aparece como ancestral de, pelo menos, 75% dos presidentes dos Estados Unidos. E eh ascendente de uma parte considerável da população brasileira.

O fato eh esse, matematicamente falando, quando estudamos a Historia do passado não tao remoto, estamos na verdade estudando a Historia de Nossos Ancestrais, obrigatoriamente.

E se estivermos estudando a Historia Contemporânea, estaremos estudando os feitos de descendentes de nossos ancestrais, ou seja, no mínimo, feitos de nossos primos.

O que as pessoas que duvidam precisam fazer eh apenas por mãos `a obra e testarem por si próprias, buscando dados para formarem suas próprias genealogias. Duvidar sem saber eh fácil. Fazer da mesmo trabalho, porem, o fazer tira nossas duvidas!

Aguardo respostas. Atenciosamente,

Valquirio de Magalhães Barbalho.

 

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OS CAPITULOS ABAIXO FORAM POSTADOS ANTERIORMENTE EM OUTRA PAGINA DESSE BLOG. RESOLVI REPETI-LOS AQUI POIS DAO NOTICIAS DA CONTINUIDADE DE NOSSAS PESQUISAS. COMO OS CAPITULOS ESTAO DIRETAMENTE LIGADOS A FAMILIA BARBALHO, RESOLVI POSTA-LOS AQUI TAMBEM PARA FACILITAR AS PESQUISAS DOS QUE SE INTERESSARAM PELO TEXTO ACIMA.

 

08. DA FIDALGUIA DA FAMILIA BARBALHO

Fui contatado por uma pessoa residente na Alemanha. Ela esta procurando o rumo ancestral do antepassado dela, Gaspar de Souza Barbalho. E passou-me os dados que procura:

“Gaspar de Souza Barbalho” Ele nasceu em Pernambuco em torno de 1673;

Data da morte: 1 de Jul de 1711.

Local do obito: Quixeramobim, Ceara, Brasil que fica a menos de 100km de Mombaça.

Casado com Vitoria Leonor de Montes (e Silva)

Nascida em torno de 1674 em Penedo, Alagoas, Brasil

Filha do Coronel Joao de Montes Bocarro ou “Bucaro”.

Caso haja algum outro pesquisador com informações que possam ajudar, favor contatar. O nome da nossa nova amiga eh Perlya. Intermedio o contato. Consegui apontar para ela algumas possíveis ligações do ancestral dela com os nossos.

E adiantando o andamento desse capitulo, vou repetir aqui o endereço:

http://objdigital.bn.br/acervo_digital/anais/anais_047_1925.pdf

Trata-se de copia da obra do Borges da Fonseca, intitulada “Nobiliarchia Pernambucana”, escrita por volta de 1750 mas com acréscimos, que notei, ate por volta de 1780.

O Indice esta no rodapé da postagem. Ai temos capítulos como:

Titulo de Bezerras Felpa de Barbuda, pag. 35

Titulo de Barbalhos Silveiras, pag. 45

Titulo dos Barbalhos, pag. 139

Titulo dos Uchoas, pag. 141

Titulo dos Bezerras Barrigas, pag. 164 e, entre outros,

Appendix, pag. 384 (esse apêndice trata de descendencia do Felippe Barbalho Bezerra).

Todos tem algo interessante. E naturalmente, os Barbalho se entrelaçaram com todas as outras famílias da nobiliarquia pernambucana.

O que me falta eh disponibilidade para construir uma Arvore Genealógica a partir do livro porque isso facilitaria muito o entendimento e a procura por nomes. Mas não seria trabalho pouco. O que não me intimida. Mas também não sou relógio, embora venha atuando tal e qual!!!

Bom, para encurtar o discurso, a Perlya fez uma retribuição inestimável. Enviou-me a copia das únicas 3 paginas do capitulo “Barbalhos” da obra escrita por Cristóvão Alão de Morais, sob o titulo: “Pedatura Lusitana, Nobiliário de Familias de Portugal”.

Como ja mencionei antes, faz parte do Tomo Quarto, volume segundo. Antes que descrever mais coisas, vamos logo ao que interessa! Vou postar as 3 paginas.

Perlya enviou-me mais alguma coisa, inclusive o capitulo dos “Bezerras”, mas não se encaixa em nossa genealogia. Segue então:

“pag. 343                    BARBALHOS

  1. Fernão (A) Barbalho era natural de Entre Douro e Minho .. .. .. e teve:

2. Antonio Barbalho

2. Luis Barbalho

2. Alvaro Barbalho

2. Antonio Barbalho filho 1o. este viveo no Porto aonde foi cidadão. Casou com ……… e teve:

3. Antonio Barbalho

3. D. Guiomar …………………….. m.er de Ignacio Cenarche de Noronha co. g.

Casou 2a. vez com D. Antonia Bezerra, ou Monteira, filha de Domingos Bezerra … … … e houve:

3. Luis Barbalho Bezerra

3. Felippe Barbalho Bezerra

3. Antonio Barbalho filho 1o. deste video no Brazil … … …

3. Luis Barbalho Bezerra filho 2o. de Anto. Barbalho E o 1o. de

*******************************

(A) Os f.os deste Fernão Barbalho erao primos de M.el Fran.co Barbalho e tiverao Capella em S. Fran.co do Porto. E o dito M.el Fran.co Barbalho foi pai de Clara Barbalho m.er de G.ar de Carvalho e forao pais de Jo. Lopes Barbalho fidalgo da casa delRei e Com.or de Sanfins de Nespereira e Mestre de Campo no Alentejo.

*******************************

Pag. 354

sua 2a. mulher n.2 foi insigne Soldado nas armas do Brazil: foi fidalgo da Casa delRei E com.or dos casaes na ordem de Christo. E Governador do Rio de Janeiro onde morreo.

Casou com D. Maria Furtado de M.ça  filha de Fernand’Ayres Furtado E de sua m.er Cecilia Carreira E houve:

4. Guilherme Barbalho Bezerra

4. Agostinho Barbalho Bezerra

4. Fernão Barbalho

4. Fran.co Monteiro Barbalho

4. Cosma Bezerra m.er de Fran.co de Negreiros Soeiro Sr. de hu engenho no Brazil

4. D. Antonia Bezerra m.er de Antonio Pereira de Sousa fo. de Eusebio Frra. Dromondo E de Cn.a de Sousa sua m.er.

4. D. Cecilia .. … .. m.er de Anto. Barbosa Calheiros fo. de Io. Barbosa Calheiros em Vianna

4. D. Fran.ca Furtada

4. Guilherme Barbalho Bezerra filho 1o. deste he Alcaide-mor de Serzipe delRei e tem a Comenda de seu pae. Casou com D. Anna Pereira fa. de D.os de Negreiros Soeiro Sr. de Engenho … … … e teve

5. Luis Barbalho

5. Domingos Barbalho

Pag 355

4. Ago. Barbalho Bezerra fo. 2o. de Luis Barbalho Bezerra n.3 Foi correo-mor do Brazil ……

4. Fernão Barbalho filho 3o. de Luis Barbalho Bezerra no. 3 Foi Vedor da Fazenda da India. Casou co D. Maria de Macedo m.er baixa.

4. Fran.co Monteiro Barbalho filho 4o. de Luis Barbalho Bezerra no. 3 Foi G.or da Fortaleza de S. Marcello na Bahia

3. Felippe Barbalho Bezerra filho 3o. de Antonio Barbalho no. 2 E o 2o. de sua m.er……..

2. Luis Barbalho filho 2o. de Fernão Barbalho no. 1 servio na India ……… e teve

3. D. … … … m.er de D. Luis de Sousa ou da Sylva paes delRey de Maldiva tto. de gras.

2. Alvaro Barbalho filho 3o. de Fernão Barbalho n. 1  Casou no Brazil co …. … ….”

Assim se encerram as informações. `A primeira vista pensei que fosse um horror! Isso por causa da inferência que o governador Luiz Barbalho tenha sido filho do Antonio Barbalho e de Antonia Bezerra ou Monteira.

Não teria nada contra, não fossem as muitas outras literaturas garantindo que ele foi filho do Guilherme (Antonio) Bezerra Felpa de Barbuda e de Camila Barbalho. Assim se inverte a procedência do sobrenome dele.

No entanto, quando copiei `a mão o que estava escrito pude conceber melhores ideias. Claro, ha que desculpar-se o autor Cristóvão Alão de Morais. A publicação data de 1673. E ele escreveu a respeito de toda a fidalguia portuguesa. Ou seja, no mínimo umas 500 famílias. Algumas ate com certa profundidade.

Imagine-se, então, buscar todos esses dados num amontoado de papeis, escritos por centenas de outros escrivães, cada qual com sua caligrafia. Documentos esses que ja deviam estar em processo de deterioração.

Alem disso, haviam escrivães que o eram porque não existia outro que soubesse manejar a pena, não porque fosse algum completo alfabetizado!

Um exemplo que prejudicou os trabalhos desse autor pode ser verificado via o sobrenome da sogra do governador Luiz Barbalho. Ele identificou-a com Cecilia Carreira. Na verdade, os atuais genealogistas devem ter pesquisado em maior numero de fontes com letras mais legíveis, pois, dão a ela o nome de Cecilia Carneiro de Andrade.

Certamente, não eh o nosso caso quando, apesar de buscarmos em originais vez por outra, em poucas oportunidade, temos a internet `a nossa disposição. Mesmo que ainda não esteja uma maravilha, em comparação, chega a ser quase o Céu. Exceto quando as informações que estamos procurando ainda estão em branco por essa via!

E observe-se que genealogia costuma ser tão complicado que por quaisquer distrações menores a gente costuma cometer erros crassos!

O certo eh que, após copiar, as coisas não são exatamente como pensei `a primeira vista. A publicação de Borges da Fonseca eh uma das muitas que contradizem essa versão para a origem do governador Luiz.

No entanto, a Revista do Instituto Historico e Geografico Brasileiro, vol. 52, também publica um breviário da genealogia “Barbalhos” no qual afirma que o governador Luiz foi filho de Antonio Barbalho.

Mas não aprofunda alem disso. Como a publicação eh posterior `a “Pedatura Lusitana”, o pesquisador pode ter usado-a como fonte. Mas não o menciona.

A passagem que descreve o titulo “Barbalhos” encontra-se a partir da pagina 310. `A pagina 308 inicia a descrição da família “Negreiros de Sergipe do Conde”. Ficam ai descritos os casamentos dos filhos do governador Luiz: dona Cosma com Francisco de Negreiros Sueiro e Guilherme com dona Anna de Negreiros.

Contudo nessa publicação ficou escrito que Guilherme e Anna foram pais de Domingos Barbalho Bezerra, o que corresponde ao que esta na Pedatura, e de dona Mariana Barbalho, esposa de Manoel Alves da Silva, sem geração.

Do Domingos confirma os dados e acrescenta que ficou solteiro. Nada menciona a respeito do filho Luis. Nesse caso, podemos esperar que haja em Sergipe alguma descendência desse nosso ramo familiar.

Ja `a pagina 313 inicia a descricao da Familia “Ferreiras e Souzas”. Começando por Eusebio Ferreira e seu pai, Leao Ferreira, naturais de Porto-Santo, Ilha da Madeira. Eusebio casou-se com Catarina de Souza filha de Melchior de Souza Dormondo e Micia Darmas, filha de Luiz Darmas e Catarina Jacques.

Eusebio e Catarina foram os pais do Antonio Pereira de Souza, marido da dona Antonio Barbalho Bezerra.

Nessa publicação temos que os filhos do casal Luiz Barbalho e Maria Furtado de Mendonça foram apenas 6: Agostinho, Guilherme, Fernão,  D. Antonia, D. Cosma e Francisco Monteiro.

Veja-se mais essa postagem:

http://www.historia.uff.br/stricto/teses/Dissert-2003_CAETANO_Antonio_Filipe_Pereira-S.pdf

Essa eh uma tese do professor Antonio Filipe Pereira Caetano, com o pomposo nome de:

“Entre a Sombra e o Sol – A Revolta da Cachaca, A Freguesia de Sao Gonçalo de Amarante e a Crise Politica Fluminense (Rio de Janeiro, 1640-1667)”.

O de maior importância no momento esta a partir da pagina 187, no capitulo: “Os Honoratiores Gonçalenses: a família Barbalho”. Ali também afirma-se que Luiz Barbalho e Maria Furtado houveram 6 filhos: Antonio, Guilherme, Francisco Monteiro, Cecilia, Agostinho e Jeronimo.

Fazendo a soma, observa-se que ate ai são 9. Isso porque Guilherme, Francisco Monteiro e Agostinho são repetidos em ambas as listas.

Quem abrir a publicação observara que as ascendências do casal Luiz Barbalho e Maria Furtado são declaradas. Tendo o Luiz como pais: Guilherme Bezerra Felpa de Barbuda e Camilla Barbalho. E era neto paterno de Antonio Bezerra Felpa de Barbuda.

Ja a Camilla Barbalho foi filha mesmo do Bras Barbalho Feyo e de Catarina Tavares de Guardes.

Aqui ocorre-me a possibilidade de o Brás ter usado o nome completo de Antonio Bras Barbalho Feyo. E como abreviava-se muito os nomes das pessoas para economizar tinta, e mesmo verbalmente, uns escritores podem não ter captado o Antonio e outros o Brás.

Obvio que a tese do professor Antonio Felipe não eh voltada para a genealogia. Contudo, os dados foram retirados de obras genealógicas, citadas `a pagina 187, rodapé, de genealogistas muitíssimo conhecidos como Carlos G. Rheingantz e Carlos Eduardo de Almeida Barata, o Cau Barata.

Ja `a pagina 37, da obra de Borges da Fonseca, temos esse extrato:

“3. Luiz Barbalho Bezerra, Fidalgo da Casa Real. Commendador da Ordem de Christo e Mestre de Campo de infantaria, que governou a Bahia e o Rio de Janeiro, de quem os escriptores da guerra dos Hollandezes fazem muitas vezes, digo, fazem innumeráveis vezes a mais honrada memória, e seria prolixa a nossa se a fizéssemos de tantas, tão repetidas e gloriosas acções quando basta o que deste grande soldado disse o general Francisco de Brito Freire neste grande elogio: – A quem tantas continuadas occasiões pelo decurso desta Historia, adiantaram ao insigne Mestre de Campo e deram illustre fama principalmente naquela celebre e portentosa expedição em que socorreo a Bahia, penetrando quatrocentas légoas os desertos da America. Foi casado e teve 10 filhos, dos quais o mais velho foi o Capitão Guilherme Barbalho Bezerra, mas como todos no anno de 1638 embarcaram para a Bahia onde, e no Rio de Janeiro viveram, não temos delles outras noticiais.”

Nessa ai o Borges da Fonseca falhou feio conosco! Fez aquela brincadeira: “eu sei mas não te conto.” Seria inestimável encontrar os escritos do general Francisco de Brito Freire, e outros nos quais se basearam, que nos contassem quem e quais foram os ascendentes de descentes do grande brasileiro, dito por pessoa de tempo mais próximo.

Pode ser que temos ai a primeira constatação da presença de um decimo rebento na família. Tratar-se-ia de dona “Francisca “Furtada”, mencionada apenas no Pedatura. E ai se completam os 10, anunciados via Borges da Fonseca.

Antes de iniciar essa escrita, imaginei que poderíamos ir logo colocando um fim na questão da paternidade do governador Luiz, pois, imaginei: “parece-me que os personagens Fernão Barbalho e Antonio Barbalho, primeiro e segundo mencionados no Pedatura, deverão ser pessoas mais antigas.”

Nesse caso, se encontrássemos datas que me permitissem comprovar isso, chegaríamos `a conclusão de que quem pode ter sido filho do Antonio Barbalho, não identificado pelo Cristóvão Alão de Morais, foi o (Antonio) Brás Barbalho Feyo.

A unica pista que encontrei na internet, nesse sentido, foi a Historia das Maldivas. Esta na Wikipedia, no endereço:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Maldivas

Ai se fala que o dominio português deu-se apenas entre 1558 a 1573. Ja o que se diz a respeito de Luis Barbalho, segundo filho de Fernão Barbalho, eh que foi pai da esposa de D. Luis de Sousa (ou da Sylva), os quais haviam sido pais do rei das Maldivas. Muito provavelmente, vice-rei.

Ou seja, se `aquela época tinhamos um bisneto do Fernão Barbalho naquele governo, seria praticamente impossível ao Luis Barbalho Bezerra ter sido neto do mesmo Fernão Barbalho, pois, a data do nascimento dele se deu em 1584.

Portanto, a relação de descendência e ascendência entre Fernão e Luiz Barbalho Bezerra teria mesmo que passar por outras gerações, nesse caso: o avo Brás e a mãe Camilla.

O problema também em relação aos enganos dos genealogistas muito antigos foi não terem documentos disponíveis e datados, para que calculassem primeiro, antes de fazer afirmações. Cristóvão Alão de Morais deve ter tido acesso a documentos que indicassem a procedência dos Barbalho em Pernambuco mas não atinou para esses detalhes.

Com isso nos deixou apenas pistas ótimas a seguir. Entre as quais a de agora sabermos que procedemos da antiga Província do Entre Douro e Minho, o que se repete em nosso lado Coelho.

Torna-se vital também a informação que tivemos “Capela em Sao Francisco do Porto”. Ai podemos buscar, futuramente, os dados que comprovem definitivamente esta ligação com a fidalguia via também os Barbalho. Abram a postagem:

https://www.jornaldaslajes.com.br/integra/igreja-sao-francisco-do-porto-tem-400-a-600-kg-de-ouro-mineiro/1789

Ha ai um pouco da Historia do monumento. Inclusive anuncia-se que ha túmulos que não se pode identificar os enterrados. Pode ser que entre esses existam alguns Barbalho. Somente por muita sorte deveremos encontrar em escritos de época as referencias que confirmariam a informação do Cristóvão Alão de Morais.

Pelo menos, a partir de agora os descendentes Barbalho brasileiros e pelo mundo afora tem um ponto de referencia que eh essa maravilhosa obra arquitetônica. Diga-se de passagem, nos de Minas Gerais teremos duplo motivo para visitar, ja que também poderemos admirar obras de arte tecidas com o ouro mineiro.

Se algum dia for visitar Portugal, O Porto será um de meus destinos. E, em particular, a Igreja de Sao Francisco do Porto.

Observe-se que entre as famílias identificadas com direito a sepultura no interior da Igreja encontra-se a Carneiro. O que indica a proximidade entre ela e a Barbalho. O que, possivelmente, nos da a pista para a origem do Carneiro da ancestral Cecilia.

Mais uma outra publicação interessante:

https://guerradarestauracao.wordpress.com/tag/joao-lopes-barbalho/

Ai se narra batalhas pela restauração da monarquia portuguesa. Logo no inicio ja começa aparecer o nome do “tenente de mestre de campo general Joao Lopes Barbalho”.

As referidas batalhas se deram em 1645. Mas não da para saber a relação de tempo anterior porque o texto no Pedatura apenas diz que os filhos do Fernão Barbalho eram primos do Mel. Francisco Barbalho, que era pai da Clara, a mãe do Joao L. Barbalho.

Não fica explicado primos por qual via nem o grau. Não ha como dizer quem era o mais velho ou o mais novo nessa relação parental.

A reportagem menciona nomes de outros brasileiros que lutaram juntos como: Antonio Soares da Costa, Pedro Craveiro de Campos, Felipe do Vale Caldeira, Simao de Oliveira da Gama, Alvaro Saraiva, Manuel Machado Caldeira e Domingos da Silveira. Todos com recomendação de títulos e honras por bravura. E eram veteranos da expulsão dos holandeses.

Apenas para ilustração, na tese abaixo o capitão Joao Lopes Barbalho eh mencionado, `a pagina 44, como natural de Pernambuco. Veja-se:

http://www.historia.uff.br/stricto/td/1371.pdf

Em caso disso ser verdade, ajuda a confirmar que o mais provável será que a Família Barbalho mudou-se em peso para aquele estado. O que reforça a ideia de que nosso ancestral Luiz Barbalho, alias, mencionado pelo próprio Joao Lopes Barbalho, pertencia ao mesmo ramo de família.

Mais uma postagem que engrandece o sobrenome da Familia Barbalho:

http://historiapostal.blogspot.com/2008/02/o-ofcio-de-correio-mor-de-mar-e-terra.html?m=0

Ai se relata como o Agostinho Barbalho Bezerra conseguiu o “oficio de correio-mor do Brasil”. Foi em 1662, logo após ter sido julgado e absolvido de culpa na participação dele no evento conhecido como A Revolta da Cachaça, e em consequência da qual o Jeronimo foi degolado e esquartejado.

Ao finalzinho do 12o. paragrafo da postagem acima temos:

“…. gastando nelas não so a fazenda, mas ate a mesma vida, por cuja causa ficaram seus filhos falta dela e ele Agostinho Barbalho, com o encargo de três irmãs e uma mãe que esta obrigado a amparar.”

Essa eh uma passagem que foge um pouco `a compreensão. Em primeiro lugar, ele referia-se a que o pai dele, e ele próprio, haviam empenhado todo o patrimônio que possuíam nas guerras que lutaram para defender os interesses do governo português.

Mas a menção a mãe e três irmãs sugere que houve mais uma filha na família e que ainda não consegui identificar. Isso porque D. Cecilia vivia no Rio de Janeiro, ficara viuva e reclamava pobreza. Agora sabe-se que havia a Francisca “Furtada”, que talvez fosse solteira.

Fica ai a satisfação de saber que em 1662 a ancestral Maria Furtado de Mendonça ainda vivia, tendo ela nascido por volta de 1595. Ou seja, estaria com 67 anos. O que falta eh saber qual outra irmã estava sob obrigação do Agostinho. Donas Cosma e Antonia eram casadas na Bahia e tinham filhos e filhas.

A menos que a terceira pessoa, não mencionada, fosse a ancestral Isabel Pedrosa, que se tornou viuva do Jeronimo. O filho mais velho deles, Jeronimo Barbalho, estaria ja com ou completaria 17 anos em 1662. Assim ela entraria como irmã, no lugar do falecido.

Outra possibilidade eh a de que o Jeronimo Barbalho Bezerra da Conjuração Fluminense fosse mesmo o sobrinho do governador Luiz Barbalho. Assim, a 3a. irmã seria mesmo outra pessoa e que ainda não descobrimos.

A informação de que o Fernão, filho do Luiz, foi casado também eh nova para mim. Desde que soube que ele havia ido para a India (Goa), para tornar-se Vedor da Fazenda, fiquei imaginando se não terá deixado herdeiros e por la existam alguns de nossos primos distantes.

Agora fica confirmada que essa possibilidade pode ser real. Ainda mais com a informação de que outro Luis Barbalho, mais antigo, também frequentou a India. Ha a possibilidade de por la ate existir uma Família Barbalho com alguma alteração no sobrenome, devido ao tempo e `a mudança de linguagem.

Quanto ao “mulher baixa” referente `a dona Maria de Macedo, esposa do Fernão, acredito que refira-se `a condição social dela, ou seja, de classe que não fosse de nobreza. Ou da considerada baixa nobreza.

Fica por esclarecer também se o Francisco Monteiro deixou herdeiros. Ele aposentou-se em 1704, como capitão do Forte de Sao Marcelo, também conhecido como Populo. Hoje eh uma atração turística na Baia de Sao Salvador:

https://patrimoniodesalvador.wordpress.com/2009/05/10/forte-de-sao-marcelo/

Faltaram, então, apenas dois nomes de filhos do governador Luiz Barbalho na obra do Cristóvão Alão de Morais. Seriam eles o Jeronimo e o Antonio Barbalho Bezerra. Diga-se de passagem, os dois dão alguma dor de cabeça aos genealogistas antigos.

No caso do Antonio, ha uma disputa entre o texto do Borges da Fonseca e os dados expostos por Rheingantz e levantados no Rio de Janeiro. Segundo Rheingantz, esse Antonio foi o marido da Joana Gomes da Silveira, neta de Duarte Gomes da Silveira, e tornou-se, por casamento, o segundo senhor do Morgado de Sao Salvador do Mundo da Paraíba.

Para o autor Borges da Fonseca, pag. 38, o Antonio que casou-se com a herdeira era filho do Felippe Barbalho Bezerra, irmão do governador Luiz. De qualquer forma, seja qual for, tudo fica em família.

`A mesma pagina 38, o mesmo autor declara que o Jeronymo que morreu degolado no Rio de Janeiro, em consequência da Revolta da Cachaça, era também filho do Felippe. Por azar nosso, o “Titulo de Bezerras Morgados da Pahyba” não esta incluído na publicação, do primeiro endereço postado no presente texto.

Ja `a pagina 35, Borges da Fonseca faz essa afirmação: “3 – Maria Monteiro, que casou com o seu primo Antonio Bezerra, filho de Luiz Barbalho.” Entre tantos Luizes que deviam existir `a epoca, acredito que a intenção dele foi a de identificar o governador.

Em caso de qualquer um deles estiver correto não altera grande coisa em nossa genealogia, pois, no fundo, todos ja descendiam dos mesmos ancestrais. Apenas pode acontecer de repetir mais vezes a nossa ascendência.

Em caso de descendermos do Felippe e nao do Luiz, através do Jeronimo, passaremos a ser da Silveira e Morais. Perderemos ai nosso vinculo com os Furtado de Mendonça e os Carneiro de Andrade, da avo Maria.

Mas, talvez, por outra via o nosso ramo familiar ira encontrar raiz no casal Luiz Barbalho e Maria Furtado de Mendonça, porque somos Barbalho também em nosso lado Coelho de Magalhães.

Sabe-se que dois de nossos sextavos foram: Giuseppe Nicatsi da Rocha e Maria Rodrigues de Magalhães Barbalho. Mas não sabemos ainda quem foram os ancestrais dessa avo Maria Rodrigues.

Ha algum tempo notei que o governador Luiz Barbalho deu os nomes de seus ancestrais a seus filhos. Assim são Antonia e Antonio. Francisca e Francisco. Cecilia e Guilherme. Os que faltavam seriam Cosma, Agostinho, Jeronimo e Fernão.

Agora podemos acrescentar o Fernão, pois, foi a primeira vez que vi o nome Fernand’Aires para o pai da Maria Furtado de Mendonça. Consta apenas Aires Furtado de Mendonça nas diversas literaturas que o encontrei.

Apesar do apego aos ancestrais, estranho não ter posto o nome Camilla, da própria mãe, em alguma das filhas. Nem o Brás que foi o avô materno. Isso reforça a possibilidade mesmo de ambos ter tido outros nomes alem dos quais ficaram conhecidos.

Como ja sugeri, o Brás poderia ter se chamado Antonio Brás. Ja a mãe do Luiz poderia ter chamado Francisca Camilla, ou Cosma Camilla. Ou, ainda, esses poderiam ter sido filhos que faleceram na infância, dai não existirem e não aparecerem em literaturas.

Em ultimo e caso especifico, a 3a. irmã mencionada pelo Agostinho poderá ter sido esquecida pelos genealogistas e chamar-se Camilla.

Agostinho parece ser homenagem a santo de devoção. E Jeronimo era uma situação difícil de escapar, pois, alem do santo ha também o “demônio”. Temos que nos lembrarmos do Jeronimo de Albuquerque, conhecido como o Adão de Pernambuco, por conta de sua promiscuidade e prolífica.

Alem desse Jeronimo, houveram outros descendentes com o mesmo nome que ajudaram na chefia da luta contra a Invasão Holandesa.

Enfim, não podemos negar nem acreditar em tudo que os autores antigos escreveram. Entre as falhas do Pedatura Lusitana, a obvia foi não ter sequer mencionado que Agostinho Barbalho foi casado.

A esposa dele chamava-se Brites Lemes. Filha de Joao Alvares Pereira e Izabel de Montarroyos. Mas não sei se deixou descendência. Ela era neta de um dos fundadores do Rio de Janeiro, Diogo de Montarroyos.

Para facilitar o entendimento vou postar aqui as ascendências do governador Luiz Barbalho Bezerra. A começar do sobrenome Bezerra:

  • Antonio Martins Bezerra c. c. Maria Martins Bezerra, pais de:
  • Antonio Bezerra Felpa de Barbuda c. c. (1) Maria de Araujo, pais de:
  • Guilherme Bezerra Felpa de Barbuda c. c. (2) Camilla Barbalho, pais de:
  • Luiz Barbalho Bezerra c. c. (3) Maria Furtado de Mendonça
(1) Maria de Araujo foi filha dos senhores do Engenho de Sao Pantaleão: Pantaleão Monteiro e Brasia Araujo. O engenho de açúcar fundado por eles depois foi chamado de Engenho do Monteiro.
(2) Camilla Barbalho foi filha de Brás Barbalho Feyo e Catarina Tavares de Guardes. Foi neta materna de Francisco Carvalho de Andrade e Maria Tavares de Guardes.
Brás foi senhor do Engenho do Barbalho que ficava no Cabo de Santo Agostinho e do de Sao Paulo da Várzea do Capibaribe, que havia sido fundado por seu sogro.
http://engenhosdepernambuco.blogspot.com/p/engenhos-com-letra.html
(3) Maria Furtado de Mendonça foi filha de Fernand’Aires Furtado de Mendonça e dona Cecilia Carneiro de Andrade.
Francisco e Maria foram pais também de Ines, a qual foi casada com Joao Paes Velho, que se tornou dono de diversos engenhos de açúcar naquele tempo. Era dos mais ricos de Pernambuco. Francisco foi o primeiro senhor do Engenho de Sao Paulo da Várzea do Capibaribe. Era também armeiro real por profissão.

Os Bezerra procediam, antes de entrarem em Portugal, do Reino da Galicia. Eram naturais da Provincia de Lugo, na Freguesia de Becerrea. Esta faz parte do circuito dos Caminhos de Santiago de Compostela.

Era uma familia da alta nobreza local. Descendiam do rei D. Alfonso VI, de Leao e Castela. Esse ofereceu a mao de suas filhas em casamento aos nobres europeus que o ajudassem a expulsar os mouros.

Dois primos, Raimundo e Henrique da Borgonha aceitaram o desafio. Raimundo casou-se com a filha herdeira, Urraca; e Henrique com a condessa de Portugal, Teresa. Eles foram os pais do Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal, e de Urraca de Portugal, que casou-se com Bermudo Perez de Trava. Esses sao ancestrais dos Bezerras.

Ao final dessa postagem, abaixo, pode-se seguir as passagens das gerações ai implicadas. Trata-se da linhagem do Domingos Bezerra Felpa de Barbuda, irmão do Antonio do cabeçalho da linhagem postada acima.

http://familybezerrainternational.blogspot.com/2009/12/fontes-sobre-as-origens-da-familia.html

Domingos teria nascido em 1524. E foi natural de Viana do Lima. Antonio havia sido natural de Ponte de Lima. Acredito que isso o faça  mais velho que o Domingos.

Explica-se assim porque, com a posse do território brasileiro por Portugal, as cidades portuárias devem ter tido um visível crescimento. O que atraia populações novas. Seria natural que moradores de Ponte de Lima, dentro do território português, se mudassem para Viana, que eh litorânea.

Outro detalhe foi que o primeiro donatário da Capitania de Pernambuco, Duarte Coelho, ja deveria estar arregimentando pessoas para implantar o que foi dado a dele. Segundo dados históricos, a implantação se deu em 1535. A carta de doação assinada por D. Joao III foi de 10 de março de 1534.

Isso implica que os preparativos tenham se iniciado muito antes. Ou seja, era preciso procurar famílias voluntárias. Tinha-se que construir navios. Provavelmente os maridos seguiram `a frente para “limpar caminho” para receber suas famílias.

E isso representaria gasto de tempo considerável para os dias atuais. Seriam anos de preparação. As pessoas que se mudaram para Pernambuco no inicio de sua implantação ou eram adultos nascidos em torno de 1500 ou seus filhos com idades variadas.

Nesse caso especifico: Antonio Martins e esposa ja maiores de 30 anos e os filhos Domingos e Antonio Bezerra Felpa de Barbuda ja por volta de suas adolescências.

Minha hipótese também explica a sequencia de gerações. Tomando 30 anos como espaço médio entre uma geração e outra temos, a partir do ano de nascimento do Luiz Barbalho Bezerra: 1584, 1554, 1524, 1494.

Essas seriam as datas bases para cada uma das gerações descritas acima. Não posso afirmar que a minha hipótese encaixa-se de todo na realidade. Acredito que seria muito difícil as gerações substituírem umas `as outras em menos tempo.

E vejam que muitos outros adotam 25 anos, ou seja, 4/século. Isso porque os casamentos podiam se dar em idades mais tenras, podendo as mulheres se casar aos 12 anos de idade.

O que acontece eh que as pessoas viviam pouco, em media. Mas poucos descendem dos primogênitos em cada geração. Sendo assim, haviam filhos que nasciam `a altura das idades próximas a 40 anos de seus pais. E deles descendemos tanto quanto dos que nasceram em suas juventudes.

Antonio e Maria foram pais do Domingos em 1524. Se o filho Antonio filho nasceu por volta de 1520, o Guilherme não devera ter sido filho do primeiro casal, e ter sido pai em 1584. Não era incomum alguns homens chegarem aos 60 anos de idade. Incomum era ser pais com idade tão avançada para a época!

O mais provável foi ter havido uma geração intermediaria que eh representada pelo Antonio filho e Maria Araújo.

Para os que me leem com frequência, irão notar que repeti muitas coisas de escritos anteriores. Assim o fiz para facilitar `as pesquisas que outros poderão fazer a partir desse novo texto. Quero apenas facilitar para os outros e também para mim mesmo.

Principalmente quando precisar consultar todas essas referencias. Vez por outra as busco nos mecanismos eletrônicos e eles se negam a responder satisfatoriamente. E ai fica uma recordação melhorada dos meus textos mais antigos.

 

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09. ARQUIVO HISTORICO ULTRAMARINHO – FUNDO CONSELHO ULTRAMARINHO – SUMARIOS DAS CONSULTAS MISTAS. (AHU_CU_CONSULTAS MISTAS, COD. 13-18

Creio que essas referencias não nos ajudariam em nossas buscas a respeito de nossa genealogia. Mas devem existir muitos dados para fazer-se as biografias dos personagens.

Estudar isso agora seria um adiantamento em relação ao trabalho. Mas por precaução ja vou anotando as referencias, pois, quem sabe algum dia vou a Portugal, para fazer um verdadeiro livro a respeito de nossos familiares!?

Antes disso era mesmo preciso fazer o “mais facil”!!!:

Visitar o Serro e Diamantina para ver se encontramos os fios das meadas, tanto em relação ao sobrenome Barbalho quanto ao Coelho.

Aos Barbalho nos resta aquela passagem entre o Jose Vaz Barbalho e seus pais e avós. Alem de buscar saber o mesmo em relação `a esposa, Anna Joaquina Maria de Sao Jose.

Dos Coelho resta-nos pelo menos o encaixe entre o avo Jose Coelho de Magalhães e seu possível pai, Manuel Rodrigues Coelho e deste para as raizes.

Alem disso, certificar que a Eugenia Rodrigues da Rocha, esposa do Jose Coelho (ou a primeira esposa dele, Escholastica de Magalhaes), era descendente Barbalho. Para tentar encaixar-se uma raiz com a outra.

Se fosse `as duas cidades do Centro-Norte de Minas Gerais, com tempo para pesquisar, faria questão de verificar todos os nossos outros emaranhados genealógicos, como pelos lados Andrade, Moniz, Pinto e dos familiares correlatos, como os Cunha de Meneses, Coelho Pinto, Coelho de Oliveira, Sousa e Silva e muitos mais.

Por enquanto, fiquemos apenas com o que temos:

http://actd.iict.pt/eserv/actd:CUF006a002/AHU_CU_ConsultasMistas_13_18.pdf

`A segunda pagina do ano de 1667 existem duas menções interessantes:

“16 235 Agostinho Barbalho Bezerra da conta da sua jornada ao descobrimento das minas, e serra das esmeraldas, e outros particulares, e vão as cartas e certidões que se acusam 28 SET 1667”

“16 236V Nomeação de pessoas para o cargo de vedor-geral da fazenda do Estado da India. 20 OUT 1667” [nessa segunda devera haver a menção do nome do Fernando Barbalho Bezerra].

CORRECAO:

“16 282v Sobre o que escreve o Provedor-Mor da Fazenda do Brasil acerca de se haver extinto o oficio de guarda-mor da barra da Baia, e ser provido Fernão Barbalho no posto de capitão e governador do forte de Nossa Senhora do Populo, com as entradas e saídas dos navios. 26 MAI 1668.”

O que mostra que nossas datações estão incorretas relativas ao Francisco Monteiro Barbalho Bezerra, irmão do Fernão, ter assumido o cargo em 1667.

Mesmo porque, foi dito que o Francisco Monteiro aposentou-se em 1704, com um pouco mais de 24 anos de serviço. O que jogaria a posse dele para em torno de 1680.

Foi dito também que eles serviram nesses cargos ao rei Pedro II de Portugal, cuja coroação se deu em 1683, porem, houve um período de regência anterior, a partir de 1668, quando passou a governador em lugar do seu irmão, D. Afonso VI.

MAIS A RESPEITO DOS BARBALHO

“13 90v Com a carta inclusa de Luis Barbalho Bezerra, capitão-mor do Rio de Janeiro sobre a partida da frota 9 ABR 1964”

“13 122 Francisco de Soutomayor, governador do Rio de Janeiro, da conta de como tomou posse daquele governo e avisa de alguns particulares tocantes `a segurança daquela companhia. 28 SET 1644.”

3 cartas: 2 de 7 ABR 1661 e outra de 16 MAI 1661, a respeito dos acontecimentos durante o que se conhece como A Revolta da Cachaça. Consta que a revolta se deu contra Tome Correia de Alvarenga, quando foi contra Salvador Correia de Sa e Benevides, que estava em Sao Paulo e deixou o primo dele em seu lugar.

http://actd.iict.pt/eserv/actd:CUc017/CU-RioJaneiro.pdf

Nessa outra publicacao registra-se:

113. 1643, Outubro, 31, Rio de Janeiro.

Carta da Camara Municipal do Rio de Janeiro dando conta da chegado do capitão-mor Luis Barbalho Bezerra e outras deliberações.

AHU-Rio de Janeiro, cx. 2, doc. 31

AHU_CU_017, cx 2, D. 113

116. 1644, Fevereiro, 4, Rio de Janeiro

116- 1644, Fevereiro, 4, Rio de Janeiro CARTA dos oficiais da Câmara da cidade do Rio de Janeiro ao rei [D. João IV] sobre a chegada do novo capitão-mor e governador desta praça Luís Barbalho Bezerra; a aceitação do subsídio dos vinhos e vintena nos bens dos moradores, a fim de socorrer a Infantaria e o presídio do Rio de Janeiro; informando a pobreza em que se encontra a capitania devido à epidemia de bexigas que dizimou os escravos e reduziu a produção do açúcar; solicitando que parte das moeda cunhada nesta capitania seja aplicada nela para a criação de uma fortaleza; acusando o recebimento de ferros para marcar as patacas e a continuação do trabalho da cunhagem da moeda, conforme ordem do governador-geral do Estado do Brasil, António Teles da Silva. AHU-Rio de Janeiro, cx. 2, doc. 36 AHU_CU_017, Cx. 2, D. 116.

118- 1644, Abril, 20, Lisboa CARTA RÉGIA (minuta) do rei [D. João IV] ao governador e capitão-mor do Rio de Janeiro, Luís Barbalho Bezerra, ordenando que os provedores da Fazenda Real das capitanias do Rio de Janeiro, de São Paulo e de São Vicente enviem todas as sobras da Fazenda Real para o Governo do Rio de Janeiro, bem como o dinheiro dos dízimos, da nova imposição dos vinhos e vintenas, e do cunho da moeda, para se meter em um cofre de três chaves, sob a responsabilidade do dito governador, do reitor dos padres da Companhia de Jesus e do almoxarife, do qual não se gastará nenhum dinheiro sem ordem régia. AHU-Rio de Janeiro, cx. 2, doc. 39. AHU_CU_017, Cx. 2, D. 118.

120- 1644, Maio, 19, Rio de Janeiro CARTA do provedor da Fazenda Real do Rio de Janeiro, Francisco da Costa Barros, ao rei [D. João IV] sobre não haver efeitos para as despesas necessárias desta cidade, devido ao pouco rendimento do vinho, dos vinténs por cada caixa de açúcar e da falta de renda proveniente da graxa de baleia; informando a tentativa falhada do último governador [Luís Barbalho Bezerra] em impôr o subsídio dos vinhos e a vintena nos bens dos moradores, por causa da pouca vontade dos oficiais da Câmara em cumprir tais ordens após a morte do mesmo; a necessidade de rendas para o sustento do presídio e da infantaria; indicando como é arrendado o contrato dos dízimos e como a Fazenda Real sai prejudicada; solicitando instruções acerca do caso do prelado administrador eclesiástico da repartição do sul. AHU-Rio de Janeiro, cx. 2, doc. 42. AHU_CU_017, Cx. 2, D. 120.

121- 1644, Maio, 20, Rio de Janeiro CARTA do governador eleito do Rio de Janeiro, Duarte Correia Vasqueanes, ao rei [D. João IV] sobre o falecimento de seu antecessor, Luís Barbalho Bezerra, sua nomeação feita pela Câmara e povo da cidade; as medidas tomadas para enviar a frota ao Reino; a falta de artilharia, armas e munições para as fortalezas da Barra; a necessidade de reparos nas fortalezas e de armas para os soldados que as guarnecem, sugerindo o aumento das companhias de infantaria existentes naquela cidade e informando que foram levantados tanto o subsídio do vinho, quanto à vintena, ficando o presídio sem rendimento, e sua preocupação com a defesa daquela capitania, por causa do perigo holandês que ainda anda por aquela costa. AHU-Rio de Janeiro, cx. 2, doc. 43. AHU_CU_017, Cx. 2, D. 121.

132- 1645, Janeiro, 9, Rio de Janeiro CARTA dos oficiais da Câmara da cidade do Rio de Janeiro ao rei [D. João IV] sobre a disputa política existente entre o governador desta capitania, Duarte Correia Vasqueanes, e o sargento-mor Simão Dias Salgado, gerada após o falecimento do governador do [Rio de Janeiro] Luís Barbalho Bezerra, solicitando resolução acerca do impasse. AHU-Rio de Janeiro, cx. 2, doc. 55. AHU_CU_017, Cx. 2, D. 132.

A DENUNCIA NA CARTA ABAIXO EH DE INTERESSE PARA FAZER A BIOGRAFIA DE JERONIMO BARBALHO BEZERRA, POIS, FOI CONTRA O SALVADOR CORREIA DE SA E BENEVIDES QUE SE DEU A REVOLTA DA CACHACA (1660-61) E O JERONIMO FOI DEGOLADO POR ORDENS DELE.

135- 1645, Janeiro, 18, Rio de Janeiro CARTA do [governador nomeado para o Rio de Janeiro], Francisco de Souto Maior ao rei [D. João IV] sobre o estado das fortalezas da barra, a falta de artilharia e munições, armas e pólvora e as medidas que tomou para melhorar o seu funcionamento; a administração temporal e espiritual dos jesuítas sobre as três aldeias dos índios desta capitania e uma outra administrada pelo capitãomor dos índios Martim Afonso; informando a influência de Catarina Ugarth, esposa do [ex-governador] Salvador Correia de Sá e Benevides, sobre o principal da aldeia de Martim de Sá, Manuel Ubará Pitanga, além das irregularidades praticadas por aquele governador; descrevendo o estado de insegurança em que vivem os moradores, devido à falta da aplicação da Justiça nesta praça. Anexo: cartas. AHU-Rio de Janeiro, cx. 2, doc. 57. AHU_CU_017, Cx. 2, D. 135.

MAIS UM ENDERECO:

http://actd.iict.pt/eserv/actd:CUc030/CU-ServicoPartes.pdf

15- [post. 1644, Lisboa] INFORMAÇÃO do Conselho Ultramarino sobre os serviços de Guilherme Barbalho Bezerra, fidalgo e comendador da Ordem de Cristo, filho de Luís Barbalho Bezerra, como soldado, alferes e capitão de Infantaria, de [1622] até Dezembro de 1644, na luta contra os holandeses, acompanhado de criados e escravos em Pernambuco, onde foi feito prisioneiro e enviado às Índias, regressou ao Reino e voltou para a defesa de São Salvador, lutou no cerco do conde de Nassau em 1638, tendo regressado para a defesa do Alentejo na companhia do mestre-decampo Luís da Silva Teles. AHU_CU_030, Cx. 1, D. 15.

412- [post. 1684, Agosto, 23, Lisboa] INFORMAÇÃO do Conselho Ultramarino sobre os serviços de Antônio Barbalho, de 1 de Agosto de 1634 a 23 de Agosto de 1684, como soldado, alferes e capitão de Infantaria, contra os holandeses em Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Bahia. AHU_CU_030, Cx. 3, D. 412.

RESOLVI DAR CONTINUIDADE:

http://actd.iict.pt/eserv/actd:CUc017s01/CU-RJaneiroCA.pdf

1644, Janeiro, 31, Lisboa e 1644, Setembro, 6:

AHU_CU_017-01

CONSULTA (2) do Conselho Ultramarino, sobre o agravo que tirou o Capitão Antonio Corrêa do Capitão mor e Governador do Rio de Janeiro Luiz Barbalho Bezerra por se recusar a dar-lhe posse da companhia de Infantaria de que se lhe fizera mercê.
AHU_CU_017-01, Cx. 2, D. 276-277.

S. d.

CAPÍTULO 35 do Regimento dos Governadores do Estados do Brasil, relativo a sua competência para o provimento das serventias dos ofícios de justiça, guerra e fazenda.
Anexa ao n.o 277.

AHU_CU_017-01, Cx. 2, D. 278.

1644, fevereiro, 13, Lisboa

CONSULTA do Conselho Ultramarino, sobre o dinheiro que se mandara abonar ao Governador e Capitão mor Luiz Barbalho Bezerra para socorrer a gente de guerra que do Rio de Janeiro levava para Angola D. Antonio Ortiz de Mendonça.
AHU_CU_017-01, Cx. 2, D. 279-281.

1661, maio, 14, Lisboa

INFORMAÇÃO do Conselho da Fazenda acerca dos documentos referentes mesma sublevação.
Anexa ao n.o 875.
AHU_CU_017-01, Cx. 5, D. 876.

1660, dezembro, 9, Rio de Janeiro

AUTO que mandou fazer o juiz Ordinário Diogo Lobo Pereira a requerimento dos procuradores do Povo da cidade do Rio de Janeiro, sobre a conjuração que se descobrira estar preparada no Convento de São Bento.
Anexa ao n.o 875.

AHU_CU_017-01, Cx. 5, D. 878.

1660, outubro, 30, Rio de Janeiro

AUTOS que se processarão sobre a expulsão que fez o Povo do Rio de Janeiro do governo a Salvador Corrêa de Sá, Thomé Corrêa d’Alvarenga e nova eleição do Governador Agostinho Barbalho Bezerra, prisão dos ditos e cio provedor da Fazenda Real Pedro de Sousa Pereira.

Anexa ao n.o 875.

AHU-Rio de Janeiro-Calmeida, cx. 5, doc. 879. AHU_CU_017-01, Cx. 5, D. 879.

http://actd.iict.pt/eserv/actd:CUc014/CU-Paraiba.pdf

  1. 11-  [post. 1619, Lisboa]INFORMAÇÂO do [Conselho Ultramarino] sobre pertencer a Luís Barbalho de Vasconcelos, por renúncia de seus pais, os serviços de seu avô Luís Mendes de Vasconcelos.
    AHU-Paraíba, mç. 33AHU_CU_014, Cx. 1, D. 11.##########################################################

    1. 53-  [ant. 1663, março, 1, Paraíba]REQUERIMENTO de Filipe Barbalho Bezerra, ao rei [D. Afonso VI], solicitando o título de fidalgo da casa real, o hábito da Ordem de Cristo com comenda de cem mil réis e provimento de capitão-mor da capitania do Rio Grande ou Ceará,quando houver vaga, pelos serviços prestados na Paraíba e na guerra holandesa.Anexo: 4 docs. AHU-Paraíba, cx. 1 AHU_CU_014, Cx. 1, D. 53.######################################################
    Mais que interessante essa ultima referencia! Isso porque, pode ser que hajam mais Filipes. O que tenho noticias são 3 Filipe Barbalho Bezerra na família.
Segundo o autor Borges da Fonseca, houve o irmão do governador Luis Barbalho. Contudo, também afirma que esse casou-se em 24 de setembro de 1608. Ou seja, deveria estar pelo menos com uns 20 anos.
O que o colocaria com uma idade de 75 anos em 1663. Decerto, não deveria haver alguma utilidade para ele tal carta de fidalguia. Se solicitou alguma, devera te-lo feito muito antes da data.
O segundo Filipe mencionado eh o filho daquele primeiro. Dele foi dito ter sido “Cavalleiro da Ordem de Sao Bento, que não casou.” Então, em 1663, por não termos a data de seu nascimento, estaria por volta de seus 50 anos de vida.
Aqui ha um meio termo. Poderia ser ele solicitando um beneficio a mais. Isso porque, naquela idade, quando a maioria dos seus contemporâneos de idade ja haviam falecido, ele ja deveria ter alcançado seus privilégios antes dessa idade. Mas não se sabe!!!
O terceiro e ultimo que tenho noticias foi o segundo filho do Jeronymo Barbalho Bezerra. Jeronymo o qual Borges da Fonseca o deu como filho do Filipe, o primeiro, mas Rheingantz o da por filho do governador Luis Barbalho Bezerra.
Desse terceiro Filipe temos o ano de nascimento que foi em 1647. Ou seja, em 1663 estaria por volta de seus 16 anos de idade. Nesse caso especifico, as guerras contra os holandeses ja haviam terminado. Mesmo que meninos de 8 anos de idade podiam ser alistados pelos pais, não houve tempo hábil para ele lutar nela.
O unico senão de possibilidade ai seria se o Filipe do Jeronymo estivesse requerendo uma compensação em razão de o pai ter lutado na expulsão dos holandeses. E assim poderia ser feito `aquela época.
Isso porque o pai, Jeronymo Barbalho, havia perdido a vida em 1661, em consequência de degolamento e esquartejamento ordenado por Salvador Correia de Sa e Benevides, como punição por ter sido o líder do episódio histórico, ocorrido no Rio de Janeiro, denominado de A Revolta da Cachaça.
Mas os revoltosos, após julgados, foram considerados inocentes das acusações que o ex-governador Sa e Benevides os acusou. Então, o governo português ficou com essa bomba suja em suas mãos para resolver.
Era uma familia que se tornara órfã. O filho mais velho, Jeronymo também, estaria completando 18 anos. Nesse caso, haveria uma tendência a compensar `a família com alguns privilégios da nobreza, da qual os Barbalho Bezerra faziam parte.
Nesse caso, a patente que o pai possuía e o senhorio de engenho devem ter sido passados para o filho mais velho, capitão Jeronymo Barbalho Bezerra. E o Filipe deve ter escolhido a tal carta de fidalgo.
Não posso garantir mas imagino que a carta de fidalguia deveria garantir ao dono todos os privilégios de nobreza. Isso quer dizer que quando houvesse algum cargo chave na administração governamental, os fidalgos tinham prioridade. E cargo correspondia a renda. Dai o privilegio.
Estou me baseando apenas em suspeita e não em conhecimento. Isso porque, dos filhos do Jeronymo tenho certeza apenas que Páschoa e Michaela casaram-se e permaneceram no Rio de Janeiro mesmo. Não tenho o destino dos outros.
Alias, o quinto filho chamou-se Luis Barbalho Bezerra, pois, um irmão de mesmo nome havia falecido criança.
A suspeita de que o Filipe possa ter ido para Pernambuco ou Paraíba se baseia em que Rheigantz também identificou o tio dele, Antonio Barbalho Bezerra, como marido da Joana Gomes da Silveira. E por isso tornou-se o II senhor do riquíssimo Morgado do Salvador do Mundo da Paraíba.
Outro que ficou no Rio de Janeiro, o Agostinho Barbalho Bezerra, clamou dificuldades financeiras após a Revolta da Cachaça. Em seu pedido de mercês ao sr. rei, argumentou que tinha mãe e 3 irmãs pelas quais era responsável.
Assim, os outros devem ter compartilhado as responsabilidades na assistência `a família do Jeronymo, o enforcado. E se o Antonio, marido da Joana, foi mesmo irmão dele, maior teria sido essa responsabilidade.
Alias, seriam irmãos tanto se ambos foram filhos do Filipe quanto se foram do governador Luis. E isso justificaria a presença do Filipe (III) la na Paraíba. E haviam muitos parentes próximos e abastados na área entre Pernambuco e Paraíba.
Novamente, eh apenas uma suspeita não um conhecimento. Imagino que a solicitação de  “titulo de fidalgo da casa real” devia ter os mesmos componentes do pedido de brasão de armas das famílias. Nesse caso, deveria vir acompanhada de uma resenha genealógica.
E ai eh que gostaria de chegar. Se la no Arquivo Histórico Ultramarino houver o registro completo, poderemos ter acesso a pelo menos os nomes dos pais e avos desse Filipe. E ate talvez uma resenha que remonte a mais de 10 gerações.
Torcendo para que seja o Filipe, filho do Jeronymo, isso jogaria por terra a duvida quanto a Borges da Fonseca ou Rheingantz estar correto em relação `a paternidade do Jeronymo.
E mesmo que o Filipe seja um dos outros dois, iríamos jogar uma pa de cal na questão da paternidade do Luis Barbalho Bezerra. Como ele foi irmão do Filipe, e tio do filho deste, os pais do primeiro, ou avos do segundo, serão os pais do Luis.
Em caso de ficar sanada a duvida em favor do Guilherme Bezerra Felpa de Barbuda e Camilla Barbalho, então, constata-se o engano cometido no Pedatura Lusitana, que tem o Luis como filho de Antonio Barbalho e esposa que poderia ser Bezerra ou “Monteira”.
Quiça, haja na documentação uma boa e longa genealogia. Se o Filipe for tanto o irmão quanto o sobrinho do governador, que do lado Barbalho siga por pelo menos umas 5 gerações, porque ai, talvez, iremos descobrir que Antonio Barbalho e Fernão Barbalho foram também nossos ancestrais e, por isso, o engano no Pedatura terá sido menor.
Contudo, essas reflexões são positivas. Ha que nos lembrarmos que a possibilidade de ter havido outro Filipe Barbalho Bezerra eh relativamente alta. E pode ser primo distante, de forma a que a genealogia dele não esclareça a nossa. Portanto ha que se preparar o espirito para uma resposta menos generosa.
O que nos faltaria eh um candidato para fazer essa verificação!!!

 

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GENEALIDADE E GENEALOGIA DE ARY BARROSO

April 14, 2014

GENEALIDADE E GENEALOGIA DE ARY BARROSO

CONTEÚDO DESTE BLOG – ALL CONTENTS
01. GENEALOGIA
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02. PURA MISTURA
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03. RELIGIAO
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04. OPINIAO
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05. MANIFESTO FEMININO
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https://val51mabar.wordpress.com/2010/07/21/13-estrelas-mulher/
06. MISTO
https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/ah-que-mistura-boa-gente/
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https://val51mabar.wordpress.com/2014/06/08/a-iii-gm/
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https://val51mabar.wordpress.com/2015/01/25/03-o-menino-que-gritava-lobo/
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https://val51mabar.wordpress.com/2015/01/25/minhas-postagens-no-facebook-iii/
https://val51mabar.wordpress.com/2015/01/25/meus-escritos-no-facebook-iv/
https://val51mabar.wordpress.com/2015/02/14/uma-volta-ao-mundo-em-4-ou-3-atos-politica-internacional-do-momento/
07. POLITICA BRASILEIRA
https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/tudo-deu-errado-entao-nao-chora-conserta/
https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/se-nao-queria-que-isso-acontecesse-nao-deveria-ter-aceitado/
https://val51mabar.wordpress.com/2015/04/19/movimento-fora-dilma-fora-pt-que-osso-camarada/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/10/16/o-direcionamento-religioso-errado-nas-questoes-eleitorais-brasileiras/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/10/19/resposta-de-um-neobobo-ao-excelentissimo-sr-ex-presidente-fernando-henrique-cardoso/
https://val51mabar.wordpress.com/2011/08/01/miilor-melou-ou-melhor-fernandes/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/08/05/carta-ao-candidato-do-psol-plinio-de-arruda-sampaio/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/05/26/politica-futebol-musas-e-propaganda-eleitoral-antecipada-obama-grandes-corporacoes-e-imigracao/
08. IN ENGLISH
https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/space-until-to-the-end/
https://val51mabar.wordpress.com/2015/12/23/aliens-conspiracies-disappeared-treasures-and-dominance/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/06/02/the-nonsense-law/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/08/21/13-stars-woman/
https://val51mabar.wordpress.com/2011/10/05/the-suicidal-americaa-america-suicida/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/08/25/100-reasons-to-amnesty-the-undocumented-workers-in-united-states/
https://val51mabar.wordpress.com/2009/09/25/about-the-third-and-last-testament/
https://val51mabar.wordpress.com/2009/09/12/the-third-and-last-testament/
09. IMIGRACAO
https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/o-que-ha-de-novo-no-assunto-migracao/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/06/17/imigracao-sem-lenco-e-sem-documento-o-barril-transbordante-de-injusticas/
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GENEALIDADE E GENEALOGIA DE ARY BARROSO

INDICE

01. INTRODUCAO
02. GENEALOGIA BARROSO
03. PROGNOSTICOS E CONCLUSOES
04. MOACIR NUNES BARROSO, O SUPER BARROSO TURBINADO COELHO
05. EXTENSAO
06. VIA DOLOROSA
07. GENEALOGIA COMPRIMIDA DAS FAMILIAS DOS VIDALONGAS
08. MISCELANIA

09. OS PATRIARCAS PORTUGUESES DO CENTRO-NORDESTE DE MINAS GERAIS.

10. INVENTARIO DO FUNDO LUIZ ANTONIO PINTO.

01. INTRODUCAO

O projeto de estudarmos as genealogias dos parentes de nossos parentes esta dando bons frutos. Dedicarei este capitulo mais aos Barroso, porem, pelo que nos foi disponibilizado, ja posso prever que: a Familia Barroso que multiplicou-se a partir do Serro e Sabinopolis devera ser uma das mais numerosas da regiao, portanto, estara entre as mais misturadas com as outras. Particularmente, com nossos parentes.

Nasci e cresci ouvindo, vez por outra, que o sobrrenome Barroso estava presente em Virginopolis. Porem, talvez por causa do longo tempo entre a minha infancia e a atualidade, fugia-me `a persepcao quem poderia porta-lo ou se-lo sem te-lo.

Essa situacao comecou a modificar-se a partir de dialogos que tenho mantido com o juiz aposentado da Comarca de Virginopolis, o Dr. Jose Geraldo Braga da Rocha. A gente ja tem encontrado vinculos familiares entre pessoas de Pecanha e Virginopolis. Inclusive ele proprio tem como ancestrais pessoas que usaram o sobrenome Barbalho. Embora ainda nao foi possivel estabelecermos os vinculos por esta via entre nos.

Tem participado de nossos dialogos a prima dele, Marina Raimunda Braga Leao. Alem de escrever e estar em vias de publicar um livro, ela eh a genealogista “oficial” das familias de Pecanha, as quais estao bastante entrelacadas com outras: de Sao Pedro do Suacui, Cantagalo, do distrito de Santa Tereza do Bonito e cercanias. Igualmente, como sao familias que estao na regiao ha quase 2 seculos, havera que se imaginar que estao enraizadas nao apenas na circunvizinhanca mas tambem em todas as urbes que atrairam migrantes mineiros como: Governador Valadares, Ipatinga, Belo Horizonte, Brasilia, Rio de Janeiro, Sao Paulo, Nova Iorque, Lisboa, Boston e por ai vai.

Mas do dialogo com do Dr. Jose Geraldo ele revelou-me que a esposa, dona Maria das Gracas, alem de prima dele proprio, tambem era sobrinha da dona Dinah Barroso Moreira, esposa do senhor Antonio Moreira (ambos falecidos). Claro, o casal desperta logo a simpatia de virginopolitanos com idade semelhante a minha ou mesmo mais novos. Desde a minha mais tenra idade os conheci residindo entre meus parentes e amigos destes. Alem disso, as filhas Railda e Margarida tornaram-se esposas dos tio Ozanan de Magalhaes Barbalho e primo Lincoln Antonio Lucio, respectivamente. O que eu nao recordava foi que dona Dinah assinava Barroso antes do Moreira via casamento.

Em nossas conversas foi antecipado o parentesco que ha entre o Barroso local e aquele que procede do famoso estadista Sabino Alves Barroso Junior e tambem da super estrela da musica popular brasileira (melhor dizendo: mundial) Ary de Resende Barroso. Observo que a vida toda o Ary foi conhecido pelo nome por extenso como Ary Evangelista Barroso. Encontrei a mudanca nas ultimas linhas da biografia do Ary, no endereco: http://www.dicionariompb.com.br/ary-barroso/biografia. Por logica penso que o de Resende Barroso seria mesmo o mais apropriado.

Mas o assunto que nos levou a este ponto foi o potencial parentesco que existia entre nossos familiares. Dona Maria das Gracas teve como pai a Enio Nunes Barroso, irmao da dona Dinah. E os avos se chamavam Benicio Alves Barroso e dona Knesvita Nunes Coelho. De imediato ja poderiamos afirmar que algum grau de parentesco existe entre nos, mas falta-nos descobrir qual, porque nao sabemos ainda como dona Knesvita entra na Arvore Genealogica do ramo Nunes Coelho. Por enquanto, a unica coisa inegavel eh o parentesco, a duvida paira sobre o grau.

Dr. Jose Geraldo mencionou-me um livro que possui onde haviam dados genealogicos da Familia Barroso. Mas como ele nao o encontrou, o assunto nao iria para frente. Contudo resolvi pedir uma ajudazinha `a amiga Joselia Barroso Queiroz Lima. A lista de nomes de primeiro moradores de Sabinopolis que deu origem ao capitulo 08 do texto: https://val51mabar.wordpress.com/2013/12/06/genealogias-de-familias-tradicionais-de-virginopolis/, havia sido extraida de um trabalho dela. Tese esta que pode ser lida no endereco: http://www.pucminas.br/documentos/dissertacoes_joselia_barroso.pdf.

Confesso que nao havia lido o trabalho na integra. Somente agora pude associar os nomes na dissertacao `a genealogia. O que corresponde em boa parte aos parentes e ancestrais dela. Posteriormente procurei-a no Facebook e ela tem paciente e graciosamente tolerado a minha vontade irriquieta de saber de tudo. E foi essa uma mensagem que lhe enviei:

Oi Joselia,

Desculpe incomodar de novo. Mas estou tentando descobrir uns detalhes da genealogia em Virginopolis que se liga a Sabinopolis.

Alias, a coisa toda deve passar por sua casa tambem. Eh que temos um casal que por enquanto esta sem os pais. Sao eles Benicio Alves Barroso e dona Knesvita Nunes Coelho.

Ele nasceu em Sabinopolis. E segundo o Dr. Jose Geraldo (juiz aposentado de Virginopolis), era parente do Ary Barroso. Imagina que seja do deputado Sabino Barroso tambem. Encontrei umas informacoes soltas no site do Santuario do Caraca, porque alguem estudou la. [ESTUDARAM NO CARACA OS IRMAOS IGNACIO E SABINO JUNIOR. TAMBEM ENCONTREI A MENCAO AO JOAO EVANGELISTA MAS ESTE NAO SE ENCONTRA NA LISTA DE EX-ALUNOS DO SANTUARIO]

Quem desejar fazer visita `a lista para encontrar parentes, pode acessar: http://www.santuariodocaraca.com.br/ex-alunos/.

Os Barroso em Virginopolis incluem a Familia do tio Ozanan de Magalhaes Barbalho. Os filhos dele sao bisnetos do sr. Benicio. Ja a esposa do Dr. Ze Geraldo eh neta.

Estou sendo ajudado pela Marina Raimunda Braga Leao nos dados de Pecanha. Ela eh prima do Dr. Ze Geraldo. E os dois podem ser seus primos tambem, pois, sao Queiroz, mesmo sem assinar.

Eh justamente o que venho prevendo. No fundo, todos nos teremos alguma ligacao uns com os outros. Gostaria de chegar ao ponto de saber como se forma o nucleo Barroso em Sabinopolis, pois, penso que as chances de eles terem parte de Pereira do Amaral ou Borges Monteiro eh muito grande. E ai serao meus parentes consanguineos, nao apenas afins.

Obrigado, e grande abraco.

Valquirio.

Polidamente minha interlocutora mencionou que anda super atarefada por razoes de trabalho, dai nao havia respondido a questoes anteriores. Alem disso, revelou ser descendente do Ary Barroso. Fiquei entre o queixo quebrado e a expressao: deve estar brincando comigo! Somente depois foi que pude desembolar meus neuronios e raciocinar que nao havia motivo para brincadeira. Alias ate onde ja sei, o descendente alegado nao se trata do sentido biologico e sim geracional, ou seja, a avo dela era irma do pai do Ary. Este era de geracao ascendente `a dela, pois, era primo em primeiro grau de sua mae. E o pai acrescenta mais parentesco.

E a surpresa faz parte da nossa ignorancia. A gente pensa no Ary como o idolo e logo o coloca em um pedestal. Dai, por ele ser uma pessoa do passado ja quase o tem como deus, que esta nas alturas, e se torna intocavel. Muitas vezes a gente esquece que, por maior que seja, as personalidades nao deixam de ser pessoas. Se o Ary fosse crianca em nosso tempo e frequentasse escola conosco, a gente o teria como pessoa absolutamente comum, nunca enxergariamos o que ele seria quando crescesse.

No caso do Ary, pela biografia de infancia e pelo tempo em que viveu, devera ter ouvido algumas vezes a expressao: “Este moleque nao vai dar nada na vida!”. O tempo sempre mostra como eh va a prognosticacao humana! Alias, todos nos somos especiais como ele. Vamos supor que ao inves de musico ele tivesse se tornado um eximio seleiro, profissao muito comum `aquela epoca.

Poderia ter feito trabalhos maravilhosos, equiparaveis `as musicas que compos. A diferenca seria que o Ary artista das selas nao teria a mesma expressao que o Ary compositor, simplesmente porque nossa sociedade eh defectiva, valoriza alguns trabalhos e menospreza outros, mesmo que todos sejam imprescindiveis a seu tempo. O Ary seleiro nao seria menos importante que o Ary compositor. Assim como nos deveriamos ser melhor valorizados pelo que somos, nao importa o que seja, pois, somos todos imprescindiveis.

Depois da fama, as pessoas continuam essencialmente humanas. Tem familias como as nossas. Tem os parentes aos quais sao mais ligadas. E, com certeza, tem milhoes de pessoas com graus de parentesco maiores e menores. E `as vezes os que sao mais proximos das figuras historicas nao tem o orgulho antipatico de o serem. Refiro-me a antipatico aqueles que por serem proximos das figuras se acharem melhor que os outros.

Mas a verdade eh que todos temos familiares que se destacaram por alguma razao ou outra na sociedade passada. Claro, a gente que tem a curiosidade genealogica acaba descobrindo como isso se da. Mas a maioria das pessoas nao despertou para essa verdade. As maiores personalidades da Historia de algum passado pouca coisa mais remoto nao sao alienigenas, sao nossos ancestrais tambem. O certo eh que a maioria absoluta dos brasileiros descende do imperador Carlos Magno, do rei Fernando I Magno de Castela e Leao e muitos outros, porem, ignora isso.

Por estar comentando algo a respeito do Ary das composicoes maravilhosas recordei-me de meu pai. Ele ficava ate mesmo irritado quando eu punha o velho gravador para tocar musicas da minha adolescencia. Observe-se que incluia-se nomes sagrados como Chico Buarque, Gilberto Gil, Fagner, Caetano Veloso, Gonzaguinha, Alceu Valenca, Elomar, os meninos do Vale do Jequitinhonha, Milton Nascimento e outros mineiros, enfim, somente o time A da MPB.

Compreendo que a epoca em que papai era jovem o jeito de fazer-se musica era diferente. A comercializacao tambem era radicalmente diferente. Embora considerado gente dos grotoes, o pessoal do interior era versado em musica. Como nao existiam gravacoes, a musica tinha que ser apresentada ao vivo. Mesmo naquele tempo em que o radio chegava a todos os rincoes, nao se poderia ter um baile, principal diversao da juventude, se bons musicos nao botassem maos `a obra. Nao haveria uma festa comemorativa nas igrejas se as “furiosas” nao estivessem afinadas.

Assim, ate mesmo por necessidade, todo mundo aprendia um pouco de musica e muitos sabiam tocar um instrumento. Ou seja, o comercio da musica era feito de musico para musico. Somente se os musicos se interessassem pela obra eh que o autor poderia almejar fama.

A musica brasileira nasceu dos classicos. Do aprendido nos seminarios e fundos de sacristias. Misturou-se ao profano dos caboclinhos e dos quintais de capoeira. Saiu dos sertoes e veredas para conquistar os grandes aglomerados de povoacao. Guardou de cada uma de suas origens o melhor. Refinou-se. Tornou-se mundialmente conhecida por causa de sua alta qualidade. Transformou-se num produto de exportacao muito desejado pelo mundo fora do Brasil. Pessoas como Ary Barroso e Dorival Caimmy estavam por tras do sucesso de Carmem Miranda. Que defendia mais as cores verde e amarelo que a selecao canarinha.

Penso que a cada geracao a musica brasileira ganhou degraus de qualidade. Os compositores de uma geracao posterior tinham como mestres os da geracao anterior. E os discipulos logravam superar seus mestres, porem, quando perguntados quais teriam sido suas influencias, recitavam orgulhosos os nomes das geracoes anteriores `as quais haviam crescido ouvindo.

Creio que este ciclo se quebrou no passar da ditadura militar. Foram mais de 20 anos de bombardeamento dos nossos ouvidos. Embora a minha geracao tenha assistido o passar do apice da musica popular brasileira, esta foi quase que banida do grande publico. Sucesso passou a ser o arremedo do ieieie, do rock e de tudo que vinha de fora. Os melhores musicos do Brasil nao puderam fazer muitos discipulos no pais porque estavam sempre em viagens sem volta determinada para o exterior. Aqui nos Estados Unidos, na Franca ou Alemanha eles podiam cantar. No Brasil, so depois de censurados.

O pior de tudo foi que em nosso tempo de juventude raramente tinhamos acesso ao melhor da musica brasileira na midia que trafega via ondas. E mesmo a musica estrangeira que tocava sem cessar nao era o que o mundo teria a nos oferecer de melhor. Cantores como Joan Baez e Bob Dilan, somente aos acasos. John Lenon era tocado porque a genealidade ultrapassava ate cortinas de ferro. O que chegava a nos era mais um supusitorio de estupidificacao para os ouvidos. Boa coisa so quase via clandestinidade mesmo!…

Assim, compreendo o fato de meu pai nao ter gostado da musica da minha geracao. Era bem diferente da que ele estava acostumado a ouvir. Da epoca dele era mais classica, mais sinfonia. Na minha geracao os autores comecaram ousar a cantar suas proprias cancoes. Nao importava se tinham o timbre do cantor classico. Podia ter ate a voz chinfrim, neh mesmo Chico Buarque?!

Penso que eu era um dos poucos que nao importava com a falta do padrao classico das vozes de diversos cantores brasileiros. Preocupava-me com a entonacao de cada um. Se a entonacao refletia o que a letra dizia, para mim era o que importava. Tambem, a letra precisava falar alguma coisa. Nao apenas ter rima. Rima por rima eu mesmo poderia fazer as minhas. Nao para encantar mas ate para desafiar como no refrao do Carlos Drummond: “Mundo, mundo… Vasto mundo… Se eu me chamasse Raimundo!… Seria rima, nao seria solucao.”

Compreendo porque meu pai nao gostava das musicas que eu gostava. E compreendo porque a mocada de hoje gosta do lixo que lhes eh oferecido. Desde a minha geracao o Brasil deixou de exportar valores para importar lixo. Os jovens de hoje nao aprenderam musica, assim como eu tambem nao aprendi. Mas eles tem a desvantagem de nao terem crescido ouvindo bons exemplos. Portanto, para eles, ate o lixo eh musica. Quem nao conhece o que eh bom aceita qualquer coisa.

Nao podemos culpar a quem nao tem escolha. Para os divulgadores o que vale eh o faturamento. No meu tempo, se nao fosse clandestino, dificilmente se ouvia boa musica porque a televisao nao tocava. As radios so tocavam musica internacional. Depois de 20 anos residindo aqui nos Estados Unidos, somente nas radios publicas ouco uma cancao brasileira por mes. Nao importando o que todos estariamos perdendo, dever-se-ia aplicar a lei da reciprocidade em territorio brasileiro.

Observacao. Existem aqui emissoras de radios que alugam espacos para locutores brasileiros. Confesso que nunca sintonizo meu radio nelas. Vez por outra entro no carro que minha esposa deixou sintonizado nas faixas que ela gosta. A maioria dos espacos sao ocupados por pastores evangelicos e adoradores da musica sertenaja ou de generos pouco apropriados para os meus ouvidos. Nao sinto prazer em ouvir ja que discordo da forma da interpretacao biblica dos religiosos e aos cantores falta o refino musical.

Nao desmereco nenhum genero musical. Nao creio que haja um melhor ou pior. Qualquer genero eh valido, desde que os produtores da musica saibam associar letra, poesia, melodia, conteudo e um toque de genio que nos faca parar com outros raciocinios para decifrar a sonoridade que invade os nossos ouvidos.

Quando eu era crianca eu detestava ouvir sambas apresentados nas televisoes. Apresentavam sempre uma roda, cheia de pandeiros e malabarismos. Virava circo ruim. Era quase um carnaval marcial. Tinha tudo de charanga e nada de musica. Com o tempo e as licoes dos mestres do passado chegou-se a produzir boa coisa. Dai para frente parei de associar o genero com a palavra ruim. E descobri que dentro de todo genero existem bons e maus trabalhos.

Ary foi homem de sambas. Mas em meu tempo so se ouvia dele os outros generos nos quais compos. Em todos o registro da mesma genealidade. A genealidade do compositor esta no fato de que, nao importa que suas composicoes tenham sido feitas no passado. Na atualidade, qualquer cantor mediocre poderia tomar de emprestimo as composicoes dele, gravar discos de menor qualidade e, com a facilidade que os meios de comunicacao atuais tem para divulgar o trabalho, este teria o sucesso garantido. Quem nao se dobra a composicoes como “Rancho Fundo” e “Aquarela do Brasil”?!… Por exemplo.

O baixo nivel da educacao no Brasil talvez seja uma consequencia do abandono da dedicacao `a musica e da simples exploracao comercial dela. Ora, houveram civilizacoes antigas que atingiram avancos que ainda nao sao compreendidos por cientistas. E quando tratamos de civilizacoes antigas devemos nos lembrar que educacao e leitura eram restritas a uma pequena elite de sabios. Entao, como explicar os avancos se os sabios da civilizacao atual acreditam que so se pode desenvolver avancos atraves de educacao escolar?

Pelo que recordo do meu tempo de crianca e de ouvir falar de tempos anteriores, a musica era um dos veiculos de educacao que ajudavam muito no ensino mesmo a pessoas analfabetas. Claro, havia dedicacao dos letrados `a poesia, com declamacoes para todo o povo. Juntando-se isso aos proverbios populares conseguia-se uma populacao sem educacao formal, porem, com conhecimentos elevados de cultura. Claro, pelo componente ritmico e sonoro, a musica apresenta vantagens como meio didatico de ensinar.

Com o abandono da qualidade musical e mesmo com a massificacao da escolaridade formal, isso nao trouxe os beneficios alardeados. Pelo contrario. Atualmente usa-se a musica apenas para fazer milionarios e Jose ricos, porem, sem o devido talento para educar a populacao, como se fazia em tempos anteriores. Musica deveria ser oferecida em doses de altissima qualidade. Como as pessoas humanas tem a tendencia musical, sejam elas quem for, acabariam fazendo esforco para entender e com isso se educando melhor. Distribuindo lixo como se faz atualmente, ninguem precisa fazer esforco. Em contrapartida se perde em educacao.

Bom, seguindo o meu relato, a Joselia acrescentou `a resposta que iria enviar-me as paginas do livro: “SABINO BARROSO, UM ESTADISTA DAS GERAIS”, de autoria do Sebastiao Pimenta Barroso, paginas de 237 a 247, que continham um apanhado da genealogia da Familia Barroso e Araujo Abreu. Enviado o material ele se encontra em minhas maos. Ja na autoria do livro observa-se parentesco.

Os que desejarem ja poderao visitar o http://www.geneaminas.com.br, pois, ali encontrarao um Sebastiao Pimenta Barroso, que creio ser o mesmo. No livro: “A MATA DO PECANHA, SUA HISTORIA E SUA GENTE, do professor Dermeval Jose Pimenta, ele esta na pagina 294. Trata-se de um trineto de Boaventura Jose Pimenta e tia Maria Balbina de Santana. Os pais dele foram o 5.5.1.6 Gencerico de Figueiredo Barroso e Corina Pimenta Barroso. Sebastiao eh tio do Dr. Gilvan de Pinho Tavares, o atual presidente do Cruzeiro Esporte Clube de Belo Horizonte. Este esta na mesma pagina.

O livro aborda primariamente a descendencia do casal: Boaventura Jose Pimenta e tia Maria Balbina de Santana e seus 5 filhos. Particularmente a do filho Modesto Jose Pimenta com a tia Ermelinda Querubina Pereira do Amaral e seus 12 filhos. O melhor eh correrem ao livro ou ao site para melhor acompanharem. E o “tio” Boaventura era tambem Barbalho. Podem conferir.

Entrei tambem em contato com a Katia Barroso, para os virginopolitanos, filha do soldado Cica com a nossa prima Maria de Lourdes (dona Lourdinha). Infelizmente ela nao pode ajudar-me ainda na descoberta de como o Barroso entrou na familia dela. Sei que nao eh do lado da dona Lourdinha. Este tem Pereira do Amaral, Coelho e Valadares em geracoes mais recentes.

Ha um relacionamento de irmaos entre o Cica (ja falecido) e o senhor Valdomiro ou dona Maria do Amparo, esposa deste. As duas familias sao Barroso e quica Coelho pelo lado Barroso. Mas somente depois que obtiver mais informacoes poderemos constatar a informacao exata. Lembro-me da mencao a outros Barroso no municipio mas nao recordo tratar-se de quem no momento.

Para abreviar essa conversa, penso ser melhor copiar aqui as paginas enviadas. Nao creio que havera problemas quanto a isso porque ha ate mesmo uma autorizacao para isso ser feito, nelas. E o meu objetivo aqui sera divulgar o que tenho em maos para, em caso de alguem reconhecer seus ancestrais, nos ajudar a atualizar o que estiver faltando.

Reproduzirei as paginas do livro com pequenas alteracoes. Com a colocacao de numeracoes que facilitam depois as localizacoes. As poucas informacoes extra que ja posso acrescentar estarao em letras todas maisculas. Algo mais indicarei onde encontrar. Segue entao:

02. GENEALOGIA BARROSO

” APENDICE

A seguir, encontrara o leitor uma incompleta Arvore genealogica da familia Barroso e Araujo Abreu, ate a quarta geracao brasileira. Os cultores deste genero de pesquisa poderao no futuro, desenvolve-la e completa-la.

Manoel Barroso Alvares casa-se no Concelho de Montalegre em Portugal com Aguida Araujo, pais de Joaquim Barroso Alvares.

Joaquim casa-se no Serro com Maria Fernandes, pais de:

1. Carlota
2. Carolina
3. Mariana
4. Eduardo
5. Joaquim
6. Marciliana
7. Afonso

1. Carlota mae de:

1. Modesto
2. Galdino
3. Gabriel
4. Rodolfo
5. Flavia
6. Rita

1.1 Modesto, pai de:

1. Americo casado com Reduzinda 4.1.3
2. Benicio
3. Pedro
4. Adelaide
5. Mariana

1.1.1 Americo casado com Reduzinda [4.1.3], pais de:

1. Jose de Araujo Barroso – ZELITA BARROSO QUEIROZ, PAIS DE:

1.1.1.1 CARLOS QUEIROZ BARROSO CASADO COM AYDE BARROSO DE QUEIROZ 5.5.6.7.1

1.1.2 Benicio ALVES BARROSO CASADO COM KNESVITA NUNES COELHO, pais de:

01. Jose
02. Elvira – DINO BIBIANO, RESIDIAM EM PECANHA
03. Lourdes
04. Celia
05. Modesto – RESIDIU EM GOVERNADOR VALADARES E ERA MUITO RICO
06. Vitorino
07. Jupira – RESIDIA EM SAO PEDRO DO SUACUI
08. Lourival
09. Dina BARROSO MOREIRA CASADA COM ANTONIO MOREIRA, PAIS DE:
1.1.2.9.1 RAILDA MOREIRA – OZANAN DE MAGALHAES BARBALHO
1.1.2.9.2 MARGARIDA MOREIRA – LINCOLN ANTONIO LUCIO
1.1.2.9.3 LAURA MOREIRA
1.1.2.9.4 MUCIO MOREIRA – “BAIANA”
10. Enio NUNES BARROSO CASADO COM MARIA DA CONCEICAO DA ROCHA, PAIS DE:
1.1.2.10.1 ELIZA DO SOCORRO BARROSO ROCHA
1.1.2.10.2 AFONSO BARROSO DA ROCHA
1.1.2.10.3 MARIA DAS GRACAS BARROSO ROCHA – DR. JOSE GERALDO BRAGA DA ROCHA
1.1.2.10.4 FATIMA DA CONSOLACAO BARROSO (GONCALVES)
1.1.2.10.5 JOSE BARROSO DA ROCHA
11. Gastao – MORAVA EM GOVERNADOR VALADARES
12. Izabel – RESIDIA EM SANTA MARIA DO SUACUI
13. Benicio (BENICINHO) – MORAVA EM GOVERNADOR VALADARES
14. Maria de Jesus
15. Pedro

3. Mariana, mae de:

1. Josefino

4. Eduardo casado com Reduzinda 4.1.3, pais de

1. Maria Santiago

4.1 Maria Santiago (Mariquinha) casada com Antonio Candido de Araujo Abreu, pais de:

1. Balbino, casado com Izabel de Pinho Tavares
2. Antonio Victorino
3. Reduzinda casada com Americo Alves Barroso 1.1.1
4. Antonia Emilia (Ninica) casada com Jose Candido de Pinho Tavares
5. Anfiloquia Victorino casada com Genaro de Pinho Tavares
6. Aurora Felizarda casada com Elpidio de Pinho Tavares
7. Maria Stela casada com Heitor de Pinho Tavares
8. Eduarda Eulina (Dadinha) casada com Artur de Pinho
9. Maria (Mariquinha) casada com Clarindo Ferreira Campos

4.1.9 MARIA (MARIQUINHA) CASADA COM CLARINDO FERREIRA CAMPOS, PAIS DE:

1. ATANAGILDO DE ARAUJO CAMPOS
2. GERALDO DE ARAUJO CAMPOS
3. MARIA DE ARAUJO CAMPOS

INFORMACAO DESTE ACRESCIMO ENCONTRADO NA PAGINA 131 DO LIVRO “A MATA DO PECANHA”. CLARINDO ERA FILHO DE DONA INHA (CAROLINA GABRIELA DA FONSECA) E JOAQUIM FERREIRA CAMPOS. ERAM ORIUNDOS DO SERRO. D. INHA JA VIUVA MUDOU-SE PARA SAO JOAO EVANGELISTA. FOI TAMBEM MAE DE LUIZ, RITA E BATISTINA. A FILHA, RITA CAMPOS, FOI ESPOSA DE JOAO GUALBERTO GONCALVES E MAE DE IRACEMA GONCALVES CAMPOS. POR ULTIMO, ESTA CASOU-SE COM O VIRGINOPOLITANO SALATHIEL BATISTA COELHO. TIO SALATHIEL ERA FILHO DOS TRISAVOS JOAO BATISTA COELHO JUNIOR E QUITERIA (TITI) ROSA PEREIRA DO AMARAL.

5. Joaquim, casado com Senhorinha, pais de:

1. Davi
2. Firmo casado com Elisa
3. Joaquim (Quina) casado com Maria Jose
4. Elisa, casada com Bernardino Pacheco

5.1 Davi, pai de:

01. Mauricio
02. Joao
03. DaviD BARROSO – MARIA FRANCELINA *(O CASAL APARECE NA PAGINA 246 DO LIVRO “A MATA DO PECANHA”. MARIA FRANCELINA ERA IRMA DA TRISAVO MARIA MARCOLINA, AMBAS FILHAS DOS QUARTAVOS: DANIEL PEREIRA DO AMARAL E MARIA FRANCELINA BORGES MONTEIRO. O LIVRO TRAS SOMENTE OS NOMES DO CASAL, POREM, O QUE ME LEVA A CRER SEREM ELES SAO AS POSSIVEIS IDADES SEREM SEMELHANTES, POIS, O PAI DAVI TERA NASCIDO ANTES DE 1825, DATA DE NASCIMENTO DA MARIA FRANCELINA BORGES MONTEIRO E DANIEL NASCEU EM 1818, PORTANTO, A POSSIBILIDADE ERA A DE QUE OS FILHOS SE CASASSEM).
04. Sebastiao
05. Benfica
06. Ader (5.4.5 ?)
07. Arminda *(`A PAGINA 276 DO LIVRO “A MATA DO PECANHA” INICIA-SE A DESCRICAO DA FAMILIA DE JOSE (JUCA) AUGUSTO PIMENTA, CASADO COM ARMINDA ALVES BARROSO. TUDO INDICA SER A MESMA ARMINDA, POREM, O PROFESSOR DERMEVAL PIMENTA NADA MENCIONOU A RESPEITO DA FAMILIA DA QUAL ELA PROCEDIA)
08. Olinda
09. Quita
10. Etelvina

* AMBOS OS CASOS AQUI APONTADOS CARECEM DE VERIFICACAO, POIS, NAO EXISTE NO LIVRO O QUE POSSA DESAMBIGUAR ESTAS LIGACOES.

5.2 Firmo casado com Elisa, pais de:

1.Galvao casado com Anita
2. Maria do Amparo
3. Sinaval
4. Baltazar casado com Maria da Penha

5.3 Joaquim (Quina) casado com Maria Jose, pais de:

1. Floripes
2. Pedro (Pedrinho)
3. Maria Jose
4. Joaquim
5. Judith
6. Claudesina
7. Olindina

5.4 Elisa casada com Bernardino Pacheco, pais de:

1. Levina casada com Jose Rocha Pinto
2. Jose Alvim
3. Petrina
4. Levino (Du) casado com Corina
5. Berenice casada com Ader (5.1.6 ?)

5. Joaquim casa em segunda nupcias, no Serro em 1825, com Jacinta Moreira da Costa, pais de:

5. Sabino (nascido em 1826)
6. Maria
7. Cesario
8. Aguida
9. Marinha

5.5 Sabino, casado com Maria Josefina de Araujo Abreu, pais de:

1. Jose Clemente casado com Ernestina Lopes de Figueiredo
2. Jacinta casada com Joaquim Tomas de Carvalhaes
3. Sabino ALVES BARROSO JUNIOR (solteiro)
4. Ignacio casado com Maria Lopes de Figueiredo
5. Ubaldina casada com Joaquim Tomas de Carvalhais
6. Maria Josefina [FININHA] casada com Honorio Lopes de Figueiredo
7. Joao casado com Angelina

5.7 Cesario, pai de:

1. Jacinta
2. Elvira
3. Querubina
4. Maria

5.5.1 Jose Clemente casado com Ernestina pais de:

1. Jose (Juquinha) casado com Sebastiana Rabelo
2. Vicente casado com Josefina Soares
3. Sabino (Binu) casado com Carlota
4. Nelson casado com Iracema 5.5.4.4
5. Euclides casado com Regina Carvalhaes
6. Gencerico casado com Corina Pimenta (M.P. 293)
GENCERICO DE FIGUEIREDO BARROSO E CORINA PIMENTA FORAM OS PAIS DE DONA MARIA FLOR DE MAIO PIMENTA BARROSO QUE SE CASOU COM AGENOR DE PINHO TAVARES E SAO OS PAIS DE GILVAN DE PINHO TAVARES, ATUAL PRESIDENTE DO CRUZEIRO ESPORTE CLUBE DE BELO HORIZONTE.
7. Amintas casado com Semirames 5.5.6.7
8. Tomires casada com Pedro Rabelo do Amaral

5.5.2 Jacinta casada com Joaquim Tomas Carvalhaes, pais de:

5.5.2.1 Jacinta casada com Mario Cafe (ESTE CASAMENTO ESTA TAMBEM REGISTRADO NA PAGINA 71 DO LIVRO “A MATA DO PECANHA”, ONDE MARIO EH O FILHO NUMERO 11, SEM APRESENTAR DESCENDENCIA).

5.5.3 Sabino (Solteiro) – NASCEU EM SABINOPOLIS, 27.04.1859 E FALECEU EM BELO HORIZONTE, 15.06.1919
http://www.fazenda.gov.br/institucional/galeria-dos-ministros/republica/rep011
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sabino_Barroso
http://www.santuariodocaraca.com.br/livro-de-matricula-1856-1910/, ANO 1877, MATRICULA 1122

5.5.4 Ignacio casado com Maria Lopes de Figueiredo pais de:
http://www.santuariodocaraca.com.br/livro-de-matricula-1856-1910/ (ANO DE 1878, MATRICULA 1237)

01. Alarico casado com Anita Machado
02. Larmartine
03. Ceci casada com Boecio Cafe (TALVEZ HAJA AQUI UM ENGANO POIS NA PAGINA 71 DO “A MATA DO PECANHA” APARECE O BOECIO PEREIRA DA SILVA, FILHO DE DONA ESTEFANIA CAFE E SEU PRIMEIRO MARIDO, DR. GIL PEREIRA DA SILVA. PODENDO TAMBEM O MARIDO DE DONA CECI TER SIDO UM PRIMO DA FAMILIA DESCRITA PELO PROFESSOR PIMENTA).
04. Iracema casada com Nelson 5.5.1.4
05. Tardieu casado com Maria de Araujo Abreu
06. Josue
07. Ismael casado com Judith Mourao
08. Ignacio casado com Sema
09. Maria casada com Osvaldo de Pinho Tavares
10. Ofelia casada com Paulo de Magalhaes e Castro
11. Ortiz casado com Geny Mourao
12. Djanira casada com Silvio de Magalhaes e Castro

5.5.5 Ubaldina casada com Toaquim Tomas Carvalhaes pais de:

01. Eucalina
02. Bolivar
03. Milton
04. Laponesia
05. Galba
06. Maria Josefina
07. Azila
08. Ruy
09. Jupira
10. Jarbas

5.5.6 Maria Josefina casada com Honorio Lopes de Figueiredo pais de

1. Maria josefina casada com Santos Carvalhais (Santinho) (NA PAGINA 72 DO LIVRO “A MATA DO PECANHA” A FAMILIA CATAO EH DESCRITA. ALI MENCIONA-SE OS SENHORES SANTOS CARVALHAIS E LIVIA JUSTINA DE GOUVEIA, PAIS DE DONA JULIA AUGUSTA (CATAO), ESPOSA DO AUGUSTO CESAR ALVES CATAO. OS SENHORES AUGUSTO CESAR E JULIA FORAM PAIS DO FRANCISCO DE OLIVEIRA CATAO, MARIDO DA TIAVO OLGA DE MAGALHAES BARBALHO. POSSIVEL SERA QUE DONA JULIA TENHA SIDO IRMA DO SANTINHO.
2. Waldemar casado com Maria das Dores Dayrel
3. Sebastiao casado com Maria de Lourdes Carvalhais
4. Vicente casado com Maria do Rosario Leonardo
5. Gerolisa casada com Teotonio Leonardo
6. Erotides (viuva)
7. Semirames casada com Amintas Figueiredo Barroso 5.5.1.7

5.5.6.7 SEMIRAMES CASADA COM AMINTAS FIGUEIREDO BARROSO 5.5.1.7, PAIS DE:

1. AYDE BARROSO DE QUEIROZ CASADA COM CARLOS QUEIROZ BARROSO 1.1.1.1, PAIS DE:

5.5.6.7.1.1. JOSELIA BARROSO QUEIROZ LIMA

5.5.7 Joao EVANGELISTA BARROSO casado com Angelina DE RESENDE, pais de:

5.5.7.1 Ary DE RESENDE Barroso casado com Ivone” BELFORT DE ARANTES, PAIS DE:

1. FLAVIO RUBENS BARROSO
2. MARIUZA BARROSO
http://aochiadobrasileiro.webs.com/Biografias/BiografiaAryBarroso.htm

AS PAGINAS AQUI ESTAVAM INCOMPLETAS. JOSELIA ENVIOU-ME O COMPLEMENTO ONDE CONSTA:

Arvore Genealogica da Familia Araujo Abreu:

Alferes Antonio de Araujo Abreu casado com Salvina Emilia de Queiroz, pais de:

1. Antonio Candido de Araujo Abreu CASADO COM 4.1 MARIA SANTIAGO (MARIQUINHA)
2. Maria Josephina de Araujo Abreu CASADA COM 5.5 SABINO ALVES BARROSO

FAZ-SE NECESSARIA AQUI A INFORMACAO DE QUE OS VARIOS CARVALHAIS PRESENTES NESTA GENEALOGIA DEVERAO SER TODOS PARENTES. ALEM DISSO, DEVERAO SER PARENTES DE TODA A DESCENDENCIA DO CASAL: MARIA ROSA DOS SANTOS CARVALHAIS E JOAQUIM PEREIRA DO AMARAL. ESTE CASAL PROCEDIA DE SABINOPOLIS E SE ENCONTRA NA LISTA DE PRIMEIROS MORADORES DE VIRGINOPOLIS. ENTRE OS DESCENDENTES DELE INCLUI-SE O AUTOR DESTAS OBSERVACOES.

Agora postarei abaixo os nomes de familiares que entraram em nossa Arvore Genealogica, que assinam Barroso ou que sejam suspeitos de pertencerem `a mesma familia mas cujos ancestrais ainda nao foram identificados. Gostaria que se alguem, principalmente os descendentes deles, souberem os nomes de pais, avos etc, entrem em contato para que possa fazer as ligacoes na Arvore. Segue entao, por ordem alfabetica.

Americo Barroso – Aurelia Pimenta Barroso
Antonio Barroso de Oliveira – Maria Jose de Pinho
Ari Wander Barroso – Eveline Coelho Barroso
Arminda Alves Barroso – Jose (Juca) Augusto Pimenta
(Cica) Barroso – Maria Lourdes (dona Lourdinha) Coelho Valadares
Francisco Barroso da Silva – Lucilia da Silva Coelho
Graciema Nunes Barroso – Lauro Nunes Coelho (ja identificado)
Ilda Barroso – Ulisses Nunes Coelho Filho
Maria Lucia Barroso Magalhaes – Gensemar Barroso Mourao
Moacir Nunes Barroso – Jandira Nunes Coelho (ja identificado)
Nair Barroso Guimaraes – Aristides Nunes Coelho (ja identificada)
Zilah Nunes Barroso – Darcy Nunes Coelho (ja identificada)

O que nao precisamos eh informar que o sobrenome Barroso vem de tempos que remontam `a Idade Media. Quem desejar mais informacoes a este respeito pode buscar informacoes na internet em enderecos como este: http://brasaodefamilia.blogspot.com/2011/04/brasao-da-familia-barroso-e-brasao-da.html. Alem disso, posso adiantar que o primeiro do nome Barroso, D. Egas Gomes Barroso tera vivido em torno dos anos 1100.

Numa sequencia posterior, ele foi pai do Goncalo Viegas Barroso, avo do Goncalo Goncalves Barroso e bisavo da Constanca Goncalves Barroso. Ela casou-se com Martim Machado. Dai para frente a linhagem segue e se encontra com a genealogia Coelho que, possivelmente, dara raiz aos diversos Coelho que povoam o interior brasileiro, particularmente o Municipio de Virginopolis.

Uma observacao que faco aqui sera a de nao termos um acompanhamento melhor a partir da primeira geracao brasileira da Familia Barroso. Seria interessante sabermos nomes completos dos conjuges, pois, isso ja nos daria indicativo de quem mais podera ser descendente desta mesma raiz.

Encontra-se mais alguns detalhes genealogicos no capitulo 04, abaixo.

03. PROGNOSTICOS E CONCLUSOES.

O meu esforco primario aqui era o de identificar as ligacoes familiares que existem entre a Familia Barroso e as outras que formam o conjunto de nossos parentes. O fato de eu ainda nao poder apontar mais ligacoes se deve a nao ter um banco melhor de dados relativos `a nossa parentalha na cidade de Sabinopolis. Contudo, pelo que se pode deduzir a partir da pequena genealogia nos apresentada pelo senhor Sebastiao Pimenta Barroso eh que muita coisa ainda esta por ser encontrada.

Saliento, nao especificamente no caso do senhor Sebastiao, pois, nao se propunha a fazer um trabalho genealogico, que os genealogistas antigos pecaram em suas descricoes. Isso notei desde que passei rapidos olhares sobre obras como a de Silva Leme e mesmo do conego Raimundo Otavio Trindade. Claro, por nao conhecer a obra completa deles e muito menos te-las estudado a fundo, nao posso afirmar que meu parecer esteja perfeitamente correto.

Mas o erro que penso que cometeram foi considerar as familias formadas do ponto de vista de vassalos. Embora, acredito, eles nao pudessem pensar diferente ja que o pensamento era dominante na cultura brasileira. Parece que a eles nao importava muito como o conjunto da sociedade era formado. As ligacoes familiares entre as pessoas do povo nao lhes parecia ser necessariamente importante.

Assim, os estudos deles tinham como base o propagar de uma assinatura, ou seja, tomavam como referencia a chegada de um europeu, na maioria das vezes portugues, que se casava e tinha filhos. Em algumas oportunidades os ancestrais dos estrangeiros eram descritos, dependendo da importancia pela qual a familia ja era conhecida no velho continente. Ja o lado materno, quando brasileiro, era esquecido. Mesmo porque eles se propunham a estudar o sobrenome e nao as pessoas que contribuiram para sua formacao. Contudo, esse tipo de estudo peca por ser verdade pela metade.

Lembro que este tipo de pensamento estava infiltrado no pacote da imposicao colonialista. Para que o colonizado aceitasse a colonizacao haveria que acreditar que o colonizador, de alguma forma, lhe era superior. Incrivel eh que as pessoas se acostumavam tanto com as regras que as aceitavam passivamente, sem pensar na realidade dos fatos. O brasileiro mais antigo tinha ancestrais portugueses que, para a mentalidade colonialista, valia menos que o imigrante recem-chegado.

Embora sem a mesma conotacao, o trabalho do senhor Sebastiao serve como exemplo de como a coisa funcionava. Observem que os dados apresentados concentram-se no sobrenome Barroso. Apesar de este ter uma contribuicao unica, enquanto que os agregados sao inumeros.

O que quero dizer com isso eh que, o senhor Joaquim Barroso Alvares aportou no Brasil e casou-se com Maria Fernandes. Deles nasceram os sete filhos que se tornam meio portugues e meio brasileiros. Infelizmente, ele nao apresenta algo mais especifico que nos ajude a identificar a origem da primeira esposa do filho Joaquim, chamada apenas de Senhorinha.

O segundo casamento ja nos abre bem a janela para interpretacoes, pois, o nome da esposa foi Jacinta Moreira da Costa. Janelas tambem se abrem atraves da revelacao de que o neto Sabino Alves Barroso casou-se com dona Maria Josefina de Araujo Abreu, filha do Alferes Antonio de Araujo Abreu e Salvina Emilia de Queiroz. Digo que as janelas se abrem ai porque eh provavel que estas esposas e seus pais serao brasileiros de linhagens antigas e envolvidas tambem com a Historia do Brasil, anterior aos tempos da chegada do primeiro Barroso ai descrito.

Para que compreendam melhor essa minha discertacao, pelo menos os academicos devem faze-lo, sugiro que deem uma passada d’olhos nas teses e trabalhos abaixo relacionados:

01. http://www.historia.uff.br/stricto/teses/Dissert-2003_CAETANO_Antonio_Filipe_Pereira-S.pdf. A tese eh longa. Alias, teses nem sempre sao prazeirosas de serem lidas, principalmente em telas de computador, por causa dos vicios impostos `a metodologia cientifica. Ou seja, para nos que somos leigos, ler teses tem a inconveniencia de parecer que o autor esta se expressando em um dialeto diferente do nosso. Dai nao ser agradavel para todos.

Seria importante ler-se toda para verificar o conteudo e assim observar os paralelos entre a vida brasileira no passado e a atual. Vao observar que politicamente falando ha muita semelhanca. Mas para quem desejar uma leitura mais rapida e abreviada, pule para os subtitulos: “Os Honoratiores Goncalenses: a familia Barbalho”, pagina 187, e “Os “Descontentes” de Sao Goncalo”, pagina 194.

02. http://www.ifcs.ufrj.br/~ppghis/pdf/joao_nobreza_bandos.pdf. Essa tese faz uma analise bem politizada da situacao do Rio de Janeiro desde a fundacao ate 1700.

03. http://www.pucminas.br/documentos/dissertacoes_joselia_barroso.pdf. A tese da Joselia parece destoar um pouco das outras duas. Mas observem que encontrei as 3 por causa de um mesmo motivo, ou seja, os meus estudos genealogicos. Elas tem em comum o assunto familia. A minha familia. A nossa familia. A diferenca eh que ela aborda assuntos semelhantes, porem, com a perspectiva da religiosidade. A religiosidade antigamente era inseparavel da politica e da familia.

04. http://familybezerrainternational.blogspot.com/. Este eh apenas um artigo para esclarecimento. Eu afirmei antes que a maioria da populacao brasileira descende do imperador Carlos Magno e muitos outros reis. Nao precisa ler o artigo todo porque eh muito grande. Mas indo `a parte de baixo pode-se comecar a partir do subtitulo: “Page 11 – Fontes Sobre a Familia Bezerra em Pernambuco, Portugal e Galicia.” Eh somente um pouquinho ja no finalzinho do texto.

Ele complementa os dados genealogicos apresentados no “Os Honoratiores Goncalenses: a familia Barbalho”. Aqui os dados iniciam a partir dos chegados `a Capitania de Pernambuco, quando da chegada de Duarte Pereira Coelho, seu primeiro donatario. Aquele leva uma linhagem desde os primeiros residentes europeus de Pernambuco ate ao casal: D. Teresa, condessa soberana de Portugal, e Henri de Bourgogne. Estes sao os pais do primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques. E tambem de dona Urraca Henriques, que transfere o sangue real aos Bezerra, que no Brasil os passam aos Barbalho Bezerra.

Dai para tras pode-se ir pesquisando os ascendentes destes personagens em fontes como a Wikipedia ou algum sitio de genealogia mais completo. Como ja pesquisei, sei que o Carlos Magno era ancestral dos personagens. Alem dele, muitos outros reis, tanto da Peninsula Iberica quanto do restante da Europa. Chegando-se inclusive aos ultimos imperadores romanos, que ja haviam se convertido ao cristianismo. No mais, eh Historia.

05. Por fim, indico o livro: “A Mata do Pecanha, sua Historia e Sua Gente”, de autoria do professor Dermeval Jose Pimenta. Particularmente o pequeno capitulo: “Tronco Pimenta-Vaz Barbalho”, que esta nas paginas de 252 a 254. Ali encontramos a sequencia genealogica, acrescida de outras informacoes por mim:

Braz Barbalho Feyo – Catarina (ou Maria) Tavares de Guardes
Camila Barbalho – Guilherme Bezerra Felpa de Barbuda
Luiz Barbalho Bezerra – Maria Furtado de Mendonca
Jeronimo Barbalho Bezerra – Izabel Pedrosa
Paschoa Barbalho – Pedro da Costa Ramiro
Maria da Costa Barbalho – Manoel Aguiar
Manoel Vaz Barbalho – Josepha Pimenta de Souza.

Observo que ha um engano no livro do professor Pimenta por ele dizer que dona Paschoa Barbalho fosse neta de Jeronimo quando era filha na realidade. Essa breve genealogia eh de nosso interesse porque ela faz uma ponte genealogica entre as duas primeiras teses e a terceira. O que quero afirmar aqui eh que a nobreza que andava em bandos no Rio de Janeiro era a mesma que dominou o antigo territorio administrado a partir da antiga Vila do Principe, a atual Cidade do Serro.

Vi um paralelo perfeito entre as 3 teses, pois, elas descrevem bem como, no meu entender, formou-se a genealogia da populacao brasileira, sobretudo em relacao `as familias chamadas de dominantes. Claro, as consideradas sem dominio, na verdade, sao descendentes das mesmas em passados mais remotos. Na explicacao de A Nobreza anda em Bandos, nota-se que as familias dominantes do passado buscavam aliancas com os chegados de Portugal, sobretudo por meio de casamentos.

O que geralmente acontecia era que os portugueses ao chegarem ao Brasil eram privilegiados com o que de mais valor havia na epoca que eram as sesmarias de terras imensas. Talvez nem mesmo fosse por uma busca consciente, pois, o natural seria mesmo que os recem-chegados se casassem com os da terra. E como o preconceito separava as classes sociais, “normal” era que os pares de mesmo nivel social se entrelacassem. Em grande parte, estas unioes acabavam sacrificando os sobrenomes mais antigos locais porque cediam lugar ao novo, pois, a maioria dos chegados da Europa em tempos coloniais e inicio do Imperio era do sexo masculino.

Isso se explicaria, entao, porque os sobrenomes dos filhos de dona Maria Josephina de Araujo Abreu e Sabino Alves Barroso nao homenageavam a origem materna. O mesmo se deu em relacao ao casamento Joaquim Barroso Alvares e Jacinta Moreira da Costa. Mesmo que, no caso dos filhos de dona Maria Josephia e Sabino, o sangue que corria em suas veias fosse 75% Araujo Abreu Queiroz Moreira Costa e 25% Fernandes Barroso Alvares. A predominancia do sobrenome paterno nao corresponde `a composicao real do sangue.

Nao tenho como comprovar, por enquanto, a tese que levanto mas a minha desconfianca eh a de que tanto o Araujo Abreu quanto o Moreira Costa procedem do “Bando do Barbalho”. Quem ler o capitulo “Os “Descontentes” de Sao Goncalo” da primeira tese, observara que os sobrenomes Costa e Araujo aparecem entre os camaradas dos Barbalho e seu bando. Ha que se fazer a ressalva de que o sobrenome da Costa aparece entre os fundadores do Rio de Janeiro. Na Historia da cidade ha um escrivao e um capitao de navio que tinham este sobrenome.

Quanto ao Araujo, pode ser uma parceria que ja existia ainda na chegada dos colonizadores portugueses `a Capitania de Pernambuco. A avo paterna do Luiz Barbalho Bezerra vinha da Familia Araujo. Nao se pode afirmar sem os dados genealogicos em maos que tanto o Araujo quanto o da Costa sejam os mesmos porque ha tambem a possibilidade de que os Araujo Abreu e os da Costa Moreira tenham chegado por via diferente das linhagens que estavam associadas ao “Bando dos Barbalho”. Mas eh dificil crer que tudo passe de uma mera coincidencia.

Observe-se que o sobrenome Barbalho estava realmente ligado ao da Costa, no Rio de Janeiro. Na descricao do professor Dermeval ele coloca o casal Manoel Vaz Barbalho e Josepha Pimenta de Souza como nascidos no Rio de Janeiro e casados, em 1732, no Distrito de Milho Verde pertencente ao Serro. Recentemente, encontrei o registro de casamento entre Theodozia de Aguiar Barbalho e Joseph Carneiro da ?, ocorrido em 17.12.1717, na Cidade de Mariana. Dona Theodozia era filha dos mesmos pais que o Manoel Vaz Barbalho. Porem, nao encontrei nenhum acompanhamento da descendencia dos nubentes.

O que faz supor eh que o Bando do Barbalho continuava forte e influente, desde os primeiros anos do Ciclo do Ouro, em Minas Gerais. O que implica em dizer que a nobreza da terra fosse composta por nossos familiares e deles descendem boa parte dos mineiros, pois, desde o tempo em que os Barbalho chegaram ao Rio de Janeiro, 1643, ate os primeiros anos do Ciclo do Ouro, foi possivel aos Barbalho e seus associados terem produzido alguns milhares de casais. Uma parte consideravel destes deve ter se transferido para Minas e, calculando por baixo a reproducao deles, podemos dizer que tem hoje milhoes de descendentes.

Porem, atendo-nos apenas `a genealogia Barroso apresentada pelo senhor Sebastiao Pimenta Barroso, muito provavel sera que haverao vinculos consanguineos entre os Barroso e os Barbalho alem de outras familias associadas ja nas primeiras geracoes da formacao da Familia Barroso.

Na descricao do “Tronco Borges Monteiro”, em um resuminho apresentado `a pagina 248, o professor Dermeval tambem descreve a formacao do inicio do nucleo Borges Monteiro, onde se inclui a passagem do casamento do portugues, Sargento-Mor, Domingos Barbosa Moreira com Teresa de Jesus, esta, natural de Itabaiana, no Sergipe. A seguir relata que a filha Norotea Barbosa Fiuza nasceu em Sao Goncalo. Nao diz qual deles.

Tudo indica que seja Sao Goncalo, no Rio de Janeiro, pois, Sao Goncalo do Rio das Pedras, no Municipio do Serro, seria fundado depois do nascimento dela, pela descendencia do proprio pai. O que pode, ou nao, ser mais um indicio de associacao entre o Bando do Barbalho e a assinatura Barroso, pois, ha a possibilidade de o Moreira de dona Jacinta Moreira da Costa ser o mesmo do Domingos Barbosa Moreira. Tudo eh especulativo por enquanto, porem, obviamente dentro de possibilidades possiveis.

As possibilidades de que os sobrenomes que aparecem nessa curta genealogia da Familia Barroso serem os mesmos que acompanham o sobrenome Barbalho sao muito boas. A primeira esposa de Antonio Borges Monteiro, Maria de Souza Fiuza, era filha da Norotea. Na mesma descricao do Tronco Borges Monteiro ha a informacao de que a segunda esposa do Antonio Monteiro chamou-se Margarida Maria do Rosario, filha de Domingos Lourenco Seixas e Maria Caetana de Pinho e Oliveira.

Antonio e Margarida casaram-se em 1785, o que implica em dizer que a mae dela devera ter nascido pelo menos uns 35 anos antes. Aqui nao da para visualizar alguma participacao dos Barbalho nem se pode afirmar que a Familia de Pinho Tavares tenha adotado o sobrenome a esta epoca. Mas registra-se que os Barbalho, os Pinho, os da Costa, pelo menos, encontravam-se no Serro `a mesma epoca

Como nao temos o acompanhamento dos familiares “de Pinho Tavares” nao sei dizer quando os dois sobrenomes se uniram e formaram a tao conhecida Familia “de Pinho Tavares” de Sabinopolis. Contudo, ja em Pernambuco, o patriarca dos Barbalho, Braz Barbalho Feyo casou-se com Catarina (ou Maria) Tavares de Guardes. Estes foram os avos maternos do governador Luiz Barbalho Bezerra.

Embora nao tenha encontrado a mencao do sobrenome Queiroz entre os formadores do Bando do Barbalho, a possibilidade de ele fazer parte eh boa. Isso porque este sobrenome eh muito frequente nos Estados do Nordeste Brasileiro. Queiroz e Barbalho devem estar entre os sobrenomes mais frequentes naquela regiao.

Mas de concreto a respeito do sobrenome Queiroz, alem da raiz comum que deve haver na familia da dona Salvina Emilia de Queiroz que esta no cabecalho da Familia Barroso e da familia do capitao Joao Batista Queiroz, patriarca destes em Pecanha, espero encontrar amarrado a ela o ramo ao qual pertence dona Rita Queiroz. Esta nasceu no Serro. Porem, foi conhecida por nos como Sa Ritinha, esposa do ex-prefeito de Virginopolis o senhor Jose (Zeze) Lucio de Oliveira e mae de outro ex-prefeito: Henrique Lucio.

Sa Ritinha deve ter nascido proximo ao ano de 1900. E alguns dos filhos se casaram na Familia Coelho de Virginopolis, dos quais o sobrenome Barbalho tornou-se um dos agregados.

Alem destes sobrenomes que poderao pertencer ao Bando do Barbalho surge diversas vezes o Mourao. O sobrenome aparece em genealogias ligadas `as familias procedentes do Serro. Entre nossos parentes encontramos, por exemplo, a Josefina Ermelinda Pimenta que se casou, em 1878, com Joao Raimundo Mourao Junior. Ja a Josefina Coelho da Rocha casou-se com o Alfredo Vaz Mourao, por volta da mesma epoca. Precisavamos tambem de um arrazoado desta e outras familias para inserirmos e verificarmos os vinculos familiares existentes antes disso.

Desejo inspirar nos academicos que lerem estas minhas conjecturas o desejo de fazerem o casamento entre as teses acima mencionadas atraves de um estudo genealogico minucioso da genealogia mineira que ocorreu no periodo do Ciclo do Ouro. Acredito que podera comprovar-se que as familias mineiras, apesar dos diferentes sobrenomes, tem ancestrais comuns. O que difere nelas eh sempre a chegada de imigrantes que, em razao das tradicoes patriarcais, passavam seus sobrenomes aos filhos, abandonando a maior contribuicao sanguinea dos nossos lados maternos.

Temos diversas genealogias de familias da regiao que encontram seus ancestrais mais antigos entre o final do seculo XVIII e o inicio do seculo XIX. Isso porque elas comecam a partir de algum imigrante recem chegado, geralmente, de Portugal. Devemos nos lembrar da Historia de Portugal onde houveram confluencias que empurraram a migracao portuguesa para o Brasil. Na sequencia se deu o Ciclo do Ouro, o esgotamento do ouro a partir de 1750, o grande terremoto de Lisboa acontecido em 1755 e as Guerras Napoleonicas. Que provocou ate a transferencia das cortes para o Brasil, em 1808.

O que nos falta realmente eh construir a ponte dos 100 anos, desde 1700 ate 1800, das genealogias das familias nativo mineiras que receberam os imigrantes de fora do pais e lhes ofereceram suas filhas e filhos para se casarem com seus respectivos filhos e filhas. E isso, a meu ver, eh o que falta para amarrarmos os muitos ramos aos troncos comuns a todos. Assim poderemos constatar que somos uma mesma familia, com maior ou menor consanguinidade, nao importando o sobrenome que usamos.

Acrescento aqui uma lista de pessoas que portam os sobrenomes presentes nesta curta genealogia dos Barroso e que entram em nosso banco de dados, porem, sem sabermos quem sao seus pais. Assim, os parentes que os localizarem poderao facilitar as identificacoes para que possamos fazer as ligacoes e completar a Arvore Genealogica de nossa Grande Familia. Sengue entao:

Abreu

Jose Fernando de Abreu – Sebastiana (Nhazinha) Pimenta do Amaral
Diaulas Abreu – Edith Teixeira de Abreu
Elza Siqueira de Abreu – Constante Falcao Metzker
Geraldo Sette de Abreu – Angelina Coelho Leao
Itamar Abreu – Petronilha (Nini) Nunes Abreu
Jaime de Abreu – Dolores Falcao Metzker
Maria de Araujo Abreu – Tardieu Barroso
Aquilies Abreu Vieira – Helena Penha Soares Vieira Abreu

Araujo

Aguida de Araujo – Manoel Barroso Alvares
Ana Ferreira de Araujo – Jose Pinto de Souza
Augusto Antonio (Nhonho) de Araujo – Amazilis Francelina Pimenta
Auta de Araujo – Antonio Paschoal de Andrade
Bebiana Lourenca de Araujo – cap. Joao Coelho de Magalhaes
Cecilia Araujo Neto – Jaci Rodrigues da Rocha
Dr. Modesto Carvalho de Araujo – Giselda Pimenta Brant
Elcy Oliveira Araujo – Maria do Socorro (Tainha) Coelho Araujo
Eliane Mirian Araujo Coelho – Weber Alves Coelho
Francisco dos Santos Araujo – Luci Campos Chaves
Helci Pereira de Araujo – Ondina Maria da Silva
Ilidia Correa de Araujo – Henrique Borges Monteiro
Joao Anatolio Araujo – Maria Jose Coelho
Jose de Araujo Sobrinho – Anna Coelho
Jose Araujo – Zenaide Andrade
Jose Maria de Araujo – Ana
Maria Francisca (Francisquinha) de Araujo – Matosinhos de Souza Figueiredo
Maria Lucia Eugenia de Araujo – Leres Nunes Coelho
Maria Vieira de Araujo – Manoel dos Reis de Carvalho
Marilene Medeiros de Araujo – Geraldo Pimenta da Silva

Carvalha(i)es

Dr. Genesco Lopes Carvalhaes – Maria de Lourdes Noronha
Maria do Carmo Carvalhaes – Eneias Batista Perpetuo
Eugenio Carvalhais – Alice Coelho
Jose Havas Carvalhais – Elda Coelho
Josefina Carvalhais – Colombo Catao
Maria de Lourdes Carvalhais – Sebastiao Lopes de Figueiredo
Maria Rosa do E. S. Carvalhais – Joaquim Pereira do Amaral
Minervina Carvalhais – Hermenegildo Jose Pimenta Junior
Regina Carvalhais – Euclides de Figueiredo Barroso
Roberto Carvalhais – Neiva Nunes
Santos Carvalhais – Livia Justina de Gouveia
Ursula Carvalhais – Hermenegildo Jose Pimenta Junior

Moreira

Americo Dias Moreira – Geralda Coelho de Moura
Antonio Moreira – Dinah Barroso
Delphina Moreira – Ennio Rodrigues Coelho
Edivaldo Fraga Moreira – Virginia (Gina) Coelho Fraga Moreira
Gilmar Soares Moreira – Mercia Coelho Perpetuo Moreira
Joaquim Pacheco Moreira – Quiteria de Magalhaes Barbalho
Joaquim Moreira – Maria Ferreira Campos
Jose Pacheco Moreira – Georgina (Sa Georgina) Nunes Magalhaes
Maria Augusta (Gutita) Moreira – Olegario de Magalhaes Barbalho
Mercedes Pinto Moreira – Fabio Nelson de Senna
Romar Moreira – Marilu Aguiar Moreira
Silvia (Silvinha) Maria Moreira – Marcos (Pinduka) Lucio Menezes
Vladimir Senra Moreira – Denise Martins da Costa Coelho Lott
Esther Moreira – Cel. Candido Jose de Senna

Mourao

Agenor Vaz Mourao – Antonia Pimenta
Alfredo Vaz Mourao – Josefina Coelho Mourao
Dr. Julio Mourao – Nicia Rabello Mourao
Dr. Silvio Vaz Mourao – Geralda Ilma Barroso
Geny Mourao – Ortiz Barroso
Gilberto Barroso Mourao – Edmeia Magalhaes Mourao
Joao Raimundo Mourao
Julio (Julinho) de Pinho Mourao – Ondina
Judith Mourao – Ismael Barroso
Maria da Conceicao Rodrigues Mourao – Joel da Silva Coelho
Maria Jose Caldeira Mourao – Jose Geraldino Amaral
Oswaldo Majela Mourao – Leodita Pimenta Barroso
Sebastiao Ferreira Mourao – Isaura Barroso
Maria Nilma Mourao Coelho – Emilio Coelho

Pinho

Arthur de Pinho – Eduarda Eulina de Araujo Abreu
Gutemberg Abeali de Pinho – Jupira Augusta de Carvalho
Joao de Pinho
Joao Mauricio Wanderley do Pinho – Maria Alice de Salles Coelho
Jose (Ze Anastacio) de Pinho – ? Magalhaes
Jose Derno de Pinho – Jeannette Maria Coelho de Pinho
Jose Nazarino de Pinho – Geralda Pimenta Mourao
Maria Caetana de Pinho – Domingos Lourenco Seixas
Percy Maria de Pinho – Graciema Pimenta de Pinho
Aracoeli de Pinho Coelho – Fernando Rodrigues Coelho de Oliveira

Queiros(z)

Maria Queiros – Ulisses Nunes Coelho
Maria da Conceicao Queiros – Saulo Nunes Coelho
Acacio Jose Queiroz – Francisca Silva
Alexandre Reis Queiroz – Maria de Lourdes Coelho Queiroz
capitao, Joao Batista de Queiroz – Edwiges Soares da Encarnacao
Joao Americo de Queiroz – Zulmira Pimenta
Jose Queiroz – Euphasia Coelho de Araujo
Maria Batista de Queiroz – Cassiano Nunes Coelho
Maria Jose de Queiroz – Pedro Luiz Braga
Onofre Gomes dos Santos Queiroz – Helena Leao Queiroz
Salvina Emilia de Queiroz – Alferes, Antonio de Araujo Abreu
Ana Queiroz Braga – Antonio Luiz Braga
Teresinha de Queiroz Ribeiro – Vicente Ribeiro

Tavares e de Pinho Tavares

Agenor de Pinho Tavares – Maria Flor de Maio Pimenta Barroso
Antonio de Pinho Tavares – Olinda Pimenta Guimaraes de Pinho
Eliane de Pinho Tavares – Lucidio de Pinho Tavares
Elpidio de Pinho Tavares – Aurora Felizarda de Araujo Abreu
Fortunato de Pinho Tavares – Leda de Pinho Tavares
Genaro de Pinho Tavares – Anfiloquia Vitoriana de Araujo Abreu
Heitor de Pinho Tavares – Maria Stela de Araujo Abreu
Izabel de Pinho Tavares – Balbino de Araujo Abreu
Jose Candido de Pinho Tavares – Antonia Emilia (Ninica) de Araujo Abreu
Lauro de Pinho Tavares – Luiza Nunes Coelho
Osvaldo de Pinho Tavares – Maria Barroso
Renato Ribeiro Tavares – Clara Maria (Cacau) Coelho Tavares
Ulysses de Pinho Tavares – Teresa Pimenta Guimaraes Tavares
Muciola Tavares Coelho – Dr. Adail de Salles Coelho

04. MOACIR NUNES BARROSO, O SUPER BARROSO TURBINADO COELHO

O Dr. Jose Geraldo havia soprado que tem um Barroso em Guanhaes que estava com 105 anos. E com o nosso desconhecimento a respeito da paternidade de dona Knesvita Nunes Coelho, pareceu-nos que ele poderia tornar-se uma confiavel boa fonte de informacoes fora dos cartorios. A lenda corria que estava lucido e ativo.

Num primeiro contato chegou a informacao de que dona Knesvita seria filha do Pio Nunes Coelho, ex-prefeito de Guanhaes e quem havia se tornado o viuvo da tiabisavo Josephina Marcolina Coelho, em 1919, antes de ele proprio falecer em 1932. Entao, resolvi abrir o livro “Arvore Genealogica da Familia Coelho”, na pagina 44, para certificar-me, pois, jamais houvera ouvido falar neste nome em nossa genealogia. Foram 13 filhos ao todo. Nenhuma das filhas chamada Knesvita.

Observei, entao, que havia um espaco de 4 anos entre o primeiro e o segundo nascimentos. Poderia ser que a prima Ivania Batista Coelho houvesse se enganado e nao ter computado 14. Encontrei que foram 4 casamentos de assinantes Barroso com os filhos dos tios Josephina e Pio. Na verdade sao 5, pois, a nora que esta na pagina 44 Zulmira Nunes Coelho, esposa do Ciro, chamava-se Zulmira Barroso Coelho. E o viuvo da Jandira Nunes Coelho chama-se Moacir Nunes Barroso. Realmente! Nao podia ser outro e ser apenas pura coincidencia, pois, a data de nascimento dele foi 31.3.1909.

Mas nada podia fazer senao esperar para ouvir outras noticias do Brasil. Dr. Jose Geraldo havia dito que o amigo dele, que tinha contato com o senhor Moacir, iria reve-lo ontem, (02.04.14) e que solicitaria mais esclarecimentos. Passei as informacoes que tinha do livro para facilitar os acrescimos que faltavam.

E para a surpresa geral, o dedicado amigo Flaviano de Pinho Nascimento levou o Super Barroso `a casa do meu interlocutor para conhecer a prima, dona Maria das Gracas. E o encontro foi anunciado com estas palavras: “O velho Moacir Nunes Barroso esteve na minha casa, agora à tarde, acompanhado do Flaviano de Pinho Nascimento, amigo de Peçanha, que há muito reside em Guanhães. O velho ainda está forte e lúcido, Apesar dos 105 anos completados em 31.3. p. p.”

Realmente, ha um Q ate mesmo de sagrado em pessoas que alcancam tamanha idade. Nem que sejam as Bencaos de Deus. Lucido e falante, dona Maria das Gracas nao conseguiu inclusive anotar todas a informacoes que ele passou. Mas ja foi o suficiente para colocar o personagem tanto na Arvore Genealogica dos Barroso quanto dos Coelho. Consanguineo dos Nunes Coelho mais precisamente.

Nao muito tempo atras eu anunciei que havia a possibilidade de reconstituirmos pelo menos uns duzentos anos de genealogia por vias de tradicoes. Embora nao podemos deixar a tradicao falar mais alto do que os documentos, quando os encontramos. E digo isso exatamente por causa de pessoas que vivem tanto. Ou, pelo menos, chegam `a idade semelhante `a do sr. Moacir.

Nascido em 1909, ele nao tera como lembrar-se do avo da esposa dele, o Antonio Rodrigues Coelho, pois, este havia nascido em 1829 e falecido em 1910. O Antonio sim devera ter conhecido o sr. Moacir e ate lhe posto a bencao na molera. Mas o senhor Moacir conviveu com muita gente, alem dos proprios sogros e pais, que deverao ter contado a ele muita coisa a respeito dos ancestrais. Assunto que era dominante nas rodas de conversa dos familiares `a epoca em que ele era um senhor de certa idade ou estava em fase de crescimento.

Ja o Antonio Rodrigues Coelho havia convivido com a geracao do proprio pai, pois, o pai havia falecido quando ele estava com 15 anos, porem, o tio, Joao Coelho de Magalhaes, havia nascido em 1785 e foi falecer no dia que estava completando 94 anos de idade, em 1879. Ou seja, alguns filhos do Antonio chegaram a conhecer este tiavo deles e estes conviveram por decadas com o Moacir que deve ter ouvido deles suas estorias em torno do fogao a lenha.

Portanto, a recordacao de fatos e mitos familiares, neste caso particular, ja remonta a aproximadamente 230 anos em nossa familia. O que talvez seja um dos motivos que nos incentiva a tentar reconstruir o nosso passado atraves dessas notas. Quando tio Joao viveu, a media de vida do brasileiro nao passava muito dos 30 anos. Ou seja, ele logrou viver 3 vezes mais. Seria como se alguem alcancasse o recorde de aproximadamente 150 anos hoje em dia.

Digo que seriam apenas 150 anos por causa da fantasia governamental de afirmar que a media atual de vida do brasileiro ultrapassa a 70 anos. Se eu puzesse toda a fe nisso, entao, o equivalente seria viver 210 anos. E as medias de vida dos outros paises tambem nao estao corretas. Ou, por outro lado, “o enunciado do problema” eh que esta incorreto. Talvez eles queiram dizer que a media de vida das pessoas que chegam a aposentar-se seja aquela que eles dizem ser de toda a populacao.

Qual a base que tenho para afirmar isso? Basta olhar nossos livros de genealogia. Boa parte da populacao da regiao tem parentesco e sabemos que as familias que fazem parte das que entrecruzaram entre si sao das mais longevas que se tem acompanhamentos. Temos pessoas na familia que ja alcancaram um seculo de idade. Mas sao poucas. Tambem tivemos um bom numero que alcancou o recorde dos 90. Os de 80 anos sao em maior numero. Os de 70 formam uma turma respeitavel.

O problema eh o seguinte. Para cada crianca que falece antes de completar 1 ano de vida, sera necessario que umas 3 vivam 100 anos para que a media nao caia. Para cada jovem que falece entre os 30 e 40 anos, havera que ter-se uns dois que atinjam 90. Nao serao poucos os que terao que atingir pelo menos 80 anos de vida para cobrir o deficit dos que falecem entre 50 e 70 anos.

Para comprovar-se que isso nao acontece, basta acompanhar-se os obtuarios dos jornais por um bom periodo. Geralmente, os jornais so mostram obtuarios de pessoas que, de uma forma ou de outra, sao influentes. Raramente se ve obtuarios dando noticia de criancas e jovens que falecem. Mesmo assim, a media dos obtuarios eh menor do que os orgaos oficiais admitem para o conjunto da populacao.

Ja, ao se fazer o computo apenas para as pessoas que se aposentam, ai sim as cifras fazem sentido, pois, nao serao muitos que aposentarao e continuarao vivendo varias decadas depois. Quando as pessoas chegam a aposentar, ai terao mesmo uma oportunidade de chegar pelo menos aos 70 anos, pois, ja estao proximas a esta idade. Mas nao sao poucos os que tambem aposentam por invalidez, por causa de doencas que acabam matando-os precocemente. Portanto, estes devem calibrar a media para as proximidades dos 70.

Por esta razao, somente alguem com algo de super em sua natureza chega a atingir uma idade de 105 anos ou mais. Tanto eh que, se alguem perguntar a qualquer leitor destas linhas: Voce eh capaz de dizer quantos nomes de pessoas suas conhecidas chegaram aos 105 anos? Quase ninguem respondera uma. A maioria absoluta tera de responder, nenhuma!

Nao muito tempo atras o nosso amigo Luiz Claudio Passos postou na pagina que ele tem no Facebook uma fotografia do Antonio Rodrigues Coelho e filhos que estavam vivos. As filhas, Julia Salles e a bisavo Maria Marcolina ja haviam falecido em 1904, portanto, estavam ausentes. A fotografia, necessariamente, foi tirada depois desta data e antes de 1910, data do falecimento do avo Antonio.

A admiracao foi completa de todos os que visualizaram e deixaram seus comentarios. A gente sabe que fotografias da epoca nao eram comuns no Brasil. Eh uma sensacao ao mesmo tempo intrigante e agradavel ver alinhados junto ao trisavo os bisavos da minha geracao. E ja existem os quintavos das atuais geracoes. Ora, se uma fotografia destas fala tanto ao nosso intimo, o que se dira de uma pessoa que poderia quase que ter sido fotografada junto com aqueles personagens todos? Melhor que a fotografia, a pessoa pode falar-nos a respeito deles!

Imaginem! Fatos como as I e II Guerras Mundiais, a quebra da Bolsa de Nova Yorque em 1927, a Revolucao de 1930, a Ditadura Vargas e outros mais sao coisas que podemos ter nocoes porque temos os livros e os documentarios para descreve-los para nos. O velho Moacir deve lembrar deles de ter visto coisas acontecerem, lido em jornais dos dias ou ouvido pelo radio. A pessoa da idade dele pode tornar-se uma verdadeira enciclopedia ambulante.

http://vidanovafm.com.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=10613:vereadores-homenageiam-moacir-nunes-barroso&catid=117:noticias-da-regiao&Itemid=22. Neste endereco encontrei a fotografia onde o senhor Moacir aparece. Observem, porem, que a foto foi feita em 2013, quando ele havia completado 104 anos, ou seja, ha 1 anos atras.

Nao tenho noticias de supercentenarios na familia. Os supercentenarios sao aqueles que alcancam acima de 110 anos. Devido aos arquivos nao muito confiaveis de certos registros, alguns, possiveis, supercentenarios nao conseguem comprovar a idade convincentemente. Dai nao entram para as listas oficiais.

Mesmo assim, no Brasil nao devem existir mais que uma dezena de pessoas vivas clamando tal idade ou superior. Nao muitas ultrapassam os 105. Abaixo posto uma lista de pessoas na familia que ultrapassaram os 90 anos. Fato que por si so ja eh tao enusitado que permanece em nossa lembranca. Claro, somente relacionarei os que estao em minha memoria. Haverao muitos que nao aparecem, por falta do conhecimento ou nao encontra-los no arquivo de minhas lembrancas. Segue entao, por ordem dos de idade alcancada:

105 Moacir Nunes Barroso (esta vivo)
104 Maria Balbina Pires
103 Gabriel Coelho de Oliveira
102 Maria das Merces Soares
101 Marina (Nenen) Coelho de Oliveira
100 Diva Coelho (esta viva)
099 Emidia de Souza Figueiredo (esta viva)
099 Vita de Magalhaes Barbalho
099 Maria (Maricas) Magalhaes
099 Olga de Magalhaes Barbalho
098 Edith Coelho do Amaral
096 Vita de Souza Figueiredo (esta viva)
096 Graciola Coelho Braga (esta viva)
096 Marilia de Magalhaes Barbalho
095 Otavio Coelho de Magalhaes (esta vivo)
095 Candida (Sa Candinha) de Magalhaes Barbalho
095 Olga Coelho de Oliveira (esta viva)
094 Joao Coelho
094 Elsa Coelho de Oliveira (esta viva)
094 Joao Coelho de Magalhaes
093 Mons. Omar Nunes Coelho
093 Murillo Coelho
093 Hugo de Magalhaes Barbalho (esta vivo)
092 Maria da Gloria Soares Pontes (esta viva)
092 Maria das Merces Coelho
092 Eurico Batista Coelho
091 Cremilda Coelho
090 Jose (Juca) Coelho Junior
090 Dimas Rodrigues Coelho (esta vivo)

Em torno dos 90 anos para cima sao diversas outras pessoas que nao estou ousando citar os nomes porque nao tenho datas e que agora me fogem `a memoria a idade que possam ja ter alcancado.

No inicio deste capitulo mencionei que estavamos procurando o nome dos pais de dona Knesvita Nunes Coelho. O senhor Moacir acabou nos informando a respeito da familia toda. Ou, pelo menos, da parte que nao sabiamos. O que temos agora eh um combinado de tres fontes diferentes. Precisamos juntar o que ja se encontrava no livro: Arvore Genealogica da Familia Coelho; o que nossa prima Marinez Torres informou-me ha algum tempo e, agora, o complemento vindo do senhor Moacir.

Para facilitar, colocarei aqui o diagrama da familia de Clemente Nunes Coelho e Anna Maria Pereira. Estes patriarcas devem ter tido o privilegio da heranca da historica Fazenda do Grama.

Esta propriedade pertenceu a Euzebio Nunes Coelho e Anna Pinto de Jesus. Segundo o professor Dermeval Jose Pimenta, estes residiam na Fazenda Folheta, outra fazenda historica que fica no atual Municipio de Dom Joaquim. Entao, compraram a Fazenda do Grama, que fica entre os atuais municipios de Guanhaes e Sabinopolis, bem no inicio da povoacao de Guanhaes. O melhor eh ate colocar o diagrama primeiro da familia deles. Foram pais de:

01. Clemente Nunes Coelho – ?
02. Manoel Nunes Colho
03. ten. Joaquim Nunes Coelho – Francisca Eufrasia de Assis Coelho
04. cap. Francisco Nunes Coelho – Maria Augusta Cesarina de Carvalho
05. Antonio Nunes Coelho – Maria Araujo Ferreira
06. Bento Nunes Coelho
07. Altivo Nunes Coelho (possivel)
08. Ana Nunes Coelho (possivel)
09. Joana Nunes Coelho (possivel)
10. Maria Nunes Coelho (possivel)

Estes possiveis sao nomes encontrados em documentos no Municipio de Pecanha mas sem as devidas identificacoes paternas. Ja o nome de Antonio Nunes Coelho eh relacionado entre os filhos de Euzebio e Anna Pinto e tambem na documentacao encontrada em Pecanha pela pesquisadora Marina Raimunda Braga Leao. Nao temos referencias de que Manoel e Bento tenham se casado.

Clemente teve filhos no primeiro terco do seculo XIX. Mas nao se tem o nome da mae deles. Eles foram Maria Honoria, Antonio e Prudencio. Temos o acompanhamento genealogico da familia deixada por Maria Honoria porque ela foi a esposa de ten. Joao Batista Coelho, o velho, um dos fundadores de Virginopolis. O ten. Joaquim era cunhado do ten. Joao Batista e eh tambem fundador de Virginopolis. Francisca Eufrasia e Joao Batista eram filhos de fundadores de Guanhaes: cap. Jose Coelho da Rocha e Maria Luiza do Espirito Santo. Nossos quartavos por um lado.

O cap. Francisco Nunes Coelho foi um dos politicos mais ativos em sua epoca. Foi vereador do Serro quando toda a area pertencia a este, e foi o principal articulador das emancipacoes de Guanhaes e Pecanha. A esposa, Maria Augusta, era filha de primeiros moradores de Sao Pedro do Suacui: Jose Carvalho da Fonseca e Senhorinha Rosa de Jesus. Senhorinha Rosa era filha de fundadores de Sabinopolis: Antonio Borges Monteiro Junior e Maria Magdalena de Santana. Nossos pentavos por outro lado.

Em conversa por telefone hoje, 04.04.14, com o senhor Moacir Nunes Barroso, nao pudemos decifrar quem foram os pais do Clemente casado com Anna Maria Pereira. O senhor Moacir informou que conheceu bem a avo Anna Maria, porem, nao se lembrava do avo Clemente. A descricao que tinha para este foi a de que era um homem muito forte e de tez moreno escuro. O escuro da pele combina com a descricao da Maria Honoria.

E aqui as lembrancas do senhor Moacir nos poe em ambiguidade no decidir quem era o Clemente, avo dele. Isso porque o filho mais velho deste, cuja data de nascimento temos em maos, foi o Pio Nunes Coelho. Nascido em 1864. Por esta epoca, ou seja, em 1872, a Maria Honoria ja estava se tornando avo. Ela deve ter tido o primeiro filho, Joao Batista Coelho Junior, muito nova, pois, era filha do Clemente nascido por volta de 1806, portanto, havia espaco suficiente para que um possivel irmao ou primo dela se tornassem pais.

Contudo, o fato de o senhor Moacir nao ter convivido com o avo Clemente dele faz-me suspeitar que este tambem poderia ser alguem mais velho casado com alguem bem mais novo. Assim se explicaria o neto ter boas lembrancas da avo, enquanto as do avo sao apenas recordacoes nas brumas do passado.

Uma evidencia que podemos levar em conta eh tambem o que encontramos no livro: “A Mata do Pecanha, sua Historia e sua Gente”. Nas paginas de 63 a 65, o autor Dermeval Jose Pimenta reproduz parte do que encontrou no livro numero 1 do Cartorio de II Oficio, em Guanhaes. Na abertura do livro as explicacoes do uso daquele livro e a assinatura do presidente da Camara, capitao Francisco Nunes Coelho.

O professor Dermeval tambem reproduz o “Auto da instalacao da Vila de Sao Miguel de Guanhaes”, datado de 9 de dezembro de 1879. Descrevendo os limites que teria o municipio entao criado esta escrito no Auto: “Declarou mais o prezidente que as divizas do novo municipio erao as seguintes, Principia pelo lado da freguezia de Sao Sebastiao na Fazenda de Bento Nunes Coelho, e Clemente Nunes Coelho,…” Eh razoavel pensar que fossem tres os irmaos mencionados no livro do cartorio. E entre 1863 ate 1879 houve espaco para os nascimentos dos filhos abaixo relacionados, podendo o Clemente ter vivido por mais alguns anos.

Pelos dados anteriores ja estava esperando que o Clemente, filho de Euzebio e Anna, fosse pai deste Clemente marido da Anna Maria Pereira. Contudo, com as informacoes do senhor Moacir torna-se mais forte a hipotese de que houve apenas um Clemente, o proprio. Calcula-se que este tenha nascido por volta de 1806. Caso tenha vivido 80 anos, podera ter tido uma segunda familia no segundo terco do seculo, com uma esposa bem mais jovem. Isso explicaria o senhor Moacir nao ter conhecido o avo e ter convivido com a avo.

Um fato comum `a epoca era homens de certas posses conviverem com mulheres sem casamento. Delas tinham filhos que reconheciam indo casar-se com outra um pouco mais velho. Um exemplo desse comportamento foi o do trisavo Antonio Rodrigues Coelho. Nascido em 1829 foi pai da Julia Salles Coelho em 1858. Indo casar-se de fato em 1863. Somente entao teve a sequencia de 14 filhos com a trisavo Maria Marcolina Borges do Amaral. Esta sequencia de filhos veio quando os irmaos dele ja estavam tendo netos. O que possibilitou o casamento de 4 filhos dele se casarem com 4 netos de seus irmaos.

Em contrapartida, para desanbiguar a informacao, indaguei a respeito do parentesco que deveria haver entre o Clemente da Anna Maria e o capitao Francisco. Imediatamente o senhor Moacir completou que o capitao Francisco havia sido o pai do dr. Chiquitinho, que era o pai do dr. Rafael Caio. Informacoes estas que tambem eu guardo de memoria. E comprova que o que ele disser sem duvida tera valor de verdade.

Mas ele nem sequer especulou a respeito do grau de parentesco, simplesmente disse: “nao sei dizer mesmo!” Nao da para decidir, pois, tanto ele poderia nao saber porque nao conheceu seu avo Clemente quanto porque se este fosse um segundo, filho do primeiro, teria dificuldades em guardar de memoria, depois de tanto tempo, quem foram seus bisavos. Tentei ver se ele se lembrava dos nomes de algum outro bisavo e ele nao se referiu a nenhum.

Mas o pendulo agora pende mesmo para o lado da hipotese de ter havido 1 Clemente. Nas anotacoes que fiz durante nossa conversa, escrevi que “Odon Nunes Coelho foi criado com Clemente”. O unico Odon Nunes Coelho que temos em nossas anotacoes era filho do Salatiel e neto do capitao Francisco Nunes Coelho. Entao, justificar-se-ia este Odon ter sido criado “pelo” tiavo Clemente que poderia estar fazendo as vezes de avo.

Seria impossivel o Odon ter sido criado com o Clemente, pois, aquele, por ter sido neto do capitao Francisco, tera que ter nascido depois de 1860, `a epoca em que o Clemente estava tendo uma segunda remessa de filhos. Apesar das muitas informacoes que tenho, nao sinto seguro em dar um veredito final sem buscar mais dados que colaborem com uma ou outra hipotese.

Era muito comum naquele tempo os padrinhos adotarem seus afilhados. Nao precisava nem mesmo que os pais tivessem passando por dificuldades maiores. As familias eram tao grandes que os pais nem se importavam em deixar por conta dos parentes um ou outro de seus filhos. Era uma forma de demonstracao de carinho e respeito por aqueles que admiravam.

Importante nesta informacao eh constatar que o Clemente da Anna Maria so poderia ser algum parente proximo. A Familia Nunes Coelho ja era muito grande e com muita gente com posses, como o proprio Clemente. Assim, alem dos sobrenomes serem os mesmos, nao seria caracteristico da epoca entregar-se um filho a pessoa estranha, a menos que houvesse uma relacao de agregado para patrao, o que aqui nao eh obviamente o caso.

Sao estes os filhos do Clemente e Anna Maria que sabemos.

01. Knesvita Nunes Coelho – Benicio Alves Barroso
02. Aneglia Nunes Coelho – Pedro Barroso Alves
03. Amavel Nunes Coelho
04. Altivo Nunes Coelho
05. Dermeval Nunes Coelho
06. Ulisses Nunes Coelho – Alzira Nunes Coelho/Maria Soares/Maria Queiros
07. Marcolina (Marca) Nunes Coelho – Lindolpho Rodrigues Coelho
08. Vitalina (Nhanha) Nunes Coelho – Altivo Rodrigues Coelho
09. prefeito, Pio Nunes Coelho – Josephina Marcolina Coelho

Os conjuges, Benicio e Pedro eram irmaos. Alzira Nunes Coelho, a primeira esposa de Ulisses era filha do casal Pio e Josephina, portanto, o casamento foi entre tio e sobrinha. Dona Maria Queiros procedia da familia sabinopolitana. Josephina, Altivo e lindolpho eram irmaos, filhos dos trisavos Antonio Rodrigues Coelho e Maria Marcolina Borges do Amaral.

Filhos do casal: Pedro Barroso Alves – Aneglia Nunes Coelho

01. Zulmira Barroso Coelho – Ciro Nunes Coelho
02. Zilah Nunes Barroso – Darcy Nunes Coelho
03. Graciema Nunes Barroso – Lauro Nunes Coelho
04. Moacir Nunes Barroso – Jandira Nunes Coelho
05. Altamiro Nunes Barroso
06. Iracema Nunes Barroso
07. Zeli (Tinoco) Nunes Barroso

Os quatro casais acima formados eram primos em primeiro grau, pois, os quatro conjuges eram filhos do casal Pio e Josephina. Um outro filho deste casal, Aristides Nunes Coelho, casou-se com Nair Barroso Guimaraes. Esta era filha de Severiano Guimaraes e Adelaide Alves Barroso. Adelaide era uma das irmas de Pedro e Benicio.

No final do telefonema procurei despertar a memoria do senhor Moacir para outras questoes em nossa Genealogia. Sabendo do parentesco ainda a decidir, porem, com aquele ja assegurado pelo casamento dele, animei-me a indagar se sabia dizer-me se o Emidio e o Joao Ferreira da Silva eram irmaos. Acabei decidindo por inferencia que sim, pois, ele respondeu-me que o Emidio era casado com a Luisa Marcolina, irma da sogra dele.

Porem, lembrava-se apenas que o Joao era casado com uma Angelina, filha de quem ele nao recordava mais os nomes. Alem disso, informou-me que os pais deles se chamavam Pio Ferreira da Silva e Candida Pereira. Eu ja sabia que estes eram os nomes dos pais do Emidio, pois, encontrei a biografia dele no livro: “Notas Historicas Sobre Guanhaes”, de autoria do nosso aparentado, Innocente Soares Leao, pelo lado Coelho Leao. O livro foi editado em 1967. E meu irmao Ney Barbalho o havia remetido para mim ha poucos dias.

Acrescentou ele que Pio Ferreira da Silva foi senhor de muitas terras, sendo muito rico por isso. Tambem houvera outro irmao do qual nao recordou o nome. E aqui esta o risco de o Pereira da dona Candida ser o mesmo do da Anna Maria, esposa do Clemente, e do da esposa do Modesto Alves Barroso, avo paterno do senhor Moacir. Assunto que comento mais abaixo. Se estas suspeitas se concretizarem, existem possiveis preocupacoes pelas consaguinidades que devemos considerar na formacao das atuais geracoes.

Infelizmente, ele nao soube esclarecer quem foram os pais da Sia Toninha (Antonia Nunes Coelho), esposa do senhor Sebastiao Ferreira Rabello de Magalhaes. Disse que ela era conhecida como Sia Toninha Rabello. Nao se recordava que tivesse o sobrenome Nunes Coelho. Recorda-se que ja a conheceu como uma pessoa idosa. O que faz supor que tenha nascido em torno de 1860, devendo ela ser neta dos ancestrais: Euzebio Nunes Coelho e Anna Pinto de Jesus.

Informacoes que poderao ser usadas posteriormente sao as de que: varios membros da familia residiram na heranca deixada por Pio Nunes Coelho, que foi a Fazenda do Maya, que ficava mais proxima ao atual Municipio de Senhora do Porto. Esta cidade forma triplice divisa com Sabinopolis e Guanhaes. Fazendo supor que a Fazenda do Maya tenha sido um desmembramento da historica Fazenda do Grama.

Para os descendentes, mencionou que o “padrinho” Ze Coelho era moreno. Expontaneamente lembrou-se que este fora o marido da tia Virginia Marcolina Coelho. O Jose Batista Coelho fora filho do ten. Joao Batista e Maria Honoria Nunes Coelho. Comprova-se o moreno proveniente dos Nunes Coelho. Falecido em 1944, aos 80 anos de idade, deixou boas impressoes de memoria. Claro, muitos netos que estao vivos tambem o conheceram pessoalmente. Eu proprio convivi com o tio Darcy, filho do Ze Coelho e tia Virginia, que tinha uma tonalidade morena de pele.

Nao se recordou, ou nao mencionou, que o mesmo Ze Coelho havia sido marido em primeiro matrimonio da Maria Marcolina Coelho, irma da tia Virginia. Comentou que os Rodrigues Coelho eh que eram os loiros. Maria Marcolina havia falecido em 1904, antes do nascimento do senhor Moacir. Isso da razao ao nao se lembrar. Maria Marcolina eh uma de minhas bisavos maternas via o Jose Coelho Junior, ou Juca Coelho para todo mundo.

Contudo ha um assunto que ficou no ar. Isso porque eu estava tao interessado nas respostas a respeito das familias Nunes Coelho e Barroso que nao fiz a ligacao imediata entre a avo paterna dele e nossos familiares. Quando lhe perguntei quem havia sido avo dele junto com o senhor Modesto Alves Barroso, ele titubeou um pouco. Nao sabia o nome mas nao teve duvida quanto ao apelido. “Todo mundo a conhecia como Sa Cutinha”. Depois acrescentou que a Sa Cutinha era da Familia Pereira, a mesma da avo materna.

Somente depois do fato consumado e o telefone desligado foi que recordei de ja ter ouvido o apelido antes. Alem do mais, num ramo da Familia Pereira do Amaral. Esta na pagina 225 do livro da Ivania Batista Coelho uma filha dos nossos quartavos Joaquim Pereira do Amaral e Maria Rosa dos Santos Carvalhais identificada apenas por este apelido.

Terei que telefonar novamente para perguntar se o senhor Moacir se lembra do nome de algum irmao dela. Acredito que existe a chance de ele lembrar-se que a Titi (Quiteria Rosa), foi a esposa do Joao Batista Coelho Junior (Joaozinho). E com ele tornou-se a sogra dos Maria Carmelita, Joao e Benjamin Rodrigues Coelho. Estes foram irmaos da sogra dele, tia Josephina Marcolina.

Assim, havia proximidade suficiente para lembrar-se que seria primo dos conjuges dos tios da propria esposa. Os possiveis tios dele, Joaozinho e Titi, faleceram, respectivamente, em 1920 e 1927. Quando ele tinha completado 11 e estava por completar 18 anos de idade. Sao memorias que dificilmente se apagam! Os Rodrigues Coelho tornaram-se netos do Daniel Pereira do Amaral, atraves do casamento da filha deste, Maria Marcolina, com o Antonio Rodrigues Coelho. Mas ainda nos falta saber que grau de parentesco havia entre o avo Daniel e o avo Joaquim Pereira do Amaral, pai da Titi.

Ao que sabemos, todos os Pereira do Amaral mais proximos na familia comecaram sua multiplicacao em Sabinopolis, onde alguns dos descendentes do acoriano Miguel Pereira do Amaral e da brasileira Anna Maria de Jesus estavam instalados desde a fundacao do Arraial de Sao Sebastiao dos Correntes. Menciona-se que Joaquim Pereira do Amaral iniciou familia la. Tambem o sobrenome Carvalhais da esposa Maria Rosa ajuda a vincular a familia com a cidade. Porem, ja residiam em Virginopolis nos primeiros anos de existencia deste Arraial de Nossa Senhora do Patrocinio de Guanhaes.

Postarei aqui um abreviado da familia dos pentavos Joaquim Pereira do Amaral e Maria Rosa dos Santos Carvalhais. Talvez algum outro parente nosso, descendente dos que nao conhecemos, possa nos informar quem foram os pais destes dois personagens e nos fornecer dados que nao temos das descendencias dos filhos. Segundo o que esta na pagina 225 do livro: “Arvore Genealogica da Familia Coelho” eles foram pais de:

01. Quiteria Rosa (Titi) do Amaral – Joao (Joaozinho) Batista Coelho Junior
02. Ernesto Pereira do Amaral – Ilidia (tia Nhanha) da Silva Neto
03. Maria Rosa (tia Biquita) Pereira do Amaral – Eloy Perpetuo
04. tia Cutinha
05. Antonio Pereira do Amaral
06. Joao Pereira do Amaral
07. Ilidio Pereira do Amaral
08. Sebastiana Rosa do Amaral – Jose Soares Filho

Destes temos um pequeno acompanhamento dos trisavos Quiteria/Joao Batista e tios Ernesto/Ilidia e Sebastiana/Jose. Nao temos informacoes dos outros alem do que eh mostrado ai.

Por fim, ele insistiu em uma informacao que contrasta com aquela passada pelo senhor Sebastiao Pimenta Barroso no livro “Sabino Barroso, um Estadista das Gerais.” Pela descricao no livro infere-se que a Familia Barroso descrita tornou-se brasileira desde o antigo Joaquim Barroso Alvares. O senhor Moacir afirma que o avo Modesto Alves Barroso era portugues.

Pode ser apenas um engano de impressao, pois, antigamente as pessoas sentiam-se mais confortaveis em descenderem de estrangeiros ao pais. E alguns continuavam sendo conhecidos pelo apelido de “portugues”, mesmo sendo a diversas geracoes brasileiros. Talvez tenha sido algo que o senhor Moacir ouviu dizer em sua juventude, porem, nunca tenha se informado melhor a respeito disso.

Porem, ha uma chance menor de que a filha do Joaquim Barroso, Carlota, tenha se casado com algum portugues e realmente ter tido a familia em Portugal. Depois o filho Modesto ter-se repatriado. E pode ser que tenha sido o unico, pois, dos 6 filhos atribuidos `a Carlota, o senhor Sebastiao apresentou descendencia apenas do proprio Modesto.

Telefonei novamente para o Brasil mas nao tive a oportunidade de conversar novamente com o senhor Moacir. Houve um acidente em Belo Horizonte que deixou uma pessoa da familia machucada. Ele viajou. Tive o privilegio de obter o telefone da casa em que ele estava em BH e pude conversar com a filha dele, dona Helena. Pudemos trocar nossas informacoes e ela ficou de levantar para ele a questao e responder-me via e-mail. Estou aguardando.

Interessante eh que quando a gente conversa com qualquer pessoa da regiao, logo no primeiro contato vem a pergunta: “O seu Barbalho eh o mesmo de tais e tais pessoas?!” Neste caso ja nos identificavamos pelo nosso proprio parentesco. Mas mesmo pessoas que nao tenham ligacoes familiares conhecidas logo mencionam um de nossos parentes para estavebelecer uma conversacao mais solida.

No caso das filhas do senhor Moacir, com as quais conversei, elas logo indagaram se eu era parente da Sonia, filha do tio Murilo Barbalho. Isso porque elas haviam sido colegas de faculdade dela, portanto, tem a ela como referencia mais obvia. Tai uma utilidade da genealogia. Aproximar as pessoas. Tive menos convivencia que elas com a familia do tio Murilo. Embora nos conhecamos por encontros casuais. Nao tive outro contato com as filhas do senhor Moacir senao estes telefonemas. Mas a gente fica confortavel em saber que alem de primos ha essa triangulacao de conhecimentos. Ja consegui mandar recado que podera faze-las reatar as velhas amizades.

Enquanto estou escrevendo tenho me lembrado. A forma mais segura de obtermos resposta se existiram ou nao 2 Clementes. Se houve apenas o Clemente filho do Euzebio e Anna Pinto de Jesus. Quais foram realmente os nomes de todos os filhos etc, poderia ser facilmente resolvida se fosse feito um levantamento dos inventarios da historica Fazenda do Grama.

Ao que parece, ela passou do ancestral Euzebio para o Clemente e o Bento. Segundo a Marinez Torres, passou para o avo dela, Amavel. Assim, sao pelo menos quatro geracoes que podem ser devidamente decifradas por este meio. Outras vias normais de buscas genealogicas seria procurar nos cartorios se existem os Testamentos dos personagens, registrados neles. Os dos avos Euzebio e Anna poderiam ser muito interessantes. Em alguns casos, as pessoas faziam um breve relato genealogico de suas origens, o que incluia a mencao de nomes de pais, avos e procedencia geografica. E deles nos falta quase tudo.

Os registros de casamento do Clemente com a Anna Maria Pereira poderia fornecer bons dados. Contudo, este podera ter sido feito eclesiasticamente, pois ainda nao havia registro civil durante o Imperio. Pode tanto ter ocorrido em Guanhaes quanto em Sabinopolis. E, dependendo da epoca, pode estar nos arquivos do Serro ou de Conceicao do Mato Dentro. Isso porque Guanhaes mudou de maos naquela epoca, porem, Sabinopolis sempre pertenceu ao Serro antes de emancipar-se. `As vezes penso que faltam-me asas para fazer estas buscas!…

Entre os associados `a familia houveram duas pessoas bem conhecidas em Virginopolis que se tornaram centenarias nas ultimas decadas. Foram eles os senhores: Jose de Pinho, que foi mais conhecido pelo apelido de Ze Anastacio, e Gabriel Sebastiao Soares, tambem conhecido como Gabi Gilberto. O senhor Gabi casou-se com representante de familias tradicionais de Virginopolis, sendo ele proprio egresso de uma delas, a Coelho da Silva. A esposa foi a dona Efigenia (Gininha) da Cunha Menezes. Ja o seu Ze Anastacio teve varios filhos casados no familhao. Infelizmente nao tenho o acompanhamento genealogico anterior a este e sua esposa.

05. EXTENSAO

Estudando por alto a tese “A Nobreza Anda em Bandos”, nao surpreendeu-me a afirmacao do autor que fala a respeito de as elites no antigo processo colonial terem que estar sempre expandindo seus dominios para conter as tensoes em seus meios sociais.

O fato eh que, vindo desde a epoca Medieval, o metodo de dominacao adotado pelos europeus no mundo tinha o vies particularmente agrario. O metodo muito atrasado de agricultura limitava muito o numero de pessoas que poderiam tirar seu sustento da terra. Assim, ou o excedente de populacao se mudava em busca de terrenos virgens ou a superpopulacao levava ao conflito, pois, nao havia como produzir-se mantimentos em quantidade suficiente nos territorios limitados. As unicas outras formas capazes de controlar a ocorrencia de superpopulacao era a baixa longevidade ou as guerras. Dai se explica o porque de tanto se guerrear na Idade Media.

A descoberta do Novo Mundo foi, de certa forma, o grande azar dos portugueses e espanhois. Portugal e Espanha abocanharam muito mais terras do que poderiam colonizar. Ao contrario dos paises mais ao norte que encontraram uma filosofia de vida mais apropriada que foi a industrializacao. E aqui podemos desmistificar algumas hipoteses a respeito do porque Portugal e Espanha continuaram pobres, arrastando junto suas colonias.

Os paises ao norte adotaram a filosofia de que tudo era um desafio, enquanto os dois a de que tudo era problema.

A diferenca entre um e outro pode ser explicada mais ou menos assim. Como os outros nao tinham tanto para onde expandir e suas populacoes continuavam crescendo, surgiram as aglomeracoes urbanas. Imaginem, para que as aglomeracoes nao se tornassem problemas, o desafio era encontrar solucoes. Assim, construir predios para abrigar mais pessoas em um espaco menor foi uma resposta.

Lembrem-se que quanto maior o aglomerado, maior tem que ser a imaginacao e criatividade para superar os desafios. Construir um predio de 3 andares eh um pequeno desafio. O de 50 andares eh desafio maior. Desafios estes que exigem tecnologias novas em relacao `aquela que existia antes de se comecar a construir os predios. Com isso, quanto mais se supera desafios, mais tecnogia eh criada. Dai, eh facil compreender porque a tecnologia tornou-se fruto do encarar-se os desafios e porque os paises se tornaram mais criativos.

Para fazer uma cidade multimilionaria funcionar eh preciso uma engenharia que envolva todo tipo de inovacoes que deem solucoes aos desafios. Alguns deles sao: levar agua potavel a cada residencia (isso ja solucionado pelos romanos ha mais de 2.000 anos atras); construir sistema de esgoto (o que os ramanos tambem ja tinham); distribuir energia eletrica; transportar alimentos pereciveis rapidamente; pavimentar suas vias; oferecer servicos da mais variada natureza, enfim, criar toda uma infraestrutura que responda `as necessidades sem deixar que isso transforme-se em problema.

Enquanto isso, Espanha e Portugal permaneceram em seu sistema medieval. Se a populacao comecava a multiplicar-se, a constituicao de grandes cidades era encarada como problema, pois, dava trabalho e haviam terras disponiveis para que a populacao se dispersar, o que eh usar a lei do menor esforco como solucao facil para os desfios atraves da criacao de um problema.

A descoberta das riquezas naturais faceis, como o ouro, acabaram tornando-se um problema para o desenvolvimento tecnologico destas nacoes. Pois, quando encontravam um desafio, nao se sentiam pressionadas a raciocinar para supera-lo, bastava correr atras de um pouco mais de ouro e comprar a solucao imediata.

Ou seja, ao inves de construir-se navios com a propria tecnologia, recorria-se aos outros paises para compra-los. Criava-se com isso um problema, pois, nao se aprendia a fazer e, com o tempo, havia o desgaste natural do navio cuja solucao era o de comprar outro mais `a frente. Portugal e Espanha foram criativos no inicio da corrida para as Grandes Descobertas, sendo os primeiros a alcancar o Novo Mundo naquela epoca. Depois que encontraram as riquezas, regrediram.

Seguindo o exemplo materno, as elites brasileiras nunca haviam sido pressionadas a crescer. O Brasil eh tao grande que ate hoje, se a populacao for espalhada em todo o territorio nacional, proporcionalmente, dara a impressao de morar-se em um vazio demografico. Se dividirmos os 200 milhoes de habitantes do pais pelos seus 8.5 milhoes de quilometros quadrados, teremos pouco mais de 20 pessoas por quilometro quadrado. Muita gente ja afeicoada `a vida urbana morreria de tedio se isso fosse feito!

Esse foi o grande contratempo que resultou no atraso no qual, ate hoje, o Brasil se encontra mergulhado. Os da minha idade bem se recordarao que ate aos anos 70 a solucao adotada pela ditadura militar para o “problema” economico do pais foi a de invadir territorios ainda nao ocupados como a Amazonia. Ou seja, ainda nao se havia criado a mentalidade de expandir a tecnologia, encarando-se de frente os desafios. Pelo contrario, optou-se mais uma vez por dar as costas aos desafios, transformando-os em problemas.

Nos sabemos que territorios novos ocupados sempre tem algo a oferecer. A derrubada da floresta amazonica, por exemplo, deve ter feito muita gente rica. Porem, esta nao eh uma forma sustentavel de desenvolvimento porque o que vem da natureza tem um limite de sustentabilidade. Se a derrubada da Amozonia tivesse continuado no passo que comecou, ja nao teriamos a floresta mais, pois, a natureza nao teria capacidade de recompor-se. Assim, a riqueza facil ja teria sido consumida e o que sobraria seria a pobreza ainda maior para a atual geracao.

Portanto, quando alguem perguntar como e porque o rico Brasil tem uma populacao tao pobre, pode-se responder sem medo de errar. Porque os brasileiros tiveram uma heranca natural grande demais e as elites do passado fizeram opcao por nao construir televisoes, computadores, carros, navios, programas com tecnologia propria e sim comprar e deixar que outros “mais inteligentes” explorassem seu mercado.

Por causa disso os brasileiros estao presos ao ciclo vicioso de sempre estarem usando uma tecnologia que compraram no passado e que, por vencer o prazo de validade, sempre terao que comprar tecnologias mais avancadas de outros. Em poucas palavras, o Brasil eh pobre porque eh dependente dos outros. Gracas ao baixo indice de sabedoria que herdou.

Alguns poderao dizer que se o meu raciocinio estivesse correto, os Estados Unidos tambem seriam pobres. Mas eu digo que nao necessariamente. Cada pais tem a sua propria Historia. No seculo XIX as discrepancias nao eram tao enormes. Os Estados Unidos nao eram tao ricos. E com a proximidade dele em relacao `a Europa, atraiu muito mais populacao. O Brasil entrou no seculo XX com 17 milhoes de habitantes enquanto que os Estados Unidos ja tinham 70 milhoes. O territorio util americano eh bem menor do que o do Brasil.

Os americanos ja haviam cometido todos os erros que os brasileiros ainda iriam repetir durante aquele seculo. Porem, encararam isso como desafio e retificaram seus caminhos. Ao contrario dos que ignoram a Historia e repetem os mesmos erros do passado!

Dai, enquanto o Brasil estava estacionado os Estados Unidos nao pararam. Duas coisas que observo aqui eh que, nos ultimos anos os saudosistas americanos tem provocado algum atraso no pais, o que esta permitindo que paises antes atrasados estejam competindo com eles agora. Pode ser que os Estados Unidos tenham entrado num ciclo semelhante ao que aconteceu com Portugal, Espanha, posteriormente com a Inglaterra e atualmente com o Japao, ou seja, pararam para descansar e outros que estavam correndo atras os superaram.

Que de agora para frente talvez as proximas geracoes brasileiras possam refletir a respeito deste assunto e passar a encarar as dificuldades apenas como desafios que pedem reflexoes e solucoes e nao problemas que nunca serao resolvidos.

06. VIA DOLOROSA

GENEALOGIAS DE FAMILIAS TRADICIONAIS DE VIRGINOPOLIS

Indico o endereco acima, principalmente no que pode ser lido no inicio do capitulo 06 do texto ali postado. Nele relato a suspeita de as Familias Coelho da regiao poderem ter-se tornado portadoras de gens que podem estar levando a muitos membros delas a sofrer a situacao conhecida medicamente como ELA – 8. Trata-se da Esclerose Lateral Amiotrofica.

Nao temos ainda o comprovante que este seja o mal que provoca o conhecido na familia como: “andar claudicante dos Coelho”. Nao se trata de algo contagioso. Nem por isso deixa de ser grave para os portadores. Geralmente manifesta-se a partir dos 50 anos de idade. Pode ser muito antes ou nao se manifestar. De qualquer forma, pode levar a diversos graus de gravidade, causando paralisia (entrevamento como antigamente se dizia) dos membros inferiores e tambem de outras partes do corpo, podendo tornar-se a causa da morte de muitos pacientes.

Sabe-se que os gens estao disseminados em toda a populacao mundial. Em populacoes pouco consanguineas a situacao aparece esporadicamente. Mas surge como em uma epidemia em populacoes consanguineas portadoras. Essa situacao se da porque se um parente eh portador, a probalidade de outros tambem o serem eh grande. Quando os parentes se casam a manifestacao na descendencia torna-se mais frequente.

Como enfrentar a situacao? Devemos encara-la como um desafio, nao como problema. Para nos que somos suspeitos ou ja manifestamos sinais, o melhor sera procurar os especialistas e seguir-lhes as determinacoes. Aos jovens cabe procurar evitar casar-se, ou ter filhos, com consanguineos para evitar que passe-se a condicao para os filhos. Mesmo que nao seja facil essa precaucao, aparentemente tao simples e logica, podera evitar centenas de outras condicoes geneticas que podem tornar a nossa descendencia vulneravel.

Eu sou portador de dores intensas em minhas costas. Em um exame nao especifico de ultrassonografia revelou-se que o interior da minha coluna vertebral esta se fechando gradativamente, o que resulta em compressao da medula cervical. Dai, vez por outra, fico atacado por dores do tipo lombares, cervicais e tambem na cabeca. Coisas que podem ou nao ser consequencia de ser fruto de diversos matrimonios consanguineos. Somente um estudo muito especializado poderia determinar isso.

Nao sei o quanto as pessoas se lembram das coisas que aconteciam ha 50 anos atras, ou nem tanto, em relacao aos portadores de algumas deficiencias. Um caso bem especifico que me lembro era a dos portadores da Sindrome de Down. As pessoas afetadas por ela eram quase que automaticamente descartadas como indesejaveis. Um estorvo nos ombros dos familiares. Faltava respeito humano e sensibilidade. Ninguem acreditava no potencial dessas pessoas.

Claro, os pais que conviviam com a situacao muitas vezes percebiam que os individuos tinham sim algum potencial. Contudo, massacrados pela opiniao publica, tinham vergonha de expor os individuos com a condicao. Automaticamente nao se investia em escolas, nao existia uma didatica especifica para enfrentar a situacao.

Mas o amor transforma! Maes e pessoas ligadas `a assistencia social comecaram a formar associacoes de apoio e suporte aos portadores e seus familiares. Atualmente os portadores sao integrados `a sociedade e podem desenvolver seus potenciais. Mas nao foi facil superar todos os preconceitos e, claro, ainda nao foi possivel erradica-los. Sempre haverao pessoas que por desinformacao ou maldade sempre irao olhar apenas para o que falta, o que eh a menor parte, do que para o ser humano.

O grande merito da questao ai foi reconhecer que a condicao nao era o problema que se apregoava. Era apenas um desafio que poderia ser conquistado.

Atitude semelhante se revela com a criacao das Associacoes de Alcoolicos Anonimos. Reconhecia-se a situacao apenas como um problema. Era como se os alcolatras tivessem nascido para nao possuir nenhum controle sobre seu vicio. Mas o importante foi encontrar uma chave da questao, ou seja, as pessoas nao conseguem deixar a condicao sem uma ajuda externa. Muita gente pode e esta sendo recuperada, gracas ao trabalho voluntario de pessoas que encararam a situacao como um desafio e nao como um problema.

Gostaria de dizer em primeira mao que nao sou especialista em nenhum desses assuntos. Tenho conhecimentos soltos de alguma coisa e outra. Portanto, o que eu disser nao deve ser tomado como opiniao academica. O que vou procurar eh usar o senso, um certo nono sentido, que tenho para determinadas coisas. Mesmo assim, tudo o que eu disser carecera da bencao de pessoas ligadas `a situacao.

Durante meus contatos para decifrar os meandros da genealogia da Familia Barroso da nossa regiao ouvi duas mencoes a que um de seus ramos “eh dada a suicidios”. Nao sei dizer se ha algum estudo afirmando que haja alguma correlacao genetica e este tipo de desafio. Afinal, suicidios acontecem em todas as familias. O que preocupa mais sera a incidencia mais elevada.

Ao meu ponto de vista existem condicoes circunstanciais que levam ao suicidio. Neste caso, nao havera necessariamente um vinculo genetico. Aqui nos Estados Unidos por exemplo estamos passando por uma verdadeira epidemia de suicidios. Quando os casos acontecem compassados, numa frequencia que chamamos de “normal”, isso eh classificado como endemico. Mas quando a frequencia acontece duas, tres ou mais vezes acima dessa “normalidade” chamamos de epidemia.

E a epidemia aqui esta visivelmente relacionada `as guerras que os reservistas tem sido submetidos. O pais esteve envolvido ultimamente nas guerras: do Golfo Persico, do Iraque, do Afeganistao e contra o terrorismo. Milhoes de pessoas foram enviadas, lutaram por algum tempo e retornaram. O total de mortes nao ultrapassou a 20.000 soldados e associados. O numero de feridos foi muitissimo maior.

Contudo existe um terceiro grupo que parece ser o maior. Trata-se das pessoas acometidas pelo P.T.S. D. A sigla em ingles traduz Post-Traumatic Sindrome Disorder, ou, uma sindrome que causa desordem de comportamento em pessoas que sofreram algum trauma. Esse problema ja foi detectado em outros tempos e foi chamado de “neurose de guerra”. As pessoas se ausentam do campo de batalha, porem, a guerra nao sai de dentro delas.

Mesmo em locais calmos elas permanecem alertas como se algo estivesse lhes dizendo que estao sendo vigiadas. Se uma pessoa tiver em um local muito frequentado como uma grande loja e um servente da limpeza deixar um balde rolar nas escadas, produzindo barulho, a pessoa ira pensar que esta havendo um ataque e agira conforme foi treinada, buscando protecao, porem, com todos os prejuizos que o stress pode causar. As pessoas se tornam de relacionamento dificil, frequentemente parecem estranhas a seus familiares.

E isso ocasiona todo um transtorno em suas vidas. Frequentemente se divorciam. Na falta de empregos tem tendencias a buscar o alcoolismo e o uso de drogas como refugio.

Muitas pessoas nesta situacao procuram esconde-la, pois, se procurarem ajuda poderao ser preteridas na ascensao em suas carreiras. Ate ha pouco tempo atras a P.T.S.D. nao era reconhecida nos meios militares. Era tratada como se a pessoa fosse louca. Nao se reconhecia a causa e nem que houvesse tratamento que revertesse a situacao. Com isso a frustracao levando a muitos suicidios e algumas vezes a ataques de loucura, como a que aconteceu ha poucos dias no Fort Hood. Alias, este Fort eh repetente neste tipo de casos.

Claro eh que esta havendo ai uma condicao circunstancial. Acredito que ninguem fez um estudo para procurar descobrir se as pessoas atacadas possuem gens que favorecam `a condicao. Pode ser que as pessoas enviadas `as guerras e que sao afetadas ja possuiam a precondicao, e a condicao de stress apenas acelerou a manifestacao. Acredito que estudos precisam ser feitos.

De propria experiencia posso afirmar apenas que o suicidio eh por si mesmo um desafio monumental pelo tanto que fere as pessoas ligadas aos suicidas. Digo isso porque um primo suicidou na epoca em que eu era crianca. A sensacao foi terrivel para mim. Imagino que para os pais e familiares a situacao foi tremendamente dificil de superar, se eh que isso foi possivel. Os pais devem ficar eternamente com o sentimento de culpa, embora nao haja culpa identificavel de ninguem. O mesmo devera se dar com os parentes mais proximos. Os conhecidos certamente ficam traumatizados.

Nao creio que ai cabe culpa a ninguem. Principalmente se o suicidio tiver algum componente genetico. Porem, mesmo que haja o componente genetico, havera que se verificar quanto possivel eh evitar a sua manifestacao. No caso da condicao circunstancial parece que eh possivel evitar-se. O problema da epidemia aqui foi que o pais tem experdicado tanto dinheiro em guerras e mas administracoes economicas que faltou dinheiro para prestar assistencia aos veteranos de guerra.

Eh sempre assim! A corda arrebenta mesmo nas maos dos mais fragilizados. E olha que as pessoas vao `a guerra pensando que estao prestando o maior servico `a sua nacao, jamais pensam que a nacao nao lhes sera grata pelos riscos corridos.

Quanto `a condicao poder ter algum componente fortemente circunstancial podemos tomar a informacao de que os suicidios sao mais frequentes em populacoes que sofrem grau maior de pressao competitiva. Muita gente pode pensar que os paises ricos sao paraisos. Mas a verdade eh que nestes a filosofia do ter torna-se mais impositiva que a do ser. Principalmente os jovens sao lancados uns contra os outros no intuito de tornarem-se mais competitivos e vencedores.

O problema eh que a economia funciona em forma de piramide. Somente uns poucos alcancarao o topo. Muita gente sera submetida a condicao inferior sem a correspondente conformacao com isso. O resultado eh a frustracao e uma das formas de fugir ao desafio torna-se o suicidio. Apesar do sucesso de certas economias como a do Japao e da Coreia, estes paises estao entre os recordistas em suicidios.

Em relacao ao caso dos familiares Barroso, sei que nao eh o unico. Alguns membros da Familia Figueiredo da area de Virginopolis e Divinolandia tambem foram acometidos pela condicao. Entre os Figueiredo lembro-me de pelo menos tres casos relatados. O que eh mais do que o numero de casos que ouvi falar entre os que nao assinavam Figueiredo.

Quando qualquer condicao esta ligada a algum sobrenome, a tendencia eh realmente haver algum vinculo genetico. Ha aqui que se lembrar que a maioria das condicoes geneticas podem estar presentes em populacoes consideradas normais. Porem eh preciso que haja algum estimulo ambiental para que ela se manifeste.

Nisso posso citar um exemplo bem pratico que tenho noticia. Um pesquisador aqui dos Estados Unidos estuda a condicao da psicopatia. Psicopatas sao pessoas que desenvolvem um quadro que sao incapazes de se vincular emocionalmente a seus semelhantes, o que acaba permitindo que cometam os piores crimes possiveis. Como nao ha como afirmar que uma pessoa eh ou nao psicopata com antecipacao, o pesquisador recorreu ao estudo dos cerebros daqueles que ja haviam manifestado a situacao, haviam sido presos, condenados e, depois de mortos, recolheram-lhes os cerebros para os estudos.

Foi encontrado em todos os cerebros uma deformacao. Uma parte do cerebro nao era funcional. Entao, ficou estabelecido que quem tivesse a mesma deformacao seria candidato a manifestar a condicao. Mas para confirmar a condicao era preciso analisar-se cerebros de pessoas normais, para saber se havia a presenca da deformacao em pessoas que nao manifestam o quadro. O cientista fez diversas ultrassonografias em outras pessoas, inclusive da propria familia.

Quando chegaram os resultados, descobriram que apenas um dos cerebros analisados continha a mesma deformacao. Neste caso, para fins cientificos, o cerebro estava identificado apenas por um numero, para nao sofrer interferencias de fundo emocional dos analistas. Identificada a deseformacao e seu numero, foram identificar a pessoa. Nao era outra senao o proprio pesquisador. E, entao, como ele nao desenvolveu a situacao e por outro lado transformou-se num pesquisador?!

Baseado no historico dos psicopatas condenados ele verificou que todos haviam sofrido abusos durante seu desenvolvimento. Entao ele desenvolveu a teoria baseada em sua propria experiencia de vida. Ou seja, nasceu numa familia com poucos filhos onde houve um primeiro nascimento e uma sequencia de abortamentos. Quando ele nasceu havia uma distancia entre ele e o primeiro nascido. Houve outra sequencia de abortamentos antes de nascer o proximo irmao.

Devido aquela condicao de ter sido a esperanca e a concretizacao dos sonhos da familia, todos dedicavam a ele muita atencao e amor. Era o queridinho da familia por assim dizer. Levantou entao a teoria de que a condicao pode existir e nao se manifestar por causa do ambiente amoroso. Ja a situacao de abuso seria a responsavel pela inducao da manifestacao. Este encontro ainda nao eh conclusivo neste caso porque as amostras analisadas nao sao suficientes em numero para dar um diagnostico cientificamente comprovado. Os estudos continuam.

Bom, no caso dos suicidios nas Familias Barroso e Figueiredo, haveria muita coisa a ser estudada. Isso porque pode ser ate que o gen que possivelmente existe nao seja inerente aos sobrenomes atacados. Para determinar-se isso com certeza haveria que fazer-se um estudo genealogico amplo, pois, sera possivel que algumas outras familias possuam o gen, com ou sem a manifestacao. E pode ate ser que a manifestacao nessas familias tenha tornado possivel porque ramos delas sejam aparentados com uma terceira fonte. Entao, seria preciso encontrar a fonte.

Ate mesmo antes de fazer-se a pesquisa genealogica seria preciso agir como aconteceu no caso das familias com criancas portadoras da Sindrome de Down. Premente sera fazer-se uma associacao. Entendo que sera muito doloroso para os familiares dos suicidas se abrirem a respeito dos casos acontecidos nas familias. Mas ha o caminho que transforma a situacao em problema e o caminho que a transforma em desafio. Aqueles que pensarem que tudo eh problema, ficarao confinados em seus casulos `a espera do proximo que cometera suicidio.

Ja os que adotarem o caminho do desafio, superarao os obstaculos e, possivelmente, encontrarao alguma solucao.

Nao digo que esta solucao vira facilmente. Pela experiencia que tenho posso dizer que podera passar uma geracao inteira em busca do que nao chegara para nos. Entre o levantamento genealogico, o despertar do interesse de especialistas para estudar o caso, o fazer as pesquisas e encontrar formas de elas serem financiadas, encontrar os indicios, testar, confirmar, apresentar sugestoes, realizar novas pesquisas e chegar aos resultados, o trabalho sera intenso e cansativo.

Porem, sera a unica forma de apresentar um resultado que garantira alternativas para as futuras geracoes. Tudo eh desafio. So nao ha superacao quando nao se trabalha para isso.

Compreendo que o preconceito eh um dos maiores empecilhos para a tomada de atitude. As familias envolvidas devem sentir a estigmatizacao da sociedade. Eh dificil realmente enfrentar o apontar de dedos. Mas as pessoas afetadas por qualquer que seja a condicao nao podem permitir que o estigma lhes carimbe a pele. Nao importa qual seja a condicao que tenhamos que enfrentar, o carimbo do estigma deve marcar os preconceituosos que apontam os dedos, pois, estes sao apenas “macacos que sentam nos proprios rabos para falar do rabo dos outros”.

Felizmente, na Terra nao existe raca ou diferenca genetica suficiente entre os seres humanos para dizer-se que uns sejam de um planeta e outros de outro. Meus estudos genealogicos tem me mostrado que existe uma unica raca e uma unica familia na Terra, ou seja, esta eh a humana. Quem pensa que nao existe situacoes a serem superadas em sua propria familia, nao o faz nem por via de conhecimento e muito menos por via de sabedoria. Trata-se apenas de ignorancia regada a hipocrisia.

07. GENEALOGIA COMPRIMIDA DAS FAMILIAS DOS VIDALONGAS.

Precisamos demonstrar o quanto entrelacadas as familia da regiao estao. Claro, utilizarei aqui de alguns extremos. Embora nao sejam os extremos da consanguinidade que temos na familia como um todo. Postarei alguns resumos genealogicos de familias para que possamos observar a danca dos entrelacamentos em primeiro lugar.

Mas tambem a estrategia de enxugar as genealogias, pois, o pouco que postarei ja sera um pouco complicado para quem nao conheceu ou teve noticias dos personagens. Procurarei postar principalmente o resumo que abrange a maioria das pessoas mostradas na lista dos mais longevos da familia. Assim, poderemos acompanhar o grau de parentesco que ha entre cada um.

E, futuramente, algum geneticista podera usar este esquema para observar se existe alguma influencia na longevidade e algum dos sobrenomes aqui apresentados. Quase todos os personagens sao Coelho de Magalhaes ja constatado, a marioria eh, simultaneamente, Nunes Coelho e boa porcentagem eh “de Magalhaes Barbalho”. Infelizmente, ainda nao temos um acompanhamento mais amplo do sobrenome Barroso, porem, destaquei o maximo que pude os familiares que tem esta assinatura entre seus ancestrais.

Tambem o nosso acompanhamento da familia do casal Clemente Nunes Coelho e Anna Maria Pereira eh muito limitado. Tenho para mim que, naturalmente, pelo grande numero de componentes na atualidade, essa descendencia estara tao dispersa pelo mundo quanto todas as outras. Mas creio que as primeiras geracoes aglomeraram-se em Guanhaes. E sera bem possivel cruzar-se com essa descendencia sem fazermos ideia de quem seja.

Esse eh um dos problemas que afetam a nossa memoria muito raza de nossos ancestrais. Todo mundo ja ouviu pelo menos falar os nomes dos proprios avos. A partir dos bisavos a maioria das pessoas pensa que nao ha necessidade alguma guardar. Contudo, postei na genealogia abaixo os exemplos de nossos primos: 78. Rosany Barbalho Leite – 79. Wander Jose Leite e 80. Trajano (Tata) Moreira Magalhaes Barbalho e 81. Ursula Coelho Serra Goncalves.

Ate ha pouco tempo atras eu nao tinha noticias de que a Rosany e o Tata descendiam do casal Clemente e Anna Maria. Descobri que o Wandinho descende, simultaneamente, do casal 07. Francisca Eufrasia e 08. Ten. Joaquim Nunes Coelho. Todos descendem em menor dosagem do Clemente que nasceu no inicio do seculo XIX e que pode ser o mesmo marido da Anna Maria ou filho daquele.

Agora sabemos o risco de Rosany e Tata descenderem uma vez mais do casal: 104. Joaquim Pereira do Amaral – 105. Maria Rosa dos Santos Carvalhais, o que a Ursula tambem eh. Nao sei com qual grau de preocupacao devemos encarar esse desafio de sabermos que todas as pessoas ao nosso redor sao potenciais nossas parentes muito mais proximo do que imaginamos. Sei apenas que continuarmos desconhecendo o que se passou em nossa genealogia para planejarmos o futuro de nossos filhos, sera um alto grau de irresponsabilidade.

Observem tambem que nem todas as pessoas que aparecem na lista dos mais longevos entraram aqui neste resume. Dona Maria Balbina Pires, por exemplo, era consanguinea dos familiares Rodrigues Coelho pelos componentes familiares: Borges Monteiro, Pereira do Amaral e Pimenta Vaz Barbalho. Contudo, eu teria que extender muito a genealogia para ela aparecer.

Tambem faltou-me postar o componente que forma o ramo familiar dos senhores Gabriel Coelho de Oliveira e das irmas Emidia e Vita de Souza Figueiredo. O senhor Gabriel era neto tanto do casal: 33. Anna Honoria Coelho – 34. Candido de Oliveira Freire, quanto do Emygdia Honoria Coelho e Amaro de Souza Silva. Ele era filho do casal: Fernando Coelho de Oliveira e Luiza de Souza Coelho, que eram primos em primeiro grau, ja que tias Anna e Emygdia eram irmas. Ja as irmas Emidia e Vita, que estao vivas, foram filhas do casal Joao de Souza Coelho e Genoveva Fausta de Figueiredo, sendo que o senhor Joao era irmao da Sa Luiza.

Faltou-me postar tambem aqui: Joao Coelho, filho de: 37. Jose (Ze Coelho) Batista Coelho e 39. Virginia Marcolina Coelho; Murillo Coelho, filho de: 135. Jose (Juca Coelho) Coelho Junior – 136. Davina Magalhaes, e Hugo de Magalhaes Barbalho filho de: 139. Cecy Marcolina Coelho – 140. Marcial de Magalhaes Barbalho. Assim torna-se possivel determinar as relacoes parentais entre quase todos os membros da lista apresentada no capitulo 04.

Nao postei isso na genealogia abaixo porque o esquema ja estava comecando a ficar embaralhado. Fiz um esquema de numeracao completamente do costumeiro feito em genealogias. Porem, acredito que a ordem numerica comecando do numero 01 e seguindo favorecera ao entendimento mesmo daqueles que nao estao acostumados a lidar com a disciplina. A ideia eh facilitar. Cada pessoa tem seu numero. Quando elas aparecem repetidas vezes, os numeros se manterao. Entao, bastara verificar na sequencia e descobrir as origens.

A ideia aqui eh deixar essa pequena fonte de consulta para quem for ler este texto e desejar informar-se melhor de como se encaixam as pessoas mencionadas na Arvore Genealogica. Nenhuma das familias ficaram completas neste resumo por causa da sua simplificacao. Quem desejar ter um quadro mais completo podera servir-se do que ja temos no site http://www.geneaminas.com.br. Alguns dados ainda precisam efetivacao la para que as ligacoes sejam feitas para facilitar a navegacao e compreensao. Isso sera feito em breve.

Segue, entao, esta pequena genealogia:

01. Alferes, Jose Coelho de Magalhaes – 02. Eugenia Rodrigues da Rocha, pais de:

03. Capitao, Jose Coelho da Rocha – 04. Luiza Maria do Espirito Santo
05. Capitao, Joao Coelho de Magalhaes – 06. Bebiana Lourenca de Araujo

03. Capitao, Jose Coelho da Rocha – 04. Luiza Maria do Espirito Santo, pais de:

07. Francisca Eufrasia de Assis – 08. ten. Joaquim Nunes Coelho
09. Ten. Joao Batista Coelho – 10. Maria Honoria Nunes Coelho
11. Eugenia Maria da Cruz – 12. capitao, Francisco Marcal de Magalhaes Barbalho
13. Ten. Antonio Rodrigues Coelho – 14. Maria Marcolina Borges do Amaral

07. Francisca Eufrasia de Assis – 08. ten. Joaquim Nunes Coelho, pais de:

15. Joaquim (Quinsoh) Nunes Coelho – 16. Sebastiana Honoria Coelho
17. Jose Nunes Coelho – 18. Emigdia de Magalhaes Barbalho
19. Joao Nunes Coelho – 20. Petronilha (Pitu) de Magalhaes Barbalho
21. Miguel Nunes Coelho – 22. Abrosina (Sinha) de Magalhaes Barbalho
23. Luiza Nunes Coelho – 24. Luiz Furtado Leite

09. Ten. Joao Batista Coelho – 10. Maria Honoria Nunes Coelho, pais de:
25, 27, 31, 33, 35, 37

25. Joao Batista Coelho Junior – 26. Quiteria Rosa (Titi) do Amaral
27. Antonio Paulino Coelho – 28. Julia Salles Coelho, pais de:
29. Dimas Batista Coelho – 30. Maria Magdalena (Sinha) Coelho
31. Sebastiana Honoria Coelho – 32. Joaquim (Quinsoh) Nunes Coelho
33. Anna Honoria Coelho – 34. Candido de Oliveira Freire, pais de:
57. Marina (Nenen) Coelho de Oliveira – 56. Daniel Rodrigues Coelho
35. Antonia Honoria Coelho – 36. Pedro de Magalhaes Barbalho
37. Jose (Ze Coelho) Batista Coelho – 38. Maria Marcolina (Sa Quinha) Coelho
‘ – 39. Virginia Marcolina Coelho

11. Eugenia Maria da Cruz – 12. cap. Francisco Marcal de Magalhaes Barbalho

18. Emigdia de Magalhaes Barbalho – 17. Jose Nunes Coelho
20. Petronilha (Pitu) de Magalhaes Barbalyho – 19. Joao Nunes Coelho
36. Pedro de Magalhaes Barbalho – 35. Antonia Honoria Coelho
40. Marcal de Magalhaes Barbalho – 41. Ercilia Coelho de Andrade
42. Candida de Magalhaes Barbalho – 43. Joao Batista de Magalhaes
22. Ambrosina (Sinha) de Magalhaes Barbalho – 21. Miguel Nunes Coelho

13. Antonio Rodrigues Coelho – 14. Maria Marcolina Borges do Amaral, pais de:

44. Lindolpho Rodrigues Coelho – 45. Marcolina (Marca) Nunes Coelho
46. Altivo Rodrigues Coelho – 47. Vitalina (Nhanha) Nunes Coelho
48. Josephina Marcolina Coelho – 49. Pio Nunes Coelho
38. Maria Marcolina (Sa Quinha) Coelho – 37. Jose (Ze Coelho) Batista Coelho
50. Joao Rodrigues Coelho – 51. Olimpia Coelho do Amaral
52. Luiza Marcolina Coelho – 53. Emidio Ferreira da Silva
54. Angelina Marcolina Coelho – 55. Joao (Janjao) Ferreira da Silva
56. Daniel Rodrigues Coelho – 57. Marina (tia Nenen) Coelho de Oliveira
39. Virginia Marcolina Coelho – 37. Jose (Ze Coelho) Batista Coelho
58. Benjamin Rodrigues Coelho – 59. Julia (Nhazinha) Coelho do Amaral
60. Maria Carmelita Coelho – 61. Simao Batista Coelho

62. Clemente Nunes Coelho – 63. Ana Maria Pereira, pais de:

64. Knesvita Nunes Coelho – 65. Benicio Alves Barroso
66. Aneglia Nunes Coelho – 67. Pedro Barroso Alves
47. Vitalina (Nhanha) Nunes Coelho – 46. Altivo Rodrigues Coelho
45. Marcolina (Marca) Nunes Coelho – 44. Lindolpho Rodrigues Coelho
49. Pio Nunes Coelho – 48. Josephina Marcolina Coelho

68. Modesto Alves Barroso – 69. Sa Cutinha Pereira, pais de:

65. Benicio Alves Barroso – 64. Knesvita Nunes Coelho
67. Pedro Barroso Alves – 66. Aneglia Nunes Coelho
70. Adelaide Alves Barroso – 71. Severiano Guimaraes, pais de:

72. Nair Barroso Guimaraes – 73. Aristides Nunes Coelho

65. Benicio Alves Barroso – 64. Knesvita Nunes Coelho, pais de:
74, 82.

74. Dinah Nunes Barroso – 75. Antonio Moreira, pais de:

76. Railda Moreira Barbalho – 77. Ozanan de Magalhaes Barbalho, pais de:

78. Rosany Magalhaes Barbalho – 79. Wander Jose Leite
80. Trajano (Tata) de Magalhaes Barbalho – 81. Ursula Coelho Serra Goncalves

82. Enio Nunes Barroso – 83. Maria da Conceicao da Rocha, pais de:

84. Maria das Gracas Barroso Rocha – 85. Dr. Jose Geraldo Braga da Rocha

67. Pedro Barroso Alves – 66. Aneglia Nunes Coelho, pais de:

86. Graciema Nunes Barroso – 87. Lauro Nunes Coelho
88. Zulmira Coelho Barroso – 89. Ciro Nunes Coelho
90. Zilah Nunes Barroso – 91. Darcy Nunes Coelho
92. Moacir Nunes Barroso – 93. Jandira Nunes Coelho

47. Vitalina (Nhanha) Nunes Coelho – 46. Altivo Rodrigues Coelho, pais de:

94. Maria Magdalena (Sinha) Coelho – 95. (*) Dimas Batista Coelho, pais de:
96. Maria Jose (Zeze) Coelho – 97. Otacilio de Magalhaes Barbalho
98. Hercy (Zinho) Rodrigues Coelho – 99. Odeth de Magalhaes Barbalho
100. Adalgisa Coelho – 101. Anisio Rodrigues Coelho

(*) 95. Dimas Batista Coelho era filho de 27. Antonio Paulino Coelho e 28. Julia Salles Coelho. Julia foi a primeira filha do 13. ten. Antonio Rodrigues Coelho, porem, com Anna Girou Bonnefoi, nao com a esposa, 14. Maria Marcolina Borges do Amaral.

45. Marcolina (Marca) Nunes Coelho – 44. Lindolpho Rodrigues Coelho – Existirao alguns encontros dessa descendencia com outros membros da familia. Um exemplo eh o casamento do bisneto, Sebastiao Eneias Moreira Coelho com Marcilia de Magalhaes Barbalho. Marcilia eh bisneta do casal 37. Jose (Ze Coelho) Batista Coelho e 38. Maria Marcolina (Sa Quinha) Coelho.

49. Pio Nunes Coelho – 48. Josephina Marcolina Coelho

73. Aristides Nunes Coelho – 72. Nair Barroso Guimaraes
102. Alzira Nunes Coelho – 103. Ulisses Nunes Coelho
89. Ciro Nunes Coelho – 88. Zulmira Coelho Barroso
91. Darcy Nunes Coelho – 90. Zilah Nunes Barroso
87. Lauro Nunes Coelho – 86. Graciema Nunes Barroso
93. Jandira Nunes Coelho – 92. Moacir Nunes Barroso

104. Joaquim Pereira do Amaral – 105. Maria Rosa dos Santos Carvalhais, pais de:

69. Sa Cutinha Pereira – 68. Modesto Alves Barroso (possivelmente)
26. Quiteria Rosa (Titi) do Amaral – 25. Joao Batista Coelho Junior, pais de:
51, 59, 61, 129

51. Olimpia Rosa Coelho do Amaral – 50. Joao Rodrigues Coelho, pais de:
106, 116, 118, 127

106. Zulmira Coelho de Magalhaes – 107. Trajano de Magalhaes Barbalho, pais de:
77, 97, 99, 108, 110, 114

99. Odeth de Magalhaes Barbalho – 98. Hercy (Zinho) Rodrigues Coelho
97. Otacilio de Magalhaes Barbalho – 96. Maria Jose (Zeze) Coelho Barbalho
108. Odon de Magalhaes Barbalho – 109. Maria Judith Coelho Barbalho
110. Odila Barbalho Coelho – 111. Eurico Batista Coelho, pais de:

112. Ivania Batista Coelho – 113. Euler (Nego) Moraes

114. Ovidio de Magalhaes Barbalho – 115. Gilda Coelho Barbalho
77. Ozanan de Magalhaes Barbalho – 76. Railda Moreira Barbalho

116. Sinval Rodrigues Coelho – 117. Maria (Maricas) Coelho de Magalhaes
118. Otaviano (Tavico) Rodrigues Coelho – 119. Petrina Coelho de Oliveira, pais de:

120. Nayde Coelho Serra – 121. Addison (Ioio) da Costa Serra, pais de:

122. Maria Silvia Coelho Serra – 123. Socrates de Assuncao Goncalves, pais de:

124. Ursula Coelho Serra Goncalves – 125. Trajano (Tata) de Magalhaes Barbalho

127. Maria Jose (Zeze) Coelho de Magalhaes – 128. Otavio Coelho de Magalhaes

129. Evencio Batista Coelho – 130. Emydia Magalhaes

33. Anna Honoria Coelho – 34. Candido de Oliveira Freire, pais de:

57. Marina (Nenen) Coelho de Oliveira – 56. Daniel Rodrigues Coelho, pais de:

119. Petrina Coelho de Oliveira – 118. Otaviano (Tavico) Rodrigues Coelho
131. Olga Coelho de Oliveira
132. Elsa Coelho de Oliveira
133. Dimas Rodrigues Coelho – 134. Maria Aparecida (Cidinha) Magalhaes Barbalho

37. Jose (Ze Coelho) Batista Coelho – 38. Maria Marcolina (Sa Quinha) Coelho, pais de:
135, 139

135. Jose (Juca Coelho) Coelho Junior – 136. Davina Magalhaes, pais de:

109. Maria Judith Coelho Barbalho – 108. Odon de Magalhaes Barbalho, pais de:

137. Valquirio de Magalhaes Barbalho – 138. Maria da Penha Andrade Barbalho

139. Cecy Marcolina Coelho – 140. Marcial de Magalhaes Barbalho, pais de:

134. Maria Aparecida (Cidinha) Magalhaes Barbalho – 133. Dimas Rodrigues Coelho

40. Marcal de Magalhaes Barbalho – 41. Ercilia Coelho de Andrade, pais de:
22, 141, 144, 107, 153

141. Onesimo de Magalhaes Barbalho – 142. Marietta Nunes Rabello, pais de:
143. Marilia de Magalhaes Barbalho
144. Helio de Magalhaes Barbalho – 145. Cremilda Coelho

146. Vita de Magalhaes Barbalho – 147. Joaquim (Quinquim) Soares de Oliveira, pais de:
148. Maria das Merces Soares
149. Maria da Gloria Soares – 150. Nilson Saraiva Pontes

107. Trajano (Cista) de Magalhaes Barbalho – 106. Zulmira Coelho de Magalhaes
140. Marcial de Magalhaes Barbalho – 139. Cecy Marcolina Coelho
151. Olga de Magalhaes Barbalho – 152. Francisco de Oliveira Catao

153. Candida de Magalhaes Barbalho – 154. Joao Batista de Magalhaes, pais de:

130. Emydia Magalhaes – 129. Evencio Batista Coelho
136. Davina Magalhaes – 135. Jose (Juca Coelho) Coelho Junior
117. Maria (Maricas) Coelho Magalhaes – 116. Sinval Rodrigues Coelho

22. Ambrosina (Sinha) de Magalhaes Barbalho – 21. Miguel Nunes Coelho, pais de:

152. Bispo, Dom Manoel Nunes Coelho
153. Notel Nunes Coelho – 154. Maria Izabel Rodrigues, pais de:

155. Mons. Omar Nunes Coelho

61. Simao Batista Coelho – 60. Maria Carmelita Coelho, pais de:

156. Diva Coelho – 157. Antonio Lucio de Oliveira
111. Eurico Batista Coelho – 110. Odila Barbalho Coelho
145. Cremilda Coelho – 144. Helio de Magalhaes Barbalho

59. Julia (Nhazinha) Coelho do Amaral – 58. Benjamin Rodrigues Coelho, pais de:

158. Graciola Coelho Braga – 159. Geraldo de Oliveira Braga

129. Evencio Batista Coelho – 130. Emydia Magalhaes

08. MISCELANIA

Enquanto escrevia o restante deste texto tive a ideia de lancar aqui algumas listas que julgo devem ser do interesse tanto publico quanto de genealogistas. A ideia era a de recolher as listagens de prefeitos que governaram as cidades da regiao. Assim poderiamos verificar qual o relacionamento parental que existe entre os governantes da regiao. Acabei esbarrando num empecilho pratico. Nao encontrei na internet as listas desejadas.

Mesmo assim, encontrei pelo menos a do Municipio de Sabinopolis. Ha mais tempo recebi um documento que continha tambem a de Virginopolis. Contudo a perdi na montanha de e-mails que guardo ou descarto. Pelo menos, a de Virginopolis guardo boa parte de memoria. Assim, postarei os nomes que lembrar-me.

De Guanhaes tenho uma lista retirada do livro: “NOTAS HISTORICAS SOBRE GUANHAES”, do nosso aparentado, Innocente Soares Leao. O livro eh de 1967, portanto, tenho os prefeitos ate `aquele ano. De Sao Joao Evangelista tenho algumas mencoes encontradas no livro: “A MATA DO PECANHA, SUA HISTORIA E SUA GENTE”, do professor Dermeval Jose Pimenta. Segue entao, a comecar por Sabinopolis, pois, eh a mais completa:

01. Ignacio Alves Barroso 1925 – 1929
02. Elpidio de Pinho Tavares 1926 – 1927
03. Remy Pires Campos 1933 – 1933
04. Antonio Azer de Pinho Tavares 1925 – 1925/1929 – 1934
05. Ismael Barroso 1945 – 1946
06. Jose Coelho de Pinho 1946 – 1947
07. Joselino Lages de Oliveira 1947 – 1947
08. Luiz da Fonseca Vilares 1947 – 1947
09. Nelson Figueiredo Barroso 1947 – 1948
10. Osvaldo Magela Mourao 1951 – 1955
11. Celso Generoso Pereira 1955 -1959/1959 – 1962
12. Joaquim de Pinho Tavares Neto 1959 – 1959/1962 – 1963
13. Olegario Mourao 1963 – 1967
14. Etelvou de Pinho Tavares 1967 – 1971
15. Paulo Afonso Caldeira Mourao 1971 – 1973
16. Paulo de Pinho 1973 – 1977
17. Cleber de Pinho Tavares 1977 – 1979
18. Francisco de Assis Mafra 1979 – 1983
19. Andrelino Ferreira do Nascimento 1983 – 1988
20. Alenir de Pinho Tavares 1989 – 1991
21. Jose Generoso Nunes Gloria 1991 – 1991
22. Adelio Barroso Magalhaes 1991 – 1992/1997 – 2000
23. Mucio Barroso Campos 2002 – 2002
24. Paulo Jorge Pimenta 2001 – 2004
25. Elzio Maria de Pinho 2005 – 2008
26. Geraldo Santos Pires 2008 – 2012
27. Carlos Roberto Barroso Mourao 2013 –

Aqui ja podemos tracar algum paralelo entre os chefes executivos do municipio e a genealogia da Familia Barroso. Embora os sobrenomes possam mudar um pouco, o mais provavel sera haver ligacoes familiares entre todos. Infelizmente nos falta um acompanhamento tal como o professor Dermeval fez a respeito de Sao Joao Evangelista no livro: “A Mata do Pecanha”. Assim poderiamos verificar isso claramente.

E claro, com o acompanhamento nao apenas paterno dos senhores prefeitos, pois, asseguro que do lado materno haverao entrelaces com a maioria das familias existentes no municipio de Sabinopolis e regiao.

Eh possivel que o acompanhamento genealogico de Sabinopolis que desejo ver ja exista. A amiga Joselia informou-me a respeito do livro: “UM PADRE SUA HISTORIA E SUA GENTE”, de autoria do Mons. Otacilio Sena de Queiroz. O monsenhor eh natural de Sabinopolis. Como nao conheco a obra nao sei o que encontrar nela.

LISTA DE PREFEITOS DE VIRGINOPOLIS

Virginopolis emancipou-se de Guanhaes em 1923. Lembro-me dos nomes de alguns de seus primeiros prefeitos. Todos com vinculos consanguineos ou agregados `as familias locais. Alguns repetiram os mandatos. Lembro-me dos governantes a partir de 1960, quando era apenas uma crianca muito tenra. Nao sei dizer se os colocarei em ordem correta. Mas tentarei.

01. Jose Rodrigues Coelho
02. Trajano de Magalhaes Barbalho
03. Benjamin Rodrigues Coelho
04. Anisio Rodrigues Coelho
05. Antonio Meireles
06. Jose Coelho Perpetuo
07. Jose Lucio de Oliveira
08. Serafim Coelho de Magalhaes
09. Lincoln Antonio Lucio
10. Henrique Lucio de Oliveira
11. Gabriel Geraldo Soares de Souza
12. Jose Onofre (Ze do Marinho)
13. Jose Adolfo Ribeiro
14. Maria Aparecida Morais Ribeiro
15. Marcia Nunes Coelho
16. Hiran Pinheiro

Todos eles tem alguma ligacao familiar entre si. Pode ser que nem todos souberam disso. Quase todos estao registrados em nossa Arvore Genealogica. Mas falta ampliar mais os conhecimentos dos vinculos para ter-se uma melhor ideia de como as relacoes familiares se processaram durante a Historia do Muncipio.

LISTAS DE PADRES E PREFEITOS DE GUANHAES

De Guanhaes, tenho tambem a lista dos parocos locais. Creio que enriquecera o nosso conhecimento postando-a em primeiro lugar. Retirada tambem do mesmo livro em que encontrei os ex-prefeitos. Nao posto aqui a lista de padres de Virginopolis porque ja o fiz em meu texto anterior. Segue entao:

01. Pe. Firmiano Alves de Oliveira 1834 – 1853
02. Pe. Emigdio de Magalhaes Barbalho 1853 – 1859
03. Pe. Jose Julio de Oliveira 1859 – 1870
04. Pe. Cesario de Miranda Maria Ribeiro 1870 – 1900
05. Pe. Jose Augusto de Oliveira 1900 – 1904
06. Pe. Sebastiao Ayala 1904 – 1909
07. Mons. Antonio Pinheiro Brandao 1909 – 1935
08. Pe. Francisco Batista dos Santos 1935 – 1941
09. Pe. Geraldo Guabiroba 1941 – 1945
10. Pe. Jose Correia 1945 – 1952
11. Mons. Sebastiao Fernandes 1952 – 1954
12. Mons. Geraldo do Espirito Santo Avila 1954 – 1957
13. Mons. Joao Tavares de Souza 1957 – 1960
14. Pe. Geraldo Magela Teixeira 1960 –

LISTA DE EX-PREFEITOS DE GUANHAES ATE 1966

01. Furbino Pereira da Silva
02. Maximino Carlos de Miranda
03. Pe. Cesario de Miranda Maria Ribeiro
04. Salathiel Augusto Nunes Coelho
05. Claudionor Nunes Coelho
06. Dr. Francisco (Chiquitinho) Nunes Coelho
07. Pedro Alexandrino da Silva Neto
08. Lindolpho Rodrigues Coelho
09. Getulio Ribeiro de Carvalho
10. Pio Nunes Coelho
11. Joaquim Tomas de Carvalhais
12. Dr. Alcindo Pereira da Silva
13. Xisto de Carvalho
14. Dr. Jovino de Barros
15. Silvio Catao
16. Joaquim de Brito
17. Benjamin Coelho Leao
18. Lucas Tavares de Lacerda
19. Casimiro de Andrade Silva
20. Joao Carlos de Miranda Junior
21. Antenor Cafe
22. Astramiro de Oliveira Santana
23. Joaquim Caldeira
24. Joao Elias Neto
25. professor, Vicente Fernandes Guabiroba

Ate mesmo de memoria posso enxergar relacoes parentais entre os membros desse grupo de pessoas. Claro, Salathiel, Claudionor e Dr. Chiquitinho eram irmaos. Maximino era casado com Maria Augusta, irma dos tres. Os senhores Getulio e Xisto de Carvalho eram pai e filho. Este irmao e aquele pai de dona Inah de Carvalho, a esposa do Dr. Chiquitinho, que foram os pais, entre outros, do deputado Rafael Caio Nunes Coelho.

Os Cafe e os Carvalho eram de uma mesma familia, descendentes da mesma dona Dina Flora de Macedo Bastos com seus dois maridos. Antenor Cafe era casado com Corina Ferreira da Silva, sobrinha de Lindolpho Rodrigues Coelho e, por tabela, do Pio Nunes Coelho. Tambem os Carvalhais e os Catao eram membros de uma mesma familia iniciada por Augusto Cesar Alves Catao e dona Julia Augusta Carvalhais. Silvio era filho do casal.

Benjamim Coelho Leao foi o pai do dr. Innocente Soares Leao, o autor do livro: “NOTAS HISTORICAS SOBRE GUANHAES”. O deputado Vicente Guabiroba casou-se com Ondina Coelho. Era cunhado da tia Zeze, esposa do tio Otacilio. Faleceu em 2011 aos 89 anos de idade. Para trocar tudo em rapidos miudos, aqui se observa que os governantes destes municipios pertenciam a um mesmo grupo de familias entrelacadas entre si e com muitas outras.

LISTA DE EX-PREFEITOS DE SAO JOAO EVANGELISTA

Nao tenho uma lista de ex-prefeitos de Sao Joao. O que tenho sao mencoes a eles pelo professor Dermeval em seu livro: “A MATA DO PECANHA”.

01. Antonio Borges do Amaral
02. Astrogildo Alves do Amaral
03. Ney do Amaral
04. Santos Ribeiro
05. Euler Ribeiro

Os 5 sao membros de um mesmo conjunto de familias consanguineas e com ligacoes familiares com os ex-prefeitos das cidades vizinhas. Alem disso, Euler Ribeiro foi o pai de Jose Adolfo Ribeiro e sogro de dona Maria Aparecida Morais Ribeiro, ex-prefeitos do Municipio de Virginopolis.

Faltam-me dados mais completos de Pecanha de um modo geral. Porem sei que entre os prefeitos encontram os irmaos Simao (Dr. Simaozinho) e Antonio da Cunha Pereira. A lista devera incluir diversos sobrenomes, em especial os de familias antigas locais como os Braga, Electo de Souza, Vieira da Silva, Carvalho, Queiroz, Almeida, Pires, Goncalves, Oliveira, Silva, Sena, Leao, Leite, incluindo-se algum Barbalho e Nunes Coelho de sangue.

Acredito que daqui a uns tempos teremos a obra genealogica de nossa amiga Marina Raimunda Braga Leao que suprira nossa falta de informacao no campo de Pecanha e suas associadas.

Falta-nos um arrazoado melhor a respeito da genealogia de Guanhaes, pois, o que temos trata da genealogia de descendencia do casal Jose Coelho da Magalhaes e Eugenia Rodrigues da Rocha. Estes nossos pentavos, associados a outros como o casal de pentavos Euzebio Nunes Coelho e Anna Pinto de Jesus ascendem boa parte das populacoes de Guanhaes, Virginopolis e cidades que seguem em direcao a Governador Valadares, contudo, falta-nos o acompanhamento da descendencia de outros patriarcas do tempo deles, pois, suas familias estao associadas.

Tendo em maos o livro: “A Mata do Pecanha, sua Historia e sua Gente”, inclui-se algo da genealogia de Sao Joao Evangelista. Talvez a obra: “Um Padre sua Historia e sua Gente” fara o mesmo em relacao a Sabinopolis.

Duas outras obras que tenho noticias poderiam ajudar-nos muito no decifrar desse emaranhado. Sao elas: “Algumas Notas Genealogicas” de autoria do professor Nelson Coelho e Senna e “Genealogia e Biografias de Serranos e Diamantinenses”, do Dr. Luiz Eugenio Pimenta Mourao. Para fechar com chave de ouro havera que, se ainda nao houver, escrever-se a genealogia procedente de Conceicao do Mato Dentro. O mesmo poderia ser feito em relacao a Santa Barbara. Itabira era filial de Santa Barbara e de la ja existe uma parte de sua genealogia atraves da obra: “Dois Seculos dos Andrade”, de Ormi Andrade Silva e Jose Gomide Borges.

Acredito que a maior obra de familias mineiras devera ser o “Velhos Troncos Mineiros”, de autoria do Con. Raimundo Otavio Trindade. Claro, mesmo somadas, estas obras legar-nos-ao algum deficit de abrangencia, pois, as genealogias antigas nao abordavam a presenca do povao. Somente aquela das consideradas familias dominantes. Mas o povao sempre esteve associado, fazendo parte dos bandos dominantes, mais recebendo do que fornecendo contributos geneticos, porem, nunca deixando de participar. Principalmente nos dias atuais nao ha como separar-se as genealogias de uns e outros.

Por fim, as familias abordadas em tais obras deverao ter deixados rastros em todos os atuais municipios da Regiao Centro-Nordeste de Minas Gerais e alhures. Deveria haver pelo menos um abnegado em cada um de seus municipios para que um levantamento mais completo pudesse ser feito e para que sejam feitas as atualizacoes das novas geracoes. Acredito que se um trabalho desse fosse concluido, enxergariamos a perfeita consonancia entre a Historia e a Genealogia do passado e do presente, brasileiras.

De Conceicao do Mato Dentro temos o amigo Bento Luiz Silva, que ja se propos fazer o trabalho em torno da sua familia. Aguarda a esperada aposentadoria para realizar o sonho. Em caminho semelhante encontramos os amigos Dirceu Rabelo e Romeu F. Madureira que apresentam grandes conhecimentos a respeito da genealogia de Dom Joaquim. Se passarem os conhecimentos para um livro teremos grande complemento `as outras genealogias, pois, pela antiguidade do local, todas as familias da regiao sofrem influencias dos sobrenomes ali estabelecidos.

Fazendo agora uma pequena analise do parentesco das elites politicoeconomicas da regiao preciso fazer uma certa desambiguacao. Em alguma parte do livro: “A MATA DO PECANHA”, recordo-me de ter lido uma observacao ufanista do professor Dermeval Jose Pimenta referindo-se a estas serem por mais de seculo as familias dominantes da regiao. Algo mais ou menos assim: ufano-me de minha familia por ser rica, bonita e gostosa! Brincadeira de minha parte. Ele nao disse e nem quis deixar entender isso. Porem expressou algum orgulho por causa da influencia dos sobrenomes considerados tradicionais.

Por outro lado, ja li em algum lugar na internet a opiniao de um caboclo desses bem “pcbestas” com a afirmacao de que uns 90% dos ricos e milionarios brasileiros descendem de Egas Moniz Barreto. Para que nao confundam, porque tem mais de um com este nome, acredito que ele referia-se `aquele que foi o marido de dona Ignez Thereza Barbalho Bezerra.

Penso que seja este porque ele mencionava particularmente as elites baianas. E foi na Bahia que encontrei este casal.

Parece-me que ele queria imputar ao ancestral quaisquer que fossem os erros cometidos pela descendencia. Nao sei de onde ele tirou a informacao da porcentagem. Mas era clara a intencao de incitar as lutas de classe no pais como se desse a entender que os ricos vinham de um planeta e os pobres de outro. Entao, precisamos recorrer `a genealogia para afirmarmos que nao. E que a meia-informacao tem o uso unico de causar confusao, para que delas os espertos tirem proveito.

Para que compreendam, eh preciso saber que Egas e Thereza terao nascido em torno de 1650. A mae dela casou-se na Bahia em 1642. Esta, dona Antonia Barbalho Bezerra, era filha do governador e mestre-de-campo, Luiz Barbalho Bezerra e sua esposa Maria Furtado de Mendonca. Ai eh que comeca a Historia.

Luiz Barbalho era rico senhor de engenho. Riqueza que herdara desde seus bisavos, que estavam entre os primeiros a chegar `a Capitania de Pernambuco, junto com seu primeiro donatario Duarte Pereira Coelho. Ele, os filhos e os familiares todos acabaram sendo surpreendidos pelos eventos historicos. Em 1630 houve a Invasao Holandesa. Luiz foi um dos comandantes que iniciou a luta para expulsa-los. Luta essa que durou 27 anos. Uma vida inteira para a epoca.

No andamento da luta investiu toda sua fortuna e colocou a propria vida e da familia em risco para retomar para os portugueses e brasileiros o que lhes havia sido tomado. O mesmo aconteceu a seus familiares. Luiz ficou relativamente pobre, embora, ja adoentado tenha recebido o cargo de governador do Rio de Janeiro em 1643, vindo a falecer em 1644.

A familia continuou em duas frentes de batalhas que estavam abertas `a epoca. Uma para restabelecer a coroa portuguesa em Portugal e colonias e a outra para expulsar o invasor. Os atos de bravura dessa familia estao descritos nos anais tanto do reino quanto nos livros de Historia da epoca. Parte da familia do Luiz permaneceu no Nordeste e outra mudou-se com ele para o Rio de Janeiro. Entre os que ficaram na Bahia esta aquele ramo encabecado por Egas Moniz Barreto e dona Ignez Thereza.

Ha uma possibilidade enorme de que todos os ricos e milionarios, alem de todos os influentes no pais descenderem de Egas e dona Thereza. Mas antes disso deverao ser descendentes do Luiz e Maria, que eram descendentes de muita gente antes dele. O proprio Egas nao era descendente de si mesmo. Ai eh que esta o X da questao. A verdade eh que os ricos e influentes devem ser descendentes. Os politicos tambem. Mas o que faltou `a informacao passada foi dizer que todo o povo pobre e eleitor faz parte da mesma descendencia.

Pois eh gente! Por mais surpreendente que a informacao possa parecer a alguns, todos nos descendemos dos mesmos ancestrais. Nao sei dizer se descendemos ou nao do casal Egas e dona Thereza. Se nao formos sera uma daquelas probabilidades que so acontecem excepcionalmente. O que posso afirmar com certeza eh que a maioria das pessoas de Minas Gerais descende dos avos dela. Isso porque deles eu tenho uma parte substancial de dados genealogicos que me permitem afirmar isso.

Nao que tenha uma informacao completa. Como em uma pesquisa eleitoral seria, tambem podemos computar dados apenas de uma parte da populacao e disso deduzir qual sera a resposta do conjunto dela. Ora, sabendo que uma parcela minima da descendencia dessas pessoas embrenhou-se pelos antigos sertoes mineiros, e hoje eh ascendente de cidade apos cidade, podemos concluir que o conjunto da descendencia devera ter dado origem a uma parte consideravel da populacao brasileira na atualidade. Isso eh tao logico quanto 4 eh a soma de 2 + 2.

Outra coisa que posso afirmar tambem eh que nao descendemos apenas destas figuras historicas. Descendemos de muitos dos pobres coitados que foram usados como escravos e dos indigenas que foram massacrados pelo processo injusto da colonizacao. Exatamente como os ricos tambem o sao. Portanto nao ha porque tentar atribuir aos nossos ancestrais algum mal procedimento da atual populacao.

Assim, nao desejo aqui apontar o dedo para agredir ninguem com os mesmos sobrenomes que as chamadas Familias Dominantes carregam. Na verdade, o conceito de Familia Dominante eh que esta errado. Eh verdade sim que eh muito comum observarmos a repeticao dos mesmos sobrenomes ocupando cargos publicos. Uma outra verdade eh observarmos, quando o fazemos atentamente, que estes sobrenomes repetidos provem de familias primeiro-chegadas, ou de acrescimos a elas chegados posteriormente, como parece ser a insercao das assinaturas Barroso e de Pinho Tavares em Sabinopolis.

Quando ali chegaram ja existiam outras familias. O que permitiu o crescimento destas familias foi se misturarem `as familias que ja se encontravam la. Os sobrenomes ficaram mas o sangue nunca sera o mesmo que chegou pois, necessariamente, estara misturado com outros. Assim, os sobrenomes geralmente permanecem porque veem de ascendencia masculina.

Mas as eleicoes de tais sobrenomes somente ocorreu porque o maior numero de eleitores votou a favor deles. As que primeiro chegam, sempre tem a vantagem de se tornarem mais numerosas. E chega ao ponto que, quando as populacoes ficam divididas entre dois ou mais partidos, votando tanto na situacao quanto na oposicao, o eleitor estara escolhendo resquicios do mesmo sangue, nao importa a assinatura.

Isso eh o que tenho observado. Meu avo, Trajano Barbalho, era oposicao aos Rodrigues Coelho. Embora, fosse do mesmo Coelho. Assim como, os Rodrigues Coelho deverao ser dos mesmos Barbalho. Assim, nao eh inteligente confundir politica com familia. Mesmo nas questoes economicas. Qualquer um que desejar vender seu peixe tera de faze-lo primeiro `as chamadas familias dominantes. Nao porque sao melhores. Porem porque deverao ser as mais numerosas. O que importa eh a qualidade do peixe que se queira vender.

E os politicos atuais estao querendo vender peixes cada vez mais podres. Saibam como esquivar-se, entao, das taticas ilusionistas que usam para que voce os compre.

09. OS PATRIARCAS PORTUGUESES DO CENTRO-NORDESTE DE MINAS GERAIS.

Ja havia publicado este texto e o dado por encerrado. Mas recebi uma documentacao que estava esperando desde o ano passado. Trata-se de microfilmagens de uma pequena porcao da colecao do alferes, Luiz Antonio Pinto, que se encontra em posse do Arquivo Publico Mineiro. Ao abrir o que recebi, e o fiz antes de terminar os capitulos anteriores, fiquei bastante decepcionado.

Minha decepcao esta no fato de eu ter pedido algumas genealogias descritas no endereco: http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/acervo/fundos_colecoes/ALP/INVENTARIO_DO_FUNDO%20_LUIZ_ANTONIO_PINTO.pdf, a partir do final da pagina 42. Imaginava que, pelos sobrenomes indicados, possivelmente iria encontrar algumas raizes que se encaixassem no banco de dados que ja possuimos.

Mas a palavra genealogia nao esta devidamente empregada em alguns dos documentos. A menos que os funcionarios do orgao tenham retido o que pedi e enviado apenas um esboco do que eu desejava. Alem do mais, eu havia recebido um orcamento para adquirir determinado conteudo. E a compra havia sido feita sem ver o material. Outro detalhe decepcionante foi que fui informado, apos feito e pago o pedido, que a quantia nao cobria todo o material desejado, que possuia muitas paginas mais que o indicado no orcamento que recebi.

Fiquei na posicao de escolher uma parte. Mas sem o direito de ver a mercadoria tornou-se impossivel fazer alguma escolha logica. Tive que deixar vir o que talvez nao escolheria se antes tivesse visualizado.

A principio, nada do material que recebi responde `as questoes que desejava solucionar. Inclusive, algo que imagino fornecesse pelo menos uma resposta ao que procuro, o registro de casamento dos ancestrais Manoel Vaz Barbalho e Josepha Pimenta de Souza nao veio. Era preciso verificar os nomes dos avos dela, pois, existem duas versoes para eles em genealogias diferentes. Preciso fazer a desambiguacao. Mas isso sera adiado mais uma vez.

Tenho que agradecer muito `a prima Roxane Barbalho por ter se oferecido como personagem de mecenas nessa empreitada. Foi dela a iniciativa de pagar pelos custos deste material. E nao foi barato! Ao mesmo tempo desculpar-me envergonhado por nao ter enxergado com antecipacao que o investimento daria um resultado tao pobre.

Agora penso que teria, talvez, sido melhor antes ter pedido para investir nos livros ja prontos, se encontrados em sebos, com genealogias escritas por nossos familiares antigos. Neste caso esperaria ampliar mais as nossas raizes e assim aumentaria a probabilidade de encontrar vinculos com aquilo que ha nos arquivos do alferes. Vivendo e aprendendo. Bati a cabeca na cabeca do preto sem ser martelo.

Alias, ao comunicar `a Roxane a situacao, recebi uma otima noticia. Ela esta em Washington para acompanhar a filha Leticia, pois, esta esta em vias de dar-nos mais um membro para a familia. Nascera um Barbalho Phillips na capital do mundo. Bem podemos notar o quanto espalhada esta a genetica de nossos ancestrais. Mais um descendente do governador Luiz Barbalho Bezerra nascendo com dupla nacionalidade.

Diante daqueles contratempos todos entretanto cheguei ate a pensar em fazer silencio total sobre o assunto. Mas, apesar de tudo, percebo que existem dados de muito valor neste material. Talvez nao para as minhas pesquisas imediatas, mas muitos dos colegas podem estar batendo a cabeca atras de pelo menos um indicativo que os possa ajudar a encontrar o paradeiro de algum ancestral mas sem ter a nocao de algum local geografico onde possa este ter se consumido.

Diante dessa possibilidade, resolvi postar algumas listas de nomes, onde muitos tem referencia documental nos cartorios do Municipio do Serro. Acredito que os livros estejam todos nos arquivos daquela cidade. Com o nome do ancestral e a referencia, os interessados poderao diminuir em muito o seu trabalho. Alias, o Arquivo Publico Mineiro far-nos-ia um imenso favor se disponibilizasse via internet os indices dos livros mencionados nas ultimas paginas do documento acima referido. Poderiam ate indicar o que, ou nao, se encontra no Arquivo.

A importancia dessas listas pode ser colossal para a pesquisa genealogica. Em primeiro lugar porque trata-se de material elaborado que, se ainda nao completo, devera estar por perto de um seculo atras. Algumas referencias inferem que alguns relacionados devem ter participado do inicio da colonizacao nortemineira ha 3 seculos atras. O que implica que deverao ser os grandes patriarcas de inumeras familias mineiras.

Somente de portugueses falecidos com testamentos foram 38 relacionados. Acredito que as datas mencionadas tratam-se do ano em que registraram tais documentos. Todos no seculo XVIII. E, ha um seculo atras, foi essa a descricao do alferes Luiz Antonio: “formaram familias e cuja descendencia eh hoje assombrosa”.

Caso tomemos como media de 5 filhos para cada geracao. Como base o ano de 1750, para comecarmos. E 30 anos de espaco entre cada geracao. Teremos 9 geracoes entre 1750 e 1990. Fazendo as contas de 5 X 5 a partir de entao, chega-se a 1.953.125 descendentes, somente da nona geracao de cada pessoa. Multiplicando-se isso por 38 encontramos a bagatela de 74.218.750 descendentes. Ou seja, haveria a possibilidade de mais de um terco dos atuais brasileiros descender destes 38 pioneiros. O que, realmente, encaixa-se bem no termo assombroso!…

E ainda afirmo, estes meus calculos usam numeros conservadores. Ha a possibilidade de os numeros serem muito maiores. Contudo ha que ir-se com cuidado quanto `a interpretacao, pois, “o santo eh de barro”. Estes numeros reduzem-se drasticamente por causa dos casamentos entre parentes e entre as descendencias de uns com as dos outros.

Ha a possibilidade de alguma crianca ter se tornado simultaneamente descendente de todos os 38 patriarcas, porem, ela representara a contagem de apenas um descendente no computo geral. E o mais provavel eh que boa parte da populacao do Centro-Nordeste de Minas Gerais seja diversas e simultaneamente descendente de varios destes patriarcas.

Mas isso nao diminui a significancia destes dados teoricos, pois, eles apontam para a existencia de, pelo menos, uns poucos milhoes de pessoas do Estado de Minas Gerais, do Brasil e do mundo descenderem desses 38 patriarcas. E sabemos que eles nao estao sos, pois, entre eles nao foi mencionado o sargento-mor Domingos Barbosa Moreira, cuja descendencia os genealogistas da familia vem tratando desde tempos atras e que eh “assombrosa” tambem. Muitos outros devem ter fugido ao escrutinio do alferes Luiz Antonio. Parece que ele referiu-se apenas aos que se estabeleceram no Serro.

Tentarei reproduzir as listas de acordo com o que esta na documentacao. Hao, porem, senoes a serem recordados. Os escritos estao na caligrafia propria de seu autor. Nao sou caligrafista, e mesmo com os recursos de ampliacao do computador, nao posso garantir que a minha traducao esteja 100% correta. Porem, a caligrafia do alferes pode ser considerada otima porque a maioria do material eh legivel para todos nos que aprendemos a ler e escrever letras cursivas.

Contra a minha analise ha o fato de tambem nao ser versado em termos cartoriais. O que nao faz muita diferenca, pois, foram poucas as coisas que nao pude entender. Uma delas foi uma abreveatura que a grosso modo parecia Hos. Com uma boa dose de imaginacao consegui enxergar em seu lugar Ntos. Dai deduzi que tratava-se dos livros de registros de nascimentos.

Foram poucos os sobrenomes que nao consegui definir quais sejam. Mesmo assim arrisquei alguns. Mas algo que esta otimamente definido eh a numeracao dos livros. Mesmo porque, eles estao em ordem crescente nas listas. Tem pouca coisa que foge `a ordem. Mas penso que o mais importante serao essas evidencias em conjunto que depois poderao ser esclarecidas junto ao Arquivo do Serro. Nao deverao existir mais que um milhar de livros, portanto, os guardiaes da memoria local identificarao com grande facilidade o que alguem for procurar.

Desculpem-me uma ou outra falha. Segue entao as listas:

Retiradas do documento, referencia no Arquivo Publico Mineiro: LAP 4.1 cx 07 Doc. 27:

“Portugueses: que para aqui vieram, se estabeleceram, se casaram ou nao se casaram mas formaram familias e cuja descendencia eh hoje assombrosa.

FALECIDOS COM TESTAMENTO

Pedro Homem Leonardo…………………………………1744
Cap.m. Jose de Souza Ribeiro………………………… ”
Antonio Mendes Rosa…………………………………… ”
Joao Francisco de Carvalho (*)………………………….1745
Fructuoso Francisco Guimaraes……………………….1747
Cap.m. Manoel de Almeida Cabral…………………….1751
Antonio Francisco de Carvalho (*)……………………..1755
Joao Moreira da Silva…………………………………….. ”
Pe. Amaro dos Santos de Oliveira……………………..1756
Antonio Rosado…………………………………………….1756
G.mor. Antonio Camello Alcamphora………………….1757
Cap.m Mor. Luiz Vaz de Siqueira Monsoes………….1756
Manoel Joao Alvarenga……………………………………1757
Joao Leite Pinto…………………………………………….1758
Cap.m Antonio Goncalves Chaves
Manoel Mendes Raso……………………………………..1758
Antonio Goncalves Chaves……………………………….1758
S. mor Victoriano da Rocha de Oliveira………………..1759
Cap.m Mor Bernardo da Silva Lobo……………………..1761
Manoel Ferreira de Senna………………………………… ”
Manoel Rodrigues Alvarenga……………………………..1762
Bento Antonio Coelho……………………………………… ”
Manoel Rodrigues Alvarenga……………………………..1765
Antonio Duraens…………………………………………….1766
Cap.m Antonio Bernardo Sobral e Almeida……………1767
Onofre da Costa Pinheiro…………………………………. ”
Francisco Martins Ferreira………………………………..1768
Antonio de Souza de Araujo……………………………… ”
Miguel Rodrigues de Miranda…………………………….1772
Sarg. m Mor Vicente Pereira de Moraes e Castro…..1774
Jose Carvalho da Fonseca (*)…………………………….1776
Thome Fernandes Guimaraes…………………………….1777
Andre Francisco de Carvalho (*)…………………………. ”
Domingos da Costa Villa Real (*) ……………………….1778
Cap.m Joao da Costa Coelho (*)…………………………1780
Amaro Machado Balieiro…………………………………..1781
Luiz de Oliveira Anginho……………………………………1782
S. mor Felix Marinho de Moura…………………………..1782″

(*) Destaquei estes nomes por identifica-los com membros de nossa Arvore Genealogica. Pode ser que havera algum parentesco entre Domingos da Costa Villa Real (*) e Maria de Deus Villa Real que foi a segunda esposa do tiotrisavo Jose Coelho da Rocha Neto. Infelizmente nao temos um melhor acompanhamento da descendencia deles nem da genealogia pregressa dela. Nao sei se havera uma relacao de parentesco proximo entre Joao, Antonio e Andre Francisco de Carvalho. Acredito que poderao ser irmaos.

Deles, provavelmente apenas o Antonio esta referido na pagina 254 do livro: “A Mata do Pecanha, sua Historia e sua Gente”. A menos que tenha havido algum homonimo. E o que nao eh tao dificil ter acontecido ja que a combinacao Antonio + Francisco + Carvalho devera ter sido fartamente usada. Ali se descreve a respeito de Isidora Maria da Encarnacao, filha do casal Manoel Vaz Barbalho e Josepha Pimenta de Souza, nos termos:

“F 1 – ISIDORA MARIA DA ENCARNACAO, batizada em 28 de maio de 1738, no Arraial de Tapanhoacanga, tendo por padrinho FRANCISCO DA COSTA MALHEIRO. Em 1759, no dia 30 de agosto, casou-se com o Capitao ANTONIO FRANCISCO DE CARVALHO, o qual em meados do seculo dezoito, veio para o Brasil e se estabeleceu naquela localidade. Era portugues, filho de ANTONIO LEAL e Dona MARIA FRANCISCA, natural da Vila dos Colares, no Patriarcado de Lisboa. O Capitao ANTONIO FRANCISCO, durante muitos anos, foi sindico-geral dos Santos Lugares, na Comarca do Serro Frio. (Livros 2o. bat. fls. 98v e livro de casamento – capelas filiais fls. 6v).”

A seguir o autor, professor Dermeval Jose Pimenta, cita os nomes dos 9 filhos. Mas depois da prosseguimento apenas `as descendencias de dona VITORIANA FLORINDA DE ATAIDE, nascida em 1762, e do bisavo dele: BOAVENTURA JOSE PIMENTA, nascido em 1779. Por ai se comprova a definicao de assombrosa as descendencias daqueles chegados durante o seculo XVIII. Nao temos sequer uma porcentagem razoavel da descendencia, porem, o que temos sabemos ser dezenas de milhares.

Para quem desejar maiores informacoes, ate hoje existe o distrito mencionado. O nome mudou pouca coisa. Trata-se de Itapanhoacanga, o distrito mais antigo do atual Municipio de Alvorada de Minas. E Isidora havia sido a unica filha identificada pelo professor Pimenta. Atualmente encontrei o Policarpo Joseph Barbalho e, ainda a comprovar com 100% de certeza, Jose Vaz Barbalho. Este Policarpo teve diversos filhos no Rio Grande do Sul. Jose permaneceu em Minas Gerais.

(*) JOSE CARVALHO DA FONSECA. Sei que nao temos referencia a ele em nossa genealogia, por enquanto. Porem, entre as paginas 205 a 232 o professor Pimenta dedica-se a dois ramos da Familia Carvalho. Ele acreditava que se tratasse de 2 irmaos. Um deles chamava-se Jose Carvalho da Fonseca e o que parece ser mais velho era o Manoel Carvalho. O primeiro multiplicou familia a partir do Municipio de Sao Pedro do Suacui, habitando as margens do Ribeirao das Araras. O segundo a partir do Municipio de Sao Jose do Jacuri, habitando as margens dos Ribeiroes Jacuri, Anta e Matinada.

Segundo o professor Dermeval os supostos irmaos Carvalho eram oriundos de Gouveia, cidade que faz limite a sudoeste de Diamantina e noroeste do Serro. Pode ser que sejam netos do portugues JOSE CARVALHO DA FONSECA. A data provavel de nascimento deles deve girar em torno de 1800, pois, o possivel neto: Jose Carvalho da Fonseca, foi o marido de SENHORINHA ROSA DE JESUS, filha do fazendeiro e tabeliao em Sabinopolis, nosso pentavo: ANTONIO BORGES MONTEIRO JUNIOR e de sua esposa MARIA MAGDALENA DE SANTANA. Senhorinha Rosa nasceu em 1809.

Segundo os estudos do professor Dermeval, pagina 242 do livro dele, Senhorinha Rosa e Jose Carvalho da Fonseca casaram-se em 1825. Nao da detalhes onde se realizaram as nupcias mas por este tempo o Arraial de Sao Sebastiao dos Correntes, atual Sabinopolis, havia sido fundado recentemente. Mesmo que elas tenham se dado la, acredito que os registros estejam arquivados no Serro, pois, eram registros eclesiasticos e nao cartoriais.

Entre os filhos de Jose e Senhorinha encontra-se a dona MARIA AUGUSTA CESARINA DE CARVALHO, que foi a esposa do capitao FRANCISCO NUNES COELHO, um dos politicos mais influentes na regiao, com residencia fixa em Guanhaes, tornou-se o principal articulador das emancipacoes dos Municipios de Guanhaes e Pecanha. Sao muitos os da descendencia deles que nos sao proximos. O capitao Francisco Nunes Coelho foi nosso, simultaneamente, tiopentavo e tioquartavo.

Dona Josefina Carvalho de Souza foi neta do MANOEL CARVALHO. Esta foi a esposa do coronel CORNELIO JOSE PIMENTA. Estes, se juntaram aos outros pioneiros que fundaram o Arraial de Sao Joao Novo, atual Sao Joao Evangelista. Alem de terem sido os pais do professor Dermeval Jose Pimenta e seus irmaos.

Portanto, uma boa examinada no testamento do portugues Jose Carvalho da Fonseca podera dar uma imensa luz a uma grande descendencia. Nele poderemos encontrar a mencao `a vida pregressa dele em Portugal, principalmente, nomes paternos e origem geografica. Seria a ponte entre Brasil e o velho continente. Por outro lado pode ter mencionado nomes de filhos e possiveis conjuges. Careceria, entao, de alguma leitura nos livros referentes a Gouveia para fazermos a ponte entre esse passado e a atual descendencia Carvalho da Fonseca.

Porem, a ponte intercontinental nao precisa passar necessariamente por Gouveia. Apesar de todos os documentos de epoca desta cidade dever estar arquivado no Serro da qual Gouveia era uma freguesia. Isso porque o registro de casamento dos tios Senhorinha Rosa e Jose Carvalho da Fonseca devera trazer os nomes de pais e avos dos conjuges. Na possibilidade de o portugues Jose Carvalho da Fonseca ser avo ou bisavo do conjuge masculino, entao, havendo a listagem de nomes de filhos e conjuges no testamento do portugues, encontraremos os vinculos parentais entre o primeiro e o segundo de mesmo nome. Os documentos de Gouveia sacralizarao essa possibilidade e determinarao se Jose e Manoel Carvalho eram mesmo irmaos.

Outro ponto eh que os testamentos dos (possiveis) irmaos FRANCISCO DE CARVALHO poderiam tambem acrescentar muito ao nosso conhecimento. No caso especifico do Antonio poderia revelar os nomes completos dos outros filhos dele e, talvez, de conjuges, pois, o que o professor Dermeval revelou foram apenas os nomes de batismo.

Destaquei o portugues, Cap.m Joao da Costa Coelho (*)…………………………1780, apenas para apresentar uma curiosidade, pois, podera ele ter se tornado o patriarca da Familia da Costa Coelho, originalmente oriunda do Serro. Dela provem o beato Lafayette da Costa Coelho que se encontra em processo no caminho em direcao ao altar dos santos da Igreja Catolica. O processo esta sob os cuidados da Diocese de Guanhaes. E o beato Lafayette terminou seus dias como paroco de Santa Maria do Suacui, e o foi por 44 anos de sua vida, onde se encontra a maior concentracao de devotos dele.

A seguir, apresento a lista dos portugueses que nao deixaram testamentos. Assim esta nos documentos:

“PORTUGUESES que para aqui vieram, se estabeleceram, se casaram ou nao se casaram mas formaram familias e cuja descendencia eh hoje enorme:

FALECIDOS SEM TESTAMENTO

Cap.m Marcos da Costa Ribeiro
Alfer. Manoel Ribeiro Costa
Domingos Dias Chaves…………………………………………………1799
Jeronymo de Almeida (A. Brito)………………………………………1797
Jose Dias da Costa……………………………………………………..
Manoel Mendes Raso………………………………………………….
Manoel Antonio de Sousa……………………………………………..1757
Custodio da Silva Guimaraes (Cap.m)………………………………1763
Manoel Jose Caldas…………………………………………………….1801
Jose Moreira Pinto………………………………………………………1783
Sebastiao Lopes Affonso………………………………………………1748
Alfer. Manoel de Moura Bexiga……………………………………….1722
Gaspar Goncalves da Cunha………………………………………….1722
LicJ. Daniel Pinto da Silva……………………………………………..1723
G. mor Francis Pereira Maciel………………………………………..1783
Alfer. Jose Ribeiro Sampaio…………………………………………..1783
Manoel Vieira Couto…………………………………………………….1785
Joao Simoes Guimaraes Barrocas………………………………….. ”
Manoel Godinho de Jesus…………………………………………….. ”
Cap. Joao Pinto Coelho………………………………………………..1780
S. mor Joao Batista Farnese…………………………………………. ”
Valerio de Brito e Sousa………………………………………………. ”
Cap. Joao Ribeiro Pinto……………………………………………….. ”
Antonio Duraens e Castro…………………………………………….. ”
Cap. m. Jose de Moura e Oliveira……………………………………1787
Manoel Antonio dos Reis………………………………………………1788
S. mor Jose Barata de Lima………………………………………….. ”
Diogo da Silva Guimaraes……………………………………………..1789
Trocato Francisco de Carvalho (*)…………………………………… ”
Francisco Leite da Motta………………………………………………1790
Custodio Vieira Costa…………………………………………………. ”
Antonio Pires de Moura………………………………………………. ”
Custodio Alves Sampaio………………………………………………1793
Manoel Duraens de Castro…………………………………………… ”
Manoel Goncalves Nunes…………………………………………….. ”
Miguel Goncalves Vieira……………………………………………….1794
Jose Baptista Rolim……………………………………………………. ”
Cap. m. Bernardo dos Santos Carvalhaes (*)…………………….. ”
Antonio Jose Alves……………………………………………………… ”
Silvestre Alves Pereira…………………………………………………1795
Bernardo Jose Pinto…………………………………………………… ”
Joao de Castro Guimaraes…………………………………………… ”
Matheus Luiz Porto…………………………………………………….1797
Manoel Nogueira de Araujo…………………………………………..1797
Paulo de Almeida Saraiva…………………………………………….1798
Cap. m. Antonio Rodrigues da Silva………………………………..1799
Joao de Castro Porto…………………………………………………..1798″

Nao consegui identificar nenhum destes componentes como objeto de interesse imediato. Embora o nome Trocato Francisco de Carvalho (*) possa fazer parte de uma mesma familia, completada pelos Joao, Antonio e Andre da lista anterior. Este nome Trocato tambem faz parte de um daqueles que tive duvida quanto `a minha traducao. Agora imagino a possibilidade de ser Tancredo mas nem vou conferir. O rabisco esta mesmo confuso neste caso.

Outro nome que chamaria a atencao seria o do capitao de milicias, Bernardo dos Santos Carvalhaes (*). Seria totalmente especulativo dizer que seja ascendente em nossa familia, porem, temos a ancestral Maria Rosa dos Santos Carvalhae(i)s, que poderia ser uma provavel neta. Se acaso a data de 1794 referir-se ao falecimento dele, a condicao de avo se enquadraria na provavel data de nascimento da avo Maria Rosa.

Porem, se ele viveu alguns anos apos a data, poderia inclusive ter sido o pai, pois, a quartavo Maria Rosa devera ter nascido entre 1810 e 1830. Ha o contraponto de que, se 1794 foi a data de falecimento deste membro da Familia Carvalhaes, e se ele chegou a uma idade de pelo menos 60 anos, podera haver uma relacao de parentesco mais distante, tal como a de bisavo ou trisavo da quartavo Maria Rosa. Ha a possibilidade de ele ter se tornado o ancestral de todos os Carvalhais que aparecem na genealogia da Familia Barroso, descrita nos capitulos anteriores.

Interessante aqui sera afirmar-se que o julgamento do alferes podera estar equivocado por dar a entender que acreditasse em os membros dessa segunda relacao terem deixado menos descendentes que os da primeira. Pode ser o contrario. Isso porque os que deixaram testamento, possivelmente, terao tido maior poder aquisitivo. Isso pode ter permitido que a descendencia deles permanecesse mais tempo no Serro, ficando ela melhor conhecida para o alferes e tendo mais casamentos intrafamiliares.

Ao passo que a dos outros podera ter se espalhado precocemente, pois, a colonizacao de novas aldeias estava em franco desenvolvimento nas proximas geracoes. Quanto mais a descendencia se espalha tornam-se menores as chances de casamentos entre parentes proximos e maior as chances de misturar-se a outras familias. E quanto menos repetir-se as unioes intrafamiliares maiores serao as chances de a descendencia multiplicar-se mais. Contudo, ao espalhar-se tambem torna-se mais dificultoso manter o acompanhamento visual de seu crescimento, pois, quatro geracoes depois poucos se reconhece como parente.

Muitos dos sobrenomes usados por estes personagens se repetem na atual populacao da regiao e fora dela. Inclusive entre os nossos familiares. Mas ainda nao eh possivel assegurar que os atuais descendam destes do nosso passado.

Esta listagem de nomes de patriarcas portugueses parece confirmar uma teoria que levantei ha algum tempo atras de que nao foi assim tao grande o numero de pessoas que iniciou a colonizacao multiracial do Estado de Minas Gerais. Particularmente a nivel de portugueses. Claro, pelas datas, podemos observar que o levantamento trata-se dos imigrantes chegados ainda no seculo XVIII. Provavelmente, chegados na primeira metade deste.

Durante o seculo XIX o fluxo deve ter aumentado em muito por causa das condicoes economicas precarias em que se encontrava o Imperio Portugues, das Guerras Napoleonicas e a transferencia da sede do imperio para o Rio de Janeiro. Mesmo depois do retorno da corte para Portugal e da Independencia do Brasil, a economia do outro lado do Oceano Atlantico continuou sujeita a intemperies.

Poderia ser que o Serro nao tivesse sido tao atrativo e o fluxo maior de imigrantes portugueses poderia ter se concentrado nas cidades historicas entre Lavras e Santa Barbara. Mesmo assim, nao enxergo como poderiam ter se instalado mais que uma dezena de milhares de portugueses no corredor minerador representado pela Serra do Espinhaco. No seculo XVIII, fora desse circuito, Minas Gerais era um completo vazio demografico, ocupado apenas ao redor dos caminhos que faziam a ligacao do Estado com Goias, o Rio Sao Francisco e a Bahia. O restante eram terras que somente foram ocupadas nos seculos XIX e XX.

O que as listas apontam eh que o grosso da populacao mineira teve como base a propria populacao antiga ja estabelecida no pais, a partir das Capitanias de Pernambuco, Sao Vicente e Bahia. Geralmente, menciona-se que durante o Ciclo do Ouro a maioria dos chegados eram paulistas, baianos e portugueses. Parece-me haver um equivoco em nao mencionar-se os fluminenses. Embora, ate 1720 Sao Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais formassem a mesma Capitania de Sao Vicente.

O que aconteceu, porem, devera ter sido que os brasileiros mesmo sendo a maioria absoluta dos colonizadores participaram na multiplicacao destes patriarcas com suas contribuicoes femininas. O que isso implica eh que os portugueses chegados eram em sua maioria absoluta varoes que por tradicao marcaram a descendencia com seu sobrenome. Para a genetica, porem, importa saber que a procedencia da descendencia nao esta, necessariamente, vinculada `a assinatura. O estudo genealogico que aborde apenas as linhagens de ascendencia paterna, em consequencia dos sobrenomes, eh limitada e pouco informativa.

Por fim, o conjunto atual da populacao do Centro-Nordeste mineiro devera ter estes patriarcas como referencias. Eles deverao estar na raiz de todas as familias. Mas a populacao devera possuir uma contribuicao genetica muito maior da populacao brasileira antiga do que da portuguesa recem-chegada. Defina-se ai que a populacao mais antiga foi formada pelo contributo de outros portugueses, dos nativos brasileiros, dos africanos e participacoes menores de outras origens.

O interessante sera observar que estes primeiros chegados deverao ter marcado a populacao com seus sobrenomes. Passados os seculos em que a descendencia se multiplicou, a populacao mineira foi a que liderou a grande migracao de brasileiros acontecida a partir dos anos de 1960, tornando-se assunto nacional especialmente nos anos 1980 e carimbada pelo selo Governador Valadares.

Contudo, Governador Valadares seria melhor representada com o carimbo de emtreposto do fluxo migratorio mineiro, pois, foi a descendencia da populacao que habitava o antigo dominio do Serro que mais contribuiu para o supercrescimento daquela cidade entre 1945 e 1980. Boa parte dos emigrantes da epoca haviam nascido em outros municipios, residido em Governador Valadares, e de la partido para o exterior.

A partir do momento em que Portugal e Espanha ingressaram na Comunidade Europeia (MCE), o fluxo de mineiros para estes paises tornou-se notorio. 30 anos apos o assunto ter se tornado repetitivo na imprensa devera ter se formado a primeira geracao de lusobrasileiros consequente dessa migracao. O que representa, em verdade, o retorno do filho prodigo `a casa materna.

Outra documentacao que recebi, com a referencia: LAP 4.1 CX 07 Doc. 20, no Arquivo Publico Mineiro, tras duas listas. Uma de Familias Pinto e Brasil e outra de Familias Coelho no Brasil. Mas muito pouco esta indicado tratar-se do Brasil como um todo. Talvez sim, porem, como a maioria encontra-se com referencias de registros, acredito tratar-se de pessoas que residiram no Serro ou em alguma de suas muitas freguesias. Inicio pela lista dos Pinto:

“*FAMILIAS * PINTO * NO BRASIL

Liv. 27o. f 151v Pinto Coelho – Barao de Cocais
Liv. 29o. f 66 Rocha Pinto (?) – Maria afilhada Celeste
Liv. 34o. f 103 Soares Pinto – Xico Benjamin – Nenen
Pinto Collares – Maria afilhada Celeste
Liv. 25o. f 185v Pinto Moura – ”
Liv. 3o. ob. f 79v Pinto dos Santos – Costa Pinto
Assis Pinto
Pinto da Fonseca
Liv. 3o. ob. f 93v Jose Pinto (Benedito)
Pedro Pinto (Antonio)
liv 4o. f 144 Pinto Ferreira
Ferreira Pinto
Pinto Lima
Pinto Chaves – Liv. 7o. Nas. f 101
Pinto de Magalhaes – Liv. 8o. ” f 222v
Josefa Pinto – Liv. 10o. ” f 85v
Pinto Machado – Liv. 23o. ” f 153
Pinto Rosado (S. mor) – Liv. 25o. ” f 141v
Pinto Pereira Liv. 26o. ” f 96v
Pinto Ribeiro – Liv. 27o. ” f 124
Pinto Souto – Liv. 27o. ” f 155
Ribeiro Pinto – Liv. 27o. ” f 281v
Pinto Vieira – Liv. 29o. ” f 100
Pinto de Medeiros – Liv. 30o. ” f 41
Silva Pinto – Liv. 30o. ” f 54v
Ribeiro Pinto – Liv. 30o. ” f 126v
Leite Pinto – Liv. 10o. ” f 54v
Pereira Pinto (*) – Liv 13o. ” f 203
Pinto da Silva – Liv 13o. ” f 164v
Lopes Pinto – Liv. 14o. ” f 181
Pinto Bastos – Liv. 15o. ” f 27v
Pinto de Souza – Liv. 16o. ” f 147
Pinto Alves – Liv. 16o. ” f 156v
Pinto de Mendonca – Liv. 17o. ” f 79v
Pinto Guimaraes – Liv. 18o. ” f 197v
Pinto Bessa – Liv. 19o. ” f 161
Leite Pinto – Liv. 20o. ” f 125
Pinto Correia – Liv. 30o. ” f 219
Rui Pinto (Lucas) – Liv. 31o. ” f 12
Jose Pinto (Bernardo) – Liv. 35o. ” f 42v
Ribeiro Pinto (Joao) – Liv. 27o. ” f 281v
Gomes Pinto (Bento) – Liv. 36o. ” f 135
Rodrigues Pinto (Bento)- Liv. 37o. ” f 156v
Pinto de Souza (Joao) – Liv. 40o. ” f 83v
Cunha Pinto (Bernardo)- idem ” f 139
Pinto Ribeiro (Francisco)- idem ” f 292v
Pinto Coelho (Francisco)- Liv. 43o. ” f 12v
Pinto de Vasconcelos (Luis)- Liv. 48o. ” f 121″

Novamente, nao posso afirmar com 100% de certeza que a abreviatura Nas. signifique mesmo nascimentos. Cabera aos escrivaes e grafologistas decifrar isso para nos.

“Liv. 48o. Test. f 148v Pinto Ribeiro (Manoel)
Liv. 50o. ” f 17 Pinto de Oliveira (Guarda-Mor)
Liv. 50o. ” f 2 Pinto Ribeiro (Liberato)
Liv. 55o. ” f 19v Moura Pinto (Joao)
Liv. ” ” f 142 Pinto Vidal (Joao)
Liv. 57o. ” f 67 Pinto Mendes (Manoel)
Liv. 57o. ” f 9v Theodoro Pinto (Jr.)
Liv. ” ” f 117v Pinto Fernandes (Izabel)
Liv. ” ” f 19v Francisco Pinto (Te. Manoel)
Liv. 58o. ” f 40v Pinto de Abreu (Liberato Jr.)
Liv. 60o. ” f 45 v Coelho Pinto (Thomas)
Liv. 61o. ” f 96 Antonio Pinto (Joao)
Pinto Guimaraes (Dionisio)
Teixeira Pinto
Pinto Penna (Minas Gerais)”.

(*) Destas duas listas, apenas o Pereira Pinto (*) acima chamou-me a atencao por causa da presenca dessa assinatura em alguns de nossos familiares. Porem, como nao temos datas aqui, nao tenho como especular a respeito do numero de geracoes entre os aqui presentes e nossos parentes, cuja data de nascimento mais antiga que conhecemos deve girar em torno de 1890.

Dando sequencia a este trabalho, copio agora a lista:

*FAMILIAS * COELHO * NO BRASIL

Maria Izabel Coelho – Queirogas – e muitas outras – brancas
Liv. 11o. test. f 231 Bento Antonio Coelho – Queirozes – Pennas – ”
Liv. 42o. test. f 19v Cap. Joao da Costa Coelho – Cap. Ludgero – mulatos
Liv. 22o. test f 51(x)Cap. Joao da Costa Coelho – Malaquias – Dortas – ”
Gaspar Soares Coelho – ?
Manoel Coelho Lima – Gente da Pedra Redonda – preto
Manoel da Costa Coelho – Elias
(x)Manoel da Costa Coelho – Maneco do Rego – Diamantina
Joao da Costa Coelho – Gente dos Guiabos
Manoel Antonio Coelho – ???? Luizinho ?????
Maria Ignacia Coelho Passos – Sousa Barbosas – Lucas
Maria Anna Coelho – ” ”
Coelho Fernandes – Antonio Liv 7o. Nasc. f 124v
MOMos. Coelho de Azevedo………………………….Liv 9o. ” f 93v
Bento Coelho……………………………………………..Liv. 10o. ” f 50
Domingos Coelho Ferro (bapm.)……………………..Liv 11o. ” f 140
Bernardo Lopes Coelho………………………………..Liv. 12o. ” f 49
Sg. Mor Jz Leonardo Coelho da Fontoura………….Liv. 13o. ” f 329v
Manoel Coelho Cardoso………………………………..Liv. 13o. ” f 309v
Joao Coelho Affonso…………………………………….Liv. 16o. ” f 97
Manoel Alves Coelho……………………………………Liv. 19o. ” f 47
Francisco Coelho da Silva (Jr.)……………………….Liv. 19o. ” f 85v
Joao Coelho de Magalhaes (*)………………………..Liv. 20o. ” f 181v
Jose Coelho Xavier………………………………………Liv. 22o. ” f 194v
Coelho Guimaraes
Guimaraes Coelho
Manoel Teixeira Coelho………………………………..Liv. 27o. ” f 114v
Francisco Ferreira Coelho (bap.)…………………….Liv 27o. ” f 244v
Eduardo Coelho de Figueiredo Andrade……………Liv 30o. ” f 179
Leonardo Coelho Linhares…………………………….Liv. ob mat. f 63
Cap. Manoel Coelho Barbosa………………………..Liv. 33o. ” f 160
Joao Ferreira Coelho…………………………………..Liv. 34o. test. f 87
Jose Coelho de Barros………………………………..Liv. 35o. ” f 117v
Antonio Joao Coelho…………………………………..Liv. 36o. ” f 32
Joanna Ferreira Coelho……………………………….Liv. 36o. ” f 35v
Jose Coelho Barbosa (Cap.m)………………………Liv. 37o. ” f 150v
Joao Coelho Ferreira (port.)………………………….Liv. 39o. ” f 63v
Jose Vieira Coelho (port.)…………………………….Liv. 39o. ” f 188
Fernando Jose Coelho da Motta (port.)……………Liv. 40o. ” f 6v
Francisco Jose Coelho (port.)………………………. ” ” ” f 191
Antonio Jose Coelho Brandao (bras.)…………….. ” ” ” f 153v
Francisco Pinto Coelho (port.)………………………Liv. 43o. ” f 12v
Serafim Coelho da Sigra. (G. mor – port.)…………Liv 47o. ” f 4v
Antonio Coelho Pires de Franca (tn.cel. – bras.)..Liv. 47o. ” f 70v
Joao Coelho da Silva “Consendas”…………………Liv. 48o. ” f 99v
Luiza Coelho da Fonseca…………………………….Liv. 49o. ” f 186v
Maria Luiza Coelho de Mello…………………………Liv. 50o. ” f 17
Agostinho Moreira Coelho…………………………….Liv. 50o. ” f 74
Maria Lopes Coelho…………………………………….Liv. 50o. ” f 21
Anna Francisca Coelho………………………………..Liv. 53o. ” f 33
Antonio Machado Coelho……………………………..Liv. 53o. ” f 101
Manoel Luiz Coelho (alferes)…………………………Liv. 56o. ” f 59v f 66v
Silverio Teixeira Coelho (P.)…………………………..Liv 58o. ” f 15
Francisco da Silva Coelho (Paranna)……………….Liv. 59o. ” f 15
Pantaleao dos Santos Coelho………………………..Liv. 59o. ” f 65
Justino Machado Coelho………………………………Liv. 59o. ” f 18
Thomas Coelho Pinto………………………………….Liv. 60o. ” f 45v
Joaquina Coelho de Avellar……………………………Liv. 61o. ” f 93v
Manoel Sabino Dias Coelho…………………………..Liv. 61o. ” f 54
Rita Coelho Barbosa……………………………………Liv. 62o. ” f 38v
Goncalo Coelho (Hora)…………………………………Liv. 64o. ” f 1
Joaquim Antonio Coelho……………………………….Liv. 69o. ” f 78
Miguel Pereira da Fonseca Coelho………………….Liv. 71o. ” f 73
Antonio Goncalves Coelho…………………………….Liv. 74o. ” f 14v
Nelson Antonio Rodrigues Coelho (*)…………………………Liv. 80o. ” f 11
Francisco Nunes Coelho (*)…………………………..Liv. 81o. ” f 43v
Maria Coelho da Silveira (Pecanha) (*)……………..Liv. 86o. ” f 1
Anna Coelho de Jesus (S. Miguel) (*)………………Liv. 86o. ” f 89v
Manoel Coelho Borges” (sem referencia)

Somente desta lista podemos constatar nomes de nossos parentes sem nenhuma duvida. Nao posso afirmar que os livros aqui assinalados como de testamentos o serao realmente. A partir do nome Joao Ferreira Coelho havia a sigla “test.” em algumas linhas. Porem as referencias prosseguiram em ordem crescente mas a sigla nao aparece em todas as linhas. Portanto, pode ser que seja algum outro documento que nao os testamentos.

O nome Nelson, em frente ao nome do trisavo Antonio Rodrigues Coelho (*) esta escrito no original, na mesma letra que a lista foi elaborada. Acredito que foi o proprio alferes Luiz Antonio Pinto que o fez para lembrar-se de comunicar o achado dele ao professor Nelson Coelho de Senna. Isso se justifica porque o alferes era reconhecidamente o genealogista de todos os serranos e `a epoca da elaboracao dessas listas o professor Nelson ja deveria estar juntando material para escrever o livro: “Algumas Notas Genealogicas”, publicado em 1939, apenas 10 anos apos o falecimento do alferes.

Tambem eh reconhecida a intimidade entre as familias. O alferes foi tio do ex-governador Joao Pinheiro da Silva. O professor Nelson foi diversas vez deputado `a epoca. O Antonio Junior (Dr. Coelho) tambem foi deputado. O capitao Francisco Nunes Coelho (*) foi pai do senador Dr. Chiquitinho. Outro vinculo foi que o Dr. Caio Nelson de Senna, filho do professor Nelson, casou-se com dona Amanda Pinheiro, filha do ex-governador. Possivelmente, haviam vinculos familiares mais intimos, pois, o cap. Francisco foi filho de Euzebio Nunes Coelho e Anna Pinto de Jesus. Assim, justifica-se o nome Nelson aparecer como “gaiato” na lista.

Uma outra grande esperanca aqui sera o aparecimento do nome Joao Coelho de Magalhaes (*). Embora o livro em sua referencia esteja marcado claramente como “nasc.” Eu preferia que fosse de testamentos. Mas nunca se sabe!

Espero que seja o tioquartavo Joao Coelho de Magalhaes (*) e, qualquer que seja o documento referente a ele, gostaria de encontrar inscritos nele os nomes dos avos do tio Joao, que serao os nossos sextavos. Assim esclareceremos a duvida de quem foram e, talvez, donde procediam. O que nos facilitaria uma pesquisa mais aprofundada.

Mesmo que seja o registro de nascimento do tio Joao, somente seria um “problema” se nao encontrarmos os nomes dos avos dele, pois, sabemos que os pais foram o alferes de milicias, Jose Coelho de Magalhaes (ou Jose Coelho da Rocha) e Eugenia Rodrigues Rocha, tambem conhecida como Eugenia Maria da Cruz. Muitos registros de nascimentos nao traziam os nomes dos avos, o que eh bastante lamentavel. Mas existiam aqueles, como o do pentavo Antonio Borges Monteiro, que nasceu em 1751, com todos os nomes: pais, avos, padrinhos e inclusive a mencao ao tio padre.

Mas nao podemos comemorar por antecipacao. Precisamos encontrar o documento e torcer para que nao tenha sido destruido pelo tempo ou tenha sido copiado antes que o original tenha desaparecido. Em caso de ser o de nascimento do tio Joao, a data completa sera: 19.3.1785. Contudo o registro devera ter se dado alguns dias depois. Alternativa agradavel seria o de casamento com Bebiana Lourenca de Araujo que se deu em 1804. Tambem este traria os nomes dos avos.

Estranhei o nome Nelson nao ter aparecido em frente ao do tio Joao. Ele era mais importante para o professor Nelson, por ser bisavo dele. Caso nao tenha existido algum homonimo. Mas tambem podera ter acontecido que o trisavo Antonio Rodrigues Coelho houvesse sido o ultimo da lista e posteriormente o alferes tenha encontrado os 4 nomes restantes. A lista poderia ja ter sido uma encomenta pelo proprio professor Nelson.

Somente agora que estava recopiando estas listas eh que pude observar que eh tambem nossa parente a dona Anna Coelho de Jesus (*). A mencao a proceder de Sao Miguel confirma tratar-se da mesma Anna Maria de Jesus (Nha Ninha), nossa tiatrisavo e irma do trisavo Antonio Rodrigues Coelho. A presenca da assinatura Coelho mascarou um pouco o nome pelo qual ela era conhecida em nossa genealogia.

Se os dados referirem-se aos nascimentos da maioria dos componentes desta ultima lista, pelas idades dos ultimos que aparecem, os ultimos livros serao ainda do inicio do seculo XIX. Mas se referirem-se aos testamentos, os ultimos livros datarao do final do seculo XIX e, talvez, inicio do seculo XX, o que aumentam as chances de estarem em melhor estado de conservacao. Assim poderiamos obter uma maior quantidade de dados, embora, nem todo testamento fazia mencao aos ancestrais. O que nao seria bom para o nosso objetivo principal.

No livro dele, o professor Nelson Coelho de Senna especulou que as muitas familias Coelho do Norte de Minas Gerais deveriam descender da figura historica Manoel Rodrigues Coelho, portugues que no inicio do Ciclo do Ouro tornou-se afortunado senhor de grandes lavras na regiao do Distrito de Santa Rita Durao, antigo Inficcionado, pertencente a Mariana. Nao ha duvida que muitas das pessoas presentes nesta lista poderao, e deverao, ter ascendencia neste patriarca. Contudo, sera improvavel que mais da metade nao o seja.

Pelo tamanho da lista podemos agora constatar a razao da existencia de tantas Familias Coelho na regiao. E tambem podemos afirmar que mesmo sem assinar, a populacao de Centro e Norte mineiros devera quase toda provir de uma ou mais raiz Coelho presente nesta lista. Destacam-se os de origem portuguesa (port.) que nao deverao descender do Manoel Rodrigues Coelho. Ha que ressalvar-se que a tia Nha Ninha nao se casou.

(*) MARIA COELHO DA SILVEIRA (Pecanha). Quase comi mosca nesta referencia. Trata-se mesmo de testamentos, pelo menos o eh no caso de dona Maria Coelho da Silveira. Isso posso afirmar porque, `a pagina numero 80 do “A Mata do Pecanha, sua Historia e sua Gente”, o professor assim se pronuncia: “Tivemos a oportunidade de examinar este Testamento, registrado no Livro no. 86, do Cartorio de 1o. Oficio da Comarca do Serro.”

O professor Dermeval nao apenas examinou como transcreveu o testamento nas paginas 82 e 83. No final da pagina 83 ha a referencia `a “folhas 1 (hum) do cartorio do Tabeliao de 1o. Oficio de Notas do Serro.” Trata-se do testamento do capitao Ildefonso da Rocha Freitas e de sua esposa, dona Maria Coelho da Silveira. Distrai-me antes mas a combinacao Coelho da Silveira e o vinculo com Pecanha acabou forcando a luzinha da lembranca acender-se quando fui visitar o senhor Morfeu. Como nos falam as tradicoes, nada melhor para a memoria que uma boa consulta ao traveseiro!

Noticia desagradavel eh que neste testamento, ou pelo menos no que foi registrado em cartorio, nada consta a respeito da genealogia, senao a mencao a que o numero de filhos do casal era de doze, nem menciona ancestrais ou local geografico de procedencia. Sabe-se apenas que eram portugueses. O testamento transmite somente o apego religioso dos testadores. Diferentemente de outros que rendem homenagens aos santos protetores e `a Igreja, mas tambem aos ancestrais, descendentes e ao local onde nasceram.

Evidentemente, somente o exame dos testamentos nao garante uma boa leitura genealogica. Para nos que somos leigos, uma boa estrategia e procurar tambem os inventarios do defunto testador. Estes obrigatoriamente incluirao mencoes a herdeiros e detalharao as relacoes parentais. Um bom exemplo do que procurar pode ser mostrado no endereco: http://www.genealogia.villasboas.nom.br/Inv-Test/ManoelPereiraDoAmaral.html.

Encontrei este exemplo quando estava tentando procurar a procedencia do quartavo Joaquim Pereira do Amaral. Como se pode verificar, sao pelo menos duas familias Pereira do Amaral em Minas Gerais. Esta nos antigos dominios de Sao Joao del Rei e a descendente do acoriano Miguel Pereira do Amaral. Os dados mostrados pelo professor Pimenta nao nos permite detalhar a origem desta segunda familia, pois, ele apenas menciona que Miguel era natural da Ilha de Sao Miguel, e filho de Manoel Pereira e Maria de Benevides. Nao se explica a origem do Amaral.

Talvez haja algum vinculo entre as duas familias, pois, calcula-se que o nosso ancestral Miguel Pereira do Amaral tenha nascido em torno de 1750. Observem que na certidao de batismo de Jeronymo Pereira de Carvalho informa-se que os avos maternos procediam tambem dos Acores, ou seja, da Ilha de Fayal, Bispado da Ilha Terceira. O que pode representar apenas uma coincidencia, pois, a todo momento chegavam ao Brasil portugueses de diversas procedencias e se envolviam com as mesmas familias.

Mas tambem pode indicar que um ramo dos Pereira e dos Amaral do Couto de Sao Joao de Tarouca migrou para os Acores e depois os ramos ja aparentados decidiram transladar-se juntos para o Brasil. O que eh muito comum em caso de migracoes, onde os primeiros se dirigem para outras regioes e ao perceberem que terao sucesso na “Terra Prometida”, logo tornam aos parentes com as boas noticias e convites para juntarem-se a eles. Pelo menos essa tem sido a Historia da atual migracao brasileira para o exterior. Embora, a Terra alcancada nao seja mais Prometida!

Ate aqui, a conclusao em nossa busca por dados genealogicos em nosso caso particular, passara primeiro por localizar estes documentos que ja temos referencias, pois, teoricamente serao os mais faceis de localizar-se. Depois de analisa-los e com suas informacoes `a mao eh que decidiremos da necessidade ou nao de procurar-se outros. As informacoes encontradas nestes, em todos os casos, nos servirao de orientadoras na determinacao do proximo passo a ser dado.

COELHO DA SILVA: Uma possibilidade, embora reconhecendo ser remota, sera termos ai nesta lista de Familias Coelho no Brasil a presenca de ancestrais de muitos familiares nossos. Refiro-me ao FRANCISCO COELHO DA SILVA (JR.) e ao JOAO COELHO DA SILVA “CONSENDAS”. Tenho duvida quanto `a traducao deste ultimo sobrenome. Pela presenca deles nos livros 19 e 48, respectivamente, temos a sugestao de poderem ser pai e filho.

E pela idade de nossos parentes que aparecem em livros subsequentes, podemos esperar que os Coelho da Silva tenham nascido em tempos que sugerem, respectivamente, final do seculo XVIII e inicio do seculo XIX. Pode ser que tenha que uma terceira geracao inclua-se o senhor Gilberto Coelho da Silva que foi o marido de dona Marciana e estes se tornaram os pais da dona Adelaide e senhores Gabriel (Gabi) e Francisco (Chico) Gilberto. Obvio, isto eh apenas uma suposicao, dentro da logica possivel que os dados soltos sugerem a mim. Nao sou Deus para ter certeza absoluta!

Enfim, a lista dos Coelho combinados a outros sobrenomes sugere a possibilidade de que muitas familias guardaram apenas seus outros sobrenomes embora tendo seu lado Coelho. Eh razoavel imaginar que a descendencia do senhor Manoel Coelho de Lima, embora sem referencia cartorial aqui, tenha preferido adotar o “de Lima” para permanecer na familia.

Isso ocorre entre as familias cujos sobrenomes tornam-se escessivamente frequentes, pois, a descendencia eh levada a pensar que nao ha a necessidade de manter aquele sobrenome que todos sabem estar na raiz dos nomes de todos. No exemplo acima, os senhores Gabi e Chico deixaram o Coelho em favor do Soares que era de origem materna, da dona Marciana. No ramo familiar de meus pais somos muitos os repetidos Coelho, porem, a preferencia se deu pelo Magalhaes Barbalho, pois, assinar Coelho seria chover no molhado!

Mas nao podemos nos enganar pensando que todos os familiares Lima descendam do Manoel Coelho de Lima. Observem na lista de Portugueses Falecidos Sem Testamento que houve um S. Mor, Jose Barata de Lima. Haverao os que descenderao dele tambem. E nao devem ser poucos porque a referencia dele eh o ano de 1788! E devemos considerar tambem a possibilidade muito provavel de outros Lima terem se estabelecido na regiao do Serro e seus sobrenomes terem permanecido.

Obs.: Notei ao buscar meus textos via servidor google.com.br ele nao abre algumas paginas do meu blog. Ao contrario do http://www.google.com, sem o br.

NOSSOS PRIMOS SR. VALDOMIRO E DONA MARIA DO AMPARO.

Ha algum tempo conheci a professora Joselia Barroso Queiroz Lima, atraves dessa maquina doida que se chama internet, gracas a uma tese publicada por ela: “Intervencoes Clinicas e Sociais: Subjetividade Religiosa – Um Estudo da Religiao Catolica em Sabinopolis.”

Dentro da tese ela postou os nomes dos chamados fundadores de Sabinopolis, que segue:

01. Pe. Bento de Araujo Abreu
02. alferes, Antonio de Araujo Abreu
03. Antonio Borges Monteiro
04. Urbano Taveira de Queiroga
05. Joaquim da Silva Campos
06. Antonio Borges Monteiro Junior
07. capitao, Semeao Vaz Mourao
08. alferes, Antonio Fernandes do Amaral
09. Malaquias Pereira do Amaral
10. Clemente Jose dos Santos
11. Francisco Jose dos Santos
12. Manoel Coelho de Almeida
13. capitao, Antonio Jose Campos
14. Joao Pereira do Amaral
15. capitao, Joaquim Barroso Alvares.

Sabinopolis foi fundada oficialmente em 1819. Eh irma mais velha de Guanhaes por apenas dois anos. Somente com o fato de que Guanhaes emancipou-se muito antes do Serro. Serro foi a mae de todas na regiao, inclusive de Pecanha que data de por volta de 1750.

Porem, antes de 1820 a regiao era considerada muito perigosa porque os indios botocudos eram muito bravos e estavam dispostos a matar ou morrer na defesa de sua propriedade ancestral.

D. JOAO VI autorizou a partir de 1808 que se fizesse “Guerra de exterminio da raca antropofaga” e a instalacao de um posto militar em Pecanha permitiu o inicio da ocupacao das terras pelos brancos e reducao dos indios em reservas.

Esse tornou-se o nosso inicio colonial portugues. Contudo nem todos os colonos ai foram portugueses de nascimento e ja procediam de outras cidades mais antigas da Provincia de Minas Gerais. Seus ancestrais haviam chegado de Portugal `a epoca do Ciclo do Ouro e agora seus descendentes estavam expandindo a colonizacao.

Dos que conheco, apenas o capitao, Joaquim Barroso Alvares procedia de Portugal. Noutro estudo genealogico, tambem me passado pela Joselia Barroso Queiroz Lima, de autoria do dr. Genserico Barroso, encontra-se dito que: “Manoel Barroso Alvares casa-se no Concelho de Montalegre em Portugal com Aguida Araujo, pais de: Joaquim Barroso Alvares.” Entao, ele migra para o Serro onde se casa com Maria Fernandes, e foram pais de:

1. Carlota
2. Carolina
3. Mariana
4. Eduardo
5. Joaquim c.c. Senhorinha
6. Marciliana
7. Afonso

Joaquim. casado com Senhoria, foram os pais de:

1. Davi
2. Firmo, casado com Elisa
3. Joaquim (Quina) casado com Maria Jose
4. Elisa, casada com Bernardino Pacheco.

Esse mesmo Joaquim ficou viuvo e casou-se uma segunda vez, tambem no Serro, em 1825, com Jacinta Moreira da Costa, e tiveram:

1. Sabino (nascido em 1826)
2. Maria
3. Cesario
4. Aguida
5. Marinha.

Aqui algo interessante. Quando se faz a mistura, observa-se que os primeiros chegados nao apenas se enraizaram nos locais mais antigos. `A medida que novos povoados foram abertos e que os de mesma idade foram crescendo, deram-se as trocas de noivos. Assim, os fundadores dos locais mais antigos acabaram sendo ancestrais de todos.
Observem que alguns nomes de familia entre os fundadores de Sabinopolis se repetem em Guanhaes, Sao Joao Evangelista, Pecanha, Virginopolis e alhures. E nao eh pura coincidencia.

Malaquias Pereira do Amaral eh ancestral dos Pereira do Amaral, dos Pereira ou Amaral e dos Coelho do Amaral em Virginopolis.

O mesmo se da com o Antonio Borges Monteiro Junior e, possivelmente o outro Antonio sem o Junior que deve ter sido o pai daquele. O Antonio Junior também foi pai de outro Antonio que recebeu o nome de Antonio Borges Monteiro Filho. Mas era meio novo para entrar como fundador. Em 1819 o Antonio, o velho, estava com 68 anos, se ainda estava vivo.

Malaquias com sua esposa Ana Maria de Jesus foram os pais de Daniel Pereira do Amaral. Antonio Junior com sua esposa Maria Magdalena de Santana foram os pais da Maria Francelina Borges Monteiro. A Maria Magdalena procedia da familia Miranda.

Ana Maria era filha de Antonio Coelho de Almeida e outra Ana Maria de Jesus. Eles procediam de Congonhas do Campo. Acredito que o Manoel Coelho de Almeida tenha sido irmao dela. E parte da descendencia do Manoel deve ter suprimido o Coelho e agora figura como os Almeida apenas.

Daniel e Maria Francelina foram pais da Maria Marcolina Borges do Amaral que foi a primeira esposa oficial do ten. Antonio Rodrigues Coelho. Esses sao nossos terceiravos, pais daquela currumaca de gente onde figuram minha bisavo materna, Maria Marcolina; meu bisavo paterno, Joao Rodrigues Coelho e diversos outros que ajudaram a multiplicar os Coelho de Virginopolis como tios Benjamim, Maria Carmelita, Daniel e Virginia.

Bom, ha algum tempo atras solicitei `a Katia Barroso ajuda para saber como o senhor Valdomiro e o pai dela, o cabo Cica, se encaixavam na familia Barroso. Nesse final de semana ela fez a gentileza de visitar-nos em nossa casa com um “bilhetinho” resultado da entrevista que fez com o tio dela. E la estavam as revelacoes.

O senhor Valdomiro eh filho de Pedro Jose Pinto e dona Etelvina Alves Barroso. Isso nao revela tudo mas a ligacao se da com a dona Etelvina sendo filha do Davi Alves Barroso e Maria Francelina do Amaral. Maria Francelina do Amaral era filha dos avos Daniel e Maria Francelina também. Portanto, nao deu surpresa alguma.

Ja o Cabo Cica foi filho da dona Regina Barroso Pinto, irma do senhor Valdomiro Barroso Pinto. Ja sabiamos que a Katia era nossa prima pelo lado da dona Lourdinha, filha da Ilidia, filha do Ti Juca. Esse morou em uma fazenda proxima a Gonzaga, perto do parada de onibus da Fazenda do seo Joao de Souza.

O Ti Juca (Jose Coelho Sobrinho) era filho do Joao Batista Coelho Junior e Quiteria Rosa do Amaral. Ele filho do Joao Batista Coelho e Maria Honoria Nunes Coelho. E ela filha dos tambem sabinopolitanos, Joaquim Pereira do Amaral e Maria Rosa dos Santos Carvalhais.

Ainda nao sei como esse avo Joaquim se encaixa na Arvore dos Pereira do Amaral de Sabinopolis. Penso que o mais provavel sera ser filho do Joao. Porem não tenho absoluta certeza porque os avos Malaquias e Ana Maria tiveram um filho que se chamou Joaquim Pereira do Amaral.

Mas o professor Dermeval disse que esse era casado mas não tinha filhos. Embora o Miguel Pereira do Amaral, o patriarca da família no Brasil, tenha tido outros filhos como Francisco e Miguel. Ambos também tinham idade para terem sido os pais.

Alem desse parentesco todo, temos que a esposa do Ti Juca Coelho Sobrinho, Marcolina (Culina) Pereira do Amaral era filha do tio Ernesto Pereira do Amaral, irmao da Quiteria Rosa. Ou seja, nao estamos em um beco sem saida. Estamos na saida do beco!

Se tomarmos os fundadores com sendo o saco, fica explicado porque todo mundo eh “farinha do mesmo saco”!!!
Eh com imenso prazer que agora constato que nossos grandes amigos e toda a familia maravilhosa do senhor Valdomiro e dona Maria do Amparo sao nossos parentes mais proximos do que imaginavamos.

Agora falta-me descobrir o como, porque nao se trata de se, dona Maria do Amparo se encaixa na grande familia. Basicamente ja podemos afirmar que os Rodrigues Coelho de Virginopolis sao todos parentes proximos do sr. Valdomiro e do Cica.

O Sabino da segunda familia, foi o pai do Sabino, politico tao famoso que a cidade resolveu homenagea-lo tornando-se Sabinopolis. Foi pai tambem do Joao Evangelista Barroso. Esse, por sua vez, foi pai do famoso Ary Evangelista Barroso, o Ary Barroso.

Vou deixar aqui apenas uma pequena duvida quanto ao apontamento do Davi, filho do Joaquim, como sendo o marido da tia Maria Francelina. Isso porque, por ser filho da primeira família ele tera que ter nascido por volta de 1820. Nessa data o avo Daniel estava com 2 anos e a esposa Maria Francelina 1a. so nasceria 5 anos depois.

A Maria Francelina 2a. nasceu em torno de 1850-5. Ou seja, o Davi estaria por volta dos 30 anos dele. Se eles se casaram 18 anos depois, como parece que foi a data do casamento, ele ja estaria por volta dos 50 anos.

Nada contra. `A epoca nao era anormalidade alguma. E um meio precedente na família foi o casamento da Maria Marcolina com o Antonio Rodrigues Coelho. Ele nasceu em 1829 e ela em 1843. Ou seja, ele era 14 anos mais velho.

Contudo, 30 anos, pode ser que não. Mas fica difícil dizer porque os nomes que o senhor Valdomiro mencionou como tios dele são quase todos os mesmos que o dr. Gencérico Barroso relatou. O dr. Gencerico foi o pai do Gilvan de Pinho Tavares, o atual presidente do Cruzeiro Esporte Clube.

Como se pode ver, eh mesmo antigo o ditado: “Pra cavalo veio, o remédio eh capim novo!”

E no livro do professor Dermeval encontra-se a data de nascimento da dona Arminda Alves Barroso (26.11.1885), uma das tias do sr. Valdomiro. Ela não foi a ultima, então, o Davi teve filhos ate por volta de 1890, quando estaria com 70 anos. O remédio foi mesmo do bom!!!

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* INVENTARIO DO FUNDO LUIZ ANTONIO PINTO.
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Há 8 anos recebi os documentos do ARQUIVO PUBLICO MINEIRO (APM) e na época haviam pequenas informações a respeito de nossa genealogia que nem sequer passavam por nossa memória.
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Por exemplo, ainda não posso dar como certo, dizem que Eugenia Rodrigues da Rocha, pentavó em nossa geração, foi irmã de Manoel Rodrigues da Rocha, o qual teria se casado com Joana Angelica de Miranda.
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Diziam mais que Manoel tivera um casamento prévio com Germana Ribeiro, com a qual teria tido filhos e ficado viúvo dela antes de casar-se segunda vez.
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Por não ter notícia de tais suposições ou fatos, devo ter lido os documentos e não identificado tal parente. Embora já soubesse que Eugenia fora sepultada com o sobrenome Rodrigues da Rocha, e não o Maria da Cruz como estávamos mais acostumados, nem sequer despertei para a possibilidade.
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Quem desejar conhecer melhor algumas tradições guanhanenses pode acessar o video produzido pelo primo Dalmi Lott que entrevista nosso primo Roger, o guardião de memórias tradicionais da cidade:
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Guardei os e-mails que recebi do APM, e esqueci-me completamente da existência deles. Pensava que a única coisa que houvesse encontrado tivesse sido o casamento do João Claúdio de Miranda, filho de José Vicente de Miranda e Anna Maria da Encarnacão.
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Pelos estudos que tínhamos, sabíamos que esse foi o casal pai de Maria (Margarida) Magdalena de Santana, esposa que foi do António Borges Monteiro Júnior, ancestrais na altura de quintavós de nossa geração. Ou seja, João Claúdio era nosso tio antepassado.
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Não se sabe de onde veio a ideia de rever essa documentação. Mas encontra-se nela os devidos dados do casamento do mencionado Manoel Rodrigues da Rocha, o moço, e também o dos pais dele: Manoel Rodrigues da Rocha e Clara Maria dos Santos.
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Foi graças ao documentário do primo Dalmi Lott entrevistando o Roger (Roginha) guarda-mor das tradições históricas de Guanhães que tomamos conhecimento de que Eugenia e Manoel teriam sido irmãos. Roger alega ser tetraneto do Manoel e sobrinho tetraneto da Eugenia.
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O nosso lado, incluindo o Dalmi, descendemos da Eugenia por diversas vezes. Em nosso caso, tornando-a bem mais próxima que pentavó. Mas isso fica para depois.
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Em outra documentação, censo realizado em Minas Gerais entre os anos de 1830 a 1832, consta a presença do Manoel R. da Rocha e sua esposa Joana Angelica.
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Eles residiam em Santo António do Rio do Peixe, atual Alvorada de Minas, tinham diversos filhos. Na página do censo em que estão consta o levantamento ter sido realizado em setembro de 1832. Manoel “Jr.” constava com 53 anos de idade e Angelica com 52. Os filhos que já poderiam ser casados não constam. A lista de escravizados era imensa.
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As idades nos levam aos cálculos. Ou seja, Manoel nasceu por volta de 1779 e Joana por volta de 1780. Casaram-se em 1801. Estando ele com 22 anos de idade aproximadamente, não seria acertado afirmar que tivera casamento prévio, com filhos. Seria muito novo para isso.
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O casamento do pai dele, realizado em 1770, com a mãe, Clara Maria dos Santos (Bonfim), revela a possibilidade desse sénior ter sido mais velho, podendo ter sido pai da Eugenia com a Germana Ribeiro. Ou seja, com a Clara Maria seria o segundo matrimonio dele.
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Mas existe um senão contra essa hipótese. O alferes Luiz António Pinto registrou os casamentos sem mencionar o tradicional: “viúvo que ficou de Germana Ribeiro.”
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Então, tem que verificar-se os registros para ver se em um deles há esse aparte. Mas Germana pode ter sido mãe da Eugenia sem ter se casado! Não seria algo diferente do comum naquela época.
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Obviamente, para termos certeza absoluta do assunto, só mesmo encontrando o registro do casamento da Eugenia com o alferes-de-milícias José Coelho de Magalhães. O que deve revelar também os nomes dos pais desse alferes, cujo passado continua envolto numa serração sem fim.
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Não se descarta a possibilidade, ainda, de que a Eugenia tenha sido filha do Manoel Fernandes Lisboa com Anna Rodrigues da Rocha. Ou apenas desse Manoel com a Germana Ribeiro. Tendo o sobrenome dedicado `a mãe que a teria criado, a Anna Rodrigues da Rocha.
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Nesse caso, a Eugenia seria irmã, no todo ou em parte do pai, de um Manoel Rodrigues da Rocha, confirmando parte da tradição. Essa ligação familiar fica reforçada com o fato de a Eugenia e o alferes-de-milícias terem sido pais da Clara Maria de Jesus.
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Poderia ser coincidência apenas. A Clara Maria dos Santos pode ter sido apenas a madrinha da criança, por amizade dos pais e não necessariamente parentesco. Dai uma explicação para o mesmo nome. Mas, de todo jeito, amizades e parentescos sempre andavam de mãos dadas.
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A hipótese de a Eugenia ter sido filha da Germana Ribeiro se reforça com a descrição feita pelo professor Nelson Coelho de Senna no livro dele, afirmando que os avós dele: Emilia Brasilina Coelho e o ten. Jose Coelho da Rocha Ribeiro, eram primos carnais. Talvez tenham sido primos via a assinatura Ribeiro.
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E como fica, então, aquela insinuação, sem as devidas provas, de que Eugenia foi filha do ítalo/português Giuseppe Nicatsi da Rocha e Maria Rodrigues de Magalhães Barbalho?
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Depois de tantos anos pesquisando e sem encontrar nenhuma menção documental desse casal, pode ser que ele não passe de uma ficção que infectou nossa genealogia.
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Mas essa tradição ainda não pode ser no todo rejeitada porque agora temos a Anna Rodrigues da Rocha como raiz. Ela pode ter sido a filha do casal e a Eugenia ter sido filha ou neta dela. Nesse caso, seriam avós ou bisavós e não pais.
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Se esse for o fato, vamos ter que Giuseppe e Maria seriam mais velhos do que se supunha previamente. Teriam nascido pelo menos nos anos de 1720, para trás.
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De qualquer forma, essas datas nos demonstram que não encontramos nada em primeiro lugar porque estávamos procurando no endereço temporal errado.
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De fato mesmo, precisamos manter esse estudo, porém, com o foco mais centrado nos registros do casal Eugenia e José Coelho de Magalhães. E, no caso dele, no registro do suposto primeiro casamento com Escolástica de Magalhães. Deve ser mais seguro encontrarmos os nomes dos pais dele ai.
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Seria uma sorte grande encontrar por meios indiretos a verdade a respeito da ascendência do casal (temporal, familiar e geográfica), mas o garantido mesmo é a forma direta, registros de seus próprios casamentos.
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Outro fato que desprendeu das anotações do alferes Luiz António Pinto foi ele ter anotado sem detalhar que Manoel da Costa Villa Real foi filho de Joaquim da Costa Villa Real.
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No capítulo anterior, na lista de portugueses que faleceram com testamento, vimos que viveu no Serro o Domingos da Costa Villa Real, cujo testamento foi registrado em 1778. Seria esse o pai do Joaquim?
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No censo realizado em Sabinópolis, o Manoel Villa Real aparece como pardo. Algo bem redundante para o local e época.
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Os portugueses brancos chegando `a região e não encontrando mulheres brancas suficientes, se casavam ou amancebavam com africanas escravizadas, mulheres forras e/ou mestiças, sem o menor preconceito. E deles descendemos.
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Mas o que importa agora é a combinação das presenças dos sobrenomes do Manoel Fernandes Lisboa com os da Costa Villa Real. Há aí o indicativo de duas procedências: Lisboa e Villa Real.
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A soma disso resulta em Manuel Fernandes Villa Real. Trata-se aí de uma pessoa muitíssimo influente e rica, de Portugal e na França. Chegou a ter contato próximo com o cardeal Richelieu.
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Manuel F. V. Real era diplomata português com a “nódoa” judia. Por esse “pecado” teve o triste fim de ser queimado vivo pela “Santa Inquisição” portuguesa!
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Fato que se tem mostrado repetido é a presença dos genes, ligados `a ascendência judaica no exílio, em todos os familiares que realizaram seus testes de DNA.
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Para que enxerguem melhor a inferência que estamos fazendo aqui, busquem a biografia do Manuel F. V. Real na internet. Observem que mencionam que o sobrenome Vila Real remonta `a origem dele em Villa Real, Portugal.
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O Fernandes é um patronímico por demais comum e de origem variada. Mas a biografia menciona a presença dos familiares do personagem também em Lisboa. O que nos faz inferir a possibilidade de o Manoel Fernandes Lisboa ter sido aparentado dele.
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Cruzando as informações temos aí a possibilidade de o Manoel Fernandes Lisboa ser nosso ancestral, ter tido algum parentesco com o Joaquim da Costa Villa Real, e todos termos parentesco com o Manoel Fernandes Villa Real.
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Se isso se comprovar, fecharíamos o ciclo de parentescos necessários para dar direito `as famílias Rodrigues da Rocha, Villa Real, Lisboa, Coelho de Magalhães (ou da Rocha) e tantas outras de requererem a cidadania portuguesa pela via sefardita.
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Mas deixemos as esperanças no molho por enquanto. Os fatos que temos são os registros anotados pelo alferes Luiz António Pinto.
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Nos aproximadamente 150 registros matrimoniais que ele consultou (2o. e 3o. livros de casamentos da Matriz do Serro, e 4o. de Milho Verde) e compartilhou, encontramos uns poucos e bons vínculos com nossa genealogia.
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Infelizmente, em alguns casos, ele fez apenas uma menção aleatória. Por exemplo, dizendo que havia o registro do casamento dos ancestrais José Vicente de Miranda e Anna Maria da Encarnação.
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Foi só para deixar o pesquisador com água na boca! E a questão ficou: quem foram os pais e de onde procediam os noivos? Datas? Registro `a folha 127 v.?!!! Etc. Mas a dica ficou dada. So pesquisar!!!
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Outro auxílio importante que encontramos ali. Os documentos dão a entender que o alferes estava amontoando informações de diversas famílias da região do Serro, a antiga Vila do Príncipe. Talvez as com ligações aos Pinto.
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Numa participação na Revista do Arquivo Publico Mineiro ele menciona que o jovem Nelson Coelho de Senna já havia publicado livro próprio e o dele ainda não havia sido publicado. Parecia que estava solicitando uma ajudazinha, mas, pelo jeito, ninguém se tocou em tempo. Para nossa tristeza.
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Pelo que está nos documentos que angariamos, o alferes demonstra que tinha algo em mente, mesmo sem revelar todos os dados que tinha nela.
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Isso pode ser falsa impressão no ponto de vista de que nem tudo estava revelado nos rascunhos dele.
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O professor Dermeval José Pimenta, que se utilizou dos rascunhos para escrever o livro dele, revela que o arquivo do alferes ficou uns tempos abandonado no porão da Secretaria do Trabalho do Estado de Minas Gerais e que já estava desfalcado de parte dos documentos.
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Assim podemos imaginar que alguns mais espertos que os outros possam ter levado tais partes do arquivo para estudar em casa e nunca ter devolvido. Uma lástima para a memória do alferes e para a memoria coletiva. Um furto!
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Apesar do desfalque, podemos observar, especialmente na parte que cabe ao 4o. livro de casamentos de Milho Verde, que o alferes Luiz Pinto estava tentando agrupar os dados de determinadas famílias.
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E aqui lamento não saber se guardei e não sei onde ou não guardei os dados que o falecido padre Ismar Dias de Matos passou-me a respeito do beato Lafayette da Costa Coelho. Parece-me que o beato tinha entre os seus ancestrais ao Manoel da Costa Coelho. Faltam melhores detalhes na memória.
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Coincide que boa parte dos dados daquele livro, anotados pelo alferes, não o todo do livro, trata-se da família da Costa Coelho. E aí fica demonstrado pelo menos um parentesco colateral que adquirimos com o beato.
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Trata-se de que Francisco José de Carvalho (folha 9) c. c. Eufrásia Maria da Costa e José dos Santos de Carvalho c. c. Jacintha Maria da Costa. Eles eram filhos do capitão António Francisco de Carvalho e sua esposa Isidora Maria da Encarnação.
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As esposas foram filhas do João da Costa Coelho e Josefa Maria de Moura, que devem ter sido parentes do beato. Esse inclusive pode ter descendido do capitão António e Isidora, por uma dessas vias. Mas aí já temos um parentesco colateral garantido.
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Isso porque Isidora Maria da Encarnacão foi trisavó do professor Dermeval José Pimenta, e filha de Manoel Vaz Barbalho e Josefa Pimenta de Souza, que nos são ancestrais também, via o filho José Vaz Barbalho, irmão completo da Isidora.
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Os dados aí presentes acenam para nossa ligação parental com diversas populações da região da antiga Vila do Príncipe já que ancestrais e parentes aparecem nos diversos distritos do Serro como, Milho Verde, São Gonçalo do Rio das Pedras, Santo António do Rio do Peixe, Conceição do Mato Dentro, Guanhaens e outros.
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Observa-se que esse Guanhaens deve tratar-se da atual Senhora do Porto de Guanhães. Local que começou a ser povoado desde antes de 1760. Em 1855 o padre Emygdio de Magalhães Barbalho menciona em um relatório que a igreja de Senhora do Porto fora instituída há mais de 80 anos.
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Outro local mencionado, Capela de São João de Guanhães, trata-se de uma lavra que existiu no atual território de Sabinópolis. Atualmente trata-se de uma fazenda com o nome de São João do Guanhães (o rio que banha o local).
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Ela existiu desde bem antes da fundação do Arraial de São Sebastião dos Correntes, atual Sabinópolis. Em 1805 houve doação de terras para quem quisesse ir residir nas proximidades do arraial de São Sebastião que haveria de ser fundado. Fundação que se deu em 1819.
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Com isso a população se multiplicou no arraial e a Capella de São João definhou, restando apenas a fazenda. Sabinópolis acabou tomando o lugar. Mais tarde, 1875, criou-se outro arraial no lado oposto em relação a Sabinópolis que se tornou a atual cidade de São João Evangelista.
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Acredito que esse compartilhamento, pelo volume de dados, deve ajudar a todos os colegas pesquisadores. Como a gente encontrou poucos, porém bons vínculos nele, pelo tempo que já passou, todos deverão encontrar seus próprios vínculos.
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Que isso seja uma ajuda ao maior número possível de pesquisadores. Seguem os dados que são o mais importante:
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01 – ARQUIVO PUBLICO MINEIRO (APM), INVENTARIO DO FUNDO LUIZ ANTONIO PINTO – REF.: LAP – S/D, Serie 4.1, Cx.: 07; Doc: 09.
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LIVRO 2o. DE CASAMENTOS DA MATRIZ (VILA DO PRINCIPE -SERRO).
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“F. 144 v. = Em 9 de abril de 1771 casou-se Agostinho de Souza Ribeiro, homem pardo viuvo de Joanna Maria de Castro, com Romana Furtada de Mendonça, filha de Josefa Furtada de Mendonça, crioula forra, natural da freguesia da Villa.
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F. 138 v. = Em 19 de fevereiro 1770 casou-se Manoel Roiz. da Rocha, filho legitimo de Manoel Fernandes Lisboa e sua mulher Anna Rodrigues da Rocha, natural da Conceição do Matto Dentro, com Clara Maria dos Santos, filha legitima de Andre dos Santos e de Maria Pereira da Purificação, de São Gonçalo do Rio das Pedras.
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F. 129 v. = Em 24 de abril de 1767 casou-se o alferes Domingos da Silva Ribeiro, filho legitimo de Gonçalo Gaspar da Silva e de sua mulher Senhorinha Margarida com Maria Francisca da Silva, filha legitima de Frutuoso Francisco da Silva e sua mulher Rosaura Teixeira de Magalhães.
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F. 127 v. = casamento de Jose Vicente de Miranda com Anna Maria da Encarnação.
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F. 122 v. = Em 9 de maio de 1765 – casou-se Gonçalo Martins Ferreira, filho natural de Francisco Martins Ferreira e de Joanna d’Araújo de Miranda, preta forra, com Anna Maria d’Oliveira, filha legítima de Jose Nunes d’Oliveira e de sua mulher Joanna Gomes de Abreu: ambos da freguesia da Villa.
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F. 118 = Em 27 de Janeiro de 1764 casou-se Joao Antonio Coelho, filho natural de Bento Antonio Coelho e de Antonia Coelha de Jesus, preta forra, com Joanna Batista do Sacramento, filha legítima de Antonio Pereira Dias e de Lauriana Cardosa da Fonseca: ela de Paraúna, ele da Villa. [Bento Antonio Coelho era português e deixou testamento, segundo dados do alferes Pinto].
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F. 115 v. = Em 28 de julho de 1763 – casou-se Antonio Pereira Guedes, filho legítimo de Domingos Francisco Guedes e sua mulher Joanna Gertrudes da Silva com Isabel Theresa da Assumpção, filha legítima de Antonio Ferreira Netto e sua mulher Francisca Borges desta freguesia e ele natural de Braga.
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F. 98 v. = Em 8 de junho de 1758 casou-se Alexandre Pereira Barreto filho de pais incognitos com Anna do Rosário Lisboa, filha de Francisca D’Almeida, mulher parda e de pai incognito, ambos naturais da freguesia da Villa.
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F. 96 = Agostinho de Souza Ribeiro foi casado 1o. com Joanna Maria de Castro; era natural do Arraial d’Agua Suja de Minas Novas do Fanado, filho legitimo de João de Souza Ribeiro e sua mulher Luzia de Almeida; sua primeira mulher era natural desta freguesia.
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F. 95 = Maria D’Assumpção, filha de Amaro dos Santos e Oliveira casou-se com o Cap.mor Custodio Coelho Guimarães.
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F. 73 v. = Maria de Abreu filha de Amaro dos Santos e Oliveira casou-se com Joaquim Francisco Lisboa.
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F. 53 = Cardoso Leonardo
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F. 43 v. = Em 30 de maio de 1743 casou-se Bento Antonio Coelho, filho legitimo de Domingos Coelho e sua mulher Isabel Francisca natural da Ilha Terceira, com Rosa Francisca, filha legitima de Manoel Pacheco e sua mulher Rosa Maria, natural da mesma ilha.
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F. 20 v. = casamento de Bernardo da Fonseca Lobo – 3 de julho de 1740.
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F. 1 v. = Quitéria do Rosário, filha de Amaro dos Santos e Oliveira casou-se com o Cap.Mor. Gil das Neves Correa.
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F. 1 = Primeiro apontamento de Fructuoso Francisco com D. Rosaura Teixeira de Magalhães.
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F. 31 = Antonio Teixeira Marques casou-se com Anna Maria do Nascimento Costa era filho natural do Cap.Mor Cypriano Correia Tavares e de Luzia Correa; era natural da freguesia do Serro e foi batizado em sua matriz. Aquela era filha de Manoel Teixeira e sua mulher Izabel Nunes: era português, natural da Ilha Terceira e foi batizado na freguesia de São João Roque dos Altos Ares, Bispado de Angra.
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F. 72 = Suzana da Silva teve uma filha por nome Maria do Espirito Santo e Oliveira que se casou com Manoel Mendes Rosa.
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F. 88 = Salvador Jose dos Passos foi casado com Maria Joana da Rocha Pinto, filha de Antonio Soares e de Clemência Nunes da Rocha.
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F. 93 v. = Antonio Soares Pinto era pai de Amaro da Rocha Pinto que se casou com Izidora Gonçalves, crioula forra, filha natural de Luiza Maria do Nascimento.
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F. 95 = Antonio Soares Pinto teve uma filha por nome Paula Antonia da Rocha Pinto que se casou com Gregorio Alves de Aguiar, filho de Miguel Gonçalves de Aguiar e de Serafina Alves de Aguiar; era português.
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F. 102 = Existe nesta folha um assento de casamento de João Nunes d’Oliveira com Thereza Lopes de Jesus, filha de Luzia Correa: sera esta Luzia a mesma do assento de F. 31 do casamento de Antonio Teixeira Marques?!…
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F. 106 = Ignácia Maria do Rosário filha do tenente Amaro dos Santos Oliveira casou-se com Antonio Moreira Parada, filho legitimo de Manoel Moreira Nogueira e de Maria Antonia; era português.
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F. 108 v. = Felix dos Santos de Oliveira, filho do tenente Amaro dos Santos Oliveira casou-se com D. Catharina Francisca Reboredo e Vasconcellos, viuva que ficou de Miguel de Almeida Doria, filha legitima do cel. Francisco Reboredo e Vasconcellos e de D. Rosa de Moraes Arzão.
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F. 109 = Antonio Teixeira Marques e Anna Maria tiveram uma filha por nome Maria Teixeira que se casou com Carlos da Silva Carvalho, filho legitimo de Antonio da Silva Ribeiro e de sua mulher Francisca de Barros Pinto.
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F. 116 v. = A Quitéria Barbosa de Sa era filha legitima de Manoel Barbosa de Sa e sua mulher Rosa Maria de Barros.
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F. 118 = João Antonio Coelho filho de Bento Antonio Coelho e Antonia Coelha de Jesus, preta forra, casou-se com Joanna Baptista do Sacramento, filha legitima de Antonio Pereira Dias e sua mulher Lauriana Cardosa da Fonseca.
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F. 120 = Ursula Maria de Abreu filha do tenente Amaro dos Santos de Oliveira casou-se com Fernando dos Santos Valença, filho legitimo de Paulo Pereira e sua mulher Maria Gonçalves; era português natural da freguesia de São Mamede, termo de Valença do Minho, Arcebispado de Braga.
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F. 15 = Anna Maria do Nascimento, mulher de Antonio Teixeira Marques teve uma irmã por parte de pai chamada Rita Correa da Assumpção filha de Rosa Correa.
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F. 18 v. = Suzana da silva teve um filho por nome João Cardoso da Silva que se casou com Jacintha Quaresma Franco.
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F. 120 v. = Izabel da Silva Leonarda teve uma filha por nome Maria Pereira de Jesus que se casou com Jose da Rocha de Noronha, filho legitimo de Antonio da Rocha Freire e sua mulher Antonia Josefa de Oliveira.
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F. 121 v. = Lauriana Cardoza da Fonseca teve uma filha por nome Maria Pereira Dias que se casou com Jose Alves Fontes.
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F. 125 = Suzana da Silva com seu marido (?)
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F. 138 = Quitéria teve uma irmã por nome Luciana Barbosa de Sa que se casou com Joaquim da Rocha Noronha.
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F. 22 = Anna Maria do Nascimento, mulher de Antonio Teixeira Marques teve um irmão por nome Luiz Correa Tavares (por parte de pai) filho de Domingos Correia Tavares.
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F. 53 v. = Suzana da Silva e seu marido Antonio d’Oliveira Cardozo tiveram uma filha por nome Domingas de Oliveira da Silva que se casou com Antonio Gonçalves de Oliveira.
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F. 85 = Manoel Camello de Jesus, filho do Guarda-Mor Antonio Camello Alcoforado e de Maria da Encarnação casou-se com Marianna Antonia de Jesus, filha de Antonia Coelha, preta forra, e de pai incognito.
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LIVRO 3o. DA MATRIZ DA VILA DO PRINCIPE – SERRO. (LAP – S/D; SERIE 4.1; CX. 07; DOC. 10).
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F. 219 = Em 5 de fevereiro de 1809 casou-se Serafim da Costa Pereira, filho natural de Joanna Mendes Pereira com Joanna Silvéria de Jesus (é mãe da Sra. Mélica Sutero) filha natural de Joaquina de Souza de Jesus. Ambos da Villa.
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F. 225 v. = Em 18 de novembro de 1809 casou-se Theodosio Rodrigues de Moura, filho natural de Josefa Rodrigues de Moura com Maria Innocência da Costa, filha legitima de Francisco Manoel da Costa e de Victoria Maria da Conceição. Ambos da Villa.
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F. 217 = Em 25 de agosto de 1808 – Este assento se refere segundo me parece `a familia de João de Souza Barbosa – D. Luiza Maria da Luz creio que era filha de Sebastião Jose Pinto Collares e D. Ignácia Coelho Portes.
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F. 210 = Em 26 de fevereiro de 1808 casou-se Francisco Bernardino Martins Ferreira, filho legitimo de Gonçalo Martins Ferreira e de Anna Maria de Oliveira, com Agostinha de Souza Ribeiro, filha legitima de Agostinho de Souza Ribeiro, ja falecido, e de Romana Furtada da Silva. (Suteros). Ambos da Villa.
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F. 211 v. = Em 8 de setembro de 1808 – casou-se Rafael da Costa Rolim, filho legitimo de Francisco da Costa Rolim e de Catharina Teixeira Leitão com Rita Maria Pinto da Conceição, filha legitima do Cap.Mor Antonio Jose Pinto e de Rosa Correa Pires. Ambos da Villa.
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F. 213 = Em 10 de outubro de 1808 – casou-se João Pedro Sutero, filho legitimo de Joaquim da Rocha do Amaral e de Francisca Eugenia de Oliveira com Dorothea Pereira dos Reis, filha legitima de Francisco Pereira dos Reis e Maria Rosa de Andrade.
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F. 199 = Em 15 de novembro de 1807 = casou-se o cabo-de-esquadra Lourenço da Silva Machado, viuvo que ficou da falecida D. Bernardina Maria de Moraes com D. Bonifácia Joaquina de Figueiredo, exposta em casa do Cap.Mor João Antonio de Figueiredo e batizada no Serro.
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F. 201 = A mulher de Francisco Pereira Cândido era irmã da do Jose Pantaleão.
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F. 15 v. = Em 30 de setembro de 1775 casou-se o Cap.Mor Antonio Jose Pinto, filho natural do Ten. Carlos Jose Pinto e de Maria da Assumpção com Rosa Correa Pires, filha natural de João Correa Pires e de Rita Pereira dos Santos.
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F 57 v. = A Cidade de Barbacena hoje – era em 19 de janeiro de 1783 = Arraial de N. Sra. da Piedade da Borda do Campo e nessa ocasião e muito antes ja existia a Capela do Ribeirão de Alberto Dias.
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F. 237 v. = Em 4 de novembro de 1810 casou-se Alexandre da Silva Franco, filho natural de Thereza de Jesus da Encarnação com Senhorinha Antonia de Souza e esta de Anna Maria da Silva.
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F. 5 v. = Em 8 de agosto de 1773 – casou-se Domingos Gomes do Couto, filho legitimo de Domingos Gomes Pereira, da Paraúna, com Joanna Barbosa de Freitas, filha legitima de Clemente Barbosa de Freitas e de Quitéria Maria da Conceição.
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F. 27 = Em 14 de fevereiro de 1778 – casou-se Jose Correia de Aguiar, filho natural do Ten. Jose Correia de Aguiar com Antonia da Silva – parda forra – natural de São Caetano de Mariana, com Anna Pereira de Brito, filha natural do falecido Antonio da Silva Pereira com Rosa Pereira de Brito, desta freguesia.
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F. 58 = A Ponte do Manoel do Prado – Manoel do Prado Sobral, filho de Antonio do Prado Sobral [?] …..
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F. 173 = Joaquim Eusébio será Matheus Cabral de Freitas.
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F. 41 = Em 3 de fevereiro de 1780, casou-se na Matriz – Manoel Pacheco, filho legitimo de Manoel Pacheco e Rosa Maria, ja falecidos, com Maria Quintilianna de Almeida, filha legitima de Alexandre Pereira Barreto e sua mulher Anna do Rosario Lisboa. Ambos da freguesia da Villa, mas ela nascida e batizada no Itambé.
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F. 41 = Em 18 de outubro de 1782 na matriz, casou-se Antonio Ribeiro de Abreu, filho legitimo de Jeronymo Ribeiro e de sua mulher Elena de Abreu, nascido e batizado na Freguesia de São Salvador do Campo, Arcebispado de Braga, com Thereza Pinta da Conceição, filha natural de Joanna, mulata escrava que foi do alferes Carlos Jose Pinto e de pai incognito, nascida e batizada nesta matriz da Villa do Principe.
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F. 77 = Em 9 de julho de 1786 casou-se Manoel Rodrigues Sampaio (Lanhoso) filho legitimo de Thomé Lanhoso e Anna Maria da Conceição com Maria Rosa d’Oliveira, filha legitima de Jose Nunes de Oliveira e Joanna Gomes de Abreu. Ambos da Villa.
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F. 133 v. = Em 27 de julho de 1797 casou-se João de Passos Guimarães, viuvo de Anna Maria Rodrigues – com Maria Quintiliana de Almeida, viuva de Manoel Pacheco.
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F. 138 = Em 23 de abril de 1798 casou-se João Claudio de Miranda, filho legitimo de Jose Vicente de Miranda e Anna Maria da Encarnação, desta Villa, com Feliciana Clara de Jesus, exposta no Moinho da Chácara em casa do major Francisco de Seixas Brandão, da Gouveia, onde foi batizada.
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F. 94 v. = Saraiva da Gama.
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F. 96 = Em 23 de setembro de 1790, casou-se Ignácio Pereira da Costa, filho legitimo de Ignácio da Costa Braga, de Tapanhoacanga [atual Itapanhoacanga, distrito de Alvorada de Minas], com Thereza de Jesus da Encarnação, filha legitima de Jeronymo Rodrigues de Vasconcellos e Domingas Pinheiro, dos Córregos.
Será esta a Thereza da Encarnação?
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F. 96 v. = Casou-se Antonio Joaquim da Costa, filho legitimo de Bento Joaquim da Costa e Sebastiana Dias Paes, da Tapanhoacanga, com Rita Barbosa de Sa, filha natural de João Barbosa e Quitéria Barbosa, preta forra, do Rio do Peixe.
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F. 97 v. = A Ermida de Santo Antonio da Penitência creio que era ou na Chácara do major Sebastião ou no Pasto do Padilha, era do padre Manoel Gonçalves de Queiroz.
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F. 99 v. = Vieira Braga, de Gouveia.
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O pai de Manoel da Costa Villa Real chamava-se Joaquim da Costa Villa Real, e tinha um irmão por nome Caetano, era sobrinho e afilhado de uma das filhas de João de Souza Barbosa.
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F. 63 v. = Em 14 de Janeiro de 1784 – casou-se Jose de Souza Azevedo, filho legitimo de ………….. e viuvo de Luiza Francisca da Costa, com Maria Joaquina da Conceição, filha natural do Cap.Mor Antonio de Avila Bittencourt e de Maria Francisca de Abreu.
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F. 69 = São Gonçalo do Tambor da Freguesia de Santa Barbara – Hoje São Gonçalo do Rio Abaixo.
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F. 74 = Manoel Alves do Nascimento.
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F. 74 v. – 76 v. = Os Cardosos Leonardos.
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F. 75 v. = Em 25 de Janeiro de 1786 casou-se Sebastião de Araújo Abreu, filho de Francisco de Araújo Abreu e Custodia Maria, natural da freguesia de Santa Maria dos Anjos da Villa de Ponte de Lima, Bispado de Braga, com D. Anna Candida da Costa, filha legitima do Cap.Mor Manoel da Costa Gontijo e D. Antonia Maria da Costa, natural da Borda do Campo (Barbacena).
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F. 78 = Em primeiro de outubro de 1784 casou-se Manoel Martins Ferreira, filho legitimo de Clemente Barbosa de Freitas e Quitéria Maria da Conceição. Ambos da Freguesia da Villa.
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F. 81 = Em 7 de maio de 1787 casou-se Manoel Ribeiro da Silva, filho legitimo de João Ribeiro Guimarães e Luiza da Silva, natural de Portugal, com Thereza Francisca de Jesus, filha legitima de Alexandre Pereira Barreto e sua mulher Anna Maria do Rosário, natural da Villa do Principe.
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F. 68 = Em 20 de novembro de 1818 casou-se Clemente Jose da Silva (Clemente Ribeiro), filho legitimo de Thereza Francisca de Jesus e seu marido Manoel Ribeiro da Silva com Barbara Maria da Conceição, filha natural de Francisca Gonçalves. Ambos da Freguesia da Villa.
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F. 86 v. = No Retiro do Pedrinho Generoso ou nas cabeceiras do Córrego do Meio era a Ermida de Santo Antonio do padre Ignácio Bello de Freitas.
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F. 93 v. = Ve mesmo f. 94 v. = Jose Conrado Barreto filho de Alexandre Pereira Barreto (Gente do Guelé).
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F. 134 = Os Guritas do Esmeril.
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Joaquim Rocha de Noronha casou com Lucianna Barbosa de Sa.
(Ve livro 3o. de casamentos F. 184 – F. 189)
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F. 103 = Em 8 de maio de 1792 – casou-se Manoel Pereira Barreto, filho legitimo de Alexandre Pereira Barreto e Anna Maria do Rosário, natural desta Villa, com Thereza Pinta da Conceição, viuva de Antonio Ribeiro de Abreu.
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A mãe da Rosa e Florinda mãe uma e outra sogra do Vicente Lucio chamava-se Silvéria.
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F. 139 v. = Thereza da Encarnação.
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F. 177 v. = Em 9 de fevereiro de 1804 casou-se na matriz do Serro o cabo-de-esquadra Lourenço da Silva Machado, filho legitimo de João da Silva Machado e sua mulher Ricarda Eufrasia de Jesus, natural e batizado na Sé de São Paulo, com Bernardina Maria de Moraes, filha legitima de Manoel da Costa Coutinho e sua mulher Joanna Lopes de Moraes, natural e batizada no Tijuco.
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F. 192 = Em 23 de Janeiro de 1806 – casou-se Francisco Novais Tameirão Pinto, filho legitimo do monteiro-mor Manoel Pinto da Fonseca e D. Brites Josefa Pinto, nascido e batizado na Freguesia de Santa Maria Maior de Tauroquela, Bispado de Lamego, com D. Hypolita Maria de Vasconcellos, filha legitima do sargento-mor Manoel Monteiro da Silva e de D. Antonia Maria da Conceição, natural e batizada na Freguesia da Borda do Campo, hoje Villa de Barbacena, deste Bispado de Mariana.
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F. 196 = Casamento de Gonçalo Martins Ferreira com Maria Candida da Silva, filha de Rita Angola, escrava do Cap.Mor Manoel Caetano da Silva.
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F. 118 v. = Em 14 de setembro de 1794 – casou-se Manoel João d’Oliveira, filho legitimo de Manoel Simões d’Oliveira e Thereza Apolónia da Fonseca, com Maria Ignácia de Freitas e de Quitéria Maria da Conceição. Ambos da Freguesia da Villa.
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F. 128 = Em 29 de setembro de 1796 = casou-se Raimundo Xavier e Souza, exposto em casa do Reverendo Antonio de Souza Reis, natural da Freguesia das Angusturias, Bispado de Angra, com Anna Joaquina de Brito, filha natural de Custodio Xavier de Brito e Antonia Maria de Jesus, natural desta freguesia.
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F. 157 = Manoel Rodrigues, o Moço, filho legitimo de Manoel Rodrigues da Rocha e de Clara Maria do Bonfim, casou-se em 15 de abril de 1801 com Joanna Angelica de Miranda, filha legitima de Jose Vicente de Miranda e Anna Maria da Encarnação. Ambos da Matriz do Serro.
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F. 185 = João Claudio, filho legitimo de Jose Gomes e de Maria Antonia é de Milho Verde, casou-se em 10 de outubro de 1804 com Joanna Maria Gomes, filha legitima de Ignácio Gomes Valdez e de Maria Carvalho da Paixão, do Rio do Peixe.
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Nas F. 138 = tem outro João Claudio. Ve também F. 190 v. – 114 v. – 138 – 139 v.
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F. 102 = Em 19 de fevereiro de 1792 – casou-se Jose Pereira Tornisco, filho legitimo de Manoel Pereira Grácia e Thereza de Jesus, natural e batizado na Capella do Ribeirão de Alberto Dias, Freguesia de N. Sra. da Piedade de Borda do Campo – Villa Nova de Barbacena – com Marianna Thereza de Jesus, filha legitima de Pedro Lopes de Arantes e Anna Thereza de Jesus, da Freguesia da Villa do Principe.
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F. 107 = Felipe Pereira da Lomba casou-se com Maria Rodrigues da Rocha, filha de Joaquim da Rocha Amaral e Francisca Eugenia de Oliveira.
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F. 115 e F. 197 – A D. Alexandrina Lidora de Jesus é irmã de Manoel Antonio Coelho pois ambos eram filhos de Maria Thereza Joaquina.
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Com Maria Rosa, filha legitima de Domingos Pereira de Lomba e Anna Barbosa de Sa. (?)
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F. 97 = Quitéria Barbosa de Sa teve um filho por nome Manoel Rodrigues de Andrade que se casou com Claudiana Maria da Conceição, exposta em casa de Rita Maria da Conceição.
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F. 118 v. = Quitéria Barbosa de Sa teve uma filha que se casou com Silvestre Martins Tadim e Jacintha Maria Dornellas – chamava-se Francisca Maria da Conceição.
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F. 134 = Domingas Teixeira Marques, filha de Antonio Teixeira Marques e Anna Maria antes de seu casamento a F. 120 v. do Livro 3o. de Casamentos teve uma filha por nome Felicidade Angelica de Liz que se casou com Francisco Antonio da Rocha, filho de Joaquim da Rocha Noronha e Lucianna Barbosa de Sa.
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F. 139 v. = Thereza de Jesus da Encarnação teve uma filha natural por nome Anna de Jesus da Encarnação que Miguel Fernandes Campos reconheceu por filha e se casou com Jose Pereira Braga, filho legitimo de Manoel Pereira Lopes e de Maria Francisca da Silva; Jose Pereira era português, natural da Freguesia de São Tiago de Priscos, Termo de Barcelos, Arcebispado de Braga.
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F. 140 = Jose Rodrigues de Miranda e sua mulher Anna Maria de Souza tiveram uma filha por nome Luiza Maria que se casou com Manoel Pinheiro do Nascimento, filho natural de Josefa Camello Ribeiro, crioula forra, escrava que foi de Antonio Francisco Pinheiro, era natural de Barra Longa.
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F. 170 v. = Quitéria Barbosa de Sa teve um filho por nome Jose Rodrigues D’Andrade que se casou com Dorothea Maria da Conceição, filha natural do furriel Ignácio Ribeiro de Queiroz e de Thereza Maria, crioula forra.
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F. 178 v. = Antonio Teixeira Marques e Anna Maria tiveram um neto, filho de seu filho Joaquim, o qual se chamava João Teixeira Marques e se casou com Maria Felippa da Piedade, filha natural de Anna Maria da Conceição.
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F. 184 = Manoel Antonio Coelho era também irmão de Maria Antonia que se casou com Antonio Jose da Rocha, filho legitimo de Joaquim da Rocha Noronha e Lucianna Barbosa de Sa.
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F. 184 = João da Costa Coelho era também irmão de Manoel Antonio Coelho. João casou-se com Theodora Angelica da Silva, filha legitima de Mathias da Silva D’orta e de Rosa Pereira de Castro.
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F. 188 = Thereza de Jesus da Encarnação teve uma filha por nome Maria Thereza de Jesus que se casou com João Batista de Miranda, filho legitimo de Manoel (ou João) Rodrigues de Miranda e de Thereza Rodrigues Pereira; Maria Thereza foi exposta em casa de Francisca de Barros, crioula forra.
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F. 189 = Joaquim da Rocha Noronha e Lucianna Barbosa de Sa tiveram uma filha por nome Anna Maria de Jesus que se casou com João Venâncio da Silva, filho legitimo de Manoel da Silva Guimarães e de Anna Francisca dos Santos.
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F. 200 v. = Maria Rosa de Andrade, depois de viuva, casou-se com Jose Domingues Machado, filho legitimo de Pedro Domingues Machado e de Izabel Maria de Vasconcellos.
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F. 213 = Maria Rosa de Andrade com seu primeiro marido teve filhos, entre eles – Dorothea Pereira dos Reis, que se casou com João Pedro Sutero, filho legitimo de Joaquim da Rocha do Amaral e de Francisca Eugenia de Oliveira.
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F. F. 215 = Quiteria Barbosa de Sa teve uma filha por Nome Vicência Maria do Espirito Santo que se casou com Joaquim Jose da Silva, viuvo que ficou de Thereza Maria de Jesus.
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F. 217 v. = Antonio Teixeira Marques e Anna Maria tiveram um neto, filho do seu filho Joaquim, por nome Luiz Teixeira de Souza que se casou com Claudianna Perpetua de Jesus, filha legitima de Elias da Costa Pinheiro e de Maria Teixeira de Souza.
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F. 222 v. = Antonio Teixeira Marques e Anna Maria tiveram um neto por nome João Teixeira, filho de seu filho Jose Teixeira Marques e sua mulher Maria Pereira da Lomba, o qual se casou com Prisca Maria dos Reis, filha legitima de Manuel Nunes da Paixão e de Victoria Godinha da Fonseca.
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F. 137 v. = Thereza de Jesus da Encarnação teve um filho por nome Alexandre da Silva Franco que se casou com Senhorinha Antonia de Souza, filha natural de Anna Maria da Silva.
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LIVRO 4o. DE CASAMENTOS DE MILHO VERDE (LAP S/D; SERIE 4.1; CX 07; DOC. 11).
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F. 30 v. = Em 10 de fevereiro de 1814 casou-se Jacintho Martins Ferreira, filho legitimo de Gonçalo Martins Ferreira e de Anna Maria de Oliveira, com Anna Joaquina Dias, viuva de Francisco Barbosa de Freitas.
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F. 35 v. = Em 14 de setembro de 1814 casou-se João Manoel Ferreira, filho legitimo de Gonçalo Martins Ferreira e de Anna Maria de Oliveira, com Quitéria Maria de Queiroz, escrava que foi do alferes Manoel Antonio de Carvalho Lisboa, filha natural de Rita Maria dos Reis, esta Quitéria batizada em São João de Guanhães e aquele na Matriz da Villa.
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F. 6 v. = Aos 10 de fevereiro de 1811 casou-se Francisco Pereira de Jesus, filho legitimo de João Pereira de Jesus e Anna Antonia da Assumpção, natural da Villa, com Francisca Xavier de Gouveia, filha legitima de Antonio d’Oliveira e Joaquina Maria, natural dos Córregos.
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F. 2 v. = Em 26 de Março de 1787 casou-se Pedro Ventura da Silva, filho natural de Luzia Maria da Silva e pai incognito, natural da Freguesia de São Luiz de Santa Anna, Bispado de Pernambuco, com Joanna Maria de Moura, filha natural do Cap.Mor João de Moura d’Oliveira e Joanna Rodrigues de Oliveira, natural de Milho Verde.
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F. 7 v. = Em primeiro de março de 1791 casou-se João de Moura de Oliveira, filho natural do Cap.Mor João de Moura d’Oliveira e Joanna Rodrigues de Moura, nascido e batizado na Capella do Barro do O’, com Joaquina Maria da Costa, preta forra.
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F. ` = Em 18 de fevereiro de 1787 casou-se Jose Theodoro de Moura, filho natural de Joanna Rodrigues de Moura, natural de Milho Verde, com Maria do Carmo Pereira, filha natural de Agostinha de Oliveira, natural de Santo Antonio do Paracatu.
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F. 9 = Em 29 de junho de 1800 – casou-se Francisco Jose de Carvalho, filho legitimo de Antonio Francisco de Carvalho e de Izidora Maria da Encarnação, natural de Tapanhoacanga, com Eufrazia Maria da Costa, filha legitima de João da Costa Coelho e de Josefa Maria de Moura, natural de Milho Verde.
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F.9 = Em 13 de julho de 1800 casou-se Jose dos Santos de Carvalho, filho legitimo de Antonio Francisco de Carvalho e Izidora Maria da Encarnação, natural de Tapanhoacanga, com Jacintha Maria da Costa, filha legitima de João da Costa Coelho e de Josefa Maria de Moira, natural de Milho Verde.
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F. 10 = Em 30 de Janeiro de 1802 casou-se Joaquim Moreira Branco, filho legitimo de Domingos Moreira Branco e de Joanna da Conceição de Almeida, natural de São Jose do Rei [atual Tiradentes] e morador de Tamanduá, com Luiza Maria da Costa, filha legitima de João da Costa Coelho e de Josefa Maria de Moura, natural de Milho Verde. [A Historia de Itapecerica – MG está ligada `a de Tiradentes. `A epoca, Itapecerica chamava-se São Bento do Tamanduá].
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F. 11 = Em 28 de novembro de 1805, casou-se Custodio Alves da Costa, filho natural de Anna dos Santos da Trindade, com Josepha Theodora da Costa, filha legitima do falecido João da Costa Coelho e de Josefa Maria de Moura, esta natural do Milho Verde.
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F. 11 = Em 6 de novembro de 1808 casou-se Antonio da Costa Coelho, filho legitimo de João da Costa Coelho e Josefa Maria de Moura, natural de Milho Verde, com Quitéria Mendes Campella, filha natural de Antonio Mendes Campello e Maria Mendes Campella, natural de São Gonçalo.
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F. 4 v. = Em 13 de fevereiro de 1809 casou-se Manoel da Costa de Oliveira, filho legitimo de Manoel Rodrigues d’Oliveira e de Rosa Maria da Costa, natural da Tapera, com Luiza Mauricia da Silva e Moura, filha legitima de Pedro Ventura da Silva e Joanna Maria de Moura, natural de Milho Verde.
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F. 4 = Em 14 de fevereiro de 1809 casou-se Plácido Cesar de Andrade, filho legitimo de Julio Cesar de Andrade e Felisberta Francisca Xavier do Rego, natural de Paraúna, com Antonia Cassemira da Silva, filha legitima de Boaventura da Silva (deve ser Pedro Ventura da Silva) e Joanna Maria de Moura, natural de Milho Verde.
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F. 38 v. = Em 4 de Janeiro de 1815 – casou-se Manoel da Costa Coelho, filho natural de Joanna Coelho Ferreira, natural do Rio do Peixe, com Anna Rodrigues de Moura, filha natural de Maria Rodrigues de Moura, desta Villa.
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F. 41 v. = Em 1o. de julho de 1815 casou-se Joaquim Jose da Silva, filho legitimo de Pedro Ventura da Silva de Joanna Maria de Moura com Dorothea Maria da Conceição, filha legitima de João Pereira da Lomba e sua primeira mulher Izabel Teixeira Marques, ambos da Freguesia da Villa.
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F. 44 = Em 2 de setembro de 1815 casou-se Jose Esteves da Silva, filho legitimo de Pedro Ventura da Silva e de Joanna Maria de Moura, com Anna Angelica da Assumpção, filha natural de Francisca Mendes; ambos desta freguesia, aquele batizado no Milho Verde e esta na matriz.
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F. 46 = Em 21 de outubro de 1815 casou-se Luiz Fernandes Leão, filho legitimo de Manoel Jose Leão e de Anna Felizarda, batizado em Guanhaens, com Emerenciana Rosa do Espirito Santo, filha legitima de João Pereira da Lomba e sua primeira mulher Izabel Teixeira Marques, natural e batizada na matriz.
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F. 50 v. = Em 30 de agosto de 1816 casou-se Silvestre Pereira da Lomba, filho legitimo de João Pereira da Lomba e sua primeira mulher Izabel Teixeira Marques, batizado na Matriz, com Anna Ignez do Espirito Santo, filha legitima de Izidoro Rodrigues d’Oliveira e de Maria Theodora do Rosário, batizada em Guanhaens.
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F. 55 = Em 18 de fevereiro de 1817 casou-se Jose de Souza e Avila, filho legitimo de Jose de Souza de Azevedo e de Maria Joaquina da Conceição, com Anna Marques de França, filha natural de Maria do Carmo Rodrigues, esta da Villa e aquele de Peçanha.
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F. 74 v. = Em 4 de maio de 1833 casou-se Joaquim Pereira da Lomba, filho legitimo de Manoel Pereira da Lomba e sua mulher Simphorosa da Rocha Pinto, com Candida Maria do Espirito Santo, filha natural de Rosa Maria do Espirito Santo. Ambos desta freguesia.
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F. 76 v. = Em 16 de junho de 1833 casou-se Jose Jacintho dos Santos Barbosa, filho natural de Jacintha Rosa de Freitas, com Silvana Thereza de Jesus, filha legitima de Gonçalo Miranda Ferreira e Maria Candida da Silva. Ambos desta freguesia.
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F. 77 v. = Jose Moreira da Silva casa-se com Irene Candida Salvina de Lima, viuva de Felicio Nery, e aquele viuvo de Maria Thereza de Jesus.
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Faltam muitos assentos que todos de 1819 a 1833 quando Vigário o padre Manoel Joaquim Perpetuo.” LUIZ ANTONIO PINTO.
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Ate aqui pode-se confirmar que o alferes Luiz Antonio estava mesmo buscando organizar os dados por famílias. Pode ser que ele não tenha registrado muitos outros matrimônios porque tenha completado algumas genealogias com uns esqueminhas, rascunhos, que estão entre seus guardados no APM.
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Luiz Pinto demonstrava criatividade ao recordar algumas genealogias em forma de cursos d’agua. Por exemplo, dois córregos se juntavam, formando um casal. O curso que se seguia depois da fusão era um(a) filho(a), que se juntava a outro curso formando o proximo casal e resultando em filhos(as).
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Tenho alguns desses esquemas em um disquete que enviaram-me do APM. Mas atualmente está difícil encontrar aparelho que leia o cd, pois, ja foi uma tecnologia superada e que caiu no esquecimento.
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Nota-se que deveria haver mais livros no arquivo do alferes. Não se justifica ele ter feito uma leitura parcial dos 2o. e 3o. livros da Matriz do Serro e pular para o 4o. de Milho Verde. Outros membros das famílias devem ter seus matrimônios registrados no 1o. da Matriz e 1o., 2o., e 3o. de Milho Verde, alem de em outras freguesias.
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De qualquer forma, o que restou desse arquivo pode ajudar a muita gente!
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O professor Dermeval Pimenta, que tomou os estudos do alferes como base para o inicio da familia em Minas Gerais, menciona que o casamento de Manoel Vaz Barbalho e Josefa Pimenta de Souza estava registrado nas fls. 78 do Livro 1o. de casamentos da Matriz, folha 100 no 1o. de Itapanhoacanga e 6 v. no das Capellas Filiais. O casamento se deu a 18-9-1732.
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O professor menciona, nas paginas 253/254, que os dados estavam “conforme consta no arquivo do Alferes LUIZ ANTONIO PINTO.”
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O que não precisa necessariamente ser uma verdade completa. Não se sabe qual dos dois se enganou ao mencionar que Anna Pereira de Araujo teria sido esposa do Manuel de Aguiar.
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Em verdade, ela foi a primeira esposa do filho dele, Manoel Vaz Barbalho, com a qual teve pelo menos dois filhos: João e Juliano, em Diogo de Vasconcelos – MG, (1722-1723). Isso consta nos registros de batizados de ambos.
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Ao que parece, o livro 1o. não consta no arquivo que se encontra no APM. Pode-se verificar pelo prospecto do Inventario do Fundo Luiz Pinto, paginas de 42 a 44:
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LIVRO “HISTORIA VIVA DO MORRO DO PILAR”
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Antes de tudo, o Gabriel encontrou que a nossa ancestral COSMA DAMIANA, em parte dos documentos verificados, levava o sobrenome MATOS. Ela era “crioula forra”.
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A filha, Anna Joaquina Maria de Sam Jose, foi considerada “parda” no censo de 1830-1832 de Minas Gerais, em Itabira. Anna Joaquina foi esposa do Jose Vaz Barbalho e mãe dos filhos dele. Incluindo o tetravô Policarpo Jose Barbalho.
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O livro, produzido pelo INSTITUTO ESPINHAÇO, foi baseado especialmente na obra:
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“INDAGACOES E NOTICIAS SOBRE O MORRO DO GASPAR SOARES.”
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Essa obra foi escrita pelo Cônego ANTONIO VIEIRA DE MATOS, que era natural do Morro do Pilar, vigário local e contou sua história baseado no que ouviu de moradores mais antigos que ele. O livro foi publicado em 1921.
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O padre afirmou que a familia Matos era uma das mais antigas do Morro do Pilar cujos inícios se deram no romper do século XVIII. (pag. 07).
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A ancestral COSMA DAMIANA deve ter nascido entre 1740 -1750, aproximadamente. Isso porque foi mãe da Anna Joaquina por volta de 1764, que em 1832 foi contada com 68 anos de idade.
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Anna Joaquina consta nos documentos como nascida em Santo Antonio do Rio Abaixo, que fica nas proximidades do Morro do Pilar e era subadministrado por essa. Tudo ainda fazia parte da Vila do Principe, atual Serro.
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Por essas informações esperamos encontrar algum vínculo com os genes dos Matos. Anna Joaquina era filha “natural”, e o mais comum nesses casos era o pai ser um senhor branco, o que se verifica pela cor parda. Falta descobrir quem foi o senhor da COSMA DAMIANA para encontrar um suspeito.
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Lembrando que a origem do sobrenome em Morro do Pilar pode ter naturalidades diversas. Porém, uma das possibilidades seria serem descendentes de João Batista de Mattos, português que foi para o Brasil em meados do século XVII e casou-se com D. Michaela Pedrosa Bezerra, filha de Jeronymo Barbalho Bezerra e dona Isabel Pedrosa.
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Jeronymo foi suposto por Rheingantz ter sido irmão do Agostinho Barbalho Bezerra. E D. Isabel foi neta do cristão-novo Miguel Gomes Bravo. Seria mesmo esperado que os primos Barbalho e Mattos estivessem juntos na mesma área ja que o comum é parentes migrarem juntos e casarem entre si. Se foi assim, Jose Vaz e Anna Joaquina ja possuíam grau de parentesco.
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Na brochura, Historia Viva de Morro do Pilar, existem diversas informações que podem auxiliar aos genealogistas. Ha alguns quadros populacionais e se copia aqui um deles para ilustração:
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MAPA DE POPULACAO E FOGOS DA COMARCA DO SERRO FRIO – 1826.
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DISTRITOS FOGOS POPULACAO
Itambé do Mato Dentro 328 2.062
Traías 313 1.814
MORRO DO PILAR 424 1.807
Conceição do Mato Dentro 775 1.748
São Joaquim do Salobro 147 832
Córregos 191 831
Riacho Fundo 113 741
Paraúna 138 660
Congonhas do Mato Dentro 110 515
Tapera – 191
Total 2.528 11.195
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Quadro 5 – Fonte: Geraldo Dutra Morais, 1942, p. 206-207 [pag. 21, no livro]
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Na página 30 temos a informação de que foi morador do Morro do Pilar o Capitão Antonio Lourenço de Araújo. Talvez seja ancestral da tia Bebiana Lourença de Araújo. Pode ter sido avô dela, pois, faleceu antes de ela nascer.
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Na segunda linha da página 31 temos a informação de que havia o morador João Coelho Ferreira no Distrito de Mata Cavalos. Resta-nos saber se seria o mesmo alferes com o exato nome e que está na raiz ja decifrada da família NUNES COELHO com a origem em Itabira.
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Ha um de mesmo nome na obra do Luiz Pinto dizendo ter sido português. Resta saber se seria o mesmo João Coelho Ferreira.
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No final do 2o. parágrafo da mesma pagina: “Antonio Rodrigues da Rocha, casado com Maria de Jesus, moradores do Achupé.”
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Como o livro trata apenas generalizadamente do quadro de primeiros moradores da região, não foi mencionado nomes mais reconhecíveis por nos como membros, sem dúvidas, da família.
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Consideramos a presença do Antonio Rodrigues da Rocha como um atestado mais provável de que a parentela da ancestral Eugênia Rodrigues da Rocha realmente estava ai, desde o início da exploração do ouro. Resta saber qual seria o grau de parentesco entre Antonio e Eugênia.
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Ao que parece, Manoel Rodrigues da Rocha residia na Freguesia da Villa do Principe. O filho Manoel, o moço, natural da Villa do Principe, sabemos que vivia em Santo Antonio de Rio do Peixe, atual Alvorada de Minas.
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No Livro da Historia Viva do Morro do Pilar ha apenas uma menção aleatório de antigos moradores. A fonte foi o livro do Cônego Antonio Vieira de Matos que compilou muitos dados vitais dos personagens, diretamente dos livros eclesiásticos arquivados antigamente em Conceição do Mato Dentro.
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Caso se localize algum exemplar dessa raridade editada, pode ser que encontre-se dados vitais da Familia Coelho que ha muito buscamos e nunca encontramos. Como no índice feito pelo alferes Luiz Pinto, isso facilitaria a busca nos próprios livros eclesiásticos.
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Ao que parece, pela ausência da menção ao nome do alferes-de-milícias Jose Coelho de Magalhães, da a impressão de que ele realmente seria um estranho no ninho.
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Quem eram os poderosos eram os Rodrigues da Rocha e o alferes entrou na família pelo casamento com a Eugênia. Vamos aguardar maiores novidades e noticias em documentos que nos possam orientar melhor que nossas intuições.
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Não podemos duvidar, pela falta de informações mais precisas, que o Antonio Rodrigues da Rocha tenha sido irmão do Manoel Rodrigues da Rocha, o velho, e o verdadeiro pai da Eugenia, que seria prima e não irmã do Manoel, o moço.
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Apesar das tradições dizerem que a Eugênia foi irmã do Manoel Rodrigues da Rocha, estamos inclinados a admitir que ela foi filha mesmo do Antonio e de Maria de Jesus.
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Indicio forte para suspeitar-se disso está no fato de os filhos homenagearem os pais dando-lhes netos com seus nomes. E Antonio, junto com Jose, devem ser os nomes mais repetidos na família.
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Os Manoel so aparecem posteriormente, por motivos próprios de ramos agregados, como no caso do D. Manoel Nunes Coelho. D. Manoel teve tios com o mesmo nome dele.
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Começa-se a tradição com o Antonio Rodrigues Coelho (que o professor Dermeval enganadamente chamou de Coelho de Magalhães) filho da Eugênia; vindo em seguida o neto Antonio Rodrigues Coelho, filho do Jose Coelho da Rocha, e por ai vai.
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Infelizmente, os nomes devocionais como Maria de Jesus, sem um sobrenome complementar, ocultam a origem familiar das mulheres. Se acaso essa possível ancestral proceder da família Ribeiro, então, quase certo termos encontrado os pais da Eugênia Maria da Cruz (Rodrigues da Rocha na intimidade).
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Vamos deixar esse capítulo por aqui mesmo. Agora tenho acesso aos dados embutidos no cd, que contem os resumos genealógicos feitos pelo alferes Luiz Pinto, mas o material está difícil de ser lido. Caso consiga organiza-lo, mais tarde será compartilhado com os aficcionados da genealogia.
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PRIMEIROS POVOADORES DO MORRO DO PILAR DOS QUAIS HA NOTICIAS.
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Não se crê que o Gaspar Ferreira Soares tenha deixado descendentes em Morro do Pilar. O creditado fundador consta na obra de Silva Leme, tendo sido casado com Barbara Ribeiro e falecido em 1715, na Cidade de São Paulo.
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UMA LISTA DE PRIMEIROS MORADORES:
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Irmãos Manoel e Lucas Francisco
Manoel Velho Maciel
Domingos Martins Ferreira
Bernardo da Costa Oliveira
Francisco Alves de Oliveira
Francisco Alves Padrão
+ Antonio da Costa Ribeiro
+ Manoel de Souza Coelho
Antonio Pinto Ferreira
Antonio Lajes de Figueiredo
Manoel Tavares de Sampaio
Capitão Francisco Moreira Carneiro
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OUTROS POVOADORES RETIRADOS DO LIVRO DE OBITOS (1770-1788).
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DO MORRO DO PILAR
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Francisco Alves Saraiva
Vicente Francisco Leao ( + 27.11.1776)
Cel. D. Jose João de Heredia
Alf. Antonio Gonçalves Chaves (pardo + 2.1.1780) c. c. Joana da Silva Velha
Antonio Martins (28.05.1781), era port. c. c. Luiza Correia Pires
+ Anastacio Pereira c. c. Francisca Ribeira
Manoel Jose Vieira
Inacio Francisco da Costa
Jose de Lima Barros, port. (+5.2.1782) c. c. Micaela Teodora Felicia
João Ferreira Coimbra, pardo
Manoel Alves Couto
Manoel Pereira do Nascimento
+ Cap. Antonio Lourenço de Araújo c. c. Maria de Jesus
Francisca Moreira Carneira
Francisco Ferreira Passos
Antonio Francisco Samora
Domingos Antunes de Siqueira c. c. Joana Maria da Assumpção, pardos.
Manoel Godinho Ferreira Tavares (+ 4.1786)
+ Cap. Manoel Pinto Ribeiro
Antonio Alvares de Azevedo
Manoel Carneiro Famos (preto forro)
Cap. Inacio Dias Passos
Licenciado Antonio Botelho Silva
Francisco Frutuoso de Brito c. c. Quiteria Francisca Ferreira
+ Bernardo Ferreira Pontes c. c. Hilária Ferreira Araújo
+ João Vaz Magalhães
+ Felix de Araújo c. c. Maria Pinta da Silva
Jose Correia c. c. Maria Constança
Jose Leonardo c. c. Joaquina Rodrigues da Silva
+ Francisco da Costa Ribeiro c. c. Maria dos Anjos
Brás Jose de Oliveira c. c. Ana da Paixão (pardos)
Alf. Jeronymo Ferreira da Paz (+22.02.1788)
Jeronymo Ferreira, port. (+22.06.1788)
Ventura Barbosa de Oliveira, port. (+3.7.1788)
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DE MATA CAVALOS:
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Antonio Valadares (pardo) c. c. Maria Fernandes Porto
Manuel Oliveira Guerra, port. (+8.3.1783)
Manoel Rodrigues Tavares
Ventura da Costa Guimarães
Domingos Fernandes Pinto
+ João Coelho Ferreira (Na lista de Famílias Coelho no Brasil o alferes Luiz Pinto anotou: “João Coelho Ferra., port., Liv. 39o., Test., f. 63v.” Resta saber se seria mesmo esse nosso ancestral na linhagem Nunes Coelho.
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OUTRAS LOCALIDADES:
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Cap. João Francisco de Paiva (Santo Antonio do Rio Abaixo)
Antonio Teixeira Leão, port. (+20.02.1781)
Sarg.mor Antonio Martins Cruz (Rio Preto)
Alf. Pedro Aires Barbosa (+01.1786) era natural de Santos e morador no Córrego Espirito Santo, no Achupé
Vasco Fernandes Maltes c. c. Josefa Goncalves Martins, moradores de Ponte da Cachoeira.
+ Antonio Rodrigues Rocha c. c. Maria de Jesus, moradores do Achupé
Bras Nunes de Oliveira, de Ponte da Cachoeira
Manoel Rodrigues Tavares c. c. Maria de Souza, do Rio Preto.
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A partir desse ponto o livro descreve a genealogia dos Heredia, que eram procedentes da Ilha da Madeira, com inicio na Espanha. Os primeiros deles no Morro do Pilar foram o Capitão Roberto de Heredia Vasconcelos c. c. D. Ursula de Heredia Vasconcelos.
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No livro dele, o professor Nelson Coelho de Senna faz a menção de que seus bisavós: capitão João Coelho de Magalhães e Bebiana Lourença de Araújo eram primos carnais.
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Dando seqüência `a descrição da família, ele afirmou que o tenente Jose Querino (Jose Coelho da Rocha Ribeiro) e Emilia Brasilina Coelho, avós maternos dele, também eram primos.
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Acrescentou mais, informando que o ten. Jose Querino era assim apelidado porque havia sido criado pelo irmão mais velho: Quirino Teixeira Coelho.
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Abra-se então a possibilidade da descendência de Antonio da Costa Ribeiro e Manoel de Souza Coelho ter se casado, para em um segundo casamento com a descendência de Antonio Rodrigues da Rocha formar-se a combinação: Coelho da Rocha Ribeiro, no avô Jose do professor Nelson.
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O ten. Ze Querino, como toda a familia da Eugênia Rodrigues da Rocha com o alferes-de-milícias Jose Coelho de Magalhães, era natural do Achupé, antes de muitos se mudarem para Guanhães e outras paragens.
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Em caso de a Eugênia ter sido filha de Manoel Rodrigues da Rocha com a Germana Ribeiro, antes de ele ter se casado com a Clara Maria dos Santos ou do Bonfim, teremos por ai a possibilidade do vínculo carnal ser a assinatura Ribeiro e, quem sabe, associada ao Rodrigues da Rocha.
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Relembrando, não podemos descartar a hipótese de que o Teixeira Coelho do Quirino procedesse do Inocente Teixeira Coelho que, com sua esposa Josefa, foram testemunhas no casamento do Manoel Vaz Barbalho e Josefa Pimenta de Souza.
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O casamento se realizou em Milho Verde mas a familia do Manoel e Josefa ficou vinculada também a Itapanhoacanga (atualmente em Alvorada de Minas), Conceição do Mato Dentro e Santo Antonio do Rio Abaixo.
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Devemos nos lembrar que essas localidades e outras ficavam no circuito ou próximas `a Estrada Real. As pessoas livres tinham que circular pelo caminho ou ter contato com as pessoas que o percorriam para levarem uma vida “normal” de época.
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E algumas famílias, dependendo da profissão dos progenitores, se mudavam de tempos em tempos de um vilarejo desses para outros. Isso fazia com que os filhos tivessem casamentos mais diversificados e não endogâmicos como se davam em famílias sedentárias durante os séculos XIX e XX.
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Pode ser que tenhamos mais um Coelho (Teixeira Coelho ou Souza Coelho) em nossa genealogia, somando aos inúmeros que ja possuímos.
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Segundo o professor Nelson também, o tio-avô dele, Joaquim Coelho de Araújo, se casou com Maria Coelho se Souza. O que se espera é que ja fossem primos.
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E em razão dos fatos de que parentes costumam migrar juntos, possível vai ser que inúmeros dos povoadores com a assinatura Ferreira deverão ter sido parentes do fundador Gaspar Ferreira Soares.
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O mesmo se espera que o Ribeiro, que foi da esposa do Gaspar Soares, D. Barbara Ribeiro, venha a ser vinculado com essa tradicional família paulista. Mas nada se pode afirmar antes da verificação dos fatos documentados.
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NOTAS
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No capitulo 09 ha o nome no final Nelson Antonio Rodrigues Coelho. Trata-se apenas do Antonio. Nelson, que imagino ter sido a intenção do alferes Luiz Pinto anunciar o encontro ao professor Nelson de Senna, estava escrito `a margem.
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Quando publicado, o robot não obedeceu a margem e aglutinou os nomes. Como tem feito em relação a todos os textos longos, prejudicando a leitura.
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Logo após ao nome do Antonio vem o do Francisco Nunes Coelho. Seguindo abaixo o nome FRANCISCO DE PAULA COELHO DE MAGALHÃES, Livro 82o. f. 26.
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A ausência desse nome no capítulo 09 tratou-se de um engano do autor. Deve te-lo “comido” na compilação do material.
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Parece que houve outro Francisco de Paula Coelho de Magalhães que foi um dos administradores da Vila do Principe (Serro – MG) no inicio dos anos 1800s.
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Julgamos não ser o mesmo por causa do número do livro em que o testamento foi registrado, 82o. E está ao lado de pessoas que nasceram nos anos 1820-1840.
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Desconfiamos que o sobrenome Coelho de Magalhães esteja ligado ao do alferes-de-milícias Jose Coelho de Magalhães. Pode ser que o primeiro Francisco de Paula tenha sido filho do alferes Jose com a primeira esposa, Escolástica de Magalhães.
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Outro nome visualizado, na repassagem do cd no computador da Biblioteca Pública de Framingham, parece ter sido Bernardo Jose Coelho de Magalhães. Esse nome não está sendo visto no material traduzido do cd para o pdf.
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Numa passagem rápida no sitio do APM, encontra-se o nome Bernardo Jose Pereira de Magalhães. Era sargento-mor e trabalhou por mais de 40 anos na intendência da Vila do Principe, e solicitou aposentadoria em 1804 por estar doente.
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Na passagem ha menção apenas ao nome do filho Jose Pereira da Fonseca que o substituiria. Se acaso tiver sido casado com alguma Coelho, poderiam ter sido pais de um Bernardo Jose Coelho de Magalhães. Mas isso não garante que o Coelho fosse o mesmo nosso.
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Se o nome Bernardo Jose Coelho de Magalhães existiu, porém, pode ser uma revelação da origem do nosso alferes. Isso porque houve o casal Bernardo Antonio Pinto de Mesquita e Anna Josefa de Magalhães Pinto, em Portugal, que foram pais de um Jose Coelho de Magalhães.
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Seria o mesmo antepassado no Brasil?! Seria o Bernardo Jose um filho desse com a primeira esposa, dona Escolástica de Magalhães?!
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Antes, pensamos que tivéssemos encontrado nosso ancestral, pois, parece que esse Jose não se casou em Portugal e não havia no sitio onde foi descoberto uma sequência contendo descendência.
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A lógica imediata seria a de que mudou-se para o Brasil. E a familia construída pode ter sido aquela de Achupé e Guanhães.
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No aguardo de nova visita `a Biblioteca. Mas pode ser apenas um engano de leitura.
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Torna-se de renovado interesse o inventário do português, Cap. Mor Bernardo dos Santos Carvalhaes de 1794. Por essa época nasceu Antonio dos Santos Carvalhaes que, em 1832 e Sabinópolis, aparece no censo com sua esposa Joanna Delfina do Espirito Santo.
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Quase certo que Antonio e Joana foram antepassados dos Pereira do Amaral e Coelho do Amaral em Virginópolis. Esse português Bernardo pode ser o ancestral comum entre os dos Santos Carvalhaes de Sabinópolis e os de Rio Vermelho/ Materlândia.
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E nessa encruzilhada talvez os que descendam tenham mais um Coelho para compartilhar. Na lista de Famílias Coelho no Brasil o alferes Luiz menciona ao Bento Antonio Coelho, port. com testamento no 11o. Livro, `a f. 231. `A frente do nome escreveu “Queirozes”. (Bento teve inventário aberto em 1762).
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Supõe-se que Quitéria Rosa de Jesus, esposa que foi de João Pereira do Amaral, tenha sido Queirós.
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Esses deverão ser confirmados como pais de Joaquim Pereira do Amaral c. c. Maria Rosa do Espirito Santo, e ela deve ser confirmada como filha do Antonio Carvalhaes e Joana Delfina do Espirito Santo. Joaquim e Maria Rosasãoos patriarcas maiores da familia Pereira do Amaral emVirginópolis.
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As reticências são apenas para garantir que o texto não será aglutinado pelos robots.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Hoje, 29.03.2022, retornei `a biblioteca para conferir o cd e verificar se encontraria o nome Bernardo Jose Coelho de Magalhães e não encontrei. Algo de se rir, pois, deve ter sido uma premonição em relação ao nome.
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Se não a tivesse, talvez jamais ficaria sabendo da existência do Bernardo Jose Pereira de Magalhães. E ai abre-se a possibilidade de ter havido a pessoa que não encontrei, mesmo que não seja parente imediato.
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Outros detalhes interessantes. Pensamos ser digno de investigação. Mas não podemos garantir um fundamento irrefutável das hipóteses que levantaremos a partir de agora.
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Vamos la. Primeiro temos que nos lembrarmos que a versão genealógica levantada pelo professor Nelson Coelho de Sena tem seus enganos pontuais, mas podemos considera-la com boas intenções e informações.
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Ele deixou transparecer que a fonte para as raizes da familia Coelho, descrita por ele, se baseava em antiga crônica da familia dizendo que procedia de Manuel Rodrigues Coelho, rico homem e de muitos cabedais. Mas não podia afirmar se Manuel seria pai ou avô do alferes-de-milícias Jose Coelho de Magalhães.
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Pelo que temos estudado, se foi, deve ter sido avô e não pai. Ai fica a situação de sabermos o nome do possível avô e não termos pistas a respeito do nome do pai. Mas uma pista ressalta aos olhos nas listas produzidas pelo alferes Luiz Antonio Pinto.
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Na lista denominada: FAMÍLIAS – COELHO – NO BRASIL, cap. 09, encontra-se o nome de João Coelho de Magalhães. No primeiro impulso associamos o nome ao bisavô do professor Nelson embora, ha muito, com uma pulga-atras-da-orelha.
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Acontece que, se verificarem a lista no capítulo 09, pode-se observar que o alferes Luiz Pinto organizou a lista segundo a sequência de livros nos quais encontrou as referências aos nomes. E João Coelho de Magalhães consta estar no livro 20o.
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O bisavô do professor Nelson faleceu em 1879. Ao fim da lista vemos a presença de dona Maria Coelho da Silveira (o alferes teve dúvida quanto a ser Silva (e a dúvida atual é se seria Linhares ou Silveira, sem querer entrar nos detalhes). Alem de aponta-la com residência em Peçanha.
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D. Maria Coelho da Silveira (ou Linhares) foi a esposa do capitão Ildefonso da Rocha Freitas. Eles estavam entre os primeiros brancos a habitarem terras então administradas por Peçanha, fazendo parte do todo da Vila do Principe, e doaram as terras para fundação do Arraial de São João Novo, atual São João Evangelista. De fato, foram os fundadores.
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Eles fizeram o testamento conjunto, datado de 1872, sendo que o capitão Ildefonso faleceu em 1873, enquanto o Arraial foi iniciado pelos filhos em 1875. O testamento dos fundadores consta no livro de testamento 86o.
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Se o João Coelho de Magalhães, bisavô do professor Nelson, que faleceu em 1879 tivesse feito o seu testamento, ele deveria estar registrado no mesmo livro, ou no seguinte. O inventário dele foi realizado em Guanhães e não consta que houvesse testamento.
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Por estes fatos, levanta-se a hipótese da possibilidade de o João Coelho de Magalhães do livro 20 ter sido o pai do alferes-de-milícias Jose Coelho de Magalhães. Alias, o professor Nelson mesmo pensava que pai e filho houvessem chegado juntos ao Brasil, vindos de Portugal, onde eram nascidos.
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Havemos que ficar atentos para esses fatos. E quem tiver a oportunidade de verificar, precisa verificar esse testamento e quiça um inventário.
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Pelos meus cálculos, o testamento de João Coelho de Magalhães deve ter sido registrado antes de 1760. Mas não tem como precisar uma data exata.
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Ha outros candidatos a pais do alferes-de-milícias Jose na lista de primeiros moradores de Morro do Pilar. Eles seriam Manoel de Souza Coelho e João Vaz de Magalhães.
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Pode parecer estranho para nos na atualidade os sobrenomes um pouco diferente mas poderiam inclusive terem sido irmãos do primeiro João Coelho de Magalhães.
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Um exemplo semelhante está no nome do Manoel Vaz Barbalho que era filho de Manuel de Aguiar e Maria da Costa Barbalho. E ele teve irmãs que assinavam da Costa, Aguiar Barbalho e inclusive Dias.
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Naquele tempo, poucos eram os sobrenomes fixos. As pessoas recebiam os nomes de batismo, que eram o nomes singulares como: Maria, Antonia, Jose, Francisco etc. Depois escolhiam os sobrenomes. Podiam tanto imitar os pais quanto homenagear antepassados que poderiam ser avós, bisavós e outros.
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Por isso, na familia de Manuel e Maria deve existir antepassados Vaz e Dias dos quais por enquanto ainda não temos noticias.
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Voltando ao Manoel de Souza Coelho e ao João Vaz de Magalhães, cada um deles tem pelo menos dois nome/sobrenome que são comuns na Familia. Vaz e Souza podem ter vindo pelo lado materno. Caso o Manuel Rodrigues Coelho tenha sido o pai e, nesse caso, não sabemos quem teria sido a mãe.
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Por outro lado, o João Vaz de Magalhães pode ter sido o filho, João, do Manoel Vaz Barbalho com a primeira esposa dele: Anna Pereira (ou da Costa) de Araújo. Eles tiveram o filho João batizado em 05.06.1722, na atual cidade de Diogo de Vasconcelos, MG.
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Em 27.06.1723 batizaram o filho Juliano no mesmo local. Dai por diante não se tem ainda noticias da Anna ou dos filhos. Exceto que, em 1732, no segundo casamento o Manoel era viúvo que ficou de Anna Pereira de Araújo.
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Deram o sobrenome Pereira em um e da Costa em outro batizados dos filhos da Anna. E pode ser que ela ou o Manoel tenham tido avós, ou pais no caso dela, com a assinatura Magalhães. Dai o João, se foi o caso, poder ter escolhido o Vaz do pai e Magalhães de um dos avós.
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Mas tudo aqui tem que ser considerado como hipótese.
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Inclusive pode-se lançar-se mais essa. O João Vaz Magalhães poderia ter sido filho do Manoel e Anna e pai ou avô da Eugênia, esposa do alferes-de-milícias Jose Coelho de Magalhães.
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Embora ja tenhamos levantado hipóteses considerando a Eugênia filha do Manoel ou do Antonio Rodrigues da Rocha, o João poderia ter se casado com alguma irmã deles e a Eugênia ter adotado o sobrenome da mãe.
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Ou, ainda, o João e tal suposta irmã terem sido pais da Maria Rodrigues de Magalhães Barbalho. Assim podendo ressuscitar a suposta união dessa com o Giuseppe Nicatsi da Rocha, podendo assim nascer a Eugênia Rodrigues da Rocha, que homenagearia seus ancestrais maternos no sobrenome.
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O João poderia com folga ter sido pai da Maria a partir de 1742; a Maria mãe da Eugênia ate por volta de 1765 e a Eugênia mãe do Jose Coelho da Rocha em 1782.
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Isso explicaria a afinidade entre os Coelho e os Barbalho com um grau de parentesco, alem da presença do nome Eugênia, ja que o Manoel Vaz Barbalho teve a irmã cujo nome era Eugênia da Costa.
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Antes de concluir por qualquer hipótese, esperemos que os papeis com os fatos reais sejam encontrados e mesmo que estejamos enganados em nossos raciocínios que a verdade prevaleça.
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BARBALHO, PIMENTA E, TALVEZ, COELHO, DESCENDENTES DO REI D. DINIS

September 11, 2012

BARBALHO, PIMENTA E, TALVEZ, COELHO, DESCENDENTES DO REI D. DINIS

 

CONTEÚDO DESTE BLOG – ALL CONTENTS
01. GENEALOGIA
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https://val51mabar.wordpress.com/2013/01/17/a-heranca-furtado-de-mendonca-no-brasil/
02. PURA MISTURA
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03. RELIGIAO
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04. OPINIAO
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05. MANIFESTO FEMININO
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06. MISTO
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07. POLITICA BRASILEIRA
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https://val51mabar.wordpress.com/2010/05/26/politica-futebol-musas-e-propaganda-eleitoral-antecipada-obama-grandes-corporacoes-e-imigracao/
08. IN ENGLISH
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https://val51mabar.wordpress.com/2015/12/23/aliens-conspiracies-disappeared-treasures-and-dominance/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/06/02/the-nonsense-law/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/08/21/13-stars-woman/
https://val51mabar.wordpress.com/2011/10/05/the-suicidal-americaa-america-suicida/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/08/25/100-reasons-to-amnesty-the-undocumented-workers-in-united-states/
https://val51mabar.wordpress.com/2009/09/25/about-the-third-and-last-testament/
https://val51mabar.wordpress.com/2009/09/12/the-third-and-last-testament/
09. IMIGRACAO
https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/o-que-ha-de-novo-no-assunto-migracao/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/06/17/imigracao-sem-lenco-e-sem-documento-o-barril-transbordante-de-injusticas/
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BARBALHO, PIMENTA E, TALVEZ, COELHO, DESCENDENTES DO REI D. DINIS

CONTEUDO

O SOBRENOME COELHO
O SOBRENOME BARBALHO
O SOBRENOME PIMENTA DE CARVALHO
LISTA DE DOCUMENTOS QUE PRECISAMOS
MAIS RECENTES NOVIDADES DA FAMILIA BARBALHO

Aos interessados na genealogia das familias Barbalho, Coelho, Pimenta e outros.

Farei um relatorio em funcao dos novos achados e apontarei acoes que poderao ajudar-nos a remover as lacunas ja identificadas para confirmarmos a nossa ascendencia em personalidades historicas do Brasil e de Portugal.

Comecarei por apontar tais lacunas em relacao ao sobrenome Coelho. E logo passarei ao sobrenome Barbalho porque o que for encontrado em relacao a este sera, provavelmente, valido para aquele.

Segundo os estudos do professor Demerval Jose Pimenta, em seu livro: “A Mata do Pecanha, sua Historia e sua Gente”, temos uma sequencia genealogica assim formada para o ramo Coelho:

O SOBRENOME COELHO

(? 173.) Maria Rodrigues de Magalhaes Barbalho – Giuseppe Nicatsi da Rocha
(? 1759) Eugenia Rodrigues da Rocha – alferes Jose Coelho de Magalhaes
1782 capitao Jose Coelho de Magalhaes (ou da Rocha) – Luiza Maria do Espirito Santo
1824 Eugenia Maria da Cruz (Coelho) – capitao Francisco Marcal de Magalhaes Barbalho

Na data provavel em que Maria Rodrigues de Magalhaes Barbalho nasceu havia um casal na regiao do Serro/Conceicao do Mato Dentro, cujos nomes foram Manoel Vaz Barbalho e Josepha Pimenta de Souza. Eles sao candidatos a pais daquela. Porem nao ha como, pelos dados que temos, explicar a presenca do sobrenome Magalhaes no nome dela. Os nomes dos pais de Eugenia Rodrigues foram sugestoes posteriores `a publicacao do livro do professor Demerval em 1966, onde nao constam. Nao sei dizer a origem.

Existem sugestoes, inclusive deixado em escrito pelo professor Nelson Coelho de Senna, que o pai do portugues e alferes Jose Coelho de Magalhaes se chamaria Manoel Rodrigues Coelho. Este foi uma pessoa importante no Ciclo do Ouro em Minas Gerais, possuindo exploracao de minas de ouro e ocupando, em 1719, o cargo de “tesoureiro da Villa Rica”, atual Ouro Preto.

E tambem contribuiu com fartas quantias em dinheiro para a construcao do Santuario de Bom Jesus de Matosinhos, iniciado em 1757, em Congonhas do Campo. Porem, a hipotese de haver relacao de pai e filho entre eles nao se sustenta porque Manoel Rodrigues Coelho ja seria idoso, era residente em Minas Gerais e o Jose Coelho de Magalhaes teria nascido em Portugal, por volta de 1750.

A unica possibilidade para a relacao filial ter havido seria a de que o alferes fosse brasileiro. O que nao eh uma impossibilidade, mesmo a tradicao afirmando ele ser portugues. Posso lembrar que nossas tradicoes afirmaram por muito tempo que o nosso ancestral Policarpo Jose Barbalho era nordestino e os documentos revelaram que nasceu na atual Santa Rita Durao, distrito de Mariana, em Minas Gerais.

Sao irmaos de Eugenia Maria da Cruz e que deixaram descendencia: Francisca Eufrasia de Assis, Jose Coelho da Rocha (Neto), Joao Batista Coelho e Antonio Rodrigues Coelho. Maria Luiza (Nha Moca) e Ana Maria (Nha Ninha) nao se casaram. Antonina faleceu crianca.

1. Acredito que para solucionar as hipoteses de ascendencias seria ideal encontrarmos o registro de casamento do alferes Jose Coelho de Magalhaes e Eugenia Rodrigues da Rocha. Geralmente o documento menciona os nomes dos pais e dos avos dos nubentes. Tambem eh comum mencionarem a procedencia deles, o que facilitaria uma busca posterior caso necessario. Embora ha mencao de que os filhos nasceram em Morro do Pilar, antigo Morro do Gaspar Soares, os registros devem encontrar-se nos Arquivos em Conceicao do Mato Dentro.

Pelo lado Coelho, somente apos encontrarmos tal documento, ou outro que ofereca os dados em consideracao, teremos seguranca em afirmar quem nos legou o nome de Familia Coelho. Nome este que eh considerado como familia dominante na regiao de Guanhaes embora a familia seja o resultado da mistura com diversos outros sobrenomes.

Pode ser que haja uma forma indireta de negar (ou confirmar) que o alferes Jose tenha sido filho do Manoel Rodrigues Coelho. Devido a importancia dele e da opulencia de bens que acumulou durante o Ciclo do Ouro, imagino que tenha se tornado tronco de familias destacadas na sociedade mineira colonial e imperial. Neste caso, o conego Trindade deve ter registrado a descendencia dele no seu livro: “Velhos Troncos Mineiros”. Entao, teriamos que encontrar o alferes Jose Coelho de Magalhaes (ou, pelo menos, Jose Coelho da Rocha) entre seus filhos ou netos. Se nao o encontrarmos saberemos que pertencera a ascendencia diversa.

Contudo, nao se descarta a possibilidade de a Maria Rodrigues de Magalhaes Barbalho constar entre os filhos ou netos do Manoel Rodrigues Coelho. Os sobrenomes atribuidos a ela faziam parte da sociedade presente em Congonhas do Campo, cidade em que o Manoel Rodrigues Coelho deve ter mantido residencia, porque esta tornou-se refugio dos ricos, fugindo das tribulacoes da, entao, capital Vila Rica.

O SOBRENOME BARBALHO

Quanto ao sobrenome Barbalho, pensei que recentemente houvesse encontrado as respostas mais provaveis para a nossa genealogia. Contudo existem controversias que precisam ser resolvidas para garantir que nao venhamos a cometer erros de identificacao por desejarmos ser descendentes de quem nos pareca “mais bonito” e nao de quem realmente somos. Assim, o que temos como hipotese ate o momento eh o exemplo de sequencia abaixo. Ai veremos que ate mesmo o sobrenome Coelho esta posto em duvida por catedraticos que nos apontam ancestrais diversos do que nos foram trazidos pelos nossos familiares. Vejamos a sequencia:

1824 Francisco Marcal de Magalhaes Barbalho – Eugenia Maria da Cruz (Coelho)
(? 1780) Policarpo Jose Barbalho – Isidora Francisca de Magalhaes
(? 1740) Jose Vaz Barbalho – Anna Joaquina Maria de Sao Jose (ou Sam-Jose)
1735 (hipotese) Policarpo Jose Barbalho – esposa nao identificada
Manoel Vaz Barbalho – 1716 Josepha Pimenta de Souza
Maria da Costa Barbalho – Manoel Aguiar (viuvo de Ana Pereira de Araujo)
Paschoa Barbalho – Pedro da Costa Ramiro
(hipotese) Agostinho Barbalho Bezerra – Brites ou Beatriz de Lemos
Jeronimo Barbalho Bezerra – Izabel Pedroso (ou Pedreira)
Luiz Barbalho Bezerra – Maria Furtado de Mendonca (hipotese em relacao `a mae)

Ha aqui que expor a sequencia de ancestrais a partir de Josepha Pimenta de Souza. Tenho descoberto coisas novas a respeito deles, porem, teremos que rever os dados encontrados pelo professor Demerval Jose Pimenta para comprovarmos a versao posta por ele no livro. Sao eles:

1716 Josepha Pimenta de Souza – Manoel Vaz Barbalho
1691 Belchior Pimenta de Carvalho – parceira nao revelada
Belchior Pimenta de Carvalho – Francisca de Almeida
1610 Manoel Pimenta de Carvalho – Maria de Andrade (possivelmente Andrada)

As contestacoes comecam a partir do casal Francisco Marcal e Eugenia Maria da Cruz. Ha algum tempo atras o pesquisador Odon Jose de Magalhaes Barbalho encontrou a “Relacao de Bispos Brasileiros de 1551 a 1952 – Sfreinobreza.com”, via google, no endereco eletronico: http://www.sfreinobreza.com/eclesiasticobispos02.htm. Ali encontra-se uma pequena genealogia do bispo D. Manoel Nunes Coelho, simultaneamente neto das irmas: Francisca Eufrasia de Assis (paterno) e Eugenia Maria da Cruz (materno).

Contudo contem umas informacoes que considero distorcidas naquela pequena genealogia ali apresentada. Afirma-se que Eugenia Coelho (Maria da Cruz) seria ” Filha de João Coelho da Rocha e de Luiza de Magalhães.”.

Nos nao temos duvida quanto ela ter sido filha do Jose Coelho de Magalhaes “Filho”, mais conhecido como Jose Coelho da Rocha, fundador e um dos primeiros moradores de Guanhaes, e de sua esposa Luiza Maria do Espirito Santo. No livro: “Arvore Genealogica da Familia Coelho”, editado em 1979 por nossa prima Ivania Batista Coelho encontram-se todos os dados para comprovacao deste fato. Alem disso, na propria capa do livro apresenta-se o esboco de uma foto que esta publicada na pagina 10.

A foto deve ter sido tirada no maximo em 1870 e traz os filhos vivos do casal capitao Jose e Luiza Maria. Eugenia eh a primeira dos que se encontram em pe. Portanto, nao ha porque duvidar desta informacao. Alem do mais, em 1979, data da publicacao do livro, ainda estavam vivas pessoas que conheceram, senao todos, pelo menos o Antonio Rodrigues Coelho que viveu ate 1910. A Ivania fez a foto circular antes da publicacao e tivemos a oportunidade de ve-la nesse tempo.

Entre os vivos posso citar a neta Vita de Magalhaes Barbalho, nascida em 1887 e falecida 99 anos depois. Marina Coelho de Oliveira, que foi popularmente conhecida como “tia Nenen”, nascida em 1883 e falecida 101 anos depois. Outra neta: Maria Magalhaes, mais conhecida como “Maricas” era mais nova, nasceu em 1899 e faleceu outros 99 anos depois. Alem disso haviam o testemunho de dezenas de pessoas que conheciam os fatos por meio de conhecer os personagens como avos e que teriam reclamado caso as identificacoes no livro da Ivania estivesse incorretas.

Contudo, ha o fato recente que obriga-me a voltar a esse assunto. Eh que encontrei no site: “books.google.com.br” uma sinopse do “Anuario Genealogico Latino: Volume 4”. Eu estava buscando “Genealogia Barbalho”. E o que a sinopse dizia era isso: ” pais de: IV – Miguel Nunes Coelho. c. c. d. Ambrosina Magalhaes Barbalho, filha de Francisco Marcal Barbalho e de d. Eugenia Coelho; n. p. de Policarpo Barbalho e de d. Genoveva … Ver sua biografia na “Revista Genealogico Latina.”” A data do Anuario eh de 1952. Miguel Nunes Coelho foi filho da Francisca Eufrasia de Assis (Coelho) e do tenente Joaquim Nunes Coelho.

O mesmo erro pode ser comprovado no Sfreinobreza.com. O mais provavel eh que um tenha copiado do outro e ambos copiaram de terceiros. Talvez o autor dos enganos tenha sido o conego Trindade. Foi autor de muitas genealogias, inclusive escreveu a genealogia mineira mais conhecida: “Velhos Troncos Mineiros”. O conego Trindade escreveu: “Historia dos Bispos Mineiros”, que deve ter incluido o bispo D. Manoel Nunes Coelho, pois, era bispo `a epoca e nasceu apenas um ano depois do conego.

Nos dados a respeito da Familia Barbalho no site Family Search e comprovados nos Autos de Genere do padre Emigdio de Magalhaes Barbalho temos que Policarpo Jose Barbalho foi casado com Isidora Francisca de Magalhaes. E tiveram os filhos: Joao, Genoveva, Emigdio, Maria e Lucinda. A relacao de filhos dele que encontramos no livro da Ivania foi: Emigdio, Jose, Francisco Marcal, Lucinda e Manoel. Ela nao conseguiu encontrar o nome da esposa. E, ao que parece, os irmaos foram lembrados por serem os mais novos e de alguma forma devem ter mantido contato entre si, mesmo apos a dispersao da familia.

Sabemos que o padre Emigdio e Francisco Marcal foram residentes em Guanhaes. Suspeita-se que o Jose nao tenha sido porem ele enviou para la a filha Sinh’Anna, por esta ter engravidado em Itabira. Em Guanhaes ela tornou-se mae de Joao Batista de Magalhaes, que o conhecemos por “tio Joaozinho”. Este casou-se com sua prima em segundo grau, Candida de Magalhaes Barbalho (conhecida como Sa Candinha), fa. de Francisco Marcal e Eugenia.

Somente recentemente ficou evidente um dos motivos pelo qual o nome da Lucinda ficou na memoria da familia. Ela foi batizada em 10.07.1824. A data de nascimento que tinhamos do Francisco Marcal eh de 30.06.1824. Essa diferenca de 7 dias sugere um nascimento gemelar. Porem, fica sem explicacao o fato de o Family Search ter microfilmado o registro de batismo dela e nao o dele. Alias, nao tinham o registro do pe. Emigdio antes do documento dele “De Genere Et Moribus” ser encontrado. Parece que nao tinham ou haviam escolhido nao publicar os registros masculinos.

Em funcao de existirem estes apontamentos genealogicos, mais provavelmente incorretos, em publicacoes prestigiosas, torna-se necessario comprovarmos as paternidades de nossos ancestrais Francisco Marcal e Eugenia Maria da Cruz. O documento ideal que resolveria as duas questoes ao mesmo tempo seria o registro de casamento dos dois. O casamento deles deve ter se dado entre 1845 e 1848, em Guanhaes. Epoca em que a Frequesia pertenceu a Conceicao do Mato Dentro. O mais provavel eh que tal registro esteja nesta ultima cidade.

Outro documento que poderia resolver a questao da paternidade do Francisco Marcal e outras questoes seria o: “Autos de Genere et Moribus” do pe. Policarpo Jose Barbalho. Sabemos que ele ordenou-se apos ficar viuvo. Viuvez essa que se deu antes de 1838. Mas que a ordenacao se deu apos 1845, quando aconteceu a ordenacao do pe. Emigdio. O filho tornou-se padre mais velho que o pai.

O documento do pe. Policarpo, que deve encontrar-se em Mariana – MG, podera ter sido iniciado antes de 1808, quando Policarpo e Isidora Francisca se casaram. Nossas tradicoes dizem que ele era seminarista antes de casar-se. E concluiu o seminario apos enviuvar. Acredito que por tratar-se da ordenacao de uma pessoa que ja fora casada deveremos encontrar alem da genealogia pregressa ate aos avos pelo menos, como foi feito no caso do pe. Emigdio, tambem havera a inclusao da descendencia.

Neste caso teriamos, pelo menos, a citacao dos nomes dos filhos. Talvez a citacao de nomes de conjuges dos que ja fossem casados e, ainda, de netos que ja haviam comecado a nascer.

O documento “De Genere Et Moribus” do padre Emigdio de Magalhaes Barbalho revelou-nos que o padre Policarpo Jose Barbalho foi filho de Jose Vaz Barbalho e Anna Joaquina Maria de Sam-Jose (ou Sao Jose). O sobrenome Vaz Barbalho no nome do pai nos induz a crer que tenha sido, entao, neto do Manoel Vaz Barbalho e Josepha Pimenta de Souza. Contudo, sem um documento comprovando nao ha como ter certeza porque naquela epoca os sobrenomes nao eram fixos. Geralmente, os filhos decidiam assinar sobrenomes que melhor lhes convinham. Geralmente eram nomes de ancestrais como avos e bisavos. Por isso os sobrenomes de irmaos quase nunca coincidiam uns com os outros.

Ja no caso das mulheres o assunto era mais complicado ainda. Algumas optavam por homenagear os santos de suas devocoes e nao os ancestrais. Este eh o caso da Anna Joaquina Maria de Sam-Jose. Talvez nao encontremos nenhum destes nomes nos pais dela. Como se pode ver, o nome dela refere-se `a genealogia de Jesus, ou seja, Sant”Anna e Sao Joaquim eram os pais de Santa Maria que foi a esposa de Sao Jose. Somente os documentos poderao revelar a familia a qual ela pertencia.

Resolvi incluir na sequencia genealogica acima um intermediario entre Jose Vaz Barbalho e Manoel Vaz Barbalho. Isso porque o Family Search tem publicado fichas referentes ao filho do Manoel e Josepha, Policarpo Joseph Barbalho. Este primeiro Policarpo nasceu em 1735 e a data esperada para o nascimento do padre Policarpo eh por volta de 1783. Neste caso ha a possibilidade de o Jose ter sido filho diretamente do casal ou sido neto dele. Ha espaco de tempo habil para ambas as possibilidades terem acontecido (nao simultaneamente).

Mas era raro acontecer um homem naquela epoca comecar uma primeira familia apos os 40 ou mais anos de idade. Geralmente isso acontecia com os viuvos, no caso de uma segunda familia. E os registros dos filhos do Policarpo Joseph Barbalho em Gravatai – RS se dao apos 1780. Nao ha como garantir que uma opcao ou outra seja a mais verdadeira.

Outro abacaxi que o professor Demerval Jose Pimenta deixou para a gente descascar eh a passagem da geracao do casal Jeronimo Barbalho Bezerra e Izabel Pedreira (ou Pedroso) e d. Paschoa Barbalho. Ele afirmou que esta era neta daquele mas nem mesmo sugeriu quem poderiam ser os pais dela. Ele menciona apenas que: “era casada com PEDRO DA COSTA, no Rio de Janeiro, em 19 de janeiro de 1668.” (pagina 252).

Domingo, 17 de setembro de 2012, encontrei mais uma pequena informacao a respeito do casal. As informacoes se encontram no endereco: http://www.ub.edu/geocrit/sn/sn-218-32.htm e derivados. Eh um estudo com o titulo pomposo de: “Um quebra-Cabeca (Quase) Resolvido: Os Engenhos da Capitania do Rio de Janeiro, Seculos XVI e XVII.” Foi financiado pelo CNPq e eh de autoria do professor Mauricio de Almeida Abreu, da UFRJ. Parece que estao tentando fazer uma recuperacao de dados semelhantes `as que foram feitas em relacao aos engenhos acucareiros de Pernambuco.

O assunto do estudo tem pouca coisa a nos acrescentar. Porem, por pura coincidencia, o segundo quadro postado no trabalho foi um exemplo que o autor escolheu aleatoriamente para explicar as formas de passagem dos engenhos de uns donos para outros. Na data de 1684 descreve-se a venda de metade da propriedade (Engenho de Sao Bento, no Mutua, Sao Goncalo – RJ) a Pedro da Bessa. Porem, a partir de 1686, informa-se que o nome do novo dono era Pedro da Costa Ramiro. Ja a anotacao de 1702 informa ser dona do mesmo: Paschoa Barbalho, viuva de Pedro da Costa Ramiro.

Por ai pode-se concluir que, em primeiro lugar: existiu um casal formado por Paschoa Barbalho e Pedro da Costa como esta proposto no livro do professor Demerval. Segundo, que o nome completo do marido foi Pedro da Costa Ramiro. Embora nao se possa descartar a hipotese de o ultimo nome ser Bessa, e Ramiro ser o apelido pelo qual ele fosse mais conhecido. Por exemplo ele poderia chamar-se Pedro da Costa Bessa e ser filho de algum Rodrigo Bessa, o que justificaria o uso do Ramiro no final como sendo: “filho do”.

A verdade eh que o sobrenome Ramiro existe e eh bastante popular na Espanha e suas antigas colonias. E nao muito tempo antes de 1668, data de casamento de Paschoa e Pedro, o Brasil esteve nas maos da Espanha, sendo que alguns colonos espanhois foram para o Brasil. Exemplo disso foram os irmaos Rendon, que deram nome ao Titulo Rendons, nas genealogias paulistanas.

Outras informacoes interessantes sao que a propriedade ficava em Sao Goncalo, lugar onde, segundo as inferencias historicas, tambem se achava a Fazenda do Bravo, cujo dono foi Jeronimo Barbalho Bezerra, o suposto avo de d. Paschoa. Fica tambem nas proximidades a Fazenda de Sao Mateus, cujo fundador foi Joao Alvares Pereira, o pai de d. Brites ou Beatriz de Lemos, esposa de Agostinho Barbalho Bezerra, o dito: “filho do governador Jeronimo Barbalho Bezerra”. Parece que todas as pecas estao se juntando. E as respostas `as nossas questoes poderao ser encontradas nos registros mais antigos de Sao Goncalo.

Ha aqui outro significado importante para a nossa familia. Quando encontrei os dados da Familia Barbalho desde Pernambuco, a familia ja estava envolvida na producao de acucar desde os tempos em que Duarte Coelho Pereira era o Capitao-Mor daquela Capitania. Passando para o Rio de Janeiro a familia se manteve na mesma atividade, que perdurou por mais de 150 anos de residencia no Brasil. Teremos que rastrear a vida dos ancestrais posteriores a D. Paschoa Barbalho, porem, eh bem provavel que a familia tenha se mantido nesta atividade ate Trajano (Cista) de Magalhaes Barbalho. Mesmo que em menor escala, com a producao de rapadura, ou seja, acucar mascavo.

[Tentei adiantar alguma coisa em relacao `a familia Bessa e busquei por ela no Rio de Janeiro. Nada encontrei que pudesse vincular-nos a eles. Faltam inclusive informacoes a respeito deles na internet. Mas encontrei site dedicado `a familia com alegacoes de que descenderiam de D. Lopo Dias de Haro. Haro foi familia de alta nobreza basca. Frequentemente a vemos envolvida nas misturas genealogicas medievais. E o site alegava que D. Lopo foi casado d. Urraca Alfonso de Leon.

No geneall.net Portugal os nomes estao mais “espanholados”. Para encontra-lo la precisa-se escrever Lope Diaz de Haro. Realmente ele se casou com D. Urraca Alfonso. Alega-se naquele site que tambem tivesse adotado o sobrenome Bessa por ter tomado a Cidade de Baeza aos mouros. Contudo, o geneall.net discorda da adocao do nome Bessa. Nem ele nem os filhos o usaram. Mas eh possivel que algum descendente dele o tenha feito. Nao deu para fazer uma verificacao mais completa porque sao muitos os membros da familia Bessa anotados naquele site.

Mas temos uma informacao do professor Demerval que pode indicar que os Bessa e os Barbalho estiveram juntos no Rio de Janeiro. Seria muita especulacao da minha parte afirmar que sim. Porem, nao estaria fora da logica que as duas familias, por causa de lacos familiares, tenham migrado juntas para Minas Gerais na epoca do Ciclo do Ouro e la termos um encontro paralelo. Neste caso porque o elemento de ligacao entre as duas teria sido a familia Pereira do Amaral. Copiarei aqui a pouca informacao que o professor nos passou no livro: “A Mata do Pecanha, paginas 128-129.

“D. Ana Bessa – 1884. Eh filha de Daniel Pereira do Amaral e Maria Francelina Borges Monteiro. Nasceu em Sao Sebastiao dos Correntes {atual Sabinopolis} em 1855. Casou-se em Guanhaes com Americo Bessa. Enviuvando-se, com a idade de 25 anos, transferiu sua residencia para o Arraial de Sao Joao Evangelista, onde ja se encontrava o seu irmao Antonio Borges do Amaral. Manteve uma pequena casa comercial. Do casal nasceu Cecilia Bessa, casada com Jose Caetano da Silva. Faleceu em 6-3-1947.”

1884 foi a data em que don’Anna mudou-se para Sao Joao. O casal eh relembrado na pagina 127 porque o filho do Antonio Borges do Amaral: Sebastiao Amaral, casou-se com Marilia da Silva Amaral, filha dele. Boa parte do livro eh ocupada com a parentalha de Daniel Pereira do Amaral e Maria Francelina Borges Monteiro. Modesto Jose Pimenta que foi bisneto do casal Manoel Vaz Barbalho e Josepha Pimenta de Souza, alem de ter sido sobrinho de Maria Francelina Borges Monteiro, casou-se com Ermelinda Querubina Pereira do Amaral, que fora irma do Daniel Pereira do Amaral, e Ermelinda e Modesto foram avos paternos do professor Demerval.

A coneccao entre os Coelho de Virginopolis e Guanhaes e os Borges Monteiro & Pereira do Amaral se da atraves do casamento de Antonio Rodrigues Coelho e Maria Marcolina do Amaral, que tambem era filha de Daniel e Maria Francelina. Aqui ha apenas que se lembrar que os Coelho tambem podem ter em sua raiz os mesmo Barbalho, caso se confirme que Maria Rodrigues de Magalhaes Barbalho tenha algum grau de parentesco com o casal Manoel e Josepha.]

Apos dedicar algum tempo buscando por filhos do Jeronimo, encontrei duas mencoes. Uma refere-se `a filha Micaela Barbalho Bezerra Pedroso, que se casou com o portugues: Joao Batista de Matos Lobo. Esta nao poderia ter sido mae de d. Paschoa Barbalho por ter nascido por volta de 1653. Em 1668 ela nao estaria nem sequer tendo filhos, porque a data provavel de seu casamento foi de 1671, quanto mais filhos se casando. Ha a pequena possibilidade de as duas serem irmas.

No livro “Memorial Nilopolitano – Tomo I” encontra-se uma pequena genealogia referente a Joao Alvares Pereira, fundador da Fazenda Sao Mateus, que deu origem a Nilopolis e outras cidades da Baixada Fluminense. Naquele memorial se encontra escrito: “1. Beatriz ou Brites de Lemos – nasceu no Rio de Janeiro e foi batizada em 14 de julho de 1627. Casada provavelmente em 1645, com o capitao Agostinho Barbalho Bezerra, filho do governador Jeronimo Barbalho Bezerra.”

A principio pensei que fosse um engano do autor porque o Jeronimo nunca foi governador do Rio de direito. Ele somente foi governador de fato, durante o periodo da Historia conhecido como “Revolta da Cachaca”. Ele foi nomeado pela populacao rebelada contra o governador Salvador Correia de Sa e Benevides. Mas enquanto aguardavam resposta `a mensagem enviada a Portugal para saber que solucao o rei daria ao conflito, Correia de Sa e seus aliados paulistas surpreenderam os revoltosos e executaram Jeronimo sumariamente. Ha uma boa razao para chama-lo de governador, porem, essa razao nao eh otima.

E eh aqui que as coisas podem estar torcidas na hipotese de descendermos do Jeronimo Barbalho Bezerra. Melhor dizendo, se a d. Paschoa Barbalho for neta dele. Para que ela fosse neta seria esperado que tivesse nascido pelo menos uns 14 anos antes de ter casado, ou seja, em 1654 ou antes.

Acredito que d. Paschoa teria que ter sido filha de um filho do Jeronimo para que pudesse ter recebido o Barbalho como assinatura e este permanecer, como o professor Demerval sugere que permaneceu. Era comum algumas filhas receberem os sobrenomes das maes. Mas nao era muito comum uma sequencia de tres mulheres ligadas por um sobrenome passa-lo depois para um descendente masculino. E assim teria acontecido se o Jeronimo tivesse tido uma filha. Esta fosse mae da d. Paschoa. Que foi a mae de d. Maria da Costa Barbalho. Por fim foi a mae do Manoel Vaz Barbalho.

A principio, vi por alto uma informacao de que o Jeronimo teria tido dois filhos. Neste caso, com d. Micaela e Agostinho essa conta ficaria fechada. No livro “Memorial Nilopolitano – Tomo I” ha uma Paschoa Araujo, que fora sobrinha de d. Beatriz de Lemos. Entao, seria algo comum o nome ser frequente na familia. Assim, ela e o Agostinho poderiam ter sido pais de d. Paschoa Barbalho, o que seria algo bem provavel. Por isso levantei aquela hipotese.

Mas havia que se por em duvida a existencia de outro Agostinho Barbalho Bezerra alem do irmao do Jeronimo. E haviam literaturas citando o irmao do Jeronimo como marido de d. Brites (ou Beatriz) de Lemos. Mas a biografia do Agostinho tio, num livro de biografias de personalidades pernambucanas afirma com todas as letras que o nome da esposa deste fora Cecilia Barbosa. E ainda afirma que a fortuna deixada por ele `a sua viuva foi muito pequena.

Neste ponto a biografia dele entra em acordo com a de d. Cecilia Barbalho. A literatura mostra que ela ficou viuva `a epoca em que Agostinho foi dado por morto. E que por nao poder dar dote `as filhas para que encontrassem casamentos em “boas familias”, recolheu-se com elas em um retiro por ela propria criado junto `a Igreja de Nossa Senhora da Conceicao, na antiga Rua da Ajuda. A intencao dela era a de criar um convento ali, para que as mulheres que nao quizessem se sujeitar `as imposicoes dos pais e dos maridos da epoca tivessem para onde correr e se abrigar. A ideia dela, lancada em 1670-75, so foi posta em pratica em 1750. Mas o Convento de Nossa Senhora da Ajuda tournou-se importante referencia para o Rio de Janeiro por mais de 150 anos.

Mesmo sem buscar por isso, lendo diversas mencoes ao Agostinho Barbalho Bezerra, filho do mestre de campo Luiz Barbalho Bezerra e de sua esposa d. Maria Furtado de Mendonca, comecei a notar algumas discrepancias que, talvez, possam corroborar com a ideia de que foi mesmo um filho do Jeronimo Barbalho Bezerra, homonimo do Agostinho, quem se casou com d. Brites de Lemos. E, por falta de um melhor acompanhamento genealogico, os historiadores poderem ter misturado as duas biografias, tornando-as apenas em uma. Atribuindo todos os feitos ao Agostinho tio.

As evidencias que enxerguei comecam com a data de nascimento para o Agostinho tio. Alguns afirmam ser 1621. Ja nas biografias de pernambucanos ilustres a data eh de 1609. D. Cecilia Barbosa nascera em 1613, no Rio de Janeiro. O que significativamente mostra que era nora e nao filha do governador Luiz Barbalho Bezerra, como algumas literaturas sugerem. Em 1613 os Barbalho residiam ainda na Capitania de Pernambuco. E, como copiado acima, d. Brites nasceu em 1627. Entao, seria bem provavel que se casasse com alguem mais proximo `a propria idade dela.

Ja o Jeronimo Barbalho Bezerra eh, por enquanto, um misterio a ser decifrado. Varias literaturas que visitei o mencionam como filho do Luiz Barbalho Bezerra mas nenhuma menciona o nome da mae dele. Presume-se que teria sido D. Maria Furtado de Mendonca mas presuncao nao eh ciencia exata. Pode tambem nao ser. Alias, na genealogia baiana ela encontra-se como mae de seis filhos. Em ordem de nascimentos: Agostinho, Guilherme, Fernao, Antonia, Cosma e Francisco Monteiro. Nao ha Jeronimo, Celia, e Cecilia, que alguns autores consideram como filha ou parente proxima e nao nora.

E isso talvez seja o indicativo da existencia de uma outra familia que o Luiz Barbalho Bezerra possa ter tido e tenha ficado esquecida pelos historiadores. No site geneall.net Portugal os nomes postos para pais de Maria Furtado de Mendonca sao: Pedro Carreiro Salema e Maria Nunes de Andrade. Estes nomes contradizem toda literatura brasileira que consultei e que afirma serem: Aires Furtado de Mendonca e Cecilia de Andrade Carneiro.

Ha duas hipoteses que podem lancar luz a essa questao. Pedro Carreiro e Maria Nunes poderiam ter sido Cristaos-Novos e terem sido obrigados a converter-se ao catolicismo pelo primeiro visitador da Inquisicao no Brasil e terem sido batizados com os nomes que permaneceram na genealogia brasileira. A visita de Heitor Furtado de Mendonca a Pernambuco se deu em 1595, ano do suposto nascimento de Maria Furtado de Mendonca. O pai dela poderia ter adotado o nome de batismo de Aires Furtado de Mendonca para provar a conversao completa e submissao ao inquisidor. Esta hipotese, embora pareca lunatica, nao foge `a realidade da epoca. Ele teria que optar entre a submissao e as tortura e morte.

Contudo, penso que o mais provavel ter acontecido eh os diligentes mantenedores do site http://www.geneall.net Portugal terem cometido uma distracao e nao ter observado a discrepancia. Pedro Carreiro Salema e Maria Nunes de Andrade realmente poderiam ter sido sogros do Luiz Barbalho Bezerra num possivel primeiro casamento deste. Como era muito comum acontecer de as mulheres falecerem durante ou posterior ao parto, em consequencia dos riscos para a epoca, ele poderia ter ficado viuvo antes do casamento com Maria Furtado. Neste caso, os genealogistas do GeneAll.net podem ter se enganado e dado por pais `a esposa trocada.

Essa hipotese poria luz `a necessidade de o Jeronimo Barbalho Bezerra ter nascido mais proximo dos anos 1600 para que em torno de 1625 pudesse ter-se tornado pai de Agostinho Barbalho Bezerra (o sobrinho), tambem em um possivel primeiro casamento ou, senao, num caso simples de convivio extra-marital, muitissimo comum `a epoca. Somente assim um suposto “filho do governador Jeronimo Barbalho Bezerra” teria idade para casar-se com d. Beatriz de Lemos, batizada em 1627.

Esta hipotese tambem poria luz no sobrenome Carreiro para a filha de Luiz Barbalho Bezerra, Celia. Ou seja, ela seria irma completa do Jeronimo e meio-irma dos outros acima mencionados. Quanto `a Cecilia, nao ha explicacao alguma para ela ter sido filha do Luiz. Porem, podendo acontecer de terem sido duas Cecilias. A Barbosa, suposta esposa do Agostinho Barbalho Bezerra, tio; e a Barbalho, a viuva que tornou-se a mentora intelectual da criacao do primeiro Convento feminino da Cidade do Rio de Janeiro. O que penso eh que elas sejam uma unica pessoa.

Vou copiar alguns dados biograficos creditados ao Agostinho Barbalho Bezerra, tio, para que compreendam porque acredito que os historiadores misturaram as biografias dele e do sobrinho, caso este tenha mesmo existido. As duas primeiras estao tambem em outros, porem, estou copiando do: http://pt.wikipedia.org/wiki/Agostinho_Barbalho_Bezerra:

“Fernando de Camargo, Eu El-Rei vos envio muito saudar. Bem sei que nao e necessario persuadir-vos a que concorrais de vossa parte com o que for necessario para o descobrimento das Minas a que envio Agostinho Barbalho Bezerra, considerando ser natural desse Estado e que como tal mostra particular desejo dos aumentos dele e esperando pela experiencia que tenho do bem com que ate agora me serviu, que assim o fara em tudo o que lhe encarregar, porque pela noticia que me tem chegado do vosso zelo e de como vos houvestes em muitas ocasioes do meu servico me faz certo vos disporeis a me fazer este e ele vos dira o que convir para este efeito. Encomendo-vos que facais toda assistencia para que se consiga com o bom fim o que tanto desejo, o que eu quisera ver conseguido no tempo e posse destes meus reinos, entendendo que, hei de ter muito particular lembranca de tudo que fizerdes nesta materia, para vos fazer merce e honra, que espero me saibais merecer.”

Nesta parte eu saliento os dizeres: “para o descobrimento das Minas a que envio Agostinho Barbalho Bezerra, considerando ser natural desse Estado e que como tal mostra particular desejo dos aumentos dele”, porque nao da para discernir se o rei (Afonso VI) referia-se a Agostinho ou ao proprio Fernando Camargo. O Agostinho tio era pernambucano e o Agostinho sobrinho nasceu no Rio de Janeiro, portanto, era natural daquele Estado. `A epoca, 1663, nao havia divisoes politicas entre Rio de Janeiro e Sao Paulo. Tudo estava incluindo na Capitania de Sao Vicente.

Na sequencia do texto acima citado ha essa missiva do conde de Obidos escrita ao governador do Rio de Janeiro, Pedro de Melo, referindo-se ao mesmo Agostinho que fora nomeado pelo rei como “cacador das esmeraldas”. Depois esse titulo foi passado para Fernao Dias Pais Leme. Segue o texto:

“Tudo isso de Agostinho Barbalho e uma va ambicao e vas quantas promessas ha feito nas minas, por cuja causa e certo nao deve ser a tencao de Sua Majestade que se lhe paguem soldos. Ele entra de pes de la a pedir o que consta do rol que Vossa Senhoria me enviou; pouco a pouco ha de querer ir introduzindo nos soldos, que de nenhuma maneira convem se lhe paguem; Vossa Senhoria tem satisfeito a carta de Sua Majestade no que te aqui tem obrado; sou de parecer que se lhe nao de mais cousa alguma; que ja com o que tem recebido se nao pode desculpar nem Vossa Senhoria deixar de ser o instrumento de todo o bom sucesso que tiver, se acaso for mais feliz a sua confianca do que hao sido as diligencias de Salvador Correia, impossivel que so podera vencer sem esperanca a fortuna de Sua Majestade; pelo que Vossa Senhoria suspenda o concurso de tudo o mais que lhe pedir.”

Essa indisposicao do conde de Obidos mostra duas possibilidades. A primeira sera que se pode colocar duvida quanto a esse Agostinho ser o tio porque diante do alto prestigio que ele gozava como homem que lutou na Guerra dos Holandeses, na Restauracao da Monarquia Portuguesa e na ponderacao com que comportou durante a Revolta da Cachaca, nao seria inteligente da parte do conde escrever algo desse nivel. Como dizia o antigo ditado: “O que se fala nao se escreve.”

Por outro lado, esta ai a comunicacao entre dois partidarios do velho Salvador Correia de Sa e Benevides. A Revolta da Cachaca aconteceu contra este ultimo e houvera sido liderada por Jeronimo Barbalho Bezerra, o suposto pai do Agostinho, sobrinho. Seria mais facil as iras se aflorarem contra este do que contra o tio.

O conde de Obidos, d. Vasco Mascarenhas, foi governador do Brasil e das Indias, tornando-se vice-rei do Brasil de 1663 ate 1667. Este eh o exato periodo entre a nomeacao de Agostinho e o falecimento de ambos. Em escrito anterior eu cometi o engano de atribuir o conteudo dessa missiva ao governador Pedro de Melo quando na verdade ele era o recipiente dela.

No “Diccionario Biographico de Pernambucanos Celebres”, de autoria de Francisco Augusto Pereira da Costa, encontram-se pistas que ajudam a discernir as personalidades dos Agostinhos tio e do sobrinho. E tambem de suas vidas privadas. Extrairei alguns pontos da biografia de Agostinho Barbalho Bezerra e os leitores perceberao ate onde quero chegar:

“Agostinho Barbalho Bezerra, bem jovem ainda, achou-se envolvido nas lutas marciais da invasao hollandeza em Pernambuco…”

“Occupada esta provincia em 1630 pelo exercito hollandez, seu pae que entao estava no comeco de sua carreira militar, apresentou-se ao general Mathias de Albuquerque, com os seus escravos e criados, mantidos a sua custa e sem remuneracao alguma pelo estado, e offerece os servicos de todos pela cauza da patria;…”

“A heroica defesa do Arraial do Bom Jesus, os feitos da Varzea do Capibaribe, de Serinhaem e outros, foram testemunhas do valor de Agostinho Barbalho Bezerra. Cahindo prisioneiro em poder dos hollandezes, por dous annos esteve privado de sua liberdade; mas conseguindo-a, elle apresenta-se de novo no exercito no anno de 1639, entao ja possuindo as dragonas de capitao de infantaria que lhe conferira o Conde de Torre.”

“Estava entao em Portugal travada a luta renhida com a Hespanha. Agostinho Barbalho sobe aos regios pacos de D. Joao IV, e offerece os seus servicos em defesa da causa da liberdade portugueza. Parte sem demora para o Alentejo, acompanhado de criados e cavalleiros mantidos a sua custa, e nos oito dias em que o Marquez de Torre-Cusa teve sitiada a praca de Elvas, Agostinho Barbalho achou-se em todos os combates que se deram.

Recebendo entao a noticia do fallecimento de seu pae na cidade do Rio de Janeiro, Agostinho Barbalho parte para essa provincia, e ahi se demora por algum tempo residindo na freguezia de Sao Goncalo, onde possuia uma fazenda.”

“Poucos dias depois da partida de Sa e Benevides, amotinou-se o povo contra elle, negando-lhe obediencia, depondo e prendendo o seu delegado; e apoiado pela Camara, proclamaram governador a Agostinho Barbalho, Elle nega-se a annuir aos desejos dos revoltosos, refugia-se no convento de S. Francisco, mas elle era o unico homem que merecia as sympathias e confianca do povo e do Senado da Camara.

O povo procura-o, descobre-o afinal, insta para que acceite o cargo que a sua confianca nelle depositava e elle resiste; mas esgotada a paciencia e os meios suasorios, vem a ameaca, a forca, e Agostinho Barbalho, entre a morte e o governo, acceita por fim o mandato popular.”

“Voltando Salvador Correia, e assumindo o governo, remetteu presos para Lisboa Agostinho Barbalho e os autores do levante; mas reconhecendo El-Rei a sua innocencia, permittiu-lhe a volta para o Rio de Janeiro, e honrou-o com a doacao da capitania de Santa Catharina.

A prudencia com que se houve Agostinho Barbalho no seu ephemero governo, aquietou e serenou os animos populares, correndo nao poucas vezes a sua vida, grandes riscos e perigos. No anno de 1662, ja Agostinho Barbalho achava-se de novo em Portugal militando na campanha do Alentejo, acompanhado de criados e cavallos mantidos a sua custa.”

“Na guerra da invasao hollandeza em Pernambuco, e na guerra da restauracao de Portugal do dominio de Hespanha, Agostinho Barbalho Bezerra conquistara titulos taes de benemerencia e de honra, que jamais o seu nome deixara de figurar entre os homens illustres de um e outro paiz.”

“No Rio de Janeiro casara-se Agostinho Barbalho com D. Cecilia Barbosa, e ahi fallecendo, legou a sua esposa e filhas fortuna tao mediocre, que apenas a salvara da pobreza. A data do fallecimento de Agostinho Barbalho Bezerra e desconhecida; mas em 1675 elle ja nao pertencia ao numero dos vivos, pois a 25 de Julho desse anno, sua viuva D. Cecilia Barbosa deu comeco a fundacao de um recolhimento na ermida de Nossa Senhora d’Ajuda, na cidade do Rio de Janeiro, para suas filhas, para si, e para donzellas e senhoras que quizessem viver em clausura, e separadas e desprendidas do seculo, consagradas exclusivamente a Deus.”

“Balthazar da Silva Lisboa, tratando nos seus annaes do Rio de Janeiro, de Luiz Barbalho Bezerra, consagrou estas palavras a memoria de seu filho: Elle deixou a sua imagem e semelhanca em Agostinho Barbalho Bezerra, o bravo debellador dos corsarios que infestavam as costas, tendo logar distincto na apotheose entre os seus patricios pelas suas virtudes, valor, generosidade, e acerto nos negocios; serviu tambem de administrador geral das minas e por seus bons servicos obteve alvara de commenda.”

Enganei-me quanto a ter encontrado a data de 1609 para o nascimento de Agostinho tio nesta biografia. Ela nao menciona data de nascimento mas agora recordei-me que encontrei essa informacao solta nalgum endereco outro da internet.

A publicacao eh de 1882 e contem 804 paginas de biografias de pernambucanos ilustres. Apenas as biografias de Agostinho e Luiz Barbalho Bezerra, das pessoas dessa assinatura, sao encontradas la. Existem varios Barreto, Andrade e Bezerra que devem ter algum grau de parentesco com as personalidades que estou investigando. Porem seria um trabalho um tanto arduo fazer uma busca completa. Conservei a grafia de epoca que nao eh tao diferente da atual. Pelo menos, os sons sao os mesmos e isso nao dificulta tanto a leitura.

A biografia dedicada a Luiz Barbalho Bezerra eh tambem reveladora quanto `a importancia do personagem para a Historia Brasileira. Revela bons detalhes dos combates que se deram contra os holandeses e que equiparam o exercito brasileiro com conhecimentos taticos que levaram posteriormente `a completa expulsao dos invasores. Conhecendo esses detalhes todos torna-se imcompreensivel o porque de os nomes de tais defensores da patria brasileira terem sido expurgados dos livros oficiais de Historia Brasileira!

Nestas minhas idas e vindas, mergulhos estes nem sempre em total estado de alerta, encontrei a informacao de que Agostinho Barbalho Bezerra havia requerido junto ao Conselho Ultramarinho o cargo de Correio-Mor do Brasil. Porem houve um desencontro de informacoes em que o cargo de correios gerais, exceto das Indias orientais, ja haviam sido concedidos a Luis Gomes da Mata. A maior parte da trama pode ser visualizada no endereco: http://historiapostal.blogspot.com/2008/02/o-ofcio-de-correio-mor-de-mar-e-terra.html.

O texto mostra os passos tomados por Agostinho Barbalho, o tio, para obter varios favores da coroa. Porem, sua peticao para Correio-Mor eh contestada por Luis da Mata. E ele faz uma treplica com mais alegacoes a seu favor, entre elas: “lhe faça V. Maj. mercê do posto de Mestre de Campo da mesma praça e do cargo de Administrador das Minas, em que pela experiência que dela tem, espera fazer um grande serviço a V. Maj”.

E, antes disso, tinha levantado um argumento que muito me havia intrigado. Isso ele disse: “gastando nelas não só a fazenda, mas até a mesmo a vida, por cuja causa ficaram seus filhos falta dela e ele Agostinho Barbalho, com o encargo de três irmãs e uma mãe que está obrigado a amparar.” Este foi o argumento mais forte porque ele nao apenas tinha gasto toda sua vida com o servico `a coroa, Portugal e Brasil, tambem tinha empregado o seu proprio meio de vida que era a fazenda.

Mas a informacao que mais me havia chamado a atencao fora a de que estava obrigado a amparar a propria mae e tres irmas. Na primeira vez que li isso nao observei que se tratavam de irmas e enxerguei irmaos. O que obrigatoriamente incluiria pelo menos um homem. O fato eh este, ate agora nao encontrei dados genealogicos de irmas, e muito menos irmaos, que o Agostinho tio pudesse estar obrigado a amparar em 1663. Ou mesmo em 1644, quando do falecimento do pai.

O pai dele, Luiz Barbalho Bezerra, falecera em 1644. Portanto, em 1663, nao poderia ter mais que um filho menor de idade. A esposa dele, d. Maria Furtado de Mendonca, segundo me consta, nasceu por volta de 1595. Em 1644 estaria por volta dos 49 anos de idade. Se se tivesse casado novamente, nao teria filhos.

Por outro lado, eles foram para o Rio de Janeiro em 1643. Os dados genealogicos que tenho sao provenientes da Bahia que nao mencionam em hipotese alguma tais irmas. Elas poderiam ter nascido em Pernambuco, como nasceram os 6 acima citados, mais o Jeronimo e Celia, que nao posso afirmar que fossem filhos de d. Maria Furtado. Mas teriam que ter vivido na Bahia junto com toda a familia, durante o periodo das Invasoes Holandesas. Ai nao creio que todas passariam despercebidas dos geneologistas.

Em razao dessa alegacao de ter mae e tres irmas para amparar, pensei poder tratar-se mais razoavelmente do Agostinho sobrinho. Porem o texto da historia postal nao deixa duvida quanto ao requerente ser o Agostinho tio. E, em sendo irmas, poderia ele, em tese, sim ter tido tres irmas solteironas para amparar. Embora tenhamos que comprovar que elas existiram.

O fato novo para mim foi a alegacao de os “filhos” ficarem na falta da fazenda. Isso implicaria dizer que o Agostinho tio teve pelo menos uma crianca do sexo masculino. Assunto que me era desconhecido ate entao. Todas as referencias anteriores mencionavam filhas. Como isso eh claramente mencionado tanto na biografia do Agostinho acima quanto na de d. Cecilia abaixo citadas.

Embora minha hipotese perca forca, ainda assim ha que considerar-se a possibilidade de que quem tomou as redeas do empreendimento de pesquisar as minas de materiais preciosos no Brasil tenha sido o Agostinho sobrinho. Uma possibilidade do que possa ter acontecido eh a de o tio ter sublocado este encargo ao sobrinho. Naturalmente porque ele pleiteou diversas atividades ao mesmo tempo, sabendo que ele jamais daria conta de administrar tudo sozinho.

E creio na possibilidade de o tio ter falecido por volta de 1665, um pouco antes do alegado falecimento de 1667. Isso porque mesmo tendo sido negada a ele a concessao de Correio-Mor do Brasil, apos recurso de seu competidor, ele nao retrucou neste periodo. Era certo que ele teria que estar contando com outros para ajuda-lo nos encargos de donatario da Ilha de Santa Catarina, mestre de campo no Rio de Janeiro, “cacador das esmeraldas” no Espirito Santo, administrador das minas de Sao Paulo e administracao dos correios, alem da expectativa de se tornar governador do Rio de Janeiro quando Pedro Melo saisse do cargo. No caso dos correios, a prestacao de servico era publica mas executada por iniciativa privada.

No livro: “Pantheon Fluminense: Esbocos Biographicos” de Presalindo de Lery Santos, paginas 235/6, ha uma curta biografia de d. Cecilia Barbalho. Ali se afirmam dois dados que apontam para a confirmacao de minha hipotese. A primeira eh que ela nasceu “na cidade do Rio de Janeiro a 18 de Novembro de 1613”. A segunda eh a de que foi “casada com Agostinho Barbalho Bezerra, filho do mestre de campo Luiz Barbalho Bezerra”. O material eh de 1880 e esta no google livros.

Por fim temos estas palavras no texto, http://pt.wikipedia.org/wiki/Agostinho_Barbalho_Bezerra: “Era casado com Brites de Lemos, que em fins de 1667 em Lisboa vai requerer o pagamento dos soldos que o Governo devia ao marido e as despesas que fizera com a gente que o acompanhara ao mal-aventurado descobrimento da serra das Esmeraldas.” O inicio deste texto nao deixa duvida quanto `a pretendida biografia ser dedicada ao Agostinho tio, “Era pernambucano, filho de Luis Barbalho Bezerra…”

Essa afirmacao acima contrasta totalmente com a biografia de d. Cecilia, escrita no Pantheon Fluminense: “Morrendo Agostinho Barbalho, Cecilia e suas filhas foram-se mantendo honradamente conforme os recursos de que dispunham; sentia nao poder transportar-se para Portugal, onde suas filhas encontrassem casamentos que satisfizessem os sentimentos aristocraticos que a preocupavam,…”

Como contraponto ha tambem essa informacao na internet, no endereco: http://www.arqnet.pt/dicionario/barbalho.html. Ali temos: “Barbalho Bezerra, (Agostinho); Brasileiro corajoso e empreendedor, que viveu no seculo XVII. Natural de S. Paulo, ignora-se a data do nascimento, e fal. em 1667.” Alguns outros autores consideram o falecimento de Agostinho Barbalho Bezerra, filho de Luiz Barbalho Bezerra, ocorrido por entre 1670 e 1671. Certo eh que houve um falecimento em 1667 que parece ser o do sobrinho.

Naturalmente, o “Natural de S. Paulo” trata-se de uma pequena errata. A Capitania era a de Sao Vicente que somente muito depois veio a ser conhecida como Capitania de Sao Paulo. Era dividida em duas partes: uma que ia de Macae-RJ ate Caraguatatuba-SP e outra entre Bertioga-SP e Cananeia-PR. Entre meio as duas partes existia a de Santo Amaro, entre Bertioga a Caraguatatuba. A cidade do Rio de Janeiro foi fundada dentro desta capitania `a revelia do donatario. Somente depois eh que foram definidos os limites entre Rio, Sao Paulo e Minas Gerais. Se formos olhar o atual mapa do Brasil, o Agostinho sobrinho seria fluminense e nao paulista.

Em 1663, seria mais provavel que o Agostinho sobrinho pudesse alegar que tinha mae e irmas para amparar. Tanto d. Antonia quanto d. Cosma, irmas do Agostinho tio, foram bem casadas e permaneceram na Bahia. Nao tenho noticia de outra irma do Agostinho tio alem da Celia Carreiro, que tambem foi casada e, possivelmente, bem casada. Ja o Agostinho sobrinho deveria ter mae viva, d. Izabel Pedroso, e deve ter tido outras irmas alem de d. Michaela que, em 1663, estaria com 9 anos de idade.

Mas a alegacao do sacrificio da fazenda poderia ter partido tanto de um Agostinho quanto do outro. Se ambos tivessem se referindo a seus pais: Luiz Barbalho Bezerra perdeu todas as suas posses na tentativa de expulsao dos holandeses e o Jeronimo deve ter tido os bens confiscados por Salvador Correia de Sa, durante o contra-golpe, no passar da Revolta da Cachaca.

Bom, nao vejo como, de minha parte isolada, dar solucao a todas as questoes ai levantadas. O certo seria fazer o rastreamento dos dados levantados primeiramente pelo professor Demerval Jose Pimenta. Creio que o melhor caminho seria buscar os documentos por ele mencionados em seu livro, a comecar pelo registro de casamento de Manoel Vaz Barbalho e Josepha Pimenta de Souza. O casamento se deu em Milho Verde, em 18.9.1732. Cidade do Serro, MG.

Ele menciona: “Livro 1o. de casamento da Matriz, fls. 78; livro 1o. de Tapanhoacanga, fls. 100; livro de casamento das capelas filiais de fl. 6v”. Acredito que ele estava se referindo ao casamento propriamente dito; ao registro de nascimento de Isidora Maria da Encarnacao (filha do casal) e ao casamento desta. Somente o primeiro nos bastaria. Este documento sera fundamental para tirarmos outra duvida que foi posta em nossa linhagem genealogica do lado Pimenta de Carvalho. Mais abaixo tratarei exclusivamente dela e voltarei ao assunto.

Encontrando tal registro, espero confirmar os nomes dos pais e avos dos nubentes. Assim constatariamos que os pais do noivo foram Maria da Costa Barbalho e Manoel Aguiar (“viuvo de Ana Pereira de Araujo”). E os avos maternos dele seriam: d. Paschoa Barbalho e Pedro da Costa. O casamento destes ultimos teria se dado “no Rio de Janeiro, em 19 de janeiro de 1668”. Mas nao ha a mencao `a Freguesia ou igreja. E eh justamente desse outro registro que dependemos para comprovarmos quem foram os pais dela e se realmente foi neta do Jeronimo Barbalho Bezerra.

Como nao temos os dados genealogicos completos do Jeronimo Barbalho Bezerra, existe a possibilidade de ele ter nascido por volta de 1630 e ser realmente irmao completo do Agostinho Barbalho Bezerra tio, ou seja, filho do Luiz Barbalho Bezerra e Maria Furtado de Mendonca. Neste caso ele ate poderia ter tido o filho Agostinho Barbalho Bezerra sobrinho, que dificilmente teria se casado com d. Brites de Lemos por esta ter idade por volta da idade do pai dele. Mas, neste caso, d. Paschoa Barbalho poderia ter sido irma deste Agostinho e nao filha.

Seria necessario para isso que o professor Demerval tivesse cometido o engano de da-la por neta do Jeronimo e nao filha. Isso reforcaria a ideia de que partiria mesmo do Agostinho sobrinho alguma solicitacao com a alegacao de ter mae viuva (d. Izabel Pedroso, que ficara viuva em 1661 com o enforcamento do Jeronimo) e tres irmas para amparar. Alem de d. Paschoa e d. Michaela, existiria uma terceira irma ainda nao identificada por mim. Mas nesse ponto reconheco que as minhas consideracoes estao um pouco alem dos fatos mais provaveis. Devemos nos ater `as possibilidades mais simples.

Apenas por curiosidade, devo informar que nosso banco de dados em relacao `a familia no Rio de Janeiro esta crescendo. Varias vezes eu havia visto uma observacao na internet a respeito da existencia de um Francisco Barbalho. Mas so me dignei a buscar quando vi os dados nos passados pelo professor Demerval sendo contestados pelo pesquisador Lenio Richa. Nao necessariamente por ele, mas vi os dados na publicacao assinada por ele. Quando falar a respeito do titulo Pimenta de Carvalho voltarei ao assunto.

Porem, depois de procurar o autor para ver a questao na linhagem Pimenta de Carvalho, verifiquei este enunciado no trabalho dele: “3-6. Inacia Rangel, npv. 1652, f. Rio 1737, cpv. 1672, com Francisco Barbalho, npv. 1641 (possivelmente filho ou neto de Luiz Barbalho Bezerra e Maria Furtado de Mendonca), pais de:…” Procurei-o mais uma vez para informa-lo que a possibilidade se ser filho eh praticamente nula e o mais possivel eh que fosse neto.

O enunciado acima esta no endereco: http://www.genealogiabrasileira.com/titulos_perdidos/cantagalo_ptazercout.htm. A pagina trata de complementos ao titulo Azeredo Coutinhos. Assunto tratado pelos famosos genealogistas Pedro Taques e Luiz Gonzaga da Silva Leme. E o extrato acima esta no capitulo 6o., paragrafo 1o. Isso porque a informacao que tinha a respeito do filho do Luiz Barbalho e Maria Furtado eh mais ampla. Encontrei-a na “Revista Trimensal do Instituto Historico e Geographico Brasileiro, Volume 52, Catalogo Genealogico, pagina 312. Ali temos o extrato:

“6. Francisco Monteiro Barbalho Bezerra, que, diz d’elle o liv. 4 a fl. 304, que trata dos servicos das pessoas deste estado, era fidalgo da casa de Sua Majestade, como era o dito seu pai o mestre de campo Luiz Barbalho Bezerra, e natural de Pernambuco, e que este seu filho Francisco Barbalho Bezerra, de idade de 8 annos, assentou praca de soldado na companhia de seu irmao Agostinho Barbalho Bezerra, uma das do mestre de campo D. Felippe de Moura, com seis cruzados por mez, em 20 de Fevereiro de 1642, e servio de soldado em outras companhias ate 17 de Marco de 1667, em que, passando seu irmao Fernao Barbalho para o servico do sr. Infante D. Pedro, como fica dito, entrou o dito Francisco Monteiro Bezerra, ou Barbalho Bezerra, por capitao do forte novo de N. Sra. do Populo do mar, de que era o dito seu irmao Fernao Barbalho, servio n’este ate 1704, que n’este anno, que requeria os seus servicos, faziam 24 annos, 4 mezes e 17 dias, que servia; e e o que d’elle achamos.”

O Forte de Nossa Senhora do Populo, ou Forte de Sao Marcelo, fica dentro da Baia de Todos os Santos, de frente para a centro historico de Salvador. Tem a caracteristica de ser redondo, unico nas Americas. Eh um ponto alto do turismo baiano. Por esse pequeno relatorio pode-se deduzir que este Francisco deve ter se mantido na Bahia, nao indo com os pais para o Rio de Janeiro. E o irmao, que era mais velho que ele, deve ter ficado por tutor. Pode-se ver que o Francisco nasceu em 1634 e, pelas anotacoes baianas, foi o derradeiro de d. Maria Furtado. Tambem que a aposentadoria compulsoria dele se deu aos 70 anos de idade. Infelizmente nao se informa geracao alguma que acaso ele tenha tido. Eh dito apenas que o Fernao nao teve.

O Francisco suspeito de ser filho ou neto do Luiz Barbalho pode ser filho do Jeronimo Barbalho Bezerra. Embora, agora tenhamos que levar em conta a possibilidade de ele ser filho do Agostinho tio. Penso que esta seja uma possibilidade de menor credito porque, exceto por aquela mencao de “filhos” no “historiapostal”, sempre encontrei a expressao filhas, tanto para Agostinho tio quanto para d. Cecilia, esposa dele. E isso reforca a ideia de que o Agostinho sobrinho estivesse envolvido nas pesquisas minerais porque, neste caso, os filhos poderiam ser dele.

Terei que entrar em contato novamente com o pesquisador Lenio Richa, para alerta-lo em relacao `aquela possibilidade nova, para mim.

Nao tenho a intencao de detalhar muito mais essa nossa linhagem Barbalho. Creio que ela tem sido fartamente estudada, pelo menos em direcao `as suas raizes a partir de Luiz Barbalho Bezerra e d. Maria Furtado de Mendonca. Outras linhagens a partir deles tambem devem ter sido bem estudadas por causa de serem ascendentes de grandes nomes da Historia do Brasil, embora, nao ha tanto alarde a esse respeito. A minha preocupacao maior tem que ser a de comprovar primeiro que descendemos deles, o restante sera lucro.

Como ja passei em escrito anterior, atraves do ancestral Antonio Bezerra Felpa de Barbuda nao devera ser dificil comprovar parentesco com o Domingos Bezerra Felpa de Barbuda, que acredito ser irmaos. Pode-se comprovar a linhagem deste segundo que o liga `a familia real portuguesa no endereco: http://familybezerrainternational.blogspot.com/2009/12/fontes-sobre-as-origens-da-familia.html. Basta-nos, entao, confirmar que tiveram ancestral comum na linhagem Bezerra. E dai para tras ja estara tudo mastigado. A linhagem inclusive pode ser acompanhada no site do GeneAll.net Portugal.

A “Revista Trimensal do Instituto Historico e Geographico Brasileiro, Volume 52, Catalogo Genealogico”, mostra nao apenas os filhos do mestre de campo Luiz Barbalho Bezerra e d. Maria Furtado de Mendonca, a partir da pagina 308. Mostra tambem o envolvimento deles com os Ferreiras de Souzas, pagina 313 e os Negreiros de Sergipe do Conde, pagina 308.

Alem disso temos varias outras insercoes, que nao verifiquei a fundo o suficiente para dizer que encontrei todas, como: “N-5. O doutor Joao de Aguiar Villas-Boas, filho de Joao de Aguiar Villas-Boas, n.1, cazou com D. Joana de Souza Barreto, filha do Capitao Jeronimo Moniz Barreto e de sua mulher D. Thereza de Souza, filha de Antonio Ferreira de Souza e de sua mulher D. Antonia Bezerra Barbalho, a fl…, n.5 e seg.” D. Antonia Barbalho era filha do mestre de campo Luiz Barbalho e d. Maria Furtado de Mendonca. Aquilo esta na pagina 359.

Em Monizes do Socorro e Fiuzas, na pagina 373, encontramos: “N-2. Jeronimo Moniz Barreto, filho de Francisco Moniz de Menezes, acima, e de sua mulher D. Maria Lobo de Mendonca, cazou com Thereza de Souza (1), filha de Antonio Ferreira de Souza e de sua mulher D. Antonia Bezerra…”

Nos Maciel e Sa, na pagina 386, esta: “Diego de Sa Soutomaior cazou com D. Francisca Barbalho, filha de Antonio Ferreira de Souza… na capela do Bom Jezus do Socorro em 1o. de Dez. de 1668.”

Mais `a frente, pagina 391, tem-se: “D. Roza Maria de Sa casou com Egas Moniz Barreto, filho de Egas Moniz Barreto e D. Ignez Thereza Barbalho Bezerra…” D. Ignez era filha de Antonio Ferreira e d. Antonia Barbalho Bezerra.

E na pagina 247 encontramos esta informacao: “N-2. Rafael Soares de Franca, filho de Joao Alvares Soares e de sua mulher D. Catharina de Souza, filha de Antonio Pereira de Souza, cavalleiro de habito de Santiago, e de sua mulher D. Antonia Bezerra, filha do mestre de campo Luiz Barbalho Bezerra; foi homem rico e senhor de engenho no rio de Parana-mirim; teve filhos:”

Outro extrato importante eh este: “N-6. Francisco de Negreiros Sueiro, filho de Domingos de Negreiros, n.2, e de sua mulher Maria Pereira, foi cazado com D. Cosma Barbalho, filha do mestre de campo Luiz Barbalho e de sua mulher D. Maria Furtado de Mendonca, a fl…, e teve filhos:”

Para complicar, ou melhor, explicar a minha confianca em que os dados genealogicos pregressos ja estejam fartamente estudados, basta coletar alguns dados encontrados no GeneAll.net Portugal. Para quem nao eh cliente plus do site nao podera visualizar que d. Antonia Barbalho Bezerra eh filha do mestre de campo Luiz Barbalho Bezerra e d. Maria Furtado de Mendonca mas, como sabemos, podemos ver que a filha dela, D. Ignez Thereza Barbalho Bezerra casou-se com o nobre Egas Moniz Barreto e deles descendem:

1. Jose Joaquim Moniz Barreto de Aragao, 1o. barao de Itapororoca; 2. Maria Amalia Ferrao Moniz Barreto Aragao, que se casou com Frutuoso Vicente Viana, 2o. barao de Rio das Contas; 3. Emilia Augusta Ferrao Moniz Aragao, que se casou com Joaquim Inacio de Aragao Bulcao, 1o. barao de Matuim; 4. Salvador Moniz Barreto de Aragao e Menezes, 1o. Barao de Paraguassu; 5. Francisco Moniz Barreto de Aragao, 2o. barao de Paraguassu; 6. Pedro Moniz Barreto de Aragao, 1o. barao de Rio das Contas; 7. Francisca de Assis Viana Moniz Bandeira, 1a. baronesa de Alenquer e Antonio Araujo de Aragao Bulcao, 3o. barao de Sao Francisco casou-se com duas filhas do 2o. barao de Rio das Contas, sendo elas: Maria Clara e Maria Jose Moniz Viana.

As constatacoes acima foram feitas em uma rapida inspecao. Nao procurei descobrir mais detalhes da genealogia que, mais certamente, levar-me-iam `as muitas autoridades atuais espalhadas pelo Brasil afora. Uma boa referencia de onde devemos encontrar bons dados a respeito da linhagem acima citada sera a obra do genealogista: Antonio de Araujo de Aragao Bulcao Sobrinho (1898 – 1965). Um resumo da biografia dele encontra-se na pagina: http://www.cbg.org.br/patronos_27.html. Ela nos informa que ele escreveu: “Os Tres Baroes de Rio das Contas”, de 1944. E, entre outras, estudou as familias: Soeiro, Villas-Boas, Bandeira, Fiuza, Bulcao e Sa Menezes. Certamente sao as mesmas que se envolveram com a descendencia Barbalho.

Tambem, sera bem provavel que existam os registros de fidalguia de varios membros da familia. Os fidalgos pediam cartas de fidalguia e armas para comprovar seus privilegios junto `as autoridades administrativas do reino. E para a sua expedicao era feito um levantamento genealogico que penso, era registrado nos livros de fidalguia na corte portuguesa e, posteriormente, na brasileira. E foram fidalgos os ancestrais de Luiz Barbalho Bezerra: Francisco Carvalho de Andrade, Pantaleao Monteiro, Antonio Bezerra Felpa de Barbuda, Braz Barbalho Feio e outros.

O proprio Luiz Barbalho Bezerra foi fidalgo da mais alta estirpe brasileira. E os filhos Agostinho, Guilherme, Fernao e, penso, tambem o Jeronimo conquistaram o direito de fidalguia por causa do envolvimento nas guerras contra os holandeses. Ja o Francisco Monteiro, que foi capitao do Forte de Nossa Senhora do Populo, pode ter conquistado o direito de fidalguia apos os combates contra os holandeses, ou pela influencia paterna.

Voltando `a questao da solucao do problema de provarmos que descendemos do padre Policarpo Jose Barbalho e de sua esposa Isidora Francisca de Magalhaes, lembrei-me que existem outros documentos que podem ate “quebrar mais de um galho” em nossas pesquisas. Um deles seria o registro de casamento do Marcal de Magalhaes Barbalho e (H)Ercila Coelho de Andrade. Marcal de M. Barbalho foi um dos filhos do casal Francisco Marcal e Eugenia Maria da Cruz (Coelho). Eles sao a razao de as assinaturas Barbalho e Coelho estarem tao intimamente ligadas. E sao avos maternos do bispo D. Manoel Nunes Coelho tambem.

O registro de casamento deles podera revelar os nomes dos avos paternos do Marcal que, espero, foram Policarpo e Isidora. Marcal e Ercila casaram-se a 05.07.1879, provavelmente, em Guanhaes. Esta data eh um pouco capiciosa para determinarmos com exatidao onde o registro podera se encontrar. A Vila de Sao Miguel de Guanhaes adquiriu o direito de emancipacao em 1875, porem, a instalacao da nova vila so se deu em 9 de setembro de 1879. Marcal de Magalhaes Barbalho foi um dos vereadores eleitos, representando a Paroquia de N. Sra. do Patrocinio de Guanhaes (atual Virginopolis). Antes destas datas, Guanhaes pertencia ao Serro. Portanto, o registro podera encontrar-se em uma ou outra cidades.

A vantagem eh que este documento poderia expor tambem os avos paternos da Eugenia. Neste caso comprovariamos que serao Jose Coelho da Rocha (ou Magalhaes) e Luiza Maria do Espirito Santo e nao Joao e Luiza de Magalhaes como advogam o site sfreinobreza e a Revista Latina de Genealogia.

Nao menos importante, este documento revelaria tambem os avos da “Dindinha Ercila”, como continua a ser tratada por netos, bisnetos e diversas outras geracoes. Segundo nos consta foi filha de Joaquim Coelho de Andrade e Joaquina Umbelina da Fonseca. Nao temos dados anteriores a eles mas a descendencia loira e de olhos verdes seria uma das garantias de que tivessem forte ascendencia goda europeia. E outro indicativo disso foi a tradicao mantida pela descendencia de que “Dindinha Ercila” dizia que era prima do Carlos Drummond de Andrade. A tradicao nao menciona o grau. Ela faleceu em 1937 e nao falava isso por vaidade.

Caso este registro mencionar os nomes dos avos paternos dela, poderemos comparar com a lista de tios-avos ou bisavos do poeta. O mais provavel eh que uma das tias tenha se casado com alguem que assinasse Coelho e, por esta razao, ela ter assinado Coelho de Andrade que herdou do pai. Segundo nossas anotacoes, os pais dela deveriam ter nascido em Itabira e ela propria ja deve ter sido registrada em Guanhaes.

Massageia o nosso ego saber que podemos ter parentesco com um grande poeta como foi o Carlos Drummond de Andrade. Porem, conhecendo o pouco que conheco de genetica, penso ser mais importante para a nossa saude saber que ele e, provavelmente, nos descendemos dos indios brasileiros. Isso nos garante um pouco mais de variabilidade genetica que nao teriamos se fossemos descendentes apenas de europeus puros. Massageia o ego sim, mas consola mais saber que a nossa genetica nao eh tao igual `a de frangos de granja.

Outro registro de casamento que poderia solucionar a questao das paternidades de Francisco Marcal e Eugenia Coelho seria o de Ambrosina de Magalhaes Barbalho e Miguel Nunes Coelho. Eles foram os pais do bispo D. Manoel Nunes Coelho. Casaram-se em Virginopolis, porem, eh possivel que o registro tenha se dado nos livros de Guanhaes. Devem ter casado tambem em 1879, ou em 1880.

O mesmo se daria com o registro de casamento de mais uma filha de Francisco Marcal e Eugenia Maria. Trata-se de Candida de Magalhaes Barbalho, mais conhecida pelo apelido de Sa Candinha, com Joao Batista Magalhaes, mais conhecido como tio Joaozinho. Este casamento se deu em 30.06.1883, tambem em Virginopolis. Mas o registro pode tambem estar em Guanhaes. Pelo lado de Sa Candinha devera revelar que seus avos paternos serao Policarpo e Isidora e, pelo materno, Jose e Luiza Maria.

Ja pelo lado do tio Joaozinho ha que se torcer que o escrivao tenha ignorado o que se tinha por costume e escrito a verdade. Isso porque ele era bisneto do padre Policarpo e Isidora, porem, atraves do filho Jose de Magalhaes Barbalho. Deste nao temos ainda o registro. O Jose foi pai de Anna, que ficou na memoria da descendencia como Sinh’Anna de Magalhaes. A Sinh’Anna engravidou de alguem em Itabira e foi enviada para Guanhaes, para que os tios dela, padre Emigdio e Francisco Marcal, tomassem conta.

Antes mesmo de ela dar `a luz, parece que os tios acertaram o casamento dela com um certo Domingos. Quando tio Joaozinho nasceu foi criado como se fosse filho dessa pessoa. Inclusive era chamado de Joao do Domingos, que acabou sendo abreviado para Joao Domingos, embora nunca tenha assinado o Domingos como nome. O normal acontecer em casos como estes seria os escrivaes deixarem em branco o espaco para os pais biologicos. E isso ocultava parte da historia genetica das pessoas. Portanto, se o escrivao no caso quebrou a regra, devemos entao ficar sabendo quem foi o pai do tio Joaozinho e, talvez, o nome da avo materna. Sabemos que a mae da Sinh’Anna tinha origem africana porque ela foi mulata, mas nao lhe temos sequer o primeiro nome.

Outra explicacao que ocorreu-me para o fato de o nome Isidora ter sido trocado por Genoveva como mae do Francisco Marcal na Revista Latina de Genealogia e no sfreinobreza eh a de que a Isidora Francisca de Magalhaes pudesse ser conhecida como Isidora ou Francisca da Genoveva. Isso porque a mae dela chamava-se Genoveva Nunes Filgueiras, ou Ferreira. Como a tendencia popular eh de simplificar os nomes, pode ser que as pessoas que a conheceram acabaram optando por chama-la de Vita, como diminutivo de Genoveva, ao inves de Dorinha ou Chiquinha.

Com isso, seus netos e bisnetos lembrar-se-iam mais de ouvirem ter falado de Vita, principalmente porque haviam algumas descendentes que receberam o nome Vita como homenagem a ela. Quando tentaram lembrar-se do nome a partir do apelido acabaram celebrando o Genoveva e nao Isidora Francisca. E a unica solucao para o problema agora sera encontrarmos documentos mais antigos que tenham as anotacoes corretas. De preferencia, os do tempo em que ela ainda estava viva.

O SOBRENOME PIMENTA DE CARVALHO

Comecarei a partir daquei copiando parte da pagina 253 do livro do professor Demerval Jose Pimenta. Paricularmente a parte que ele deu nome de “Ascendentes de Josefa Pimenta”. Vamos la entao:

“I – Capitao MANOEL PIMENTA DE CARVALHO, nascido em Vila Vicosa, Alentejo em Portugal, por volta de 1610 e falecido no Rio (Candelaria 2o., 25v), a 3-5-1676; foi casado nos anos de 1640, com MARIA DE ANDRADE, nascida por volta de 1622, filha de BELCHIOR DE ANDRADE e de MARIA CARDOSO. Deste casal nasceram varios filhos, entre os quais:

II – BELCHIOR PIMENTA DE CARVALHO, casado no Rio (Campo Grande, 3o., 60v) em 6-7-1693, na Capela de Sao Joao do Tarairaponga, com FRANCISCA DE ALMEIDA, nascida no Rio (Iraja 6o., 37), batizada em 2-5-1677, sendo filha de AMARO DE AGUIAR e de FRANCISCA DE ALMEIDA.

Pais de:

III – BELCHIOR PIMENTA DE CARVALHO, nascido no Rio (Iraja 6o.v), batizado a 10-4-1691, casado em primeiras nupcias no Rio (Guaratiba 3o. 4v) a 25-10-1616, na Capela de Nossa Senhora da Conceicao, com URSULA TELES DE MENEZES, nascida no Rio e ali falecida a 23-10-1727. Deste primeiro matrimonio, nasceram dois filhos: JOAO PIMENTA DE MENEZES e MATIAS PIMENTA TELES. Em segunda nupcias, casou-se com MARIA COUTINHO DE MOURA, com a qual teve varios filhos. Alem desses filhos, BELCHIOR PIMENTA DE CARVALHO, era pai de uma filha, nascida no Rio por volta de 1716 e criada desde crianca, em sua propria residencia. Esta sua filha chamava-se:

IV – JOSEFA PIMENTA DE SOUZA, nascida no Rio, nos anos de 1716, criada e educada na residencia de seu pai, tendo sido batizada na Freguesia de Nossa Senhora do Mosteiro, do Rio de Janeiro; casou-se aos 18-9-1732, na Capela de Nossa Senhora dos Prazeres de Milho Verde, em Minas Gerais, com MANOEL VAZ BARBALHO (Livro 1o. de casamento da Matriz, fls. 78; livro 1o. de Tapanhoacanga, fls 100; livro de casamento das capelas filiais de fl. 6v) conforme consta do arquivo do Alferes LUIZ ANTONIO PINTO.”

O que levantou a duvida quanto a esta linhagem genealogica descoberta pelo professor Pimenta em estar correta foi um pequeno trecho que extrai do pagina: http://www.genealogiabrasileira.com/titulos_perdidos/cantagalo_ptmoreiras.htm. A pagina pertence ao site do genealogista Lenio L. Richa e o que chamou-me a atencao esta no Capitulo 4o., paragrafo 3o.:

“5-2 Maria Coutinho de Moura, b. Jacarepagua, Rio, 1705, c. 1738, com Belchior Pimenta de Carvalho (viuvo de Ursula Teles de Menezes), n. Iraja, f. de Joao Pimenta de Carvalho e Maria Machado, com pelo menos (CR, 2, 134 e 341).”

Foi esse trechinho que fez-me contatar aquele genealogista para alertar a respeito do fato de que havia o conflito de informacoes com o livro “A Mata do Pecanha”. Nao conseguimos ainda sanar a duvida. Os dados que ele tinha procediam do trabalho do genealogista Carlos Rheingantz (abreviado por CR, nas anotacoes dele).

O CR foi quem fez um grande trabalho de coleta genealogica no Rio de Janeiro e ate parece que foi o mesmo quem criou um arquivo de fichario com anotacoes dos documentos por ele pesquisados e que eh referencia para muitos pesquisadores. O fichario eh propriedade do Colegio Brasileiro de Genealogia, CBG, situado no Rio de Janeiro. E o proprio professor Demerval mencionou esse fichario em suas pesquisas.

O Lenio L. Richa e eu concordamos com a possibilidade de o CR ter-se enganado quanto a fazer a troca de casais (Belchior Pimenta de Carvalho e Francisca de Almeida pelo Joao Pimenta de Carvalho e Maria Machado), porem, ha que se lembrar que genealogia eh um trabalho melindroso e a possibilidade de engano eh igual para ambas as partes. Sera preciso manter a mente aberta para aceitar-se qualquer que for o resultado correto.

E, pelo que vemos, as consultas do professor Pimenta foram feitas nao diretamente nos livros de registros paroquiais e sim nos arquivos do alferes Luiz Antonio Pinto. Segundo um comentario, se nao me engano do proprio professor Pimenta, este arquivo andou perdido e talvez nao se encontre completo. Contudo, seja la o que restou dele, encontra-se no Arquivo Publico Mineiro – APM -, em Belo Horizonte. Assim, ha a opcao de pesquisar-se nas duas fontes: paroquiais no Serro e Arquivos no APM.

O Arquivo do alferes Luiz Antonio Pinto eh vasto e ele deve ter sido o primeiro genealogista a coletar dados e organizar genealogias da populacao do Centro-Nordeste de Minas Gerais. Ele nasceu em 1841 e foi jornalista no Serro na maior parte de sua vida. Tinha o bom costume de armar arvores genealogicas dos conhecidos e registrou diversas familias da regiao. Faleceu no ano de 1924 deixando uma vasta obra nessa area.

Entre as familias pesquisadas encontram-se: Pereira, Melo, Rodrigues, Araujo, Silva, Pinheiro, Carvalho, Miranda, Gomes, Africa, Brant, Leal, Vargas, Chagas, Borges, Pinto, Coelho, Dumont, Andrade, Oliveira, Sanches etc. Praticamente todas sao do nosso direto interesse por estarem interligadas com a descendencia de nossos ancestrais, senao nos troncos no passado com certeza nos ramos do presente.

Mesmo antes de ter conhecimento desse desacordo, vez por outra eu encontrava a mencao ao nome de algumas pessoas dessa linhagem e ja estava ajuntando alguns dados, no intuito de completa-la porque tinha a impressao de que estava proximo a encontrar algum fio perdido da meada que nos levasse a outras ligacoes com as familias reais da Peninsula Iberica. Ja havia encontrado outras versoes do trecho que copiarei abaixo. Resolvi posta-lo por considera-lo o mais completo.

Isto encontra-se na “Revista do Instituto Historico e Geografico Brasileiro – Volume 34 – Parte Segunda, pagina 165 – Capitulo V e ultimo. Trata-se do Titulo Rendons, retirado da obra “Nobiliarquia Paulistana Historica e Genealogica” de Pedro Taques de Almeida Pais Leme, que eh o genealogista referencia dos tempos coloniais. Ele nasceu em 1714 e faleceu em 1777, portanto, bem proximo do tempo que os mais antigos que temos noticia dessa linhagem, em documentos brasileiros, viveram. Segue entao:

“1 – 5. D. Anna de Alarcao e Luna, nasceu em S. Paulo e de um mesmo parto com seu irmao D. Jose Rendon, supra. Na companhia de seu pai D. Joao Matheus Rendon pelos annos de 1655, se recolheu ao Rio de Janeiro. Este fidalgo viuvou pelos annos de 1646 em S. Paulo, onde segunda vez casou com D. Catharina Goes de Siqueira, como adiante mostramos, e com ella se passou para a capitania do Rio de Janeiro, onde ja era morador desde 1651 seu irmao D. Jose Rendon de Quebedo, do n. 3o. adiante, como alli tratamos. No Rio de Janeiro casou D. Anna de Alarcao e Luna com Ignacio de Andrade Souto Maior (*D’aqui por diante vai esta descendencia copiada de um titulo de Rendons feita pelo Illmo. Sr. Joao Siqueira Ramos em 1746, que me foi confiado depois de sua morte) senhor da casa de Jerecino com sete engenhos, capitao e muitas vezes vereador da mesma cidade, filho de Ignacio de Andrada Machado, natural da Ilha Terceira, d’onde passou ao Rio de Janeiro, o qual era legitimo descendente das familias dos seus apellidos, de cuja origem se trata em titulo de Machados, das ilhas, e de sua mulher Helena de Souto-Maior, chamada a viuva de Pedra, sua parenta e filha de Belchior da Ponte Maciel, da familia dos Pontes Cardoso, da mesma ilha, como se ve em titulo de Pontes:

teve:

paragrafo 1o. Jose de Andrada Souto-Maior
paragrafo 2o. D. Helena de Andrada Souto-Maior

2 – 1. Jose de Andrada Souto-Maior, nasceu no Rio de Janeiro, onde vive neste anno de 1746 senhor da casa de Jerecino, que fora de seus pais. Casou com sua prima D. Anna de Araujo e Andrada, filha de Francisco de Araujo de Andrada e de sua mulher D. Maria de Souro, filha de Joao de Souro, e neta pela parte paterna de Belchior de Andrada e Araujo, natural da Villa de Arcos e capitao no Rio de Janeiro, e de sua mulher Maria Cardoso de Souto-Maior, irma inteira de Helena de Souto-Maior, de quem fallamos acima, cap. 5o.”.

Neste caso, Francisco de Araujo de Andrada foi irmao de Maria de Andrade(a), que foi a esposa de Manoel Pimenta de Carvalho, natural de Villa Vicosa do Alentejo. No paragrafo 2o. temos que D. Helena de Andrada Souto-Maior casou-se com Clemente Pereira de Azeredo Coutinho. A familia Azeredo Coutinho foi uma das mais importantes do Rio de Janeiro dos tempos coloniais e, certamente, tem descendentes em todo o Brasil atualmente.

Existem algumas informacoes importantes para nossa genealogia caso o pesquisador Carlos Rheingantz ter cometido engano e o alferes Luiz Antonio Pinto, copiado pelo professor Demerval, estiver correto. A primeira, ja ha muito que encontrei, eh que Belchior de Andrade, citado no “A Mata do Pecanha” chama-se realmente: Belchior de Andrada e Araujo e procedia da Villa de Arcos “de Valdevez”. Isso ja esta destacado em meu texto: https://val51mabar.wordpress.com/2011/02/24/historico-do-povoamento-mineiro-genealogia-coelho-cidade-por-cidade/, capitulo 70, Arcos de Valdevez.

E agora tambem sabemos que o nome completo da nossa possivel ancestral seria Maria Cardoso de Souto-Maior, irma de “Helena de Souto-Maior, chamada a viuva de Pedra”, e filhas de Belchior da Ponte Maciel, procedente da Ilha Terceira, que faz parte do Arquipelago dos Acores.

Por infelicidade, nao encontrei o tal “titulo Pontes” inteiramente publicado na internet. Porem, pelo que parece, do pouco que pude ver, esse capitulo foi parcialmente perdido ou o autor cometeu algum engano. Parece que diferentemente das outras familias estudadas por Pedro Taques, a familia comeca a partir de ancestrais ja presentes no Brasil e nao traz seus ancestrais dos reinos de Portugal ou Espanha.

A melhor noticia, porem, surgiu do Ancestry.com e do GeneAll.net Portugal. Atraves do primeiro informei-me que Belchior da Ponte Maciel foi casado com Ignez Fernandes e que era descendente de D. Joao Peres de Vasconcelos, o Tenreiro. Se alguem puxar pela memoria de meus escritos anteriores lembrar-se-a que este foi o marido de D. Maria Soares Coelho, filha do D. Soeiro Viegas Coelho, o primeiro a adotar e a repassar essa alcunha aos descendentes e que era bisneto do Egas Moniz, o Aio.

Com estes dado em maos, dei uma rapida olhada no GeneAll.net Portugal e para minha surpresa, ja que nao tinha corrido a ele desde quando soube o nome do pai de Maria Cardoso Souto-Maior, la estava ele e as bolinhas que indicam descender da familia real portuguesa. A quintavo (pentavo) de Belchior da Ponte Maciel, na linhagem Cardoso, foi Maria Nunes de Faria, cuja ascendencia leva ao rei D. Dinis de Portugal e a todas as familias reais europeias e alem. [Ja corrigi abaixo este dado, porque foi descendente de Afonso Dinis, meio-irmao do rei, e filhos do D. Afonso III, outro dos reis de Portugal].

Ou seja, caso comprovada a linhagem genealogica proposta pelo alfere Luiz Antonio Pinto e secundada pelo professor Demerval, ja teremos mais este vinculo com os mesmos ancestrais que ate agora venho encontrando em outras linhagens. Estes resultados, segundo o que venho ha muito propondo, nao sao meras coincidencias. Sao apenas respostas `as probabilidades matematicas de sermos inumeras vezes saidos do mesmo grupo de ancestrais. Quanto mais antigas forem as linhagens, multiplicadas serao as probabilidades de reencontrarmos ancestrais comuns em todas as linhagens.

Bom, alertado por aquela discrepancia expressa nos trabalhos do professor Demerval e do pesquisador Rheingantz, andei procurando pelo nome Joao Pimenta de Carvalho. Como capitulo `aparte, encontrei um Joao Pimenta de Carvalho na Historia Brasileira, completamente distinto da descendencia do Manoel Pimenta de Carvalho, oriundo de Villa Vicosa do Alentejo.

Este Joao Pimenta de Carvalho aparece, entre outros, no endereco: http://www.valedoparaiba.com/cidadesdaregiao_novo/?pagina=cidade&cid=30&menu=111. Trata-se de um site dedicado a Paraty – RJ. Uma rapida biografia dele nos informa que foi o primeiro morador deste local. Foi locotenente da condessa de Vimieiro, d. Mariana de Sousa Guerra, neta de Martim Afonso de Sousa. Tambem foi capitao-mor da Capitania de Sao Vicente.

Este Joao Pimenta de Carvalho faleceu por volta de 1660, bem antes do nosso ancestral Belchior Pimenta de Carvalho, o novo, ter nascido. Foi casado com Maria de Lara que descendia dos Oliveira Gagos de Santos. Nao encontrei na descendencia deste outro Joao Pimenta de Carvalho quem pudesse ocupar o cargo de pai de Belchior. Porem nao posso garantir que nao houvesse nenhum. Ha que se buscar mais porque em Pedro Taques e Silva Leme temos apenas a mencao de que foi casado com Maria Lara, (da nobilissima familia dos Lara, cap. 1o. paragrafo 3o. (3-4) doTitulo Laras, naquelas genealogias), sem a descricao de descendencia.

Porem, o passo mais correto nao eh buscar no sentido dos troncos para a descendencia. Melhor mesmo eh buscar o registro de casamento de Manoel Vaz Barbalho e Josepha Pimenta de Souza para verificar se ha mencao aos nomes dos avos paternos dela. Se houver, teremos a resposta.

Fica aqui tambem o registro do engano do professor Demerval Jose Pimenta que chegou a pensar que a familia Pimenta de Carvalho da qual descendemos tenha sido a unica na epoca colonial no Rio de Janeiro. Temos ai um tronco mais antigo a partir do capitao-mor Joao Pimenta de Carvalho e outro, do capitao Manoel Pimenta de Carvalho, procedente de Villa Vicosa do Alentejo.

Continuando minhas pesquisas encontrei outro Joao Pimenta de Carvalho de interesse. Na pagina 424 encontra-se este enunciado, no endereco na net : http://www.arvore.net.br/Paulistana/ACastanhos.htm:

“6-1 Manoel Pimenta de Sampaio, nobre cidadao do Rio de Janeiro em 1671, sendo entao capitao de ordenanca de Jacarepagua, casado com Anna Joaquina de Menezes, fa. de Francisco Moniz de Albuquerque e de Maria Pimenta de Menezes, n. p. de Pedro Moniz Tello (este irmao de Manoel Pimenta Tello, que foi mestre de campo dos auxiliares no Rio de Janeiro) e de Ignez de Andrade, naturais do Rio de Janeiro, bisn. de Egas Moniz Tello, cavaleiro fidalgo, natural da ilha da Madeira, e de Maria Pimenta de Carvalho (irma direita do revdmo doutor Joao Pimenta de Carvalho, que foi deao da se do Rio de Janeiro); tern. de Manoel Pimenta de Carvalho, natural de Vila Vicosa do Alem Tejo, e de Maria de Andrade, natural do Rio de Janeiro, esta fa. de Belchior de Andrade de Araujo, natural de vila dos Arcos de Valdevez.”

Como sempre, os nossos familiares sao os ultimos. Parece que os membros de nossos troncos familiares no Rio de Janeiro foram considerados de menor importancia pelos genealogistas do passado. Nossos antepassados para eles nao foram “gente boa” o suficiente para constituirem um titulo de genealogia completo, porem, foram bons o suficiente para receberem mencoes honrosas como ancestrais de membros das familias troncos. Nao interessa as razoes que tenham tido os autores, o importante eh que podemos aproveitar as pedrinhas rejeitadas por eles para usa-las como pedras angulares na construcao de nossa Arvore Genealogica.

Neste trecho encontramos dois provaveis irmaos do primeiro Belchior Pimenta de Carvalho encontrado no livro do professor Demerval. D. Maria Pimenta de Carvalho e seu irmao direito, Revmo. Dr. Joao Pimenta de Carvalho, que foi deao da Se do Rio de Janeiro. O Aurelio nos define a palavra deao como: “1. Ecles. Dignitario eclesiastico que preside ao cabido; decano. 2. Decano. 3. Ecles. Coordenador de um grupo de parocos.” E define decano como: “1. O mais antigo ou mais velho dos membros de uma classe, instituicao ou corporacao; deao.”

Entendo, pois, que este Joao Pimenta de Carvalho devia ser o clerigo mais antigo e que possuia uma certa ascendencia sobre seus confrades. Apesar dessa informacao aparentemente elimina-lo como ancestral de alguem por causa do celibato instituido pela Igreja Catolica e rigorosamente fiscalizado naquela epoca da Inquisicao, ha que se manter a mente ligeiramente aberta para uma possibilidade. A de que ele tenha se relacionado com Maria Machado, antes ou mesmo depois de ordenado. Quanto a isso, naquele tempo essas coisas aconteciam e eram melhor toleradas, em nome da Santa Madre Igreja. Exigia-se apenas a discricao no tratamento do assunto entre os paroquianos.

Para acobertar o deslise do irmao, o Belchior Pimenta de Carvalho, o velho, poderia ter adotado como seu proprio filho aquele que seria nosso ancestral. Se algo assim aconteceu, nao alteraria muito a nossa genealogia em termos paternos. Alteraria o lado materno onde teriamos que trocar nossa linhagem Almeida, de d. Francisca de Almeida, para a Machado, de d. Maria Machado. Isso na verdade, possivel, nao muda muito a genetica. Eh provavel que os Almeida e os Machado tivessem muitos ancestrais comuns em Portugal. E isso se tornaria como montar um quebra-cabecas que possui todas as pecas com formatos iguais. Uma peca em ordem trocada mudaria a figura, porem, nao mudaria o formato do conjunto do quadro.

Contudo, mesmo que todas estas minhas conjecturas possam ser entendidas como boas, somente se tornarao grandes hipoteses a partir do momento em que forem comprovadas. Se encontrarmos documentos comprovando a linhagem descrita pelo professor Demerval, algum interessado depois podera buscar o que levou o pesquisador Carlos Rheingantz ao engano, e vice-versa.

As duas versoes cairam como um encruzilhada em nossa genealogia. Nao creio que mudara muita coisa em relacao ao nosso conteudo genealogico tambem porque, embora a encruzilhada nos ofereca dois caminhos diferentes, ambos levarao ao mesmo fim. Supondo que o Joao Pimenta de Carvalho, com Maria Machado, que teria sido pai do Belchior Pimenta de Carvalho, o moco, fosse descendente do capitao-mor Joao Pimenta de Carvalho e nao do Manoel Pimenta de Carvalho, procedente de Vila Vicosa, talvez tenhamos ai somente um pouco mais de trabalho para recompor a nossa Arvore Genealogica, mas o resultado continuara sendo que seremos descendentes das mesmas familias nobres europeias. Senao atraves do proprio capitao-mor, sera atraves de sua esposa que era oriunda dos Oliveira Gago paulistas.

Nos estudos que tenho feito ate agora ja encontrei outros Pimenta de Carvalho no Rio de Janeiro, inclua-se ai (tanto) Joao (quanto Maria), mas nenhum com idade apropriada para encaixar-se em nosso quebra-cabecas. Creio que sejam nossos familiares mas nao tive dados suficientes para comprovar isso. Continuo acreditanto que nao podemos dispensar uma boa lida na obra: “Primeiras Familias do Rio de Janeiro (Seculos XVI e XVII ….) do Carlos Rheingantz.

Nao muito tempo atras, recebi a divulgacao, via CBG, da publicacao de um livro com a genealogia do Bananal. Nome dado a uma das partes das capitanias que deram origem a Rio, Minas e Sao Paulo. Talvez neste tambem encontremos melhores informacoes. Sobretudo a respeito da genealogia do capitao-mor Joao Pimenta de Carvalho.

Caso nao aconteca outra alternativa senao a de sermos mesmo descendentes do Manoel Pimenta de Carvalho e Maria de Andrade, apos comprovada nossa ascendencia em Manoel Vaz Barbalho e Josepha Pimenta de Souza, poderemos buscar o documento “De Genere Et Moribus” do Revmo. Dr. Joao Pimenta de Carvalho. Se o encontrarmos eh provavel que tenhamos um passaporte para encontrarmo-nos com varias raizes da familia.

Ele nasceu na epoca em que Portugal estava sob a Dinastia Filipina, ou seja, estava sob o dominio espanhol, quando a Inquisicao era das mais ferrenhas. Isso implica dizer que antes da ordenacao sua genealogia deve ter sido profundamente investigada para garantir que fosse cristao velho e “sem manchas judaizantes” ou que os ancestrais estiveram envolvidos em qualquer acusacao de sacrilegios. Dai podemos esperar descobrir quem na epoca eram nossos ancestrais em Arcos de Valdevez, Vila Vicosa e no proprio Rio de Janeiro e outros. No caso da Ilha Terceira a “onca ja eh morta”, no caso dos ancestrais de Belchior da Ponte Maciel. Porem, temos outros ancestrais de la.

Eh possivel que mesmo fazendo a troca do casal Belchior Pimenta de Carvalho e Francisca de Almeida pelo Joao Pimenta de Carvalho e Maria Cardoso a nossa genealogia nao ira alterar-se sensivelmente. O sobrenome Machado, tanto quanto o Almeida, estao mesclados com varias das familias primeiro-chegadas ao Brasil. Sera bem possivel que trocando um pelo outro mudaremos algumas pecas do nosso quebra-cabecas de lugar mas logo descobriremos que haverao ancestrais comuns a ambos em suas raizes portuguesas. Seria bom encontrarmos a verdade porque isso retificaria os caminhos genealogicos, contudo, muito pouco devera alterar geneticamente falando. Mesmo que o nosso possivel ancestral Joao Pimenta de Carvalho seja outro que nao estes que ja identificamos.

Como diz o antigo ditado: “Todos os caminhos levam a Roma.” (E o novo que acabo de inventar: “Se correr o bicho pega, se ficar o bicho vaticana.” Um dia explicarei o senso de humor nisso ai). Eu mencionei anteriormente o fato de todas as linhagens genealogicas tenderem para convergir para ancestrais comuns. Mesmo que partamos de linhagens diferentes haverao sempre muitos encontros no final. E pelo que observei dos nossos possiveis ancestrais a partir de Belchior da Ponte Maciel e Ignez Fernandes, nos teremos, repetidamente, os mesmos ancestrais.

Digo isso porque se encontrarmos o nosso vinculo de parentesco com o poeta Carlos Drummond de Andrade, a genealogia dele, ja tao bem estudada, nos informara que descendemos inumeras vezes da familia real portuguesa, particularmente do rei D. Dinis e, em consequencia, de Henri de Bourgogne e Tereza de Leon. Ou seja, os mesmos ancestrais que a familia Barbalho repetira, caso comprovado que o nosso ancestral Antonio Bezerra Felpa de Barbuda, nascido em Ponte de Lima, seja irmao ou primo do Domingos Bezerra Felpa de Barbuda, natural da vizinha Viana do Castelo.

Ambos, alem de, certamente, parentes proximos entre si foram concunhados. O primeiro casou-se com Maria de Araujo e o segundo com Brazia Monteiro, filhas do fidalgo Pantaleao Monteiro e Brazia de Araujo. O Bezerra, segundo o familybezerrainternational tambem descende do casal Henri de Bourgogne e Tereza de Leon. Diga-se de passagem, sao os pais de D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal.

Como afirmei anteriormente, isso nada tem o que ver com coincidencia e sim com um fato derivado da probabilidade matematica. No caso de comprovar-se a tradicao de que os descendentes Furtado Leite do Centro-Nordeste de Minas Gerais sao descendentes de Jose Feliciano Pinto Coelho da Cunha, o barao de Cocais, terao repetidamente os mesmos ancestrais.

Por fim, se as tradicoes que dizem que os Coelho, descendentes do alferes Jose Coelho de Magalhaes, falharem e nao forem descendentes do personagem historico em Minas Gerais: Manoel Rodrigues Coelho, e sim de Bernardo Antonio Pinto de Mesquita e Ana Josefa de Magalhaes Pinto, teremos a constatacao imediata de que voltaremos aos mesmos ancestrais, atraves dos reis dos quais eles descendem. E se a tradicao estiver correta, talvez teriamos apenas um pouco mais de trabalho para comprovar que Manoel Rodrigues Coelho tambem tinha os mesmos ancestrais.

O fato eh este, “nada acontece por acaso”. O “mundo eh que eh pequeno” demais para que estas “falsas coincidencias” nao se cansem de repetir.

Vou postar aqui tambem uma observacao deixada pelo professor Demerval Pimenta, na pagina 254 de seu livro: “A Mata do Pecanha, sua Historia e sua Gente”.

“Do estudo que acabamos de proceder sobre a descendencia do casal MANOEL VAZ BARBALHO e JOSEFA PIMENTA DE SOUZA, verificamos que este casal, entre outros, teve uma filha de nome ISIDORA MARIA DA ENCARNACAO, casada naquele mesmo Arraial, com o portugues Capitao ANTONIO FRANCISCO DE CARVALHO. Foi nos dado constatar que este ultimo casal teve nove filhos, [Joao, 1761; Vitoriana, 1762; Antonio, 1764; Luciano, 1766; Mariana, 1767; Jose, 1769; Francisco, 1771; Bernardo, 1776 e Boaventura Jose Pimenta, 1779] mas, somente de dois deles, VITORIANA e BOAVENTURA, pudemos obter dados sobre os seus descendentes, os quais receberam o sobrenome de JOSE PIMENTA, herdados de JOSEFA PIMENTA. Face a esta cisrcunstancia supomos que os demais filhos do casal MANOEL VAZ BARBALHO e JOSEFA PIMENTA bem como seus outros netos, filhos que eram de ISIDORA MARIA DA ENCARNACAO, tenham tambem recebido o sobrenome de JOSE PIMENTA, derivado da avo JOSEFA. Ha fortes indicios de que as varias familias PIMENTA residentes no Norte e Nordeste de Minas se originaram de Sao Jose do Tapanhoacanga e de Milho Verde. Todavia, nao desprezamos a hipotese de que alguns dos possiveis filhos do casal MANOEL e JOSEFA tenham usado o sobrenome de PIMENTA BARBALHO ou VAZ BARBALHO, os quais teriam dado origem `as familias de sobrenomes VAZ e BARBALHO.”

Acredito que em 1966, quando da publicacao do seu livro, o professor Demerval nao fizesse a menor ideia de quao rapido se dava a multiplicacao humana. Ele menciona tanto os Barbalho quanto os Coelho de Guanhaes e Virginopolis como apendices das familias Borges Monteiro e Pereira do Amaral sem muito de preocupar com a possibilidade de tambem serem descendentes do mesmo casal Manoel Vaz Barbalho e Josefa Pimenta de Souza.

Talvez a desatencao dele para o fato tenha se devido por ja possuir em maos as publicacoes “Algumas Notas Genealogicas” do professor Nelson Coelho de Senna e o “Genealogia e Biografias de Serranos e Diamantinenses” do Dr. Luiz Eugenio Pimenta Mourao. Estes abordam ramos das familias citadas que o professor Pimenta nao abordou. Alem, claro, dos trabalhos do alferes Luiz Antonio Pinto. Eh possivel que o professor Pimenta tenha pensado que, se os outros nao encontraram ligacoes sera porque nao as haviam. E, possivelmente, os outros nao as encontraram porque tinham em mente outras prioridades que nao as de encontrar justamente essas respostas que hoje buscamos.

Como “nada acontece por coincidencia” mesmo, acredito que se tomarmos o casal JOSEPHA PIMENTA DE SOUZA e MANOEL VAZ BARBALHO como ponto-de-partida, nao me sera surpresa encontra-lo como tronco de todas as familias da regiao do entorno da Cidade do Serro, antiga Capital do Norte de Minas. E o mesmo podera se dar se o mesmo fizermos a partir de outros casais que tenham plantado suas dinastias nos mesmos area e tempo. Nao sera “por acaso” que todos seremos: Amaral, Andrade, Barbalho, Borges, Coelho, Ferreira, Monteiro, Pereira, Pimenta e muitos outros, simultaneamente. Sera tudo uma questao de constatacao matematica. E seremos, consequentemente, inumeras vezes descendentes dos mesmos ancestrais que viveram em Portugal em seculos passados.

Alias, temos versao diferente daquela que escrevi acima dando o capitao-mor Joao Pimenta de Carvalho como casado com Maria de Lara. No endereco: http://www.genealogiabrasileira.com/titulos_perdidos/cantagalo_ptoligagos.htm, o pesquisador Lenio Richa apresenta esta versao, no cap. 1o., paragrafo 4o., numero “3 -1. Susana Requeixo, cc. o Cap. Mor Joao Pimenta de Carvalho, n. Portugal, Cavaleiro Fidalgo da Casa Real, morador na Ilha Grande, 1620, Cap. Mor e Ouvidor Loco-Ten. da condessa de Vimieiro, “o qual casou na familia dos Oliveiras Gagos, de Santos”, f. de Goncalo Pimenta de Carvalho, n. Portel, e Maria Jacome de Melo, n. Vila Vicosa, Alentejo, talvez pais de pelo menos:”

No endereco: http://www.valedoparaiba.com/cidadesdaregiao_novo/?pagina=cidade&cid=30&menu=111, acima mencionado, ha a citacao a outra Maria Jacome de Melo, filha do locotenente acima mencionado, segundo a curta biografia dele ali colocada, e uma das primeiras residentes em Paraty, segundo as poucas informacoes a ela dedicadas. No trabalho do pesquisador Lenio Richa esta ainda nao esta presente entre os descendentes dele.

Senti a necessidade de acrescentar mais algumas linhas a este texto. Minhas consideracoes aqui tratam-se de esclarecer um pouco mais o que penso a respeito de, talvez, termos que alterar a proposta da linhagem Pimenta de Carvalho da qual descendemos. Como ja abordei anteriormente, talvez teremos que trocar o casal Belchior Pimenta de Carvalho e Francisca de Almeida pelo Joao Pimenta de Carvalho e Maria Machado. Se for o caso, posso apenas especular por enquanto mas as pecas estao se ajuntando para resultar naquilo que afirmei antes de que a gente altera a figura mas nao altera o formato do quadro em nosso quebra-cabecas.

Ocorreu-me de explicar para os aprendizes de genealogistas que acaso venham a ler este texto a diferenca entre alta e baixa nobreza. As pessoas geralmente pensam que os termos se refiram apenas ao fato de os membros da alta nobreza ocuparem os postos de reis, duques, marqueses, viscondes etc. E os membros da baixa nobreza sejam pessoas feitas nobres por qualquer outro valor que nao a ascendencia nos de alta nobreza, particularmente, dos reis. Mas a verdade eh auspiciosamente diferente disso.

A probabilidade matematica nos ajuda a definir isso melhor. Realmente, os considerados de alta nobreza sao geralmente os reis e seus descendentes mais proximos. Mas devemos lembrar que os casamentos dos reis partiam de interesses em fazer aliancas. Portanto, os reis e as rainhas tinham filhos destes casamentos que, por direito legal, eram os sucessores. Algumas monarquias adotavam o primeiro nascido como sucessor legal (incluia filho ou filha). Mas a maioria dava esse direito somente aos descendentes do sexo masculino. Ou seja, o rei deveria sempre ser o primogenito do rei anterior.

Um dos problemas que Portugal viveu foi justamente por essa questao. D. Maria I era a filha de D. Jose I, que nao teve herdeiros masculinos. A solucao encontrada foi faze-la casar-se com o proprio tio para garantir a sucessao na linhagem bragantina. Se ela ficou louca depois disso nao deve ter sido por poucas razoes.

Porem, alem dos reis e rainhas poderem ter diversos filhos proprios, era comum eles, os homens principalmente, terem outras familias em regime de concumbinato. Isso servia como plano de contingencia para o caso de nao nascerem filhos dos rei e rainha legais, ou os nascidos fossem incompetentes para governar. Pessoas portadoras de impedimentos como a demencia desde a infancia.

Portugal sofreu duas vezes por falta de herdeiros legimos ao trono. Uma no que se chamou de “Crise de 1383 a 1385”, quando a Espanha reclamou o trono portugues. A solucao so se deu apos ter havido guerra entre os dois paises. Com a derrota da Espanha subiu ao trono D. Joao I, o mestre de Aviz. Ele era filho extra-marital do rei.

Alem disso, ele foi tambem pai extra-marital da dinastia de Braganca. Ja seus herdeiros de direito continuaram a dinastia ate 1580, quando novamente o problema se repetiu e, dessa vez, o rei espanhol, Felipe II, nao deixou a peteca cair em maos de outros. Somente a partir de 1640 a monarquia portuguesa foi restaurada na pessoa de D. Joao IV, que era o VIII duque de Braganca.

Voltando ao ponto que quero chegar, os reis geralmente eram pais de inumeros filhos. Muitas vezes as filhas eram enviadas a outras cortes para tornarem-se rainhas consorte (termo muitissimo apropriado!) ou se casavam com membros da alta nobreza local. Dos filhos, o mais velho estava destinado a tornar-se rei. Os outros recebiam titulos subalternos dentro da alta nobreza.

Na proxima geracao, a de netos de determinado rei, a familia poderia ser multiplicada exponencialmente. Nos podemos ter ideia disso lembrando-nos do numero de descendentes de nossos avos. Em meu caso particular, tive cem primos do lado paterno e quase o mesmo numero do lado materno. Mas o cargo de rei era apenas um e os outros postos tambem nao eram suficientes para encaixar todo mundo na mesma esfera. Com isso, uma parte da descendencia, automaticamente, era forcada a entrar numa expiral de desvalorizacao hierarquica. E tambem era em funcao disso que a descendencia procurava casar-se entre si para nao perder de todo o “status magico” de ser parente do rei.

Para complicar as coisas, cada rei novo que subia ao trono repetia a situacao. E o numero de descendentes, mesmo se repetindo o casamento de primos com primos, continuava aumentando em escala exponencial. Imaginem uma situacao dessas ocorrendo num pais do tamanho de Portugal, cuja populacao era pequena em consideracao aos nossos dias, e antes das conquistas em outros continentes que, sem elas nao havia como expandir. Ora, com o passar de 3 ou 4 seculos o primeiro rei seria ascendente de todos os portugueses, desde o rei mais recente ate ao indigente que por qualquer situacao adversa estivesse obrigado a pedir esmola.

Pois eh, a partir de entao eh que os que ocupavam cargos considerados de menor importancia passaram a ser conhecidos como de baixa nobreza. Muitas vezes eram pessoas promovidas pelo valor que demonstravam em guerras ou conhecimentos (descobrimentos em particular). E, estes, se nao haviam guardado a Arvore Genealogica que comprovava suas ascendencias em reis do passado, adquiriam o direito de se casarem com as filhas daqueles que tinham “pedigree”. Eh por isso que, muitas vezes, se torna mais facil encontrarmos uma linhagem nobre atraves de linhagem materna que paterna.

Bom, ocorreu-me lembrar aqui estes fatos por causa da encruzilhada que ficamos entre descendermos do Manoel Pimenta de Carvalho ou do capitao-mor Joao Pimenta de Carvalho. (Podemos ate descender de ambos ou de nenhum deles.) Se observarmos nos detalhes, podemos esperar que ambos, possivelmente, teriam ja algum grau de parentesco. Primeiro porque as assinaturas eram iguais. Depois porque o primeiro procedia de Vila Vicosa e o segundo de Portel. Ambas as localidades estao relativamente proximas uma da outra no mapa.

Para completar a mae de Joao Pimenta tambem era natural de Vila Vicosa. Ambas as localidades estavam contidas no territorio do Ducado de Braganca, cujo titulo foi instituido no final dos anos 1300. Alias, Vila Vicosa era a sede do Ducado de Braganca. Quem desejar saber um pouco mais a respeito de Portel, visite o endereco: http://www.cm-portel.pt/pt/conteudos/freguesias/portel/Breve+Historia+da+Freguesia.htm. Ai pode-se constatar que em 1257 o local fora doado por D. Afonso III, rei de Portugal, ao nobre D. Joao Peres de Alboim, Mordomo-Mor do rei. Apos a Crise de 1383-1385, ele foi doado a D. Nuno Alvares Pereira, o II Condestavel de Portugal.

Acredito que tanto Joao quanto Manoel Pimenta de Carvalho faziam parte da pequena nobreza portuguesa, mesmo antes de o primeiro ter sido feito fidalgo da casa real, ou casado com uma Oliveira Gago e o segundo ter casado com uma Ponte Maciel. Embora nao tenhamos a genealogia pregressa deles, todos os indicios apontam para essa conclusao. Mas nao desejo entrar em mais detalhes do que o necessario neste assunto. Antes ha que provarmos ser descendentes de um ou outro para somente depois visitarmos os detalhes que poderiam interessar-nos. E diga-se de passagem, sendo esta hipotese correta, voltaremos aos mesmos ancestrais do passado em Portugal.

Outra conclusao que tiro deste estudo eh a de que nos falta a construcao de uma Arvore Genealogica a partir desses nossos ancestrais abordados ate aqui. Era a minha vontade, pelo menos, construir uma Arvore Genealogica abrangendo especialmente o sobrenome Barbalho desde o inicio da colonizacao portuguesa no Brasil e fazer as coneccoes dela com as diversas outras genealogias ja prontas e que os nossos ancestrais Barbalho lhes sejam ancestrais, mesmo que nao como troncos masculinos como normalmente se faz.

Acredito que um trabalho como este nao prestaria maior favor `as pessoas particulares que usam o sobrenome Barbalho nos dias atuais do que `a Historia dos brasileiros como um todo. Isso porque o sobrenome Barbalho chegou ao Brasil junto com os outros primeiros povoadores portugueses do pais. Alem disso, as biografias de Luiz Barbalho Bezerra e seus filhos serviriam de icones a serem seguidos, pelos sacrificios que fizeram pela liberdade de Brasil e Portugal e pelos exemplos de vida que foram. Exemplos estes que a populacao atual precisava saber reconhecer e seguir.

Pouco depois de eu ter publicado este texto em meu blog, descobri um pequeno engano de minha parte quanto `a identificacao do rei D. Dinis como nosso ancestral nessa linhagem, porem, trata-se do D. Afonso Dinis, meio-irmao do rei, sendo ambos filhos do D. Afonso III. Por isso escrevi uma carta, que agora acrescento aqui, para enviar aos meus contatos. Ha muito tenho noticias de D. Afonso Dinis como nosso possivel ancestral na linhagem Coelho, caso o nosso ancestral alferes Jose Coelho de Magalhaes for filho de Bernardo Antonio Pinto de Mesquita e Ana Josefa de Magalhaes Pinto. Segue entao:

Meus prezados,

Publiquei ontem o que penso ser a ultima pagina em meu blog, no endereco: https://val51mabar.wordpress.com/2012/09/11/barbalho-pimenta-e-talvez-coelho-descendentes-do-rei-d-dinis/. Revisando agora de manha os dados contidos no geneall.net Portugal, observei um pequeno engano de minha parte. A ascendencia que encontrei foi em D. Afonso Dinis, irmao do rei D. Dinis e filhos do D. Afonso III, rei de Portugal.

De qualquer forma, ficou estabelecido o vinculo entre a populacao (boa parte) da regiao da antiga Villa do Principe, atual Serro, com a casa real portuguesa. Contudo, ficou uma grande duvida quanto `a sequencia genealogica naquele site estar correta. Vou copia-la aqui, com as datas para que fique melhor esclarecido. Vejam entao:

1824 Francisco Marcal de Magalhaes Barbalho – Eugenia Maria da Cruz
+ – 1780 Policarpo Jose Barbalho – Isidora Francisca de Magalhaes
+ – 1740 Jose Vaz Barbalho – Anna Joaquina Maria de Sam-Jose
1716 Josepha Pimenta de Souza – Manoel Vaz Barbalho
1691 Belchior Pimenta de Carvalho – parceira nao identificada
+ – 1650 Belchior Pimenta de Carvalho – Francisca de Almeida
1622 Maria de Andrade – Manoel Pimenta de Carvalho
+ – 1590 Maria Cardoso de Souto-Maior – Belchior de Andrade de Araujo
1577 Belchior da Ponte Maciel – Ines Fernandes

Daqui para frente eh o que se encontra no geneall.net Portugal, porque la ja continha os ancestrais de Helena de Sottomayor (ou Souto-Maior), a viuva de Pedra, que na pagina: http://www.arvore.net.br/Paulistana/Rendons.htm esta apresentada assim: “f.º de Innocencio de Andrade Machado, natural da ilha Terceira (legítimo descendente da família de seu apelido), e de Helena de Souto-Maior, chamada a viúva da Pedra, por esta neto de Belchior da Ponte Maciel, da família dos Pontes Cardoso da mesma ilha. Teve:” Esta pagina eh copiada dos trabalhos dos genealogistas Pedro Taques de Almeida Pais Leme e Luiz Gonzaga da Silva Leme. As descricoes nos trabalhos originais estao melhor trabalhadas. O extrato da pagina mencionada esta no capitulo 5o., paragrafo 1o, na passagem das paginas 14 para 15.

No item 1-1 Jose de Andrada Souto-Maior, ha a informacao de que Maria Cardoso de Souto-Maior era irma inteira da Helena de Souto-Maior ja mencionada. continua entao:

1540 Gaspar de Souto Cardoso – Catarina Valadao
+ – 1510 Maria Alvares Cardosa de Souto Maior – Roque da Ponte Maciel
1485 Margarida Cardoso – Pedro Goncalves do Souto, “o Cavaleiro”
1460 Henrique Cardoso – Beatriz Afonso Homem
Martim Anes Cardoso, “o Pequeno” – parceira nao identificada
Maria Nunes Faria – Joao Vaz Cardoso
Duarte de Faria – parceira nao identificada
1440 Lourenco de Faria – Luisa Pires
1420 Alvaro de Faria – Isabel da Silva
1400 Joao Alvares de Faria – Alda Martins de Meira
1380 Maria de Sousa – Alvaro Goncalves de Faria
1362 D. Lopo Dias de Sousa, sr. de Mafra, Ericeia e Enxara dos Cavaleiros – parceira nao identificada
1330 D. Alvaro Dias de Sousa – Maria Teles de Menezes*
1305 D. Diogo Afonso de Sousa – D. Violante Lopes Pacheco
1260 D. Afonso Dinis – D. Maria Pais Ribeira
1210 D. Afonso III, rei de Portugal – Maria Peres de Enxara
1185 D. Afonso II, rei de Portugal – Urraca, Infanta de Castela
1154 D. Sancho I, rei de Portugal – Dulce de Barcelona, Infanta de Aragao
1109 D. Afonso Henriques, 1o. rei de Portugal – Mahaut (ou Mafalda) de Savoia (Saboia)

*Maria Teles de Menezes – 1330 D. Alvaro Dias de Sousa
1310 D. Martim Afonso Telo de Menezes – Aldonca Anes de Vasconcelos
1280 D. Afonso Martins Teles Raposo – Berengaria Lourenco de Valadares
1250 D. Goncalo Anes Raposo – D. Urraca Fernandes de Lima
1225 D. Joao Afonso Telo de Menezes – Elvira Gonzalez Giron
1205 D. Teresa Sanches – Alfonso Tellez, sr. de Menezes e Albuquerque
1154 D. Sancho I, rei de Portugal – D. Maria Pais Ribeira, “a Ribeirinha”

Como se pode ver, sendo estas linhagens corretas, somos duas vezes descendentes da familia real portuguesa na mesma linhagem. A partir do D. Sancho I, temos que ele deu origem a linhagens diferentes, com parceiras diferentes, que se encontraram no casamento de primos em Maria Teles e D. Alvaro Dias.

O que leva `a suspeita de algum engano eh haverem tres geracoes inseridas no espaco de 20 anos, de 1440 a 1460. Porem, as datas nao refletem, necessariamente, os anos de nascimento dos personagens. O que pode ter acontecido eh uma ou mais geracoes terem sido representadas pelas datas de casamentos e isso fez as idades aparentemente aproximadas. Ou, ainda, pode ser um simples erro de inclusao de geracoes, confusao de ter sido colocado irmaos como sendo pais uns dos outros, quando os filhos se casaram primo com primo

LISTA DE DOCUMENTOS QUE PRECISAMOS

01. Registro de casamento do alferes Jose Coelho de Magalhaes (talvez tenha sido conhecido como Jose Coelho da Rocha) e Eugenia Rodrigues Rocha (talvez tenha sido conhecida como Eugenia Maria da Cruz, 1a.) – deve ser encontrado em Conceicao do Mato Dentro ou em Belo Horizonte, caso Morro do Pilar pertenca `a Arquidiocese de Belo Horizonte. Talvez haja Testamento passado por um deles.

02. Registro de casamento de Maria Rodrigues de Magalhaes Barbalho e Giuseppe Nicatisi da Rocha. Talvez exista em Conceicao do Mato Dentro ou Serro. Solucionaria a questao de ela ser ou nao ser filha de Manoel Vaz Barbalho e Josepha Pimenta de Souza.

03. Registro de casamento de Francisco Marcal de Magalhaes Barbalho e Eugenia Maria da Cruz. Deve ser encontrado em Conceicao do Mato Dentro. Dariamos fim `a duvida `a paternidade de ambos.

04. Documento “De Genere Et Moribus” do padre Policarpo Jose Barbalho. Deve ser encontrado em Mariana nos Arquivos Diocesanos desta cidade mineira. Podera em uma so cajadada liquidar varios “coelhos” que temos a resolver. Podera estabelecer a filiacao do Francisco Marcal de Magalhaes Barbalho e de seus irmaos Jose e Manoel. E, talvez, revelar mais algum que nao seja do nosso conhecimento.

Tambem revelaria quem seriam os avos dele. O “De Genere” do padre Emigdio revelou que ele era filho de Jose Vaz Barbalho e Anna Joaquina Maria de Sao Jose. Isso levou-me a considerar duas hipoteses em relacao aos avos paternos. Poderiam ser os mesmos Manoel Vaz Barbalho e Josepha Pimenta de Souza. Porem, Policarpo casou-se em 1808, deixando suspeita que tenha nascido por volta de 1780. O casal citado acima casou-se em 1732, em Milho Verde do Serro.

Em 1735 o casal Manoel e Josepha teve um filho com o nome Policarpo Joseph Barbalho. Entao, ha espaco de tempo suficiente para que este filho tenha se casado por volta de 1758 e tenha sido pai de Jose Vaz Barbalho. E este, por volta de 23 anos depois, ter sido pai de um Policarpo neto, que tornar-se-ia muito depois o padre Policarpo Jose Barbalho. Esta possibilidade baseia-se no fato de se mudarem as geracoes e os nomes se repetirem em homenagem aos ancestrais. E isso eh muito comum na Familia Barbalho.

O Policarpo Joseph Barbalho pode ter ficado viuvo e se casado uma segunda vez. Esta seria a razao de ele aparecer nos registros de Gravatai – RS. Neste segundo casamento ele casou-se com Bernarda Maria de Azevedo e naquela cidade tiveram varios filhos. Uma delas, Josefa Pimenta de Souza casou-se em 1784. E o registro de obito dele foi lavrado na Villa de Porto Alegre, em 1801, onde faleceu aos 66 anos de idade. Mas a hipotese que penso ser mais provavel eh a de o Jose Vaz Barbalho ser mesmo filho do casal Manoel e Josepha e ser irmao deste Policarpo, alem de Isidora Maria da Encarnacao, cuja descendencia eh retratada no livro do professor Demerval.

05. Registro de casamento de Jose Vaz Barbalho e Anna Joaquina Maria de Sam-Jose. Este deve ser encontrado em Conceicao do Mato Dentro porque ele nasceu no Serro e ela naquela cidade. Uma segunda opcao seria encontra-lo no Serro porque nao se sabe quem mudou para onde. Ajudaria-nos a encontrar os nomes dos pais e dos avos.

06. Registro de casamento de Manoel Vaz Barbalho e Josepha Pimenta de Souza. Este se deu no Distrito de Milho Verde, pertencente a Villa do Principe, atual Serro – MG. A data eh de 18.09.1732. A referencia eh: “Livro 1o. de casamento da Matriz, fls. 78”.

07. Registro de casamento de Paschoa Barbalho e Pedro da Costa, acontecido “no Rio de Janeiro, em 19 de janeiro de 1668.” Isso nao significa que somente estes documentos nos interessam. Se encontrassemos o registro de batismo de d. Paschoa ja poderia ajudar a solucionar essa questao. E mesmo o registro de casamento de d. Maria da Costa Barbalho e Manoel Aguiar ja mostraria os pais dela e os avos. Enfim, qualquer outros documentos narrando essa genealogia ja nos ajudaria a montar o nosso quebra cabeca genealogico. Ao que tudo indica, os registros podem estar nos livros referentes a Sao Goncalo, pois, ali deve ter nascido d. Paschoa.

08. Arquivos do alferes Luiz Antonio Pinto, que se encontra no Arquivo Publico Mineiro – APM -, em Belo Horizonte. Segundo o professor Demerval Jose Pimenta existem anotacoes do registro de casamento de Manoel Vaz Barbalho e Josepha Pimenta de Souza neste.

09. Documento “De Genere Et Moribus” do Revmo. Dr. Joao Pimenta de Carvalho, que deve ter nascido por volta de 1630, nascido no Rio de Janeiro.

10. Registro de casamento de Marcal de Magalhaes Barbalho e (H)Ercila Coelho de Andrade. Deve ter-se dado em Guanhaes, em 05.07.1879 mas os registros podem estar na Cidade do Serro.

11. Registro de casamento de Candida de Magalhaes Barbalho e Joao Batista Magalhaes. Aconteceu em 30.06.1883, em Virginopolis ou Guanhaes.

12. Registro de casamento de Ambrosina de Magalhaes Barbalho e Miguel Nunes Coelho. O casamento deve ter-se dado em 1879 ou 1880 e, mais provavel, em Virginopolis. Mas os registros podem estar em Guanhaes por aquila ainda ser distrito desta `a epoca.

Os registros de casamentos dos outros irmaos: Emigdia de Magalhaes Barbalho, casada com Jose Coelho Nunes (ou Nunes Coelho), sem data; Petronilha de Magalhaes Barbalho, c.c. Joao Nunes Coelho, sem data; Pedro de Magalhaes Barbalho, c.c. Antonia Honoria Coelho, a 25.11.1876 e Quiteria de Magalhaes Barbalho, c.c. Joaquim Pacheco Moreira, sem data, tambem ajudariam a dar resposta `a parte de nossas duvidas e ajudariam a melhorar o nosso conhecimento a respeito dos ancestrais dos conjuges.

MAIS RECENTES NOVIDADES DA FAMILIA BARBALHO

Recentemente encontrei as informacoes que muito procurava, com relacao `a paternidade de nossa ancestral Paschoa Barbalho e ao encaixe entre o Antonio Bezerra Felpa de Barbuda e o tronco familiar da Familia Bezerra de Menezes. Ha agora um indicativo mais forte que tenha mesmo sido irmao de Domingos Bezerra Felpa de Barbuda. Para facilitar meu trabalho, vou anexar aqui dois capitulos do texto do meu blog: https://val51mabar.wordpress.com/2011/02/24/historico-do-povoamento-mineiro-genealogia-coelho-cidade-por-cidade/. Assim nao terei que reescrever o que ja esta pronto. Segue entao:

81. CIDADE DE SAO GONCALO, RIO DE JANEIRO

Este capitulo deveria ser encaixado entre meio o do Rio de Janeiro e o de Nilopolis. Mas somente nos ultimos dias, hoje eh 12.10.2012, consegui algumas informacoes que tanto procurava. Alias, encontrei ate um pouco mais. Isso se deu gracas a uma navegacao que fiz na Internet e, por curiosidade cliquei sobre o endereco: http://www.historia.uff.br/stricto/teses/Dissert-2003_CAETANO_Antonio_Filipe_Pereira-S.pdf.

Ali se encontra uma tese intitulada: “ENTRE A SOMBRA E O SOL, A REVOLTA DA CACHACA, A FREGUESIA DE SAO GONCALO DE AMARANTE E A CRISE POLITICA FLUMINENSE (RIO DE JANEIRO, 1640-1667). O autor eh Antonio Filipe Pereira Caetano. A tese dele eh complexa e longa, porem, da pagina 187 a 194 ha um capitulo: “Os Honoratiores Goncalenses: A Familia Barbalho” que, logico, despertou mais o meu interesse.

Nao li toda a tese, porem, ressaltou `as minhas vistas o detalhe de o autor defender o casamento entre a Historia e a Genealogia para melhor compreensao dos fatos. Pensei: perfeito, justamente o que venho debatendo em meus proprios estudos. Embora, ha que se adicionar tambem Geografia. Geralmente, os estudiosos mais antigos procuram estudar o que eh chamado de “fato”. Contudo, na maioria das vezes eles nos apresentam topicos com uma boa dosagem de opiniao. Isso se da porque nunca os fatos sao aquilo que aconteceu porque eles sao consequencia de processos que, muitas vezes, transcorrem ao longo de muitos anos.

Aquilo que aconteceu em 11 de setembro de 2011 aqui nos Estados Unidos nao foi um fato, foi apenas um capitulo de uma extensa novela que vem se desenrolando ao longo dos seculos. E quem pensa como a maioria dos americanos que resolvera a questao reagindo apenas em funcao daquele “topico” de nossa Historia, ira perder o tempo dele e somente ira prolongar mais as consequencias desastrosas das respostas irresponsaveis. Isso foi o que o presidente George W. Bush fez. Mas aqui estou desviando um pouco do nosso assunto. Que isso sirva apenas de um parametro de como as coisas realmente sao.

Nao posso afirmar que o autor Antonio Filipe tenha sido perfeito na tese dele ja que nao a li por completo. Porem, a ideia de aliar-se a genealogia com a Historia faz um sentido perfeito. E os dados que ele nos passa em sua obra comprova isso ja que temos inumeras literaturas ja arroladas em nossos estudos que, como veremos mais na frente, estao repletas de dados falsos, portanto, nao podem ser consideradas pontos de Historia e sim fantasias que misturam fatos e interpretacoes erroneas.

Vou dar um credito para o Antonio Filipe em alguns dados que ele fornece no capitulo acima mencionado. Principalmente naqueles que ele recolheu de estudos anteriores e que tenham ligacao direta com Sao Goncalo. Depois mencionarei algumas informacoes que, a meu ver, sao distorcidas. Nao que ele as tenha inventado, porem, nao creio que as literaturas que ele consultou apresentem a essencia da verdade. E, claro, nos que somos humanos e tentamos trabalhar com uma gama enorme de informacoes ao mesmo tempo, estamos sujeitos aos nossos proprios erros. Eu proprio estou sempre procurando voltar e consertar os meus. Uma pequena distracao e … la se vai a vaca para o brejo!

Vamos, entao, primeiro passar uma pequena pincelada pela Historia de Sao Goncalo, do Rio de Janeiro. E para isso eu estou recorrendo `as postagens de Historia de Sao Goncalo nos sites da Prefeitura de la e da Wikipedia. Enderecos: http://www.saogoncalo.rj.gov.br/historia.php & http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Gon%C3%A7alo_(Rio_de_Janeiro).

A regiao em torno da Baia da Guanabara foi habitada pelos indios tamoios. Como ja vimos no capitulo do Rio de Janeiro, essa nacao indigena era arredia em relacao aos portugueses e preferia o contato com os franceses. Logo apos `a implantacao da Cidade de Sao Sebastiao do Rio de Janeiro e o exterminio dos indios resistentes, comecou-se a distribuicao de Sesmarias para que os colonos ocupassem e fizessem a defesa do territorio.

No site da prefeitura ha um “quadro sinotico” que resume o processo historico da cidade. Vou copiar e depois dar mais detalhes. Segue:

1579 – a area eh dada como Sesmaria ao nobre Goncalo Goncalves. Ele funda o arraial em torno da capela erguida em homenagem ao santo de sua devocao, Sao Goncalo do Amarante que, na verdade, foi beatificado porem nao canonizado.
16… – Foi implantada uma fazenda conhecida como Colubande, pelos jesuitas. A sede da fazenda foi preservada e hoje eh usada pelo Batalhao da Policia Florestal do Estado do Rio de Janeiro.
1644 – O arraial eh elevado `a categoria de freguesia.
1645 – Pedido de Jurisdicao da freguesia
1646 – Elevacao `a categoria de Paroquia de Sao Goncalo do Amarante. Contava, entao, com 6.000 habitantes.
1647 – confirmacao da freguesia.
1660/1661 – De Sao Goncalo e Niteroi nasce A Revolta da Cachaca, importante marco na Historia Fluminense.
1819 – Suspensao da condicao de Freguesia e eh rebaixada a distrito de Niteroi.
1890 – Elevada a Vila e Municipio. Instalacao do Municipio no mesmo ano, em 12.10.
1892 – Supressao do Municipio em maio e restauracao em dezembro.
1922 – Elevacao `a categoria de cidade.
1923 – Supressao da condicao de Cidade e retorno `a de Vila.
1929 – Restauracao definitiva `a condicao de Cidade.
1940/1950 – Instalam-se grandes industrias e recebe o apelido de “Manchester Fluminense”.

Atualmente, Sao Goncalo eh a segunda cidade mais populosa do Rio de Janeiro e conta com 1.1 milhoes de habitantes aproximadamente. Alguns pontos turisticos podem ser observados a partir do endereco: http://www.saogoncalo.rj.gov.br/sao_goncalo.php.

Talvez os estudiosos que escreveram os dois primeiros textos referidos logo acima nao tenham feito a ligacao dos fatos, pelo menos aparentes, de que as datas de 1644 a 1661 coincidem com a chegada e o assentamento da Familia Barbalho no Estado do Rio de Janeiro, particularmente, na Cidade de Sao Goncalo. Desde 1643 ate 15.04.1644, quando faleceu, o governador do Rio de Janeiro era Luiz Barbalho Bezerra que viera da Bahia para este fim, substituindo a Salvador Correia de Sa e Benevides que teria que viajar para Portugal, para responder a processo aberto contra ele.

Devido `a proximidade da data do falecimento de Luiz Barbalho e a implantacao da Freguesia, eh presumivel pensar que o ato tenha nascido na mesa daquele governador, embora implantado pelo seu sucessor: Francisco de Souto-Maior. Francisco de Souto-Maior era mestre de campo de um terco na Bahia e, certamente, tinha bom relacionamento com Luiz Barbalho que fora mestre de campo tambem na Bahia antes de dirigir-se para o Rio de Janeiro. (Talvez seja nosso aparentado pelo lado Pimenta de Carvalho. Os detalhes mais intimos dessa ligacao encontram-se no meu texto: https://val51mabar.wordpress.com/2012/09/11/barbalho-pimenta-e-talvez-coelho-descendentes-do-rei-d-dinis/).

A observacao que se faz aqui eh a de que a comitiva que deve ter acompanhado Luiz Barbalho, incluindo seus filhos, deve ter se instalado toda em Sao Goncalo, dai o crescimento e a melhoria do local poder ter sido a justificativa para o acelaramento do crescimento no seculo XVII. Tambem nao podemos ignorar a razao obvia de que os recem-chegados tinham o interesse de consolidar um status social elevado que traziam desde Pernambuco.

A criacao da Freguesia significava uma oportunidade de se verem representados nos meios politicos locais. Cada freguesia devia ter o direito a ser representada por pelo menos um senador na Camara Municipal. E isso fazia parte das tramitacoes politicas naquela epoca, como o eh hoje, em escala maior.

Nao ha necessidade de aprofundarmos muito em relacao `a Historia de Sao Goncalo – RJ. Temos acima os enderecos na Internete para os que desejarem mais alguns detalhes. Infelizmente nao temos muito mais `a nossa disposicao. Percebi que o estudo do Antonio Filipe apresenta um pouco mais de genealogia alem da da Familia Barbalho. Contudo, eh muito pouco para o que eu desejava.

O que pretendo agora eh mostrar um pouco de nossa genealogia, suspeita e/ou confirmada, com ligacoes diretas com a Cidade de Sao Goncalo. Comecarei por outro ramo que nao o Barbalho. Copiarei aqui um pequeno extrato do livro: “A Mata do Pecanha, sua Historia e sua Gente”, do professor Demerval Jose Pimenta, que se encontra na pagina 248:

“Os ascendentes da primeira mulher de ANTONIO BORGES MONTEIRO, de nome MARIA DE SOUZA FIUZA, progenitora de ANTONIO BORGES MONTEIRO JUNIOR (Borginha), fazendeiro em Sao Sebastiao dos Correntes {atual Sabinopolis – MG}, sao os seguintes:

Sargento-Mor DOMINGOS BARBOSA MOREIRA, portugues, casado com TERESA DE JESUS, brasileira, natural de Tabaiana, na Bahia. {atualmente se chama Itabaiana, e localiza-se em Sergipe}.

Pais de:

F 1 – NOROTEA BARBOSA FIUZA, brasileira, natural de Sao Goncalo, casada com JOAO DE SOUZA AZEVEDO, natural de Portugal.

Pais de:

N 1 – MARIA DE SOUZA FIUZA, nascida na Vila do Principe, atual Cidade do Serro. Casou-se em 15 de novembro de 1775, na mesma Vila, com ANTONIO BORGES MONTEIRO. Faleceu em 20 de novembro de 1780.”

Estes foram os pais de Antonio Jr, Dorothea e Joao Borges Monteiro. Atualmente encontramos os dados de que Joao de Souza Azevedo, portugues, natural de Vila Nova do Norte, era filho de Manoel de Sousa Azevedo e Anna Coelho. Suspeito que o nome Vila Nova do Norte se refira a Vila Nova de Gaia, Vila Nova do Famalicao ou Vila Nova, no extremo norte da Ilha Terceira, Acores. O problema eh que nao encontrei nenhuma referencia a Vila Nova do Norte em Portugal.

Outro problema a ser resolvido eh saber a qual Sao Goncalo se refere o local de nascimento da ancestral Norothea. A principio eu optei por dar a resposta mais simples `a questao, ou seja, que ela tivesse nascido em Sao Goncalo do Rio das Pedras, que eh um Distrito da antiga Vila do Principe. Alem do mais, consta que este Sao Goncalo surgiu como arraial por volta de 1779 e foi implantado por Domingos Barbosa.

Existe no Arquivo Publico Mineiro – APM – o registro de uma Carta de Sesmarias, datada de 25 de agosto de 1739. O sesmeiro contemplado chamava-se Domingos Barbosa Moreira. Porem, nao obtive informacao se a tal carta trata da posse do local. Mas torna-se razoavel pensar que o fundador do Arraial tenha sido, talvez, um filho do sargento-mor. Isso por causa das datas que podemos deduzir a partir do que temos de concreto.

Maria de Souza Fiuza casou-se em 1775. Deveria ter no minimo 15 anos. Se a mae dela nasceu uns 15 anos antes, seria possivel que esta ja houvesse nascido em Sao Goncalo do Rio das Pedras, embora, o local nao tivesse tal nome. Poderia ter sido o nome da Sesmaria. Mas se a media de casamento da mae e da filha foi 18 anos, temos que o nascimento de d. Dorothea foi na epoca ou anterior `a Sesmaria, dai ela teria que ter nascido em outro Sao Goncalo, e a cidade candidata mais provavel seria a do Rio de Janeiro.

Como foi dito que Domingos era portugues e casou-se com Teresa de Jesus, de Sergipe, era muito provavel que tivessem residido no Rio de Janeiro antes de “assentarem praca” em Minas Gerais. Outro detalhe eh o de que nao sabemos dizer se Dorothea foi a primogenita de Teresa, e Maria Fiuza foi a primogenita de Dorothea. Se nao foram, as datas podem recuar ate por volta de trinta anos ao ano de 1739. Dai o nascimento de Manoel e Teresa poderiam recuar para as voltas de 1680, o que tornaria inviavel tanto eles estarem presentes na fundacao do Arraial quanto Dorothea ter nascido em Sao Goncalo do Rio das Pedras.

Contudo, tudo isso nao passa de hipoteses. O que temos de concreto eh o nome desses ancestrais e o de Sao Goncalo como referencia. Qual deles, nao podemos tomar partido ainda.

Vamos, entao, `a tese do Antonio Filipe Pereira Caetano, referencia acima. Logo de inicio, no capitulo “Os Honoratiores Goncalenses: A Familia Barbalho” ele da uma versao para o inicio da Familia Barbalho Bezerra no Brasil. Ali ele menciona o casal Antonio Martins Bezerra , tambem conhecido como Felpa Bezerra, e Maria Martins Bezerra. A novidade maior para mim eh a informacao de que o casal foi para o Brasil junto com o primeiro donatario de Pernambuco, Duarte Coelho Pereira.

Recorramos entao a outras fontes para sabermos quem era esse Antonio Felpa Bezerra. Para simplificar, postarei aqui uma linhagem genealogica a partir dos reis da Peninsula Iberica, dos quais ele descendia. A primeira informacao que encontrei dos ancestrais dele encontra-se no endereco: http://familybezerrainternational.blogspot.com/2009/12/fontes-sobre-as-origens-da-familia.html. E em segundo plano, confirmei no sitio http://www.geneall.net Portugal. Segue e depois explico:

1016 Fernando I Magno, rei de Castela e Leao – Sancha, infanta herdeira de Leao
1039 Alfonso VI, rei de Castela – Ximena Moniz
1080 Teresa de Leao, condessa soberana de Portugal – Henri de Bourgogne
1095 D. Urraca Henriques – Bermudo Perez de Trava
D. Teresa Bermudez de Trava – D. Fernando Aires de Lima
1176 D. Rodrigo Fernandes, o Codorniz – ? Rodrigues
1198 Maria Rodrigues Codorniz – Joao Bezerra
Goncalo Gomes Bezerra – ?
Soeiro Goncalvez Bezerra – ?
1340 Fernao Bezerra – Maior Fernandes de Moscoso
Martim Bezerra de Moscoso – ? do Campo
Lopo Bezerra de Moscoso – N
Fernao Lopes Bezerra – ?
Lopo Fernandes Bezerra – ?
Rodrigo ou Affonso Bezerra – Violante Moscoso
Martim Bezerra – ?
Antonio Pires ( ou Martins) Bezerra – Maria Martins Bezerra
1526 Domingos Bezerra Felpa de Barbuda – Brasia Monteiro

O autor do texto da Familia Bezerra nao menciona os primeiro reis no topo dessa linhagem. Ele comeca de Teresa, a condessa soberana de Portugal. Ela foi a mae tambem do Afonso Henriques, que foi tutorado pelo famoso Egas Moniz, o Aio. Afonso Henriques tornou-se o primeiro rei de Portugal. Egas Moniz foi o bisavo do Soeiro Viegas Coelho, o primeiro a adotar o sobrenome e a passa-lo para os filhos.

No final da linhagem apresenta-se a definicao que o Antonio Martins Bezerra tambem foi mencionado como Antonio Pires, porem, para ser filho de Martim, a regra determinava que ele fosse cognominado mesmo de Martins. E a sequencia leva a Domingos Bezerra Felpa de Barbuda, casado com Brasia Monteiro. Brasia era filha de Pantaleao Monteiro e Brasia Araujo. Essa sequencia leva `a uma das muitas linhagens da familia Bezerra no Nordeste brasileiro.

O que nos interessa aqui eh o autor Antonio Filipe nos ter informado que Antonio Martins Bezerra e Maria Martins Bezerra se instalaram em Pernambuco. Porem, por outras fontes, acredito que ele tenha cometido um engano ao dizer que o casal fora tambem os pais de Guilhereme Bezerra Felpa de Barbuda. Pode ate ser, porem, este sera outro Guilherme, acredito, um tio do Guilherme casado com Camila Barbalho.

No endereco: http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=188&cat=Ensaios&vinda=S, “Arvore de Costado de Francisco Buarque de Holanda”, de autoria de Pedro Wilson Carrano de Albuquerque, disponibilizado pela Usina de Letras, nao temos os nomes do Antonio Martins Bezerra e Maria, porem, temos o de Antonio Bezerra Felpa de Barbuda, casado com Maria Araujo, irma da Brasia Monteiro. Estes sim sao indicados como pais de um Guilherme, possivel, marido da Camila Barbalho, que era filha de Braz Barbalho Feyo e Catharina Tavares de Guardes. Catharina era filha de Francisco Carvalho de Andrade, armeiro real, e Maria Tavares de Guardes, tambem chegados a Pernambuco com Duarte Coelho Pereira.

Desta parte para cima deste capitulo eu o estava escrevendo diretamente no computador, no qual deixei o escrito no inbox. Agora o terminei no papel antes de passa-lo para o computador.

A razao pela qual nao estou podendo continuar meu trabalho no aparelho se da por minha esposa e eu termos tido uma briga sem maiores fundamentos. Porem ela eh a dona dele e decidiu que nao poderia mais manipula-lo. (Morre de ciumes de eu estar procurando namorada ali…, ah aha ha!…). De minha parte, posso a abster-me da regalia de mexer no que eh dela e guardado com tanto ciume. Estou agora usando algumas horas de emprestimo para tornar publico os meus pensamentos.

Voltando um pouco aos dados que ja coletei, temos que o nucleo inicial que formou o ramo Barbalho (e a Familia Brasileira de um modo geral) ao qual pertencemos se compoe a partir de tres senhores de engenho, assentados em Pernambuco, desde o periodo em que Duarte Coelho Pereira foi seu primeiro Capitao-Mor. Sao Eles:

1. Pantaleao Monteiro, casou-se com Brazia de Araujo. Foi senhor do Engenho de Sao Pantaleao, que ficava na Varzea do Beberibe. Este engenho passou a ser conhecido como Engenho do Monteiro, porem, por causa do sobrenome de dono posterior. No local onde existiu o engenho, atualmente se encontra o Bairro do Monteiro, em Recife. Pantaleao e Brazia foram pais de: Maria de Araujo, esposa de Antonio Bezerra Felpa de Barbuda.

2. Francisco Carvalho de Andrade, casou-se com Maria Tavares de Guardes. Foi senhor do Engenho Sao Paulo, tambem na Varzea do Capibaribe. Era armeiro real. O casal foi pai de Catharina ou Maria Tavares de Guardes que se casou com Braz Barbalho Feyo.

3. Braz Barbalho Feyo, casou-se com Catharina (ou Maria) Tavares de Guardes. Foi senhor do Engenho do Barbalho, que se encontrava no Cabo de Santo Agostinho, tambem em Pernambuco. Foram pais de Camila Barbalho que se casou com Guilherme ou Antonio Bezerra Felpa de Barbuda.

Segundo o pesquisador Antonio Filipe Pereira Caetano, foi desta mesma epoca a chegada do casal Antonio Martins Bezerra e Maria Martins Bezerra a Pernambuco. Ele atribui a paternidade do Guilherme a este casal, enquanto que no estudo: “Chico Buarque e seus Antepassados” especifica-se que houve um filho com esse nome atribuido a Antonio Bezerra Felpa de Barbuda e Maria Araujo.

Creio que a segunda versao faca mais sentido. Isso porque no site familybezerrainternational (vejam o resumo no final do texto) mostra-se que Antonio e Maria Martins Bezerra foram os pais de Domingos Bezerra Felpa de Barbuda, que foi o marido de Brazia Monteiro, tambem filha dos senhores de engenho: Pantaleao Monteiro e Maria Araujo.

Naquele site ha tambem a infromacao de que Domingos nascera em Viana, em 1526. Disso podemos deduzir que os pais dele terao nascido em torno de 1500, podendo ser um pouco mais ou um pouco menos. Nao muito menos ou mais para o caso da Maria Martins, por causa do limite util da vida reprodutiva feminina.

No ensaio publicado pela Usina de Letras ha a informacao de que Antonio Bezerra Felpa de Barbuda nasceu na Cidade de Ponte de Lima. Ele esta identificado no estudo sob a numeracao: 9692. Maria Araujo eh o numero seguinte. O proximo eh Braz Barbalho Feyo, seguido da esposa: Catharina (ou Maria) Tavares de Guardes. Observando-se o mapa de Portugal, percebe-se que Ponte de Lima e Viana estao na mesma linha do Vale do Rio de Lima e sao vizinhas.

Isso leva ao pensamento de que Antonio e Maria Martins tenham iniciado suas vidas em Ponte de Lima e depois se mudado para Viana, antes de embarcarem para Pernambuco. A razao para isso eh que, ja no inicio dos anos 1500 a Cidade de Viana experimentou um grande progresso por ter sido favorecida pelo fato de estar nas proximidades do oceano e, por esta razao, ter se tornado um dos mais ativos entrepostos comerciais na epoca das Grandes Descobertas. Portanto, seria natural que houvesse um fluxo migratorio nesse sentido. Neste caso, a data esperada para o nascimento do irmao do Domingos, o Antonio, seria anterior a 1526.

O que, em segunda hipotese, o fluxo migratorio ser invertido. Isso porque os primeiros exploradores embarcados junto com Duarte Coelho foram para o Brasil por volta de 1535. Naturalmente, deverao ter seguido apenas os homens que implantaram primeiro algumas construcoes, fizeram os contatos com os indigenas e decidiram locais de moradas. Temos que nos lembrar que a viagem que atualmente se da em questao de horas sobre o Atlantico era feita em meses naquela epoca. Ate as primeiras mulheres poderem ter sido levadas passaram-se uns poucos anos.

Porem, isso nao implica que a mudanca da familia tenha sido no sentido que apresensei primeiro. Se a Maria Martins fosse natural de Ponte de Lima poderia ter sido mais conveniente para ela voltar a residir na cidade natal, enquanto esperava o marido. E este podera ter feito viagens de visita, embora as dificuldades fossem enormes. Mas nunca se sabe! O que atualmente considerariamos grande dificuldade, muitas vezes, era considerado como sendo apenas “parte da vida” por nossos ancestrais. Para alguns, a travessia do Atlantico talvez fosse diversao, como hoje eh a pratica de esportes superradicais para uns poucos.

Se essa segunda opcao ocorreu eles poderiam ter sido pais de um dos Guilherme Bezerra Felpa de Barbuda, que poderia ter nascido entre 1535 e 1550, caso a Maria Martins tivesse se casado bastante nova. Ai sim este, com certa dificuldade, poderia ter se casado com a Camila Barbalho que seria bem mais nova que ele. Mas o que penso ser mais provavel eh encaixar-se ai uma geracao intermediaria entre o nascimento dos filhos do casal: Antonio e Maria Martins Bezerra e o provavel bisneto (e nao neto) Luis Barbalho Bezerra, nascido “em 1584, na propria Capitania de Pernambuco.”

Como na primeira hipotese espera-se que o Antonio Bezerra Felpa de Barbudo tenha nascido por volta de 1524, ou antes, em Ponte de Lima, sera perfeitamente esperado que possa ter sido pai do Guilherme, cerca de 30 anos depois e ter-se tornado avo, outros 30 anos seguintes do nosso heroi Luis Barbalho Bezerra. A media de 30 anos entre geracoes eh ate um pouco esticada em relacao `as condicoes da epoca, onde a media de vida das pessoas girava em torno de 30 anos. Apenas nos dias de hoje essa media eh considerada normal.

Neste caso, eh perfeitamente possivel que o Guilherme, filho do Antonio e que realmente existiu, seja mesmo o pai do Luis, o bisneto de Antonio e Maria Martins Bezerra. Contudo, se a segunda hipotese ocorreu e o Guilherme foi um filho tardio do casal Antonio e Maria, ha tambem a possibilidade de o Luis ter sido um filho tardio do Guilherme.

Observem aqui que nao estou querendo contradizer o pesquisador Antonio Filipe e os autores que ele consultou apenas para ser “do contra”. Ele nos revela que outros autores encontravam informacoes que corroboram com uma hipotese que eu levantei antes, ou seja, que Antonio e Maria Martins Bezerra, pais do Domingos Bezerra Felpa de Barbuda seriam tambem nossos ancestrais. E, ate entao, que o Domingos e o Antonio de mesmo sobrenome dele eram irmaos.

O importante eh que o trabalho do Antonio Filipe ajudou-me a preencher duas lacunas que existiam em minha hipotese de linhagem de familia que vinculava a Familia Barbalho do Centro-Nordeste de Minas Gerais a alguns reis da Peninsula Iberica. Neste ponto, a resposta que eu procurava ja foi confirmada. Nos temos a linhagem entre as familias reais ate ao Antonio Martins Bezerra. Agora sabemos que ele eh, via Guilherme ou via Antonio e Guilherme, ancestral do Jeronimo Barbalho Bezerra. A segunda lacuna, que veremos mais `a frente, diz respeito aos filhos do Jeronimo, que nos poe diretamente ligados com os mesmos ancestrais.

O autor do “Entre a Sombra e o Sol …” menciona que a origem do sobrenome Bezerra se deu na Provincia de Lugo, na Galiza, que eh a parte Noroeste da Espanha, vizinha do Norte de Portugal. Galiza ou Galicia foi o primeiro reino de sistema medieval implantado na Europa e se deu com a queda do Imperio Romano em 511 d. C., com as invasoes germanicas. Os galegos (ou gaios) e os visigodos foram os ancestrais loiros das familias iberoamericanas. Eu acrescento que o local foi Becerrea, uma Freguesia onde os Becerra eram dominantes. Passando para Portugal o sobrenome foi traduzido para Bezerra.

O interessante eh que, do ponto de vista genealogico, aos descendentes que desejam sentir-se mais proximos das familias reais, a hipotese de que foi o Guilherme, filho do Antonio e Maria, o nosso ancestral sera mais atrativa porque economisa-se uma geracao, o que dobraria os nossos vinculos geneticos. Mas o meu questionamento vem em funcao da questao do tempo da passagem das geracoes. Entre 1494, data de nascimento provavel que eu hipotetizo como sendo a do Antonio Martins Bezerra, e 1584, data de nascimento do Luis, passam-se 90 anos. Essa distancia entre avo e neto nao era impossivel naquela epoca, mas era improvavel, e eh mais apropriada para a relacao entre bisavo e bisneto.

Dando sequencia `a nossa linhagem genealogica temos entao o seguinte:

1494 Antonio Martins Bezerra – Maria Martins Bezerra
1524 Antonio Bezerra Felpa de Barbuda – Maria Araujo
1554 Guilherme Bezerra Felpa de Barbuda – Camila Barbalho
1584 Luis Barbalho Bezerra – Maria Furtado de Mendonca
1616 Jeronimo Barbalho Bezerra – Izabel Pedroso
1650 Paschoa Barbalho – Pedro da Costa Ramiro
1678 Maria da Costa Barbalho – Manoel Aguiar
1706 Manoel Vaz Barbalho – 1716 Josepha Pimenta de Souza
1738 Isidora Maria da Encarnacao – Antonio Francisco Carvalho
1779 Boaventura Jose Pimenta – Maria Balbina de Santana (Borges Monteiro)
1821 Modesto Jose Pimenta – Ermelinda Querubina Pereira do Amaral
1853 Cornelio Jose Pimenta – Josephina Carvalho de Souza
1893 Demerval Jose Pimenta – Lucia Pinheiro Pimenta

As tres primeiras datas e as para Maria e seu filho Manoel sao hipoteticas apenas para que tenhamos nocao de uma linha de tempo razoavel. Por razoes obvias estiquei a genealogica ate ao autor do livro: “A Mata do Pecanha, sua Historia e sua Gente”. O pai dele, coronel Cornelio, foi um dos primeiros moradores do Arraial que deu origem ao Municipio de Sao Joao Evangelista – MG, onde ja residia antes da fundacao. Os nossos vinculos com eles se dao pela linhagem Barbalho; atraves da bisavo Maria Balbina de Santana (Borges Monteiro) e da avo: Ermelinda Querubina Pereira do Amaral.

A segunda lacuna que o Antonio Filipe nos ajudou a preencher foi o fato de ele ter encontrado que d. Paschoa Barbalho era filha do Jeronimo Barbalho Bezerra. Descrevendo o ramo Barbalho ate onde conseguiu dados, foi o professor Pimenta quem nos passou a consciencia de sermos descendentes do Luis Barbalho Bezerra. Nome este que esta invertido em seu livro. A descricao apresentada pelo professor Demerval eh a seguinte:

“Ascendentes de Manoel Vaz Barbalho

I – LUIZ BEZERRA BARBALHO, heroi brasileiro, nascido em Pernambuco, imortalizado nas lutas contra os holandeses, e principalmente na sua famosa retirada `a testa de mil homens, desde o Rio Grande do Norte ate a Bahia, em 1638. Foi nomeado Governador do Rio de Janeiro. Faleceu em 1654.

Pais de:

II – Capitao JERONIMO BEZERRA BARBALHO, casado com IZABEL PEDREIRA. Faleceu no cadafalso, no Rio de Janeiro, em 8 de abril de 1661.

III – PASCOA BARBALHO, neta de JERONIMO BEZERRA BARBALHO, era casada com PEDRO DA COSTA, no Rio de Janeiro, em 19 de Janeiro de 1668. Deste casal procede:

IV – MARIA DA COSTA BARBALHO, batizada na Freguesia de Nossa Senhora da Apresentacao de Iraja, distrito do Rio de Janeiro, casou-se com MANOEL AGUIAR, viuvo de ANA PEREIRA DE ARAUJO.

Pais de:

V – MANOEL VAZ BARBALHO, casado em 18.9.1732, em Milho Verde, com JOSEFA PIMENTA, filha de BELCHIOR PIMENTA DE CARVALHO.”

Apesar dos pequenos enganos do professor Demerval, como a inversao da assinatura; a troca da data de falecimento do dia 6 para o dia 8; a troca do sobrenome Pedroso, em Izabel, para Pedreira, e a data para o falecimento do Luis, de 1644 para 1654, acredito que possamos confiar nos resultados das pesquisas dele, embora, sempre havera que se fazer uma verificacao.

Uma dessas verificacoes foi a que encontrei numa tese a respeito dos engenhos do Rio de Janeiro (www.ub.edu/geocrit/sn/sn-218-32.htm, segundo quadro – 1686 – 1705) onde se comprova que d. Paschoa Barbalho realmente existiu; o nome completo do marido dela era Pedro da Costa Ramiro, e no final do seculo XVII foram donos do Engenho de Sao Bento, situado no Mutua, nas bandas de Sao Goncalo.

Quanto ao sobrenome “da Costa”, gostaria de verificar posteriormente se tinha algum relacionamento com Antonio da Costa, o navegador que participou da conquista do Rio de Janeiro, apoiando Estacio de Sa, e/ou com Pedro da Costa, o primeiro “tabeliao do publico e judiciario” da Cidade de Sao Sebastiao do Rio de Janeiro.

Essa curiosidade a respeito de relacionamento se extende tambem ao sobrenome Aguiar, em Manoel Aguiar, marido de Maria da Costa Barbalho. Sabemos que estes sobrenomes permanecem presentes no Rio de Janeiro entre as familias mais conhecidas de la. Eh possivel que estejam ligados aos fundadores e personalidades historicas do Rio de Janeiro, pelo menos no que se trata `as familias da classe de servidores publicos.

Voltando entao ao trabalho do Antonio Filipe Pereira Caetano e a Sao Goncalo. Na pagina 179 encontram-se algumas informacoes da passagem da geracao do Jeronimo Barbalho Bezerra para a de Paschoa Barbalho. Levantei anteriormente varias hipoteses baseadas nos indicios distorcidos que encontrei em textos na internet. Todas erradas, exceto por uma.

Num resumo de biografia do mestre de campo Luis Barbalho Bezerra, na Wikipedia, foi dito que os irmaos Jeronimo e Agostinho haviam chegado jovens ao Rio de Janeiro, com os pais deles. Eles foram para la em 1643. Portanto seria algo totalmente inesperado que uma neta do Jeronimo estivesse se casando em 1668, segundo o proposto pelo professor Demerval. Assim, sugeri que ela fosse filha. Tambem duvidei da informacao da Wikipedia a respeito das idades dos personagens. O dado de que o Jeronimo nasceu por volta de 1616 o coloca com 28 anos, o que era para la de meia-idade naquela epoca.

Mas o que mais ajudou em nosso caso foram os dados abaixo:

Joao do Couto Carnide – Cordula Gomes, pais de:
Isabel Pedroso – Jeronimo Barbalho Bezerra

Estes nossos ancestrais foram pais de : Jeronimo Barbalho, 1645; Felipe Barbalho Bezerra, 1647; Paschoa Barbalho, 1650; Luis Barbalho, 1651 (falecido antes de 1660); Micaela Barbalho Bezerra Pedroso, 1653; e Luis Barbalho Bezerra, 1660. O Antonio Filipe informa que estes filhos nasceram no Rio de Janeiro, porem, os netos, principalmente os oriundos das filhas possuiram ligacoes com Sao Goncalo.

Os dados que ja encontraramos realmente informam que Agostinho e Jeronimo possuiram fazendas em Sao Goncalo. A nota da presenca do Agostinho em Sao Goncalo nos vem na biografia dele, escrita por Francisco Augusto Pereira da Costa, no “Diccionario Biographico de Pernambucanos Celebres”.

Ja a presenca do Jeronimo eh mais especifica. O trabalho do Antonio Filipe e outros afirmam que teve fazenda na Ponta do Bravo. Este foi o local onde ocorreram as reunioes que decidiram pela eclosao do feito mais conhecido do Jeronimo que foi liderar “A Revolta da Cachaca”. Ele foi o unico dos lideres que foi sumariamente condenado e executado. Os outros foram presos e, julgados em Portugal, ganharam as simpatias dos cabecas da realeza, e que os deram por inocentes, enquanto Salvador Correa de Sa e Benevides tornou-se reu e culpado do assassinato de um dos herois da resistencia ao invasor holandes.

Fica, assim, confirmado os nossos vinculos com Sao Goncalo e justificado a abertura deste capitulo.

Numa das literaturas que consultei ha a mencao de que houvera um segundo Luiz Barbalho Bezerra que aparece como capitao no Rio de Janeiro. O que posso presumir eh que o tal seja o filho mais novo do Jeronimo.

As fontes literarias consultadas pelo Antonio Filipe, em relacao `a nossa genealogia, foram o “Dicionario das Familias Brasileiras”, p. 368 (Barbalho Bezerra) de Afonso Henriques da Cunha Bueno & Carlos Eduardo de Almeida Barata, lancado em 2000; e “Primeiras Familias do Rio de Janeiro (seculos XVI e XVII), pags. 188-195 do Carlos Rheingantz, lancado em 1965. O “Dicionario de Familias Brasileiras” a partir de agora fara parte de literaturas a serem consultadas para a ampliacao dos nossos conhecimentos genealogicos. Foi a primeira vez que ouvi mencao a respeito dele.

Acrescente-se agora a definicao de que Cecilia Barbalho era mesmo filha do Luis Barbalho Bezerra, o velho, e nao esposa do Agostinho, como muitos erroneamente o indicaram. Este erro esta inclusive anotado na propria biografia dela. No livro “Pantheon Fluminense; Esbocos Biographicos” este engano esta ali registrado tambem. Observe-se que ali se menciona a presenca de filhas do casal, porem, nao da nome a elas.

Outra grande novidade, para mim, que o trabalho do Antonio Filipe nos da eh a de que houve um filho dos ancestrais Luis Barbalho e Maria Mendonca chamado Antonio Barbalho Bezerra, casado com Joana Gomes da Silveira. Nao posso afirmar com certeza mas penso que possa have ai um engano de informacao. O casal realmente existiu e faz parte da Historia da Vila de Nossa Senhora das Neves, atual Joao Pessoa.

Ao mencionar o Antonio Barbalho Bezerra o Antonio Filipe pode ter cometido os enganos de dizer que ele fora o filho mais novo (“casou, em 6 de novembro de 1633”) e de que a esposa fosse neta de Duarte Gomes da Silveira. Acredito que o Francisco Monteiro tenha sido o filho mais novo e antes eu calculei errado que tivesse nascido em 1634. O mais provavel eh que tenha nascido em 1644, pois, recebeu a aposentadoria compulsoria em 1704. Se bem recordo, as aposentadorias compulsorias no servico militar se davam aos 60 anos e nao aos 70. Oferecerei mais detalhes da vida do Antonio Bezerra no capitulo 82, dedicado `a Cidade de Joao Pessoa.

Outro engano que o Antonio Filipe cometeu tambem foi o dizer que Luis Barbalho Bezerra foi pai de apenas seis filhos. Acredito que os genealogistas baianos basearam os estudos deles apenas nos documentos encontrados na Bahia. O mesmo deve ter sido feito no Rio de Janeiro. Assim, ambos os times encontraram o numero 6, porem, a relacao de nomes difere uma da outra lista. Da Bahia constam: Agostinho, Guilherme, Fernao, Antonia, Cosma e Francisco Monteiro. No Rio temos: Antonio, Guilherme, Cecilia, Francisco Monteiro, Agostinho e Jeronimo. Ou seja, 3 sao repetidos, o que nos da um total de 9 filhos.

Infelizmente, perdi a fonte onde encontrei o nome Celia Carreiro. Nao posso usar o geneall.net Portugal como referencia porque fui eu quem indicou o nome e a referencia. Ela parece nao ser filha da Maria Furtado de Mendonca, por nao se encontrar em nenhuma das listas. E, talvez, se encaixe perfeitamente como filha de alguma possivel primeira esposa falecida do Luis Barbalho, por causa do indicativo da data de 1600 para o nascimento do marido dela: Fernao Aires Furtado.

Segundo o Antonio Filipe, Luis Barbalho e Maria Furtado teriam se casado em 1644, quando o Luis contava 30 anos. Algo nao muito comum para os homens de familias bem posicionadas socialmente como era a dele.

Assim ficam definidos 9 filhos e filhas de Luis Barbalho Bezerra (mais uma a ser confirmada) e Maria Furtado de Mendonca. Eh interessante que, se esta lista estiver correta, nos podemos ter uma visao de como uma unica familia poderia dominar o cenario nacional naquele tempo, bastando ser numerosa, fazer parte da nobreza da terra e colocar-se `a disposicao do servico Publico, ou de sua magestade.

Nao posso dizer que a familia tivesse um plano de dominio do pais mas isso poderia ter ocorrido se alguns acontecimentos infelizes nao tivessem ocorrido. Certamente, nao houve um planejamento porque foram as guerras contra os holandeses que praticamente forcaram a familia a entrar toda para o servico militar e, em consequencia disso, ser dispersada para os pontos estrategicos da nacao `a epoca.

Tirando Pernambuco que, aparentemente, Luis Barbalho nao deixou descendentes e tambem nao seria necessario porque ja possuia vinculos familiares com os mais poderosos locais, vejamos para onde foram os filhos. Observando-se antes que, em Pernambuco, o avo do Luis Barbalho: Bras Barbalho Feyo, era concunhado de Joao Paes Velho Barreto que se tornou o senhor de engenhos mais prospero daquela Capitania. Joao Paes casou-se com Ines e Bras com Catharina (ou Maria), filhas de Francisco Carvalho de Andrade e Maria Tavares de Guardes. Outros Barbalho da familia tambem devem ter permanecido em Pernambuco.

Por um certo tempo, o Guilherme foi o alcaide-mor de Sao Christovao, a entao capital de Sergipe. E o filho dele, Domingos, o sucedeu.

Em tambem sendo filho, o Antonio tornou-se o segundo senhor do morgado de Sao Salvador do Mundo da Paraiba. Foi um morgado riquissimo e criado pelo sogro dele: Duarte Gomes da Silveira (ou avo de sua esposa Joana Gomes da Silveira).

Em Salvador, o Fernao Barbalho era capitao do Forte de Sao Marcelo, tambem conhecido como Nossa Senhora do Populo. Ele deixou o cargo para servir ao Infante e futuro rei D. Pedro, em Portugal. Este Pedro foi o cabeca da armacao que destituiu o rei Afonso VI em 1668, tornando-se Pedro, o regente, antes de tornar-se rei apos `a morte do irmao em 1686.

Fernao colocou em seu posto como capitao do Forte de Sao Marcelo o seu irmao: Francisco Monteiro Barbalho Bezerra. Essa manobra manteve um dos varoes da familia na Bahia, porem, enfraqueceu um pouco o poder dela no pais porque o Francisco poderia ter sido destacado para algum outro ponto estrategico, como a Capitania de Sao Paulo por exemplo, onde nao tinha representantes.

As aliancas continuam na Bahia, com os casamentos das filhas Antonia e cosma. Elas se casaram respectivamente com Antonio Ferreira de Souza e Francisco de Negreiros Sueiro. Familias estas que dominavam o rico Reconcavo Baiano. Para se ter uma melhor ideia dessas aliancas, d. Ines Theresa Barbalho Bezerra, filha de d. Antonia, casou-se com o fidalgo Egas Moniz Barreto, que no mesmo ano do casamento foi promovido a coronel, e que cuja influencia genetica nas familias nobres do Imperio torna-se bastante acentuada.

A existencia do Jeronimo fora discreta, sobressaindo-se apenas durante “A Revolta da Cachaca”. Nao tenho como afirmar realmente que fora discreta porque existe a possibilidade de os inimigos deles terem queimado alguns documentos com registros da presenca dele na Terra. Um tipo de vinganca ate facil de prever em casos de pessoas que eram executadas, principalmente de forma sumaria. Talvez ele tenha aparecido menos justamente por talvez ter sido encarregado de ser o Aio da familia. Enquanto tinha ainda irmaos menores, filhos e sobrinhos, alem dos mais velhos estarem envolvidos nas guerras, alguem teria que assumir os negocios e a pageanca do cla.

O falecimento do Jeronimo em consequencia da “Revolta da Cachaca” deve ter castrado as mehores oportunidades da familia porque os filhos eram ainda muito jovens e nao poderiam assumir cargos de maiores responsabilidades.

No Rio de Janeiro a familia teve la seu apice com o Agostinho. Alem de “bem casado” e bem relacionado com as altas esferas do poder, tinha um curriculum invejavel e quase impecavel. A ambicao dele foi enorme. Pediu e ganhou o direito perpetuo sobre a Ilha de Santa Catarina. Mas nunca tomou posse porque faleceu logo depois de ter conseguido. Lembremos que Santa Catarina, a ilha, onde hoje se localiza Florianopolis, foi o quartel avancado que assegurou a posse dos Estados da Regiao Sul para o Brasil.

Na ocasiao do falecimento dele, ele acumulava o cargo de “cacador das esmeraldas”. Era administrador das minas de Sao Paulo. Se o encontro das minas tivesse se dado na administracao dele, Minas Gerais teria ganhado pelo menos um marques com o sobrenome Barbalho.

Ainda no Rio de Janeiro, a Cecilia Barbalho casara-se com Antonio Barbosa Calheiros. Oriundo de familia (Barbosa) que fazia parte das altas rodas do poder. Igualmente triste, neste sentido, foi a Cecilia ter ficado viuva sem que o marido lhe tivesse deixado heranca muito relevante. Foi dito que por esta razao internou-se, com as filhas, em um abrigo construido por ela propria na propriedade da Capela de Nossa Senhora da Conceicao, na famosa Rua da Ajuda. Mais tarde ela tornou-se a mentora do Convento de Nossa Senhora da Ajuda. Foi o primeiro convento feminino do Rio de Janeiro

Ha que se fazer aqui uma ressalva. Parece que a informacao a respeito dos detalhes genealogicos da Cecilia Barbalho encontram-se no “Primeiras Familias do Rio de Janeiro, 1:195”, do genealogista Carlos Rheingantz. No livro: “Alfandega do Rio de Janeiro”, do Jose Eduardo Pimentel de Godoy, na passagem das paginas 16 para 17, a respeito de Joao Barbosa Calheiros, ele menciona que este personagem: “era certamente parente de Antonio Barbosa Calheiros, genro de Agostinho Barbalho Bezerra, e cunhado de Jeronimo Barbalho Bezerra, poderosa familia que desafiou o predominio de Salvador Correa de Sa e Benevides.”

Obviamente, o Antonio Filipe, abrindo a mesma pagina do mesmo livro, informa-nos que Antonio Barbosa foi cunhado do Agostinho e do Jeronimo simultaneamente, ao dizer que a esposa: Cecilia Barbalho, era irma deles. Tudo eh possivel mas estou dando credito maior ao Antonio Filipe. Todos estamos sujeitos a distracoes. Mas a segunda hipotese parece ter mais logica.

Outro detalhe dessa genealogia foi que eu havia encontrado na pagina: http://www.genealogiabrasileira.com/titulos_perdidos/Cantagalo_ptazercout.htm, do nosso confrade Lenio Richa, no capitulo 6o., paragrafo 1o., item 3 – 6, que Inacia Rangel havia se casado com Francisco Barbalho. O Lenio sugeria que esse Francisco fosse filho ou neto do Luis Barbalho e que o nascimento provavel dele teria se dado por volta de 1650.

Baseado em minha interpretacao anterior de que o Francisco Monteiro Barbalho Bezerra havia nascido em 1634, sugeri que aquele Francisco Barbalho pudesse ser neto.

Com a eventualidade de o nascimento do Francisco Monteiro poder ter se dado em 1644, penso ai haver uma remota possibilidade de serem a mesma pessoa, embora, ressalte-se que os filhos de Inacia e Francisco nasceram no Rio, praticamente impedindo essa possibilidade, em funcao de o Francisco Monteiro ter-se capitao do Forte de Nossa Senhora do Populo, na Bahia, desde 1667 ate 1704.

Se acaso o Francisco Barbalho, marido da Inacia Rangel, for mesmo descendente dos nossos ancestrais, nao sera filho do Jeronimo como pensei primeiro. Podera ser filho do Agostinho, embora, nao tenho a relacao de filhos dele.

Voltando agora ao assunto principal deste capitulo que eh o nosso relacionamento com a Cidade de Sao Goncalo, no Rio de Janeiro, fiz contato com a administracao da “SAL” – Sociedade de Artes e Letras de Sao Goncalo – que agora estou impedido de manter contato frequente via internet. O contato era no sentido de encontrar entre os associados alguem mais interessado tambem em genealogia. O primeiro contato havia sido otimo, com pronto retorno.

Com o impedimento, penso que o assunto podera morrer ai. Havia enviado uma treplica apenas falando por alto o que eu pretendia, porem, nao havia posto substancia em minhas ideias ainda. Mas o que eu gostaria de incentivar era o contato entre as pessoas e penso que com isso poderia ocorrer um movimento turistico em torno da genealogia. Tomo a Familia Barbalho apenas como um exemplo mas as outras linhagens familiares brasileiras poderiam espelhar-se no padrao e fazer o mesmo.

O que pretendo precisava do apoio das pessoas que ja se ocupam com genealogia, historia, cultura e com as prefeituras e seus orgaos correspondentes. Dentro do que visualizo, cada prefeitura poderia ter pelo menos uma salinha para abrigar um genealogista local que tivesse acesso `as documentacoes antigas. Melhor seria entao que se criasse um site novo de genealogia ou aproveitar-se algum ja existente.

Assim poderiamos combinar todos os nossos achados genealogicos num unico local, para podermos desvendar os graus de parentesco que existe na populacao como um todo. Lembrem-se que o principio podera ser dificultoso, porem, eh um trabalho que se fara uma vez e servira para sempre, dependendo apenas de manutencao e atualizacao corriqueira.

Outra contribuicao importante ao plano sera a identificacao de locais e propriedades relacionadas aos ancestrais. Ha a necessidade de presevar-se esse patrimonio historico e de familia. Um exemplo disso eh a preservacao de casas que pertencderam ou foram locais onde os personagens historicos nasceram, tornando-as museus patrimoniais e biograficos deles.

Neste ponto gostaria de salientar que a Cidade de Sao Goncalo nao esta aproveitando a oportunidade que possui em maos. Ate ao momento nao encontrei relacionamento historico algum entre os pontos turisticos que ela explora e o sobrenome Barbalho. As unicas referencias q Baue encontrei sao as indicacoes de que atualmente o Bairro do Gradim se encontra em terras que antes faziam parte da Ponta do Bravo que, agora, relaciono com a propriedade que pertenceu a Jeronimo Barbalho. Tambem que houve um engenho, invocando o nome de Sao Bento, que foi propriedade de d. Paschoa Barbalho e Pedro da Costa Ramiro, nossos ancestrais.

Tenho a curiosidade de saber onde e como os meus ancestrais viveram. E penso que se todos os descendentes deles tambem soubessem que os tem como ascendentes, teriam curiosidade igual e ate maior. O problema eh que a informacao nao esta disponivel para todos. Digo mais. Esta restrita a uma minoria! Ora, quem no Brasil sabe quem foram e o que fizeram Luis, Jeronimo, Antonio, Fernao, Gulherme, Agostinho, Francisco e outros Barbalho Bezerra daquela e outras epocas? A divulgacao da genealogia facilitaria o despertar da curiosidade das pessoas pelos fatos historicos e pelos locais por onde passaram os ancestrais delas.

Se eu fosse visitar Sao Goncalo hoje, entre um hotel cinco estrelas e uma pousada num local das fazendas que pertenceram aos meus ancestrais eu preferiria a pousada, desde que eu pudesse realmente conhecesse a relacao que existe entre a minha pessoa e os antigos moradores do local. Claro, ficaria satisfeito tambem se encontrasse outras pessoas, atuais moradoras da cidade, que fossem descendentes dos mesmos ancestrais.

Bom, a seguir, o projeto passaria para uma segunda etapa. Identificados os personagens historicos e suas propriedades, juntamente com a identificacao das descendencias, viriam as comemoracoes. Digamos que, devido ao projeto estar em fase apenas de elaboracao, podemos tomar a data de 2030 como uma possivel data de inicio. Dai para frente observe-se o que ha por se lembrar:

2030 – Encontro cultural Brasil/Holanda e discussoes dos 400 anos da Invasao Holandesa em Pernambuco.

2032 – 300 anos do casamento dos patriarcas Manoel Vaz Barbalho e Josepha Pimenta de Souza, ocorrido em Minho Verde, distrito da Cidade do Serro, MG.

2034 – 400 anos da Invasao Holandesa em Joao Pessoa.

2038 – 400 anos da rechacao da Invasao Holandesa `a Bahia, importante capitulo da Historia. Existem varias datas em torno deste acontecimento como, por exemplo, a construcao do Forte de Nossa Senhora da Conceicao, tambem conhecido como o Forte do Barbalho, por Luis Barbalho Bezerra.

2043 – Chegada da Familia Barbalho ao Rio de Janeiro e instalacao do governador Luis Barbalho Bezerra. Estas sao outras comemoracoes quarto-centenarias.

2044 – 15 de abril, quarto-centenario do falecimento do governador Luis Barbalho, no Rio de Janeiro.

2060/2061 – Comemoracao do quarto-centenario da “Revolta da Cachaca”, com enfase especial em Sao Goncalo, Niteroi e Rio de Janeiro.

2084 – Quinto-centenario do nascimento de Luis Barbalho Bezerra.

Aqui estou apresentando apenas um resumo de datas a serem comemoradas nao me atendo a acontecimentos menores como os de criacoes de muitos municipios do pais, nos quais estavam presentes a descendencia dos personagens. Seria o caso, por exemplo, da criacao da Paroquia de Nossa Senhora do Patrocinio de Guanhaes, atual Virginopolis, MG, em 1858. Dai havera o que se comemorar em 2058. (duocentenario).

A descendencia tambem se extende ao Rio Grande do Sul – Gravatai em particular – desde o final dos anos 1700. O mesmo se da em Florianopolis. Possivelmente haverao personagens e feitos importantes de descendentes a que se comemorar e ser colocado no calendario comemorativo. Nossas pesquisas precisam ser construidas a muitas maos em conjunto para obtermos um conhecimento mais completo de nossos parentes.

O objetivo dessas comemoracoes seria tambem o de criar-se um fluxo continuo de turismo da descendencia aos locais vinculados aos seus ancestrais em anos e datas nao comemorativos. Creio que somente da descendencia Barbalho existam ja milhoes de brasileiros e estrangeiros. Entre os que assinam e os que nao assinam o sobrenome. Se cada uma dessas pessoas pagarem pelo menos uma visita na vida aos locais de seus ancestrais, este fluxo estara criado. E vira o tempo em que se tornara ate superlotado.

E aqui estou mencionando apenas uma linhagem familiar. Imagine-se o que se dara se o levantamento genealogico for feito nas inumeras familias ou, pelo menos, em relacao aos principais patri e matriarcas, desde as primeiras colonizacoes no pais ate aos dias de hoje!…

Quanto `as informacoes a respeito de moradores e/ou nascidos no exterior, visitem o Family Search e busquem o sobrenome Barbalho. Observarao nao muitas mas ja ha um numero razoavel de pessoas com este sobrenome aqui nos EEUU. A maioria delas pertencem ao ramo familiar do qual herdei meu sobrenome e as conheci pessoalmente. Acredito que quanto mais o tempo passar, mais este numero se multiplicara, e seria saudavel para a economia de todos nos que estas pessoas nao perdessem os rumos de onde vieram. Mas se os descendentes delas nao tiverem referencias fisicas de onde os seus ancestrais partiram, o que as motivara visitar o pais de origem deles?

Um dos pontos que penso ser necessario para que o projeto de certo eh fazer a pesquisa e a divulgacao dos feitos heroicos praticados pelos ancestrais. Livros a respeito das vidas do Luis, do Agostinho, do Jeronimo e outros ajudariam muito.

Uso este argumento por uma razao. Se poucos sao os que no Brasil podem dizer: conheco os personagens, no exterior eles sao totalmente ignorados. Mesmo que as acoes deles no Brasil tenham tido o efeito nao intencional de influenciar na Historia dos Estados Unidos, por exemplo.

Com a expulsao dos holandeses do Brasil, alguns judeus preferiram voltar para a Europa mas acabaram atracando em Nova Amisterda, atual Nova Iorque. Ali fundaram a primeira, e por quase dois seculos a unica, sinagoga no pais. Estes portugueses e espanhois de origem e brasileiros temporarios deixaram descendentes que lutaram nas Guerras de Independencia e na de 1812, alem de terem ajudado a criar o sistema economico que fez deste pais a nacao mais poderosa do mundo durante o decorrer do seculo XX.

Apesar dessa verdade, entrei em contato com uma empresa de pesquisa de heraldica aqui. Alegaram possuir um banco de dados contendo mais de um milhao de sobrenomes mas que nem sequer tinham noticia do sobrenome Barbalho. Ate parece piada!

Certamente, os outros nomes comuns portugueses e espanhois eles possuem porque fazem parte da heranca genetica de passado mais remoto por aqui. Isso em parte porque metade do territorio da parte continental continua dos Estados Unidos foi tomada aos mexicanos e espanhois e nela os espanhois de origem foram assimilados. Em outra parte por causa da migracao portuguesa que vem ocorrendo desde os tempos coloniais para aqui tambem. Portanto, eh muito comum encontramos americanos “velhos” com assinaturas tais como Pereira, Mesquita, Sanchez e outros.

Aproveitando que estou recordando, gostaria de fazer aqui algumas observacoes a respeito da genealogia dos Barbalho no Rio de Janeiro. Inclusive o Antonio Filipe repete no trabalho dele a data de nascimento do Agostinho Barbalho como sendo 1619. Vi apenas uma mencao como sendo 1609, mas creio que devo levantar o alerta para que se pesquise melhor a respeito da duvida porque a ultima data parece se encaixar melhor em alguns fatos da vida dele.

Neste caso, o dado de que o Luis Barbalho Bezerra, o velho, tenha nascido em 1584 e se casado 30 anos depois nao se casa com dados de outros pesquisadores. A biografia da Cecilia, no “Pantheon Fluminense”, afirma que ela nascera em 1613.

Tambem temos o fato de que o Agostinho foi elevado `a patente de capitao pelo conde de Torre em 1639. `A epoca ele servia sob o comando do proprio pai, Luis Barbalho, e se ele tivesse nascido em 1619 seria mais novo que Antonio, Guilherme, Fernao e Jeronimo, alem de centenas de outros que estariam prestando servico na mesma companhia. Alem dessa clausula de hierarquia em funcao de idade, note-se que os que possuissem recursos proprios teriam preferencia.

Segundo informacoes mais que conhecidas, Luis Barbalho Bezerra havia gasto tudo o que possuia combatendo os holandeses, a ponto de que quando chegou ao Rio de Janeiro para governa-lo foi-lhe concedida uma pensao para ele, pelo menos, poder alugar uma casa de morada. Seria quase hilario o pai alegar peticao de miseria enquanto o filho estivesse em condicao financeira aceitavel mas nao o ajudasse. A ressurreicao financeira do Agostinho deve ter-se dado atraves do dote que recebeu, “pelo sacrificio que fez” de casar-se com Brites ou Beatriz de Lemos, filha do riquissimo Joao Alvares Pereira.

Face a estas razoes, penso que seja mais logico que Agostinho tenha nascido em 1609 e sido promovido a capitao por volta dos 30 anos, o que o faria um dos mais velhos em sua companhia e menos necessario estar com as burras cheias de dinheiro para tal. Alem disso, sendo mais velho que o Jeronimo, ficaria explicado o fato de o povo ter recorrido a ele primeiro para governar o Rio de Janeiro. O lider da Revolta da Cachaca foi o Jeronimo e nao o Agostinho. Este aceitou o cargo somente sob ameaca de morte. Se ele nao fosse o mais velho, possivelmente, o Jeronimo teria assumido o governo desde o inicio porque hierarquicamente ambos preencheriam os mesmos requisitos.

Como pudemos observar anteriormente, ficou completamente comprovado que a Familia Pimenta e suas correlatas por descendencia desta eh mesmo descendente das familias reais ibericas e alhures. Isso significa que todos os nossos primos que sao “folhas” na Arvore Genealogica do Tronco Pimenta – Vaz Barbalho, descrito pelo professor Demerval Jose Pimenta em sua obra prima: “A Mata do Pecanha, sua Historia e sua Gente” fazem parte da linhagem nobre descendente do ramo Bezerra oriundo da Galiza.

O que falta agora em minha pesquisa eh a confirmacao de que as Familias Barbalho e Coelho, do Norte e Centro-Nordeste de Minas Gerais tenham vinculo igual ou semelhante com o casal Manoel Vaz Barbalho e Josepha Pimenta de Souza. Quanto `a linhagem Barbalho ela ja esta definida ate Jose Vaz Barbalho, natural do Serro, que se casou com Anna Joaquina Maria de Sao Jose, natural de Conceicao do Mato Dentro, ambas cidades em Minas Gerais. A data presumivel do nascimento do Jose Vaz Barbalho o colocam na possibilidade de ser filho ou neto do casal Manoel/Josepha. E o sobrenome quase o “condena” a isso.

O documento que poderia nos mostrar todas as comprovacoes que precisamos em relacao ao sobrenome Barbalho seria “os Autos de Genere” do padre Policarpo Jose Barbalho. Estes deverao ser encontrados em Mariana – MG. O padre Policarpo foi filho de Jose/Anna Joaquina e este vinculo paterno foi constatado nos “Autos de Genere” do padre Emigdio de Magalhaes Barbalho, filho do padre Policarpo e sua esposa Isidora Francisca de Magalhaes. Nao ha confusao nenhuma ai. O padre Policarpo casou-se, ficou viuvo, criou a familia e retornou ao seminario que comecara antes de casar-se em 1808.

Uma alternativa seria encontrarmos os registros do casamento de Jose Vaz e Anna Joaquina. Provavelmente, as nupcias se deram em Conceicao do Mato Dentro ou em alguma de suas muitas Freguesias na epoca. Embora nao tenhamos data para este acontecimento, ele deve ter ocorrido entre 1760 a 1780. Depende do nascimento do Jose que pode ter nascido entre 1733 a 1755.

Quanto ao ramo Coelho, creio que tanto os registros de casamento de Jose Coelho de Magalhaes e Eugenia Rodrigues da Rocha, quanto os do casamento dos pais dela: Giuseppe Nicatsi da Rocha e Maria Rodrigues de Magalhaes Barbalho mostrariam o casal Manoel/Josepha como pais da Maria Rodrigues, caso assim o for mesmo. As datas que temos como base indicam que Maria Rodrigues poderia ser filha mas nao teria tempo habil para ser neta. Porem, podera haver grau alternativo de parentesco.

Essa duvida quanto a ser filha ou nao deriva dos sobrenomes Rodrigues de Magalhaes que, segundo anotacao posterior do professor Demerval, ela usava. Por volta dos anos de 1600 e 1700 tornou-se muito comum as pessoas de origem nobre usarem um maior numero de sobrenomes, na maioria dos casos relacionados a ancestrais mais antigos e, algumas vezes, em homenagem a padrinhos. Como nao sabemos ainda quem foram os ancestrais da Maria Rodrigues, nao temos como explicar o sobrenome completo dela.

Uma hipotese alternativa seria a de ela ter sido irma, sobrinha ou prima do Manoel Vaz Barbalho. Pelo o que o professor Demerval nos apresentou na genealogia encontrada por ele, Manoel Vaz Barbalho era filho de Maria da Costa Barbalho e Manoel Aguiar, todos naturais do Rio de Janeiro, muito provavelmente de Sao Goncalo. E existe uma razao muito boa para que um possivel nucleo familiar tenha se mudado para Minas Gerais na decada de 1720. O mesmo pode ter se dado com parte da familia de Josepha Pimenta, dai a razao de os dois se encontrarem em Milho Verde e ali se casarem.

Em primeiro lugar, Minas Gerais atraiu milhares de aventureiros a partir de 1700 em razao da descoberta das minas de ouro e por isso ter se dado o inicio do “Ciclo do Ouro” no pais. Porem na decada de 20 a febre inicial ja deveria ter se arrefecido porque os veios conhecidos ja tinham donos e estavam sendo explorados. Mas em 1720 houveram tres fatos que deverao ter dado um impulso menor, porem certeiro, ao fluxo imigratorio para Minas.

Em primeiro lugar, 1720 marca a data da revolta chefiada por Filipe dos Santos Freire. Essa foi uma revolta quase nos mesmos moldes da chamada “Guerra dos Emboabas” que nao apenas estava vinculada `a exploracao do ouro mas, principalmente, com a falta de liberdade do povo da terra e o monopolio do comercio garantido aos lusitanos. Dominada a revolta, o governador da entao Capitania de Sao Paulo e das Minas de Ouro: Antonio de Albuquerque Coelho de Carvalho, criou a nova Capitania das Minas Gerais separando-a da de Sao Paulo para obter maior controle da situacao. O risco de ocorrer outro movimento de emancipacao incentivou essa criacao.

Junto com a criacao da nova Capitania criou-se tambem a Comarca do Serro Frio, os diamantes foram encontrados no Distrito do Tejuco (atual Diamantina) e, em 1725, foi criada a casa de fundicao na Vila do Principe, atual Serro. Destes fatos, o de menor importancia para o movimento migratorio foi o encontro dos diamantes porque o monopolio de exploracao foi tao acirrado que muitos moradores (mesmo os escravos) foram expulsos para prevenir o extravio da riqueza. Restou, naturalmente, o fluxo migratorio de servidores publicos que, certamente, ha muito esperavam tal oportunidade de arranjar um bom cabide de emprego naquela terra que estava praticamente sem lei.

Eh possivel que tenha sido este o contexto que pode ter levado toda a Familia Aguiar da Costa Barbalho para, primeiramente, Milho Verde. Este distrito fazia parte do quadrilatero dos diamantes e a demora do governo portugues em autorizar concessoes de exploracao da pedra pode ter sido o motivo que levou o casal Manoel Barbalho/Josepha Pimenta a mudar-se dele para Tapanhoacanga (atual distrito de Alvorada de Minas, Itapanhoacanga). Local este que pertencia a Conceicao do Mato Dentro, que ainda fazia parte da Vila do Principe (Serro), e que `a epoca era um dos maiores produtores de ouro da Capitania.

Neste contexto podemos ter tido mais de um membro da familia se instalando na regiao. D. Paschoa Barbalho havia nascido em 1650 e se casado em 1668. Desde entao ate 1690 poderia perfeitamente ter filhos. Supondo que Maria da Costa Barbalho tenha nascido em torno de 1685, nao seria impossivel ter sido mae da Maria Rodrigues de Magalhaes Barbalho. Apesar de o sobrenome de Magalhaes Barbalho indicar a maior probabilidade de ai ter ocorrido uma geracao intermediaria. Sabemos que a Eugenia Rodrigues Rocha nasceu apos 1750. Portanto, a mae dela tera que ter nascido, no maximo, por volta de 40 anos antes.

O que poe o nascimento da mae dela em torno de 1720 ou mais. Espaco suficiente para que o avo ou a avo dela, na linhagem Barbalho, tenha sido filho ou filha da Maria da Costa Barbalho, nao sendo o Manoel Vaz Barbalho. O que tambem nao elimina a possibilidade de a linhagem Coelho descender dos outros irmaos de d. Paschoa Barbalho. Nao quero fazer mais conjecturas a este respeito. Por enquanto, o que temos de concreto eh que o casal Manoel Vaz/Josepha Pimenta residiam no local e no tempo certo em que a Maria Rodrigues de Magalhaes Barbalho nasceu. Portanto, eles sao os primeiros candidatos a serem os pais dela.

So mesmo com os documentos esclareceremos as duvidas. E creio que qualquer que venha a ser o resultado, penso que os registros dos casamentos acima citados estejam todos em Conceicao do Mato Dentro. So espero que algum anjo os localize e nos mande os resultados porque estou impedido de tentar acha-los por conta propria.

Outro fato eh este, se em ambos os casos, Barbalho e Coelho, encontrarmos respostas positivas em relacao a todos sermos ramos do mesmo tronco Pimenta – Vaz Barbalho, poderemos afirmar que o Norte e Nordeste de Minas Gerais terao se tornado um grande feudo de ascendencia Barbalho Bezerra, embora, o sobrenome Barbalho tenha sido mantido apenas em uma pequena parcela da populacao. Outros sobrenomes predominam em numero de assinantes mas a maioria teria igual ascendencia Barbalho.

Apenas concluindo este capitulo. Uma das razoes de minha esposa manter as discordias dela comigo eh a questao dela muito agradar-se de torturar-me com as frequentes perguntas: “E em que isso esta de dando dinheiro? Os outros estao ganhando dinheiro e nao estao nem ai para suas pesquisas, e quanto a sua familia esta te pagando? O que os seus antepassados vao te dar agora?”

As perguntas sao realmente embaracosas se colocarmos somente a prespectiva financeira como objetivo. Para minha esposa, como para a maioria das pessoas na atualidade, o prazer esta em possuir. Ela que foi e continua uma das pessoas destituidas em nossa Historia, jamais compreendera que o dinheiro jamais comprara todos os prazeres da vida.

Descendermos de determinados ancestrais nos da um prazer que nao depende de dinheiro algum. Conheco milhares de descendentes de meus ancestrais e a classe social financeira desta descendencia varia dos mais pobres aos mais ricos. Portanto, a presenca ou a ausencia do dinheiro nao impede de termos o mesmo prazer. Neste caso hao apenas duas alternativas: ou se eh ou nao se eh descendente.

Nao ha meios termos. Sendo que quem nao for podera ser descendente de outros ancestrais ingualmente importantes, e dos quais nos nao somos. Dai o prazer eh para todos. Nao se faz distincao alguma. Porem, quando tratamos de ancestrais que nasceram ha mil anos anteriores ao nosso nascimento, quase que podemos afirmar com absoluta certeza que o prazer eh para todos, exceto em casos excepcionais.

Quem nao descente de determinados ancestrais, pode ser rico do jeito que for, nao tera dinheiro para tornar-se descendente. O dinheiro nao compra ascendencia para ninguem, portanto, cada um tenha prazer naquela heranca que lhe eh propria, sabendo que os descendentes que acaso gerar acabarao se tornando tambem descendentes de outros ancestrais que este cada um nao foi. Ora, se alguem tem prazer em seus ancestrais, maior prazer terao os descendentes dele, porque terao mais ancestrais do que aqueles que os geraram.

O conhecimento da genealogia so aumenta o nosso prazer. Quanto mais conhecemos maior eh o nosso prazer. E deixar estes estudos como heranca `a nossa descendencia eh a garantia de que deixaremos heranca prazeirosa que nao se acabar; so se multiplica. Heranca genealogica eh algo que nao se compra e algo que nao se vende mas, por ser eterna, vale mais que todos os valores financeiros da Terra.

Nao comparo os valores espirituais com os valores genealogicos. Mas se a espiritualidade depende do surgimento de um primeiro casal formatado pelas Maos de um Creador, entao, a genealogia eh uma Carta Escrita pelo Creador, atraves de suas letras geneticas. Desde a formacao do primeiro casal a receita para a nossa formacao ja estava escrita. Genetica e genealogia andam juntas. Nos somos a traducao da Ordem do Creador de crescermos e multiplicarmo-nos. Nos somos o que os nossos ancestrais ja foram e o que sera a nossa descendencia. Se houve um Creador no surgimento do primeiro casal, entao, ha uma ligacao direta entre o Creador e nos atraves de nossa genetica.

Alguem podera dizer que falo do prazer genealogico mas que nao conheco o prazer do dinheiro. Eh verdade! Dinheiro eh algo que jamais tive na vida. Nem nunca esforcei para te-lo. Ou melhor, esforcei por coisas que acabaram nao me dando dinheiro algum. Mas observando o mundo percebo que o prazer na genealogia eh maior porque o dinheiro nao foi feito para que todos o tenham em abundancia. Por mais que todos se esforcem igualmente, sempre haverao os que ficarao com a maior parte, enquanto outro nao o terao. Ja a genetica parece ser algo que brota da Fonte Divina, pois, todos possuimos com abundancia. Falta-nos apenas conhecer o que nos cabe. E nossa parte ninguem toma.

*Micaela Barbalho Bezerra Pedroso, filha de Jeronimo Barbalho Bezerra e Izabel Pedroso, casou-se com o portugues Joao Batista de Matos. Existem diversas referencias a ela na internet e ao ramo genealogico que partiu dela e foi para Santa Catarina. Agora podemos confirmar que este e o nosso Barbalho eh o mesmo com a constatacao de que Micaela e Paschoa Barbalho eram irmas.

Maiores informacoes a respeito da nossa genealogia Barbalho na pagina: https://val51mabar.wordpress.com/2012/09/11/barbalho-pimenta-e-talvez-coelho-descendentes-do-rei-d-dinis/.

Acrescentarei mais um assunto aqui neste capitulo que tem apenas uma relacao indireta com a nossa genealogia. Ha alguns anos atras fui premiado com a inscricao e possibilidade de visitar o site geneall.net Portugal. Algo que apareceu como um “pop up” no computador. Aceitei, me inscrevi e gozei de otimos momentos estudando o banco de dados que eles possuem, particularmente no que se trata da genealogia pregressa de um certo Jose Coelho de Magalhaes, nobre de ascendencia e com todas as caracteristicas de poder ser o nosso ancestral de mesmo nome.

Recentemente, apos perder minha regalia de ter a conveniencia de possuir um computador dentro de casa, desejei voltar ao site para enviar aos administradores o encontro da ligacao entre d. Paschoa Barbalho e os pais dela: Jeronimo Barbalho Bezerra e Isabel Pedreira (Pedroso). Para minha surpresa, a inscricao havia sido cancelada e em lugar dela a oferta de associar-me sob um preco confortavel, por seis meses e, claro, a consequente expiracao no final do contrato e a automatica elevacao de meus custos.

A surpresa nao foi nada agradavel. Nao que eu seja mal agradecido. Ao contrario, fico devendo eterna gratidao pela oportunidade que me foi dada nos ultimos anos. O problema eh que a administracao do site mexeu com a pessoa errada com esta atitude comercial. Claro, eu pagaria a anuidade com o maior prazer se o dinheiro em meu bolso estivesse sobrando. Mas a realidade eh justamente o contrario. O que estao sobrando sao as minhas dividas e nao posso dar-me ao luxo de acrescentar nem mais um centavo a elas.

Neste caso, termina aqui nossa parceria. Nao creio que para mim havera consequencia maior porque sei que o que tenho que buscar eh justamente aquilo que nao se encontra naquele site. Alias, como gratuitamente recebi o direito de acesso a parte dos dados que la se encontram, gratuitamente enviei tambem as minhas descobertas que, na maioria dos casos, so nao foram mais completas porque o site nao atualizou o que enviei, assim, nao pude dar sequencia ao que considero o mais importante da genealogia.

Sendo sincero neste ponto, o site geneall.net Portugal possui mais dados a respeito de pessoas do passado. Eh contido primeiramente de nossos falecidos. Estes, em muitos casos, foram personalidades da Historia Universal e seus aparentados mais proximos. Claro, eles sao o atrativo para o site, porem nem tanto. Refiro-me ao fato de serem os nossos falecidos e somente atrairao mais usuarios se eles forem conectados com a descendencia que estiver viva. A verdade pode ser cruel, porem, os falecidos nao compram nada.

Se nao os ligarmos `as pessoas que estao vivas, eles despertarao o interesse apenas de alguns mais abinegados, como os historiadores que ja conhecam o fato de que a genealogia esta diretamente afetando os fatos historicos. Com a genealogia ha uma melhor compreensao e uso deles. Porem, acredito que os sites genealogicos somente terao sucesso completo quando oferecerem dados que liguem a maioria das pessoas vivas `a rede de linhagens ascendentes e que demonstrem que temos ligacoes parentais com todas ou a maioria das personalidades historicas.

Constatei isso atraves do desenvolvimento da minha propria curiosidade pelo assunto. Se nao tivesse encontrado naquele site uma pessoa, que pudesse ser meu ancestral, ha alguns anos atras, as minhas visitas nao teriam passado de uma ou duas. E jamais teria voltado porque ficaria para mim dificil sentir as pessoas que la estao como referencia em minha vida. Nao sou professor de Historia, portanto, so me interessariam aqueles que tivessem algum vinculo comigo, direta ou indiretamente. Hoje seria, por exemplo, o caso dos presidentes dos Estados Unidos que tem vinculo genetico conosco, incluindo o atual. Sao por volta de 75% deles.

Voltando `a ligacao que estava prestes a passar para o geneall.net Portugal, a ligacao de nossa ancestral d. Paschoa Barbalho ao pai dela, conecta naquele mesmo site o inicio da familia do professor Demerval Jose Pimenta, ou seja, os nossos primos Pimenta. Mesmo os dados do livro do professor nao conecta toda a familia `as pessoas da atualidade. Como a publicacao se deu em 1965, existem 2 ou 3 geracoes ainda sem recordar. Importante agora seria que os dados estivessem disponiveis no site porque os possiveis inscritos contribuintes dos dias de hoje poderiam reconhecer seus pais, avos e/ou bisavos. Se as geracoes permanecerem como la estao, no campo dos tri, tetra e pentavos, a maioria nao tera informacao para fazer tal coneccao e o interesse nao sera despertado em todos, apenas em alguns poucos como eu. Que infelizmente, poderao, como eu, nao ter a disposicao financeira de comprar o acesso.

Este eh o caso particular das familias Coelho e Magalhaes Barbalho ja parcialmente postadas naquele site. Do lado Magalhaes Barbalho, a pessoa mais antiga com a assinatura Barbalho e, provavelmente, conectavel `a mesma linhagem eh o Jose Vaz Barbalho, que eh pentavo da minha geracao mas que ja possui nonanetos e esta a caminho da proxima geracao. Se nao se descobrir e fazer a devida coneccao, seria muito dificil estes descendentes mais distantes encontrarem as informacoes que nos, que estamos a caminho do encerramento de nossa visita `a Terra, temos ainda em nossas memorias. Estes sim seriam os clientes mais almejados pelo site, porque terao mais o que viver e mais com que contribuir, financeiramente.

Pelo lado Coelho temos a hexavo (sextavo) Maria Rodrigues de Magalhaes Barbalho. Ha a possibilidade de ser irma do Jose Vaz Barbalho e ambos serem filhos do Manoel Vaz Barbalho e Josepha Pimenta de Souza. Mas tambem pode nao ser irma e sim uma parente proxima. Qualquer que seja a verdade, precisamos encontrar os dados que conectem as tres linhagens. Caso consigamos, entao, poderemos realmente dizer que podemos fazer este “negocio”, como dizem os bons mineiros. Ou seja, nos ficaremos felizes com a coneccao entre os nossos vivos e os nossos falecidos. E os sites de genealogia poderao faturar melhor com a oportunidade de se abrir um numero muito maior de candidatos a associados.

E aqui esta uma das razoes pelas quais a minha esposa odeia o que eu tenho feito. Para ela, as pessoas que entendem dos assuntos de internet eh que sao as inteligentes. Segundo ela, enquanto a gente tem que dar um duro danado para conseguirmos o nosso dinheiro suado, os inteligentes ficam la do outro lado, sentados em suas cadeiras e mesas, apenas elaborando falcatruas para o toma-lo de nos. E nisso nao discordo plenamente dela. As pessoas que estao do outro lado da coneccao nao se interessam pelo sacrificio que temos feito, elas desejam que contribuamos com nossos achados e com nosso suado dinheiro. E as informacoes que tornamos publicas se revertem em beneficios para elas, a cada vez que conseguem outro “pato” de nossa familia em seu quadro de associados.

Aqui preciso pedir desculpas aos meus primos pelas muitas vezes que indiquei o geneall.net Portugal como fonte de acesso a dados genealogicos. Sempre pensei que os dados mais antigos fossem publicos e nao imaginava que os estava indicando uma arapuca. De agora para sempre, entao, continuo recomendando o site, quando isso for absolutamente necessario, porem, com o aviso de que precisarao contribuir para ter acesso. Quem nao se importar de contribuir podera ter suas curiosidades satisfeitas.

O melhor de tudo, porem, eh que nao precisam do geneall.net Portugal para terem acesso aos dados relativos ao sobrenome Barbalho em nosso ramo. Eles estao disponiveis no http://www.geneaminas.com.br. Pelo menos, por enquanto, eh do dominio publico e a matricula eh gratuita, em caso de haver o interesse. O que, alias, esta muito mais completo porque ja lancei la todos os dados que ja coletei ate hoje. Assim, nao sera dificil para milhares de pessoas que nao tenho os dados encontrarem seus ancestrais proximos. Apenas alerto para o fato de que a nossa coneccao com as familias reais da Peninsula Iberica ja estar pronta la, porem, por enquanto apenas em relacao ao ramo Pimenta da familia. O Coelho e o Magalhaes Barbalho esta pendente.

Quando a confirmacao dos dados que ali se encontram registrados, caso alguem os queiram comprovar, indico o familybezerrainternational para os dados entre o Antonio Martins Bezerra e os ancestrais Teresa de Leao, condessa de Portugal e Henri de Bourgogne. Sao umas dez geracoes, indo dos anos 1.000 a 1500 aproximadamente. Mais dados em relacao a este nucleo familiar podem ser obtidos atraves da Wikipedia. Geralmente o site oferece biografias e informacoes genealogicas das personalidades historicas. Assim fica ate melhor informativo porque podemos aprender algo mais em relacao a nossos ancestrais.

No caso da Teresa de Leao, por exemplo, podemos ver que foi filha do rei Alfonso VI e neta dos Fernando I Magno e Sancha, Infanta de Leao. Passando para a biografia deles tambem pode-se ver que entre os ancestrais deles estao o heroi Vimara Peres, e outros reis e imperadores de varias realezas europeias e outras. Teresa e Henri tambem foram os pais de Afonso Henriques, fundador da monarquia e primeiro rei de Portugal.

A coneccao do Antonio Martins Bezerra e sua descendencia Barbalho Bezerra pode ser feita atraves do trabalho do Antonio Filipe Pereira Caetano. “Entre a Sombra e o Sol, A Revolta da Cachaca, a Freguesia de Sao Goncalo de Amarante e a Crise Politica Fluminense” paginas de 187 a 194: “Os Honoratiores Goncalenses: A Familia Barbalho.” Deste ponto em diante encontramos com o livro do professor Demerval Pimenta. Cuja coneccao eh feita ao livro da Ivania Batista Coelho: “Arvore Genealogica da Familia Coelho” atraves das assinaturas Borges Monteiro e Pereira do Amaral, por enquanto. Em breve o faremos atraves do Barbalho tambem.

Assim, chegamos aos dias modernos, porem, ha que se ressalvar que eu estou colocando uma geracao a mais que o Antonio Filipe indicou. Assim, pode-se visitar tambem o ensaio de genealogia do Chico Buarque de Holanda no site da Usina de Letras. Outro site que enriquece o nosso conhecimento eh aquele que contem os dados a respeito dos “Engenhos Pernambucanos”. Ali podemos buscar os engenhos: Barbalho, Monteiro (ou Sao Pantaleao) e Sao Paulo. Todos pertencentes aos nossos ancestrais que foram primeiros povoadores de Pernambuco. No Rio de Janeiro temos o Engenho de Sao Bento, na regiao do Mutua, Sao Goncalo, que pertenceu a d. Paschoa Barbalho e a seu marido: Pedro da Costa Ramiro.

Enfim, no mais eh continuar pesquisando. Antes que me esqueca, nos sites GENi e Google Genealogia podemos ver nossas ligacoes com a Familia Barbalho em Santa Catarina atraves da irma de d. Paschoa Barbalho: Micaela Barbalho Bezerra Pedroso; e do Rio Grande do Sul, atraves do site Family Search, atraves de Policarpo Joseph Barbalho, particularmente com Gravatai. A busca continua.

82. JOAO PESSOA, PARAIBA

Iniciarei este capitulo um pouco no escuro porque nao tive tempo de fazer um estudo mais profundo, antes de eu perder a coneccao com meu antigo computador. Exceto por alguns dados que ja os estava ajuntando, o restante vira da memoria propria e, portanto, sujeito a enganos. Envitarei aprofundar muito para procurar evitar tambem os erros.

Como se sabe, apos descoberto o Brasil, Portugal estava envolvido com a franca expansao economica, por causa da descoberta do caminho alternativo para as Indias Orientais, por D. Vasco da Gama. Portugal nao abandonou totalmente o Brasil pela simples razao de que, se o fizesse outros tomariam posse. No inicio foram feitas apenas algumas feitorias nas costas de Pindorama, para que os degredados por la fizessem contato com os indigenas, colhessem deles o que lhes parecesse ter algum valor para ser enviado a Portugal, a troco de bugingangas e ferramentas de metal.

O que fez os portugueses acordarem para o que estavam perdendo foi a intervencao dos destituidos europeus, pelo Tratado de Tordesilhas. Por este Tratado, sob as bencaos poderosas do papa, as Americas tornaram-se feudo exclusivo da Espanha e de Portugal. Inconformados, franceses, ingleses e nierlandeses (conglomerado dos paises-baixos e vizinhos) passaram a fazer contato com tribos indigenas, hostis aos portugueses, e comercio com elas, em termos extremamente vantajosos para os europeus. Somente assim Portugal descobriu o Brasil de riquezas a serem exploradas.

Dentro deste quadro, temos um padrao que ocorre desde o inicio, em tres pontos do territorio brasileiro. Sao eles: Rio de Janeiro, Paraiba e Sergipe. Nestes tres pontos os franceses chegaram e se instalaram primeiro. Posteriormente da-se tambem a invasao francesa ao Maranhao. Mas Rio e Sergipe ja se encontram recordados nestes meus escritos. Falta, entao, a Paraiba.

Os portugueses, com a criacao das Capitanias Hereditarias no Brasil, haviam se firmado em Sao Vicente (Sao Paulo), Salvador (Bahia) e Olinda (Pernambuco). O restante da costa estava excassamente habitada por europeus e as distancias imensas impediam uma acao de protecao policial maior. Assim os navios mercantes e piratas de outras nacoes nao encontravam o menor problema em aportar e negociar diretamente com o homem da terra e esse comercio levou a relacoes de amizade entre nativos e franceses. Em alguns casos tambem a relacionamento parental.

No caso especifico da Paraiba aconteceu de os portugueses ja estarem procurando implantar ali engenhos de acucar, a entao mola propulsora do comercio internacional. Por volta dos anos 1570 houve o rapto da filha de um dos caciques paraibanos. O autor da facanha foi um empregado mas um senhor de engenho se encantou pela beleza da menina e a tomou para si. Nisso os franceses sentiram a oportunidade de fazer a intriga e instigar a vinganca por parte dos indigenas. A tribo cometeu o maior massacre a moradores, tanto na area ocupada pelo engenho quanto na regiao. Fala-se em 600 mortos.

A Paraiba estava entre as Capitanias de Pernambuco e Marica. Marica pertencia a Pero Lopes de Sousa, irmao do Martim Afonso de Sousa, o primeiro Governador-Geral do Brasil e donatario e fundador da Capitania de Sao Vicente. Mas como a Capitania de Pernambuco era muito mais prospera, foi dela que partiu a reacao. A primeira ordem real foi a de criar-se a Capitania Real da Paraiba, em 1574. Assim como foram criadas as Capitanias de Sergipe d’El Rei e a Capitania Real do Rio de Janeiro. Estes territorios foram recomprados pela coroa, que nomeou para elas administradores. Essa recompra ja havia sido feita tambem na Bahia.

De inicio, em relacao `a Paraiba, a criacao ficou apenas no papel, enquanto se davam as guerras de conquista. Houveram algumas tentativas rechacadas pelos indigenas e franceses mas, em 1585, a expedicao de Joao Tavares eliminou a resistencia. Foi ai que se deu a criacao da Vila Real de Nossa Senhora das Neves, em homenagem `a santa do dia. Este nome muda para Felipeia de Nossa Senhora das Neves, em homenagem a Felipe II. (3 Felipes governaram a Uniao Iberica entre 1580 e 1640).

A cidade recebe outro nome a partir de 1634, quando os holandeses a conquistaram. Retorna ao primeiro nome 20 anos depois, 1654, quando os holandeses foram expulsos e, ja no seculo XX, troca o nome para Joao Pessoa. Sendo o ultimo nome uma homenagem ao “presidente do Estado” que foi assassinado por razoes politicas na sublevacao da Ditadura Vargas.

Desde o inicio de sua criacao ate aos meados do seculo XX, a Cidade de Joao Pessoa teve a caracteristica de ser uma municipalidade quartel, servindo de residencia para militares e funcionarios do setor publico em primeiro lugar. Por esta razao sempre foi uma cidade mais com caracteristicas bucolicas interioranas, vindo a despertar-se para a industrializacao e desenvolvimento apenas a partir da segunda metade do seculo XX. Ou seja, acompanhou o lento processo brasileiro de despertar de seu “berco explendido”.

O professor Antonio Filipe referiu-se a Antonio Barbalho Bezerra (poder) ser filho dos nossos ancestrais: o governador Luis Barbalho Bezerra e sua esposa Maria Furtado de Mendonca. Se ele estiver correto, a Paraiba tambem sera “nossa” (aparentada).

Brincadeira `a parte, temos que falar um pouco a respeito de quem foi Duarte Gomes da Silveira. Segundo informacoes soltas, encontrei que era neto de Antonio Gomes Bezerra, um descendente da Casa do Morgado de Paredes de Viana do Castelo. Este Antonio Gomes havia sido expedicionario no Norte da Africa, na epoca em que Portugal estava estabelecendo ali suas conquistas. Na africa ele tomou para si uma escrava, descendente de Aboali, um dos conquistadores da Peninsula Iberica, quando os mouros a tomaram. Levando a esposa para Portugal, ela lhe gerou Maria Gomes Bezerra que, ao contrario do que fala o autor onde li essa passagem, nao deveria ser mulata e sim morena como parte das espanholas e portuguesas.

Aqui ha que se fazer essa distincao que ja abordei antes no texto: A Historia da Familia Coelho do Centro-Nordeste de Minas Gerais. Ali fica claro que a populacao europeia e do Norte da Africa, sobretudo aquela mais proxima ao Estreito de Gibraltar, teve origem comum. Com a dispersao apos a ultima Era Glacial, houveram distincoes entre os diversos grupos familiares europeus do Norte, do Centro e do Sul Europeus e do Norte da Africa, sendo que, as miscigenacoes ocorreram em maior quantidade nas partes mais ao Sul. Contudo, o que fica claro eh que os habitantes do Norte da Africa nao tem as mesmas caracteristicas dos africanos subsaarianos. Dai nao se pode caracterizar, sem sombra de duvida, que o resultado do casamento de Antonio Gomes Bezerra e uma descendente do Aboali fosse mulata. Mais certamente era morena.

O certo eh que, Maria Gomes Bezerra foi esposa de Pedro Alves da Silveira, casal tambem pioneiro em Pernambuco nos tempos de Duarte Coelho Pereira. Estes foram os pais de: Domingos, Duarte, Ana e outros filhos. O Domingos estudou em Portugal e ocupou cargos de relevancia, que dependiam de escrituracao, em Pernambuco.

O irmao Duarte, porem, foi o aventureiro. Casou-se com D. Fulgencia Tavares, filha de Joao Tavares, o conquistador e primeiro governador efetivo da Paraiba. Para o Duarte, essa situacao apenas “juntou a fome com a vontade de comer”. Junto com o sogro fora um dos combatentes mais efetivos aos adversarios franceses e indigenas. Com as vitorias vieram-lhe os premios, em forma de benesses e propriedades de terras. Alem disso, teve a cobertura do irmao Domingos e da nata administradora de Pernambuco que a tudo lhe dava o crivo de aprovado.

A fortuna de Duarte Gomes da Silveira constituiu-se de, pelo menos, dois engenhos: o Velho e o Novo, nos arredores de Joao Pessoa e diversas outras fazendas de gado no sertao. Foi a partir disso que ele criou o riquissimo morgado de Sao Salvador do Mundo da Paraiba.

Como possuia economias de sobra e desejava por todos os meios ver a Vila de Nossa Senhora das Neves properar, estabeleceu premios aos que construissem casas de qualidade o local. Com isso deve ter garantido a prosperidade inicial da capital do futuro Estado da Paraiba.

Mas a vida dele nem sempre foi sucesso. Durante a invasao holandesa perdeu o unico filho e um dos irmaos. Nao deixou herdeiros considerados corretos `a epoca. E aqui ha uma discordancia entre a informacao no trabalho do Antonio Filipe (capitulo 81) e outroas fontes diversas. Segundo aquele, Joana Gomes da Silveira era neta e para as outras fontes foi filha extra-conjugal. Mas o que importa eh que ela foi a herdeira de fato que, casando-se com o Antonio Barbalho Bezerra, passou ao “consorte” o morgadio de Sao Salvador do Mundo da Paraiba.

Outro detalhe da vida de Duarte Gomes da Silveira foi o de ter sido processado por sonegacao de impostos e de ter sido colaboracionista com o invasor holandes. Li essas informacoes rapidamente e me parece que existem teses que desaprovam tais ideias. Eu proprio questionaria tais insinuacoes porque ele deve ter falecido antes de 1654, quando da retomada da Paraiba pelos brasileiros, portanto, nao teria sobrado tempo para ser acusado no caso de traicao.

Uma virada de sorte na vida de uma membro dessa familia nos presta maiores informacoes genealogicas a respeito dela. Em 1731, Marianna Paschoa Bezerra* foi obrigada a comparecer ao Tribunal do Santo Oficio, em Lisboa, para responder `a acusacao de pratica de judaismo. Embora tenha alegado ser crista velha, pareceu-me que foi condenada. Penso que foi uma verdadeira caca `as bruxas. (Hoje eh Halloween, e ha ai um certo paralelo entre este caso e o das bruxas de Salem aqui em Massachusetts).

Na internet encontrei o endereco: utinga.wordpress.com/2010/09/21/marianna-paschoa-bezerra-o-santo-oficio-e-os-rocha-bezerra/. Parece-me que a postagem foi feita pelo genealogista Joao Felipe da Trindade (jfhipotenusa@gmail.com). Existe la um link para o site da Torre do Tombo, Portugal, em que o processo completo pode ser analisado. Eu busquei apenas o que ja estava mastigado. E isso se restringe ao que, em um depoimento, a Marianna Paschoa cita tanto sua genealogia paterna quanto materna. Mostro aqui apenas a materna, acompanhando o autor Joao Felipe.

Faco ainda a ressalva de que nao tenho como garantir que o Antonio Barbalho Bezerra tenha mesmo sido filho do nosso ancestral: Luis Barbalho Bezerra. Tudo pode acontecer mas isso me parece um tanto quanto grandioso, mas as mencoes nos textos de autores nordestinos nao mencionam a relacao parental. Nao eh um tanto esquisito isso!?

Outra informacao que vi e que nao consegui voltar `a mesma fonte foi a de que existiu outro Antonio Barbalho Bezerra, um com e outro sem o Pinto no final. Parece-me que o primeiro casou-se com Anna da Silveira, irma do Duarte. Foi dito que o tal Antonio era natural do reino, dai penso poder ser irmao ou parente proximo do Bras Barbalho Feyo, o avo materno do Luis Barbalho.

Em todos casos, ja eh dificil esperar que o Antonio, suposto filho do Luis, tenha se casado com uma filha do Duarte, cuja data proposta de nascimento eh de 1555, muito menos com uma irma dele. Mas Anna e Joana sao duas pessoas diferentes que, talvez, tenham mesmo se casado com homonimos.

Segue entao o resumo que fiz do pouco de genealogia coletado na pagina do Utinga.

Luis Barbalho Bezerra – Maria Furtado de Mendonca (acrescimo meu)
Antonio Barbalho Bezerra – Joana Gomes da Silveira, pais de:

1. Serafina Moraes – solteira
2. Antonio Barbalho Bezerra – Maria Teixeira
3. Antonio Bezerra Monteiro – foi casado, com pessoa nao identificada.
4. Duarte Gomes da Silveira
5. Maria Barbalho Bezerra – Balthasar da Rocha Bezerra
6. Victoria Barbalho Bezerra – Diogo Nunes Thomas

2. Antonio Barbalho Bezerra – Maria Teixeira, pais de:

2.1 Salvador – falecido crianca
2.2 Andreza – falecida crianca
2.3 Joana – Joao Peixoto

2.3 Joana – Joao Peixoto, paid de:

2.3.1 Jose Gomes
2.3.2 Luzia
2.3.3 Joana
2.3.4 Quiteria
2.3.5 Antonio Barbalho
2.3.6 Joao Peixoto
2.3.7 Duarte Gomes
2.3.8 Bartholomeu Peixoto
2.3.9 Jose

5. Maria Barbalho Bezerra – Balthasar da Rocha Bezerra, pais de:

5.1 Antonio da Rocha Bezerra
5.2 Manoel da Rocha Bezerra – Magdalena Luna
5.3 Balthasar da Rocha Bezerra – Marianna
5.4 Miguel Barbalho Bezerra – Maria Jacome Barbalho
5.5 Maria Bezerra Vasconcelos – Manoel Ribeiro de Carvalho
5.6 Archangela da Silveira – Ventura Pereira Parente + Pedro da Rocha Bezerra
5.7 Simao da Rocha Bezerra

5.2 Manoel da Rocha Bezerra – Magdalena Luna, pais de:

5.2.1 Antonio da Rocha Bezerra – (?) Josefa de Oliveira Leite

Obs.: Manoel da Rocha Bezerra foi tambem pai extra-conjugal de um filho, com sua prima: 6.5 Joana Gomes da Silveira (abaixo)

6.5.1 Joao Gomes da Silveira

5.6 Archangela da Silveira -I- Ventura Pereira Parente, pais de:

5.6.1 Maria Barbalho
5.6.2 Ignacia
5.6.3 Luzia
5.6.4 Joao – falecido crianca

Obs.: Os filhos foram naturais e moradores de Taquara, no Bispado de Pernambuco. Ventura Pereira Parente foi senhor de engenho.

5.6 Archangela da Silveira – II – Pedro da Rocha Bezerra, pais de:

5.6.5 – Marcos (natural e morador de Juazeiro).

Obs.: “A Sesmaria 552 concedida ao Sargento-Mor Jose Pedro Tinoco, na Ribeira do Assu, pertenceu aos irmaos Capitao-Mor Balthasar da Rocha Bezerra, Coronel Miguel Barbalho Bezerra e seu cunhado Pedro da Rocha Bezerra.”

6. Victoria Barbalho Bezerra – Diogo Nunes Thomas, pais de:

6.1 Antonio Barbalho – falecido crianca
6.2 Luiza Barbalho – solteira
6.3 Thereza Barbalho – solteira
6.4 Joanna Gomes da Silveira*
6.5 Maria da Silveira – Gaspar Henriques
6.6 Guiomar Nunes
6.7 Diogo Nunes Thomas – Catharina Ferreira Barreto
6.8 Marianna Paschoa Bezerra*

Obs.: Diogo Nunes Thomas, pai de Marianna Paschoa e seus irmaos, era filho de outro Diogo Nunes Thomas e de Guiomar Nunes, todos naturais de Pernambuco.

6.5 Joanna Gomes da Silveira* foi a mae do filho extra-conjugal de seu primo 5.2 Manoel da Rocha (acima), pais de:

6.5.1 Joao Gomes da Silveira

O que reforca a hipotese de tratar-se essa familia de descendencia do possivel filho do governador Luis Barbalho Bezerra: Antonio Barbalho Bezerra, eh o nome Antonio Bezerra Monteiro entre seus filhos. Temos que recordar que o sobrenome Monteiro corria na familia como secundario e tratando-se de heranca genetica proveniente de Pantaleao Monteiro. Isso reforca a hipotese de sermos mesmo descendentes do Antonio Bezerra Felpa de Barbuda, que foi marido da Maria Araujo, filha daquele senhor de engenho. O proprio Luis Barbalho teve uma irma com o nome de Brasia Monteiro. Ela casou-se com Luis Bras Bezerra e sao eles que se alinham como ancestrais do Chico Buarque de Holanda. O Luis, nosso ancestral, colocou o nome Francisco Monteiro Barbalho Bezerra no filho mais novo.

Por outro lado, eh suspeito que a Marianna Paschoa Bezerra* nao tenha tido a brilhante ideia de citar os Luis Barbalho Bezerra e sua esposa Maria Furtado de Mendonca como bisavos dela no processo que enfrentou. Naquela hora dificil, o nome deles continuariam valendo como peso favoravel `a sua defesa. Por outro lado, eh possivel que ela nem sequer soubesse disso, pois, nascendo em 1681, nao deve ter conhecido sequer os avos, que supostamente teriam se casado em 1633. Parece que o intervalo de geracoes foi realmente longo para o caso de ela se lembrar do detalhe.

Saindo do assunto genealogia de pessoas e passando ao de genealogia de cidades, ha que se corrigir as ambicoes das cidades de Joao Pessoa-PB e Sao Christovao-SE de serem, respectivamente, as terceira e quarta cidades a serem criadas no Brasil. Nao foi preciso grande esforco para verificar algumas outras datas de fundacoes mais antigas, apenas de algumas cidades que conheco a parte de suas Historias ligadas `a Historia do Brasil.

Sao Vicente, fundada por Martim Afonso de Sousa, surgiu em 22.01.1532; Olinda, fundada por Duarte Coelho Pereira, em 09.03.1535; em seguida surge Vila Velha do Espirito Santo, 23.05.1535; Salvador eh de 1549; Vitoria surge em 08.09.1551; a propria Sao Paulo foi criada em 1560 e o Rio de Janeiro, fundado por Estacio de Sa, em 01.03.1565. Estes foram apenas os nomes que lembrei-me de imediato e que estao ligados aos primeiros administradores que o pais teve.

HISTORICO DO POVOAMENTO MINEIRO, GENEALOGIA COELHO, CIDADE POR CIDADE

February 24, 2011

HISTORICO DO POVOAMENTEO MINEIRO, GENEALOGIA COELHO, CIDADE POR CIDADE

 

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01. GENEALOGIA
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02. PURA MISTURA
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03. RELIGIAO
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04. OPINIAO
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05. MANIFESTO FEMININO
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06. MISTO
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07. POLITICA BRASILEIRA
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09. IMIGRACAO
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HISTORICO DO POVOAMENTO MINEIRO, GENEALOGIA COELHO, CIDADE POR CIDADE

UTILIDADE PUBLICA

Antes que comece o texto a que me propuz. O sr. Adenor Rodrigues, natural da regiao de Vitoria da Conquista, na Bahia, procurou-me e pediu ajuda para tentar localizar um irmao dele, ou familiares deste.

A historia da familia eh aquela que se repete muitas vezes. O pai ficou viuvo por volta dos anos 1.950 e distribuiu as criancas com outras familias. Assim, os filhos foram criados separados. Depois o pai casou-se novamente e teve mais filhos.

Dentre os filhos da primeira familia estava o Manoel Rodrigues (ou Ferreira dos Santos e, talvez, Coelho) cujo apelido era, ou eh, Neo. O Neo nasceu com a gemea Dalva.

O senhor Adenor Rodrigues, conhecido como Adenor Baiano, mudou-se ainda novo para Brasilia, por ocasiao da fundacao (1.960), e viveu como funcionario publico ate se aposentar. Hoje continua vivendo em Brasilia, e com extensao em Caldas Novas por questao de saude.

Adenor, Dalva e familiares gostariam muito de restabelecer contato, tanto com o Neo e/ou a descendencia dele, e tambem com a segunda familia do pai, que nao conhecem. Pedem uma certa urgencia por causa das idades e temem nao conseguir isso devido ao nosso tempo limitado na Terra.

Os pais se chamavam: Heitor Rodrigues/Anesia Ferreira dos Santos Rodrigues e os avos: Teodorico Ferreira Coelho/Maria Rita Ferreira Coelho. Quem souber de algo concreto a respeito do assunto, o e-mail do sr. Adenor eh: adenorbaiano@hotmail.com. Que Deus Abencoe a quem sentir a dor dos outros e os socorrer nas dificuldades.

INTRODUCAO

O que eu fiz no presente texto foi recolher dados das Historias das cidades mineiras, sobretudo aquelas que estao no Centro-Nordeste do estado. Na verdade, eu fiz uma pequena associacao entre a Historia do Estado de Minas Gerais, o movimento migratorio que deu origem a algumas cidades mineiras e, em parte, a genealogia da familia Coelho.

Este estudo eh incompleto porque falta-me dados do grupo de familias que deu origem aa familia Coelho, principalmente aquelas que viveram no seculo XVIII. Alem disso, os dados que temos se concentram na descencia do portugues Jose Coelho de Magalhaes e sua esposa brasileira Eugenia Rodrigues Rocha.

Para fazer o acompanhamento completo, deveriamos ter acesso aos dados de descendencia dos avos, pais e irmaos da avo Eugenia que, provavelmente, teve o mesmo destino que ela, ou seja, deram origem a familias que migraram de cidade para cidade e ajudaram na composicao das atuais cidades mineiras. O mesmo acontece com o acompanhamento das familias Nunes Coelho, Borges Monteiro, Coelho de Almeida, Pereira do Amaral, Magalhaes, Barbalho, Andrade, Fonseca, outros Coelho, e muitas outras que aportaram em Minas Gerais no seculo XVIII, em pleno Ciclo do Ouro ou logo apos ele.

Tirando essa deficiencia de origem, falta-nos tambem o acompanhamento das familias que se agregaram `a familia Coelho por meio dos casamentos. Se isso fosse feito, provavelmente, teriamos que computar os dados de todas as pessoas com origens em Minas Gerais e os estudos abrangeriam todos os municipios mineiros. Mas isso ja seria um pouco de utopia. Talvez, daqui a algum tempo isso acabara sendo possivel. Quando os documentos antigos estiverem disponiveis e juntarmos numa so as pesquisas de muitos.

O coroamento do presente trabalho eh o capitulo 59, Cidade por Cidade, onde relacionei os nomes das cidades e paises aos sobrenomes pre-existentes e os novos criados. Muitas vezes, o nome da cidade eh lembrado apenas porque alguem nasceu nela e se casou na familia, mesmo que tenha sido em outra cidade completamente diferente. Nessa cidade, as vezes, aparece a combinacao dos sobrenomes, indicando que ali nasceu portador deles. Talvez as pessoas nao encontrarao mais vestigios daqueles sobrenomes em suas cidades porque toda a familia possa ter migrado para outros lugares.

Quem desejar conhecer mais detalhes disso, basta ir ao geneaminas.com.br e jogar no espaco de busca o sobrenome de interesse. Este sera servido com os nomes dos portadores de tal sobrenome e, quando possivel, localizacoes de nascimento. Dai eh so clicar o nome de interesse para entrar em detalhes do ramo familiar a que pertence. Bom sera que quem ainda nao o fez, associe-se. Eh gratuito. Ajude a atualizar o que ja temos. Tanto no que se refere a descendencia quanto ascendencia dos ja registrados. No futuro, penso que isso ira ajudar `as pessoas interessadas em localizar suas raizes.

Que facam bom uso.

Estou retornando a este texto hoje, 10 de junho de 2011, e nos proximos dias para ampliar um pouco o conteudo dele. O fato novo foi que tive acesso ao conteudo do livro: A MATA DO PECANHA, SUA HISTORIA E SUA GENTE, de autoria do primo DEMERVAL JOSE PIMENTA. Primo mais proximo dos meus avos que nasceram em torno do mesmo ano que ele, 1893. Este livro foi publicado em 1966. Ele descreve parte do povoamento da regiao conhecida com MATA DO PECANHA que hoje-em-dia chamamos de CENTRO-NORDESTE DE MINAS GERAIS.

O nome eh homenagem ao bandeirante JOAO PECANHA que por volta de 1752 chefiou uma expedicao de reconhecimento das matas virgens a leste da Cidade do Serro. Naquele tempo, Minas Gerais comecara a sofrer declinio na producao do ouro que dera o pontape inicial de seu povoamento. Era urgente encontrar-se novas jazidas para que o Ciclo do Ouro se prolongasse. Mas os veios que outrora haviam sido tao fecundos nao mais se repetiram em quantidade e em producao.

Houveram alguns surtos dignos de nota como o que levou ao surgimento da Cidade de Minas Novas e o ocorrido entre Guanhaes e Virginopolis, porem, nao passaram de surtos. Ha que se fazer mencao tambem ao existido na cidade de Barao de Cocais, antigo Sao Joao do Morro Grande. Esse acrescimo se deve ao fato de ramos de nossa Arvore Genealogica sao descendentes dos pais de Jose Feliciano Pinto Coelho da Cunha, o Barao de Cocais, o titulo do qual derivou o nome do municipio.

No livro A MATA DO PECANHA, o professor Demerval Jose Pimenta nos da uma visao limitada da Historia e da Genealogia da regiao. Na parte genealogica ele se concentra mesmo na porcao que toca `a familia PIMENTA e, particularmente, na porcao que residiu em Sao Joao Evangelista, ali se multiplicou e, atualmente, esta espalhada por todo o Brasil.

Interessante eh dizer-se que esta genealogia nos da uma fotografia congelada dos 1960. Por o livro ter sido publicado em 1966, os registros de nascimentos dificilmente passam de 1964. Isso nos deixa como que no ar, na indagacao de o que pode ter acontecido com as criancas nos ultimos 50 anos que se seguem ate os dias de hoje.

Na maioria absoluta das vezes nao identificamos as pessoas. Outras vezes podemos cruzar os dados encontrados la com as genealogias mais recentes. Este eh o exemplo dos primos Emilio Carlos Pires Pinheiro que se casou com Agueda Rondas Pimenta. Ele, oriundo dos Coelho de Virginopolis e, ela, dos Pimenta de Pecanha. Foram encontrar-se em Governador Valadares. Ja eram primos sem sabe-lo.

Por ultimo, somente com muita sorte e boa memoria eh que podemos identificar que os, entao, jovens: JOSE BONIFACIO BARROSO MOURAO, deputado e ex-prefeito de Governador Valadares; ROBERTO LUCIO ROCHA BRANT, politico de conduta suspeita; FERNANDO ROCHA BRANT, irmao do anterior e parceiro de musicas do MILTON NASCIMENTO [CANCAO DA AMERICA, RACA, MARIA-MARIA, MILAGRE DOS PEIXES, CORACAO CIVIL, TRAVESSIA e outras mais] e outros; mais o JOSE ADOLFO RIBEIRO, ex-prefeito de Virginopolis, tem algum grau relativamente proximo de parentesco conosco.

Daqui em diante, preciso considerar menos a parte do titulo deste texto como sendo, GENEALOGIA COELHO. Isso porque embora tambem COELHO, nos temos uma origem comum nos BORGES MONTEIRO e PEREIRA DO AMARAL. O Borges Monteiro chegou ate nos via o portugues ANTONIO BORGES MONTEIRO, nascido em 1751, no Distrito (Freguesia) de Pinhancos, da Cidade (Concelho) da Seia, no Estado (Distrito) da Guarda. Ele migrou para o Serro. Casou-se e foi pai do ANTONIO JUNIOR.

O avo ANTONIO BORGES MONTEIRO JUNIOR tem um lado COELHO, atraves de uma das bisavos maternas dele, em ANNA COELHO, esposa de nosso ancestral: MANUEL DE SOUSA AZEVEDO. Eram portugueses de Vila Nova do Norte que nao tenho ideia ao que este nome leva. Sabe-se ser Portugal, mas nao qual das Vilas Novas. ANTONIO JUNIOR casou-se no Serro com MARIA MAGDALENA DE SANTANA e teve filhos. Junto com outros pioneiros fundou o arraial de Sao Sebastiao dos Correntes, atual Sabinopolis. Dai a familia distribuiu-se por toda a regiao.

Ja o PEREIRA DO AMARAL chegou a Minas Gerais via o ancestral MIGUEL PEREIRA DO AMARAL. Ele provem da ILHA DE SAO MIGUEL, no ARQUIPELAGO DOS ACORES, onde nasceu de Manoel Pereira e Maria de Benevides. Migrou para CONGONHAS DO CAMPO onde se casou com FRANCISCA ANGELICA DA ENCARNACAO. Eles sao de idade semelhante ao ANTONIO BORGES MONTEIRO. Tiveram varios filhos, entre os quais: Francisco, JOAO, Miguel e MALAQUIAS.

JOAO e MALAQUIAS aparecem tambem como fundadores de Sabinopolis. MALAQUIAS casou-se com a congonhense ANA MARIA DE JESUS, filha de ANTONIO COELHO DE ALMEIDA e de outra ANA MARIA DE JESUS.

Entre outros encontros essas duas familias se ligaram desta forma: 1) DANIEL PEREIRA DO AMARAL casou-se com MARIA FRANCELINA BORGES MONTEIRO. Os dois eram filhos dos fundadores de Sabinopolis e pais da MARIA MARCOLINA BORGES DO AMARAL. Essa casou-se com ANTONIO RODRIGUES COELHO e ajudaram a multiplicar a populacao de Guanhaes e Virginopolis.

2) MARIA BALBINA DE SANTANA, filha dos avos ANTONIO JUNIOR/MAGDALENA, casou-se com BOAVENTURA JOSE PIMENTA. Eles foram os pais do MODESTO JOSE PIMENTA que casou-se com a tia ERMELINDA QUERUBINA PEREIRA DO AMARAL, que era filha dos avos MALAQUIAS/ANA MARIA.

O casal MODESTO e tia ERMELINDA teve 12 filhos, entre os quais: CORNELIO JOSE PIMENTA que se casou com Dona JOSEFINA CARVALHO DE SOUZA, oriunda de Sao Jose do Jacuri, e juntos ajudaram a fundar e a povoar a Cidade de SAO JOAO EVANGELISTA. Estes sao os pais do prof. DEMERVAL JOSE PIMENTA e dos muitos irmaos dele.

Dona JOSEFINA era filha de MANOEL CARVALHO DE SOUZA e da indigena FRANCELINA CATARINA DE SOUZA. O pai dela era filho de MANOEL DE CARVALHO e MARIA ROSA ou ROSA MARIA. O prof. Pimenta nao tinha certeza. O importante em lembrar essa parte da genealogia eh que o casal MANOEL/MARIA ROSA teve origem em GOUVEA, perto de DIAMANTINA e SERRO e tomou posse de grande porcao de terras em Ribeirao D’Anta, proximo a SAO JOSE DO JACURI. E se tornaram grandes patriarcas na cidade. E varios outros enlaces entre as duas familias ocorreram.

Se tomarmos Diamantina e Serro como referencia para localizarmos Gouvea basta pensa-las como em um relogio. Fazendo uma analogia, Diamantina seria o meio-dia e Serro 6:00. Gouvea esta mais ou menos na posicao ocupada pelas 10:00. Datas eh outra cidade que esta entre-meio a elas, perto de Gouvea e dentro do triangulo formado pelas tres outras.

O prof. PIMENTA tambem manifesta a suspeita de que o MANOEL CARVALHO fosse irmao do JOSE CARVALHO DA FONSECA. O JOSE se casou com SENHORINHA ROSA DE JESUS, tambem filha do casal ANTONIO JUNIOR/MARIA MAGDALENA. JOSE e tia SENHORINHA tomaram posse de terras nas proximidades do Ribeirao das Araras, situadas nas proximidades de SAO PEDRO DO SUACUI.

Filha do casal JOSE/tia SENHORINHA foi a MARIA AUGUSTA CESARINA DE CARVALHO que se casou com o tio, capitao FRANCISCO NUNES COELHO. Ele foi um dos politicos com grande influencia sobre a regiao e o que mais articulou para a emancipacao de Guanhaes e Pecanha. Viveram em Guanhaes, deixando vasta descendencia que esta entremeada com os outros COELHO e outras familias presentes na regiao. Foram os pais do medico e senador, Dr. FRANCISCO AUGUSTO NUNES COELHO FILHO (Chiquitinho). Que, por sua vez, foi o pai do ex-deputado, com grande fama de integridade, Dr. RAFAEL CAIO NUNES COELHO.

O professor DEMERVAL tambem nos da noticia das origens do sobrenome PIMENTA na regiao e menciona o Distrito de Milho Verde, ate hoje pertencente ao Serro, como ponto de entrada. Depois mudou-se para o Distrito de Taponhoacanga, que pertencia a Conceicao do Mato Dentro. Hoje, esse distrito se chama Itaponhoacanga e pertence `a Cidade de Alvorada de Minas. O distrito e a cidade sao os locais onde a familia primeiro se multiplicou antes de espalhar-se por toda a regiao. Em Milho Verde os Pimenta chegaram por volta de 1732.

Antes disso, sao procedentes de familias do Rio de Janeiro. Em Milho Verde houve, naquela data, o casamento de MANUEL VAZ BARBALHO com dona JOSEPHA PIMENTA DE SOUZA. O BARBALHO seria descendencia dos herois de monta nacional LUIZ BARBALHO BEZERRA, que foi o pai de JERONIMO BARBALHO BEZERRA. O primeiro destacou-se no combate aos holandeses no Nordeste. O segundo chefiou o fato conhecido como A Revolta da Cachaca, no Rio de Janeiro, juntamente com o irmao, ex-governador do Rio de Janeiro: AGOSTINHO BARBALHO BEZERRA.

O PIMENTA acabou sendo herdado por origem materna. O neto de Dona JOSEFA PIMENTA DE SOUZA: BOAVENTURA JOSE PIMENTA, teria herdado o sobrenome em homenagem a avo. E ele multiplicou a homenagem. Alias, o tio por afinidade, BOAVENTURA era o bem aventurado filho de Dona ISIDORA MARIA DA ENCARNACAO, filha de Dona JOSEPHA/MANUEL, com o marido: capitao ANTONIO FRANCISCO DE CARVALHO, sindico-geral dos Santos Lugares, na Comarca do Serro Frio, durante muitos anos.

Alias, o sobrenome PIMENTA parece ter sido retirado em uma combuca em que se rifaram varios outros dentre os presentes nas familias do Rio de Janeiro `a epoca. Dona JOSEFA teve ancestrais com sobrenomes: AGUIAR, ALMEIDA, CARVALHO, CARDOSO e ANDRADE, com boas perspectivas de procederem da nobreza portuguesa. Mas a sorte que caiu para ela foi mesmo o PIMENTA.

Aqui ha uma possibilidade de existir um vinculo com a familia que comumente apelidamos de COELHO DO CENTRO-NORDESTE DE MINAS GERAIS. Isso se da por haver mencoes ao casal MARIA RODRIGUES DE MAGALHAES BARBALHO/GIUSEPPE NICATSI DA ROCHA, como sendo pais de EUGENIA RODRIGUES ROCHA. Nao sabemos quem sao os pais da avo MARIA. Mas por aparecer na mesma regiao e no tempo certo, haveria a possibilidade de ela ser filha do casal JOSEFA PIMENTA/MANOEL BARBALHO.

A avo EUGENIA RODRIGUES ROCHA foi a esposa do portugues, Alferes de Milicias JOSE COELHO DE MAGALHAES. Estes sao os pais dos Capitaes JOSE e JOAO COELHO DE MAGALHAES, tambem conhecidos por COELHO DA ROCHA. O capitao JOSE COELHO DA ROCHA eh fundador e um dos primeiros moradores de Sao Miguel e Almas, a atual Guanhaes. Eh tambem, com MARIA LUIZA DO ESPIRITO SANTO, o pai do ANTONIO RODRIGUES COELHO e outros irmaos que, junto com os primos, filhos do capitao JOAO, sao os patriarcas da FAMILIA COELHO DO CENTRO-NORDESTE DE MINAS GERAIS.

Tudo isso justifica a ampliacao deste texto e, principalmente, a introducao das cidades citadas na lista das Cidade-por-cidade. Nas cidades que ja estavam na lista, como Sabinopolis, Diamantina, Serro, Pecanha e Sao Joao Evangelista, o livro nos enriquece com o conhecimento de registros de nascimentos de familiares nossos. Agora, o parentesco das populacoes dessas cidades se tornam fatos registrados e nao apenas fatos conhecidos. Sao milhares desses registros, principalmente em Sao Joao Evangelista.

Hoje eh 5 de julho de 2.012. Estou retornando a este texto para algumas correcoes necessarias. Como se pode ver, aqui eu mencionara minha suspeita de a Familia Coelho descender do casal: MANOEL VAZ BARBALHO/JOSEPHA PIMENTA DE SOUZA. O que eu menos esperava era que o sobrenome Barbalho presente no ramo familiar do qual herdei meu sobrenome deve pedir a bencao dos ancestrais a este casal.

A verdade era que os fatos eram ignorados. Havia uma tradicao mencionando o nosso tetravo POLICARPO JOSE BARBALHO (o padre POLICARPO) como sendo oriundo do Nordeste do Brasil. Dai eu jamais pensei na reviravolta que agora estamos vivendo em relacao `a nossa genealogia. Existe sim uma razao para pensar-se no Nordeste Brasileiro como a origem de nossa familia. O sobrenome BARBALHO chegou ao Brasil via CAPITANIA DE PERNAMBUCO e ja se encontrava la desde a chegada do primeiro Capitao-Mor: DUARTE COELHO.

A tradicao verdadeira seria essa origem em OLINDA, onde os primeiros BARBALHO brasileiros nasceram. A seguir, o ramo de LUIS BARBALHO BEZERRA migrou para a Bahia, de onde se mudou para o Rio de Janeiro. Durante cerca de 100 anos a familia foi fluminense indo ressurgir em Minas Gerais, em 1.732, com o casamento de MANOEL VAZ/JOSEPHA PIMENTA. Do casal, o professor Demerval tinha conhecimento, em 1.966, apenas que tivera a filha ISIDORA MARIA DA ENCARNACAO e eh a partir dela que ele da sequencia `a genealogia, por ser uma das ancestrais dele.

Sinto ser um evento lamentavel, tanto para o professor Demerval quanto outras pessoas na familia como meu pai, Odon de Magalhaes Barbalho e o primo Raul Soares, nao terem tido a oportunidade de conhecer os dados mais a fundo. Foram pessoas que muito incentivaram as buscas e tinham grande interesse em desvendar as nossas nuances genealogicas. Porem, embora certas respostas estivessem proximas a eles, relativamente falando, eles nao tiveram a oportunidade de fazer uso da internet para conhecerem melhor o que tanto gostavam.

Com as descobertas que temos feito ultimamente, gracas a pistas encontradas na internet, percebemos que no passar das geracoes nos fomos iludidos pelas tradicoes. Acredito que alguem misturou os fatos e atribuiu o nascimento nordestino ao nosso ancestral Policarpo Barbalho em razao de o sobrenome realmente ter origem naquela regiao. Contudo, esta comprovado que o padre Policarpo era mineiro, nascido no atual Distrito de Santa Rita Durao, da Cidade de Mariana, em Minas Gerais.

Por o pai dele chamar-se JOSE VAZ BARBALHO e ter nascido na Cidade do Serro, sera o mais provavel que tenha sido neto do MANOEL VAZ BARBALHO. Portanto, ja tinhamos grau de parentesco com os PIMENTA, via BORGES MONTEIRO e PEREIRA DO AMARAL. Agora estamos esperando a confirmacao de o se-lo tambem pelo ramo PIMENTA – VAZ BARBALHO. E, em nosso caso particular, talvez em doses multiplas caso se confirme que a ancestral MARIA RODRIGUES DE MAGALHAES BARBALHO tambem seja descendente dos mesmos patriarcas.

Mesmo que, neste caso, os COELHO DO CENTRO-NORDESTE DE MINAS GERAIS, nao tenham o casal MANOEL VAZ BARBALHO/JOSEPHA PIMENTA DE SOUZA como ancestrais comuns aos ramos BARBALHO e PIMENTA, nao sera sem motivo que esperamos que o BARBALHO que aparece no nome da ancestral MARIA RODRIGUES devera ser oriundo dos BARBALHO BEZERRA do Rio de Janeiro. Assim, em algum ponto da Historia, as tres familias encontrar-se-ao em um casal de ancestrais comum.

Aviso que isso nao sera surpresa nem algo incomum. Eh mesmo o esperado, pois, qualquer casal que tenha vivido ha 300 atras, ou mais, devera ter dado origem a centenas ou ate mesmo milhares de familias que, normalmente, pensamos ser diferentes mas nao sao. Para um melhor enriquecimento do conhecimento a respeito dessas ultimas informacoes, recomendo que visitem tambem o endereco: https://val51mabar.wordpress.com/2012/07/02/familia-barbalho-coelho-no-livro-a-america-suicida/. Recomendo todo o livro, porem, no Epilogo encontrarao as informacoes que nos levam a crer ter decifrado os vinculos que temos com os PIMENTA, os BARBALHO BEZERRA e todas as outras familias entrelacadas.

NOTA DE ALEGRIA

Nota de Alegria foi a expressao usada pelo Marcos Ferreira da Silva para repassar-me um e-mail do irmao dele, Nelson. Ele convida a alegrarmo-nos com uma conquista muitissimo importante do sobrinho. Antes que transmitir do que se trata, com minhas proprias palavras, peco licenca ao Nelson e ao Marcos para deixar de lado a privacidade da correspondencia. Creio que nenhum autor consegue traduzir em palavras as emocoes de pai, e do tio, com as conquistas de alguem que tenham embalado no colo. Reproduzirei aqui a boa nova enviada pelo Nelson:

“Prezados, quero compartilhar com vocês, porque sei que tambem irão ficar satisfeitos, meu orgulho e alegria por conquista do Bernardo, que foi convidado para assumir a posição de Professor de Genética da área de Saúde Pública da Escola de Medicina de Harvard ( Harvard Medical School/ Boston ), depois de uma seleção inicial com cerca de 400 concorrentes e, em seguida, meses de entrevistas pessoais, exposições e debates de trabalhos com outros sete finalistas. É realmente uma conquista excepcional, de muito, muito prestígio e reconhecimento,dado que Harvard, como sabem, é considerada a melhor universidade americana e a Harvard Medical School é um centro de excelência reconhecida internacionalmente. O Bernardo,que gosta muito de morar por lá e tudo indica que vai fazer carreira por lá mesmo, dirigirá um laboratório específico a partir de Agosto, com verba própria e pessoal técnico escolhido por ele, mas terá de fazer sua área auto-sustentável em poucos anos. Está agora na fase dos procedimentos burocráticos para ser contratado e obter o visto de trabalho nos Estados Unidos, e evidentemente muito satisfeito, mas um pouco apreensivo com as tarefas e responsabilidades que terá. É isso aí, queria dividir esta minha alegria com vocês, depois dou mais detalhes pessoalmente, abraço, nelson.”

Dr. Bernardo Lemos Ferreira eh o nome completo. O pai eh o Nelson Ferreira da Silva. Filho do Paulo Ferreira da Silva, filho dos tios-avos: Cantidio Ferreira da Silva e Elgita Coelho do Amaral. A mae do Nelson era a Maria do Rosario Nunes Coelho, filha do Dr. Francisco Augusto Nunes Coelho Filho e Inah Carvalho. O Dr. Francisco era filho dos tios-tetravos: Capitao Francisco Nunes Coelho e Maria Augusta Cesarina de Carvalho.

Nao vou aprofundar mais para nao complicar. Mas ai estao expressas contribuicoes geneticas de Virginopolis, Guanhaes, Sabinopolis, Sao Pedro do Suacui, Serro, Conceicao do Mato Dentro, Gouveia e outras. Nao nos esquecendo que a mae do Dr. Bernardo eh a Diama Lemos Ferreira que, acredito, seja carioca. Isto nao esta claro na pagina 75 do livro ARVORE GENEALOGICA DA FAMILIA COELHO, da prima Ivania, onde o nascimento do Bernardo esta registrado na Arvore.

Agora temos mais uma referencia na familia. Ele que descende de um dos pioneiros em Governador Valadares e do emancipador, em 1.875, de Guanhaes e Pecanha torna-se por si mesmo numa referencia na familia. A competencia dele ja esta mais que comprovada. Mesmo assim eh sinal de grande amadurecimento estar preocupado com a responsabilidade que lhe recai sobre os ombros.

Como disse Louis Pasteur: “A sorte favorece ao espirito preparado.” Comprovado esta que o espirito esta preparado. Desejemos entao a sorte. Nao pensem que o sucesso esteja garantido. As ciencias geneticas sao a maior sensacao e tambem o maior campo de concorrencia do momento. Eh uma area muito recente do conhecimento humano e avanca a passos gigantescos. Foi somente nos anos de 1.950 que foi proposta a teoria de que o DNA era composto por dupla helice.

De la para ca decifrou-se que o DNA eh um ”guia” que pode ser lido e interpretado. Mas nem tudo foi decifrado ainda. Somente recentemente o genoma humano foi “lido”. Agora falta saber o que cada linha desse livro significa e quais as consequencias disso. Talvez, um pesquisador ira decifrar uma pagina inteira e compreender tudo o que esta escrito nela. Mas outro podera estar fazendo o mesmo e quem explicar corretamente o significado primeiro tera a honra. Portanto, a sorte passa a ser um importante fator nessa corrida.

Alem de saber ler, eh preciso encontrar-se aplicacoes praticas para o que foi lido. Nao se pode ir devagar com as interpretacoes. Mas tambem eh preciso ter cautela. Ha a promessa de curas nunca imaginadas. Mas eh preciso saber quais os efeitos colaterais os tratamentos poderao levar.

De certa forma, eu estou duplamente alegre com a noticia. Uma por ser um primo tao proximo. Outra porque uma das razoes pela qual eu “brinco” com a genealogia eh abrir caminho para a genetica. Uma forma pratica de aplicacao genetica eh o estudo da genealogia. Nao essa parte que antigamente era importante, ou seja, seguir a descendencia de um sobrenome ou pessoa de reconhecida nobreza.

Geneticamente, o importante eh conhecer todos ancestrais e descendentes da pessoa. Nao importanto o sobrenome que ela carrega. Isso, porem, eh uma discussao que nao tem lugar no momento.

Importante eh estarmos felizes juntos com mais um conquistador na familia. O meu desejo eh que de ao Brasil um Premio Nobel.

INDICE E REFERENCIAS

01. Um Pouco de Historia de Minas Gerais http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_de_Minas_Gerais & http://www.cidadeshistoricas.art.br/congonhas/cgn_his_p.php
02. A Guerra dos Emboabas http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_dos_Emboabas
03. Um Coelho na Solucao do Problema http://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B4nio_de_Albuquerque_Coelho_de_Carvalho
04. Cidade de Congonhas do Campo http://www.cidadeshistoricas.art.br/congonhas/cgn_his_p.php
05. Municipio de Sabara http://citybrazil.com.br/mg/sabara/historia-da-cidade & http://www.idasbrasil.com.br/idasbrasil/cidades/Sabara/port/historia.asp
06. Belo Horizonte http://www.bhservico.com.br/belo-horizonte.htm
07. Cidade do Morro do Pilar http://www.ferias.tur.br/informacoes/3454/morro-do-pilar-mg.html
08. Cidade de Conceicao do Mato Dentro http://www.guiadecachoeiras.com.br/conteudo_cidades.php?cidade=CONCEI%C7%30%20D0%MATO%20DENTRO&cod_cidade=&cod_tipo=2 & http://www.ibge.gov.br/cidadesat/historicos_cidades/historico_conteudo.php?…
09. Santo Antonio do Rio Abaixo http://pt.wikipedia.org/wiki/Santo_Ant%C3%B4nio_do_Rio_Abaixo
10. Itambe do Mato Dentro http://citybrazil.uol.com.br/mg/itambematodentro/historia-da-cidade
11. Itabira do Mato Dentro ou Simplesmente Itabira http://citybrazil.uol.com.br/mg/itabira/historia-da-cidade
12. Ferros http://citybrazil.uol.com.br/mg/ferros/historia.php
13. Dom Joaquim http://www.ferias.tur.br/informacoes/3054/dom-joaquim-mg.html & http://citybrazil.uol.com.br/mg/domjoaquim/historia-da-cidade
14. Historia de Senhora do Porto http://www.ferias.tur.br/informacoes/3964/senhora-do-porto-mg.html
15. Pecanha http://citybrazil.uol.com.br/mg/pecanha/historia.php
16. Serro (Vila do Principe) http://citybrazil.uol.com.br/mg/serro/historia-da-cidade
A. Sao Goncalo do Rio da Pedras
B. Milho Verde
17. Sabinopolis http://citybrazil.uol.com.br/mg/sabinopolis/historia-da-cidade
18. Barcelos
19. Vila Nova do Norte
20. Ilha de Sao Miguel, Acores, Portugal
21. Exeter, England http://saaeguanhaes.com.br/guanhaes/historia/87-lott-o-fundador-da-mineracao-do-candonga
22. Algum Lugar na Franca
23. Freguesia de Pinhancos, Concelho de Seia, Distrito de Guarda, Portugal
24. Maria Pereira/Mombaca/Ceara http://www.mariapereiraweb.net?area=quemsou
25. Cete, Concelho de Paredes, OPorto
26. Guanhaes, Antiga Sao Miguel e Almas http://guanhaes.mg.gov.br/guanhaes/historia/170-historia-porflucilia.html & http://www.guanhaes.mg.gov.br/guanhaes/historia/172-comecou-guanhaes.html & http://guanhaes.mg.gov.br/guanhaes/historia/169-historiagh-ibge.html
27. Distrito do Correntinho de Guanhaes
28. Sao Joao Evangelista http://www.sje.mg.gov.br/index.php & http://pt.wikipedia.org/wiki/5%C3%A3o_Jo%C3%A3o_Evangelista_(Minas_Gerais)
29. Virginopolis http://www.achetudoeregiao.com.br/MG/virginopolis/historia.htm & Site Diocese de Guanhaes
30. Braunas http://citybrazil.uo.com.br/mg/braunas/historia-da-cidade
31. Acucena http://www.achetudoeregiao.com.br/mg/acucena/historia.htm
32. Sapucaia de Guanhaes
33. Divinolandia de Minas http://www.saaedivinolandia.com.br/saaediv?index.php/divinolandia
34. Gonzaga http://pt.wikipedia.org/wiki/Gonzaga
35. Santa Efigenia de Minas http://pt.wikipedia.org/wiki/Santa_Efig%C3%AAnia_de_Minas
36. Sardoa http://www.ferias.tur.br/informacoes/3948/sardoa-mg.html & http://clandestinos.globo.com/platb/programa/category/marcela/
37. Sao Geraldo da Piedade http://citybrazil.uol.com.br/mg/sgeraldopiedade/historia-da-cidade
38. Coroaci ou Coroacy http://www.ferias.tur.br/informacoes/2988/coroaci-mg.html
39. Cantagalo http://citybrazil.uol.com.br/mg/cantagalo/historia-da-cidade
40. Santa Maria do Suacui http://www.smsuacui.mg.gov.br/portal/municipio/historia.asp?iIdMun=100131680 & http:/pt.wikipedia.org/wiki/Santa_Maria_do_Sua%C3%A7u%C3%AD
41. Gouveia http://www.diamantina.com.br
42. Sao Jose do Jacuri http://pt.wikipedia.org/wiki/5%C3%A3o_JosC3%A9_do_Jacuri
43. Sao Pedro do Suacui
44. Virgolandia, Antigo Ramalhete http://pt.wikipedia.org/wiki/Virgol%C3%A2ndia#Hist.C3.B3ria
45. Coluna http://pt.wikipedia.org/wiki/Coluna_(Minas_Gerais)
46. Teofilo Otoni e a Hidrografia do Antigo Serro Frio
Itamarandiba
Minas Novas
Itambacuri
Teofilo Otoni
Pescador
47. Rio Vermelho http://citybrazil.uol.com.br/mg/riovermelho/historia-da-cidade
48. Nacip Raydan http://citybrazil.uol.com.br/mg/nacipraydan/historia-da-cidade
49. Frei Inocencio http://citybrazil.uol.com.br/mg/freiinocencio/index.php
50. Mathias Lobato, Antiga Vila Mathias http://pt.wikipedia.org/wiki/Mathias_Lobato
51. Diamantina http://citybrazil.uol.com.br/mg/diamantina/historia-da-cidade
52. Governador Valadares http://www.classificadosgv.com.br/dados_gerais_gv.asp & http://www.joberto31.oi.com.br/inferior_file/relato/relato_historico_governador_valadares.htm & http://www.valadares.mg.gov.br/current/portal/historia_de_governador_valadares
53. Coronel Fabriciano, Ipatinga e Timoteo http://www.cnm.org.br/municipio/historia.asp & http://wikipedia.org/wiki/Tim%C3%B3teo
54. Joanesia http://pt.wikipedia.org/wiki/Joan%C3%A9sia
55. Mesquita http://www.mesquitamg.com/Historia.htm
56. Nova Era http://pt.wikipedia.org/wiki/Nova_Era(Minas_Gerais)
57. Dores de Guanhaes http://pt.wikipedia.org/wiki/Dores_de_Guanh%C3%A3es
58. Distrito de Milho Verde
59. Distrito de Itapanhoacanga http://pt.wikipedia.org/wiki/Alvorada_de_Minas
60. Alvorada de Minas http://pt.wikipedia.org/wiki/Alvorada_de_Minas
61. Resuminho da Historia da Povoacao Mineira
62. Site: Rodrigues da Cunha Mattos, Martins Marquez, Goncalves Borges & Correlatas, Sintese Genealogica.
63. Site Coelho da Silva
64. Site Genealogia Dona Joaquina do Pompeu
65. Concelho (Cidade) de Ponte de Lima, Portugal. pt.wikipedia.org/wiki/Ponte_de_Lima
66. Historia de Pernambuco, Olinda e Recife http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=188&cat=Ensaios&vinda=S & engenhosdepernambuco.blogspot.com/p/engenhos-com-letra.html
67. Salvador, Bahia http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_Bahia http://www.bahia.com.br/viverbahia/hist%C3%B3ria http://www.viagemdeferias.com/salvador/bahia/historia.php
68. Historia do Rio de Janeiro http://www.inepac.rj.gov.br/arquivos/Historico_Estado.pdf http://www.portalbrasil.net/brasil_cidades_riodejaneiro.htm http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/hrsxviii.htm
69. Historia em Nilopolis http://blogdassecretarias.com.br/cultura/?page_id=220 http://www.nilopolis.rj.gov.br/site/historia/
70. Arcos de Valdevez, Viana do Castelo, Portugal: antikuices.blogspot.com/2011/09/historia-de-arcos-de-valdevez-e-antigo.html
71. Vila Vicosa, antigo Alentejo: pt.wikipedia.org/wiki/Vila_Vicosa
72. Freguesia de Colares, Sintra, Portugal, pt.wikipedia.org/wiki/Colares_(Portugal) & pt.wikipedia.org/wiki/Sintra
73. Concelho (Cidade) de Almeida, Distrito (Estado) de Guarda, Portugal. http://www.cm-almeida.pt/tudosobrealmeida/historiadealmeida/Paginas/default.aspx & http://www.genealogiahistoria.com.br/index_baroesviscondes.asp?categoria=3&categoria2=2&subcategoria=67.
74. Historia de Gravatai, http://www.gravatai.rs.gov.br/site/cidade/historia.php http://www.gravatai.rs.gov.br/site/cidade/perfil.php
75. Florianopolis e Santa Catarina http://pt.wikipedia.org/wiki/Florian%C3%B3polis http://pt.wikipedia.org/wiki/Santa_Catarina
76. Rio de Contas http://www.vertentes.ufba.br/rio-de-contas
77. Goianinha http://pt.wikipedia.org/wiki/Goianinha http://www.ferias.tur.br/informacoes/7176/goianinha-rn.html
78. Sao Francisco do Conde, Bahia http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/dtbs/bahia/saofranciscodoconde.pdf & http://www.fazendaengenhodagua.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=7&Itemid=5
79. Sao Christovao, Sergipe http://www.wagnerlemos.com.br/apostilahistoriadesergipe.pdf http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=373883
80. Itabaiana, Sergipe http://www.itabaiana.se.gov.br/acidade_historia.asp
81. Cidade de Sao Goncalo do Rio de Janeiro – http://www.historia.uff.br/stricto/teses/Dissert-2003_CAETANO_Antonio_Filipe_Pereira-S.pdf
82. Joao Pessoa, Paraiba – utinga.wordpress.com/2010/09/21/marianna-paschoa-bezerra-o-santo-oficio-e-os-rocha-bezerra/
83. Miscelania
84. Cidade por Cidade
85. Igreja Magestosa
86. Bibliografia

01. UM POUCO DA HISTORIA DE MINAS GERAIS

Nao pretendo aqui contar a verdadeira Historia de Minas Gerais porque, pelo que vi nos artigos que li na Internet, ninguem sabe ao certo. Infelizmente, nesse campo existem fontes muito limitadas, principalmente no que se trata do registro dos primeiros moradores.

Anteriormente, eu havia feito afirmacao de que Minas Gerais pertencera aa Capitania de Sao Paulo. Mas as coisas nao sao exatamente como eu pensava. Na verdade, Sao Paulo, Minas Gerais e todo o oeste central do Brasil pertenciam `a Capitania de Sao Vicente (o Rio de Janeiro tornou-se capital). Por isso, no periodo logo anterior aos descobrimentos das minas e um pouco depois a capitania que governava todo o sul, sudeste e oeste brasileiros era a de Sao Vicente, antes de tomar o nome de Sao Paulo.

Como capital e tendo um porto que centralizava o comercio com a metropole, Portugal, os fluminenses nao pareciam muito afeitos a grandes aventuras. Por outro lado, os paulistas estavam mais inquietos pela busca de riquezas, talvez por nao se satisfazerem com o estar em segundo plano junto `a coroa portuguesa. Por isso, foram eles que mais Entradas e Bandeiras organizaram em busca de montanhas mitologicas de ouro e esmeraldas.

Devemos entao imaginar qual a forma mais logica de se fazer tais expedicoes exploratorias quando ainda nos seculos XVI e XVII. Sair com um exercito de 400 homens em busca de qualquer riqueza esbarrava numa impossibilidade. Como fornecer alimentacao regular a tantas pessoas? Logicamente, precisariam carregar “caminhoes” de mantimentos e utensilios para a lida com as escavacoes, construcoes de abrigos etc. Nao havia rico que possuisse escravos e dinheiro suficientes para por tanto dinheiro em risco.

A solucao mais rapida, embora bastante demorada para os dias de hoje, foi o enviar expedicoes de batetores na frente, talvez anos na frente, para encontrar as melhores terras cultivaveis onde nelas se instalassem plantacoes, criatorios de animais para o consumo e transporte, ranchos para abrigo dos bandeirantes, contatos com os indigenas locais e outras acoes preparatorias. Com isso se formaram alguns nucleos de moradas, antes mesmo de se formarem os povoados.

Muitas vezes, os verdadeiros exploradores, ou mateiros como eram chamados, nao tiveram seus nomes gravados pela historia, por serem os empregados e nao os senhores das Bandeiras e Entradas.

Outra particularidade era o fato de nao haver estradas, muitas vezes, nem mesmo caminhos nas terras recem exploradas. Dai a preferencia era buscar os rios maiores e navegaveis. Eh por isso que um desses campos de morada foi na localidade onde hoje se encontra a cidade de Sabara. Por estar onde o Rio das Velhas se tornava navegavel, Sabara tornou-se um importante ponto de partida para explorar-se os grandes sertoes que iam ate o Sao Francisco no sentido leste-oeste e dai no sentido norte-sul.

Sabara e Nova Lima sao dois dos pontos referencias dessa primeira fase. Nessa fase, o grande nome eh o de Fernao Dias Paes Leme, o cacador de esmeraldas. Percorreu Minas Gerais e outras regioes do Brasil mas as riquezas que encontrou foram turmalinas, nada do que realmente procurava.

Quem deu mais sorte foi o Borba Gato, genro do Fernao Dias, que seguindo os passos do antecessor encontrou ouro no Sabara. Assim, nos anos que se seguiram a 1.698 houve uma explosao de descobertas de ouro pelos paulistas. (01) ”Mafalda P. Zemella resume assim essas descobertas:

“Garcia Roiz Pais pode ser considerado o primeiro descobridor do ouro dos ribeiros que correm da Serra de Sabarabucu; Bartolomeu Bueno de Siqueira, buscando a Casa da Casca, achou ouro na Itaverava; Salvador Furtado no Carmo; o Padre Joao de Faria no Ouro Preto; Joao Lopes de Lima achou mais no Carmo; Borba Gato no Sabara; Salvador Faria de Albernaz, no Inficcionado; Domingos Roiz da Fonseca Leme no Ribeirao do Campo; Mateus Leme no Itatiaiucu; Domingos Borges nas Catas Altas; os Raposos no Rio das Velhas; Tome Portes del Rei, Joao de Siqueira Afonso e Antonio Garcia Cunha no Rio das Mortes.”

Acrescenta-se aqui que artigo do site do IBGE menciona que Borba Gato encontrou ouro na regiao de Conceicao do Mato Dentro. Porem foram Gabriel Ponce de Leon, Gaspar Soares e Manuel Correia de Paiva os responsaveis por encontrar “as mais ricas lavras auriferas de toda a regiao nordeste da Capitania.”

No site CityBrasil fala-se em controversia em quem encontrou ouro primeiro no municipio do Serro mas menciona o prof. Nelson Coelho de Senna que afirmava serem os primeiros descobridores e moradores: os irmaos Correia Arzao, Baltazar Leme, Lourenco Carlos, Gaspar Soares, Lucas de Azevedo, Bartolomeu Bueno de Siqueira, Jeronimo Arzao, e Pedro de Miranda, isso, em 1703.

Gaspar Soares deve ter sido um dos bandeirantes mais ativos porque eh dedicada a ele a autoria da descoberta de ouro, em 1.701 no local que tomou nome de Morro do Gaspar Soares a principio para depois vir a chamar-se Morro do Pilar.

Com isso explode o povoamento de origem luzitana no Estado de Minas Gerais. Houve um turbilhao de pessoas correndo em busca do ouro. A preocupacao do rei D. Pedro II se mostrou logo nos primeiros anos e em carta regia de 7 de fevereiro de 1.701 proibiu a comunicacao e comercio entre a Capitania da Bahia e o que cita como ”minas de Sao Paulo.

A prevencao do rei, porem, eh ineficaz porque nao havia como policiar ja que nao haviam exercitos reais para faze-lo. Preocupado com o esvaziamento da Bahia, o proprio governador tenta intervir procurando impedir a saida da populacao com seus escravos. Em 1.705 a grosso modo ja se considerava a populacao mineira ser maior que 30 mil pessoas. Possivelmente, nao considerados ai escravos e, com toda certeza, indigenas.

Ha que se lembrar aqui. A divisao geografica brasileira era completamente diferente. Existiam apenas as capitanias de Sao Vicente (Rio de Janeiro/Sao Paulo e Minas), Espirito Santo, Bahia, Pernambuco, Maranhao e Grao Para. Sendo que o oeste da Bahia ainda pertencia `a capitania de Sao Vicente que era a unica que fazia divisa com todas as outras. Nao existia uma nacao que pudesse ser chamada brasileira. Cada capitania era independente umas das outras e os governadores prestavam contas ao rei de Portugal. Haviam rivalidades entre eles.

O elemento portugues era o unico que dava uma certa semelhanca ao conjunto. Eles eram os donos sobre os outros. As populacoes mesticas guardavam suas diferencas nas diversas tribos indigenas que antes formavam o pais. O elemento africano tambem vinha de diversas origens geneticas da Africa.

02. A GUERRA DOS EMBOABAS

Esse episodio, que eu ja chamei de escaramucas, nao passou disso. Pode ter sido chamada de guerra mas nao houve envolvimento de exercitos e sim dois grupos que queriam impor-se um sobre o outro.

Ela se deu no periodo entre 1.707 a 1.709. Com a descoberta das minas, o afluxo de pessoas foi desordenado. A principio, os Vicentinos, ou seja, os oriundos de Sao Vicente que conhecemos mais como bandeirantes paulistas, davam abrigo e alimento aos que chegavam. Alem disso, tambem davam credito ate que o recem-chegado pudesse andar pelas proprias pernas. Mas os ”estrangeiros” comecaram a prosperar. Esses ”estrangeiros” eram representados pelo portugueses e os nativos de outras capitanias. A maior parte desses ”estrangeiros” vinha da Bahia.

Os “estrangeiros”, que chegavam a Minas Gerais andando, cobriam suas pernas com panos ou pecas de couro para evitar se ferirem nos caminhos. Dai passaram a ser chamados pejorativamente de emboabas pelos vicentinos. `A medida que os emboabas comecaram a prosperar, os paulistas vicentinos, que dominavam o comercio, elevaram exorbitantemente os precos dos alimentos e materiais alem de reinvindicarem o monopolio de se tornarem donatarios das minas.

As condicoes nao tardaram em provocar conflitos menores o que levou cada lado a se armar o mais que pode ate chegar ao conflito deliberado. O lado dos vicentinos foi chefiado por Borba Gato e o lado dos emboabas por Manuel Nunes Viana. As escaramucas se deram com a derrota humilhante dos paulistas. E os emboabas expulsaram boa parte deles do Estado de Minas Gerais. Eles acabaram se reagrupando e partiram para a regiao que hoje representa os Estados de Goias e Mato Grosso, onde tambem encontraram ouro e fundaram cidades tais como Pirenopolis.

O episodio mais triste dessa luta fratricida foi o chamado “Capao da Traicao”. As forcas paulistas ja estavam tomando o caminho de volta quando parou nas imediacoes de Sao Joao del Rei. Os emboabas tomaram isso como uma tentativa de reagrupar. Os paulistas, tentando aproveitar a ocasiao, mandaram um pequeno grupo atacar e fugir passando pelo Capao, onde o grosso da forca havia preparado uma emboscada.

As forcas emboabas, apos sofrer as primeiras baixas, recuou e se reagrupou. Cercou os paulistas em desvantagem numerica e que se entregaram sem maiores resistencias. Embora houvesse jurado pela Santissima Trindade que nao iria devolver com alguma represalia, o chefe dos emboabas naquela escaramuca, Bento do Amaral Coutinho, mandou executar os paulistas desarmados.

03. UM COELHO NA SOLUCAO DO CONFLITO

Apos a evolucao do conflito eh chamado Antonio de Albuquerque Coelho de Carvalho (o filho) para resolver os problemas. Ele ja havia sido governador do Maranhao e do Grao Para e estava acostumado a lidar com dificuldades. Uma das primeiras medidas foi desmembrar a Capitania de Sao Vicente, criando-se as Capitania de Sao Paulo e Minas de Ouro e a do Rio de Janeiro.

Acredita-se que tenha conversado diretamente com Manuel Nunes Viana, entao fugitivo da justica e com o lado derrotado. A sede do novo governo foi em Sao Paulo. Foi aos poucos organizando o governo, a forma de tributacao e outros detalhes.

Deve ter criado o jeitinho brasileiro de governar. Elevou Mariana `a condicao de primeia Vila do Estado de Minas e deu a administracao a Borba Gato. Em seguida deu o carater de Vila tambem a outras Vilas que eram dominio dos emboabas.

Em 1.714 foram criadas as tres primeiras comarcas do estado. A de Ouro Preto, com sede em Vila Rica. A do Rio das Mortes na recem-criada Sao Joao del-Rei. A do Rio das Velhas, com sede na Vila de Sabara.

A comarca da Vila de Sabara recebeu jurisdicao sobre a maior parte do territorio da Capitania. O que abrangia todo o norte de Minas, oeste da Bahia, Centro-Oeste Brasileiro e mais uns retalhos do pais.

Em 1.720 a Vila do Principe (Serro), que houvera sido criada em 1.714, passou tambem a ser sede de comarca. O territorio da Vila do Principe ja havia sido desmembrado do da Vila de Sabara.

Tambem em 1.720 tem-se a decisao mais marcante da administracao desse Coelho. A antiga Capitania foi dividida em duas, criando-se a de Sao Paulo e a das Minas Gerais.

Antonio de Albuquerque Coelho de Carvalho governou ate 1.720. Retornou a Portugal e foi designado para Angola, onde faleceu em 1.725. Existe uma boa literatura a respeito dele na Internet. Quem desejar se informar mais, busque tambem pelo nome de Antonio de Albuquerque Coelho, o filho dele. O Albuquerque Coelho de Carvalho era filho de pai com nome homonimo.

Indico a leitura a respeito do filho e neto porque nasceu no Brasil. Era um brasileiro tipico. Neto de mulato com mameluco e foi governar em Goa e Timor Leste. Parte da vida dele eh contada em livro. Eh uma mistura de drama e aventura. Numa composicao que nem mesmo Camoes ou Sheakspeare chegaram a imaginar. Ha resumos na internet ja que a ultima edicao do livro se deu em 1.905.

Dei uma pequena olhada nas biografias dos Albuquerque Coelho porque pensei que pudesse haver alguma ligacao de parentesco entre eles e um de nossos ancestrais, o Antonio Coelho de Almeida, que falarei um pouco a respeito dele mais tarde.

04. CIDADE DE CONGONHAS DO CAMPO

Existem varias versoes para o surgimento de Congonhas do Campo. Ha mencoes que localizam seu inicio por volta de 1.700. Porem, a data mais segura eh a de 1.734 com a descoberta de ouro no leito do Rio Maranhao.

Nao sao citados nomes de fundadores. Fala-se que a igreja mais antiga data do final dos 1.600, construida por escravos, antes da chegada dos mineradores e tem o nome de Nossa Senhora do Rosario. Em 1.749 inicia-se a construcao da Matriz de Nossa Senhora da Conceicao.

Contudo a cidade eh mais conhecida por causa do Santuario do Senhor Bom Jesus de Matozinhos. Foi iniciado como pagamento de uma promessa feita pelo portugues Feliciano Mendes que se curou de enfermidade grave. Eh cercado pelos famosos profetas do Aleijadinho e decorado por pinturas do mestre Ataide.

Em 1.746 correu uma lista secreta nomeando as maiores fortunas da Capitania, entre os quais 10 eram moradores da cidade e tambem mineradores.

Nao relacionado com isso, Manuel Rodrigues Coelho eh citado como um dos que deu polpudas contribuicoes para a construcao do santuario. ”Dele procede o Alferes de Milicia, Jose Coelho de Magalhaes.” Essas sao palavras retiradas das anotacoes do prof. Nelson Coelho de Senna que tambem atribui ao mesmo personagem a geracao dos diversos ramos Coelho do Centro-Nordeste de Minas Gerais. Sao informacoes ainda a serem comprovadas.

Congonhas do Campo pode ter tido a presenca de muitas fortunas como moradores mas nao obrigatoriamente que tenham mineirado no territorio dela. Eh que a cidade tornou-se refugio de campo para os ricos que comerciavam e governavam em Ouro Preto. Manuel Rodrigues Coelho deve ter sido um caso tipico, pois, eh citado como tesoureiro da cidade de Vila Rica em documentos de 1.719, guardados pelo Arquivo Publico Mineiro (APM).

Congonhas do Campo eh um dos bercos da familia Coelho do Centro-Nordeste de Minas Gerais. Como orientacao, temos referencia apenas a data de nascimento de nosso ancestral Malaquias Pereira do Amaral que foi de 1.791. Segundo o professor Demerval ele nasceu ja em Conceicao do Mato Dentro e casou-se com Ana Maria de Jesus, que era congonhense.

A mae do Malaquias, Francisca Angelica da Encarnacao, tambem eh dada como congonhense. Essa era filha de Francisco Jose Barbosa Fruao, natural de Barcelos em Portugal, casado com outra Ana Maria de Jesus. Por ai se presume que a mae do Malaquias pode ter nascido por volta de uns 25 anos antes dele e a avo uns 50. Portanto, eh possivel que tenhamos uma raiz penetrando firme na fundacao da cidade de Congonhas do Campo e do Estado de Minas Gerais, ou estejamos fincados la desde 1.741.

A avo Ana Maria de Jesus, esposa do Malaquias, era filha de outra Ana Maria de Jesus. Assim, ele tinha esposa, sogra e avo com o mesmo nome. O marido da sogra dele era o ancestral Antonio Coelho de Almeida, citado acima.

Por documentos existentes no Arquivo Publico Mineiro sabe-se que o avo Antonio pleiteou o cargo publico para: “o oficio de escrivao de guardamoria de Ribeirao do Corrente de Santo Antonio da Meia Canoa”, para onde deve ter se mudado. Nao imagino no que traduzir esse nome. Mas o despacho foi dado em 30.07.1.803 em Vila Rica. Talvez se refira ao que hoje eh o distrito ouropretano de Santo Antonio do Leite.

Temos duvidado do nome de nossa ancestral ser realmente MARIA RODRIGUES DE MAGALHAES BARBALHO. Porem, entre as decobertas realizadas recentemente, pudemos constatar que, ja no inicio da colonizacao do Estado de Minas, havia a presenca dos sobrenomes BARBALHO e MAGALHAES, alem do proprio MANUEL RODRIGUES COELHO, como moradores locais. Desde a constatacao, suponho ser possivel ter havido casamentos entre essas familias e que pudessem produzir aquele sobrenome.

Estou fazendo esta observacao aqui agora por causa de o professor NELSON COELHO DE SENNA ter assumido que o nosso ancestral portugues e genro da avo MARIA RODRIGUES: JOSE COELHO DE MAGALHAES procedesse desse MANUEL. Porem, devido `as evidencias encontradas, se mesmo houver alguma relacao de ascendencia entre ele e nossa familia, parece-me ele ser avo ou pai da avo MARIA RODRIGUES, e a suposta procedencia provir de meios indiretos (ou tortos), sendo os filhos dele tendo a procedencia e ele apenas a afinidade. Se esta relacao for constatada, entao, teremos dois ramos formadores da familia oriundos de CONGONHAS DO CAMPO.

Retornando a essa postagem, observo o quanto ela esta desatualizada. Ainda estou em busca de descobrir documentos que comprovem o vinculo parental entre os portugueses Manuel Rodrigues Coelho e o alferes-de-milicias Jose Coelho de Magalhaes. Mas nos outros textos mais novos ja pude acrescentar que encontrei um registro de batismo, no site familysearch, de Maria, filha de Estevao Rodrigues de Magalhaes e Anna Maria da Conceicao. O registro se deu na cidade de Ouro Branco, na data de 1750.

Aqui torna-se claro que se a Anna Maria da Conceicao pertenceu `a Familia Barbalho, a crianca poderia ter se tornado nossa possivel ancestral Maria Rodrigues de Magalhaes Barbalho, esposa do Giuseppe Nicatisi da Rocha e mae da Eugenia Rodrigues Rocha, a esposa do alferes-de-milicias. Mas as pesquisas precisam prosseguir.

05. MUNICIPIO DE SABARA

Foi elevado aa categoria de Vila em 1.711 pelo governador Antonio de Albuquerque Coelho de Carvalho, com a denominacao de Vila Real de Nossa Senhora da Conceicao do Sabarabucu. Antes disso, tinha o nome complicado de Arraial de Santo Antonio do Bom Retiro da Roca Grande. O patrimonio foi doado por Manoel de Borba Gato, seu primeiro guarda-mor e genro do Fernao Dias Paes Leme.

Faz parte dos poucos arraiais que ja existiam em Minas Gerais antes da mineracao aurifera. Eh possivel que se tivermos que apontar um lugar como o ponto de partida para o povoamento europeu no Estado essa primazia devera ser preenchida por Sabara. Atualmente continua uma cidade com aspectos interioranos, com suas construcoes antigas do tempo da colonizacao, porem, sendo abracada pelo crescimento nao planejado de Belo Horizonte.

Bairros em torno do Bairro Sao Geraldo, onde residi em 1.978-9, tais como Caetano Furquim e Casa Branca, foram implantados no Municipio de Sabara, embora estejam catalogados no mapa da capital mineira.

A importancia de Sabara em nossa genealogia ainda eh desconhecida. Sabe-se apenas que dela para o norte era o centro administrativo e juridico de Minas Gerais. Isso mudou apenas em 1.714 com a criacao da Vila do Principe (Serro). Nao ainda no sentido juridico. Somente mais tarde o Serro foi elevado `a categoria de Comarca.

06. BELO HORIZONTE

O povoamento de Belo Horizonte comecou por volta de 1.701 com o bandeirante Joao Leite da Silva Ortiz. Nao encontrou os materiais preciosos mas resolveu permanecer no local por causa das terras ferteis e do clima, entao, agradavel. Fundou a Fazenda do Cercado onde plantou e criou gado.

Transformou-se em ponto de parada para os boiadeiros baianos que traziam o rebanho para comercializar nos centros auriferos. Logo surgiu o arraial que recebeu o nome de Curral del Rei. Tornado freguesia subordinada a Sabara chegou a contar 18.000 moradores mas numa extensao territorial que ia ate Sete Lagoas.

No final do seculo XIX contava com cerca de 4.000 habitantes. Em 1.891, o presidente do estado, Augusto de Lima, decidiu transferir a capital mineira de Ouro Preto para outro lugar mais higienico. Formou-se uma comissao de estudos que decidiu que o local seria Curral del Rei. Os antigos moradores nao foram levados em conta, o arraial foi retirado e os moradores transferidos, principalmente, para Venda Nova.

Ate os anos da decada de 1.940, Belo Horizonte era uma cidade media, atraindo moradores de todas as outras regioes do Estado. Tinha, entao, apenas 200.000 habitantes. A regiao do Centro-Nordeste do Estado de Minas Gerais, alem de contribuir muito com excedentes de populacao para o crescimento de Governador Valadares, tambem enviou um grande contingente para a capital.

Nos anos 60 e 70 esse exodo populacional foi partilhado com Ipatinga e Brasilia. Eh possivel que estas 4 cidades sejam hoje o torrao natal de dezenas de milhares de nossos primos mais proximos. A Grande BH conta com mais de 5 e Brasilia com quase 4 milhoes de habitantes atualmente.

07. CIDADE DO MORRO DO PILAR

O bandeirante Gaspar Soares encontrou ouro, em 1.701, no alto de um morro que ficou conhecido como Morro do Gaspar Soares. Ele proprio construiu uma capela dedicada a Nossa Senhora do Pilar. Em torno da producao de ouro o arraial surgiu. Em 1.743 essa atividade foi abandonada em razao de um desmoronamento que matou 18 escravos. Em 1.814 foi criada a Real Fabrica de Ferro que nao durou muito mas eh ponto turistico local.

Atualmente, Morro do Pilar conta com cerca de 3.500 habitantes apenas.

Ate o momento, temos em nossas anotacoes Morro do Pilar como sendo o ponto de partida para o comeco da familia Coelho do nosso ramo. Temos la uma sede onde se encontra Axupe. Este nome, que eh uma referencia ao passarinho conhecido como Guaxo e Joao Congo, provavelmente, refere-se a uma fazenda. Porem, atualmente, localizei apenas uma fazenda com esse nome na Internet e ela esta localizada em Conceicao do Mato Dentro.

Assim, eh dito que o Alferes de Milicia, Jose Coelho de Magalhaes, implantou sua fazenda. Casou-se com Eugenia Rodrigues Rocha. Nao ha referencias ao local de nascimento dela. Apenas menciona-se que era filha do luso-italiano Giuseppe Nicatigi (ou Nicatsi) da Rocha com Maria Rodrigues de Magalhaes Barbalho. Acredito ser um engano da parte do prof. Demerval Jose Pimenta, em seu livro: A Mata do Pecanha, sua Historia e sua Gente, o de citar que a avo Maria portasse tambem a alcunha ”de Magalhaes Barbalho”.

Na provavel Fazenda do Axupe, nasceram: Jose Coelho de Magalhaes Filho (tambem conhecido como Jose Coelho da Rocha) em 1.782; Joao Coelho de Magalhaes, em 1.785; e Antonio, Felix e Clara Maria de Jesus, que nao se casaram.

Ha a possibilidade de a Fazenda Axupe ter pertencido a Morro do Pilar numa primeira instancia e depois ter sido transferida para Conceicao do Mato Dentro porque os limites territoriais das cidades foram muito voluveis ao longo da Historia. Isso precisa ser investigado.

08. CIDADE DE CONCEICAO DO MATO DENTRO

O inicio de Conceicao do Mato Dentro se deu com a descoberta de ouro pelos bandeirantes: Gabriel Ponce de Leon, Gaspar Soares e Manuel Correa de Paiva. Eram os primeiros anos de 1.700 e Gabriel Ponce de Leon levantou a primeira capela em homenagem a Nossa Senhora da Conceicao.

Alguns quilometros da sede existe um curso d’agua cujo nome eh Corrego da Prata. Posivelmente, com o mesmo nome, existe ou existiu uma fazenda naquele terreno pedregoso. Tanto o Corrego da Prata quanto o Corrego do Axupe serpenteiam por la. A fazenda deve ter sido propriedade do casal: Antonio Jose Moniz e Manuela do Espirito Santo. Nao temos a procedencia deles mas sao os pais de Luiza Maria do Espirito Santo, a esposa do capitao Jose Coelho de Magalhaes Filho.

A ideia de que esse ramo da familia tenha comecado em Conceicao do Mato Dentro esta no fato de que nossos dados genealogicos de datas conhecidas indicam que os primeiros filhos do casal nasceram nela. Assim, Jose Coelho da Rocha, o neto, 1.811; Maria Luiza Coelho (Nha Moca) 22.3.1814; Francisca Eufrasia de Assis, 1.818; Ana Maria de Jesus (Nha Ninha), 1.819 sao naturais de Conceicao. Os outros quatro nasceram em Guanhaes.

Ja podemos acrescentar aqui o casal JOSE VAZ BARBALHO e ANNA JOAQUINA MARIA DE SAO JOSE. Segundo os dados encontrados no documento “De Genere Et Moribus” do padre Emigdio de Magalhaes Barbalho, JOSE VAZ nasceu no Serro e ANNA JOAQUINA em Conceicao do Mato Dentro, onde devem ter se casado. Eh provavel que tenham se mudado para Mariana, numa primeira instancia, e depois para Itabira. Tres dos filhos, Policarpo, Gervasio e Firmiano casaram-se em Itabira. Os filhos do padre Policarpo nasceram tambem nessa cidade.

Ao mencionar Guanhaes e Itabira, voltarei a falar desse ponto em diante.

09. SANTO ANTONIO DO RIO ABAIXO

Nao sei dizer se eu encontraria essa cidade no mapa e falaria a respeito dela nessas notas, nao fosse por uma informacao que acredito ser inusitada. Primeiramente, porque nunca ouvira falar nada dela. Porem existe, e parece ter tido alguma importancia em nossa genealogia.

Segundo o que dizem, iniciou-se com a chegada de bandeirantes portugueses cujas assinaturas vinham dos ramos Duarte e Alvarenga. Fundaram a Fazenda Morro Grande. Tornou-se distrito de Conceicao do Mato Dentro em 1.875.

No site em que encontrei a Historia de Santo Antonio do Rio Abaixo menciona-se que apos ter descoberto ouro em Sabara, Borba Gato buscou a preciosidade tambem no Rio Santo Antonio e acabou fixando residencia no territorio pertencente atualmente `a cidade de Ferros. Foi assim que surgiu o povoado de Borba Gato, que fica a meio-caminho das duas cidades.

Em 1.787 a populacao local, fixada na margem direita do Santo Antonio, ja contava com cerca de 400 pessoas. Foi quando Jose Ferreira Santiago enviou pedido ao rei para erigir a capela de Santo Antonio. A concessao se deu em 10 de marco de 1.788.

Eu ja havia feito o plano de verificar depois os cursos que os rios Santo Antonio e Suacui Grande tomam porque eles serviram como vias de transporte e comunicacao do Centro-Nordeste mineiro com o Espirito Santo, particularmente com a capital Vitoria. Afinal, temos que recordar que antes de 1.808 era proibido a construcao de estradas sem a autorizacao do governo portugues. Mas nao havia como proibir a navegacao em hidrovias que ja existiam naturalmente. E se considerarmos os caminhos abertos pelos pioneiros como ruas, os rios Santo Antonio e Suacui Grande eram verdadeiras avenidas.

Para nos da familia Coelho, a informacao vital aqui eh essa: encontrei no site GeneAll.net a mencao de que a pentavo Eugenia Rodrigues Rocha faleceu em Santo Antonio do Rio Abaixo. Isso leva a especulacoes interessantes. Uma eh a possibilidade de ela ter deixado parentalha por la. Afinal ela eh a unica filha dos avos Giuseppe Nicatigi (Nicatsi) da Rocha e Maria Rodrigues que nossas tradicoes guardaram o nome. Nao eh impossivel que tenha tido irmaos e irmas e, sendo o caso, nossa familia por la e por outras bandas sera muito mais numerosa do que imaginamos.

A cidade nao fica longe de, foi distrito de, Conceicao do Mato Dentro e tem como vizinha mais proxima a Morro do Pilar. Praticamente, forma uma linha reta entre as tres, em que Santo Antonio esta no meio de Morro do Pilar e Ferros. Conceicao do Mato Dentro, ficando ao norte de Morro do pilar, completa um L formado pelas quatro.

Morro do Pilar nao esta exatamente na beira do Rio Santo Antonio mas tem corregos que correm para ele e, possivelmente, tenha territorio banhado por este rio. Importante aqui eh lembrarmo-nos tambem que, alem de Santo Antonio e Ferros, estao numa mesma linha e margeadas por este rio, as cidades de Braunas e Acucena. Elas irao entrar nessas recordacoes quando falarmos de Guanhaes que foi a metropole da qual tambem elas se emanciparam, nos proprios capitulos de cada uma.

Tambem no GeneAll.net existem umas datas relativas aos ancestrais Jose Coelho de Magalhaes, marido da avo Eugenia Rodrigues Rocha e o suposto pai dele, Manuel Rodrigues Coelho, que por um lado confundem e por outro esclarecem a saga da familia Coelho.

Que nos sirva de aviso o lamento que encontrei na Internet. Vou reproduzi-lo aqui: “Em 1962, a vila emancipou e em 1º de março de 1963, o município foi instalado. Não se sabe o local exato onde a capelinha foi construida, pois daqueles tempos nenhum documento ficou. Do cartório foi queimado, da escola foi molhado, da Igreja destroçado, deixando assim para trás parte do passado.” A autoria eh da professora Creuza Geralda Madureira Duarte. (http://www.saaraonline.com.br/historia.php.

Eh um risco grande nao procurarmos manter nossas historias em diversos lugares diferentes. Talvez, o que se tenha perdido em Santo Antonio do Rio Abaixo nao possa ser reproduzido mais porque estava em unica via. Se nao nos previnirmos, depois nao adianta ir buscar no cemiterio a solucao para as questoes dos vivos.

10. ITAMBE DO MATO DENTRO

Itambe do Mato Dentro surge como povoado no surto do Ciclo do Ouro. Menciona-se como primeiro morador o bandeirante Romao Granacho. Foi primeiro conhecida como Nossa Senhora da Oliveira do Itambe. Pertenceu a Conceicao e Itabira antes de ser passada a Santa Maria de Itabira da qual emancipou-se em 1.961.

Infelizmente eh excassa a bibliografia a respeito da cidade. Nao temos ancestrais conhecidos que tenham vindo dela. Mas sabemos que de la sairam os Coelho Lacerda que se agregaram posteriormente. O Coelho deles talvez tenha raizes diferentes dos outros, a menos que sejam corretos os dizeres citados pelo prof. Nelson Coelho de Senna e repetidos pela Ivania: “De uma cronica da familia Coelho constam os seguintes apontamentos: “O fundador dessas familias norte-mineiras foi, no sec. XVIII (1774) o ja referido portugues Manuel Rodrigues Coelho,”.

11. ITABIRA DO MATO DENTRO OU SIMPLESMENTE ITABIRA

Existem citacoes de que o povoamento de Itabira tenha comecado junto com as outras povoacoes fundadas nos primeiros anos do Ciclo do Ouro. Mas a data mais aceita eh a de 1.720. Ai conta-se que os irmaos Francisco e Salvador Faria de Albernaz mineravam em Itambe e avistaram uma montanha ao longe. Seguiram ate la e deram a ela o nome de Caue, que em dialeto africano significa irmaos. A abundancia do ouro atraiu mais moradores. Os irmaos eram bandeirantes paulistas.

Itabira emancipou-se de Caete, mas nao sem antes ter pertencido a Santo Antonio do Ribeirao de Santa Barbara, o que atualmente se resume `a Cidade de Santa Barbara.

Os nomes conhecidos de outros pioneiros sao: Joao Pereira da Silva, 1.737; Antonio Pereira da Silva, 1.739; Antonio Lopes, Pedro Manoel do Rosario e Joao Ferreira Ramos, 1.764.

Logo apos aos primeiros temos Francisco da Costa Lage e Francisco de Paula Andrade. Dona Maria do Couto leva a primazia de ser a primeira mulher pioneira a entrar em Itabira do Mato Dentro.

Ha que se frisar aqui dois pontos importantes. Francisco de Paula Andrade deve ter chegado um certo tempo depois porque nasceu em 1.798. Ele eh um dos bisavos do poeta Carlos Drummond de Andrade. Era casado com Joana Rosa de Andrade Lage. Esta era filha de Joaquim da Costa Lage e, talvez, fosse cunhado do Francisco da Costa Lage. Na relacao de filhos do Joaquim existe um Francisco Carlos da Costa Lage.

O que ha de salientar-se aqui eh que tanto o sr. Francisco Dias de Andrade (prof. Chico Dias) quanto o pai da bisavo Ercila Coelho de Andrade, o trisavo Joaquim Coelho de Andrade, devem ser descendentes do casal: Francisco Joaquim de Andrade & Maria Candida da Cunha Ataide, pais do Francisco de Paula Andrade e trisavos do Carlos Drummond. Falta-nos encontrarmos os vinculos corretos porque os rumores disso sao antigos.

Alem do avo Joaquim Coelho de Andrade, supomos que a esposa dele, Joaquina Umbelina da Fonseca tambem tenha origem em Itabira.

Ja o lado Lage tambem pode ter seus entroncamentos em nossa familia. Nao falo dos casamentos de poucas decadas. Refiro-me ao casamento do Pedro Nunes Coelho (Surdo) com a Sa Toninha, cujo nome era Antonia Nunes Lage.

Ele era filho da tia-bisavo Emygdia (Emidia) de Magalhaes Barbalho e Jose Coelho Nunes (creio que essa mencao esteja incorreta no livro da Ivania e trate-se do Jose Nunes Coelho, filho do tios-trisavos tenente Joaquim Nunes Coelho & Francisca Eufrasia de Assis (Coelho), que estao entre os primeiros residentes de Virginopolis e sao os avos paternos do bispo Dom Manoel Nunes Coelho.

Ha que se esquecer aqui uma parte das nossas tradicoes. Elas creditavam a familia: “de Magalhaes Barbalho” como oriunda de Itabira, o que se mostra correto. Porem, houve certa confusao no passar das geracoes. Em primeiro nao temos uma tetravo com o sobrenome: “de Magalhes”, nascida em Mariana. Ela era filha de familia itabirana. O nome dela nao era Genoveva e sim Isidora Francisca de Magalhaes, cuja mae, tambem de Itabira, chamava-se Genoveva Nunes Filgueiras (ou Ferreira).

O marido da tetravo Isidora Francisca foi Policarpo Jose Barbalho (que apos ficar viuvo veio a tornar-se o padre Policarpo). Nossas tradicoes novamente nos enganaram afirmando que ele fosse oriundo do Nordeste. A verdade eh que era mineiro, filho de pai nascido na Cidade do Serro (Jose Vaz Barbalho) e mae nascida em Conceicao do Mato Dentro (Anna Joaquina Maria de Sao Jose).

Para contradizer um pouco mais as nossas tradicoes, ele sim nasceu no Distrito do Inficcionado, que atualmente se chama Santa Rita Durao, e que pertence `a Cidade de Mariana. Por esta via nega-se que tenhamos essa linhagem paterna como itabirana, porem, corrige o fato de termos o lado materno plantado na Itabira de Carlos Drummond. E nossas tradicoes dizem que o padre Policarpo terminou seus dias no Inficcionado tambem. Ha ainda que se confirmar.

Os nossos estudos nao estao concluidos ainda. A ancestral Genoveva aparece com a possibilidade de dois sobrenomes. O Ferreira podera vincular-nos a Joao Ferreira Ramos citado entre os primeiros moradores. O Filgueiras podera vincular-nos a um nucleo familiar com este sobrenome e que compunha a lista de moradores de Santa Barbara, o que pode significar que o nucleo morava mesmo em Itabira, que era ainda um distrito de Santa Barbara.

Infelizmente, fica a duvida quanto `a origem do Magalhaes porque a ancestral Genoveva foi mae da tetravo Isidora Francisca, porem, o nome do pai foi omitido. Embora os registros indiquem que haviam pessoas que assinavam o sobrenome Magalhaes em Itabira. Os detalhes das descobertas mais recentes se encontram no endereco, ja citado: https://val51mabar.wordpress.com/2012/07/02/familia-barbalho-coelho-no-livro-a-america-suicida/. Leiam o Epilogo.

Nada encontrei a respeito de Santa Maria de Itabira. A mencao a esta se da na Historia de Itabira. Atualmente, porem, encontrei mencoes no livro A MATA DO PECANHA referindo a descendentes da familia PIMENTA naquela cidade.

12. FERROS

Ha controversias mas sao contados como primeiros chegados a Ferros: Pedro Fernandes Alves, Jose Ferreira Santiago e Pedro da Silva Chaves. Observem que os sobrenomes sao comuns em nossa genealogia. Sao poucas os vinculos que temos com aquela cidade. Entre eles esta Luzia Dias, esposa do Henrique (1.912) filho dos tios-bis e avos: Evencio Batista Coelho & Emygdia (Emidia) Magalhaes.

Uma ligacao recente que podemos ter com Ferros eh a presenca do sobrenome Alves na descendencia de meus pais. O Ney casou com a Antonia Alves Pinto que esta registrada como procedente de Santa Efigenia de Minas. Porem sabe-se que o seo Geraldo Alves, o pai dela, tem vinculos com Braunas. E Ferros eh vizinha de Braunas com ligacao fluvial pelo Rio Santo Antonio. Eh possivel que os Alves tenham se espalhado por esse caminho.

13. DOM JOAQUIM

Eh dito que Dom Joaquim surgiu por volta de 1.750 quando o portugues Domingos Barbosa de Carvalho teria se apossado de Sesmarias de matas virgens. O primeiro nome do arraial foi Sao Domingos do Rio do Peixe. Em 1.818 o arraial precisa mudar de lugar por ter sido construido no morro e tinha problemas de acesso a agua. Outro portugues, Joao Lopes Albuquerque doa terreno para a nova localidade.

O nome Dom Joaquim eh uma homenagem ao famoso primeiro bispo de Diamantina Dom Joaquim Silverio de Souza.

Em Dom Joaquim temos a mencao ao inicio da familia Nunes Coelho. Eh dito que, nao se sabendo suas procedencias, se instalaram os ancestrais Eus(z)ebio Nunes Coelho e Ana Pinto de Jesus. Ele era filho de Manuel Nunes Coelho mas nao temos o nome materno. Posteriormente o casal muda-se para Sao Miguel e Almas de Guanhaes e a familia se multiplica.

No livro do prof. Demerval eh citado que em Dom Joaquim a familia morava na Fazenda Folheta e em Guanhaes na Fazenda do Grama, nas margens do Ribeirao Graipu, a 4 km da cidade. Os ancestrais Eusebio e Ana foram pais de, pelo menos: capitao Francisco Nunes Coelho; tenente Joaquim Nunes Coelho; Clemente Nunes Coelho; Bento Nunes Coelho e Antonio Nunes Coelho.

O ten. Joaquim foi o marido da tia Francisca Eufrasia e ajudaram a fundar Virginopolis sendo parceiros na lista de primeiros moradores da cidade.

O antepassado Clemente Nunes Coelho foi casado e, entre outros filhos, deixou a trisavo Maria Honoria Nunes Coelho, esposa do trisavo Joao Baptista Coelho, primeiro filho do capitao Jose Coelho da Rocha a nascer em Guanhaes e tambem sao fundadores de Virginopolis.

Nao tenho informacoes precisas. Apenas sabemos que a trisavo Maria Honoria era parda. Tambem que ha a mencao de que o primeiro morador do bairro Morro do Cruzeiro em Guanhaes foi o escravo forro de nome Prudencio. O avo Clemente teve um filho com o nome Prudencio, levando aa suspeita de que o escravo forro Prudencio possa ser avo dos filhos do avo Clemente. Portanto, pode bem ser ancestral de toda a descendencia do trisavo Joao Baptista Coelho.

O capitao Francisco Nunes Coelho Casou-se com Maria Augusta Cesarina de Carvalho, filha do fazendeiro Jose Carvalho da Fonseca & dona Senhorinha Rosa de Jesus. A tia Senhorinha era filha dos ancestrais Antonio Borges Monteiro Junior & Maria Magdalena de Santana. Mas ai ja entramos no reino de Sabinopolis. Na verdade, estamos no reino de Sao Pedro do Suacui tambem. O casal Jose Carvalho/tia Senhorinha tiveram a familia naquele local.

A respeito do tio ANTONIO NUNES COELHO, assim esta escrito a respeito dele no A MATA DO PECANHA, pagina 71: “nascido em 1829. Era casado, fazendeiro e residia em Pecanha, onde foi qualificado com eleitor em 1881.” Quanto a esse residir em Pecanha, seria preciso investigar-se melhor. Essa referencia pode significar que residia nalgum ponto do municipio e nao necessariamente na cidade. `Aquela epoca, Pecanha era um imenso territorio, abrangendo desde Sao Joao Evangelista, inclusive, a leste, ate Governador Valadares, a oeste.

14. HISTORIA DE SENHORA DO PORTO

Ha pouquissima informacao na internet. Surge como distrito em 1.854. Teve o nome de freguesia como Nossa Senhora do Porto de Guanhaes. Passou a distrito de Conceicao. Em 1.938 recebe o nome de Senhora do Porto e passa a ser distrito de Dom Joaquim. Emancipa-se em 12 de dezembro de 1.953.

Temos pelo menos um vinculo conhecido com Senhora do Porto na atualidade. A familia da Aparecida da Silva, esposa do Agnello, filho do Jose Darcy do tio-avo Darcy Batista Coelho tem vinculos naquela cidade.

Mais recentemente encontrei alguns nascimentos do ramo Pimenta de nossa familia. Eles irao aparecer na Arvore Genealogica postada no sitio: geneaminas.com.br.

15. PECANHA

Pecanha difere um pouco em origem das outras ao redor. Isso porque, por volta de 1.750, as tradicionais fontes de ouro comecaram a exaurir-se. Nisso iniciaram-se novas expedicoes em busca de fontes novas.

Em 1.752 o governador de Minas Gerais, General Gomes Freire de Andrade comissiona uma dessas expedicoes. Ela eh chefiada por Joao Pecanha Falcao e sai da Vila do Principe, atual Cidade do Serro. No alto de um morro esplanado, juntamente com o vigario Francisco Martins, estabeleceu uma pousada que passou a chamar-se Descoberto do Pecanha. Com a construcao de pequena capela e algumas casas surgiu o povoado de Santo Antonio do Bom Sucesso do Descoberto do Pecanha.

A freguesia de Santo Antonio do Pecanha foi criada em 1.758 pelo Arcebispo de Mariana. Segundo a Cartilha do Cidadao, edicao 99, da Prefeitura Municipal de Guanhaes, o povoamento da area conhecida como Matas do Pecanha, que corresponde a varias cidades da regiao, so se tornou possivel a partir de 1.807, quando o governador da epoca instituiu um quartel “munido de homens e armas”.

Praticamente nao conheco ligacoes genealogicas na formacao inicial da familia Coelho com a Cidade de Pecanha. Existem sim ramos que se cruzaram posteriormente. Falarei mais a respeito da Historia de pecanha no decorrer dessas notas.

Quanto ao escrito anteriormente, por ainda nao ter acesso ao conteudo total do livro A MATA DO PECANHA, eu ignorava os nossos vinculos com Pecanha. Nao se pode afirmar ao certo porque o livro nao indica o lugar exato e o municipio de Pecanha era enorme. Porem, temos que Antonio Nunes Coelho, filho dos pentavos Eusebio Nunes Coelho/Ana Pinto de Jesus, residia, era fanzendeiro, casado e foi qualificado como eleitor, em 1881, em Pecanha.

Muitos primos nossos na familia Pimenta tambem nasceram em Pecanha. Um exemplo foi o Rui Pimenta, neto do primo Modesto Jose Pimenta e tia Ermelinda Querubina Pereira do Amaral. Ele casou-se com dona Reduzinda Braga e foi residir naquela cidade, onde foram pais do Dr. Rui Pimenta Filho que tem importante biografia como medico em Governador Valadares e Belo Horizonte. Irmao deste eh o professor Aluisio Pimenta que foi reitor da UFMG. Nao citarei nome-a-nome para nao ocupar espaco muito grande.

A Historia contada no livro nao se detem muito no que competiria a Pecanha. Uma das divisoes dele recebeu o titulo de: “MUNICIPIO DE PECANHA.” Porem ele cita nomes de grande interesse genealogico para a populacao pecanhence. Numa eleicao ocorrida em 2 de setembro de 1863 para representantes da Paroquia de Santo Antonio do Bom Sucesso do Pecanha, termo da cidade do Serro, assim ele descreve:

“Eram eleitos pelos cidadaos ativos da freguesia, convocados por edital e reunidos no corpo da Igreja Matriz da Paroquia. Procedeu-se `a eleicao, aos 2-9-1863, presidida pela mesa, composta do Juiz de Paz, Capitao Remigio Electo de Souza e dos Cidadaos Afonso Jose Marcelino e Tenente Henrique Manoel Coelho.

Feita a apuracao, sao diplomados eleitores os 12 (doze) cidadaos: Capitao Remigio Electo de Souza, Cipriano Gomes Ferreira, Joao Vieira Simoes, Cirino Jose Barbalho, Jeronimo Electo de Souza, Francisco Conrado Alves Sampaio, Jose Goncalves Moreira, Joaquim Pereira Afonso, Goncalo de Almeida Costa, Jose Marcelino de Souza, Antonio Pereira Afonso e Jose Fernandes do Amaral, conforme consta do Livro de Atas das Eleicoes, anos 1863/1872, do Arquivo da Camara Municipal de Pecanha.”

Quando da elevacao a Vila, em 1875, e invocando o nome de Rio Doce, estas eram as autoridades locais: do 1o. ao 4o. Juiz de Paz, respectivamente: Cirino Jose Barbalho, Francisco Goncalves Pires, Joao Evangelista de Oliveira e Felicissimo Ernesto da Silva. O subdelegado era o sr. Jeronimo Electo de Souza e os tres suplentes eram: 1o. Joao Carlos de Leao Mendes, 2o. Joao Evangelista de Oliveira e 3o. Antonio Nunes Coelho. O paroco era o padre Alexandre Generoso de Almeida e o professor para o sexo masculino era Hermenegildo Jose Pimenta.

Em 1881, no ato de instalacao da Vila, a Camara Municipal ficou assim constituida: Presidente, Marcelino Batista de Queiroz; Secretario, Joaquim Electo de Souza; Vereadores, Jose Simoes de Souza, Jose Carvalho de Souza Leite, Antonio Luiz Braga, Firmino Clementino da Silva, Santos Jose Ribeiro e Emidio Fernandes Madeira. Mais dois funcionarios foram eleitos: Fiscal, Sincero Simoes de Souza e Porteiro, Luiz Teixeira da Costa.

Em 1881 o deputado e padre Venancio Cafe, residente em Guanhaes, logrou aprovar uma lei que mudava o nome da Vila de Rio Doce para Suacui. Ja em 1886 o paroco local e tambem deputado, padre Alexandre Generoso de Almeida e Silva propos outra lei que mudou o nome de Suacui para Santo Antonio do Pecanha.

Em 31 de janeiro de 1890 realizou-se nova eleicao. Foi eleito para o cargo de Presidente da Camara e Chefe Executivo (Prefeito), o farmaceutico Simao da Cunha Pereira. O candidato derrotado foi o sr. Zeferino Monteiro de Carvalho que residia em Sao Joao Evangelista. Os vereadores gerais foram: Tiburcio Alves Pereira, Marcelino Batista de Queiroz, Belizario Luiz Braga, Francisco Marcelino de Carvalho e Joaquim Ferreira da Costa Pedra.

Os Vereadores Especiais dos Distritos foram: Cidade de Pecanha, Lindolfo Gomes da Silva; Sao Joao Evangelista, Arthur Borges do Amaral; Santa Maria do Sao Felix (atual do Suacui), Antonio Julio Ribeiro; Sao Jose do Jacuri, Major Joaquim Teodoro Gomes Drummond; Santa Tereza do Bonito [que se mantem como Distrito], Jose Goncalves de Oliveira e Sao Pedro do Suacui, Aureliano Borges Pimenta.

Pelos nomes citados como: Aureliano Borges Pimenta, Arthur Borges do Amaral, Zeferino Monteiro de Carvalho, padre Venancio Cafe, Antonio Nunes Coelho, Hermenegildo Jose Pimenta, pode-se afirmar que a familia teve grande influencia no desenvolvimento do Municipio de Pecanha. Estes sao nomes de membros da familia facilmente identificaveis. Ja outros, como Cirino Jose Barbalho, Santos Jose Ribeiro, Simao da Cunha Pereira, que depois tambem foi Senador Estadual, e capitao Remigio Electo de Souza, se ja nao eram familia, entram como sogros de membros dela.

O tenente Henrique Manoel Coelho era filho do capitao Idelfonso da Rocha Freitas e de dona Maria Coelho da Silveira, os portugueses que fundaram a Fazenda de Sao Joao que posteriormente tornou-se o local sede da Cidade de Sao Joao Evangelista e, talvez, possa ser o sr. Henrique Coelho, citado como um dos primeiros moradores da Cidade de Coroaci. A descendencia do capitao Idelfonso se entrelacou com a descendencia de varios de nossos ancestrais.

Nome de importancia, presente na Ata de Instalacao da Vila, eh o do professor Candido Jose de Senna. Ele, com a segunda esposa, Maria Brasiliana Coelho (Mariquinhas), eram os pais do professor Nelson Coelho de Senna. Outra personalidade presente foi do cidadao Semiao Ferreira Rabelo, Presidente interino da Camara Municipal da Cidade do Serro.

Temos uma parte genealogica de alguns representantes de Pecanha que estara encaixada na Arvore plantada no geneaminas.com.br. O texto deste blog: https://val51mabar.wordpress.com/2011/04/24/a-familia-coelho-no-livro-a-mata-do-pecanha/ ajudara muito a compreensao do entrelacamento das familias formadoras da genealogia pecanhense.

16. SERRO (VILA DO PRINCIPE)

Ja iniciei anteriormente a falar algo a respeito do Serro. Mas resolvi passar outras cidades na frente para buscar o momento mais oportuno de aumentar os comentarios.

Entre a versao levantada pelo prof. Nelson Coelho de Senna e comentada por mim na Historia de Minas existe uma controversia que atribui a Lucas de Freitas o primeiro branco a penetrar o Muncipio de Serro. Antonio Ferreira Soares, em 1.702, outra alternativa e estava acompanhado do filho Joao Soares Ferreira, pelo escrivao Manuel Correia, pelo procurador regio Baltazar Lemos de Morais Navarro e por Lourenco Carlos Mascarenhas e Araujo.

Nao estou interessado aqui na controversia. Preferi ressaltar os nomes das pessoas que foram tidas como primeiros, pelas diferentes fontes, por causa dos sobrenomes. Nao faco a minima ideia se estas pessoas deixaram descendencia em Minas Gerais. O fato eh que os sobrenomes sao tao comuns que ha a possibilidade de alguns deles serem ancestrais de alguns ramos em nossa grande familia.

Em verdade, estou fazendo uma computacao geral de sobrenomes e entremeando as Historias das cidades com a genealogia Coelho. O objetivo eh demonstrar que fica muito mais facil compreender a disciplina Historia quando conhecemos a genealogia.

Bom, a antiga Vila do Principe nao foi apenas mais uma cidade na Historia do Centro-Nordeste mineiro. Ela foi “a cidade”.

Foi a primeira Vila, instituida em 1.714, tornando-se a quinta do Estado de Minas. Ela se foi, por assim dizer, a capital regional. Ela embalou nos bracos as cidades de Conceicao do Mato Dentro, Sabinopolis, Guanhaes e Pecanha. Em Sabinopolis e Guanhaes se juntou o caldo de cultura responsavel pela formatacao do Gen Coelho. Pecanha, representada por seu distrito maior, Governador Valadares, o destino preferido por duas ou tres geracoes, antes que nos espalhassemos pelo mundo.

Uma de nossas raizes que se formou no Serro foi o Borges Monteiro, embora, os outros ramos tambem sejam serranos no sentido estrito. Sendo Pecanha e Guanhaes territorios submissos ao Serro ate 1.879 todos os que nasceram antes dessa data nesses lugares e suas freguesias eram serranos.

O Serro era nossa capital e a mae que gerava a nossa cultura. Perdeu-se da memoria das atuais geracoes por causa do percurso da Historia que, acidentalmente, foi desviando-se dela. O que matou o Serro foram os esgotamentos das minas, os crescimentos e emancipacoes de seus protetorados e, por fim, a disposicao das novas estradas que foram construidas em Minas Gerais. Tanto as estradas de ferro quanto as asfaltadas de maior importancia foram criadas em trajetos muito distantes daquela cidade. Dai veio o isolamento e a estagnacao. Em contrapartida temos a preservacao do patrimonio material e cultural tipicamente mineiros.

Assim, chegou ao Serro, ainda jovem, Antonio Borges Monteiro. Casou-se em primeiras nupcias com Maria de Souza Fiuza em 15.11.1.775. Foram pais de Antonio Jr, o Borjinha, Doroteia e Joao. Ela faleceu em 1.780.

A ancestral Maria de Souza Fiuza era filha de Joao de Souza Azevedo & dona Doroteia Barbosa Fiuza. Neta materna do Sargento-Mor Domingos Barbosa Moreira (natural de Portugal) & Teresa de Jesus, natural de Tabaiana que pertencia `a Bahia. Com a emancipacao do Sergipe em 1823, Tabaiana passou para este Estado e depois foi rebatizada por Itabaiana. Neta paterna de Manuel de Sousa Azevedo & Anna Coelho. A familia paterna eh oriunda de Vila Nova do Norte, Portugal. (voltarei a esse assunto no capitulo 19).

Antonio Borges Monteiro (vide 23) casou-se em segundas nupcias com: Margarida Maria do Rosario. Era filha de Domingos Lourenco Seixas e dona Maria Caetana de Pinho Oliveira. Era neta paterna de Joao Lourenco e Maria Gomes. Dona Margarida era natural do Serro. Os filhos foram: Maria, Margarida, Manoel, Jose, Ana, Umbelino, Francisco e Isidro. Quem desejar acompanhar a descendencia do tio Isidro no Geneall.net, vera que ele mudou-se para o Rio de Janeiro e eh ancestral do Eduardo Pellew Wilson, 2o. conde de Wilson, na atualidade.

A respeito do tio Isidro, esta escrito no A MATA DO PECANHA: “nascido na Vila do Principe, gemeo [de Francisco Borges Monteiro], batizado em 13 de marco de 1796. Foi levado pelo seu pai, juntamente com o seu irmao UMBELINO, para o Rio de Janeiro, onde se educou e se estabeleceu, constituindo familia. Um dos seus filhos, que recebera o mesmo nome do pai, ISIDRO BORGES MONTEIRO, formou-se em Direito, exerceu o cargo de Desembargador e o de Chefe de Policia no periodo de 1857 a 1860.” Pag. 246.

A respeito do tio Umbelino eh informado que foi para Iguacu, no Rio de Janeiro, teve tambem um filho com nome UMBELINO BORGES MONTEIRO, que ocupou o cargo de coletor.

Atraves dos estudos mais recentes a nossa Arvore Genealogica tem mostrado as nossas relacoes mais intimas com as cidades do Serro e Conceicao do Mato Dentro. Ao estudar e conhecer simultaneamente os fatos da Historia e da genealogia, `a medida que saimos do seculo XIX e passamos ao seculo XVIII, viajando no tempo de tras para frente, observa-se que as cidades vao desaparecendo, sendo substituidas por matas virgens e inexploradas. Apenas algumas clareiras surgem.

Nestas destacam-se o Serro e Conceicao do Mato Dentro no Centro-Nordeste de Minas Gerais, onde a atividade mineradora era intensa. Assim tambem, os primeiros nucleos familiares de origem europeia sao formados e deles surgem os nossos ancestrais. Os mais antigos, vindos de diferentes partes do Brasil e de Portugal e, ao mesmo tempo, registramos tambem os primeiros nascidos mineiros. A nossa identidade foi formada a partir dos muitos costumes que foram introduzidos pelos imigrantes nas terras mineiras.

A. SAO GONCALO DO RIO DAS PEDRAS

`A medida que desvendamos a genealogia vamos tambem de encontro `a Historia. Sao Goncalo eh um Distrito pertencente ao Municipio do Serro. Visitem o endereco para descobri-lo: http://www.desvendar.com/cidades/saogoncalodoriodaspedras/default.asp Nao posso afirmar que a Historia contida no texto do endereco seja inteiramente verdadeira. Isso porque eh afirmado nele que foi descoberto por Domingos Barbosa, em 1.789. Ao que me parece, essa data deveria ser de pelo menos uns cincoenta anos antes.

Assim se da porque, segundo o livro do professor Demerval Jose Pimenta, nasceu em Sao Goncalo a nossa ancestral Norotea (Noroteia ou Doroteia) Barbosa Fiuza. Esta era filha do Sargento-Mor: Domingos Barbosa Moreira, portugues, que casou-se com a brasileira Teresa de Jesus, nascida em Itabaiana, Sergipe. A ancestral Norotea foi a mae de Maria de Souza Fiuza, que eh nossa ancestral, juntamente com Antonio Borges Monteiro, o sr. Monteiro, casados em 1.775, vindo ela a falecer em 1.780.

Parece que antes de o Arraial de Sao Goncalo ter sido criado, ali ja era usado como entreposto de tropas que seguiam do Serro para mais ao norte do seu territorio. Pela sequencia de nossa genealogia, presumo que o ancestral Domingos Barbosa Moreira nasceu por volta dos anos 1.700, podendo ser um pouco antes ou um pouco depois. Portanto, ele nao estaria presente na criacao do Arraial, nao devendo ser ele o fundador. Contudo, eh de se supor que o fundador tenha sido filho ou neto dele.

As imagens e os textos que a internet nos oferece, com respeito a Sao Goncalo do Rio das Pedras sao suficientes para que nos apaixonemos por suas belezas antes mesmo de visita-las pessoalmente. O local atualmente eh turistico e eh tambem apresentado pela Prefeitura Municipal do Serro.

B. MILHO VERDE

Comecemos por indicar os enderecos na internet: http://pt.wikipedia.org/wiki/Distrito_de_Milho_Verde e http://www.desvendar.com/cidades/milhoverde/default.asp As versoes sao ligeiramente diferentes, porem, ambas chegam `a mesma conclusao de que, atualmente, Milho Verde eh um destino turistico muito apreciado por sua beleza, simplicidade e natureza.

A Historia de Milho Verde se mistura com a Historia do Ciclo do Ouro e o inicio da colonizacao do Estado de Minas Gerais. Foi la que o primeiro diamante brasileiro foi encontrado. Tambem em seus dominios a personagem historica Chica da Silva foi batizada. Em 1.732 o lugar ja era habitado e possuia a Capela de Nossa Senhora dos Prazeres de Milho Verde, onde se casaram naquele ano: MANOEL VAZ BARBALHO & JOSEPHA PIMENTA DE SOUZA.

Nao sabemos se ali tiveram filhos, porem, segundo a Historia, naquele mesmo ano havia uma proibicao de mineracao no local pela coroa portuguesa. Talvez tenha sido esse motivo que tenha levado o casal Manoel e Josepha mudar-se para o Distrito de Itaponhoacanga, atualmente parte do Municipio de Alvorada de Minas. No livro A Mata do Pecanha, o professor Demerval Jose Pimenta relata apenas o nascimento de Isidora Maria da Encarnacao em 1.738, ja em Itaponhoacanga, que se tornou a matriarca da Familia Pimenta.

Naquela epoca, Itaponhoacanga pertencia a Conceicao do Mato Dentro. Contudo, os dados encontrados em documentos referentes ao nosso tio-trisavo: padre Emigdio de Magalhaes Barbalho apontam que seu avo, Jose Vaz Barbalho, nasceu no Municipio do Serro, podendo ter sido em qualquer de suas antigas Freguesias.

Em local nao indicado ha a mencao do nascimento de Policarpo Jose Barbalho, em 1.735, e que migrou para a Cidade de Gravatai-RS, vindo a falecer em 1.801, na Vila de Porto Alegre. (Obs. O padre Policarpo era filho do Jose Vaz, portanto, sobrinho do primeiro Policarpo). Para todos os efeitos, como o casal Manoel Vaz Barbalho e Josepha Pimenta de Souza era oriundo do Rio de Janeiro, Milho Verde tornou-se o ponto inicial tambem do tronco Barbalho de nossa familia, no Estado de Minas Gerais.

17. SABINOPOLIS

Do pouco que se encontra na Internet a respeito de Sabinopolis extrai-se isso: erguida a capela em homenagem a Sao Sebastiao, “o que deu origem ao povoado do Sao Sebastiao dos Correntes, elevado a paroquia em 1.870. Em 1.923, criou-se o novo municipio, desmembrado do Serro e com a denominacao de Sabinopolis, em homenagem ao deputado Sabino Barroso, constituinte de 1.891″.

No livro do prof. Demerval Jose Pimenta encontra-se a consistente informacao: “Antonio Borges Monteiro Junior, nasceu em 3 de maio de 1.777, na Vila do Principe, atual cidade do Serro, em Minas Gerais. Casou-se na mesma Vila, na Igreja Matriz, em 17 de novembro de 1.805, com Maria Magdalena de Santana, filha de Jose Vicente de Miranda e Dona Maria da Encarnacao.

Deste casamento nasceram oito filhos: Antonio Borges Monteiro Filho, Maria Balbina de Santana, Senhorinha Rosa de Jesus” [ja mencionada nas origens dos Nunes Coelho em Dom Joaquim, 13], “Leonel Tolentino Monteiro, Blandina Flora do Patrocinio, Jose Polidoro Monteiro, Manoel Borges Monteiro e Maria Francelina Borges Monteiro.

Antonio Borges Monteiro Junior ou Borginha como era mais conhecido, residiu na Vila do Principe, durante varios anos, e no ano de 1.819, transferiu-se para o Arraial de Sao Sebastiao dos Correntes, hoje Cidade de Sabinopolis, que entao se achava em formacao, sendo um dos seus fundadores.

Nos arredores desse povoado, adquiriu grande extensao de terras, construindo a Fazenda de Santo Antonio da Penitencia, banhada pelo Rio Correntes. Era senhor de muitos escravos. Foi o primeiro Juiz de Paz do Arraial e o primeiro Escrivao, ali instalado em 1.834, conforme consta no Livro no. 1, desse Cartorio. Exerceu grande e benefica influencia na vida politica, social e economica daquele Arraial, onde tambem possuia um armazem.”

“Desta familia procedem os Borges Amaral, Pimenta, Pimenta Mourao, Nunes Coelho, Rodrigues Coelho, Ferreira da Silva, Monteiro, Monteiro Carvalho, Tolentino, Polidoro, Rodrigues Rocha, Carvalho, Carvalho da Fonseca e Amaral, espalhadas pelos Municipios de Diamantina, Serro, Sabinopolis, Guanhaes, Virginopolis, Sao Joao Evangelista, Pecanha, Governador Valadares e Belo Horizonte, bem como a familia Borges Monteiro, no Rio de Janeiro”.

Ha ai, em parte, exagero e, em parte, substima. Ao citar, por exemplo, que a familia Nunes Coelho descenda dos Borges Monteiro eh um exagero porque a familia Nunes Coelho iniciou-se em Dom Joaquim e descende dos ancestrais Eusebio Nunes Coelho & Ana Pinto de Jesus, sendo que apenas o filho Francisco casou-se com uma Borges Monteiro e os outros tiveram outras descendencias. Outro engano, por ainda nao saber disso, eh que houve outro ramo dos Borges Monteiro no Rio de Janeiro, do qual me ocuparei mais tarde (capitulo 23).

A subestima recai por conta de as anotacoes ja estarem desatualizadas quando o livro foi publicado em 1.966. Observe-se que nem mesmo eh citado a, entao, novissima capital do Brasil, Brasilia. E para ela todas as descendencias mineiras estavam enviando representacao. Inclusive a Borges Monteiro sob o sobrenome Coelho de Miranda, entre outros.

Na porcao genealogica do livro, porem, existem uns poucos registros de nascimentos da familia Pimenta, descendente da tia Maria Balbina de Santana, em Brasilia. Ha inclusive um datado de 1959, antes da inauguracao da cidade em 1960.

Aqui eh preciso citar um encontro interessante onde se da a multiplicacao da assinatura Rodrigues Coelho em nossa familia. Quando abordei o capitulo 4, Congonhas do Campo, eu mencionei a passagem por la dos Pereira do Amaral e parei na pessoa do avo Malaquias Pereira do Amaral e esposa dele, Ana Maria de Jesus. Eles, contudo, sao os pais de Daniel Pereira do Amaral que se casou com a Maria Francelina Borges Monteiro, a filha cacula do Borginha.

Daquele ultimo casal citado no paragrafo anterior nasceu a Maria Marcolina Borges do Amaral. Essa eh a esposa de Antonio Rodrigues Coelho, o filho mais novo do capitao Jose Coelho da Rocha & Luiza Maria do Espirito Santo, que estao no capitulo 8, Conceicao do Mato Dentro, e que irao iniciar o de Guanhaes, 26. Dos avos Daniel & Maria Francelina nasceu tambem o tio Arthur Borges do Amaral que entrara entre os primeiros moradores de Sao Joao Evangelista, 27.

Na porcao mais antiga deste texto eu praticamente nao tinha conhecimento de registros de nascimentos de familiares nossos na Cidade de Sabinopolis. Porem, la foram registrados os 12 filhos da tia Maria Balbina de Santana e Boaventura Jose Pimenta. Dai a descendencia foi multiplicada e registrada em todas as cidades circunvizinhas. Agora estes registros podem ser acompanhados (ate a decada de 1960) via o site geneaminas.com.br.

Eh preciso agora fazer uma pausa. Abrirei alguns capitulos para mostrar algumas de nossas coneccoes internacionais. Principalmente com Portugal.

18. BARCELOS (VIA GOOGLE EARTH)

Barcelos, em Portugal, eh onde nasceu o avo Francisco Jose Barbosa Fruao. Ele ja entrou no capitulo de Congonhas do Campo (4) na formacao da familia Pereira do Amaral. Barcelos eh uma cidade que atualmente esta no Distrito de Braga, portanto, nao fica longe dessa famosa cidade.

Alem da propria Barcelos existem outras localidades genealogicamente importantes para nos como: Ponte de Lima, Viana do Castelo, Braga, Vila Nova de Famalicao, Guimaraes e a propria cidade do Porto. Ou seja, o lugar eh ali, onde Portugal nasceu, e que antigamente a regiao era conhecida como Entre Douro e Minho, ou apenas Minho para os mais intimos.

Infelizmente, nao ha outra mencao alem do nome Barcelos na biografia do avo Francisco Jose. Naquele tempo, em que ele nasceu, Barcelos deve ter possuido dezenas de freguesias que posteriormente podem ter virado Concelhos (cidades) independentes.

Como o avo Francisco foi sogro do avo Malaquias, que nasceu em 1.791, entao, deve ter nascido em torno de 1.760.

19. VILA NOVA DO NORTE (VIA GOOGLE EARTH)

Esta eh outra localidade mencionada em nossa genealogia. No capitulo do Serro mencionei que um dos sogros do avo Antonio Borges Monteiro foi o ancestral Joao de Souza Azevedo. Encontrei no geneaminas.com.br a mencao de que ele fosse filho de Manuel de Sousa Azevedo & Anna Coelho e que os tres teriam nascido em Vila Nova do Norte.

Contudo, nao encontrei nenhuma informacao a respeito desse nome composto. Existem sim tres Vilas Novas em Portugal. As tres sao: Vila Nova de Gaia, que fica ao lado da Cidade do Porto; Vila Nova de Familicao que esta perto de Barcelos e Braga e, finalmente, simplesmente Vila Nova. Esta ultima fica na ilha Terceira, que eh uma das ilhas centrais do Arquipelago dos Acores. Essa Vila Nova fica exatamente no norte da Ilha, em oposicao `a famosa Angra do Heroismo.

O problema de determinarmos qual dessas Vila Nova estamos ligados eh que estariamos falando de uma data em torno de 1.730 para o nascimento da avo Anna Coelho. Nesse ponto, o Coelho ja estava espalhado por todos os cantos em Portugal e colonias. E nao tenho nenhum outro dado que possa estreitar o caminho para encontrarmos o local exato dessas nossas raizes.

Estou publicando essas notas justamente para que outros as leiam e, quem sabe, alguem com maiores informacoes leia e nos mande o que saiba. Ao que agradeceria muito o favor.

20. ILHA DE SAO MIGUEL, ACORES, PORTUGAL (VIA GOOGLE EARTH)

Infelizmente, nossas tradicoes nao guardaram o nome da cidade. Embora nao se tenha muitas opcoes, porque sao poucas que existem na Ilha de Sao Miguel. Atualmente, a populacao total do Arquipelado dos Acores anda por volta de 250.000 habitantes. Possivelmente, era muito menos por volta de 1.770. Mas a descendencia acoriana deve contar com alguns milhoes de pessoas, e nao poucos.

Os Acores sao um conjunto de umas dez ilhas habitaveis, sendo que a do lado mais a leste eh a de Sao Miguel. No meio ha um conjunto em que sobressai a Terceira. A oeste, bem uma centena de milhas nauticas adiante, encontram-se as ilhas das Flores e do Corvo.

A capital e a maior populacao ficam na Ilha de Sao Miguel. Os primeiros povoadores aportaram por la na epoca dos Grandes Descobrimentos. Desde o inicio ja existia membros da familia Coelho. E o que ha de se esperar eh que os primeiros moradores ja eram consanguineos e se multiplicaram entre eles. Eles devem ter recebido novos moradores que logo casavam-se com a descendencia dos moradores mais antigos.

O empecilho de multiplicar-se exageradamente nas condicoes dos Acores eh que nao ha territorio para sustentar nenhuma grande populacao sem algum tipo de intensiva industrializacao e volumoso comercio com outras regioes do planeta. Como isso nao ocorreu no passado e continua assim, o recurso era adotar o metodo de dividir as familias, ou seja, escolhia-se quem iria ficar para tomar conta dos pais idosos e os outros teriam que migrar.

O Brasil esta repleto de locais que no passado foram colonias acorianas. Temos populacao em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Parana, Sul de Minas e outros. Mas tambem temos os casos isolados. Esta eh a situacao do nosso ancestral Miguel Pereira do Amaral. Ele foi o pai do avo Malaquias, em Conceicao do Mato Dentro, sendo a esposa dele de Congonhas do Campo, e procede da Ilha de Sao Miguel. Era filho de Manuel Pereira e Maria de Benevides que devem ter nascido por volta de 1.740.

Ja encontrei aqui nos Estados Unidos um descendente acoriano com o sobrenome Pereira. Ele nasceu neste pais mas os pais vieram dos Acores. Isso indica que o sobrenome permanece por la e, muito provavelmente pode ter ascendencia no avo Manuel e avo Maria.

Ha que se lembrar que o sobrenome eh apenas uma questao de tradicao. Geralmente herdamos os sobrenomes dos nossos progenitores masculinos, muitas vezes, exclusivamente. Isso indica que esse nosso parente tem descendencia por linhagem masculina de alguem que no passado assinou Pereira. Mas, a cada geracao que se passou desde o primeiro ate ao atual, houveram participacoes de muitas outras assinaturas esquecidas, atraves dos lados femininos.

A genetica nao faz diferenca entre sobrenomes. Ela acolhe igualmente todas as contribuicoes que chegarem, tornando-se mais forte e resistente quanto maior for o numero de aquisicoes. Recentemente, com os meus estudos se aprofundando, verifiquei que a regiao da Grande Porto Alegre foi povoada por imigrantes oriundos dos Acores. As cidades de Gravatai e Viamao sao referencias nesse assunto. De um modo geral, o povoamento do Sul do Brasil, comecou com paulistas e mineiros associados aos acorianos e outros portugueses.

21. EXETER, ENGLAND

Uma parte de nossa familia, que usa o sobrenome Lott, tem essa ligacao recente com a Inglaterra. Edward Willian Jacobson Lott nasceu em 1.812 na cidade de Exeter, Inglaterra. Esteve na Vila do Principe e foi parar em Guanhaes para explorar ouro. Fundou, ou comprou a concecao de uma companhia anterior a brasileiros, a The Candonga Gold Mining Ltda em 1.834.

Casou-se com Maria Teixeira da Silva Caldeira Brant, entao com 16 anos, no Serro e em 1.848. Para isso teve que jurar que a familia seria batizada e educada no catolicismo ou nao teria casamento. Mudou-se definitivamente para Caete em 1.885 onde faleceu em 1.900.

Ha ainda o que se investigar, porque nao temos o acompanhamento da genealogia Lott desde o Edward. Temos o registro do casamento do capitao Gabriel da Silva Lott, que poderia ser filho dele, com a Maria Eugenia, filha do major Innocente de Leao Freire e Agueda (Guedah) Coelho Leao. Esta, filha da Emilia Brasiliana Coelho, filha dos tios-tetravos Joao Coelho de Magalhaes e Bebiana Lourenca de Araujo.

22. ALGUM LUGAR NA FRANCA

O trisavo Antonio Rodrigues Coelho foi o membro mais internacionalizado na familia antigamente. Em primeiro lugar ele nao casou mas teve uma filha com a francesa Anna Girou Bonefoi. Nao temos informacoes de que parte da franca ela era oriunda. O nome da crianca veio a ser Julia Salles Coelho que se casou com o primo em primeiro grau dela, tio-bisavo Antonio Paulino Coelho.

Antonio Rodrigues Coelho tambem teve outra filha com Getulia Justiniana de Aguiar, sem as formalidades do casamento. Essa veio a chamar-se Emygdia (Emidia) Justiniana de Aguiar. Nao temos nem data de nascimento, nem a descendencia dela. Sabemos que se casou com Joaquim Leandro Pereira.

Por fim, apos ter se casado com a trisavo Maria Marcolina Borges do Amaral, ter tido 14 filhos com ela e ficado viuvo, casou-se novamente com Virginia de Campos Nelson. O sobrenome denuncia um lado ingles na genealogia dela. A presenca dos ingleses em Minas Gerais tornou-se algo muito frequente apos a vinda da corte portuguesa para o Brasil em 1.808. Eles tinham varios interesses no Brasil, particularmente, na area de mineracao, como mencionado no capitulo 21, Exeter, England.

Alias, indico, a quem goste de Historia, ler o livro: “1.808, Como uma rainha louca, um principe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleao e mudaram a Historia de Portugal e do Brasil”, do jornalista Laurentino Gomes. Ele praticamente nao menciona Minas Gerais. Mas da uma geral naquilo que foi a Historia do Brasil e Portugal na epoca.

Por analogia leva a entender um pouco do que aconteceu em Minas Gerais tambem. Nao falo no capitulo 58 mas a biografia de Dona Joaquina do Pompeu afirma que ela salvou o Rio de Janeiro da fome, pela chegada abrupta dos 15.000 novos moradores trazidos pelas cortes portuguesas. O jornalista Laurentino nao menciona isso no livro dele.

Na Historia narrada pelo jornalista, a gente percebe que o “Ciclo do Ouro” teria sido uma epoca que nao faria falta alguma ao Brasil, nao fosse pelo povoamento e a heranca deixada ao patrimonio historico e cultural brasileiros. O ouro, assim como foi abundante na primeira metade do seculo XVIII, somente ensinou aos senhores que se enriqueceram a se tornarem perdularios.

Contribuiu muito para isso a administracao despotica da monarquia portuguesa. Ela instituiu proibicoes que impediam a facilitacao das comunicacoes entre as Capitanias e institucionalizou o analfabetismo e o monopolio do comercio. Assim, o pais que tinha uma agricultura incipiente apesar de: “em se plantando tudo da” e produzia ouro numa abundancia nunca vista no mundo, era obrigado a importar de tudo um muito. Quando as minas se esgotaram, Minas Gerais em particular ficou com o “comido pelo ganhado”.

Nao se considerando, repito, as benfeitorias e as populacoes. Ate mesmo Portugal nao levou tantas vantagens como poderia, porque ao longo dos 3 seculos em que promoveu os descobrimentos junto com a Espanha e apesar da fortuna imensuravel que tomou de suas colonias, nao se industrializou nem deixou as colonias faze-lo. Com isso, acabou se tornando a maior vitima de sua propria imprevidencia.

Procurem ler o livro citado acima porque assim compreenderao melhor quando eu der uma pincelada no assunto: Genealogia Dona Joaquina do Pompeu, capitulo 58.

23. FREGUESIA DE PINHANCOS, CONCELHO DE SEIA, DISTRITO DE GUARDA, PORTUGAL

Traduzindo em bom “brasileiro” o dito acima significa: distrito de Pinhos Grandes, Cidade da “Santa” Seia, Estado da Guarda, Portugal. Este eh um dos lugares em que estao fincadas as nossas raizes. Quando passei pelo Serro (16) e Sabinopolis (17) eu prometera anunciar mais algumas coisas. Pois eh, ai nasceu o avo Antonio Borges Monteiro que foi batizado na Igreja de Santa Luzia, bispado de Coimbra.

Devemos essas revelacoes ao primo Felix Tolentino que colhe dados biograficos do nosso ancestral e que visitou aquela localidade, alem de conseguir copia da certidao de nascimento do avo Antonio. Ele foi mais alem, pois, ja era conhecido que era filho de Caettano Borges e Maria Monteiro. O que nao sabiamos eh que era neto paterno de Manoel Borges & Izabel Rodrigues. Tambem que era neto materno de Estevao Rodrigues & Maria Monteiro. E foi afilhado do tio: padre Estevao Rodrigues Monteiro.

Destes ancestrais, apenas a avo Maria Monteiro nao nasceu na cidade da Seia. Segundos os dados levantados pelo Felix, ela veio de uma certa Vila Almeida. Procurando no mapa de Portugal, encontrei apenas Almeida. Claro, atualmente deve ter virado Concelho.

Almeida tambem fica no Distrito de Guarda, porem, no lado oposto. Seia fica mais no centro de Portugal, no provavel caminho que se fazia entre Braganca e Coimbra, antiga capital, ou Lisboa que fica mais ao sul. Ja Almeida esta quase na fronteira com a Espanha, bem mais proxima de Braganca do que Seia esta.

Essa minha ilacao tem um porque. Se se lembrarem, no capitulo Congonhas do Campo falei do nosso ancestral Antonio Coelho de Almeida, do qual nao sabemos a origem. Contudo, o sobrenome dele sugere que em algum tempo no passado ele teve um ancestral procedente de Almeida, com a possibilidade de ele proprio ter vindo de la. Tudo eh possivel, mas ha que se procurar.

Para completar as revelacoes nos trazida pelo Felix, ele encontrou que o avo Antonio Borges Monteiro nasceu em 06.11.1.751.

Agora vou fazer aquele desvio que prometi antes no capitulo Sabinopolis. Eh que o prof. Demerval Jose Pimenta, no livro de 1.966, supondo que “estavamos sos”, deixou escrito isso: “Eh ele o chefe da familia Borges Monteiro no Brasil.”

Quando comecei a estudar nossa genealogia descobri outros Borges Monteiro no Brasil, porem, “farinha do mesmo saco”. Os ancestrais Caettano Borges e Maria Monteiro tiveram outro filho que deram o nome de Manoel Borges Monteiro. Este casou-se com Maria Vaz e foram pais do Jose Borges Monteiro.

O Jose deve ter ido para o Brasil em 1.808 junto com as cortes portuguesas e casou-se em 1.809 com dona Gertrudes Maria da Conceicao e tiveram nada mais nada menos que 16 rebentos que nasceram no espaco de 1.810 ate 1.836.

Nao vou aqui tratar da genealogia desses nossos primos. Apenas citar dois deles. A sexta foi Ilydia Maria Candida Borges. Ela casou-se com Bernardo Casimiro de Freitas, 1o. Barao da Lagoa. Assim, tornou-se baronesa, via casamento.

O 3o. dos filhos foi o dr. Candido Borges Monteiro. Tem uma biografia tao extensa que nao cabera nos meus comentarios. Porem, foi o 1o. Barao e 1o. Visconde da Grandeza de Itauna. Medico, atendeu `a familia imperial brasileira. Assistiu ao parto em que dona Leopoldina deu `a luz a princesa Izabel. Depois deu a mesma assistencia aos partos da propria princesa.

A servico do imperador D. Pedro II, chegou a ser nomeado presidente do Estado de Sao Paulo. O resto eh so procurar pelo nome dele na Internet. Especialmente no que se trata da Nobiliarquia do Dr. Candido Borges Monteiro.

Pela capacidade reprodutiva do primo Jose Borges Monteiro eh possivel que boa parte do Rio de Janeiro e Sao Paulo tenham um vinculo genealogico recente conosco. Nao nos esquecamos que alguns da descendencia do avo Antonio tambem foram para la. Posso citar que alem dos tios Isidro e Umbelino foram tambem os descendentes do tio-bisavo Antonio Rodrigues Coelho Junior.

Nota: Em contato com a pesquisadora Ana Maria Nunes, descendente do Manoel Borges Monteiro, fui informado que nao temos provas ainda de que Manoel e Antonio Borges Monteiro sejam irmaos. Ela levantou essa hipotese por causa das informacoes encontradas no livro A Mata do Pecanha e por o Manoel tambem ter nascido no Concelho (Cidade) da Seia. Caso nao sejam irmaos, havemos entao que concordar que deverao ser primos, fazendo com que sejamos da mesma familia, praticamente, da mesma forma.

24. MARIA PEREIRA/MOMBACA/CEARA

Reabrirei este capitulo para informar que parte do que acreditavamos da Historia de nossa familia nos veio por meio de tradicoes. E o defeito das tradicoes eh serem passadas por via oral, sofrendo alteracoes a cada passagem. A tradicao de que a Familia Barbalho iniciou-se no Brasil, vinda de Portugal e em Pernambuco, tem seu fundamento de verdade. E penso que isso levou nossos parentes mais recentes a crer que nosso ancestral: Policarpo Jose Barbalho, fosse originario do Nordeste.

Com a recente descoberta dos documentos referentes a ele, verificamos que era mineiro, filho de pais mineiros e neto de avos fluminenses. Outra vez, no Epilogo do livro: A America Suicida, disponivel no endereco: https://val51mabar.wordpress.com/2012/07/02/familia-barbalho-coelho-no-livro-a-america-suicida/ mostro as provas disso. Contudo, nao tirarei Mombaca desse Historico por uma otima razao. Pudemos tracar a linhagem que sai de Pernambuco, passa pelo Rio de Janeiro e chega ate a nos.

Esse deve ser um padrao que todos os assinantes ou descendentes sem assinar do sobrenome Barbalho deverao seguir. Nao importando o local no Brasil que tenhamos nascido, estaremos sempre ligados por linhagens que, em sendo comprovadas, irao demonstrar que a familia eh uma so. Os meus estudos ja levaram-me a localizar nucleos da assinatura Barbalho em Santa Catarina e Rio Grande do Sul que fazem parte da mesma linhagem que os Barbalho mineiros.

Outros nossos primos vem de Goianinha, no Rio Grande do Norte. Posteriormente abrirei um capitulo a respeito dela. Mas quem desejar ja ir adiantando, recomendo o blog no enderco: http://ormuzsimonetti.blogspot.com/. Este eh do nosso primo Ormuz Barbalho Simonetti que eh escritor, jornalista, genealogista e funcionario aposentado do Banco do Brasil. Ele eh autor da Arvore Genealogica de 10 das maiores familias de Goianinha e tracou a linhagem genealogica que liga genealogicamente a familia de Goianinha aos primeiros Barbalho em Pernambuco. Segue, entao, o texto antigo.

Resolvi abrir estes breves comentarios a respeito da cidade de Mombaca no Ceara apenas porque nao sabemos onde nasceu o nosso ancestral Policarpo Barbalho. O que sabemos eh apenas que ele procede do Ceara ou do Rio Grande do Norte. No sitio Genealogias Cearenses encontrei a mencao a Pedro Barbalho como um dos primeiros residentes no Ceara. Tambem a informacao que teria se aliado `a sogra Maria Pereira para iniciar o nucleo de moradia no sertao que viria a receber o nome da primeira moradora.

Como estou fazendo essas notas muito rapidamente nao estudei ainda com a devida atencao o assunto. Encontrei a genealogia de Francisco Antonio Lima Cruz (http://www.mariapereiraweb.net?area=quemsou). Ele eh descendende do Pedro de Souza Barbalho que se casou com a filha de Maria Pereira, Maria Teresa de Souza. Portanto, nao herdou o sobrenome Barbalho.

Depois de varias trocas de nome, o municipio de Maria Pereira acomodou-se como Mombaca. E, pela genealogia dada pelo Francisco Antonio, a familia vinha de Pernambuco. Repito esse pequeno trecho para ir mais alem nessa genealogia: “o livro “Nobiliarchia pernambucana”, vol. IV, p. 258-261, esclarece: o casal Joao da Cunha Pereira e Maria Pereira da Silva morava em Pernambuco, quando pediu terras no Banabuiu [rio]. Maria Pereira da Silva era casada com Joao da Cunha Pereira, irma de Antonio Pereira da Cunha e filha de Cosme Pereira da Cunha, almoxarife da Fazenda Real em Pernambuco e de Brites da Silva.”

A razao de eu abrir esse espaco aqui eh apenas para chamar a atencao de algum possivel leitor dessas notas, interessado no assunto genealogia, e que talvez possa ajudar-nos a encontrar algum Policarpo Barbalho, nascido em torno dos anos 1.800, podendo proceder tanto do Ceara quanto do Rio Grande do Norte. Esse nosso ancestral migrou para a cidade de Mariana, Minas Gerais, por volta de 1.815 para cursar o seminario. Ao contrario de vestir batina, casou-se com Genoveva (Vita) de Magalhaes e deram inicio a aqueles que portam a assinatura de Magalhaes Barbalho, como eu, e muitas outras combinacoes. Apos ficar viuvo, Policarpo Barbalho voltou ao seminario e ordenou-se padre, findando seus dias e funcoes no antigo Inficcionado, atual distrito de Santa Rita Durao, na cidade de Mariana.

25. CETE, CONCELHO DE PAREDES, OPORTO

Ate ha poucos dias nao tinha a informacao de termos raizes em Cete. Ha mais de ano recebi um e-mail do primo Milton Rodrigues Coelho lembrando-me que o prof. Nelson Coelho de Senna deixara escrito que o nosso ancestral portugues, Jose Coelho de Magalhaes e o, possivel, pai dele, Manuel Rodrigues Coelho, eram procedentes de Cette (com dois ts).

Nossas buscas no sentido de encontrarmos tal lugar em Portugal foram infrutiferas ate que eu li algumas notas no site de genealogias: “Familias: Rodrigues da Cunha Mattos, Martins Marquez, Goncalves Borges & Correlatas, Sintese Genealogica.” O site, que eh coordenado por Antonio de Castilho, cita o Mosteiro de Cete como fonte de pesquisa justamente para esclarecer um certo lado Coelho do autor. Imediatamente a ficha caiu e raciocinei que Cete eh a origem e a grafia anterior deve ser antiga, e ha muito fora de uso.

Aqui copiarei um trecho do livro: ALGUMAS NOTAS GENEALOGICAS, do professor Nelson Coelho de Senna, I edicao, Sao Paulo, 1.939. Eh uma parte reproduzida no livro ARVORE GENEALOGICA DA FAMILIA COELHO, da Ivania Batista Coelho. Assim segue:

“Tambem a familia do legendario EGAS MONIZ, lealissimo fidalgo portugues medievo e contemporaneo da fundacao da monarquia por Dom Afonso Henriques (Sec. XII), perpetuara o apelido casteliano “Coello”, em varios dos seus descendentes, aportuguesando-o para “Coelho”, sendo o solar de Felgueiras, entre Douro e Minho, o antigo senhorio da casa fundada por EGAS MONIZ; e desde entao os Coelhos se firmaram no Reino de Portugal, com seus brasoes e foros de fidalguia. Suas armas vem descritas no vol. 3o., pag. 125, da “Enciclopedia Ilustrada Portuguesa”, edicoes do Porto – Lisboa. E a origem lusitana do cognome, seja este provindo de uma terra chamada “Coelha” ou “Coelhosa”, `as margens do Rio Douro e pertencente `a familia de Egas Moniz, ou seja, derivado da povoacao “Coelho”, no chamdo Concelho de Paredes, pode-se ver no “Dicionario” Portuguez, de Dom Rafael BLUTTEAU, no “Lucidario” de VITERBO, no “Diccionario Contemporanio”, de PINHEIRO CHAGAS e outros autores.

Eh, portanto, fato historico que desde os fins da Idade Media os COELHOS, no velho reino Portucalense, deram nome `a povoacao de “COELHO”, da Freguezia de Cette, no referido Concelho de Paredes (Provincia do Douro), do entao Bispado e Comarca do Porto. A Vila de Sao Pedro de Cette data do seculo IX, e nela se firmou o Morgadio dos COELHOS, o qual assim ficou ligado `a historia e `as tradicoes lusitanas.

A tradicao atribui, pois, a colonos portugueses, provindos dessa Freguezia de Cette, Concelho de Paredes (regiao entre Douro e Minho), a transmissao do apelido COELHO `as primeiras familias da Bahia, chegadas em 1549 com o 1o. Governador Geral THOME DE SOUZA, ja antes, porem, em Pernambuco, se firmara a linhagem dos COELHOS DE ALBUQUERQUE, descendentes de DUARTE COELHO, o 1o. donatario ali posto por DOM JOAO III (1535).

Como o professor Nelson atribui tais escritos `as tradicoes e nao a fatos comprovados, podemos perdoar-lhe e considera-lo sem maculas. No fundo ele nao estava totalmente errado no que acreditava, porem, nao sei se por nao sabe-lo, a informacao eh a de que Egas Moniz, o Aio, nao era apenas um contemporaneo do rei Afonso Henriques, foi o tutor, dai o apelido de “o Aio”.

Outro fato eh que Egas Moniz, o Aio, nao perpetuou o sobrenome Coelho em sua familia, nem mesmo conheceu tal sobrenome entre seus descendentes. O bisneto dele, SOEIRO VIEGAS COELHO, foi quem o adotou e o repassou aos filhos algum tempo apos o falecimento de seu bisavo.

Antes dele a familia era chamada comumente por Ribadouro, porque seus ancestrais haviam sido os Senhores de Ribadouro. E o Soeiro, recebeu o apelido, por causa da tatica que ele empregava, durante a Guerra da Reconquista de Portugal, aos mouros, de infiltrar-se despercebidamente na retaguarda das forcas inimigas, “parecendo minar de tocas de coelho”. Assim contaram ao rei as facanhas dele e o apelido virou sobrenome e multiplicou-se.

Cete eh, atualmente, algumas ruas na cidade de Paredes, do Distrito OPorto. Assim mesmo se escreve. Eh bem proximo a outra Freguesia de grande importancia, Paco de Sousa, onde um ancestral do ancestral Egas Moniz, o Aio, construiu outro Mosteiro. O apelido, O Aio, refere-se a Egas Moniz ter sido o tutor do menino Afonso Henriques, que se tornaria o primeiro rei de Portugal. Egas Moniz eh um dos bisavos do ancestral Soeiro Viegas Coelho, o primeiro desse nome a institui-lo como nome de familia.

Isso nos faz suspeitar que, realmente, estao corretas as nossas tradicoes que tinham fe em sermos descendentes da alta nobreza portuguesa. Porem, ainda falta-nos enveredar por essas raizes para confirmarmos ou negarmos isso. Nao querendo dizer que essa seja a unica raiz pela qual nos ligamos `a nobreza portuguesa ja que os nobres tinham o preconceito de se “casarem contra” os pobres.

Aqui tambem eh preciso voltarmos ao assunto dados encontrados no site GeneAll.net Portugal. Como nao sou um associado premium do site, nao tenho acesso a todas as informacoes. Somente `aquelas a que qualquer outro navegador pode acessar via Internet. Porem naquele site esta registrado que o nosso ancestral Jose Coelho de Magalhaes nasceu em 1.759, sendo filho de Manuel Rodrigues Coelho, nascido em 1.721. Em adendo, apenas cito que a data de nascimento da avo Eugenia Rodrigues Rocha, encontrada nele, eh de 1.766.

Nao tenho informacoes de quais bases eles colocaram tais datas. Se apenas usaram uma estimativa ou se realmente tem documentos comprobatorios. Mas, se as datas estiverem corretas, teremos importantes desdobramentos quanto `a nossa genealogia.

Isso porque, em “Algumas Notas Genealogicas” o prof. Nelson Coelho de Senna nos fala que o portugues Jose Coelho de Magalhaes ”procede” do tambem portugues, Manuel Rodrigues Coelho e ambos teriam nascido em Cete. Ele nao afirmou que fossem pai e filho. Porem deixa claro que a quem se referia era o portugues Manuel Rodrigues Coelho a ”quem o Governador das Minas Gerais, General Gomes Freire de Andrade (1o. Conde de Bobadella) passou varias cartas de sesmarias e datas mineiras, sendo a 1a. concessao de 03 de dezembro de 1.774.”

O problema eh que o general havia falecido no Rio de Janeiro em 01.01.1.763. Por sorte, a carta esta arquivada no Arquivo Publico Mineiro e data de 03.12.1.744. O APM guarda tambem um documento dizendo que Manuel Rodrigues Coelho era o tesoureiro da Camara Municipal de Vila Rica em 1.719. Portanto, se as datas do GeneAll.net estiverem corretas, ha que se imaginar que houveram duas pessoas com o mesmo nome. Tambem que, o primeiro pode ter sido pai do segundo.

Bom, como era comum `a epoca, devido `a proibicao da coroa portuguesa de nao poder existir educandarios alem daqueles destinados ao oficio sacerdotal, as elites enviavam seus filhos para se educarem na metropole. Essa foi, por exemplo, a opcao que o governador Antonio Albuquerque Coelho de Carvalho fez para o filho estudar em tempos pouco anteriores. (Cap. 03 acima).

Se o primeiro Manuel Rodrigues Coelho enviou o filho a Portugal para estudar eh, entao, necessario que este tenha preferido permanecer por algum tempo por la porque, para quem nasceu em 1.721 nao seria esperado que estivesse estudando ainda em 1.759, como sugere a suposta data de nascimento do portugues, Jose Coelho de Magalhaes.

Outra opcao seria que o Manuel Rodrigues Coelho, o suposto filho, fizesse as vezes de emissario do pai para tratar de negocios na metropole. Ao pai eh dado ter sido proprietario de concessao de exploracao de ouro no antigo Inficcionado, atual distrito de Santa Rita Durao, em Mariana. E em 1.759 nao se espera que guardasse saude necessaria para aventurar-se numa viagem transatlantica que era demorada, insalubre e arriscada. Naquela data ele ja deveria estar nos seus respeitosos 70 anos de vida.

Como o Santuario de Bom Jesus de Matozinhos, em Congonhas do Campo, foi iniciado em 1.757, e concluido uns 20 anos depois, ainda sem as esculturas do Aleijadinho, eh possivel que o mencionado doador das polpudas contribuicoes para sua construcao seja o Manuel filho. Isso porque, no possivel falecimento do pai nesse periodo, pode ter-se repatriado trazendo consigo o filho, Jose Coelho de Magalhaes, portugues e Alferes de Milicia. A media de vida das pessoas na epoca nao passava de 43 anos, dai a presuncao de falecimento do primeiro Manuel.

Mas nao podemos deixar de fazer a observacao, cabivel nesse ponto, de que nao esta eliminada a possibilidade de o nosso, reconhecido ancestral, Jose Coelho de Magalhaes, poder nao ser filho dos Manuel Rodrigues Coelho citados acima. A mencao de procedencia, e nao uma clara declaracao de filiacao feita pelo prof. Nelson Coelho de Senna, indica que nao tinha informacoes precisas. Dai eu ter levantado a hipotese de termos procedencia em um dos Manuel Rodrigues Coelho pelo lado da pentavo Eugenia Rodrigues Rocha. O nome da mae dela, Maria Rodrigues, sugere exatamente isso. O prof. Nelson pode ter tido a informacao baseada apenas em tradicao de familia, sem a definicao da “procedencia” ser materna ou paterna.

Para complicar nossas buscas nesse sentido, encontramos mencoes de que haveria um escultor com o nome de Manuel Rodrigues Coelho. As mencoes dao a entender isso mas podem ser erroneas. Eh dito que existem esculturas tanto no Santuario de Bom Jesus de Matozinhos, em Congonhas, quanto em Sao Joao del Rei desse autor. Mas tambem ha mencao de polpudas contribuicoes desembolsadas por Manuel Rodrigues Coelho para a construcao do Santuario de Congonhas. Pode ser que confundiu-se doacao com execucao do trabalho.

Seria otimo que encontrassemos descendentes do Manuel Rodrigues Coelho que possuissem anotacoes genealogicas dele, particularmente, relativas `a descendencia no seculo XVIII. Este eh o seculo que parece ter feito desaparecer os rastros de procedencia e descendencia dos patriarcas no Estado de Minas Gerais. Mas que agora estamos comecando a reencontra-los por meio de pesquisas. Tenho a esperanca de encontrar dados a esse respeito no livro: VELHOS TRONCOS MINEIROS, do Conego Trindade.

A data estabelecida no site GeneAll.net para o nascimento da avo Eugenia Rodrigues Rocha, 1.766, nos leva a concluir que aos 16 anos ja estava tendo o primeiro filho. O Jose Coelho de Magalhaes Filho tambem conhecido como Jose Coelho da Rocha nasceu em 1.782. Se a data do casamento tiver se dado antes de ele nascer, como era de se esperar, e for 07.07.1.779 e nao 1.799 como registrado no livro da Ivania, ela teria se casado aos 13 anos. Eram barbarismos que nao preocupavam ninguem na epoca. Pelo contrario, era motivo de jubilo.

A data de falecimento para o pentavo Jose Coelho de Magalhaes proposta no GeneAll.net eh de 1.806. Uma data que realmente se encaixa no que se segue de nossa genealogia. Ai houve um tempo habil para fazer-se o inventario, “passar as propriedades nos cobres” em Conceicao do Mato Dentro ou Morro do Pilar, e investir no campo novo que foi Sao Miguel e Almas de Guanhaes, para onde o novo chefe da familia transferiu-se. Ele e os irmaos devem ter seguido na frente para preparar o terreno e transferindo as familias de Conceicao do Mato Dentro somente por volta de 1.820.

Quem desejar enriquecer a cultura, indico tambem o endereco: http://www.namewrite.pt/senhoradovale/CETE.htm. Ai se encontra a indicacao de uma possivel origem arabe, nao apenas da Freguesia, como tambem, possivelmente, de parte de nossos gens.

26. GUANHAES, ANTIGO SAO MIGUEL E ALMAS

A Historia propriamente dita de Guanhaes comeca num novo periodo das Historias Mineira e do Brasil. O ouro que havia sido a mola mestra da interiorizacao das populacoes europeia e africana comecara a se esgotar a partir dos anos 1.750.

Nao podemos esquecer que ai acontecem dois terremotos em Portugal, o grande de Lisboa em 1.755 e o Marquez de Pombal. Isso e a avidez por ganhos faceis da coroa portuguesa, que continuara exigir pagamentos de quintos do ouro que nao se encontrava tao facilmente mais, havia levado `a Inconfidencia Mineira em 1.789.

Abafada a Inconfidencia Mineira, Portugal se viu frente a perigo muito maior que foram as chamadas, Guerras Napoleonicas. Em 1.808, na eminencia de Portugal ser invadido pelos franceses, o principe regente, D. Joao VI, transfere-se com toda a corte para o Brasil. Seria de grande valia as pessoas lerem o livro: 1.808, que ja recomendei anteriormente.

Como ja comentei antes, o governador mineiro ja havia mandado instalar, em 1.807, um quartel em Pecanha, “dotado de municoes e de armas, capazes de combater os terriveis canibais (Tribo dos Botocudos)” A Mata do Pecanha, pagina 27. Somente com essa protecao os colonos criaram coragem de se instalarem em maior numero na regiao. Embora, o bandeirante Joao de Azevedo Leme ja houvesse encontrado ouro nos “Descobertos auriferos do Graypu” desde 1.752. Graypu eh o nome de um pequeno rio no territorio de Guanhaes, afluente do Correntes. Atravessa a estrada entre Guanhaes e Virginopolis.

O principe regente concedeu um Alvara Regio, de 26 de janeiro de 1.811, para a construcao da primeira capela em homenagem a Sao Miguel, o anjo da devocao de Jose Coelho de Magalhaes Filho, ou Jose Coelho da Rocha. Ela so foi constituida canonicamente em 17 de junho de 1.828, quando tambem foi concedida a pia batismal. A paroquia foi criada em 14 de julho de 1.832. E o primeiro paroco foi o pe. Firmiano Alves de Oliveira.

Aqui eh preciso esclarecer os processos de criacoes formais dos nucleos habitacionais antigamente. As coisas nao dependiam apenas do Estado. Estado e Igreja estavam geminados, assim, os nucleos habitacionais somente passavam a existir no papel quando todos os protocolos estivessem cumpridos, embora, os primeiros moradores ja habitassem o lugar. Muitas vezes, os primeiros moradores registrados nao eram, necessariamente, as primeiras pessoas a morarem na regiao.

Importante eh lembrarmos que, exceto quando era de interesse, a coroa nao dispendia um centavo sequer nessas implantacoes. O povo eh que tinha que mobilizar-se e se dispor a arcar com as despesas das formalizacoes. O Estado vinha para recolher os impostos. Em contrapartida, apenas concedia instrumento legal da existencia concreta do povoamento.

Muitas vezes os nucleos de moradia surgiam a partir de uma fazenda. O chefe da familia aportava no lugar, tomava posse, implantava sua fazenda. Com ele vinham os agregados, os filhos e, em grande parte dos casos, os escravos. As casas nao eram organizadas como numa cidade planejada. Eram construidas nas proximidades do rocado que cada morador iria partilhar com o dono da terra.

A fazenda central funcionava como entreposto comercial tanto para os moradores da area quanto pousada para as tropas de outros locais que usassem aquela localidade como passagem. Os caminhos eram abertos para servir aos moradores. Com o aumento da populacao, acabavam virando ruas. Em razao tambem do relevo, isso explica a falta de geometria de nossas cidades nao planejadas.

O capitao Jose Coelho da Rocha eh considerado o primeiro morador da cidade de Guanhaes, porem, compartilha essa gloria com: Francisco de Souza Ferreira; Manoel, Joaquim e Jose de Oliveira Rosa; Antonio de Oliveira Braga e Faustino Xavier Caldeira. Observem aqui que os sobrenomes sao comuns e permanecem na populacao regional e sao familiares em nossa genealogia.

Como eu ja havia iniciado no capitulo de Conceicao do Mato Dentro (08) os nascimentos na familia do capitao Jose Coelho da Rocha & Luiza Maria do Espirito Santo continuam em Guanhaes. Ai nasceram: Joao Baptista Coelho (5.4.1.822); Eugenia Maria da Cruz (Coelho) (10.9.1.824): Antonina, falecida crianca e Antonio Rodrigues Coelho (22.1.1.829).

Nas Historias de Guanhaes faltam os registros da chegada do tio capitao Joao Coelho de Magalhaes. O irmao do tetravo Jose Coelho da Rocha deve te-lo acompanhado em todos os movimentos. Tambem os outros irmaos solteiros, Antonio, Felix e Clara Maria de Jesus. Os capitaes Jose e Joao foram eleitos os primeiro e segundo Juizes de Paz de Guanhaes, juntamente com os senhores Jose Joaquim de Carvalho e Antonio Lourenco (vulgo Fuba) em 14.7.1.832.

Guanhaes foi elevada a distrito do Serro em 1.828 e a freguesia em 14.07.1.832. Segundo ao que da a entender a Historia de Guanhaes, de autoria da professora Lucilia Ferreira Lopes, Guanhaes foi elevada `a categoria de Freguesia em 1.834, com autorga do bispo D. Antonio Ferreira Vicoso, ligada ao bispado de Mariana. Essa informacao torna-se preciosa porque podem haver documentos arquivados naquele local, onde possam constar dados genealogicos que nao conhecemos.

No periodo entre 1.840 a 1.859 Guanhaes passou para o dominio de Conceicao do Serro, atual Conceicao do Mato Dentro, no final do qual voltou a pertencer ao Serro.

Em 1.875 havia alcancado a categoria de Vila de Sao Miguel de Guanhaes, sendo instalada em 1.879, em sessao presidida pelo vereador, capitao Francisco Nunes Coelho. Em 13 de setembro de 1.881 a vila ganhou a categoria de cidade, sob o nome de Guanhaes. Portanto, estara completando 130 anos, agora em 2011.

Veio a tornar-se comarca em 05.05.1.892, e seu primeiro juiz foi o dr. Edgardo Carlos da Cunha Pereira, sendo o promotor de justica o dr. Pedro Soares. O Dr. Edgardo era natural da Cidade do Serro e, segundo o registrado na pagina 54 do livro A Mata do Pecanha, acumulou o cargo de Juiz de Pecanha no mesmo ano. Ele fixou residencia nesta ultima cidade, onde ja residia seu irmao: o farmaceutico Simao da Cunha Pereira. Foi juiz em Mar de Espanha, Muriae e Diamantina. Foi tambem chefe da policia mineira no governo Silviano Brandao.

Em sua primeira organizacao, Guanhaes contava com os distritos de Divino (Divinolandia de Minas); Nossa Senhora do Patrocinio (Virginopolis); Braunas; Travessao (Acucena); Jequitiba; Sapucaia; Farias e Corretinho (antigo Santo Antonio).

Na verdade ai estao muitos dos ingredientes que tornaram possivel incubar o sobrenome Coelho no Centro-Nordeste de Minas Gerais. A Historia de Guanhaes nao se resume somente ao que deixo escrito. Ela deve ter tido um dos ultimos surtos auriferos de aluviao no estado. Ai acontenceram as exploracoes na Lavrinha, Candonga, Mexirico e Fazenda das Almas. Essa ultima de propriedade do grande politico local que foi o tio-tetravo Francisco Nunes Coelho.

O capitao Francisco Nunes Coelho foi quem organizou um longo abaixo assinado que culminou na emancipacao tanto de Guanhaes quando de Pecanha. Grandes emancipacoes como essas acabaram ajudando o isolamento da cidade do Serro que viu o seu, antes imenso, territorio sendo “comido pelas beiradas.”

Do Serro emanciparam alem de Guanhaes e Pecanha, Conceicao do Mato Dentro, Diamantina, Sabinopolis, Montes Claros entre outras. Assim, a antiga mae de todos foi sendo reduzida aos limites dos dias atuais. O mesmo destino que posteriormente tiveram os grandes territorios emancipados. Haja vista que, Minas Gerais que possuia apenas uns cinco nucleos habitacionais elevados a Vila em 1.714, conta atualmente com mais de 1.000 municipios.

Desse ponto para tras eu mencionei mais as origens genealogicas, tanto familiares quanto geograficas. As cidades citadas funcionaram como caixa d’agua que represaram e multiplicaram as aguas. Delas partiram as descendencias que foram se encontrando em novos nucleos habitacionais e dando origem `as atuais cidades do Centro-Norte mineiros.

Nisso podemos compreender a relacao que existia entre os nossos antepassados, particularmente a geracao de nossos bisavos e avos, e as populacoes dos mais diversos pontos da regiao. Nossos bisavos tinham seus ancestrais originados nas cidades estanques e seus irmaos, tios e primos se espalharam por toda a regiao. Alem disso, tinham relacoes comerciais com os novos nucleos de moradia. Como as populacoes eram relativamente pequenas em relacao ao imenso territorio, tornava-se facil terem conhecido exemplos em cada familia.

Para eles era facil identificar as origens das pessoas observando-lhes apenas os tracos fisionomicos. O que, nos dias de hoje, nao eh tao facil assim porque ja sao passados cerca de 150 anos desde que nossos bisavos nasceram. As populacoes multiplicaram-se absurdamente. Desde entao houveram introducoes de contingentes geneticos novos e, principalmente, as descendencias de todas as familias originais estao agora miscigenadas entre si. No que dou Gracas a Deus.

Enfim, como parte da Historia do Municipio de Guanhaes, podemos tambem citar que esta registrado na documentacao inerente ao padre Emigdio de Magalhaes Barbalho que ele foi Paroco de Guanhaes durante o periodo de 1.853 a 1.859. Eh provavel que tenha sido transferido a partir dessa data, porque foi quando ouve a transferencia da Freguesia de Sao Miguel e Almas dos dominios de Conceicao do Mato Dentro para o retorno aos dominios da Cidade do Serro. Muitas vezes os membros do clero eram funcionarios da Paroquia, portanto, tornando-se intransferiveis ou da Diocese, ficavam sujeitos ao comando dos bispos.

27. DISTRITO DO CORRENTINHO DE GUANHAES

O Distrito de Correntinho de Guanhaes nao tem uma Historia publicada. Mas ela faz parte da vida dos moradores da regiao. Deve ter surgido por volta de 1840 ou ate antes um pouco. Nas imediacoes estao as Fazendas do ”Mixirico” e da Lavrinha. Sao dois pontos onde foi encontrado ouro naquela epoca dentro do territorio guanhanense.

Nao muito tempo atras era conhecido como Santo Antonio do Correntinho. Devido `as casas terem sido construidas ao longo da estrada que passa por ele, dando-lhe um aspecto alongado, os vizinhos, que sempre tinham apelidos de uns para com os outros, o chamavam de Santo Antonio da Linguica. Apelido que muito desagradava os moradores. Os apelidos dos vizinhos nao ficavam atras: Virginopolis era o Choca Pintos; Divinolandia, o Bota Ovo; Guanhaes era o Ovo Gouro; Pecanha era Paneleiro e por assim vai.

Brincadeiras `a parte o povo do Correntinho sempre foi hospitaleiro. Tinhamos apenas uma mencao de familia por la do fato de minha mae ter nascido no local. Nao me lembro de nenhuma Historia quanto a meus avos, Juca Coelho e Davina Magalhaes, terem morado la por muito tempo. Todos os filhos estao registrados como virginopolitanos, porem, em casa sabemos isso nao ser verdade.

Mas o que fez-me incluir o Correntinho aqui, como capitulo, se deve ao artista chamado Olimpio Jose Pimenta. Ele eh o segundo filho daquele que ja nos era primo, o sr. Modesto Jose Pimenta, com a nossa tia-tetravo, Ermelinda Querubina Pereira do Amaral. O sr. Olimpio nasceu e casou-se por duas vezes em Sabinopolis. As primeiras nupcias dele foi com a tia-trisavo: Ludugeria Francelina do Amaral, irma da trisavo Maria Marcolina Borges do Amaral.

Em segundas nupcias casou-se com outra prima: Quiteria Rosa de Jesus Amaral. Em terceiras nupcias casou-se com dona Rita Augusta Lacerda, irma do Padre Joaquim Lacerda, o 1o. Vigario de Sao Joao Evangelista. Alem disso, teve mais uma mulher com o nome de Sebastiana (D. Inha) Pereira Amaral com quem teve mais um casal de filhos.

D. Inha foi a segunda esposa do nosso tetravo Daniel Pereira do Amaral, com quem teve tres filhos: Georgina, Lilia e Elpidio. Ja com o tio por afinidade Olimpio Jose Pimenta foi mae de Maria Carolina (Quinha) e Antonio Augusto, pagina 150 do A Mata do Pecanha.

Olimpio teve 8 filhos com a primeira esposa. 2 com a segunda. Mais os dois por fora. No Correntinho, com dona Rita, teve mais 9. Estes 9 filhos nasceram entre 1.909 ate 1.925, no mesmo ano que minha mae nasceu. A primeira filha, da primeira esposa, dona Erminia Pimenta, deve ter nascido em 1872.

Infelizmente o prof. Pimenta nao deixa claro quantos filhos, netos e bisnetos permaneceram no Correntinho ate ao ano de 1.960. Mas qualquer numero que seja, deve ser dificil aos menos de 2.500 habitantes do Distrito nao descenderem do ”tio” Olimpio. O avo Juca Coelho deve ter tomado a este “tio” dele como exemplo, porque, mesmo tendo apenas duas esposas, teve 22 filhos.

Eh dito tambem no livro que o “tio” Olimpio nao foi o unico entre os Pimenta a residir no Correntinho. Por certo, somos muito mais parentes daquela populacao que antes pudessemos imaginar. Dos filhos dele com dona Rita Augusta recordo-me vagamente de boas mencoes a dona Eremita Pimenta, esposa de sr. Heitor da Silva Leite.

28. SAO JOAO EVANGELISTA

Misturando agora um pouco a genealogia das cidades, Sao Joao Evangelista eh uma das cidades mais proximas. Ela fica dentro do quadrilatero formado por Guanhaes, Pecanha, Sabinopolis e Virginopolis. O municipio foi criado em 1.911 e implantado em 1.912, e o seu primeiro chefe executivo [prefeito] foi o coronel Antonio Borges do Amaral. Antonio nasceu em 1.855, em Sabinopolis e era filho dos tetravos: Daniel Pereira do Amaral e Maria Francelina Borges Monteiro. (pagina 126, do A Mata do Pecanha).

Antes disso, diz-nos a Historia de Sao Joao Evangelista que comecou entre 1.820 a 1.830 quando o portugues Idelfonso da Rocha Freitas construiu ali sua fazenda. A fazenda recebeu o nome de Sao Joao em homenagem ao santo de devocao da matriarca da familia, dona Maria Coelho da Silveira. Por isso o arraial formado por familiares do primeiro morador recebeu o nome de Sao Joao Novo. As terras para o arraial foram doadas pela familia em 1.874. Tendo o filho do casal, Valeriano Coelho da Rocha, construido a primeira casa do Arraial.

Em 1.880 o povoado foi elevado `a categoria de Freguesia com o nome de Sao Joao do Suacui. Depois foi mudado para Sao Joao Evangelista.

O que nos chama a atencao eh a lista de nomes de outros moradores. Nela Constam: Joao Gualberto, Jose Pedro & Antonio Pedro Goncalves; Valeriano & Manoel Coelho da Rocha; Sebastiao da Costa Rocha; Zeferino Monteiro de Carvalho; Santos Jose Ribeiro; Raimundo & Clarimundo Jose Alves; Vicente & Honorio Luiz da Rocha; o tio-trisavo Arthur Borges do Amaral & o coronel Cornelio Jose Pimenta.

Desta relacao de primeiros moradores da Cidade de Sao Joao Evangelista, os que ainda nao eram tiveram suas descendencias casadas com a descendencida de nossos ancestrais. As relacoes parentais estao demonstradas, em parte, no endereco: https://val51mabar.wordpress.com/2011/04/24/a-familia-coelho-no-livro-a-mata-do-pecanha/. E o coronel Cornelio Jose Pimenta se faz nosso primo atraves dos tres troncos: Pereira do Amaral, Borges Monteiro e Barbalho/Pimenta.

Na conclusao do autor do texto que estou me servindo estao essas palavras: “alem de outros, que se constituiram troncos de familias ate hoje radicadas, em sua maioria, no municipio.” Sao Joao Evangelista esta agora, em 2.011, completando seus 100 anos de emancipacao. O que podemos imaginar eh que o processo de formacao da populacao se deu `a semelhanca ao que acontece em todas as outras cidades brasileiras. Sendo assim, o esperado eh que a atual populacao de Sao Joao tenha uma mistura de ascendencias em seus patriarcas e que, a maioria, tem vinculos familiares com a familia Coelho do Centro-Nordeste de Minas Gerais.

Dois exemplos de reencontro das familias se dao com o casamento do tio-bisavo Salatiel Batista Coelho que se casou com a saojoanense Iracema Campos Goncalves. E o tio Murillo de Magalhaes Barbalho tambem foi buscar a tia Maria Geralda de Lourdes Rocha (nos a conhecemos apenas por tia Lourdes) em Sao Joao Evangelista.

Antes de eu conhecer o conteudo do livro A MATA DO PECANHA, era impossivel tracar um melhor julgamento dos nomes dos fundadores e/ou primeiros moradores de Sao Joao Evangelista. Nao podemos dizer que o prof. DEMERVAL troucou tudo em miudos porque ele deu enfase maior `as ligadas diretas com ele proprio. Porem, faz boa mencao `as outras tambem. A Genealogia apresentada por ele eh basicamente a da Familia Pimenta, descendente do avo, Modesto Jose Pimenta. As outras familias entram como agregadas.

Com respeito aos Coelho da Rocha, fui levado ao engano de pensar que descendessem dos Coelho da Rocha de Guanhaes mas tudo nao passa de uma pequena coincidencia de sobrenomes. Os de Sao Joao Evangelista sao descendentes do capitao Idelfonso da Rocha Freitas e da esposa dele: Dona Maria Coelho da Silveira. Eles nasceram e se casaram em Portugal, mudando para o Brasil e instalando-se em terras compradas a indigenas. Eles fundaram a Fazenda Sao Joao.

Tiveram 12 filhos sendo que julga-se que pelo menos o Manoel Coelho da Rocha tenha nascido em Portugal. O Valeriano Coelho da Rocha foi o quarto filho. A filha Delfina Maria foi a esposa de Antonio Pedro Goncalves. Todos os outros fundadores e primeiros moradores acabaram tendo sua descendencia mesclada `a genealogia do capitao Idelfonso e sua esposa.

Ha que se destacar aqui que o coronel Cornelio Jose Pimenta e seus primos Antonio Borges do Amaral, Arthur Borges do Amaral e Zeferino Monteiro de Carvalho eram estranhos, no inicio, em Sao Joao Evangelista. Antonio e Arthur eram irmaos e filhos dos tetravos: Daniel Pereira do Amaral e Maria Francelina Borges Monteiro.

Zeferino Monteiro de Carvalho era primo deles por ser filho da tia Senhorinha e Jose Carvalho da Fonseca. Ja o coronel Cornelio era neto da tia Maria Balbina, irma das Maria Francelina e Senhorinha e filho do Modesto Jose Pimenta, tambem filho da tia Maria Balbina e casado com a tia Ermelinda Querubina Pereita do Amaral, irma do tetravo Daniel.

Nao entrarei em detalhes a respeito de todos os primeiros colonos de Sao Joao Evangelista nem de seus primeiros moradores. Sao dezenas apontadas pelo prof. Dermeval. O livro dele eh uma otima dica de leitura para os que desejarem saber mais. Embora seja dificil de ser encontrado ate mesmo em ”sebos”. Alem disso, o preco eh salgado segundo uma unica possibilidade que encontrei na Internet. Porem havera que se o encontrar em bibliotecas e institutuos historicos.

Entre os filhos do capitao Idelfonso e Dona Maria ha um com o nome de Henrique Manoel Coelho. Tenente da Guarda Nacional e casado com Felisbina Maria de Jesus. Ele nao aparece na lista de primeiros moradores de Sao Joao Evangelista. Porem existe a citacao do nome Henrique Coelho entre os primeiros moradores de Coroaci. Pela idade do personagem e pela semelhanca de epocas em que Coroaci e Sao Joao Evangelista foram fundadas, acredito tratar-se da mesma pessoa.

O problema da falta de certeza esta no fato de os resumos historicos das fundacoes das cidades geralmente ignorarem as esposas dos fundadores. Assim nao posso afirmar nada. Os dados afirmam que foi Juiz de Paz em 1885. O inicio de Coroacy teria se dado em 1879. Mas nao eh apontada a data que cada primeiro morador acorreu para la. O que havia em comum entre Coroacy e Sao Joao Evangelista eh que ambas eram freguesias de Pecanha em tais datas.

Para completar agora o capitulo de Sao Joao Evangelista ha apenas que anunciar que ja se encontram `a disposicao do geneaminas.com.br mais de 1.000 registros de nascimentos contidos na Genealogia do A MATA DO PECANHA. Basicamente sao os dados da familia Pimenta. Em breve pretendo acoplar `a Arvore ali plantada os dados das outras familias fundadoras e moradoras do municipio.

Como os dados do livro vao apenas ate ao inicio da decada de 1960, muita gente nem mais sera conhecida por la. Foi no final dos anos 50, com grande explosao nos anos 70, que as familias mudaram-se em massa para outras localidades que estavam oferecendo atrativos melhores. Entre elas, estao Governador Valadares, Ipatinga, Belo Horizonte e Brasilia.

O livro A MATA DO PECANHA registra o inicio dessa tendencia, lembrando-nos que Ipatinga e Brasilia estavam em suas mais tenras infancias, portanto, Belo Horizonte e Governador Valadares eram mais destacadas. O que, cincoenta anos depois, pode nao representar, necessariamente, verdade alguma.

O assunto em torno das familias em Sao Joao Evangelista nao se esgota aqui. Agora que tenho uma melhor consciencia do conteudo do livro A MATA DO PECANHA, pretendo, posteriormente, fazer uma revisao do texto https://val51mabar.wordpress.com/2011/04/24/a-familia-coelho-no-livro-a-mata-do-pecanha/. Creio que la eu poderei fazer uma analise menos superficial.

29. VIRGINOPOLIS

Antes de Virginopolis comecar a ter sua Historia escrita eh dito que Felix Gomes de Brito tinha uma concessao para construir uma capela, datada de 1.839, em local nao determinado. Assim, para cumprir as formalidades, doou terras `a Igreja e o aldeamento se desenvolve por volta de 1.858. A santa de devocao desse personagem era Nossa Senhora da Conceicao, que la virou Nossa Senhora do Patrocinio, por causa do primeiro nome da localidade, Patrocinio de Guanhaes.

Contudo, a Historia propriamente dita inicia-se um pouco antes daquela ultima data e em lugares um pouco diferentes da atual sede. Ha informacoes da Historia de Guanhaes que a lavra aurifera do Mexerico iniciou-se em 1.828. Outra informacao eh que o pe. Emygdio (Emidio) de Magalhaes Barbalho encontrou um pouco de ouro, possivelmente na Fazenda da Lavrinha. Com o dinheiro, o padre pode transferir parte da familia que se encontrava em dificuldade em Itabira para Guanhaes. Ai se entenda o irmao, Francisco Marcal de Magalhaes Barbalho, com certeza e, talvez, a irma deles, tia Lucinda.

Ainda no territorio que permanece como dominio guanhanense inicia-se a implantacao da Fazenda Sao Pedro. Ela fica mais proxima de Virginopolis e foi onde os descendentes do primeiro morador de Guanhaes, capitao Jose Coelho da Rocha, comecaram a multiplicar-se. Nao todos porque o tenente Joao Baptista Coelho tinha propriedade entre Guanhaes e Sabinopolis anteriormente. Para entender-se melhor essa parte da Historia, eh preciso saber que a Fazenda Sao Pedro reunia varias outras propriedades agricolas atuais em seu torno, que foram desmembradas a partir das sucessivas partilhas entre herdeiros. A sede dela fica na beira da estrada entre Gunhaes e Virginopolis. Sendo inclusive parada de onibus.

Em 1.858 se deu o aldeamento de Nossa Senhora do Patrocinio de Guanhaes, com a participacao, alem de Felix Gomes de Brito, dos tenentes Joaquim Nunes Coelho e Joao Baptista Coelho, e Jose Antonio da Fonseca e capitao Figueiredo. Joaquim Nunes Coelho era marido da tia Francisca (Francisquinha) Eufrasia de Assis e irmao do influente filantropo de Guanhaes, capitao Francisco Nunes Coelho. Joao Baptista Coelho era irmao da tia Francisquinha, e eram filhos do capitao Jose Coelho da Rocha. Joao Batista era casado com Maria Honoria Nunes Coelho, sobrinha dos irmaos Nunes Coelho e filha do Clemente Nunes Coelho.

Francisco Marcal de Magalhaes Barbalho casou-se com outra filha do capitao Jose, Eugenia Maria da Cruz, e permaneceu na Fazenda Sao Pedro.

O filho mais novo do capitao Jose Coelho da Rocha, Antonio Rodrigues Coelho, que era 5 anos mais novo que a trisavo Eugenia e 11 menos que tia Francisquinha, embora tenha tido filhas antes do casamento, casou-se mais tarde, em 1.863, tendo mais 14 filhos com a esposa Maria Marcolina Borges do Amaral. Os filhos nasceram em outra fazenda, antes de tambem se mudarem para a Fazenda Sao Pedro. Os filhos mais novos do casal nasceram ao mesmo tempo em que ja estavam nascendo os netos dos irmaos mais velhos do trisavo Antonio.

Tambem eh preciso dizer que houveram outras familias que provavelmente se instalaram na area rural atual de Virginopolis. Os Oliveira estavam radicados na area do Canga e Sao Filipe. O Sao Filipe foi dividido com os Coelho Lacerda procedentes de Itambe. Lembro-me que em minha infancia haviam Moreira radicados no Mexirico. Os Figueiredo continuam ate hoje na area do Samora e Betume, nao se contando, claro, os que foram para Divinolandia de Minas e para outros centros urbanos e rurais.

Enfim, nao ha como colocar todas as familias que acorreram para a area porque temos os registros de membros das familias se agregando via casamentos `a familia Coelho, mas nao temos os registros genealogicos e geograficos das procedencias dessas familias. Geralmente, a procedencia delas se atem a Guanhaes, Serro e Conceicao do Mato Dentro.

Ha que se observar um particular da familia do sr. Jose Antonio da Fonseca. Nao temos a evolucao genealogica dela. Tambem nao me lembro de outros moradores de Virginopolis com a assinatura Fonseca no passado, senao o Fonseca e dona Lia. Me parece, porem, que passaram a morar na cidade somente em data relativamente recente, quando eu era crianca, por ele ter perdido a visao.

Atualmente eu sei que o sobrenome Fonseca esta presente nas areas dos municipios de Divinolandia de Minas e Gonzaga. Vim a descobrir isso quando consegui alguns dados da familia da minha sogra, que tem Fonseca antigos entre os ancestrais dela, inclusive casados na descendencia da familia Coelho por parte dos tios-bisavos: Emygdia Honoria Coelho/Amaro de Souza Silva. Isso leva a imaginar que a familia do sr. Jose Antonio da Fonseca tenha, logo depois da implantacao do aldeamento, continuado o movimento migratorio de expansao em direcao a leste. Dai se explica a ausencia de mais Fonseca na cidade de Virginopolis.

Em 1.862 Patrocinio de Guanhaes ja estava elevado a autarquia de distrito. Como ja foi dito no titulo Guanhaes, ficou confirmado em 1.875.

Esse eh o periodo em que a geracao dos nossos bisavos estavam nascendo. A familia Coelho permanece, em sua maioria, multiplicando-se nos antigos dominios das cidades do Serro, Diamantina, Conceicao do Mato Dentro, Guanhaes, Virginopolis, Pecanha e Sabinopolis. E a multiplicacao somente nao foi maior em razao dos multiplos casamentos entre primos.

Em 1.923 eh promulgada a lei de emancipacao da Cidade de Virginopolis, sendo instalada a 09 de marco de 1.924, data que se torna o aniversario do municipio. Em sua primeira formacao ja conta com os distritos de Divino, Gonzaga, Santa Efigenia, Sardoa e Sao Geraldo da Piedade.

Uma observacao interessante eh a de que o terceiro paroco de Virginopolis foi o Pe. Joaquim Gomes Coelho da Silva, que substituiu o Pe. Virgolino Jose Batista Nogueira, que fora precedido pelo Pe. Bento Ferreira. Segundo o site da Diocese de Guanhaes, o padre Joaquim Gomes Coelho da Silva procedia da cidade do Serro. Posteriormente comentarei a respeito do site da familia Coelho da Silva na Internet (57).

Estou fazendo essa observacao para registrar que eh possivel que tenhamos ai mais uma familia Coelho compondo o nosso “pool” genetico. Vemos esse sobrenome se casando com os da Silva Coelho, descendentes do tio-bisavo: Quim Bento. Eh possivel que o Pe. Joaquim tenha levado para Virginopolis outros membros de sua familia e ja encontrei a mesma assinatura tambem em Sao Geraldo da Piedade. Observem a diferenca, o Ti Quim Bento originou os da Silva Coelho e a outra familia assina Coelho da Silva.

Abro aqui uma pausa para recordar comportamentos antigos que, conhecendo-os, nos ajudam a entender um pouco mais nossas Historias. Era sonho das maes antigamente ter um filho padre. Assim como era o sonho dos pais ter um filho advogado. Nao era atoa que nosso pais era o paraiso desses dois profissionais.

A necessidade de se ter um filho advogado era obvia. Num pais que sempre teve um emaranhado de leis e onde gracava o analfabetismo, ter um advogado na familia era meio caminho andado para o sucesso. Em terra de cegos, quem tem um olho eh rei, ou caolho. Era semelhante a ter um jogador de futebol profissional famoso na familia hoje-em-dia.

Ter um filho padre tinha a razao obvia do conforto espiritual. Nos sabemos que a Igreja Catolica e o Estado estavam unidos por lei. Estado e religiao eram um. A separacao dos dois somente veio a acontecer com a Proclamacao da Republica, em 1.889.

Mas tambem tinha outra razao mais pratica. A idade media do homem brasileiro nao passava dos 43 anos na epoca. Como muitas mulheres viviam mais que os homens, as chances de uma mulher tornar-se viuva, enquanto ainda cuidando de diversos filhos menores era alta. Alem disso, muito poucas mulheres estavam treinadas para trabalhar do lado de fora de suas casas.

O resultado dessa realidade era que um alto numero de filhos acabava se tornando arrimos de familias. Nada melhor para o conforto de uma viuva, entao, que ter um filho padre. As maes e as irmas dos padres acabavam se tornando as ajudantes deles sem receber nada por isso, porem, os salarios que os padres recebiam do governo eram suficientes para dar a assistencia necessaria `as familias. Os padres funcionavam como uma garantia de pensao. Somente os que tinham “pedigree” tinham a mesma regalia como funcionarios publicos.

Em Virginopolis havia um antigo dizer: “Quem nao eh Coelho eh couve.” Era uma referencia `a dominancia da familia em relacao `as outras. Sabiamos que no principio havia ate mesmo um grande preconceito. Alguns descendentes dos Coelho com Coelho se achavam melhores que outros. E esse preconceito instigava uma certa antipatia da populacao em relacao aos “Coelho”.

Mas essa antipatia nao era restrita `as outras familias. O preconceito chegava a ser tal que quando um Coelho se casava com alguem considerado de classe inferior (couve) a descendencia podia sofrer o mesmo preconceito, como se vivessemos em sistemas das castas indianas onde nos casamentos entres castas consideradas inferiores e superiores a descendencia era automaticamente degradada `a classificacao de inferior.

Atualmente nota-se que o preconceito eh que foi degradado e posto em seu devido lugar. Os casamentos acontecem aleatoriamente, segundo o agrado dos nubentes, e ja nao existe tanta diferenca entre a descendencias de uns ou de outros. Embora, ha que se mencionar que, no Brasil como um todo, existe o preconceito das unioes entre ricos e pobres. Ai nao faz diferenca de qual assinatura a pessoa provenha. Sendo ricas, mesmo de origem pobre, as pessoas sao consideradas melhores que as outras. Infelizmente. Ha a valorizacao em relacao ao que se possui nao `as pessoas que todos nos somos. “Ser ou nao ser, eis a questao”.

Seria interessante que as pessoas que agora estao unidas pelos casamentos nao deixassem de recordar todos os seus ancestrais. Mesmo os de origem mais humildes. Os grandes sempre tiveram seus valores reconhecidos. Porem, de uma forma torta. As Historias os recorda como construtores e realizadores quando, na verdade, eles dirigiam mas o trabalho arduo sempre foi feito pelas pessoas que a Historia oficial se negou a reconhecer.

30. BRAUNAS

Fugindo um pouco ao itinerario que eu tinha pensado antes, abrirei espaco para Braunas e Acucena. Braunas foi distrito de Guanhaes. Faz parte do circuito que mencionei anteriormente, no capitulo 09, Santo Antonio do Rio Abaixo, alinhado pelo Rio Santo Antonio. Conta-se que iniciou-se em 1.825 com a concessao de doze sesmarias passadas `a familia Figueiredo Neves. As sesmarias posteriormente passaram para a posse dos descendentes do alferes Fortunato do Carmo.

Os considerados fundadores do municipio sao o alferes Bento Pinto de Aguiar e Joaquim Francisco Vieira. A emancipacao se deu em 1.953.

Tudo eh especulacao por enquanto mas pode haver ligacoes da descencia desses dois fundadores com a descendencia Coelho. Temos a presenca do sobrenome Aguiar entrando na familia atraves da tia-avo Nazinha (Maria das Dores Aguiar) esposa do tio Armando Baptista Coelho. Eles sao os ancestrais dos Aguiar em Virginopolis. Embora a tia Nazinha tenha nascido no Serro.

Ja o sobrenome Vieira o vemos em dona Ali Vieira. Ninguem em Virginopolis saberia dizer quem eh, senao os descendentes dela. Eh a conhecida dona Lili do Ostino (Washington da Cunha Menezes), filho da Eva da tia Emygdia de Magalhaes Barbalho. A Eva foi a primeira esposa do seo Joao da Cunha Menezes.

Outra Vieira na familia eh a dona Maria Vieira. Esta eh a esposa do seo Gil Pacheco de Magalhaes. Filho da tia Quiteria e sobrinho da tia Emygdia. Outra via que o Vieira entra na familia eh atraves da avo de minha esposa, dona Quita (Maria Vieira de Carvalho).

Ha que se lembrar que Braunas foi o local escolhido para a construcao da Usina Hidreletrica do Salto Grande. Hoje em dia a grandiosidade de outras megaconstrucoes encobriram a importancia que essa usina teve para a Historia Regional.

31. ACUCENA

Eh dito que Acucena surgiu em 1.824 com a chegada de Joao Maciel da Costa, sob ordens de D. Pedro I e auxiliado por 80 pracas, para aldeiar os indios botocudos da regiao. Fala-se que a primeira missa so foi rezada em 1.860, pelo padre Felix Ferreira, vigario de Joanesia. Tambem que ordas de foragidos do Serro, Conceicao e Itabira ai se instalaram para viverem da agricultura. Nasceu com o nome de Travessao.

Em 1.891 foi elevado a distrito, pertencendo a Sao Miguel de Guanhaes. Somente em 31.12.1.943 o distrito de Travessao eh elevado `a categoria de cidade, separando-se de Guanhaes, e adotando o nome de Acucena. Naquele inicio ja contava com quatro distritos, o sede, Jequitiba de Guanhaes, Naque e Felicina. Em 1.948 eh criado o distrito de Pedra Corrida e Jequitiba de Guanhaes recebe o nome de Aramirim.

Com o passar do tempo sao criados novos distritos no municipio, tais como: Gama, Periquito, Sao Sebastiao do Baixio, Naque Nanuque tornando, entao, a cidade composta por 9 distritos.

Em 1.992 Acucena perde os distritos de Naque e Sao Sebastiao do Baixio para a formacao da cidade de Naque. Perde tambem os distritos de Periquito e Pedra Corrida para formar o municipio de Periquito. Os novos municipios sao instalados em 1.997.

Antes de eu conhecer esses pequenos detalhes da Historia de Acucena eu ficava um pouco perdido em relacao `a nossa genealogia porque temos varios registros apontando nascimentos em Felicina e Aramirim que imaginava serem outras cidades que nunca encontrei no mapa de Minas Gerais.

32. SAPUCAIA DE GUANHAES

Eh preciso incluir esse distrito de Guanhaes nesse circuito porque tornou-se parte importante da genealogia Coelho. Era ponto de parada das tropas que saiam de Guanhaes e Virginopolis em direcao ao distrito de Figueira, pertencente a Pecanha, e atual Governador Valadares, e que facilitava a comunicacao com Vitoria, Espirito Santo.

Temos varios ramos da familia que se multiplicaram em Sapucaia como parte dos Rodrigues Coelho, Nunes Leite, particularmente as descendencias dos tios-bisavos Daniel/Marina (tia Nenen) e Sa America e d. Isaura, respectivamente.

Ainda por volta dos anos 1.940, a viagem entre Virginopolis e Figueira era feita a cavalo, passando por Sapucaia, Acucena, Pedra Corrida e Naque. Salvo engano, ai se tomava o trem. Ao todo gastava-se 3 dias de viagem. Hoje-em-dia, uma hora e meia eh considerado uma duracao quase lenta. Usando-se a outra estrada que passa por Divinolandia de Minas e outros antigos distritos.

Sem conhecer a Historia nao se compreende muito a razao da existencia desse atual distrito de Guanhaes. Sapucaia fica a 50 km de Guanhaes e apenas 17 de Virginopolis, passando-se pela unica estrada asfaltada que faz esse percurso. Eh uma faixinha estreita de terra, parecendo uma cauda a partir do territorio guanhanense que contorna parte consideravel do municipio de Virginopolis.

Mas o fato eh que usaram os rios Correntinho e Corrente Grande como limites na emancipacao de Virginopolis. Como Acucena e Braunas continuaram fazendo parte do territorio de Guanhaes, havia logica para Sapucaia continuar. Quando Acucena foi criada, os sapucaienses preferiram permanecer pertencendo `a “capital”. O mesmo se deu quando Braunas foi criada. Por fim, recusaram-se a transferir-se para Virginopolis.

A consequencia disso eh que dificilmente Sapucaia de Guanhaes ira algum dia emancipar-se. Acucena, Virginopolis ou Braunas nao quererao ceder territorio para que ela emancipe e o territorio que possui nao eh suficiente para fazer isso por conta propria. A menos que consiga a instalacao de alguma industria de peso em seu territorio, Sapucaia devera permanecer como distrito por muitos anos ainda.

33. DIVINOLANDIA DE MINAS

Divinolandia de Minas ja eh citada como comunidade do Divino em 1.875 na implantacao da cidade Guanhaes. Porem, eh citado como marco historico a data de 1.887, quando da edificacao da capela dedicada ao Divino Espirito Santo e `a Nossa Senhora da Gloria pelos moradores locais. Foi separada de Guanhaes em 1.923 quando Virginopolis emancipou-se e em 30 de dezembro de 1.962 virou cidade a partir do desmembramento de Virginopolis.

Nao encontrei nomes dos primeiros moradores mas conhecemos varios patriarcas na regiao. Talvez os mais antigos sejam os trisavos Joaquim Coelho de Andrade/Joaquina Umbelina da Fonseca. Eles deram origem `a comunidade do Corrego dos Honorios. Sao os pais da Dindinha Ercila que nasceu em 1.862, portanto, devem ter nascido pelo menos uns 20 anos antes disso. Mas foram para Divinolandia algum tempo depois.

Por outro lado, e tao ligados a Divinolandia quanto a Gonzaga, esta a familia dos tios-bisavos Emygdia Honoria Coelho/Amaro de Souza Silva. Estes sao os pais, dentre outros, do sr. Cesario Coelho de Souza, pai do antigo ex-prefeito, Jose Perpetuo. A tia Emygdia nasceu por volta de 1.857, assim, em 1.877 ja deveria ter-se casado e mudado.

Entre os filhos dos tios-bisavos que deixaram descendencia em Divinolandia, Gonzaga e Santa Efigenia estao: Emidio/Zica Soares; Gabriel/Isabel Alves; Prudencio/Rita; Miguel/Julinha Pacheco; Virginia/Mariano Valois Guimaraes; Elisa/Antoninho Perpetuo e Joao de Souza/Genoveva Fausta Figueiredo.

Ha uma duvida quanto `a tia-trisavo Lucinda de Magalhaes Barbalho que foi esposa de Manoel Geraldo Fernandes Madeira. Ela deve ter nascido antes de 1.830 porque 1.824 eh o ano do nascimento do trisavo Francisco Marcal, irmao logo acima dela. Nao tenho dados da familia da tia Lucinda, contudo, o sobrenome Madeira entra no rol das dominantes em Divinolandia, bem representada pelo seo Zeca Madeira, tambem ex-prefeito da cidade e pai de pessoas casadas na familia da tia Emygdia Honoria.

Segundo dados encontrados recentemente, ha a sugestao de que a tia Lucinda tambem nasceu em 1.824 e teria sido gemea do trisavo Francisco Marcal.

No livro A MATA DO PECANHA, o prof. Demerval cita varios outros personagens com o sobrenome Fernandes Madeira, porem, nao cita o tio-afim Manoel Geraldo. Os personagens citados por ele sao mais novos, podendo ter nascido a partir dos anos 1840 podendo, portanto, serem filhos dele. Porem eles estao ligados `as familias Pimenta e Carvalho na Pecanha antiga que incluia os atuais municipios de Sao Joao Evangelista e Sao Jose do Jacuri.

Ha que se lembrar tambem da forte presenca dos Figueiredo. Nossas notas genealogicas registram o casamento de Jeronymo Jose Figueiredo, divinolandense, com Carlota Pacheco de Magalhaes. Ela, filha da tia Quiteria de Magalhaes Barbalho com Joaquim Pacheco Moreira. Nascida em 1.878.

Outros que deixaram suas marcas genealogicas em Divinolandia sao os tios-bisavos Jose Coelho Sobrinho (seo Juca) e Maria Marcolina Pereira do Amaral (Culina). Eles moraram em uma fazenda proxima a Gonzaga, vizinha da Fazenda do Seo Joao de Souza, que eh marco na estrada entre as duas cidades. E sao os pais da Sebastiana Coelho do Amaral, esposa do seo Heitor de Aquino. Esses nomes sao facilmente reconheciveis pelos divinolandenses.

Outro nome que nao pode faltar eh o do seo Eloi Perpetuo. Ele casou-se com uma de minhas tias-trisavos. Infelizmente nao temos o nome dela, apenas o apelido que era tia Biquita. Tia Biquita era tia da tia Culina do seo Juca mencionados acima e irma da Quiteria (Titi) Rosa do Amaral, que se casou com o, simultaneamente, meu tio-bisavo (irmao do Ze Coelho), pelo lado materno, e trisavo, pelo lado paterno, Joao Baptista Coelho Junior (pai da bisavo Dindinha Olimpia).

Outro casal que deixou heranca genetica em Divinolandia foi os tios-bisavos Pedro de Magalhaes Barbalho/Antonia Marcolina Coelho. A descendencia deles guardou o sobrenome Magalhaes e Magalhaes Barbalho.

34. GONZAGA

Gonzaga atualmente eh mais conhecida pelo incidente ocorrido com o seu ex-cidadao, Jean Charles de Menezes no metro de Londres.

O provavel primeiro morador foi Sebastiao Gonzaga quem doou terras a Sao Sebastiao, nas margens do ribeirao Gonzaga, para o aldeamento. A data que encontrei foi 1.911 para o surgimento do povoado mas desde a criacao do municipio de Guanhaes em 1.875 Gonzaga consta como distrito. Em 1.911 os netos dos tios-bisavos Emygdia Honoria Coelho e Amaro de Souza Silva ja estavam comecando a nascer na Fazenda do Seo Joao de Souza. A mais velha de la, Maria de Souza Figueiredo naceu em 19.8.1.911.

Nao sei quais outras familias tornaram-se importantes no surgimento e crescimento de Gonzaga mas alem dos ja citados, com certeza a familia dos tios-bisavos Juca/Culina e os Soares tambem estavam presentes. Ao redor de Gonzaga tambem estavam os Fonseca, possivelmente, da descendencia do Jose Antonio da Fonseca, um dos fundadores de Virginopolis.

Outra presenca sao os Figueiredo, representado por dona Genoveva Fausta de Figueiredo, esposa do seo Joao de Souza Coelho. Esta era sobrinha do seo Jeronymo Jose Figueiredo, que esta entre os patriarcas de Divinolandia.

Recentemente contaram-me uma curiosidade dos anos 1970, a respeito de Gonzaga. Parece-me que a casa mais charmosa, `a epoca, de la pertencia ao casal Antonino Perpetuo/Ritinha. Ele, filho do casal Elisa de Souza Coelho/Antoninho Perpetuo. Alem da casa e tambem hotel, tinham um jeep. Daqueles comuns. Porem o jeep causava inveja a outros rapazes porque os filhos do seo Antonino podiam andar de “carro” e chamar a atencao das meninas. Pois eh, naquela epoca, jeep era considerado carro! Jeep eh anterior ao advento dos fuscas.

A respeito dos Soares tenho a dizer que o nosso tio-avo, Joaquim Soares de Oliveira (Quinquim Soares), esta registrado como gonzaguense, nascido em 12.9.1.885. Ele era o marido da tia-avo Vita de Magalhaes Barbalho. Embora tenham tido alguns dos filhos nascidos em Gonzaga, a descendencia deles nao permaneceu la. A presenca dela na cidade esta lembrada atraves do nome da biblioteca local que recebe o nome de Vita de Magalhaes Barbalho. Pode ter sido a primeira professora.

Coincidencia ou nao, nascido na mesma area e mais ou menos na mesma epoca, Gonzaga teve outro Quinquim Soares. O nome era Joaquim Soares de Andrade, casado com Ana de Araujo e Silva. Eles sao bisavos de minha esposa

Gonzaga emancipou-se de Virginopolis tambem em 1.962.

35. SANTA EFIGENIA DE MINAS

Quase nao existem dados a respeito de Santa Efigenia de Minas na Internet. Consta que o pioneiro Joao Soares doou terras para o surgimento da povoacao. Pela proximidade desta com Gonzaga o mais provavel eh que o pioneiro tenha vinculos familiares com os Soares de la. Foi outro distrito de Virginopolis que emancipou-se em 1.962.

A cidade de Santa Efigenia de Minas eh ponto de encontro de varias familias dominantes. La se encontram: Almeida, Carvalho, Cunha, Lino, Pereira, Pinto, Perpetuo, Souza, e, como nao poderia deixar de ser, Coelho. Nao que esses sejam os unicos. Apenas estou citando aqueles que tenho guardado na memoria.

A minha ligacao com Santa Efigenia eh mais intima que com as outras cidades ao redor porque a familia da minha esposa vive la. E os sobrenomes usados pela familia dela sao Sousa, Fonseca, Soares, Andrade, Vieira, Carvalho, Reis, Araujo, Silva e Martins. Presumivelmente, todos devem estar representados na cidade.

Ha alguma presenca do Coelho na cidade. Particularmente no que se trata da descendencia dos tios-bisavos, Emygdia Honoria Coelho/Amaro de Souza Silva. La encontrei a descendencia do Miguel de Souza Coelho/Julia (Julinha) Pacheco, atraves do Jose de Souza Coelho (Ze Miguel)/Teresa de Jesus Guimaraes. Dona Teresa e Ze Miguel sao primos, sendo ela neta da Virginia de Souza Coelho/Mariano Valois Guimaraes.

Descende tambem do Miguel de Souza Coelho & Julia (Julinha) Pacheco, a dona Alzira Coelho (Perpetuo) Martins, viuva do sr. Anisio Martins da Silva.

Temos tambem a familia do seo Joao Perpetuo (filho de Elisa de Souza Coelho/Antonio (Antoninho) Perpetuo) e dona Maria (Lia) Soares. Essa, sobrinha do avo de minha esposa (Tao Soares).

Outro Coelho esta presente na familia do sr. Paulo Almeida, por ele ter se casado com dona Zilda Coelho Perpetuo, filha da Maria de Lourdes de Souza Coelho & sr. Jose (Yeyeh) Coelho Lacerda. Ela, filha dos tios-bisavos Emygdia/Amaro e, ele, dos Coelho de Itambe, porem, a familia formou-se em Virginopolis e dona Zilda foi para Santa Efigenia depois do casamento.

Por ultimo, esta identificado o Egidio, filho de Eliezer Nunes Coelho & Geralda Solange (Dica) Magalhaes.

Existem mais ramos, como exemplo, os irmaos da dona Teresa do Ze Miguel. Mas nao tive informacoes dos dados deles.

Recentemente me foi informado que a Familia Furtado Leite eh descendente de Jose Feliciano Pinto Coelho da Cunha, o Barao de Cocais. Tres irmaos Furtado Leite mudaram-se para Virginopolis onde deixaram farta descendencia. Sao eles: Francisco, marido de America Nunes Coelho; Luiz, casado com Luiza Nunes Coelho e Modesto que levou a esposa: Valeriana Maria de Jesus. Os dois primeiros tiveram suas descendencias automaticamente incorporadas `a Familia Coelho.

A descendencia do sr. Modesto e d. Valeriana tambem esta entrelacada com a Familia Coelho. Contudo quero apenas destacar que as moradoras de Santa Efigenia: Maria da Conceicao (Conceicaozinha) e Maria da Gloria (Glorinha) Leite sao netas do casal. E Virginopolis esta repleta de primos delas, possivelmente, todos os representantes da Familia Leite.

36. SARDOA

Outra cidade com pouco registro de Historia. Assinala-se que foi distrito de Virginopolis desde 1.948 com o nome de Santo Antonio do Sardoa. Emancipou-se tambem em 1.962 e tambem de Virginopolis.

Tive apenas a informacao de que existe mais uma pessoa com o apelido de Juca Coelho por la. Nao tive oportunidade de ter contato mais informativo. Nao sei dizer se ha alguma relacao entre os nossos Coelho e ele.

Recentemente ficou clara outra relacao da familia Coelho com cidadaos locais. Com a subta popularidade alcancada pela atriz Marcela Stephany Pereira Coelho no seriado Clandestino da Rede Globo de Televisao recebi algumas informacoes a respeito dela. Nasceu em Resplendor por falta de recursos medicos em Sardoa mas foi criada nessa ultima. Eh filha de nossa prima Rosemai Coelho Gloria que foi professora local. O pai eh o Chico do Correio. Este, ex-prefeito na cidade. Os pais sao separados. Marcela tem uma irma que se chama Priscila, segundo informado por Marilene Pereira, prima paterna delas que mora aqui em Framingham.

Eh obvio que o Chico eh da familia Pereira mas tambem tem vinculos com os Lino. Quando ele era prefeito em Sardoa, o primo dele, Dr. Lino, era prefeito em Santa Efigenia. Foi quando comecei a frequentar Santa Efigenia. Por coincidencia, a mae do Chico, d. Geralda, foi a madrinha de batismo da minha sogra que recebeu o mesmo nome.

37. SAO GERALDO DA PIEDADE

Talvez seja Sao Geraldo da Piedade o distrito emancipado de Virginopolis que menos tenho dados. Reza a Historia que os irmaos Joaquim, Lindolfo e Alfredo Pains implantaram uma fazenda no local. Na formacao da vila recebeu o nome de Bananal do Bugre. Emancipou-se em 1.962 e os moradores adotaram o nome de Sao Geraldo da Piedade.

Sei que existem representantes da familia Coelho em Sao Geraldo. Dona Teresa do Ze Miguel falou-me em dois irmaos dela que residem na Serra de Sao Geraldo mas nao especificou se ja em dominios da cidade ou de Santa Efigenia ou Sardoa.

Existe uma serie de distritos depois de Sao Geraldo, nas direcoes de Governador Valadores e Acucena. Um deles eh o da Paca. Nao sei a qual cidade pertence. Mas la moram os compadres Juca do Tao e comadre Bizoca. Ele eh bisneto do tio-bisavo Joaquim Bento Coelho, conhecido como Ti Quim Bento. O Ti Quim Bento foi o marido da tia Cunuta (Antonia Paschoalina da Silva Neto) e formaram a familia da Silva Coelho. Eh preciso investigar mais.

Em Sao Geraldo tambem existem representantes da familia Coelho da Silva. Mas essa talvez esteja ligada `a familia do pe. Joaquim Gomes Coelho da Silva. Nao sei dizer se ha mais algum vinculo da familia Coelho com Sao Geraldo da Piedade.

Como figura no quadro do capitulo 59, temos agregado por casamento em um dos distritos logo depois de Sao Geraldo da Piedade que se chama Penha do Cassiano. Contudo nao sei dizer a qual municipio Penha pertence. Acredito que seja Governador Valadares.

Interessante o primeiro prefeito local ter sido o Intendente Raul Soares. Porem nao foi o ex-governador do Estado de Minas Gerais mas sim o filho dos tios-avos Vita/Quinquim Soares. A filha do Raul, Christina, passou-me essa informacao e nenhum dos descendentes do Raul fixou residencia em Sao Geraldo.

38. COROACI OU COROACY

Eu havia pensado fazer essas notas daqui para frente abordando somente as cidades desmembradas de Pecanha. Mas devido aa proximidade de outras que pertencem ao circuito do Vale do Rio Suacui Grande, vou misturar um pouco a ordem.

Ha tambem que fazer uma nota aqui. Os dados genealogicos que nos permitem conhecer origens de parte dos moradores estao mais restritos `a descendencia do Capitao Jose Coelho de Magalhaes Filho, tambem conhecido como Jose Coelho da Rocha, com a esposa dele, Luiza Maria do Espirito Santo.

O capitao Jose eh considerado o primeiro morador de Guanhaes. Mas sabemos que a descendencia dele, em sua maioria, multiplicou-se no sentido horizontal desde Guanhaes ate Governador Valadares. Falta-nos dados inclusive do filho deles, Jose Coelho da Rocha Neto que, presumo, tenha ido morar em Conceicao do Mato Dentro, onde ele nasceu, ou no sentido contrario `a descendencia dos outros irmaos.

Nao temos o necessario acompanhamento das descendencias de outros casais patriarcas que ajudaram a formar a Familia Coelho. Falta-nos inclusive grande parte da descendencia do irmao casado do capitao Jose, que eh o tio-tetravo, capitao Joao Coelho de Magalhaes e da esposa dele, Bibiana Lourenca de Araujo.

Quanto a esse detalhe, penso que nao seja nenhum segredo. A realidade eh que nao tive ainda acesso aos dados do livro ALGUMAS NOTAS GENEALOGICAS, escrito pelo prof. e primo de idade semelhante `a de nossos bisavos: Nelson Coelho de Senna, em 1939, editado em Sao Paulo. Segundo informacoes encontradas no A MATA DO PECANHA, parte da descendencia do capitao Joao transferiu-se para Diamantina e la se multiplicou.

Nossas anotacoes da descendencia destes se restringem `as da filha Maria Brasiliana Coelho, que eh a avo do prof. Nelson Coelho de Senna, o primeiro a preocupar-se em publicar algo a respeito de nossa genealogia. Inclui-se ai a tia dele, Agueda (Gueda) Coelho, esposa do major Innocente de Leao Freire cujos varios descendentes acabaram se casando com a descendencia do capitao Jose, tornando-se, assim, nossos parentes em, pelo menos, dose dupla.

Voltando `a Historia de Coroacy. Eh dito que sua povoacao comecou por volta de 1.872 com a instalacao das familias dos fazendeiros: Manoel Lage, Manoel Francisco e Francisco Ramalho. Ja em 1.879 o coronel Manoel Lage cedeu terras para a capela e o cemiterio e em 26 de julho daquele ano o vigario pe. Alexandre Generoso rezou a primeira missa aos pes de um cruzeiro.

Os primeiros chefes de familias que acorreram para la foram: Francisco Vieira Simoes, Demetrio Coelho de Oliveira, Rogerio de Avila, Joaquim Pereira Candido, Jose Gomes, Henrique Coelho, Joao Duarte, Cornelio Vaz e outros.

Pelos sobrenomes eh possivel observar-se certas repeticoes comuns a outras cidades ja mencionadas. Um nome particular ai eh do Demetrio Coelho de Oliveira. Infelizmente nao temos anotacoes dos pais ou outros ancestrais dele. Ao que parece, ja devia pertencer `a familia. O que a Historia de Coroacy nao fala eh que a esposa dele se chamava Marcolina Honoria Coelho e era filha de um dos fundadores de Virginopolis, o tenente Joao Baptista Coelho e esposa, Maria Honoria Nunes Coelho.

De nossas anotacoes podemos tirar tambem que mudaram-se para la o casal: Ambrosina (tia Sinhah) de Magalhaes Barbalho & Miguel Nunes Coelho. A partir de 1.895, cinco dos filhos nasceram em Coroaci. Sao eles: Gamaliel, Jose, Ottaniel, Misael e Maria de Lourdes. Os tios-bisavos Miguel e Sinhah sao tambem os pais do bispo, dom Manoel Nunes Coelho e mais oito outros. O Notel, com a esposa Maria Isabel Rodrigues, foram pais do monsenhor Omar Nunes Coelho que serviu em Ibia e depois ajudou o tio bispo na Diocese do Aterrado, atual cidade de Luz, MG. O bispo nasceu em Virginopolis e o monsenhor em Coroaci.

Parte da descendencia dos tios-bisavos Joao Baptista Coelho Neto & Lucinda Xavier Andrade tambem se mudou para la. Com certeza, o resultado dessas migracoes eh a atual populacao de Coroacy ter um alto conteudo genealogico Coelho. Infelizmente, perdemos contato com muitos e nao temos um bom banco de dados a respeito disso. Espero que os primos em Coroaci e espalhados pelo mundo leiam essas notas e atualizem os dados no geneaminas.com.br.

Coroacy foi tambem chamada de Santana do Onca, em 1.900, como distrito de Pecanha, passou a chamar-se Santana do Suacui. Em 1.923 adotou o nome de Coroacy. Em 1o. de janeiro de 1.949 emancipou-se com o nome de Coroaci.

Retirando das anotacoes do prof. Demerval Jose Pimenta, no livro A MATA DO PECANHA, gostaria de apresentar estes dados: “HENRIQUE MANOEL COELHO, Tenente da Guarda Nacional, casado com FELISBINA MARIA DE JESUS. Em 13 de setembro de 1863, como eleitor, assinou a ata da primeira eleicao verificada na Freguesia de Santo Antonio de Pecanha. Em eleicao realizada em 5 de novembro de 1883, serviu como integrante da mesa presidida por CORNELIO JOSE PIMENTA. Nesta eleicao, foram votados para deputados `a Assembleia Legislativa provincial, o Padre VENANCIO RIBEIRO DE AGUIAR CAFE, Diretor do Colegio Sao Miguel de Guanhaes, e SIMAO DA CUNHA PEREIRA, farmaceutico, residente em Pecanha. Em 1885, foi Juiz de Paz. Nasceu em 1813.” pagina 84.

Nao posso dizer, com certeza, que o Henrique Coelho que esta entre os primeiros moradores de Coroaci seja o mesmo. Cabe aos descendentes dele verificarem se o nome da esposa coincide. Caso isso ocorrer, entao, poderemos adiantar que o Henrique Manoel Coelho eh filho do capitao Idelfonso da Rocha Freitas e dona Maria Coelho da Silveira, que estao na relacao de primeiros moradores do Municipio de Sao Joao Evangelista. Todos os personagens citados no paragrafo anterior entram na Arvore Genealogica Geral.

39. CANTAGALO

Cantagalo eh tao nova como cidade que nem tempo ainda teve para ter historia. Foi criada em 1.995 e instalado em 1.997, demembrando-se de Pecanha.

Lembro-me do distrito de Cantagalo. Passei algumas vezes por la, indo de Virginopolis para jogar bola contra o Gremio ou o Malalis, em Pecanha. A viagem parecia interminavel nos anos 70, toda em terra, saindo de qualquer das duas cidades passava-se por Correntinho, Sao Joao Evangelista e Cantagalo ou vice-versa.

Tenho apenas a informacao de que la existe descendencia dos Nunes Coelho. Encontrei no forum do GeneAll.net um pedido de informacoes a respeito da familia Nunes. Foi emitido pelo Suede, filho de Jose Luiz, filho de Herminia Nunes Costa, filha de Joana Nunes Coelho. Nao pude estabelecer o vinculo entre nossa familia e a dona Joana. O nosso banco de dados da familia Nunes Coelho eh bastante incompleto. Talvez alguem saiba e nos mande a informacao.

Com os dados do livro A MATA DO PECANHA podemos, talvez, estar proximos a desvendar a ascendencia do Suede e de grande parte dos atuais moradores de Cantagalo. Na pagina 71, assim esta escrito: “Antonio Nunes Coelho, nascido em 1829, Era casado, fazendeiro e residia em Pecanha, onde foi qualificado como eleitor em 1881.”

Infelizmente nada mais eh revelado da descendencia do tio-tetravo Antonio Nunes Coelho. O prof. Pimenta nao revelou o nome da esposa dele. Porem ha a possibilidade de ele ser o trisavo do Suede e pai de sua bisavo, Joana Nunes Coelho. Pelo que esta escrito, ele residia em Pecanha, nao necessariamente dentro da cidade. Era fazendeiro e tal fazenda poderia estar proxima ou ate ter dado origem ao Distrito de Cantagalo. Mas isso eh apenas especulacao por enquanto.

Fato eh que esse Antonio Nunes Coelho (1829) era filho dos pentavos Eus(z)ebio Nunes Coelho e Ana Pinto de Jesus. So conhecemos o nome do avo paterno que era Manuel Nunes Coelho. A Historia deles esta bastante resumida no livro. Mas Guanhaes e Pecanha devem boa parte de suas emancipacoes `a dedicacao do capitao Francisco Nunes Coelho, irmao do Antonio.

Por outro lado, o professor Pimenta descreve a mudanca de alguns membros de sua familia que tiveram fazendas no Distrito de Cantagalo. Portanto, eh muito provavel que a atual Cidade de Cantagalo tenha ainda muitos descendentes da familia. Como os dados que estao agora tambem no geneaminas.com.br vao ate 1.960, nao sera dificil para essa descendencia identificar seus pais ou avos entre as geracoes daquela epoca. Se o fizerem, poderao constatar, em seguida, ancestrais que remontam aos tempos coloniais. Basta verificar se entre os seus ancestrais existe algum com a assinatura Pimenta e agregados.

Ha tambem o registro de que Americo Carvalho da Fonseca neto da tia-tetravo Senhorinha Rosa de Jesus, que foi esposa de Jose Carvalho da Fonseca e filha dos pentavos: Antonio Borges Monteiro Junior/Maria Magdalena de Santana, foi fazendeiro no Ribeirao do Sujo, nas proximidades de Cantagalo. Eh provavel que tenhamos ai muitos primos Carvalho com essa origem.

40. SANTA MARIA DO SUACUI

A regiao foi visitada pelo bandeirante Fernao Dias Paes Leme em 1.681 onde encontrou turmalinas ao inves das esmeraldas que procurava.

Apos a expulsao dos indigenas, o arraial foi iniciado em 1.865 com o nome de Santa Maria do Sao Felix em terras doados por Camilo dos Santos Lima e Cassiano Bruno de Souza. Tornou-se distrito em 1.870 ligado `a Freguesia de Sao Joao Batista (Itamarandiba). Posteriormente foi transferido para Pecanha. Foi desmembrado em 1.923, quando adotou definitivamente o nome de Santa Maria do Suacui.

As familias tradicionais sao: Lopes, Salomao, Petrucelli, Peixoto, Garcia, Temponi, Lacerda e outras. Os reconhecidos primeiros moradores foram: Camilo dos Santos Lima, Fortunato Chaves, Ana Alves de Oliveira, Francisca Maria da Costa, Manuel Filipe, Meofaldo Floriano e Inhambu. A fundacao do municipio de Santa Maria do Suacui se deu a 7 de setembro de 1.923.

Ainda nao encontrei vinculos diretos em Santa Maria do Suacui com a familia Coelho do Centro-Nordeste de Minas Gerais, embora, ela tenha uma das Historias mais completas `a disposicao na Internet. Atualmente existirao muitos casamentos entre descendentes das familias tradicionais de la e os da familia Coelho, porem, nossas notas ainda nao permitem registrar isso. Embora eu saiba que ha Temponi em Governador Valadares e ja facam parte da familia.

O morador mais proeminente de Santa Maria foi o pe. Lafayette da Costa Coelho. Foi beatificado e a comunidade e a Diocese de Guanhaes estao esforcando por ve-lo entre os eleitos para o altar da santidade. Padre Lafayette nasceu no Serro ainda nao ha nenhum vinculo visivel entre a assinatura Coelho dele e os diferentes Coelho em nossa familia. O meu acesso `a genealogia dele permitiu-me saber que ele era da familia Costa Coelho desde o avo, portanto, se houvesse um vinculo proximo, nos ultimos 200 anos, nos o saberiamos.

Nota. Conheco de Santa Maria do Suacui o colega Adriano que estudou comigo em Vicosa. Esqueci o sobrenome dele. O apelido era Zebrinha. Nao sei explicar porque.

Esta nesta cidade tambem o pe. Sebastiao Madureira da Silva. Natural de Virginopolis, era um dos companheiros em algumas peladas.

No livro A MATA DO PECANHA, o professor Dermeval Jose Pimenta nao entrou em particulares a respeito de Santa Maria. Contudo, registra alguns nascimentos da familia Pimenta que ocorreram la. Ele faz mencoes a mais nascimentos ocorridos no Distrito conhecido como Folha Larga. Acredito que esse nome foi substituido recentemente para Jose Raidan que emancipou e virou cidade.

Estejam, entao, atentos os portadores de assinaturas tais como Pimenta e Carvalho ou que seus ancestrais as tenham usado. Tudo indica que sejam oriundos de Sao Jose do Jacuri, Sao Pedro do Suacui ou Sao Joao Evangelista e, talvez, diretamente do Serro ou Diamantina. Todos podem pertencer ao mesmo ramo familiar.

41. GOUVEIA

Precisarei alterar um pouco as ordem e numeracao dos capitulos a partir de agora. Gouveia nao fazia parte da lista de cidades que pretendia abordar antes de tomar conhecimento do conteudo do livro A MATA DO PECANHA. Mas a importancia dela na origem de parte da familia torna imprescindivel estas notas.

Estou escrevendo a presente nota apos ter escrito o capitulo dedicado a Sao Jose do Jacuri, logo abaixo, portanto, nao tinha conhecimento da Historia de Gouveia antes de escrever aquele. Como ja antecipei, se fizermos uma analogia com um relogio, Diamantina poderia ser representada pelo meio-dia e Serro as 6 horas. Gouveia seria 10 horas.

Iniciou-se em 1.715 com a descoberta de ouro e diamantes. O nome da cidade eh homenagem `a dona Maria Gouveia, viuva portuguesa que possuia lavras e muitos escravos.

Em Gouveia, o portugues Capitao-mor, Bernardo da Fonseca Lobo constituiu familia. Ele foi o autor da descoberta dos diamantes no mundo ocidental porque a preciosidade somente era encontrada anteriormente na India. Foi sepultado na Igreja Matriz de Santo Antonio antiga. Quando foram construir a Matriz nova, no mesmo local, encontraram vestigios de uma cova com alguns utensilios indicando riqueza, como uma espada.

Em 1887, o 1o. Barao de Sao Roberto, o portugues de Castelo de Viana, Quintiliano Alves Ferreira (1821-1895) fundou a Fabrica de Fiacao e Tecidos de Sao Roberto, que ate hoje eh importante fonte economica para a cidade. O Barao de Sao Roberto deixou descendencia que ate hoje vive em Gouveia e parte dela mudou-se para Belo Horizonte.

Tem na Capela de Nossa Senhora das Dores um altar que pode ser um relicario de Chica da Silva.

Outro residente de importancia na cidade foi o bandeirante Francisco Jose Velho Cabral.

Gouveia tem na natureza e suas festas tradicionais os atrativos para o turismo que la tambem floresce atualmente.

42. SAO JOSE DO JACURI

Inciou-se com a chegada, proveniente da Bahia, da familia de Miguel Pereira do Nascimento. O distrito foi criado em 1.852 e, em 1.953, emancipado de Pecanha. Nao ha dados suficientes para estabelecer vinculos mas menciona-se a Cachoeira dos Alves e Ribeirao Fonseca o que pode indicar a presenca dessas familias por la.

Ao contrario de meus conhecimentos anteriores o professor Pimenta dedica cerca de 22 paginas de seu livro `a Historia e Genealogia de Sao Jose do Jacuri. Gracas `a coincidencia de ele ter tido a mae nascida nos arredores da cidade. Conta ele que Manoel de Carvalho e dona Maria Rosa tinham suas vidas desenvolvidas em Gouveia, nas proximidades do Serro e Diamantina. Atraidos pelas terras produtivas da Mata do Pecanha se transferiram para as terras banhadas pelos Ribeiroes Jacuri, Anta e Matinada.

A tomada de posse das terras devem ter ocorrido por volta do ano de 1830. Ele conta tambem que dois outros ex-moradores de Gouveia, Vicente Alves Ferreira e Joao Paulo Alves teriam ido ao incalco do casal, talvez por problemas com suas familias, para solicitar abrigo. Nao apenas receberam abrigo como tambem se tornaram genros dos anfitrioes. Assim iniciaram-se as familias Alves e Carvalho em Sao Jose do Jacuri.

Copiarei aqui um trecho da pagina 209 do livro que ira melhorar um pouco o entendimento da Historia: “Na ocasiao em que estivemos em Sao Jose do Jacuri procedendo a pesquisa sobre os descendentes da Familia CARVALHO, o Senhor VICENTE GOMES, um dos seus descendentes, informou-nos ser de tradicao desta Familia, que, quando MANOEL DE CARVALHO e sua mulher MARIA ROSA ou ROSA MARIA, se estabeleceram com fazenda, nas terras da margem esquerda do Rio Suacui Grande, foram procurados por dois rapazes: VICENTE ALVES FERREIRA e JOAO PAULO. Estes mocos, tendo abandonado o Arraial de Gouvea, em decorrencia de motivos familiares, dirigiram-se para aquela fazenda `a cata de trabalho. Possivelmente ja seriam conhecidos ou mesmo parentes daqueles fazendeiros, com cujas filhas se casaram. Com relacao a VICENTE ALVES FERREIRA, focalizaremos os seus descendentes. Quanto a JOAO PAULO ALVES, nao conseguimos obter dados sobre a sua familia.”

Na porcao genealogica do livro encontra-se que o nascimento do primeiro neto, Emidio Alves Ferreira, filho do Vicente Alves Ferreira e dona Francisca Maria de Souza, a primeira filha do casal Manoel Carvalho/Maria Rosa, se deu em 1834. Disso se conclui o desentendimento familiar referido nao se ter dado com o Barao de Sao Roberto, Quintiliano Alves Ferreira, que nasceu em 1821.

O prof. Demerval Pimenta nao pesquisou ou nao revelou em seu livro se havia ou nao algum parentesco entre os ancestrais de Vicente Alves Ferreira e o Barao. Pelo que parece, nao sabia da existencia dessa coincidencia de sobrenomes. Por minha experiencia, verifico que esse tipo de coincidencia de duas familias com o mesmo nome surgindo no mesmo lugar eh raro, porem, eh razoavel supor-se que ja haviam representantes da familia do Barao, em Gouveia, quando ele migrou de Portugal para la. O que resultaria na origem de todos, nao indicada no A MATA DO PECANHA, poder ser Castelo de Viana.

Ele nao conseguiu identificar a descendencia do Joao Paulo Alves. Identificou a de Vicente Alves Ferreira, um dos avos dele, contudo, encontrou muitas pessoas com a assinatura Alves e Carvalho que nao eram descendentes deste. Presumiu, entao, que sejam descendentes do Joao Paulo e ou de outros filhos do casal Manoel Carvalho/Maria Rosa.

O proprio professor Pimenta foi filho de Dona Josefina Carvalho de Souza. Esta era filha de Manoel Carvalho de Souza com a indigena Francelina Catarina de Souza. O Manoel Carvalho de Souza era o quarto filho do Manoel Carvalho e Maria Rosa. Este casal, atraves da neta Josefina, eh patriarca de alguns milhares de descendentes na atualidade, porem, a maior parte registrada em Sao Joao Evangelista. Ou melhor, entre as geracoes logo subsequentes aos netos, porem, eh provavel que tenham muito mais espalhado por todo o mundo.

Os dados genealogicos das familias descritas no livro A MATA DO PECANHA, ja foram postadas no site geneaminas.com.br.

43. SAO PEDRO DO SUACUI

Quando escrevi a primeira versao deste texto, comi mosca em nao lembrar-me de Sao Pedro do Suacui, ou nao ter conseguido localiza-la atraves do Google Earth. Pretendo redimir-me agora. Noto, porem, que pode haver algum engano na Historia oficial encontrada no site da prefeitura.

Dizem nele que ”havia apenas uma fazenda de cafe rodeada de matas, pertencente ao Sr. Belarmino Alves Salema, que em sua residencia prestava servicos aos tropeiros, oferecia condicoes de descanso e alguns servicos de tralha. Isso deu inicio ao desenvolvimento de um povoado que surge, em 1.875, incorporado ao municipio de Suacui, atual cidade de Pecanha.”

Foi elevado a Distrito em 1882 e Freguesia em 1887. Passou a ser chamado de Tourinho em 1.923 e retornou ao antigo nome em 1.925. O municipio se deu em 1962, desmembrando-se de Pecanha. O primeiro intendente do municipio foi o sr. Geraldo Pires Franca. Apos as eleicoes realizadas em 1963, formou-se a primeira administracao constituida por: Francisco Viriato da Rocha, prefeito; Pedro Caldeira Brant, vice-prefeito; e Vicente Amaral, Raimundo Ferreira Frois, Raimundo Pereira do Nascimento, Pedro Gomes Ribeiro, Jose Rangel de Almeida, Jose Amaral de Oliveira, Joao Soares de Matos, Antonio Vilarino Leal e Antonio Luiz Braga, vereadores.

No livro eh dito que formou-se, em Sabinopolis, o casal Jose Carvalho da Fonseca e Senhorinha Rosa de Jesus, nascida em 1.809, terceira filha do fazendeiro e tabeliao ANTONIO BORGES MONTEIRO JUNIOR, um dos fundadores da localidade (Sabinopolis). Este casal teria ido morar nas terras ferteis banhadas pelo Ribeirao das Araras, afluente da margem direita do Rio Suacui Grande, nas proximidades da atual cidade de Sao Pedro do Suacui. Os filhos comecaram a nascer na decada de 1820. Embora nao tenham nascido em Sao Pedro, em 1.875 o casal ja teria que estar radicado la, pois, ja estava idoso. Portanto, talvez a sede da cidade tenha surgido a partir de uma unica fazenda, porem, o municipio nao.

A parte genealogica que toca a Sao Jose do Jacuri seria menos importante se fossemos ater apenas `aqueles que nos sao consanguineos. Embora nao tenhamos dados que nos liguem todos a Sao Jose do Jacuri eh preciso continuar a Historia recitada pelo autor de A MATA DO PECANHA. Eh que ele nao deu certeza absoluta mas pensava que o Jose Carvalho da Fonseca fosse irmao do Manoel Carvalho.

Dos filhos do Jose Carvalho da Fonseca e Senhorinha Rosa de Jesus, o Jose Carvalho da Fonseca (Juca) residiu com a esposa Hipolita de Oliveira na Fazenda da Gameleira; o Antonio Monteiro de Carvalho, morou no municipio com duas esposas, porem, so eh revelado o nome de dona Adelaide de Carvalho; e o Manoel Carvalho da Fonseca (Manuelzinho) tambem residiu em Sao Pedro, casado com a sobrinha, Maria Salome da Fonseca (Dona Inha).

Os outros residiram em Paulistas, Maximiano Mondeiro de Carvalho; Sao Joao Evangelista, Zeferino Monteiro de Carvalho; Rio Vermelho, Celestino Monteiro de Carvalho; Paulistas, Joaquim Monteiro de Carvalho; Guanhaes, Maria Augusta Cesarina de Carvalho; Sao Joao Evangelista, Senhorinha Candida de Carvalho Alves; e Sao Joao Evangelista, Salvina de Carvalho.

Ha que se lembrar aqui que a Maria Augusta foi a esposa do tio-tetravo, Capitao Francisco Nunes Coelho, aquele que ativamente articulou a emancipacao de Guanhaes e Pecanha.

Mas o importante eh recordarmos que se todas as conjecturas levantadas aqui forem fatos, entao, Gouveia, Sao Jose do Jacuri, Sao Pedro do Suacui e Sao Joao Evangelista, alem de parte de Guanhaes, Rio Vermelho e Paulistas tiveram suas populacoes irmanadas pelas assinaturas Alves, Carvalho e Ferreira. Claro, estes foram alguns dos sobrenomes iniciais mas atualmente a Historia pode ser diferente.

44. VIRGOLANDIA, ANTIGO RAMALHETE

Data de 1.872 a entrada das primeiras familias. Andrade, Climerio, Aguiar, Leite, Malta e Maya. Recebeu como primeiro nome, Sao Goncalo do Ramalhete. Dona Maria Malta foi quem doou as terras para o aldeamento. Cita-se como politicos proeminente os senhores Florencio Malta e Joaquim Electo.

Existe no livro A MATA DO PECANHA algumas mencoes a nascimentos da familia Pimenta registrados no antigo Ramalhete. Porem, nao guardei na memoria de quem se trata. Ha que se fazer referencia aqui `a importancia da familia Electo tambem na Cidade de Pecanha. O sobrenome consta em casamentos de uma e outra familia.

45. COLUNA

Os primeiros moradores foram Manoel Goncalves Prudente e sua esposa Delfina Maria da Conceicao. Seo Manoel era tratado tambem como Manoel Pena. Eles doaram as terras para o aldeiamento em 1.885.

Em 1.889 registra-se a chegada de novos moradores como: Francisco Gomes Lisboa, Joaquim Marques da Fonseca, Herculano da Silva Torres, Teofilo Pereira de Oliveira, Joaquim Gomes de Oliveira.

Em. 1.923 o nome do distrito foi reduzido para Coluna e transferido de Pecanha para Sao Joao Evangelista. Data de 1.953 a criacao do Municipio de Coluna.

Apesar de ter pertencido tanto ao Municipio de Pecanha quanto ao de Sao Joao Evangelista, nao me recordo de mencao a ele no livro do prof. Demerval. Contudo Existem ramos das familias cujos patriarcas sao Jose Coelho de Magalhaes, Antonio Borges Monteiro e Miguel Pereira do Amaral que nao foram abordados por ele ou pela prima Ivania Batista Coelho. Mas foram tratados por outros como o prof. Nelson Coelho de Senna e o dr. Luiz Eugenio Pimenta Mourao. Se conseguir localizar os dados contidos nestas duas outras obras teremos fatos genealogicos mais precisos das familias que povoaram os entornos dos Municipios do Serro e Diamantina.

46. TEOFILO OTONI E A HIDROGRAFIA DO ANTIGO SERRO FRIO

Aqui fechamos, por enquanto, o destino que tomou o antigo territorio ligado a atual cidade de Pecanha que teve varios outros nomes, como: Santo Antonio do Bom Sucesso do Descoberto de Pecanha, Santo Antonio do Pecanha, Rio Doce ou Vila do Rio Doce, Suassui e finalmente Pecanha.

Mas eh preciso que observemos os mapas fisico e politico da regiao para compreendermos partes muito importantes da Historia da regiao antigamente dominada pelo Serro. A formacao montanhosa, com alguns planaltos intercalados, tornou-se historica logo no inicio da colonizacao do Estado de Minas por causa de suas ricas jazidas de ouro em aluviao.

Apos a primeira fase, em que o ouro foi a motivacao para a colonizacao, sobrou a estagnacao. Entao, nao restou aos nossos antepassados outra alternativa que migrar dos pontos de mineracao para buscar novas jazidas ou partir para a doma da floresta com o fim de promover a exploracao agropecuaria. Um dos pontos de encontro de novas jazidas foi o local onde hoje se situa a cidade de Minas Novas.

No Inicio do seculo XVIII, o local ainda desabitado por europeus, pertencia aa Provincia da Bahia. Pela distancia entre Salvador e pela proximidade do Serro, visando ter um melhor controle da producao de diamantes e ouro, a coroa portuguesa transferiu um imenso territorio para Minas Gerais, entregando a administracao ao Serro.

Agora, eh preciso visualizar o mapa hidrografico de Minas Gerais. A Serra do Espinhaco pode ser chamada de a Mae das Aguas. Dela brotam varios rios importantes. Particularmente, ligados ao Serro e regiao estao o Santo Antonio e o Suacui Grande, ambos afluentes do Doce e desaguam nele um pouco acima e um pouco abaixo, respectivamente, de Governador Valadares. Outros dois de imensa importancia sao o Mucuri e o Jequitinhonha.

Estes cursos d’agua nos fazem entender melhor a mente dos norte-nordeste-mineiros entre 250 a 70 anos atras. A principio, eles estavam forcados pelas imposicoes da coroa portuguesa a se servirem apenas da Estrada Real para se comunicarem com o mundo exterior. Para a parte mais ao sul do estado isso poderia parecer logico porque estavam mais proximos do Rio e Sao Paulo.

Para os do Centro-Nordeste, sempre fora o sonho encontrar outras vias de comunicacao com o mar. Ja se sabia que a distancia entre o Serro e Vitoria, via rios, era muito mais curta que ate o Rio de Janeiro. O que impediu uma tomada de decisao no sentido de abrir-se logo esse caminho foram as muitas doencas tropicais que infestavam o Vale do Rio Doce, sobretudo em torno do leito mais proximo a esse, devido ao clima quente, propicio `a multiplicacao dos mosquitos vetores das doencas.

Outros impedimentos foram nao ter-se descoberto nenhuma jazida mineral preciosa e tambem o numero de habitantes que ainda era excasso em relacao ao imenso territorio. Porem, a pressao para buscar terras novas aumentou muito a partir do inicio dos anos 1.800, onde as manifestacoes do ouro quase nao existiam mais e a populacao comecou a multiplicar-se.

Note-se que sem atrair grandes contingentes externos, o que foi proporcionado pela existencia de ouro no inicio, a unica forma de fazer a populacao crescer era a reproducao. Assim, os saltos de aumento da populacao tinham que surgir a partir da sucessao de geracoes. O que eh mais demorado que nas ocasioes de movimentacao migratoria.

Nos anos de 1.820-30, Teofilo Otonni foi o visionario da ideia de transformar os rios locais em vias que levassem `a saida para o mar. Ele fundou a Companhia Filadelfia com a intencao de transformar o Rio Mucuri, em uma estrada fluvial. O nome Filadelfia tinha vinculos com os ideais politicos do Teofilo em nossa Historia. Filadelfia foi onde algumas ideias da constituicao americana foram fermentadas.

Ele liderou a Revolucao Constitucionalista, em 1.842, por causa do despotismo dos conservadores no poder. Esta foi a revolta a favor da antecipacao e manutencao da maioridade de Pedro II, aos 14 anos de idade.

A partir do Serro, e atraves de Minas Novas, ele implantou o nucleo que acabou resultando no surgimento do distrito de Filadelfia, atual Cidade deTeofilo Otoni. O Projeto Filadelfia tambem foi responsavel pelo surgimento de outros distritos que evoluiram para cidades. Uma dessas eh Nanuque e, possivelmente, Itambacuri.

Naquele tempo em que nao havia ainda uma total consciencia de brasilidade ou uma unidade nacional, as cabecas dos mineiros estava muito atenta `a necessidade de Minas Gerais possuir uma saida para o mar. Independente do Rio de Janeiro, Sao Paulo e mesmo de Vitoria. Era um grande temor pensar que o Brasil fosse ter o mesmo destino que o territorio espanhol, que dividiu-se em varios paises. Nesse caso, se Minas Gerais nao encontrasse uma saida para o mar ficaria refem dos outros.

Ao longo de nossa Historia surgiiram ideias como a compra ou troca de territorio com a Bahia. Nao esta nos livros de Historia mas parece-me que, nao tanto tempo atras assim, um coronel desses peitudos que gracavam em Minas Gerais juntou a jaguncama dele e invadiu o palacio de governo do Espirito Santo. De la enviou um telegrama avisando ao governador que o problema ja estava resolvido, que o Espirito Santo era nosso. Foi preciso que o governador usasse de toda a diplomacia para evitar consequencias maiores.

Em meu tempo de crianca os mapas de Minas Gerais vinham com uma subdivisao. A area ao norte do leito do Rio Doce era marcada com um Zona Litigiosa. Era reinvindicada pelo Espirito Santo mas isso foi resolvido gracas `a preferencia que Minas deu por transformar Vitoria em seu porto maritimo. O Espirito Santo cedeu quanto a suas reinvindicacoes enquanto Minas Gerais injetou desenvolvimento economico por causa do imenso fluxo das exportacoes minerais, particularmente a de ferro.

Ha que se fazer tambem mais uma mencao honrosa aos muitos rios que partem da nossa regiao. Um dos maiores problemas que se espera enfrentar da segunda metade do seculo XXI em diante sera a escassez de agua doce no planeta. Eh o tempo, entao, de planejar-se o melhor aproveitamento desses rios e enxergar neles o potencial economico que terao.

Em regioes mais ricas do planeta eles ja teriam dezenas de represas produzindo energia eletrica. Suas aguas estariam irrigando todo o Nordeste Mineiro, Sul Bahiano e Norte do Espirito Santo. As aguas seriam multiplicadas com o multiuso. Ou seja, pode-se usa-las nas cabeceiras para o criatorio de peixes. As represas produziriam energia mas tambem regulariam o fluxo recolhendo aguas nos anos chuvosos e deixando-as correr mais, nos anos de falta.

A irrigacao poderia ser feita por gotejamento, explorando-a da melhor maneira possivel em culturas que exijam menos aguas. Enfim, planejando-se com antecedencia e consciencia esta se tornaria a regiao prometida.

A regiao deve equivaler ao tamanho de 2 ou aos 3 estados da Regiao Sul do Brasil. Eh uma regiao de contrastes, envolvendo extremas pobrezas e riquezas ao mesmo tempo. Tudo pode produzir e esta numa area ainda pouco ocupada. Em torno dela estao as regioes metropolitanas de Salvador, Vitoria, Rio de Janeiro e nao muito distantes, Belo Horizonte, Brasilia e Sao Paulo. Somadas, sao pelo menos 40 milhoes de consumidores apenas nessas regioes metropolitanas.

Outra particularidade, a regiao esta em contato direto com o mar e sua ligacao com ele pode ser feita pelo proprios rios. Do outro lado do Oceano Atlantico esta um dos mercados de consumo em expansao que eh a Africa. Enfim, essa eh a ”terra prometida”, da qual a nenhum profeta foi permitido revelar.

ITAMARANDIBA

Em meu texto original nao consta um titulo a respeito da Cidade. Por enquanto farei esse comentario provisorio. Ela vem de tempos mais antigos e talvez date dos anos 1.500 ou 1.600. Tinha o nome de Sao Joao Batista antes de tornar-se Itamarandiba.

Por informacoes, sabe-se que o sobrenome Coelho esteve presente la naquela epoca. Nao saberia dizer se se trata do mesmo Coelho de alguns dos ramos que somos descendentes.

Podemos lembrar que o Manuel Rodrigues Coelho, tesoureiro da Camara Municipal de Vila Rica em 1719, dono de lavras de ouro no Inficcionado, atual Distrito de Santa Rita Durao em Mariana – MG, e que recebeu Cartas de Sesmarias do General Gomes Freire de Andrade em 1744, eh tido como, “O fundador dessas familias norte-mineiras”.

Esse Manuel Rodrigues Coelho foi apontado como antecedente do nosso ancestral portugues, Jose Coelho de Magalhaes. O que me parece um engano ja que ambos eram portugueses sendo o primeiro, muito provavel, nascido no final dos anos 1.600 e, por volta de 1.750, o segundo. Eh conhecido que a descendencia do Manuel migrou para Santa Barbara, Itabira e Conceicao do Mato Dentro. Entao, nao seria dificil imaginar que, por volta dos anos 1.750, algum neto dele ja estivesse espalhando o sobrenome em Sao Joao Batista.

Mas a origem desse Coelho tambem pode ser outra. O Norte de Minas fazia parte da Provincia da Bahia ate por volta do surgimento de Minas Novas, por volta de 1.750. Como cada Provincia era considerada praticamente um pais independente, a coroa portuguesa percebeu o risco em ter uma mina tao proxima da fronteira entre as duas Provincias e tao distante da capital Salvador.

O risco era o contrabando do ouro e diamantes. Assim, ela transferiu parte do territorio da Provincia da Bahia para a de Minas Gerais. Sao Joao Batista, a futura Itamarandiba, veio junto nesse pacote. Porem, ai ja poderia morar algum Coelho de ascendencia da tradicional familia Coelho bahiana e nao mineira.

No livro A MATA DO PECANHA, o prof. Dermeval registra varios nascimentos da familia Pimenta em Itamarandiba. Tratando-se de pessoas que nasceram no maximo no inicio da decada de 1960, entao, podemos esperar um bom numero de representantes atualmente. Aqui nao estou contando as descendencias das familias, Borges Monteiro, Pereira do Amaral, Barbosa Moreira, Souza Azevedo, Coelho de Almeida e mesmo do Tronco Pimenta-Vaz Barbalho, das quais descendemos e que muito ajudaram no povoamente do Nordeste Mineiro em geral.

Precisava ter acesso aos conteudos dos livros: ALGUMAS NOTAS GENEALOGICAS, do professor NELSON COELHO DE SENNA, e: GENEALOGIA E BIOGRAFIAS DE SERRANOS E DIAMANTINENSES, do nosso primo Dr. Luiz Eugenio Pimenta Mourao, pois, os estudos deles dao grande contribuicao ao esclarecimento da formacao genealogica da populacao regional.

MINAS NOVAS

Minas Novas eh uma cidade que surgiu por volta dos anos 1750. O nome ja indica a origem. Com o esgotamento das minas dos antigos centros mineradores la foi o lugar onde alguem tirou a sorte grande. Nao pesquisei a Historia dela direito. Sei que tornou-se o motivo de Minas Gerais “herdar” uma parte do antigo territorio bahiano.

No Serro ja existia a Intendencia do Ouro e que era a mao da coroa nos quintos da producao. Assim, foi uma decisao economica extender o poder da Intendencia para melhor controlar os lucros. Os registros de nascimentos em Minas Novas da familia sao muitos excassos. Mas o que se pode esperar eh que serao maiores quando encontrarmos dados que nos vincule aos primeiros moradores das Cidades do Serro e Diamantina porque seus descendentes nao devem ter perdido essa corrida do ouro nas novas minas.

ITAMBACURI

Tambem surgiu com o movimento deflagrado por Teofilo Otoni e seu Projeto Filadelfia. Temos um vinculo com Itambacuri muito forte, porem, trata-se dos ramos Batista Coelho e Magalhaes Barbalho. Os dois ramos, a principio, nao descendem dos Borges Monteiro ou Pereira do Amaral. Os contatos com essas familias se dao posteriormente.

Em Virginopolis nasceu o tio-bisavo Pedro de Magalhaes Barbalho e a tia-bisavo Antonia Honoria Coelho. Eles casando, em 1876, ja formam uma das muitas aliancas entre os dois ramos Coelho. Deles nasceu, em 9.5.1.903, o Milton de Magalhaes Barbalho que se casa com dona Zulmira Monteiro Magalhaes. Dona Zulmira era natural de Itambacuri e la a familia se multiplica. Talvez o Monteiro dela provenha da Familia Borges Monteiro.

Uma das filhas do casal, a Elzira Magalhaes Scofield, torna-se esposa do natural de Teofilo Otoni, Valmir de Oliveira Scofield. Deixam, nada mais nada menos, que 16 filhos. A mais nova, Silma Scofield, nasceu em 1.965. O restante da Historia precisa ainda ser desvendada porque nao tenho os dados dai para a frente.

Eh provavel que muita gente mudou-se de la para todos os cantos do planeta, particularmente para Governador Valadares e o exterior. Mas, com essa capacidade reprodutiva, nao precisa mesmo que todos ficassem para supor-se que um bom numero de descendentes ainda esteja residindo la.

TEOFILO OTONI

De Teofilo Otoni propriamente, temos a informacao apenas de nascidos la que se casaram na familia, porem, nao temos registros de nascimentos de pessoas da familia na cidade. Nao que nao existam. O fato eh que nosso banco de dados eh limitado. Alem do Valmir de Oliveira Scofield podemos citar o Dr. Francisco Antonio Lins Leal. O segundo tambem nasceu em Teofilo Otoni e foi encontrar a tia Otacilia de Magalhaes Barbalho em Virginopolis. Vivem em Governador Valadares.

Recordo-me de ter visto que um dos antigos da familia residiu em Teofilo Otoni. Contudo, o prof. Demerval nao especificou se houvera se casado ou nao e se deixou descendencia.

PESCADOR.

O antigo Sao Pedro Pescador fica entre Itambacuri e Teofilo Otoni. Nao temos registros de nascimentos la. Talvez por deficiencia do nosso banco de dados. Sei que o Abel Coelho, marido de sua prima Maria do Socorro Coelho, tinha fazenda na distrito com o nome de Cibrao. Era vizinho dos irmaos Nunes Coelho, filhos do tio Horacio Nunes Coelho/Maria Marcolina Coelho (Nelson, Jose Maria, Jorge e Pedro).

Os donos das propriedades sempre residiram em Governador Valadares. Mas o Buru [Luiz Gustavo], filho dos tios Jorge Nunes Coelho/Camila Coelho foi pescar a sua cara-metade Ivanilda Maria Costa Coelho la. Tia Camila eh a mais recente octogenaria na familia. Irma de minha mae e querida por todos.

47. RIO VERMELHO

Comecarei agora uma sequencia nova. Citarei alguns municipios do circuito do Rio Suacui Grande que nao se desmembraram de Pecanha.

Talvez Rio Vermelho tenha algum haver com alguem da familia. Eh dito que o primeiro morador era conhecido apenas por Magalhaes. Mas o arraial teria sido fundado em 1.776 por Antonio Goncalves Torreao. Ela fica no cruzamento das estradas de Diamantina para Minas Novas e “Filadelfia”. Conta com o distrito de Mae dos Homens e foi desmembrada do Serro.

O livro do prof. Pimenta ja tras os registros de alguns nascimentos da familia em Rio Vermelho. Como o livro foi publicado em 1966, esses registro ja podem ter sido multiplicados por varias vezes. Os que assinarem Pimenta, Carvalho ou Monteiro ou tiverem ancestrais com outros nomes mais frequentes na familia podem esperar serem parte dela.

Ha, no livro, inclusive uma parte historica da cidade, onde se le: “CELESTINO MONTEIRO DE CARVALHO, residia na Freguesia de Rio Vermelho, onde era eleitor em 1865 e Juiz de Paz em 1875. Por informacoes que obtivemos de sua sobrinha, MARIA AMELIA DE CARVALHO FONSECA, residente em Pecanha, era ele casado com MARIA FERNANDES DA SILVA, de cujo casamento, entre outros filhos, nasceram: CARLOTA CARVALHO e MARIA AUGUSTA CARVALHO. Entre seus descendentes, podemos citar a sua neta MARIA RIBEIRO MIRANDA, mae de OLIVEIRO BATISTA, funcionario do Banco do Brasil, na Cidade de Paracatu.” A Mata do Pecanha, pagina 207, I edicao, 1966.

48. NACIP RAYDAN

Cita-se como primeiros moradores do antigo Bananal de Virgolandia a Bernardo Guimaraes e a familia Alvarenga. Tem origem no ciclo da formacao das fazendas. Pertencia a Virgolandia ate 1.962 quando se emancipou. Tanto Alvarenga quando Guimaraes sao sobrenomes comuns na descendencia Coelho.

49. FREI INOCENCIO

Situa-se proxima `a foz do Suacui Grande que desagua no Rio Doce, logo apos este passar por Governador Valadares. Tem origem no projeto Filadelfia do colonizador Teofilo Otonni. O primeiro nome do povoado foi Fazenda do Suacui. Em 1.953 foi elevado a distrito, pertencendo a Itambacuri. Em 1.962 emancipa e o nome eh homenagem ao capuchinho, frei Inocencio de Comido.

50. MATHIAS LOBATO, ANTIGA VILA MATHIAS

Dificilmente se poderia dizer que Mathias Lobato tivesse historia diferente de Frei Inocencio ja que as duas cidades sao uma a continuidade da outra. Refiro-me literalmente `as ruas. Porem as Historias das duas diferem pelo fato de a antiga Vila Mathias advir do desmembramento do territorio de Governador Valadares. Virou distrito em 1.953 e em 1.962 tornou-se municipio.

Conta-se que a mudanca do nome para Mathias Lobato se deu porque os moradores pensavam que ter a palavra Vila no nome fosse apequenar a importancia. Estranha essa concepcao. Mudar o nome nao ira alterar o fato de a cidade ser uma das menores do Estado.

Nao estou aqui querendo menosprezar ninguem. Estou apenas achando graca. O Brasil ainda esta caminhando para um dia chegar ao que temos hoje nos Estados Unidos. Aqui sempre foi a regra o respeito de cada um ter o direito de possuir o seu proprio meio de transporte. Com isso algumas coisas se invertem em relacao ao Brasil.

Nos Estados Unidos, geralmente, onde se reside nao ha pontos comerciais. Os maiores pontos comerciais se instalam ao longo das antigas estradas, numa area mais rural, onde houver espaco para um estacionamento maior que o estabelecimento comercial e que, aqui, sao chamados de Shopings. Esse lugar fechado que no Brasil deram o mesmo nome, aqui, sao denominados Mall.

As pessoas mais ricas geralmente, como se diz no Brasil, “nao moram, se escondem”. Elas procuram os locais nao tao distantes, porem, longe o suficiente para nao sofrerem os efeitos da poluicao sonora e do ar das cidades maiores. Com carro, facilmente se faz 100 km em 1 hora. As pequenas cidades se esmeram em oferecer as melhores condicoes para os candidatos a residentes. O lugar onde a Gisele Bundchen e o Tom Braddy escolheram para morar aqui na regiao, nao deve ser maior que Vila Mathias.

Alias, se as condicoes fossem semelhantes, possivelmente a cidade de Mathias Lobato seria um dos refugios para os abonados de Governador Valadares. Aqui eh comum darem nomes tais como Cottage Village, Natick Village ou qualquer outra Village da vida. Alias, o Brasil esta infestado de condominios fechados, onde os ricos moram, com nomes copiados daqui e sobrenome Village.

Nao encontrei dados que me permitam afirmar que temos ligacoes familiares em Mathias Lobato. Apenas posso citar uma breve lembranca de ter ouvido falar em Vila Mathias, quando ainda jovem, que me parece ter sido local onde alguns Nunes Coelho de nossa familia residiam.

51. DIAMANTINA

Fugindo um pouco `a ordem, voltarei aos dominios do Serro. Diamantina nasceu com o nome de Arraial do Tijuco e nao se mostrou abundante em ouro como a mae, Serro. Somente em 1.729 os diamantes foram descobertos por Bernardo da Fonseca Lobo. Por causa do valor das pedras preciosas a populacao foi submetida por longo tempo ao codigo que controlava os atos dela sob varios aspectos. Ele foi decretado pela Real Coroa e escrito no celebre Livro da Capa Verde. Somente apos 1.821 o poderio dessas leis foi abrandado.

A criacao do distrito se deu em 1.819, passou a Vila em 1.831 quando adotou o nome de Diamantina. Em 6 de marco de 1.838 ja era cidade, emancipando do Serro. Diamantina tornou-se um importante centro cultural.

Eh mais em razao da cultura que temos ligacoes com Diamantina, embora tenhamos de la uma trisavo “torta”. Ela foi a segunda esposa, de papel passado, do trisavo Antonio Rodrigues Coelho. Contudo eles nao tiveram descendencia. Ela se chamava Virginia de Campos Nelson, nasceu em Diamantina e faleceu no Rio de Janeiro.

Foi de Diamantina que saiu o professor Francisco Dias de Andrade que levou para Virginopolis o, entao, revolucionario metodo de ensino. Foi sob a orientacao dele que o Grupo Escolar Nossa Senhora do Patrocinio foi Construido em 1.910.

Antes disso a professora local era a Dindinha Ercila Coelho de Andrade, a bisavo junto com o bisavo Marcal de Magalhaes Barbalho. Nao sabemos se havia parentesco entre os dois Andrade. Sabemos que ela estudou em Diamantina e la pode ter conhecido o futuro professor de geracoes de virginopolitanos.

Nao se sabe o local onde a Dindinha Ercila nasceu. Relata-se na familia que morava com os pais em uma fazenda entre Itabira e Guanhaes. O bisavo Marcal contratou o casamento e enviou-a para Diamantina, para casarem-se apos concluida a educacao dela.

Outra suspeita de ligacao com Diamantina esta no cidadao mais conhecido daquel cidade. Juscelino Kubitschek de Oliveira, o presidente que implantou Brasilia no coracao do pais, era neto de dona Maria Joaquina Coelho, a mae de dona Julia Kubistschek. Eh possivel que o Oliveira deles esteja ligado ao de Joao Fernandes de Oliveira que em 1.738 foi nomeado contratador do Tijuco.

Contratador foi a figura criada para controlar as concessoes de mineracao de diamantes e era quem fazia obedecer o codigo real e recebia os impostos. Infelizmente, nao tenho acesso a dados das raizes de dona Maria Joaquina.

Apenas se sabe que dona Julia Kubistschek sobrevivia hospedando estudantes em sua residencia. Uma de suas inquilinas foi a tia-avo Edith Coelho do Amaral. Ela conheceu o Juscelino ainda crianca (ele) e nunca aprendeu a trata-lo por outro nome senao pelo apelido de infancia que era Nono.

Atualmente existem muitas outras ligacoes genealogicas com Diamantina. Embora nos faltem dados para provar que sejam realmente muitas. Alem do que conhecemos, temos a mencao disso no livro, A Mata do Pecanha, do professor Demerval Jose Pimenta. Ele se referiu aos Borges Monteiro mas parte eh Coelho tambem.

Tudo muda agora que conheco o conteudo do livro do professor Pimenta. Existem dezenas de membros da familia registrados como nascidos em Diamantina. Inclua-se entre os nascidos la os 5 filhos dos tios-tetravos Maria Balbina de Santana e Boaventura Jose Pimenta. Foram eles: Modesto Jose Pimenta, casado com a tia-tetravo, Ermelinda Querubina Pereira do Amaral [o livro do prof. Dermeval versa basicamente a respeito da descendencia desse casal]; Francisco de Assis Pimenta, casado com Francisca Augusta Pires, e dele eh dito:

“Eh o segundo filho de Boaventura Jose Pimenta e Dona Maria Balbina de Santana, filha de Antonio Borges Monteiro Junior e Dona Maria Madalena de Santana. Nasceu em Diamantina, batizado em 8-12-1825, e ali casado com Dona Francisca Augusta Pires. Foi negociante de fazendas, ourives, dentista, Capitao da Guarda Nacional do Estado Maior do Quarto Esquadrao de Cavalaria e Chefe do Recrutamento de Voluntarios para a Guerra do Paraguai. Falecido em Belo Horizonte, em 10 de julho de 1908.”

Isso eh dito do terceiro filho: “Antonio de Padua Pimenta. Eh o terceiro filho do senhor Boaventura Pimenta. Nasceu em Diamantina, em 12 de junho de 1827, onde residiu e se casou com Dona Maria (Mariquita). Foi Sargento do Quartel-Mestre da Guarda Nacional e 1o. Batalhao, no. 19, do Estado Maior e Menor de Diamantina.”

A quarta eh a Senhorinha Augusta Pimenta. “Nasceu em Diamantina e faleceu em Sao Jose do Jacuri, em 2 de outubro de 1908. Nao se casou.”

A quinta filha parece ter sido identificada posteriormente `a elaboracao do texto do livro pelo professor Demerval Pimenta. Registrada na pagina 242, assim esta escrito a respeito dela: “BN-4-A – MARIA JOSEFINA, filha de MARIA BALBINA SANTANA, nascida em Diamantina, casada com o farmaceutico JOSEFINO RODRIGUES DA COSTA, em Diamantina. Transferiram-se para Sao Jose do Jacuri, onde foi professora. Ali criaram a familia e faleceream.”

Do lado Coelho esta bem especificado que alguns filhos dos tios-tetravos: Joao Coelho de Magalhaes/Bebiana Lourenca de Araujo foram para e se casaram em Diamantina. Nao consegui ainda o livro: “Algumas Notas Genealogicas” do prof. Nelson Coelho de Senna mas ele deve conter mais “algumas notas genealogicas” do nosso parentesco com a populacao de Diamantina.

A minha certeza disso esta no fato de o prof. Nelson ter sido bisneto do casal Joao/Bebiana, portanto, ele devera ter colhido bons dados genealogicos da propria familia. Alias, para quem desejar acompanhar um pouquinho da genealogia dele, de como a descendencia dele se tornou ascendente de membros da familia real brasileira, basta ir ao site Geneall.net – Portugal. Mandando buscar o nome do Jose Coelho de Magalhaes, 1782, poderao seguir os nomes descendentes: Joao, Emilia, Maria, Nelson, Mucio, Silvia Emilia. Dai poderao ver com quem os filhos da ultima se casaram. Eu espero encontrar tambem nesse livro, publicado em 1939, algo mais a respeito do sobrenome Senna.

Mas tambem quero buscar o livro: “Genealogia e Biografias de Serranos e Diamantinenses.” O autor nao eh outro senao o Dr. Luiz Eugenio Pimenta Mourao, filho do casal: Josefina Ermelina Pimenta e Joao Raimundo Mourao Junior. Ela era professora publica e filha do casal Francisco de Assis Pimenta e Francisca Augusta Pires citado acima. Eh razoavel esperar que ele tenha abordado de forma mais ampla a descendencia dos Borges Monteiro e outros.

Como o livro do dr. Luiz Eugenio eh de 1952, o professor Demerval nao repete todos os dados por ele recolhidos. Apenas apresenta, nas 3 ultimas paginas do A MATA DO PECANHA, um resuminho. Mas, por esse resumo ja da para imaginar que a nossa consanguinidade com as populacoes daquele lado do Estado de Minas nao eh pequena e, provavelmente, cumulativa por diversos caminhos.

52. GOVERNADOR VALADARES, ANTIGA FIGUEIRA

No dizer dos mineiros, eu estava ”rodeando toco” para entrar no assunto Governador Valadares. Existe uma certa tendencia `a mitologia quando se trata do aspecto origem do municipio. Eh uma tendencia ao romantismo. Portanto, vou ater-me ao minimo possivel.

O local foi destinado desde milhoes de anos a tornar-se ponto de uma povoacao qualquer. Eh onde o Rio Doce faz uma curva de 90 graus ganhando a direcao do Estado do Espirito Santo. Ao contrario da maior parte da regiao, possui baixadas amplas, com pouca declividade. O Rio Doce torna-se mais navegavel a partir dai. Ele que nasce na Zona da Mata com o nome de Piranga tem a direcao, no sentido sul-norte, espremida entre a Serra do Espinhaco e a Serra Geral. Em Valadares descobriu um ponto fraco na Serra Geral e cavou seu leito em busca do mar, desembocando na regiao de Linhares, um pouco ao norte de Vitoria.

Em 1.808 uma das primeiras ordens do entao chegado principe regente, D. Joao VI, foi o de criar seis Divisoes Militares no Rio Doce. Por ser ponto estrategico, por ter o Pico do Ibituruna como referencia para as futuras incursoes expedicionarias, tornou-se um desses quarteis. Porem, ja naquele tempo, o que o governo decidia era uma coisa, sua execucao era outra.

O Quartel D. Manoel so foi estabelecido em 1.823. Sem ouro ou outros materiais preciosos que atraissem levas de moradores e com o calor abafado que favorecia a presenca endemica de febres tropicais, o aldeamento permanece por um seculo estagnado.

Mesmo que em 1.884 tenha sido criado o distrito de Santo Antonio da Figueira, a distancia entre os tradicionais nucleos mineradores e ele se mostravam importante obstaculo para seu crescimento. Foi preciso que as familias da regiao de Pecanha, Guanhaes e outros lugares se multiplicassem e a cada geracao criassem povoados cada vez mais proximos daquele distrito para que o local fosse redescoberto.

Em 1.902 teria sido a premicia do grande futuro que estava reservado para o lugar. O decreto lei 4.337 criaria a famosa Estrada de Ferro Vitoria Minas, EFVM. O itinerario original dessa estrada passaria por Pecanha e Diamantina. Porem a descoberta das jazidas de ferro em Itabira provocou a decisao de mudar o itinerario em 90 graus, exatamente como faz o Rio Doce. Assim entre Vitoria e Governador Valadares o plano nao sofreu alteracao. Mas essa mudanca inverteu o foco do desenvolvimento de uma regiao para outra, decretou o isolamento dos antigos dominios do Serro Frio.

Dessa fase temos os dados que indicam que qualquer historia anterior pode ser mitologica pois em 1.909 o distrito contava com mais ou menos 200 habitantes. Em 1.910 eh inaugurada a EFVM. Entao comeca a aceleracao. Em 1.912 ja contava com 300 habitantes. O que da mais ou menos uma rua nao muito grande `a epoca.

Em 1.918 foi aberta a primeira “estrada de boi” em plena mata virgem, entre Itambacuri e Chonim. Chonim eh um distrito proximo, pertencia tambem a Pecanha antes que Valadares emancipasse.

No curso de sua Historia a cidade teve diversos nomes: Porto de Dom Manuel, Porto de Figueira do Rio Doce, Santo Antonio de Bom Sucesso, Porto do Figueira dos Botocudos, Baguari, Santo Antonio da Figueira, Figueira do Rio Doce, Figueira, ate Governador Valadares. O nome definitivo foi uma homenagem ao ex-governador Benedito Valadares que foi quem assinou a emancipacao do municipio.

Mas o crescimento de Governador Valadares deu-se mesmo a partir da segunda Guerra Mundial nos anos 40. Isso porque, alem da estrada de ferro, os americanos construiram, em tempo recorde, a BR-116 ou Rio-Bahia. Eles precisavam de materias primas para uso na II Grande Guerra e que eram abundantes na regiao e tambem que o transporte desta fosse interiorizado para evitar os ataques dos submarinos alemaes. Assim a populacao que em 1.940 ja era de 5.734 habitantes, pulou, respectivamente, para 20.357 e 70.494 em 1.950 e 1.960.

Nos anos 70 falava-se muito na explosao demografica em Governador Valadares. Era o municipio brasileiro com a taxa mais elevada de crescimento nesse sentido. Mas o municipio sofreu grande reves a partir de entao, pelo pecado de nao ter se industrializado. O foco desse crescimento acelerado moveu-se em direcao a Joao Monlevade, Ipatinga e Timoteo por causa das recem-criadas aciarias instaladas nelas.

A partir dos anos 80 a saida que os moradores de Valadares encontraram foi a do aeroporto, para o exterior. Essa saida massiva, que envolvia, em boa parte, os moradores jovens que haviam nascido nas cidades circunvizinhas e morado um certo tempo em Valadares, acabou dando uma certa estabilidade `a economia local, pois, o envio de dinheiro do exterior sustentou o moderado crescimento que se deu a partir de entao.

Bom, mas esse nao eh o meu objetivo principal agora. Essas comparacoes sao importantes sobretudo quando cruzadas com o trio: Joao Monlevade, Ipatinga e Timoteo, e com uma ajudazinha de Santana do Paraiso e Belo Horiente, que foi transformado no polo industrial regional.

Infelizmente nao tenho uma lista de primeiros moradores da Figueira. A lista que tive acesso eh a dos pioneiros. Nao sei qual foi o criterio usado para o surgimento dessa lista. Sei que os valadarenses sempre mencionam os pioneiros mas nao sei em que sentido eles foram eleitos pioneiros.

Citarei a lista completa somente do ano 1.916 que eh o primeiro ano. Sao eles: Irmaos Mafra, Gil Pacheco Magalhaes, Sinval Rodrigues Coelho, Saluto de Morais, Crispim Lopes, Alfredo Fabri, Otaviano Fabri, Nelson Morais, Alvaro Rocha, Jose Mesquita Filho, Jose Paulo Fernandes, Antonio Alcibiades Pinto e Joaquim Campos Amaral.

Dois tenho absoluta certeza que sao Coelho, naturalmente, o tio-avo Sinval Rodrigues Coelho cuja esposa era a tia-avo Maria (Maricas) Magalhaes. Ambos nasceram em Virginopolis. Ele era irmao da avo Dindinha Zulmira e ela da avo Davina. Nascidos em 1.897 e 1.899, respectivamente, obviamente nao constam dos primeiros moradores de Valadares.

O outro eh o seo Gil Pacheco. Filho dos tios-bisavos, Quiteria de Magalhaes Barbalho e Joaquim Pacheco Moreira, nasceu em 1.898 em Virginopolis. Era casado com Maria Vieira (de Magalhaes), nascida em Borba Gato. (mencionei Borba Gato em 9. Santo Antonio do Rio Abaixo).

Menciono, de 1.920, a presenca de dona Laura Merces Cabral por, possivelmente, ser parente do Jose Cabral Pires, casado com a tia-avo Nize Coelho do Amaral. Ele veio de Santa Maria de Itabira. E, de 1.923, o sr. Lincoln Byrro, que pode ter alguma ligacao com dona Conceicao Byrro, esposa do “tio” Secundo Coelho de Oliveira. Ele eh tio de meus primos, Coelho de Virginopolis, irmao do tio Miguel/tia Lia, irma de minha mae.

Cito ainda: de 1934, tio-avo Antonio Rodrigues Coelho, casou-se com Iracema de Carvalho que eh natural de Vermelho Novo. De 1.938, o tio Odilon de Magalhaes Barbalho, irmao do meu pai, que casou com a tia Dora Cunha Magalhaes, natural de Piumhy, MG. E, de 1.939, o tio-avo, por ter se casado com a tia-avo Elgita Coelho do Amaral (irma dos tios Sinval e Nize e Dindinha Zulmira) Cantidio Ferreira da Silva. Ele ja era Coelho por ser filho dos tios bisavos Angelina Marcolina Coelho & Joao Ferreira da Silva. Eles eram naturais de Guanhaes. Tia Elgita, de Virginopolis.

Bom pela quantidade de membros da familia Coelho migrados para Governador Valadares eh impossivel que algum valadarense possa dizer que nao conheca duzias deles. Para dar uma pequena ideia, tenho apenas uma tia do lado da minha mae que mudou-se para la (tia Camila/Jorge Nunes Coelho).

Ja irmaos do meu pai foram oito. (Murillo, Odilon, Otacilio, Odila, Otto, Oldack, Otacilia e Ovidio, em ordem de nascimento). Assim como aconteceu com os de Virginopolis, que sao os que eu mais tenho intimidade, nao deve ter sido diferente com os membros da familia de toda a regiao.

Digamos assim que o livro do prof. Demerval Pimenta nos mostra um outro lado da moeda. Os dados recolhidos no livro: “Arvore Genealogica da Familia Coelho” de autoria da prima Ivania Batista Coelho, mostra o grosso da multiplicacao da familia no sentido horizontal, saindo de Guanhaes, passando por Virginopolis e outras povoacoes ate Governador Valadares. Este eh o lado acompanhando, a grosso modo, o leito do Rio Santo Antonio e seus afluentes.

Ja o livro do prof. Pimenta salienta o lado da familia que se multiplicou mais no entorno dos Rios Suacui Pequeno e Grande. Eh presumivel supor-se que grande parte da descendencia da populacao que se multiplicou no antigo territorio de Pecanha tenha tambem se dirigido, em determinado momento, para Governador Valadares. Como os dados colhidos se restrigem ao inicio da decada de 1960, essa tendencia se mostra, porem, nao tanto acentuada quanto aconteceu no final da decada e perdurou ate ao inicio dos 1980.

Para nao falar muito a respeito de tantos moradores que migraram para Governador Valadares, vou citar apenas um exemplo bastante ilustrativo. Esta na pagina 357 do livro A MATA DO PECANHA e assim discorre:

“DR. RUI PIMENTA FILHO, nascido em Pecanha, em 22 de dezembro de 1919, medico formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Minas Gerais, casado com MARY MAGALHAES RONDAS, em Belo Horizonte, em (08/02) 1947. Exerceu medicina em Sabinopolis e em Governador Valadares, onde fundou o Hospital Sao Lucas. Reside atualmente em Belo Horizonte.”

Claro, naquele tempo, 1966, o prof. Demerval nao poderia prever tudo que aconteceria com esse primo segundo dele. Destacou-se como professor na U.F.M.G. e faleceu em 15.07.1993, em Belo Horizonte. Sobreviveu ao prof. Demerval por apenas 3 anos ja que este faleceu em 1990, no alto de seus 97 anos. Citei o Dr. Rui Pimenta porque nao havera Valadarense que nao o tenha conhecido ou ouvido falar dele.

Dr. Rui era o primeiro filho do casal Rui Pimenta/Reduzinda Braga. O pai era filho do casal Lermino Jose Pimenta/Perciliana Nunes Rabelo. O avo era filho do casal Modesto Jose Pimenta/Ermelinda Querubina Pereira do Amaral. O bisavo era filho do casal Boaventura Jose Pimenta/Maria Balbina de Santana. E a bisavo do Casal Malaquias Pereira do Amaral/Ana Maria de Jesus. E ai ha encontros de origens entre os Pimenta e os Coelho, que se dao em Sabinopolis.

53. CORONEL FABRICIANO, IPATINGA E TIMOTEO

Farei uma mistura de historias dessas tres cidades porque elas atualmente compartilham de um mesmo destino e somente os moradores antigos sabem onde comeca uma e onde termina a outra. Das tres, a cidade de Timoteo eh a que tem uma versao mais antiga de Historia. Conta-se que foi o fazendeiro Francisco de Paula Silva o primeiro a entrar, recebendo carta de sesmarias em 1.832, quando ali instalou a Fazendo do Alegre.

A Vila de Timoteo, no surgimento, pertenceu `a Freguesia de Sant’Ana de Alfie, atual Dionisio, juntamente com Sao Domingos do Prata e Jaguaracu. Porem, o desenvolvimento da area so tem inicio mesmo com a construcao da estrada de ferro para a exportacao do minerio de Itabira.

Outra versao atribui o inicio do povoamento a Joao e Manuel Lino de Sa que adquiriram as terras do antigo proprietario, Francisco de Santa Maria. Assim eles teriam trocado o nome antigo, Sao Francisco de Santa Maria para Sao Francisco do Alegre. Por volta de 1.915 o mascate Manoel Timoteo teria montado uma tenda para comercializar com os trabalhadores das fazendas locais. Dai o apelido de Tendinha do Timoteo acabou sendo adotado quando foi elevado a distrito em. 1.938.

As versoes sao diferentes mas parece que em 1.938 pertencia ao municipio de Antonio Dias sendo depois transferido para o de Coronel Fabriciano. Com a criacao da Acesita (Cia Acos Especiais Itabira) em 1.944, Timoteo deu um salto e, em 1.962, emancipou-se.

O municipio faz homenagens tambem a Edelberto de Lelles Ferreira, agente executivo (prefeito) que criou a escola primaria; a Maria Quintao de Miranda, primeira diretora que atuou por pouco tempo e a dona Maria Chaves, que alfabetizou geracoes de timotenses. O primeiro juiz de paz foi Joaquim Ferreira de Souza e o primeiro escrivao, Jose Moreira de Castro.

Eh dito que em 1.922 Coronel Fabriciano nao passava de matas virgens. Em 1.923 foi elevado a categoria de distrito com o nome de Melo Viana. Em agosto de 1.940 foi rebatizado por Coronel Fabriciano por ocasiao do centenario do coronel Fabriciano Felisberto de Brito. Em 1.948 o municipio foi criado e emancipado do de Antonio Dias.

Conta-se de Ipatinga que Jose Feliciano Gomes desmatou a area para exercer a atividade agricola. A seguir a posse das terras passou para as maos de Jose Candido Meira para extracao de madeira. Em seguida caiu nas maos de Alberto Giovanni que era criador de gado.

Em 1.934 a Cia Belgo Mineira adquiriu as terras para extrair madeira e produzir carvao vegetal, assim o local foi habitado por tropeiros e carvoeiros. O distrito foi criado em 1.953 pertencendo a Coronel Fabriciano. Em 1.956 o local foi escolhido para a implantacao da Usina Intendente Camara, iniciada em 1.958 e inaugurada em 1.962 pelo ex-presidente Joao Goulart.

O restante da Historia dessas cidades faz parte do cotidiano da minha geracao. Os numeros estatisticos sao os que chamam a atencao. O Censo de 2010 mostra Ipatinga, 224.636 habitantes; Coronel Fabriciano, 103.008 habitantes e Timoteo, 77.316 habitantes. Nao vou contar as historias. Apenas citar duas cidades ligadas ao complexo industrial. Ou seja, Belo Horiente, cidade sede da Cenibra (Celulose Nipo-Brasileira), 23.115 habitantes e Santana do Paraiso, 26.810 habitantes. Para locais que nao passavam de mata virgem e propriedades agricolas ha 80 anos atras eh um salto exagerado.

Dessas nao vou citar nossos vinculos familiares porque conheco poucos porem sei que sao consideraveis. O fluxo migratorio apos a corrida para Governador Valadares ate `a decada de 1.970 foi totalmente desviado para essa nova area industrial. Parte da propria populacao de Valadares migrou para la.

Conheco exemplo na familia de pessoa nascida em Virginopolis, criada em Governador Valadares que ganhou a vida como funcionario da Usiminas. Mas vou deixar que os detalhes se manifestem no ultimo capitulo desse texto, quando relacionarei os nomes das cidades registradas em nosso banco de dados genealogicos e as relacionarei com os sobrenomes dos nascidos nelas.

Nao tenho como nao mencionar dados bem importantes citados pelo professor Demerval Jose Pimenta. Ele usa o espaco de cerca de duas paginas do livro dele para expor a propria biografia ate entao. Vou reproduzir apenas um trecho:

“No governo do General EURICO GASPAR DUTRA, em 1946, foi nomeado Presidente da Cia. Vale do Rio Doce, ali permanecendo ate principios de 1951.” … Durante os 10 anos seguintes ele permaneceu como Diretor-Geral da Rede Mineira de Viacao, que corresponderia `a Secretaria dos Transporte, hoje-em-dia. “Em 1961, a Companhia Acos Especiais Itabira S/A o elegeu para o cargo de Presidente de sua Diretoria, ali permanecendo ate 1964.” …

“Fez viagens de estudos aos Estados Unidos, comissionado pela Rede Ferroviaria Federal. Percorreu Usinas Siderurgicas e Ferroviarias da Franca, Alemanha e Italia, a convite dos industriais destes tres paises. Fez parte de uma Comissao Mista Nipo-Brasileira, para a organizacao da USIMINAS – Usinas Siderurgicas de Minas Gerais, tendo percorrido varias Usinas no Japao.”

O que podemos concluir a respeito dessas prestacoes de servicos do prof. Pimenta dadas ao Estado de Minas e `as aciarias eh que ele teve boa influencia no destino industrial das tres cidades. E, por certo, transferiu para la um bom contingente de membros da familia que o acompanhavam em todas as suas realizacoes. O curriculum dele ficou parado no tempo dentro do texto mas, certamente, seguiu prestando servicos que no livro nao poderiam ser descritos porque ainda eram futuro.

54. JOANESIA

Eu nao havia planejado colocar as proximas duas cidades porque nao tenho registros de vinculos com a nossa genealogia. Mas fica estranho nao cita-las, pois, entre Guanhaes/Virginopolis existe apenas Braunas, Mesquita e Joanesia para chegar-se a Ipatinga. Eh um caminho pouco utilizado, porem, mais proximo. Acredito que tenhamos vinculos com Mesquita mas nao sei os dados. Joanesia apenas uns contatos de amizade.

Encontrei muito pouco ao que se refere a Joanesia. Apenas comecou com a chegada do porturgues deportado, Antonio Pereira do Nascimento. Em 1.939 foi elevada a distrito anexado a Mesquita, da qual emancipou em 1.953.

55. MESQUITA

Conta-se que o primeiro morador de Mesquita foi o sesmeiro Pedro Martins de Carvalho junto a Manoel Teotonio e Lourenco Alves. Note-se que Mesquita, Ferros e Braunas estao muito proximas umas das outras dai seria logico pensar que o sobrenome Alves ai detectado nas tres seja o mesmo.

Em 1.869, com o nome de povoado de Santo Antonio de Caratinga foi elevada `a categoria de distrito vinculado a Ferros.

Deve ter sido por essa ocasiao que aportou no local, Jeronimo Jose de Mesquita, o 1o. Barao de Mesquita. Conta-se que ele chegou como um digno representante do coronelismo, querendo dar ordem a todos. Mas com o passar dos tempos abrandou e passou a tomar uma atitude mais de aconselhamento junto `a populacao. Residiu apenas uma decada no local. Por ter problemas de saude, resolveu mudar para procurar recursos medicos para ela.

Ele era procedente de Vila Rica e a familia acabou se instalando em fazendas do Rio de Janeiro, no lugar onde hoje ha a cidade homonima da mineira. A 7 de julho de 1.923 Mesquita adquiriu o alvara de emancipacao, fazendo homenagem ao seu mais ilustre ex-residente.

Pode ser que haja um vinculo parental solido nosso com os baroes de Mesquita. Eh que temos duvidas quanto aa paternidade de nosso ancestral portugues Jose Coelho de Magalhaes ser realmente do tambem portugues Manuel Rodrigues Coelho. Caso estejamos corretos, uma alternativa para essa paternidade eh o minhoto Bernardo Antonio Pinto de Mesquita que, com Ana Josefa de Magalhaes Pinto, foi pai do nobre Jose Coelho de Magalhaes. Este, alem de ser minhoto, como mandam as nossas tradicoes, nasceu por volta de 1.750. Uma data que se encaixa em nossos registros genealogicos.

56. NOVA ERA

Era outra cidade que nao havia planejado colocar nessa relacao porque nao faz exatamente parte do circuito que imaginei no inicio. Quando passei por Itabira (11) mencionei isso apenas sublinhando que ela havia sido distrito daquela. Mas existem vinculos solidos conosco.

Conta-se que perto dos anos 1.700, os irmaos portugueses, Jose e Antonio de Miranda, oriundos da Vila de Mirandela, partiram, de Taubate, Sao Paulo, junto com a bandeira de Antonio Dias de Oliveira.

Ao encontrarem um pouco de ouro no Rio de Peixe, afluente do Rio Piracicaba, separaram-se da bandeira em segredo e ai instalaram suas fazendas. Antonio de Miranda construiu a Fazenda Rio de Peixe, onde residiu. Aumentando o patrimonio, adquiriu depois as sesmarias da Passagem, Pedra Furada e Macacos.

Outras fazendas surgiram na area, tais como: Fazenda Figueira, Fazenda Bom Jesus e Perdoes e Fazenda Barra do Prata.

A freguesia foi criada em 1.848. O primeiro nome era Arraial de Sao Jose da Lagoa. Pertenceu a Caete, Santa Barbara, Rio Piracicaba e, por fim, Itabira.

Em 1.936 foi inaugurada ali a Estacao de Ferro Central do Brasil. E em 1.938 o ex-governador Benedito Valadares assinou o ato de emancipacao do municipio com o nome de Presidente Vargas. O primeiro agente executivo foi o Dr. Nelson de Lima Bruzzi, natural de Sao Jose da Lagoa.

Nomes de pessoas influentes: Jose Coelho de Lima, diretor do Grupo Escolar Desembargador Drumond. Pe. Pedro Maciel Vidigal. Dr. Jose Moreira, engenheiro. Dr. Leao de Araujo, elaborou projetos de desenvolvimento economico. Fazendeiros, Arthur de Araujo, Joaquim Martins Guerra e Jose Maximo Bruzzi.

Em 1.942 a cidade adotou o nome de Nova Era, numa ilusao de que o Estado Novo criado por Getulio Vargas fosse levar o Vale do Rio Doce a uma nova era.

Em 1.962, o unico distrito dependente de Nova Era, ex-povoado de Sao Sebastiao da Boa Vista, emancipou-se adotando o nome de Bela Vista de Minas.

Pode ser apenas coincidencia mas temos em nossas anotacoes o casamento da Lilia Coelho, nascida em Virginopolis, com Buridan Generoso de Lima, natural do Serro, que tiveram filhos em Nova Era e cuja assinatura veio a tornar-se Coelho de Lima. A familia eh ecletica. Os filhos nasceram em Capelinha, Nova Era, Guanhaes e Virginopolis. Sao 8 anotacoes ao todo. Nao temos, porem, a anotacao de nenhum Jose Coelho de Lima que pudesse ser o citado diretor do grupo escolar em Nova Era. Poderia ser, talvez, um neto.

Lilia Coelho eh filha de Jose Claro Coelho e Julia de Magalhaes Pacheco (irma do seo Gil Pacheco citado como pioneiro em Governador Valadares). O Ze Claro eh mais complicado explicar a origem por ser filho dos tios-bisavos Franciso Batista Coelho (Ti Chico) & Maria Rosa Coelho do Amaral (tia Mariquinhas). Porem o Ze Claro eh pai tambem da Lucia Coelho, a viuva do tio Longino Coelho, irmao da mamae.

Outras ligacoes atuais que temos em Nova Era sao o casamento da Celeste, filha da casa dos meus pais, com Joaquim Gervasio Filho, natural da cidade e sao atuais residentes de la. Tambem o Arley Coelho de Albuquerque, outro residente.

57. DORES DE GUANHAES

Dores de Guanhaes havia me escapado da memoria. A historia de la comeca com um episodio tragico sendo a familia de Joaquim Cavaco morta pelos indios. Em 1.817 foi concedido sesmarias para os novos habitantes que ficava proximo ao massacre da familia Cavaco e do Quartel de Barretos. Foi criado, em 1.854, o distrito de paz de Capelinha das Dores, subalterno ao municipio de Conceicao do Mato Dentro.

Em 1.870 eh elevado a Freguesia de Nossa Senhora das Dores de Guanhaes. Em 1.923 muda o nome para distrito de Dores de Guanhaes, pertencendo a Guanhaes. Em 1.962 eh dada a emancipacao.

Existe um pequeno numero de registros de nascimentos no livro do prof. Dermeval em Dores de Guanhaes. Portanto, se houver Pimenta por la, possivelmente, eh da familia.

Agora preciso alterar a numeracao dos capitulos e acrescentar uns poucos municipios e distritos que nao tinha dados anteriormente. Vamos la entao.

58. DISTRITO DE MILHO VERDE

Milho Verde ainda continua sendo um Distrito no Municipio do Serro. Eh um local tipico do interior minieiro, guardando todas as tradicoes religiosas e culturais. Realizam-se la varias festas do calendario tradicional, o que atrai o turismo.

Tambem foi o local em que a familia Pimenta iniciou-se na regiao. Conta o prof. Dermeval que os ancestrais da familia se casaram aos 18-9-1732 na Capela de Nossa Senhora dos Prazeres. Eram Josefa Pimenta de Souza e Manoel Vaz Barbalho. Que agora descobrimos ser tambem os patriarcas da familia de meus pais, ambos descendentes Barbalho, dos quais o herdei.

59. DISTRITO DE ITAPANHOACANGA

O casal Josefa/Manoel mudou-se para o Arraial de Sao Jose do Tapanhoacanga. Esse foi o primeiro nome antes do atual. Conta-se que foi um dos veios auriferos mais produtivos na Freguesia de Conceicao do Serro (Conceicao do Mato Dentro). Em 1.746 circulou uma lista das pessoas mais ricas da Provincia e nela figurava Joao Simoes, um fregues local. Foi um antigo pouso da antiga Estrada Real, portanto, passagem obrigatoria para os pesquisadores John Mawe (1.808) e Saint-Hilaire (1.816).

A Igreja de Sao Jose eh tombada pelo IPHAN. Esta contem pinturas feitas pelo mestre Manoel Antonio da Fonseca e por provaveis discipulos do Mestre Ataide.

Continua como Distrito e pertence a Alvorada de Minas. Ai nasceu a unica filha do casal Manoel/Josefa que o prof. Pimenta conseguiu identificar. Com o nome de Isidora Maria da Encarnacao, casou-se com o portugues, Capitao Antonio Francisco de Carvalho. Eles sao os pais de Vitoriana Florinda de Ataide e de Modesto Jose Pimenta, alem dos outros irmaos. O livro tras um pouco do Ramo da Vitoriana em cuja descendencia eu pude identificar a Dona Alice Reis. Ela foi esposa do seo Alipio Teixeira, que viveram em Virginopolis, e cuja parte da descendencia esta atualmente entrelacada com a Familia Coelho.

Aqui pode ter havido um encontro de origem entre os ramos Coelho e Pimenta. Pois nao tinhamos como explicar o suposto nome de uma de nossas ancestrais, Maria Rodrigues de Magalhaes Barbalho. Bom, nada se pode dizer senao especular, porem, o sobrenome Barbalho ja existia na regiao e a data de nascimento da avo Maria deve ser semelhante ao de Dona Isidora.

Segundo o site Geneall.net – Portugual, a avo Eugenia Rodrigues Rocha, esposa do portugues, Alferes de Milicia, Jose Coelho de Magalhaes foi em 1.766. Entao, qualquer data entre 1.732 ate 1.750 se encaixaria em possibilidade provavel para o nascimento da avo Maria.

Porem ha que se fazer uma ressalva. O prof. Demerval nao tinha maiores informacoes a respeito, nem explicou como foi que o casal Manoel/Joana foi se encontrar em Milho Verde. Se ja se conheciam desde o Rio de Janeiro de onde eram oriundos talvez tivessem se casado por la mesmo. Se o Manoel foi antes e depois mandou buscar a noiva seria a possibilidade mais provavel.

Mas ha a possibilidade de as duas familias, Pimenta e Barbalho, terem se mudado juntas ou em tempos semelhantes. Devemos nos lembrar que o povoamento da regiao iniciou-se com o encontro das minas de ouro, no inicio dos anos 1.700. O surgimento dos aldeiamentos se deram tumultuadamente. E de todas as outras provincias surgiram representantes.

Pode ser que as duas familias tenham feito essa tentativa de enriquecimento rapido. Se foi o caso, ha a possibilidade de algum irmao ou irma do Manoel Vaz Barbalho tambem ter estado na leva de migrantes. Dai os pais da avo Maria sejam outros, embora, tenha restado pelo menos um vinculo familiar.

A unica solucao para os questionamentos eh procurar alguma evidencia documental. Talvez haja no Serro ou em Conceicao do Mato Dentro uma pequena peca de papel com as escritas que nos esclarecam tudo!

Misterio que nao era conhecido, por causa da tradicao afirmar que o nosso ancestral, Policarpo Barbalho, fosse oriundo do Nordeste Brasileiro, acabou sendo recentemente desvendado. Policarpo Jose Barbalho, como foi o nome completo dele, era mineiro e filho do mineiro, nascido no Serro: Jose Vaz Barbalho, que foi o marido de Anna Joaquina Maria de Sao Jose. Associado ao fato do casal Manoel Vaz Barbalho e Josepha Pimenta de Souza terem sido pais de outro Policarpo Jose Barbalho, nos parece que nao havera outro caminho que o de tambem os termos como ancestrais. Falta-nos apenas localizar algum documento comprobatorio de que Manoel e Josepha foram os pai de Jose Vaz Barbalho ou, em ultimo caso, avos.

60. ALVORADA DE MINAS

Alvorada de Minas surgiu nos primeiros anos do seculo XVIII e estava ligada `a mireracao do ouro. Tinha o nome de Santo Antonio do Rio do Peixe o que deve te-la irmanado com a Cidade de Sao Domingos do Rio do Peixe, a atual Dom Joaquim. Atualmente tem somente 3.500 habitantes.

Alem de ser a sede `a qual o Distrito de Itapanhoacanga pertence, o prof. Pimenta registra nascimentos de pessoas da familia nesta cidade. Portanto, os que tiverem ancestrais Pimenta com idades superiores a 50 anos podem esperar encontra-los no geneaminas.com.br.

61. RESUMINHO DA HISTORIA DA POVOACAO MINEIRA

Aqui fica concluida, por enquanto, essa minha pesquisa que procura detectar os vinculos que existem entre a ocupacao geografica, o estabelecimento da divisao politica e a distribuicao da genealogia Coelho do Centro-Nordeste do Estado de Minas Gerais. E que agora precisa ser acrescida da alcunha Barbalho porque os ultimos levantamentos revelam ser este o tronco das Familia Pimenta, Barbalho e, talvez, tambem do Coelho.

O meu estudo nao foi nem completo nem definitivo. Algumas cidades ficaram sem analise. Este eh por exemplo o caso de Itambacuri e o caso de Pescador. Itambacuri tem varias ocorrencias da presenca da familia, tanto nos dados quanto na memoria. Pescador, antigo Sao Pedro, esta na memoria. Pescador eh onde o Abel Coelho, filho do Ze Claro/Julia Coelho e tio Jorge Nunes Coelho criaram gado.

Varias cidades mais ao norte de Governador Valadares tem a presenca economica da familia Coelho, porem, sem a contrapartida dos vinculos genealogicos. Isso se deve por causa da facilidade de transporte que a rodovia Rio-Bahia proporcionou apos implantada. Como Governador transformou-se numa especie de “metropole” regional, oferecendo confortos que as cidades menores nao possuiam, tornou-se possivel os fazendendeiros manterem residencia em Governador enquanto suas propriedades estavam `a distancia.

Como a maior atividade da regiao era voltada para a criacao de gado de corte, nao havia a necessidade de o “olho do dono engordar os bois”. Os fazendeiros limitavam-se a fazer visitas semanais, em casos de propriedades mais distantes, ou mesmo indo e voltando diariamente, em caso de propriedades mais proximas. Fazendeiros residentes em Governador Valadares adotaram esse sistema mesmo possuindo propriedades no sul da Bahia. Por isso Valadares tornou-se um importante ponto de comercio de gado. E sao muitas as historias contadas em torno disso.

Quanto ao movimento migratorio da familia relacionado aos eventos que se desenvolveram em torno da Historia de Minas Gerais, creio que podemos resumi-lo em poucas palavras. Nossos ancestrais entraram em Minas Gerais em busca de materiais preciosos. O encontro destes levou ao fluxo migratorio das varias partes do Brasil e da Europa o que resultou no que chamamos de Ciclo do Ouro. Algo que se assemelha `a Historia dos Estados Unidos na California e Oregon, 140-180 anos depois, que recebeu o nome de “Gold Rush” (Corrida do Ouro).

A atividade mineradora proporcionou o surgimento de diversos nucleos residenciais, basicamente os que se encontram ao longo da Serra do Espinhaco, que corta Minas Gerais no sentido sul-norte. Com o esgotamento da exploracao do ouro na maioria dos centros tradicionais, a populacao comeca a deslocar-se no sentido radial em busca de novos veios ou de terras para a exploracao agropecuaria. A importancia da exploracao aurifera se deu no seculo XVIII, dando mostra de esgotamento a partir de 1.750.

Na segunda fase Minas Gerais continua recebendo levas de portugueses. As estrelas da nova fase sao o plantio de fumo, cana-de-acucar e, principalmente, cafe. Estes eram os produtos que tinham maior valor economico porque eram produtos de exportacao. Os outros produtos como feijao, milho, arroz, mandioca etc, eram apenas para o consumo interno. Alem do gado bovino, na pecuaria tem-se o destaque da producao de porcos. Como nao se produzia ainda o oleo vegetal em grande escala, a banha do porco era o combustivel para todas as cozinhas.

Assim, podemos afirmar que todos temos ancestrais nascidos nas Cidades Historicas do Estado. Eles sao, geralmente, nossos pentavos e tetravos ou anteriores. Dai em diante, a cada geracao, sao implantados novas faixas de povoamentos, cada vez mais distantes dos centros de mineracao. Nossos avos e pais chegaram aos ultimos redutos virgens do Estado. No tempo deles os municipios ainda eram reduzidos e distantes uns dos outros, porem, cercados de muitos distritos que logo foram emancipados.

Terminadas as migracoes pioneiras, nossa geracao continuou migrando. O movimento anterior era no sentido de desconcentracao da populacao. Mas o sistema de industrializacao adotado no Brasil fez opcao por concentrar a industrializacao em polos. Assim, o nosso movimento migratorio foi em direcao `as cidades que estavam se destacando pelo crescimento demografico, economico e educacional. Esta eh a razao pela qual a familia Coelho deslocou-se primordialmente para Governador Valadares, Belo Horizonte e Brasilia nas duas ultimas geracoes. Ha que se destacar nesse quadro tambem Ipatinga.

Essa tendencia eh compartilhada a partir dos anos 1.980 com o exterior, tendo os Estados Unidos e a Europa, particularmente Portugal, como destinos principais. Houve tambem breves modas que levaram representantes da familia para Rondonia, Acre, Para, Mato Grosso, Goias e Mato Grosso do Sul. Porem, a tendencia atual eh de se espalhar por todo o restante do Brasil e mundo. Isso se da em funcao do bom nivel escolar que as atuais geracoes adquiriram. Muitos conquistaram o nivel superior e, nesse caso, vao para onde o trabalho os chamam. “Os bobos vao para o exterior”.

Assim se resume o quadro imigratorio atual da familia Barbalho, Pimenta e Coelho e seus agregados de sobrenome.

Nao analisei todas as cidades do Centro-Nordeste. Nao sei dizer quais nao analisei. Tambem nao fiz uma analise apropriada das cidades situadas aa margem direita do Rio Doce. Hoje-em-dia devemos ter vinculos com quase todas as cidades de Minas. Isso se verifica, principalmente, devido `a concentracao populacional nas chamadas cidades polo.

Governador Valadares, Ipatinga, Belo Horizonte e Brasilia sao os melhores exemplos disso em relacao aos nossos estudos. Elas sao pontos de atracao para pessoas oriundas do Brasil inteiro. E nelas os jovens se conhecem e se casam, promovendo vinculos genealogicos de toda e qualquer denominacao. E essa eh a nossa grande riqueza.

62. SITE: RODRIGUES DA CUNHA MATTOS, MARTINS MARQUEZ, GONCALVES BORGES & CORRELATAS, SINTESE GENEALOGICA

Citarei agora alguns sitios de genealogia que encontrei na Internet que, a principio, nunca diriamos que teriam qualquer coisa conosco mas a analise superficial sempre engana.

Encontrei o site acima porque procurei pelo nome do Ronan Rodrigues Borges. Ele foi o marido da Maria Emilia, filha do prof. Nelson Coelho de Senna. O coordenador do site, Antonio de Castilho, eh primo do Ronan.

Nao encontrei outro vinculo familiar definitivo, alem do citado acima. Porem, vejam as coincidencias. A matriarca deles se chama Antonia Maria do Espirito Santo. A nossa, Maria Luiza do Espirito Santo que era filha de Manuela do Espirito Santo. O patriarca deles eh Borges e nasceu em Congonhas do Campo, onde a genealogia deles comeca. Alem disso, o coordenador tem um lado Coelho procedente da Ilha das Flores, no Arquipelago dos Acores. Nos temos ancestrais em Sao Miguel, tambem no Arquipelago dos Acores, que passaram por Congonhas do Campo, onde temos duas ancestrais registradas como nascidas la.

Temos tambem um lado Coelho que somente sabemos que veio de Vila Nova do Norte, podendo esta Vila ser a atual Vila Nova que esta no norte da Ilha Terceira, tambem nos Acores. Em Portugal temos um ramo nascido na Cidade da Seia, que eh o Borges Monteiro. Portanto, eh genealogicamente quase impossivel nao termos alguma ligacao recente com a familia.

O patriarca deles eh o capitao Manoel Polvora, um dos fundadores de Uberaba. O site esta no endereco: http://www.angelfire.com/biz2/castilho/familia.html.

63. SITE COELHO DA SILVA

Este eh outro site que tenho tido contato. Coordenado pelo sr. Egydio Coelho da Silva. Ele eh jornalista e descende tambem de familias acorianas. Porem, a familia dele originou-se das levas de imigrantes que foram para o Brasil no final do seculo XIX e inicio do seculo XX. Coordena um forum da familia na Internet que acaba sendo ponto de encontro de Coelho de toda natureza.

Foi atraves do Forum dele que descobri existir uma familia Coelho da Silva na cidade de Sao Geraldo da Piedade. Atualmente, descobri que o terceiro paroco de Virginopolis era um Coelho da Silva. Foi o pe. Joaquim Gomes Coelho da Silva. Porem, nao sei dizer se ha vinculo entre ele, o sr. Egydio e/ou os de Sao Geraldo da Piedade. Temos Coelho da Silva casados na familia, especialmente na familia do Ti Quim Bento, que iniciou o ramo da Silva Coelho. O pe. Joaquim era natural da Cidade do Serro.

Quem desejar acessar o site da familia Coelho da Silva eh so buscar por esse nome na Internet. Ou diretamente no endereco: http://www.ajorb.com.br/egydio.htm.

64. SITE GENEALOGIA DONA JOAQUINA DO POMPEU

Foi procurando um pouco da Historia de Curvelo que acabei sendo notificado da existencia dessa grande mineira. O nome dela nao eh modesto: Joaquina Maria Bernarda da Silva Abreu Castelo Branco Souto-Mayor de Oliveira Campos. Era filha de imigrantes portugueses e nasceu em Marianaa 20.08.1752. Casou-se com o capitao-mor Inacio de Oliveira Campos. Morou em Pitangui. Compraram uma fazenda que ela administrou na ausencia do marido. Nessa fazenda teve origem a cidade de Pompeu.

Conta-se que ganhou os apelidos de Rainha do Sertao e Sinha Braba. A Internet esta repleta de dados a respeito dela. Um que chama a atencao foi o de ela ter fornecido mantimentos para salvar a bagatela de 15.000 routos que foi a comitiva do principe regente D. Joao VI ao chegar ao Rio de Janeiro em 1.808. A Cidade de Pompeu rendeu-lhe a homenagem no nome.

Encontrei essas coisas na Internet porque estava buscando informacoes a respeito das origens de nossos primos que assinam Valadares. A dona Joaquina do Pompeu teve um genro com assinatura Valadares, alem disso, conta-se que a familia dela estava ligada aos condes de Valadares, em Portugal.

Temos duas ocorrencias antigas ligadas a esse nome. A mais nova eh o da dona Meiga de Alvarenga Valadares. Ela foi a esposa do Mucio Rodrigues Coelho, filho dos tios-bisavos: Benjamin/Julia (Nhazinha). Era natural de Curvelo, proximo a Pompeu, e nasceu em 17.6.1.912.

A segunda ocorrencia eh do sr. Tarcisio de Oliveira Valadares. O filho dele, meu concunhado, Rinaldo, contou-me que era de 1.909 e que a origem provavel tambem era Curvelo. Seo Tarcisio casou-se com a Ilidia Coelho do Amaral, filha dos tios-bisavos Jose Coelho Sobrinho/Maria Marcolina Pereira do Amaral. Estes eram os que tinham fazenda perto de Gonzaga, vizinhos a outros tios-bisavos: Emigdia Honoria Coelho/seo Amaro de Souza Silva.

Nao sei dizer mas, talvez, o seo Tarcisio ja tenha nascido na nossa regiao. Os pais dele foram Josue de Oliveira Valadares e Joana Miquelina de Oliveira. Talvez sejam realmente descendentes de dona Joaquina. E, mais ainda, existe uma localidade para o lado de Sapucaia de Guanhaes que tem tambem o nome de Pompeu. Acredito ser uma fazenda. Pode ser que tenha sido uma colonizacao daquela familia. Eles estavam mais ligados a Divinolandia de Minas.

Por informacoes mais recentes fui informado que sao dois lugares com nome Pompeu, proximos um do outro. Um em Divinolandia de Minas e outro em Acucena. Ja se tornaram comunidades rurais e, talvez, ja sejam distritos. Somado `a presenca de familiares do sr. Tarcisio nos locais, e pela assinatura Valadares, creio isso ser boas pistas a indicar a possivel ascendencia em D. Joaquina.

As minhas consideracoes a respeito de dona Joaquina do Pompeu tem outra conotacao. Ela foi um exemplo de vida que, acredito, ira agradar `as “meninas” da familia Barbalho, Coelho, Pimenta. O estilo dela parece ter sido semelhante ao de algumas matriarcas em nossa familia. Alem do mais, eh bom ter a noticia de outros exemplos femininos na Historia de Minas Gerais. Talvez dona Joaquina tenha tido um quilate superior ao de D. Beja e Chica da Silva. Que as mulheres descidam esse quesito. A mim eh bastante saber que temos mais uma protagonista de peso na Historia de Minas Gerais.

Existem livros com o conteudo da genealogia e biografia da personagem. Sobretudo de autoria dos Drs. Coriolando Pinto Ribeiro e atualizacao do filho dele Deusdedit Pinto Ribeiro de Campos. Se alguem ai dos primos no Brasil resolver presentear-me, nao vou reclamar. Nem vou citar enderecos na Internet. Ela oferece muita coisa a respeito. Eh so mandar googar.

65. CONCELHO (CIDADE) DE PONTE DE LIMA, PORTUGAL

Ponte de Lima eh uma municipalidade do Distrito (Estado) de Viana do Castelo, que se localiza no extremo Norte de Portugal, a pouca distancia da fronteira com a Galicia, na Espanha. Possui um total de 43.500 habitantes distribuidos em 51 Freguesias, tendo a sede apenas 2.800 habitantes.

Fica `as margens do Rio de Lima, justo quando este veio d’agua ganha as terras mais planas e comeca avolumar-se. A importancia historica e estrategica da ponte que deu nome `a localidade remonta `a epoca do Imperio Romano, quando a Luzitania (Portugal) ja fazia parte deste Imperio.

A carta de foral criando a Vila se deu pela autoridade de D. Teresa em 1125. D. Teresa foi a mae de Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal. Entao, Portugal existia apenas como Condado cujos limites eram o Rio Douro e fazia parte do Reino de Leao. A familia dominante na epoca era conhecida como Ribadouro, da qual Egas Moniz, o Aio eh a figura mais eminente.

Algumas Freguesias de Ponte de Lima e que aparecem como indicativo de procedencia em muitas genealogias nobres sao: Calheiros, Cepoes, Correlha, Facha, Feitosa, Fornelos, Freixo, Gandra, Poiares, Ponte de Lima, Rendufe, Ribeira, Sa, Sao Pedro d’Arcos e Souto de Rebordoes.

O primeiro marques de Ponte de Lima foi D. Tomas Xavier de Lima Nogueira Vasconcelos Teles da Silva que acumulou o cargo de 14o. visconde de Vila Nova de Cerveira, herdado de sua mae: D. Maria Xavier de Lima e Hohenloe. Ele descende de Fernao Anes de Lima que foi alcaide-mor de Ponte de Lima ainda no seculo XIV. Observem as evidencias nos sobrenomes.

A nossa ligacao genealogica com Ponte de Lima remonta a nosso ancestral Antonio Bezerra Felpa de Barbuda. Ele eh citado como ancestral de Francisco Buarque de Holanda (Chico Buarque), no endereco: http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=188&cat=Ensaios&vinda=S ou Chico Buarque e seus antepassados – Usina de Letras, de autoria de Pedro Wilson Carrano Albuquerque:

“9692 – Antonio Bezerra Felpa de Barbuda. N. em Ponte de Lima, Portugal. Veio para Pernambuco com o 1o. Donatario, Duarte Coelho. C. c. Maria de Araujo. Pais de Domingos, Bernardo e de Guilherme Felpa de Barbuda.” Observem que ja temos aqui uma ancestral cuja assinatura era Araujo. Voltarei ao assunto no capitulo 70, Arcos de Valdevez.

Alias, aqui temos uma sequencia importante para o cabecalho de nossa familia no Brasil. O texto segue, descrevendo a 12a. geracao do compositor Chico Buarque:

“9693 – Maria de Araujo
9694 – Bras Brabalho Feio. Um dos primeiros povoadores de Pernambuco. C. c. uma filha de Francisco Carvalho de Andrade e de Maria Tavares de Guardes. Pais de Alvaro Barbalho Feio e Camila Barbalho.
9695 – Maria ou Catharina Tavares de Guardes. “Seu prenome nao foi registrado na “Nobiliarquia Pernambucana”, de Borges da Fonseca, mas Macedo Leme, em suas “Memorias”, informa ter sido Maria (conforme mencionado por Pedro Calmon no seu livro “Introducao a Notas ao Catalogo Genealogico das Principais Familias, de Frei Jaboatao”)”

Na decima primeira geracao encontra-se mais esta chave no decifrar de nossa genealogia:

“4847 – Guilherme (ou Antonio) Bezerra Felpa de Barbuda. Com a esposa Camila Barbalho teve os filhos Luis e Felipe Barbalho Bezerra e Brasia Monteiro.
4847 – Camila Barbalho. Foi madrinha de batismo em 7-NOV-1608 em Olinda (PE), conforme consta do Livro Velho da Se.”

Voltando aos decimos terceiros avos do Chico Buarque, o documento estabelece que:

“19.390 – Francisco Carvalho de Andrade. Senhor do Engenho de Sao Paulo da Varzea. Foi um dos primeiros povoadores de Pernambuco e pessoa tao conceituada que conseguiu bem casar as filhas que teve C. c. Maria Tavares de Guardes: Ines e Leonor Guardes. Teve uma outra filha que foi casada com Bras Barbalho.” Ou seja, a nossa ancestral Maria ou Catharina Tavares de Guardes nao era bem casada!…
“19.391 – Maria Tavares de Guardes”

A genealogia do Chico Buarque segue mostrando que ele descende de Brasia Monteiro. O texto nao acompanha a descendencia de Luis Barbalho Bezerra mas eh justamente dele que descendemos. Pelo menos presumo ser por esta via que herdamos o sobrenome Barbalho. O mais provavel eh descendermos tambem de outras formas do mesmo grupo familiar.

Numa rapida analise que fiz, nao encontrei muitas informacoes a respeito dos sobrenomes Felpa e Barbuda anteriores ao seculo XIV. Algo que eu ja ouvira falar era que o sobrenome Bezerra teria surgido na Galicia de onde passou para Portugal. Ele fora usado pela nobreza local. A Galicia eh a regiao Norte da Espanha que se limita com o Norte de Portugal.

E, pelo que parece, a informacao esta correta. O nome aparece em dados genealogicos registrados no geneall.net, desde o seculo XII. Tem origem no lugar de Becerrea (Bezerreira), na Galicia, Provincia de Lugo. Becerrea fica no caminho que liga Braga a Astorga. E o sobrenome foi traduzido do espanhol Becerra para o portugues, Bezerra.

Ainda nos falta a procedencia do sobrenome Barbalho, porem, aqui tornou-se claro que o nosso ancestral mais antigo a usa-lo, por enquanto, foi o colono Bras Barbalho Feio. Contudo temos mais essas informacoes, retiradas do endereco: engenhosdepernambuco.blogspot.com/p/engenhos-com-letra-s,html “162. Engenho Sao Paulo da Varzea (?) Proprietario/Morador/Rendeiro: Bras Barbalho Feio – Fidalgo. Casou-se com uma filha de Francisco Carvalho de Andrade, fidalgo da Casa Real e senhor do engenho Sao Paulo da Varzea.”

Mais `a frente especificarei melhor os nossos vinculos parentais com este nucleo familiar. Atualmente ja encontrei a informacao que Maria Araujo, esposa de Antonio Bezerra Felpa de Barbuda, foi filha de Pantaleao Monteiro e Brasia de Araujo, ou Monteiro. E Francisco Carvalho de Andrade foi Escudeiro Real.

66. HISTORIA DE PERNAMBUCO, OLINDA E RECIFE

1.501 O navegador Gaspar de Lemos fundou feitorias no litoral

1.534 – 1.536 D. Joao III cria as Capitanias Hereditarias. Somente duas destas Capitanias tiveram bons resultados: a de Sao Vicente (Sao Paulo e Rio de Janeiro) e a de Pernambuco, tambem chamada de Nova Luzitania.

1.535 Duarte Coelho Pereira eh o primeiro Donatario da Capitania de Pernambuco e funda a Capital Olinda.

1.500s Os Engenhos de Acucar sao implantados e multiplicados. O acucar torna-se o primeiro produto agricola a movimentar o comercio exterior. O valor do produto eh absurdamente alto. Forma-se uma elite de fidalgos que dominam o comercio local. Sao estes os senhores de engenhos que sao feitos, se ja nao o fossem, fidalgos de influencia.

1.580 A monarquia portuguesa perde a cabeca, em consequencia da loucura de D. Sebastiao, e a coroa passa `as maos de Felipe II, rei da Espanha. Os portugueses continuam administrando seu Imperio, sob as ordens da Dinastia Filipina.

1.500 – 1.600s Ao mesmo tempo, os Paises Baixos, que pertenciam ao Imperio de Felipe II, se revoltam, declarando a Independencia. Ai se reunem o que representa hoje a Holanda, Luxemburgo, Belgica e partes do Sul da Alemanha. Associados a eles esta o poderio economico da epoca, largamente representado pelos judeus que haviam sido perseguidos pelos monarcas espanhois e que implantaram contra eles e os muculmanos a “Santa” Inquisicao.

1.630 Apos uma primeira invasao falha a Salvador – BA, as forcas da federacao dos paises baixos, representadas pela Companhia das Indias Ocidentais – WIC – invadem e conquistam Pernambuco, a Capitania mais rentavel do reino. Da-se o inicio da luta contra os holandeses, com muitos senhores de engenho fugindo para os sertoes e adotando a tatica de guerrilha.

Os holandeses incendiam Olinda porque preferem o Recife, por pensar ser mais facil defende-lo. Isso tem fundo na experiencia militar dos moradores dos paises baixos que estavam acostumados aos alagados. Eram especialistas em alagados e usaram suas taticas para nao serem conquistados inclusive pelo grande general Carlos Magno, no seculo IX. O Recife era cercado de mangues.

A resistencia comeca levando vantagem por ter conhecimento territorial e por usar taticas de guerrilhas indigenas, porem, foi traida por Domingos Fernandes Calabar. Os lideres Matias de Albuquerque, neto de Duarte Coelho Pereira e Luis Barbalho Bezerra lideram a retirada de muitos dos antigos colonos para a Bahia.

1.637 Chega ao Brasil o conde Mauricio de Nassau que promove um grande desenvolvimento da regiao, oferece ajuda financeira aos senhores de engenho (os que permaneceram) e, com isso, desanima a resistencia. Os retirados perdem todas as propriedades ou as vendem.

1.638 Animado com as vitorias, Mauricio de Nassau resolve expandir o dominio holandes no Brasil e tenta invadir a Bahia. Nisso eh rechacado pelo governador Pedro da Silva, pelo indio Felipe Camarao e pelo Mestre de Campo Luis Barbalho Bezerra.

1.640 Conta-se que apesar de ter sido derrotada militarmente por causa do numero de tropas, a resistencia da Bahia causou tamanhas baixas e prejuizos que nao foi permitido aos holandeses ocupa-la. Luis Barbalho Bezerra teria sido levado cativo para a Holanda, de onde fugiu e chegou a Portugal, a tempo de apoiar a revolta contra o dominio espanhol e ajudar na restauracao da monarquia portuguesa. Entao, ele teria retornado para instalar-se no Rio de Janeiro e emprestar sua experiencia militar para a defesa da cidade.

1.645 Da-se a Insurreicao Pernambucana. Com os gastos e prejuizos causados pela invasao falha da Bahia, o principe Mauricio de Nassau se retira para a Holanda. Seus sucessores exigem a execucao das dividas dos senhores de engenho que estavam em dificuldades, por causa de uma seca prolongada. Sem com o que pagar, nasce a revolta. Agora, com a monarquia portuguesa restaurada e com a motivacao economica, os pernambucanos se unem sob as liderancas dos senhores de engenhos, representados por Andre Vidal de Negreiros, Felipe Camarao, Henrique Dias, Joao Fernandes Vieira e Antonio Dias Cardoso.

Importante aqui eh salientar que nem todos os colonos instalados pelos holandeses foram expulsos ou se mudaram de Pernambuco. Os gens deles permaneceram mesclados no pool genetico brasileiro. Os historiadores consideram a Insurreicao Pernambucana como o marco do inicio do sentimento nativista brasileiro.

Olinda eh reconstruida e volta a ser a capital do Estado. Mas eh Recife, com sua experiencia de comercio passada pelos invasores que se desenvolve.

1.710 Recife eh elevada `a categoria de Vila. Isso provoca a inveja dos orgulhosos nobres de Olinda. Da-se a Revolta dos Mascates por causa dos privilegios que os senhores de engenho queriam manter sobre os direitos da populacao. Eh importante salientar que o convivio com a dominancia holandesa, com sua relativa estrutura liberal em comparacao com o sistema feudal da administracao portugusa, muito deve ter influido nas concepcoes de governo dos brasileiros.

1.817 Pernambuco lidera a revolta das provincias do Norte do Nordeste, na tentativa de proclamar uma Republica separada de Portugal. Eh a epoca em que o Frei Caneca eh executado.

1.848 Da-se a Revolta Praeira. Foi uma revolta de carater Liberal, seguindo `as de Sao Paulo (1.840) e Minas Gerais (1.842), provocadas pelas incertezas do inicio do II Imperio (D. Pedro II, 1.840-1.889) e com o objetivo de proclamar-se uma Republica.

Os outros fatos e os detalhes da Historia de Pernambuco podem ser acompanhados em livros e artigos da internet. O importante aqui eh deixar claro que eu visitei muitos deles, e ate perdi a conta, para encontrar as respostas que queria. Mas os que deixo assinalados: http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=188&cat=Ensaios&vinda=S de Pedro Wilson Carrano Albuquerque e engenhosdepernambuco.blogspot.com/p/engenhos-com-letra.html foram os mais interessantes.

O primeiro trata-se da genealogia do compositor Chico Buarque. O segundo eh um portal do qual estou citando apenas uma das paginas. As outras podem ser acessadas atraves do clique nas outras letras do alfabeto, postados no lado direito da pagina. Este segundo eh super interessante por trazer um fichario a respeito dos Engenhos de Acucar Pernambucanos. Sao uns 800 mais ou menos.

Sao engenhos de todas as epocas. Porem, os primeiros remontam aos anos de 1.500s. Ha descricoes dos engenhos e seus proprietarios, incluindo-se dados genealogicos. Creio que se houvesse tempo seria possivel tracar um esboco da genealogia pernambucana e brasileira atraves dos dados contidos neles. Os sobrenomes sao um resumo da familia brasileira de um modo geral. E como se trata de muitas pessoas que nasceram ha mais de 400 anos, eh possivel esperar que sejam ancestrais de quase toda a populacao brasileira atual.

Exporei aqui alguns dados de familiares nossos daquela epoca. Eles explicam como foi o inicio da formacao de nossa familia no comeco da colonizacao brasileira. Segue entao:

Pantaleao Monteiro – Brasia de Araujo
1. Maria de Araujo – Antonio Bezerra Felpa de Barbuda
2. Brasia Monteiro – Domingos Bezerra Felpa de Barbuda

Francisco (Fernandes) Carvalho de Andrade – Maria Tavares de Guardes, pais de:
1. Ines Tavares de Guardes – Joao Paes Velho Barreto
2. Leonor de Guardes
3. Maria ou Catharina Tavares de Guardes – Bras Barbalho Feio

Antonio Bezerra Felpa de Barbuda – Maria de Araujo, pais de:
1. Domingos Bezerra Felpa de Barbuda
2. Bernardo Bezerra Felpa de Barbuda
3. Guilherme Bezerra Felpa de Barbuda – (? Camila Barbalho)

Bras Barbalho Feio – Maria ou Catharina Tavares de Guardes, pais de:
1. Alvaro Barbalho Feio
2. Camila Barbalho – Guilherme (ou Antonio) Bezerra Felpa de Barbuda

Guilherme (ou Antonio) Bezerra Felpa de Barbuda – Camila Barbalho, pais de:
1. Luis Barbalho Bezerra – Maria Furtado de Mendonca
2. Felipe Barbalho Bezerra
3. Brasia Monteiro – Luiz Bras Bezerra (estes sao ancestrais do Chico Buarque)

Nos enderecos indicados acima temos as informacoes de que: Francisco Carvalho de Andrade era fidalgo da Casa Real e senhor do Engenho Sao Paulo, na Varzea do Capeberibe. Joao Paes Velho Barreto tornou-se o senhor de engenho mais rico de sua epoca, sendo dono de numerosos deles. Um exemplo eh o de Ilha dos Martins. Foi pai de Joao, Estevao, Felipe, Cristovao, Miguel, Diogo, Catarina e Maria. Vejam essa sequencia genealogica:

1.779 Francisco Pais Barreto, 1o. marques do Recife – Teresa Luisa Caldas Barreto
Estevao Jose Pais Barreto – Maria Isabel Pais Barreto
Joao Paes Barreto – Maria Luisa de Melo
Joao Paes Barreto – Maria Maior de Albuquerque
Estevao Paes Barreto – Maria Barreto Albuquerque
Estevao Paes Barreto – Catarina de Castro da Tavora
Ines Tavares Guardes – Joao Paes Velho Barreto
Francisco (Fernandes) Carvalho de Andrade – Maria Tavares de Guardes

Francisco Fernandes ou Francisco Carvalho de Andrade foi Escudeiro Real.

Nao tive acesso aos dados de Luis Barbalho Moniz Fiuza Barreto de Menezes, 1o. barao de Bom Jardim. Porem, observando os dados genealogicos presentes nos senhores de engenho de Pernambuco, nao ha como negar-se a mais provavel origem dele.

Bras Barbalho Feio parece ser o primeiro a ostentar o sobrenome Barbalho no Brasil. Era fidalgo e senhor do Engenho Barbalho, que ficava no Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco. O unico que tem apontada sua origem em Portugal foi Antonio Bezerra Felpa de Barbuda, natural de Ponte de Lima, cap. 65 acima.

Nao esta claro ainda quem foi o marido de Camila Barbalho. O mais provavel eh que tenha sido o Guilherme, ou ela teria sido a segunda esposa de Antonio Bezerra Felpa de Barbuda. O nome de Maria Furtado de Mendonca nao eh encontrado em todas as literaturas como sendo o da esposa de Luis Barbalho Bezerra. Parece que Maria Furtado eh seguro, falta comprovar o Mendonca. No geneall.net Portugal o nome eh citado como Maria Furtado.

Mal havia publicado o texto revisado desta pagina quando tive a oportunidade de estudar mais a fundo a genealogia desse nucleo familiar e encontrei novas informacoes, tao importantes que merecem essa nova revisao. Com essas descobertas terei que revisar tambem o capitulo 67, abaixo, alem de acrescentar pelo menos mais duas cidades na lista de onde nossos ancestrais e seus descendentes tiveram presenca marcante. Sao elas: Sao Francisco do Conde na Bahia e Sao Cristovao em Sergipe. Comecarei por comentar a respeito do nosso recem-incluido ancestral: Pantaleao Monteiro.

Pantaleao Monteiro chegou ao Brasil junto com o primeiro donatario da Capitania de Pernambuco, Duarte Coelho. Foi senhor de engenho e o engenho que governou foi o de Sao Pantaleao. Este engenho eh mais conhecido como do Monteiro. Nao sei dizer se por causa do sobrenome dele ou de dono posterior com o mesmo sobrenome. No endereco: http://engenhosdepernambuco.blogspot.com/p/engenho-m.html, encontram-se umas poucas informacoes a respeito do engenho, porem, em tempos posteriores ao que Pantaleao viveu. Ficava tambem na Varzea do Capibaribe, margem esquerda, e atualmente existe no Recife um bairro com o nome Monteiro, surgido em terras que pertenceram ao engenho. Este eh mais um ponto de referencia que nossa familia tera em Pernambuco.

Antes eu estava um pouco perdido em relacao ao surgimento do nome Brasia e o sobrenome Monteiro presentes em alguns de nossos familiares dos seculos XVI e XVII. Agora ficam explicados os dois. Inclusive a presenca do sobrenome Monteiro ate no bisneto dele: Francisco Monteiro Barbalho Bezerra, filho do mestre de campo Luis Barbalho e Maria Furtado de Mendonca.

Informacao muito importante encontrei no endereco: http://www.institutodoceara.org.br/aspx/images/revporano/1976/1976-OsBezerradeMenezesAsOrigens.pdf. A autoria eh de Vinicius de Barros Leal e esta publicado pela Revista do Instituto do Ceara. O assunto tem como fundo a mesma genealogia apontada no outro endereco logo abaixo. Porem, este texto deixa mais claro quem era o Domingos Bezerra Felpa de Barbuda, casado com Brasia Monteiro, filha de Pantaleao Monteiro. Eu, erroneamente, havia identificado a pessoa como sendo o filho do Antonio de mesmo sobrenome e Maria Araujo, tambem filha do mesmo Pantaleao. Nisso nao havia muita logica porque seria o casamento de uma tia com um sobrinho. Mas eu ainda nao contava o Pantaleao entre os nossos ancestrais.

Tentei abrir a url acima e nao deu certo. Porem, chamando o google e mandando buscar a frase: “os BEZERRA oE MENEZES As onicEms” chega-se ao ponto desejado. Mesmo sem entender o que esta escrito ai. Outra forma eh buscar no google parte do endereco, ate no primeiro 1976.

Alem desta Brasia Monteiro, existiram tambem, pelo menos, a Brasia Monteiro, filha do Antonio (ou Guilherme) e Camila Barbalho, que se casou com Luiz Braz Bezerra e que tiveram a neta Brasia Monteiro, casada com Francisco Coelho Negromonte, todos presentes na genealogia de ancestrais do Chico Buarque de Holanda.

Encontrei a informacao de que Pantaleao Monteiro e Brasia Araujo eram nossos ancestrais na Revista Genealogica Latina, volumes 8-16, Titulo C) Araujos de Pernambuco e subtitulo VI) Maria de Araujo. Os dados estavam na pagina 16. Ha inclusive ali uma pequena sequencia genealogica que podemos copiar para ajudar a fazer o diferencial. Observem o que eh dito no texto daquela revista:

“Maria de Araujo (11a.) filha de Pantaleao Monteiro e Brasia de Araujo, veiu para Pernambuco em companhia de seu marido Antonio Bezerra Felpa Barbuda, ainda com Duarte Coelho. O Araujo nao foi transmitido `a familia. Pais de:
F1) Antonio Barbalho [possivelmente o autor quiz dizer Bezerra] Felpa de Barbuda, c.c. Camila Barbalho, filha de Braz Barbalho Feio e Catarina Guardes, pai de:
N1) Brasia Monteiro (4a.) c. c. Luiz Braz Bezerra. Pais de:
B1) Antonia Bezerra (3a.) c.c. Alvaro Teixeira Mesquita. Pais de:
T1) Brasia Monteiro (6a) c.c. Francisco Coelho Nigromonte. Pais de:
Q1) Manuel Coelho Nigromonte c. c. Adriana Wanderley (2a.). Pais de:
P1) Maria Lins (5a.) c.c. Manuel de Barros (1o.). Pais de:
S1) Ana Rita M. Wanderley c. c. Francisco Xavier P. de Melo (1o.). Pais de:
7o.1) Maria Rita Wanderley c. c. Francisco Xavier Paes de Melo (2o.). Pais de:
8o.1) Manuel Xavier Paes Barreto (1o.) c. c. Margarida F. Paes de Melo. Pais de:

Vou fazer apenas um resuminho, como dizem os baianos: “de carreirinha”, do que encontrei no endereco: http://familybezerrainternational.blogspot.com/2009/12/fontes-sobre-as-origens-da-familia.html. Por favor, visitem-no para melhor entenderem. Aqui porei apenas a sequencia genealogica que compete, e algumas explicacoes depois. Deixo tambem as homenagens que o autor do artigo elevou a todos os envolvidos no levantamento destes dados, sem esquecer a ele proprio que as merece igualmente. Segue entao:

Pedro ou Domingos Nunes Bezerra – Brazia Monteiro (filha de Pantaleao Monteiro)
Antonio Pires Bezerra (ou Martins Barbuda) – Maria Martins Bezerra
Martim Bezerra – esposa nao revelada
D. Rodrigo ou Affonso Bezerra – Violante de Moscoso
Lopo Fernandes Bezerra – esposa nao revelada
Fernao Lopes Bezerra – esposa nao revelada
Lopo Bezerra de Moscoso – esposa nao revelada
Martim Bezerra de Moscoso – N. do Campo
Fernao Bezerra – D. Maior Fernandes de Moscoso
Soeiro Gomes Bezerra – esposa nao revelada
Goncalo Gomes Bezerra, o surdo – esposa nao revelada
D. Maria Rodrigues Codorniz – Joao ou Goncalo Anes Bezerra
D. Teresa Bermudes de Trava – D. Fernando Aires de Lima
D. Bermudo Peres de Trava – D. Urraca Henriques de Portugal
D. Teresa Henriques – D. Pedro Peres de Trava
D. Teresa de Leao e Castela – D. Henri de Bourgogne
D. Alfonso VI, rei de Castela – Ximena Moniz
D. Fernando I, el Magno, rei de Castela e Leao – Sancha, infanta herdeira de Leao (Sancha era filha de D. Alfonso V, rei de Leao e de D. Elvira Mendes, condessa soberana de Portugal.

Os dados que nao estao no artigo acima recomendado eu os completei com alguns retirados do Geneall.net, apenas para completar as informacoes deixadas naquela pagina. Alem dos reis acima citados e muitos outros, os Bezerra sao, por meio destes, descendentes de Carlos Magno, dos primeiros reis da Franca e da dinastia antiga da Inglaterra alem, claro, dos reis mais antigos de todas as monarquias em torno do Mediterraneo e tambem do profeta Mohammad. Se observarem bem, ha a citacao na lateral direita da pagina mencionada acima que o sobrenome Bezerra teria origem judaica, porem, nao se explica o como.

Aqui devo esclarecer que existem controversias em relacao aos nomes completos dos personagens. Porem, fica claro que o Pedro, ou Domingos Nunes Bezerra eh o mesmo Domingos Bezerra Felpa de Barbuda que se casou com Brazia Monteiro. E foi precipitado de minha parte identifica-lo como filho do Antonio (de mesmo sobrenome) e Maria de Araujo. Isso porque Maria e Brasia eram irmas. Assim, o casamento entre eles nao era uma impossibilidade, porem, era uma improbabilidade.

Penso que Antonio e Domingos Bezerra Felpa de Barbuda sejam irmaos. Acredito que, o maximo de diferenca de parentesco que encontrariamos entre eles seria a categoria de primos. O que nao altera o fato de a partir dos avos deles termos os mesmos ancestrais nessa linhagem. Fica, pois, esclarecido que os Barbalho, atraves da meiacao do sangue com os Bezerra, tambem sao descendentes da nobreza iberica.

Estou reeditando estes escritos (08.10.12) e encontrei uma referencia que leva a concluir que Domingos e Antonio realmente eram irmaos. Contudo essa fonte mistura um pouco os dados, pois afirma que o Guilherme, casado com Camila Barbalho era filho de Antonio Bezerra Felpa de Barbuda e depois deixa entender que o mesmo Guilherme fora filho de Antonio Martins Bezerra (ou Bezerra Felpa) e Maria Martins Bezerra. Na verdade, estes eram os pais do Domingos que se casou com Brazia Monteiro e, penso, do Antonio que se casou com a Maria Araujo, ambas filhas de Pantaleao Monteiro. A nova fonte informa que Antonio Martins Bezerra e Maria Martins Bezerra estavam entre os colonos levados de Portugal para o Brasil por Duarte Coelho Pereira.

Pelas datas que tenho, a de que o Domingos teria nascido em 1526, acredito que fica razoavel pensar que o Antonio tenha nascido por volta de 1524, podendo ter se tornado pai do Guilherme por volta de 1554 e este, 30 anos depois, poder ter se tornado pai do Luiz Barbalho Bezerra, em 1584, que se casou com d. Maria Furtado de Mendonca 30 anos apos nascido, segundo apontado por esta nova fonte. Porei os detalhes genealogicos dessa fonte no capitulo a ser aberto neste texto, em homenagem a cidade de Sao Goncalo – RJ, para onde os nossos ancestrais vao, antes de se embrenharem nos rincoes das Minas Gerais.

Ha somente uma duvida quanto a Antonio e Domingos serem irmaos. Eh que o primeiro nasceu em Ponte de Lima e o segundo em Viana do Castelo. Porem isto nao se constitui em impedimento. Ponte de Lima e Viana do Castelo estao no mesmo Vale do Rio de Lima sendo que Viana esta na foz deste e sao vizinhas uma da outra. A explicacao para a familia ter mudado de uma cidade para outra esta na Historia. Domingos nasceu em 1526, pouco tempo apos o inicio das Grandes Descobertas. E Viana do Castelo tornou-se um dos portos de entrada das riquezas provenientes das colonias e de saida dos colonos. Portanto, estava atraindo muitos moradores temporarios. (Segundo o Family Bezerra Intenational, Domingos teria sido mais de 20 anos mais velho que a esposa Brazia).

No endereco: http://lendasetradicoes.blogs.sapo.pt/9626.html podemos ainda ler: “Em 1502, para defesa em relacao `a pirataria, foi construida uma fortificacao na barra denominada Torre da Roqueta. A 1 de junho de 1512, D. Manuel concede Foral Novo a Viana por a considerar importante polo de comercio maritimo. Em 1563, D. Sebastiao classifica Viana como “Vila Notavel”, dizendo-a uma das mais nobres e de maior rendimento do reino.”

Em relacao a Antonio e Domingos, nao eh um pequeno detalhe eles terem se casado na mesma casa. Pode ter sido o caso classico de duas irmas casando-se com dois irmaos, se nao houverem outros. O sogro deles, Pantaleao Monteiro, foi tido como “marrano”. Era como os judeus convertidos ou Cristaos-Novos eram tratados pejorativamente naquela epoca.

Tambem existe uma lenda de que Pantaleao teria deixado tesouros enterrados em suas propriedades e que foram descobertos por um antigo empregado dele que os entregou aos holandeses. A estoria nao parece ter fundamento porque ele era, pelo menos, da mesma idade dos genros, ou seja, deve ter nascido entre 1.500 e 1.530. E a invasao se deu em 1.630. Nessa epoca os herdeiros ja deveriam ser tantos que a fortuna ja estaria bem dividida.

Quando lerem o texto acima indicado, nao se assustem com a insinuacao de que alguem da assinatura Bezerra nessa linhagem cometeu ato de traicao. Nao esta claro para mim a respeito do que se tratou. Porem parece ter sido questao religiosa e ele preferiu o partido do papa. Nao se caracteriza, em verdade, ato traicoeiro. Pode ter sido uma questao de preferencia partidaria.

Porem, ha que lembrar-se que a descendencia dos “de Trava” nao era benquista em Portugal. Isso porque a D. Teresa, esposa do Henri de Bourgogne, teve um amante, apos o falecimento do marido, que era dos “de Trava”. E ele foi o comandante das forcas que tentaram impedir a criacao do Reino de Portugal. A Teresa filha, era irma do D. Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal e quem acabou vencendo a batalha, matando o amante da mae deles e ordenando a clausura da propria mae para o resto da vida dela.

http://pt.wikipedia.org/wiki/D._Teresa A respeito dessa alianca com os “de Trava” o texto da Wikipedia a respeito de D. Teresa nos afirma isso: “Em alianca com D. Teresa na revolta galaico-portuguesa contra Urraca esteve Fernao Peres de Trava, da mais poderosa casa do Reino de Galiza. Os triunfos nas batalhas de Vilasobroso e Lanhoso selaram a alianca entre os Trava e Teresa de Portugal. (…) A sua alianca e ligacao com o conde galego Fernao Peres de Trava, de quem teve uma filha, indispos contra ela os nobres portucalenses e o seu filho Afonso Henriques.”

Alem dessa predisposicao contraria, ha a tal acusacao de traicao. Nao sei dizer de qual parte exata da Historia de Portugal a insinuacao se refere. A falta de datas no texto nao facilita a busca. Contudo nada altera o fato de termos ascendencia nobre nas mais altas elites do passado.

E o que eh o mais importante eh que os Bezerra, Barbalho, Monteiro, Silva, Camarao e muitos outros estavam presentes num dos momentos mais dificeis da Historia Brasileira. E este momento se iguala ao do descobrimento por Pedro Alvares Cabral. Se Cabral descobriu oficialmente o Brasil, foram as familias que ja se encontravam nele que expulsaram os holandeses e iniciaram o sentimento de amor `a patria, que resultou na unidade brasileira.

Sem o sacrificio de nossos ancestrais o Brasil nao seria apenas uma nacao multicultural como eh, teria hoje um mapa cheio de divisoes politicas com diferentes nacionalidades. Sem a expulsao de franceses, ingleses e holandeses o mapa do Brasil seria apenas um retalho do que a Europa fez de si mesma.

A questao de traicao, em caso de ter-se tomado o partido do papa, pode referir-se `a conturbada transicao de governo entre Sancho II e Afonso III. Ambos eram irmaos, filhos de Afonso II e bisnetos do D. Afonso Henriques. Antes de Afonso II, quem governou foi Sancho I, o segundo rei de Portugal. Sancho II era o rei, porem, houve um serio problema economico e de deficiencia de producao agricola no reino. Isso levou Sancho II a cortar os privilegios da Igreja Catolica, que era a superpotencia da epoca.

Com isso, Sancho II foi excomungado e o papa autorizou a substituicao do rei pelo irmao mais novo. Assim houve guerra civil e Afonso III acabou sucedendo ao irmao, mesmo tendo menor apoio da nobreza no inicio. Foi a pressao da Santa Se que desanimou os partidarios de Sancho II e abriu as portas para a coroacao de Afonso III. Ela se deu em 1.248. Afonso III deve ser nosso ancestral pelos lados Coelho e Andrade., como ja descobri ser na linhagem Barbalho.

A sequencia que encontrei no site http://familybezerrainternational.blogspot.com/2009/12/fontes-sobre-as-origens-da-familia.html esta confirmada no geneall.net Portugal. Existem algumas pequenas diferencas nos nomes de uns poucos membros, contudo, sem alteracao das pessoas.

Existe tambem uma diferenca enorme. E o que acontece eh que D. Teresa Henriques e D. Urraca Henriques, infanta de Portugal eram irmas. E no site geneall.net a D. Teresa nao entra na sequencia genealogica proposta pelo Family Bezerra International. Nem mesmo ha a necessidade de que entrasse. Com a eliminacao da geracao representada por D. Teresa e D. Pedro Peres de Trava nos ficamos com um grau de parentesco mais proximo com as familias reais ibericas. Embora, se a proposicao do site estivesse correta, teriamos a heranca genetica dobrada.

A sequencia genealogica foi postada ate o nome de Antonio Pires Bezerra (que eu encontrei como Antonio Martins Barbuda tambem) provisoriamente. Faltam, entao, apenas as coneccoes. O que nao aparece ainda eh a partir da Maria Martins Bezerra, suposta esposa do Antonio Pires Bezerra. Talvez haja nos dados algum engano e dona Maria Martins Bezerra seria quem fosse filha do Martim Bezerra. Assim ficaria melhor explicada a presenca do Bezerra e Barbuda na descendencia. Tambem ha a possibilidade de que dois Martim Bezerra terem existido na mesma epoca. Um seria pai do Antonio Barbuda e o outro da Maria e, nesse caso, deverao ser primos e nos teremos carga genetica dupla da mesma origem.

Ha que se fazer esta ultima observacao. Atentem para o fato de que o inquiridor do “Santo Oficio”, que entrevistou o Domingos Bezerra, se chamava Heitor Furtado de Mendonca. Ai ha um certo padrao que pode conspirar para a indicacao de, pelo menos, algum grau de parentesco. Lembremos que a esposa do Luis Barbalho, Maria, fora filha de Aires Furtado de Mendonca. Nao duvido que os raios tenham caido duas vezes em nossa Arvore!

Encontrei um pouco da genealogia do visitador Heitor Furtado de Mendonca, porem, poucas informacoes. Ele seria filho de Amador Collaco e Leonarda Lampreia de Mendonca. Neto paterno de Amador Collaco Bagageu e Brites Goncalves Beleguina. Neto materno de Heitor Lampreia, descendente de nobres da familia Arraes, de Algarves. Como nao encontrei nada que aprofunde o conhecimento que tenho a respeito do Furtado de Mendonca da esposa do Luis Barbalho Bezerra nao descobri vinculo algum. Os dados acima podem ser verificados no endereco: historia.ricafonte.com/textos/historiografia/Inquisidor…pdf. O autor atribui `a autoria de Capistrano de Abreu a localizacao dos dados.

No “google livros para ler”, encontrei a “Revista do Instituto Geographico e Historico da Bahia: Edicao 61” em cuja enunciata se le: “1935 – 19 – Aires Furtado de Mendonca, casou-se com Cecilia Andrade Carneiro e teve filhos: Maria Furtado de Mendonca” Em seguida aparece o numero 20, levando a entender-se que se trata da genealogia de ancestrais e descendentes deles e de Maria Furtado de Mendonca. Eh possivel que a Edicao 61 daquela revista dara oportunidade de aprofundarmos um pouco mais as nossas raizes Furtado de Mendonca.

A investigacao do Bezerra de Menezes que resultou na identificacao dos ancestrais portugueses iniciou-se a partir do requerimento de brazao de armas, fidalguia e nobreza por um certo capitao Amaro Bezerra. Claro, que certamente sera nosso aparentado. A certidao foi passada em Portugal a 10 de julho de 1.718. Depois ela foi preservada no conteudo do livro da Nobiliarchia Pernambucana escrito por Borges da Fonseca.

Acredito que documento de semelhante teor deva ter sido passado a Luiz Barbalho Bezerra e aos seus filhos que foram das mais altas fidalguias portuguesa e brasileira. Mas com o tanto que fizeram pelo Brasil, eh inimaginavel que nao tenham tido preservados seus dados genealogicos em diversas outras fontes. Porem, leiam o texto do Family Bezerra Internacional os que queiram saber onde encontrar mais detalhes dos ancestrais.

Eu detesto essas linhagens onde as esposas nao aparecem. Quando elas estao presentes fica muito mais facil fazer a interpretacao genealogica por causa da frequencia grande de nomes repetido entre os homens. Quando elas estao presentes, dificilmente temos dois casais com os nomes iguais.

Outro detalhe eh que, nos tempos antigos, as mulheres eram apenas objetos dos homens, seus pais e maridos. Sendo assim, elas viravam premio dados aos homens por grandes feitos ou riqueza. E muitas vezes se torna mais facil buscar as linhagens maternas para chegarmos aos dados de nobreza. Eh preciso entender que os casamentos no passado tinham o componente do puro interesse.

Para os pais nobres era de grande interesse fazer alianca com os jovens que se destacaram nas batalhas, mesmo nao sendo de origem de nobreza maior. Era a esperanca de obter seguranca para o patrimonio ao mesmo tempo que deixar descendencia forte porque a Europa da Idade Media e mesmo posteriormente era uma verdadeira “terra de Marlboro”. Somente os fortes sobreviviam. O nobre que nao tivesse filhas para segurar esses “herois”, corria o risco de perde-los para os adversarios.

Para os jovens vencedores era uma porta aberta para a ascendencia social. Ja, para as “sinhoritas casadoiras”, era a oportunidade de ter um marido com posicao social inferior ao delas. Se pensam que isso fosse ruim, do ponto de vista delas, se enganaram. Isso quereria dizer que o marido nao teria a mesma autoridade sobre elas, dando-lhes uma oportunidade de serem pouca coisa mais independentes, porque um “pe-rapado” qualquer nao iria dar “ordens” a uma senhora da nobreza!

Observem como o poder da combinacao da Historia com a Genealogia torna muito mais apreciavel o estudo de ambas. Se eu estivesse estudando os fatos apenas como Historia sem a combinacao com a genealogia, nao guardaria na memoria a metade dos dados que tenho visto e vice-versa!

67. SALVADOR, BAHIA

Nao pretendo explorar os vinculos com a Bahia mais a fundo. Apenas anotar algumas datas importantes porque nao encontrei ainda as ramificacoes mais intimas de nossa genealogia com a do povo daquele Estado. Claro, temos muitos baianos na familia, o que nos falta eh encontrarmos as raizes que nos ligam `a Bahia. Exemplos disso, os Meira, os Cardoso e os Lins devem ter ancestrais entre os senhores de engenho de Pernambuco, por os nomes estarem presentes entre eles.

Temos o registro de nossa ancestral, Teresa de Jesus, esposa do Sargento-Mor: Domingos Barbosa Moreira. Teresa era natural de Itabaiana (capitulo 80) que, `a epoca, pertencia `a Bahia e que atualmente eh de Sergipe. Tambem temos da Bahia as raizes do ramo Senna, procedente de Vila Velha do Rio de Contas, atual Rio de Contas – BA. (sugestao: http://www.vertentes.ufba.br/rio-de-contas) Vide cap. 76 do presente texto.

Contudo, ao que sabemos, foi na Bahia que se deu a descoberta oficial do Brasil, em 22 de abril de 1.500, na atual Cidade de Porto Seguro. Em 1.534 comeca a ser povoada por europeus. Somente em 1.549 eh fundada a capital: Salvador. Esta passou a ser a capital do Brasil mas entre 1.573 a 1.763 dividiu esse titulo com o Rio de Janeiro, que se tornou a Capital do Brasil do Sul. Salvador era a Capital do Brasil do Norte naquele periodo.

Foi atacada por piratas em 1.599 (ingleses) e em 1.612 (franceses), rechacando os ataques.

Foi saqueada pelos holandeses em 1.624. Em 1.640 eles retornaram e ai eh quando encontram o velho inimigo: Luis Barbalho Bezerra. A cidade eh salva e Barbalho deixa ali para sempre a sua assinatura, com a construcao do Forte de Nossa Senhora do Monte do Carmo que, para simplificar, o povo apelidou com o nome de Forte do Barbalho. Este forte acabou dando a um bairro de Salvador esse mesmo nome.

Em 1.938, o Instituto Geografico e Historico da Bahia mandou gravar no local a placa com os dizeres: “Aos 18 de Maio de 1638 Luiz Barbalho deste reducto destrocou definitivamente as tropas de Mauricio de Nassau.”

A partir de 1.763 ate 1.960 a Cidade do Rio de Janeiro passa a ser a unica capital do pais, perdendo a regalia apenas para Brasilia, inaugurada pelo presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira naquela ultima data.

Outras datas importantes para as Historias Bahiana e Brasileira foram: a passagem de D. Joao VI em 1.808; A Guerra da Independencia em 1.822, quando apenas a forte presenca de portugueses na Bahia ensaiou uma pequena resistencia; a Revolta dos Males (escravos muculmanos) em 1.835; a Revolta chamada de Sabinada, 1.837; o movimento pela emancipacao dos escravos que culminou com a Lei Aurea, em 1.888 e a Guerra de Canudos ou “O Exterminio Sem Causa” de 1.897.

Tenho agora que retornar a este texto para retificar que Luis Barbalho Bezerra nao deixou apenas o sobrenome. Deixou tambem larga e importante genealogia na Capitania da Bahia. Nos documentos que eu havia analisado anteriormente os dados se restringiam mais ao Rio de Janeiro e que davam a impressao de que fora apenas de passagem que Luis teve em Salvador, porem, a Historia desmente a impressao. Iniciei o conhecimento mais a fundo ao verificar, de relance, o conteudo da “Revista Trimensal do Instituto Historico e Geographico Brasileiro” Volume LII. Eh assim mesmo que se escreve o Geographico, porque trata-se de uma edicao ainda de 1.889.

A revista, com mais de 500 paginas, tem um conteudo superinteressante em boa parte um “Catalogo Genealogico”. Trata-se da reuniao de informacoes genealogicas de varias familias baianas, durante os seculos XVI e XVII. A partir da pagina 308 temos os Negreiros de Sergipe do Conde; da 310 temos os Barbalhos e da 313 os Ferreiras e Souzas. Outras paginas como: 163, 247, 373, 386 e 391 tambem contem informacoes a respeito do nucleo Barbalho, associado a outras familias, como os Maciel e Sa e Franca. Infelizmente, nao terei tempo para fazer um estudo a fundo do volume inteiro, mas extrai para os leitores de minhas notas algumas curiosidades.

Comeco indicando o texto: http://tribunadonorte.com.br/especial/histrn/hist_rn_3f.htm. Trata-se de um especial da Tribuna do Norte, jornal do Rio Grande do Norte, onde se resume a Invasao Holandesa no Nordeste. Porem ha um destaque para a participacao do mestre de campo Luis Barbalho Bezerra. Apos o grande reves de 1.638 sofrido pelas tropas holandesas na Bahia, o rei espanhol, que ainda era o senhor de Portugal e do Brasil, enviou uma pequena esquadra, chefiada pelo conde de Torre, D. Fernando Mascarenhas que nao conseguiu vencer os holandeses no mar.

Assim segue o texto: “o Conde de Torre desembarcou em Touros, Rio Grande do Norte, mais de mil homens “sob comando do Mestre de Campo Luis Barbalho Bezerra, destemido cabo de guerra que iria agora – numa travessia de centenas de leguas, em busca da Bahia, por trilhas desconhecidas, em territorio ocupado por conquistadores deslamdaos e barbaras gentes, sem recurso de qualquer natureza, forcado pela necessidade e estimulado pelo patriotismo a escrever uma das paginas mais gloriosas da historia da luta com os invasores”, segundo conta Tavares de Lyra.”

Em outro texto, encontrei que nosso ancestral Luis Barbalho tambem nao foi santo. Ele chefiou esse pelotao atraves dos sertoes provocando o terror no inimigo. Aos brasileiros colaboracionistas ele nao deu perdao, liquidando-os e fazendo a politica de terra arrasada em suas propriedades. Aos inimigos que vencia dava o mesmo fim `as propriedades e fez prisioneiros para transferi-los `a Bahia. Estes prejuizos somados eh que ajudaram a enfraquecer o adversario holandes e preparou os brasileiros para a proxima fase da guerra. Fase final esta que Luis Barbalho nao participou por ter falecido em 1644. Mas que os filhos honraram o nome em seu lugar.

Na Bahia, Luis Barbalho inclusive teve que assumir o governo interino que dividiu com outras autoridades locais. Durante a presenca na Bahia houve a oportunidade de casar as filhas D. Antonia (Barbalho) Bezerra e D. Cosma Barbalho, respectivamente com: Antonio Ferreira de Souza e Francisco Negreiros de Sueiro, que deixaram descendencia na Bahia. Guilherme Barbalho Bezerra casou-se com D. Anna de Negreiros, irma do Francisco.

Falarei um pouco mais a respeito da descendencia no capitulo novo (78), a respeito de Sao Francisco do Conde – BA. Darei tambem uma pincelada em dados do Guilherme Barbalho no capitulo 79, Sao Christovao de Sergipe, para onde ele foi e foi nomeado alcaide-mor do local.

Outros dois filhos, Fernao Barbalho e Francisco Monteiro Bezerra, ou Barbalho Bezerra, tambem permaneceram na Bahia. Porem, na capital, Salvador. Do Fernao Barbalho foi dito: “que serviu ao infante D. Pedro, e morreu vedor da India, sem filhos; foi fidalgo da caza real, e capitao da fortaleza de N. S. do Populo.

O Forte Nossa Senhora do Populo, tambem conhecido como Forte Sao Marcelo, e diversos outros nomes, eh um monumento da Historia Baiana e Brasileira. Fica dentro da Baia de Todos os Santos e de frente para o centro historico de Salvador. O desenho redondo de suas muradas eh unico em todas as Americas. Quem ja fez turismo em Salvador nao deve ter perdido a oportunidade de conhece-lo por causa da importancia historica dele. Eh comparavel ao Santuario de Bom Jesus do Matosinhos, em Congonhas do Campo ou, pelo menos, `a Igreja de Sao Francisco em Ouro Preto, para os mineiros.

Fernao Barbalho levou para este Forte o irmao, Francisco Monteiro Bezerra. Francisco este que havia comecado a vida militar aos oito anos de idade. Como todos os homens, filhos do mestre de campo Luis Barbalho, enfrentou os holandeses. Embora eu nao houvesse visto mencao anterior, e isso tenha comentado, inclusive Jeronimo Barbalho Bezerra enfrentou os mesmos adversarios. Porem os autores baianos e pernambucanos nao se lembraram dele com mais precisao por causa de ele ter se tornado mais famoso com os feitos no Rio de Janeiro.

Ha mais algumas informacoes a respeito do Francisco. Inclui-se ai que tornou-se fidalgo da Casa de Sua Magestade. Comecou a carreira militar aos oito anos e com um soldo de “seis cruzados por mez”. “…passado seu irmao Fernao Barbalho para o servico do sr. Infante D. Pedro, como fica dito, entrou o dito Francisco Monteiro Bezerra, ou Barbalho Bezerra, por capitao do forte novo de N. Sra. do Populo do mar, …” Ai serviu por mais de 24 anos, ate 1.704.

Nao posso afirmar que encontrei informacoes genealogicas do Francisco porque o autor cita o casamento de uma filha de Francisco Monteiro Bezerra. Contudo nao entra em detalhes de quem exatamente se tratava. Alegando apenas que outros autores ja o haviam mencionado. Apenas penso que seja o mesmo e imagino que a Baia de Todos os Santos esteja povoada por muitos descendentes dele.

Retornei `a Revista Trimensal para conferir e na pagina 22 esclareci que nao se tratava do Francisco Monteiro Bezerra, filho do mestre de campo Luiz Barbalho Bezerra e d. Maria Furtado. Trata-se outro Francisco, filho de Domingos Bezerra Felpa de Barbuda e de sua mulher Brazia Monteiro, ou seja era, talvez, primo-irmao do Luiz Barbalho.

A Revista Trimensal do Instituto Historico e Geographico Brasileiro, Volume 52 (LII), nao faz alarde disso mas deixa a entender que diversos personagens dos mais de 1.000 homens liderados pelo mestre de campo Luis Barbalho Bezerra na travessia dos sertoes nordestinos naquela epoca se alojaram na Bahia. Assim, houve uma “hibridizacao” entre as familias de primeiros moradores de Pernambuco com as familias de primeiros moradores da Bahia. Posteriormente sabemos que o intercambio genetico se deu no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. E esta eh a razao maior para que a maioria dos brasileiros atualmente tenham ascendencia comum entre os primeiros colonos chegados ao Brasil.

A sequencia da genealogia da Familia Barbalho e suas associacoes a partir daqui estao postas nos capitulos de Sao Francisco do Conde e Sao Christovao mais abaixo.

68 HISTORIA DO RIO DE JANEIRO

1.502 – Navegadores portugueses chefiados por Gaspar de Lemos avistam a Baia da Guanabara e pensam tratar-se do estuario de um rio grande e, por ser no mes de janeiro, dao-lhe o nome de Rio de Janeiro. Outro bom resumo da Historia do Rio a ser visitado esta no endereco: http://www.rio-turismo.com/historia.htm

1.555/1.567- O Estado do Rio de Janeiro atual tinha suas terras partilhadas pelas Capitanias de Sao Vicente e Sao Tome. Os portugueses nao tomaram posse efetiva do local por causa da ferocidade dos Tamoios. Nicolau Durand de Villegagnon entra em contato com as tribos e comeca a instalar a utopica Franca Antartica. Uma ideia posterior seria a de instalar uma colonia francesa onde os protestantes, principalmente os uguenotes, pudessem viver sem as perseguicoes ocorridas na Europa.

1.559 – Mem de Sa, o terceiro Governador Geral do Brasil, promove uma expedicao da Bahia que destroi o Forte Coligny. Porem, nao estabelece uma defesa do local e os franceses foragidos nos interiores e seus aliados indigenas continuam o comercio com a Franca.

1.564 – Estacio de Sa, sobrinho de Mem de Sa, estabelece o cerco aos franceses na Baia da Guanabara. Os nomes dos ajudantes na empreitada aparecem como: Braz Fragoso, da Bahia; Belchior de Azevedo e o indigena Arariboia; e os navegadores Paulo Dias Adorno, Antonio da Costa, alem de Duarte Martins Mourao. Arariboia era o chefe dos Temiminos, tribo originariamente habitante da Baia de Guanabara e que havia sido expulsa pelos franceses e tamoios em 1.555. Haviam se refugiado no Espirito Santo e ali foram catequizados.

1.565 – Apos retirar-se para Sao Vicente, em busca de reforcos, Estacio de Sa reune suas forcas que incluem os padres Jose de Anchieta, Manoel da Nobrega e Goncalo de Oliveira, alem de mamelucos e indigenas (entre os quais os Tupiniquins). E a 1o. de marco de 1.565 constroi uma palicada (Fortaleza de Sao Joao) e declara a fundacao de Sao Sebastiao do Rio de Janeiro, a futura Capital do Brasil.

A partir de entao comecam as distribuicoes de Sesmarias para povoar, cultivar e defender o territorio. As autoridades constituidas foram: Joao Prosse (Procurador do Concelho), Antonio Martins (Meirinho) e Pedro da Costa (Tabeliao do Publico e Judiciario). Entre os muitos sesmeiros estavam: Marim Paris (frances coaptado pelos portugueses), Duarte Martins e Fernao Valdez.

1.567 – Estacio de Sa recebe reforcos de seu tio, da Bahia, e consegue impor uma grade derrota `a coligacao de Tamoios e franceses, a 20 de janeiro daquele ano. Contudo, falece um mes depois em consequencia de ferimentos sofridos na batalha.

Estacio de Sa havia convencido Arariboia, entao rebatizado como Martim Afonso, a se estabelecer com sua tribo na margem oposta da Baia de Guanabara, em relacao ao Rio de Janeiro. Ali ele fundou a Vila de Sao Lourenco dos Indios que posteriormente veio a se tornar Niteroi.

1.600 – Segundo as estimativas de Jose de Anchieta, a populacao do Rio e arredores girava em torno de 3.850 habitantes: 3.000 indios, 750 brancos e 100 negros.

1.634 – Eh criada a Freguesia da Candelaria. O governador eh Francisco de Miranda Henriques.

1.637 – Salvador Correia de Sa e Benevides inicia o primeiro mandato como governador da provincia. Permanece no cargo ate 1.642 quando tem que retornar a Lisboa para responder a processo contra ele.

1.643 – Luis Barbalho Bezerra eh o governador da provincia. Com suas experiencias militares e de batalhas reorganiza a defesa da cidade. “Dada a reputação «de homem ponderado e íntegro, de inatacável honestidade, de que vinha precedido o novo governador, a população o acolheu com muita esperança e grande satisfação, entre vivas demonstrações de júbilo.” http://pt.wikipedia.org/wiki/Lu%C3%ADs_Barbalho_Bezerra. Falece em 1.644.

1.644 – Francisco de Souto Maior eh o governador e cria a Freguesia de Iraja.

1.645 – Eh enviada uma expedicao do Brasil com navios da Bahia e do Rio de Janeiro para tentar expulsar os holandeses que haviam tomado Luanda, na Angola. A tropa bahiana que havia sido treinada pelo heroi pernambucano Henrique Dias, e foi chefiada por Domingos Lopes de Siqueira, foi dizimada pelos jagas, tribo aliada ao invasor.

1.648 – Salvador Correia de Sa e Benevides volta a ser governador mas sai para chefiar outra expedicao com a finalidade de expulsar os holandeses que haviam tomado Luanda. A expedicao eh vitoriosa e ele eh aclamado governador de Angola.

1.659 – Salvador Correia de Sa e Benevides retorna ao governo do Rio. Institui a proibicao da producao da cachaca e revolta os produtores canavieiros. Ele queria proteger a producao da aguardente bagaceira, feita dos restos de uva na producao do vinho, que era importada de Portugal. Porem, para os produtores da aguardente de cana, o produto era fundamental porque servia como produto de esacambo de escravos na Africa. Ao fazer visita de inspencao em Sao Vicente, deixa Tome Correia de Alvarenga ocupando o seu posto. Eclode a Revolta da Cachaca, chefiada pelos irmaos Jeronimo e Agostinho Barbalho Bezerra.

1.660 – Agostinho Barbalho Bezerra eh aclamado governador do Rio de Janeiro.

1.661 – A Revolta havia levado Jernonimo ao governo provisorio do Rio. Porem, enquanto se esperava uma resposta de Portugal, Salvador Correia retorna de surpresa e domina os revoltosos que nao esperavam tal reacao. Salvador manda enforcar, esquartejar e espalhar as partes de Jeronimo Barbalho para servir de exemplo. Contudo, a razao eh posteriormente dada aos revoltosos e Correia de Sa eh chamado de volta a Portugal, para nunca mais retornar ao Brasil.

Joao Correia de Sa eh empossado como governador e eh criada a Freguesia de jacarepagua. Somente em 1.699 outro Sa retornaria a governar o Estado. Foi Artur de Sa Menezes.

1.749 – A estimativa eh que o Rio de Janeiro tenha 24.000 habitantes.

Nao continuarei a detalhar a Historia do Rio de Janeiro porque eh muita coisa e nem tudo tem relacao direta com nossos ancestrais. O que de mais importante aconteceu foi a chegada das cortes portuguesas em 1.808, a elevacao do Brasil `a categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves, alem da libertacao dos escravos (Lei Aurea) e a Proclamacao da Republica.

Em 1.732 os nossos ancestrais Manoel Vaz Barbalho e Josepha Pimenta de Souza ja se casaram em Minas Gerais (Distrito de Milho Verde, Vila do Principe, atual Serro). Porem, com o texto aqui postado ja podemos ter uma ideia de que o nucleo formador da populacao fluminense, provavelmente, nos concede elos geneticos muito proximos `a boa parte da populacao do Rio de Janeiro.

Temos, entao, que clarificar melhor essa afirmacao. Porei aqui as sequencias genealogicas que venho encontrando em sites da internet e do livro do professor Demerval Jose Pimenta (A Mata do Pecanha, sua Historia e sua Gente). Segue entao:

Luis Barbalho Bezerra – Maria Furtado de Mendonca, pais de:

1. Agostinho Barbalho Bezerra – Cecilia Barbosa, (Cecilia Barbalho)
2. Guilherme Barbalho Bezerra – Anna de Negreiros
3. Fernao Barbalho
4. Antonia Bezerra – Antonio Ferreira de Sousa (Cavaleiro de Santiago)
5. Cosma Barbalho – Francisco Negreiros de Sueiro
6. Francisco Monteiro Barbalho Bezerra –
7. Jeronimo Barbalho Bezerra – Isabel Pedroso (Pedreira ou Pedrosa)
8. Celia Carreiro – Fernao Aires Furtado
9. Cecilia Barbalho (?)

7. Jeronimo Barbalho Bezerra – Isabel Pedreira (I sequencia genealogica)
(?) Agostinho Barbalho Bezerra – Brites ou Beatriz de Lemos (Nilopolis)
(?) Pascoa Barbalho – Pedro da Costa (cas. 19.01.1668)
Maria da Costa Barbalho (batizada em Iraja) – Manoel Aguiar (1)
Manoel Vaz Barbalho – Josepha Pimenta de Souza

(1) Manoel de Aguiar era viuvo de Ana Pereira de Araujo

Belchior de Andrade de Araujo – Maria Cardoso (II sequencia genealogica)
Maria de Andrade – cap. Manoel Pimenta de Carvalho (nac. Vila Vicosa – Pt)
Belchior Pimenta de Carvalho (nascido em Campo Grande) – Francisca de Almeida (2)
Belchior Pimenta de Carvalho (batizado em Iraja) – esposa nao identificada
Josepha Pimenta de Souza – Manoel Vaz Barbalho

(2) Francisca de Almeida, batizada em Iraja a 2-5-1677, era filha de Amaro de Aguiar e outra Francisca de Almeida.

Observem como os nomes dos filhos nem sempre estavam diretamente vinculados aos dos pais. A filha do Luis: Celia Carreiro, tem seu sobrenome vinculado aos avos maternos. Indo ao geneall.net Portugal pode-se verificar uma longa linhagem Carreiro que remonta aos anos medievais. Vide Agostinho sobrinho tambem no capitulo de Nilopolis (69).

Quanto a afirmacao acima ha o que se explicar. No geneall.net Portugal tem-se que a esposa de Luis Barbalho chamar-se-ia Maria Furtado e os pais dela seriam Maria Nunes de Andrade e Pedro Carreiro Salema. Porem, tanto na Revista do Instituto Geographico e Historico da Bahia: Edicao 61 quanto na Revista Trimensal do Instituto Historico e Geographico Brasileiro …, Volume 51, Catalogo Genealogico, consta que ela se chamaria Maria Furtado de Mendonca e seria filha de Aires Furtado de Mendonca e Cecilia de Andrade Carneiro. Os seis primeiros filhos mencionados acima sao relacionados como filhos da Maria Furtado de Mendonca.

Ja os tres seguintes nao encontrei mencao materna. Sendo que tanto o Jeronimo quanto a Celia Carreiro sao citados apenas como filhos do Luis Barbalho Bezerra, sem mencionar o nome da mae. A Cecilia Barbalho eh lembrada as vezes como filha e outras como nora. Portanto nao posso dar aqui certeza do que ela foi.

Teremos muito o que destrinchar. A comecar de que, levado por um possivel engano do autor do livro Memorial Nilopolitano – Tomo I, reproduzido no endereco: http://blogdassecretarias.com.br/cultura/?page_id=220, identifiquei um Agostinho Barbalho Bezerra como sendo filho do Jeronimo Barbalho Bezerra. No livro ha uma pequena genealogia de Joao Alvares Pereira, que atribui ao possivel neto de Luis Barbalho ser genro daquele. Na verdade, nao tenho como afirmar muita coisa por nao ter os dados exatos dos nascimentos dos filhos de Luis Barbalho Bezerra.

No Google Livros esta publicado o “Pantheon Fluminense: Esbocos Biographicos” de Presalindo de Lery Santos. Pela grafologia pode-se notar que eh um livro bem antigo e nele estao pequenas notas biograficas dedicadas a Cecilia Barbalho. Eh dito que ela era fluminense e de importante familia da nobreza e, com todas as letras, que fora casada com Agostinho Barbalho Bezerra, filho do mestre de Campo, Luis Barbalho Bezerra. http://books.google.com/books/about/Pantheon_fluminense.html?id=OwCKt1vW_dwC

Medindo e pesando as informacoes, eu havia levantado a hipotese de sermos descendentes do Jeronimo, atraves do suposto filho, Agostinho. Isso se da porque o livro do professor Demerval garantia que dona Pascoa Barbalho seria neta do Jeronimo que: “Faleceu no cadafalso, no Rio de Janeiro…” Porem, observo que talvez haja um engano e dona Pascoa possa ser filha e nao neta do mesmo Jeronimo. Isso se da assim porque o professor Pimenta nos da a data de casamento de dona Pascoa, que fora “em 19 de janeiro de 1668.”

Mas o texto da Wikipedia afirma que (http://pt.wikipedia.org/wiki/Lu%C3%ADs_Barbalho_Bezerra): “O prestígio de que gozava entre a população foi herdado pelos filhos, Jerónimo Barbalho Bezerra e Agostinho Barbalho Bezerra, então ainda jovens, mas que mais tarde desempenhariam papel saliente na história do Rio de Janeiro.” O Luis deve ter chegado para o Rio de Janeiro por volta de 1.640, apos ter lutado contra os holandeses na Bahia, em 1.638, levando seus filhos ainda jovens. E, segundo o texto do Memorial Nilopolitano, o Agostinho casou-se por volta de 1.645.

Isso nos faz concluir que o Jeronimo deve ter se casado na mesma epoca e, embora possivel, seria uma quase improbabilidade que uma neta dele estivesse se casando em 1.668. Pode ser que ele tenha chegado ao Rio de Janeiro ja casado e ja tivesse filhos, mas baseado na informacao que teria chegado muito jovem, o mais provavel eh que o tenha feito ja no Rio. Neste caso, teria que ter tido uma filha por volta de 1.640 e esta ter tido a nossa ancestral Pascoa Barbalho uns 12-13 anos depois e, por fim, a dona Pascoa teria se casado com idade semelhante.

Essa hipotese nao coaduna com a opiniao de outros descendentes do Jeronimo. No site GENi encontramos uma ramificacao que descende de Micaela Barbalho Bezerra Pedroso, filha do Jeronimo, cuja data provavel de nascimento indicada eh de 1.653. Ela foi batizada no mesmo ano. Portanto, eh provavel que dona Pascoa tenha nascido por essa volta, o que a torna, mais certamente, filha e nao neta de Jeronimo Barbalho Bezerra. Em razao de ela ter se casado em 1.668, enquanto dona Micaela teria se casado em 1.671.

“Tia” Micaela casou-se com Joao Batista de Matos, que era portugues. A boa noticia eh que, talvez, todas as minhas conjecturas a respeito de nossa genealogia se facam desnecessarias. Eh possivel que tudo esteja revelado e nem precisariamos fazer grandes esforcos para chegarmos `as conclusoes corretas porque o genealogista: Rheingantz, Carlos Grandmasson – ja publicou ha muito o livro: PRIMEIRAS FAMILIAS DO RIO DE JANEIRO (Seculos XVI e XVII). Foi nele que a descendencia de Joao e Micaela confirmaram algumas informacoes. Eh provavel que a Familia Barbalho no Rio de Janeiro, da epoca, esteja toda recordada na colecao de tres volumes, em seu volume I.

No endereco: http://pt.wikipedia.org/wiki/Primeiras_Fam%C3%ADlias_do_Rio_de_Janeiro_(S%C3%A9culos_XVI_e_XVII) encontra-se a informacao que a publicacao do “PRIMEIRAS FAMILIAS…” volumes I e II se deram em 1.965 e 1.967. Portanto, nao houve tempo habil para o professor Demerval comparar os dados que possuia para a primeira edicao do livro dele (1.966).

A “tia” Cecilia esta na pagina 235 do livro “Pantheon Fluminense, Esbocos Biographicos”, logo depois do Dr. Candido Borges Monteiro, nosso primo, na pagina 229. A data de nascimento para ela eh de 18 de novemtro de 1.613. Uma data compativel com a idade do Luis Barbalho Bezerra que tem sua data de nascimento apontada como sendo 1.590. Neste caso, por volta de 1.610 ele ja poderia estar sendo pai, e o Agostinho poderia ter nascido por essa epoca. Segundo a publicacao de genealogia pernambucana ele nasceu em 1609.

Porem, teria que ser um pouco enganoso a mencao no texto da Wikipedia de que ele teria chegado ainda jovem ao Rio de Janeiro ja que seria realmente jovem para os nossos dias, porem adulto, por volta dos 30 anos, naquele tempo em que a media de vida da populacao nao passava dos 36 anos.

Contudo, o que tambem esta pesando nessa duvida eh que ha uma biografia dedicada a Agostinho Barbalho Bezerra no endereco: http://pt.wikipedia.org/wiki/Agostinho_Barbalho_Bezerra em que se afirma que fora o Agostinho, filho de Luis Barbalho Bezerra, o marido de Brites de Lemos que, em fins de 1.667, viajara a Lisboa para requerer os salarios e despesas do marido com a fracassada Entrada que fizera para encontrar esmeraldas, no Vale do Rio Doce, no Espirito Santo, e que resultara em sua morte.

Assim encontram-se duas viuvas de Agostinho Barbalho Bezerra ao mesmo tempo. Neste caso, eh possivel que tambem o Jeronimo Barbalho Bezerra, filho do Luis de mesmo sobrenome, houvesse nascido em torno de 1.610. Sendo assim ser perfeitamente possivel ter-se tornado pai de Agostinho Barbalho Bezerra (sobrinho), que se casara com D. Brites de Lemos e ambos Agostinhos houvessem falecido no mesmo desastre. Sendo que a historiografia nao acompanhou a genealogia e confundiu os elementos. Ate aqui me parece que as biografias de ambos foram somadas em nome apenas do tio.

A biografia de Cecilia Barbalho no Pantheon Fluminense, endereco: http://books.google.com/books?id=OwCKt1vW_dwC&pg=PA235&source=gbs_toc_r&cad=4#v=onepage&q&f=false deixa bem claro que ela foi a esposa do Agostinho, filho do mestre de campo Luis Barbalho Bezerra. Tambem no Google Livros ha a exposicao do livro: “Diccionario Biographico de Pernambucanos Celebres”, de Francisco Augusto Pereira da Costa, onde se afirma que o nome original de “tia” Cecilia era Cecilia Barbosa. O endereco na net eh um exagero mas vamos la: http://books.google.com.br/books?id=5FxKAAAAYAAJ&pg=PA6&lpg=PA6&dq=Diccionario+Biographico+de+Pernambucanos+Celebres,+Agostinho+Barbalho+e+Cecilia+Barbosa&source=bl&ots=mQU246je4S&sig=CRnUlF3KzhbA80jieq6G3qPQzb0&hl=pt-BR&sa=X&ei=fRcLUIf1LqSW0QHWkvH6Aw&ved=0CEsQ6AEwAA#v=onepage&q=Diccionario%20Biographico%20de%20Pernambucanos%20Celebres%2C%20Agostinho%20Barbalho%20e%20Cecilia%20Barbosa&f=false

Ai temos uma biografia mais completa de Agostinho, que lutou nao apenas contra os holandeses mas tambem foi heroi da emancipacao de Portugal em relacao `a Espanha. Embora se diga que o dominio Espanhol se deu ate 1.640, apos essa data houveram batalhas nas quais Agostinho participou a seu proprio custo. Leiam a biografia completa. Eh muito interessante. Realmente, no endereco: http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=42170&cat=Artigos&vinda=S, encontrei que a data de nascimento do primeiro Agostinho de seu em 1.609 em Pernambuco e falecimento, no Rio de Janeiro, antes de 1.675. Isso nos leva a concluir que quem faleceu em 1.667 e era esposo de D. Brites de Lemos era o Agostinho Sobrinho.

Pelos dados colhidos acima, pode-se perceber que Agostinho Barbalho Bezerra, filho do mestre de campo Luis Barbalho nao era tao jovem quanto se poderia imaginar, a partir daquele texto na Wikipedia mais acima. Tambem nao parece configurar-se como fato a versao de que “tia” Cecilia fosse anti-casamento. Ela teria sido impelida a isso pelo fato de o “tio” Agostinho te-la deixado sem recursos que a pudesse dar bons dotes `as outras filhas, para que se casassem em “boas” familias. Isso eh o que se pode constatar pelo livro: “Alfandega do Rio de Janeiro” de Jose Eduardo Pimentel de Godoy, que se encontra no endereco na net: http://www.receita.fazenda.gov.br/Memoria/aduana/publicacoes/alfandega_RJ.pdf. Na passagem da pagina 16 para 17 esta escrito:

“Joao Barbosa Calheiros – Provedor e Contador da Fazenda Real, e Juiz da Alfandega, no Rio de Janeiro, em 1629. Sua identidade e um tanto incerta. Talvez seja o que se casou em 1655 com Izabel Cabral; mas, pode ser o mesmo Sargento-Mor Joao Barbosa, que era genro do provedor Joao de Basto [pags. 14-15]; era certamente parente de Antonio Barbosa Calheiros, genro de Agostinho Barbalho Bezerra, e cunhado de Jeronimo Barbalho Bezerra, poderosa familia que desafiou o predominio de Salvador Correa de Sa e Benevides (Fonte – ABN, 59:121 – Rheingantz, Primeiras Familias do Rio de Janeiro, 1:195 – Tombos das Cartas de Sesmarias do Rio de Janeiro, XVI).

Se ela realmente fosse contraria a casamentos, ela e o Agostinho nao seriam sogros de Antonio Barbosa Calheiros que, provavelmente, era parente dela, por causa da assinatura Barbosa. Estao ai as fontes citadas pelo Jose Eduardo e o “Primeiras Familias do Rio de Janeiro” configura-se mesmo como uma provavel resposta `as nossas buscas. O negocio eh busca-lo para encontra-la.

Cecilia Barbalho eh uma figura de grande interesse na Historia Fluminense. Ha mencoes indicando que teria nascido em 1.613 e que foi a esposa de Agostinho Barbalho Bezerra, filho do Mestre de Campo Luis Barbalho Bezerra. Assim, tudo se confunde porque outras fontes garantem que ela fosse parente proxima de Luis Barbalho, sem indicar a relacao parental. Neste caso, voltamos `a possibilidade de o Jeronimo Barbalho Bezerra ter mesmo tido um filho de mesmo nome de seu irmao e, este, ter sido o marido de Brites de Lemos.

Mas aqui o que interessa eh dizer que ela, apos ficar viuva em data anterior a julho de 1.675 e nao aceitando as imposicoes da epoca, e com a ajuda de senhoras de posses, constroi uma vivenda anexa `a ermida de Nossa Senhora da Ajuda. O sonho dela era o de construir um convento para abrigar as mocas e senhoras que nao aceitassem as imposicoes de casamento de seus pais e maridos. Em outras palavras, foi ela uma feminista aos moldes do seculo XVII. Recolheu-se na vivenda com suas filhas (2 ou 3, dependendo da literatura).

Houve oposicao por partes dos governantes. A desculpa era a de que o convento, se nao tivesse meios de autossustentar-se, acabaria aumentando as despesas do governo. Mas o que mais os preocupava era que a colonia era um vasto vazio demografico, dai a necessidade de se produzir o maximo de filhos possivel, segundo o parecer machista da epoca. E dar a opcao `as mulheres de nao se casarem seria uma ameaca aos desejos deles. Apos concluido, o Convento prestou grandes servicos `a Cidade do Rio de Janeiro, assistindo `as comunidades mais pobres.

Para impedir a realizacao do sonho de D. Cecilia fizeram circular a ideia de que ela era snob, que nao queria que as filhas se casassem porque se achava superior. Como nao teria recursos para leva-las a Portugal onde poderia arranjar-lhes casamentos com filhos de nobres hierarquicamente mais elevados, teria preferido o recolhimento.

Por fim a construcao do Convento de Nossa Senhora da Conceicao da Ajuda foi autorizada em 1.705, ja sem a presenca de sua idealizadora, mas somente foi iniciado em 1.745 e concluido em 1.750. Foi inaugurado na presenca do governador, nosso velho conhecido, general Gomes Freire de Andrade. (Aquele que passou Cartas de Sesmarias ao Manuel Rodrigues Coelho). A principio, o Convento foi de grande importancia na Historia do Rio de Janeiro, porque foi o primeiro e pelas causas assitenciais que abracou. Mais tarde, foi na Capela de Nossa Senhora da Ajuda que os membros da monarquia eram sepultados. http://www.jblog.com.br/rioantigo.php?itemid=14481

Durante o Imperio, porem, o objetivo de D. Cecilia Barbalho foi distorcido pela nobreza do Rio de Janeiro. Seus membros comecaram a internar no Convento as filhas que nao queriam submeter-se `as suas decisoes de casa-las com quem eles quizessem. O mesmo se dava com as esposas que os desobedeciam. Assim, aquilo que fora pensado para ser usado como opcao voluntaria passou a ser imposicao.

A situacao piorou com a Proclamacao da Republica e com o abandono total do Convento. Os imoveis foram demolidos e o local virou a Cinelandia onde gracavam os inferninhos e a vida boemia. Um pouco da Historia pode ser vista no endereco: http://rememorarte.blog.br/?p=2201. Outros detalhes, como o de que o Convento ainda existe, porem, na Vila de Santa Isabel, podem ser constatado no endereco: http://www.vila-isabel.de/tourismus/kloster-port.htm

Encontrei que Guilherme Barbalho Bezerra requereu de D. Afonso VI a Alcaideria-Mor da Cidade de Sao Cristovao em Sergipe d’El Rei. E ha informacoes de que o teria conseguido.

Sao Cristovao foi a quarta cidade a ser implantada no Brasil (1.590) e foi a capital da Capitania. Para que isso tenha acontecido, temos uma pequena janela de tempo porque D. Afonso VI subiu ao trono em 1.656 mas foi impedido de governar a partir de 1.668, por causa de problemas de saude, talvez causados por meningite, que o levou a sequelas fisicas, pisicologicas e `a impotencia sexual. Na biografia de seu irmao Agostinho (“Diccionario Biographico de Pernambucanos Celebres”), os dois sao citados com mencoes honrosas em suas participacoes na guerra contra os holandeses e ao lado do pai deles, Luis Barbalho.

Ampliando um pouco a analise a respeito dos nomes presentes em nossa genealogia, observei com alguma curiosidade o nome de nosso ancestral Pedro da Costa, marido de D. Pascoa Barbalho. Tudo pode nao passar de coincidencia, porem, o casamento deles se deu 103 anos depois da fundacao da Cidade de Sao Sebastiao do Rio de Janeiro. Na data de 1.564 aparece o nome de Antonio da Costa e na fundacao propriamente dita, 1.565, aparece o nome do escrivao Pedro da Costa. Claro, durante tao longo periodo (80 anos entre a fundacao e o provavel nascimento de D. Pascoa) outros “da Costa” podem ter buscado refugio no Rio de Janeiro, porem, pode ser que ai estejam nomes de ancestrais de nossos ancestrais.

O livro “Primeiras Familias do Rio de Janeiro” devera esclarecer-nos tais duvidas. O volume III dele nunca foi publicado a nao ser na atualidade, atraves do Colegio Brasileiro de Genealogia, em forma de fasciculos. Acredito que se mergulharmos mais nessa busca iremos encontrar mais ancestrais nossos com vinculos geneticos com outros fundadores nao citados aqui. Olhando a Ata escrita no dia em que o povo exigiu que Agostinho Barbalho Bezerra assumisse o governo encontrei muitos nomes, entre os quais: Joao Pimenta de Carvalho, que pode ser nosso parente.

Vendo tais dados a gente sente realmente a genealogia fluindo em nossas veias. Os fatos historicos deixam de ser a Historia de gente desconhecida para tornar-se a nossa propria Historia. Era o sentimento que eu gostaria de despertar nas novas geracoes, para que elas nao apenas conhecessem mas tambem respeitassem os ancestrais. A Historia que outros fizeram no passado sera a mesma Historia que as pessoas do futuro reconhecerao como delas, em que nos fomos seus agentes.

Nestes escritos eu tenho dado certa enfase `a presenca do arquiinimigo dos Barbalho la no Rio de Janeiro, o governador Salvador Correia de Sa e Benevides. Tenho dois motivos para faze-lo e um deles nao sera o de denegrir a imagem dele. As proprias atitudes dele ja o denigriram o suficiente, nao preciso eu “urinar na onca morta”. O que ele fez nao foi nada diferente do que politicos comuns tem aprontado nos dias de hoje.

Que me perdoem os autores portugueses que o querem isentar de suas culpas e engrandece-lo acima da verdade. Quem desejar ler um pouco a respeito, sugiro a leitura: http://pt.wikipedia.org/wiki/Salvador_Correia_de_S%C3%A1_e_Benevides. Ai encontrarao uma opiniao favoravel a ele. O que desejo eh apontar alguns contrastes. A visao apresentada por outros eh unilateral. Mas o que se parece uma defesa vira uma constatacao da incapacidade administrativa, por falta de preparo de nossas autoridades do passado.

Os erros cometidos por Correia de Sa tornaram-se pessimos para Portugal e, a longo prazo, bom para o Brasil. Ele desejou impor um bordao sobre as costas dos brasileiros. Ele e outros administradores que pensavam que seus nascimentos em Portugal lhes davam mais cidadania que aos outros. A propria administracao carrasca das metropoles, e aqui nao faco excecao ja que outros paises europeus nao fugiram `a regra, foram as responsaveis pelo surgimento do sentimento nativista nas colonias. Os portugueses nascidos no Brasil tinham o mesmo sentimento de amor por Portugal que seus pares nascidos em Portugal. Mas quando se viram tratados como inferiores eh que se rebelaram e preferiram seguir caminho proprio, independente da metropole.

Um dos motivos apontados pelos americanos para o surgimento da Revolucao de Independencia foi o que se chama de: “Taxacao sem representacao”. O povo era obrigado a pagar impostos mas somente os nascidos na metropole se tornavam governadores. Correia de Sa era clientelista e nepotista. Distribuia todos os cargos com os membros da propria familia e aliados e dos outros queria exigir os mesmos impostos.

Correia de Sa e Benevides iniciou a construcao de navios de grande porte no Rio de Janeiro. Querendo para isso impor altos impostos `a populacao. No fim constatou que nao podia continuar no intento porque “nao havia mao de obra especializada para faze-lo”. Essa eh uma classica desculpa dos mau governantes. Qual o engenheiro que antes de comecar a construir nao faz primeiro o levantamento do material e dos custos da obra? Ele comecou a construir sem fazer o levantamento e, alem disso, fazia uso indevido dos bens publicos para o seu proprio beneficio.

A propria descricao da tomada de Luanda, realizada por ele e suas tropas, eh anedotica. Eh impossivel crer que um militar tenha tomado tantas decisoes incoerentes. E, apesar disso, dar tudo certo. A nao ser, claro, como sempre aconteceu, os vencedores escreveram a Historia como o quizeram, com fatos proporcionados pelos seus proprios egos e nao pela verdade. Como os holandeses eram bem organizados deverao ter uma versao diferente para o acontecimento. E isso deveria ter sido consultado antes de escrever-se uma biografia com tantos erros.

Contudo, como tudo passa, o motivo que levou-me a escrever essas ultimas notas eh notar que, nao duvido que somos aparentados, relativamente proximos, de Salvador Correia de Sa e Benevides. Quem esta familiarizado com meus escritos genealogicos deve lembrar-se do ramo Pereira do Amaral, oriundo da Ilha de Sao Miguel, Acores, na familia.

Ate o momento, o que temos eh que naquela Ilha, nossos ancestrais Manoel Pereira e Maria de Benevides foram pais de Miguel Pereira do Amaral que, em meados do seculo XVIII, mudou-se para o Brasil e la deixou uma imensa heranca genetica, da qual grande parte da populacao do Centro-Nordeste de Minas Gerais faz parte.

Nao apenas em relacao ao Benevides. O provavel eh que tenhamos muitas outras ligacoes genealogicas com ele. O melhor eh dizer que, apesar do Benevides porque, numa rapida inspecao que fiz no Geneall.net Portugal, o Salvador o herdou de suas origens espanholas e nao vi vinculos entre o Benevides dele e os de Portugal.

Ao que podemos constatar, a nossa assinatura Barbalho foi carioca por cerca de 100 anos. Chegou ao Rio de Janeiro em torno de 1.643 e reaparece em Minas Gerais em 1.732. Outros cento e poucos anos perambulou pelas cidades historicas de Minas Gerais. Veio descansar-se por aproximadamente mais um seculo no municipio de Virginopolis, considerando-se apenas os meus parentes mais intimos, de onde se espalhou tanto que sera dificil reunir todos os dados genealogicos.

Outras informacoes interessantes. No inicio do Ciclo do Ouro o Rio de Janeiro passou por um desenvolvimento intenso por se tornar o entreposto para o comercio do produto com o mundo. Contudo, seus Engenhos se esvaziaram das muitas almas humanas que se dirigiram para as zonas mineradoras. Agostinho Barbalho Bezerra, o tio, teve fazendas na Freguesia de Sao Goncalo.

Quanto aos Agostinhos Barbalho Bezerra, nao ha mesmo duvida que sao dois. Um que gasta tudo com a patria e nao lega grandes coisas `a viuva e `as filhas. O outro tambem gasta, porem, pede as promissorias para depois a viuva ter como cobrar. As viuvas foram: Cecilia Barbosa que foi mais conhecida como Cecilia Barbalho e Brites ou Beatriz de Lemos, respectivamente.

O Agostinho Barbalho Bezerra (sobrinho) foi casado com dona Brites de Lemos, filha de Joao Alvares Pereira e d. Izabel de Montarroios. Esta, era filha de Diogo de Montarroios. Joao Alvares Pereira fundou a Fazenda de Sao Mateus, em terras que a partir de 26.02.1647 passaram a pertencer `a entao criada Freguesia de Sao Joao Batista de Trairaponga. E assim inicia Nilopolis. http://blogdassecretarias.com.br/cultura/?page_id=220

69. HISTORIA EM NILOPOLIS

Nao encontrei o nome do autor do “MEMORIAL NILOPOLITANO – TOMO I”, endereco na net: http://blogdassecretarias.com.br/cultura/?page_id=220 mas muito temos a agradecer a quem quer que seja.

Ali se revela que uma grande area do litoral brasileiro foi dada como Sesmaria ao fidalgo Bras Cubas. Este havia chegado ao Brasil junto com a expedicao de Martim Afonso de Sousa, em 1.531. Foi Capitao-Mor de Sao Vicente e fundador de Santos. O personagem do livro: “Memorias Postumas de Bras Cubas” de Machado de Assis, nao representa o personagem historico. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Br%C3%A1s_Cubas).

Contudo, Bras Cubas nao toma posse de fato das terras no Rio de Janeiro e elas depois sao distribuidas a outros sesmeiros. Um deles foi Diogo de Montarroi(y)os. Este teria sido pai de Izabel de Montarroi(y)os, esposa de Joao Alvares Pereira.

Outros sesmeiros na mesma area foram: Domingos de Braga, Lourenco Luiz, Antonio e Francisco Alvarenga, Diogo de Brito, Belchior Tavares, reverendo Martim Fernandes, Simao Rodrigues Peres, Jordao Homem da Costa e Joao Homem.

Assim, o inicio dos anos 1.600s comecaram com a rapida multiplicacao dos engenhos de cana-de-acucar e fazendas de gado. Em 1.634, Joao Alvares Pereira construiu a Fazenda de Sao Mateus na qual erigiu uma capela dedicada ao mesmo santo. A area, junto `a Serra do Tingua fazia parte da Freguesia de Sao Joao do Trairaponga (Sao Joao do Meriti), criada em 26 de fevereiro de 1.647.

Quando vi o nome Sao Joao do Tarairaponga no livro do professor Demerval Jose Pimenta eu nao consegui pronuncia-lo sem sequer imaginar o sotaque a ser usado. Agora que vi a simplificacao para Trairaponga eh que lembrei ter ouvido falar em minha infancia que o peixe traira era tambem conhecido como taraira. O nome talvez tenha o significado de “alto da traira” ou “traira do elevado” ou, talvez, “traira dificil de fisgar”.

Joao Alvares Pereira tornou-se grande senhor de terras e entre outras propriedades: “Possuiu tambem a Fazenda de Sao Diogo, em Marapicu (Nova Iguacu), cuja metade deixou de dote para sua filha Brites de Lemos e a outra metade para seu filho de mesmo nome.”

A regiao alcancou consideravel desenvolvimento a partir de 1.700 com o descobrimento das minas de ouro em Minas Gerais e de 1.763 quando a capital do pais foi transferida de Salvador na Bahia para o Rio de Janeiro.

A Fazenda de Sao Mateus permaneceu por 220 anos nas maos da familia de Joao Alvares Pereira, de 1.634 ate 1.854, quando foi vendida pela viuva D. Clara Augusta a Jose Francisco de Mesquita, o barao de Bonfim.

Em 1.858 chega ali a Estrada de Ferro D. Pedro II.

A Fazenda Sao Mateus vai sendo desmembrada com o tempo e dando origem a diversas atuais municipios do Estado do Rio de Janeiro. Entre eles estao Nova Iguacu, Mesquita, Sao Joao do Meriti.

Em 1.914 a Fazenda foi loteada por seu dono: Joao Alves Mirandela que encomendou ao engenheiro da Central do Brasil, Theodomiro Goncalves Ferreira, a planta para o povoado.

Por causa da atuacao do engenheiro Lucas Soares Neiva em favor da criacao da estacao ferroviaria no local, eh dado o nome de Engenheiro Neiva, que nao dura por muito tempo. O nome foi mudado para Nilopolis, em homenagem ao ex-presidente, Nilo Pecanha.

Por fim, Nilopolis obtem sua emancipacao em 21 de agosto de 1.947, separando-se de Nova Iguacu.

O livro “Memorial Nilopolitano – Tomo I”, traz um conteudo genealogico interessante, contudo, ressaltando apenas a linhagem dos sucessores de Joao Alvares Pereira que se mantiveram como donos da Fazenda Sao Mateus. De nosso interesse particular, entao, ficam as primeiras geracoes. As outras geracoes nao deixam de ser interessantes porque, afinal, nos informam parte do nosso grau de parentesco com a populacao do Rio de Janeiro e do Brasil. Vou copiar apenas o necessario:

Joao Alvares Pereira – Izabel de Montarroi(y)os, tiveram 5 filhos:

1. Brites ou Beatriz de Lemos – nasceu no Rio de Janeiro e foi batizada em 14 de julho de 1.627. Casada, provavelmente em 1.645, com o capitao Agostinho Barbalho Bezerra, filho do governador Jeronimo Barbalho Bezerra.

2. Merencia ou Emerenciana de Barcelos (1.629) – Joao Fernandes Pedra + Jose Pereira Sarmento. O segundo marido dela administrou a fazenda, porem, ela teve filhos apenas com o primeiro marido e a propriedade passou para o genro dela. Filhos:

2.a Pedro Alvares (1.659)
2.b Izabel de Barcelos (1.662) – Manuel Freire Alemao
2.c Joana de Barcelos (1.665) – Domingos Machado Homem
2.d Pascoa de Araujo (1.668) – Joao Pereira Barreto

3. Joao Alvares Pereira (filho – 1.635) – Paula de Galegos, pais de:

3.a Izabel de Azevedo Coutinho (1.661) – Luis de Souza Coutinho
3.b Antonio de Azevedo Coutinho (1.664)

4. Luis Alvares Pereira (1.638) – Izabel da Costa

5. Izabel Pereira de Montarroi(y)os (1.642) – Antonio Pach(x)eco Calheiros

Seguindo apenas a genealogia dos donos da Fazenda Sao Mateus:

Joao Alvares Pereira – Izabel de Montarroi(y)os, pais de:
Merencia de Barcelos – Joao Fernandes Pedra, pais de:
Joana de Barcelos – Domingos Machado Homem, pais de:
1. padre Matheus Machado Homem – foi dono ate falecer
2. Emerenciana de Barcelos – Joao de Souza Coutinho, pais de:
1. padre Francisco de Souza Coutinho – partilhou a fazenda com o irmao ate falecer.
2. brigadeiro Ambrosio de Souza Coutinho – Joana Thereza de Oliveira, pais de:
Vicente de Souza Coutinho – Clara Augusta de Bulhoes Coutinho.

No livro “Memorial Nilopolitano – Tomo I” ha a mencao de que alguns membros da familia de Joao Alvares Pereira foram perseguidos pela Inquisicao por praticarem a religiao de Moises. Isso deve incluir descendentes que se casaram com pessoas de origem judaica porque era proibido pela Inquisicao ordernar-se padres aos descendentes de Cristaos Novos. E o padre Matheus era bisneto, uma geracao muito proxima para passar despercebida pelos inquisitores.

Em 1.853, a viuva d. Clara Augusta vende a propriedade para Jose Francisco de Mesquita, o barao de Bonfim. O barao fora feito visconde e, em 1.864, passa a Fazenda a seu filho: Jeronimo Jose de Mesquita, o barao de Mesquita.

Aqui encontra-se um paralelo entre o Rio de Janeiro e Minas Gerais. O barao era natural de Ouro Preto. Residiu alguns anos em Santo Antonio de Caratinga e, por esta razao, mais tarde o local mineiro recebeu o nome de Mesquita (capitulo 55). A presenca dele no Rio de Janeiro deu origem `a outra Cidade de Mesquita.

Com a morte do barao, a Fazenda Sao Mateus eh herdada pelo filho: Jeronimo Roberto de Mesquita, o II barao de Mesquita. Apos a abolicao dos escravos, em 1.888, a Fazenda vira capoeira e eh hipotecada por Manuel Miguel Martins, o barao de Itacurussa, marido de D. Jeronima Elisa de Mesquita, irma do barao de Mesquita.

Em 1.900 a Fazenda eh vendida a Lazaro de Almeida e Joao Alves de Mirandela. Em 1.913 este ultimo encomenda a planta de loteamento que da origem a Nilopolis.

Nilopolis atualmente tem como seu principal atrativo o turismo, representado por sua escola de samba: Beija-Flor, que tem conquistado diversos titulos de campea do carnaval do Rio de Janeiro.

Como podemos observar, a nossa genealogia esta diretamente ligada aos primeiros moradores de Nilopolis. Contudo, penso que a Fazenda Sao Diogo seja no que hoje se apresenta como Nova Iguacu. Isso porque nela esta a Igreja de Nossa Senhora da Conceicao de Marapicu, nome da Freguesia que deu origem a Nova Iguacu e a Queimados. A Fazenda Sao Diogo foi dote dado a Brites de Lemos, esposa de Agostinho Barbalho Bezerra, o sobrinho.

Mais dois argumentos levam-me a crer que estes sejam mesmo os nossos ancestrais e pais de dona Pascoa Barbalho. Um deles eh que penso ser este o Agostinho que foi encarregado de buscar as minas de materiais preciosos e faleceu na tentativa. Meu pensamento baseia-se em que o rei Afonso VI despachara cartas a muitos outros fidalgos do pais para ajudarem-no. Uma delas foi enviada a Fernando Ortiz de Camargo, nestes termos:

“Fernando de Camargo, Eu El-Rei vos envio muito saudar. Bem sei que nao e necessario persuadir-vos a que concorrais de vossa parte com o que for necessario para o descobrimento das Minas a que envio Agostinho Barbalho Bezerra, considerando ser natural desse Estado e que como tal mostra particular desejo dos aumentos dele e esperando pela experiencia que tenho do bem com que ate agora me serviu, que assim o fara em tudo o que lhe encarregar,…” Isso esta tanto no endereco: http://pt.wikipedia.org/wiki/Agostinho_Barbalho_Bezerra quanto no espaco dedicado a Fernando Ortiz Camargo.

A dificuldade aqui eh determinar em qual momento o texto deixa de referir-se a Agostinho e passa a referir-se ao destinatario. Seria uma afronta o rei chamar ao Agostinho, o tio, “natural desse Estado”. Nao porque houvesse alguma diferenca em ser pernambucano ou ser natural da Capitania de Sao Vicente, que incluia, entre outros: Rio, Sao Paulo e Minas Gerais. Mas porque o Agostinho tio tinha sido heroi nos combates aos holandeses em Pernambuco e Bahia, alem de ter lutado em Portugal, pela independencia deste. O rei, que nasceu em 1.643, deve te-lo conhecido pessoalmente e muito bem sabia que era pernambucano de nascimento.

Como o rei estava pensando em prestar apoio ao Agostinho, o sobrinho, sabia ele muito bem que seria necessario dar enfase ao fato de ele ser natural do lugar, porque os “sulistas” ja deviam estar fartos de ouvir elogios `as duas geracoes de Barbalho anteriores, representadas por Luis e Agostinho Barbalho Bezerra, o tio. A ma vontade com que a maioria dos fidalgos teve para com o Agostinho, o sobrinho, tambem eh uma forte evidencia.

Essa rejeicao dever-se-ia a ele ser a terceira geracao, considerada estrangeira, a ter apoio oficial da coroa portuguesa. Somente se fosse o jovem Agostinho eh que se explicaria a retorica contraria do governador do Rio de Janeiro: D. Pedro de Melo. Vide texto da Wikipedia. Se fosse o Agostinho tio, haveria um maior respeito pelos cabelos brancos, pela biografia e pela conhecida ponderacao. O Agostinho que recebeu a incumbencia do soberano parece ser jovem, irrequieto e impetuoso.

Outra razao importante pode ser deduzida da documentacao de 1663 quando o Agostinho Barbalho Bezerra requereu algumas merces junto ao Conselho Ultramarinho e `a Coroa Portuguesa. Na argumentacao ele alega que tinha mae e tres irmaos para ajudar a criar. Os fatos sao esses, Luis Barbalho Bezerra faleceu em 1644, portanto, em 63 nao tinha filhos menores, alias, diga-se de passagem, em 1642 d. Antonia Bezerra ja havia se casado. Ela era a quarta dos filhos de d. Maria Furtado de Mendonca, segundo a Revista do Instituto Historico Brasileiro, Volume 52.

A esposa do Luiz Barbalho, d. Maria Furtado de Mendonca, em 1644, deveria estar com 49 anos pois ha mencao a ter nascido em 1595. Entao, mesmo que se casasse uma segunda vez nao teria mais filhos. Por outro lado, quem foi enforcado e esquartejado em 1661 foi o Jeronimo Barbalho Bezerra, alegado pai do Agostinho sobrinho. Neste caso eh razoavel pensar que tenha deixado filhos ainda jovens. Lembro que o calculo para o nascimento de d. Micaela Barbalho Bezerra Pedroso foi de 1653. Ela estaria com 10 anos em 1.663.

Mais uma razao eh a que esta no livro do professor Demerval Jose Pimenta. Na pagina 253 do A Mata do Pecanha ele nos informa que o nosso ancestral, Belchior Pimenta de Carvalho, casou-se com Francisca de Almeida, em 1.693, na Capela de Sao Joao do Tarairaponga. Hoje eh Sao Joao do Meriti, que fazia parte dos dominios da Fazenda de Sao Mateus. Pode ser apenas coincidencia, porem, ha ai outra evidencia da proximidade que havia entre o ramo Barbalho e o ramo Pimenta. Eram os avos de Josepha Pimenta de Souza se casando nos dominios dos bisavos do Manoel Vaz Barbalho.

Interessante eh que, se o Agostinho sobrinho nao tivesse falecido tao prematuramente e tivesse permanecido no cargo de “cacador das esmeraldas” e materiais preciosos nas Minas Gerais, haveriam muito mais pessoas assinando Barbalho no Brasil. Muitos que abandonaram o sobrenome em favor de outros pensariam duas vezes por causa do prestigio que isso daria a nos, os descendentes.

Nao importa qual seja o Agostinho Barbalho Bezerra que estivesse fazendo as prospeccoes minerais e veio a falecer no “Espirito Santo”. Ele estava absolutamente correto em sua avaliacao de que os materiais preciosos seriam encontrados no Brasil. Foi um visionario afortunado nessa premunicao. Ele precedeu inclusive ao Fernao Dias Pais Leme, embora, este ja estivesse envolvido com a busca por conta propria.

O “Ciclo do Ouro” teria acontecido no Brasil de forma completamente diferente se nao fosse a grande coragem desses homens. Sem a grande populacao que Minas Gerais atraiu para o Brasil durante o “Ciclo do Ouro”, talvez, o pais nao chegasse `a metade do que eh atualmente.

Menos de 30 anos apos ao alegado falecimento do “tio” Agostinho Barbalho Bezerra, Minas Gerais transformou-se num canteiro imenso de producao aurifera. Mas ai tambem passa por minha cabeca uma outra explicacao para essa estoria. Como os americanos costumam usar a palavra: eh ludicro (ridiculo e engracado) pensar que haja alguma verdade na Historia oficial.

Nos anos de 1.650 o territorio mineiro ja era vasculhado de lado-a-lado. Ja existia um aldeiamento onde hoje se localiza Sabara. Rocas Grandes (Nova Lima) ficava ali ao lado. E ninguem procurou ouro antes? Os indios, habitantes locais por milenios, conheciam exatamente onde as pedras amarelas afloravam na terra. E eles revelavam os “segredos” por dois motivos. O ouro e pedras nao tinham importancia para eles. E se nao falassem eram torturados.

Acredito que os dois Agostinhos subiram o Rio Doce e se embrenharam pelo curso do Santo Antonio. No alto da Serra encontraram os mineradores paulistas. E, devido `a conhecida lealdade deles para com a coroa portuguesa acabaram sendo mortos. A ideia da morte por febre palustre eh ridiculamente ludicra. O “tio” Agostinho foi homem de pantanos e guerras. Foi lobo-do-mar e general nas batalhas no Brasil e em Portugal. Talvez tivesse ate um pouco de sangue indigena. Ja estava vacinado contra as febres que dizimavam os europeus. O nosso ancestral Agostinho deve te-lo acompanhado em tudo, desde crianca.

Ja os “paulistas” eram verdadeiros mafiosos. O ouro foi encontrado, pela Historia oficial, simultaneamente de Norte a Sul do Estado. Eh ludicro pensar que o ouro encontrado em Mariana, Sabara, Catas Altas e outras nao os fosse segurar naqueles locais ate que se esgotasse. Somente, entao, passariam a explorar outras minas no sentido radial destas primeiras.

Porem, novamente pela Historia oficial, o ouro foi encontrado e, ao inves de atrair os bandeirantes para o local, eles teriam se dirigido para locais tao ermos quanto Conceicao do Mato Dentro e Serro. Centenas de quilometros distante. Eh preciso lembrar-se aqui que os paulistas se negaram a aderir ao movimento conhecido como “A Revolta da Cachaca”, que foi genuinamente popular, e permaneceram no partido de Salvador Correia de Sa e Benevides. E nao esta perfeitamente claro porque este ultimo foi preso, repatriado para Portugal e condenado, apesar da suposta “imensa lista de servicos heroicos prestados `a coroa”.

No fim, ficou comprovada a teoria dos paulistas terem mesmo comportado como mafiosos. Foi por causa das atitudes deles que a Guerra dos Emboabas foi provocada. Eles queriam tudo para si mesmos e acabaram perdendo grande parte do que ja tinham em maos. Foram mandados em exilio para Goias, onde 20 anos depois tambem encontraram ouro. Apesar dessas diferencas, nos somos descendentes tanto de um lado quanto do outro. Eh por isso que fica constatada a acertiva, brigar nao vale a pena porque no fundo somos todos iguais. ( Como os nossos pais).

70. ARCOS DE VALDEVEZ, VIANA DO CASTELO, PORTUGAL

Arcos de Valdevez eh uma cidade no Distrito (Estado) de Viana do Castelo. Conta atualmente com aproximadamente 23.000 habitantes. Eh composta por 51 Freguesias. Para simplificar, citarei apenas algumas que possam lembrar algo em relacao a nossa genealogia. Sao elas: Couto, Eiras, Extremo, Miranda, Oliveira, Parada, Portela, Sa, Salvador, Santa Maria de Tavora, Sao Paio, Sao Vicente de Tavora e Vilela.

Conta-se que ja estava no mapa desde o dominio romano e com o nome de Arcobrica. Com certeza passou ao dominio da Gaelecia, o primeiro reino tipicamente medieval na Europa. Mais tarde veio a tornar-se a Galicia. Sabe-se que no tempo do primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques, ja existia e foi confirmada pelo rei D. Manuel.

Fez parte da antiga Provincia do Minho (Entre Douro e Minho). 1.128 eh data de batalha vencida pelo infante Afonso Henriques, antes de sua coroacao.

A Vila foi cabeca de condado, sendo seu primeiro conde, nomeado por Felipe IV de Castela, D. Lourenco de Brito e Lima, cuja dinastia terminou em seu filho. O terceiro conde foi D. Tomas de Noronha, cuja descendencia persiste. Dados retirados e adaptados do texto de Ignacio Vilhena Barbosa, no endereco: antikuices.blogspot.com/2011/09/historia-de-arcos-de-valdevez-e-antigo.html.

Segundo a pagina: http://www.arvore.net.br/Paulistana/ACastanhos.htm, eh natural de Vila dos Arcos de Valdevez o nosso ancestral Belchior de Andrade de Araujo que, juntamente com Maria Cardoso, foi trisavo de Josepha Pimenta de Souza, a esposa de Manoel Vaz Barbalho que, casando-se no Distrito de Milho Verde, Cidade do Serro, Minas Gerais, em 1.732, deram inicio aos ramos Barbalho e Pimenta do Centro-Nordeste de Minas Gerais. Belchior Andrade e Maria Cardoso foram pais de Maria de Andrade, esposa do capitao Manoel Pimenta de Carvalho.

No Epilogo do livro A America Suicida, tambem publicado neste blog, sem o saber disso fiz uma previsao, baseada nas evidencias de em varias oportunidades encontrarmos a associacao dos sobrenomes Araujo e Barbalho, de que teriamos ancestrais com o sobrenome Araujo. Certamente, foi uma surpresa descobrir nao apenas que estava correto em minha previsao, porem, nao esperava que fosse dessa forma. Acreditava que alguem com a assinatura Barbalho houvesse se casado com alguem de assinatura Araujo.

E essa saga de familias continua e quem conhece Governador Valadares sabe que Araujo, Barbalho e Coelho fazem parte do imenso contingente de alcunhas familiares presentes naquele lugar. Destaca-se ali a principal ilha formada pelo Rio Doce naquele lugar cujo nome veio a ser Ilha dos Araujos. O nome Araujos se deve ao fato de a ilha ter sido propriedade da familia do pioneiro Joaquim Alves Araujo.

Nao tive como confirmar isso na Historia de Governador Valadares, mas dizem as tradicoes que uma das pessoas envolvidas no loteamento da Ilha dos Araujos e sua transformacao em um dos bairros mais concorridos de Valadares foi o tambem pioneiro Odilon de Magalhaes Barbalho. Nem preciso lembrar que eh meu tio.

71. VILA VICOSA, ANTIGO ALENTEJO

Vila Vicosa eh outro Concelho (Cidade) que fica proxima `a fronteira com a Espanha. Pertence ao Distrito (Estado) de Evora. Tem uma area de menos de 200 km2, com 8.319 habitantes. Faz divisa com as municipalidades de Elvas, Alandroal, Redondo e Borba. Foi dominio dos duques de Braganca por varios seculos.

Vila Vicosa foi reconquistada aos mouros pelo rei D. Afonso II, em 1.217, e em 1.270 o rei D. Afonso III deu-lhe o nome definitivo que antes era Vale Vicoso. Foi em 1.461 que Vila Vicosa passou a fazer parte do Ducado de Braganca. Durante a Dinastia Filipina (Dominio espanhol de 1.580-1.640), Vila Vicosa era a sede do maior ducado da Peninsula Iberica.

Em 1.640 a monarquia portuguesa foi restaurada e o duque de Braganca, D. Joao II, foi convidado a assumir a cabeca do reino, tornando-se o rei D. Joao IV de Portugal. D. Joao IV consagrou a coroa portuguesa a Nossa Senhora da Conceicao que passou a ser a Rainha e Padroeira de Portugal. Isso nos faz voltar `a Historia do Brasil e recordar que muitos dos municipios tomaram Nossa Senhora da Conceicao como sua padroeira, muitas vezes, com titulos novos, como o de Nossa Senhora do Patrocinio.

A cidade foi fortemente atingida pelo terremoto de 1.755 e sofreu a Invasao Napoleonica em 1.808.

Apos `a Proclamacao da Republica, 1.910, em Portugal, Vila Vicosa sofreu a perseguicao dos republicanos aos monarquistas sendo quase apagada da Historia. Hoje-em-dia, com a abertura do Palacio Ducal de Vila Vicosa, tornou-se um importante destino turistico em Evora. Outra atividade economica importante eh a extracao do marmore o que a fez conhecida como a Capital Portuguesa do Marmore.

“I – Capitao MANOEL PIMENTA DE CARVALHO, nascido em Vila Vicosa, Alentejo em Portugal, por volta de 1610 e falecido no Rio (Candelaria 2o., 25v) em 6-7-1676; foi casado nos anos de 1640, com MARIA DE ANDRADE, nascida por volta de 1622, filha de BELCHIOR DE ANDRADE e de MARIA CARDOSO.” Esta introducao apresenta esse nosso ancestral, que era o bisavo de Josepha Pimenta de Souza, na pagina 253 do livro: A Mata do Pecanha, sua Historia e sua Gente, do professor Demerval Jose Pimenta.

Buscando por maiores informacoes genealogicas, esbarrei com os personagens acima no endereco: http://www.arvore.net.br/Paulistana/ACastanhos.htm. No que seria o finalzinho da pagina 424, na divisa com a 425, esta escrito: “6-1 Manoel Pimenta de Sampaio, nobre cidadão do Rio de Janeiro em 1671, sendo então capitão de ordenança de Jacarepaguá, casado com Anna Joaquina de Menezes, f.ª de Francisco Moniz de Albuquerque e de Maria Pimenta de Menezes, n. p. de Pedro Moniz Tello (este irmão de Manoel Pimenta Tello, que foi mestre de campo dos auxiliares no Rio de Janeiro) e de Ignez de Andrade, naturais do Rio de Janeiro, bisn. de Egas Moniz Tello, cavaleiro fidalgo, natural da ilha da Madeira, e de Maria Pimenta de Carvalho (irmã direita do revdmo doutor João Pimenta de Carvalho, que foi deão da sé do Rio de Janeiro); tern. de Manoel Pimenta de Carvalho, natural da Vila Viçosa de Além Tejo, e de Maria de Andrade, natural do Rio de Janeiro, esta f.ª de Belchior de Andrade de Araujo, natural da vila dos Arcos de Valdevez.”

Ao que parece, aqui temos o encontro de dois ramos da Familia Pimenta, um procedente da Madeira e outro de Vila Vicosa. No livro do professor Pimenta ele apresenta como meio-irmaos de nossa ancestral Josepha os irmaos completos: Matias Pimenta Teles e Joao Pimenta de Menezes. Nao sei dizer se alguma das duas fontes se enganou ou se o Deao da Se do Rio de Janeiro era primo deles. O certo eh que descendia dos nossos ancestrais. Deao significa apenas um lider entre os sacerdotes.

A Genealogia Paulistana acrescenta aos nossos conhecimentos o fato de o nome completo do nosso ancestral ser Belchior de Andrade de Araujo. O professor Pimenta havia omitido o Araujo. Tambem, muito importante, ressalta mais um local em Portugal do qual procedemos. A partir de agora, Arcos de Valdevez passara a fazer parte de cidades de onde procedem os nossos ancestrais.

72. FREGUESIA DE COLARES, SINTRA, PORTUGAL

Colares atualmente eh uma Freguesia da Cidade de Sintra, com 7.628 habitantes. Esta encrustrada na Costa Atlantica do municipio. A Freguesia foi sede de antigo municipio que contava apenas com a Freguesia de Colares. Em 1.801 possuia aproximadamente 2.000 e, em 1.849, cerca de 3.350 habitantes.

Sintra e suas outras Freguesias, alem de Colares, fazem parte da Historia da Monarquia Portuguesa numa relacao semelhante ao que representa Petropolis para a monarquia brasileira. La eh o local onde a alta nobreza portuguesa escolheu para suas residencias de verao e, atualmente, eh tombada como Patrimonio Historico da Humanidade pela UNESCO.

O Paco Real de Sintra apresenta no Salao de Brasoes, os escudos das familias mais ilustres de Portugal no tempo do rei D. Manuel I, o Venturoso. O diferencial adotado consta de honra, historia e bens. Sao elas: Aboim, Abreu, Aguiar, Albergaria, Albuquerque, Almada, Almeida, Cabral, Carvalho, Castelo-Branco, Castro, Castro (da Penha Verde), Cerveira, Coelho, Corte Real, Costa, Coutinho, Cunha, Eca, Faria, Febos Monis, Ferreira, Gama, Goios, Gois, Gouveia, Henriques, Lemos, Lima, Lobato, Lobo, Malafaia, Manuel, Mascarenhas, Meira, Melo, Mendonca, Meneses, Miranda, Mota, Moura, Nogueira, Noronha, Pacheco, Pereira, Pessanha, Pestana, Pimentel, Pinto, Queiroz, Ribeiro, Sa, Sampaio, Sequeira, Serpa, Silva, Sotomaior, Sousa, Tavares, Tavora, Teixeira, Valente, Vasconcelos e Vieira. Muitos nomes de nobres nao estao lembrados nesta lista. Alguns por serem originalmente da Espanha, como o Gusmao e o Maia.

Ha um fato historico de Colares que demonstra a sua importancia. Apos vencida a grande Batalha de Aljubarrota, em que as forcas portuguesas assitidas por ingleses venceram as forcas catelhanas coligadas a franceses, e assegurada a monarquia portuguesa que passou a primazia de governar ao rei D. Joao I, o monarca presenteou Colares a D. Nuno Alvares Pereira, o II Condestavel de Portugal.

D. Nuno foi casado com D. Leonor de Alvim, que era filha de Joao Pires de Alvim e Branca Pires Coelho. Ela era uma legitima descendente de Soeiro Viegas Coelho, o primeiro desse nome a usa-lo como nome de familia. D. Nuno e D. Leonor tiveram como filha unica a D. Beatriz Pereira de Alvim. Esta casou-se com Afonso, primeiro duque de Braganca. Afonso era filho extraconjugal do rei D. Joao I com Ines Pires, que tambem descendia de Egas Moniz, o Aio, via a filha deste: Dordia Viegas.

Os duques de Braganca sao numerados ate ao VIII, o qual se torna rei de Portugal, sob o titulo de D. Joao IV, quando da restauracao da monarquia portuguesa, em 1.640. Durante o periodo em que eram os duques de Braganca, os outros filhos e filhas que se casaram, o fizeram nas diversas outras casas da nobreza portuguesa e espanhola, tornando quase impossivel aos membros de toda a nobreza da Peninsula Iberica nao ter se tornado descendente deles.

Apesar da prodigalidade com que alguns se reproduziram, boa parte dos descendentes nao deixou descendencia. Em parte por causa da dedicacao ao sacerdocio catolico e, em outra, mais certo eh ser por causa da alta consanguinidade que ja existia entre os nobres.

Em Sintra tambem se encontra o famoso Palacio de Queluz. Este eh o local onde nasceu o infante Pedro, filho do, entao, futuro rei D. Joao VI e Carlota Joaquina (a Rainha Devassa). Este Pedro veio a tornar-se o declarador da Independencia do Brasil e assumiu o titulo de D. Pedro I, imperador do Brasil. Mais tarde, deixou o futuro D. Pedro II no Brasil para assumir o titulo de D. Pedro IV, de Portugal.

No final do seculo XVIII em diante Sintra e Colares perderam parte do glamour que tanto atraia os nobres por causa da preferencia dada pelos monarcas bragantinos a Vila Vicosa. Por ser Patrimonio da Humanidade, nao precisa de mais descricoes. Quem o desejar, veja na net o Palacio Nacional de Sintra e outras paisagens turisticas.

Apos tanto bla-bla-bla, vamos ao que interessa. Pagina 254 do livro A Mata do Pecanha: “F 1 – ISIDORA MARIA DA ENCARNACAO, batizada em 28 de maio de 1738, no Arraial de Tapanhoacanga, tendo por padrinho FRANCISCO DA COSTA MALHEIRO. Em 1759, no dia 30 de agosto, casou-se com o Capitao ANTONIO FRANCISCO DE CARVALHO, o qual, em meados do seculo dezoito, veio para o Brasil e se estabeleceu naquela localidade. Era portugues, filho de ANTONIO LEAL e Dona MARIA FRANCISCA, natural de Vila de Colares, no Patriarcado de Lisboa.”

Estes nao sao meus ancestrais em particular mas sim de um grande ramo da familia cuja assinatura inicial foi o Pimenta. Isidora e Francisco Leal foram pais de: Joao, Vitoriana, Antonio, Luciano, Mariana, Jose, Francisco, Bernardo e Boaventura. O professor Demerval Jose Pimenta descreveu apenas parte da descendencia de d. Vitoriana Florinda de Ataide e do cacula, Boaventura Jose Pimenta, que era o bisavo dele.

Das pessoas que conheci, ele aponta D. Alice Reis, esposa do Sr. Alipio Teixeira, como descendente de D. Vitoriana e do marido dela: Jose Damasio Rouco. Segundo ele a familia do segundo casal multiplicou-se inicialmente nas localidades do Serro, Conceicao do Mato Dentro, Senhora do Porto, Dom Joaquim, Alvorada de Minas, Setubinha e Pote, todas no Estado de Minas Gerais.

Ja em Virginopolis, e muito provavelmente em todas as cidades da regiao, uma parte da descendencia casou-se com outras descendencias do casal Manoel Vaz Barbalho e Josepha Pimenta de Souza (pais de D. Isidora) sem ter a menor ideia de tratar-se de primos. Este eh o caso, por exemplo, de Stela Maris Siman e Rui Hercy Coelho e das irmas: Maria de Fatima Pereira e Geraldo (Pagavela) Batista Coelho & Maria de Lourdes (Marilou) Pereira e Adriano (Chefe) de Magalhaes Barbalho.

73. CIDADE DE ALMEIDA, DISTRITO (ESTADO) DE GUARDA, PORTUGAL

A partir de agora comecarei a acrescentar mais alguns capitulos a essa coletanea. `A medida que estamos aumentando os nossos conhecimentos a respeito de nossa genealogia, haveremos entao que acrescentar mais locais. Comecarei pela Cidade de Almeida. Ela esta irmanada com as Cidades do Serro e Sabinopolis em Minas Gerais, por causa do sobrenome Monteiro em nossa genealogia. Mas tambem com o sobrenome Almeida, porem, nao sabemos como o sobrenome “de Almeida” saiu daquela cidade. Sabemos apenas que, em alguns pontos ele entrou na familia.

O que todos concordam eh que a palavra Almeida tem origem arabe. Almeida tem um significado de topo de mesa, ou seja, foi construida no altiplano muito proximo `a fronteira com a Espanha. Fica na margem direita do Rio Coa e nos primeiros anos da criacao do Reino de Portugal tinha importancia estrategica na defesa do territorio portugues.

Almeida hoje eh sede do que fora tres diferentes partes politicas da divisao geografica de Portugal durante a Idade Media. Castelo Mendo, o mais antigo, data de 1.229; Almeida e Castelo Bom, de 1.296. As duas ultimas criadas pelo rei D. Diniz e revogadas por D. Manoel I, em 1.510, juntamente com Castelo Mendo.

Durante sua Historia, Almeida anexou e perdeu territorios. Ao que parece, desde a origem guarda as Freguesias de Vale da Coelha, Vale da Mula e Junca. Melhor sera seguirem as mudancas atraves do endereco: http://www.cm-almeida.pt/tudosobrealmeida/historiadealmeida/Paginas/default.aspx. Eclesiasticamente pertenceu aos bispados de Cidade Rodrigo, Lamego e Pinhel, e atualmente permanece como parte da Diocese da Guarda.

Joao Fernandes, chamado de Almeida, eh o primeiro a aparecer na Historia usando o sobrenome. Ele fundou a Aldeia de Almeida por volta de 1.223 a 1.245. Joao Fernandes era filho de Fernao Canelas, o senhor das Quintas de Pinheiro e Canelas. Seu neto: Lourenco Anes de Almeida foi o Alcaide-Mor de Linhares e Castelo Novo.

Fernao Alvares de Almeida foi o Aio dos filhos do primeiro rei da Dinastia de Avis, D. Joao I. Seu filho: Diogo Fernandes de Almeida passou o titulo de Conde de Abrantes `a descendencia ate 1.530. Extinto o titulo, foi renovado entre 1.645-1.656 com Miguel de Almeida, que foi um dos fidalgos da Restauracao da Coroa Portuguesa (Dinastia de Braganca), em 1.640.

A Familia Almeida foi a titular em tres dos postos de nobreza, sendo elas: Casa dos Condes de Abrantes, Casa dos Condes de Avintes e Casa dos Condes de Assumar. Pedro de Almeida, o 1o. Conde de Assumar, foi tambem Vice-Rei das Indias.

D. Pedro Miguel de Almeida Portugal foi para o Brasil em 1.717, para assumir o cargo de governador da, entao, nova Capitania de Sao Paulo de das Minas de Ouro. Ele foi o II Conde de Assumar, titulo esse que, em 1.748, passou a ser Marques de Alorna, por causa de ele ter conquistado essa praca de guerra. Foi na epoca do governo dele, 1.720, que se deu a Revolta de Vila Rica, onde o lider da revolta: Filipe dos Santos Freire, foi feito martir dos movimentos nativistas brasileiros.

Agora que estamos conhecendo melhor a nossa genealogia, temos a presenca do sobrenome Almeida em Francisca de Almeida, nascida em 1.677, no Rio de Janeiro (Iraja). Ela casou-se com Belchior Pimenta de Almeida, filho do portugues de Vila Vicosa, Alentejo, Manoel Pimenta de Carvalho e Maria de Andrade. Francisca de Almeida era filha de Amaro de Aguiar e outra Francisca de Almeida.

O sobrenome Almeida tambem aparece na pessoa de Antonio Coelho de Almeida que juntamente com Ana Maria de Jesus sao os pais de Ana Maria de Jesus. A Ana filha foi a esposa do Malaquias Pereira do Amaral, nascido em 1.791 e pai do nosso tetravo Daniel Pereira do Amaral. O APM guarda em Belo Horizonte um despacho do pedido do nosso ancestral Antonio Coelho de Almeida para a concecao de um cartorio. Infelizmente, o nome do local onde se instalaria tal cartorio nao se encontra nas recordacoes da internet.

Atualmente temos muitas pessoas que assinam Almeida na familia, porem, estou atendo-me apenas aos mais antigos. Por enquanto, o Concelho (Cidade) de Almeida nao esta entrando aqui por causa do sobrenome. O que temos de concreto eh o nome de Maria Monteiro registrada como nascida em Vila Almeida. Ela eh a avo do ancestral Antonio Borges Monteiro e foi a unica deste nucleo familiar de ancestrais nao procedente do Concelho (Cidade) da Seia. Como o hexavo Antonio nasceu em 1.751, acredito que a avo dele tenha nascido por volta de 1.700.

Junto com a certidao de nascimento dele, conseguida e gentilmente nos sedida pelo nosso primo Felix Tolentino, ha uma informacao de grande valor, que podera ajudar-nos muito nesse particular de nossas origens em Almeida. Eh que a certidao registra o nome do padrinho e tambem tio do avo Antonio, que foi o padre Estevao Rodrigues Monteiro. Caso consigamos localizar o documento: “De Genere Et Moribus” do tio padre, deveremos tambem identificar, talvez, ate seus bisavos, que seriam trisavos do avo Antonio.

Lembro que ate aos anos 1.700 as leis da Inquisicao eram observadas. Neste caso, o levantamento genealogico dos candidatos ao clero era mais minucioso, por causa dos preconceitos contra os Cristaos-Novos. Esse preconceito no passado, agora podera ajudar-nos a encontrar mais dados a respeito de novos ancestrais e, talvez, facilitar-nos encontrar o fio-da-meada que nos levaria aos primeiros usuarios do sobrenome “de Almeida”, quica tambem do Monteiro.

Para os informes a respeito dos dados genealogicos da linhagem Almeida, usei o endereco: http://www.genealogia.historia.com.br/index_baroesviscondes.asp?categoria=3&categoria2=2&subcategoria=67. Ou Brasao Almeida – Genealogia Historia. E segundo o site Geneall.net Portugal, o Joao Fernandes, chamado de Almeida, era bisavo do Lourenco Anes de Almeida, o Alcaide-Mor de Linhares e Castelo Novo.

74. HISTORIA DE GRAVATAI

As primeiras cidades dos Estados do Sul do Brasil tem uma historia semelhante. E Gravatai eh uma delas. Embora boa parte da area fosse legalmente espanhola, devido ao Tratado de Tordesilhas, os espanhois nao conseguiram ocupar efetivamente o imenso territorio que lhes coube por aquele tratado. Assim, os portugueses tiveram oportunidade de, em inumeros casos, chegar primeiro.

Toda a Historia esta ligada aos acontecimentos mundiais e nacionais. Com o fim do “Ciclo do Acucar”, a transferencia de parte da producao mundial para as Antilhas pelos holandeses e a grande producao nas Capitanias de Pernambuco, Bahia e Rio de janeiro, o preco caiu muito. Isso afetou mais as antigas colonias das Ilhas da Madeira e Sao Tome. Alem disso, as Ilhas dos Acores estavam superpovoadas.

No caso especifico de Gravatai ja havia ali instalada uma aldeia com o nome de Aldeia dos Anjos. Devido aos conflitos que houveram com os guaranis dos Sete Povos das Missoes, o capitao Antonio Pinto Carneiro transferiu cerca de 1.000 indios para as proximidades do aldeamento, em 1.762.

A coroa portuguesa ja havia contemplado com Sesmarias a Pedro Goncalvex Sandoval, natural de Lima no Peru, e ao capitao Joao Lourenco Veloso. Deles foi comprada uma parte para, em 1.763, fundar-se oficialmente a Aldeia de Nossa Senhora dos Anjos.

O local era chamado de Rincao de Gravatai, nos campos de Viamao, devido `a grande presenca da planta gravata. Em 1.772 ja os acorianos comecam a chegar. Com a chegada de Jose Marcelino de Figueiredo, governador da Provincia de Sao Pedro, o aldeamento eh urbanizado com a construcao de escolas, olarias e moinhos.

Em 1.795 eh desmembrada da Freguesia de Nossa Senhora da Conceicao de Viamao e elevada `a categoria de Freguesia (distrito) da Vila de Porto Alegre, em 1.806. Em 1.880 eh emancipada de Porto Alegre sob o nome de Vila de Nossa Senhora dos Anjos de Gravatai. Durante o seculo XIX e metade do XX a principal atividade era o cultivo da mandioca e exportava a farinha para o resto do pais e o exteriror.

Nos anos 60-70 teve instalado seu parque industrial. Em 1.997 instalou-se ali o complexo industrial da General Motors. Atualmente a cidade possui mais de 250.000 habitantes. Faz parte da Regiao Metropolitana da Grande Porto Alegre. Em 1.870 era habitada por pouco menos de 6.000 pessoas.

O nosso vinculo intimo com Gravatai inicia-se cerca de 100 anos antes de 1.870, quando ali comecam a aparecer os registros de nascimentos dos filhos do casal: Policarpo Jose Barbalho e Bernarda Maria de Azevedo. Policarpo era filho dos nossos ancestrais: Manoel Vaz Barbalho e Josepha Pimenta de Souza. Policarpo nasceu em 1.735 e teve o registro de obito escriturado em 1.801, na Vila de Porto Alegre.

Nao temos muitas informacoes a respeito da familia, porem, foram pais, em Gravatai, das criancas: Umbelino (1.782), Anna (1.783), Pocidonio (1.785), Julio (1.788), Candida (1.789), Eugenia (1.791) e Manoel (1.793). O casal foi pai tambem de Josefa Pimenta de Souza, mais provavelmente em Minas Gerais (talvez no Serro ou Conceicao do Mato Dentro), que se casou em 1.794, em Gravatai, com Jose Peixoto, filho de Jose Peixoto Cabral e Eufrasia Maria Caetana. Eh possivel que o ex-prefeito de Gravatai, Lidio da Silveira Peixoto (69-72), seja um dos descendentes deles.

Se os filhos, netos e bisnetos foram tao produtivos quanto os pais, com uma media de 8 filhos por pessoa, e nenhum tenha saido de Gravatai ou se casado com os primos, em 1.870 quase toda a populacao da cidade, ou seja, por volta de 4.500 pessoas seriam descendentes do casal. Imagine-se, entao, quantos nao serao os descendentes deles nos dias de hoje, 230 anos apos terem chegado a Gravatai!

No Epilogo do livro: A America Suicida, publicado no presente blog, fiz uma rapida discussao a respeito dos detalhes dos dados, entao, recentemente descobertos por nos. Pelas evidencias levantei a hipotese de que este Policarpo Jose Barbalho pudesse ter tido outra familia em Minas Gerais, antes dessa em Gravatai. E tambem comentei que Jose Vaz Barbalho, nosso ancestral, deveria ser irmao dele. Contudo, vejo aqui uma segunda possibilidade: a de este Policarpo Jose Barbalho ser o pai de Jose Vaz Barbalho.

Isso faz sentido porque o Policarpo nasceu em 1.735. Em 1.765 ele ja estaria com 30 anos. Uma idade em que a maioria absoluta dos homens da epoca ja teriam se casado, se esta fosse a intencao de vida deles. Digamos que ele tivesse se casado por volta dos 25 anos. Em torno de 1.760 ele poderia estar sendo pai do Jose Vaz Barbalho. O Jose, por sua vez, poderia estar se casando por volta dos 25 anos de idade tambem e, em tal epoca, ter se tornado pai do nosso ancestral: padre Policarpo Jose Barbalho.

Se este raciocino estiver correto, a data provavel do nascimento do padre Policarpo seria de 1.785. Como ele se casou em 1.808, poderia ter se casado em torno de seus 23 anos de idade, o que era perfeitamente normal para a epoca. Estes meus racionios estao sendo feitos aqui porque nao temos as informacoes completas ainda, porem, as datas realmente sugerem tal hipotese.

Se alguem ler apenas esta parte do texto, pelo interesse exclusivo na Historia de Gravatai, informo que o nosso tetravo: padre Policarpo Jose Barbalho casou-se, ficou viuvo, terminou de criar a familia e, so entao, retornou ao seminario e ordenou-se padre. De qualquer forma, nao se auteraria o fato de sermos descendentes da familia Barbalho Bezerra oriunda de Pernambuco e que migrou para o Rio de Janeiro, antes de alcancar Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O interessante seria apenas que teriamos mais uma avo no caminho. Ela seria uma possivel primeira esposa do Policarpo Jose Barbalho I.

Acredito que D. Maria Bernarda teria sido a segunda esposa porque nao creio que ela sobreviveria, naquela epoca, se tivesse comecado a ter filhos, no mesmo ritmo, desde os anos 60 ate 1.793. Ela iria ter mais de 20 filhos. Algo que era a maior causa de mortes das mulheres naquele tempo. Parto era o maior assassino de mulheres em tempos anteriores ao seculo XX.

Varios detalhes de nossa genealogia foram encontrados no documento: “De Genere et Moribus” do padre Emigdio de Magalhaes Barbalho, que foi filho do padre Policarpo e sua esposa Isidora Francisca de Magalhaes. Estamos aguardando encontrar documento semelhante do padre Policarpo, onde encontrariamos os nomes dos avos dele e, quica, dos bisavos, mais parentes da esposa, relacao de todos os filhos e, possivelmente, nomes de conjuges dos que ja seriam casados. Padre Emigdio ordenou-se em Mariana, em 1.845, e o pai dele ordenou-se numa data, nao revelada, posterior a esta.

75. FLORIANOPOLIS E SANTA CATARINA

Como todos os lugares no Brasil, a Ilha de Santa Catarina foi habitada por civilizacoes pre-colombianas. A Ilha era visitada por navegadores desde os primeiros anos dos descobrimentos europeus, onde os navios paravam para reabastecer-se de agua e viveres. Quando os primeiros portugueses chegaram, encontraram os carijos, indios pacificos que pertenciam ao grupo tupi-guarani.

Embora ja existissem algumas concessoes de Sesmarias na Ilha de Santa Catarina, Agostinho Barbalho Bezerra obtem do Conselho Ultramarinho e por Carta Regia o cargo de “Senhor e Governador Perpetuo da Ilha de Santa Catarina”, como uma forma de indenizacao pelos muitos servicos prestados por ele proprio e seu pai, Luis Barbalho Bezerra, `a coroa portuguesa. A concessao foi de 1.663, porem, ele falece em 1.667, supostamente na tentativa de encontrar a “Serra das Esmeraldas” (Sabarabucu), atraves do Vale do Rio Doce, ainda no Espirito Santo, e nunca assume nem nomeia sucessor.

No processo de peticao ele alega que estao sob sua responsabilidade sua mae viuva e mais tres irmaos. Haviam se passado 20 anos apos o falecimento do pai dele e o Jeronimo ja havia sido executado, durante A Revolta da Cachaca. Nao sei se ele estava incluindo a si proprio. E talvez estivesse se referindo `aos filhos do Jeronimo que poderiam estar sob sua guarda.

Em minhas pesquisas tenho encontrado dificuldades em identificar o Agostinho que faleceu em 1.667 como sendo o filho de Luis Barbalho. Parece ter sido o sobrinho de mesmo nome, porem, para isso ter acontecido os historiadores nao fizeram o acompanhamento genetico da familia porque alguns citam como esposa do heroi Agostinho como sendo Brites de Lemos, o que nao deve ser verdade. Ele casou-se com Cecilia Barbosa, importante figura na Historia do Rio de Janeiro e que ficou conhecida como Cecilia Barbalho. Vide capitulos do Rio de Janeiro (68) e Nilopolis (69).

Em 1.675 toma posse de uma Sesmaria na Ilha de Santa Catarina o bandeirante Francisco Dias Velho. Porem, ele foi morto por piratas. Embora sua presenca tenha plantado no lugar a primeira igreja, invocando o nome de Nossa Senhora do Desterro, local onde se encontra a Diocese de Florianopolis e que da o nome `a capital, antes de mudar para Florianopolis.

Relativo `a colonizacao do Sul do Brasil eh a Historia do Arquipelago da Madeira. O arquipelago foi descoberto pelos portugueses Joao Goncalves Zarco, Tristao Vaz Teixeira e Bartolomeu Perestrelo. Estes o colonizaram e foram os primeiros donatarios das recem-criadas instituicoes das Capitanias Hereditarias e Concessoes de Sesmarias. Este modelo foi posteriormente levado para o Brasil.

Outro paralelo foi que o modelo deu certo, em boa parte por causa da exploracao da cana-de-acucar, entao, reconhecida como uma especiaria de grande valor. A producao era pequena para o crescente mercado europeu e foi por isso que foi partilhada com o Brasil. Os descobrimentos do Arquipelago da Madeira e sua colonizacao foi o que gabaritou Portugal a se tornar lider mundial na epoca dos Grandes Descobrimentos. O Arquipelago da Madeira foi redescoberto em 1.418 e 1.419, porque os romanos ja o conheciam.

Nos seculos XVII e XVIII contudo houve o reverso. E assim eh narrado no texto: http://pt.wikipedia.org/wiki/Regi%C3%A3o_Aut%C3%B3noma_da_Madeira:

“Nos seculos XVII e XVIII, uma grave crise economica e alimentar motivaram a Diaspora madeirense. Milhares de familias partiram para as colonias. Na Madeira, o povo sofria com a fome e a miseria. Em 1.747, D. Joao V ordenou o recrutamento voluntario de casais para povoarem a Ilha de Santa Catarina. Em 1.751, o governador Saldanha da Gama escreve: Nalguns portos da Ilha, o povo so se alimenta de raizes, flor de giesta e frutos. No mesmo ano, o rei D. Jose mandou recrutar, so na cidade de Funchal, mil casais sem meios de subsistencia para promover o povoamento das colonias, sobretudo o Brasil.”

Atualmente o Arquipelago todo conta com cerca de 250.000 habitantes, sendo cerca de 100.000 somente no Funchal. Imagine-se, entao, qual foi o impacto de tal exodo numa populacao que deve ter sido 10 vezes menor!

Entre 1.440 e 1.450, quando foram estabelecidas as Capitanias Hereditarias na Madeira, haviam sido levadas para la pessoas da pequena nobreza, gente de condicoes modestas e presos do reino. Iniciou-se com o cultivo do trigo que era exportado para o continente. Apos ter sido introduzida a cana-de-acucar, tambem foram levados os escravos originarios da Africa. Foi da Madeira que Martim Afonso de Sousa levou as primeiras mudas de cana para o Brasil.

Em 1.726, com o governo do brigadeiro Jose da Silva Pais na Ilha de Santa Catarina, o povoado de Nossa Senhora do Desterro, atual Florianopolis, foi elevado `a condicao de Vila. Desde entao a Ilha de Santa Catarina se transforma no entreposto militar que protege as costas do Sul do Brasil e permite a colonizacao dos outros Estados. O colete verde do uniforme dos militares da ao povo o apelido de “barriga verde”.

No total, cerca de 5.000 madeirenses e acorianos sao fixados na terra, Ilha de Santa Catarina, nas datas de 1.748 e 1.756.

Somente a partir da segunda metade do seculo XVIII eh que o interior serrano do Estado de Santa Catarina comecou a ser povoado pelos europeus, por intervencao do paulista D. Luis Antonio de Sousa Botelho Mourao que queria criar uma passagem segura entre Sao Paulo e os Pampas Gauchos. Ele enviou Antonio Correia Pinto e, em 1.775, foi fundada a Vila de Nossa Senhora dos Prazeres de Lages. Nessa epoca ja havia povoacoes no litoral catarinense tambem.

Em Lages temos logo a presenca dos mineiros. No livro “Genealogia Tropeira” encontram-se informacoes a este respeito. Esta no endereco: http://www.alfredo.com.br/arquivos/gentrop1.pdf. Numa verificada pouco atenciosa encontrei Antonio Jose Muniz e o sogro dele, Caetano Saldanha. Chamou-me a atencao por termos um pentavo com o nome de Antonio Jose Moniz, trocando-se apenas uma letra. Temos ainda que aprofundar nossos conhecimentos para sabermos se somos ou nao da mesma familia, porque o pai do Antonio Muniz assinava Moniz.

Em 1.820 Lages passou a ser governada pelas autoridades da Ilha, dando `a Provincia o formato aproximado do que hoje eh o Estado de Santa Catarina. Em 1.829, no governo do brigadeiro Francisco de Albuquerque Melo, iniciou-se a chegada de colonos alemaes. Em 1.831 eh lancado o primeiro jornal da Provincia, dirigido pelo capitao Jeronimo Francisco Coelho. Joinville, Blumenau e Brusque foram fundadas em 1.849, 1.850 e 1.860, respectivamente.

Em 1.870 a populacao se Santa Catarina, o Estado, era de 160.000 habitantes e, 200.000, em 1.890. O restante da Historia da Ilha, da capital e do Estado assemelha-se `a Historia do restante do pais. O que desejo aqui eh introduzir nossos familiares nesse Historico.

Ate ao momento, temos que nosso ancestral Jeronimo Barbalho Bezerra teve dois filhos. O primeiro tinha o mesmo nome que seu tio: Agostinho Barbalho Bezerra. O tio foi casado com Cecilia Barbosa, tambem conhecida como Cecilia Barbalho, a mentoura intelectual da criacao do Convento de Nossa Senhora da Conceicao da Ajuda, no Rio de Janeiro. Vide capitulo 68.

O segundo Agostinho foi casado com Brites ou Beatriz de Lemos. Vide capitulo de Nilopolis, 69. Este era filho do Jeronimo, filho do heroi e governador do Rio de Janeiro, Luis Barbalho Bezerra. Vide capitulos de Pernambuco e Salvador-BA.

A sequencia genealogica abaixo retrata o que encontrei no site GENi. Trata-se de descendentes de Micaela Barbalho Bezerra, tambem filha do Jeronimo:

Jeronimo Barbalho Bezerra – Isabel Pedroso
Micaela Barbalho Bezerra Pedroso – Joao Batista de Matos
Jeronimo Barbalho Bezerra – Lucrecia Leme
Guilherme Barbalho Bezerra – Inacia Francisca do Sacramento
Ursula Maria das Virgens – Francisco Caetano Soares
Jose Barbalho Bezerra – Custodia Francisca da Silva

Nao sei exatamente quando a familia mudou-se para Santa Catarina. Nem tenho a menor ideia de quantas e quais pessoas assinam o sobrenome Barbalho no Estado e, muito menos, quem sao os descendentes que nao o assinam, porem, a informacao eh de que o Jose Barbalho Bezerra nasceu em 30 de outubro de 1.795. Se ele teve mais alguns irmaos e todos permaneceram por la, eh possivel que tenham algumas dezenas de milhares deles. Alem disso, pode ser que outros ramos da Familia Barbalho tenham se dirigido para la tambem.

Entre os novos residentes da familia em Santa Catarina, posso citar o Alexandre Rodolfo Coelho Soares, nosso primo e filho do Raul Soares, este, filho da tia-avo Vita de Magalhaes Barbalho.

76. RIO DE CONTAS – BA

Rio de Contas eh uma simpatica cidade do sertao bahiano. Surgiu por volta de 1.690 numa rota que ia de Salvador, cortava o Norte de Minas, indo em direcao a Goias. Era necessario, de intervalo em intervalo, estabelecer-se pontos de pouso para os viajantes e, com isso, surgiu o povoado chamado de Creoulos. Localizava-se na Serra das Almas, na margem esquerda do Rio Brumado.

Em seguida foi encontrado ouro tres leguas acima deste local, no leito do Rio das Contas e seus afluentes. Para la se dirigiram os vicentinos (nome comum dado aos mineiros, paulistas e fluminenses, antes de seus Estados terem sido separados). E os Jesuitas fundaram novo povoado invocando o nome de Santo Antonio.

Em 1.718 foi criada a Freguesia de Santo Antonio do Mato Grosso. E em 1.722 eh criada a Vila de Nossa Senhora do Livramento das Minas de Rio de Contas, 12 km abaixo do antigo povoado de Creoulos. Esta eh a atual Cidade de Livramento do Brumado. Em 1.745 houve a mudanca da localizacao da sede para o Povoado de Creoulos, sob o nome de: Vila Nova de Nossa Senhora do Livramento de Minas do Rio das Contas. A sede anterior ficou conhecida como Vila Velha.

A Freguesia de Mato Grosso perdeu espaco para a Vila de Contas. E o crescimento estagnou-se com o esgotamento da producao de ouro. O nome da cidade tambem foi diminuindo. Em 1.840 passou a chamar-se Minas do Rio de Contas. Em 1.931 ja era apenas Rio de Contas.

“Tendo sido criada a Freguesia de Paz, em 1.880, foi logo apos criada a Escola Publica do sexo masculino. Para dirigi-la, foi escolhido o professor Candido Jose de Senna que entao lecionava na cidade de Serro Frio. Era baiano, natural de Vila Velha do Rio das Contas, onde nasceu em 4 de dezembro de 1843.” Assim se nos eh apresentado o pai do professor Nelson Coelho de Senna, pelo professor Demerval Jose Pimenta, no livro: “A Mata do Pecanha, sua Historia e sua Gente”. pags. 118-119. Ele se referia ao professor Candido ter ido lecionar em Sao Joao Evangelista, tendo sido inclusive autor do hino da cidade. Em varias outras partes do livro a familia eh retratada.

O professor Nelson Coelho de Senna que era filho do professor Candido e de sua segunda esposa, nossa prima: Maria Brasiliana Coelho, casou-se com D. Emilia Gentil Horta Gomes Candido, natural de Mariana. Ela era quadrineta (tetraneta) de Antonio Gomes Candido e Andreza Maria, naturais da Freguesia de Santa Maria de Olivais, ao lado de Lisboa. Maiores informacoes, visitem: http://www.arvore.net.br/trindade/TitGomesCandido.htm.

Particularmente tenho apenas essas informacoes a respeito do lado paterno do professor Nelson. Contudo, isso se deve ao fato de eu nao ter tido acesso ainda ao livro dele: “Algumas Notas Genealogicas”, I edicao, Sao Paulo, 1.939. Nele a genealogia Senna devera aprofundar-se mais.

Nos textos a respeito dos Engenhos de Pernambuco ha a mencao ao “Engenho das Coelhas”, em Serinhaem. Um dos senhores do local foi Francisco da Rocha Pontual, que era irmao de Antonio dos Santos Pontual, o Barao de Flecheiras e de Bernardino de Senna Pontual, o Barao de Petrolina. Fonte: engenhosdepernambuco.blogspot.com/p/nome-de-engenhos-letra-c.html. Contudo, o endereco: http://www.araujo.eti.br/ancestral.asp?numPessoa+41298&dir=genxdir/ nao demonstra que eles tivessem algum ancestral que assinasse Senna.

77. GOIANINHA

Goianinha eh uma cidade situada no Sul e extremo Leste do Rio Grande do Norte. Esta a pequena distancia da divisa com a Paraiba e relativamente proxima a Pernambuco.

Sua historia remonta aos tempos em que os indigenas brasileiros eram os donos da terra. Ali residiam os indios janduis. Foram expulsos pelos portugueses. Em 1.635 a aldeia era chamada de Goacana. Alguns moradores europeus teriam chegado em 1.687.

O inicio efetivo da povoacao branca se da com a distribuicao de Sesmarias a vendedores ambulantes, oriundos de Goiana Grande, na Capitania de Pernambuco, por isso recebe o nome de Goiana Pequena.

Goianinha fez parte do territorio de Ares, que ja era Vila desde 1.760. E, em 1.832, foi elevada `a categoria de Vila, virando cidade em 1.928.

Estou introduzindo este capitulo dedicado a Goianinha para registrar a serie de cidades onde a descendencia de nossos ancestrais se encontra. Temos la o primo Ormuz Barbalho Simonetti. Podem usar o nome dele para encontra-lo na internet. Busquem o Blog do Ormuz.

Ele eh um contato muito especial. Divide conosco a paixao pela genealogia e eh autor do lancamento recente: “Genealogia dos Troncos Familiares de Goianinha”. Tem blog literario, alem de desenvolver a atividade de jornalista. Como alguns em nosso lado familiar, eh tambem aposentado como funcionario publico – Banco do Brasil.

A especialidade genealogica dele sao 10 sobrenomes presentes na historica Goianinha, incluindo o Barbalho, rastreados desde os primeiros chegados a Pernambudo e ainda em Portugal. E nao ha outra regiao do Brasil onde exista mais Barbalho que o Nordeste. Com toda certeza todos estao ligados a nos, de uma forma ou de outra.

Indico o Blog do Ormuz a todos que desejarem se ocupar com boas leituras. http://ormuzsimonetti.blogspot.com/

78. SAO FRANCISCO DO CONDE, BAHIA

A razao para o nome do municipio comeca em 1.561 quando foi construido um Engenho de Acucar no local. As terras haviam sido doadas por Mem de Sa a Fernao Rodrigues Castelo-Branco. Com a morte do senhor do engenho a propriedade passou para o conde de Linhares. Esse “conde de Linhares” eh o sucessor de Miguel de Noronha, 4o. conde de Linhares e se chamava Fernando de Noronha, porem, nao o mesmo Fernao de Noronha que emprestou o nome ao Arquipelago. Ele herdou a propriedade atraves de sua esposa, Helena, filha do senhor do engenho.

Desde entao ha ocupacao das terras. Em 1.629 ja havia a instalacao de um convento de frades franciscanos. E em 1.693 houve o decreto para se criarem vilas no Reconcavo Baiano. D. Joao de Lancastre foi o responsavel pela fundacao em 1.697 e instalacao em 1.698 da Vila do Sao Francisco da Barra de Sergipe do Conde. O Sergipe eh derivado do nome do rio local que, atualmente, se chama Sergi-mirim.

No texto do IBGE ha um paragrafo interessante que informa: “Sao Francisco do Conde teve assinalada participacao nas lutas da independencia. O Tenente-coronel Comandante Joaquim Inacio de Siqueira Bulcao, natural do Municipio e primeiro Barao de Sao Francisco, eh mesmo cognominado “Patriarca da liberdade baiana”.

Eh franciscano tambem Mario Augusto Teixeira de Freitas, idealizador e fundador do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica. IBGE. Outros detalhes da formacao do municipio podem ser observados no texto http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/dtbs/bahia/saofranciscodoconde.pdf.

Sao Francisco do Conde eh atualmente o maior pib per/capita no Brasil. Isso se deve ao fato da producao petrolifera e a relativa pequena populacao, 31.000 habitantes aproximadamente.

O endereco: http://www.fazendaengenhodagua.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=7&Itemid=5 nos presta maiores informacoes a respeito da Fazenda do Engenho d’Agua, propriedade que pertenceu e serviu de moradia para os baroes de Sao Francisco. Vale a pena abrir este endereco para tambem ter-se uma visao panoramica da fazenda.

Uma parte do que temos com Sao Francisco do Conde eh apresentada na Revista Trimensal do Instituto Historico e Geografico Brasileiro – Volume 52, a partir da pagina 308. Ali sao apresentados os Negreiros de Sergipe do Conde. Nao ha um acompanhamento maior, mas o que ha eh suficiente para constatar-se que Francisco de Negreiros Sueiro casou-se com “D. Cosma Barbalho, filha do mestre de campo Luiz Barbalho e de sua mulher D. Maria Furtado de Mendonca”.

Na genealogia encontram-se varias informacoes curtas, porem importantes. Por exemplo, eh dito que o filho Luiz Barbalho de Negreiros casou-se com D. Luiza Corte-Real, filha de Joao Alvares de Franca e da esposa, D. Catharina Corte-Real. O neto do casal, Francisco de Negreiros Corte-Real casou-se duas vezes: primeiro “com D. Antonia de Araujo ou de Aragao, filha de Pedro Camelo de Aragao Pereira e de sua segunda mulher D. Anna de Araujo, …; segunda vez cazou com D. Elena Maria de Argolo Menezes, filha do capitao Antonio Moreira de Menezes e de sua mulher D. Anna de Menezes…”

Apenas gostaria de observar que na descendencia comum das tias-bisavos Josephina e Angelina Marcolina Coelho, por via do Mozart Nunes Coelho, temos a presenca da assinatura Argolo tambem. O encontro se deu em Governador Valadares. E o resultado pode ser apreciado no geneaminas.com.br. Nao posso afirmar que a origem seja a mesma. Mas nunca se sabe!

Bom, vou entao apresentar uma sequencia genealogica que muitos deverao gostar. Segue:

Luiz Barbalho Bezerra – Maria Furtado Mendonca
Antonia (Barbalho) Bezerra – Antonio Ferreira de Souza
Ines Barbalho Bezerra – Egas Moniz Barreto*
Antonio Ferreira de Sousa – Isabel de Menezes
Egas Carlos de Sousa Moniz Barreto – Maria Francisca da Conceicao
Antonio Moniz Barreto de Sousa e Aragao – Luiza Francisca Zeferina Coelho Ferreira, Pais de:

AI. Jose Joaquim Moniz Barreto de Aragao, 1o. barao de Itapororoca – Josefa Joaquina Gomes Ferrao de Castelo-Branco, pais de:

Ia. Maria Amalia Ferrao Moniz Barreto Aragao – Frutuoso Vicente Viana, 2o. barao de Rio das Contas
Ib. Emilia Augusta Ferrao Moniz Aragao – Joaquim Inacio de Aragao Bulcao, 1o. Barao de Matuim

AII. Salvador Moniz Barreto de Aragao e Menezes, 1o. Barao de Paraguassu – Teresa Clara do Nascimento Viana

IIa. Francisco Moniz Barreto de Aragao, 2o. barao de Paraguassu (faltou acesso)
IIb. Pedro Moniz barreto de Aragao, 1o. barao de Rio das Contas – Maria Joaquina de Aragao Bulcao, pais de:
IIb.a. Salvador Antonio Moniz Barreto de Aragao – Maria Bernardina de Lima e Silva (sobrinha do Duque de Caxias)

BI. Manuel Inacio Moniz Barreto de Aragao – Francisca de Assis Viana, pais de:

I. Francisca de Assis Viana Moniz Bandeira, 1a. baronesa de Alenquer – Custodio Ferreira Viana Bandeira

Obs.1 : Maria Joaquina de Aragao Bulcao era filha de Jose de Araujo Aragao Bulcao, 2o. barao de Sao Francisco e Ana Rita Marinho Cavalcanti de Albuquerque.

Obs.2 : Joaquim Inacio de Siqueira Bulcao – Inacia Calmon du Pin e Almeida, foram pais de:

Antonio Araujo de Aragao Bulcao, 3o. barao de Sao Francisco – Maria Clara (1o.) e Maria Jose Moniz Viana (2o. casamento). As duas esposas eram irmas e filhas de Maria Amalia Ferrao Moniz Barreto Aragao e de Frutuoso Vicente Viana (acima), 2o. barao de Rio das Contas, ou seja, voltamos `a descendencia do Luiz Barbalho Bezerra e Maria Furtado de Mendonca.

Antonia, filha de Luiz Barbalho e de Maria de Mendonca eh mais encontrada como assinando Antonia Bezerra e outras vezes como Antonia Barbalho. Mas nao importa porque o sobrenome Barbalho foi preservado em alguns descendentes dela.

Estudos muito mais completos a respeito dessa genealogia deverao ser encontrados nos escritos do genealogista: Antonio de Araujo de Aragao Bulcao Sobrinho (1.898 – 1.965). Foi membro do Colegio Brasileiro de Genealogia (cbg) e esta na pagina: http://www.cbg.org.br/patronos_27.html. Um dos livros publicados por ele eh: Familias baianas – Fiuza – 1960.

Alem de outras coisas, nao consegui apurar nada a respeito da genealogia de Renato e Ricardo Corte-Real. O Renato foi o mais conhecido em minha infancia e o Ricardo, filho dele, fez o Socrates no “Familia Trapo”. O elenco era formado somente por feras tais como: Ronald Golias (Carlos Bronco de Nossauro), Renata Fronzi (Helena), Otello Zeloni (Pepino), Cidinha Campos (Verinha) e Jo Soares ( o criado Gordon).

Para quem gosta hoje da producao da Rede Globo de Televisao, “A Grande Familia”, havera que fazer a mesma ideia do sucesso que era a Familia Trapo. Somente com o diferencial de que quase nao existiam ainda televisoes nos anos 60 no Brasil. Quem desejar aprofundar os conhecimentos ou matar alguma saudade, eh so buscar o nome do programa ou dos membros do elenco. Quem conhece a Cidinha Campos somente como a “dona braba”, deputada “federal”, nao imagina que foi uma grande comediante!

Outra pessoa que veio-me `a memoria foi Florinda Bulcao. Ela eh cearense, porem, o sobrenome eh o mesmo dos baroes de Sao Francisco. Pode ser que haja alguma relacao parental ai e ela tambem tenha algum resquicio do sangue Barbalho. Para os jovens, ela foi no passado o que a Gisele Bundchen eh hoje como representante da mulher ativa brasileira. Outra vez, ela so nao foi mais famosa porque os meios de comunicacoes ainda eram incipientes. Saiba mais visitando: http://www.florindabolkan.com/ (escolha a linguagem) ou acesse o: http://florindabolkan.com/pt/. Ela modificou a grafia do sobrenome para tornar mais palatavel ao mercado internacional. Como se precisasse!

Na pagina 247 da revista do Instituto Historico tem essa nota: “Rafael Soares de Franca, filho de Joao Alvares Soares e de sua mulher D. Catharina de Souza, filha de Antonio Pereira de Souza, cavalleiro de habito de Santiago, e de sua mulher D. Antonia Bezerra, filha do mestre de campo Luiz Barbalho Bezerra; foi homem rico e senhor de engenho no rio de Parana-mirim; teve filhos.”

Perante estas poucas mencoes a respeito de nossos parentes na Bahia, so posso imaginar que a elite baiana e boa parte do restante da populacao dela devera ter um pouco de sangue Barbalho em sua historia. Isso sem contar com os outros nossos consanguineos que devem ter alcancado a Bahia juntamente com o lider Luiz Barbalho, apos a retirada do Ceara a Salvador.

Nota. Eh possivel que a familia famosa dos Coelho Ferreira da Bahia tenham atualmente ascendencia tambem em nosso Barbalho. Observem que o sinal disso ja esta presente com D. Luiza Francisca Zeferina Coelho Ferreira, acima. O meu amigo Adenor Rodrigues, o Adenor Baiano, foi extraido do ramo Coelho Ferreira. E os varios outros amigos que fizemos quando estudamos em Vicosa-MG, de origem baiana, (Elder, Gaguinho, Paulo e outros), nao devem escapar de tambem terem ascendencia comum `a nossa.

*Quem desejar perscrutar a ascendencia de Egas Moniz Barreto basta pagar uma visitinha ao geneall.net Portugal. Ele descende atraves de varios caminhos das familias reais ibericas. Porem, por enquanto, o nome Barreto nao esta vinculado diretamente `a ascendencia real. A fidalguia deve ter sido conquistada por bravura de Goncalo Nunes Barreto, primeiro senhor do Morgado de Quarteira. Este casou-se com D. Ines de Menezes que, por sua vez, descende, entre outros, do rei D. Sancho I e D. Maria Pais Ribeiro, a Ribeirinha. Visitei varias vezes essa linhagem quando estudei a ascendencia do nosso suposto ancestral, ou homonimo dele, Jose Coelho de Magalhaes.

Neste caso, D. Inez e sr. Egas ja tinham ancestrais comuns. D. Sancho I foi filho do D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal que, por sua vez, era irmao de D. Urraca Henriques, ancestral de D. Inez. Esta ai mais uma comprovacao da minha teoria genealogica. As linhagens seguem direcoes que se parecem com as linhas que desenham um tabuleiro de xadrez. No fim todas reencontram umas com as outras.

79. SAO CRISTOVAO, SERGIPE

Sergipe foi uma das areas determinadas a tornar-se Capitania Hereditaria e que nao deu certo. E com a criacao do Governo Geral do Brasil a partir de 1.549, com a capital em Salvador, a capitania foi comprada do herdeiro de Francisco Pereira Coutinho e transformada em Capitania Real. Houve uma iniciacao de catequese dos indios pelos jesuitas mas os soldados que estavam na protecao dos catequistas comecaram a roubar os pertences das tribos e a abusar das indigenas. Com isso os europeus foram expulsos por eles.

A conquista do Sergipe se deu de forma violenta. Como sempre, como nao se tinha argumentos para tomar do indigena o que era dele e a ambicao superava a razao e as negociacoes nao eram levadas em conta, decidiu-se pelo exterminio dos resistentes. Em 1.590, Cristovao de Barros chefiou a segunda invasao de exterminio e conseguiu dominar o territorio. A primeira havia sido feita pelo governador da Bahia, Luis de Brito.

Em primeiro de janeiro de 1.590 foi instalada a primeira cidade, Sao Cristovao, que se tornaria desde entao a capital e Tome da Rocha foi escolhido para capitao-mor. As desculpas que levaram `a conquista de Sergipe foram: tomar as terras dos indios e escraviza-los; fazer o contato via caminhos entre a Bahia e Pernambuco; expulsar os franceses que mantinham escambo com os indios; explorar riquezas minerais e utilizacao das terras na agricultura canavieira e pecuaria.

A cidade foi mudada de lugar algumas vezes ate encontrar-se o local mais apropriado `a margem do rio Paramopama, afluente do Vasa-Barris. A cidade veio a chamar-se Sao Cristovao de Sergipe d’El Rei e Simao de Andrade teria sido o primeiro a adquirir terras entre o Caipe e o Vasa-Barris. A principal atividade economica foi a criacao de gado para abastecer a Bahia. Tambem possuiu engenhos de acucar.

Sao Cristovao eh a quarta cidade mais antiga do Brasil. Em 1.637 foi invadida pelos holandeses e incendiada. Os holandeses foram expulsos dela em 1.645 deixando-a destruida. Foi totalmente reconstruida nos meados do seculo XVIII. Sergipe fazia parte da Bahia e foi emancipado por decreto de D. Joao VI em 8 de julho de 1.820.

Enquanto pertencente `a Bahia, Sao Cristovao foi sede de ouvidoria. Os baianos nao aceitaram a emancipacao e prederam o governador e a restauracao definitiva somente se deu em 1.822 com a acao do general Labatut.

Sao Cristovao era uma capital de estado litoraneo que nao fora construida de frente para o mar. Como o seu porto era fluvial, nao dava passagem para navios de maior porte. Por essa razao os comerciantes do estado, especialmente os senhores de engenhos, fizeram um movimento para mudar a capital, o que se tornou realidade em 1.855, estando a presidencia da Provincia sob a batuta de Inacio Joaquim Barbosa. Assim a capital foi transferida para Aracaju e continua ate hoje.

O que temos haver com Sao Cristovao e eh do meu conhecimento esta no Revista Trimensal do Instituto Historico e Geographico Brasileiro, Volume 52, Part 1 – Catalogo Genealogico. Paginas de 310 a 312. Copiarei para facilitar:

“N.2. Guilherme Barbalho, filho segundo de Luiz Barbalho, o mestre de campo, e de sua mulher D. Maria Furtado de Menconca, servio nas guerras de Pernambuco, foi fidalgo da caza real, cavalleiro da ordem de Christo, foi alcaide-mor da cidade de Sao Christovao de Sergipe de el-rei, coronel de um partido de auxiliares na Bahia, onde cazou com D. Anna de Negreiros, [irma de Francisco Negreiros de Sueiro, marido de D. Cosma Barbalho – vide Sao Francisco do Conde, capitulo 78] filha de Domingos de Negreiros, a fl…, n. 2 e 5, e de sua mulher Maria Pereira, filha de Martim Lopes Soeiro e de sua mulher Anna Pereira, a fl…, e teve filhos:

7. Domingos Barbalho Bezerra, que se segue:

8. D. Mariana Barbalho, mulher de Manoel Alves da Silva, filho de Antonio Alves da Silva e de Luiza Freire, sua mulher, sem filhos.

Manoel Alves da Silva, cavalleiro professo na ordem de Christo.

N.7. Domingos Barbalho Bezerra, filho de Guilherme Barbalho, n. 2, teve o foro de fidalgo, e commenda e alcaidaria de seu pai e avo, viveu com seu pai na Patativa, solteiro.”

Pelo que parece, em Sergipe nao ficou descendencia identificada na revista do mestre de campo Luis Barbalho Bezerra. Contudo, nao posso garantir isso com certeza. Ha que se levar em conta que Sao Cristovao ficou no caminho entre Salvador, passando por Sao Francisco do Conde para chegar-se ao Recife e Olinda. Com certeza, toda oportunidade que apareceu nesse caminho deixou margem para que algum descendente dele, de linhagem diferente da do Guilherme, a aproveitasse.

Tambem tinha alguma esperanca de verificar se havia alguma relacao incial com Itabaiana, tambem no Sergipe, por causa de nossa ascendente, Teresa de Jesus, esposa do sargento-mor, Domingos Barbosa Moreira, ter nascido la. Itabaiana e Sao Cristovao nao ficam tao distantes uma da outra e o mais provavel eh que os primeiros moradores de ambas tenham algum grau de parentesco. Sendo assim, devemos ter lacos familiares com as duas.

http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=373883 Recomento este endereco a quem desejar conhecer Sao Cristovao atraves de fotografias. A Praca de Sao Francisdo, em Sao Cristovao, foi elevada a Patrimonio Cultural da Humanidade pela UNESCO. Mais informacoes na pagina: http://viagem.uol.com.br/ultnot/efe/2010/08/01/praca-em-sao-cristovao-no-sergipe-agora-e-patrimonio-da-humanidade.jhtm.

80. ITABAIANA – SERGIPE

Nao havia observado anteriormente que nao tinha aberto ainda um capitulo para Itabaiana neste texto. Mencionei tantas vezes a cidade em outros escritos meus, devido `a importancia dela em nossa formacao genealogica, que pensei ja ter feito isso anteriormente. Vou explorar apenas o site da prefeitura porque ele tras um conteudo mais completo. Sao inumeros encontrados na Internet mas, geralmente, as informacoes sao repetidas em todos. Vamos la entao.

Aqui se encontra a informacao de que o filho do donatario da Capitania de Sergipe, Francisco Pereira Coutinho, se chamava Manoel Pereira Coutinho e foi ele quem vendeu a Capitania `a Coroa Portuguesa. Os Coutinho formam familias importantes mais tarde tambem no Rio de Janeiro, os quais estavam interligados aos Barbalho.

As primeiras sesmarias em Sergipe sao dadas a colonos oriundos de Portugal e da Bahia. Um deles, Ayres da Rocha Peixoto, era casado com uma neta do Caramuru. Caramuru eh um nome Tupi que significa moreia. Mais tarde foi traduzido como homem do fogo, talvez por causa da lenda. As terras de Ayres da Rocha correspondem ao que atualmente seriam as cidades de Itabaiana, Riachuelo e Santo Amaro das Brotas.

A cidade comecou com a fundacao do Arraial de Santo Antonio, conhecido atualmente como Igreja Velha e que fica a seis quilometros distante do centro de Itabaiana. A sede do municipio encontra-se no que fora conhecido como Caatinga de Ayres da Rocha. Ali a Irmandade das Almas de Itabaiana construiu uma igreja em homenagem a Santo Antonio e logo surgiu a Freguesia de Santo Antonio e Almas de Itabaiana que substituiu o antigo nucleo como sede da povoacao.

Passou a distrito em 1.678 e paroquia em 1.675. Tornou-se vila em 1.698 sob a denominacao de Vila do Santo Antonio e Almas de Itabaiana. E, em 1.727, ja possuia sua camara propria representando o municipio. Ha mencao de que se tenha explorado minerais como o ouro, prata e salitre na Serra de Itabaiana, desde os tempos em que Sergipe foi ocupado pelos holandeses, por volta de 1.641, mas esta afirmacao pode nao passar de lenda.

Outro personagem que figura na Historia da Colonizacao de Itabaiana eh Simao Dias Frances. Segundo os autores, dificil eh separar a Historia das lendas que envolvem o personagem. O que se conta eh que quando da investida feita pelo governador da Bahia, Luiz de Brito e Almeida, contra os franceses e seus aliados indigenas, um soldado frances que tinha relacoes amorosas com uma indigena se embrenhou na mata em fuga. Posteriormente a indigena deu `a luz uma crianca e faleceu. O nascimento teria se dado em Itabaiana, antes da existencia desta. Cerca de um ano depois, o pai tambem foi morto pelos portugueses e a crianca foi encontrada sendo amamentada por uma cabra. Os portugueses a recolheram e adotaram.

O menino, Simao Dias, cresce e se torna vaqueiro de Luiz ou Braz Rabelo. Com a invasao holandesa em 1.637, Simao Dias se retira para as matas de caicara e comeca a colonizacao das terras que mais tarde recebem seu nome. O municipio de Simao Dias embora esteja um pouco distante de Itabaiana, teve sua origem nessa fuga dos moradores daquela cidade, portanto, havera que ter acontecido casamentos entre as duas populacoes. Simao Dias eh tambem citado com o sobrenome Fontes e nao Frances.

A 9 de julho de 1.853 foi criada a Comarca de Itabaiana, que foi desmembrada de Sao Cristovao e que era constituida pelas povoacoes de Itabaiana, Simao Dias, Nossa Senhora das Dores, Campo do Brito e Frei Paulo.

Itabaiana foi elevada `a categoria de cidade em 28 de agosto de 1.888, na presidencia provincial de Francisco de Paula Preste Pimentel.

Nossa ligacao com Itabaiana eh explicada no livro do professor Demerval Jose Pimenta, “A Mata do Pecanha, sua Historia e sua Gente”. Na pagina 248, temos:

“Sargento-Mor DOMINGOS BARBOSA MOREIRA, portugues, casado com TERESA DE JESUS, brasileira, natural de Tabaiana [nome antigo do local], na Bahia. [antes da emancipacao de Sergipe]. Pais de:

F 1 – NOROTEA BARBOSA FIUZA, brasileira, natural de Sao Goncalo, casada com JOAO DE SOUZA AZEVEDO, natural de Portugal. [Joao de Sousa Azevedo seria natural de Vila Nova do Norte, nao tendo atualmente local com essa denominacao naquele pais e deve ser Sao Goncalo do Rio das Pedras, distrito do Serro, o local de nascimento de Doroteia]. Pais de:

N 1 – MARIA DE SOUZA FIUZA, nascida na Vila do Principe, atual Cidade do Serro. Casou-se em 15 de nobembro de 1775, na mesma Vila, com ANTONIO BORGES MONTEIRO. Faleceu em 20 de novembro de 1780. Pais de:

BN 1 – ANTONIO BORGES MONTEIRO JUNIOR (Borginha), nascido na Vila do Principe e ali batizado em 3 de maio de 1777.”

O livro do professor Pimenta eh praticamente tomado pela descendencia desses personagens. Ele apenas adiciona os troncos PEREIRA DO AMARAL e PIMENTA-VAZ BARBALHO, fazendo-os uma raiz comum para as familias que apresenta. Em nosso caso particular, descendemos de Maria Francelina Borges Monteiro [filha do Borginha e Maria Madalena de Santana, e esposa de Daniel Pereira do Amaral], que foi mae de Maria Marcolina Borges do Amaral. Esta ultima foi a esposa do tenente Antonio Rodrigues Coelho que multiplicou em muito este sobrenome nos municipios de Guanhaes e Virginopolis.

Foi em funcao da presenca do sobrenome Fiuza em nossas ancestrais que fiz questao de citar a obra “Familias Baianas – Fiuza” do genealogista Antonio de Araujo de Aragao Bulcao Sobrinho (1.898 – 1.965), no capitulo 68, Sao Francisco do Conde. Eh possivel que estejamos ligados `a familia atraves dessas nossas avos que receberam a alcunha Fiuza. Ha que se procurar entre eles uma Teres(z)a de Jesus e, talvez, cujos dados de casamento ja constem na genealogia. Nada temos alem do que se encontra no livro do professor Demerval.

Pela regressao de datas, Ja que o Borginha nasceu em 1.777, eh provavel que a mae dele tenha nascido por volta de 20 anos antes, a avo Doroteia outros 20 e a bisavo Teresa outros tantos. Neste caso parece que o nascimento de Teresa tenha se dado pouco antes de 1.700 ate 1.720. Havendo a possibilidade ate de encontrarmos ai mais algum Barbalho entre os nossos ancestrais atraves desta linhagem.

No fichario que o ARQUIVO PUBLICO MINEIRO – APM disponibiliza na internet existem: Cartas de Sesmarias, 25 de agosto de 1739, passadas a DOMINGOS BARBOSA MOREIRA. Nem sempre as Cartas de Sesmarias trazem informacoes genealogicas, mas se as houverem poderemos abrir uma janela importantissima caso descubramos, pelo menos, a origem geografica de onde nosso ancestral partiu de Portugal.

Lembremo-nos que Barbosa eh uma familia de origem nobre. Alias, diga-se de passagem, a irma do D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal: D. Sancha Henriques, casou-se com Sancho Nunes de Barbosa. Temos indicios que indicam que somos descendentes, por outras vias, de Sancho e Sancha, porem, no capitulo 66, Historia de Pernambuco, Olinda e Recife, acima, demonstra-se que seriamos, pelo menos, sobrinhos do casal, pelo lado Barbalho, atraves de D. Urraca Henriques e seu marido, D. Bermudo Peres de Trava.

Tenho para mim que nosso ancestral Domingos Barbosa Moreira poderia ter casado com pessoa de qualquer origem mesmo que ele fosse de origem nobre. Afinal, o regime de castas da sociedade portuguesa antiga funcionava de forma contraria do regime de castas na India. Na India, quem se casava com alguem de casta considerada inferior perdia a posicao e caia na escala social. Em Portugal se dava o contrario, a pessoa de classe mais elevada mantinha o status e a cara-metade se elevava.

Contudo, pelas tradicoes de epoca, um jovem oriundo de Portugal presente no Brasil deveria ser ambicioso. Neste caso procuraria uma pessoa das classes sociais mais elevadas. Por outro lado, os brasileiros sempre foram hospitaleiros nesse sentido, dando grande valor a todos que vinham de fora. E era reconhecida a vantagem de ser portugues de origem porque era dado a estes as melhores oportunidades. Se esta acertiva prevaleceu, como se deu na maioria dos casos, deveremos ter ascendencia com status social elevado, tambem em nossa avo Teresa de Jesus.

Observe-se que o nome “de Jesus” nada tem haver com sobrenome algum. Os pais dela podem ter assinado qualquer outro sobrenome comum portugues. Naquela epoca porem muitas mulheres substituiam os sobrenomes por suas devocoes religiosas. E o “de Jesus” pode ser apenas uma homenagem ao personagem Jesus e nao uma alcunha adotada por seus ancestrais.

A palavra Fiuza vem do latim cuja origem eh fiducia. Existem dois sentidos para a palavra. O primeiro trata-se de confianca, seguranca. Ja o segundo, no popular, eh descrito por: atrevimento, audacia, prosapia. Prosapia eh definido como progenie, raca, linhagem e ascendencia. Tambem fanfarrice, altivez, orgulho, soberba. Tudo esta no Aurelio.

E talvez seja por causa do primeiro sentido de prosapia que alguns Cristaos-Novos o adotaram. Isso nao nos garante que tenhamos ascendencia judaica por essa via porque os judeus convertidos adotaram diversos nomes comuns portugueses para nao serem detectados facilmente pela Inquisicao. Foi a forma que encontraram de esconder-se `a vista de todos.

Ha uma versao que fala de italianos que entraram na Espanha via Rio Minho, cujo sobrenome era Fiudicci. Com as adaptacoes populares acabou se transformando em Fiuza.

81. CIDADE DE SAO GONCALO, RIO DE JANEIRO

Este capitulo deveria ser encaixado entre meio o do Rio de Janeiro e o de Nilopolis. Mas somente nos ultimos dias, hoje eh 12.10.2012, consegui algumas informacoes que tanto procurava. Alias, encontrei ate um pouco mais. Isso se deu gracas a uma navegacao que fiz na Internet e, por curiosidade cliquei sobre o endereco: http://www.historia.uff.br/stricto/teses/Dissert-2003_CAETANO_Antonio_Filipe_Pereira-S.pdf.

Ali se encontra uma tese intitulada: “ENTRE A SOMBRA E O SOL, A REVOLTA DA CACHACA, A FREGUESIA DE SAO GONCALO DE AMARANTE E A CRISE POLITICA FLUMINENSE (RIO DE JANEIRO, 1640-1667). O autor eh Antonio Filipe Pereira Caetano. A tese dele eh complexa e longa, porem, da pagina 187 a 194 ha um capitulo: “Os Honoratiores Goncalenses: A Familia Barbalho” que, logico, despertou mais o meu interesse.

Nao li toda a tese, porem, ressaltou `as minhas vistas o detalhe de o autor defender o casamento entre a Historia e a Genealogia para melhor compreensao dos fatos. Pensei: perfeito, justamente o que venho debatendo em meus proprios estudos. Embora, ha que se adicionar tambem Geografia. Geralmente, os estudiosos mais antigos procuram estudar o que eh chamado de “fato”. Contudo, na maioria das vezes eles nos apresentam topicos com uma boa dosagem de opiniao. Isso se da porque nunca os fatos sao aquilo que aconteceu porque eles sao consequencia de processos que, muitas vezes, transcorrem ao longo de muitos anos.

Aquilo que aconteceu em 11 de setembro de 2011 aqui nos Estados Unidos nao foi um fato, foi apenas um capitulo de uma extensa novela que vem se desenrolando ao longo dos seculos. E quem pensa como a maioria dos americanos que resolvera a questao reagindo apenas em funcao daquele “topico” de nossa Historia, ira perder o tempo dele e somente ira prolongar mais as consequencias desastrosas das respostas irresponsaveis. Isso foi o que o presidente George W. Bush fez. Mas aqui estou desviando um pouco do nosso assunto. Que isso sirva apenas de um parametro de como as coisas realmente sao.

Nao posso afirmar que o autor Antonio Filipe tenha sido perfeito na tese dele ja que nao a li por completo. Porem, a ideia de aliar-se a genealogia com a Historia faz um sentido perfeito. E os dados que ele nos passa em sua obra comprova isso ja que temos inumeras literaturas ja arroladas em nossos estudos que, como veremos mais na frente, estao repletas de dados falsos, portanto, nao podem ser consideradas pontos de Historia e sim fantasias que misturam fatos e interpretacoes erroneas.

Vou dar um credito para o Antonio Filipe em alguns dados que ele fornece no capitulo acima mencionado. Principalmente naqueles que ele recolheu de estudos anteriores e que tenham ligacao direta com Sao Goncalo. Depois mencionarei algumas informacoes que, a meu ver, sao distorcidas. Nao que ele as tenha inventado, porem, nao creio que as literaturas que ele consultou apresentem a essencia da verdade. E, claro, nos que somos humanos e tentamos trabalhar com uma gama enorme de informacoes ao mesmo tempo, estamos sujeitos aos nossos proprios erros. Eu proprio estou sempre procurando voltar e consertar os meus. Uma pequena distracao e … la se vai a vaca para o brejo!

Vamos, entao, primeiro passar uma pequena pincelada pela Historia de Sao Goncalo, do Rio de Janeiro. E para isso eu estou recorrendo `as postagens de Historia de Sao Goncalo nos sites da Prefeitura de la e da Wikipedia. Enderecos: http://www.saogoncalo.rj.gov.br/historia.php & http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Gon%C3%A7alo_(Rio_de_Janeiro).

A regiao em torno da Baia da Guanabara foi habitada pelos indios tamoios. Como ja vimos no capitulo do Rio de Janeiro, essa nacao indigena era arredia em relacao aos portugueses e preferia o contato com os franceses. Logo apos `a implantacao da Cidade de Sao Sebastiao do Rio de Janeiro e o exterminio dos indios resistentes, comecou-se a distribuicao de Sesmarias para que os colonos ocupassem e fizessem a defesa do territorio.

No site da prefeitura ha um “quadro sinotico” que resume o processo historico da cidade. Vou copiar e depois dar mais detalhes. Segue:

1579 – a area eh dada como Sesmaria ao nobre Goncalo Goncalves. Ele funda o arraial em torno da capela erguida em homenagem ao santo de sua devocao, Sao Goncalo do Amarante que, na verdade, foi beatificado porem nao canonizado.
16… – Foi implantada uma fazenda conhecida como Colubande, pelos jesuitas. A sede da fazenda foi preservada e hoje eh usada pelo Batalhao da Policia Florestal do Estado do Rio de Janeiro.
1644 – O arraial eh elevado `a categoria de freguesia.
1645 – Pedido de Jurisdicao da freguesia
1646 – Elevacao `a categoria de Paroquia de Sao Goncalo do Amarante. Contava, entao, com 6.000 habitantes.
1647 – confirmacao da freguesia.
1660/1661 – De Sao Goncalo e Niteroi nasce A Revolta da Cachaca, importante marco na Historia Fluminense.
1819 – Suspensao da condicao de Freguesia e eh rebaixada a distrito de Niteroi.
1890 – Elevada a Vila e Municipio. Instalacao do Municipio no mesmo ano, em 12.10.
1892 – Supressao do Municipio em maio e restauracao em dezembro.
1922 – Elevacao `a categoria de cidade.
1923 – Supressao da condicao de Cidade e retorno `a de Vila.
1929 – Restauracao definitiva `a condicao de Cidade.
1940/1950 – Instalam-se grandes industrias e recebe o apelido de “Manchester Fluminense”.

Atualmente, Sao Goncalo eh a segunda cidade mais populosa do Rio de Janeiro e conta com 1.1 milhoes de habitantes aproximadamente. Alguns pontos turisticos podem ser observados a partir do endereco: http://www.saogoncalo.rj.gov.br/sao_goncalo.php.

Talvez os estudiosos que escreveram os dois primeiros textos referidos logo acima nao tenham feito a ligacao dos fatos, pelo menos aparentes, de que as datas de 1644 a 1661 coincidem com a chegada e o assentamento da Familia Barbalho no Estado do Rio de Janeiro, particularmente, na Cidade de Sao Goncalo. Desde 1643 ate 15.04.1644, quando faleceu, o governador do Rio de Janeiro era Luiz Barbalho Bezerra que viera da Bahia para este fim, substituindo a Salvador Correia de Sa e Benevides que teria que viajar para Portugal, para responder a processo aberto contra ele.

Devido `a proximidade da data do falecimento de Luiz Barbalho e a implantacao da Freguesia, eh presumivel pensar que o ato tenha nascido na mesa daquele governador, embora implantado pelo seu sucessor: Francisco de Souto-Maior. Francisco de Souto-Maior era mestre de campo de um terco na Bahia e, certamente, tinha bom relacionamento com Luiz Barbalho que fora mestre de campo tambem na Bahia antes de dirigir-se para o Rio de Janeiro. (Talvez seja nosso aparentado pelo lado Pimenta de Carvalho. Os detalhes mais intimos dessa ligacao encontram-se no meu texto: https://val51mabar.wordpress.com/2012/09/11/barbalho-pimenta-e-talvez-coelho-descendentes-do-rei-d-dinis/).

A observacao que se faz aqui eh a de que a comitiva que deve ter acompanhado Luiz Barbalho, incluindo seus filhos, deve ter se instalado toda em Sao Goncalo, dai o crescimento e a melhoria do local poder ter sido a justificativa para o acelaramento do crescimento no seculo XVII. Tambem nao podemos ignorar a razao obvia de que os recem-chegados tinham o interesse de consolidar um status social elevado que traziam desde Pernambuco.

A criacao da Freguesia significava uma oportunidade de se verem representados nos meios politicos locais. Cada freguesia devia ter o direito a ser representada por pelo menos um senador na Camara Municipal. E isso fazia parte das tramitacoes politicas naquela epoca, como o eh hoje, em escala maior.

Nao ha necessidade de aprofundarmos muito em relacao `a Historia de Sao Goncalo – RJ. Temos acima os enderecos na Internete para os que desejarem mais alguns detalhes. Infelizmente nao temos muito mais `a nossa disposicao. Percebi que o estudo do Antonio Filipe apresenta um pouco mais de genealogia alem da da Familia Barbalho. Contudo, eh muito pouco para o que eu desejava.

O que pretendo agora eh mostrar um pouco de nossa genealogia, suspeita e/ou confirmada, com ligacoes diretas com a Cidade de Sao Goncalo. Comecarei por outro ramo que nao o Barbalho. Copiarei aqui um pequeno extrato do livro: “A Mata do Pecanha, sua Historia e sua Gente”, do professor Demerval Jose Pimenta, que se encontra na pagina 248:

“Os ascendentes da primeira mulher de ANTONIO BORGES MONTEIRO, de nome MARIA DE SOUZA FIUZA, progenitora de ANTONIO BORGES MONTEIRO JUNIOR (Borginha), fazendeiro em Sao Sebastiao dos Correntes {atual Sabinopolis – MG}, sao os seguintes:

Sargento-Mor DOMINGOS BARBOSA MOREIRA, portugues, casado com TERESA DE JESUS, brasileira, natural de Tabaiana, na Bahia. {atualmente se chama Itabaiana, e localiza-se em Sergipe}.

Pais de:

F 1 – NOROTEA BARBOSA FIUZA, brasileira, natural de Sao Goncalo, casada com JOAO DE SOUZA AZEVEDO, natural de Portugal.

Pais de:

N 1 – MARIA DE SOUZA FIUZA, nascida na Vila do Principe, atual Cidade do Serro. Casou-se em 15 de novembro de 1775, na mesma Vila, com ANTONIO BORGES MONTEIRO. Faleceu em 20 de novembro de 1780.”

Estes foram os pais de Antonio Jr, Dorothea e Joao Borges Monteiro. Atualmente encontramos os dados de que Joao de Souza Azevedo, portugues, natural de Vila Nova do Norte, era filho de Manoel de Sousa Azevedo e Anna Coelho. Suspeito que o nome Vila Nova do Norte se refira a Vila Nova de Gaia, Vila Nova do Famalicao ou Vila Nova, no extremo norte da Ilha Terceira, Acores. O problema eh que nao encontrei nenhuma referencia a Vila Nova do Norte em Portugal.

Outro problema a ser resolvido eh saber a qual Sao Goncalo se refere o local de nascimento da ancestral Norothea. A principio eu optei por dar a resposta mais simples `a questao, ou seja, que ela tivesse nascido em Sao Goncalo do Rio das Pedras, que eh um Distrito da antiga Vila do Principe. Alem do mais, consta que este Sao Goncalo surgiu como arraial por volta de 1779 e foi implantado por Domingos Barbosa.

Existe no Arquivo Publico Mineiro – APM – o registro de uma Carta de Sesmarias, datada de 25 de agosto de 1739. O sesmeiro contemplado chamava-se Domingos Barbosa Moreira. Porem, nao obtive informacao se a tal carta trata da posse do local. Mas torna-se razoavel pensar que o fundador do Arraial tenha sido, talvez, um filho do sargento-mor. Isso por causa das datas que podemos deduzir a partir do que temos de concreto.

Maria de Souza Fiuza casou-se em 1775. Deveria ter no minimo 15 anos. Se a mae dela nasceu uns 15 anos antes, seria possivel que esta ja houvesse nascido em Sao Goncalo do Rio das Pedras, embora, o local nao tivesse tal nome. Poderia ter sido o nome da Sesmaria. Mas se a media de casamento da mae e da filha foi 18 anos, temos que o nascimento de d. Dorothea foi na epoca ou anterior `a Sesmaria, dai ela teria que ter nascido em outro Sao Goncalo, e a cidade candidata mais provavel seria a do Rio de Janeiro.

Como foi dito que Domingos era portugues e casou-se com Teresa de Jesus, de Sergipe, era muito provavel que tivessem residido no Rio de Janeiro antes de “assentarem praca” em Minas Gerais. Outro detalhe eh o de que nao sabemos dizer se Dorothea foi a primogenita de Teresa, e Maria Fiuza foi a primogenita de Dorothea. Se nao foram, as datas podem recuar ate por volta de trinta anos ao ano de 1739. Dai o nascimento de Manoel e Teresa poderiam recuar para as voltas de 1680, o que tornaria inviavel tanto eles estarem presentes na fundacao do Arraial quanto Dorothea ter nascido em Sao Goncalo do Rio das Pedras.

Contudo, tudo isso nao passa de hipoteses. O que temos de concreto eh o nome desses ancestrais e o de Sao Goncalo como referencia. Qual deles, nao podemos tomar partido ainda.

Vamos, entao, `a tese do Antonio Filipe Pereira Caetano, referencia acima. Logo de inicio, no capitulo “Os Honoratiores Goncalenses: A Familia Barbalho” ele da uma versao para o inicio da Familia Barbalho Bezerra no Brasil. Ali ele menciona o casal Antonio Martins Bezerra , tambem conhecido como Felpa Bezerra, e Maria Martins Bezerra. A novidade maior para mim eh a informacao de que o casal foi para o Brasil junto com o primeiro donatario de Pernambuco, Duarte Coelho Pereira.

Recorramos entao a outras fontes para sabermos quem era esse Antonio Felpa Bezerra. Para simplificar, postarei aqui uma linhagem genealogica a partir dos reis da Peninsula Iberica, dos quais ele descendia. A primeira informacao que encontrei dos ancestrais dele encontra-se no endereco: http://familybezerrainternational.blogspot.com/2009/12/fontes-sobre-as-origens-da-familia.html. E em segundo plano, confirmei no sitio http://www.geneall.net Portugal. Segue e depois explico:

1016 Fernando I Magno, rei de Castela e Leao – Sancha, infanta herdeira de Leao
1039 Alfonso VI, rei de Castela – Ximena Moniz
1080 Teresa de Leao, condessa soberana de Portugal – Henri de Bourgogne
1095 D. Urraca Henriques – Bermudo Perez de Trava
D. Teresa Bermudez de Trava – D. Fernando Aires de Lima
1176 D. Rodrigo Fernandes, o Codorniz – ? Rodrigues
1198 Maria Rodrigues Codorniz – Joao Bezerra
Goncalo Gomes Bezerra – ?
Soeiro Goncalvez Bezerra – ?
1340 Fernao Bezerra – Maior Fernandes de Moscoso
Martim Bezerra de Moscoso – ? do Campo
Lopo Bezerra de Moscoso – N
Fernao Lopes Bezerra – ?
Lopo Fernandes Bezerra – ?
Rodrigo ou Affonso Bezerra – Violante Moscoso
Martim Bezerra – ?
Antonio Pires ( ou Martins) Bezerra – Maria Martins Bezerra
1526 Domingos Bezerra Felpa de Barbuda – Brasia Monteiro

O autor do texto da Familia Bezerra nao menciona os primeiro reis no topo dessa linhagem. Ele comeca de Teresa, a condessa soberana de Portugal. Ela foi a mae tambem do Afonso Henriques, que foi tutorado pelo famoso Egas Moniz, o Aio. Afonso Henriques tornou-se o primeiro rei de Portugal. Egas Moniz foi o bisavo do Soeiro Viegas Coelho, o primeiro a adotar o sobrenome e a passa-lo para os filhos.

No final da linhagem apresenta-se a definicao que o Antonio Martins Bezerra tambem foi mencionado como Antonio Pires, porem, para ser filho de Martim, a regra determinava que ele fosse cognominado mesmo de Martins. E a sequencia leva a Domingos Bezerra Felpa de Barbuda, casado com Brasia Monteiro. Brasia era filha de Pantaleao Monteiro e Brasia Araujo. Essa sequencia leva `a uma das muitas linhagens da familia Bezerra no Nordeste brasileiro.

O que nos interessa aqui eh o autor Antonio Filipe nos ter informado que Antonio Martins Bezerra e Maria Martins Bezerra se instalaram em Pernambuco. Porem, por outras fontes, acredito que ele tenha cometido um engano ao dizer que o casal fora tambem os pais de Guilhereme Bezerra Felpa de Barbuda. Pode ate ser, porem, este sera outro Guilherme, acredito, um tio do Guilherme casado com Camila Barbalho.

No endereco: http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=188&cat=Ensaios&vinda=S, “Arvore de Costado de Francisco Buarque de Holanda”, de autoria de Pedro Wilson Carrano de Albuquerque, disponibilizado pela Usina de Letras, nao temos os nomes do Antonio Martins Bezerra e Maria, porem, temos o de Antonio Bezerra Felpa de Barbuda, casado com Maria Araujo, irma da Brasia Monteiro. Estes sim sao indicados como pais de um Guilherme, possivel, marido da Camila Barbalho, que era filha de Braz Barbalho Feyo e Catharina Tavares de Guardes. Catharina era filha de Francisco Carvalho de Andrade, armeiro real, e Maria Tavares de Guardes, tambem chegados a Pernambuco com Duarte Coelho Pereira.

Desta parte para cima deste capitulo eu o estava escrevendo diretamente no computador, no qual deixei o escrito no inbox. Agora o terminei no papel antes de passa-lo para o computador.

A razao pela qual nao estou podendo continuar meu trabalho no aparelho se da por minha esposa e eu termos tido uma briga sem maiores fundamentos. Porem ela eh a dona dele e decidiu que nao poderia mais manipula-lo. (Morre de ciumes de eu estar procurando namorada ali…, ah aha ha!…). De minha parte, posso a abster-me da regalia de mexer no que eh dela e guardado com tanto ciume. Estou agora usando algumas horas de emprestimo para tornar publico os meus pensamentos.

Voltando um pouco aos dados que ja coletei, temos que o nucleo inicial que formou o ramo Barbalho (e a Familia Brasileira de um modo geral) ao qual pertencemos se compoe a partir de tres senhores de engenho, assentados em Pernambuco, desde o periodo em que Duarte Coelho Pereira foi seu primeiro Capitao-Mor. Sao Eles:

1. Pantaleao Monteiro, casou-se com Brazia de Araujo. Foi senhor do Engenho de Sao Pantaleao, que ficava na Varzea do Beberibe. Este engenho passou a ser conhecido como Engenho do Monteiro, porem, por causa do sobrenome de dono posterior. No local onde existiu o engenho, atualmente se encontra o Bairro do Monteiro, em Recife. Pantaleao e Brazia foram pais de: Maria de Araujo, esposa de Antonio Bezerra Felpa de Barbuda.

2. Francisco Carvalho de Andrade, casou-se com Maria Tavares de Guardes. Foi senhor do Engenho Sao Paulo, tambem na Varzea do Capibaribe. Era armeiro real. O casal foi pai de Catharina ou Maria Tavares de Guardes que se casou com Braz Barbalho Feyo.

3. Braz Barbalho Feyo, casou-se com Catharina (ou Maria) Tavares de Guardes. Foi senhor do Engenho do Barbalho, que se encontrava no Cabo de Santo Agostinho, tambem em Pernambuco. Foram pais de Camila Barbalho que se casou com Guilherme ou Antonio Bezerra Felpa de Barbuda.

Segundo o pesquisador Antonio Filipe Pereira Caetano, foi desta mesma epoca a chegada do casal Antonio Martins Bezerra e Maria Martins Bezerra a Pernambuco. Ele atribui a paternidade do Guilherme a este casal, enquanto que no estudo: “Chico Buarque e seus Antepassados” especifica-se que houve um filho com esse nome atribuido a Antonio Bezerra Felpa de Barbuda e Maria Araujo.

Creio que a segunda versao faca mais sentido. Isso porque no site familybezerrainternational (vejam o resumo no final do texto) mostra-se que Antonio e Maria Martins Bezerra foram os pais de Domingos Bezerra Felpa de Barbuda, que foi o marido de Brazia Monteiro, tambem filha dos senhores de engenho: Pantaleao Monteiro e Maria Araujo.

Naquele site ha tambem a infromacao de que Domingos nascera em Viana, em 1526. Disso podemos deduzir que os pais dele terao nascido em torno de 1500, podendo ser um pouco mais ou um pouco menos. Nao muito menos ou mais para o caso da Maria Martins, por causa do limite util da vida reprodutiva feminina.

No ensaio publicado pela Usina de Letras ha a informacao de que Antonio Bezerra Felpa de Barbuda nasceu na Cidade de Ponte de Lima. Ele esta identificado no estudo sob a numeracao: 9692. Maria Araujo eh o numero seguinte. O proximo eh Braz Barbalho Feyo, seguido da esposa: Catharina (ou Maria) Tavares de Guardes. Observando-se o mapa de Portugal, percebe-se que Ponte de Lima e Viana estao na mesma linha do Vale do Rio de Lima e sao vizinhas.

Isso leva ao pensamento de que Antonio e Maria Martins tenham iniciado suas vidas em Ponte de Lima e depois se mudado para Viana, antes de embarcarem para Pernambuco. A razao para isso eh que, ja no inicio dos anos 1500 a Cidade de Viana experimentou um grande progresso por ter sido favorecida pelo fato de estar nas proximidades do oceano e, por esta razao, ter se tornado um dos mais ativos entrepostos comerciais na epoca das Grandes Descobertas. Portanto, seria natural que houvesse um fluxo migratorio nesse sentido. Neste caso, a data esperada para o nascimento do irmao do Domingos, o Antonio, seria anterior a 1526.

O que, em segunda hipotese, o fluxo migratorio ser invertido. Isso porque os primeiros exploradores embarcados junto com Duarte Coelho foram para o Brasil por volta de 1535. Naturalmente, deverao ter seguido apenas os homens que implantaram primeiro algumas construcoes, fizeram os contatos com os indigenas e decidiram locais de moradas. Temos que nos lembrar que a viagem que atualmente se da em questao de horas sobre o Atlantico era feita em meses naquela epoca. Ate as primeiras mulheres poderem ter sido levadas passaram-se uns poucos anos.

Porem, isso nao implica que a mudanca da familia tenha sido no sentido que apresensei primeiro. Se a Maria Martins fosse natural de Ponte de Lima poderia ter sido mais conveniente para ela voltar a residir na cidade natal, enquanto esperava o marido. E este podera ter feito viagens de visita, embora as dificuldades fossem enormes. Mas nunca se sabe! O que atualmente considerariamos grande dificuldade, muitas vezes, era considerado como sendo apenas “parte da vida” por nossos ancestrais. Para alguns, a travessia do Atlantico talvez fosse diversao, como hoje eh a pratica de esportes superradicais para uns poucos.

Se essa segunda opcao ocorreu eles poderiam ter sido pais de um dos Guilherme Bezerra Felpa de Barbuda, que poderia ter nascido entre 1535 e 1550, caso a Maria Martins tivesse se casado bastante nova. Ai sim este, com certa dificuldade, poderia ter se casado com a Camila Barbalho que seria bem mais nova que ele. Mas o que penso ser mais provavel eh encaixar-se ai uma geracao intermediaria entre o nascimento dos filhos do casal: Antonio e Maria Martins Bezerra e o provavel bisneto (e nao neto) Luis Barbalho Bezerra, nascido “em 1584, na propria Capitania de Pernambuco.”

Como na primeira hipotese espera-se que o Antonio Bezerra Felpa de Barbudo tenha nascido por volta de 1524, ou antes, em Ponte de Lima, sera perfeitamente esperado que possa ter sido pai do Guilherme, cerca de 30 anos depois e ter-se tornado avo, outros 30 anos seguintes do nosso heroi Luis Barbalho Bezerra. A media de 30 anos entre geracoes eh ate um pouco esticada em relacao `as condicoes da epoca, onde a media de vida das pessoas girava em torno de 30 anos. Apenas nos dias de hoje essa media eh considerada normal.

Neste caso, eh perfeitamente possivel que o Guilherme, filho do Antonio e que realmente existiu, seja mesmo o pai do Luis, o bisneto de Antonio e Maria Martins Bezerra. Contudo, se a segunda hipotese ocorreu e o Guilherme foi um filho tardio do casal Antonio e Maria, ha tambem a possibilidade de o Luis ter sido um filho tardio do Guilherme.

Observem aqui que nao estou querendo contradizer o pesquisador Antonio Filipe e os autores que ele consultou apenas para ser “do contra”. Ele nos revela que outros autores encontravam informacoes que corroboram com uma hipotese que eu levantei antes, ou seja, que Antonio e Maria Martins Bezerra, pais do Domingos Bezerra Felpa de Barbuda seriam tambem nossos ancestrais. E, ate entao, que o Domingos e o Antonio de mesmo sobrenome dele eram irmaos.

O importante eh que o trabalho do Antonio Filipe ajudou-me a preencher duas lacunas que existiam em minha hipotese de linhagem de familia que vinculava a Familia Barbalho do Centro-Nordeste de Minas Gerais a alguns reis da Peninsula Iberica. Neste ponto, a resposta que eu procurava ja foi confirmada. Nos temos a linhagem entre as familias reais ate ao Antonio Martins Bezerra. Agora sabemos que ele eh, via Guilherme ou via Antonio e Guilherme, ancestral do Jeronimo Barbalho Bezerra. A segunda lacuna, que veremos mais `a frente, diz respeito aos filhos do Jeronimo, que nos poe diretamente ligados com os mesmos ancestrais.

O autor do “Entre a Sombra e o Sol …” menciona que a origem do sobrenome Bezerra se deu na Provincia de Lugo, na Galiza, que eh a parte Noroeste da Espanha, vizinha do Norte de Portugal. Galiza ou Galicia foi o primeiro reino de sistema medieval implantado na Europa e se deu com a queda do Imperio Romano em 511 d. C., com as invasoes germanicas. Os galegos (ou gaios) e os visigodos foram os ancestrais loiros das familias iberoamericanas. Eu acrescento que o local foi Becerrea, uma Freguesia onde os Becerra eram dominantes. Passando para Portugal o sobrenome foi traduzido para Bezerra.

O interessante eh que, do ponto de vista genealogico, aos descendentes que desejam sentir-se mais proximos das familias reais, a hipotese de que foi o Guilherme, filho do Antonio e Maria, o nosso ancestral sera mais atrativa porque economisa-se uma geracao, o que dobraria os nossos vinculos geneticos. Mas o meu questionamento vem em funcao da questao do tempo da passagem das geracoes. Entre 1494, data de nascimento provavel que eu hipotetizo como sendo a do Antonio Martins Bezerra, e 1584, data de nascimento do Luis, passam-se 90 anos. Essa distancia entre avo e neto nao era impossivel naquela epoca, mas era improvavel, e eh mais apropriada para a relacao entre bisavo e bisneto.

Dando sequencia `a nossa linhagem genealogica temos entao o seguinte:

1494 Antonio Martins Bezerra – Maria Martins Bezerra
1524 Antonio Bezerra Felpa de Barbuda – Maria Araujo
1554 Guilherme Bezerra Felpa de Barbuda – Camila Barbalho
1584 Luis Barbalho Bezerra – Maria Furtado de Mendonca
1616 Jeronimo Barbalho Bezerra – Izabel Pedroso
1650 Paschoa Barbalho – Pedro da Costa Ramiro
1678 Maria da Costa Barbalho – Manoel Aguiar
1706 Manoel Vaz Barbalho – 1716 Josepha Pimenta de Souza
1738 Isidora Maria da Encarnacao – Antonio Francisco Carvalho
1779 Boaventura Jose Pimenta – Maria Balbina de Santana (Borges Monteiro)
1821 Modesto Jose Pimenta – Ermelinda Querubina Pereira do Amaral
1853 Cornelio Jose Pimenta – Josephina Carvalho de Souza
1893 Demerval Jose Pimenta – Lucia Pinheiro Pimenta

As tres primeiras datas e as para Maria e seu filho Manoel sao hipoteticas apenas para que tenhamos nocao de uma linha de tempo razoavel. Por razoes obvias estiquei a genealogica ate ao autor do livro: “A Mata do Pecanha, sua Historia e sua Gente”. O pai dele, coronel Cornelio, foi um dos primeiros moradores do Arraial que deu origem ao Municipio de Sao Joao Evangelista – MG, onde ja residia antes da fundacao. Os nossos vinculos com eles se dao pela linhagem Barbalho; atraves da bisavo Maria Balbina de Santana (Borges Monteiro) e da avo: Ermelinda Querubina Pereira do Amaral.

A segunda lacuna que o Antonio Filipe nos ajudou a preencher foi o fato de ele ter encontrado que d. Paschoa Barbalho era filha do Jeronimo Barbalho Bezerra. Descrevendo o ramo Barbalho ate onde conseguiu dados, foi o professor Pimenta quem nos passou a consciencia de sermos descendentes do Luis Barbalho Bezerra. Nome este que esta invertido em seu livro. A descricao apresentada pelo professor Demerval eh a seguinte:

“Ascendentes de Manoel Vaz Barbalho

I – LUIZ BEZERRA BARBALHO, heroi brasileiro, nascido em Pernambuco, imortalizado nas lutas contra os holandeses, e principalmente na sua famosa retirada `a testa de mil homens, desde o Rio Grande do Norte ate a Bahia, em 1638. Foi nomeado Governador do Rio de Janeiro. Faleceu em 1654.

Pais de:

II – Capitao JERONIMO BEZERRA BARBALHO, casado com IZABEL PEDREIRA. Faleceu no cadafalso, no Rio de Janeiro, em 8 de abril de 1661.

III – PASCOA BARBALHO, neta de JERONIMO BEZERRA BARBALHO, era casada com PEDRO DA COSTA, no Rio de Janeiro, em 19 de Janeiro de 1668. Deste casal procede:

IV – MARIA DA COSTA BARBALHO, batizada na Freguesia de Nossa Senhora da Apresentacao de Iraja, distrito do Rio de Janeiro, casou-se com MANOEL AGUIAR, viuvo de ANA PEREIRA DE ARAUJO.

Pais de:

V – MANOEL VAZ BARBALHO, casado em 18.9.1732, em Milho Verde, com JOSEFA PIMENTA, filha de BELCHIOR PIMENTA DE CARVALHO.”

Apesar dos pequenos enganos do professor Demerval, como a inversao da assinatura; a troca da data de falecimento do dia 6 para o dia 8; a troca do sobrenome Pedroso, em Izabel, para Pedreira, e a data para o falecimento do Luis, de 1644 para 1654, acredito que possamos confiar nos resultados das pesquisas dele, embora, sempre havera que se fazer uma verificacao.

Uma dessas verificacoes foi a que encontrei numa tese a respeito dos engenhos do Rio de Janeiro (www.ub.edu/geocrit/sn/sn-218-32.htm, segundo quadro – 1686 – 1705) onde se comprova que d. Paschoa Barbalho realmente existiu; o nome completo do marido dela era Pedro da Costa Ramiro, e no final do seculo XVII foram donos do Engenho de Sao Bento, situado no Mutua, nas bandas de Sao Goncalo.

Quanto ao sobrenome “da Costa”, gostaria de verificar posteriormente se tinha algum relacionamento com Antonio da Costa, o navegador que participou da conquista do Rio de Janeiro, apoiando Estacio de Sa, e/ou com Pedro da Costa, o primeiro “tabeliao do publico e judiciario” da Cidade de Sao Sebastiao do Rio de Janeiro.

Essa curiosidade a respeito de relacionamento se extende tambem ao sobrenome Aguiar, em Manoel Aguiar, marido de Maria da Costa Barbalho. Sabemos que estes sobrenomes permanecem presentes no Rio de Janeiro entre as familias mais conhecidas de la. Eh possivel que estejam ligados aos fundadores e personalidades historicas do Rio de Janeiro, pelo menos no que se trata `as familias da classe de servidores publicos.

Voltando entao ao trabalho do Antonio Filipe Pereira Caetano e a Sao Goncalo. Na pagina 179 encontram-se algumas informacoes da passagem da geracao do Jeronimo Barbalho Bezerra para a de Paschoa Barbalho. Levantei anteriormente varias hipoteses baseadas nos indicios distorcidos que encontrei em textos na internet. Todas erradas, exceto por uma.

Num resumo de biografia do mestre de campo Luis Barbalho Bezerra, na Wikipedia, foi dito que os irmaos Jeronimo e Agostinho haviam chegado jovens ao Rio de Janeiro, com os pais deles. Eles foram para la em 1643. Portanto seria algo totalmente inesperado que uma neta do Jeronimo estivesse se casando em 1668, segundo o proposto pelo professor Demerval. Assim, sugeri que ela fosse filha. Tambem duvidei da informacao da Wikipedia a respeito das idades dos personagens. O dado de que o Jeronimo nasceu por volta de 1616 o coloca com 28 anos, o que era para la de meia-idade naquela epoca.

Mas o que mais ajudou em nosso caso foram os dados abaixo:

Joao do Couto Carnide – Cordula Gomes, pais de:
Isabel Pedroso – Jeronimo Barbalho Bezerra

Estes nossos ancestrais foram pais de : Jeronimo Barbalho, 1645; Felipe Barbalho Bezerra, 1647; Paschoa Barbalho, 1650; Luis Barbalho, 1651 (falecido antes de 1660); Micaela Barbalho Bezerra Pedroso, 1653; e Luis Barbalho Bezerra, 1660. O Antonio Filipe informa que estes filhos nasceram no Rio de Janeiro, porem, os netos, principalmente os oriundos das filhas possuiram ligacoes com Sao Goncalo.

Os dados que ja encontraramos realmente informam que Agostinho e Jeronimo possuiram fazendas em Sao Goncalo. A nota da presenca do Agostinho em Sao Goncalo nos vem na biografia dele, escrita por Francisco Augusto Pereira da Costa, no “Diccionario Biographico de Pernambucanos Celebres”.

Ja a presenca do Jeronimo eh mais especifica. O trabalho do Antonio Filipe e outros afirmam que teve fazenda na Ponta do Bravo. Este foi o local onde ocorreram as reunioes que decidiram pela eclosao do feito mais conhecido do Jeronimo que foi liderar “A Revolta da Cachaca”. Ele foi o unico dos lideres que foi sumariamente condenado e executado. Os outros foram presos e, julgados em Portugal, ganharam as simpatias dos cabecas da realeza, e que os deram por inocentes, enquanto Salvador Correa de Sa e Benevides tornou-se reu e culpado do assassinato de um dos herois da resistencia ao invasor holandes.

Fica, assim, confirmado os nossos vinculos com Sao Goncalo e justificado a abertura deste capitulo.

Numa das literaturas que consultei ha a mencao de que houvera um segundo Luiz Barbalho Bezerra que aparece como capitao no Rio de Janeiro. O que posso presumir eh que o tal seja o filho mais novo do Jeronimo.

As fontes literarias consultadas pelo Antonio Filipe, em relacao `a nossa genealogia, foram o “Dicionario das Familias Brasileiras”, p. 368 (Barbalho Bezerra) de Afonso Henriques da Cunha Bueno & Carlos Eduardo de Almeida Barata, lancado em 2000; e “Primeiras Familias do Rio de Janeiro (seculos XVI e XVII), pags. 188-195 do Carlos Rheingantz, lancado em 1965. O “Dicionario de Familias Brasileiras” a partir de agora fara parte de literaturas a serem consultadas para a ampliacao dos nossos conhecimentos genealogicos. Foi a primeira vez que ouvi mencao a respeito dele.

Acrescente-se agora a definicao de que Cecilia Barbalho era mesmo filha do Luis Barbalho Bezerra, o velho, e nao esposa do Agostinho, como muitos erroneamente o indicaram. Este erro esta inclusive anotado na propria biografia dela. No livro “Pantheon Fluminense; Esbocos Biographicos” este engano esta ali registrado tambem. Observe-se que ali se menciona a presenca de filhas do casal, porem, nao da nome a elas.

Outra grande novidade, para mim, que o trabalho do Antonio Filipe nos da eh a de que houve um filho dos ancestrais Luis Barbalho e Maria Mendonca chamado Antonio Barbalho Bezerra, casado com Joana Gomes da Silveira. Nao posso afirmar com certeza mas penso que possa have ai um engano de informacao. O casal realmente existiu e faz parte da Historia da Vila de Nossa Senhora das Neves, atual Joao Pessoa.

Ao mencionar o Antonio Barbalho Bezerra o Antonio Filipe pode ter cometido os enganos de dizer que ele fora o filho mais novo (“casou, em 6 de novembro de 1633”) e de que a esposa fosse neta de Duarte Gomes da Silveira. Acredito que o Francisco Monteiro tenha sido o filho mais novo e antes eu calculei errado que tivesse nascido em 1634. O mais provavel eh que tenha nascido em 1644, pois, recebeu a aposentadoria compulsoria em 1704. Se bem recordo, as aposentadorias compulsorias no servico militar se davam aos 60 anos e nao aos 70. Oferecerei mais detalhes da vida do Antonio Bezerra no capitulo 82, dedicado `a Cidade de Joao Pessoa.

Outro engano que o Antonio Filipe cometeu tambem foi o dizer que Luis Barbalho Bezerra foi pai de apenas seis filhos. Acredito que os genealogistas baianos basearam os estudos deles apenas nos documentos encontrados na Bahia. O mesmo deve ter sido feito no Rio de Janeiro. Assim, ambos os times encontraram o numero 6, porem, a relacao de nomes difere uma da outra lista. Da Bahia constam: Agostinho, Guilherme, Fernao, Antonia, Cosma e Francisco Monteiro. No Rio temos: Antonio, Guilherme, Cecilia, Francisco Monteiro, Agostinho e Jeronimo. Ou seja, 3 sao repetidos, o que nos da um total de 9 filhos.

Infelizmente, perdi a fonte onde encontrei o nome Celia Carreiro. Nao posso usar o geneall.net Portugal como referencia porque fui eu quem indicou o nome e a referencia. Ela parece nao ser filha da Maria Furtado de Mendonca, por nao se encontrar em nenhuma das listas. E, talvez, se encaixe perfeitamente como filha de alguma possivel primeira esposa falecida do Luis Barbalho, por causa do indicativo da data de 1600 para o nascimento do marido dela: Fernao Aires Furtado.

Segundo o Antonio Filipe, Luis Barbalho e Maria Furtado teriam se casado em 1644, quando o Luis contava 30 anos. Algo nao muito comum para os homens de familias bem posicionadas socialmente como era a dele.

Assim ficam definidos 9 filhos e filhas de Luis Barbalho Bezerra (mais uma a ser confirmada) e Maria Furtado de Mendonca. Eh interessante que, se esta lista estiver correta, nos podemos ter uma visao de como uma unica familia poderia dominar o cenario nacional naquele tempo, bastando ser numerosa, fazer parte da nobreza da terra e colocar-se `a disposicao do servico Publico, ou de sua magestade.

Nao posso dizer que a familia tivesse um plano de dominio do pais mas isso poderia ter ocorrido se alguns acontecimentos infelizes nao tivessem ocorrido. Certamente, nao houve um planejamento porque foram as guerras contra os holandeses que praticamente forcaram a familia a entrar toda para o servico militar e, em consequencia disso, ser dispersada para os pontos estrategicos da nacao `a epoca.

Tirando Pernambuco que, aparentemente, Luis Barbalho nao deixou descendentes e tambem nao seria necessario porque ja possuia vinculos familiares com os mais poderosos locais, vejamos para onde foram os filhos. Observando-se antes que, em Pernambuco, o avo do Luis Barbalho: Bras Barbalho Feyo, era concunhado de Joao Paes Velho Barreto que se tornou o senhor de engenhos mais prospero daquela Capitania. Joao Paes casou-se com Ines e Bras com Catharina (ou Maria), filhas de Francisco Carvalho de Andrade e Maria Tavares de Guardes. Outros Barbalho da familia tambem devem ter permanecido em Pernambuco.

Por um certo tempo, o Guilherme foi o alcaide-mor de Sao Christovao, a entao capital de Sergipe. E o filho dele, Domingos, o sucedeu.

Em tambem sendo filho, o Antonio tornou-se o segundo senhor do morgado de Sao Salvador do Mundo da Paraiba. Foi um morgado riquissimo e criado pelo sogro dele: Duarte Gomes da Silveira (ou avo de sua esposa Joana Gomes da Silveira).

Em Salvador, o Fernao Barbalho era capitao do Forte de Sao Marcelo, tambem conhecido como Nossa Senhora do Populo. Ele deixou o cargo para servir ao Infante e futuro rei D. Pedro, em Portugal. Este Pedro foi o cabeca da armacao que destituiu o rei Afonso VI em 1668, tornando-se Pedro, o regente, antes de tornar-se rei apos `a morte do irmao em 1686.

Fernao colocou em seu posto como capitao do Forte de Sao Marcelo o seu irmao: Francisco Monteiro Barbalho Bezerra. Essa manobra manteve um dos varoes da familia na Bahia, porem, enfraqueceu um pouco o poder dela no pais porque o Francisco poderia ter sido destacado para algum outro ponto estrategico, como a Capitania de Sao Paulo por exemplo, onde nao tinha representantes.

As aliancas continuam na Bahia, com os casamentos das filhas Antonia e cosma. Elas se casaram respectivamente com Antonio Ferreira de Souza e Francisco de Negreiros Sueiro. Familias estas que dominavam o rico Reconcavo Baiano. Para se ter uma melhor ideia dessas aliancas, d. Ines Theresa Barbalho Bezerra, filha de d. Antonia, casou-se com o fidalgo Egas Moniz Barreto, que no mesmo ano do casamento foi promovido a coronel, e que cuja influencia genetica nas familias nobres do Imperio torna-se bastante acentuada.

A existencia do Jeronimo fora discreta, sobressaindo-se apenas durante “A Revolta da Cachaca”. Nao tenho como afirmar realmente que fora discreta porque existe a possibilidade de os inimigos deles terem queimado alguns documentos com registros da presenca dele na Terra. Um tipo de vinganca ate facil de prever em casos de pessoas que eram executadas, principalmente de forma sumaria. Talvez ele tenha aparecido menos justamente por talvez ter sido encarregado de ser o Aio da familia. Enquanto tinha ainda irmaos menores, filhos e sobrinhos, alem dos mais velhos estarem envolvidos nas guerras, alguem teria que assumir os negocios e a pageanca do cla.

O falecimento do Jeronimo em consequencia da “Revolta da Cachaca” deve ter castrado as mehores oportunidades da familia porque os filhos eram ainda muito jovens e nao poderiam assumir cargos de maiores responsabilidades.

No Rio de Janeiro a familia teve la seu apice com o Agostinho. Alem de “bem casado” e bem relacionado com as altas esferas do poder, tinha um curriculum invejavel e quase impecavel. A ambicao dele foi enorme. Pediu e ganhou o direito perpetuo sobre a Ilha de Santa Catarina. Mas nunca tomou posse porque faleceu logo depois de ter conseguido. Lembremos que Santa Catarina, a ilha, onde hoje se localiza Florianopolis, foi o quartel avancado que assegurou a posse dos Estados da Regiao Sul para o Brasil.

Na ocasiao do falecimento dele, ele acumulava o cargo de “cacador das esmeraldas”. Era administrador das minas de Sao Paulo. Se o encontro das minas tivesse se dado na administracao dele, Minas Gerais teria ganhado pelo menos um marques com o sobrenome Barbalho.

Ainda no Rio de Janeiro, a Cecilia Barbalho casara-se com Antonio Barbosa Calheiros. Oriundo de familia (Barbosa) que fazia parte das altas rodas do poder. Igualmente triste, neste sentido, foi a Cecilia ter ficado viuva sem que o marido lhe tivesse deixado heranca muito relevante. Foi dito que por esta razao internou-se, com as filhas, em um abrigo construido por ela propria na propriedade da Capela de Nossa Senhora da Conceicao, na famosa Rua da Ajuda. Mais tarde ela tornou-se a mentora do Convento de Nossa Senhora da Ajuda. Foi o primeiro convento feminino do Rio de Janeiro

Ha que se fazer aqui uma ressalva. Parece que a informacao a respeito dos detalhes genealogicos da Cecilia Barbalho encontram-se no “Primeiras Familias do Rio de Janeiro, 1:195”, do genealogista Carlos Rheingantz. No livro: “Alfandega do Rio de Janeiro”, do Jose Eduardo Pimentel de Godoy, na passagem das paginas 16 para 17, a respeito de Joao Barbosa Calheiros, ele menciona que este personagem: “era certamente parente de Antonio Barbosa Calheiros, genro de Agostinho Barbalho Bezerra, e cunhado de Jeronimo Barbalho Bezerra, poderosa familia que desafiou o predominio de Salvador Correa de Sa e Benevides.”

Obviamente, o Antonio Filipe, abrindo a mesma pagina do mesmo livro, informa-nos que Antonio Barbosa foi cunhado do Agostinho e do Jeronimo simultaneamente, ao dizer que a esposa: Cecilia Barbalho, era irma deles. Tudo eh possivel mas estou dando credito maior ao Antonio Filipe. Todos estamos sujeitos a distracoes. Mas a segunda hipotese parece ter mais logica.

Outro detalhe dessa genealogia foi que eu havia encontrado na pagina: http://www.genealogiabrasileira.com/titulos_perdidos/Cantagalo_ptazercout.htm, do nosso confrade Lenio Richa, no capitulo 6o., paragrafo 1o., item 3 – 6, que Inacia Rangel havia se casado com Francisco Barbalho. O Lenio sugeria que esse Francisco fosse filho ou neto do Luis Barbalho e que o nascimento provavel dele teria se dado por volta de 1650.

Baseado em minha interpretacao anterior de que o Francisco Monteiro Barbalho Bezerra havia nascido em 1634, sugeri que aquele Francisco Barbalho pudesse ser neto.

Com a eventualidade de o nascimento do Francisco Monteiro poder ter se dado em 1644, penso ai haver uma remota possibilidade de serem a mesma pessoa, embora, ressalte-se que os filhos de Inacia e Francisco nasceram no Rio, praticamente impedindo essa possibilidade, em funcao de o Francisco Monteiro ter-se capitao do Forte de Nossa Senhora do Populo, na Bahia, desde 1667 ate 1704.

Se acaso o Francisco Barbalho, marido da Inacia Rangel, for mesmo descendente dos nossos ancestrais, nao sera filho do Jeronimo como pensei primeiro. Podera ser filho do Agostinho, embora, nao tenho a relacao de filhos dele.

Voltando agora ao assunto principal deste capitulo que eh o nosso relacionamento com a Cidade de Sao Goncalo, no Rio de Janeiro, fiz contato com a administracao da “SAL” – Sociedade de Artes e Letras de Sao Goncalo – que agora estou impedido de manter contato frequente via internet. O contato era no sentido de encontrar entre os associados alguem mais interessado tambem em genealogia. O primeiro contato havia sido otimo, com pronto retorno.

Com o impedimento, penso que o assunto podera morrer ai. Havia enviado uma treplica apenas falando por alto o que eu pretendia, porem, nao havia posto substancia em minhas ideias ainda. Mas o que eu gostaria de incentivar era o contato entre as pessoas e penso que com isso poderia ocorrer um movimento turistico em torno da genealogia. Tomo a Familia Barbalho apenas como um exemplo mas as outras linhagens familiares brasileiras poderiam espelhar-se no padrao e fazer o mesmo.

O que pretendo precisava do apoio das pessoas que ja se ocupam com genealogia, historia, cultura e com as prefeituras e seus orgaos correspondentes. Dentro do que visualizo, cada prefeitura poderia ter pelo menos uma salinha para abrigar um genealogista local que tivesse acesso `as documentacoes antigas. Melhor seria entao que se criasse um site novo de genealogia ou aproveitar-se algum ja existente.

Assim poderiamos combinar todos os nossos achados genealogicos num unico local, para podermos desvendar os graus de parentesco que existe na populacao como um todo. Lembrem-se que o principio podera ser dificultoso, porem, eh um trabalho que se fara uma vez e servira para sempre, dependendo apenas de manutencao e atualizacao corriqueira.

Outra contribuicao importante ao plano sera a identificacao de locais e propriedades relacionadas aos ancestrais. Ha a necessidade de presevar-se esse patrimonio historico e de familia. Um exemplo disso eh a preservacao de casas que pertencderam ou foram locais onde os personagens historicos nasceram, tornando-as museus patrimoniais e biograficos deles.

Neste ponto gostaria de salientar que a Cidade de Sao Goncalo nao esta aproveitando a oportunidade que possui em maos. Ate ao momento nao encontrei relacionamento historico algum entre os pontos turisticos que ela explora e o sobrenome Barbalho. As unicas referencias q Baue encontrei sao as indicacoes de que atualmente o Bairro do Gradim se encontra em terras que antes faziam parte da Ponta do Bravo que, agora, relaciono com a propriedade que pertenceu a Jeronimo Barbalho. Tambem que houve um engenho, invocando o nome de Sao Bento, que foi propriedade de d. Paschoa Barbalho e Pedro da Costa Ramiro, nossos ancestrais.

Tenho a curiosidade de saber onde e como os meus ancestrais viveram. E penso que se todos os descendentes deles tambem soubessem que os tem como ascendentes, teriam curiosidade igual e ate maior. O problema eh que a informacao nao esta disponivel para todos. Digo mais. Esta restrita a uma minoria! Ora, quem no Brasil sabe quem foram e o que fizeram Luis, Jeronimo, Antonio, Fernao, Gulherme, Agostinho, Francisco e outros Barbalho Bezerra daquela e outras epocas? A divulgacao da genealogia facilitaria o despertar da curiosidade das pessoas pelos fatos historicos e pelos locais por onde passaram os ancestrais delas.

Se eu fosse visitar Sao Goncalo hoje, entre um hotel cinco estrelas e uma pousada num local das fazendas que pertenceram aos meus ancestrais eu preferiria a pousada, desde que eu pudesse realmente conhecesse a relacao que existe entre a minha pessoa e os antigos moradores do local. Claro, ficaria satisfeito tambem se encontrasse outras pessoas, atuais moradoras da cidade, que fossem descendentes dos mesmos ancestrais.

Bom, a seguir, o projeto passaria para uma segunda etapa. Identificados os personagens historicos e suas propriedades, juntamente com a identificacao das descendencias, viriam as comemoracoes. Digamos que, devido ao projeto estar em fase apenas de elaboracao, podemos tomar a data de 2030 como uma possivel data de inicio. Dai para frente observe-se o que ha por se lembrar:

2030 – Encontro cultural Brasil/Holanda e discussoes dos 400 anos da Invasao Holandesa em Pernambuco.

2032 – 300 anos do casamento dos patriarcas Manoel Vaz Barbalho e Josepha Pimenta de Souza, ocorrido em Minho Verde, distrito da Cidade do Serro, MG.

2034 – 400 anos da Invasao Holandesa em Joao Pessoa.

2038 – 400 anos da rechacao da Invasao Holandesa `a Bahia, importante capitulo da Historia. Existem varias datas em torno deste acontecimento como, por exemplo, a construcao do Forte de Nossa Senhora da Conceicao, tambem conhecido como o Forte do Barbalho, por Luis Barbalho Bezerra.

2043 – Chegada da Familia Barbalho ao Rio de Janeiro e instalacao do governador Luis Barbalho Bezerra. Estas sao outras comemoracoes quarto-centenarias.

2044 – 15 de abril, quarto-centenario do falecimento do governador Luis Barbalho, no Rio de Janeiro.

2060/2061 – Comemoracao do quarto-centenario da “Revolta da Cachaca”, com enfase especial em Sao Goncalo, Niteroi e Rio de Janeiro.

2084 – Quinto-centenario do nascimento de Luis Barbalho Bezerra.

Aqui estou apresentando apenas um resumo de datas a serem comemoradas nao me atendo a acontecimentos menores como os de criacoes de muitos municipios do pais, nos quais estavam presentes a descendencia dos personagens. Seria o caso, por exemplo, da criacao da Paroquia de Nossa Senhora do Patrocinio de Guanhaes, atual Virginopolis, MG, em 1858. Dai havera o que se comemorar em 2058. (duocentenario).

A descendencia tambem se extende ao Rio Grande do Sul – Gravatai em particular – desde o final dos anos 1700. O mesmo se da em Florianopolis. Possivelmente haverao personagens e feitos importantes de descendentes a que se comemorar e ser colocado no calendario comemorativo. Nossas pesquisas precisam ser construidas a muitas maos em conjunto para obtermos um conhecimento mais completo de nossos parentes.

O objetivo dessas comemoracoes seria tambem o de criar-se um fluxo continuo de turismo da descendencia aos locais vinculados aos seus ancestrais em anos e datas nao comemorativos. Creio que somente da descendencia Barbalho existam ja milhoes de brasileiros e estrangeiros. Entre os que assinam e os que nao assinam o sobrenome. Se cada uma dessas pessoas pagarem pelo menos uma visita na vida aos locais de seus ancestrais, este fluxo estara criado. E vira o tempo em que se tornara ate superlotado.

E aqui estou mencionando apenas uma linhagem familiar. Imagine-se o que se dara se o levantamento genealogico for feito nas inumeras familias ou, pelo menos, em relacao aos principais patri e matriarcas, desde as primeiras colonizacoes no pais ate aos dias de hoje!…

Quanto `as informacoes a respeito de moradores e/ou nascidos no exterior, visitem o Family Search e busquem o sobrenome Barbalho. Observarao nao muitas mas ja ha um numero razoavel de pessoas com este sobrenome aqui nos EEUU. A maioria delas pertencem ao ramo familiar do qual herdei meu sobrenome e as conheci pessoalmente. Acredito que quanto mais o tempo passar, mais este numero se multiplicara, e seria saudavel para a economia de todos nos que estas pessoas nao perdessem os rumos de onde vieram. Mas se os descendentes delas nao tiverem referencias fisicas de onde os seus ancestrais partiram, o que as motivara visitar o pais de origem deles?

Um dos pontos que penso ser necessario para que o projeto de certo eh fazer a pesquisa e a divulgacao dos feitos heroicos praticados pelos ancestrais. Livros a respeito das vidas do Luis, do Agostinho, do Jeronimo e outros ajudariam muito.

Uso este argumento por uma razao. Se poucos sao os que no Brasil podem dizer: conheco os personagens, no exterior eles sao totalmente ignorados. Mesmo que as acoes deles no Brasil tenham tido o efeito nao intencional de influenciar na Historia dos Estados Unidos, por exemplo.

Com a expulsao dos holandeses do Brasil, alguns judeus preferiram voltar para a Europa mas acabaram atracando em Nova Amisterda, atual Nova Iorque. Ali fundaram a primeira, e por quase dois seculos a unica, sinagoga no pais. Estes portugueses e espanhois de origem e brasileiros temporarios deixaram descendentes que lutaram nas Guerras de Independencia e na de 1812, alem de terem ajudado a criar o sistema economico que fez deste pais a nacao mais poderosa do mundo durante o decorrer do seculo XX.

Apesar dessa verdade, entrei em contato com uma empresa de pesquisa de heraldica aqui. Alegaram possuir um banco de dados contendo mais de um milhao de sobrenomes mas que nem sequer tinham noticia do sobrenome Barbalho. Ate parece piada!

Certamente, os outros nomes comuns portugueses e espanhois eles possuem porque fazem parte da heranca genetica de passado mais remoto por aqui. Isso em parte porque metade do territorio da parte continental continua dos Estados Unidos foi tomada aos mexicanos e espanhois e nela os espanhois de origem foram assimilados. Em outra parte por causa da migracao portuguesa que vem ocorrendo desde os tempos coloniais para aqui tambem. Portanto, eh muito comum encontramos americanos “velhos” com assinaturas tais como Pereira, Mesquita, Sanchez e outros.

Aproveitando que estou recordando, gostaria de fazer aqui algumas observacoes a respeito da genealogia dos Barbalho no Rio de Janeiro. Inclusive o Antonio Filipe repete no trabalho dele a data de nascimento do Agostinho Barbalho como sendo 1619. Vi apenas uma mencao como sendo 1609, mas creio que devo levantar o alerta para que se pesquise melhor a respeito da duvida porque a ultima data parece se encaixar melhor em alguns fatos da vida dele.

Neste caso, o dado de que o Luis Barbalho Bezerra, o velho, tenha nascido em 1584 e se casado 30 anos depois nao se casa com dados de outros pesquisadores. A biografia da Cecilia, no “Pantheon Fluminense”, afirma que ela nascera em 1613.

Tambem temos o fato de que o Agostinho foi elevado `a patente de capitao pelo conde de Torre em 1639. `A epoca ele servia sob o comando do proprio pai, Luis Barbalho, e se ele tivesse nascido em 1619 seria mais novo que Antonio, Guilherme, Fernao e Jeronimo, alem de centenas de outros que estariam prestando servico na mesma companhia. Alem dessa clausula de hierarquia em funcao de idade, note-se que os que possuissem recursos proprios teriam preferencia.

Segundo informacoes mais que conhecidas, Luis Barbalho Bezerra havia gasto tudo o que possuia combatendo os holandeses, a ponto de que quando chegou ao Rio de Janeiro para governa-lo foi-lhe concedida uma pensao para ele, pelo menos, poder alugar uma casa de morada. Seria quase hilario o pai alegar peticao de miseria enquanto o filho estivesse em condicao financeira aceitavel mas nao o ajudasse. A ressurreicao financeira do Agostinho deve ter-se dado atraves do dote que recebeu, “pelo sacrificio que fez” de casar-se com Brites ou Beatriz de Lemos, filha do riquissimo Joao Alvares Pereira.

Face a estas razoes, penso que seja mais logico que Agostinho tenha nascido em 1609 e sido promovido a capitao por volta dos 30 anos, o que o faria um dos mais velhos em sua companhia e menos necessario estar com as burras cheias de dinheiro para tal. Alem disso, sendo mais velho que o Jeronimo, ficaria explicado o fato de o povo ter recorrido a ele primeiro para governar o Rio de Janeiro. O lider da Revolta da Cachaca foi o Jeronimo e nao o Agostinho. Este aceitou o cargo somente sob ameaca de morte. Se ele nao fosse o mais velho, possivelmente, o Jeronimo teria assumido o governo desde o inicio porque hierarquicamente ambos preencheriam os mesmos requisitos.

Como pudemos observar anteriormente, ficou completamente comprovado que a Familia Pimenta e suas correlatas por descendencia desta eh mesmo descendente das familias reais ibericas e alhures. Isso significa que todos os nossos primos que sao “folhas” na Arvore Genealogica do Tronco Pimenta – Vaz Barbalho, descrito pelo professor Demerval Jose Pimenta em sua obra prima: “A Mata do Pecanha, sua Historia e sua Gente” fazem parte da linhagem nobre descendente do ramo Bezerra oriundo da Galiza.

O que falta agora em minha pesquisa eh a confirmacao de que as Familias Barbalho e Coelho, do Norte e Centro-Nordeste de Minas Gerais tenham vinculo igual ou semelhante com o casal Manoel Vaz Barbalho e Josepha Pimenta de Souza. Quanto `a linhagem Barbalho ela ja esta definida ate Jose Vaz Barbalho, natural do Serro, que se casou com Anna Joaquina Maria de Sao Jose, natural de Conceicao do Mato Dentro, ambas cidades em Minas Gerais. A data presumivel do nascimento do Jose Vaz Barbalho o colocam na possibilidade de ser filho ou neto do casal Manoel/Josepha. E o sobrenome quase o “condena” a isso.

O documento que poderia nos mostrar todas as comprovacoes que precisamos em relacao ao sobrenome Barbalho seria “os Autos de Genere” do padre Policarpo Jose Barbalho. Estes deverao ser encontrados em Mariana – MG. O padre Policarpo foi filho de Jose/Anna Joaquina e este vinculo paterno foi constatado nos “Autos de Genere” do padre Emigdio de Magalhaes Barbalho, filho do padre Policarpo e sua esposa Isidora Francisca de Magalhaes. Nao ha confusao nenhuma ai. O padre Policarpo casou-se, ficou viuvo, criou a familia e retornou ao seminario que comecara antes de casar-se em 1808.

Uma alternativa seria encontrarmos os registros do casamento de Jose Vaz e Anna Joaquina. Provavelmente, as nupcias se deram em Conceicao do Mato Dentro ou em alguma de suas muitas Freguesias na epoca. Embora nao tenhamos data para este acontecimento, ele deve ter ocorrido entre 1760 a 1780. Depende do nascimento do Jose que pode ter nascido entre 1733 a 1755.

Quanto ao ramo Coelho, creio que tanto os registros de casamento de Jose Coelho de Magalhaes e Eugenia Rodrigues da Rocha, quanto os do casamento dos pais dela: Giuseppe Nicatsi da Rocha e Maria Rodrigues de Magalhaes Barbalho mostrariam o casal Manoel/Josepha como pais da Maria Rodrigues, caso assim o for mesmo. As datas que temos como base indicam que Maria Rodrigues poderia ser filha mas nao teria tempo habil para ser neta. Porem, podera haver grau alternativo de parentesco.

Essa duvida quanto a ser filha ou nao deriva dos sobrenomes Rodrigues de Magalhaes que, segundo anotacao posterior do professor Demerval, ela usava. Por volta dos anos de 1600 e 1700 tornou-se muito comum as pessoas de origem nobre usarem um maior numero de sobrenomes, na maioria dos casos relacionados a ancestrais mais antigos e, algumas vezes, em homenagem a padrinhos. Como nao sabemos ainda quem foram os ancestrais da Maria Rodrigues, nao temos como explicar o sobrenome completo dela.

Uma hipotese alternativa seria a de ela ter sido irma, sobrinha ou prima do Manoel Vaz Barbalho. Pelo o que o professor Demerval nos apresentou na genealogia encontrada por ele, Manoel Vaz Barbalho era filho de Maria da Costa Barbalho e Manoel Aguiar, todos naturais do Rio de Janeiro, muito provavelmente de Sao Goncalo. E existe uma razao muito boa para que um possivel nucleo familiar tenha se mudado para Minas Gerais na decada de 1720. O mesmo pode ter se dado com parte da familia de Josepha Pimenta, dai a razao de os dois se encontrarem em Milho Verde e ali se casarem.

Em primeiro lugar, Minas Gerais atraiu milhares de aventureiros a partir de 1700 em razao da descoberta das minas de ouro e por isso ter se dado o inicio do “Ciclo do Ouro” no pais. Porem na decada de 20 a febre inicial ja deveria ter se arrefecido porque os veios conhecidos ja tinham donos e estavam sendo explorados. Mas em 1720 houveram tres fatos que deverao ter dado um impulso menor, porem certeiro, ao fluxo imigratorio para Minas.

Em primeiro lugar, 1720 marca a data da revolta chefiada por Filipe dos Santos Freire. Essa foi uma revolta quase nos mesmos moldes da chamada “Guerra dos Emboabas” que nao apenas estava vinculada `a exploracao do ouro mas, principalmente, com a falta de liberdade do povo da terra e o monopolio do comercio garantido aos lusitanos. Dominada a revolta, o governador da entao Capitania de Sao Paulo e das Minas de Ouro: Antonio de Albuquerque Coelho de Carvalho, criou a nova Capitania das Minas Gerais separando-a da de Sao Paulo para obter maior controle da situacao. O risco de ocorrer outro movimento de emancipacao incentivou essa criacao.

Junto com a criacao da nova Capitania criou-se tambem a Comarca do Serro Frio, os diamantes foram encontrados no Distrito do Tejuco (atual Diamantina) e, em 1725, foi criada a casa de fundicao na Vila do Principe, atual Serro. Destes fatos, o de menor importancia para o movimento migratorio foi o encontro dos diamantes porque o monopolio de exploracao foi tao acirrado que muitos moradores (mesmo os escravos) foram expulsos para prevenir o extravio da riqueza. Restou, naturalmente, o fluxo migratorio de servidores publicos que, certamente, ha muito esperavam tal oportunidade de arranjar um bom cabide de emprego naquela terra que estava praticamente sem lei.

Eh possivel que tenha sido este o contexto que pode ter levado toda a Familia Aguiar da Costa Barbalho para, primeiramente, Milho Verde. Este distrito fazia parte do quadrilatero dos diamantes e a demora do governo portugues em autorizar concessoes de exploracao da pedra pode ter sido o motivo que levou o casal Manoel Barbalho/Josepha Pimenta a mudar-se dele para Tapanhoacanga (atual distrito de Alvorada de Minas, Itapanhoacanga). Local este que pertencia a Conceicao do Mato Dentro, que ainda fazia parte da Vila do Principe (Serro), e que `a epoca era um dos maiores produtores de ouro da Capitania.

Neste contexto podemos ter tido mais de um membro da familia se instalando na regiao. D. Paschoa Barbalho havia nascido em 1650 e se casado em 1668. Desde entao ate 1690 poderia perfeitamente ter filhos. Supondo que Maria da Costa Barbalho tenha nascido em torno de 1685, nao seria impossivel ter sido mae da Maria Rodrigues de Magalhaes Barbalho. Apesar de o sobrenome de Magalhaes Barbalho indicar a maior probabilidade de ai ter ocorrido uma geracao intermediaria. Sabemos que a Eugenia Rodrigues Rocha nasceu apos 1750. Portanto, a mae dela tera que ter nascido, no maximo, por volta de 40 anos antes.

O que poe o nascimento da mae dela em torno de 1720 ou mais. Espaco suficiente para que o avo ou a avo dela, na linhagem Barbalho, tenha sido filho ou filha da Maria da Costa Barbalho, nao sendo o Manoel Vaz Barbalho. O que tambem nao elimina a possibilidade de a linhagem Coelho descender dos outros irmaos de d. Paschoa Barbalho. Nao quero fazer mais conjecturas a este respeito. Por enquanto, o que temos de concreto eh que o casal Manoel Vaz/Josepha Pimenta residiam no local e no tempo certo em que a Maria Rodrigues de Magalhaes Barbalho nasceu. Portanto, eles sao os primeiros candidatos a serem os pais dela.

So mesmo com os documentos esclareceremos as duvidas. E creio que qualquer que venha a ser o resultado, penso que os registros dos casamentos acima citados estejam todos em Conceicao do Mato Dentro. So espero que algum anjo os localize e nos mande os resultados porque estou impedido de tentar acha-los por conta propria.

Outro fato eh este, se em ambos os casos, Barbalho e Coelho, encontrarmos respostas positivas em relacao a todos sermos ramos do mesmo tronco Pimenta – Vaz Barbalho, poderemos afirmar que o Norte e Nordeste de Minas Gerais terao se tornado um grande feudo de ascendencia Barbalho Bezerra, embora, o sobrenome Barbalho tenha sido mantido apenas em uma pequena parcela da populacao. Outros sobrenomes predominam em numero de assinantes mas a maioria teria igual ascendencia Barbalho.

Apenas concluindo este capitulo. Uma das razoes de minha esposa manter as discordias dela comigo eh a questao dela muito agradar-se de torturar-me com as frequentes perguntas: “E em que isso esta de dando dinheiro? Os outros estao ganhando dinheiro e nao estao nem ai para suas pesquisas, e quanto a sua familia esta te pagando? O que os seus antepassados vao te dar agora?”

As perguntas sao realmente embaracosas se colocarmos somente a prespectiva financeira como objetivo. Para minha esposa, como para a maioria das pessoas na atualidade, o prazer esta em possuir. Ela que foi e continua uma das pessoas destituidas em nossa Historia, jamais compreendera que o dinheiro jamais comprara todos os prazeres da vida.

Descendermos de determinados ancestrais nos da um prazer que nao depende de dinheiro algum. Conheco milhares de descendentes de meus ancestrais e a classe social financeira desta descendencia varia dos mais pobres aos mais ricos. Portanto, a presenca ou a ausencia do dinheiro nao impede de termos o mesmo prazer. Neste caso hao apenas duas alternativas: ou se eh ou nao se eh descendente.

Nao ha meios termos. Sendo que quem nao for podera ser descendente de outros ancestrais ingualmente importantes, e dos quais nos nao somos. Dai o prazer eh para todos. Nao se faz distincao alguma. Porem, quando tratamos de ancestrais que nasceram ha mil anos anteriores ao nosso nascimento, quase que podemos afirmar com absoluta certeza que o prazer eh para todos, exceto em casos excepcionais.

Quem nao descente de determinados ancestrais, pode ser rico do jeito que for, nao tera dinheiro para tornar-se descendente. O dinheiro nao compra ascendencia para ninguem, portanto, cada um tenha prazer naquela heranca que lhe eh propria, sabendo que os descendentes que acaso gerar acabarao se tornando tambem descendentes de outros ancestrais que este cada um nao foi. Ora, se alguem tem prazer em seus ancestrais, maior prazer terao os descendentes dele, porque terao mais ancestrais do que aqueles que os geraram.

O conhecimento da genealogia so aumenta o nosso prazer. Quanto mais conhecemos maior eh o nosso prazer. E deixar estes estudos como heranca `a nossa descendencia eh a garantia de que deixaremos heranca prazeirosa que nao se acabar; so se multiplica. Heranca genealogica eh algo que nao se compra e algo que nao se vende mas, por ser eterna, vale mais que todos os valores financeiros da Terra.

Nao comparo os valores espirituais com os valores genealogicos. Mas se a espiritualidade depende do surgimento de um primeiro casal formatado pelas Maos de um Creador, entao, a genealogia eh uma Carta Escrita pelo Creador, atraves de suas letras geneticas. Desde a formacao do primeiro casal a receita para a nossa formacao ja estava escrita. Genetica e genealogia andam juntas. Nos somos a traducao da Ordem do Creador de crescermos e multiplicarmo-nos. Nos somos o que os nossos ancestrais ja foram e o que sera a nossa descendencia. Se houve um Creador no surgimento do primeiro casal, entao, ha uma ligacao direta entre o Creador e nos atraves de nossa genetica.

Alguem podera dizer que falo do prazer genealogico mas que nao conheco o prazer do dinheiro. Eh verdade! Dinheiro eh algo que jamais tive na vida. Nem nunca esforcei para te-lo. Ou melhor, esforcei por coisas que acabaram nao me dando dinheiro algum. Mas observando o mundo percebo que o prazer na genealogia eh maior porque o dinheiro nao foi feito para que todos o tenham em abundancia. Por mais que todos se esforcem igualmente, sempre haverao os que ficarao com a maior parte, enquanto outro nao o terao. Ja a genetica parece ser algo que brota da Fonte Divina, pois, todos possuimos com abundancia. Falta-nos apenas conhecer o que nos cabe. E nossa parte ninguem toma.

*Micaela Barbalho Bezerra Pedroso, filha de Jeronimo Barbalho Bezerra e Izabel Pedroso, casou-se com o portugues Joao Batista de Matos. Existem diversas referencias a ela na internet e ao ramo genealogico que partiu dela e foi para Santa Catarina. Agora podemos confirmar que este e o nosso Barbalho eh o mesmo com a constatacao de que Micaela e Paschoa Barbalho eram irmas.

Maiores informacoes a respeito da nossa genealogia Barbalho na pagina: https://val51mabar.wordpress.com/2012/09/11/barbalho-pimenta-e-talvez-coelho-descendentes-do-rei-d-dinis/.

Acrescentarei mais um assunto aqui neste capitulo que tem apenas uma relacao indireta com a nossa genealogia. Ha alguns anos atras fui premiado com a inscricao e possibilidade de visitar o site geneall.net Portugal. Algo que apareceu como um “pop up” no computador. Aceitei, me inscrevi e gozei de otimos momentos estudando o banco de dados que eles possuem, particularmente no que se trata da genealogia pregressa de um certo Jose Coelho de Magalhaes, nobre de ascendencia e com todas as caracteristicas de poder ser o nosso ancestral de mesmo nome.

Recentemente, apos perder minha regalia de ter a conveniencia de possuir um computador dentro de casa, desejei voltar ao site para enviar aos administradores o encontro da ligacao entre d. Paschoa Barbalho e os pais dela: Jeronimo Barbalho Bezerra e Isabel Pedreira (Pedroso). Para minha surpresa, a inscricao havia sido cancelada e em lugar dela a oferta de associar-me sob um preco confortavel, por seis meses e, claro, a consequente expiracao no final do contrato e a automatica elevacao de meus custos.

A surpresa nao foi nada agradavel. Nao que eu seja mal agradecido. Ao contrario, fico devendo eterna gratidao pela oportunidade que me foi dada nos ultimos anos. O problema eh que a administracao do site mexeu com a pessoa errada com esta atitude comercial. Claro, eu pagaria a anuidade com o maior prazer se o dinheiro em meu bolso estivesse sobrando. Mas a realidade eh justamente o contrario. O que estao sobrando sao as minhas dividas e nao posso dar-me ao luxo de acrescentar nem mais um centavo a elas.

Neste caso, termina aqui nossa parceria. Nao creio que para mim havera consequencia maior porque sei que o que tenho que buscar eh justamente aquilo que nao se encontra naquele site. Alias, como gratuitamente recebi o direito de acesso a parte dos dados que la se encontram, gratuitamente enviei tambem as minhas descobertas que, na maioria dos casos, so nao foram mais completas porque o site nao atualizou o que enviei, assim, nao pude dar sequencia ao que considero o mais importante da genealogia.

Sendo sincero neste ponto, o site geneall.net Portugal possui mais dados a respeito de pessoas do passado. Eh contido primeiramente de nossos falecidos. Estes, em muitos casos, foram personalidades da Historia Universal e seus aparentados mais proximos. Claro, eles sao o atrativo para o site, porem nem tanto. Refiro-me ao fato de serem os nossos falecidos e somente atrairao mais usuarios se eles forem conectados com a descendencia que estiver viva. A verdade pode ser cruel, porem, os falecidos nao compram nada.

Se nao os ligarmos `as pessoas que estao vivas, eles despertarao o interesse apenas de alguns mais abinegados, como os historiadores que ja conhecam o fato de que a genealogia esta diretamente afetando os fatos historicos. Com a genealogia ha uma melhor compreensao e uso deles. Porem, acredito que os sites genealogicos somente terao sucesso completo quando oferecerem dados que liguem a maioria das pessoas vivas `a rede de linhagens ascendentes e que demonstrem que temos ligacoes parentais com todas ou a maioria das personalidades historicas.

Constatei isso atraves do desenvolvimento da minha propria curiosidade pelo assunto. Se nao tivesse encontrado naquele site uma pessoa, que pudesse ser meu ancestral, ha alguns anos atras, as minhas visitas nao teriam passado de uma ou duas. E jamais teria voltado porque ficaria para mim dificil sentir as pessoas que la estao como referencia em minha vida. Nao sou professor de Historia, portanto, so me interessariam aqueles que tivessem algum vinculo comigo, direta ou indiretamente. Hoje seria, por exemplo, o caso dos presidentes dos Estados Unidos que tem vinculo genetico conosco, incluindo o atual. Sao por volta de 75% deles.

Voltando `a ligacao que estava prestes a passar para o geneall.net Portugal, a ligacao de nossa ancestral d. Paschoa Barbalho ao pai dela, conecta naquele mesmo site o inicio da familia do professor Demerval Jose Pimenta, ou seja, os nossos primos Pimenta. Mesmo os dados do livro do professor nao conecta toda a familia `as pessoas da atualidade. Como a publicacao se deu em 1965, existem 2 ou 3 geracoes ainda sem recordar. Importante agora seria que os dados estivessem disponiveis no site porque os possiveis inscritos contribuintes dos dias de hoje poderiam reconhecer seus pais, avos e/ou bisavos. Se as geracoes permanecerem como la estao, no campo dos tri, tetra e pentavos, a maioria nao tera informacao para fazer tal coneccao e o interesse nao sera despertado em todos, apenas em alguns poucos como eu. Que infelizmente, poderao, como eu, nao ter a disposicao financeira de comprar o acesso.

Este eh o caso particular das familias Coelho e Magalhaes Barbalho ja parcialmente postadas naquele site. Do lado Magalhaes Barbalho, a pessoa mais antiga com a assinatura Barbalho e, provavelmente, conectavel `a mesma linhagem eh o Jose Vaz Barbalho, que eh pentavo da minha geracao mas que ja possui nonanetos e esta a caminho da proxima geracao. Se nao se descobrir e fazer a devida coneccao, seria muito dificil estes descendentes mais distantes encontrarem as informacoes que nos, que estamos a caminho do encerramento de nossa visita `a Terra, temos ainda em nossas memorias. Estes sim seriam os clientes mais almejados pelo site, porque terao mais o que viver e mais com que contribuir, financeiramente.

Pelo lado Coelho temos a hexavo (sextavo) Maria Rodrigues de Magalhaes Barbalho. Ha a possibilidade de ser irma do Jose Vaz Barbalho e ambos serem filhos do Manoel Vaz Barbalho e Josepha Pimenta de Souza. Mas tambem pode nao ser irma e sim uma parente proxima. Qualquer que seja a verdade, precisamos encontrar os dados que conectem as tres linhagens. Caso consigamos, entao, poderemos realmente dizer que podemos fazer este “negocio”, como dizem os bons mineiros. Ou seja, nos ficaremos felizes com a coneccao entre os nossos vivos e os nossos falecidos. E os sites de genealogia poderao faturar melhor com a oportunidade de se abrir um numero muito maior de candidatos a associados.

E aqui esta uma das razoes pelas quais a minha esposa odeia o que eu tenho feito. Para ela, as pessoas que entendem dos assuntos de internet eh que sao as inteligentes. Segundo ela, enquanto a gente tem que dar um duro danado para conseguirmos o nosso dinheiro suado, os inteligentes ficam la do outro lado, sentados em suas cadeiras e mesas, apenas elaborando falcatruas para o toma-lo de nos. E nisso nao discordo plenamente dela. As pessoas que estao do outro lado da coneccao nao se interessam pelo sacrificio que temos feito, elas desejam que contribuamos com nossos achados e com nosso suado dinheiro. E as informacoes que tornamos publicas se revertem em beneficios para elas, a cada vez que conseguem outro “pato” de nossa familia em seu quadro de associados.

Aqui preciso pedir desculpas aos meus primos pelas muitas vezes que indiquei o geneall.net Portugal como fonte de acesso a dados genealogicos. Sempre pensei que os dados mais antigos fossem publicos e nao imaginava que os estava indicando uma arapuca. De agora para sempre, entao, continuo recomendando o site, quando isso for absolutamente necessario, porem, com o aviso de que precisarao contribuir para ter acesso. Quem nao se importar de contribuir podera ter suas curiosidades satisfeitas.

O melhor de tudo, porem, eh que nao precisam do geneall.net Portugal para terem acesso aos dados relativos ao sobrenome Barbalho em nosso ramo. Eles estao disponiveis no http://www.geneaminas.com.br. Pelo menos, por enquanto, eh do dominio publico e a matricula eh gratuita, em caso de haver o interesse. O que, alias, esta muito mais completo porque ja lancei la todos os dados que ja coletei ate hoje. Assim, nao sera dificil para milhares de pessoas que nao tenho os dados encontrarem seus ancestrais proximos. Apenas alerto para o fato de que a nossa coneccao com as familias reais da Peninsula Iberica ja estar pronta la, porem, por enquanto apenas em relacao ao ramo Pimenta da familia. O Coelho e o Magalhaes Barbalho esta pendente.

Quando a confirmacao dos dados que ali se encontram registrados, caso alguem os queiram comprovar, indico o familybezerrainternational para os dados entre o Antonio Martins Bezerra e os ancestrais Teresa de Leao, condessa de Portugal e Henri de Bourgogne. Sao umas dez geracoes, indo dos anos 1.000 a 1500 aproximadamente. Mais dados em relacao a este nucleo familiar podem ser obtidos atraves da Wikipedia. Geralmente o site oferece biografias e informacoes genealogicas das personalidades historicas. Assim fica ate melhor informativo porque podemos aprender algo mais em relacao a nossos ancestrais.

No caso da Teresa de Leao, por exemplo, podemos ver que foi filha do rei Alfonso VI e neta dos Fernando I Magno e Sancha, Infanta de Leao. Passando para a biografia deles tambem pode-se ver que entre os ancestrais deles estao o heroi Vimara Peres, e outros reis e imperadores de varias realezas europeias e outras. Teresa e Henri tambem foram os pais de Afonso Henriques, fundador da monarquia e primeiro rei de Portugal.

A coneccao do Antonio Martins Bezerra e sua descendencia Barbalho Bezerra pode ser feita atraves do trabalho do Antonio Filipe Pereira Caetano. “Entre a Sombra e o Sol, A Revolta da Cachaca, a Freguesia de Sao Goncalo de Amarante e a Crise Politica Fluminense” paginas de 187 a 194: “Os Honoratiores Goncalenses: A Familia Barbalho.” Deste ponto em diante encontramos com o livro do professor Demerval Pimenta. Cuja coneccao eh feita ao livro da Ivania Batista Coelho: “Arvore Genealogica da Familia Coelho” atraves das assinaturas Borges Monteiro e Pereira do Amaral, por enquanto. Em breve o faremos atraves do Barbalho tambem.

Assim, chegamos aos dias modernos, porem, ha que se ressalvar que eu estou colocando uma geracao a mais que o Antonio Filipe indicou. Assim, pode-se visitar tambem o ensaio de genealogia do Chico Buarque de Holanda no site da Usina de Letras. Outro site que enriquece o nosso conhecimento eh aquele que contem os dados a respeito dos “Engenhos Pernambucanos”. Ali podemos buscar os engenhos: Barbalho, Monteiro (ou Sao Pantaleao) e Sao Paulo. Todos pertencentes aos nossos ancestrais que foram primeiros povoadores de Pernambuco. No Rio de Janeiro temos o Engenho de Sao Bento, na regiao do Mutua, Sao Goncalo, que pertenceu a d. Paschoa Barbalho e a seu marido: Pedro da Costa Ramiro.

Enfim, no mais eh continuar pesquisando. Antes que me esqueca, nos sites GENi e Google Genealogia podemos ver nossas ligacoes com a Familia Barbalho em Santa Catarina atraves da irma de d. Paschoa Barbalho: Micaela Barbalho Bezerra Pedroso; e do Rio Grande do Sul, atraves do site Family Search, atraves de Policarpo Joseph Barbalho, particularmente com Gravatai. A busca continua.

82. JOAO PESSOA, PARAIBA

Iniciarei este capitulo um pouco no escuro porque nao tive tempo de fazer um estudo mais profundo, antes de eu perder a coneccao com meu antigo computador. Exceto por alguns dados que ja os estava ajuntando, o restante vira da memoria propria e, portanto, sujeito a enganos. Envitarei aprofundar muito para procurar evitar tambem os erros.

Como se sabe, apos descoberto o Brasil, Portugal estava envolvido com a franca expansao economica, por causa da descoberta do caminho alternativo para as Indias Orientais, por D. Vasco da Gama. Portugal nao abandonou totalmente o Brasil pela simples razao de que, se o fizesse outros tomariam posse. No inicio foram feitas apenas algumas feitorias nas costas de Pindorama, para que os degredados por la fizessem contato com os indigenas, colhessem deles o que lhes parecesse ter algum valor para ser enviado a Portugal, a troco de bugingangas e ferramentas de metal.

O que fez os portugueses acordarem para o que estavam perdendo foi a intervencao dos destituidos europeus, pelo Tratado de Tordesilhas. Por este Tratado, sob as bencaos poderosas do papa, as Americas tornaram-se feudo exclusivo da Espanha e de Portugal. Inconformados, franceses, ingleses e nierlandeses (conglomerado dos paises-baixos e vizinhos) passaram a fazer contato com tribos indigenas, hostis aos portugueses, e comercio com elas, em termos extremamente vantajosos para os europeus. Somente assim Portugal descobriu o Brasil de riquezas a serem exploradas.

Dentro deste quadro, temos um padrao que ocorre desde o inicio, em tres pontos do territorio brasileiro. Sao eles: Rio de Janeiro, Paraiba e Sergipe. Nestes tres pontos os franceses chegaram e se instalaram primeiro. Posteriormente da-se tambem a invasao francesa ao Maranhao. Mas Rio e Sergipe ja se encontram recordados nestes meus escritos. Falta, entao, a Paraiba.

Os portugueses, com a criacao das Capitanias Hereditarias no Brasil, haviam se firmado em Sao Vicente (Sao Paulo), Salvador (Bahia) e Olinda (Pernambuco). O restante da costa estava excassamente habitada por europeus e as distancias imensas impediam uma acao de protecao policial maior. Assim os navios mercantes e piratas de outras nacoes nao encontravam o menor problema em aportar e negociar diretamente com o homem da terra e esse comercio levou a relacoes de amizade entre nativos e franceses. Em alguns casos tambem a relacionamento parental.

No caso especifico da Paraiba aconteceu de os portugueses ja estarem procurando implantar ali engenhos de acucar, a entao mola propulsora do comercio internacional. Por volta dos anos 1570 houve o rapto da filha de um dos caciques paraibanos. O autor da facanha foi um empregado mas um senhor de engenho se encantou pela beleza da menina e a tomou para si. Nisso os franceses sentiram a oportunidade de fazer a intriga e instigar a vinganca por parte dos indigenas. A tribo cometeu o maior massacre a moradores, tanto na area ocupada pelo engenho quanto na regiao. Fala-se em 600 mortos.

A Paraiba estava entre as Capitanias de Pernambuco e Marica. Marica pertencia a Pero Lopes de Sousa, irmao do Martim Afonso de Sousa, o primeiro Governador-Geral do Brasil e donatario e fundador da Capitania de Sao Vicente. Mas como a Capitania de Pernambuco era muito mais prospera, foi dela que partiu a reacao. A primeira ordem real foi a de criar-se a Capitania Real da Paraiba, em 1574. Assim como foram criadas as Capitanias de Sergipe d’El Rei e a Capitania Real do Rio de Janeiro. Estes territorios foram recomprados pela coroa, que nomeou para elas administradores. Essa recompra ja havia sido feita tambem na Bahia.

De inicio, em relacao `a Paraiba, a criacao ficou apenas no papel, enquanto se davam as guerras de conquista. Houveram algumas tentativas rechacadas pelos indigenas e franceses mas, em 1585, a expedicao de Joao Tavares eliminou a resistencia. Foi ai que se deu a criacao da Vila Real de Nossa Senhora das Neves, em homenagem `a santa do dia. Este nome muda para Felipeia de Nossa Senhora das Neves, em homenagem a Felipe II. (3 Felipes governaram a Uniao Iberica entre 1580 e 1640).

A cidade recebe outro nome a partir de 1634, quando os holandeses a conquistaram. Retorna ao primeiro nome 20 anos depois, 1654, quando os holandeses foram expulsos e, ja no seculo XX, troca o nome para Joao Pessoa. Sendo o ultimo nome uma homenagem ao “presidente do Estado” que foi assassinado por razoes politicas na sublevacao da Ditadura Vargas.

Desde o inicio de sua criacao ate aos meados do seculo XX, a Cidade de Joao Pessoa teve a caracteristica de ser uma municipalidade quartel, servindo de residencia para militares e funcionarios do setor publico em primeiro lugar. Por esta razao sempre foi uma cidade mais com caracteristicas bucolicas interioranas, vindo a despertar-se para a industrializacao e desenvolvimento apenas a partir da segunda metade do seculo XX. Ou seja, acompanhou o lento processo brasileiro de despertar de seu “berco explendido”.

O professor Antonio Filipe referiu-se a Antonio Barbalho Bezerra (poder) ser filho dos nossos ancestrais: o governador Luis Barbalho Bezerra e sua esposa Maria Furtado de Mendonca. Se ele estiver correto, a Paraiba tambem sera “nossa” (aparentada).

Brincadeira `a parte, temos que falar um pouco a respeito de quem foi Duarte Gomes da Silveira. Segundo informacoes soltas, encontrei que era neto de Antonio Gomes Bezerra, um descendente da Casa do Morgado de Paredes de Viana do Castelo. Este Antonio Gomes havia sido expedicionario no Norte da Africa, na epoca em que Portugal estava estabelecendo ali suas conquistas. Na africa ele tomou para si uma escrava, descendente de Aboali, um dos conquistadores da Peninsula Iberica, quando os mouros a tomaram. Levando a esposa para Portugal, ela lhe gerou Maria Gomes Bezerra que, ao contrario do que fala o autor onde li essa passagem, nao deveria ser mulata e sim morena como parte das espanholas e portuguesas.

Aqui ha que se fazer essa distincao que ja abordei antes no texto: A Historia da Familia Coelho do Centro-Nordeste de Minas Gerais. Ali fica claro que a populacao europeia e do Norte da Africa, sobretudo aquela mais proxima ao Estreito de Gibraltar, teve origem comum. Com a dispersao apos a ultima Era Glacial, houveram distincoes entre os diversos grupos familiares europeus do Norte, do Centro e do Sul Europeus e do Norte da Africa, sendo que, as miscigenacoes ocorreram em maior quantidade nas partes mais ao Sul. Contudo, o que fica claro eh que os habitantes do Norte da Africa nao tem as mesmas caracteristicas dos africanos subsaarianos. Dai nao se pode caracterizar, sem sombra de duvida, que o resultado do casamento de Antonio Gomes Bezerra e uma descendente do Aboali fosse mulata. Mais certamente era morena.

O certo eh que, Maria Gomes Bezerra foi esposa de Pedro Alves da Silveira, casal tambem pioneiro em Pernambuco nos tempos de Duarte Coelho Pereira. Estes foram os pais de: Domingos, Duarte, Ana e outros filhos. O Domingos estudou em Portugal e ocupou cargos de relevancia, que dependiam de escrituracao, em Pernambuco.

O irmao Duarte, porem, foi o aventureiro. Casou-se com D. Fulgencia Tavares, filha de Joao Tavares, o conquistador e primeiro governador efetivo da Paraiba. Para o Duarte, essa situacao apenas “juntou a fome com a vontade de comer”. Junto com o sogro fora um dos combatentes mais efetivos aos adversarios franceses e indigenas. Com as vitorias vieram-lhe os premios, em forma de benesses e propriedades de terras. Alem disso, teve a cobertura do irmao Domingos e da nata administradora de Pernambuco que a tudo lhe dava o crivo de aprovado.

A fortuna de Duarte Gomes da Silveira constituiu-se de, pelo menos, dois engenhos: o Velho e o Novo, nos arredores de Joao Pessoa e diversas outras fazendas de gado no sertao. Foi a partir disso que ele criou o riquissimo morgado de Sao Salvador do Mundo da Paraiba.

Como possuia economias de sobra e desejava por todos os meios ver a Vila de Nossa Senhora das Neves properar, estabeleceu premios aos que construissem casas de qualidade o local. Com isso deve ter garantido a prosperidade inicial da capital do futuro Estado da Paraiba.

Mas a vida dele nem sempre foi sucesso. Durante a invasao holandesa perdeu o unico filho e um dos irmaos. Nao deixou herdeiros considerados corretos `a epoca. E aqui ha uma discordancia entre a informacao no trabalho do Antonio Filipe (capitulo 81) e outroas fontes diversas. Segundo aquele, Joana Gomes da Silveira era neta e para as outras fontes foi filha extra-conjugal. Mas o que importa eh que ela foi a herdeira de fato que, casando-se com o Antonio Barbalho Bezerra, passou ao “consorte” o morgadio de Sao Salvador do Mundo da Paraiba.

Outro detalhe da vida de Duarte Gomes da Silveira foi o de ter sido processado por sonegacao de impostos e de ter sido colaboracionista com o invasor holandes. Li essas informacoes rapidamente e me parece que existem teses que desaprovam tais ideias. Eu proprio questionaria tais insinuacoes porque ele deve ter falecido antes de 1654, quando da retomada da Paraiba pelos brasileiros, portanto, nao teria sobrado tempo para ser acusado no caso de traicao.

Uma virada de sorte na vida de uma membro dessa familia nos presta maiores informacoes genealogicas a respeito dela. Em 1731, Marianna Paschoa Bezerra* foi obrigada a comparecer ao Tribunal do Santo Oficio, em Lisboa, para responder `a acusacao de pratica de judaismo. Embora tenha alegado ser crista velha, pareceu-me que foi condenada. Penso que foi uma verdadeira caca `as bruxas. (Hoje eh Halloween, e ha ai um certo paralelo entre este caso e o das bruxas de Salem aqui em Massachusetts).

Na internet encontrei o endereco: utinga.wordpress.com/2010/09/21/marianna-paschoa-bezerra-o-santo-oficio-e-os-rocha-bezerra/. Parece-me que a postagem foi feita pelo genealogista Joao Felipe da Trindade (jfhipotenusa@gmail.com). Existe la um link para o site da Torre do Tombo, Portugal, em que o processo completo pode ser analisado. Eu busquei apenas o que ja estava mastigado. E isso se restringe ao que, em um depoimento, a Marianna Paschoa cita tanto sua genealogia paterna quanto materna. Mostro aqui apenas a materna, acompanhando o autor Joao Felipe.

Faco ainda a ressalva de que nao tenho como garantir que o Antonio Barbalho Bezerra tenha mesmo sido filho do nosso ancestral: Luis Barbalho Bezerra. Tudo pode acontecer mas isso me parece um tanto quanto grandioso, mas as mencoes nos textos de autores nordestinos nao mencionam a relacao parental. Nao eh um tanto esquisito isso!?

Outra informacao que vi e que nao consegui voltar `a mesma fonte foi a de que existiu outro Antonio Barbalho Bezerra, um com e outro sem o Pinto no final. Parece-me que o primeiro casou-se com Anna da Silveira, irma do Duarte. Foi dito que o tal Antonio era natural do reino, dai penso poder ser irmao ou parente proximo do Bras Barbalho Feyo, o avo materno do Luis Barbalho.

Em todos casos, ja eh dificil esperar que o Antonio, suposto filho do Luis, tenha se casado com uma filha do Duarte, cuja data proposta de nascimento eh de 1555, muito menos com uma irma dele. Mas Anna e Joana sao duas pessoas diferentes que, talvez, tenham mesmo se casado com homonimos.

Segue entao o resumo que fiz do pouco de genealogia coletado na pagina do Utinga.

Luis Barbalho Bezerra – Maria Furtado de Mendonca (acrescimo meu)
Antonio Barbalho Bezerra – Joana Gomes da Silveira, pais de:

1. Serafina Moraes – solteira
2. Antonio Barbalho Bezerra – Maria Teixeira
3. Antonio Bezerra Monteiro – foi casado, com pessoa nao identificada.
4. Duarte Gomes da Silveira
5. Maria Barbalho Bezerra – Balthasar da Rocha Bezerra
6. Victoria Barbalho Bezerra – Diogo Nunes Thomas

2. Antonio Barbalho Bezerra – Maria Teixeira, pais de:

2.1 Salvador – falecido crianca
2.2 Andreza – falecida crianca
2.3 Joana – Joao Peixoto

2.3 Joana – Joao Peixoto, paid de:

2.3.1 Jose Gomes
2.3.2 Luzia
2.3.3 Joana
2.3.4 Quiteria
2.3.5 Antonio Barbalho
2.3.6 Joao Peixoto
2.3.7 Duarte Gomes
2.3.8 Bartholomeu Peixoto
2.3.9 Jose

5. Maria Barbalho Bezerra – Balthasar da Rocha Bezerra, pais de:

5.1 Antonio da Rocha Bezerra
5.2 Manoel da Rocha Bezerra – Magdalena Luna
5.3 Balthasar da Rocha Bezerra – Marianna
5.4 Miguel Barbalho Bezerra – Maria Jacome Barbalho
5.5 Maria Bezerra Vasconcelos – Manoel Ribeiro de Carvalho
5.6 Archangela da Silveira – Ventura Pereira Parente + Pedro da Rocha Bezerra
5.7 Simao da Rocha Bezerra

5.2 Manoel da Rocha Bezerra – Magdalena Luna, pais de:

5.2.1 Antonio da Rocha Bezerra – (?) Josefa de Oliveira Leite

Obs.: Manoel da Rocha Bezerra foi tambem pai extra-conjugal de um filho, com sua prima: 6.5 Joana Gomes da Silveira (abaixo)

6.5.1 Joao Gomes da Silveira

5.6 Archangela da Silveira -I- Ventura Pereira Parente, pais de:

5.6.1 Maria Barbalho
5.6.2 Ignacia
5.6.3 Luzia
5.6.4 Joao – falecido crianca

Obs.: Os filhos foram naturais e moradores de Taquara, no Bispado de Pernambuco. Ventura Pereira Parente foi senhor de engenho.

5.6 Archangela da Silveira – II – Pedro da Rocha Bezerra, pais de:

5.6.5 – Marcos (natural e morador de Juazeiro).

Obs.: “A Sesmaria 552 concedida ao Sargento-Mor Jose Pedro Tinoco, na Ribeira do Assu, pertenceu aos irmaos Capitao-Mor Balthasar da Rocha Bezerra, Coronel Miguel Barbalho Bezerra e seu cunhado Pedro da Rocha Bezerra.”

6. Victoria Barbalho Bezerra – Diogo Nunes Thomas, pais de:

6.1 Antonio Barbalho – falecido crianca
6.2 Luiza Barbalho – solteira
6.3 Thereza Barbalho – solteira
6.4 Joanna Gomes da Silveira*
6.5 Maria da Silveira – Gaspar Henriques
6.6 Guiomar Nunes
6.7 Diogo Nunes Thomas – Catharina Ferreira Barreto
6.8 Marianna Paschoa Bezerra*

Obs.: Diogo Nunes Thomas, pai de Marianna Paschoa e seus irmaos, era filho de outro Diogo Nunes Thomas e de Guiomar Nunes, todos naturais de Pernambuco.

6.5 Joanna Gomes da Silveira* foi a mae do filho extra-conjugal de seu primo 5.2 Manoel da Rocha (acima), pais de:

6.5.1 Joao Gomes da Silveira

O que reforca a hipotese de tratar-se essa familia de descendencia do possivel filho do governador Luis Barbalho Bezerra: Antonio Barbalho Bezerra, eh o nome Antonio Bezerra Monteiro entre seus filhos. Temos que recordar que o sobrenome Monteiro corria na familia como secundario e tratando-se de heranca genetica proveniente de Pantaleao Monteiro. Isso reforca a hipotese de sermos mesmo descendentes do Antonio Bezerra Felpa de Barbuda, que foi marido da Maria Araujo, filha daquele senhor de engenho. O proprio Luis Barbalho teve uma irma com o nome de Brasia Monteiro. Ela casou-se com Luis Bras Bezerra e sao eles que se alinham como ancestrais do Chico Buarque de Holanda. O Luis, nosso ancestral, colocou o nome Francisco Monteiro Barbalho Bezerra no filho mais novo.

Por outro lado, eh suspeito que a Marianna Paschoa Bezerra* nao tenha tido a brilhante ideia de citar os Luis Barbalho Bezerra e sua esposa Maria Furtado de Mendonca como bisavos dela no processo que enfrentou. Naquela hora dificil, o nome deles continuariam valendo como peso favoravel `a sua defesa. Por outro lado, eh possivel que ela nem sequer soubesse disso, pois, nascendo em 1681, nao deve ter conhecido sequer os avos, que supostamente teriam se casado em 1633. Parece que o intervalo de geracoes foi realmente longo para o caso de ela se lembrar do detalhe.

Saindo do assunto genealogia de pessoas e passando ao de genealogia de cidades, ha que se corrigir as ambicoes das cidades de Joao Pessoa-PB e Sao Christovao-SE de serem, respectivamente, as terceira e quarta cidades a serem criadas no Brasil. Nao foi preciso grande esforco para verificar algumas outras datas de fundacoes mais antigas, apenas de algumas cidades que conheco a parte de suas Historias ligadas `a Historia do Brasil.

Sao Vicente, fundada por Martim Afonso de Sousa, surgiu em 22.01.1532; Olinda, fundada por Duarte Coelho Pereira, em 09.03.1535; em seguida surge Vila Velha do Espirito Santo, 23.05.1535; Salvador eh de 1549; Vitoria surge em 08.09.1551; a propria Sao Paulo foi criada em 1560 e o Rio de Janeiro, fundado por Estacio de Sa, em 01.03.1565. Estes foram apenas os nomes que lembrei-me de imediato e que estao ligados aos primeiros administradores que o pais teve.

83. MISCELANIA

Gostaria de acrescentar esta impressao que me vem aqui. No Principio eram os colonos, e eles habitaram em Pernambuco. E tudo iniciou-se com eles. Chegaram os Barbalho, Bezerra e Barreto que foram amarrados nos Andrade de Guardes. E eles se misturaram aos Cavalcante, Albuquerque, Holanda, Vasconcelos, Lins, Almeida, Coelho e outros. E todo o Brasil descende deles.

Outro fato que funciona quase como piada. Meus irmaos que residem em Brasilia tem colegas nordestinos, que assinam Barbalho, e que brincam com eles dizendo que sao Barbalho falsos. O que eles querem dizer eh que nao acreditam que o nosso Barbalho e o Barbalho que hoje persiste tambem no Nordeste do Brasil seja o mesmo. So mesmo a genealogia para provar o contrario e estas ultimas cidades que analisamos comprovam justamente isto.

Apenas como curiosidade. Passeando pela net acabei esbarrando num importante personagem historica da musica aqui nos Estados Unidos. Trata-se de John Philip Sousa. Ele nasceu nos Estados Unidos, porem, era filho de portugues. Infelizmente nao tive acesso `a genealogia completa dele mas pode-se afirmar que seja aparentado de todos os de origem iberica. Com certeza, algum ancestral dele eh tambem nosso ancestral. Eh considerado o Rei das Bandas (Martial Bands). Compos muitas musicas para as bandas, sobretudo para os fuzileiros navais, corpo do qual ele fazia parte. Ha mais informacoes mas quem desejar ver algo mais pode comecar por: http://pt.wikipedia.org/wiki/John_Philip_Sousa & http://www.terra.es/personal2/danubio/sousa.htm

Outra ativista literaria na familia esta nos prestando um grande servico. Trata-se da Celina Consuelo Campos Bandeira, que nos conhecemos mais por Celina da D. Maria Aguiar. D. Maria foi professora e diretora do Grupo Escolar Nossa Senhora do Patrocinio e casada com o advogado em Virginopolis: Dr. Jose Rabello Campos. D. Maria Aguiar era filha do tio-avo Armando Batista Coelho, irmao completo do vovo Juca.

Alias, irmao completo eh um pleonasma vicioso empregado aqui. Eles eram filhos do bisavo Ze Coelho que se casou duas vezes: com a bisavo Maria Marcolina (Sa Quinha) Coelho e tia Virginia Marcolina Coelho, que eram irmas completas. Assim, os filhos das duas eram meio-irmaos e primo-irmaos ao mesmo tempo. Portanto, com uma carga de consaguinidade tao pesada so poderiam ser irmaos completos. Diga-se de passagem, o Ze Coelho era primo em primeiro grau das Sa Quinha e tia Virginia.

Voltando `a Celina, ela produziu um blog e esta publicando as cronicas do pai dela. Originalmente, o Dr. Rabelinho, como era conhecido, escrevia para o “A Peneira”, jornalzinho de Virginopolis que fora fundado pelo nosso primo Dr. Amilar da Cunha Menezes, tambem advogado. Em minha infancia lembro-me de aguardarmos o lancamento de cada numero do jornal e quase disputa-lo a tapas para saber quem o iria ler primeiro la em casa. O mesmo faziamos em relacao ao Estado de Minas e `as revistas: Manchete e O Cruzeiro. O gosto pela leitura devemos ao papai que os assinava ou comprava e `a mamae que nos presenteava com a revista: Familia Crista.

Entre os autores que nos deliciavam no A Peneira se encontravam o proprio Dr. Rabelinho; D. Meme (poetisa Salome Campos e nossa tia-bisavo por afinidade por ter se casado com o tio Francisco Coelho Sobrinho – seo Chiquim); D. Bernadete Campos, (tambem ex-diretora do Grupo Escolar Nossa Senhora do Patrocinio, poetisa da Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais); o Ze do Bodoque (Dr. Jose Fabiano Coelho, irmao de minha mae e tambem advogado); Dr. Angelo Figueiredo Leite, (outro advogado, excelente humorista, e membro da familia Leite da regiao que descende do ramo Furtado Leite, oriunda de Barao de Cocais com ascendencia proxima em Feliciano Pinto Coelho da Cunha o Barao de Cocais) e varios outros.

Visitem o blog da Celina no endereco: http://joserabello1.blogspot.com/2011/03/do-sao-bento-ao-caraca-nossas-mae-ficou.html

A partir das novas introducoes no capitulo 66. Historia de Pernambuco, Olinda e Recife, creio que ficou provado que a Familia Barbalho, descendente do ramo Bezerra Barbalho, eh mesmo descendente das familias reais ibericas. O que esta nos faltando eh definir tres pontos. Nao necessariamente desfazer duvidas e sim descobrir os nomes exatos das pessoas que nos ligam a elas. Os tres pontos sao:

1. Determinar qual o grau de descendencia o nosso ancestral Jose Vaz Barbalho tem com Manoel Vaz Barbalho e Josepha Pimenta de Souza, se ele eh filho ou neto do casal. Essa comprovacao podera ser obtida com o encontro do documento: “De Genere et Moribus” do padre Policarpo Jose Barbalho, que devera ser encontrado em Mariana-MG. O processo dele deve ter sido aberto antes de 1.808, quando se casou, porque nossas tradicoes dizem que deixou de ordenar-se para casar-se, ou logo apos 1.845, quando o filho dele Emigdio de Magalhaes Barbalho foi ordenado.

2. Descobrir qual foi o nome dos pais de D. Pascoa Barbalho, esposa de Pedro da Costa, cujo casamento teria se dado em 19 de janeiro de 1.668, segundo o que foi indicado no livro: “A Mata do Pecanha, sua Historia e sua Gente” do professor Demerval Jose Pimenta. De acordo com o mesmo, D. Pascoa Barbalho era neta de Jeronimo Barbalho Bezerra e D. Izabel Pedreira [ou Pedroso], filho do mestre de campo Luiz Barbalho Bezerra e D. Maria Furtado de Mendonca. Este misterio podera ser desvendado atraves da leitura cuidadosa do livro: “Primeiras Familias do Rio de Janeiro (Seculos XVI e XVII)” do genealogista: Carlos Grandmasson Rheingantz.

3. Descobrir o ancestral comum que tera Antonio Bezerra Felpa de Barbuda, marido de D. Maria de Araujo, com Domingos Bezerra de Barbuda, esposo de D. Brazia Monteiro. Ambas sao filhas de Pantaleao Monteiro e sua esposa Brazia de Araujo, segundo o que deixei exposto no capitulo 66.

Agora nos falta tambem defender o nosso Coelho nesse sentido. Creio que a opcao mais direta de comprovarmos a nossa ascendencia junto `as familias reais ibericas por meio desta linhagem seria a de encontrarmos o registro de casamento de nosso patriarca Jose Coelho de Magalhaes (que podera ter sido conhecido como Jose Coelho da Rocha, o velho) com a matriarca Eugenia Rodrigues Rocha (que foi conhecida como Eugenia Maria da Cruz tambem, nome este de uma de suas netas, casada com Francisco Marcal de Magalhaes Barbalho).

Segundo o que conhecemos, parecem ser pais de Eugenia Rodrigues da Rocha o luzo-italiano Giuseppe Nicatsi da Rocha e sua suposta esposa: Maria Rodrigues de Magalhaes Barbalho. O registro de casamento deles devera ser encontrado em Conceicao do Mato Dentro, se a dona Maria tiver nascido naquela cidade ou em alguma de suas muitas freguesias na epoca. Suspeitamos que ela tambem seja filha do casal: Manoel Vaz Barbalho e Josepha Pimenta de Souza. Estes nomes deveriam aparecer no registro de casamento de Jose e Eugenia como os avos maternos desta, caso a teoria se concretize.

Quanto ao nosso ancestral Jose Coelho de Magalhaes, cuja tradicao que nos foi passada o conta como filho do portugues Manoel Rodrigues Coelho, podera ser comprovado ser filho de outras pessoas da nobreza portuguesa que nos vinculariam `as casas reais ibericas. Contudo, se as tradicoes forem provadas verdadeiras e ele foi filho do sr. Manoel Rodrigues Coelho, teremos muito ainda a buscar para comprovar ou negar outra tradicao que afirma serem eles descendentes da nobreza portuguesa.

Antes de hoje, quinta-feita, 16 de agosto de 2012, `as vezes eu tenho deixado escrita esta observacao: D. Maria Furtado de Mendonca que no geneall.net Portugal se encontra com o nome Maria Nunes de Andrade. Isso eh uma mencao erronea, talvez em consequencia do amigo Alzheimer que ja esteja aproximando mesmo, ou puro cansaco. Naquele site a sequencia que consta eh esta:

Maria Furtado – Luis Barbalho Bezerra
Maria Nunes de Andrade – Pedro Carreiro Salema
Aires Furtado de Mendonca – Cecilia de Andrade Carneiro

Sendo que a colocacao de Aires Furtado e Cecilia de Andrade foi sugestao minha. Distracao dificil de entender. Na verdade, a menos que o casal de pais de dona Maria Furtado usasse dois nomes diferentes, ha um grande engano na postagem do site desde o inicio. Todas as literaturas brasileiras que tenho consultado tem sido unanimes em afirmar que Aires Furtado de Mendonca e d. Cecilia de Andrade Carneiro foram os pais de d. Maria Furtado de Mendonca, esposa do mestre de campo Luis Barbalho Bezerra.

Inclusive ha uma afirmacao interessante no enunciado da Revista do Instituto Geographico e Historico da Bahia: Edicao 61, no “Google Livros para ler”, com datacao de 1935. Ali se le: “19. Aires Furtado de Mendonca, casou-se com Cecilia Andrade Carneiro e teve filhos: Maria Furtado de Mendonca”. O que ha de interessante ai vem do fato de parecer que naquela literatura a familia Furtado de Mendonca esta descrita, dando-nos a esperanca de que atraves dela possamos aprofundar os estudos de nossas raizes. Como nao tenho acesso a mais que isso nem a disposicao financeira para comprar a obra, aguardarei noticias futuras.

No mesmo “Google livros” onde se encontram os “Estatutos do Instituto Historico e Geographico Brasileiro …, Volume 52”, de 1889, totalmente disponivel para leitura, esta especificado na pagina 311 que Luis Barbalho Bezerra casou com Maria Furtado de Mendonca, filha de Aires Furtado de Mendonca e Cecilia de Andrade Carneiro.

Numa consulta rapida ao Google descobri diversas pessoas importantes que portaram o sobrenome Furtado de Mendonca. A irma do explorador portugues Cristovao Furtado de Mendonca, D. Joana, por exemplo, casou-se com o D. Jaime, 4o. duque de Braganca, embora nao tenham tido descendencia. Cristovao de Mendonca foi o explorador portugues que chegou ate `a Australia.

A confusao no Geneall.net pode ter alguma razao. Acredito haver a possibilidade de Luis Barbalho Bezerra ter-se casado duas vezes mas o nome da primeira esposa estar ainda perdido no emaranhado da burocracia. Esta outra poderia ter sido filha de Pedro Carreiro Salema e Maria Nunes de Andrade. Somente assim ficaria explicado o aparecimento de uma filha dele com o nome Celia Carreiro. E no Volume 52 da instituicao historica brasileira nao constam os nomes nem da Celia nem do Jeronimo como filhos de d. Maria Furtado de Mendonca. Neste caso, eles poderiam ser irmaos completos e meio-irmaos dos filhos de Maria Furtado de Mendonca.

Nao tenho como tirar as provas disso. Porem deixo aqui estas observacoes para quem o puder, atente para a existencia da discrepancia. Assim talvez cheguemos ao esclarecimento de mais um misterio genealogico.

84. CIDADE POR CIDADE

Justificando agora a parte do titulo deste texto, farei a relacao das cidades onde encontramos nascimentos e/ou procedencia dos agregados `as Familias Barbalho, Coelho e Pimenta do Centro-Nordeste de Minas Gerais. Algumas vezes as pessoas pensarao que nao se justifica isso porque eh comum os casais terem nascido em cidades diferentes e se casado numa terceira. Porem, citarei os nomes das cidades e farei uma relacao de sobrenomes. Estes sobrenomes identificarao as familias provenientes da cidade citada e/ou o sobrenome criado para os filhos da uniao.

Ressalvo que nao perderei tempo de incluir Guanhaes e Virginopolis porque nelas as pessoas estao devidamente familiarizadas com os sobrenomes na familia. E eh dificil saber se alguns dos sobrenomes antigos permanecem nelas por causa dos desfalques causados pela gorda corrente migratoria que ja aconteceu a partir delas. Nelas nao faz muita diferenca os sobrenomes que as pessoas usam, boa parte das populacoes descendem dos mesmos ancestrais. O mesmo pode ser dito a respeito das outras cidades na regiao.

ABAETE, MG: Vaz Leao
ABRE CAMPO, MG: Ferreira, Ferreira de Magalhaes, Pinto
ACAICA, MG: Campos Coelho
ACESITA, MG: Carvalho Barbalho, Martins, Coelho Fialho, Coelho Magalhaes, Martins Coelho
ACUCENA, MG: Alves Coelho, Alves de Lima, Ferreira Ramos, Magalhaes, Moraes Siman, Rodrigues Coelho, Tiradentes Goncalves
AFONSO CLAUDIO, ES: Lopes Schwartz
AIMORES, MG: Bosser, Fortunato, Oliveira Coelho, Silva, Silva Matos
AIURUOCA, MG: Siqueira Pinto,
ALEGRE, ES: Coelho Louback, Melo, Melo Coelho, Vargas
ALEM PARAIBA, MG: Barbosa Coutinho
ALEMANHA (pais): Knipp
ALFENAS, MG: Coutinho, Lemos Domingues
ALMENARA, MG: Souto
AMAZONAS, AM: Campelo de Carvalho
ANDRE FERNANDES, atualmente, CACHOEIRA DO PAJEU, MG: Santana
ANTONIO DIAS, MG: Aranha Lima, Pinheiro de Freitas, Moreira
ARACUAI, MG: Almeida
ARAGUARI, MG: Aguiar, Aguiar Tiradentes
ARAMIRIM, MG (distrito de Acucena, ex-Jequitiba de Guanhaes): Coelho, Coelho Barroso, Miranda, Neves Barbosa
ARARUAMA, RJ: Coelho Ribeiro,
ARAXA, MG: Franca
ARGELIA (pais): Saadi
BAHIA, BA: Ferreira de Carvalho, Wanderley do Pinho, Silva
BARRA LONGA, MG: Rolla, Rolla Coelho, Vasconcelos Lana e Sousa
BARRA MANSA, RJ: Batista da Silva, Silva Viana,
BELEM, PA: Garcia Cota, Gualberto, Protasio Coelho
BELO HORIZONTE, MG: Aguiar Coelho, Aguiar Menezes Cavallieri, Aguilar, Alvarenga, Amaral, Amaral Haddad, Almeida Pinto, Alves Coelho, Alvim de Mello Franco, Amaral, Amaral Andrade, Andrade Catao, Andrade Hercy, Andrade Ladeira, Araujo Oliveira, Araujo Serra, Assis Coelho, Avila, Avila Rodrigues, Barbalho Aguiar, Barbalho Braga, Barbalho Coelho, Barbalho Gomides, Barbalho Meira, Barbosa, Barbosa Coelho, Barroca, Batista, Batista Ferreira, Bellezia, Botelho Coelho, Braga Coelho, Braga Coelho de Oliveira, Braga de Souza, Bravo Ferreira da Silva, Cafe, Cafe Birman, Cafe de Souza Novais, Cafe Moratti, Camilo de Assis, Campos Bandeira, Campos Coelho, Campos de Salles Coelho, Campos Silva, Carpentiere de Andrade, Carvalho de Aguiar, Carvalho Silva Ferreira, Catao Vilela, Cavallieri, Chagas, Chagas Cunha Coelho, Coelho Andrade, Coelho Albuquerque, Coelho Amaral, Coelho Avelar, Coelho Barbalho de Almeida Pinto, Coelho Bachour, Coelho Barbosa, Coelho Batista, Coelho Climaco, Coelho Conde, Coelho de Andrade, Coelho do Amaral, Coelho dos Santos, Coelho Ferreira, Coelho Galvao, Coelho Leao, Coelho Linhares, Coelho Lott, Coelho Louback, Coelho Rebuzzi, Coelho Rodrigues, Coelho Serra, Coelho Teixeira, Coelho Vasconcelos, Coelho Vianna, Costa, Coutinho Mendonca, Coutinho Moravia, Coutinho Pereira, Coutinho Pereira do Amaral, Coutinho Shimabukuro, Cunha Coelho, Dias, Dilorio Andrade, Drumond Amaral, Drubscky de Campos, Duarte Coelho, Duarte Vaz, Fantini, Faustini, Fernandes Soalheiro, Ferreira, Ferreira Cafe, Ferreira Coelho, Ferreira da Silva, Ferreira Lott, Figueiredo, Flores Lopes, Franca Aguiar, Franca Guabiroba, Freitas Coelho, Fonseca Braga, Fonseca Coelho, Fontana, Fontana Meira, Franzem de Lima, Galvao, Garofalo, Garofalo Carvalho Coelho, Geraldi, Gesteira, Gesteira Coelho, Goncalves Menezes, Hercy Coelho, Hercy Silva, Hermeto Coelho, Hermeto Correa da Costa, Hermeto Magalhaes, Kangussu Ferreira, Knipp, Knipp Ladeira, Lage Meira, Lamego Ferreira da Silva, Lopes de Moura, Lott Carvalho, Lott Peixoto, Lourenco Catao, Lourenco Silva, Machado, Machado Coelho, Magalhaes Andrade, Magalhaes Figueiredo, Magalhaes Viana, Marques Linhares, Mendes, Mendes Barbalho, Magalhaes, Magalhaes Cruz, Magalhaes Viana, Malaggie, Malaggie de Magalhaes, Marques Lisboa, Marques Oliveira, Martinho Goncalves, Martinho Ribeiro, Martins Vieira, Martins Vieira Coelho Ferreira, Mascarenhas Cafe, Matos Menezes, Meira Machado, Mendes Coelho, Messias Machado, Miranda, Miranda Coelho, Miranda de Menezes, Miranda Ferreira, Moura, Moura Magalhaes, Mourao Meira, Nogueira, Nogueira Coelho, Nunes Braga, Nunes Coelho, Nunes Coelho Cerqueira Pereira, Nunes Coelho Fantini, Nunes Coelho Lana e Sousa, Nunes Matos, Oliveira Coelho, Pinel Bitencourt Silva, Reis Queiroz, Rodrigues Coelho, Sotto Mayor Filizola, Oliveira, Oliveira Bellezia, Oliveira Coelho, Ottone Coelho de Pinho, Ottone de Pinho, Pena, Pena Amaral, Pereira Coelho, Pereira de Mendonca Procopio, Pereira do Amaral, Pires de Alvarenga, Praeiro Coelho, Reis Leao, Ramos de Magalhaes Barbalho, Rezende, Rezende Coelho, Rezende do Amaral, Ribeiro Coelho, Ribeiro Hercy, Rocha Coelho Pires, Rodrigues Coelho, Rodrigues Cruz, Rosa, Rosa de Magalhaes, Santana, Santana Bicalho, Santana Coelho, Saraiva Coelho, Silva, Silva Magalhaes, Silva Neto, Silva Viana, Soares, Soares de Melo, Soares Pontes, Souto Lucio de Oliveira, Souza Carvalho Coelho, Souza Coelho, Tavares, Teixeira de Oliveira, Torres Coelho, Valadares Coelho Batista, Vaz de Melo, Vaz de Melo Bravo, Veloso, Viana Braga Torres, Viana Lessa Batista, Viana Pinto, Vidigal Ferreira, Vilaca, Vilaca Painhas, Vilela, Villany de Andrade, Villas Boas Coelho, Wilki Andrade, Zicker,
BETIM, MG: Saraiva
BIAS FORTES, MG: Paulino de Oliveira,
BOA ESPERANCA, MG: Silva, Silva Coelho,
BOM DESPACHO, MG: Batista dos Santos
BORBA GATO (Distrito de Ferros), MG: Campos, Vieira
BRASILIA, DF: Coelho de Andrade, Coelho Miranda, Coelho Sena, Coelho Serra, Coelho Serra Goncalves, Coelho Serra Goncalves Barbalho, Coutinho Moravia, Gusmao Jacob Miranda, Jacob Gusmao, Magalhaes, Magalhaes Coelho, Magalhaes Martins, Magalhaes Nunes, Mendes de Magalhaes Barbalho, Miranda Batista, Miranda Campos, Miranda Coelho, Pereira Sena, Silva Coelho, Vieira Barbalho
BRAUNAS, MG: Alves, Furbino da Silva, Guimaraes Lage, Pereira, Siman,
BREJAUBINHA, MG: Soares Santos,
BRIGHTON, MA, USA: Andrade de Magalhaes Barbalho,
BRUMADO, BA: Meira
BRUMADINHO, MG: Barbosa
CACHOEIRA DO ITAPEMIRIM, ES: Ribeiro Tavares,
CAETANOPOLIS, MG: Coelho Soares, Silva
CAETE, MG: Dias, Dias Magalhaes, Pinheiro da Silva
CAETITE, BA: Carvalho
CAMAPUA, BA: Simao Coelho
CAMPANARIO, MG: Nunes Coelho, Pinheiro Oliveira, Salomao Nunes,
CAMPINAS, SP: Amorim Cafe, Magalhaes, Magalhaes de Castro
CAMPO BELO, MG: Abreu, Almeida Magalhaes, Vilela
CAMPO GRANDE, MS: Filiu Albuquerque
CAMPOS, RJ: Marques, Quitete
CANTA GALO, MG: Carvalho, Carvalho da Fonseca, Carvalho da Rocha, Nunes Coelho
CONTAGEM, MG: Rezende Coelho
CAPITOLIO, MG: Gomes Cunha
CARANDAI, MG: Silva
CARANGOLA, MG: Letiere Silva
CARATINGA, MG: Carvalho, Coelho Paranhos, Ferreira de Souza, Magalhaes Menezes, Marcal, Meireles, Nascimento, Pinheiro da Silva, Vieira Neto
CARMO DA MATA, MG: Rios Dias
CARMO DO PARAIBA, RJ: Noronha e Silva
CASTELO, ES: Perim
CEARA, CE: Gomes da Silva, Nunes
CENTRAL DE MINAS, MG: Oliveira
COLARES, Portugal: Carvalho
COLATINA, ES: Bronzoni, Coelho dos Santos
CONCEICAO DAS ALAGOAS, AL: Ambrosio de Morais, Ferreira de Souza
CONCEICAO DO IPANEMA, MG: Coelho Albuquerque, Soares
CONCEICAO DO MATO DENTRO, MG: Barbalho, Carvalho e Silva, Coelho da Rocha, Coelho de Magalhaes, Moreira Ferreira, Pereira, Pinto Coelho, Rodrigues da Rocha, Villa Real,
CONSELHEIRO LAFAIETE, MG: Coelho Duarte, Coelho Sampaio, Machado Sampaio
CONSELHEIRO PENA, MG: Siqueira, Siqueira Barbosa
CONTAGEM, MG: Catao da Costa, Coelho da Costa, Oliveira, Oliveira Coelho,
COROACI, MG: Coelho de Oliveira, Coelho Neto, Coelho Xavier, Figueira, Nunes Coelho, Oliveira, Rodrigues, Xavier
CORONEL FABRICIANO, MG: Barbosa, Coelho, Coelho Dias, Dias Correa, Guimaraes Carvalho, Vilela Barroso
COSTA SENA, MG: Ottone
CURVELO, MG: Alvarenga Valadares, Caldeira Coelho, Gomes Viana, Pena Mascarenhas
CUIABA, MT: Praeiro
CUITE, PB: Amorim,
DOM JOAQUIM, MG: Almeida Pires, Nunes Coelho, Pires Figueiredo
DOM SILVERIO, MG: Ribeiro
DORES DE GUANHAES, MG: Barroso, Bretas, Dias Duarte
DIAMANTINA, MG: Azevedo, Bicalho, Carvalhaes, Carvalho Soares, Campos Nelson, Flecha, Leite, Rocha, Pimenta
DIVINOLANDIA, MG: Andrade, Aquino, Coelho, Coelho de Aquino, Coelho Perpetuo, Cunha Menezes, Fernandes Soalheiro, Figueiredo, Magalhaes, Magalhaes Silva, Menezes, Pereira, Santos, Silva, Silva Coelho, Souza
DRUMMOND, MG: Brandao
DUMAS, USA: Cloret,
ESPIRITO SANTO (Estado): Diniz Rocha, Gomes, Perim
ESTADOS UNIDOS: Kinzo Coelho, O’Connell
FELICINA (Distrito de Acucena), MG: Miranda, Miranda Coelho, Nunes,
FERROS, MG: Dias, Santos, Silva
FLORIANOPOLIS: Barbalho Bezerra, Soares Coelho
FOLHA LARGA, MG: Penha Neto
FORMIGA, MG: Tonelli Vaz, Toscano de Brito
FORTALEZA, CE: Bezerra Coelho, Botelho, Nascimento Bezerra, Saraiva Pontes
FORTLAUDERDALE, FL, USA: Barbalho Werner, Lewis Chadwisk
FRAMINGHAM, MA, USA: Andrade de Magalhaes Barbalho, Barbosa Meira, Cintra Hachicho, Figueiredo Barbalho, Handsen Silva Coelho, Pereira Barbalho, Reis Hachicho,
FRUTAL, MG: Amaral
FUNDAO, BA: Franca
GALILEIA, MG: Lopes de Carvalho
GOIANIA, GO: Coelho Oliveira, Ferreira,
GOIANINHA, RN: Barbalho Simonetti
GONZAGA, MG: Andrade, Araujo e Silva, Fonseca, Reis de Carvalho, Soares de Andrade, Soares de Oliveira, Souza Coelho, Souza Figueiredo, Souza Silva, Vieira de Araujo, Vieira de Carvalho
GOUVEIA, MG: Alves Ferreira, Carvalho, Carvalho da Fonseca, Carvalho de Souza
GOVERNADOR VALADARES, MG: Aguiar Coelho, Aguiar de Lima, Aguiar de Oliveira, Aguiar Ferreira, Aguiar Gomes, Aguiar Menezes, Aguiar Moreira, Albergaria Magalhaes, Almeida Tiradentes, Alvarenga Souza, Alves Teixeira, Alves de Aquino, Amaral Andrade, Amaral Coelho, Amorim Aguiar, Andrade Magalhaes, Aniceto de Magalhaes, Aquino Coelho, Aranha, Armond Coelho, Azevedo Magalhaes, Bachour Coelho, Barbalho de Andrade, Barbalho Diniz, Barbalho Drubscky, Barbalho Gama, Barbalho Gualberto, Barbalho Lage, Barbalho Leal, Barbalho Marques, Barbalho Milholo, Barbalho Paulino, Barbalho Rocha, Barbalho Silva, Barbalho Soares, Barbalho Teixeira Mota, Barbalho Vargas, Barbalho Vieira, Barbalho Zandomenico, Barra, Barros, Bastos, Bastos Coelho, Batista Coelho, Batista Neto, Betine Coelho, Borges Coelho, Bretas, Brito Gross, Bronzoni Barbalho, Bumachar, Cabral Coelho, Caetano Pimentel, Campos Coelho Mourao, Cangussu Barbalho, Carneiro, Carvalho, Carvalho Coelho, Castelo Branco, Castelo Branco Coelho, Castelo Branco de Paula, Cecato, Chinaglia Breda, Coelho Aguiar, Coelho Araujo, Coelho Argolo, Coelho Bitencourt, Coelho Bretas, Coelho Carvalhais, Coelho Cecato, Coelho Coutinho, Coelho Cunha, Coelho da Silva, Coelho Dantas, Coelho de Andrade Horta Barbosa, Coelho de Freitas, Coelho do Amaral, Coelho Fava, Coelho Fortunato, Coelho Moraes, Coelho de Paula, Coelho de Oliveira, Coelho de Souza Lima, Coelho dos Santos, Coelho Dias, Coelho Ferreira, Coelho Leal, Coelho Leao, Coelho Magalhaes, Coelho Merlo, Coelho Mesquita, Coelho Miranda, Coelho Oliveira, Coelho Paranhos, Coelho Resende, Coelho Rodrigues, Coelho Saraiva, Coelho Vivian, Costa Coelho, Cunha Coelho, Cunha Mafra, Cunha Magalhaes Menezes, Delgado Barbalho, Dias Coelho, Dias Magalhaes, Dias Pinheiro, Dutra, Dutra Coelho, Farias Coelho, Fernandes Raldway, Ferraz Aguiar, Ferreira Aguiar, Ferreira da Silva, Ferreira de Souza, Ferreira Pires, Ferreira Souto, Fonseca, Fraga Moreira, Franca Aguiar, Franca Ferreira, Franco, Freitas, Freitas Barbalho, Freitas Coelho, Garcia Barbalho, Garcia Martins, Girelli, Girelli Coelho, Gomes Coelho, Gomes de Barros, Gomes Soares, Goncalves, Goncalves Coelho, Havas Carvalhais, Hermeto Coelho, Hercy Coelho, Hercy de Oliveira, Hercy Santos, Hercy Silva, Horta, Lacerda Cabral, Laert, Lagares Pessoa, Lana Aguiar, Leal Cordeiro, Leal de Menezes, Leao, Leite, Leite Coelho, Leite Nunes Coelho, Liborio Soares, Lima de Magalhaes, Lorentz, Lorentz Coelho, Luhchal Amaral, Machado Barbalho, Magalhaes Barbalho, Magalhaes Barbalho Nunes Pinto, Magalhaes Cangussu, Magalhaes Coelho, Magalhaes Menezes, Magalhaes Aranha, Magalhaes Camilo, Magalhaes Paula, Magalhaes Siman, Magalhaes Souto, Magalhaes Vilela, Marcal de Oliveira, Marcal Coelho, Mariano de Magalhaes Barbalho, Marques Leal, Martins Bretas, Martins de Magalhaes, Martins Ferreira, Martins Guedes, Martins Perpetuo, Martins Perpetuo Barbalho, Melo Coelho, Mendes de Andrade, Mendonca Coelho, Menezes Amaral, Menezes da Cunha, Menezes Guedes, Menezes Peres, Menezes Pimentel, Metzker, Miranda Magalhaes, Miranda Menezes, Monteiro de Andrade, Moreira, Moreira Coelho, Moreira de Magalhaes Barbalho, Murta, Murta Coelho, Nascimento Braga, Negri Coelho, Neiva Ferreira, Nery Pimenta, Neves Ferreira, Oliveira Ferreira, Oliveira Mariano, Oliveira Pires, Pereira Barbalho, Nogueira Dias, Nunes Abreu, Nunes Coelho, Nunes Coelho Siqueira Pinto, Oliveira F., Oliveira de Magalhaes, Pacheco Guabiroba, Pacheco Pedra, Paula Coelho, Paula de Magalhaes Barbalho, Paula Souza Lima, Pedra, Pedra de Magalhaes, Pereira, Pereira Coelho, Perim, Perim Xavier, Perpetuo, Perpetuo Coelho, Perpetuo Franco, Pinheiro da Silva, Pinheiro Dias, Pinheiro Menequine, Pinto Bessa, Pinto Bessa Magalhaes, Pinto Coelho, Pires Ferreira, Pires Pinheiro, Rabello Ferreira, Raminho Coelho, Rezende Albergaria, Ribeiro, Ribeiro Coelho, Rios Dias, Rocha Barbalho, Rodrigues Coelho, Rodrigues Miranda, Sabino Aguiar, Santana, Santos Coelho, Silva, Silva Aguiar, Silva Almeida, Silva Guabiroba, Silva Magalhaes, Silva Pinheiro, Simao Coelho, Simoes, Simoes Coelho, Soares Gama, Soares Magalhaes, Soares Magalhaes Souto, Souza, Souza Aguiar, Souza Coelho, Souza Lima Coelho, Stocchi Campos Coelho, Teixeira Costa, Vargas de Paula, Vieira, Vieira Menezes, Zandomenico, Zanon Magalhaes
GRANADA, ??: Magalhaes Vieira
GRAVATAI, RS: Azevedo, Barbalho, Peixoto
GUAPARE, RS: Vivian
GUARANI, MG: Noronha Mendonca
GUAXUPE, MG: Villas Boas
GUIDOVAL, MG: Oliveira
GUIRICEMA, MG: Almeida
HUDSON, MA, USA: Lam Barbalho
IAPU, MG: Pinho,
IBETETUBA, BA: Silva
IBIA, MG: Costa Serra, Fonseca da Costa, Terra
IMPERATRIZ, MA: Barbalho Zandomenico
INHAPIM, MG: Carvalho,Silva
ILHEUS, BA: Pereira da Silva,
IPANEMA, MG: Teixeira,
IPATINGA, MG: Barbalho Alves, Barreto Coelho, Bretas Ferreira, Coelho Bachour, Coelho Barbosa, Coelho Bretas, Coelho de Andrade, Cunha Mafra, Faustini Coelho, Guimaraes Rodrigues Coelho, Rodrigues Coelho, Rocha Coelho Pires, Rodrigues Coelho, Sirio Coelho, Souza Lima Coelho, Vilela Barroso
ITABAIANA, BA: Ferreira da Silva
ITABIRA, MG: Barbalho, Barros, Ferreira, Filgueiras, Hercy de Oliveira, Magalhaes, Magalhaes Barbalho, Martins da Costa, Miranda Coelho, Oliveira, Siman de Oliveira
ITABIRINHA, MG: Paula Brandao
ITABIRITO, MG: Dilorio, Gouveia, Gouveia Coelho, Nunes da Silva, Oliveria Braga, Rofrigues, Telles Coelho,
ITAJUBA, MG: ??
ITALIA (pais): Nicatsi ou Nicatigi, Pignataro (Pinhataro), transformado em Pinheiro da Silva, Marcatti
ITAMARANDIBA, MG: Fernandes Guabiroba,
ITAMBACURI, MG: Dias Pereira, Fernandes Scofield, Magalhaes, Magalhaes Barbalho, Magalhaes Coelho, Magalhaes Scofield, Monteiro, Monteiro Magalhaes, Pinheiro Scofield, Scofield, Silva Scofield
ITAMBE DO SERRO, MG: Aguiar,
ITANHOMI, MG: Gomes Andrade
ITAPECIRICA, RJ: Lamounier Pereira, Lamounier Pereira Coelho
ITAPERUNA, RJ: Armond, Armond Coelho,
ITAUNA, MG: Moravia de Carvalho, Nogueira do Amaral
ITUETA, MG: Fava, Coelho Fava
ITUMBIARA, SP: Alves Pires
JAICOS, PI: Figueira de Matos
JANAUBA, MG: Silveira Coelho
JANUARIA, MG: Ferreira Lima, Queiroz Braga, Senna Normanha
JEQUIE, BA: Campos, Campos Magalhaes, Eca de Argolo,
JEQUITIBA, MG (distrito de Acucena que passou a chamar-se ARAMIRIM): Soares
JEQUITINHONHA, MG: Amorim Pinto, Gil dos Santos,
JOAIMA, MG: Kangussu S.
JOAO MONLEVADE, MG: Moreira Pinto, Pinto,
JOAO NEIVA, ES: Negri
JOAO PESSOA, PB: Silva, Silva Delgado
JOAO PINHEIRO, MG: Goncalves Menezes
JUIZ DE FORA, MG: Andres Ribeiro de Oliveira, Coelho Mendonca, Coelho Queiroz, Cruz, Dantas, Furtado de Mendonca, Guedes Magalhaes, Hungria, Rodrigues Coelho, Souza
LAGINHA, MG: Alvim Drumond Lage, Campos Ribeiro, Goncalves da Silva, Miranda
LAMBARI, MG: Souza
LARANJA DA TERRA, MG: Werner
LAVRAS, MG: Olenka de Azevedo
LAZAR DO PRAGA, MG: Gomides
LEOPOLDINA, MG: Cunha de Magalhaes
LISBOA, Portugal: Ferreira
MACAPA, RR: Pacheco
MACHADO, MG: Coelho Rocha
MALACACHETA, MG: Teles Himer,
MANAUS, AM: Gama Cerqueira Pereira, Gualberto Coelho
MANHUACU, MG: Lemos Birman, Silveira
MANHUMIRIM, MG: Freitas, Marone Miranda
MATO VERDE, MG: Dias Correa, Siveira, Silveira Coelho
MARIANA, MG: Barbalho, Gentil Gomes Candido, Souza, Souza Novais
MARLIERIA, MG: Gonzaga de Andrade Castro
MATIPO, MG: Leal Mafra
MENDES, RJ: Silva,
MESQUITA, MG: Barroso de Assis, Oliveira Barbosa, Oliveira Barroso
MIMOSO DO SUL, RS: Menequine
MONTE CARMELO, MG: Mendes Andrade, Paranhos
MONTES CLAROS, MG: Campos Leite, Gomes do Amaral, Magalhaes Gervasio
MORADA NOVA, MG: Telles
MORRO DO PILAR, MG: Coelho da Rocha Ribeiro,
MURIAE, MG: Freitas, Pinheiro de Freitas
MURICY, AL: Barrao Cajueiro
MUTUM, MG: Henrique, Lima de Paula, Mesquita da Conceicao
NEWARK, NJ, USA: Barbosa Meira,
NACIP RAIDAN, MG: Coelho de Oliveira
NAQUE, MG: Diniz, Rettich
NAVEGANTES, BA: Coelho
NOVA CANAAN, BA: Neto
NOVA ERA, MG: Barbalho Vargas, Coelho de Lima, Gervasio, Magalhaes Gervasio
NOVA LIMA, MG: Duarte
NOVA VENEZIA, ES: Magalhaes do Carmo
OLIVEIRA, MG: Haddad, Resende
OURINHOS, MG: Franca Guabiroba,
OURO PRETO, MG: Magalhaes, Magalhaes Cruz, Moratti, Santos Painhas,
PAINS, MG: Rabello
PAO DE ACUCAR, AL: Vieira
PARA DE MINAS, MG: Hermeto, Mendonca,
PARACATU, MG: Adjuto Wachsmuth, Amaral, Batista, Borges, Borges Coelho, Cardoso Naves, Castro Tavares, Coelho Naves, Coelho Wachsmuth, Faria, Faria Coelho, Hachicho Coelho
PARAGOMINAS, PA: Nunes Coelho
PARAGUACU, MG: Andrade
PARAGUAI (pais): Kioyasu Shimabukuro
PARAIBA DO SUL, RJ: Oliveira
PARANA, PR: Kinzo
PARAOPEBA, MG: Figueiredo
PASSA QUATRO, MG: Garcia
PASSA TEMPO, MG: Amorim
PASSOS, MG: Beraldo de Oliveira, Hachicho Coelho, Marques, Silveira Beraldo
PATROCINIO, MG: Amaral,
PAVAO, MG: Pereira Rocha,
PECANHA, MG: Albuquerque, Cardoso, Cardoso Coelho, Coelho, Coelho Leao, Fernandes Raldway, Leal de Carvalho, Melo Pereira, Menezes Guedes, Pereira, Nunes Coelho, Pimenta, Rondas Pimenta, Vilela Barroso
PEDRO LEOPOLDO, MG: Coelho da Silva, Lessa Batista, Portela da Silva, Silva
PENHA DO CASSIANO, MG: Gomes de Oliveira,
PESCADOR, MG: Costa
PINHEIROS, MG: Campos,
PIRAPORA, MG: Cardoso de Souza, Moreira Catao, Rodrigues Moreira,
PITANGUI, MG: Amaral
PIUNHI, MG: Soares
POCOES, BA: Franca
POMPEU, MG: Santana
PONTE NOVA, MG: Avelar, Vieira de Vasconcelos, Pinheiro, Souza Climaco, Tensal
PORTEIRINHA, MG: Costa Martins
PORTO ALEGRE, RS: Beck
PORTUGAL (pais): Condes, Painhas
POTE, MG: Gomes
PRESIDENTE BERNARDES, MG: Coelho Barroso,
RAUL SOARES, MG: Rocha
RECIFE, PE: Albuquerque, Fernandes Ribeiro, Oliveira
RIFAINA, SP: Magalhaes Barbalho
RIO CASCA, MG: Braga, Lana, Vianna
RIO DAS CONTAS, BA: Senna,
RIO DE JANEIRO, RJ: Aguiar, Aguiar Medeiros, Andrade, Almeida, Almeida Magalhaes, Almeida Magalhaes Medeiros, Alvares Pereira, Andrada Tostes, Baldin Milholo Caldas Brito, Barbalho Bezerra, Barbalho e Silva, Barbalho Paulino, Barbosa, Betine, Borges Monteiro, Breda de Matos, Cardoso, Coelho Botton, Coelho Garcia, Coelho Louback, Coelho Marques, Coelho Oliveira, Coelho Vilela, Costa, Costa Barbalho, Coutinho de Moura, Dias Farias, Freire Hermeto, Leme, Lemos, Lima, Magalhaes Amaral, Pimenta de Carvalho, Pimenta de Souza, Pimenta Teles, Rodrigo Otavio, Teles de Meneses, Tostes Almeida Magalhaes, Vasconcelos Amaral, Vaz Barbalho, Viana Barbosa, Xavier, Xavier Amaral, Xavier Hermeto,
RIO VERMELHO, MG: Camara
SABARA, MG: Batista, Ferreira, Lamego, Lessa Batista,
SABINOPOLIS, MG: Amaral, Barroso, Barroso Mourao, Borges do Amaral, Borges Monteiro, Carvalho, Carvalho da Fonseca, Carvalho do Amaral, Monteiro, Nunes Coelho, Nunes Rabelo, Pereira do Amaral, Pimenta, Pimenta Mourao, Pinho, Pinho Mourao, Polidoro Monteiro, Queiroz, Rodrigues Rocha, Tolentino Monteiro,
SAID, Libano: Hachicho
SALTO DA DIVISA, MG: Oliveira
SALVADOR, BA: Andrade Garrido Cima, Costa Serra, Garrido Cima,
SANTA BARBARA, MG: Coelho Batista, Figueiredo
SANTA CATARINA, SC: Martins
SANTA FE DE MINAS, MG: Perena Goncalves
SANTA EFIGENIA DE MINAS, MG: Almeida Martins, Alves Pinto, Alves Martins, Andrade, Araujo Souza, Coelho, Coelho Cunha, Coelho da Silva, Coelho Perpetuo, Coelho Souza, Cunha, Martins da Silva, Martins de Souza, Menezes Goncalves, Perpetuo, Pereira, Pereira Guerra, Pinto, Roberto, Roberto Martins, Silva, Souza Coelho
SANTA MARIA DE ITABIRA, MG: Cabral Pires, Mesquita Pires,
SANTA QUITERIA, CE: Porto
SANTA TEREZA, ES: Merlo
SANTIAGO, RS: Carvalho
SANTO ANDRE, SP: Rebuzzi
SANTO ANTONIO, ??: Carvalho, Salgado
SANTOS, SP: Franca Aguiar, Mendes
SANTOS DUMONT, MG: Lima
SAPUCAIA DE GUANHAES, MG: Campos, Campos Coelho, Carvalho, Coelho Chaves, Coelho Lopes, Coelho Pinheiro, Dias Chaves, Fabri Leite, Leite, Lopes do Carmo, Magalhaes Coelho, Nunes Leite, Rodrigues Coelho, Silva Coelho, Soares
SAO DOMINGOS DO PRATA, MG: Bachour, Braga Torres, Pinto Coelho,
SAO FELIPE, ES: Rocha,
SAO GERALDO DA PIEDADE, MG: Coelho, Coelho da Silva, Silva Coelho
SAO GONCALO DO SAPUCAI, RJ: Magalhaes Ambrosio,
SAO GOTARDO, MG: Ladeira
SAO JOAO EVANGELISTA, MG: Amaral, Amaral Andrade, Bicalho, Borges do Amaral, Campos Goncalves, Evangelista Amaral, Ferreira, Nunes Coelho, Oliveira, Pascoal, Queiroga, Queiroga Lasmar, Queiroga Tamm, Silva Pires, Ribeiro, Rocha, Teixeira da Silva,
SAO JOAO DEL REI, MG: Magalhaes Viana, Teixeira de Vasconcelos,
SAO JOSE DO JACURI, MG: Alves, Alves Ferreira, Carvalho, Carvalho de Souza
SAO LUIZ, MA: Barbalho Teixeira Mota, Teixeira Mota,
SAO PAULO, SP: Andrade Coelho, Andrade Magalhaes, Campos, Catto, Catto Coelho, Guimaraes, Iassudo, Kioyasu Shimabukuro, Magalhaes Ambrosio, Ribeiro Coelho, Rodrigues de Leao Coelho, Stocchi, Viesti,
SAO PEDRO DOS FERROS, MG: Peres
SAO PEDRO DO SUACUI, MG: Carvalho, Carvalho da Fonseca
SAO VICENTE, ??: Flores Lopes
SARDOA, MG: Magalhaes Vieira, Pereira, Pereira Coelho, Lino,
SENHORA DO PORTO, MG: Almeida, Marques, Silva
SERRA, ES: Ribeiro Carmo,
SERRO, MG: Barbosa Fiuza, Borges Monteiro, Barbosa Moreira, Coelho de Senna, Ferreira Salles, Generoso de Lima, Leao Freire, Pinheiro da Silva, Pinho Oliveira, Salles Coelho, Silva Reis, Souza Azevedo, Vasconcelos,
SETE LAGOAS, MG: Coelho, Maia,
SOBRALIA, MG: Neves da Silva
SOC TRANG, Vietnam: Lam
TAMBORIL, CE: Freire Bandeira
TAQUARITINGA, SP: Andrade
TARUMIRIM, SP: Campos Coelho, Coelho Araujo, Coelho Magalhaes, Ferreira de Resende, Oliveira Araujo, Raminho
TAUBATE, SP: Medeiros Ambrosio
TEOFILO OTONI, MG: Barbosa, Barreto, Camilo, Cangussu, Carvalho, Franca, Lins Leal, Magalhaes, Pinheiro Cangussu, Scofield
TIMOTEO, MG: Bronzoni Barbalho, Faustini,
TRES CORACOES, MG: Avelar, Avelar e Silva,
TRES PONTAS, MG: Chaves de Mendonca, Conde
TUMIRITINGA, MG: Liborio, Paula Costa
UBA, MG: Magalhaes Barbalho
UBERABA, MG: Rodrigues Borges, Magalhaes Cangussu,
UBERLANDIA, MG: Oliveira
VALENCA, RJ: Paciello Silva
VARGEM ALEGRE, MG: Oliveira, Oliveira Viana
VARGINHA, MG: Resende Paiva
VERMELHO NOVO, MG: Carvalho
VICOSA, MG: Araujo, Araujo Figueiredo, Ladeira, Soares Coelho, Torres
VIRGINIA, MG:
VIRGOLANDIA, EX-RAMALHETE, MG: Silva
VITORIA, ES: Coelho Fraga Moreira, Freotas, Gama Soares, Henrique Coelho, Liborio Soares, Magalhaes do Carmo, Magalhaes Siman, Pinheiro Ramos, Ramos, Sa, Sa Coelho, Teixeira Costa
VITORIA DA CONQUISTA, BA: Coelho de Andrade, Mendes de Andrade, Moreira
VOLTA REDONDA, RJ: Ferreira Barbosa, Freitas, Magalhaes Viana Freitas, Oliveira Viana, Viana e Silva

Considerem este capitulo apenas um resumo. Uma amostragem defasada da realidade. Isso se da porque nao temos em maos a atualizacao completa de nossa Arvore Genealogica. A maior referencia usada foi o livro: ARVORE GENEALOGICA DA FAMILIA COELHO, de autoria da Ivania Batista Coelho, que a publicou em 1.979. Temos em maos nesse momento apenas as atualizacoes da familia do bisavo Jose Baptista Coelho (Ze Coelho), sendo 1.996 a data desta e dos avos Cista/Dindinha Zulmira que retrata ate o inicio dos anos 2.000.

Outras atualizacoes que possuimos e que se encontram nos computadores nao foram usadas em sua totalidade. A razao eh o processo muito trabalhoso que seria acessar cada uma delas. Muitas nao estao devidamente confirmadas.

Este capitulo foi a parte mais trabalhosa desse texto. Mas valeu a pena porque deixo um bom material para os que precisarem pesquisar no futuro. Por meio dos nomes das cidades e dos sobrenomes presentes nelas, cada pessoa da localidade podera ter uma referencia qual o parentesco tera com a nossa familia Coelho. Caso alguem desejar aprofundar suas buscas, basta associar o presente texto ao site geneaminas.com.br. Buscando pelos sobrenomes naquele site poderao localizar os nascidos na cidade referencia com aqueles sobrenomes e, assim, poderao ter a resposta ao que procurarem.

85. IGREJA MAGESTOSA

Eh apenas um sonho meu. Mas vou partilha-lo com quem ler. O titulo ja existe. Salvo engano eh musica orquestrada por Wagner Tiso ou outro mineiro de peso musical. Eh maravilhosa.

Nada mais mineiro que o nosso mar de montanhas. Embora, o lado oposto do nosso do Estado seja plano e igualmente belo. Minas sao mesmo muitas. E grande.

Desde a minha infancia tinha o habito de subir o alto das serras ao redor de Virginopolis, so para parar um pouquinho e admirar a paisagem. Do alto a gente houve o eco do vozerio na cidade. Parece que o som eh amplificado e, possivelmente, com muita sensibilidade da para ouvir-se ate os cochichos. Mas, ao mesmo tempo, a paisagem nos da uma boa sensacao de paz. Principalmente dos altos em que o vozerio nao possa ser ouvido.

Nesses pontos calados e mais distantes eh que temos o melhor visual da paisagem. Sobretudo quando na noite anterior um arremesso de tempestade lavou as serras e pos abaixo o fumaceiro da poluicao do ar. Nos dias em que o sol desponta com toda a alegria e vivacidade suscitando a nossa morenice.

Assim se ve, parece ate que estamos usando binoculos de grande aumento, desde a Serra do Paraguai ou do Sao Bento, o magestoso Pico do Itambe. Era meu plano, nalguma oportunidade, subir os Tres Morros. Conta-se que de la se avista o Ibituruna. Nao duvido porque desde Virginopolis ao Itambe a distancia deve ser mais longa que dos Tres Morros ao Ibituruna. Da Serra do Sao Bento nao eh possivel avista-lo porque logo apos Divinolandia ha outra serra impedindo a visao. Porem os Tres Morros sao mais elevados.

Sobre essa imensa beleza na Terra vem o abobadado do ceu. Esse conjunto de coisas maravilhosas parecem formar uma igreja mais que magestosa. Eh algo transcendente. Tao admiravel que nao da vontade de descer a montanha, enquanto a noite nao apagar em parte o alcance da visao. Imagino que durante as noites se possa admirar, alem das estrelas e da Lua, o tremular das iluminacoes das cidades vizinhas, como se fossem lampioes na entrada das fazendas.

Foi dessas experiencias de juventude e dos tratos com nossas tradicoes mineiras que veio-me a ideia de um dia construir nos espigoes das serras da regiao os ”Caminhos dos Penitentes”. Seria uma versao mista, mistica e atletica, dos Caminhos de Santiago de Compostela.

O objetivo seria levar os penitentes a fazerem uma viagem interior. Ao mesmo tempo que teria uma visao exterior maravilhosa. Claro, haveria que ter-se diversos circuitos e mais de uma forma de percorre-los, para que fossem adaptados `as condicoes fisicas dos penitentes. Pelo que imagino, umas cinco ou mais cidades entrariam no circuito, os Caminhos se tornariam boa pista de treino para ultramaratonistas.

Nos altos mais planos eu pretendia construir Igrejas. Seriam pontos de apoio para descanso e refresco dos penitentes, ao mesmo tempo que serviriam de retiro espiritual. Nao com a intencao de privilegiar religiao alguma. Ao contrario. Todos os ramos religiosos que optassem teriam sua representatividade.

Os caminhos teriam, por outro lado, o poder de relembrar aos penitentes as dificuldades que os bandeirantes e nossos ancestrais enfrentaram para povoar nossa terra. Mesmo com os Caminhos sendo pavimentados e, por isso, tornados relativamente faceis de serem percorridos, levar-nos-a a imaginar como foi a vida sofrida por eles para penetrar as matas, sem estradas, e sem conhecer um rumo certo.

Claro, havera que, no entorno do Caminho, conservar e ampliar o que nos resta de natureza. Seria bom que os circuitos incluissem as cachoeiras, corregos e rios tao abundantes na regiao. Estes locais tambem poderiam ser incluidos como pontos de paradas.

Enfim, essa eh a sintese da ideia. Loucura? Nao menos que sensatez. Para os que pensarem a favor ou contra, sugiro que facam visitas aos cumes das montanhas quando sentirem a necessidade de algum retiro. Nao que os altos das montanhas tenham algum poder magico de solucionar nossos problemas. Nao sao eles que devem ser cultuados. Mas Aquele que esta acima de todas as coisas NA IGREJA MAGESTOSA CRIADA POR ELE.

86. BIBLIOGRAFIA

01. Pimenta, Demerval Jose. “A Mata do Pecanha, Sua Historia e sua Gente”. 1a. Edicao, Belo Horizonte, 1.966

02. Coelho, Ivania Batista. “Arvore Genealogica da Familia Coelho.” 1a. Edicao, Grafica Fiel, Governador Valadares. 1.979

03. Coelho, Ruth & Coelho, Mariza Martins. “Arvore Genealogica da Familia de Jose Batista Coelho” 1a. edicao, editora nao mencionada, Belo Horizonte, 1996.

04. Gomes, Laurentino (jornalista) ”1.808, Como uma rainha louca, um principe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleao e mudaram a Historia de Portugal e do Brasil”, 3a. edicao – Sao Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2.009.

05. Barbalho, Valquirio de Magalhaes. citado de memoria.