Posts Tagged ‘Goncalo Pimenta de Carvalho’

UM NOSSO LADO CRISTAO-NOVO E, TALVEZ, OUTRO PAULISTANO

July 22, 2015

UM NOSSO LADO CRISTÃO-NOVO E, TALVEZ, OUTRO PAULISTANO

 

CONTEÚDO DESTE BLOG – ALL CONTENTS
01. GENEALOGIA
https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/as-mais-novas-aventuras-genealogicas/
https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/a-autobiografia-do-monsenhor-otacilio-augusto-de-sena-queiroz-e-outros-textos/
https://val51mabar.wordpress.com/2017/11/13/a-familia-de-manuel-rodrigues-coelho-em-resumo/
https://val51mabar.wordpress.com/2017/03/11/a-historia-e-a-familia-barbalho-coelho-andrade-na-historia/
https://val51mabar.wordpress.com/2016/12/04/500-anos-de-historia-e-genealogia-da-presenca-barbalho-no-brasil/
https://val51mabar.wordpress.com/2016/10/22/encontro-jose-vaz-barbalho-mais-uma-vez-e-outras-noticias-para-a-familia-coelho/
https://val51mabar.wordpress.com/2016/03/25/os-rodrigues-coelho-e-andrade-do-carlos-drummond-em-minas-gerais/
https://val51mabar.wordpress.com/2015/05/10/nos-os-nobres-e-a-avo-do-juscelino-tambem-pode-ter-sido-barbalho-coelho/
https://val51mabar.wordpress.com/2015/03/07/algumas-notas-genealogicas-20142015/
https://val51mabar.wordpress.com/2015/07/22/um-nosso-lado-cristao-novo-e-talvez-outro-paulistano/
https://val51mabar.wordpress.com/2014/04/14/genealidade-e-genealogia-de-ary-barroso/
https://val51mabar.wordpress.com/2013/12/06/genealogias-de-familias-tradicionais-de-virginopolis/
https://val51mabar.wordpress.com/2013/05/30/barbalho-coelho-e-pimenta-no-site-www-ancestry-com/
https://val51mabar.wordpress.com/2012/09/11/barbalho-pimenta-e-talvez-coelho-descendentes-do-rei-d-dinis/
https://val51mabar.wordpress.com/2011/02/24/historico-do-povoamento-mineiro-genealogia-coelho-cidade-por-cidade/
https://val51mabar.wordpress.com/2012/07/02/familia-barbalho-coelho-no-livro-a-america-suicida/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/05/23/a-historia-da-familia-coelho-do-centro-nordeste-de-minas-gerais/
https://val51mabar.wordpress.com/2011/04/24/a-familia-coelho-no-livro-a-mata-do-pecanha/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/05/03/arvore-genealogica-da-familia-coelho-no-sitio-www-geneaminas-com-br/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/09/22/ascendencia-dos-ancestrais-jose-coelho-de-magalhaeseugenia-rodrigues-rocha-uma-saga-a-ser-desvendada/
https://val51mabar.wordpress.com/2013/01/17/a-heranca-furtado-de-mendonca-no-brasil/
02. PURA MISTURA
https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/mistura-que-se-mistura-da-bom-resultado/
https://val51mabar.wordpress.com/2015/10/03/meus-guardados-2015/
https://val51mabar.wordpress.com/2016/11/26/trumpando-o-eleitor/
https://val51mabar.wordpress.com/2016/06/08/conspiracoes-alienigenas-tesouros-desaparecidos-e-dominacao/
https://val51mabar.wordpress.com/2016/09/17/ridiculosamente-falando/
https://val51mabar.wordpress.com/2015/12/23/aliens-conspiracies-disappeared-treasures-and-dominance/
03. RELIGIAO
https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/que-a-paz-de-deus-seja-feita-em-todos-voces/
https://val51mabar.wordpress.com/2011/05/29/a-divina-parabola/
https://val51mabar.wordpress.com/2011/01/28/o-livro-do-conhecimento-de-deus/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/01/22/carta-de-libertacao/
04. OPINIAO
https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/das-vezes-que-opinei-na-vida-e-nao-me-arrependo/
https://val51mabar.wordpress.com/2018/04/07/a-verdade-nao-se-trata-de-nenhuma-teoria-de-conspiracao/
https://val51mabar.wordpress.com/2014/06/08/a-iii-gm/
https://val51mabar.wordpress.com/2013/01/03/israel-as-diversas-verdades-e-o-padececer-da-palestina-e-outros-textos/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/06/26/faixa-de-gaza-o-travessao-nos-olhos-da-humanidade/
https://val51mabar.wordpress.com/2013/05/12/neste-mundo-so-nao-eh-gay-quem-nao-quizer/
05. MANIFESTO FEMININO
https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/pelo-tempo-que-me-ausentei-me-perdoem/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/07/21/13-estrelas-mulher/
06. MISTO
https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/ah-que-mistura-boa-gente/
https://val51mabar.wordpress.com/2016/08/20/minhas-postagens-mais-recentes-no-facebook/
https://val51mabar.wordpress.com/2014/06/08/a-iii-gm/
https://val51mabar.wordpress.com/2013/11/06/trilogia-de-variedades/
https://val51mabar.wordpress.com/2012/07/02/familia-barbalho-coelho-no-livro-a-america-suicida/
https://val51mabar.wordpress.com/2015/01/25/03-o-menino-que-gritava-lobo/
https://val51mabar.wordpress.com/2015/01/25/minhas-postagens-no-facebook-i/
https://val51mabar.wordpress.com/2015/01/25/minhas-postagens-no-facebook-ii/
https://val51mabar.wordpress.com/2015/01/25/minhas-postagens-no-facebook-iii/
https://val51mabar.wordpress.com/2015/01/25/meus-escritos-no-facebook-iv/
https://val51mabar.wordpress.com/2015/02/14/uma-volta-ao-mundo-em-4-ou-3-atos-politica-internacional-do-momento/
07. POLITICA BRASILEIRA
https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/tudo-deu-errado-entao-nao-chora-conserta/
https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/se-nao-queria-que-isso-acontecesse-nao-deveria-ter-aceitado/
https://val51mabar.wordpress.com/2015/04/19/movimento-fora-dilma-fora-pt-que-osso-camarada/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/10/16/o-direcionamento-religioso-errado-nas-questoes-eleitorais-brasileiras/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/10/19/resposta-de-um-neobobo-ao-excelentissimo-sr-ex-presidente-fernando-henrique-cardoso/
https://val51mabar.wordpress.com/2011/08/01/miilor-melou-ou-melhor-fernandes/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/08/05/carta-ao-candidato-do-psol-plinio-de-arruda-sampaio/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/05/26/politica-futebol-musas-e-propaganda-eleitoral-antecipada-obama-grandes-corporacoes-e-imigracao/
08. IN ENGLISH
https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/space-until-to-the-end/
https://val51mabar.wordpress.com/2015/12/23/aliens-conspiracies-disappeared-treasures-and-dominance/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/06/02/the-nonsense-law/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/08/21/13-stars-woman/
https://val51mabar.wordpress.com/2011/10/05/the-suicidal-americaa-america-suicida/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/08/25/100-reasons-to-amnesty-the-undocumented-workers-in-united-states/
https://val51mabar.wordpress.com/2009/09/25/about-the-third-and-last-testament/
https://val51mabar.wordpress.com/2009/09/12/the-third-and-last-testament/
09. IMIGRACAO
https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/o-que-ha-de-novo-no-assunto-migracao/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/06/17/imigracao-sem-lenco-e-sem-documento-o-barril-transbordante-de-injusticas/

 

I PARTE

UM NOSSO LADO CRISTÃO-NOVO E, TALVEZ, OUTRO PAULISTANO – PRIMEIRA PARTE

                                                  CONTEM PARTES I, II, III & IV

Farei umas pequenas notas aqui, apenas para atualiza-los em relacao `a pesquisa de nossos ancestrais. Desejo resumir ao maximo para nao chatear quem for ler e ao mesmo tempo ganhar tempo, pois, estou saindo daqui a pouco para o acompanhamento medico de minha filha.
Bom, ja descobrimos que temos nossos ancestrais cristaosnovos. Na verdade essa eh uma constante em todas as familias brasileiras com origens ibericas. O que implica que portugueses e espanhois estao metidos nessas linhagens. Ter ancestral cristaonovo, entao, nao eh novidade alguma para ninguem. A novidade eh quando conseguimos encontrar o ramo genealogico que nos liga a ele.
Vou postar aqui a repeticao da linhagem. Assim temos:
quartavos:  Policarpo Jose Barbalho + Isidora Francisca de Magalhaes
quintavos:  Jose Vaz Barbalho + Anna Joaquina Maria de Sao Jose
sextavos:    Manoel Vaz Barbalho + Josepha Pimenta de Souza (hipotese)
setimavos:  Maria da Costa Barbalho + Manoel de Aguiar
oitavos:       Paschoa Barbalho + Pedro da Costa Ramires
nonavos:     Isabel Pedrosa + Jeronymo Barbalho Bezerra
decimavos: Cordula Gomes + Joao do Couto Carnide
undecimavos: Miguel Gomes Bravo + Isabel Pedrosa de Gouveia
duodecimavos: Rui Dias Bravo + Antonia Rodrigues
Dos quartavos Policarpo Jose Barbalho e Isidora Francisca de Magalhaes para frente trata o livro: “ARVORE GENEALOGICA DA FAMILIA COELHO”, de nossa prima: IVANIA BATISTA COELHO.
Por hipotese, tenho defendido que o avo Policarpo era neto de Manoel Vaz Barbalho e Josepha Pimenta de Souza. Isso porque Jose Vaz Barbalho, alem do sobrenome identico, nasceu no Serro e na epoca exata em que o casal vivia, produzindo sua descendencia, nas Freguesias daquele municipio.
Poderia ser filho de outras pessoas, porem, dificilmente nao teriam pelo menos uma relacao de tiavo e sobrinhoneto. Isso porque a presenca do sobrenome Barbalho `a epoca em que viveram, em todos os documentos revisados, nos dao indicios de que todos os portadores do sobrenome pertenciam ao mesmo ramo da familia, ou seja, aquela procedente de Pernambuco e descendente do governador Luiz Barbalho Bezerra e sua esposa Maria Furtado de Mendonca, supostos pais do Jeronymo Barbalho Bezerra.
(Ha uma pequena duvida deixada por Borges da Fonseca que, em sua obra Nobiliarquia Pernambucana, o da por filho de Felippe Barbalho Bezerra, irmao do mestre-de-campo e governador Luiz Barbalho Bezerra).
Na verdade, eu ando pesquisando estes ultimos dados sem o mesmo entusiasmo de outrora. Isso porque os indicios sao grandes, porem, ha a inconveniencia de termos lacunas em nossa genealogia, assim, nao ha como garantir com 100% de certeza que as coisas sejam como parecem ser.
Entre as lacunas existe o fato de termos todas as tradicoes afirmando que o nosso terceiravo FRANCISCO MARCAL BARBALHO era filho do padre POLICARPO JOSE BARBALHO. O que nos falta eh apenas descobrir isso escrito em algum documento de epoca.
Existe uma mencao encontrada numa edicao da Revista Genealogica Latina, em que trata de ancestrais do bispo D. Manoel Nunes Coelho, onde essa paternidade eh confirmada. Porem, a mesma edicao aponta o nome da esposa do Policarpo como Genoveva e afirma que a tereceiravo Eugenia Maria da Cruz, esposa do Francisco Marcal, seria filha do Joao Coelho de Magalhaes com a mae dela Luiza Maria.
O pai dela foi o Jose Coelho da Rocha e o Joao era irmao dele. Quando Francisco Marcal e Eugenia se casaram, entre 1845-8, Jose Coelho e Isidora Francisca, a mae de uma tia Genoveva e esposa do padre Policarpo, ja haviam falecido. Acredito que as presencas do padre Policarpo e tia Genoveva e do tio Joao e avo Luiza Maria na cerimonia do casamento pode ter confundido os que fizeram o levantamento genealogico do bispo. Eles podem ter visto a presenca dos nomes nos registros e interpretado o que estavam representando como se o fosse de fato.
Claro, temos tambem o detalhe da passagem dos ancestrais Jose para o Manoel. Seria bom encontrarmos pelo menos o registro de casamento dos avos Jose e Anna Joaquina, que deve ter se dado em Conceicao do Mato Dentro, por volta de 1760 ate 1790. Pode ser um pouco mais ou um pouco menos. Tal documento deve existir nos registros eclesiasticos em Conceicao ou, talvez, no Serro que era sede do municipio, sendo Conceicao uma de suas Freguesias.
Muitos documentos, como possiveis testamentos e inventarios poderao ser encontrados no Serro que era sede de Comarca. La deve encontrar-se o registro de casamento dos avos Manoel Vaz e Josepha Pimenta, mencionado pelo professor Dermeval Pimenta, no livro dele: “A MATA DO PECANHA, SUA HISTORIA E SUA GENTE”.
Ha que rever este documento, pois, precisavamos confirmar os ancestrais da avo Josepha. Existe uma pequena duvida quanto `a paternidade do pai dela. Nao ira mudar muita coisa mas eh preciso sanar a duvida para tornar nossa genealogica com maior conviccao de verdade.
Alem disso, gostaria de decifrar uma duvida, quase certeza, de que a mae da avo Josepha era afrobrasileira. Nao existe mencao ao nome dela no que eu saiba. Mas essa falta de mencao eh justamente o que leva `a suspeita. Isso eh importante para analisarmos a diversidade que temos em nossa genetica.
Sabendo, entao, que os ramos BARBALHO, PIMENTA e seus derivados descendem dos mesmos ancestrais, ou seja, da linhagem acima descrita, resta-nos ainda dar um pequeno passo alem. Ha que confirmarmos a paternidade de nossa quintavo, pelo ramo COELHO, EUGENIA RODRIGUES DA ROCHA. Segundo o professor Dermeval seriam: MARIA RODRIGUES DE MAGALHAES BARBALHO + GIUSEPPE NICATSE DA ROCHA os pais dela. Suspeito que dona MARIA RODRIGUES, nossa sextavo, tera sua raiz inserida na mesma sequencia acima descrita.
Isso significara que boa parte da populacao mineira, particularmente aquela procedente do CENTRO-NORDESTE DO ESTADO, tera em comum estes mesmos ancestrais. Obviamente, teremos outras raizes que se juntarao a esta exposta fazendo com que tenhamos em comum mais ancestrais com o restante da populacao mineira antiga.
Provavel sera que Minas Gerais, embora dividida em muitas familias, nao passara de familias procedentes do mesmo sangue. E este era o objetivo dos meus estudos. Decifrar essas congruencias. Mas a distancia entre mim e o Brasil neste momento me impede de concretizar este sonho.
Para facilitar, vou postar aqui alguns detalhes da vida de nossos ancestrais, que ando encontrando na internet. Tudo esta ainda em estado bruto. Mas ja da para fazer-se alguma ideia de como se da no geral. Segue entao:
1) “O Cristao-novo na obra de Carlos G. Rheingantz – Primeiras Familias do Rio de Janeiro”
Pag. 66
Gomes, Cordula (1). N. por volta de 1602 e fal. no Rio em 1702 (centenaria como sua mae), filha de Miguel Gomes Bravo e de Isabel Pedrosa. Nove irmaos. Casada no Rio em 1622 com Joao do Couto Carnide, pais…
2) “Primeiras Familias do Rio de Janeiro: F-M
Cordula Gomes 1602 + Rio (Se 7o., 44) a 10.11.1702, casada Rio (Se 1o., 41) a 6.2.1622. Joao do Couto Carnide + – 1592 + Rio (Se 3o. 10) a 14.4.1640.
3) “Os Cristaos-novos: Povoamento e Conquista do Solo Brasileiro, 1520-1680
Pag. 170
Seguintes: 1) Antonia Pedrosa (de Gouvea), que contraiu matrimonio por volta de 1615 com Belchior de Azeredo Coutinho, do Espirito Santo, e deixaram renomada descendencia; 2) Rui Dias Bravo, nascido cerca de 1597, casou com Maria de Oliveira e tambem deixaram filhos e bens. Em janeiro de 1669, ja no estado de viuva e de tutora de um neto, homonimo do avo….
? Convolou matrimonio por duas vezes, mas teve apenas uma filha. 4) Cordula Gomes, que casou com Joao do Couto Carnide e dele teve descendencia. 5) Ursula de Gouveia Pedrosa, a qual, enviuvando, casou com o mercador Marcos…..
4) “O Cristao novo na Obra de Carlos G. Rheingantz: Primeiras Familias do Rio de Janeiro”
pag. 67
Gouveia, Isabel Pedrosa de [1]. Casada com Miguel Gomes Bravo, pais de Maria Pedrosa [por volta de 1619] R.I., p. 417; II. p. 157
pag. ?
Bravo, Miguel Gomes (1). N. por volta de 1563; seria filho de RUI DIAS BRAVO e de ANTONIA RODRIGUES. Casado por volta de 1593, com Isabel Pedrosa. Filhos: RUI DIAS BRAVO (1597?); MARIA PEDROSA…
5) Os Cristaos Novos
pag. 113
Miguel Gomes Bravo fixou-se no Espirito Santo em 1585, ou pouco depois, e nesta capitania demorou longos anos, mantendo-se fiel ao espirito e `as tradicoes judaicas, os quais procurava reviver entre os …. Era casado com Isabel Pedrosa de Gouveia, tendo grande descendencia.
6) Revista Genealogica Brasileira, Edicoes 7-8
Indice, pag. 189
“Maria da Costa Barbalho, 34.”
7) “O cristao-novo na obra de Carlos G. Rheingantz: Primeiras Familias do Rio de Janeiro”
Barbalho, Pascoa. N. no Rio em 1650, filha de Jeronimo Barbalho Bezerra e de Isabel Pedrosa (judaizantes nas familias de ambos os pais). Casada no Rio a 19-1-1668 com Pedro da Costa Ramires, filho de Domingos…..
8) “Primeiras Familias do Rio de Janeiro – 1967 – Tomo II
… 1673 e fal. depois de 1706, filha de Amaro de Aguiar e de Francisca de Almeida. Ver Tomo 1, 21. Casado 2a. vez no Rio….
9) “Revista Genealogica Latina” – vol. 3 – pag. 54
…8) Joao Pimenta de Carvalho e Menezes e Maria Joana de Sa; Ele, nat. do Rio de Janeiro, f. I. de Belchior Pimenta de Carvalho e…..
Neste endereco ha uma mencao interessante ao nosso ancestral Miguel. Ali esta escrito: “Um contratador dos Acores foi o cristao-novo Miguel Gomes Bravo, natural do Porto que nomeou como arrendatario o cristao-novo Francisco Bocarro. Miguel veio para o Brasil em 1585, e em 1610 vai morar no Rio de Janeiro. Era casado com Isabel Pedrosa de Gouveia, tendo grande descendencia.”
Isto se encontra no titulo: “II – OS CRISTAOS-NOVOS NO BRASIL”
e subtitulo: “Cristaos-novos acorianos e madeirenses no Brasil”.

11) http://www.consuladocaipira.pro.br/…/PrimeirasGeracoesPimen….

Boas e otimas noticias encontrei neste endereco. Trata-se de um estudo da familia Pimenta de Carvalho, justamente o ramo que devemos fazer parte dele. Ha algum tempo atras o confrade Lenio Richa havia mencionado um engano do professor Dermeval Jose Pimenta, segundo o que havia revisado nos livros do Carlos G. Rheingantz, “Primeiras Familias do Rio de Janeiro”.

Contudo a mencao foi apenas a de que o Belchior Pimenta de Carvalho, pai da ancestral Josepha Pimenta de Souza, era filho de Joao Pimenta de Carvalho e Maria Machado. O professor Pimenta o mencionou como filho de outro Belchior Pimenta de Carvalho.

Desde entao resolvi botar as barbas de molho. Queria ter tido acesso `a certidao de casamento dos avos Josepha Pimenta e Manoel Vaz Barbalho. Nele pretendia encontrar os nomes dos pais dela e, quem sabe, dos avos, o que poderia resolver a controversia. Com o encontro da descricao da familia no Rio de Janeiro parece, entao, haveremos que refazer essa linhagem e constar Joao Pimenta de Carvalho e Maria Machado como nossos ancestrais.

Porem, isso ainda nao eliminara a necessidade de buscarmos no Serro aquele registro de casamento. Ainda ha que confirmar-se pelo menos que o Belchior, pai dela, sera o mesmo filho de Joao Pimenta e Maria Machado.

A partir da pagina 281 desta literatura, mostra-se as divergencias entre os dados passados pelo professor Dermeval e o que se esta aprendendo agora. Ao final da pagina vemos a descricao dos dados genealogicos do suposto pai da avo Josepha. Os dados sao parecidos aos encontrados no livro do professor, inclusive mencionando o nascimento e os dois casamentos que teve. Infelizmente nao menciona que teve a filha, fora desses dois casamentos, e que a criou dentro da propria casa, junto com os irmaos.

Esta pagina 281 mostra todo um caminho alternativo, eliminando alguns ancestrais e substituindo-os por outros. Aqui encontramos que o ancestral Belchior era filho do Joao Pimenta e este, entao, era filho de D. Catarina Pimenta, que foi a esposa do capitao Ambrosio de Araujo. Dona Catarina seria filha de outro capitao Joao Pimenta de Carvalho.

Este capitao Joao Pimenta de Carvalho foi casado com D. Susana de Estrada, ou Susana Requeixo. A descricao desta passagem encontra-se na pagina 270. D. Susana nos da uma dose tambem de sangue herdado dos Oliveira Gagos. Familia de grande importancia da Genealogia Paulistana, descrita na literatura de Silva Leme e anteriormente na de Pedro Taques. Deixarei para verificar isso melhor mais tarde.

E aqui confirma-se uma previsao que fiz ha longo tempo atras. Nao importa que mudemos nossos ancestrais quando se faz em correcoes genealogicas, pois, acabamos encontrando-nos nas mesmas raizes de outrora. Quando busquei mais informacoes a respeito desse ramo Pimenta de Carvalho, havia encontrado o Joao Pimenta de Carvalho, que havia sido capitao-mor da Capitania de Sao Vicente, por ter se tornado o loco-tenente da herdeira, a condessa de Vimieiro.

O interessante aqui eh que o Joao Pimenta de Carvaho foi irmao do capitao Manuel Pimenta de Carvalho, aquele que o professor Pimenta havia identificado como sendo bisavo da avo Josepha. Assim, deixamos de descender, por enquanto, de dona Maria Cardoso de Soutomaior, esposa do capitao Manuel e pulamos para outras ascendencias de igual ou maior importancia. Dependera do que seguir-se em estudos mais aprofundados.

A palavra importancia aqui nao se trata de diminuir a linhagem. Afinal todos somos igualmente imprescindiveis. Refiro-me `a oportunidade de termos lacos familiares identificaveis com as familias fundadoras do Estado do Brasil. Com tais dados em maos poderemos localizar grau de parentesco que temos com todas as personalidades que compoem a Historia do Brasil.

Acredito que um tracado genealogico entre tais personagens e a genealogia dos estudantes, um dia facilitara em muito o estudo da disciplina Historia. Isso porque eles estudarao nao a Historia de pessoas estranhas e sim a Historia de seus proprios familiares. Sabendo que os personagens terao grau de parentesco consigo mesmo, o estudante tera maior facilidade de memorizar, compreender e assimilar melhor os pontos estudados.

O melhor de tudo eh que encontramos no presente estudo os nomes dos pais do ancestral Joao Pimenta e do tio, ou antepassado, Manuel. Foram filhos do capitao Goncalo Pimenta de Carvalho, natural de Portel, Distrito de Evora; e de Maria Jacome de Melo, natural da Vila Vicosa, tambem Distrito de Evora. Salvo engano, em estudos anteriores descobri que o antepassado Joao tambem procedia de Portel e seu irmao Manuel de Vila Vicosa. Entao, mantemos nossa raiz em Vila Vicosa e acrescentamos outra em Portel.

Util sera lerem as paginas 269-270 para tomarem conhecimento da intimidade que os Pimenta de Carvalho e os Jacome de Melo gozavam junto `a corte do Ducado de Braganca. D. Theodosio II, o patrao do ancestral Goncalo, foi o 7o. duque de Braganca e pai do D. Joao. Este tornar-se-ia o D. Joao IV, rei de Portugal, a partir de 1640.

Recoordo tambem que o livro de Sanches de Baena descreve a distribuicao de muitos brasoes de armas onde os agraciados encontram os sobrenomes Jacome e Melo muito frequentemente entre seus ancestrais. Acrescentamos entao mais estes e outros para a nossa ja crescente colecao de sobrenomes nobres. Alem do Oliveira Gago.
APOS OS COMENTARIOS QUE SE SEGUEM ABRIREI ESPACO PARA POSTAR O QUE SERA FUNDAMENTAL PARA O ESTUDO DE NOSSA GENEALOGIA, COM O ACRESCIMO DESSA LINHAGEM PAULISTANA NO QUE EU ENCONTRAR.
Os extratos de 1-7 pude ler nas apresentacoes que o Google Livros torna publicas e relacionados aos nomes dos personagens pesquisados. Por eles podemos verificar que a nossa parentalha que multiplicou-se no Rio de Janeiro ja tem muitos dados recolhidos, em particular na grandiosa obra do Carlos G. Rheingantz.
Teremos menos o que fazer apos preenchermos as lacunas que nos faltam. A maior inconveniencia seria comprar a colecao: “Primeiras Familias do Rio de Janeiro”. Tenho visto e o que oferecem na internet gira em torno de US$ 1,000.00. Mas eh possivel que algum de nossos familiares possua algum exemplar. Fotocopias fariam o mesmo trabalho revelador, pois, importante sao os dados e nao o original nos quais sao encontrados.
Ainda assim, nao podemos afirmar que iremos automaticamente descender das figuras biblicas por descendermos de cristaos-novos. Nao ser eh praticamente uma impossibilidade. Isso porque os judeus da Palestina foram introduzidos na Peninsula Iberica pelos romanos. Quando da Diaspora. Eles se revoltaram contra o dominio romano e foram massacrados. O remanescente foi levado para o mais longe possivel.
Aqueles judeus se multiplicaram na Peninsula Iberica nao apenas via reproducao mas tambem via conversao. Mesmo assim, haveria dificuldade em que toda a populacao da Peninsula Iberica nao se tornasse descendente daquele remanescente. Basta fazer as contas. Se um casal tiver dois filhos, quatro netos, oito bisnetos, e assim por diante, poderiam ser trilhoes de pessoas nas geracoes atuais. O exame genetico pode comprovar isso em alguns.
Mas o exame genetico nao eh perfeito. Isso porque o casamento continuo de descendentes de algum ramo familiar da especie humana com ramo diferente, com predominancia do segundo grupo, ira produzir muitos descendentes que nao herdarao os marcadores que se usam para identificar ascendencias em povos antigos. Somente a coleta de material de exame de muitos representantes da populacao atual eh que os marcadores se mostrarao em algumas pessoas. Dai verificar-se-a que a parentalha dessas pessoas descende dos mesmos ancestrais, portanto, mesmo que nao possuam os marcadores, descenderao.
Observem ja no inicio o que eh dito a respeito da avo Cordula Gomes: “nove irmaos”. Ou seja, foram 10. Ora, se ela e os 9 irmaos tivessem tido a mesma media e a descendencia tivesse repetido a mesma dose, nos dias de hoje seria muito dificil encontrar-se brasileiros que nao sejam descendentes deles. Basta fazer as contas. 10 X 10 X 10… ate aos dias de nossos pais. Mesmo a nossa geracao, com muito menos filhos, estaria contribuindo com bilhoes de pessoas.
Mas a realidade eh um pouco diferente da teoria. Os avos Jeronymo e Isabel tiveram apenas 6 filhos, dos quais um faleceu ainda crianca. Eles nao tiveram tempo, pois, o avo Jeronymo teve um entrevero entre seu pescoco e uma corda. Foi executado em consequencia da “Revolta da Cachaca”, ocorrida no Rio de Janeiro em 1660-1661.
Mas quem desejar ter alguma ideia do tamanho colossal de nossos familiares pode comecar por esta fonte na internet: http://www.genealogiabrasileira.com/titulos_perdidos/cantagalo_ptazercout.htm. Observe-se que a nossa tia Antonia Pedrosa de Gouveia casou-se com Belchior de Azeredo Coutinho (cap. 5o.). Ele foi filho do importante bandeirante Marcos de Azeredo. Nessa postagem pode-se ver apenas uma parte da descendencia mais antiga. Imagine-se o que acontece nos dias de hoje.
No caso do avo Jeronymo Barbalho Bezerra ja encontrei 8 irmaos dele. Nao acompanhei as descendencias por completo. Mas a todo momento tropeca-se nelas em diversos pontos do Brasil. E, parece, nem todos se tornaram pais.
Gostei de saber que nossa ancestral Cordula Gomes tambem foi centenaria. Ja sabia que a mae dela atingira os formidaveis 104 anos (1573-1667). Nao se trata de prova mas eh um indicio de que tanto os BARBALHO quanto os COELHO da familia descendam delas. Temos muitos membros longevos na familia, inclusive os que tem atingido essa marca de 100 anos.
Embora a herdabilidade dos gens seja naturalmente baixa, os casamentos entre primos, tao comuns na familia, aumentam muito a probabilidade de gens favoraveis `a longevidade permanecerem na descendencia. Isso eh tao verdade para o lado ruim quanto para o lado bom.
Ja tinha os nomes da ancestral Cordula e da tia Antonia. Agora podemos acrescentar ao nosso rol de aparentados a descendencia de Maria e Ursula Pedrosa de Gouveia + Rui Dias Bravo. Ou seja, faltam-nos apenas 5 outros nomes de tios, quem sabe, tambem ancestrais por vias que ainda nao deciframos em nossa genealogia. Isso nao seria incomum e nao fugiria `a regra.
Para completar, vou repetir o endereco: http://www.cbg.org.br/baixar/algumas_notas.pdf. Basta ir ao ultimo paragrafo da quinta pagina deste tratado. Verificar-se-a que o nome do ancestral Miguel Gomes Bravo entra na lista de ancestrais dos personagens descritos. E na penultima pagina ha um cronograma genealogico descrevendo descendentes nobiliarquicos dele.
As mencoes nos numeros 8 e 9 tratam-se da genealogia da avo Josepha Pimenta de Souza. Francisca de Almeida e Amaro de Aguiar eram pais de outra Francisca de Almeida, que casou-se com Belchior Pimenta de Carvalho. Este seria pai de outro de mesmo nome, o qual era o pai da avo Josepha.
Ha que se ver no livro de qual filha dos avos se trata e se as notas esclarecem mais a respeito desses nossos ramos Aguiar e Almeida. Inclusive se ha grau de parentesco entre os ancestrais Amaro e Manoel de Aguiar. Pelos dados da familia, sera dificil nao haver nenhum!
Acredito que os sobrenomes Aguiar e Almeida desses nossos ancestrais serao os mesmos descritos em obras como o GENEALOGIA PAULISTANA. Nela nao encontrei especificamente os nossos ancestrais. Mas isso aconteceu com varias das outras familias descritas por SILVA LEME. Ele descreveu melhor os paulistas mas quando se trata de familiares que mudaram para outras provincias ele interrompeu as descricoes. So mesmo abrindo os livros para constatarmos o que sera!
Ha uma revelacao nova para mim no item numero 10 que se trata do ancestral Miguel proceder do Porto. Embora os titulos levem a entender ser acoriano, o mais provavel era que exercesse a funcao de contratador no Arquipelago dos Acores. Isso nos coloca novamente com o pe de ascendencia na mesma regiao portuguesa de onde procedem outros ancestrais, ou seja, a antiga Provincia do Entre Douro e Minho.
Apesar dessa repeticao ja nos torna consolador saber que temos ascendencia diversificada em Portugal. Repete-se a regiao de onde procedem os Bezerra (Ponta de Lima) e mais provavelmente os Coelho. Mas temos ja identificados os Monteiro (Vila Almeida), os Borges e Rodrigues (Seia), os Pontes Cardoso (Ilha Terceira – Acores), os Pimenta de Carvalho (Vila Vicosa – Portel) e os Pereira do Amaral (Ilha de Sao Miguel – tambem Acores).
II PARTE
UM NOSSO LADO CRISTAO-NOVO E, TALVEZ, OUTRO PAULISTANO – SEGUNDA PARTE
Com o encontro daquela postagem da internet mencionada no item numero 11
http://www.consuladocaipira.pro.br/txtgenealogia/PrimeirasGeracoesPimentasCarvalhoBrasil.pdf ], este estudo do historiador e genealogista Marcelo Meira do Amaral Bogaciovas contradiz uma boa parte do que temos admitido como nossa genealogia, particularmente no tronco PIMENTA DE CARVALHO.
Nosso conhecimento anterior provinha basicamente do disposto no livro: “A MATA DO PECANHA, SUA HISTORIA E SUA GENTE”, de autoria do professor sanjoanense (de Sao Joao Evangelista, MG), Dermeval Jose Pimenta; e de minhas proprias navegacoes na internet, onde pude descobrir vinculos de nossos familiares no Titulo Rendons, da Nobiliarquia Paulistana, de Pedro Taques e Genealogia Paulistana de Silva Leme.
Bom, nao vou repetir muito daquilo que ja expuz em outros escritos. Vou copiar aqui as duas paginas do livro do professor Pimenta e a parte que nos interessa de imediato dos estudos do Marcelo Bogaciovas. Assim poderemos fazer comparacoes e facilitara estudos mais especificos.
Alias, ao final, indicarei como talvez se possa dar uma resposta definitiva aos questionamentos atraves de apenas 3 registros de casamentos, cabendo apenas o trabalho de encontra-los. Segue entao, as paginas do livro do professor Pimenta em primeiro lugar:
A MATA DO PECANHA, SUA HISTORIA E SUA GENTE, por: Dermeval Jose Pimenta
pags. 252 e 253
       “TRONCO PIMENTA-VAZ BARBALHO
     A Familia Pimenta-Vaz Barbalho eh o tronco-mestre da atual Familia Pimenta disseminada nos Municipios de Diamantina, Serro, Sabinopolis, Guanhaes, Virginopolis, Sao Joao Evangelista, Pecanha, Governador Valadares, Sao Pedro do Suacui, Sao Jose do Jacuri, Belo Horizonte e em outros municipios situados nas zonas Leste e Nordeste de Minas Gerais.
     Eh oriunda de Portugal. Na primeira metade do seculo XVII, isto eh, em 1638, um dos seus ancestrais, LUIZ BEZERRA BARBALHO, nascido em Pernambuco, ja combatia os holandeses no Nordeste brasileiro. Nessa mesma epoca, um outro ascendente, o portugues Capitao MANOEL PIMENTA DE CARVALHO, transferiu-se de Portugal para o Rio de Janeiro, onde se casou, em 1640, dando inicio a constituicao da Familia Pimenta de Carvalho no Brasil.
     Eh, pois, a Familia Pimenta-Vaz Barbalho, uma das mais antigas do Brasil.
     O entrosamento da Familia Vaz Barbalho com a Familia Pimenta de Carvalho, verificou-se aos 18 de setembro de 1732, quando na Capela de Nossa Senhora dos Prazeres de Milho verde, Municipio de Vila do Principe, atual Serro, em Minas Gerais, MANOEL VAZ BARBALHO casou-se com JOSEFA PIMENTA DE SOUZA, nascida e batizada na Freguesia de Nossa Senhora do Mosteiro do Rio de Janeiro, filha do Sr. BELCHIOR PIMENTA DE CARVALHO. Esse casal transferiu-se para Sao Jose do Tapanhoacanga, do mesmo Municipio de Serro e ali constituiu a Familia Pimenta, objeto do estudo genealogico a que nos propusemos fazer.
     Antes porem, vamos focalizar os ancestrais deste casal:
               ASCENDENTES DE MANOEL VAZ BARBALHO
     I – LUIZ BEZERRA BARBALHO, heroi brasileiro, nascido em Pernambuco, imortalizado nas lutas com os holandeses, e principalmente na sua famosa retirada `a testa de mil homens, desde o Rio Grande do Norte ate a Bahia, em 1638. Foi nomeado Governador do Rio de Janeiro. Faleceu em 1654.
     Pais de:
     II – Capitao JERONIMO BEZERRA BARBALHO, casado com IZABEL PEDREIRA. Faleceu no cadafalso, no Rio de Janeiro em 8 de abril de 1661.
     III – PASCOA BARBALHO, neta de JERONIMO BEZERRA BARBALHO, era casada com PEDRO DA COSTA, no Rio de Janeiro, em 19 de janeiro de 1668. Deste casal procede:
     IV – MARIA DA COSTA BARBALHO, batizada na Freguesia de Nossa Senhora da Apresentacao de Iraja, distrito do Rio de Janeiro, casou-se com MANOEL AGUIAR, viuvo de ANA PEREIRA DE ARAUJO.
     Pais de:
     V – MANOEL VAZ BARBALHO, casado em 18-9-1732, em Milho Verde, com JOSEFA PIMENTA, filha de BELCHIOR PIMENTA DE CARVALHO.
               ASCENDENTES DE JOSEFA PIMENTA
     I – Capitao MANOEL PIMENTA DE CARVALHO, nascido em Vila Vicosa, Alentejo em Portugal, por volta de 1610 e falecido no Rio (Candelaria 2o., 25v), a 3-5-1676; foi casado nos anos de 1640, com MARIA DE ANADRADE, nascida por volta de 1622, filha de BELCHIOR DE ANDRADE e de MARIA CARDOSO. Deste casal nasceram varios filhos, entre os quais:
     II – BELCHIOR PIMENTA DE CARVALHO, casado no Rio (Campo Grande, 3o. 60v) em 6-7-1693, na Capela de Sao Joao do Tarairaponga, com FRANCISCA DE ALMEIDA, nascida no Rio (Iraja 6o. 37), batizada em 2-5-1677, sendo filha de AMARO DE AGUIAR e de FRANCISCA DE ALMEIDA.
      Pais de:
     III – BELCHIOR PIMENTA DE CARVALHO, nascido no Rio (Iraja 6o. v) batizado a 10-4-1691, casado em primeiras nupcias no Rio (Guaratiba 3o. 4v) a 25-10-1716, na Capela de Nossa Senhora da Conceicao, com URSULA TELES DE MENEZES, nascida no Rio e ali falecida a 23-10-1727. Deste primeiro matrimonio, nasceram dois filhos: JOAO PIMENTA DE MENEZES e MATIAS PIMENTA TELES. Em segunda nupcias, casou-se com MARIA COUTINHO DE MOURA, com a qual teve varios filhos. Alem desses filhos, BELCHIOR PIMENTA DE CARVALHO, era pai de uma filha, nascida no Rio por volta de 1716 e criada desde crianca, em sua propria residencia. Esta sua filha chamava-se:
     IV – JOSEFA PIMENTA DE SOUZA, nascida no Rio, nos anos de 1716, criada e educada na residencia de seu pai, tendo sido batizada na Freguesia de Nossa Senhora do Mosteiro, no Rio de Janeiro; casou-se aos 18-9-1732, na Capela de Nossa Senhora dos Prazeres de Milho Verde, em Minas Gerais, com MANOEL VAZ BARBALHO (Livro 1o. de casamento da Matriz, fls. 78; livro 1o. de Tapanhoacanga, fls. 100; livro de casamento das capelas filiais de fl. 6v) conforme consta do arquivo do Alferes LUIZ ANTONIO PINTO.
     DESCENDENTES DO CASAL MANOEL VAZ BARBALHO E JOSEFA PIMENTA DE SOUZA
     Realizado o casamento em Milho Verde, aos 18-9-1732, esse casal, apos alguns, anos fixou residencia no Arraial de Sao Jose de Tapanhoacanga pertencente `a Freguesia de Nossa Senhora da Conceicao da Vila Nova do Principe, onde criou a familia. Eh possivel que tenham nascido outros filhos, mas so conseguimos obter dados sobre a sua filha ISIDORA MARIA DA ENCARNACAO:”
A seguir o professor Dermeval Jose Pimenta descreve parcialmente o ramo descendente de ISIDORA MARIA DA ENCARNACAO e seu marido, portugues, capitao ANTONIO FRANCISCO DE CARVALHO. Estes foram terceiravos paternos dele. Nossos lacos familiares tambem se dao em funcao das: bisavo, MARIA BALBINA DE SANTANA (BORGES MONTEIRO); e avo, ERMELINDA QUERUBINA PEREIRA DO AMARAL, dele, nos terem sido tias ancestrais.
Atualmente encontrei no site FamilySearch a existencia de outro filho, Policarpo Joseph Barbalho e outro possivel, o quintavo Jose Vaz Barbalho.
Algo da obra do MARCELO BOGACIOVAS ja era do nosso conhecimento. Isso por causa das navegacao feita para tentar encontrar raizes mais profundas do ramo PIMENTA DE CARVALHO. Embora ainda sem confirmacao de que sejamos mesmo fruto dele.
A existencia do JOAO PIMENTA DE CARVALHO, o mais antigo, se encontra registrada nas paginas que tratam da Historia de Angra dos Reis. Ele e alguns outros de mesmo nome aparecem na Genealogia Paulistana, sendo ele o mais antigo. Mas ali nao se encontra a relacao parental entre eles, pois, aparecem apenas como agregados `as familias brasileiras mais antigas.
Seguem as novidades:
Pag. 269
“11. PRIMEIRAS GERACOES DOS PIMENTA DE CARVALHO NO BRASIL.
                              por: Marcelo Meira Amaral Bogaciovas.
Resumo: Subsidios para as primeiras geracoes dos Pimenta de Carvalho em territorio brasileiro, de dois ramos: Angra dos Reis e Rio de Janeiro.
Introducao:
Ainda ha muito a pesquisar sobre a familia Pimenta de Carvalho. Entretanto, ao contrario de alguns pesquisadores, entendo que pesquisas ainda nao acabadas, por vezes, devam ser publicadas do jeito que estao. No minimo auxiliara quem se propor a ‘conclui-la’. Faltam pesquisas na Casa de Braganca, na Torre do Tombo, no Arquivo Distrital de Evora, nos arquivos das curias metropolitanas e arquivos dos Estados do Rio de Janeiro e Sao Paulo. Por exemplo, no Arquivo da Curia Metropolitana do Rio de Janeiro, ha um traslado de uma justificacao dos Pimentas (na genere do Padre Joao Pimenta de Carvalho), que nao foi copiada pela exiguidade do tempo e, no mesmo arquivo ha alguns processos de banhos (nao vistos) que poderiam elucidar a genealogia da familia. Lembrando, nao existem registros paroquiais antigos de Ilha Grande, nem tampouco inventarios orfanologicos, no periodo, em Ilha Grande e no Rio de Janeiro.
     O mais importante desta pesquisa foi a descoberta que os troncos dos dois ramos Pimentas de Carvalho, da Ilha Grande e do Rio de Janeiro, eram irmaos. O titulo Pimenta, de Rheingantz, acabou nao sendo publicado em sua obra, Primeiras Familias do Rio de Janeiro. Aparentemente, depois, perdeu-se.
     Genealogia:
                                                        paragrao 1o.
I – Goncalo Pimenta de Carvalho foi criado na Serenissima Casa de Braganca, conforme constou da habilitacao `a Ordem de Cristo de seu bisneto, o Co
pag. 270 – Primeira Geracoes dos Pimenta de Carvalho no Brasil
ronel Manuel Pimenta Telo, adiante citado. Segundo uma testemunha, ouvida no mesmo processo, era morador do no terreiro de D. Joao, de Vila Vicosa, figura com o nome de Goncalo Pimenta, apenas, nas merces concedidas pelo Duque de Braganca D. Teodosio II (1568-1630). A saber: moco da Camara do Duque de Braganca, escrivao da Almotacaria de Monforte e meirinho de Monforte. Essas merces lhe foram doadas entre 24 de dezembro de 1592 a 7 de abril de 1606. Casou-se por volta de 1592, com Maria Jacome de Melo, tendo sido moradores no Concelho de Vila Vicosa, Distrito de Evora, Portugal. Conforme a habilitacao de genere de seu neto, o Licenciado Padre Joao Pimenta de Carvalho (adiante citado), Goncalo Pimenta de Carvalho, qualificado como Capitao, era natural da Vila de Portel, Distrito de Evora; sua mulher Maria Jacome de Melo era natural de Vila Vicosa, tambem Distrito de Evora. Foram pais de, ao menos:
1(II) – Capitao Joao Pimenta de Carvalho, que segue:
2(II) – Capitao Manuel Pimenta de Carvalho, que segue no paragrafo 7o.
II – Capitao Joao Pimenta de Carvalho nasceu por volta de 1595, na habilitacao `a Ordem de Cristo, de seu sobrinho-neto, o coronel Manuel Pimenta Telo, adiante, foi citado como cavaleiro da Ordem de Cristo, habilitado pela Mesa da Consciencia.
     Joao Pimenta de Carvalho casou-se, por volta de 1622, possivelmente na Vila de Ilha Grande dos Reis, com D. Susana de Estrada ou D. Susana Requeixo, irma do Padre Frei Domingos das Neves, religioso carmelita. Ambos eram filhos do Capitao Afonso Mendes de Estrada e de Filipa da Mota, esta natural da Vila da Ilha Grande dos Reis, entao Capitania de Sao Vicente, e filha de Francisco de Oliveira Gago e de sua mulher Ines Sardinha. Francisco de Oliveira Gago poderia ser descendente de Antonio de Oliveira, cavaleiro fidalgo da Casa Real, e de sua mulher Genebra Leitao de Vasconcelos, moradores da Vila de Santos, considerados troncos dos Oliveira de Sao Paulo.
     D. Susana Requeixo fez testamento, no qual instrumento deixou terras do Cambori, na Ilha Grande, aos reverendos padres do Carmo. Conforme uma copia do livro do tombo do Convento de Nossa Senhora do Carmo da Ilha Grande, ela, Susana, foi dotada por seus pais, em 26 de dezembro de 1656, por meio de uma escritura lavrada na vila de Angra dos Reis, em pousadas do Sargento Mor Afonso Mendes de Estrada, onde se encontrava tambem a mulher deste, Filipa da Mota. Eles possuiam uma legua de Terras no
________________________________________
1 Merces de D. Teodosio II Duque de Braganca. Lisboa: Fundacao da Casa de Braganca, 1967, pag. 2649
2 Habilitacao de Ingresso `a Ordem de Cristo nao localizada, na Torre do Tombo.
pag. 271              REVISTA DA ASBRAP No. 18
termo dessa vila, partindo da barra Cambori, cujas terras doavam a seu genro Joao Pimenta de Carvalho e sua filha Susana de Estrada.(3)
      No mesmo livro do tombo foi transcrito parte do testamento com que faleceu Afonso Mendes de Estrada, no tocante `as terras de Gipoia. (4) Ele e sua mulher Filipa da Mota declararam que eram casados em face da Igreja, na forma do Concilio Tridentino, e em suas nupcias tiveram dois filhos, a saber: Padre Frei Domingos das Neves, religioso de Nossa Senhora do Carmo, e D. Susana de Estrada, os quais eram seus legitimos e verdadeiros herdeiros. Pediam que seus corpos fossem sepultados na capela do convento de Nossa Senhora do Carmo da Vila de Angra dos Reis, no habito do dito convento, como irmaos que eram. Possuiam um terco da Ilha de Gipoia em que tinha sua fazenda, a qual recebem em dote de casamento, e assim mais dez bracas de chaos no rocio da vila.
     Ainda no mesmo livro do tombo ha uma parte da verba do testamento com que faleceu Filipa da Mota. Ela declarou ser natural da Vila da Ilha Grande, filha de Francisco de Oliveira Gago, ja falecido, e de Ines Sardinha, de legitimo matrimonio, e que foi casada, em face da Igreja, com o capitao Afonso Mendes de Estrada, que Deus tem, de quem teve uma filha, D. Susana e um filho, o Padre Frei Domingos das Neves, religioso de Nossa Senhora do Carmo. E que a filha D. Susana estava inteirada do dote, assim da prte do pai, como da mae. Ouvido a 9 de novembro de 1663, o herdeiro Joao Pimenta de Carvalho (por ser cabeca do casal) disse que nada queria herdar, e que ja estava inteirado do seu dote, deixando as ditas terras para os padres.
     De uma transcricao de concessao de sermarias, dada em 4 de outubro de 1630, na vila de Nossa Senhora da Conceicao de Angra dos Reis, verifica-se que Joao Pimenta de Carvalho, cavaleiro fidalgo da Casa de Sua Magestade, era capitao mor, ouvidor e loco tenente da Capitania de Sao Vicente como procurador bastante de D. Mariana de Sousa Guerra, condessa de Vimiei-
__________________________________________
(3) Arquivo Pulbico do Estado de Sao Paulo. Codice 12031, Livro do tombo que mandou fazer o Reverendissimo Padre Mestre Frei Manuel Ferreira da Natividade, vice provincial desta vigararia, Comissario Reformador e Visitador Geral em todo este Estado do Brasil, etc., para nele se lancarem todas as escrituras, doacoes, legados e mais cousas pertencentes a este convento de Ilha Grande. 141 folhas – Ano de 1697. fls. 6-7
(4) Arquivo Publico do Estado de Sao Paulo, Codice 12031. Livro do tombo etc.
pag. 272  Primeiras Geracoes dos Pimenta de Carvalho no Brasil
ro. (5) Tambem era homem de grosso trato, sendo proprietario de uma embarcacao no Rio de Janeiro, pelos anos de 1643.(6)
     Joao Pimenta de Carvalho e Susana de Estrada foram pais de, ao que se supoe (nao conheco provas documentais):
1(III) – Damasio Pimenta de Carvalho, que segue:
2(III) – Maria Jacome de Melo, que segue no paragrafo 5o.
3(III) – D. Madalena Pimenta de Carvalho, que segue no paragrafo 2o.
4(III) – D. Catarina Pimenta, que segue no paragrafo 6o.
………………..
(5) Gurgel, Heitor Amaral, Edelweiss, Paraty, Caminho do Ouro. Rio de Janeiro; Livraria Sao Jose, 1973, p. 31. Ela era filha e herdeira de Pedro Lopes de Sousa.
(6) Salvador, Jose Goncalves. Os Cristaos-Novos e o Comercio no Atlantico Meridional; com enfoque nas Capitanias do Sul: 1530 – 1680. Sao Paulo: Pioneira; Brasileira; INL, 1978. p. 224.
…………………………………………
paragrafo 6o.
Pag. 281 REVISTA DA ASBRAP no. 18
III – D. Catarina Pimenta (filha do Capitao Joao Pimenta de Carvalho, do paragrafo 1o., no. II) nasceu por volta de 1635 na Ilha Grande e faleceu em 7 de maio de 1674 no Rio de Janeiro (Se, 5o., fls. 11). Foi a primeira mulher (casados por volta de 1658) do Capitao Ambrosio de Araujo, falecido em 11 de setembro de 1702 no Rio de Janeiro (Iraja, 1o., fls. 13). (16) Ele nasceu na Ilha Grande e era filho do Capitao Martinho de Araujo e de Catarina de Gois. O Capitao Ambrosio casou-se segunda vez, em 26 de agosto de 1680, no Rio de Janeiro (Iraja, 2o., fls. 6v), com Angela Ferreira. D. Catarina Pimenta e o Capitao Ambrosio foram pais de:
1(IV) – D. Maria Machado – Simao de Sousa
2(IV) – D. Ines Jacome de Melo – Gregorio da Fonseca Gadelha
3(IV) – Joao Pimenta de Carvalho – que segue
4(IV) – Pedro
5(IV) – Madalena
6(IV) – Joana
7(IV) – Goncalo Pimenta de Carvalho
8(IV) – Belchior
9(IV) – Martinho
IV – Joao Pimenta de Carvalho e Maria Machado pediram autorizacao para se casarem em 1683, na cidade do Rio de Janeiro (37). Em 26 de janeiro de 1683 foram julgados livres para realizarem o matrimonio. Ele declarou ser natural da cidade do Rio de Janeiro, filho do Capitao Ambrosio de Araujo e de sua mulher D. Catarina, ja defunta. Ela era filha de Gregorio Nazianzeno da Fonseca e de sua mulher Gracia de Barcelos, ja defunta, naturais do Rio de Janeiro. Joao e Maria tiveram, ao menos:
V – Belchior Pimenta de Carvalho nasceu e foi batizado em 10 de abril de 1791 no Rio de Janeiro (Iraja, 6o., fls. 67v). Casou-se, primeira vez, com D.
___________________________________________________
(36) Rheingantz, Carlos G. Ob. cit. Vol. I, p. 127
(37) Arquivo da Curia Metropolitana do Rio de Janeiro. Habilitacao Matrimonial. Documento no. 80196, caixa 3250. Ano de 1683.
Pag. 282 – Primeiras Geracoes dos Pimenta de Carvalho no Brasil
Ursula Teles de Menezes, e segunda vez, em 7 de janeiro de 1738 no Rio de Janeiro (Candelaria, 5o., fls. 13v) com D. Maria Coutinho, batizada em 18 de janeiro de 1705 no Rio de Janeiro (Jacarepagua, 6o. fls. 18v), filha do Licenciado Sebastiao da Fonseca Coutinho e de Catarina de Moura (38). Houve geracao, ao menos, de D. Maria Coutinho.
______________________________________________________
(38) Theingantz, Carlos G. Ob. cit. Vol. II, p. 134
Pag. 282   Primeiras Geracoes dos Pimenta de Carvalho no Brasil
2(III) – Belchior Pimenta de Carvalho, nascido na cidade do Rio de Janeiro. Recebeu, em 20 de fevereiro de 1682, alvara de filhamento de escudeiro fidalgo acrescentado a cavaleiro fidalgo com 900 reis de…
pag. 283
moradia ordinaria por mes e 1 alqueire de cevada por dia (42). Casou-se, em 6 de julho de 1693, no Rio de Janeiro (Campo Grande, 3o., fls., 6v) com D. Francisca de Almeida, batizada em 2 de maio de 1667 no Rio de Janeiro (Iraja, 6o., fls. 37), filha de Amaro de Aguiar e de D. Francisca de Almeida (43). D. Francisca casou-se, segunda vez, em 27 de fevereiro de 1701 no Rio de Janeiro (Se, 3o., fls. 48) com Jose de Bittencourt Correia.
_______________________________________________
(42) IAN/TT. Registro Geral de Merces. Merces de D. Pedro II, Livro 1, fls. 232v
(43) Rheingantz, Carlos G. Ob. cit. Vol. I, p. 21.”
Bom, ate aqui parece que encontramos uma solucao e outro problema a ser resolvido. O professor Dermeval parece-me nao ter tomado os melhores cuidados para assegurar-se de que obtivera as melhores informacoes. Nao filtrou algumas evidencias que encontrou.
Entre elas podemos mencionar a de que Luiz e Jeronymo tinham a assinatura Barbalho Bezerra e nao Bezerra Barbalho. Menor engano se comparado com a data de falecimento do primeiro, que se deu em 1644 e nao em 1654. Alem disso, descobri que Pascoa Barbalho era filha e nao neta do Jeronymo. Ele tambem resumiu os nomes de alguns como no Pedro da Costa, onde cortou o Ramires. Em Belchior de Andrade e Maria Cardoso, cortou o “de Araujo” dele e o “de Soutomaior” dela.
Mas o que mais nos chama a atencao tera que ser mesmo a paternidade do BELCHIOR PIMENTA DE CARVALHO, o que seria filho, que nao chegava a ser um Junior, ja que pelos estudos do Marcelo Bogaciovas seria filho do JOAO PIMENTA DE CARVALHO, o neto, e de MARIA MACHADO.
Ha, porem, uma ressalva a favor do professor Pimenta. Ainda nao podemos afirmar que ele enganou-se tao redondamente como faz parecer. Observe-se que os encontros do Marcelo nao revelam nomes de filhos que poderiam ter tido o BELCHIOR PIMENTA DE CARVALHO e dona FRANCISCA DE ALMEIDA. E ela pode nao ter sido mae de um suposto BELCHIOR II. Isso porque se casaram em 1693 e o II teria nascido em 1691.
Observe-se tambem que em 1682 o BELCHIOR I ja estava economicamente estavel, portanto, poderia ter tido outro casamento, ou amancebamento como nao era tao incomum `a epoca entre homens que ainda nao haviam descoberto sua cara-metade. Em 1701 ja era falecido.
O professor Dermeval Jose Pimenta, apenas descreve ter encontrado que o pai da ancestral JOSEPHA PIMENTA era um BELCHIOR, filho de outro BELCHIOR. Embora ele tenha mencionado os dados onde encontrou as informacoes, talvez ate tenha verificado o registro do casamento dela com o ancestral MANOEL VAZ, ha a possibilidade de ter se enganado apenas no momento de buscar os dados em fontes do Rio de Janeiro e fazendo troca de BELCHIOR.
Explicando melhor! Se ele encontrou no registro de casamento que o BELCHIOR, pai da JOSEPHA, era filho do outro BELCHIOR, entao, estara eliminada a possibilidade de tratar-se do filho do JOAO PIMENTA DE CARVALHO, o neto. Os nomes que ele podera ter encontrado no registro devem ser: filha de: (fulano e fulana); neta paterna de: (idem); e neta materna de: (idem). Ou seja, somente os nomes e nao de quem se tratavam.
A confusao teria se dado no momento em que teria procurado nomes nas literaturas e ter trocado um primo por um possivel outro.
Certa eh uma unica coisa! Poderiamos solucionar essa questao e outras atraves da localizacao de 3 registros de casamentos. O primeiro seria este, dos ancestrais MANOEL VAZ e JOSEPHA PIMENTA. Pelos dados na descricao do livro do professor Pimenta, devera ser encontrado no Serro.
Acredito que os outros dois estejam em arquivos da cidade de Conceicao do Mato Dentro, Minas Gerais. Trata-se do casamento dos nossos terceiravos: Capitao FRANCISCO MARCAL BARBALHO e EUGENIA MARIA DA CRUZ (COELHO). Casamento este que se deu em Guanhaes, porem, entre 1845 e 1848, epoca em que era Freguesia filial de Conceicao. Este seria necessario para confirmar-se as paternidades do casal. Apenas para confirmar o que ja sabemos.
O terceiro era o de casamento dos quintavos: JOSE VAZ BARBALHO e ANNA JOAQUINA MARIA DE SAO JOSE. Supoe-se que tambem sera encontrado em Conceicao, ou no Serro devido `a epoca aquela pertencer a esta. Este matrimonio tera se dado no mais tardar em 1790 ou anos anteriores a este. Havemos que comprovar a paternidade dele e descobrir a paternidade dela.
Ate ao momento eu dava como certo que Jose seria filho do Manoel e Josepha. Ou, senao, filho de Policarpo Joseph Barbalho. Este tem documentos que o mencionam no site do FamilySearch referentes `a sua existencia nos municipios de Porta Alegre e Gravatai, no Rio Grande do Sul. Era filho do Manoel e Josepha. Nasceu em 1735 e poderia ter sido pai do Jose Vaz Barbalho por volta de 1755 e ter se tornado avo do Policarpo Jose Barbalho por volta de 1785.
Mas com todos os enganos do professor Pimenta, tenho minhas duvidas. Ha uma possibilidade remota de Manoel Vaz Barbalho ter sido neto e nao filho dos ancestrais Manoel de Aguiar e Maria da Costa Barbalho. Isso porque naquele sitio, FamilySearch, tambem encontrei um Joao de Aguiar Barbalho, cuja filha: Thereza de …….. de Oliveira, casou-se aos 24.06.1730, em Mariana, MG. Suponho que ele tenha sido filho de Manoel e Maria.
Pode talvez nao ser filho. O sobrenome da margem que seja mas tambem abre para uma possibilidade alternativa. Trata-se do fato muito comum de irmaos se casarem com outros irmaos naquela epoca. Um irmao do Manoel de Aguiar poderia ter se casado com uma irma da Maria da Costa Barbalho e estes terem sido pais do Joao de Aguiar Barbalho. Ao que parece, o Rio de Janeiro estava repleto de Aguiar e Barbalho em suas freguesias. Muitos encontros seriam possiveis.
Pode ter acontecido de uma sobrinha (Thereza) ter se casado antes do tio (Manoel Vaz Barbalho). Mas para isso ele provavelmente teria se casado, em 1732, ja com uma idade avancada para a epoca. Infelizmente nao temos ainda dados mais concretos da existencia dos ancestrais Manoel e Maria.
Eles aparecem como pais da Theodozia de Aguiar Barbalho, no casamento desta, aos 17.12.1717, tambem em Mariana. Infelizmente ainda tenho que aguardar oportunidade de encontrar os lacos de familias que ligam essas pessoas de forma mais concreta em nossa Arvore Genealogica.
Mesmo que possamos estabelecer com absoluta certaza a linhagem que nos prende a estas raizes, em caso de comprovada nossa ascendencia em D. CATARINA PIMENTA, ainda restara a mesma duvida que o Marcelo levantou, pois, ele sugere que ela seja filha do Capitao JOAO PIMENTA DE CARVALHO, porem, ainda sem confirmacao.
Ja se pertencermos ao ramo do MANUEL PIMENTA DE CARVALHO, estarao desfeitas todas as duvidas. Teremos confirmadas nossa linhagem ate GONCALO PIMENTA DE CARVALHO e MARIA JACOME DE MELO. Sabendo ainda que, geralmente, quando aquelas merces eram passadas a alguem, ainda mais que exercia cargos de confianca da realeza, era porque o agraciado ja possuia algum grau de parentesco com a nobreza ou se casara, por meritocracia, com alguem ligado consanguineamente a ela.
E nao falo aqui em pertencer `a nobreza ou ter vinculos parentais proximos com a realeza no sentido de cre-los melhores que qualquer pessoa que seja somente por terem tido os privilegios. Refiro-me a outro ponto de vista mais pratico. Como os recursos eram limitados, somente os privilegiados tiveram suas existencias melhor recordadas em documentos nominais.
E esta eh a melhor chance que temos de encontrarmos dados genealogicos de nossos familiares mais antigos. Se nao tivermos alguns ancestrais provenientes das classes privilegiadas, seremos do povo sem o privilegio de conhecer quem foram nossos ancestrais. O povo entrava nos documentos apenas no coletivo, dai nao se saber ao certo a maioria dos ancestrais de todos nos.
Como disse no inicio deste texto! Encontrei essas informacoes quase que por acidente e nem tanto por esforco. Esforco estou fazendo para organizar essas ideias! Enquanto nao encontrar uma direcao mais concreta em relacao ao que pode nos revelar os 3 registros de casamentos, nao havera muito sentido gastar fosfato para decifrar a profundidade de nossas raizes. Ja usei fosfato suficiente pensando na linhagem que o professor Dermeval nos passou. Agora nao se torna motivo de muita alegria ter de recomecar tudo de novo.
Se tivesse encontrado os 3 registros como primeiro passo, o mais acertado para evitar justamente este tipo de conflito, ja deveria estar tudo resolvido.
Mas nao se preocupem. O desanimo nao eh desistencia. por enquanto!
Porem, antes que me esqueca, gostaria de fazer um comentario a respeito do aparentamento de todas as pessoas com origens que remontam ao tempo colonial. Aqui vemos duas pessoas, o Joao e o Manuel Pimenta de Carvalho que ha muito procurei levantar dados e no que encontrei nada indicava fossem irmaos. E o que devemos esperar eh isso mesmo! Mesmo que a imagem que temos do Rio de Janeiro hoje seja a megalopolis que conhecemos, naqueles primordios, nao passava de uma cidadezinha do interior do mundo.
Nessas minhas andancas por aqui e ali a gente acaba tropecando em parentescos semelhantes `aqueles que encontramos em quaisquer outras cidades do mundo. Apenas para que tenham uma ideia. Vejamos os exemplos de casais e seus filhos:
A) Luiz Barbalho Bezerra X Maria Furtado de Mendonca, pais de:
1. Jeronymo Barbalho Bezerra X Isabel Pedrosa
2. Agostinho Barbalho Bezerra X Beatriz de Lemos
B) Miguel Gomes Bravo X Isabel Pedrosa de Gouveia, pais de:
1. Cordula Gomes X Joao do Couto Carnide, pais de:
    1.a) Isabel Pedrosa X Jeronymo Barbalho Bezerra
2. Antonia Pedrosa de Gouveia X Belchior de Azeredo Coutinho
C) Joao Alvares Pereira X Izabel de Montarroios, pais de:
1) Brites de Lemos X Agostinho Barbalho Bezerra
2) Joao Alvares Pereira X Paula de Galegos
D) Marcos de Azeredo X Maria de Melo Coutinho, pais de:
1) Belchior de Azeredo Coutinho X Antonia Pedrosa de Gouveia
2) Antonio de Azeredo Coutinho X Maria de Galegos, pais de:
    2.a) Paula de Galegos X Joao Alvares Pereira.
Os casais A, B, C e D foram contemporaneos apenas por algum tempo. Ai esta um bom exemplo das primeiras familias do Rio de Janeiro. Quem estuda a Historia do Brasil muitas vezes ve os sobrenomes aparecendo na parte que toca ao Estado do Sul do Brasil mas, sem conhecer a genealogia, nao liga os fatos. As familias aos poucos se tornaram tao entrelacadas que torna-se um pouco complicado determinar qual sera o grau de parentesco dos filhos dos casais de filhos e de netos, apenas destes poucos casais.
Omite-me de postar outros como os Pimenta de Carvalho, os Rendons, os Araujo, pois, poderia dar um no ate em meus ticos e tecos.
Como o assunto aqui eh tambem de cristaos-novos, devo recordar que descendentes do casal Joao Alvares Pereira e Izabel de Montarroios foram acusados de judaismo e sofreram perseguicoes. O livro: “MEMORIAL NILOPOLITANO” tras um pouco das peripecias vividas por alguns deles.
Ao que parece, teremos uma alternativa para nossos ancestrais, cujas sequencias genealogicas serao, uma ou outra:
 A) Hipotese atraves dos dados encontrados pelo professor Dermeval Jose Pimenta:
sextavos     :    Josepha Pimenta de Souza + Manoel Vaz Barbalho (hipotese)
setimavos   :    Belchior Pimenta de Carvalho – esposa nao identificada
oitavavos    :    Belchior Pimenta de Carvalho – Francisca de Almeida
nonavos      :    Capitao Manuel Pimenta de Carvalho – Maria de Andrade
decimavos  :    Goncalo Pimenta de Carvalho – Maria Jacome de Melo
B) Hipotese levantada pelo Marcelo Meira do Amaral Bogaciovas
sextavos    :    Josepha Pimenta de Souza + Manoel Vaz Barbalho (hipotese)
setimavos  :    Belchior Pimenta de Carvalho – esposa nao identificada
oitavaos     :    Joao Pimenta de Carvalho – Maria Machado
nonvaos     :    D. Catarina Pimenta – Capitao Ambrosio de Araujo
decimavos :    Joao Pimenta de Carvalho – Susana de Estrada Requeixo
undecimavos :    Goncalo Pimenta de Carvalho – Maria Jacome de Melo
Eh o que se deve esperar mesmo! No final todos os rios correm para o mar. Embora pareca que o mar (o numero de descendentes) seja muito maior que o rio, na verdade, todas as aguas do mar passam pelo rio. Assim, nao ha um maior que o outro. Em algum tempo, em algum lugar, temos um rio onde pescaram ancestrais de todos nos.
E como o Rio de Janeiro era mesmo pequeno, sera possivel que os mesmos ancestrais nao se repitam apenas no tronco Pimenta de Carvalho. Como se pode observar, dona Maria de Andrade era filha do capitao Belchior de Andrade e Araujo. Muito provavel que foi parente do capitao Ambrosio de Araujo. O que implica que mesmo mudando a genealogia pouco se mexe na genetica.
Em outros tempos encontrei o endereco: http://www.ub.edu/geocrit/sn/sn-218-32.htm. Se abrirem, poderao ler toda a tese, caso queiram ler, ou limitarem ao quadro 2. Nele encontrarao dados a respeito do Engenho de Sao Bento, localizado no Mutua. Esta eh uma area do Municipio de Sao Goncalo, situado no entorno da Baia da Guanabara, a noroeste de Niteroi e Rio de Janeiro.
Acredito que o Mutua tenha feito parte do que chamou-se no periodo colonial de Ponta do Bravo. Muito provavelmente, um nome derivado do sobrenome do Miguel Gomes Bravo. Neste local Jeronymo Barbalho Bezerra teve sua fazenda e nela reunia os revoltados que deflagraram a Revolta da Cachaca, em 1660.
O quadro nao nos da dados precisos, porem, sugere otimas informacoes genealogicas. Possivel sera que Pedro da Costa Ramir(o)es tenha recebido como dote de casamento parte da propriedade que fora da viuva Isabel Pedrosa. Embora, em 1684, o nome dele apareca como “Pedro da Bessa”. Ele tera falecido entre 1689 e 1702. E no mesmo ano de 1702 dona Pascoa Barbalho ja tinha uma neta em vias de casamento com Jose Vieira da Costa. Mais provavelmente, um primo dos filhos dela.
O mais certo sera que a ancestral Pascoa Barbalho tenha falecido em 1704-5, pois, teriam feito o inventario. Pode ser que o arrematante no ano de 1705, Jose Vieira Veiga, seja o mesmo Jose Vieira da Costa e na escritura anterior tenha havido algum engano do escrivao. O fiador Jose Antunes de Matos podera ser um parente colateral da ancestral, podendo ate mesmo ser sobrinho dela, como se vera a seguir.
Infelizmente ainda nao encontrei data alguma relativa a Maria da Costa Barbalho. Dona Pascoa casou-se em 1668, aos 18 anos de idade, como era o normal para a epoca, quando as mocas casavam ate mais cedo que isso. Se Maria foi a primeira dos filhos, por volta de 1686-8 ja poderia estar dando netos aos pais.
E se o primogenito foi filha, entao, haveria espaco para promessa de casamento em 1702, quando a neta estaria por voltta dos 15 anos de idade. As sucessoes em linhagens exclusivamente femininas aconteciam com essa velocidade absurda para os dias atuais. Naquele tempo, e ate muito depois, era normal! Neste caso, a media de espaco entre geracoes teria sido de pouco mais de 17 anos. Algo relativamente de bom tamanho, nao se considerando o conceito atual!
De diversas fontes tenho recolhido mais dados desse nosso ramo familiar. Espero inclusive que neste caso o professor Dermeval tenha se enganado menos. Assim estaremos no caminho correto para encontrarmos nossos ancestrais que, parece, multiplicaram-se em Sao Goncalo do Amarante. E logo em seguida, com a descoberta do ouro em Minas Gerais, dirigiram-se `a cata do metal precioso e, na nova patria, multiplicaram-se enormente, antes de ganhar o mundo.
Dos enderecos que temos na internet, vou destacar dois. Ja sao repetidos em meus escritos. Porem, eles permitem-me fazer o resumo genealogico que se segue. Comeco pelo endereco da tese do professor Antonio Filipe Pereira Caetano. Esta no endereco: http://www.historia.uff.br/stricto/teses/Dissert-2003_CAETANO_Antonio_Filipe_Pereira-S.pdf.
Soma-se a ele o: http://www.genealogiabrasileira.com/titulos_perdidos/cantagalo_ptregos.htm. Este outro eh do confrade Lenio Richa. E nele, a partir da numeracao 4 – 5 Madalena de Campos, encontramos uma sequencia Barbalho. Vou resumir para facilitar o entendimento.
Comecarei pelo casal Luiz Barbalho Bezerra, mestre-de-campo na guerra contra os holandeses e sua esposa Maria Furtado de Mendonca, filha de Aires Furtado de Mendonca e Cecilia Andrade Carneiro. Encontrei que tiveram 9 filhos e filhas. Limitarei aos 3 que constituiram familia no Rio de Janeiro. (Os dados genealogicos na tese comecam a aparecer a partir da pagina 187). Particularmente do Jeronymo, que apresenta sequencia dentro destes estudos:
1. Luiz Barbalho Bezerra X Maria Furtado de Mendonca, pais de:
1.1 Cecilia Barbalho X Antonio Barbosa Calheiros, pais de:
1.1.1 Antonio (Rio, 01.1654)
1.1.2 Isabel (Rio, 01.1658)
1.2 Agostinho Barbalho Bezerra X Brites (ou Beatriz) de Lemos (nao tenho dados de sucessao)
1.3 Jeronymo Barbalho Bezerra X Isabel Pedrosa
1.3.1 Jeronymo Barbalho Bezerra (1645)
1.3.2 Felipe Barbalho Bezerra (1647)
1.3.3 Pascoa Barbalho (1650) X Pedro da Costa Ramires
1.3.4 Luiz Barbalho (1651) – faleceu crianca
1.3.5 Michaela Barbalho Bezerra Pedrosa (1653) X Joao Batista de Matos
1.3.5 Luiz Barbalho Bezerra (1660)
Algumas geracoes do ramo de Michaela e Joao Batista de Matos podem ser vistas no endereco, comecando a partir da “Quinta Geracao”, e voltando: http://mitoblogos.blogspot.com/2010/08/genealogia-520-um-ramo-barbalho-bezerra.html.
1.3.5 Michaela Barbalho Bezerra Pedrosa X Joao Batista de Matos, pais de:
1.3.5.1 Capitao Jeronymo Barbalho Bezerra X Lucrecia Lemos
1.3.5.2 Francisco de Matos Bezerra X Ana Maria da Costa (ou Barbalho)
Neste outro endereco do mitoblogos: http://mitoblogos.blogspot.com/2008/07/genealogia-287-famlia-feij-de-felgar.html, encaixa-se uma pequena sequencia ao anterior. No numero 41 desta postagem encontramos que Frederico Augusto de Mesquita, o barao de Cacequi, casou-se com Maria Nicolacia da Conceicao Bezerra. Ela aparece como filha de Jose Barbalho Bezerra e Custodia Francisca da Silva. Estes sao os personagens tratados na “Primeira Geracao” da postagem anterior. Michaela e Joao Batista foram quartavos de Maria Nicolacia.
1.3.3 Paschoa Barbalho X Pedro da Costa Ramires, pais de:
1.3.3.1 Maria da Costa Barbalho X Manoel de Aguiar, pais de:
1.3.3.1.1 Theodozia de Aguiar Barbalho X Joseph Carneiro da …..(Mariana, MG)
1.3.3.1.2 Joao de Aguiar Barbalho X Joana de Oliveira (hipotese)
1.3.3.1.3 Manoel Vaz Barbalho X Josepha Pimenta de Souza (Milho Verde, Serro, MG)
1.3.3.2 Jose da Costa Barbalho X Madalena de Campos, pais de:
1.3.3.2.1 Pascoa Barbalho da Ressurreicao X Jose Vieira da Costa
1.3.3.2.2 Teresa Barbalho X Alonso Maciel Tourinho
1.3.3.2.3 Ana Maria da Costa (ou Barbalho) X 1.3.5.2 Francisco de Matos Bezerra (acima)
Ha ai a possibilidade de que o marido de Theodozia Barbalho ja fosse um parente. Isso porque pessoas tinham tendencia de migrar em grupos familiares. Quando alguns se mudam para outro lugar logo incentivam outros a fazerem o mesmo. Embora dona Cecilia de Andrade Carneiro ja fosse terceiravo dela, as duas familias poderiam ter ocupado espacos semelhantes, apesar de terem formado genealogias paralelas.
No site FamilySearch encontra-se alguns documentos de batismos onde aparece o casal Ignacio Barbalho e Ignes de Campo (ou da Silva). Nao eh possivel determinar a procedencia, porem, nao sera impossivel ser mais um casamento entre primos, sendo ela dos Campos de dona Madalena. Os nascimentos se deram em 1737, 39 e 1743. Respectivamente, Antonio, Manoel e Jose foram os filhos.
1.3.3.1.3 Manoel Vaz Barbalho X Josepha Pimenta de Souza, pais de:
1.3.3.1.3.1 Policarpo Joseph Barbalho X Bernarda Maria de Azevedo (Gravatai, RS)
1.3.3.1.3.2 Isidora Maria da Encarnacao X Capitao Antonio Francisco de Carvalho (Itapanhoacanga, MG)
1.3.3.1.3.3 Jose Vaz Barbalho X Anna Joaquina Maria de Sao Jose (Conceicao, MG – hipotese)
Como se pode observar, mesmo com os casamentos intrafamiliares as nossas relacoes familiares, de certo modo proximas, com o restante dos brasileiros nao eh um desejo nem sonho e sim uma realidade a ser pesquisada. No sitio do FamilyRearch, por exemplo, encontram-se em Minas Gerais pelo menos uma centena de pessoas com o sobrenome Barbalho. Contam-se ai apenas as registradas durante o seculo XVIII e XIX.
Como ha um bom numero de registros de criancas e casamentos desde o seculo XVIII, ha uma possibilidade real de que a descendencia do sobrenome Barbalho radicado no Rio de Janeiro a partir do governador Luiz Barbalho Bezerra contasse com um numero maior de 1.000 pessoas em idade de reproducao ou a caminho disso, somente em Minas Gerais.
Em meus calculos aleatorios tenho que a populacao do Estado de Minas Gerais em torno do ano de 1800 nao ultrapassaria `a marca de 400.000 pessoas. Entre as quais muitas nao se reproduziram. No passar dos dois seculos seguintes existem chances de sobra para que todos os mineiros tenham pelo menos uma daquelas 1.000 pessoas dentro do rol de seus ascendentes.
A aparencia de a familia ser pequena, pelo fato de nao haver tantos assinantes Barbalho quanto os ha dos Silva, eh um engano. Foram relativamente poucos os portugueses e outros “estrangeiros” que ajudaram a povoar o Estado. Contudo, como eles chegavam em sua maioria em sua versao masculina, os sobrenomes que predominaram sao os dos patriarcas que, sozinhos, nao reproduziriam. Nossos pais foram portugueses, em boa parte, porem, nossas maes foram brasileiras, em predominancia.
E se nos atermos apenas aos sobrenomes que portamos, podemos estar colocando um veu opaco em frente aos nossos olhos para a verdadeira Historia que viveram nossos ancestrais.
Embora aqui estamos abrangendo a genealogia mais em torno do Centro-Sul do pais sera sempre bom deixar um atalho para quem desejar ir mais a fundo. O nosso confrade Lenio Richa postou na pagina que ele esta cultivando sob o codinome “Regos”, endereco acima, a relacao de filhos do casal: governador Luiz Barbalho Bezerra e Maria Furtado de Mendonca. Mas para quem desejar se informar melhor, pode buscar:
Neste endereco encontramos a “Nobiliarquia Pernambucana”, de Antonio Jose Victoriano Borges da Fonseca. Foi reeditado em 1935, nos Anais da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Nesta literatura encontram-se diversos titulos de ancestrais da maioria dos brasileiros. Entre os quais estao os Barbalho, comecando `a pagina 139.
Tambem no rodape da pagina 384 inicia-se um “Appendix”, onde se repete o inicio do Titulo dos Barbalho, porem com enfase para a descendencia de Felippe Barbalho Bezerra, irmao do governador Luiz. No paragrafo 7o. da-se atencao `a formacao da Familia Barbalho Uchoa.
Um importante complemento aos dados da Familia Barbalho sera o titulo: Bezerra Felpa de Barbuda. Inicia-se `a pagina 35. E ja no inicio da pagina 38 apresenta dados discrepantes daqueles que encontramos na nobiliarquia fluminense. Ai Borges da Fonseca “julga” que o Jeronymo Barbalho Bezerra, que foi “degolado” no Rio de Janeiro; e o Antonio Barbalho Bezerra que se casou com dona Joanna Gomes da Silveira, eram filhos do Felippe Barbalho Bezerra, irmao do governador Luiz Barbalho.
2) Revista Trimestral do Instituto Historico e Geographico Brazileiro, Volumes 79-80. Edicao de 1889.
A partir da pagina 310 ha uma sintese da familia do governador Luiz e sua esposa Maria Furtado. Esta publicacao funciona como um complemento ao que se encontra nas literaturas do Rio de Janeiro, pois, em uma encontramos seis filhos e na outra tambem seis. Contudo, tres se repetem nas duas, indicando tratar-se realmente do mesmo casal. Assim, retirando-se a repeticao encontram-se os nove. Ali se trata da Nobiliarquia Bahiana.
A partir da pagina 313 eh discutido o titulo Ferreiras e Souzas. Ai ha um complemento dos Barbalho, pois, dona Antonia Barbalho Bezerra, filha do governador Luiz e dona Maria Furtado, casou-se com Antonio Pereira de Souza (p.314). Deles eh filha, entre outros: dona Ignez Thereza Barbalho Bezerra, que casou-se com o coronel Egas Moniz Barreto, e destes descendem importantes figuras da nobreza brasileira.
Anteriormente, `a pagina 308, trata-se do titulo “Negreiros de Sergipe do Conde”. Neste titulo registram-se os casamentos de dona Anna de Negreiros com o coronel Guilherme Barbalho Bezerra; e de Francisco Negreiros de Sueiro com dona Cosma Barbalho Bezerra. Sao dois dos filhos que permaneceram na Bahia. Os outros que la permaneceram foram: Fernao Barbalho Bezerra e Francisco Monteiro Barbalho Bezerra. Mas nao ha evidencias de que tenham se casado, nas literaturas ate ao momento investigadas.
Como comenta o Marcelo Bogaciovas, eh possivel que Francisco de Oliveira Gago tenha sido descendente de Antonio de Oliveira. A apresentacao dele eh a mesma, e aparece logo no inicio da postagem. Ou seja, foi um dos pioneiros da colonizacao de origem europeia no Brasil, particularmente na Capitania de Sao Vicente. Contudo ainda nao esta claro o grau de parentesco entre o nosso sugerido ancestral Francisco e o fidalgo Antonio.
Ha que fazer-se uma ressalva de que alguns autores atuais nao consideram dona Genebra Leitao de Vasconcelos como a mae dos filhos de Antonio de Oliveira. Alega-se que ele teve outras duas esposas e que os filhos eram delas. Nao ha que entrar-se no merito dessa controversia ja que nao sou especialista. Quero que se comprove as relacoes parentais com o nosso ramo. O restante sera complemento.
Ao que tudo indica, se ficar comprovado que temos ascendencia em Antonio de Oliveira, ninguem sera mais paulista do que nos, ou pernambucano, ou fluminense, ou mineiro. E antes que se descubra que tenhamos ascendencia em fundadores de outros Estados, as populacoes dos outros Estados deverao ter vinculos semelhantes com esses nossos ancestrais tambem.
Ou seja, nao havera como se anda dizendo atualmente os nos e os eles. Eles somos nos e nos somos eles. Tudo farinha dos mesmos sacos. Basta-nos abrir nossas mentes para essa realidade!
Apenas recordando. Neste endereco temos a: “Arvore de Costado de Francisco Buarque de Holanda”. Devera existir muita gente que coincide ser nossos ancestrais nela. Porem, encontramos entre eles alguns mesmos que se encontram na Nobiliarquia Pernambucana.
Pode-se constata-los a partir da linhagem de decimoterceiravos do compositor. Os numeros:
19386 Pantaleao Monteiro
19387 Maria Monteiro
19390 Francisco Carvalho de Andrada
19391 Maria Tavares de Guardes
Da de decimosegundavos:
9692 Antonio Bezerra Felpa de Barbuda
9693 Maria de Araujo
9694 Braz Barbalho Feyo
9695 Maria de Guardes
Da de decimoprimeiravos:
4846 Guilherme Bezerra Felpa de Barbuda
4847 Camila Barbalho
Todos sao nossos ancestrais. Diverge-se aqui por estes serem pais tambem de dona Brasia Monteiro (no final da p. 37 da Nobiliarquia Pernambucana), que foi a esposa de Luiz Braz Bezerra. Eles se tornaram ancestrais do compositor e da Familia Buarque de Holanda. Brasia Monteiro foi irma de, ao menos: do governador Luiz Barbalho e Felippe Barbalho Bezerra.
Este eh um comprovante de que o fato de nao assinar-se um sobrenome nao significa que nao se seja parte, nem que seja remota, de outras Familias. Chico Buarque de Holanda descende de, entre outros, dos Coelho que tiveram o senhorio de Filgueiras e Vieira. Dos quais presumimos tambem sermos. O que boa parte da populacao deve tambem se-lo.
Os dados encontrados no endereco acima foram compilados por Pedro Wilson Carrano Albuquerque.
De tudo o que escrevi no presente texto ha mesmo que se guardar o mais importante. Constatado esta que algo ha que se fazer para corrigir possiveis enganos dos genealogistas do passado. Porem, as literaturas que eles escreveram estao ai, presentes muitas vezes na internet, e, se nao foram precisos em suas buscas, pelo menos servem para orientar-nos em buscas futuras.
Entao, o que falta para o caso particular de nossas familias sera mesmo tentarmos localizar documentos que fornecam os dados necessarios que preencham as lacunas de ligacao entre o que temos no presente e o que eles recolheram no passado. Como falei antes, seria fundamental localizarmos os registros de casamentos:
1. Manoel Vaz Barbalho X Josepha Pimenta de Souza (segunda a literatura: casados em Milho Verde, Distrito da atual Cidade do Serro, Minas Gerais, em 18.09.1732; ele seria filho de Manoel de Aguiar e sua esposa Maria da Costa Barbalho, e ela de Belchior Pimenta de Carvalho, com mae ignorada).
2. Jose Vaz Barbalho X Anna Joaquina Maria de Sao Jose (supoe-se que tenham se casado na atual Cidade de Conceicao do Mato Dentro, Minas Gerais. Data possivel estara entre 1790 e anos anteriores. Ele era natural do Serro e ela de Conceicao do Mato Dentro. Ele tera sido filho de Manoel de Aguiar e Maria da Costa Barbalho. Poderia ser neto do casal e filho de algum primeiro casamento de Policarpo Joseph Barbalho, que por volta de 1780 mudou-se para Gravatai, no Rio Grande do Sul, ja com uma possivel segunda familia iniciada).
3. Francisco Marcal Barbalho X Eugenia Maria da Cruz (Coelho) (casamento acontecido em Guanhaes, quando ainda era Freguesia de Conceicao do Mato Dentro, mais possivelmente entre 1845 e 1848. Ele filho de Policarpo Jose Barbalho e de Isidora Francisca de Magalhaes (por suposto de ela ter sido esposa). E ela filha do capitao Jose Coelho da Rocha (ou de Magalhaes) e sua esposa legitima, Luiza Maria do Espirito Santo).
4. Existem alternativas a estes documentos. Um deles sera o “De Genere Et Moribus” do padre Policarpo Jose Barbalho. Deveria estar no Arquivo Eclesiastico da Arquidiocese de Mariana, Minas Gerais. Apos ter criado familia e ficado viuvo, segundo tradicao, Policarpo Jose Barbalho retornou ao seminario, no qual ingressara antes de 1808 quando se casou, e ordenou-se padre, depois de seu filho Emigdio de Magalhaes Barbalho ter-se ordenado em 1845. Padre Policarpo teria falecido como paroco do Inficcionado, atual Distrito de Santa Rita Durao, na Cidade de Mariana, Minas Gerais.
Este documento referente ao padre Policarpo podera ser bastante abrangente, podendo revelar pelo menos os nomes de ancestrais ate ao nivel de avos dele e podera fazer mencoes aos filhos e casamentos destes dos quais ainda nao temos noticias.
5. Quaisquer outros documentos, particularmente de inventarios e testamentos dos personagens mencionados nos 4 numeros anteriores.
III PARTE
UM NOSSO LADO CRISTAO-NOVO E, TALVEZ, OUTRO PAULISTANO – III PARTE
Ontem, 23 de julho de 2015, por uma inspiracao boa, resolvi bolir no teclado e pedir ao Google que buscasse o nome Susana Requeixo de Estrada. Como sempre, mostrou-me infidaveis opcoes. Acabei optando, entre outras, pelo endereco acima.
Como abriu nos mesmos personagens tratados nas partes anteriores resolvi rebuscar. Nao demorou muito e encontrei o Martim Afonso de Sousa, primeiro Governador Geral do Brasil, como ancestral dela. Dai para tras nao precisei fazer uma verdadeira comemoracao. Isso porque, para mim, foi “chover no molhado”.
Para facilitar vou postar a linhagem que este sitio nos oferece. Seriam, entao, nossos ancestrais, segundo a ordem de geracoes:
decimavos       : Susana Requeixo Estrada X Joao Pimenta de Carvalho
undecimavos   : Felippa da Motta X Afonso Mendes de Estrada
duodecimavos : Felippa da Motta X Manoel de Oliveira Gago
XIIIavos           : Felippa Gomes da Costa X Vasco Pires da Motta
XIVavos           : Isabel Lopes de Sousa X Estevao Gomes da Costa
XVavos           : Martim Afonso de Sousa X esposa nao identificada
XVIavos          : Lopo de Sousa X Beatriz de Albuquerque
XVIIavos         : Pedro de Sousa X Isabel Pinheiro
XVIIIavos        : Martim Afonso de Sousa X Violante Lopes da Tavora
XIXavos          : Martim Afonso de Sousa X Aldonca Rodrigues de Sa
XXavos           : Vasco Afonso de Sousa X Ines Dias Manoel
XXIavos          : Martim Afonso de Sousa X Aldonca Gil de Briteiros
XXIIavos         : Martim Afonso Chichorro X Ines Lourenco de Sousa
XXIIIavos        : Afonso III, rei de Portugal X Madragana ben Aloandro
XXIVavos        : Afonso II, rei de Portugal X Urraca de Castela
XXVavos        : Sancho I, rei de Portugal X Dulce de Berenguer
XXVIavos       : Afonso I, rei de Portugal X Mahaut di Savoia
XXVIIavos      : Henry de Bourgogne X Teresa de Leao
Postei estas linhagens apenas para demonstrar que tudo volta ao mesmo principio. A outra linhagem que pudemos decifrar e com certeza, com poucas duvidas entre geracoes, volta ao casal Henry e Teresa. Trata-se da linhagem que nos chega por intermedio do sobrenome Bezerra. Porem, difere desta por descendermos ali via uma das irmas do rei Afonso Henriques, a princesa Urraca Henriques.
Um detalhe super importante eh nos estudos do Marcelo Meira Amaral Bogaciovas o pai da primeira Felippa da Motta chamar-se Francisco de Oliveira Gago e nao Manoel de Oliveira Gago. Como sempre algumas controversias sao despertadas, ha que esperar-se para um diagnostico indubitavel. Mas, de qualquer forma, Francisco de Oliveira Gago era filho do Manoel, segundo os presentes estudos e, pelas datas do provavel nascimento, nao poderia ter sido pai da Felippa da Motta, mae da Susana. O maximo de controversia, entao, seria se temos uma geracao a mais ou nao nesta linhagem.
Manoel de Oliveira Gago era filho do capitao-mor Antonio de Oliveira. O que confirma que temos aquela veia paulista com pequenas duvidas.
Neste caso, contudo, nao acrescentaremos mais uma alternativa de linhagens nobres em nossos ancestrais. Isso porque a outra linhagem que supostamente descenderiamos do mesmo rei Afonso III esta acoplada `a linhagem do Manuel Pimenta de Carvalho. Ela procederia de dona Maria Cardoso de Souto Mayor, que aportou no Brasil via os Pontes Cardoso, da Ilha Terceira, do Arquipelago dos Acores. Portanto as alternativas, por enquanto, sao excludentes.
No caso particular da Cidade de Virginopolis, fica, entao, a promessa de que boa parte da populacao descendente de seus fundadores procedem destes mesmos ancestrais, gracas ao sobrenome Barbalho e que devera repetir-se nos descendentes dos Coelho de Magalhaes, caso se comprove que a dita sextavo, Maria Rodrigues de Magalhaes Barbalho, descenda desta mesma raiz, via alguma linhagem ligeiramente alternativa.
A populacao daquele municipio devera gozar de ascendencias nobres por diversos caminhos. Os grupos familiares, em boa porte ligados a estes dois sobrenomes, terao varias linhagens ligando-os aos ramos nobres portugueses. Contudo ha que correr-se atras, pois, enquanto nao forem verificadas as tradicoes, nada estara definido.
Uma parte dos Barbalho, por exemplo, tem a tradicao de que os Coelho de Andrade, seus ancestrais, seriam parentes do poeta Carlos Drummond de Andrade. O que eh tradicao tambem entre os Dias de Andrade. Se o sao, entao, as raizes irao encontrar-se novamente no Martim Afonso de Sousa. Melhor dizendo, a partir da Felippa da Gomes da Costa, diferindo entao, pois a genealogia do poeta segue atraves do Atanasio da Motta, filho dela.
Algo semelhante se da com os “da Cunha Mene(s)zes”. Tradicao familiar afirma que descendem do “Fanfarrao Minezio”. Este nome foi ficticio, usado por Tomas Antonio Gonzaga, para ocultar suas criticas ao governador Luis da Cunha Meneses, em suas Cartas Chilenas.
Luis era solteiro mas dizem dele ter sido um “garanhao”, deixando filhos ate mesmo sem reconhecimento. Um resultado de suas peripecias chegou `aquele municipio. Mas ha que decifrar-se duas ou tres geracoes para saber-se como o sr. Jose da Cunha Menezes entra na linhagem dele.
Outro ramo com tradicao seria o da Familia Furtado Leite. Oriunda de Sao Joao do Morro Grande, atual Barao de Cocais, Minas Gerais, descende de Antonio Furtado Leite. Atualmente a descendencia usa apenas o Leite, os que usam. Falam as tradicoes que procede do Jose Feliciano Pinto Coelho da Cunha, o Barao de Cocais. Falta comprovar-se que houve, como se conta, uma “familia furtiva” do barao e dela procedem filhos, entre os quais esta o sr. Antonio.
Outras familias na cidade ou grupos familiares deverao tambem agregar nobreza ao municipio. Entre eles estao os Ferreira Rabello, Ferreira Campos, Baracho, Almeida, Pacheco, Soalheiro, Ferreira, Gomes, Figueiredo, Fonseca, Lara, Oliveira Freire, Valadares, Lima, Borges, Monteiro, Pereira do Amaral, Barbosa, Azevedo, Souz(s). Alem desses, outros, tem indicios que os ligariam `as antigas familias nobres da Peninsula Iberica. Falta apenas procurar pelos ancestrais.
Claro, ha que ressaltar-se aqui a necessidade de encontrarmos, pelo menos, aqueles 3 registros de casamentos mencionados na parte anterior. Ou as alternativas a eles. Fica quase inadmissivel a probabilidade de que eles iriam negar o que as evidencias ate agora encontradas apontam. Mas de uma ou outra forma, todos os caminhos do mar levam aos rios que o originaram.
O mar sem sal nao seria o mar! E todo o sal do mar foi carreado pelos rios que o reabastecem. Por incrivel que pareca, a agua pura eh tida como insipida, ou seja, nao tem gosto. Porem, sao as chamadas aguas doces que carreiam os minerais para as aguas do mar. Com a evaporacao oceanica, os sais se concentram, dando sabor `as aguas do mar. E se o sal perder o seu sabor, de que valera?! O nosso sabor e saber esta em nossos ancestrais.
Interessante eh isso. Ja questionaram o porque de buscar ancestrais tao longinquos! Afinal, nem sequer deveriam ser considerados parentes tao “distantes no tempo” estao de nos. Porem, tanto o tempo quanto o aparentamento sao relativos. O meu tempo nao eh o mesmo se comparado ao de uma crianca. Ela pensa que 100 anos eh algo abismal. Para mim eh menos do dobro da minha vida!
Ja o aparentamento depende muito. Ha 1.000 anos atras praticamente todo mundo era bem aparentado em Portugal. Entao as descendencias de quaisquer pessoas ja possuiam alto grau de parentesco entre si. Mas se considerarmos a genealogia tradicional, consideramos primos em primeiro grau os filhos de tios reciprocos. Primos em terceiro grau os filhos de avos e tiavos reciprocos. E assim por diante.
Mas essa concepcao nao funciona perfeitamente em relacao `a genetica. Se dois primos descendem duas vezes de mesmos bisavos, eles nao terao uma carga genetica equivalente a primos de quinto grau. Terao uma carga semelhante `a de primos de terceiro grau. E os bisavos terao uma carga consanguinea com eles igual a de avos e nao de bisavos.
Para que se tenha uma ideia, os ancestrais que meu lado familiar tem em relacao ao sobrenome Barbalho repete-se 3 vezes no tronco Barbalho. Caso venha a ser confirmado que nossa sextavo Maria Rodrigues Barbalho procede do mesmo ramo, entao, somar-se-ao outras 6 vezes que nos chega via nossa ascendencia Coelho de Magalhaes. Quantas vezes mais isso se repetira nao fazemos ideia via outros sobrenomes.
O certo eh que, sendo o caso, seremos aparentados muito mais proximos de todos os nossos ancestrais dessas linhagens do que sabemos. O que os faz nao parentes remotos e sim, aparentemente, pouca coisa distantes.
Nao eh atoa que frequentemente vemos similaridades, praticamente identidade, de antepassados e descendentes. Sempre existem aqueles entre nos que se parecem com o vovo, a vovo, ou ancestrais mais distantes. Nao eh mera coincidencia do acaso. Eh ciencia mesmo!
Imaginem agora se descobrirmos a seguir que Goncalo Pimenta de Carvalho e Maria Jacome de Melo nao sao apenas nossos ancestrais como tenham parentesco proximo com a Familia de Braganca. Ficara bem mais facil entender o porque de nossos ancestrais e alguns primos atuais, os quais conhecemos via fotografias, sao parecidos com os Pedro I ou II, imperadores do Brasil.
Por fim, quem desejar dar um passeio maior, navegando pelos mares da nossa genealogia, entre no sitio mencionado no numero 12 e visite as casas dos pais (parents) de nossas ancestrais. Ja naveguei em outros tempos. Eu fiz uma pequena visita aos ancestrais de dona Ines Dias Manoel. Isso porque sei que o Manoel, geralmente, remonta a familias de alta nobreza. E nao deu outra. Ela tem essa sequencia a partir dos pais:
Sancho Manoel de Castela X Ines Dias de Toledo
Manoel de Castela X Nuna (de Castela)
Fernando III, rei de Castela e Leao X Elisabeth von Schuaben.
Por fim, nao se esquecam de visitar o espaco de dona Isabel Lopes de Sousa e ali leiam essa mensagem:
“Em Genealogia Paulistana (tto Godoys) consta que foi filha bastarda de Martim Afonso de Sousa. Descende do Rei dos Reis Dario I, de Carlos Magno, de Fernando I Rei de Leao e Castela, de Ramiro II e Addallah Muhammed Setimo Emir de Cordoba, de Hugo Capeto, de William I o Conquistador da Inglaterra e de Afonso Henriques Rei de Portugal.”
Na verdade, eh muito mais que isso. E diga-se de passagem, via ela, nos e boa parte do Brasil tambem!
IX PARTE

O NOSSO LADO APIMENTADO, OU PIMENTA DE CARVALHO

Como sabem, retornei ao livro ARCHIVO HERALDICO-GENEALOGICO, de autoria do Visconde de Sanches de Baena, editado em 1872, em Lisboa, pela Typographia Universal. Perante a descoberta de nomes de novos possiveis nossos ancestrais, pretendia verificar se coincidia encontrar os nomes deles como ancestrais dos receptores das cartas de brasoes emitidas ao longo dos seculos.
Apos verificadas em detalhes cerca de 500 paginas e mais de 2.000 cartas, nao encontrei nenhuma relacao direta entre os milhares de nomes que surgem nas genealogias e os nossos ancestrais conhecidos. Claro, os sobrenomes “condenam”. Torna-se praticamente impossivel existirem tantos sobrenomes entre nossos ancestrais conhecidos, sendo eles iguais aos presentes nas cartas, e nao termos nenhuma relacao de parentesco com pelo menos boa parte.
Fiz 13 paginas de anotacoes que algum dia poderao facilitar emendar os dados nas cartas `a nossoa genealogia. Naturalmente, quando encontrarmos algo mais especifico em relacao aos ancestrais que ainda nao conhecemos como tais.
Entre as anotacoes destaca-se a presenca, `a pagina 121, numero de ordem 475, a carta passada a Caetano de Oliveira da Matta, ja relatado aos primos, onde se expressa que Gaspar Nunes da Matta era co-irmao do D. Frei Goncalo Pimenta. Ressaltei que por descender tambem do sobrenome oriundo da Irlanda, “da Rocha”, este Caetano devera ser nosso aparentado via a linhagem “da Rocha” que tivemos no seculo XVIII, cuja assinatura nao usamos mais.
Outra carta digna de nota sera a de numero 1991, iniciada `a pagina 501, e que contempla a Manuel de Passos Dias. A genealogia apresentada retorna ao primeiro do nome Passos. Interessante para os amigos que usam essa assinatura. E tambem para um ramo de minha familia, caso “O Onoro”, apelido que tambem virou relato em meus escritos, tenha entre seus ancestrais um membro com essa assinatura.
Outro bom indicio encontrei `a pagina 508, na carta numerada 2020, dedicada a Manuel dos Santos Vaz Ribeiro.  A carta 2244 contempla a D. Rosa Maria dos Santos Vaz Ribeiro, irma dele. Cartas essas passadas no ano de 1807. O avo dos irmaos chamava-se Santos Ribeiro.
Auspiciosamente, temos um relato do capitao Santos Jose Ribeiro, nascido em 1840, em Itambe do Serro, que tornou-se morador de Sao Joao Evangelista, sendo um dos primeiros moradores do arraial apos criado. Deixou vasta descendencia. O professor Dermeval Jose Pimenta descreve, `a pagina 113 do livro dele, a chegada deste chefe de familia `a nossa genealogia.
E `a pagina 342 descreve que Moacir Ribeiro foi casado com Maria Jose Goncalves Coelho Ribeiro, filha de Salathiel Batista Coelho e Iracema Campos Goncalves. Por acaso, o tiobisavo Salathiel foi irmao da bisavo Olimpia Rosa Coelho do Amaral, esposa do bisavo Joao Rodrigues Coelho. Eram eles primos em segundo e outros graus.
O que me faz pensar que possa haver alguma ligacao entre o senhor Santos Ribeiro e o Santos Jose Ribeiro foi o fato de as cartas terem sido expedidas em 1807. Pode ser que nenhum dos dois irmaos seja ascendente do segundo. Mas chances existem que sejam da mesma familia. Talvez primos. E 1807 foi a vespera da Invasao Francesa a Portugal, em 1808. Desde entao houve uma debandada de portugueses que se instalaram em todo o territorio brasileiro.
Itambe do Serro seria uma opcao logica para portugueses nobres se instalarem porque fazia parte do quadrilatero diamantino. Ou seja, ficava dentro das quatro linhas que demarcavam o territorio onde se explorava diamantes, sendo que Diamantina, antigo Arraial do Tejuco, tornou-se a referencia maior, porem, diversos outros locais contaram com minas da pedra preciosa.
Em escritos anteriores recordo que tivemos ao Joaquim Coelho de Araujo, neto do nosso quintavo Jose Coelho de Magalhaes, ainda explorando diamantes na regiao, em 1871. Ao lado dele encontrava-se o senhor Diniz Tameirao Pinto, na mesma atividade. Este Tameirao deve ser o mesmo que meu vizinho aqui usa. E a esposa deste, eh filha do senhor Haroldo Faria, duas vezes prefeito do municipio de Pote, mais provavelmente, bisneto de Olympia Coelho de Araujo, irma do mineiro Joaquim.
Terminada essa leitura dinamica, onde outras duas centenas de paginas nao foram revistas em detalhes, ficou a impressao de que existiram, entre outras, 4 familias que nao pareciam ser da alta nobreza, porem, tornaram-se grandes fornecedoras de noivas. Trata-se dos Carvalho, Costa, Mello e Faria. As 3 primeiras seriam do interesse geral e a quarta do interesse particular do ramo que ate hoje se alcunha como tal.
Assim temos que os nossos possiveis ancestrais: Goncalo Pimenta de Carvalho e Maria Jacome de Melo terao ascendencia na mais alta nobreza portuguesa e espanhola. Embora nao se possa ainda afirmar nada com absoluta certeza.
Outra impressao que as cartas colhidas pelo visconde deu foi a de que elas nao passassem de barcos salvavidas para a baixa nobreza. Observa-se que poucos contemplados eram titulares da nobreza reconhecida. Nao temos condes, duques, marqueses etc. Tratava-se geralmente dos filhos, dos filhos, dos filhos de alguem que havia sido proeminente ha certo tempo atras.
Ha que entender-se isso numa perspectiva matematica. Alguem geralmente muito rico fundava um morgado para honrar sua heranca. Como na sucessao da realeza, somente os primogenitos herdariam o morgado, sendo os irmaos e familiares proximos colocados numa “reserva”.
Os irmaos, deserdados do titulo, podiam buscar a sorte atraves do casamento. As mulheres poderiam ser escolhidas para se casarem com os cabecas de outros morgados. Ja o homens teriam maior dificuldades porque alguma filha que se tornasse senhora de algum morgado procuraria casar com algum senhor. Nisso se juntavam privilegios de duas herancas.
Os que nao se encaixassem nessa opcao acabavam procurando casar-se entre a parentalha mesmo, para preservar o sobrenome, pois, automaticamente os sobrenomes eram associados ao morgado sendo que, podia-se nao ser rico, porem, a ostentacao do sobrenome identificava aqueles que nao eram “Jooes Ninguem”.
Diga-se de passagem, com o passar do tempo, ja que as descendencias multiplicavam-se exponencialmente mas os titulos e morgados nao acompanhavam nem de longe essa multiplicacao, nao restava opcao aos deserdados senao casar-se com os comuns. Com isso, em poucos seculos, mesmo a mais comum das pessoas descendia da alta nobreza.
Mas como o regime economico sempre foi excludente, considerava-se nobres somente os que obtinham posses. Por essa razao o movimento migratorio atraia tanto aos “descendentes de segunda classe”. Em terras novas abriam-se oportunidades para novas fortunas e fundacoes de morgados novos. Era a oportunidade de um descendente nobre, em condicao desfavoravel, retornar `a posicao que possuiram seus ancestrais.
O problema eh que retorna-se `a matematica da multiplicacao exponencial. Somente os primogenitos herdavam os titulos. E a maioria acabava voltando `a condicao de cidadao comum. Embora esse comum nao fosse sem algum privilegio, pois, podia-se atravez da prova de ascendencia conseguir algum cargo publico que resguardaria a sobrevivencia pelo resto da vida.
Assim, a participacao na descendencia de nobreza protegia as pessoas de cair no regime da escravidao aberta. Mas o sistema de primogenitura terminava por empurrar a maioria para a base da piramide economica.
Isso acontecia em razao dos direitos aos privilegios de nobreza. Um direito que cabia a poucos mas que era sustentado economicamente por todos. Gracas a essa cultura dos privilegios dos bem-nascidos foi que surgiram os movimentos nacionalistas das colonias. Pois, todos descendiam de mesmos ancestrais antigos. Os menos favorecidos eh que davam suas vidas nas conquistas coloniais.
Estabelecidas as colonias e tornando-as prosperas, os senhores reis se arvoravam no direito de ordenar aqueles que ocupariam os cargos mais elevados e melhor remunerados. Fatalmente os senhores reis decidiam pelos seus proximos e os de suas confiancas, enquanto o povo que trabalhava tinha que contentar-se com as sobras. Dai o ressentimento. E dele os sonhos de liberdade, que se traduziram pelo nativismo.
Terminado pois de ler o que me interessava na obra do visconde, procurei a descricao do escudo da Familia Pimenta. Mas por um lapso de memoria fiz o mouse buscar o T ao inves do P. La coincidiu de parar no Telles. E como o D. Frei Goncalo Pimenta tinha o Telles de Avelar completanto o sobrenome, resolvi copiar:
“Telles: Tello e Telles nao sao apelidos; o primeiro eh nome proprio, e o segundo eh o seu patronimico, que foi muito usado nos Menezes em memoria de Tello Peres, rico-homem e senhor de Menezes, de quem descendem todos os d’este apellido, e dos Giroes, e d’alguns Silvas, depois que se aparentaram com os Menezes.
Nao tem armas proprias, e usam as que trazem os condes de Unhao, marquezes de Alegrete e condes de Villa-pouca, eh o leao dos Silvas esquartelado com o campo de oiro dos Menezes, por descenderem de Fernao Telles, filho segundo de Ayres Gomes da Silva, senhor de Vagos, e de sua mulher D. Brites de Menezes; timbre o leao dos Silvas.” “CLXXI”
A seguir copiei tambem o que fala a respeito dos Pimenta:
“Pimenta. A familia dos Pimentas traz a sua origem de Affonso Pimenta Telles, filho de D. Ayres Pimenta, e neto de D. Affonso Paes Telles, ambos priores do Crato. Estendeu-se a muitas terras d’este reino em que logram nobreza.
Sao suas armas um escudo esquartelado; o primeiro quartel faxado e contrafaxado de prata e vermelho de cinco pecas; no segundo em campo azul tres vieiras de oiro em roquete, e assim os contrarios; timbre um homem nascente vestido de azul com um bastao de oiro na mao.”
Quase que automaticamente lancei os nomes novos na busca do Google. E no Google Livros encontrei disponivel para leitura o “Pedatura Lusitana (Nobiliario de Familias de Portugal)”, escrito por Cristovao Alao de Morais, durante o seculo XVII.
Nele encontrei resposta para uma pergunta crucial. Aquela que fiz anteriormente, ou seja, sera que o D. Frei Goncalo Pimenta Telles de Avelar teve filhos? A resposta foi um concreto sim. Alem disso ha uma pequena genealogia pregressa e progressa a ele.
Infelizmente nao foi possivel determinar se ele foi ou nao ascendente do nosso possivel ancestral, Goncalo Pimenta de Carvalho. Tudo indica que sim. Mas a genealogia traz somente a parte que cabe `a primogenitura. Vale a pena copia-la e guarda-la, pois, chegara o momento em que nos sera util. Na verdade, a familia era conhecida como ramo da Avelar. Dai talvez a busca pelo sobrenome Pimenta nao tenha dado melhores resultados anteriormente.
O livro esta repleto de abreviaturas que procurei suprimir, traduzindo-as por sua escrita extensiva. Espero com isso ter facilitado. Isso acontecera se nao tiver cometido algum engano. Seguem as paginas:
                                   AVELARES – PIMENTAS
     Os Avelares trazem por armas em escudo de ouro tres faxas vermelhas em cada uma tres estrelas de prata; e por timbre tres espadas nuas em roquetes fincadas no elmo com cabos de ouro. E os punhos de vermelho.
1. Pedro (A) Affonso de Avelar foi um fidalgo honrado que viveu em Monte de Loyos e Paco de Lumiar. Casou com sua parenta D. Mecia Affonso Telles, filha de … … … e teve:
                 2. D. Martinho de Avelar
                 2. D. Alvaro Pires de Avelar
2. D. Martinho de Avelar filho deste foi o vigesimo Mestre da Ordem de Aviz em que sucedeu a D. Diogo Garcia, e foi seu sucessor o Mestre de Aviz D. Joao que depois foi Rei de Portugal, teve ilegitimos:
                 3. D. Estevao Pimenta de Avelar
                 3. Joao Pimenta
                 3. Alvaro Pires de Avelar
     (A) – Este Pedro Affonso de Avelar diz o padre Pedro Peixoto e alguns documentos que vi em mao de seus descendentes que era filho de D. Alvaro Pimentelles, filho de D. Ayres Pimentelles, Prior do Crato, filho tambem de outro Prior do Crato: D. Alvaro Paez Telles, e que a merce do dito D. Alvaro Pimentelles era D. Mecia Pra. de Avelar, filha de D. Goncalo, Pro. de Avelar e irma de D. Martinho, Pra. que era irmao do Arcebispo de Braga D. Goncalo Pimentelles, 2o. do nome irmao tambem da dita D. Mecia.
                                                                321
e de Mayor Mendes m.er casada como consta na legitimacao passada em Braga a 24 de outubro de 1425.
                   3. Lourenco Pires de Avelar
3. D. Estevao Pimenta de Avelar filho 1o. deste. Casou com D. Elvira Telles de Avelar sua sobrinha, filha do desembargador Lourenco Eanes de Goes e de sua mulher D. Maria (A) Telles de Avelar, no. 3 e teve:
                   4. D. Goncalo Pimenta Telles de Avelar
                   4. Estevao Pimenta de Avelar
                   4. Fr. Martinho Pimenta, cavaleiro do habito de Sao Joao e comendador de Torres-vedras e do Landas.
4. D. Goncalo (B) Pimenta Telles de Avelar filho primeiro deste; foi cavaleiro da ordem de Sao Joao e comendador da Vera Cruz, e Algoso, e Prior do Crato eleito em Malta, dignidade que ElRei D. Joao III lhe pediu renunciasse para o infante D. Luis seu irmao prometendo-lhe satisfacao equivalente, e suposto que respondeu que nunca Deus permitisse que o lugar que lhe dera a sua religiao por seus servicos o vendesse ele, sem embargo disso renunciou depois por sua vontade para da-lo ao infante o qual em vida de D. Goncalo se nao chamou Prior do Crato e sim administrador. Teve em D. Francisca Valenzuela que uns fazem irma e outros filha de D. Diogo de Valenzuela, Prior de Sao Joao de Castela.
                    5. D. Estevao Pimenta de Avelar
                    5. D. Diogo de Valenzuela que morreu na India e sem geracao
                    5. o Doutor Francisco Pimenta
                    5. Pedro Affonso de Avelar, fidalgo da casa do Infante D. Luis e capitao-mor da India onde serviu. Segundo as cronicas de ElRei D. Joao III 2.p.c. 41: E 4.p. cap. 77
                    5. D. Mecia Pimenta de Avelar
(A) Al. Mecia
(B) Deste Goncalo Pimenta que eh nomeado sem o Dom faz mencao farta na Asia 1. Tomo 1 p.c.3.n.5
                                                                    322
5. D. Estevao (A) Pimenta de Avelar num instrumento que vi de sua qualidade e limpeza se nao chama de Dom nem seu filho Francisco Lopes Pimenta: e nos livros de familia se acham ambos com elle legitimado por ElRei D. Manoel no ano de 1520. Casou com D. Isabel Lopes da Costa irma de Antonio Lopes da Costa, tesoureiro da capela real, filhos de …. …. ….. e de sua mulher Leonor Roiz da Costa, filha de Fernao Roiz da Costa, irmao de Goncalo Roiz da Costa, sobrinhos do Cardeal D. Jorge da Costa, e teve:
                    6. Goncalo Pimenta (sem geracao)
                    6. Francisco Lopes Pimenta
6. Francisco Lopes Pimenta filho 2o. deste em alguns nobiliarios lhe chamam de D. Francisco porem nao se acha com Dom no dito instrumento nem em um alvara que vi do Cardeal D. Henrique em que o faz servidor da toalha e fidalgo de sua casa. E em outro em que lhe faz merce das Lutuosas do Arcebispado de Braga por renuncia que delas fez Goncalo Roiz sobrinho do Arcebispo D. Martinho passado em Almeirim a 11 de marco de 1528. E o dito Goncalo Roiz parece ser o Goncalo Roiz da Costa que acima fazemos irmao de seu trisavo, a qual renuncia devia fazer sendo ele muito novo ou antes dele nascer nas maos do dito infante. Este Francisco Lopes e sua mulher instituiram o morgado de Torres-novas. Casou com D. Ambrosia Vieira Varella de Carvalho, filha de Lancarote Vieira de Carvalho, fidalgo da casa do Infante Cardeal D. Antonio e alcaide-mor de Alcobaca, e de sua mulher D. (1) Margarida Varella Mascarenhas, filha de Pedro Varella Mascarenhas, alcaide-mor de Leiria que era descendente de D. Diogo Varella, senhor e alcaide-mor de Rendufe e Moncao que era dos Varellas de Guindemil em Galliza, solar dos deste apelido, e teve:
                    7. D. Estevao que morreu moco
                    7. D. Diogo Pimenta de Avelar
                    7. D. …. …. ….
                    7. D. …. …. …. ambas freiras em Coz.
(A) Chamou-se Estevao Pimenta sem Dom e no ano de 1560 foi procurador de cortes de Torres-novas com Alvaro Lopes Correia
(1) – N. E. – riscado
                                                                      323
                     7. D. Leonor Pimenta mulher de Pedro de Sa de Menezes com geracao.
7. D. Diogo Pimenta de Avelar filho 2o. deste sucedeu na casa e morgado de seu pai e viveu em Torres-novas, tirou no ano de 1610 um instrumento de sua nobreza que vimos de que consta muita parte desta sua ascendencia. Casou com D. Isabel Pimenta (A) filha do desembargador do Paco Joao Pimenta de Abreu; e de sua mulher D. Antonia de Sousa. Tomo 2. fls. 32 e teve:
                     8. D. Luis Pimenta que morreu sem geracao.
Casou 2a. vez com D. Anna da Sylva, filha de Jorge da Silva Leitao de Porcelos, natural de Redondo e de sua mulher Isabel Martins Varella e teve:
                     8. D. Francisco Pimenta
                     8. D. Maria Pimenta da Silva, mulher de Francisco de Sa Menezes, sem geracao. E depois casou com Nuno Barreto Fuzeiro com geracao de filhos que morreram meninos.
                     8. D. Bernarda Maria
                     8. D. Ambrosia Gregoria (ambas freiras em Coz).
teve bastardo:
                     8. D. Antonio Pimenta que se saiu da companhia e foi Prior de Sao Paulo de Lxa. E agora o eh em Torres-novas de Sao Paulo.
8. D. Francisco Pimenta filho deste sucedeu na casa e morgado de seu pai: viveu em Torres Novas e morreu solteiro no ano de 1679. E seu morgado passou a sua irma D. Maria Pimenta numero 8.
4. Estevao Pimenta de Avelar, filho segundo de D. Estavo Pimenta de Avelar numero 3
(A) – al. de Sousa.
                                                                        324
2. D. Alvaro Pirez de Avelar, filho 2o. de Pedro Affonso de Avelar, numero 1, foi balio de Leca, e comendador de Belver e pagem da lanca delRei D. …. …. …. e do seu conselho. Teve ilegitima:
                        3. D. Mecia (A) Telles de Avelar que foi mulher do doutor Lourenco Eanes de Goes, desembargador do Paco dos quais nasceu D. Elvira Telles de Avelar, mulher de D. Estevao Pimenta de Avelar, numero 3.
________
(A) al. Maria.
                                                                        325″
Infelizmente aqui nao encontramos datas que poderiam dizer-nos exatamente como se deu o passar das geracoes. Acredito que o Francisco Lopes Pimenta tenha nascido em epoca que pudesse ainda ser pai ou avo do Goncalo Pimenta de Carvalho. Corrobora com esta hipotese o fato de ter-se casado com D. Ambrosia Vieira Varella de Carvalho, o que justificaria a introducao do Carvalho no nome do descendente.
Claro, sem algo mais concreto nada podemos afirmar, pois, o nome Goncalo Pimenta poderia ser repetido diversas vezes na familia. E o casamento de outros filhos na familia com outras pessoas da assinatura Carvalho pode tambem ter se repetido. Podendo ocasionar ate homonimos e contemporaneos, dificultando um pouco a localizacao da linhagem correta `a qual pertencemos.
De qualquer forma, nao ha como negar-se que, confirmando nossa ascendencia neste nucleo familiar, pertenceremos `a mais alta nobreza do seculo XVI. Se deve particularmente a isso nos dar origem nos priores do Crato.
A chamada Religiao de Malta, que era liderada por priores, centrados na municipalidade do Crato, foi uma das ordens mais elevadas durante a Idade Media. `A similaridade dos Cavaleiros Templarios, foi formada por clerigos nobres e teve como objetivo maior a expulsao dos mouros, para a reconquista crista da Peninsula Iberica.
Entre os seus primeiros priores encontram-se os Pereira com vinculos familiares com D. Nuno Alvares Pereira, o atual santo Nuno de Santa Maria. A ordem militar e religiosa era tao poderosa que levou, por precaucao, ao rei D. Joao III solicitar o direito do priorato para membros da familia real. A ordem rivalizava-se em riqueza e poder com a realeza e qualquer conflito entre as duas nao seria dificil aos priores do Crato, se assim o desejassem, tomar a coroa.
Portanto, aquele aviso dado por D. Joao VI a Pedro I do Brasil, e IV de Portugal: “Antes que algum aventureiro o faca, faca voce”, nao se tratava de coisa nova. Os monarcas tinham consciencia de suas fraquezas. Assim, antes que algum aventureiro tomasse-lhes o poder, eles impediam que algum possivel adversario se tornasse poderoso o suficiente para pelo menos tentar.
Nao evitavam, porem, que essa disputa se desse dentro dos proprios castelos reais.