A HISTORIA DA FAMILIA COELHO DO CENTRO-NORDESTE DE MINAS GERAIS.

CONTEUDO DESTE BLOG – ALL CONTENTS

0. PURA MISTURA

TRUMPANDO O ELEITOR

RIDICULOSAMENTE FALANDO

CONSPIRACOES, ALIENIGENAS, TESOUROS DESAPARECIDOS E DOMINACAO

ALIENS, CONSPIRACIES, DISAPPEARED TREASURES AND DOMINANCE

  1. GENEALOGIA

A FAMILIA DE MANUEL RODRIGUES COELHO EM RESUMO

A HISTORIA E A FAMILIA BARBALHO COELHO ANDRADE NA HISTORIA

500 ANOS DE HISTORIA E GENEALOGIA DA PRESENCA BARBALHO NO BRASIL

ENCONTRO: JOSE VAZ BARBALHO MAIS UMA VEZ E OUTRAS NOTICIAS PARA A FAMILIA COELHO

OS RODRIGUES COELHO; E ANDRADE DO CARLOS DRUMMOND EM MINAS GERAIS

UM NOSSO LADO CRISTAO-NOVO E, TALVEZ, OUTRO PAULISTANO

https://val51mabar.wordpress.com/2015/05/10/nos-os-nobres-e-a-avo-do-juscelino-tambem-pode-ter-sido-barbalho-coelho/

https://val51mabar.wordpress.com/2015/03/07/algumas-notas-genealogicas-20142015/

https://val51mabar.wordpress.com/2014/04/14/genealidade-e-genealogia-de-ary-barroso/

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https://val51mabar.wordpress.com/2013/05/30/barbalho-coelho-pimenta-no-site-www-ancestry-com/

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2. RELIGIAO

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https://val51mabar.wordpress.com/2011/01/28/o-livro-do-conhecimento-de-deus/

https://val51mabar.wordpress.com/2010/01/22/carta-de-libertacao/

3. OPINIAO

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https://val51mabar.wordpress.com/2013/01/03/israel-as-diversas-verdades-e-o-padececer-da-palestina-e-outros-textos/

https://val51mabar.wordpress.com/2010/06/26/faixa-de-gaza-o-travessao-nos-olhos-da-humanidade/

https://val51mabar.wordpress.com/2013/05/12/neste-mundo-so-nao-eh-gay-quem-nao-quizer/

4. MANIFESTO FEMINISTA

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5. POLITICA BRASILEIRA

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https://val51mabar.wordpress.com/2010/10/16/o-direcionamento-religioso-errado-nas-questoes-eleitorais-brasileiras/

https://val51mabar.wordpress.com/2010/10/19/resposta-de-um-neobobo-ao-excelentissimo-sr-ex-presidente-fernando-henrique-cardoso/

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6. MISTO

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https://val51mabar.wordpress.com/2012/12/30/2012-in-review/

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https://val51mabar.wordpress.com/2015/01/25/minhas-postagens-no-facebook-i/

https://val51mabar.wordpress.com/2015/01/25/minhas-postagens-no-facebook-ii/

https://val51mabar.wordpress.com/2015/01/25/minhas-postagens-no-facebook-iii/

https://val51mabar.wordpress.com/2015/01/25/meus-escritos-no-facebook-iv/

https://val51mabar.wordpress.com/2015/02/14/uma-volta-ao-mundo-em-4-ou-3-atos-politica-internacional-do-momento/

7. IN INGLISH

https://val51mabar.wordpress.com/2010/06/02/the-nonsense-law/

https://val51mabar.wordpress.com/2010/08/21/13-stars-woman/

https://val51mabar.wordpress.com/2011/10/05/the-suicidal-americaa-america-suicida/

https://val51mabar.wordpress.com/2010/08/25/100-reasons-to-amnesty-the-undocumented-workers-in-united-states/

https://val51mabar.wordpress.com/2009/09/25/about-the-third-and-last-testament/

https://val51mabar.wordpress.com/2009/09/12/the-third-and-last-testament/

8. IMIGRACAO

https://val51mabar.wordpress.com/2010/06/17/imigracao-sem-lenco-e-sem-documento-o-barril-transbordante-de-injusticas/

 

PREAMBULO

Ha algum tempo publiquei este texto neste espaco. Contudo, devido a minha inexperiencia com computadores eu o havia escrito no sistema wordpad e o transcrevi para o meu e-mail para depois transferi-lo para o blog. Estas conversoes aglutinaram o texto que ficou sem paragrafos. Agora, 23.10.2010, estou tentando reorganiza-lo.

Com a revisao, notei que havia cometido alguns erros. Assim fui corrigindo o que me foi possivel. Um erro crasso foi querer citar a Revolucao Pernambucana, que se deu em 1.817, mas ter escrito no lugar a Revolta de Canudos (1.905). Quem ja leu “Os Sertoes” do Euclides da Cunha nao teveria ter cometido tal disparate, porem sao coisas do cansaco. Estava escrevendo e aprendendo muita coisa ao mesmo tempo na epoca.

Muita coisa descobri tambem, depois deste texto pronto. Algumas ja estao no texto: Arvore Genealogica da Familia Coelho no sitio: www.geneaminas.com.br. Sao fatos interessantes como o termos o monsenhor Omar Nunes Coelho em nossa genealogia. Ele eh sobrinho do Dom Manoel Nunes Coelho, primeiro bispo de Luz. Trabalhou tambem em Luz e eh filho do Notel e Maria Isabel Rodrigues. O Notel era irmao do D. Manoel. E o monsenhor Omar faleceu aos 94 anos em 2009.

Outra descoberta interessante se refere aa descendencia do nosso primo Nelson Coelho de Senna. O neto dele, Raul Bernardo eh avo do Raul Bernardo Nelson de Senna Neto que fez parte do time olimpico hipico brasileiro. Ganhou uma Copa Mercosul em 2.000 e foi aas Olimpiadas em 2.004.

Na mesma linhagem temos a familia do Mucio Emilio. Este filho do Nelson foi pai da Sylvia Emilia que eh mae da Silvia Amelia Hungria. Esta se casou com D. Afonso Duarte, principe de Orleans e Braganca. Ela eh mae tambem do Theodoro Hungria que se casou com D. Maria Gabriela, princesa do Brasil.

Conto isso apenas como curiosidade porque sao personagens da vida real e atuais. Sao pessoas da descendecia da antiga familia real brasileira que, atualmente, nao tem o poder. Tem talvez a probabilidade de terem descendentes que se casem com membros de familias reais ainda governantes.

Outra pessoa que ja estava no livro de Genealogia da Familia Coelho eh o Alexandre Cafe Birman que tornou-se famoso como designer de moda de calcados. Estes acabam se tornando referencias para que possamos situarmo-nos dentro de nossa Arvore Genealogica.

A principio nao pensei que este texto fosse chamar muito a atencao. Porem tem sido a pagina mais visitada do meu blog. Diariamente tem recebido entradas, contudo, desorganizado como estava, nao sei se tanta gente se animou a le-lo. De qualquer forma, agradeco com muito carinho todas as visitas e peco que divulguem os temas Genealogia Escrita, as vantagens de te-la e os usos beneficos.

Espero que tenha conseguido facilitar a leitura do texto. Boa leitura a todos. Novamente agradecendo as visitas e o carinho de todos.

A HISTORIA DA FAMILIA COELHO DO CENTRO-NORDESTE DE MINAS GERAIS.

INDICE

1. INTRODUCAO
2. HISTORIA ANTES DA HISTORIA
3. UMA HISTORIA NA PRE-ESCRITA E DURANTE A ESCRITA
4. AS GRANDES CIVILIZACOES
5. AS CONQUISTAS, AS QUEDAS E O ESTABELECIMENTO DAS NOBREZAS
6. A FORMACAO DA NOSSA FAMILIA EUROPEIA E ALGUNS FATOS HISTORICOS
7. A SEGUNDA RAIZ E DE COMO ELA REVITALIZOU O CRISTIANISMO
8. OUTRA PARTE DA HISTORIA DA SEGUNDA RAIZ
9. ALGUMAS INFORMACOES GERAIS DOS REINOS E FAMILIAS
10. UM RESUMO DA FORMACAO DA FAMILIA COELHO DO CENTRO-NORDESTE MINEIRO
11. A FORMACAO DA FAMILIA COELHO EM VIRGINOPOLIS E ADJACENCIAS – PARTE I
12. A FORMACAO DA FAMILIA COELHO EM VIRGINOPOLIS E ADJACENCIAS – PARTE II
OS BAPTISTA COELHO I
13. A FORMACAO DA FAMILIA COELHO EM VIRGINOPOLIS E ADJACENCIAS – PARTE III
OS RODRIGUES COELHO
14. A FORMACAO DA FAMILIA COELHO EM VIRGINOPOLIS E ADJACENCIAS – PARTE IV
OS BAPTISTA COELHO II
15. A FORMACAO DA FAMILIA COELHO EM VIRGINOPOLIS E ADJACENCIAS – PARTE V
OS MAGALHAES BARBALHO
16. ALGUMAS CONCLUSOES
17. A MATEMATICA GENEALOGICA
18. INFORMACOES ADCIONAIS
A) NOSSO PARENTESCO COM ANTONIO BORGES MONTEIRO
B) O NOSSO LADO NUNES COELHO
C) A NOSSA PORCAO PEREIRA DO AMARAL
D) QUEDA DA BOLSA DE NOVA YORQUE E A DECADENCIA DE VIRGINOPOLIS
19. NOSSA GENEALOGIA ANTERIOR AO JOSE COELHO DE MAGALHAES
20. UM INSTITUTO GENEALOGICO.
1. INTRODUCAO

Finalmente estou concluindo a fase de pesquisa e computacao de dados a respeito da formacao genetica do lado Coelho, um deles, de nossa familia. Com isso, estou procurando fazer um resumo que possa ajudar-nos a compreender a nossa complexidade e, ao mesmo tempo, simplicidade geneticas. Esta complexidade eh apenas aparente porque, em termos teoricos, poderiamos descender de milhoes ou bilhoes de familias mas, na pratica, elas nao chegam sequer a um milhar. Pelo menos no que se trata a respeito dos dados que pudemos avaliar. Este corresponde ao periodo maximo de 3.5 mil anos, no que se refere aa Arvore Genealogica. Pode-se dizer que a complexidade esta apenas em nossas cabecas que se acostumaram demais a usar o termo familia somente para um circulo restrito de parentes muito proximos.

O termo simplicidade se refere a uma verdade genealogica. Temos o potencial de termos sido descendentes de bilhoes e bilhoes de pessoas, no tempo analisado, mas estes numeros sao muito menores que as possibilidades. Isto se da porque nossos antepassados sao nossos ancestrais repetidas vezes, com isso, a nossa genealogia fica substancialmente reduzida. Vou procurar fazer uma narracao que facilite o entendimento de tudo isso. Quero ver se consigo resumir seculos de historia da familia em palavras e simbolos o mais simples possivel. A intencao eh de fazer com que mesmo as pessoas que nao se interessam muito pelo assunto possam ler e compreender a essencia do todo.

No que se trata da parte que toca a Virginopolis, as pessoas mais antigas (nos que ja passamos dos 30, uma e meia ou duas vezes em diante) terao maior facilidade de compreender porque conheceram pessoalmente ou ouviram falar muito proximamente dos personagens que serao citados. Nem todo mundo sera citado, por razoes obvias de simplificacao. Usarei o artificio de contar um ou outro “causo” relacionado ao nome dos personagens para facilitar a fixacao da Arvore Genealogica na memoria daqueles que nao viveram o tempo.

Aos mais jovens. Talvez nao consigam compreender bem os intrincados caminhos pelo quais passam as relacoes de parentesco entre nos da familia. Pode ser que precisarao ler mais de uma vez o texto e/ou escrever, em paginas de papel, rascunhos da Arvore. Isto facilitara o entendimento. Uma outra opcao eh recorrer aos pais, avos, tios e amigos porque, conversando, tudo fica mais facil.

Acredito ser uma pretensao minha me fazer compreender atraves da escrita. Como ja houve umas reclamacoes, os meus textos sao meio confusos, aas vezes com paragrafos muito longos, muitas vezes ininteligiveis. Claro, todas as vezes que eu leio os meus textos, entendo o que queria dizer mas sempre modifico alguma coisa para expressar melhor aquilo que desejava que fosse compreendido.
Escrever causa mesmo este problema. Muitas vezes voce escreve com uma intencao e os leitores captam outra. Perdoem as minhas falhas. Sou autodidata e nao tenho os mesmos recursos que os profissionais.

Facam, entao, boa leitura.

2. HISTORIA ANTES DA HISTORIA

Segundo dados paleontologicos, encontrados ate hoje, a variedade humana surgiu no continente africano. La se desenvolveram diversas especies de hominideos. Algumas chegaram a sair daquele continente e multiplicar-se nos continentes adjacentes mas todas se extinguiram no processo da  evolucao. Uma excecao foi o homem de Neandertal, que se adaptou desde o Oriente Medio ate a Europa. Assentamentos dessa populacao remontam a mais de 200.000 anos atras. Cientistas afirmam que esta variedade tenha se separado do ramo africano ha cerca de 500.000 a 400.000 anos atras.

Ha cerca de 100.000 anos, uma nova leva de seres humanos saiu do continente africano e comecou a povoar o restante da Terra. Este contingente parece ter migrado acompanhando as margens dos oceanos e mares. Assim, ha 75.000 anos atras ja habitava ate a Indonesia e la assistiu a um dos maiores espetaculos acontecidos na Terra, ou seja, a erupcao de um supervulcao. Esta erupcao nao apenas horrorizou e maravilhou os viventes mas tambem deve ter provocado uma mudanca climatica substancial. As temperaturas medias do planeta baixaram fazendo com que entrasse em uma nova Era Glacial. Nos anos 70.000 passados, a Terra ja havia acumulado neve e gelo o suficiente para que os cientistas relacionassem essa data como referencia do inicio dessa Era Glacial.

As consequencias para as variedades humanas existentes na epoca foram enormes porque os seres humanos entraram em um processo de risco de extincao. Existem calculos nao bem explicados de que a populacao tenha atingido um numero de 1.500 individuos espalhados pelo mundo. Imaginem essa quantidade de pessoas, que nao corresponde sequer aa quantidade necessaria para formar um povoamento que hoje considerariamos uma pequena cidade.

Por volta dos anos 40.000 havia um grupo multiplicado dessas pessoas adaptado aa regiao em torno dos mares Caspio e Negro. Como a regiao entre os dois mares foi denominada Caucaso, este grupo foi denominado caucasiano. Ao longo dos milenios que se seguiram, esta populacao se espalhou por todo o hemisferio norte, habitando a Europa, Asia (incluindo-se ai India, China e Japao) e a America do Norte.

O processo de europeizacao de parte dessa populacao se deu com o agravamento das condicoes da Era Glacial. A partir dos polos terrestres, as geleiras comecaram a avancar no sentido dos tropicos. Com isso, uma parte da populacao humana foi tangida para abrigos mais temperados. Entre os 40.000 e 30.000 anos atras parte dessa populacao humana branca, tambem denominada de cro-magno, se instala num dos ultimos bastioes temperados do continente europeu que eh a Peninsual Iberica.

Aa medida que essa populacao penetrou o territorio europeu, sistematicamente o homem conhecido como Neandertalensis desapareceu. Nao existe ainda um diagnostico preciso para esse desaparecimento porque existem registros paleontologicos de assentamentos das duas variedades, instalados proximos e contemporaneos, indicando que houve convivencia pacifica entre alguns grupos. Nao ha ainda como
afirmar-se se essa foi uma regra geral ou se houve violencia entre outros grupos. Estudos preliminares da genetica humana atual, embora nao sejam definitivos, indicam a possibilidade de as duas populacoes terem tido acasalamentos ferteis e descendencia tambem fertil. Alguns gens encontrados no ser humano atual parecem nao ter sido herdados da populacao originaria da Africa e que migrou de la por volta dos 100.000 anos atras.

Particularmente, eu acredito que as cores claras dos olhos, da pele e dos cabelos nos foram passadas pelos Neandertalensis. Isto se da porque estas adaptacoes sao caracteristicas dos locais mais proximos aos polos e elas sao explicaveis e necessarias aa adaptacao ao clima. Nao se espera que uma populacao com caracteristicas dos africanos subsaarianos, mesmo mudando-se para um clima tipico europeu e vivendo la por alguns milenios, sem acasalamentos com outras populacoes, acumule todas as caracteristicas do homem europeu e perca as do africano. O homem de Neandertal ja acumulara dezenas de milenios na Europa e estava perfeitamente adaptado ao clima, logo, eh
logico supor casamentos entre as duas variedades humanas para produzir um meio-termo que desenvolvesse as caracteristicas do europeu moderno.

Somente a partir de 25.000 anos atras eh que as descobertas arqueologicas apontam para o surgimento das caracteristicas que compoem a populacao asiatica. Os achados mais antigos tem sido encontrados na regiao da atual Mongolia. Tudo indica que foi um grupo familiar que se isolou do restante da populacao caucasiana, entao dominante naquele continente. Possivelmente, as mudancas climaticas da ultima Era Glacial tenham favorecido aa multiplicacao dessa populacao. Isto se verifica porque essa populacao substitui a populacao caucasiana previamente existente na Asia, exceto no Japao.

No Japao, a populacao caucasiana permanece dominante ate cerca dos anos 2.000 atras. Restou para nos contar a historia um grupo denominado Ainu. Ha 2.000 anos os asiaticos invadem tambem o Japao e ao longo dos seculos torna-se predominante. Ate ao inicio do seculo XX ainda encontrava-se representantes puros da populacao Ainu. Atualmente foi assimilada e ha apenas a descendencia mista.

Por volta de 13.000 anos atras, a populacao caucasiana que foi a primeira a habitar a America do Norte parece ter sido extinta por mudancas climaticas drasticas, no final da ultima Era Glacial. Em seguida, a populacao asiatica, ja perfeitamente adaptada aa Asia e aas ilhas do Pacifico, descobrem as Americas e dominam a geografia.

No Brasil, encontra-se a descoberta antropologica ainda sem explicacao, ou seja, a presenca de habitantes, possivelmente, de origem africana ou australiana. O fossil mais antigo provem das cavernas da cidade de Santa Luzia em Minas Gerais.

Outros achados em sitios arqueologicos no Nordeste brasileiro indicam a presenca humana em datas muito anteriores aos 10.500 anos do fossil conhecido pelo nome de Luzia. Ha suspeitas de que essa variedade humana habite o Brasil desde 50.000 anos atras. Porem, essa data ainda eh considerada muito bizarra para ser aceita como verdadeira, por arqueologos tradicionalistas.

De qualquer forma, qualquer populacao europeia moderna que for declarada a primeira a por os pes nas Americas deve ser, a bem da verdade, considerada a quarta a faze-lo e nao a primeira como atestam os livros oficiais de historia. Digo isso tambem porque ja se sabe que Cristovao Colombo nao foi o primeiro europeu a pisar nas Americas. Os Viquingues ja o haviam feito e colonizado parte das costas do Canada. Porem, a iniciativa deles foi frustrada por uma mudanca climatica ocorrida no final da Idade Media. Mas as construcoes deixadas por eles, com os materiais que possibilitam registrar e datar a presenca deles ja foram encontrados.

3. UMA HISTORIA NA PRE-ESCRITA E DURANTE A ESCRITA

Eh preciso localizarmo-nos melhor no tempo para que essa narrativa prossiga. Antes do fim da Era Glacial, e isso comeca a ocorrer ha cerca de 13.000 anos atras, a populacao humana na Europa concentrou-se na Peninsula Iberica, onde era menos frio. Para melhor entender-se esse capitulo, sugiro que se tenha aa mao um mapa geografico focalizando a Europa, Norte da Africa e Oriente Medio.

As aguas maritimas estavam bem abaixo do nivel atual, assim , o Extreito de Gibraltar nao era um impecilho impossivel de ser transposto com a ajuda de embarcacoes primitivas. A populacao que compoe a adjacencia africana do Gibraltar era a mesma, geneticamente falando, que a europeia nessa epoca. Mais tarde, essa populacao africana eh denominada de Berbere.

O clima no Saara era ameno e tipico de savanas. Isto permitia que fosse habitado. Inclusive existem descobertas arqueologicas recentes de culturas antepassadas estabelecidas nele. Mas, com o aquecimento global, apos o fim da Era Glacial a desertificacao expulsou essa cultura, possivelmente, para as proximidades do rio Nilo, nas porcoes media e proxima aa foz desse rio.

Cabe incluir aqui o dado de que a civilizacao egipcia classica surgiu na porcao mediana do rio Nilo. Ela se desenvolveu antes de 7.000 anos atras, onde hoje se localiza o Sudao. Posteriormente, o imperio do sul conquistou o norte e a cultura tornou-se unica.

Voltando, porem, aa Peninsula Iberica, temos que a populcao era bastante reduzida. Somente para calculo comparativo dela, quando os Godos a invadiram no ano 411 da Era Crista, calcula-se que tinha uma populacao em torno de 350.000 a 700.000 habitantes. Este numero pode variar, segundo as perspectivas dos autores, mas nao deve ser superior a 2 ou 3 milhoes. Em 411 d.C. a agricultura ja estava bem desenvolvida. Antes da agricultura, quando o ser humano vivia da caca, pesca e coleta de frutas, a capacidade de sustentacao de populacoes pelo territorio era, no minimo, dez vezes menor. Entao, eh possivel imaginarmos que a populacao iberica na pre-historia se resumisse a umas 40.000 almas, a cada geracao. Numa hipotese muito otimista, seria de 300.000.

Tambem eh possivel imaginarmos que essas populacao se distribuisse em nacoes menores com, no maximo, 5.000 pessoas e as nacoes se dividissem em tribos com poucas centenas. Mesmo que houvesse um menor intercambio entre as nacoes e tribos, em termos geneticos, a unica coisa que se pode constatar eh que a consanguinidade fosse uma constante.

Para confirmarmos essa constatacao basta recordarmos dois fatos. Um sao os dados geneticos encontrados na populacao europeia atual que a mostra ser formada por, praticamente, uma matriz unica, ou seja, todos os europeus sao aparentados.

Outro dado que poderiamos usar seria a formacao da nossa familia no Centro-Nordeste mineiro. Eh possivel que o numero de descendentes do casal nosso ancestral: JOSE COELHO DE MAGALHAES e EUGENIA RODRIGUES ROCHA, esteja em torno de 40.000 pessoas, contando-se apenas as vivas. Claro, nao somos descendentes apenas dos dois mas, tendo eles tal quantidade de descendentes, eh possivel que os outros casais contemporaneos deles tenham numeros de descendentes semelhantes a eles.

Eh provavel que juntando-se toda a populacao de origem europeia que vivia no entorno da capital regional aa epoca que era a Vila do Principe, o Serro, nao fosse superior aas 40.000 pessoas. Isto se deu em torno de apenas 240 anos atras. Eh possivel que o conjunto de nossa familia pudesse ser descendente, simultaneamente, de todos os casais contemporaneos de nossos avos. Ja o periodo em que a populacao iberica viveu confinada aa Peninsula de mesmo nome ultrapassou os 30.000 anos.

Porem, a Historia nao para. O degelo, que comecou a acontecer ha 13.000 anos, permitiu que a populacao iberica colonizasse as regioes mais ao norte na Europa, a partir dos 10.000 anos tras. Por enquanto, o fossil humano mais antigo encontrado na Inglaterra foi datado dessa epoca. Aa medida que o degelo foi aumentando, o ser humano pode se fixar em areas cada vez mais ao norte e formou-se um corredor de habitantes da mesma origem na costa atlantica e ilhas.

Mesmo em tempos mais primitivos, antes da formacao dos grandes imperios, ja haviam comercio e comunicacao entre as populacoes por via maritima. Segundo os livros, havia o corredor de comercio que ia do Norde da Africa ate a Escandinavia. Com a multiplicacao, a populacao tambem se interiorizou.

Durante o periodo de 10.000 e 3.000 anos atras, podemos imaginar a nossa familia se espalhando por um mundo imenso, na concepcao das relativamente poucas pessoas que habitavam a Europa. E, no espalhar, formar familias que se multiplicaram isoladamente. Como a descendencia era proveniente de um pequeno grupo de individuos, entao, permaneciam caracteristicas semelhantes que, mais tarde vieram a ser reconhecidas como aspectos fisicos dos povos europeus.

Isso eh semelhante ao que acontecia em nosso tempo de crianca. Aas vezes, passavamos algum tempo sem sermos vistos por um parente mais antigo. Quando o viamos novamente ele dizia: “O nome eu nao sei mas que eh filho de tal pessoa eh!…” E sempre se constatava que as caracteristicas fisicas externas denunciavam a paternidade das criancas. Isso, mesmo todo mundo sendo parente proximo, torna-se possivel separar os filhos de cada casal, segundo alguns detalhes fisionomicos. O que aconteceu com o povo europeu foi o mesmo. A diferenca eh que esta formacao se deu atraves dos milenios, assim, quando um povo se punha em frente ao outro enxergava apenas as diferencas mas, na verdade, todos pertenciam a uma unica familia. A diferenca eh que o tempo os fizera esquecer filho de qual parente cada povo era. Nisso consiste o que chamamos de diferenca, quando, a bem da verdade, a genetica nao nega, imensamente maior sao as semelhancas.

Evento curioso eh que houve uma migracao posterior, saida da Peninsula Iberica, particularmente da Galicia, que ajudou a povoar a Irlanda e parte da costa oeste da Inglaterra e da Escocia. Com isso, as populacoes gaelicas da regiao sao as que, geneticamente, mais se parecem com os povos ibericos. Assim, as familias Mc e Mac (que significam: filho de) sao nossas aparentadas mais proximas do que se imagina, embora, nao tenham sido encontrados esses prefixos entre os nomes de nossos ancestrais luso-hispanicos, eles sao tambem descendentes dos mesmos ascendentes ibericos que nos. Isto nao implica afirmar-se que nao sejamos descendentes desta populacao, pois, tendo os primeiros reis ingleses e escoceses como nossos ancestrais, nao eh errado supor-se que alguns de nossos ancestrais desconhecidos tenham ascendencia naquela populacao. Tambem ocorreu uma migracao inversa quando da invasao Anglo-saxonica em que parte dos britanicos fugiu para a Peninsula Iberica.

Quando estudavamos Historia, ao nivel dos nove primeiros anos de escola, o que nos ensinava eh, basicamente, um pouco do que se conhece dos acontecimentos de cerca de 7.000 anos atras, quando as primeiras escritas foram desenvolvidas. Nela aprendemos que as primeiras civilizacoes surgiram na Mesopotamia, entre os rios Tigre e Eufrates. Os Sumerios teriam sido os primeiros povos a desenvolver um tipo de escrita conhecido como cuneiforme, ou seja, em forma de cunha. Diz-se tambem que na regiao surgiram as primeiras domesticacoes de plantas e ter-se-ia iniciado o cultivo delas.

Ja eh praticamente certo que isso nao eh verdadeiro. Eh possivel que, no que se refere a escrita, sim, mas ja foram encontrados vestigios de plantas domesticadas e datadas de periondos anteriores. Isso eh possivel verificar porque as plantas domesticadas sofrem alteracoes morfologicas que as diferem das plantas selvagens. Somente se forem cuidadas com agua, cultivo e nutrientes eh que essas alteracoes aparecem. Ja a planta no campo fica sujeita aas intemperies da natureza. Restos de plantas modificadas ja foram encontradas em sitios arqueologicos no Peru, por exemplo, com datas de ate dez mil anos atras. Alias, no Peru encontram-se as piramides construidas por maos humanas mais antigas ja descobertas. Sao anteriores aas egipcias. Embora, nao tenham o mesmo glamour e nem estejam tao bem preservadas.

Outro local de assentamento humano mais antigo eh o fundo do mar Negro. Antes de 7.000 atras, as aguas oceanicas estavam muito mais baixas que atualmente. O mar Negro perdera o contato com o Mediterraneo e era um lago de aguas doces, sustentado pelos rios que corriam para ele. Recentemente foram identificadas construcoes humanas no fundo do mar Negro, indicando que o que hoje eh o fundo do mar era habitado por seres humanos e isso somente pode ter ocorrido no periodo anterior aos 7.000 anos atras.

Isso aconteceu porque, com o derretimento das geleiras do ultimo periodo glacial, as aguas dos oceanos se elevaram, elevando o nivel do Mar Mediterraneo, o que rompeu as barreiras que se punham entre o Mediterraneo e o Negro. A formacao desse mar eh recente e data deste periodo. Isto eh possivel verificar porque o sedimento no fundo do mar Negro pode ser datado sendo que, no sedimento anterior a 7.000 anos encontram-se apenas fosseis de seres vivos adaptados aa agua doce. Posterior ao periodo, a vida eh adaptada aas aguas salinas.

Ha indicios de que a populacao originaria do fundo do Mar Negro tenha se espalhado pelas adjacencias, sendo possivel que ela tenha dado origem aa civilizacao sumeria ou, pelo menos, tenha encontrado outra populacao ja estabelecida no local e a troca de conhecimentos permitiu a formacao de uma nova cultura.

Eh importante salientar que o desenvolvimento da agricultura foi o primeiro passo para a constituicao de civilizacoes como as que conhecemos atualmente. Isto se da porque os cacadores, pescadores e coletores de frutas e plantas possuem uma fonte instavel de alimentos. Eles nao podem fixar residencia. Quando exploram uma area e os alimentos excaceiam, eles tem de se mudar em busca de novos celeiros. Portanto, essa populacao nao tem como multiplicar-se e especializar-se em determinadas areas vitais aas civilizacoes. Ela perde tempo excessivo catando provisoes mais basicas, nao sobrando o necessario para dedicar-se ao aprendizado mais sofisticado. Isso nao significa uma menor inteligencia.

A partir do momento que a agricultura foi desenvolvida, as coisas mudaram. Agricultura implica em assentamento permanente para cuidar-se das plantas. Tambem significa a disponibilidade bem maior de alimentos, tanto para as pessoas quanto para os animais domesticos. Os animais domesticos tambem passam a produzir mais, no que for a especialidade de cada especie, contribuindo para a maior disponibilidade de alimentos, materiais para o vestuario, instrumentos para o uso diario, abrigo, protecao e forca de trabalho. Disso surgiram as primeiras cidades, as primeiras escritas e os primeiros povos considerados civilizados.

Como efeito colateral, tambem surgiram o aumento do numero populacional, as disputas por territorios entre as populacoes vizinhas, as guerras, o aumento da extratificacao social, a escravidao dos inimigos e a exploracao dos mais fracos.

4. AS GRANDES CIVILIZACOES

As Civilizacoes, segundo a Historia que nos foi ensinada ha algumas decadas, comecaram na Mesopotamia. La a mais antiga a estabelecer-se e desenvolver algum tipo de escrita teria sido a Sumeria. Ela foi a primeira a nos legar escritos como o “CONTO DE GILGAMESH” . Esta foi a primeira versao escrita da “ARCA DE NOE” e remonta ha mais de 5.000 anos. Posteriormente surgiram novas versoes, como as encontradas nas bibliotecas babilonicas, e, com certeza, serviram de inspiracao para os sacerdotes hebraicos que o incluiram na Biblia. Os contos mencionam fatos reais que anteriormente haviam sido passados verbalmente, de geracao em geracao. E, como nestes casos sempre acontece, “Quem Conta um Conto Aumenta um Ponto”, o conto foi embelezado e aumentado, de acordo com cada nova versao. O que ele tem de melhor eh a licao de fundo moral que garantiu a ele a validade teologica. Mas nao se trata de Historia, no sentido estrito.

Outras civilizacoes foram comtemporaneas dos Sumerios, mesmo que eles tenham comecado antes delas. Este eh o caso dos egipcios, dos fenicios, dos chineses. Dessas civilizacoes mais antigas, a que por mais tempo permaneceu no teatro historico internacional foi a egipcia antiga. Esta sobreviveu ate ao tempo do inicio do cristianismo e foi, entao, substituida pela romana, no proprio Egito. O ultimo farao/rainha foi a Cleopatra. Eh provavel que a civilizacao chinesa seja a que mais durou no tempo. Ela foi atropelada pelos acontecimentos modernos do colonialismo europeu e extinta pelo comunismo maoista.

No apice da civilizacao egipcia, os grandes rivais eram os Hititas. O mesmo nome eh dado a um povo da antiga Canaan, na Biblia, mas ainda nao foi possivel estabelecer-se algum vinculo entre os dois. Os grandes inimigos dos egipcios tinham seu territorio, em grande parte, no que eh hoje a Turquia. Foi um povo que tinha o objetivo definido de conquistar um grande imperio. Era guerreiro e possuia os meios belicos para conquistar o mundo. O que ele nao se preparou foi para resolver suas diferencas internas. Uma revolucao acabou por destruir o imperio.

Em lugar deles tomaram posicao de destaque no ambito internacional os Assirios e os Babilonios. Depois, surgiu o primeiro grande imperio que foi o Persa. Ele dominou da India ao Egito. A Persia centrava-se no que eh hoje o Ira. Quando se preparava para ampliar o Imperio, invadindo o continente euroepu, a comecar pela Grecia, foi derrotado. Essa derrota os atordou e acabou fortalecendo o
inimigo.

Na sequencia foi a vez de a civilizacao grega subir ao topo. O macedonio Alexandre, o Grande, unificou a Grecia antiga e resolveu criar o proprio imperio. Com isso, conquistou a Persia, a India, foi ate ao Afeganistao e o Egito. Morreu depois de 13 anos de guerras, quando se preparava para invadir a Arabia. O Imperio conquistado por Alexandre foi, entao, o maior da epoca. Acabou sendo repartido entre os generais dele porque nao tinha herdeiros de sangue. Enquanto a civilizacao grega progrediu, atingiu o apice e, antes do declinio, a romana estava no berco.

Neste ponto ha uma bifurcacao de poderio. Os Fenicios haviam sido povos que exploraram o mar principalmente. Mas possuiam bases sob a influencia deles em diversos pontos do Mediterraneo. Ai se pode incluir o Libano, a Etruria (norte da Italia onde a civilizacao etrusca se desenvolveu), o norte da Africa, exceto o Egito, e, inclusive, partes da Peninsula Iberica, no sul de Portugal e Espanha. Aa epoca em que Roma comecou o Imperio, estas colonias eram independentes e o grande centro era Cartago.

Como Cartago tinha lacos diplomaticos com outros povos do entorno do Mediterraneo, sobrou para os romanos a conquista da Grecia que se deu mais por assimilacao de um imperio decadente que propriamente uma conquista devastadora. Ai encontramos as “vitorias de Pirro”. A expressao ficou famosa quando o general Pirro vencia os romanos ao custo de muitas vidas em seu exercito. Ele nao tinha mais onde recrutar soldados. Porem os romanos tinham. Dai Roma venceu pela insistencia.

Como o Imperio Cartagines competia contra as ambicoes romanas, iniciaram-se as Guerras Punicas. No inicio delas os romanos foram vencidos em parte porque nao tinham qualquer dominio da navegacao maritima, o que era especialidade dos cartagineses e, em parte, pela genialidade do general Anibal. Contudo, os romanos e sua vontade de ferro nunca se deram por vencidos e contornaram o problma pela persistencia.

Assim, o Imperio Romano foi estabelecido e o Mar Mediterraneo passou a ser apenas um lago em seu territorio. Posteriormente, os romanos conquistaram a Galia (Franca), a Hispania, a Luzitania (Portugal) e a Grao Bretanha (exceto Escocia). O Egito havia sido mais assimilado que conquistado. Cleopatra tentou manter a independencia atraves de meios diplomaticos com Julio Cesar e depois com Marco Antonio. Mas o senado romano nao aprovou a ideia e o desastre da diplomacia terminou reclamando a vida dos tres.

Neste ponto eh preciso voltar um pouquinho a sequencia da nossa Historia. Antes do dominio romano, a Europa era quase toda ocupada por diversos povos, porem com uma cultura comum a todos que era a CELTA. O nome Celta eh derivado do grego Keltoy, que significa Barbaro . Este nome foi dado a eles porque os gregos e os romanos se sentiam mais civilizados que eles. Eles eram povos mais ruralistas e, segundo os romanos, nao tinham bons modos nem ao fazerem as refeicoes.

A cultura Celta se caracterizava pelo dominio da metalurgia e pelo sistema agricultural, como meios de vida. Nao usava uma escrita completa mas possuia sinais para orientacao, semelhante a sinais de transito. A cultura estava estabelecida muito antes do surgimento de Roma. A religiao era o paganismo, a mesma de todos os povos de seu tempo, ou seja, era politeista e se desenvolveu a partir da observacao da natureza. No principio, nao havia o dominio da sociedade pelos druidas (sacerdotes) mas, depois, quando o druidismo foi estabelecido, ate mesmo os reis se submeteram aas imposicoes deles.

A Peninsula Iberica parece ter permanecido na primeira fase da cultura celta, nao passando pelo estagio do druidismo. Esta cultura tinha locais determinados onde se realizavam os festivais anuais, principalmente, os solisticios. Nestas oportunidades as populacoes congregavam juntas. A linguagem era de origem indu-europeia. Basicamente era o gaelico com as variacoes regionais. Pertenciam a este grupo os gauleses, suevos, lusitanos, bretoes, godos (ostro e visi), saxoes, viquingues, francos etc.

Quando os romanos invadiram as Galias, os habitantes do local eram os gauleses (lembrem-se do Asterix e do Genseric). Os Francos eram povos germanicos que viviam na fronteira norte. Na epoca em que os Hunos do Atila (habitavam a regiao da Hungria) aprontaram as badernas deles, foi permitido que parte dos Francos se estabelecesse no norte da atual Franca.

Apos a queda do Imperio Romano, dominado principalmente pelos Godos e o declinio dos godos, eh que o rei franco CARLOS MAGNO fundou o SACRO IMPERIO ROMANO, que era uma vontade de voltar-se aos tempos da antiguidade classica, com a diferenca de que, os “Barbaros”, seriam os imperadores. Esta intencao do Carlos Magno foi jogada pela janela pela propria descendencia dele. Isto porque ela repartiu o imperio em reinos cada vez menores. Contudo, permaneceu a dominacao genetica. Os reis europeus que se seguiram, mesmo sendo descendentes das nobrezas locais, eram tambem descendentes do Carlao.

5. AS CONQUISTAS, AS QUEDAS E O ESTABELECIMENTO DAS NOBREZAS

Os grandes Imperios da Idade Classica tiveram como base a regiao limitrofe com o atual Oriente Medio. Isto se explica mais facilmente pelo fator geografico. Por menos que as pessoas possam imaginar hoje-em-dia que nao houvessem trocas comerciais, intercambio cultural e relacoes exteriores entre os povos antigos, devido aa velocidade e as distancias com que essas coisas acontecem atualmente, na antiguidade havia sim tudo isso. Ha mencoes, por exemplo, do contato de filosofos gregos com o budismo. A Rota da Seda, que ligava a China ao Oriente Medio, ja existia quando Alexandre, o Grande, invadiu ate o Afeganistao . Estes contatos se deram entre os anos 500 e 300 a. C. Isso nao quer dizer que nao tenham havido contatos anteriores. A Biblia menciona que Salomao intermediava o comercio entre os egipcios e os assirios. Recebia ouro vindo da Etiopia e cavalos da Arabia. Se isso aconteceu, tem que ter sido ha mais de 800 anos a. C.

A regiao era estrategica ja que o comercio maritimo nao tinha continuidade e precisava ser feito, basicamente, por terra e nos lombos de animais de carga. Claro, onde ha intensidade de comercio aparecem as oportunidades que atraem os contingentes populacionais. Quanto maior a populacao, numa mesma regiao, ha a maior possibilidade de concentracao de renda. Nao ha como construir-se um grande imperio no sistema antigo sem o contingente humano e a posse material. Com isso, nao apenas as grandes civilizacoes: como a egipcia, a hitita, a fenicia no Libano, a sumeria e a babilonica, como tambem os grandes imperios: como o Persa e o Grego, surgiram na regiao. E os grandes imperios so se tornaram realidade porque dominaram as rotas comerciais que ligavam os tres continentes, onde se localizaram.

CARTAGO e ROMA, contudo, fogem um pouco a este principio. Cartago tornou-se uma potencia periferica porque dominava a navegacao maritima. Alem do mais, a ideia que temos hoje de o Norte da Africa ser um grande deserto nao era valida naquele tempo. Com um clima mais ameno do que eh hoje, o Norte da Africa era um grande produtor agricola e o dominio dele foi vital para Roma progredir, porque o Norte da Africa tornou-se o celeiro de Roma. Tambem teve grande importancia como rota de comercio do Imperio Romano com a costa oeste africana, fonte das valorizadas mercadorias, no que eram consideradas, o marfim e os escravos. Naquele tempo, qualquer pessoa poderia ser reduzida aa escravidao e os africanos mais ao sul nao eram excecao.

Depois da tomada de Cartago, Roma nao encontrou mais poderio serio aa sua altura para medir forcas belicas. Ao entrar em Jerusalem, por exemplo, Julio Cesar enviou a seguinte mensagem ao senado: “Vini, vidi, vici”, o que quer dizer: “Vim, vi e venci.” Uma excecao a essa facilidade foi a conquista do povo Lusitani, que eh o nativo de Portugal. Apos a queda de Cartago, os romanos dominaram a PENINSULA IBERICA, mas nao tinham conseguido subjugar totalmente o povo. Os lusitanos defenderam o territorio com metodos de guerrilha e conseguiram prolongar a guerra desde 219 ate 19 a. C. Naquele ano, com a ajuda de delatores, Julio Cesar conquistou e subjugou os Lusitanos.

Criou-se, entao, uma nova provincia romana denominada Hispania-lusitania. Mas isto nao durou muito porque os lusitanos tinham suas diferencas com os espanhois. A provincia foi dividida em duas: Hispania e Lusitania.

O dominio romano persistiu ate o ano 411 de nossa Era. Com isso, a cultura celtica adotada pelos Lusitanos foi substituida. Tornaram-se romanos de cultura e linguagem, alem da vassalagem. A forma de dominio romano permitia que a populacao permanecesse,geneticamente, sem grandes modificacoes. Os romanos permitiam que os povos sob o dominio deles se mantivessem no poder. Eles impunham a cultura, exigiam os impostos e faziam o alistamento militar dos nativos. O soldado romanizado eh que acabava impondo a PAX ROMANA. Esta era a figura de linguagem usada para ocultar a opressao.

No ano de 66 d. C., deu-se a revolta em Israel, que foi reprimida com o peso do ferro romano. Quem nao morreu, e calcula-se que tenha sido algo em torno de 1 milhao, ou fugiu para fora dos dominios romanos, foi transformado em escravo ou a uma forma mais branda de serventia. Houve a Diaspora dos judeus, ou seja, eles foram dispersados pelo mundo. Israel foi apagado do mapa e o local foi redenominado de PALESTINA. Permaneceu uma populacao que parecia submissa a Roma mas, geneticamente, nao diferia daquela que foi exilada. Houve uma populacao que conseguiu voltar para, 70 anos depois, protagonizar a ultima revolta, inicialmente vitoriosa, chefiada por Simon Bahcopha.

Na primeira revolta, um pequeno contingente da populacao judia foi transferida para a Peninsula Iberica. Esta populacao usou o nome de Safardim que, em hebreu, se refere a local distante, ou seja, ela se achava no local mais distante da origem em Israel. O filme: “MASADA” eh uma iniciativa para tentar lembrar alguns fatos que aconteceram numa das revoltas.

Este paragrafo tem o objetivo apenas de dar uma ideia de como foi formada a genetica do povo portugues. Os nativos, ou Lusitanos, eram um povo geneticamente homogenio, com a mesma carga genetica dos remanescentes da Era Glacial que habitaram a Peninsula Iberica. Os Romanos foram e conquistaram, mas nao introduziram nenhum contingente populacional novo que alterasse significativamente aquela genetica. Introduziram depois aquele pequeno grupo hebreu que acabou ganhando importancia numerica atraves da conversao de uma parte da populacao nativa. Como a primazia da geracao de filhos era dada apenas aos homens, entao, criou-se uma falsa imagem de que, em tempos posteriores, grande parte da populacao portuguesa seria, geneticamente, de origem israelita. A verdade eh que, a populacao judia misturou-se com a populacao nativa mas nao chegou a alterar, de modo substancial, a composicao genetica porque entrou na composicao com numeros muito menores.

Mas, mesmo assim, deve ser impossivel que, todos os portugueses com ancestrais desde esta epoca, nao tenham algum ancestral hebreu, originario de Israel. Mas eh como tomar-se um balde de agua e acrescentar-se algumas gotas de alcool nele. Mexendo-se, nao encontraremos mais nem o cheiro nem a manifestacao visivel do alcool, contudo, num exame laboratorial bem detalhado poder-se-a dizer em qual porcentagem o alcool estara presente.

Os judeus ganharam destaque por outra razao tambem. Chegados do Oriente Medio, naquela epoca, era como se tivessem saido do primeiro mundo e caido no ultimo. Como eles tinham o contato direto e historico com todas as grandes civilizacoes anteriores, traziam uma boa bagagem tecnologica, que faltava aa Peninsula Iberica. Mantendo os segredos deles, de geracao em geracao, puderam manter o status e a predominancia em alguns tipos de servicos profissionais.

O Imperio Romano deixou como heranca aos portugueses a lingua e, a partir dos anos 300 d. C., a religiao catolica. Desde que o imperador Constantino I se converteu ao cristianismo e venceu a disputa pelo poder, por volta do 317 d. C., a religiao foi convertida de perseguida a oficial do Imperio e, desta vez, Portugal e Espanha nao se fizeram excecoes. Contudo, o judaismo era aceito.

Depois de Constantino I, o Imperio Romano Classico entrou em uma expiral de declinio, atingindo o abismo. Os historiadores tendem a atribuir a queda do imperio a uma mudanca climatica, que pode ter sido responsavel por grandes perdas agricolas e ao surgimento de uma das epidemias da peste bubonica. Estes dois fatores podem ter consumido um terco ou mais das vidas na Europa. Aproveitando-se das fraquezas dos romanos, os barbaros comecam a tomar conta. No inicio dos anos 400 d. C., uma confederacao de povos com origem no sul da Germania, chefiada pelos Godos, invade a Peninsula Iberica. Os Suevos se estabelecem no norte de Portugal e Galicia e estabelecem
para eles um reino denominado de Gaelecia.

Os Godos se dividem em Visigodos e Ostrogodos, ou seja, os que ocuparam o Oeste e o Leste da Roma europeia. Naquele tempo, a capital do imperio ja havia sido transferida para Constantinopla o berco do Imperio Bizantino. O milagre esta em que eles logo se converteram ao cristianismo e se misturaram, geneticamente, aos povos nativos. Neste tempo, os Francos, que se opuzeram aa entrada dos outros povos germanicos no Imperio, foram derrotados numa escala e guerra avassaladoras.

O governo dos Suevos na Gaelecia perdurou por duzentos anos. Entao, ela foi conquistada pelos Visigodos que tinham ocupado o restante da Peninsula Iberica e parte da Franca. A parte francesa do reino Visigodo ficou conhecida como Septimania, uma alusao ao antigo dominio da Setima Legiao Romana ou ao fato de ser dominada por sete cidades maiores.

Nos anos 500 d. C., o profeta Mohammed (Maome) inicia sua revolucao religiosa, criando o Islamismo na Arabia. Em um curto espaco de tempo, os seguidores dele conquistam o Egito, a Palestina, o norte da Africa e o Novo Imperio se extende pela Turquia, a antiga Persia, ultrapassando a India. Em 711 d.C. eles enxergam e concretizam a conquista da Peninsula Iberica, aproveitando-se da desorganizacao em que os Visigodos se encontravam pela disputa do poder entre duas faccoes.

Em 747 nasce o franco CARLOS MAGNO. Mais tarde, quando o ultimo rei da dinastia merovingea, Dagoberto II, foi assassinado, ele aproveita e toma o poder. Aos poucos, consegue submeter grande parte da Europa. O filho dele, Louis I, o Piedoso, da continuidade aos planos do pai e de manter o Sacro Imperio Romano, fundado por eles. Mas a heranca comeca a ser repartida entre os netos. Seus reinos tornam-se as bases das futuras Italia, Franca e Alemanha.

Nos conhecemos, da Historia, apenas uma parte. No curriculo escolar fala-se em onze cruzadas que tiveram o objetivo de retomar Jerusalem e a Palestina aos muculmanos. Mas elas foram mais de 50. Muitas das quais ocorreram na Peninsula Iberica, no periodo que eh dado o nome de Reconquista.

Nos anos 820 de nossa Era nasceu, por exemplo, o Vimara Peres. Este foi comissionado pelo rei Alfonso III, das Asturias ou Leao, para retomar o condado de Porto Cale. O que ele realmente fez. Como premio, ganhou o direito dinastico de conde. (O titulo de conde na Peninsula Iberica correspondia ao ducado em outras monarquias). Vimara fundou a cidade de Vimaranes para a defesa do condado. Posteriormente, o nome foi convertido a Guimaraes. O condado de Porto Cale correspondia aa regiao da margem norte do Rio Douro ou Riba Douro e ao sul do Rio Minho. Este eh o berco do Portugal moderno.

No inicio dos anos 1.100 a reconquista ainda estava em andamento. Outro rei de Leao, Alfonso VI, prometeu as maos de suas filhas aos nobres que o ajudassem. Henri de Bourgogne, entao, ganhou a mao da Teresa e eles se tornaram os pais do Afonso Henriques. Como a dinastia do Vimara Peres havia sido interrompida, eles se tornam tambem os condes de Portugal. Antes de morrer, Henri de Bourgogne entrega a tutela do filho ao cavaleiro Egas Moniz, o Aio.

Mais tarde, percebendo a possibilidade de perder a heranca, porque a mae viuva vivia de favores do primo, rei Alfonso VII, de Leao, e ter um amante, Fernando Peres de Trava, o Afonso Henriques inicia um plano de separacao e consegue a Independencia de Portugal. Assim, eh proclamado o primeiro rei. Eh interessante que leiam, da Historia de Portugal, os capitulos referentes a ele, ao filho, Sancho I, ao neto, Afonso II e ao bisneto, Afonso III, porque eles sao ancestrais dos Coelho em nossa linhagem. Incluam tambem o D. Dinis, que eh o trineto, no caso dos descendentes da Dindinha Ercila. D Dinis foi o rei cancioneiro.

Afonso III, foi o rei que concluiu a Reconquista em Portugal. Foi por volta dos anos 1230 que ele tomou o Reino de Algarves e o Faro aos mouros. Alias, foi no Faro que ele arrumou a amante, Madragana. Ela foi rebatizada por Mor Afonso e deu a ele um nosso ancestral, o Afonso Dinis. Somente muito mais tarde, em 1496, a Espanha tambem concluiu a reconquista, tomando o ultimo bastiao muculmano na Peninsula Iberica. A Reconquista espanhola foi concluida pelos reis catolicos, Isabel, de Leao e Fernando, de Castela. Estes sao nossos primos distantes.

6. A FORMACAO DA NOSSA FAMILIA EUROPEIA E ALGUNS FATOS HISTORICOS

Este eh um bom momento para termos em maos o Mapa Mundi que eu mencionei antes. Claro, nossos ancestrais remontam aos mesmos seres humanos que deram origem a humanidade, ou seja, nos saimos da mae Africa e espalhamo-nos pela face da Terra. Nossa multiplicacao e separacao em grupos familiares restringiram nossa ascendencia a um certo numero, relativamente, reduzido de pessoas cuja maioria nao existem registros. Portanto, as minhas pesquisas nao contam 100% da nossa Historia. Elas se restringem ao que ja sabiamos e, agora, ao que descobri, atraves do sitio GeneAll.net. Este sitio contem, basicamente, apenas a formacao do nosso lado europeu, pelo motivo obvio de ser o que possui dados genealogicos anotados em documentos historicos.

Agora sabemos que somos procedentes tambem dos ramos africano recente e do asiatico. Mas vamo-nos concentrar apenas naquilo que ja eh identificavel como genealogico, ou seja, naquilo que se pode acompanhar atraves dos nomes dos pais, avos, bisavos, trisavos etc, ate a geracao mais antiga identificada.

A nossa raiz genealogica mais profunda remonta aa metade do periodo considerado de Historia, ou seja, o periodo depois do surgimento da escrita. Esta raiz esta ligada a uma familia nobre europeia que eh a Casa de Savoia. Savoia eh tambem a casa real italiana. Se alguem desejar aprofundar mais os conhecimentos a respeito da historia mais recente desta familia, pode procurar, no MSN-Wikipedia, o artigo: “House of Savoia” (Casa de Savoia). Alem da historia da familia, que se confunde com parte da Historia da Italia, a gente encontra dados genealogicos tais como ela ser descendente do Umberto I Biancamano, conde de Savoia.

Este nosso ancestral, Mao Branca, eh avo da Bertha de Savoia que se casou com o Henrich IV, um dos imperadores alemaes, e que mais tarde se tornariam, nos anos de 1.400, ancestrais da nossa avo: Catarina de Freitas. Ela casou-se com Fernao Coelho, 1o. sr. de Felgueiras e Vieira. Estes sao bisavos do Duarte Coelho, conde de Pernambuco. Nos somos descendentes tanto do Rodrigo de Sao Paio Coelho quanto do Martim Coelho, ambos filhos do casal. O Martim eh o avo do Duarte. Nosso ancestral: Mao Branca, eh tambem tetravo da Mahaut (Mafalda) de Savoia, a esposa do D. Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal. Estes sao inumeras vezes nossos ancestrais.

O Umberto I Biancamano eh bisneto do casal: Louis III l’ Aveugle, empereur de l’Occident e Anna de Bizantium. Pelo lado do Louis III, nos descendemos do imperador Carlos Magno, em parceria com a esposa oficial: Hildegarde von Vintschgau. Estes eram hexavos do Mao Branca. Mas eh o lado da ancestral Anna de Bizantium que nos interessa no momento. Como o proprio titulo informa, ela pertence aa casa real bizantina. Eh bisneta de Santa Teodora, que vem de uma linhagem das familias nobres gregas e armenas. Como descendente da casa real da Armenia, tem entre os ancestrais dela: Sao Isaac e Sao Narso, grandes reis armenos na segunda metade dos anos 300 e da primeira metade dos anos 400.

Basicamente, temos apenas os dados masculinos dessa nossa linhagem. Normalmente, os homens sao reis, homens importantes junto aos governos, ou ligados ao clero. As mulheres sao anonimas ou, quando muito, sao filhas de algum rei ou figura importante de governo e, somente por isso, tem os nomes revelados. Mas, apesar de a maioria absoluta das mulheres constarem como anonimas, elas devem ser presumiveis descendentes das nobrezas dos muitos povos que estavam sob o dominio dos reis seus maridos.

Esta linhagem genealogica mergulha em datas contemporaneas a Jesus nas casas reais da Armenia, da Parcia e da Georgia. Um dos poucos nomes femininos que aparecem nela eh o da rainha Esther. Ela aparece por volta dos anos 500 a. C., como esposa do Xerxes I, o Grande, rei da Persia. Na Biblia, a ele eh dado o nome de Assuero, o que deve ser uma hebraicinizacao do nome.

Da epoca do Ciro II, o Grande, rei da Persia e avo do Xerxes para tras, a linhagem passa para o Egito, atraves da Neithiyti, a avo do Xerxes. Dai para tras somam-se mais uns oitocentos anos de Historia, chegando ao Sety, em 1.400 a. C. Este eh o pai do Ramises I e bisavo do Ramises II, o Grande, ambos faraos do Egito. Eh em torno destes anos que a Biblia situa o surgimento de Moises como profeta. Os historiadores ainda nao entraram em acordo a respeito dessa probabilidade, porque nao existe na Historia egipcia um correspondente para a narracao biblica. E, para dificultar mais ainda, se o Exodo, como narrado na Biblia, realmente existiu, contradizendo todas as probabilidades, nao deixou marcas que pudessem ser detectadas pela arqueologia. Um fenomeno impar, desde que a Historia passou a ser recordada pela escrita.

A formacao de nossa familia esta ligada a esta linhagem tambem por outros caminhos. Um exemplo eh o de que nossa ancestral: Anna de Bizantium, irma do Constantino VII, Porfirogenitos, imperador de Constantinopla. Ambos sao filhos do imperador Leao VI, o Sabio ou o Filosofo, com a esposa: Zoe Zautsina. Estes sao bisavos de outra Ana, que se casou na casa real de Kiev. De la tornou-se ancestral da casa real hungara. Esta linhagem retorna a Constantinopla, de onde passa aa Suabia e aa Castela. Sancho IV, o Bravo, rei de Castela, tornou-se pai da Teresa Sanchez, que se casou com D. Rui Gil de Vilalobos. Estes sao pentavos da mesma avo, Catarina de Freitas, esposa do Fernao Coelho, ja citados anteriormente.

Esta eh, sem duvida, a raiz mais profunda de nossa genealogia escrita. Por diversas outras vias, nao citadas, as nossas raizes retornam aa casa de Savoia. Mas nao ha a necessidade de se ficar repetindo isso.

7. A SEGUNDA RAIZ E DE COMO ELA REVITALIZOU O CRISTIANISMO

A segunda raiz que formou as familias da maioria de nossos ancestrais comeca, de acordo com os dados encontrados no sitio GeneAll.net, na decadencia do Imperio Romano. No inicio dessa raiz temos ancestrais com origem romana como os imperadores Valentino I e o genro dele, Teodosio I. Tambem temos os reis Pharamundo, Childeric I e Clovis, de origem franca. Os francos tinham origem germanica que haviam recebido autorizacao para viverem na provincia romana da Galia. Como esposa do Clovis, temos a santa Clotilda da Bourgonha que nos deu uma contribuicao genetica gauleza. Como mais um contributo germanico a esta linhagem, entra a avo Theodegota dos Ostrogodos que eh filha do Teodorico, o Grande, um dos conquistadores do Imperio Romano do Ocidente.

Foi esta mistura de linhagens que deu origem aa dinastia merovingea. Alguns dos reis merovingeos sao nossos ancestrais e eh a respeito deles que o autor Dan Brown criou a ficcao de que seriam descendentes de Jesus, no livro: “O Codigo Da Vinci.”

Deixando de lado a fantasia, esta era a familia que passou a mandar na Europa quase inteira. Excluia-se ai a pouca area dominada pelo Imperio Bizantino, a periferia nordica e ilhas ao norte. Na verdade, a Dinastia Merovingea, devido a linhagem masculina, poderia ser considerada franca. No governo deles nao tinha uma lei que determinasse o sucessor do rei. Assim, todos os filhos eram suscessores. Apos eles, todos os netos tambem tinham direito ao reinado. A cada geracao um era eleito rei e os outros irmaos eram co-reis. Por isso, a cada suscessao iniciava-se uma guerra para decidir-se o chefe dos reis.

Por volta dos anos 700, o Imperio Franco encontrava-se subdividido em:Austrasia, que correspondia ao centro territorial do imperio; Bourgonha, que fazia divisa com a Italia e incluia o norte dela; Aquitania, que corresponde ao sudoeste frances, fazendo divisa com o norte da atual Espanha, e a Neustria, que eh o noroeste frances e os paises baixos.

Quando eu falei uma vez que os grandes rivais do Carlos Magno eram os Lombardos eu os estava tomando por Merovingeos. Os Lombardos dominavam a Italia e, com ela, o papado. Mas Carlos Magno conquistou-lhes o territorio e os favores do papa. Ja a familia Merovingea foi deposta de outra forma.

Nas quatro regioes que compunham o Imperio Franco existiam seus respectivos palacios governados por um prefeito que, muitas vezes, tinha mais poderes que os proprios reis. No palacio da Neustria, comandou o Pepino, conhecido como o Breve. Ele era filho do Carlos Martel e pai do Carlos Magno. Pepino que, por ser da linhagem nobre franca, era, possivelmente, aparentado com os Merovingeos, mas, ate hoje, isso nao foi provado. Como prefeito do palacio de Neustria e percebendo que o rei Childeric III nao representava nada o depos e assumiu o titulo de rei em seu lugar. Isto ele fez apos uma consulta ao papa perguntando: “Quem deve ser o rei, aquele que tem o titulo ou aquele que, de fato, exerce o poder?” A resposta pela segunda opcao decretou a virada de mesa.

O ultimo rei da dinastia merovingea foi o Dagoberto II, que foi assassinado mas a historia nunca esclareceu com absoluta certeza qual o grupo teria organizado o complo contra ele. Certo eh que isto abriu as portas para que Carlos Magno unisse os francos em torno de si mesmo e consolidasse a dinastia Carolingea.

Agora, eh preciso dirigirmo-nos aa Peninsula Iberica, para entender como os Titas da Idade Media colidiram uns com os outros e como os vencedores se tornaram donos do pedaco. O que estou fazendo eh uma filtragem da Historia porque, se fosse contar todos os detalhes, as coisas se complicariam muito. Daquela linhagem inicial, teve um ramo que se tornou a nobreza das Asturias. E este eh o inicio da nobreza hispano-lusitana, da qual somos descendentes.

Apenas para recapitular: Espanha e Portugal haviam sido colonias romanas. Com o fim do Imperio Romano do Ocidente e as invasoes germanicas (Godos), estabeleceu-se um reino que abrangeu o noroeste da Espanha e o norte de Portugal. Estabeleceu-se ai o povo denominado Suebi (Suevi). Foi o primeiro reino verdadeiramente medieval constituido apos a queda de Roma. Este reino durou, aproximadamente, 200 anos, do inicio dos anos 400 ao dos 600. A regiao passou a ser denominada de Gaelecia. Podemos traduzir por terra de galegos, ou loiros. Isto porque a elite germanica dominava. Mas este povo adaptou-se ao meio local, converteu-se ao cristianismo (catolicismo) e miscigenou com a populacao nativa.

No restante da Peninsula Iberica, a predominancia se deu por outros invasores germanicos, os Visigodos. Os Visigodos fundaram outro reino que englobava tambem parte da Franca central e mediterranea. No final dos anos 500 eles tomaram a Gaelecia e unificaram os dois reinos. O reino da Hispania visigotica foi governado pela segunda linhagem de nossa familia. Ervigio Favila e sua esposa Liubigotona Balthes reinaram na segunda metade do seculo VII (anos 600). Estes sao os pais do Pedro, duque da Cantabria. Estes nossos ancestrais tiveram tambem uma filha, a Cixilo Balthes.

Esta se casou com Egica que, junto com ela, foram ungidos imperadores da Hispania. Eles tambem sao nossos ancestrais. Mas, na sequencia, quem assumiu o reino foi o filho do Egica, Vitiza, que nao se tem certeza se era ou nao tambem filho da Cixilo. O governo do Vitiza nao durou muito. Embora tenha co-governado desde 694.(Nosso ancestral Egica faleceu em 702). O Vitiza nao tinha o dominio completo do poder e havia uma revolucao pela disputa deste.

O imperio muculmano revalizava, em extensao, o antigo Imperio Romano. E toda essa extensao foi conquistada em aproximadamente um seculo. Entao, foi quando os muculmanos, que ja haviam criado um super imperio e incluido o Norte da Africa, visualizaram a oportunidade, invadiram e tomaram a Hispania em 1711 e a redominaram por Al-Andaluz. A tomada do reino visigotico passou como um
furacao, como havia sido caracteristico do avanco muculmano.

Neste ponto eh que temos que direcionar nossas atencoes para o fato de nossos ancestrais terem salvo a Europa da arabinizacao geral. Os invasores nao pararam na Hispania. Continuaram invadindo o sul da Franca e chegaram a tomar a Aquitania e a Septimania. Temos que recordar que, nesta mesma epoca, o imperio dos Francos tambem estava fragmentado em territorios menores, sem um governo central forte. Com isso, a conquista de toda a Europa pelos muculmanos parecia ser apenas uma questao de tempo, pouco tempo.

Aqui entra a disputa de Titas. No lado muculmano, o chefe da invasao era o nosso ancestral: Abd-ar-Raman. No lado europeu, a chefia da defesa coube ao nosso outro ancestral: Carlos Martel. O vovo Martelo reconheceu a fragilidade das forcas europeias e, entao, teve que usar a tatica da paciencia. Enquanto o adversario invadia e tomava o territorio, ele teve que articular aliancas e treinar seu exercito. Aa epoca, ele era o prefeito do palacio de Neustria, a menor das divisoes politicas do Imperio Franco.  Apos ter conseguido montar um exercito profissional, coordenou o contra-ataque, em grande parte, na forma de guerrilha. Com isso, conseguiu expulsar os invasores para o lado hispanico.

Com essa vitoria ele pavimentou o caminho que levaria seu filho: Pepino, o Breve, a requerer o direito de tornar-se rei e impulsionou a carreira do neto: Carlos Magno, que acabou unificando o Imperio e transformando-se no primeiro imperador do Sacro-Imperio-Romano. Este nasceu com o objetivo de reeditar o Imperio Romano classico mas ficou restrito a apenas uma parte europeia deste. Ele nao conseguiu restaurar o dominio cristao na antiga Hispania-Lusitania e ficou impedido de expandir no sentido oriental por causa da presenca do Imperio Bizantino, que era o remanescente o Imperio Romano Oriental.

Nesta epoca, a Europa ficou isolada do mundo exterior. Embora o Carlos Magno tenha promovido a educacao universal, a Europa padecia dos males da guerra e do atraso. Enquanto o Imperio Muculmano vivia a Renascenca, com a traducao da literatura classica e a multiplicacao da literatura propria, pela disseminacao do uso do papel, o resto da Europa, exceto a Peninsula Iberica, viveu o periodo conhecido como Era da Escuridao tendo, inclusive, seminarios onde nao se encontrava sequer uma copia da Biblia.

Para piorar as mazelas da Europa, esta foi a epoca em que os Viquingues vinham para destruir e carregar as poucas riquezas que as comunidades costeiras e ribeirinhas haviam juntado. Este quadro somente comecou a reverter apos as Cruzadas acontecidas no seculo dos anos 1.100. As Cruzadas tiveram o efeito positivo de fazer os europeus entrarem em contato com culturas superiores aa epoca e fazendo com que reaprendessem os valores do conhecimento humano. As Cruzadas tambem abriram a Europa para o comercio das especiarias, o que acabou alavancando a Renascenca europeia.

8. OUTRA PARTE DA HISTORIA DA SEGUNDA RAIZ

Uma certa vez eu escrevi que os muculmanos haviam tomado a Peninsula Iberica com excecao de alguns reinos cristaos mas isso nao eh verdade. A principio, eles passaram como rolo compressor. Estavam ansiosos para conquistar toda a Europa. Era o entusiasmo dos novos convertidos. Como criam na religiao que pregavam, era natural que desejassem levar a todos a palavra ouvida do profeta.

Nao deixaram praticamente nada para tras. Contudo, o relevo no norte espanhol tem uma particularidade caracteristica importante. Ele eh separado da Franca pelos Pirineus, o que dificultava muito o transito naquele tempo. Mais a oeste, e extremo norte espanhol ha outra serra que eh a Cantabrica. Ela funciona como um divisor de aguas. Os rios que nascem na parte sul dessa serra, como o Minho e o Ebro, tem grandes extensoes de terra pela frente, antes de desembocarem nos mares.

Ja os rios que nascem na parte norte, como o Navia e o Nalon, sao curtos e rapidos, e desaguam no Golfo da Biscaia chamado, antigamente, de Cantabrico. Esta disposicao geografica dos rios faz com que o extremo norte espanhol seja montanhoso e recortado por vales profundos. A topografia favorecia aos defensores locais, em caso de guerra.

Na epoca da invasao muculmana ja existia o ducado da Cantabria. A Cantabria era uma provincia que, ao longo da historia, sempre foi problematica para os conquistadores. Com a capital em Amaya localizada no planalto ao sul da Serra Cantabrica, esta foi invadida e tomada. Mas o nome cantabrico traduz-se por “povo que vive nas montanhas”. Entao, Pedro, o duque da Cantabria, recuou suas forcas para as montanhas, para resistir.

Ao lado do Ducado da Cantabria mais aa oeste, no extremo oposto da Serra Cantabrica, situa-se outra provincia, com as mesmas caracteristicas topograficas, que sao as Asturias. Esta provincia foi conquistada, vale-a-vale. Os muculmanos tinham o habito de fazer refens das principais figuras da populacao, para forcar a submissao do povo. Entre os refens estava um certo Pelagio, cuja genealogia eh indeterminada mas julga-se que seja nobre de Gijon (cidade das Asturias). Ele conseguiu fugir de Cordoba, para onde haviam sido levados os sequestrados, voltou para as Asturias e iniciou o movimentode resistencia por la.

Nisso se resumiu a resistencia crista na Peninsula Iberica, na epoca da invasao muculmana. Nada mais que uma faixa extreita e montanhosa que eh a Serra Cantabrica. Mesmo assim, o nosso ancestral, Pelagio, conseguiu expulsar o invasor das Asturias. O sucessor dele era o Favila que morreu. Entao, houve o casamento do Ramiro I, filho do Pedro, duque da Cantabria, com a Ermesinda, filha do Pelagio. Com isso, iniciou-se a nova dinastia das Asturias e a propria Cantabria passou a ser mencionada como parte das Asturias.

O reino das Asturias existiu de 718 ate 925. Depois disso o nome foi mudado para Leao, pelo rei Froila II. Mas, ate chegar a isso, muita historia se passou. Por exemplo foi preciso passar o governo do Froila I, nosso ancestral e filho do Alfonso I e, tambem, foi durante o reinado do neto deste, Alfonso II, que as Asturias foram reconhecidas como reino pelo Carlos Magno e pelo papa. Alfonso II governou por 52 anos (791-842) e conseguiu reconquistar territorio ate aas proximidades de Lisboa, embora esta conquista nao tenha sido definitiva e a fronteira tenha oscilado varias vezes depois. Este rei teve o apelido de “o Casto” e nao deixou descendentes. Ele eh nosso tio-avo. O irmao dele, Froila, eh que eh nosso ancestral.

As conquistas nesse periodo nao foram definitivas. Alguns autores antigos defendem que tenha se criado um deserto demografico entre as Asturias ao norte da Serra Cantabrica e os reinos mouriscos ao sul da Peninsula Iberica. O deserto teria evitado escaramucas entre o reino cristao e os outros, e dado tempo aas Asturias de se fortalecerem. Autores atuais nao acreditam nessa hipotese porque  existem diferencas geneticas entre as populacoes do norte e as do planalto ao sul. Acredita-se que a peste seja a melhor explicacao para o vazio demografico que permitiu a permanencia do reino.

Foi durante o governo do Alfonso II que foi encontrada uma sepultura, em Compostela (Campo das Estrelas), e atribuido a Santiago Maior. Este eh o Tiago, irmao do Joao, os filhos do Zebedeu, que foram apostolos de Jesus. Conta-se que Tiago foi pregar na Espanha. Estando la, por volta dos anos 40, retornou aa Palestina, onde foi morto pelo rei Agripa I (Herodes Agripa), o neto do Herodes, o Grande. Entao, os discipulos de Sao Tiago teriam transportado os restos mortais dele para as Asturias.

Desde a redescoberta do tumulo, criou-se a romaria pelos caminhos de Santiago de Compostela. Eh considerado o terceiro local mais sagrado pelo cristianismo, superado apenas por Jerusalem e Roma.

Mas esta pode ter sido a grande sacada de nossos parentes medievos. Podem ter usado a crendice popular para escudar o objetivo que era a reconquista da Peninsula Iberica. Pelo que parece, a estrategia funcionou. Ao longo dos seculos posteriores, o objetivo foi atingido e Sao Tiago tornou-se o padroeiro da Espanha. Nao poderia ser por menos, ja que a presenca da lembranca do santo levou peregrinos, valores economicos e bracos dispostos a sacrificar a vida pelo liberacao do territorio.

A nossa heranca genetica das Asturias nos foi passada por inumeros caminhos. E a nossa Historia se confunde com a Historia Medieva europeia. Foram precisos mais alguns reis para que a Reconquista tomasse realmente as vias de fato. Ela ganhou mais forca nos governos Ordonho I e do filho deste, Alfonso III. Este neto do Ramiro II retomou Madrid e Toledo. Foi na epoca do Alfonso III que se deu a reconquista definitiva do condado de Porto Cale. O conde Vimara Peres foi o responsavel pelo sucesso e defesa do territorio.

Com o crescimento territorial, comecaram tambem as partilhas hereditarias. Quando Alfonso III faleceu, deixou, no testamento, o Reino de Leao para Garcia; o Reino da Galicia, para o Ordonho, e as Asturias para o Froila. Quando o Garcia morreu, Ordonho anexou a heranca deste aa sua. Mas nao tardou a surgirem novas divisoes e, por causa da linha de castelos, para a defesa do territorio, surgiu o Reino de Castela ou Castilla.

Dos reinos cristaos que se instalaram no norte da Espanha, apenas Aragao teve origem Franca, nao diretamente vinculada aa nossa segunda raiz genealogica. Mas, por razoes de casamentos, nossos ancestrais posteriores tornaram-se descendentes comuns a todas as casas reais que se formaram na epoca da Reconquista.

O Reino de Portugal foi um desmembramento do Reino de Leao. Antes ele era o condado que se restringia ao territorio delimitado ao norte pelo rio Minho e, ao sul, pelo Douro. A dinastia de condes, descendentes do Vimara Peres, havia se estabelecido mas acabou sendo destronada. Nuno III, tentou emancipar Portugal aproveitando-se da confusao apos a morte do Alfonso III mas logo depois perdeu a batalha para o rei Garcia e foi morto por este. Nos temos varias linhas de ascendencia que nos ligam ao heroi Vimara Peres, mas nao passam pelo Nuno III.

Na epoca do rei Alfonso VI, de Leao, ele ofereceu a mao das filhas em casamento aos nobres que o ajudassem na Reconquista. Um dos candidatos foi o Henri, de Bourgonha, que levou a mao da Teresa e, como dote, o condado de Portugal. Na sequencia, Henri confia nas maos do nobre: Egas Moniz, o Aio, a tutela do filho: Afonso Henriques. O Afonso Henriques ficou orfao de pai cedo e cedo tambem comecou a maquinar uma forma de assegurar sua heranca. Ele tinha medo da real ou ficticia possibilidade que a mae Teresa o deserdasse em favor do padrasto: Fernao Peres de Trava. Mas com apoio dos nobres do Ribadouro, inclusive do Aio, acabou conseguindo o intento.

Antes, eu tinha apenas uma vaga ideia do como se formaram as familias nobres em Portugal e na Espanha. Agora, posso observar o porque delas sempre terem os mesmos ancestrais. O comeco de tudo se deu com aquele pequeno grupo de revoltosos na Cantabria e nas Asturias. O proprio Egas Moniz, o Aio, descende da nossa segunda raiz. Ele eh bisneto da Toda Ermiges, que foi esposa do Egas Moniz de Ribadouro. Ela eh pentaneta do Alfonso III, aquele que havia comissionado o Vimara Peres para ocupar o condado de Porto Cale.

Entre eles, porem, nessa linhagem, existe o Ramiro II, rei de Leao. Este neto do Alfonso III foi conhecido pelos muculmanos como: “o Demonio”, por causa das habilidades belicas que empregava contra eles na Reconquista. Ramiro II casou o filho dele, Lovesendo Ramires, com Zayra-ibn-Zayda. Ela eh descendente do Abd-ar-Raman que foi vencido pelo nosso outro ancestral: Carlos Martel.

Ela eh tambem descendente do profeta Mohammed e prima em segundo grau do Abd-ar-Raman III, o califa que conseguiu reunir cristaos, judeus e muculmanos, num esforco que pos a Espanha na vanguarda do renascentismo, seculos antes da Renascenca europeia. A Zayra-ibn-Zayda eh uma das bisavos da Toda Ermiges, bisavo do Egas Moniz, o Aio, que, por sua vez, eh o bisavo do Soeiro Viegas Coelho, o universalmente reconhecido ancestral de todos os Coelho nobres do mundo. (Busquem o documentario CITIES OF LIGHT e encontrarao muitas informacoes a respeito dessa epoca, sabendo que muitos dos nomes citados no documentario sao nossos ancestrais.)

E o que comecou com um Alfonso III, rei das Asturias, embora esteja citado como rei de Leao nas minhas anotacoes genealogicas, terminou com o Afonso III, rei de Portugal. Pelo menos no lado portugues, a Reconquista terminou na tomada do Reino de Algarves e a tomada da cidade do Faro.

O Afonso de Portugal eh, repetidas vezes, nosso ancestral. Ele eh bisneto do Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal. A Espanha somente conseguiu este intento quase tres seculos mais tarde, em 1.496, com nossos primos Isabel de Leao e Fernando de Castela (os chamados reis catolicos).

Eh preciso lembrar que a Reconquista se deu mais pelos interesses que propriamente por desejo popular. Entre viver sob o dominio muculmano ou cristao, aa epoca, a diferenca estava a favor dos primeiros que possuiam uma cultura mais avancada e igualitaria. Alem do mais, os muculmanos optaram mais pela conversao expontanea e tolerancia, ou seja, estavam abertos para os novos convertidos e os tratavam como iguais, porem, toleravam judeus e cristaos que aceitassem viver sob o dominio deles. Portanto, a Conquista, em primeiro lugar, nao expulsou a populacao nativa que, na verdade, continuou predominando, sob o comando de um menor contingente arabe e berbere. A esta combinacao eh que eh dado o nome de mouro.

Por isso, enquanto no restante da Europa o desejo de Reconquista era alimentado tambem pelo preconceito racial, na Peninsula Iberica este nao era um fator razoavel ja que, geneticamente, era a mesma populacao em ambos os lados. Mesmo em plena campanha a favor das Cruzadas no restante da Europa, o entusiasmo pela ideia perdia o significado na terra de nossos ancestrais. Na verdade, o numero de Cruzadas foi muito maior que aquelas que ficaram famosas por terem sido levantadas para reconquistar Jerusalem. Os moradores da Peninsula Iberica inclusive foram isentos de prestar seus servicos na Palestina, para se ocuparem apenas da Reconquista do proprio territorio. Talvez, tenha sido a crise de identidade que tenha retardado por seculos a Reconquista.

Em contrapartida, logo apos a Reconquista completada na Espanha, a outra face dela se mostrou. Os muculmanos foram severamente perseguidos. A Reconquista se transformou em conquista dos terrirorios do norte africano. A escravidao dos muculmanos foi autorizada pelo papa. Apos os Grandes Descobrimentos, esta permissao foi extendida, por reinterpretacao da permissao papal anterior, aos africanos subsaarianos.

Para obter o dinheiro necessario para pagar as despesas dos projetos governamentais, como as grandes navegacoes, os governos sempre extorquiram a quem lhes pudesse dar retorno. Os judeus sempre haviam sido parte da sociedade mas nunca estiveram perfeitamente integrados. (Talvez por se julgarem diferentes, com algum privilegio junto ao Ceu, ou pela esperanca de um dia
voltar aa “Terra Prometida).Desde aa epoca em que haviam sido expulsos da Palestina,levavam com  eles os segredos de algumas profissoes estrategicas, especialmente ligadas aa cultura. Isto, provavelmente, os tornava mais ricos que a media da populacao.

Mas, o que parecia uma vantagem, dependendo das circunstancias da Historia, mostrava-se como susceptibilidade. De certa forma, o isolamento do restante da populacao e em inferioridade numerica, tornava-os presas faceis das perseguicoes. Com isso, sofreram a ameaca de: ou se convertiam ou teriam que deixar as terras dominadas por Portugal e Espanha. Porem, mesmo os convertidos nao receberam todas as propriedades de volta. Passaram a ser tratados como uma casta inferior de pessoas, isto, promulgado em lei, valida tanto para eles quanto para os muculmanos.  Esta mesma lei foi usada para a perseguicao de cristaos opositores que eram falsamente acusados de pratica do judaismo. A lei permaneceu valida, na integra, ate durante os anos 1.700 somente sendo totalmente revogada em 1822.

9. ALGUMAS INFORMACOES GERAIS DOS REINOS E DAS FAMILIAS

Os reinos cristaos na Peninsula Iberica surgiram nao apenas pelo ideal de retomada do poder aos mouros. Na verdade, o dominio do territorio seguia diretrizes semelhantes aas vividas nos tempos visigoticos. Com a morte do rei, os filhos partilhavam o territorio mas isso nao os impedia de, em seguida, marcharem para a conquista dos territorios uns dos outros. No exemplo da chegada ao poder por Alfonso I das Asturias, a Historia oficial nos oferece uma rara excecao. O herdeiro era o Favila, filho do nosso ancestral Pelagio.

Favila havia se casado com uma filha do Pedro, duque da Cantabria. Isto ja garantiria o compartilhamento do poder pelas duas casas. Acontece que, durante as provas de machismo para assumir a coroa, o Favila teria sido morto por um urso. Entao, para nao desfazer-se o contrato elaborado pelos pais, os nossos ancestrais: Alfonso I, filho do Pedro, duque da Cantabria e a Ermesinda, filha do Pelagio, se casaram e formaram o primeiro casal real dessa nova fase.

Quem desejar acessar mais informacoes a respeito das Asturias, uma sugestao eh o sitio: http://pt.wikipedia.org/wiki/Reino_das_Ast%BArias. Outra sugestao seria o sitio a respeito da Cantabria, que eh: http://pt.wikipedia.org/Cant%C3%A1bria. Nestes sitios existem sugestoes a respeito de outras literaturas e temas para quem quizer aprofundar-se melhor nos assuntos. Quem desejar mais informacoes a respeito do Sao Tiago(o de Compostela) tambem pode acessar: http://pt.wikipedia.org/wiki/Santiago_Maior. Ai a gente encontra as informacoes como, por exemplo: devido a mal-entendidos e traducoes em varias linguas, os nomes: Diego, Diogo, Lago, Jaime, James e outros se referem ao mesmo Tiago.

Leon, a cidade que acabou dando nome ao reino, existe desde os tempos do Imperio Romano. Aa epoca, surgiu como um entreposto de troca de ouro que era explorado na regiao, em Las Medulas. Foi fundada pela “Legio Septima Gemina”, (Setima Legiao Gemea) para aquartelar-se la. Foi conquistada em 540, pelo rei visigodo: Leovigildo, que permitiu a permanencia da populacao crista. Em 717 foi tomada pelos mouros e em 742 foi uma das primeiras a ser reconquistadas pelos asturios, e passou a fazer parte do Reino das Asturias.

O nosso ancestral Alfonso III foi quem dividiu o reino entre tres dos filhos dele e o Garcia I ficou com essa heranca, que incluia o Condado de Portugal. Mas foi o Ordonho II, outro de nossos antepassados, quem mudou a capital das Asturias para Leon.

Ordonho II foi quem aumentou a intensidade da Reconquista entrando fundo no territorio tomado pelos muculmanos. Seguindo ao pai, Ramiro II continuou a Reconquista. No governo do Ramiro comecou-se a repovoar o territorio retomado com a populacao das Asturias e da Galicia. Ele reconquistou Madrid e a provincia de Toledo que situavam no coracao do Califato de Cordoba. Ramiro II eh o pai do Lovesendo Ramires, que se casou com a Zayra ibn Zayda e sao antepassados dos nossos ancestrais que, mais tarde, sao conhecidos como Ribadouro. Lovesendo e Zayra sao pais do Aboazar Lovesendes que eh nosso patriarca no lado Ribadouro, e, tambem, pais do Ermigo Aboazar que eh ancestral dos Maia aos de Trastamarra, ancestrais dos Pereira etc.

Alias, aqui ja podemos entrar um pouco nos estudos da formacao das familias nobres de Portugal e Espanha. Consta que sao cinco as familias consideradas nobres em Portugal e, pelo menos, tres no lado espanhol. Em Portugal temos os Ribadouro, os Maia, os Baiao, os Sousa e os de Braganca. Na Espanha sao os de Trastamarra e os Lara. Mas, na verdade, isto nao eh tao simples quanto parece.

O que acontece eh que, a descendencia desses primeiros reis se espalhou pelos territorios reconquistados. E a populacao crista havia se reduzido muito, por causa das conversoes ao islamismo e pela propria reducao do territorio ocupado por ela. Aa essa epoca tambem, nao se usava sobrenomes. Por isto, o apelido Ribadouro surgiu a partir da referencia geografica, ou seja, os que nasciam acima do Rio Douro e abaixo do Minho, o que correspondia, a grosso modo, ao Condado de Portugal era Ribadouro. Na verdade, eram pessoas de ascendencia goda, descendentes dos Suebi que haviam implantado o antigo Reino da Gaelecia e dos Visigodos, que tomaram a Gaelecia aos Suebi. Consta que estes se misturaram aos lusitanos que eram os nativos de Portugal mas nao temos referencias genealogicas para determinarmos a proporcao de cada povo.

O nosso lado Coelho tem ascendencia direta nos Ribadouro. Nossos avos: Egas Moniz, Ermigio Viegas e Monio Ermiges, respectivamente: bisavo, avo e pai do Egas Moniz, o Aio, foram senhores do Ribadouro. O bisavo do Aio, e homonimo dele, foi quem se casou com a Toda Ermiges, a trineta do Ramiro II, rei de Leao. E o Aio eh o avo do Lourenco Viegas Coelho, o Espadeiro, e este eh o pai do Soeiro Viegas Coelho, tidos como os primeiros a assinar o sobrenome.

O nosso ancestral: Soeiro Viegas Coelho passou aos descendentes dele o sobrenome. Nos o herdamos do Joao Soares Coelho, embora sejamos muitas vezes mais descendentes da Maria Soares Coelho. Ambos, filhos do Soeiro. Porem, a avo Maria casou-se com o D. Joao Peres de Vasconcelos, o Tenreiro, que vinha do ramo dos senhores da Torre de Vasconcelos, e como eh de praxe, a avo Maria nao emprestou o sobrenome aa descendencia por ser mulher.

Os de Vasconcelos tem grande importancia no componente genetico de nossa familia e sao descendentes diretos do Fernando I, o Magno, rei de Castela e Leon e da esposa oficial: Sancha, Infanta herdeira de Leon.

Apesar de o sobrenome Coelho nao ser citado entre as cinco familias nobres de Portugal, a alcunha de nobreza continuou por causa da origem genetica. Os Coelho continuaram sendo Ribadouro assim como outros sobrenomes que continuaram sendo adotados no curso da Historia Portuguesa. Nomes como Riba de Vizela, Alvim e Fonseca foram sendo adotados por descendentes dos mesmos ancestrais que os nossos, e eles proprios se tornaram nossos ancestrais, porque os nomes de familia passaram a ser adotados em torno dos anos de 1.100 em diante. Isso foi uma necessidade, aceita e recomendada pela igreja, para diferenciar os homonimos que se tornaram muitos, aa medida que a populacao se multiplicava.

Comprova-se o fato de os Coelho terem permanecido na intimidade palaciana, o acontecido com o nosso ancestral: Pero Esteves Coelho. Ele foi tao leal ao rei D. Afonso IV que aceitou ser um dos pau-mandados para executar a Isabel de Castro. Quem desejar conhecer melhor a Ines de Castro, cujo avo eh tambem nosso ancestral, eh bom ler: “Os Lusiadas” ou um bom livro da Historia de Portugal. A Isabel era a amante do, entao, futuro rei: D. Pedro I, de Portugal. O Pero Esteves pagou caro pela obediencia, pois, quando D. Pedro I assumiu o trono, um dos primeiros atos foi persegui-lo e executa-lo com dose de crueldade. O Pero Esteves Coelho era bisneto do Joao Soares Coelho e
irmao da Branca Pires Coelho.

D. Branca foi a mae da Leonor Alvim, esposa do D. Nuno Alvares Pereira. (Beato Nun’Alvares ou Nuno de Santa Maria). O Nun’Alvares, alem de ter sido o segundo Condestavel de Portugal e quem garantiu a Independencia Portuguesa, vencendo a Batalha de Aljubarrota, na crise de 1383-1385, eh nosso tio-avo em duas oportunidades, por sermos descendentes de duas meio-irmas dele: D. Brites Pereira e D. Joana (ou Isabel) Pereira. Ele e a prima Leonor Alvim sao os pais da Beatriz Pereira Alvim, que se casou com o D. Afonso, 1o. duque de Braganca. Eles iniciaram a dinastia Bragantina. E, por causa dos status real e de nobreza, todas as familias reais europeias apos isso estao ligadas a eles, por lacos geneticos.

O Coelho chegou ate a nos, atraves do avo materno do nosso penta e hexavo: Jose Coelho de Magalhaes, apelidado de Jose Coelho da Rocha ou, simplesmente, Rochinha. O avo materno dele: Joao de Magalhaes Coelho, eh o pai da Ana Josefa de Magalhaes Pinto, mae do Rochinha, que tem ascendencia ligada ao Joao Soares Coelho.

A segunda familia nobre portuguesa, da qual tambem somos descendentes, a Maia, tem a mesma origem da Ribadouro. Os Ribadouro tornaram-se descendentes do Ramiro II, rei de Leon, atraves do Ermigio Aboazar, que eh irmao do Trastamiro Aboazar, o primeiro senhor da Maia. Por varios caminhos nos somos descendentes dos senhores da Maia mas um, em particular, se da quando a trineta do ancestral: Trastamiro, a Moninha Goncalves da Maia, se casa com o Rodrigo Forjaz de Trastamarra. Deles descende (bisneto) o D. Goncalo Rodrigues da Palmeira que da o nome de Rui Goncalves Pereira a um filho. Assim, surge a familia Pereira, da qual D. Nuno e nos somos descendentes. Nos, em multiplas ocasioes.

Eh importante lembrar-se que a familia de Trastamarra eh uma das tres importantes na formacao do lado nobre espanhol. Na Idade Media ela guardava o importante segredo de estado que era a forja de materiais metalicos. Alias, alguns historiadores ressaltam a menor importancia que os pequenos reinos cristaos da Peninsula Iberica representavam para o restante da Europa na Era Medieva, por serem pobres, incultos, atrasados e tendo como unica atividade economica nobre a fabricacao de artefatos de metal. Ou seja, o ferreiro do tempo medievo era o nobre.

Esta concepcao de nobreza inferior comeca a mudar com o nosso ancestral: Alfonso VI, rei de Castilla. Ele conquistou o Califato de Cordoba, que era culturalmente superior ao restante da Europa. Alfonso VI eh filho do Fernando I, o Magno, rei de Castilla e Leon, com a Sancha, Infanta de Leon. Estes reis descendem daquele nucleo inicial de pessoas envolvidas com a Reconquista da Peninsula Iberica aos mouros, ou seja, nossos ancestrais: Pedro, duque da Cantabria e Pelagio das Asturias. O Alfonso VI eh tambem, junto com a Ximena Moniz, quem gerou a Teresa de Leon, mae do Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal.

As pessoas das quais venho tratando, ate agora, nasceram ate o segundo seculo do segundo milenio. Entao, a maior atividade economica que exerciam era a pilhagem de terras conquistadas, a taxacao de nobres menores e a vassalagem cobrada aos pequenos reinos muculmanos ja reconquistados por eles. Alias, foi a subdivisao em pequenos reinos da, entao, poderosa provincia muculmana de Al-Andaluz que enfraqueceu o dominio muculmano e permitiu a futura Reconquista da Peninsula Iberica por nossos ancestrais. Neste caso, repetiram o mesmo erro dos Visigodos.

Como familia nobre importante, o Baiao descende da mesma Teresa de Leon e do Henri de Bourgogne. Estes sao pais da Sancha Henriques, irma do Afonso Henriques. Ela se casou com o Sancho Nunes de Barbosa (agora tambem sei que o D. Sancho descende do Fernando I, o Magno, rei de Leon e Castela) e foram pais da D. Fruilhe Sanches de Barbosa. D. Fruilhe casou-se com D. Pero Fernandes e sao pais da D. Teresa Peres de Braganca que se casou com Afonso Hermiges de Baiao. Dai perpetuou-se o sobrenome Baiao, o qual, varios de nossos ancestrais portaram. O Baiao indica origem que se tornou sobrenome, portanto, existem outros ancestrais nossos que sao de Baiao sem, necessariamente, serem descendentes das mesmas pessoas.

O mesmo D. Pero Fernandes, marido da D. Fruilhe Sanches de Barbosa, eh ancestral da familia Braganca. Ele era filho do D. Fernao Mendes, senhor de Braganca, com Teresa Soares, que tinha origem na Maia. O D. Fernao Mendes era filho do Mem Fernandes de Antas com a Sancha Viegas, com origem em Baiao. O Mem Fernandes era filho do Fernao Mendes de Antas com a N (nome desconhecido) Alfonso de Leon. Este Fernao Mendes era filho do Mendo Alao com a princesa N. da Armenia. A nossa ancestral: N. Alfonso de Leon eh outra filha do Alfonso VI, rei de Castilla com uma desconhecida. E nisso se resume a origem primaria dos de Braganca, nossos ancestrais.

Por fim, a quinta familia nobre portuguesa, ou seja, os Sousa, sao descendentes tambem do Fernando I, o Magno, rei de Castilla e Leon com uma pessoa desconhecida. Eles tiveram o filho: Munio Fernandez, pai da Gontrode Moniz. Esta se casou com D. Gomes Echigues e foram os pais do D. Egas Gomes de Sousa que se casou com a Gontinha Goncalves, com origem na Maia e perpetuaram o sobrenome Sousa. O sobrenome Sousa era tambem dado tipo premio de consolacao aos filhos dos reis de Portugal que nasceram de concumbinas. Nos descendemos (os descendentes da Dindinha Ercila) do D. Afonso III e D. Dinis por esta via tambem.

Como se pode observar, nao existem cinco familias nobres diferentes com origem em Portugal. Na verdade, sao pessoas com ancestrais comuns, antes de os sobrenomes terem sido adotados. Os sobrenomes surgiram em funcao da necessidade de se distinguir um Jose de outro Jose. E o local de nascimento ou de dominio daquelas familias definiram os sobrenomes que elas tomariam.

A partir do comeco da adocao dos sobrenomes, por volta do segundo seculo do segundo milenio, eles se multiplicaram, mas os ancestrais continuaram os mesmos. Portanto, muitas vezes eh enganoso pensar-se que somos nobres porque assinamos uma alcunha usada pelos nobres no passado. Por minhas investigacoes so podemos esperar que todos os descendentes das familias de origem na Peninsula Iberica tenham uma composicao nobre em seu sangue.

Com a Reconquista e a repopulacao dos territorios reconquistados, e os casamentos tratados junto aas outras familias nobres europeias, a diversificacao genetica portuguesa aumentou apenas ligeiramente porque, no fundo, no fundo, o contingente principal sempre foi o daquela populacao que se refugiou na Peninsula Iberica, desde os tempos da ultima Era Glacial.  Ha que se fazer o acrescimo de que, desde quando a Reconquista comecou no inicio dos anos 700, casamentos com outras familias, como o povo Basco, foram arranjados para que os vinculos familiares tornassem os reinos cristaos melhor estruturados politicamente.

Outra familia que contribuiu para a nossa formacao genetica foi a de descendentes do Vimara Peres, conde e pressor do Porto. A dinastia dele acabou quando o Nuno III quis estabelecer um reino independente em Portugal, mas foi morto pelo rei Garcia de Leon. O proprio rei Garcia foi, posteriormente, destronado e morreu desterrado em um convento. Contudo, a descendencia do Vimara Peres ja era muito maior que o nucleo que governava e permaneceu entre os nobres, principalmente entre aqueles que passaram a assinar “de Guimaraes”. Estes provinham da cidade de Guimaraes, cujo nome de fundacao foi Vimaranes, ou seja, cidade do Vimara. No comeco era
uma fortificacao fundada por ele para proteger o Condado de Porto Cale.

Dentre as familias nobres consideradas bases na Peninsula Iberica, a que menos peso genetico causou na formacao da familia Coelho, ate onde eu pude verificar, eh a Lara. Ela tem mais importancia no lado espanhol. Mesmo assim, ela nao deixa de ter participado do componente genetico de muitos dos nossos ancestrais, entre eles, da avo Genebra Teixeira, uma das decavos do Rochinha. Esta familia, a Lara, descende e participa na formacao de toda a nobreza  castelhana, asturiana, de Pamplona e da Franca, especificamente, do Carlao (Carlos Magno).

Dos reinos cristaos que se formaram com a Reconquista da Peninsula Iberica, ainda nao falei de Castela, Aragao e os menores. O reino de Castela surgiu como um condado do reino de Leon. Era chamado de Condado de Burgos. Foi por volta de 930, Fernando II (Fernan Gonzalez, nosso ancestral na linhagem da avo Ana Josefa de Magalhaes Pinto) de Castela separou Burgos de Leon e adotou o nome de Castilla, numa referencia aa linha de castelos que defendiam o territorio. Mas em 966, Sancho I de Leon derrotou o parente e tomou de volta o reino que ja havia sido expandido. Porem, o nome permaneceu e, posteriormente, voltou a ser independente pelas muitas partilhas feitas entre os herdeiros do trono de Leon.

O reino de Aragao, que tambem comecou como condado, eh o unico com origem diferente. Ele foi reconquistado, em parte, pelos Francos. Basicamente, o reino comecou retomando terras aos mouros, mas passou por varias fases de expansao e retracao, dependendo dos fatos politicos de epoca. A caracterizacao dele como reino mais iberico comecou quando a nossa ancestral: Petronilha, rainha de Aragao e o Ramon Berenguer IV, conde de Barcelona, resolveram juntar os panos e os dominios. Eles sao os pais da Dulce de Barcelona, infanta de Aragao, que se casou com o D. Sancho I, rei de Portugal. D. Sancho I eh o herdeiro do D. Afonso Henriques e avo do D. Afonso III, de Portugal. Eles estao na linhagem que nos leva nao apenas aa monarquia portuguesa mas a, praticamente, todas da Europa da Era Medieval. Por ser de origem Franca, a monarquia aragonesa eh a que mais diretamente nos liga ao imperador Carlos Magno e sua descendencia.

O reino de Aragao depois passou a ser denominado Navarra. Mais informacoes no sitio: http://pt.wikipedia.org/wiki/Reino_de_Arag%C3%A3o. Nossos ancestrais nobres procedem tambem de outros reinos temporarios como Pamplona e Galicia. No sitio: http://pt.wikipedia.org/wiki/Galiza encontra-se mais informacoes a respeito das duas fases deste ultimo, quando foi o reino dos suevos, como Gaelecia e, depois, como Galiza propriamente dito.

Uma ultima informacao a respeito de nossa origem nobre refere-se ao sobrenome Rodrigues. Ha a crenca entre pessoas de nossos familiares que acredita que esse seja um sobrenome de nobreza mas isso eh falso. Numa pesquisa aleatoria, em que verifiquei mais de 1.000 nomes, num universo possivel em que se encontravam mais de 30.000, e que o Rodrigues estava presente, descobri que, a maioria, ate por volta dos anos 1.400, tratava-se simplesmente de filhos ou netos de algum Rodrigo. Este eh o caso das filhas do D. Rodrigo Diaz de Bivar, el Cid, que assinaram Rodriguez e sao nossas ancestrais. O mesmo se verifica nos filhos do D. Rodrigo Froias de Trastamarra, nosso ancestral na linhagem da alcunha Pereira.

A partir dos anos 1.500, multiplicaram-se os numeros das pessoas que passaram a assinar o Rodrigues, sem que hajam anotacoes de ancestrais portanto tal sobrenome ou mesmo sem a previa imediata de um Rodrigo como pai. Parece que o Rodrigues simplesmente tornou-se moda. Ha um caso particular nessas investigacoes em que encontrei o portador do Rodrigues Coelho por volta dos anos 1.600/700. Fui aa raiz dele e nao encontrei nenhuma ligacao para a presenca  dos nomes. Tomei, entao, o caminho inverso, para verificar algum descendente que justificasse a presenca no sitio GeneAll.net. Depois de varias geracoes assinando Rodrigues Coelho, uma das mulheres na familia entra na familia Sarney e torna-se a avo do Jose Ribamar, o ex-presidente do Brasil.

Uma curiosidade a respeito do Rodrigues esta nos ancestrais da Dindinha Ercila. Uma filha do indigena Piqueroby, com o nome de Antonia, casou-se com um certo Antonio Rodrigues e deve ter adotado o sobrenome do marido. Mas a filha deles, tambem Antonia Rodrigues, nao o passou aa frente, por ter se casado com Antonio Fernandes. Assim, eh possivel que o sobrenome possa ter sido adotado pela nobreza nativo-brasileira. Nesse sentido pode ser que o Rodrigues herdado por nossa familia, aparentemente, da avo Eugenia Rodrigues Rocha, esposa do Rochinha possa ter essa origem nobre, embora, muita gente desdenhe do titulo nobre aos nossos indigenas.
Como se houvesse alguma diferenca entre nobre europeu ou nobre de qualquer outro lugar!

Fechando este capitulo, assim se deu a base da formacao da familia Coelho do Centro-Nordeste mineiro, na Europa. A partir da conclusao da Reconquista do territorio portugues, pelo rei D. Afonso III, no inicio dos anos 1.200, cada grotao de Portugal contribuiu um pouquinho para a formacao genetica de nosso povo. E em cada contribuicao se deu a oportunidade de nossa genealogia ser extendida a todos os recantos da Terra entao em contato com a Peninsula Iberica.

Esta pesquisa reflete apenas a ascendencia do avo Jose Coelho de Magalhaes, apelidado por Jose Coelho da Rocha, o nosso Rochinha. O unico outro ramo analisado foram os Andrade de Itabira, cuja composicao genetica de origem portuguesa eh semelhante aa dos Coelho de Magalhaes. Difere na composicao genetica brasileira com a contribuicao nativa. Por estes dois ramos, podemos concluir que, sem sombra de duvidas, se possuissemos os dados completos de nossos outros pentavos, as linhagens deles se encontrarao nas mesmas raizes.

Ha apenas uma duvida quanto ao sobrenome Barbalho. Encontrei uma versao que supoe que este sobrenome venha de uma familia do oriente, nao se aponta especificamente nenhum lugar e a origem seriam as palavras Barb Al. Nao sei o que significam.

Baseado tambem no exemplo dessa nossa origem europeia, podemos supor que os nossos vinculos com os indigenas brasileiros e os africanos nos facam descendentes de pessoas que habitaram muitos rincoes dos continentes americanos e da Africa. Tendo em vista que os nossos indigenas provem da Asia, isto completa a nossa identidade universal. Temos a possibilidade, entao, de termos graus de parentesco relativamente proximos com cada um dos bilhoes de seres humanos que habitam o planeta Terra na atualidade.

10. UM RESUMO DA FORMACAO DA FAMILIA COELHO DO CENTRO-NORDESTE DE M. G.

Em resumo, a formacao da familia Coelho em Portugal, alem das raizes mais profundas que proveem de diferentes paises e diferentes culturas, esta presa a alguns personagens historicos. Nos podemos citar, como nomes fundamentais: Pedro, duque da Cantabria e Pelagio das Asturias. Eles foram os iniciadores da Reconquista da Peninsula Iberica aos mouros e sao os grandes patriarcas de todas as familias nobres vinculadas a Espanha e Portugal. Deles nasceram, respectivamente, Alfonso I, rei das Asturias, e Ermesinda das Asturias que dao continuidade aa linhagem das realezas cristas formadas na Peninsula Iberica. Estes viveram na segunda metade dos anos 600 e inicio dos anos 700.

Outro descendente deles que se destaca como patriarca das familias nobres eh o rei Ramiro II, de Leon. Ele foi um proeminente guerreiro, impondo-se aos mouros. Governou nos anos 900. Como condicao de paz, casou o filho Aboazar Lovezendo com a princesa muculmana Zayra ibn Zayda. E este casal entra na formacao inicial de pelo menos tres familias nobres que sao: os Ribadouro, os de Trastamarra e os Maia. As outras familias descendem dos descendentes deles.

Outro casal de extrema importancia na formacao das familias nobres eh o rei Fernando I, o Magno, rei de Castela e Leao e a rainha Sancha, Infanta herdeira de Leao. Eles nasceram nos anos 1016 e 1015, respectivamente. Sao os pais do Alfonso VI, rei de Castela,quem ofereceu a mao das filhas aos nobres do restante da Europa que o ajudassem a reconquistar a Peninsula Iberica.

O Henri de Bourgogne aceitou o desafio e ganhou a mao da Teresa de Leon. Estes se tornaram pais do Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal, e tambem da Sancha Henriques, que eh ancestral, entre outros, de nobres que usam a assinatura Sousa. Parte dos Sousa descendem dos reis D. Afonso III e D. Dinis.

Uma particularidade eh a de que o Henri de Bourgogne eh descendente direto dos monarcas da Franca. Os monarcas franceses eram, por diversas linhagens, descendentes do Carlos Magno, o Carlao. A rainha Sancha, Infanta herdeira de Leao tambem o era.

Nas tres geracoes de reis de Portugal que seguem, ou seja, D. Sancho I, D. Afonso II e D. Afonso III, encontramo-os como ancestrais dos Coelho por muitas linhagens diferentes. As esposas dos tres primeiros reis de Portugal: Mahaut (Mafalda) de Savoia, Dulce de
Barcelona e Urraca, Infanta de Castilla, nos acrescentam mais ascendencia no Carlao. Alias, outros de nossos ancestrais, particularmente mulheres, descendem deste grande imperador do Sacro Imperio Romano.

Ja o Fernando I, o Magno, rei de Castela e Leon, esta na origem dos nobres que assinam “de Baiao”, porem, com uma segunda esposa, cujo nome nao foi identificado. De qualquer forma, tambem por este caminho ele se tornou ancestral dos Coelho.

Na tradicao de nossa familia, nos tinhamos em conta como nossos ancestrais mais nobres apenas o Egas Moniz, o Aio; o neto deste: Egas Lourenco Coelho e o bisneto: Soeiro Viegas Coelho. Esta tradicao, provavelmente, se deva a dois eventos fundamentais. O primeiro eh o de que a assinatura Coelho permaneceu pelos seculos ate aas geracoes atuais. Este era o fato que substanciava a tradicao.

O outro evento eh sermos descendentes de todas as figuras proeminentes daquele passado medievo, contudo, por vias maternas. Como sabemos, antigamente, poucas mulheres eram lembradas como ascendentes importantes. E este mal habito continua ate hoje quando as pessoas batizam os filhos apenas com o sobrenome paterno. Isto faz com que, na maioria das vezes, os descendentes sejam incapazes de lembrar os sobrenomes e qualquer ascendencia ligadas aas avos.

Isto eh ruim porque, geneticamente, a contribuicao materna eh igual ou maior que a paterna. Este eh um fato veridico porque somente as maes nos transmitem o DNA-mitocondrial. E, embora a transmissao do cromossoma Y, que so se da de pai para filho, determine o sexo masculino nos descendentes, a transmissao do cromossoma X pela mae contem um pouco mais de material genetico. Referi-me a ser ruim ao fato de nao nos lembrarmos das ascendencias de nossas avos.

Eh claro, nao podemos nos esquecer do fator carater, formado do nascimento ate aa fase adulto-jovem, que tem forte influencia dos progenitores e da cultura em que se esta inserido. Eh provavel que o carater masculino tenha prevalecido no passado, porque o parto era uma das maiores causas de morte das maes. Assim, grande parte das criancas as perderam durante os nascimentos de irmaos mais novos, o que incorreu na maior influencia do carater paterno.

Mas o fato eh este, nao se pode falar em formacao da familia Coelho sem citar-se alguns nomes femininos. Claro, a citacao de alguns nomes nao faz justica aas nossas ancestrais porque todas sao igualmente importantes mas, pelo menos, eh melhor que o silencio que encontramos ate o momento.

Assim, creio ser importante citar: Anna de Bizantium, que levou aa familia de Savoia a heranca genetica desde os faraos. Dela descende outros alem da Mahaut (Mafalda) de Savoia, a esposa do D. Afonso Henriques, e sao tambem nossos ancestrais. Outra Anna, a de Kiev eh uma das pessoas que nos ligam aos grao-duques de Kiev, os ancestrais dos tzars. Ela tambem nos liga aas casas reais da Hungria, Polonia e outras.

Edith Swanshnesha de Mercia eh outro nome feminino proeminente. Citada na Historia Inglesa pela grande coragem dela, foi esposa do ultimo rei ingles, Harold II, antes da invasao normanda. O rei seguinte, William, o Conquistador, que tambem eh nosso ancestral, levou a Inglaterra a situacao impar porque, como normando, era um vassalo da coroa francesa. Como rei da Inglaterra, era um adversario. Nesta familia tem que se incluir a princesa Gunnor da Dinamarca que, em muitos casos eh nossa ancestral, introduz sangue viquingue aa nossa
heranca e foi esposa do Richard I, conde da Normandia.

Como exemplos de nossas ligacoes com as dinastias reais inglesas, podemos citar a princesa Ogivia da Inglaterra, esposa do Charles III, o Simples, rei da Franca, alem das irmas dela: Edith e Adiva, que sao filhas do Edward, o Velho, rei do Wessex. Todas sao nossas ancestrais.

Tambem nao podemos nos esquecer da Urraca, Infanta de Castela, que se casou com o Afonso II, rei de Portugal. Ela eh filha do rei Alfonso VII, de Castela, com a Eleanor Plantagenet, princesa da Inglaterra. Eleanor foi a corajosa que peitou o poderoso Ricardo, Coracao de Leao, rei da Inglaterra. Ricardo, o irmao da Eleanor, queria que ela se casasse com um subalterno do Saladino, com quem estava em negociacoes de paz para manter o Reino de Jerusalem nas maos dos cristaos. Eleanor disse nao ao irmao e rapou para a Peninsula Iberica.

Nao se pode deixar de citar tambem a Petronilha, rainha de Aragao; a Elvira Mendes, condessa soberana de Portugal e a Zayra ibn Zayda, que nos da um tempero arabe no sangue e a ascendencia no profeta Mahammed (Maome).

Descendente da avo Zayra, temos a Toda Ermiges. A avo Toda tem todo um lugar numa importante encruzilhada de nossa genealogia. Ela descende tambem do Ramiro II, rei de Leon, e eh, ao lado do Egas Moniz de Ribadouro, matriarca da familia Ribadouro. Ela casou-se tambem com o tio dela: Pedro Turtezendes, irmao da Vivili Turtezendes, mae dela, e se tornou nossa ancestral, multiplas e multiplas vezes, tanto em razao do primeiro quanto do segundo casamentos. Ela eh a bisavo do Egas Moniz, o Aio, o bisavo do Soeiro Viegas Coelho, aquele que perpetuou o sobrenome Coelho passando-o aa descendencia.

Aqui cabe um parenteses para o fato de uma vez ou outra alguem da familia nascer com as feicoes arabes. Se a avo Zayra fosse uma contribuinte ocasional de gens para a nossa familia, isso, provavelmente, nao aconteceria. Contudo, os continuos casamentos de parentes proximos e dela descendentes fez com que a participacao dela na formacao de nossa genetica nao se perdesse. Claro, nao podemos descartar a possibilidade da participacao de outros descendentes arabes entre os inumeraveis personagens desconhecidos, mas eh grande a possibilidade de muitos destes desconhecidos serem descendentes dela propria. Por meio do segundo casamento da Toda Ermiges ela eh ancestral tambem dos nossos ancestrais que assinam Pereira.

Ressalvando essas, temos a avo Violante de Sousa que nos ajudou a encontrar nossas raizes na familia real portuguesa. Ate mesmo a avo Violante de Freitas, que nao sei porque cargas d’agua eh codenominada de “a Mentirosa”, tem o lugar dela entre as mulheres que quero citar.

Mas grande variedade genetica encontrei mesmo foi relacionada a nomes como o da avo Ana Da Mesquita, da Maria Barbosa e da Catarina de Freitas. Esta avo, Catarina, eh a esposa do Fernao Coelho, e nos sao ancestrais atraves do Rodrigo de Sao Paio Coelho (cujo Sao Paio foi aglutinado no Sampaio de parte da descendencia dele) e do Martim Coelho, filhos deles. A avo Catarina nos liga,geneticamente, a uma grande variedade de linhagens europeias, entre familias nobres e casas reais.

Entre as mulheres de destaque em nossa genealogia, eu havia me esquecido da Madragana, que depois foi batizada por Mor Afonso. Ela eh nossa ancestral em uma das linhagens que nos levam ao rei D. Afonso III, de Portugal. Ela acrescenta mais uma pitada de origem hebraica, alem de ser um dos vinculos que nos da grau de parentesco com a rainha Victoria e a descendente delas: a atual rainha Elisabeth II, da Inglaterra.

Nosso ramo judaico eh tambem representado pela rainha Esther, a rainha na Persia antiga que deu nome a um dos livros da Biblia. Felizmente, alguns dados da vida dela sao conhecidos, a ponto de ela aparecer numa linhagem onde poucas sao as mulheres admitidas, contudo, nao ha uma genealogia que demonstre os meios pelos quais somos descendentes dos patriarcas biblicos.

Por fim, nao podemos deixar de citar a Maria Soares Coelho, filha do Soeiro Viegas Coelho. Ela nao nos passou o sobrenome mas eh por multiplas vezes nossa ancestral.

Em nossa linhagem do sobrenome Coelho, eh preciso citar outra Ana, a Ana Coelho, porque, apesar de ser mulher e mae da Isabel Pinto de Magalhaes, elas foram a ponte que levou o nome ao avo da Ana Josefa de Magalhaes Pinto, ou seja, ao Joao de Magalhaes Coelho. Embora a avo Ana Josefa nao assinasse o sobrenome Coelho, o avo Bernardo Antonio Pinto da Mesquita nao se intimidou em recuperar a alcunha no filho deles: Jose Coelho de Magalhaes, o nosso Rochinha, cujo apelido era Jose Coelho da Rocha.

Curioso a respeito dos nomes que o avo Bernardo Antonio deu aos filhos eh que ele diversificou, dando sobrenomes diferentes a eles. Interessante eh a todos ter dado o Magalhaes que vinha da avo Ana Josefa e nao dele. Porem, a pelo menos um, provavelmente o primogenito que nasceu em 16 Nov 1742, deu todos os nomes de familia que se lembrou fazer parte do rol de nossos ancestrais. Assim, o nome ficou: Bernardo Mesquita Pinto de Sousa Magalhes Coelho.

De certa forma, o sobrenome dele resume parte da nossa heranca genetica em Portugal. Claro, ele nao deve ter tido o acesso completo aa propria genealogia, senao, nao se esqueceria de sobrenomes como: Vasconcelos, Valadares, Macedo, Teixeira e muitos outros, alem dos que ja estamos mais acostumados a ouvir como: Oliveira e Silva.

A respeito dos sobrenomes que compoem a lista que nossos ancestrais assinaram, existe uma gama quase infinita. Eh preciso lembrar que os sobrenomes comecaram a ser adotados a partir do segundo seculo do segundo milenio, ou seja, nos anos de 1.100 e 1.200. Isto se deu porque na fase anterior as pessoas usavam apenas o prenome e bastava. Quando se tornava necessario fazer a diferenca entre um Jose e outro Jose, era acrescentado o nome paterno. Assim, se alguem era conhecido pelo nome Egas Lourenco, era porque era o Egas, cujo pai era Lourenco.

Muitos nomes paternos, porem, eram adaptados para significar “filho de determinada pessoa”. Este eh o caso daqueles que recebiam o acrescimo Fernandes (z). Eram filhos do Fernao ou Fernando. Os chamados de Nunes (z) eram os filhos do Nuno. Nessa linha nos temos os Rodrigues (z), os Alvares (z), os Mendes (z), os Peres (z), os Pires (z) etc. Algumas adaptacoes eram ligeiramente diferentes, Este eh o caso dos filhos de Joao, por exemplo. A grafia antiga de Joao era Johanes. Entao, o D. Goncalo Anes so poderia ser Goncalo, filho do Jo(hAnes)ao. De forma semelhante, os Viegas eram filhos do Egas. Ja os nomes Soeiro e Sueiro davam os apelidos de Soares e Suarez. Porem, esses sobrenomes nao eram passados aos netos antes do segundo seculo do segundo milenio.

Com o aumento da populacao, convencionou-se acrescentar-se mais um sobrenome aos nomes das pessoas, indicando a origem geografica delas. Os nobres ja usavam essa regra. Assim, os “de Magalhaes” vinham, obviamente, de Magalhaes. Desta forma, nos temos uma infinidade de sobrenomes. No rol de sobrenomes que nossos ancestrais usaram, podemos citar alguns, tais como: Azevedo, Teixeira, Menezes, Pereira, Andrade, Sotomai(y)or, Basto, Macedo, Sousa, Veiga, Gus(z)man, Maia, Silva, Braganca, Valadares, Soverosa, Briteiros, Ribeira, Berredo, Guimaraes, (Vimaranes), Baiao, Lara, Benevento, Lima, Enxara, Castro, Vasconcelos, Alvarenga, Mesquita, Cunha, Aguiar, Pombeiro, Grijo, Riba de Vizela, Celanova e Portocarreiro. Isso, para ficarmos apenas em alguns exemplos mas, muitos sao os outros. Como podemos observar, a lista eh tao grande que nem eh logico querer assinar-se todos. O melhor mesmo eh manter-se uma Arvore Genealogica, o mais completa possivel, para que as informacoes sejam completas e satisfatorias.

Existem os sobrenomes que derivaram das profissoes e das caracteristicas fisicas de algum patriarca. Entre estes, eu desconfio que o Barbalho se refira aa caracteristica da barba de nossos ancestrais. Tambem os Alvim, que procedem dos Riba de Vizela, podem vir de alguem de pele ou cabeleira alva. Como exemplo de sobrenome de origem profissional, pode-se citar o Navegante que nao eh parte do rol de nossas assinaturas.

Embora as familias tenham se diversificado quanto ao uso dos sobrenomes, a grande maioria delas proveem dos mesmos ancestrais ou, pelo menos, parte dos mesmos. Geralmente, o que dava titulo de nobreza a uma familia era ter como ancestrais os primeiros reis cristaos que governaram. Na Peninsula Iberica, seriam os que viveram no periodo da Reconquista dela aos mouros.

Existem tradicoes a respeito da ascendencia judaica das familias portuguesas que sao falsas. Por exemplo, acreditar-se que os judeus convertidos durante a Inquisicao foram os primeiros a assinar, e deram inicio aas familias que assinam nomes de vegetais e animais. Isto eh falso. Muito antes da Inquisicao existir, Coelho, Leao, Oliveira, Carvalho, Pereira etc eram assinados. Cada um por motivo diverso aa conversao. Para termos certeza de que somos descendentes da gente judia, preciso eh fazer-se um exame de DNA ou identificarmos algum ancestral de procedencia judia em nossa Arvore Genealogica. Em nosso caso especifico temos a Madragana, filha do alcaide-mor do Faro, que foi amante do D. Afonso III. Muitas familias judias adotaram nomes cristaos, tais como ; Cruz, de Jesus, da Rocha etc, que ja eram comuns entre a populacao.

Eh fato porem que, possivelmente, todas as familias de origem portuguesa descendam dos judeus. Um fato curioso, que talvez aponte para isso, sao as obras do mestre Aleijadinho, onde ele retratou as estacoes do Calvario de Jesus. Os soldados representados nelas vestem trajes romanos mas, nas feicoes, estao estampadas as caracteristicas que relacionamos ao povo portugues, e de forma caricata. Apesar de obvia esta relacao, somente uns 200 anos apos as obras terem sido esculpidas, uma pesquisadora observou este detalhe, embora elas tenham ficado expostas aa admiracao de milhoes de pessoas antes. Elas continuam expostas la em Congonhas do Campo, onde isso pode ser comprovado.

Contudo, o fato eh este: desde que uma pequena fracao da populacao judia foi transferida para a Peninsula Iberica, pelos romanos, nos anos 70 d.C., o esperado eh que todos descendamos dela. Isto se da porque, fosse transferido apenas um casal, se ele tivesse apenas dois filhos e esses filhos casassem com os nativos e tivessem apenas dois filhos cada um, e isso se repetisse a cada geracao, sem que os descendentes do primeiro casal se casassem entre si, no ano 1.070, ao final de 33 geracoes, era esperado que o casal ganhasse mais de 8.000.000.000 (oito bilhoes) de descendentes, somente naquela ultima geracao. Podem tirar a prova dos nove. Multipliquem 2 X 2 X 2… ate a 33a. vez. (ou usem o 2 elevado a 33). De forma semelhante, podemos fazer essa conta regressivamente que da no mesmo. Nos temos pai e mae. Eles tem pai e mae. E assim indo, ate aa 33a. geracao anterior a nos, esperariamos ter o mesmo numero de ancestrais, somente naquela ultima geracao.

Essa regra nao funciona porque os descendentes dos casais sempre casam entre si mesmos. Por outro lado, antes da atualidade, os casais nao limitavam a reproducao a apenas dois filhos. Por isso, depois de ter se passado praticamente outro milenio apos a introducao do primeiro grupo de descendentes judeus na Peninsula Iberica, eh uma quase impossibilidade matematica que toda a populacao iberica nao seja judeo-descendente. E, como a populacao total da Peninsula Iberica, na epoca dos 70 d.C. era apenas uma fracao pequena dos oito bilhoes, entao, nos existimos porque somos descendentes multiplas e variadas vezes das mesmas pessoas.

O que se sabe tambem eh que houve um crescimento da populacao judia inicial atraves das conversoes dos nativos. Neste caso, os descendentes dos primeiros casais nao devem ter tido dificuldades em se casarem com os filhos dos nativos convertidos. Em seguida, as novas geracoes nao devem ter tido o preconceito de se casarem tanto com membros de uma cultura quanto da outra porque, elas proprias, pertenciam aas duas. As dificuldades so se apresentavam quando as fronteiras eram impostas entre duas populacoes o que, de fato, na Peninsula Iberica antiga elas nao funcionavam.

Sei que existem aqueles que tem um certo preconceito contra judeus e nao se sentem aa vontade com essa informacao. Hao tambem os que se orgulharao de saber isso. Do ponto de vista genetico que concebo, somente enxergo como vantagem sermos descendentes do maior numero de linhagens humanas possivel. Do ponto de vista genetico, quanto maior a diversidade, maior eh a probabilidade de isso render saude. Quanto aas divergencias politicas e culturais, sao meros artificios da insanidade humana. Nao nos podemos deixar contaminar por isso.

Evento semelhante se da em relacao aa ascendencia arabe. Os arabes chegaram cerca de 600 anos depois dos judeus, com a conquista da Peninsual Iberica em 711. Nos sabemos que somos descendentes deles, atraves da ancestral Zayra ibn Zayda e da Isabel de Sevilla. Tambem, apesar do pequeno numero de arabes puros no inicio, da mesma forma, as possibilidades de mais casos de ascendencia sao maiores que a possibilidade de inexistencia deles.

Entretanto, em ambos os casos, podemos comparar essas ascendencias como gotas de corante em uma bacia de agua transparente. A agua pode perder um pouco da transparencia mas dissolve o corante, a ponto de ele ficar quase invisivel. Entao, sabemos que existe mas para certificarmo-nos da proporcao, eh preciso realizar um teste de laboratorio, ja que nao sabemos o quanto de “agua” e o quanto de “corante” entraram na mistura.

Para finalizar este capitulo, eh preciso observar que, muitas vezes, os sobrenomes somem das tradicoes familiares por estarem ligados aa origem materna. Portanto , eh preciso estar sempre com a mente aberta para nao sermos surpreendidos pelo parentesco, muitas vezes proximo, com pessoas que faziamos ideia completamente diferente delas. Quanto a isso, eh preciso lembrar-se tambem que, ate a um passado recente, nao se tinha tanto apego aos nomes de familia. Os pais davam sobrenomes aos filhos, segundo sua propria conveniencia e gosto. Eh preciso abrir as mentes para esses fatos.

11. A FORMACAO DA FAMILIA COELHO EM VIRGINOPOLIS E ADJACENCIAS – PARTE I

Antes de mais nada, convem abrir um parenteses para informacoes anteriores aa formacao da nossa familia. Em primeiro lugar, a regiao do Vale do Rio Doce foi conhecida como Matas do Pecanha. Joao Pecanha foi um bandeirante que entrou na regiao ainda nos anos 1.500. Nao encontrou nada que lhe valesse mas deparou com as endemias que infestavam as florestas tropicais. Assim, a regiao ficou esquecida por um tempo.

Nem mesmo quando ouro e pedras preciosas foram encontradas nas Minas Gerais, nao houve animo para uma busca mais detalhada na regiao na parte mais a nordeste das matas. Assim, nos passamos em branco pelo Ciclo do Ouro. Diga-se de passagem, Virginopolis deve ter sido mesmo o lugar onde o “Judas havia perdido as botas” so perdendo para Valadares, “onde ele perdeu as meias”.

Mas ao que parece, Virginopolis deve ter mesmo sido o fim-do-mundo. A fonte de materiais preciosos seguiu linhas que parece mesmo evita-la. O ouro foi encontrado em Mariana, Ouro Preto, Sabara, Barao de Cocais, Caete, Serro e os diamantes em Diamantina. Itabira, Morro do Pilar, Conceicao do Mato Dentro e outras, pelo menos, ficavam no meio do caminho que ligava as fontes das riquezas aa Metropole. Mas nelas tambem encontrou-se ouro em abundancia. Na verdade, nao era o caminho mais direto aos diamantes mas, com certeza, era o que evitava passar dentro da mata mais fechada e que, supostamente, seria a fonte das endemias.

Ha que se recordar que nos anos 1.700 ocorreu o governo do rei D. Jose I. Este eh o pai da D. Maria I, a Louca, e avo do D. Joao VI. Foi no governo de D. Jose que ocorreu o terrivel terremoto de Lisboa, que nivelou a cidade ao rez do chao e matou boa parte da populacao. A consequencia imediata do terremoto foi a reconstrucao de Lisboa, que poderia passar por um fato corriqueiro se nao estivesse na direcao dos assuntos de governo o megalomaniaco Marques de Pombal.

Alias, abras-se aqui outro parenteses para elogiarmos a inteligencia e avancos portugueses na epoca. Nao apenas nas reconhecidas questoes maritimas dos seculos XV ao XVIII. Para a reconstrucao de Lisboa foi feito em “laboratorio” um estudo que levasse a metodos de construcao que evitassem a demolicao de predios em consequencia de terremotos. Assim, Lisboa foi a primeira cidade planejada para nao sofrer as consequencias destrutivas de terremotos, presume-se que seja a precursora mundial em termos de seguranca.

Outro fato inovador, porem mais antigo, eh de que os portugueses foram os primeiros a experimentar um sistema parlamentarista. Muito antes da Carta Magna, no tempo de nossos ancestrais: do Afonso I Henriques ao III e Sancho I, ja era um costume reunirem em assembleias a nobreza mais elevada e representando as cinco familias com maior poder, para decidir-se os assuntos de estado, sob a presidencia do rei. Isto durou enquanto a capital era Coimbra mas nao se dava em funcao de lei. Era como uma reuniao de familia, ja que a realidade eh essa, eram todos aparentados. Com o tempo, isso foi esquecido.

Essas duas informacoes sao verdadeiras e constam em documentarios a respeito dos fatos. Seguindo, entao, o assunto de nossa conversa, o Marques de Pombal “impombou” de reconstruir Lisboa aos moldes de Londres, com tudo monumental. Isto exauriu o erario publico e suscintou as pesadas cobrancas de taxas exigidas aas colonias, incluindo ai o Brasil. Depois disso, ja no governo de D. Maria I, quando o ouro brasileiro comecou a rarear, provocou a Inconfidencia Mineira e outras revoltas.

Antes do primeiro fato e, provavelmente, no intervalo deles foi que nasceu e foi para o Brasil o nosso patriarca JOSE COELHO DE MAGALHAES, nascido na Provincia do Entre Douro e Minho, em Portugal, e passou a ser conhecido como JOSE COELHO DA ROCHA, no Brasil. Como alferes de milicia que era e com a necessidade da coroa portuguesa de buscar novas fontes de renda para o erario delapidado, ele deve ter sido enviado ao Brasil. Nao se sabe se ele participou da repressao aos inconfidentes, como parte das obrigacoes militares dele.

     Coincide que, dez anos antes da delacao e repressao da Inconfidencia Mineira, ele se casou com a avo EUGENIA RODRIGUES ROCHA, em 1779. Estabeleceu-se como fazendeiro aas margens do Corrego Axupe, hoje na cidade do Morro do Pilar (Atualmente estou em duvida se nao sera em Conceicao do Mato Dentro, por causa da foto vista no pagina: http://www.panoramio.com/photo/2352337). Tiveram cinco filhos: Jose (1782), Joao (1785), Antonio e Felix. Os quatro assinaram Coelho de Magalhaes. A unica filha chamou-se Clara Maria de Jesus.

     Somente o Jose e o Joao se casaram. Eles seguiram os passos do pai no servico ao exercito imperial. Chegaram aa patente de capitao. O capitao Joao casou-se com sua prima Bebiana Lourenca de Araujo e foram povoar o norte do Centro-Nordeste mineiro. Uma parte da progenie deles ficou ao redor de Guanhaes mesmo. (Descende deles o Joaquim Leao Coelho que se casou com a Luiza (Didica) da tia Maricas e tio Sinval, mas eh muita confusao para se explicar isso agora).

     Contudo, estou concentrando esta dissertacao na formacao da familia Coelho em Virginopolis e adjacencias. Neste caso, a porcao maior da familia procede do Cap. Jose Coelho de Magalhaes Filho, tambem conhecido como Cap. Jose Coelho da Rocha Filho. Ele se casou com a Luiza Maria do Espirito Santo, que eh natural do Corrego Prata (Nao sabemos onde eh isso. Eh preciso localizar para buscar os ancestrais dela. Pode referir a um dos corregos que formam o distrito de Corregos, em Conceicao). Eles comecaram a familia em Conceicao do Serro, ou do Mato Dentro que eh o nome atual. La tiveram quatro filhos: Jose Coelho da Rocha Neto, Maria Luiza (Nha Moca) Coelho, Francisca Eufrasia de Assis e Ana Maria de Jesus (Nha Ninha). Embora o Jose Coelho da Rocha Neto tenha numerosa progenie, nao temos mais informacoes a respeito dela. Nha Moca e Nha Ninha nao se casaram. Falar-se-a a respeito da Francisca depois.

     A fase seguinte da vida de nossa familia eh influenciada pelos acontecimentos politicos no mundo exterior. Como a Revolucao Francesa ja passara e os acontecimentos levaram aa subida do Napoleao Bonaparte, Portugal ficou no meio do fogo cruzado entre a guerra franco-inglesa. O entao regente, porque a rainha Maria I estava louca, D. Joao VI, decidiu por enganar os franceses e transferir a corte e o erario portugueses para o Brasil. Assim, fomos elevados aa categoria de sede da Metropole, sem que houvesse nenhum preparo para isso, em 1808.

     Logo em seguida ha a transferencia da capital do Brasil, de Salvador para o Rio de Janeiro, onde aconteceu o rumoroso caso do roubo das propriedades dos brasileiros para abrigar as cortes portuguesas. Sem lugar para os nobres e os acompanhantes se hospedarem, os milicianos portugueses simplesmente pregavam uma placa com as letras “P.R.” na residencia e os donos eram jogados na rua do amargura, sem indenizacao. As letras significavam “Propriedade do Regente” ao que os brasileiros entendiam: “Propriedade Roubada”.

     Por todo o tempo em que as cortes portuguesas permaneceram no Brasil, as tensoes entre as duas nacionalidades multiplicaram-se. Mesmo assim, nao houve uma revolta significativa que rompesse os lacos de origem entre os dois povos. A Revolucao Pernambucana levou aa criacao de uma republica em 1817, no Nordeste, mas esta tentativa de independencia nao durou tres meses.

     Contudo, D. Joao VI nao deixou de captar as mensagens deixadas pelos fatos historicos. Os Estados Unidos ja haviam conquistado a independencia. A eles seguiram outras nacoes nas Americas. Simon Bolivar ja havia conquistado a liberdade para um grande territorio que, contrariando a vontade dele, veio a se tornar cinco nacoes. Antes do retorno a Portugal, D. Joao VI deixou o recado ao Infante Pedro (Pedro I, no Brasil e Pedro IV, em Portugal): “Antes que algum aventureiro o faca, de voce a Independencia ao Brasil.”

     Entre as decisoes de D. Joao VI que nos afetaram, uma foi a de que dessem combate “aos indios antropofagos” que habitavam as Matas do Pecanha. O termo “antropofagos” era usado para justificar o confisco das terras aos verdadeiros donos, ou seja, aos indigenas.

     Para cumprir esta ordem, foram convocados, entre outros, os irmaos capitaes Joao e Jose Coelho. Outro decreto de D. Joao VI criava a freguesia de Sao Miguel e Almas(dos Guanhaes), cujos primeiros moradores foram o Cap. Jose, a esposa Luiza Maria e os quatro primeiros filhos. O decreto eh do final de 1821. (Nesta mesma epoca, em 1819, vindo da Vila do Principe (Serro), outros nossos ancestrais: Antonio Borges Monteiro Junior e sua esposa Maria Magdalena de Santana, juntavam-se a outros pioneiros na formacao do Arraial de Sao Sebastiao dos Correntes (Sabinopolis)).

     Em cinco de abril de 1822 nasce o quinto filho do casal, Joao Baptista Coelho. Em sete de setembro do mesmo ano, D. Pedro I proclama a Independencia do Brasil e se torna seu primeiro imperador. Joao Baptista pode ter sido o primeiro cara-palida a nascer no ja criado vilarejo de Sao Miguel e Almas, que depois viria a se chamar Guanhaes. Ao dele se seguiram os nascimentos da Eugenia Maria da Cruz (1824) e Antonio Rodrigues Coelho (1829). Entre estes dois ultimos nasceu a tia Antonina que faleceu ainda crianca.

     Dos oito filhos dos avos Cap. Jose Coelho de Magalhaes Filho e Luiza Maria do Espirito Santo, quatro tornaram-se grandes matripatriarcas da populacao virginopolitana e adjacencias. Por ordem de nascimentos foram eles:FRANCISCA EUFRASIA DE ASSIS (1818), JOAO BAPTISTA COELHO, (1822), EUGENIA MARIA DA CRUZ (1824) e ANTONIO RODRIGUES COELHO (1829).

     Antes que se prossiga, eh preciso esclarecer-se o fato de que existem, pelo menos, outras tres familias Coelho que compoem o pool genetico em Virginopolis. Um deles provem do casal Eusebio Nunes Coelho e Ana Pinto de Jesus. Este casal deve ter a idade semelhante aa do Jose Coelho de Magalhaes Filho mas, aparentemente, nao sao parentes muito proximos. Segundo o que foi escrito na biografia do bispo D. Manoel Nunes Coelho, o avo Eusebio era filho de Manuel Nunes Coelho.

     Indo por etapas, os avos Eusebio e Ana foram pais do Joaquim Nunes Coelho. Este casou-se com a Francisca Eufrasia de Assis (filha do Cap. Jose e Luiza) e foram pais de 10 filhos: Euzebio, Joaquim (Quinsoh), Jose, Emydio, Rita, Lino, Autino, Joao, Miguel e Luiza. Todos Nunes Coelho.

     Os Nunes Coelho procedem de Sao Domingos do Rio do Peixe, atual cidade de Dom Joaquim. Os outros filhos dos avos Eusebio e Ana foram: Cap. Francisco Nunes Coelho que se casou com Maria Augusta Cesarina de Carvalho (neta do avo Antonio Borges Monteiro Jr); Clemente Nunes Coelho; Bento e Antonio, cinco ao todo.

     O avo Clemente deve ter sido um tanto espoleta e invasor de sensala porque, provavelmente, no final da decada de vinte, ele se tornou pai da mulata MARIA HONORIA NUNES COELHO, que veio a se tornar a esposa do avo JOAO BAPTISTA COELHO.

     Nos anais da Historia de Virginopolis registra-se que o Joaquim Nunes Coelho e o Joao Baptista Coelho fazem parte do seleto grupo de primeiros moradores da cidade. Eh por causa do machismo que a tia Francisca e a avo Maria Honoria nao sao citadas, afinal, se eles ocuparam as primeiras casas construidas eh porque as mulheres os acompanhavam. (A que eu me lembre, outro primeiro morador de Virginopolis foi o sr. Felix Gomes de Brito e, me parece, ha uma quarta pessoa com a assinatura Ferreira).

     Os outros dois Coelho entram mais tarde em nossa Historia. Um eh o Coelho de Andrade que procede de Itabira, atraves do avo Joaquim Coelho de Andrade que, com a avo Joaquina Umbelina da Fonseca, eh o pai da Dindinha Ercila Coelho de Andrade, a esposa do bisavo Marcal de Magalhaes Barbalho.

     O quarto Coelho eh o Coelho Lacerda. Este eu ainda nao consegui decifrar a origem mas esta presente no sobrenome da Maria Salome (Salica), esposa do Cesario de Souza Coelho. E no nome do sr. Jose Coelho Lacerda (seo Yeyeh) que se casou com a Maria de Lourdes,  filha dos tios bisavos Emygdia Honoria/Amaro de Souza Silva e irma do do Cesario. A informacao que captei eh de esse Coelho ter procedencia em Itambe, nao sabendo qual deles.  

     Em Mariana, ex-capital do estado de Minas Gerais, formou-se outro casal. Vindo do Nordeste brasileiro para cursar o seminario estava o Policarpo Barbalho. Desistiu da batina ao conhecer a bela nativa do lugar: Genoveva (Vita) de Magalhaes. Casaram-se e tiveram cinco filhos em Itabira: pe. Emidio, que se tornou o segundo paroco de Guanhaes; Jose; Francisco Marcal; Lucinda e Manoel.

     O Francisco Marcal de Magalhaes Barbalho foi quem se casou, em Guanhaes, com a avo Eugenia Maria da Cruz e deram origem aos Magalhaes Barbalho do mundo. A tia Lucinda casou-se com o Manoel Geraldo Fernandes Madeira. (Nao sei ainda se ha ou nao um vinculo entre eles e os Madeira e Fernandes de Divinolandia de Minas).

     Com a familia criada, avo Policarpo ficou viuvo e retornou ao seminario. Ordenou-se padre e findou os dias dele como tal, no Inficcionado, atualmente eh o distrito de Mariana cujo nome eh Santa Rita Durao. Eh por isso que o padre Emidio falava: “Eu sou padre. Meu pai eh padre. Eu nao sou filho de padre. E sou padre mais velho que meu pai.”

     Antes de falarmos nas peripecias e prole dos patriarcas Joao Baptista e Antonio Rodrigues Coelho vou tecer alguns comentarios a respeito das familias da avo Eugenia Maria da Cruz e da tia Francisca Eufrasia de Assis. Notem que ambas eram irmas dos dois citados acima mas a elas nao foi dado o sobrenome Coelho.  Entao, a Eugenia Maria da Cruz (Coelho) casou-se com o Francisco Marcal de Magalhaes Barbalho e tiveram os filhos:

     1) Emidia de Magalhaes Barbalho, que se casou com o Jose Coelho Nunes. A fonte principal que estou usando eh o livro: “ARVORE GENEALOGICA DA FAMILIA COELHO”, da prima: Ivania Batista Coelho, editado em 1979. Se voltarmos aa lista de filhos da tia Francisca Eufrasia, veremos que ha la um Jose Nunes Coelho. Acredito que seja a mesma pessoa mas nao posso garantir. Em caso de nao ser, pode ser outro descendente do avo Eusebio Nunes Coelho, de forma semelhante.

     2) Petronilha (tia Pitu) de Magalhaes Barbalho, que se casou com o Joao Nunes Coelho. Outro da lista de filhos da tia Francisca.

     3) Pedro de Magalhaes Barbalho. Casou-se com a nossa tia: Antonia Honoria Coelho. Ela eh filha do Joao Baptista/Maria Honoria, portanto, eram primos em primeiro grau tambem.

     4) Marcal de Magalhaes Barbalho. Eh o marido da Dindinha Ercila Coelho de Andrade e o primeiro a escapar da situacao de casar-se com primo. Eh onde o Coelho de Andrade aparece em nossa Arvore.

     5) Quiteria de Magalhaes Barbalho. Casou-se com Joaquim Pacheco Moreira. Este era um casal que, aparentemente, tinha tudo para nao ter parentesco entre si. Contudo, entre os ancestrais da familia, em Portugal, existem tanto os que assinam Pacheco quanto Moreira.

     6) Candida (Sa Candinha) de Magalhaes Barbalho. Casou-se com o Joao (tio Joaozinho) Baptista Magalhaes. Seria outro estranho no ninho, por nao ser Coelho, mas o tio Joaozinho, como fazia questao de ser chamado, inclusive pelos netos, era filho da avo Sinh’Anna com uma pessoa nao identificada por nos ainda. Ja a avo Sinh’Anna era filha do Jose de Magalhaes Barbalho, filho do avo Policarpo e avo Vita. A mae dela tambem nao eh identificada, porem, sabemos que era de origem africana, porque a avo Sinh’Anna era mulata. Assim, o tio Joaozinho era primo em segundo grau da Sa Candinha e dos irmaos dela.

     7) Julia de Magalhaes Barbalho. A unica que ficou solteira.

     8) Ambrosina (tia Sinha) de Magalhaes Barbalho. Casou-se com Miguel Nunes Coelho. Este eh, confirmado, filho da tia Francisca/tio Joaquim. Tia Sinha e Miguel sao os pais do bispo D. Manoel Nunes Coelho.

     No livro da Ivania, ela cita dois exemplos de tres irmaos casados com tres irmaos em outra familia. Mas se os tres Nunes Coelho citados acima forem todos filhos da tia Francisca, sera mais um exemplo, o qual nao havia sido mencionado por ela.

     Apesar do esforco do avo Francisco Marcal em impor o Magalhaes Barbalho na descendencia deles, o sobrenome prosperou apenas entre a progenie masculina, ou seja, os filhos do bisavo Marcal e do tio Pedro. O numero de descendentes com a assinatura Nunes Coelho multiplicou-se em maior numero. Muitos dos que assinam Pacheco ou Magalhaes assim como os proprios Nunes Coelho, nas geracoes atuais, nem mesmo imaginam que tambem sao Magalhaes Barbalho.

     Ate ha pouco tempo eu nao sabia quanto aa origem do Ze Barbalho, o popular dono da venda na entrada da rua do Paqueta, em Virginopolis. (Paqueta eh apelido de rua tambem em Guanhaes, e foi onde se localizava a primeira casa, onde moraram os tios Joao Coelho de Magalhaes e Bebiana Lourenca de Araujo). Agora sei que ele descende dos tios Pedro e Antonia mas ainda nao sei dizer os nomes dos pais dele. A pista mais recente que tenho indica que ele seja filho da Maria Marcolina mas nao temos com quem ela se casou).

     Como a gente vera na sequencia, foram muitos os casamentos entre outros primos em todos os graus possiveis, em Virginopolis. Nem eh preciso gastar muito fosfato para imaginar o porque disso. A metade dos primeiros moradores era da familia e nao haviam muitas opcoes. Eh claro, haviam os servicais e suas familias, incluindo-se ai os ainda escravos, porem, estamos falando dos anos 1.800, quando o preconceito era encarado como algo natural e, ate, uma ordem divina supondo-se que Deus houvesse posto alguns no mundo para ser elite e outros para ser capacho.

     Outro motivo foi a longevidade de nossos ancestrais, o que lhes permitiu ter familias numerosas. Como eram muitos os frutos dos casamentos, associado aa falta de contato com pessoas de outras familias, era fatal que essas unioes acontecessem. Lembremo-nos que Guanhaes era a sede de municipio mais proxima. E o caminho entre Guanhaes e Virginopolis era ladeado por fazendas, coincidentemente, a maioria pertencendo aos membros da familia. Este eh o caso dos avos: Eugenia e Francisco Marcal. E a multiplicacao da familia chegou a tanto que ate nos dias de hoje, quando a facilidade de se deslocar para lugares diferentes eh imensamente maior, ainda estao acontecendo casamentos entre primos relativamente proximos. Muitos acontecem sem que os conjuges saibam o quao primos proximos sao.

     Resumindo, sabemos que foram quatro irmaos, do ramo Coelho de Magalhaes, que fizeram parte dos casais matripatriarcas da familia Coelho em Virginopolis. A mais velha dos quatro foi a tia Francisca Eufrasia de Assis (Coelho), que se casou com o Joaquim Nunes Coelho e deram a alcunha Nunes Coelho vinda do avo Eusebio aa prole.

     A terceira foi a avo Eugenia Maria da Cruz que se casou com o avo Francisco Marcal de Magalhaes Barbalho e deram origem aa familia “de Magalhaes Barbalho” dos patriarcas pe. Policarpo Barbalho e Genoveva (Vita) de Magalhaes. Ja no inicio, esta familia recebeu outros nomes como: Pacheco, somente Magalhaes e, mais que todos, Nunes Coelho.

     O segundo foi o Joao Baptista Coelho, que se casou com a Maria Honoria Nunes Coelho. Eles deram origem aos Batista Coelho, que conserva o Coelho e honram a apelido do santo.

     O quarto e ultimo eh o avo Antonio Rodrigues Coelho, que se casou com a Maria Marcolina do Amaral. Eles fundaram o cla Rodrigues Coelho e, devido ao avo Antonio ser um tanto mais novo que os outros tres irmaos e ter se casado, oficialmente, mais tarde, os filhos deles comparam em idade aos netos da tia Francisca, avo Eugenia e avo Joao. Os avos Antonio e Maria Marcolina criaram a familia em Guanhaes.

12. A FORMACAO DA FAMILIA COELHO EM VIRGINOPOLIS E ADAJACENCIAS – PARTE II OS BATISTAS COELHO I

     O segundo patriarca, em ordem de nascimento, eh o Joao Baptista Coelho que se casou com a avo Maria Honoria Nunes Coelho, neta dos avos Eusebio Nunes Coelho e Ana Pinto de Jesus. Ela era filha do Clemente, “o salta-cerca” com uma desconhecida. Talvez esta seja indigena, por causa da presenca de descendentes de pele morena e cabelos negros e lisos ja nas primeiras geracoes. E ai as coisas comecam a complicar mais ainda. Eles foram pais de doze criancas. Todas cresceram e se casaram. Sao estes:

     1) Joao Baptista Coelho Junior (1846). Este se casou com a Quiteria Rosa (Titi) do Amaral. Ela eh filha do Joaquim Pereira do Amaral e Maria Rosa dos Santos Carvalhais. A avo Titi era a primogenita do casal. O segundo foi o tio Ernesto que eh patriarca de muitos Pereira do Amaral e Coelho do Amaral em Virginopolis. Os filhos do Joao Jr e Titi comecam a nascer em 1872 e vao ate 1895.

     2) Maria Honoria Coelho. Casou-se com Jose Pereira da Silva. Nao temos dados da progenie do casal.

     3) Antonio Paulino Coelho. Casou-se com a prima em primeiro grau: Julia Salles Coelho. Depois voltaremos a falar a respeito dos dois. Ela era filha do trisavo Antonio Rodrigues Coelho com a francesa Ana Girou Bonefoi, em um relacionamento fora do casamento, porem, anterior ao casamento do trisavo Antonio com a Maria Marcolina Borges do Amaral.

     4) Sebastiana Honoria Coelho. Casou-se com o Joaquim (Quinsoh) Nunes Coelho que era primo primeiro dela e filho dos tios Francisca Eufrasia e Joaquim Nunes Coelho. Deles podemos adiantar que sao os pais da Sa America. Esta se casou com o Francisco Furtado Leite e que sao os pais da D. Culica, D. Mariinha, Manasses, Seo Minervino (casou-se com D. Zinah), Moises, Magno, Manoel e Margarida. 

     A tia Sebastiana e o Quinsoh sao pais tambem do Josephino Nunes Coelho que se casou com a D. Marta Madalena Coelho. Esta, conhecida popularmente como Sa Marta, deve ter sido uma mulher de muita fibra, talvez tenha ficado viuva cedo, porque os filhos que conhecemos receberam o nome da mae como referencia, tais como: Pedro e Dirceu da Sa Marta. Josefino, o Fino, eh neto do casal. (embora este seja conhecido como Fino do Dirceu, era sobrinho dele, e o do Dirceu eh referente a trabalhar na venda Sao Pedro, que pertenceu ao Dirceu.)

     Tenho que por este acrescimo porque somente um tempo depois de escrever este texto eh que descobri. Filhos do Josephino/Sa Marta contam tambem o sr. Jose Martinho Coelho/Maria Efigenia Coelho Magalhaes; a Dalila/Tinho (Ernesto Pereira do Amaral Filho, filho do tio Ernesto, irmao da Titi) pais do Fino, e a Evangelina que ficou solteira.

     Os outros filhos da tia Sebastiana foram:Maria, Lino, Paulo, Joao, Esther e Joaquim, dos quais nao tenho noticias da descendencia.

     5) Joaquim Bento Coelho ou ti Quim Bento. Casou-se com a Antonia Paschoalina (tia Cunuta) da Silva Neto. Sao ancestrais de uma prole extensa mas alguns se fizeram mais conhecidos em Virginopolis. O Joel da Silva Coelho, por exemplo, eh o pai da Antonia Coelho. Ela se casou com o prof. Jose Ferreira Jr., homem de muitos causos por ter sido diretor da CENEG (CENEC) e ter sido o orador oficial em todos os eventos importantes da epoca.

     Filho do Joel eh tambem o Elcio, que se casou com a prof. Maria Helena, filha do seo Chiquinho Campos e D. Helena, e neta dos tios Daniel e Nenem.

     Outro filho do ti Quim Bento eh o Joao Cancio. Este eh pai da dona Ilma, esposa do Rui, filho do Mario, tambem filho dos tios Daniel e Nenem. Outra filha do Joao Cancio eh a D. Iria, esposa do Carlos da Iria. O Carlos eh filho do Joaquim Bento Coelho Filho.
O Joaquim Bento Coelho Filho criou a familia em Sapucaia de Guanhaes mas alguns deles, alem do proprio Carlos, multiplicaram-se ou viveram em Virginopolis. Este eh o caso da D. Odila, a prof. D. Yolanda, a D. Lourdinha do Walter Lopes e o Alipio.

     Mais um filho do ti Quim Bento, o Antonio, casou-se dentro da familia, com a Alisa Coelho, que eh filha do tio Simao (filho do Joao Baptista Coelho Jr.) e da tia Carmelita (filha do avo Antonio Rodrigues Coelho). Antonio e Alisa sao pais da Euridice, esposa do Mauricio de Magalhaes Barbalho.

     6)Anna Honoria Coelho. Casou-se com Candido de Oliveira Freire e os filhos fizeram a festa na multiplicacao da familia em Virginopolis e, atualmente, no mundo. Nao sao muitos mas comecam com o Bernardino Coelho de Oliveira. Ele se casou com a Carmelita de Magalhaes Pacheco. Eles sao os pais da D.Efigenia que se casou com o Ze Martinho e sao pais da tia Adir, profa. D. Lulu, Ademar (Dede), Lourdinha, Aramis, pe. Absalao, Alonso, Diva, Alice, Athos e Alba.

     Dos filhos do Bernardino (Dino) e Carmelita (Sianita) que, alias, eh filha da tia Quiteria de Magalhaes Barbalho ficaram em minha memoria, mesmo que nao tenha conhecido, a Ina, por ter se casado com o primo em primeiro grau dela: seo Gabriel Coelho de Oliveira, e pelos filhos profa. d. Neide, profa. d. Neuza do Beijo, Edilberto, Olinto, Gezira, da profa. Elzira, da Maria e do Duarte. Seo Gabriel teve segundas nupcias com Virginia Nunes Soares, cujos filhos d. Ina e Geraldao criaram familia em Virginopolis. Os outros irmaos desse casamento sao: Ascanio, Teogenes, Edigarda, Rosangela, Lulude e Carlos.

     Dino e Sianita sao pais tambem do seo Serafim Coelho de Magalhaes, ex-prefeito de Virginopolis, que se casou com d. Julia (do Serafim), descendente da tia Emidia de Magalhaes Barbalho.

     Ja os tios Anna Honoria e Candido sao tambem pais da Celina, mas nao temos registros de prole dela. Outro filho deles, bastante conhecido pelo nome, eh o seo Fernando. Vou deixar para aborda-lo quando falar a respeito da tia Emygdia.

     Constam nesta lista tambem a Marina (tia Nenem), o seo Otavio Coelho e o Jose Candido. A tia Nenem sera lembrada quando voltarmos ao tio Daniel. O seo Otavio deixou uma prole razoavel, entre os quais contam-se: Jacira (irma Coelho) e Joao, filhos da primeira esposa: Francisca Nunes Coelho.

     Ele casou-se em segundas nupcias com Efigenia Gloria mas nao tiveram progenie. Da terceira nupcias, com a d. Luzia Nunes Coelho, nasceram: Laura, Ilza, Jacira, Ze Candido (Ze do seo Otavio) Iolanda, Lauro, Angelica e o Alberto (Beto do seo Otavio). 

     Do Ze Candido (tio) nasceu apenas a Zeze que se casou com o Adail Baptista Coelho. Este Ze Candido foi o primeiro casamento da Maria Marcolina, filha do ti Juca (Jose), filho do Antonio Rodrigues Coelho, nosso trisavo.

     7) Emygdia Honoria Coelho. Casou-se com o seo Amaro de Souza Silva. Muitos das atuais geracoes colocariam a descendencia deles no esquecimento, devido a pouca informacao recolhida que temos. Na edicao de 1979 do livro da Ivania registra-se apenas o filho Joao de Souza Coelho, casado com Genoveva Faustina de Figueiredo e os doze filhos.

     O fato eh que, este casal de nossos tios-bisavos criaram familia em Gonzaga, a apenas uns 30 quilometros de Virginopolis. Os antigos naturalmente conheciam os fatos mas com a limitacao do contato, nao tanto pela distancia ja que Valadares fica muito mais longe e sim porque nao tinhamos vinculos mais intimos para passar ferias em Gonzaga, para nao perdermos o contato com a parentalha. Contudo, agora ja posso afirmar que uma parte consideravel das populacoes de Gonzaga, Santa Efigenia de Minas e Divinolancia de Minas fazem parte da familia Coelho, por causa da ascendencia neles e no Jose (seo Juca) Coelho Sobrinho e tia Culina e outros. Quando chegar a hora explico isso melhor.

     Mas duas filhas da tia Emygdia deixaram descendencia em Virginopolis. Uma eh a Sa Luiza. Ai posso voltar ao seo Fernando, filho da tia Anna Honoria. Eles eram primos em primeiro grau. Para a sorte deles, eram filhos de irmas com maridos de familias diferentes da nossa. Eles sao os pais do seo Gabriel, ja mencionado antes; da Sa Virginia, que foi a esposa do Pedro da Sa Marta; da d. Chiquinha, segunda esposa do seo Elifas do tio Daniel e tia Nenem e do tio Miguel, casado com a tia Lia, filha do vovo Juca e neta do Ze Coelho (outro irmao das tias Anna e Emygdia). Constam ainda da lista de filhos da Sa Luiza e seo Fernando: Secundo, Juvenal, Jose, Vita, Rafael, Ana, Cira (adotiva) e perdao se estou esquecendo mais alguem porque agora estou usando apenas a memoria.

     A outra filha eh a Maria de Lourdes. Ela se casou com o Jose Coelho Lacerda (seo Yeyeh) e sao pais do seo Moises, seo Osvaldo Perpetuo, D. Zilda (esta criou familia em Santa Efigenia, ao lado do marido, sr. Paulo Almeida), Vital e mais uns dois que esqueci dos nomes. Seo Yeyeh teve segundas nupcias com uma segunda Maria que ainda nao sei informar procedente de qual familia ela eh. Desta nasceram mais uns seis filhos. Nao me lembro de todos, nem mesmo dos nomes proprios, mas sao: Touco, Dutra, Israel e Celeste.

     Ainda nao pude computar com certeza os nomes dos outros filhos dos tios Emygdia e Amaro. Mas parece que la temos Emidio, Gabriel, Martha e Jose. Eh possivel que haja tambem um Miguel. Contudo eh certo que contam entre eles o Cesario de Souza Coelho. Este casou-se com a Maria Salome (Salica) Coelho Lacerda. Alem destes serem os pais do seo Ze Perpetuo (ex-prefeito de Virginopolis e depois de Divinolandia), da Marta e Ascensao (tenho duvidas quanto ao Eller), sao os pais da Maria Helena Coelho Perpetuo. A Maria Helena eh a esposa do Raul, filho dos tios-avos Vita e Quinquim Soares. A tia Vita eh filha dos bisavos Marcal e Ercila. Depois revelarei um record em nossa familia relacionado aos filhos deles. (Em outro texto: Arvore Genealogica da Familia Coelho no sitio: Geneaminas.com.br eu ja esclareci os nomes que faltavam).

8)Antonia Honoria Coelho. Ela ja foi lembrada por ter se casado com o tio Pedro de Magalhaes Barbalho. No capitulo dos Barbalho voltarei aa prole deles.

9) Virginia Honoria Coelho. Casou-se com Antonio Candido de Oliveira. Nao temos muitas informacoes a respeito da familia desta tia Virginia. Varios filhos dela faleceram ainda na infancia mas entre os que escaparam esta a tia Maria Coelho de Oliveira. Esta foi a segunda esposa do tio Chico e falaremos depois da prole dela.

     10) Jose Baptista Coelho. Este eh o bisavo Ze Coelho. Casou-se em primeiras nupcias com a Maria Marcolina (Sa Quinha) Coelho e em segundas com a tia Virginia Marcolina Coelho. Elas sao irmas entre si e filhas dos trisavos Antonio Rodrigues Coelho e Maria Marcolina do Amaral, portanto, foram dois casamentos entre primos de primeiro grau.

     Nao sei dizer quem foram os atores do causo, se o Ze Coelho/Sa Quinha ou os pais dele: JBC/Maria Honoria mas, contava-se em torno das rodas de familia, que o marido chegou em casa meio nervoso, atrasado para o almoco, sentou-se aa mesa e se serviu. Ao experimentar a comida,e num rompante de “brabeza”, jogou a panela de feijao no assoalho da sala e o produto espirrou toda a dependencia da casa. A esposa, percebendo que nao era o momento ideal para peitar o marido, tomou a sabia decisao de recolher, em silencio, aquilo que havia caido no assoalho de madeira e nem tocou mais no assunto. Aa tarde, no jantar, serviu o marido com todo o respeito que a situacao demandava. Ao que logo foi retribuido com o elogio do marido: “Agora sim, este feijao esta divino.” Entao ela, singelamente, numa alusao ao assoalho da casa, comentou baixinho: “Eh, tudo com canela fica mais gostoso!…”

     A Sa Quinha eh a mae de: a) Jose Baptista Coelho Jr. (o vovo Juca), que se casou com a vovo Davina (Sa Candinha/tio Joaozinho) e sao pais de: Maria Marcolina/Abel Lima; Murillo/Adir; Fausto/ Glorinha; Lucio/Dayse; Maria das Merces (solteira); Maria Camila (faleceu); Longino (faleceu); Maria Martha (solteira); Maria Judith/Odon (mamae e papai); Logino(faleceu); Longino/Lucia; Maria Camila/Jorge; Maria Angela (Ju)/Taozinho; Maria Lia/Miguel; Jose Fabiano/Nancy; Maria Lucinda (solteira); e Maria Helena/Carlucio.

     O vovo Juca teve segundas nupcias com a avo Petrina Pereira Nunes que eh filha da sinha Gininha (Eugenia), filha da tia Emidia de Magalhaes Barbalho/Joao Coelho Nunes. Os filhos deste casamento sao: Davina/Jose Angelo Vilela; Maria Eugenia (Maro)/Alaor Fonseca; Maria Matilde (solteira); Eduardo Jose/Gloria Henrique (ha uma segunda esposa que ainda nao esta nos dados); e Cirano/Celina Miranda.

     b) Aquiles (So Ti) Batista Coelho, que se casou com a tia Dulce Pacheco de Magalhaes (tios Quiteria de Magalhaes Barbalho/Joaquim Pacheco), e sao pais de: Sebastiao 1o.; Sebastiao 2o; Geraldo e Carmelita que faleceram no nascimento. Vivas ficaram a Maria de Lourdes/Josue do Amaral e Carmem/Geraldo Gomes Viana. Eles passaram a morar em Belo Horizonte e a tia Dulce ficou bem conhecida em Virginopolis por receber os viajantes de la em sua pensao.

     c) Gamaliel (tio Gama) morreu solteiro.

     d) Armando Batista Coelho, que se casou com Maria das Dores (tia Nazinha) Aguiar. Foram os pais de: Maria Aguiar/Jose Rabello (Dr. Rabelinho); Oldemar/Wandercy (tia Odette/Zinho); Carmelita/Abel (o mesmo marido da Maria Marcolina do vovo Juca); Felix (solteiro); Zelita/Cesar Batista Coelho (filho dos tios Simao e Maria Carmelita) ; Jose/Eli; Terezinha (tia Te, solteira); Armando (Mandico)/Janeth; Nely/Joao Sergio (Serginho filho da Emidia/Joao da Cunha); Alirio/Rosa; Paulo/Renildes; Carlos/Maria Jose; Luiz/Terezinha Franca e Ivan (faleceu aos 23 anos).

     e) Maria Marcolina (ha dados apenas do nascimento dela)

     f) Ceci Marcolina. Esta casou-se com o tio Marcial de Magalhaes Barbalho e sera lembrada depois.

     A tia Virginia eh mae de:

     g) Darcy Baptista Coelho que voltou aas origens e casou-se com a portuguesa Anna Elvira (tia Biluca) Ferreira e sao os pais de: Jose Darcy/Conceicao Avelino; Maria das Dores (faleceu); Maria Rachel/Wilton ; Miguel Agostinho (faleceu); Maria Virginia (solteira); Maria Stael/Guido (filho do Ze Claro do tio Chico com a Julia da tia Quiteria de Magalhaes Barbalho); Maria Natalia/Harold(outro da tia Odette/Zinho); Maria Darcilia/Amilar(filho do Washington(Ostino) da Eva, filha da tia Emidia de Magalhaes Barbalho); Virgilio Maximo (Xuxu)/Neuza Barra; Antonio Carlos (Tonin)/Onete Aparecida; e Neuza/Ismar.

     h) Maria Josefina (tia Fina) Marcolina Coelho. Casou-se com o tio Levy Rodrigues Coelho, filho dos tios-bisavos: Daniel/tia Nenem, e serao lembrados mais tarde por isso.

     i) Amandina Marcolina Coelho foi irma de caridade.

     j)Bernardino Baptista Coelho. Casou-se com a tia Geralda, que eh filha da sinha Gininha, filha da tia Emidia de M. B. Tia Geralda eh irma da avo Petrina, segunda esposa do vovo Juca. Sao os pais de: Walter/Amira (irma do Amilar); Maria das Dores (Nana)/Antonio (Anastacio) F. de Pinho; Maria Mariza/Augusto Catao (filho da tia Olga (Marcal/Ercila)); Zelia Maria/Pedro (Horacio/Maria Marcolina); Evandro/Ana Lucia; Dalton/Sueli; Maria Amandina (solteira); Geraldo(Pagavela)/Maria de Fatima ; Glauco/Cristina Catto; Laudiceia/Antonio Eustaquio; Gerson(Juquinha)/Amira (neta dos tios Fina e Levy); e Jussara/Virgilio Cesar. 

     k) Noemi Marcolina Coelho. Foi a segunda esposa do tio Horacio Nunes Coelho que antes fora marido da Maria Marcolina, filha do ti Juca, filho do Antonio Rodrigues Coelho/Maria Marcolina. Os filhos foram:Maria Therezinha/Josadac; Maria Helena (solteira); Maria Celia (Ceinha)/Raimundo; Maria das Gracas (Gagaca)/Juscelino Rodrigues Coelho (filho do Mario, filho dos tios Daniel/Nenem).

     l) Joao (Joao Tomate) Batista Coelho (solteiro).

     m) Ines Marcolina Coelho (solteira)

     n) Tarcizo (Careca) Batista Coelho (Solteiro)

     o) Ruth Coelho Martins de Aguiar. Casou-se com Joel Martins de Aguiar e sao os pais de: Helena (solteira); Doralice/Joao Bretas; Virginia/Decio; Cicero/Maria de Fatima; Joel (Joelzinho)/Maura Furbino; Albina (Bininha)/Geraldo; Antonio Jose (Tony)/Vilma; Marina/Ricardo Luiz; Haroldo (estava solteiro); as gemeas Mariza (preta)/Rogerio e Marilda (Branca, estava solteira); e Ruth (Rutinha, que tambem estava solteira).

     Todas as filhas do bisavo Ze Coelho receberam o nome Marcolina Coelho em homenagem aa mae. Ja os filhos receberam o Baptista Coelho. O Baptista foi abreviado atualmente para Batista e nao era nome tradicional em nossa familia mas sim uma adocao, por causa do Joao Baptista Coelho, o patriarca que recebeu a alcunha em homenagem ao santo e o perpetuou em tres dos cinco filhos homens que teve. Nao se sabe o porque, porem, que o vovo Juca retirou o Baptista e passou a assinar apenas Jose Coelho Jr. Talvez seja pelo apego exagerado ao catolicismo.

     Existem outros exemplos na familia, de homens que ficaram viuvos e acabaram fazendo um segundo casamento com irmas das falecidas. Uma das explicacoes para o fato era a demanda dos orfaos por uma presenca feminina. Claro, as tias eram a primeira escolha. Depois, criava-se uma situacao de desconforto para os pais, ou seja, uma moca solteira dormindo na casa de um viuvo e tomando conta das criancas dele. Entao, para calar-se as mas-linguas, decidia-se pelo casamento. Alguns pais ja propunham a solucao, antes mesmo que o problema caisse nas bocas-miudas.Como os casamentos eram arranjados e o casamento era uma imposicao social e religiosa, como o ideal da mulher, esta era uma imposicao aceita pacificamente.

     11) Marcolina Honoria Coelho. Casou-se com Demetrio Coelho de Oliveira. Tiveram onze filhos e filhas. Nao tenho nenhum dado do destino deles por enquanto.

     12) Francisco Baptista Coelho, o famoso ti Chico. Conta-se que os avos Joao Baptista e Maria Honoria o deixaram orfao ainda novo. Como o mais velho, e ja com a familia adiantada, o Joao Baptista Coelho Jr acabou de cria-lo junto com as proprias criancas dele. Assim, ele nao teve nem mesmo que sair de casa para casar-se porque casou-se, em primeiras nupcias, com a primogenita do Joao Jr, a Maria Rosa (Mariquinhas) Coelho do Amaral.

     O casamento dos tios Mariquinhas e Chico criou possibilidades loucas. Eles tiveram cinco filhos, segundo o que consta no livro da Ivania. Sao eles:

     a) Joao Eulalio Coelho que se casou com a Amalia (Zica) Pereira do Amaral. A Zica era filha do tio Ernesto , irmao da trisavo Quiteria Rosa (Titi), a mae da tia Mariquinhas, portanto, eram primos em primeiro grau. Falta-me dados da descendencia deles. 

     b) Jose Claro Coelho. Casou-se com a Julia Coelho de Magalhaes que eh filha dos tios Quiteria de Magalhaes Barbalho e Joaquim Pacheco Moreira. Eh irma, entre outros, da tia Dulce/So Ti; Sianita/Dino e Maria Julia/tio Sao. E alguns filhos do Ze Claro/Julia voltaram a se casar dentro da familia. Sao os casos de: Abel Coelho/Maria do Socorro(tios Benjamim/Julia (Nhazinha) Amaral); Lucia/tio Longino; Guido/Stael; Adalberto/Cleuza Rezende e Joao Bosco/Celia Pires Coelho.

     c) Francisco (nao temos dados)

     d) Octavia Coelho do Amaral. Casou-se com outro filho do tio Ernesto que eh o Antonio Pereira do Amaral. Estes sao os pais do Geraldo/Zita; Jose/Francisca; Francisco/Maria da Conceicao; Maria da Gloria/Josefino Ramos; Maria do Socorro (solteira); Fabiano/Lucilia; Quiteria (solteira), David/Julia(Julinha); e Paulino/Maria das Dores. Estes sao alguns dos matripatriarcas da familia Pereira de Virginopolis.

     e) Amavel (solteiro)

     Mas o ti Chico nao parou ai. Ele se casou em segundas nupcias com a Maria Coelho de Oliveira, que era outra sobrinha dele. Desta vez eh filha da tia Virginia Honoria/Antonio Candido. A descendencia desse segundo casamento nao foi incluida no livro mas dele, pelo que eu sei, nasceram os conhecidos em Virginopolis, tio Antonio (dono da loja de tecidos), Seo Gil (dono da fazenda onde se localiza o trevo de Divinolandia) e o Benjamim (Beijo, o dono do bar que fabricava o melhor picole da cidade).

     O Bejo era aquele que se o cliente quizesse levar uma grande quantidades de picoles e os estoques dele estavam baixos, entao, ele so vendia a metade do estoque, ao inves de fabricar mais, para que os proximos clientes nao ficassem sem a parte deles. Ele se casou com a d. Neuza, professora e filha do seo Gabriel, neto ao mesmo tempo das tias Anna e Emygdia, as irmas do ti Chico. Assim, os filhos do casal, sao descendentes, alem dos tres irmaos, tambem da tia Virginia. Eles descendem simultaneamente de quatro dos filhos do Joao Coelho/Maria Honoria, um record para um periodo tao curto de tempo.

     O tio Antonio casou-se com a tia Laurinha. Esta eh filha da D. Isaura/Waldemar Leite, mais conhecido como seo Waldemar. D. Isaura era filha do primeiro casamento do seo Joao da Cunha, com a Evangelina (Eva) Nunes de Magalhaes. A Eva eh filha da tia Emidia de Magalhaes Barbalho/Jose Coelho Nunes.

     O seo Gil casou-se com a d. Cici (nao me lembro o nome real dela). Foram pais de doze membros da familia Batista Coelho em Virginopolis e a familia continua crescendo. Nao em relacao aos filhos mas netos. D. Cici eh irma de d. Aracy/Zezito Lucio e Iracy (Nunuca)/Nelson do tio Horacio/Maria Marcolina. Mais tarde voltarei a detalhes.

13. A FORMACAO DA FAMILIA COELHO EM VIRGINOPOLIS E ADJACENCIAS – PARTE III OS RODRIGUES COELHO

     Para dar sequencia a estes comentarios eh preciso fazer algumas observacoes. Lembremos as datas de nascimento dos quatro matripatriarcas Coelho de Magalhaes. A tia Francisca Eufrasia eh de 1818; O avo Joao Baptista Coelho de 1822; a avo Eugenia Maria da Cruz de 1824 e o avo Antonio Rodrigues Coelho de 1829. Com isso, o primeiro filho da tia Francisca, que sobreviveu, o Quinsoh, nasceu em 1842. O primeiro da avo Eugenia, a tia Emidia, deve ter nascido por volta de 1848.

     Aqui as coisas comecam a complicar. O Antonio Rodrigues Coelho nasceu alguns anos depois dos outros, sendo 11 anos mais novo que a tia Francisca e 5 que a vo Eugenia. Alem disso, ele sassaricou um tempo antes de estabelecer-se no campo dos homens ditos serios. Antes de se casar, em 1863, ele teve uma filha: tia Julia Salles, em 1858, com a francesa Anna Girou Bonefoi.

     Ja mencionei antes que a tia Julia casou-se com o tio Antonio Paulino, o terceiro filho do casal: Joao Baptista Coelho e Maria Honoria. Deles nasceu o seo Dimas Babptista Coelho que se casou com a Sinha (Maria Magdalena), filha do tio Altivo Rodrigues Coelho, que era meio-irmao da tia Julia. Dai nasceu a tia Zeze, que se casou com o tio Otacilio de Magalhaes Barbalho, que eh neto do Joao Rodrigues Coelho, outro meio-irmao da tia Julia, e neto do Joao Baptista Coelho Jr, que eh irmao do tio Antonio Paulino, o marido da tia Julia. Pois eh gente, eh complicado!…

     O avo Antonio Rodrigues Coelho teve outra filha fora do casamento, a tia Emidia Justiniana de Aguiar. Como nao temos datas, so sabemos que esta se casou com o Joaquim Leandro Pereira. Deve ter criado familia em Guanhaes, onde nasceu, mas nao tenho dado algum a respeito da prole.

     Apos ficar viuvo, da esposa oficial, o avo Antonio ainda fez a peripecia de casar-se com a sra. Virginia de Campos Nelson, mas nao tiveram filhos. Ela eh natural de Diamantina e faleceu no Rio de Janeiro.

     O melhor eu deixei por ultimo. Havia um casal, la em Sabinopolis, cujos nomes era: Daniel Pereira do Amaral e Maria Francelina Borges Monteiro que eram pais da bela primogenita: Maria Marcolina do Amaral. “Atencao para os sobrenomes!” Nao se sabe o que aconteceu mas ela teve um filho: Antonio Rodrigues Coelho Jr, em 4 de setembro de 1863 e o casamento do avo Antonio com a avo Maria Marcolina se deu em 28 de novembro do mesmo ano. Sera que o avo Daniel apontou o pistolao para o dito cujo?!… Certo eh que o casamento deu certo porque depois nasceram mais treze na familia.

     Nao se preocupem os carolas de plantao, esta discrepancia pode ser atribuida aa ausencia do paroco local. Por atender a uma extensa regiao, aas vezes, as “luas de mel” aconteciam antes das cerimonias matrimoniais, e isso nao era considerado nenhum escandalo quanto passou a serconsiderado no seculo XX.

     Bom, paralelo a isso, ja em Virginopolis (essa foi uma presuncao minha mas nao sei se eh la mesmo), estava outro casal. O marido era o Joaquim Pereira do Amaral. Temos ai um agente complicador no livro da Ivania porque, na pagina 225, mostra a esposa com o nome: Maria Rosa do Espirito Santo Carvalhais. Isso leva aa suspeita de que ela pudesse ter parentesco proximo com a avo Luiza Maria do Espirito Santo, a esposa do avo Jose Coelho de Magalhaes Filho, os pais dos quatro matripatriarcas em Virginopolis. Contudo, no mapa que acompanha o livro, o nome eh: Maria Rosa dos Santos Carvalhais. Torcamos para que essa opcao seja a correta, para diminuir um pouco a possibilidade de consanguinidade na familia.

     O certo eh que o casal Amaral-Carvalhais gerou a Quiteria Rosa (Titi) do Amaral. Esta eh a esposa do Joao Baptista Coelho Jr e se casaram em 1871, exatos oito anos, menos tres dias, depois do tio dele: Antonio Rodrigues Coelho (sem descontarmos o nascimento do primogenito: Antonio Jr.). A primeira filha do trisavo Joao Jr, a tia Mariquinhas, nasceu no mesmo ano que o sexto filho do trisavo Antonio, ou seja, o Joao Rodrigues Coelho. Assim, tio e sobrinho foram povoando Guanhaes e Virginopolis, cada um no seu ritmo. O avo Antonio e avo Maria Marcolina tendo um por ano e o avo Joao Jr e a avo Titi, um a cada dois anos. Nesta epoca, a tia Francisca, a avo Eugenia e o Joao Batista velho ja haviam fechado a fabrica de fazer criancas.

     Facamos, entao, a lista de filhos dos dois casais. Primeiro a dos avos Antonio e Maria Marcolina. Alias, para que nao se percam, eh preciso dizer, alguns nomes sao bastante repetitivos. Assim, o Maria Marcolina aparece na esposa do trisavo Antonio; na filha, esposa do Ze Coelho; na neta, filha do Jose (ti Juca) Rodrigues Coelho, e esposa do Ze Candido (1as nupcias) e do tio Horacio Nunes Coelho (2as nupcias dela e 1a. dele); na bisneta, filha dos avos Juca/Davina; e, tambem, numa sobrinha da Titi e filha do tio Ernesto, que se casou com o primo primeiro dela : Jose Coelho (seo Juca) Sobrinho, filho da Titi.

     Outro nome muito comum tambem eh o Virginia, que aparece na segunda (oficial) esposa do trisavo Antonio Rodrigues Coelho; na filha deste (2a. esposa do Ze Coelho); nas bisnetas, filhas dos tios Darcy e Ruth; na sobrinha, filha do Joao Baptista; em uma filha da tia Emygdia/seo Amaro e por ai segue. 

     Outros nomes que se confundem sao os comuns como o Joao, Antonio e, principalmente, o Jose, porque, alem de comum, geralmente resulta em apelido de Juca. Assim, temos o ti Juca, filho do avo Antonio/Maria Marcolina; o Juca Coelho, meu avo, filho do Ze Coelho mais velho; e o seu Juca, filho do Joao Jr/Titi. Mas vamos aa lista de nomes:

          A) FILHOS DA MARIA MARCOLINA DO AMARAL E ANTONIO RODRIGUES COELHO

1) Antonio Rodrigues Coelho Jr. Casou-se com Rita (Peixao) Ferreira Salles. Criaram familia no Serro. Os filhos foram: a)Consuelita (Lilita)/Dr. Joao de Freitas; b) Dr. Euler/Nair Barroca; c) Dr. Adail/Muciola Tavares d) Dr. Gerson/Maria Jose Franzem de Lima; e) Alayde/Dr. Petronio de Almeida; f) Dr. Joel/Eulalia (Inaiah) Silva; g) Dr. Alyrio/Maria Lecticia de Albuquerque Melo; h) Dr. Dion/Maria Silvia Vieira Gomes; i) Dr Ennio/Julieta (Juju) Fernandes Ribeiro; j) Geraldo-faleceu no nascimento. Os tio Antonio Jr. e Drs. Euler e Alyrio ocupam lugares na lista de serranos ilustres. A descendencia espalhou-se, primeiramente, por Belo Horizonte e Rio de Janeiro.

     2) Lindolpho Rodrigues Coelho. Casou-se com Marcolina (Marca) Nunes Coelho. Criaram familia em Guanhaes. Na lista de filhos contam com: a) Esdras/Maria Amelia; b) Eneas/Petrina (Zuzu) Pires; c) Euridyce (faleceu); d) Celuta/Assirio Pereira; e) Maria Marcolina (Lilia)/Aquiles Soares; f) Leonidas (faleceu); g) Ester (faleceu); h) Eunice/Laercio Lott; i)Mecenas/Hortencia Nunes Coelho; j) Aminthas/Maria Jose Coelho Leao; k) Alvaro/Henriqueta Coelho Brito; l) Ligia/ Mozart Pinto Coelho m) Hermancia/Sebastiao Caldeira.

     Obs. 1: Eneas e Zuzu foram pais do Ennio que, com a esposa Delphina Moreira sao os pais do Sebastiao Eneias Moreira Coelho que se casou com a Marcilia, filha do Silico, filho dos tios Cecy/Marcial.

     Obs. 2: Recentemente e apos ter divulgado este texto, vim a saber que o tio-bisavo Lindolpho teve uma relacao fora do casamento. Desta nasceu um filho que multiplicou a familia, contudo nao temos os dados ainda. Sei apenas que o Joaquim Candido da Silva, mentor do sitio: www.contraaviolencia.org eh um dos bons frutos e, gracas a Deus, nosso primo.

     3) Altivo Rodrigues Coelho. Casou-se com Vitalina (Nha Nha) Nunes Coelho. Criaram familia em Guanhaes. Como ja disse, eles sao os sogros do seo Dimas Baptista Coelho, o pai da tia Zeze do tio Otacilio. Alem da Maria Magdalena, o seo Dimas teve segundas nupcias com a Palmira. Tio Altivo e tia Nha Nha sao tambem pais do Hercy (Zinho) que se casou com a tia Odette de Magalhaes Barbalho. Sao tambem pais da d. Adalgisa, que se casou com o tio Anisio Rodrigues Coelho. Os outros filhos do casal foram: a) Cecil/Ephigenia Coelho Guimaraes (neta dos tios-bisavos Julia Salles/Antonio Paulino); b) Jacy/Angelina Ferreira da Silva; c) Addy/Weber da Silva Lopes. Eles ainda tiveram Palmira 1a.; Alcibiades; Jacy 1o. e Dalma que faleceram.

     4) Josephina Marcolina Coelho. Casou-se com Pio Nunes Coelho. Tambem criaram a familia em Guanhaes. Aqui se fecha um ciclo de tres irmaos casados com tres irmaos, dos casos que sao citados pela Ivania no livro dela. No “ARVORE GENEALOGICA DA FAMILIA COELHO” ela menciona que os irmaos Nunes Coelho sao filhos do Clemente Nunes Coelho e Anna Maria. Se se lembram, ha a mencao de Clemente Nunes Coelho na pagina 221, como pai de outros e tambem da Maria Honoria Nunes Coelho, a nossa trisavo, esposa do avo Joao Baptista Coelho. Nao ha citacao do nome da mae dos filhos do avo Clemente. Sabe-se apenas que nasceram antes de 1830.

     Em 1846, a Maria Honoria deu aa luz ao Joao Jr. No livro do prof. Demerval Pimenta ha a mencao da data de 1806 para o nascimento do avo Clemente. Eh, entao, razoavel supor que ele tenha tido uma primeira familia e, antes de completar 60 anos tenha comecado outra com a Anna Maria. Na relacao de descendentes dos avos Eusebio Nunes Coelho e Anna nao encontrei nenhum outro Clemente que tenha nascido, no maximo, nos primeiros anos da decada de 1840 para poder ser pai do tio Pio que nasceu em 1864 e das irmas dele que nasceram em 65 e 67. Depois voltarei a falar mais um pouco nesse assunto.

     A relacao de filhos dos tios Josephina e Pio foi esta: a) Aristides/Nair Barroso Guimaraes; b)Alzira/Ulisses Nunes Coelho; c)Ennes/Hilda Coelho Guimaraes; d) Aggeu/Elvira Ferreira Nunes; e) Ciro/Zulmira Nunes Coelho; f) Mozart/Palmira Ferreira da Silva; g) Edith (faleceu crianca); h) Zilda/Benedito Pereira da Silva; i) Darcy/Zilah Nunes Barroso; j) Jair/Maria Jose Pimenta; k) Lauro/Graciema Nunes Barroso; l) Jandira/Moacir Nunes Barroso; e m) Maria Marcolina Nunes Coelho (solteira).

     5 e 12) Maria Marcolina (Sa Quinha) e Virginia Marcolina Coelho. Casaram-se com o mesmo primo, o bisavo Jose (Ze Coelho) Baptista Coelho e comecaram a criar as familias nas imediacoes do distrito de Correntinho de Guanhaes. A maioria dos filhos se estabeleceu em Virginopolis, onde, ate hoje (2009) vivem os tios Joao e Ines. (Creio que quando escrevi isso a tia Ines havia falecido recentemente e eu nao o sabia. Encontrei com o tio Joao pela ultima vez em julho/2009 e ele faleceu em dezembro do mesmo ano. Poucos dias antes de completar 95 anos).

     Nao eh a mesma coisa mas aqui encontramos uma variavel de tres irmas casadas com tres irmaos. No caso, a meio-irma: Julia Salles casou-se com o Antonio Paulino e a Sa Quinha e a tia Virginia casaram-se com o irmao que valeu por dois. Eles ja estao comentados na lista de filhos dos avos Joao Baptista Coelho e Maria Honoria Nunes Coelho.

     6) Joao Rodrigues Coelho. Casou-se com a Dindinha Olimpia Coelho do Amaral que eh a terceira dos filhos do avos Joao Jr e Titi. Sao pais de uma grande familia: a) Zulmira/Trajano (Cista) de Magagalhaes Barbalho. Estes sao meus avos e eh por isso que tenho a liberdade de chamar de Dindinha a avo Zulmira. b) Elgita/Cantidio Ferreira da Silva; c) Sinval/Maria (Maricas) Magalhaes; d) Edith (solteira); e) Otaviano (Tavico)/Petrina Coelho de Oliveira; f) Nize/Jose (seo Cabral) Cabral Pires; g) Anisio/Adalgisa Coelho; h) Aracy (faleceu crianca); i) Omar/Ilca Nunes Coelho; j) Maria da Conceicao (1a.- faleceu crianca); k) Maria da Conceicao (2a. solteira); l) Antonio/Iracema de Carvalho Coelho;m) Geraldo (faleceu crianca); n) Joao Jr/Maria Paulina Veloso; o) Olimpia (Olimpinha) – (solteira); e p) Maria Jose (Zeze)/Otavio Coelho de Magalhaes. Aos homens deram o sobrenome Rodrigues Coelho e aas mulheres o Coelho do Amaral. Aqui podemos fazer uma distincao entre os Antonio Rodrigues Coelho. Temos o antigo, o filho, o neto, que eh o que esta presente na lista acima, e o Toninho Coelho (o bisneto).

     Mas o bisavo Joao Rodrigues, depois de alguns anos de viuvez e 70 de idade, casou-se uma segunda vez com a Melita da Penha Neto. Ela estava com apenas 18 anos quando aconteceu e em seis anos de casamento tiveram mais quatro filhos. Sao eles: q) Altivo(sobrinho)/Regina Lucia Rodrigues Coelho; r) Lindolpho (sobrinho)/Rachel Guimaraes; s) Maria Josefina (solteira); t) Luiza Angelina/Adair (Baba) Barbosa.

     Tres anos apos o falecimento do bisavo Joao Rodrigues, a bisavo substituta: Melita, casou-se com Antonio Nunes Coelho e produziram outra lista de descendentes, ou seja: a) Odilia Antonieta; b) Adelia Maria/Claudio Emanoel Ramos Braga; c) Celio Roberto; d) Arnaldo Jose; e) Ilsa Sonia; f) Paulo Antonio; g) Sara Maria; e h) Luiza Geralda. Como as duas ultimas nasceram em Felicina-MG imagino que este tenha sido o destino de toda a familia.

     Com isso, essa familia ficou presa por lacos de consanguinidade em 70 anos de nascimentos sendo a Dindinha Zulmira a primeira a nascer em 1893. Em teoria, a lista de filhos, inclusive do terceiro casamento, seriam nossos tio-avos. De certa forma, as mudancas ocorridas no mundo a partir dos anos 1960 tiveram o efeito benefico de expulsar grande parte da populacao virginopolitana para outras paragens. Ja que Virginopolis nao crescia nem atraia grandes contingentes de familias novas para nos misturarmos a elas, foi uma Providencia Divina termos de sair para misturar em outras paragens. Nao fosse isso, e permanecessemos por mais duas geracoes acumulando nossos descendentes la, nao encontrariamos palavras na lingua portuguesa para definir o grau de parentesco das criancas que nascessem na ultima geracao.

     7) Jose (ti Juca) Rodrigues Coelho. Casou-se com Maria (Mariquinhas) Pereira da Silva. Tiveram filhos em Guanhaes e Virginopolis. Assim, contribuiram para a complicacao genetica da familia Coelho em Virginopolis. Eles sao os pais de: a) Ozita (faleceu); b) Sady/Abila (Biloca) Patrocinio de Magalhaes; c)Maria Marcolina/Jose Candido de Oliveira (1as. nupcias) / Horacio Nunes Coelho (2as. nupcias); d)Jair/Lucilia Coelho do Amaral; e) Nilo (solteiro); f) Ely/Agostinha Campos.

     A situacao acontecida com o avo Joao Rodrigues e familia se repete na do ti Juca. A Maria Marcolina, filha dele, casou-se em primeiras nupcias como o Jose Candido de Oliveira. Ele eh filho tia Anna Honoria. Eles tiveram apenas a Maria Jose, a Zeze como varias outras foram apelidadas. A Zeze depois casou-se com o Adail Batista Coelho que ja era primo primeiro da mae e primo segundo do pai dela, por ser filho da tia Carmelita (irma do ti Juca) e do tio Simao (sobrinho da tia Anna e filho do trisavo Joao Jr.). A Zeze eh conhecida pelas palavras: “Esta familia eh tao complicada que eu tenho irmaos que nem irmaos meus sao.” Na edicao de 1979, do livro da Ivania, pag. 91, ha um engano ja que a Zeze e o Adail foram postos como irmaos. Na pag. 124 eles estao postos corretamente e na pag. 128 encontra-se a descendencia deles de entao.

     Os dizeres da Zeze tem fundamento porque, com o falecimento do pai dela, a mae casou uma segunda vez, com o tio Horacio Nunes Coelho. O tio Horacio vem do campo dos Barbalho Nunes. Ele eh filho do Pedro (Surdo) e Antonia (Sa Toninha) Nunes Lage que, alias, sao tambem pais da d. Zinah, esposa do seo Minervino Nunes Leite (filho da Sa America e neto do Quinsoh/tia Sebastiana). Ja o Pedro, pai do tio Horacio, eh filho da tia Emidia de Magalhaes Barbalho/Jose Coelho Nunes ou Nunes Coelho, se houver engano na impressao nas pags. 164/5 do livro.

     Aqui temos que abrir um pequeno paragrafo porque, se esse Jose for o filho dos tios Francisca Eufrasia e Joaquim Nunes Coelho (Eusebio/Anna), os filhos do tio Horacio seriam os primeiros a serem, simultaneamente, descendentes dos quatro irmaos da familia Coelho de Magalhaes, os matripatriarcas de Virginopolis: Francisca, Joao Baptista, Eugenia e Antonio.

     Certo eh que os filhos desse segundo casamento fizeram os proprios casamentos tipo arroz e feijao, ou seja, dentro da propria familia. O Nelson foi o unico que se casou um pouquinho fora, com a Iracy (Nunuca) Nunes de Andrade, porem, sei que ha alguma ligacao dela conosco, apenas nao sei dizer ainda qual. O Jose Maria casou-se com a Irene, filha da tia Fina (Ze Coelho/tia Virginia)/tio Levy (tio Daniel/tia Nenem). O tio Jorge casou-se com a tia Camila (avos Juca/Davina). A Natalia com o Geraldo (Ladico = tios Biloca/Sady). E o Pedro com a Zelia (tios Bernardino/Geralda).

     Finalmente, o porque da razao da Zeze. A mae dela faleceu e o tio Horacio teve o segundo matrimonio dele com a tia Noemi Marcolina Coelho (bisavo Ze Coelho/tia Virginia). Assim, os meninos da tia Noemi nao sao irmaos verdadeiros da Zeze mas sao da familia do meio que sao irmaos dela.

     Mas, voltando ao ti Juca e tia Mariquinhas, eles foram os pais do Ely Rodrigues Coelho que, com a d. Agostinha Campos, foi pai do Carlucio, Valquirio, Ernane, Paulinho e Humberto. Carlucio, para nao fugir aa regra, casou-se com a tia Maria Helena (vovo Juca/vovo Davina).

     Alem dos citados, os patriarcas foram pais da Ozita (faleceu crianca); do Jair (casou-se com a Lucilia Coelho do Amaral) e do ti Nilo. O ti Nilo ficou solteirao e famoso por distribuir lanca-perfume com os mais jovens, nos antigos carnavais, quando o produto ainda era legal.

     8)Luiza Marcolina Coelho. Casou-se com o Emidio Ferreira da Silva. Tiveram os filhos na cidade de Guanhaes. Nao encontrei descendentes da tia Luiza entre os nascidos em Virginopolis.

     9) Angelina Marcolina Coelho. Casou-se com Joao (Janja) Ferreira da Silva. Estes nossos tios-bisavos tambem nao contribuiram para o crescimento demografico em Virginopolis. Mas digno de nota eh o primogenito:Cantidio Ferreira da Silva por ter ido buscar em Virginopolis a esposa: tia Elgita Coelho do Amaral (bisavos Joao Rodrigues/Dindinha Olimpia). Contudo, ja fizeram parte da leva de migrantes que constituiram familia em Virginopolis, Guanhaes e se mudaram para Governador Valadares.

     10) Benjamim (1o.) Rodrigues Coelho. Faleceu com apenas 3 anos.

     11) Daniel Rodrigues Coelho. Casou-se com a Marina (tia Nenem) Coelho de Oliveira. Ela eh do campo dos Baptista Coelho/Oliveira e filha da tia Anna Honoria (Joao Coelho/Maria Honoria). Formaram uma das familias mais prolificas e consanguineas em Virginopolis. Tiveram 19 filhos ao todo. Tres: Cicero, Simao e Daniel, faleceram na infancia. Tres: Geralda, Olga e Elza ficaram solteiras. Os casados foram:

     a) Jose Rodrigues Coelho Sobrinho. Casou-se duas vezes. Com Francisca Nunes Leite e Ida Nunes Coelho.Do primeiro casamento sobreviveram Maria do Socorro, Cesar, Maria Jose e Salvio. Nao houve filhos no segundo.

     b) Elifas Rodrigues Coelho. Teve tambem dois casamentos.O primeiro com Sebastiana Nunes Leite e os filhos foram:Nelson, prof. Solange, prof. Celso, Daniel, Otavio e Sebastiana.Do segundo ja mencionado, com Francisca (d. Chiquinha) Coelho de Oliveira (seo Fernando/sa Luiza), vieram Antonio e Fernando.

     c) Levy Rodrigues Coelho. Casou com Josephina (tia Fina) Marcolina Coelho(bisavo Ze Coelho/tia Virginia). Sao os pai de: Irene/Jose Maria (tios Horacio/Maria Marcolina); Cicero/Cremilda Borges Perpetuo; Salvio e Olavio (falecidos); Alvaro/Maria da Conceicao Perpetuo; Anna (solteira); Maria Eulalia (Lalinha)/Nazar Mohammed Hachicho; Ennio/Marina Coelho Serra; Evaldo/fugiu-me o nome da esposa dele; Irineu e Vilma (falecidos enquanto criancas).

     d) Mario Rodrigues Coelho. Casou-se com a Otavia Nunes Leite. Observacao : Nao temos no livro um acompanhamento dos Nunes Leite que tanto aparecem em nossa genealogia. Sei que a maioria esta ligada aa descendencia da Sa America/Francisco Furtado Leite e tambem da dona Isaura/Waldemar Leite. A Sa America eh filha dos tios Sebastiana/Quinsoh e dona Isaura vem do campo dos Barbalho, eh neta da tia Emidia e primogenita da Evangelina (Eva)/Joao da Cunha.

     Mario e Otavia tiveram uma familia extensa. ela foi: Alipio (1o); Alipio; Maria Jose (faleceu); Rui Rodrigues Coelho (ja comentado por ter se casado com d. Ilma, neta do ti Quim Bento); Fabiola; Josafa; Everardes Rodrigues Coelho (teve duas familias em Virginopolis: com a Madalena Goncalves e outra com a Marcia Nunes Coelho. Marcia, a atual prefeita de Virginopolis eleita por duas vezes consecutivas, eh filha do Cassio Nunes Coelho/d. Lulu. O Cassio eh filho do Gabriel/d. Blandina. O Gabriel (Gabi) eh filho da tia Petronilha (Pitu) de Magalhaes Barbalho/Joao Nunes Coelho. Se este Joao for o filho da tia Francisca Eufrasia, este sera mais um caso de progenie simultanea dos quatro matripatriarcas Coelho de Magalhaes em Virginopolis); Marina; Maria Ester; Luis Carlos; Araci; Terezinha; Juscelino Rodrigues Coelho/Maria das Gracas(Gagaca) tios Noemi/Horacio; Nivea e Mario Roberto.

     f) Helena Coelho de Oliveira . Casou-se com Francisco (seo Chiquinho) Campos. Tiveram a familia em Virginopolis e os filhos sao: prof. Maria Bernardete/Geraldo Pereira Pinto;Maria Celeste/Jose Lara; Stella; Jose Augusto (falecido crianca); Jose Angelo/Celeste (Serafim/d. Julia); Maria Helena/ja foi lembrada por ter se casado com o Elcio do Joel do ti Quim Bento); Jacira/prof. Abelar; Ondina/Tica e Francisquinho/Bernardete.

     g)Xisto (Xistinho) Rodrigues Coelho.Casou-se com Evardina (Bela) Ferreira de Carvalho.Tiveram familia em Belo Horizonte.

     h) Cyro Rodrigues Coelho. Casou-se em primeiras nupcias com Maria de Lourdes Lamounier Pereira e em segundas com Iris Silva. Teve com a Maria: Jose Daniel, Maria do Carmo e Marina Angela. O Jose Daniel depois se casou em segundas nupcias com Gilda Maria Coelho, filha do seo Gil/d.Cici. Seo Gil eh filho do segundo casamento do Ti Chico Baptista Coelho/tia Maria.

     i) Cir Rodrigues Coelho. Casou-se com Laura (Lolo) Coelho Magalhaes. Criaram familia em Governador Valadares. A Lolo eh filha da tia Maricas/tio Sinval, ambos meus tio-avos. Ela eh irma da avo Davina e ele da Dindinha Zulmira.

     j) Aracy Coelho de Oliveira. Casou-se com o Adams (Yozinho) Costa Serra. O yozinho teve segundas nupcias com a Hortencia (Tuca), filha dos tio-avos Cecy/Marcial. Os filhos da Aracy sao: Lupciano (Lulu) Daniel Coelho Serra que casou-se com a Odercy (tios Odette/Zinho); Adams Jose que se casou com Carmelita (d.Julia/seo Serafim); Marina Coelho Serra, casou com o Ennio (tia Fina/tio Levy); e Adson Vital (Nenzinho Barrigudo) que se casou com a Ilca Borges Perpetuo.

     k) Dimas Rodrigues Coelho. Casou com Maria Aparecida (Cidinha) de Magalhae Barbalho (tios-avos Marcial/Cecy). A familia foi criada em Virginopolis(exceto por um lapso de tempo em Sardoa) e tiveram os filhos: Helvecio, Eduardo, gemeos Wilson e Willer, Maria do Rosario, Norma, Rubens (Rubinho) e Margareth (Gaeth) ja nao vivem mais em Virginopolis. Ou eh o que eu penso.

     l) Geraldo Rodrigues Coelho. Casou-se com Ligia Coelho, filha dos tios-avos Biloca/Sady. Uma parte da familia nasceu em Virginopolis e os mais novos ja em Governador Valadares, para onde se mudaram. Os que sobreviveram aa idade adulta sao: Emilson, Sonia, Sandra, Beatriz, Marize, Marcio, Delza, Celina, Roberto (Beto), Evandro e Leonardo.

     m) David Rodrigues Coelho. Para dar um refresco, este casou-se, fora da familia, com Maria da Penha dos Santos. A familia eh inteira de Virginopolis. Os filhos sao: Danilo, Antonio Carlos (Tonin), Vania, Dulcineia, Eline, Maysa, Luiz Daniel, Carla e Giselle.

     Tenho noticias de que o Emilson do Geraldo e o Danilo do David criaram a familia em Ipatinga. Como nasceram em Virginopolis e mesmo depois que o Emilson havia mudado para Valadares, ele continuou voltando aa terra natal para as visitas aos avos, entao nao perderam o contato entre si. Em Ipatinga trabalhavam na mesma companhia e la se encontravam. Contudo as familias nao tinham contato. Em um caso em que os filhos foram apresentar os namorados, descobriram que os pais eram eles proprios. Para a sorte dos filhos que possam nascer do recente casamento ha ate ao filho do Danilo duas maes e, ate aa filha do Emilson, outra fora da familia.

     13) Benjamim Rodrigues Coelho. Casou-se com Julia (Nhazinha) Coelho do Amaral.Agora estou retornando aos filhos dos trisavos Antonio e Maria Marcolina.Tia Nhazinha eh filha dos trisavos Joao Baptista Coelho Jr/Titi. Tio Benjamim deve ser lembrado como o intelectual que, mesmo ainda em Virginopolis, desde o tempo em que nem energia eletrica existia na cidade, sentado aa porta da loja de tecidos que possuia, abordava a todas as criancas que passavam e as aconselhava a estudar. Ideia muito revolucionaria para a epoca. Ja os rastros da familia dele estao meio apagadas em Virginopolis, exceto pela biblioteca que leva o nome dele. Havia me esque

     Tio Benjamim e tia Nhazinha foram pais de: a)Julita/Gastao de Magalhaes (Sa Candinha/tio Joaozinho; b) Sylvio/Maria Angelina de Oliveira (1as. nupcias) e Maria da Conceicao Campos (2as. nupcias); c) Lucilia/Jair Rodrigues Coelho (ti Juca/tia Mariquinhas); d) Dinah (irma Filomena); e) Mucio/Meiga Alvarenga Valadares; f) Nayde (falecida); g) Alaide/Jose Cantidio Ferreira (tios Elgita/Cantidio Ferreira); h) Graciola/Geraldo de Oliveira Braga; i) Dacio/Ester (Telinha) Rodrigues Coelho; j) Muciola/Horacio Silva; k) Fabio/Hercilia Guerra; e l) Maria do Socorro/Abel Coelho (Jose Claro/Julia Coelho de Magalhaes).

     O marido da Julita, Gastao de Magalhaes eh irmao da avo Davina, tia Maricas e outros.

     A segunda filha do seo Sylvio, que teve com a Maria Angelina de Oliveira eh a tia Iva que eh a esposa do tio Otto (Sinho) de Magalhaes Barbalho (ambos recentemente falecidos). Eles tiveram filhos em Virginopolis, antes de se mudarem para Valadares, ainda nos anos de 1960. Uma filha deles, a Ivanira, casou-se com o Geraldo (ti Caco/d. Conceicao). D. Conceicao eh filha da Efigenia (Gininha)/Gabriel(Gabi)Sebastiao Soares. A Gininha eh filha do Durval/Maria. O Durval eh filho da tia Emidia de Magalhaes Barbalho/Jose Coelho Nunes.

     A Maria Angelina de Oliveira tem como irmaos, em Virginopolis, a) D. Enoi, esposa do Euler (De), filho do tio-avo Onesimo; b) Maria da Dores, esposa do Ze Passos (Ze do Midinho); c) Antonio Lucio que se casou em 1as. nupcias com a Cira e 2as. com a d. Diva, ambas filhas dos duplo tios bisavos Carmelita/Simao e, por fim, d) Zeze Lucio/Sa Ritinha, pais da d. Lourdinha/Silico (tios Ceci/Marcial); Terezinha/tio Oldack (Zulmira/Cista); e da Cira Lucio/Alipio (Ze Claro/Julia), somente para nao esquecermos, o Ze Claro eh filho do ti Chico/Mariquinhas e a Julia da tia Quiteria de Magalhaes Barbalho/Joaquim Pacheco Moreira).

     Lembro-me da Graciola, esposa do Braga, morando ainda em Virginopolis, ainda na decada de 1960, no segundo andar da loja do seo Antonio Lucio. Era quase em frente aa casa de meus pais. A Nivia, filha do casal, casou-se com o Lauro, filho do seo Otavio(tia Anna Honoria/Candido) com a d. Luzia (d. Blandina/Gabriel, filho do Durval da tia Emidia de Magalhaes Barbalho).

     14) Maria Carmelita Coelho. Casou-se com o tambem tio-bisavo: Simao Baptista Coelho. Eles fecham mais um ciclo de tres irmaos casados com tres irmaos. Os outros sao os tios Benjamim/Nhazinha e Joao Rodrigues/Dindinha Olimpia.

Esta deve ser uma das familias de casamentos mais feijao com arroz da grande familia. Foram comentados o da Alisa/Antonio do ti Quim Bento; Cira e d. Diva, ambas com seo Antonio Lucio e Adail e Zeze da Maria Marcolina/Ze Candido. Tirando estes, tem o Emilio que faleceu jovem e nao se casou e a Glorinha que se casou com o Emilio Coelho Lott (Que tambem eh nosso primo, dos Coelho Lott de Guanhaes).

     Entao, aparecem o tio Eurico que se casou com a tia Odila (Zulmira/Cista). A confusao aqui eh a esperada. A Dindinha Zulmira eh filha do Joao Rodrigues/Dindinha Olimpia, ou seja, no dito popular, prima-irma do tio Eurico. Ao ver das ciencias geneticas, irmaos entre si mesmos porque compartilham dos mesmos 50% de carga genetica esperados para os irmaos completos (filhos de mesmos pai e mae). Assim, a tia Odila nao sabia mas casou-se com o “tio” dela propria. Para agravo dos pecados, ela eh filha tambem do vovo Cista (Trajano de Magalhaes Barbalho), primo em quarto grau da Dindinha Zulmira, o que ja seria uma margem boa de seguranca nao fosse a consanguinidade do lado Rodrigues/Amaral. Certo eh que tudo acaba bem quando termina bem. Os filhos dos tios Odila e Eurico nasceram normais, para os padroes virginopolitanos. Eles sao os pais de: Eonio, Elda, Clelia, Gleuza, Sandra, Ivania (a autora da nossa genealogia, edicao de 1979), Nelio (faleceu aos dezoito anos), Geila, Caio e Trajano.

     Sobraram dois: O Cesar, que se casou com a Zelita do tio Armando Baptista Coelho, filho do Ze Coelho, o irmao do Joao Baptista Coelho Jr, o pai do tio Simao. O tio Armando eh tambem filho da Sa Quinha, irma da tia Carmelita.

     E, a mais nova, a Cremilda, que se casou com o Dr. Helio de Magalhaes Barbalho. Ele eh filho do tio Onesimo (Marcal/Ercila). O bisavo Marcal eh filho da Eugenia Maria da Cruz, a irma tanto do Antonio Rodrigues Coelho, pai da tia Carmelita, quanto do Joao Baptista Coelho, avo do tio Simao.

14. A FORMACAO DA FAMILIA COELHO EM VIRGINOPOLIS E ADJACENCIAS – PARTE IV OS BAPTISTA COELHO II

     Como ja foi adiantado, resta-nos falar um pouco a respeito da familia dos trisavos Joao Baptista Coelho Junior e Quiteria Rosa (Titi) do Amaral. Tenho menos a acrescentar agora que ja dei uma geral em mais da metade da Grande Familia e nao gostaria de repetir demais.

     Assim, como ja foi dito, o Joao Baptista Coelho Jr. eh o filho mais velho do Joao Baptista Coelho e Maria Honoria Nunes Coelho. Para nao perder o ato, ela era conhecida como “a Cabrita do Joao Coelho”. Uma mencao suspeitosamente preconceituosa por ela ser mestica, provavelmente, afro-europeia (podendo ser tambem nativo brasileira/europeia). A verdade eh que, quando o J. B. C. e a trisavo Maria Honoria tiveram o ultimo filho em 1867, que eh o ti Chico, o J. B. C. Jr e a avo Titi estavam ha apenas cinco anos de terem a primogenita: Maria Rosa (Mariquinhas) Coelho do Amaral.E essas criancas nao perderam tempo em tambem formar o primeiro casal da proxima geracao. Mas eles ja estao registrados na porcao desses comentarios que coube aa familia do trisavo J. B. C.

A segunda filha do casal, tia Amelia Rosa do Amaral, viveu de 1874 ate 1943 mas nao se casou.

Contemos, entao, a partir da terceira que eh a Dindinha Olimpia Coelho do Amaral. Casou-se com o primo em segundo grau: Joao Rodrigues Coelho, como ja foi comentado. Este casamento marca o inicio da sociedade familiar J. B. C. Jr/Antonio Rodrigues Coelho. Eram sobrinho e tio. Pais e sogros de tres filhos de cada. Provavelmente, devem ter sido tambem compadres. O periodo em que os dois tiveram filhos ao mesmo tempo se extende de 1872 ate 1886. Neste tempo, Antonio Rodrigues/Maria Marcolina tiveram nove filhos e o J. B. C. Jr/Titi tiveram sete. A vida reprodutiva do avo J. B. C. Jr se extendeu por nove anos a mais, nos quais teve mais quatro filhos. Porem, o avo Antonio era dezessete anos mais velho. Ambos sao trisavos dos da casa de meus pais.

     Alias, este eh um agravante de consanguinidade que temos la em casa, tambem porque a Maria Honoria/J. B. C. sao nossos trisavos por causa de serem pais do Ze Coelho, nosso bisavo materno. O casal eh nosso tetravo paterno por causa do Joao Jr/Titi. Para complicar mais ainda, a Dindinha Olimpia casou-se com o Joao Rodrigues (formando um dos casais de bisavos paternos) que eh irmao da Sa Quinha, a primeira esposa do bisavo Ze Coelho. (Ele casou-se em segundas nupcias com a tia Virginia, irma de ambos). Assim, o vovo Juca (filho do Ze Coelho/Sa Quinha) era sobrinho do Joao Rodrigues e primo em primeiro grau da Dindinha Olimpia. Neste caso, a Dindinha Zulmira (filha do Joao Rodrigues/Dindinha Olimpia) era prima, simultaneamente, em primeiro e segundo graus do vovo Juca. E isto nao eh nem metade do parentesco entre papai e mamae.

     Vou buscar entrar menos em detalhes a respeito da descendencia desse ponto para frente. Esta ficando um tanto cansativo para mim, datilografar tudo, como se esse ja fosse um livro definitivo e nao o rascunho para um. O objetivo era citar os nomes ate aas pessoas que ainda estao frescas nas memorias dos descendentes delas e, a partir disso, mostrar os caminhos que identificam os graus de parentesco que temos uns com os outros. Mesmo para quem eh da familia, fica dificil identificar essas coisas atraves do livro de genealogia porque o numero de pessoas presentes nele eh muito grande para se ter todos na memoria ao mesmo tempo, a menos que sejamos: “filhos do Dr. Odon!” (Essa era uma expressao bastante usada em Virginopolis, ou seja, se tinhamos algum destaque na escola, ou se manifestassemos algum rasgo de inteligencia, era reconhecido por sermos filhos do nosso pai. Na verdade, as pessoas tinham menos conhecimento com a mamae, cujo ramo familiar eh igualmente inteligente).

     4) Joao Baptista Coelho Neto. Casou-se com a Lucinda Xavier Andrade. A respeito desses nossos tios-bisavos temos dados muito limitados. O que o livro da Ivania nos informa eh que eles estabeleceram os nossos vinculos com a cidade de Coroaci e, pelo visto, la deve estar repleto de Coelho Xavier de Andrade, mesmo que assinem outros sobrenomes. Curioso eh o Joao Neto ter mantido o Neto nos filhos como sobrenome. Assim, o Joao Coelho Neto eh, na verdade, bisneto do J. B. C./Maria Honoria.

     Dos filhos do casal Joao Neto/Lucinda, temos dois que, a principio, trazem informacoes mais relevantes para esse nosso resumo. O terceiro eh o Jose Coelho Neto, o Ze Neto, que com a Maria Lino de Souza foram pais de varios contemporaneos nossos em Virginopolis. O Ze Neto foi oficial de justica na Comarca e conhecido por todos, juntamente com a familia. Em setembro de 2010 tive a oportunidade de encontrar-me e falar com ele rapidamente em Virginopolis. Ele forneceu-me algumas pequenas notas genealogicas da familia, os quais anotei no sitio: www.geneaminas.com.br.

     Quanto ao Altino, que se casou com a Maria de Lourdes, nascida em Coroaci, deve ter sido o primeiro avo dos Coelho a ter netos estadunidenses.O filho deles, Adail, casou-se com Neuza Kinzo, do Parana, e tiveram Paula e Alexandre aqui nos EEUU. Nao constam cidade ou estado nos quais nasceram as criancas. Mas o casamento em 1970 faz presumir as datas de nascimentos em torno disso. Ja se passaram praticamente quarenta anos.

     Voltando aos filhos do Joao Jr/Titi, chegamos ao numero 5, Simao Baptista, e 6,Julia (Nhazinha) Coelho do Amaral que ja sao casos tratados por terem se casado com os duplo tios-bisavos: Maria Carmelita e Benjamim.

     7) Jose Coelho Sobrinho que, para ser diferenciado dos outros Juca Coelho na familia tinha seo como apelido.Ele casou-se com a Maria Marcolina (Culina) Pereira do Amaral. A tia Culina eh prima em primeiro grau dele, por ser filha do tio Ernesto, um dos irmaos da avo Titi. Eles criaram a familia em Gonzaga, numa fazenda que ficava na beira da estrada que ia para Valadares. A estrada deixou de passar na porta da casa por causa das retificacoes que ela sofreu mais recentemente. Para os que conhecam a area, fica proxima dos Barbalho, uma comunidade de Gonzaga cujos assinantes da nosso alcunha sao afro-brasileiros.

     Um causo separado a respeito dessa comunidade eh que se se quizesse irritar os Barbalho antigos de Virginopolis era apenas mencionar que ali era o ponto de parada das tropas e que os Barbalho de Gonzaga eram fruto da uniao de alguem da nossa familia com a matriarca dos de la. Eles logo apelavam e afirmavam que nao. Argumentavam que eram escravos libertos e que tinham adotado o sobrenome dos antigos senhores. Nao se sabe se ha qualquer fundamento em qualquer das explicacoes mas esta de adocao do sobrenome eh pouco provavel, ja que os Barbalho do nosso ramo nao eram ricos para possuirem escravos, principalmente, depois das leis do Ventre Livre e do Sexagenario.

     Seguindo com o casal: seo Juca/tia Culina, eles moraram muito proximos do casal tios Amaro/Emygdia Honoria Coelho. Dai ser presumivel que hoje-em-dia tenham havido muitos casamentos entre as duas descendencias. Sabemos que as duas familias sao enormes e ha um maior numero de assinantes Souza, procedente do seo Amaro. Isto se explica tambem porque, dos treze filhos do seo Juca, nove foram mulheres.Portanto, eh mais dificil terem passado o sobrenome Coelho aa frente. Certo eh que, uma das filhas: Martha Coelho do Amaral, casou-se com um Jose de Souza. Nao tenho ainda como dizer que ele seja descendente da tia Emygdia/seo Amaro.

     Outra filha que nos chama a atencao eh a Sebastiana. Casou-se com o seo Heitor de Aquino. Eles tem grande descendencia em Divinolandia, dos quais conheco uns poucos. Das filhas, a que eu tenho mais noticias da descendencia eh a Ilidia. Casou-se com o seo Tarcisio de Oliveira Valadares. Eles sao pais de sete filhos e filhas. A Madalena e a Lourdinha criaram familia em Virginopolis, dai serem conhecidas. Tenho conhecido alguns netos delas aqui tambem.

     Talvez haja alguma ligacao entre o seo Tarcisio e a d. Meiga Alvarenga Valadares. Dona Meiga eh a esposa do Mucio, filho dos tios Benjamim/Nhazinha. Ela eh de Curvelo. Os dois nasceram nos dez primeiros anos dos 1.900. Um dos filhos do seo Tarcisio, que eh meu concunhado, nao se lembra o que mas recorda do pai dele falando algo a respeito de Curvelo e pensa que poderia ser o local de nascimento dele. Se for o caso, talvez sejam primos. Mas nao se pode afirmar nada porque Curvelo tambem era importante entreposto de tropas. Era o portao de entrada para os sertoes de Minas Gerais, tanto para o norte quanto para o oeste. E o seo Juca era tropeiro. Possivelmente, o seo Tarcisio acompanhava o sogro.

     Meu concunhado eh filho do segundo casamento do seo Tarcisio, com d. Maria de Lourdes de Jesus. Ela tem vinculos com a familia Lacerda.Mas o proprio filho nao sabe dizer como.Minha sogra tambem eh “de Jesus”. Ambas tem vinculos com Divinolandia. Assim, corremos o risco delas terem vinculos com a pentavo Anna Pinto de Jesus, a esposa do penta-hexa: Eusebio Nunes Coelho.

     No meio destas investigacoes encontrei noticias de mais um Juca Coelho. Desta vez em Sardoa. Ele deve estar na faixa dos 60 aos 80 anos. Possivelmente, um neto do Ze Coelho Sobrinho (seo Juca). Porem, isso eh apenas especulacao por enquanto.

     8) O oitavo filho do casal J. B. Jr/Titi eh o tio Evencio Baptista Coelho. Este tambem fez a opcao mais comum de casamento e casou-se com a tia Emidia (Miluca) Magalhaes. Esta vem do campo dos Coelho/Barbalho, ou seja, eh filha da Sa Candinha (Candida de Magalhaes Barbalho) com o “tio Joaozinho”, se nao se lembram, eh sobrinho-neto do trisavo Francisco Marcal de Magagalhaes Barbalho. A tia Miluca eh irma da vovo Davina, tias Maricas e Candida, tio Sao, tios Joao e Gastao ja citados anteriormente, alem de Eliezer (Sou Li) e Getulio.

     Dos filhos dos tios Evencio/Miluca, ha que se destacar a Maria que, em primeiro lugar, foi o 1o. matrimonio do sr. Ary Dias de Andrade. Maria e Seo Ary tiveram a familia em Virginopolis e sao os pais do pe. Arnaldo. Embora os outros nao tenham perdido os vinculos com Virginopolis, gracas aa longevidade do seo Ary, alguns fortaleceram estes lacos casando-se em familia mesmo.

     Este eh o caso do Almiro (Nene) que se casou com a Ivete dos tios Biloca/Ely; da Euridice (Mica), casou-se com o Alonso da d. Efigenia/seo Ze Martinho; do Joao Bosco que se casou com a Dilza (tios Zeze/Otacilio). Outros se casaram com pessoas de Virginopolis mesmo. Este eh o caso do Arizinho que se casou com a Fatima do seo Quincas/d. dos Reis (outra filha do casal entrou na familia Coelho casando-se com o Joao Bosco (Ostino/d. Lili), que eh a Mirna); e o Dr. Silvestre (Mininim) que se casou com a Nina (seo Raimundo Simao/d. Helena). Os outros sao o Silverio (Nono)/Nice Silva; Anibal/Liana Aparecida Chinaglia Breda; Silvino/Nivia (Nonoca) da Silva; Eunice (estava solteira); Silvio/Abigail Guedes; Jose Maria/Tania Regia Campos; Edelweiss (professora e estava solteira);
Jaeder/Dalva da Silva e a Maria das Gracas (Nininha e estava solteira).

     Com o falecimento da Maria, o seo Ary casou-se a segunda vez, porem, na mesma casa. A Honorata (Tinah) foi a tia escolhida para cuidar das criancas e, enquanto isso, tiveram tempo para aumentar a alegria da casa. Do segundo casamento nasceram: Flavio, Carla, Maria Regina, Zelia, Savio (Lelezo) e Marcia (Marcinha). Todos da primeira familia sao mais velhos que eu e da segunda sao mais novos. Pelas poucas informacoes que tenho, acredito que a Tinah ainda viva na cidade mas o seo Ary faleceu ha pouco tempo.

     Continuando com os filhos dos tios Evencio/Miluca, temos a Margarida que, salvo engano, tem o apelido de Di. Ela casou-se com o seo Joaozinho Ferreira e voltaram a morar em Virginopolis depois da aposentadoria. Ao que sei ele tambem eh falecido agora.

     O Henrique teve a familia em Governador Valadares mas a filha: Renildes, casou-se com o Paulo Aguiar Coelho (filho do tio Armando, filho dos bisavos Ze Coelho/Sa Quinha). Nao quero arriscar-me a identificar os outros. Agora so tenho certeza a respeito do Paulo que se casou com a Maria Geralda Coelho Neto. Ela eh descendente do J. B. C. Neto/Lucinda Xavier. Sao os pais da Celia Coelho Amaral (ex Celia Batista Coelho) que vim a conhecer aqui em Framingham.

     9) Mais um filho do J. B. C. Jr eh o Francisco (seo Chiquinho) Coelho Sobrinho, ou seja, sobrinho do ti Chico. Este se casou com a Maria Salome (d. Memeh) Campos. Ela era a poetisa da cidade antes mesmo de eu entrar para a escola. Em meus primeiros anos de vida eles moraram numa das casas que existiam em frente aa casa de meus pais. Via de regra, os moradores das imediacoes do centro da cidade eram todos nossos parentes, assim, no quarteirao em frente aa nossa casa, eram: Graciola/Braga; seo Chiquinho/d. Memeh; d. Isaura (ja viuva) e, a seguir, o Guido do tio Anisio construiu a casa na outro esquina. Mas voltando ao seo Chiquinho/d. Memeh, naquele tempo eu nao lhes prestava o respeito a tios-bisavos por nem mesmo imaginar que eles realmente fossem.

     Penso que a confusao era tao grande, quanto grande eh a familia, que ninguem me avisou isso. Uma memoria daquele tempo eh que eu herdei dele o apelido de seo Chiquinho.O motivo eh o de que: falavam que ele futucava as narinas com a ponta do dedo e eu fazia o mesmo. Eu tinha muita raiva do apelido mas nao atribuia culpa alguma ao tio-bisavo. Penso que era por causa de todas as pessoas da cidade, principalmente as criancas em torno da minha idade, saberem do pseudonimo e o usarem para provocar-me. Aas vezes recebiam a pedra 70, outras as pedras-de-doido como retruco. Para mim, hoje eh divertido lembrar essas velhas historias.

     Dos filhos dos tios Chiquinho/Memeh, a Maria da Conceicao foi o segundo casamento do Sylvio Rodrigues Coelho. Ele eh filho dos tios Benjamim/Nhazinha.

     10) Salathiel Baptista Coelho. Casou-se em Sao Joao Evangelista com Iracema Campos Goncalves. Tiveram quatro filhos: Jorge, Maria Jose, Elza e Anibal. Entre os filhos da Maria Jose nasceu a Marcia Ribeiro, que se casou com o tio dela, o Anibal. E a historia se repete. E o caso eh rescente, o casamento se deu em 1967.

     Acredito que o Jorge possa ser aquele que era conhecido pelo sobrenome Campos e nao Coelho. Nao posso dizer com nenhuma certeza a respeito disso, mas Jorge Campos eh nome do bemfeitor de Virginopolis por ter ajudado a levar o ginasio (escola que abrangia as grades de 5a. a 8a. series),  para nossa cidade. Ele estava envolvido com a CNEG (Campanha Nacional de Escolas Gratuitas) que mais tarde virou CENEC (da Comunidade).

     11) Amavel Baptista Coelho. Foi o filho mais novo do casal J. B. C. Jr/Titi. Nao se casou.

15. A FORMACAO DA FAMILIA COELHO EM VIRGINOPOLIS E ADJACENCIAS – PARTE V – OS MAGALHAES BARBALHO

     Nos capitulos gerais eu havia mencionado o inicio da familia comecada pela trisavo EUGENIA MARIA DA CRUZ (COELHO) e FRANCISCO MARCAL DE MAGALHAES BARBALHO mas nao havia entrado em detalhes na descendencia deles. Assim, segue a lista:

      I) Emidia de Magalhaes Barbalho. Casou-se com o Jose Coelho Nunes. Os filhos e os conjuges foram:
     a) Maria (Nhanha)/Francisco Pereira da Silva. Falta dados da descendencia.
     b) Pedro (Surdo) Nunes Coelho. Casou-se com Antonia (Sa Toninha) Nunes Lage. Penso ser deles que se conta que ela era considerada muito feia. Entao, de sacanagem, o povo se aproveitava da surdez do Pedro e da oportunidade de ele ter uma mula predileta e assim boliam com ele: “sua-mulehfeiaheim!?…” Ao que ele respondia, todo orgulhoso: “Eh feia mas eh boa de sela!…” Eles sao os pais, dentre outros, de: Emidia (segunda esposa do seo Joao da Cunha), tio Horacio, Lauro (o Pitimba)/Maria dos anjos Rabello e d. Zinah/Minervino Nunes Leite.
     c) Evangelina (Eva) Nunes de Magalhaes. Ela foi as primeiras nupcias do seo Joao da Cunha Menezes. Sao os pais da d. Isaura/Waldemar Leite; Saulo/Augusta; Washington (Ostino)/Ali (Lili) Vieira; Afonso/Ruth Nunes Coelho; Jaime/Zenoi Nunes Coelho e Jose/Afonsa. O seo Ze da Cunha eh aquele senhor de idade que cuidava dos jardins de Virginopolis nos nossos tempos de crianca.

     O segundo casamento do seo Joao da Cunha, com a Emidia (Pedro/Sa Toninha) foi mais prolifico, e produziu mais feijao com arroz, comecando com:1) tia Ilca/Omar Rodrigues Coelho.(Joao Rodrigues/Dindinha Olimpia) ( Vi num e-mail recente do Ubirajara do tio Odilon que eles completaram 65 anos de casados mas no livro encontrei a data de 2.10.1932, o que dao quase 77 e o tio Omar estaria com quase 101 de vida. Seja o que for parabens eh ate pouco para tao grande feito. Aqui houve um engano provavelmente meu. O falecido Ubirajara deve ter se referido aos tios avos: Otavio/Maria Jose (Zeze do Joao Rodrigues/Dindinha Olimpia)); 2) Ary/Maria Marques; 3) Adail (Dada)/Dejanira Campos (1as) e Salva Coelho de Magalhaes (Sianita/Dino-2as. nupcias); 4) Olavia (solteira) ; 5) Julia/Serafim (Sianita/Dino); 6) Eder (Betinho)/Cenira Campos; 7) Hilda (Zinha)/Sebastiao (Pinheiro) Pinheiro de Carvalho; 8) Savio (Fadico)/Hercy (Cici) de Magalhaes Barbalho (tios Ceci/Marcial); 9) Maria Jose (Zeze)/Jaime Rodrigues Coelho (Tios Biloca/Sady); e Joao Sergio (Serginho)/Nely Aguiar Coelho (tios Armando/Nazinha).

     d) Marcal (Nho Sazo) Coelho Nunes. Casou-se com a Lavinia (Sinha Lavia) de Magalhaes Barbalho (tios Pedro de MB/Antonia Honoria). Nao tenho dados do paradeiro da descendencia.
     e) Georgia (Sa Georgia). Casou-se com Jose Pacheco Moreira. Faltam maiores dados.
     f) Eugenia (Sinha Gininha) Nunes Coelho. Casou-se com Gabriel (seo Gabi) Pereira. Ela foi a parteira que deve ter trazido boa parte de nossos avos e pais ao mundo. Eles sao os pais da Maria (irma Eugenia); da tia Cecilia/Frederico Knipp; da tia Geralda/tio Bernardino (Ze Coelho/tia Virginia); da vovo Petrina/Juca Coelho (2as. nupcias); e da Margarida (tia Nem)/Jose (Zeca) Ferreira Nunes. (Estes foram os pais do frei Roberto, ja falecido).
g) Durval Nunes Coelho. Casou-se com a Maria da Cunha Menezes. Dos filhos, a Efigenia (Gininha) casou-se com o Gabriel (Seo Gabi) Sebastiao Soares. Eles sao os pais do Odilon, To, d.Dalva/Joaozinho Lacerda, da d. Conceicao/Jose (ti Caco) Lino, do Joao do Gabi e varios outros que estao me fugindo aa memoria agora. Coincidencia, a Sinha Gininha e o seo Gabi Pereira moravam numa casa de frente para a rua do Ginasio (ou avenida Rainha Juliana), no cruzamento com o Paqueta, no lado oposto, ja fora da cidade, moravam a Gininha/seo Gabi Soares, numa casa que fazia frente para a casa da tia dela.
     h) Maristela. Casou com Francisco (seo Chico) Pereira. Nao tenho dados genealogicos.
i) Diogenes (So Di). Casou com Maria (Sa Cota) Pereira. Tambem estao riscados no livro enao me recordo de alguma possivel descendencia.
j) Leia. (nada consta a respeito dela, provavelmente faleceu solteira).

     Nota) Se o Jose Coelho Nunes for o Jose Nunes Coelho, filho da tia Francisca Eufrasia e tio Joaquim Nunes Coelho, entao, o casal de tios Ilca/Omar produziu a familia que detem o record de ser a primeira a descender dos quatro matripatriarcas Coelho de Magalhaes de Virginopolis.

     II) Petronilha (tia Pitu) de Magalhaes Barbalho. Casou-se com Joao Nunes Coelho. Parece que a tia Pitu foi a famosa que quis tirar a prova de que peido pegava fogo e acabou queimando as roupas de baixo. Tambem por repetir o celebre proverbio: “Filhos de minhas filhas, meus netos sao. Filhos de meus filhos, seras ou nao!…” Geraram cinco filhos: Wantuil/Maria Nunes Soares, Maria Inah Leite Oliveira e Maria de Lima (3 esposas), Eugenio/Anita Ferreira da Silva, Gabriel (Gabi)/Blandina Nunes Rabelo, Francisca/Otavio Coelho de Oliveira e Maria Petrina/Amalho Pereira do Amaral (tios-trisavos: Ernesto/Nhanha).

     Deles, a Francisca foi a primeira esposa do seo Otavio Coelho de Oliveira, que ja esta contado entre os filhos da tia Anna Honoria. Ja o Gabi eh o marido da dona Blandina Nunes Rabelo. Eles sao os pais do Cassio Nunes Coelho, pai da atual prefeita de Virginopolis, Marcia, a viuva do Everardes, filho do Mario, filho dos tios-bisavos Daniel/Nenem. Alem do Cassio, disseram-me que eles sao pais tambem da d. Luzia, a terceira esposa do mesmo seo Otavio. Esta eh a segunda vez de casos de viuvos de tias se casarem com as sobrinhas delas. O primeiro foi o seo Joao da Cunha.

     Ha que se fazer um adendo aqui a respeito da d. Blandina. Ela eh irma da tia Marietta Nunes Rabelo, esposa do tio Onesimo de Magalhaes Barbalho. Pelo menos alguns puderam evitar a consanguinidade casando-se com os que apareciam de fora. Segundo a Roxane, filha do Dr. Helio/Cremilda e neta dos tios Onesimo/Marietta, elas tem algum grau de parentesco com o primeiro e unico barao do
Serro: Jose Joaquim Ferreira Rabello. Nao pudemos comprovar isso ainda mas ha o sobrenome Rabello (Rebelo) que os une.

     III) Pedro de Magalhaes Barbalho. Casou-se com a tia Antonia Honoria Coelho. Eles ja eram primos em primeiro grau por ele ser filho da avo Eugenia e ela do trisavo Joao Baptista Coelho (pai). Mesmo assim a filha Lavinia (Sinha Lavia) casou-se com o Marcal (Nho Sazo) da tia Emidia. Tambem a Alda casou-se com o Joao Magalhaes, filho da Sa Candinha/tio Joaozinho. Salvo engano, estes sao os pais das famosas Zeze e Marilia da Alda (eu estava correto nessa suposicao). Elas a gente encontrava, de vez em quando, na casa dos tios Camila/Jorge do Horacio, em Valadares. Local em que vi, pelo menos uma vez, o Gentil, que deve ser o filho solteirao dos tios Pedro/Antonia.

     Infelizmente, me faltam muitos detalhes dessa familia. O terceiro filho na familia, por exemplo, eh o seo Olegario, nome muitas vezes repetido em casa mas nao sei explicar porque. Ele se casou com a Maria Augusta (Gulita) Pacheco Moreira, uma repeticao no caso porque a tia Quiteria de Magalhaes Barbalho. ja havia se casado com o Joaquim Pacheco Moreira. Tenho duvidas quanto ao seo Olegario nao ser o patriarca de primos que temos em Divinolandia.

     O setimo filho eh o Ignacio, que se casou com a Dulce Gomes da Silva. No livro temos apenas uma filha que eh a Maria do Patrocinio, que se casou com o Gladston da Silva Coelho. Com este sobrenome so pode ser candidato a descendente do ti Quim Bento. Primeiro tiveram filhos em Virginopolis e completaram a familia em Sapucaia de Guanhaes, mas ninguem que eu consiga encaixar em minha memoria.

     Os outros tres filhos dos tios Pedro/Antonia que se tornaram pais estao envolvidos com a cidade de Itambacuri. O Sady teve uma filha, Maria de Lourdes Barbalho, mas nao se casou. O Jose e o Milton se casaram com Aurora e Zulmira Monteiro, respectivamente. Devem ter sido exemplos de irmaos casados com irmas. A se olhar pelo que temos em maos, Itambacuri deve ser tomada por nossa familia. Quando estive la, nao tinha a menor ideia disso.

     Notas: Depois de viuvo, o Jose se casou com a tia Candida, filha do casal Sa Candinha/tio Joaozinho. Nao tiveram filhos.

     Aqui tambem esta a origem da Maria Jose de Magalhaes (a ti Nega) a esposa do Hugo (Doutor), filho dos tio-avos Marcial/Ceci. Ainda nao sei dizer a qual ramo exato ela pertence. 

     Ainda nao encontrei a linhagem da qual o Ze Barbalho faz parte. Porem, sei que a origem dele esta neste ramo da familia. Eh dele que se conta que, quando jovem, tinha a fama de encontrar qualquer mercadoria que o fregues pedisse. Um dia, apareceu o sujeito que queria podela. Para nao perder o fregues ele afirmou que arrumaria. Depois, sem saber do que se tratava, comecou a ficar injuriado com a possibilidade de nao atender ao fregues. De tanta preocupacao, teve uma diarreia na madrugada do dia prometido para a entrega. Foi ai que teve a ideia, coletou os escrementos e os levou ao forno, ate desidrata-los completamente e os transformou em po. Quando o fregues foi buscar o prometido, recebeu uma latinha. Abriu, olhou, cheirou e protestou: “Mas isso eh merda!…”  Ao que o parente retrucou: “Nao. Eh po dela.” Assim ele desmontou a armacao que haviam preparado para ele. (Atualmente, tenho informacoes que indicam que o Ze Barbalho eh filho da Maria Marcolina).

     IV) Bisavo Marcal de Magalhaes Barbalho. Casou-se com a Dindinha Ercila Coelho de Andrade. Os pais dela: Joaquim (Joaquim do Honorio) Coelho de Andrade e Joaquina Umbelina da Fonseca moravam com a familia em um sitio entre Itabira e Guanhaes. Em nossa familia ha a tradicao que afirma que o Andrade do trisavo Joaquim esta atrelado ao do poeta Carlos Drummond de Andrade. Como os dois sao de Itabira, de uma epoca em que a cidade era um “cuchichoh” de coisa miuda, eh mesmo grande a possibilidade. Encontrei na genealogia do Carlos Drummond um tio-avo dele com o nome de Joaquim de Paula Andrade e o bisavo se chamava Francisco Joaquim de Andrade. Eh razoavel acreditar-se em nossa tradicao mas sera necessario encontrarmos a explicacao para a presenca do sobrenome Coelho de nosso trisavo.

     Como a genealogia do poeta nao informa todos os conjuges dos tios em diversos graus dele, eh possivel que uma das tias-bisavos tenha se casado com algum Coelho de sobrenome. Assim, poderiamos ter um primo do avo dele como ancestral.

     Mas conta-se que o bisavo Marcal, em uma viagem, passou pela casa do vo Joaquim e se encantou com a bela menina de olhos esverdeados. Logo, combinou pagar os estudos dela em Diamantina e acertou o casamento para quando ela se formasse. Assim foi cumprida a palavra, embora o bisavo Marcal nao tenha permanecido casto, no periodo em que a noiva estudava. Em 24.06.1878 nasceu, em Virginopolis, a tia Adelina Coelho de Magalhaes, filha dele com uma pessoa que nao sabemos o nome. Em 05.07.1879, os bisavos Marcal e Dindinha Ercila se casaram.

     Quanto aos trisavos Joaquim Andrade e Joaquina da Fonseca, eles se mudaram para mais perto de onde a Dindinha Ercila veio a morar. Ate hoje existe uma comunidade na cidade de Divinolandia com o nome de Corrego dos Honorios. Honorios eh uma heranca do apelido que o trisavo Joaquim usou, e onde a familia dele se multiplicou.

     Somente tres anos apos ao casamento comecaram a nascer:
     a) Onesimo de Magalhaes Barbalho. Casou-se com a tia Marietta Nunes Rabelo. Sao os pais de: Euler (De) /d. Enoi; Marcalzinho/Elza Campos e Dormarina Ferreira Souza; Dr. Helio/Cremilda; Zenolia/Sebasticao Coelho Lacerda (nao tiveram filhos); Salva/Miguel Barrao Cajueiro; e Marilia (nao se casou e foi outra das parteiras de Virginopolis.Provavelmente, a nossa geracao nasceu nas maos
dela).
b)Vita de Magalhaes Barbalho. Casou-se com o Joaquim (Quinquim) Soares de Oliveira, natural de Gonzaga. Consta na lista de filhos do casal: Maria das Merces, Helena, Bertha, Ruth, Maria da Gloria, Raul, Xisto, Vera e Maria Amelia. Estes sao os que viveram ate aa vida adulta. Embora sempre ha um carinho especial pelos familiares da tia Vita, vou destacar agora apenas o Raul, porque ele se casou com a Maria Helena Coelho Perpetuo e a maior parte dos filhos nasceu em Virginopolis. Como ja foi falado, a Maria Helena eh filha do Cesario/Sa Lica e o Cesario eh filho dos tios-bisavos Emygdia Honoria/Amaro Souza.

     Estava previsto para abordar mais tarde, mas os filhos do Raul devem ser os detentores de um dos recordes na familia. Os dois pertencem aa quarta geracao, a partir do casal Cap. Jose Coelho de Magalhaes Filho e Maria Luiza do Espirito Santo, sem que os casamentos anteriores fossem consanguineos. Assim, Maria Helena e Raul sao primos em quinto grau. E os filhos deles devem ter sido os primeiros a herdar o sangue das quatro familias Coelho no pedaco, ou seja, eles sao, simultaneamente: Coelho de Magalhaes (duas vezes), Nunes Coelho, Coelho Lacerda e Coelho de Andrade. No decorrer das novas geracoes, outros igualaram este e juntaram outros.

     c) Trajano (Cista) de Magalhaes Barbalho. Casou-se com a Dindinha Zulmira Coelho do Amaral (Joao Rodrigues/Dindinha Olimpia). Eles sao os pais de: 1) Oswaldo (1911)/Maria de Lourdes Campos; 2) Odette (1913)/Hercy(Zinho)(tios Altivo/Vitalina); 3) Murillo (1914)/Maria Geralda de Lourdes Rocha; 4)Odilon (1916)/Dora Cunha; 5) Olimpia (1918 – faleceu crianca); 6) Otacilio (1920)/Maria Jose (Zeze) Coelho (seo Dimas/Maria Magdalena (Sinha)); 7)Odon/Maria Judith Coelho(Juca Coelho/Davina); 8) Odila/Eurico Batista Coelho (tios Simao/Maria Carmelita); 9) Otto (Sinho)/Iva Coelho (Sylvio Rodrigues Coelho/Maria Angelina); 10) Oldack/Terezinha Lucio de Oliveira;11) Oneida/Plauto Meira;12)Otacilia/Dr. Francisco Lins Leal; 13) Ovidio/Gilda Coelho (tios Anisio/Adalgisa); e 14) Ozanan/Railda Moreira.

     Nesta familia pode-se exemplificar o fato complicador da formacao das familias nas condicoes de Virginopolis naquele tempo. Por um lado, ter muitos filhos era a esperanca de se perpetuar o nome porque corria-se o risco de morte antes da reproducao. Mas quando a Dindinha Olimpia ainda estava tendo os seis ultimos filhos dela, a Dindinha Zulmira teve os sete primeiros. Assim, varios dos sobrinhos sao mais velhos que os tios. Todos os filhos da Dindinha Zulmira sao mais velhos que os tios deles, filhos do bisavo Joao Rodrigues com a Melita. Ja a tia Odette teve a Wandercy que eh mais velha que os tios Ovidio e Ozanan. E Harold e Maria da Conceicao tambem sao mais velhos que o Ozanan. Alem do tempo e da ignorancia a respeito dos riscos, tambem isso ajudava no favorecimento de casos de sobrinhas se casarem com tios, por exemplo.

     Os primeiros bisnetos do vovo Cista/Dindinha Zulmira, que comecam a nascer com a Tania(1954), se encaixam na mesma faixa etaria que nos, os netos do meio. E a Tania ja eh avo, constituindo-se o inicio da sexta geracao. Isto, num espaco de tempo que vai de 1870, quando nossos bisavos Joao Rodrigues/Dindinha Olimpia nasceram ate 2.000, quando o neto da Tania ja havia nascido.

     Sem duvida, se olharmos a consanguinidade de alguns dos netos da Dindinha Zulmira/vovo Cista, vamos ter um bom material para estudos geneticos.A tia Odette casou-se com o Zinho que eh primo primeiro da Dindinha, filho dos tios-bisavos Altivo/Vitalina. O tio Otacilio tambem foi buscar sangue puro na fonte. Casou-se com a tia Zeze, que eh filha do seo Dimas com a Maria Magdalena. Ela eh filha dos mesmos Altivo/Vitalina. Porem, o seo Dimas eh filho de outros primos primeiros que sao a tia Julia Salles, meio-irma do tio Altivo, com o tio Antonio Paulino, irmao do J. B. C. Jr, o avo da Dindinha.

     Tio Ovidio pode ter batido o recorde nesse quesito. Ele se casou com a prima em primeiro grau: tia  Gilda. Ela eh filha de outros primos em primeiro grau, ou seja, do tio Anisio, irmao da Dindinha, com a d. Adalgisa, que eh a filha mais nova dos tios Altivo/Vitalina. Julia Salles (meio), Altivo, Joao Rodrigues Coelho e Maria Marcolina (Sa Quinha) sao irmaos. Estou incluindo a Sa Quinha aqui porque ela eh avo da mamae.

     O casamento da mamae com o papai eh um extra. Extravagancia. Ja comentei os lacos de familia que ligam o vovo Juca com a Dindinha Zulmira . A mae do vovo Juca, Sa Quinha, eh irma do bisavo Joao Rodrigues. Ja o pai dele, o Ze Coelho, eh irmao do J. B. C. Jr, o avo da Dindinha Zulmira. Ja a mae da mamae eh a vovo Davina. Esta eh filha da Sa Candinha e do tio Joaozinho. A Sa Candinha eh irma do bisavo Marcal e o tio Joaozinho eh primo em segundo grau deles. Assim, a vovo Davina eh prima em primeiro grau do vovo Cista, com o agravante do parentesco com o tio Joaozinho.

     Basicamente, a confusao la em casa eh assim: dos quatro avos do papai e dos quatro da mamae um eh descendente do J. B. C.; um da Eugenia Maria da Cruz e outro do Antonio Rodrigues Coelho, num total de seis de nossos bisavos. Entre estes, ha a pequena diferenca nos descendentes do J.B.C. A mamae eh neta do Ze Coelho, filho do J. B. C. E o papai eh neto da Dindinha Olimpia, filha do J. B. C. Jr, portanto, neta do J. B. C. Era suposto que a Dindinha Olimpia tivesse uma mae de familia diferente. Porem, a mae dela, a Quiteria Rosa (Titi), eh filha do Joaquim Pereira do Amaral com a Maria Rosa dos Santos Carvalhais.

     O problema aqui esta em eu nao saber o grau de parentesco entre o tetravo Joaquim e o tetravo Daniel Pereira do Amaral que, com a tetravo: Maria Francelina Borges Monteiro sao os pais da Maria Marcolina do Amaral, a esposa do trisavo Antonio Rodrigues Coelho e mae da Sa Quinha e do Joao Rodrigues. Certo eh que, parentes eles ja eram. Com a presente revisao a esse texto posso acrescentar que ha uma evidencia indicando que os avos Joaquim e Daniel nao sejam parentes tao proximos, mas nao sabemos nada das origens portuguesas do avo Joaquim.

     Entao, os dois avos restantes do papai e da mamae poderiam ter vindo de origens diferentes. No caso, o papai tem uma avo supostamente diferente que eh a Dindinha Ercila. Contudo, a Dindinha Ercila tem o sobrenome Coelho que nao sabemos se tem ou nao vinculo recente com o Coelho de Magalhaes ou o Nunes Coelho que estao presentes nos nossos outros seis bisavos.

     O avo diferente da mamae eh o tio Joaozinho. Ele parece nao ser Coelho, gracas a Deus se nao for, para o bem da nossa genetica. Mas ele eh filho da Sinh’Anna com um pai desconhecido. E este “desconhecido” pode ser de qualquer origem, Coelho ou nao. Ja a Sinh’Anna eh filha do Jose de Magalhaes Barbalho, com uma desconhecida. Neste caso, pelo menos sabemos que essa avo sem nome eh afro-brasileira, por causa da heranca fisica da avo Sinh’Anna. Contudo, obriga o tio Jaozinho a ser, no minimo, 1/4 Magalhaes Barbalho, porque o Jose eh irmao do Francisco Marcal, o marido da trisavo Eugenia Maria da Cruz, portanto, ele nao eh tao diferente assim.

     Temos que nos lembrar de que a Maria Honoria, esposa do J. B. C., era mulatinha legitima, mesmo que o nome da mae preta nao tenha chegado ate nos. Tem ai a possibilidade de ela ter parentesco com o tio Joaozinho. Outra correcao que devo lembrar. Nao tenho a informacao conclusiva de que a Maria Honoria fosse mulata. Ela pode ter sido meio nativo-brasileira.

     A gente esta acostumado a pensar a mamae como Batista Coelho por ela ser filha do vovo Juca Coelho mas ela eh mais Magalhaes Barbalho que o papai e tao Rodrigues Coelho quanto ele. Nos estamos acostumados a pensar o papai como Magalhaes Barbalho por ele ser filho do vovo Cista mas ele eh tambem Rodrigues Coelho, menos Batista Coelho que a mamae, porem, mais Pereira do Amaral que ela. Nos somos uma perfeita mistura de todos.

     Nos estamos acostumados a pensa-los como primos em terceiro grau mas eh errado pensar assim. Eles tem dois pares de avos que sao irmaos, ou seja, Sa Candinha eh irma do avo Marcal e a Sa Quinha eh irma do avo Joao Rodrigues.Ja, o Ze Coelho, avo da mamae, eh irmao do J. B. C. Jr o bisavo do papai, contudo, pelo lado Pereira do Amaral eles podem ser primos novamente, sem sabermos ao certo em que grau. Isto os coloca, no minimo, num limbo genetico, ou seja, eles compartilham os mesmos gens, em grau superior a primos em primeiro grau e proximo ao de irmaos completos.

     O casamento deles nao eh tao diferente do da tia Odila/tio Eurico nem do tio Ovidio/tia Gilda. Mas isso eh passado e, naquele tempo, as ciencias geneticas ainda estavam na infancia e ninguem sabia os riscos que acarretavam com o nosso nascimento. Gracas a Deus nascemos, embora possamos ter consequencias adversas manifestadas agora que estamos marchando para a segunda metade de seculo de idade.

     Quanto ao tio Otto (Sinhor) e tia Iva, eles tem um pequeno desconto de terem a Maria Angelina bendita “de fora” que entrou na familia. E assim sao muitos outros casos na Grande Familia. Resta dizer apenas que o tio Murillo deve ser primo da tia Lourdes Rocha. Ela eh de sao Joao Evangelista e muitos Rocha por la descendem do Joao Coelho de Magalhaes, o nosso tio-tetravo. Voltemos entao aos filhos dos bisavos Marcal/Dindinha Ercila.

     d) Marcial (1o.) morreu com dois meses de vida.

e) Marcial (2o.) de Magalhaes Barbalho. Casou-se com a tia-avo Ceci, filha do Ze Coelho/Sa Quinha. A familia dos tios Marcial/Ceci nao foge aa regra, com boa parte casando-se na familia mesmo. Em nosso caso particular, o grau de parentesco que pensavamos ter com eles nao eh verdadeiro. O tio Marcial eh irmao do vovo Cista e a tia Ceci eh irma do vovo Juca. Entao, nos nao somos primos de terceiro grau como reza a tradicao e sim em primeiro grau. Agrava-se o fato quando sao casados com primos como eh o caso de Hugo/Maria Jose (ti Nega); d.Cidinha/seo Dimas (tios Daniel/Nenem); Hercy (Cici)/Savio (Fadico = Emidia/Joao da Cunha) e, os mais proximos: Humberto/Marlene (filha da Maria Marcolina (avos Juca/Davina)/Abel Lima). Geneticamente, o Abel Lima eh uma vantagem por ser de outra familia.

     Tenho minhas duvidas quanto ao parentesco que temos com os filhos da Socorro/Walter da Cunha Menezes porque nao sei qual eh a origem do Waltinho.Tambem ele poderia ser descendente do seo Joao da Cunha Menezes (Evangelina (Eva) 1as e Emidia 2as nupcias). As duvidas ja foram desfeitas e eu estava correto em minha suposicao. Tive informacoes que ele descende do seu Joao com a primeira esposa: Evangelina, que eh filha da tia Emidia de Magalhaes Barbalho. O ascendencia dele estaria no Jaime (seo Joao/Eva) mas nao encontrei o vinculo completo.

     Os outros filhos dos tio-avos Marcial e Ceci sao: Heloiza/Felix (1o.) e Geraldo (Lalado – 2o.); Hercilio (Cilico)/d. Lourdinha; Helvecio (falecido); Humberto (1o. – falecido); Herminia/Moises; Hilma (Nana – solteira); Hortencia (Tuca)/Yozinho; Hermes (Mito)/Maria de Lourdes; Henriette/Jose; Maria da Consolacao/Euripedes; e Rita/Lucio de Almeida.

     f, g e h) Os tios Salva (irma Helena), Murillo (falecido) e Filotheia (Tete) nao deixaram progenie.

     i) Olga de Magalhaes Barbalho. Casou-se com o Francisco de Oliveira Catao (Chico Catao). Os filhos sao: 1) Augusto Marcal/Maria Marisa (tios-avos Bernardino/Geralda); 2) Cesar Paraguassu/Nadir Dias de Azevedo; 3) Olgamar/Julia (Julinha) Perpetuo de Andrade; e 4) Julia Ilce.

     k) Dafinis (falecido)

     l) Abila (Biloca) Patrocinio de Magalhaes/Sady Rodrigues Coelho. Embora ja fosse para eu ter comentado melhor o casamento da tia Biloca com o Sady (ti Juca/Mariquinhas), deixei este tecido para o final. No conjunto, eh tudo repetido e fica assim: 1) Jaime/Zeze (filha da Emidia/Joao da Cunha. A Emidia eh filha do Pedro da tia Emidia de Magalhaes Barbalho). 2) Estacio (Tacinho= era  solteiro); 3) Geraldo (Ladico)/Maria Natalia (tio Horacio/Maria Marcolina); 4) Claudio (Tata)/Leonisia (Ninize) Nunes Perpetuo; 5) Ligia/Geraldo (tios Daniel/Nenem); 6) Jairo (Jarico)/Maria do Socorro Perpetuo; 7) Maria Terezinha (Tereza – solteira); 8) Maria Luiza/Dirceu Nunes Coelho (Josephino/Sa Martha); 9) Renato/Maria Celia (Celinha) Perpetuo (irma da Julinha do Olgamar da tia Olga); 10) Adelmo (solteiro); e 11) Ivete/Almiro (Nene) Andrade (Ary Dias/Maria (tios Evencio/Miluca).

     Aqui ha que se recordar que ha mais de um Perpetuo em Virginopolis ou um eh o reavivamento do outro. Talvez, este seja o caso do seo Yeyeh (Jose Coelho Lacerda) que se casou com a Maria de Lourdes de Souza Coelho (tios-bisavos Emygdia/Amaro)e deu o sobrenome aos filhos de Coelho Perpetuo. Porem, eu nao tenho dados suficientes para explicar este fato.

     Observa-se tambem que o casamento do Luiza com o Dirceu da Sa Marta credenciou aos filhos o direito de requerer recordes de ascendencia. Em relacao a outros eu posso apenas especular mas deles eu posso afirmar com certeza. O Dirceu eh descendente da tia Francisca Eufrasia de Assis e do J. B. C., atraves dos avos dele: Joaquim (Quinsoh) e tia Sebastiana Honoria. Ja a Luiza descende do Antonio Rodrigues Coelho e da Eugenia Maria da Cruz, portanto, os filhos sao, simultaneamente,  descendentes dos quatro matripatriarcas Coelho de Magalhaes, em Virginopolis.

     O Dirceu e a Luiza sao os pais de: Conceicao, Martha (Dinha), Marilda (Lilida), Joao (Lolo) e do Emerson. O que de se acrescentar aqui eh o casamento da Dinha com o Dr. Aeliton(Moises Coelho Perpetuo/Taninha) produziu criancas com outro recorde, ou seja, sao descendentes, tambem, dos quatro Coelho, esclarecendo, Coelho de Magalhaes, Nunes Coelho, Coelho de Andrade e Coelho
Lacerda. Assim eles sao duplo recordistas.

     V) Quiteria de Magalhaes Barbalho. Casou-se com o Joaquim Pacheco Moreira. Na familia como um todo, aa medida que a gente vai descrevendo a descendencia de algum dos matripatriarcas, os outros vao sendo absorvidos, antes ate mesmo de serem citados por causa dos casamentos intra-familiares. Esta eh a situacao da familia da tia Quiteria . Os filhos dela e conjuges sao: 1) Jose Pacheco de Magalhaes. Foi o primeiro matrimonio da Celina (tios Anna Honoria/Candido de Oliveira) Nao temos dados da descencencia.
2)Carlota Pacheco Magalhaes. Casou-se com o Jeronimo Jose Figueiredo. Com o nascimento em 25.10.1878, eh provavel que os Figueiredo de Divinolandia e Virginopolis sejam todos descendentes deles. Nao temos detalhe algum desta mas o que reforca a teoria eh a procedencia de Divinolandia do sr. Jeronimo. (Ja confirmei e realmente sao. Mas somente sei que o casal teve uma filha por nome Amandina. Nao sei quais foram os outros.
3) Carmelita (Sianita) Casou-se com o Bernardino (Dino) tambem filho dos tios Anna/Candido. Ja estao presentes nestas recordacoes.
4) Tiers. Nao se casou.
5) Alice. Nao se casou.
6) Maria Julia. Casou-se com o tio Sao. (Wilson Magalhaes (bisavos Sa Candinha/tio Joaozinho).
7) Gil Pacheco de Magalhaes. Casou-se com Maria Vieira. O segundo que fugiu da familia para o casamento. Tiveram a familia em Governador Valadares, onde o seo Gil foi eminente cidadao.
8) tia Dulce. Ja foi lembrada por ter se casado com o tio Aquiles (So Ti) que eh irmao completo do vovo Juca e tia Ceci, entre outros (Ze Coelho/Sa Quinha).
9) Julia Coelho de Magalhaes. Esta se casou com o Jose Claro, filho dos tios-bisavos Chico/Mariquinhas.

     VI)Candida (Sa Candinha) de Magalhaes Barbalho. Casou-se com o Joao Baptista Magalhaes (tio Joaozinho). Entre os muitos causos da vida desses dois personagens, conta-se que a Sa Candinha foi pega plantando um pe de jabuticabas, e ela ja estava bem de idade, quando alguem perguntou a ela: “Pra que a senhora ta plantando jabuticaba na altura da sua vida? Jabuticaba leva tanto tempo para produzir que a senhora nao vai aproveitar nada.” Ao que ela respondeu com alguma simplicidade filosofica: “Quando eu nasci ja havia jabuticabeira para eu chupar porque alguem tinha plantado antes de eu nascer. Agora, eu planto para os que vierem depois de mim.”

     Ja o tio Joaozinho eh aquele que fez serenata de clarineta, na Virginopolis sem luz, usando apenas sapato e gravata. Ele sabia que todo mundo estaria vendo pelas gretas das janelas mas contava com a discricao de todos porque, somente os fofoqueiros ficariam acordados depois das nove da noite. O extratagema dele funcionou. Por longos anos o fato so foi comentado a boca-miuda.  Somente depois de passados muitos anos, onde uma senhora atingiu a idade da inconfidencia, foi que ela resolveu dar-com-a-lingua-nos-dentes contando o que ela vira e que toda a cidade tambem arriscara um olho mas que, naquela altura da vida, ela nao se importava mais o que pensassem dela. Foi assim que este “segredo” deixou de se-lo.

     Apenas um paragrafo para diminuir a possibilidade de confusoes. Esta historia esta posta na pagina http://www.freewebs.com/Certos-Barbalhos-de-Virginopolis e a tia Josefina ficou em duvida se ela versava a respeito do pai dela, o bisavo Joao Rodrigues Coelho. Como outras pessoas podem fazer a mesma confusao, lembro que sao dois bisavos com nome Joao. O Rodrigues e o marido da Sa Candinha.

     Quanto ao Joao Rodrigues, o causo dele eh outro. Este eu havia ouvido como acontecido com o bisavo Marcal, na epoca da Guerra do Paraguai mas, naquele tempo, nossos bisavos ainda eram criancas ou nem eram nascidos. Entao, o Odinho, gracas aa memoria do vovo Juca, corrigiu-me, porque o fato aconteceu com o avo Joao Rodrigues Coelho. Foi logo apos a Proclamacao da Republica (1889) quando houve a separacao das instituicoes estado e igreja no Brasil. Entao, foi ordenado que se fizesse o registro civil de toda a populacao.

     Anteriormente os registros eram feitos pela Igreja Catolica, atraves dos batismos e casamentos. E o bisavo Joao Rodrigues era o escrivao, entao, reuniu a bugrada de Virginopolis na praca para abordar o assunto. Explicacoes dadas, comecou um burbirinho que aumentava com protestos. A turba ficou indignada com o que considerava um desrespeito, substituir o direito divino pelo direito humano. No auge do alvoroco, alguem teve a “boa ideia” de dar um tiro para cima, para restabelecer a calma.Dizem que se deu uma debandada tao grande que nao ficou uma vivalma na praca. O bisavo Joao Rodrigues correu tanto que so parou quando ja se encontrava nos fundos da farmacia, a primeira porta que ele encontrou aberta. La dentro ele falou ao farmaceutico, que nao sei o nome: “Oh fulano, sera que sangue fede?!… Se nao feder eu tou eh todo cagado!…

     (Tenho duvida quanto a essa versao do vovo Juca. Eles eram tio e sobrinho mas eram rivais politicos. Quando houve a Proclamacao da Republica, o bisavo Joao Rodrigues era um pouco jovem, talvez ainda nao fosse escrivao. Ja o bisavo Marcal era o chamado Juiz de Paz. Na epoca, exercia muitas funcoes e, no Distrito de Patrocinio de Guanhaes (Virginopolis) era como se fosse um prefeito). 

     Voltando aa familia da Sa Candinha/tio Joaozinho, parte da familia tambem foi absorvida dentro do seio da grande familia. Vejamos como ficou:
1) Joao Magalhaes Jr. Casou-se com a Alda de Magalhaes Barbalho(tios Pedro/Antonia Honoria) Ja comentados.
2) Eliezer (So Li) Magalhes. Nao se casou. Teve um filho nao computado no livro. O Ze do tio So Li se casou mas nao teve filhos. Adotou o Messias, que eh filho do Joaquim Polvora. Este lhe deu quatro netas e estas ja estao trazendo bisnetos.
3) Emydia (Miluca) Magalhaes. Casou-se com o tio Evencio (Joao Jr/Titi). Ja estao.
4) Wilson (Sao) Magalhaes. Casou-se com a Maria Julia de Magalhaes Pacheco, filha da tia Quiteria/Joaquim Pacheco. Eles comecaram a familia em Virginopolis mas ciganaram por varias outras cidades mineiras. A familia agora se distribui por todo o Brasil, quica mundo.
5) Davina Magalhaes. Eh a vovo Davina esposa do vovo Juca Coelho (Ze Coelho/Sa Quinha)

     6) Getulio Magalhaes. Nao se casou mas eh pai da dona Aracy, que se casou com o Zezito (Zeze Lucio/Sa Ritinha). Assim, a lista de nossos primos eh ligeiramente maior do que estavamos acostumados a contar.
7) Maria (Maricas) Magalhaes. A tia Maricas eh a esposa do tio Sinval (Joao Rodrigues/Dindinha Olimpia). Eles formam mais um par de nossos tio-avos porque ela eh irma da vovo Davina e ele eh irmao da Dindinha Zulmira. Assim, os filhos deles sao primos em primeiro grau tanto do papai quanto da mamae. Somos, geneticamente, primos em primeiro grau tambem dos netos deles.
8) Candida de Magalhaes. Tia Candida foi o segundo casamento do Jose (tios Pedro/Antonia Honoria) e nao tiveram filhos. Conta-se que a tia Candida era a tipica “titia”. Daquelas bem intolerantes e intoleraveis. (Nao tenho nada a reclamar dela. So me lembro dela porque um dia ela estava passeando em Virginopolis e passou la em casa e levou-me para passear com ela na casa de nossos primos Pereira do Amaral que moravam perto do Morro do Retiro, saida para Divinolandia.
Andar era o meu esporte favorito). Mas, quando os filhos da Sa Candinha/tio Joaozinho ainda eram solteiros, eles moravam com os pais, numa casa antiga, em frente aa praca principal. (Ate a ultima vez que fui la, morava no lugar o Fino do Dirceu, numa casa nova). Naquele tempo,aas tardizinhas, os jovens terminavam o jantar e iam fazer o “footing” na pracinha, para esperar o horario de dormir, que se dava la pelas oito horas da noite. Sa Candinha tinha o costume de deixar um copo com leite para cada filho servir-se antes de ir dormir. Um dia, o tio Sao chegou com uma fome brava e se serviu de mais de um copo. Vendo aquilo, a tia Candida comecou o falatorio: “Olha o que voce fez! Agora nao vai ter leite para todo mundo” – e tome bla, bla, bla. Tio Sao, que nao era bento, entao, falou: “Voce quer saber duma coisa Candida?!… Eu tomo o meu leite, tomei o do Li, tomo o seu, tomo do Gastao…” – e assim foi, ate se satisfazer. “Eu vou contar para o papai, -insistiu a tia – voce vai ver o que que vai acontecer.” “Oh Candida, – afirmou o tio Sao – se voce contar o papai eu te dou um tiro na bunda!…” Ela se calou mas, na primeira oportunidade, contou tudo para o tio Joaozinho. Mas o bisavo era um diplomata-sem-canudo. E logo aconselhou a filha: “Ta certo Candida, voce ja me deu a noticia mas vamos fingir que voce ficou calada. Ele eh bem capaz de te dar um tiro na bunda mesmo! E se ele der, voce vai mostrar a bunda para o delegado?!…” Tia Candida nao teve escolha senao fechar o “feixeclair” da boca (zipper atualmente).
9) Gastao de Magalhaes. Casou-se com a Julita (tios Benjamim/tia Nhazinha). Comecaram a familia em Virginopolis mas acabaram indo aumentar a densidade demografica de Valadares.

     VII) Julia de Magalhaes Barbalho. Tia Julia nao se casou.

     VIII) Ambrosina (tia Sinha) de Magalhaes Barbalho. Casou-se com o Miguel Nunes Coelho que eh confirmado filho dos tios Francisca Eufrasia/Joaquim Nunes Coelho que fazem parte da lista de primeiros moradores de Virginopolis. Nao tenho informacoes mais precisas do destino da progenie da tia Sinha mas parece que ela ajudou a povoar Coroacy-MG. Tios Sinha e Miguel sao os pais do bispo Dom Manuel Nunes Coelho, o primeiro bispo de Luz. Foi ordenado bispo no inicio da decada de 1920, quando tambem foi padrinho do batismo do papai. Dos filhos, alem do Dom Manuel, somente sei que o Miguel casou-se com a Maria Marcolina (d. Culica), filha da Sa America (Quinsoh/tia Sebastiana Honoria)/Francisco Furtado Leite. 

     Os filhos da tia Sinha foram: 1) Ismael (1o. faleceu); 2) Consuelo (Beben); 3) D. Manoel; 4) Laurentina (Lala); 5) Miguel; 6) Ismael (2o.); 7) Notel/Maria Isabel Rodrigues (faco esses parenteses para lembrar que foram os pais do Monsenhor Omar Nunes Coelho – 08.05.1915-28.01.2009, tambem serviu em Luz; 8) Laet; 9) Maciel; 10) Gamaliel; 11) Jose; 12) Ottaniel; 13) Misael e 14) Maria de Lourdes.   

16. ALGUMAS CONCLUSOES

     Eh por estas e outras que existe o proverbio em Virginopolis:”Se Virginopolis tivesse uma muralha ao redor, seria um manicomio. Se se jogasse uma lona por cima, seria um circo.”

     Observa-se tambem que as familias que veem de outras localidades e se estabelecem no lugar por um espaco de tempo apropriado, logo sao absorvidas pela heranca Coelho. Pode-se lembrar aqui e adaptar-se outro proverbio local que ficaria assim: “Se correr, um Coelho pega; e se ficar, outro Coelho come.” Antigamente, dizia-se que quem nao era Coelho em Virginopolis, era couve. Hoje pode-se dizer que o Coelho esta se satisfazendo com Coelho mesmo e esta buscando couve e cenoura em outras paragens.

     Devemos nos lembrar que a formacao da nossa familia no Brasil, em se analisando apenas o sobrenome Coelho, comeca muito proximo do inicio da colonizacao de Minas Gerais. Eh provavel ate que sejamos descendentes dos primeiros moradores fixos, alem dos indigenas claro, das Minas Gerais. Antes da descoberta das minas de ouro e pedras preciosas, no final dos anos 1.600 e inicio dos 1.700, a populacao de origem portuguesa permanecia nos limites determinados pelo Tratado de Tordesilhas, mais proximos do litoral. A Guerra dos Emboabas, que nao passou de uma briga entre garimpeiros, alias, escaramucas entre portugueses radicados em Sao Paulo contra os “brasileiros” (pessoas de origem portuguesa e mista que haviam nascido no Brasil), se deu entre 1.708 e 1.709.

     A primeira cidade de Minas foi Mariana. Embora o povoamento tenha comecado antes, o decreto de fundacao se da em 1.711, com o nome de Vila Real de Nossa Senhora do Carmo. Seguem-se: Vila Rica do Pilar (Ouro Preto) e Vila Real de Nossa Senhora da Conceicao de Sabara. No mesmo ano, a edicao do livro: “Livro Cultural e Opulencia do Brasil”, do pe. italiano: Andre Joao Antonil, eh jogado na fogueira por revelar o caminho para as minas. Em 1713 eh criada a Vila Nova de Sao Joao Del Rei. Em 1714 eh criada a Vila do Principe (Serro) e Vila Nova da Rainha (Caete). A Vila de Nossa Senhora da Piedade (Pitangui) vem em 1715. E, assim, Comecaram as Minas Gerais.

     Pela forma como a nossa familia se multiplicou, bem podemos imaginar que o mesmo se deu no passado, em Portugal, apenas eh preciso lembrarmo-nos tambem da forma inversa, ou seja, temos os nomes de umas poucas pessoas no passado resultando nas milhares de pessoas atuais. Assim podemos reconhecer que uma populacao minima formou o povo portugues e quando nossos avos aportaram no Brasil, ja eram milhoes de pessoas de uma mesma familia.

     Devemos agradecer aos outros povos que invadiram a Peninsula Iberica porque, mesmo que pequena, a contribuicao genetica deles deve ter tornado a nossa composicao mais plural, o que eh importante para a saude genetica de todos. A propria Reconquista deve ter nos ajudado porque a retomada dos territorios obrigou a familia a dispersar-se, espalhando-se por todo o territorio ibero e previnindo uma consanguinidade maior.

     Outro fator que contribuiu para a nossa diversidade foi o fato de termos ancestrais oriundos da nobreza. Embora as familias nobres sejam basicamente consanguineas, elas receberam contributos geneticos de diversos povos que eram menos consanguineos aas linhagens portuguesas.

     A colonizacao das Americas foi outro fator que nos favoreceu. Isto fez com que recebessemos contribuicoes geneticas dos nativos, e posteriormente dos africanos. Acredito que esta mistura eh que tenha preparado os nossos ancestrais para enfrentarem os cem anos de quase solidao genetica que a familia passou em Virginopolis e Guanhaes, desde os primeiros moradores (por volta de 1.850) ate o nascimento de nossa geracao (que passa dos 1.950).

     No principio, Virginopolis deve ter parecido um paraiso aos nossos ancestrais que a desbravaram. Eram terras amplas para tao pouca gente do comeco. Entao, passaram-se quatro geracoes sem que fosse percebida a armadilha genetica em que ficariamos presos, se novas terras nao estivessem por ser conquistadas. A evasao da populacao virginopolitana, sobretudo dos anos de 1.940 ate 1.980, ofereceu-nos a oportunidade de casarmo-nos fora da familia com mais frequencia.

     Agora, na era dos transportes aereos, estamo-nos espalhando por todos os continentes e, com a tecnologia das comunicacoes, nao estamos perdendo de todo o contato com a parentalha. O dispersar da familia causa, pelo menos, dois sentimentos: o pesar por nao poder nos vermos com a mesma frequencia e o alivio em saber que nossos filhos e netos terao mais chances de nascerem menos consanguineos.

     Mas devemos ter o cuidado de nao imaginarmos que, o simples fato de os casamentos se darem com pessoas de cidades diferentes, evitara os casamentos consanguineos. Como vimos, tem muito pouco tempo que Minas Gerais foi colonizada. No inicio, recebeu-se gentes de varias nacoes, principalmente Portugal que contribuiu com pessoas de diferentes localidades de la. Porem, essa primeira leva de habitantes se multiplicou e se espalhou, num sentido radial em torno da antiga Estrada Real, que ligava as primeiras cidades aa capital Rio de Janeiro e Sao Paulo.

     Foi essa radiacao que levou aa fundacao de novas vilas que sao as cidades atuais. Nos podemos mostrar isso atraves do exemplo da formacao de nossa familia. Nossos ancestrais mineiros mais antigos, dos quais conhecemos os nomes e origens, vem de Mariana, Congonhas, Itabira, Morro do Pilar, Conceicao do Mato Dentro, Serro, Sabinopolis, Dom Joaquim, Guanhaes ate Virginopolis. A sequencia dessas cidades parece ate o ajuntamento de aguas, formando um rio que corre para o mar. E de Virginopolis segue a formacao de ramos da familia, que tambem irradiam, mas tem como destino principal: Divinolandia, Gonzaga, Santa Efigenia, Sardoa, Governador Valadares e vai ate a Vitoria no Espirito Santo.

     Nos sabemos os nomes de alguns de nossos ancestrais que estavam entre as primeiras levas de migrantes que povoaram as Minas Gerais mas nao sabemos responder a simples questao de, para onde foram os irmaos deles? Eh possivel que tenham agrupado com outros pioneiros e fundado outras cidades, e la se multiplicaram da mesma forma que os nossos ancestrais, ou seja, dentro da nova familia deles. Apenas preferiram usar outros sobrenomes mas, no fundo, sao tao nossos parentes quanto os primos que conhecemos.

     O casamento entre parentes proximos pode ser ate um conforto maior para os que estao se casando. Nao me oponho a isso. A verdade eh que, aa luz dos conhecimentos geneticos atuais, precisamos tambem considerar o futuro da saude da nossa descendencia. Quando pudermos evitar sera melhor. O nosso desafio eh reconhecer as distancias que a vida moderna nos impoe para conservarmos as amizades. Estas sao razoes pelas quais a conservacao da nossa Arvore Genealogica eh muito mais que um simples prazer para nos, os doidos, porque eh uma inestimavel fonte de informacoes que nao cabe nas memorias humanas.

     Gostaria de incluir dois pensamentos, que me ocorrem, nesse capitulo que, talvez, nao facam parte dos objetivos dos presentes escritos. Mas eh fato que, quando eu era nao mais que uma crianca mijona, possivelmente ate aa adolescencia e com as dificuldades proprias de adaptacao da idade, frequentemente, tinha a impressao de que nao estivesse no tempo em que deveria, ou seja, pensava que deveria ter nascido muitos anos antes da data do meu aniversario. Outra impressao foi vivida nao apenas por mim, mas por muitos outros que a compartilham comigo aqui nos Estados Unidos. De vez em quando, passamos em frente a alguma residencia, totalmente desconhecida, e temos a impressao de conhecer o lugar ha muito tempo.

     Bom, se consultarmos aqueles que acreditam em reincarnacao, eh possivel que concluam que isso seja prova de que sejamos reincarnacoes de outras vidas. Mas eu nao apostaria todas as minhas fichas nessa resposta, mesmo nao descartando totalmente a possibilidade de as reincarnacoes realmente existirem.

     Pode-se explicar melhor isso citando o exemplo do documentario “Fantastic Journey” (Viagem Fantastica). Ali se narra a migracao das borboletas que voam do Canada ao Mexico, para cumprir-se um ritual de reproducao milenar. O que ha de espetacular nisso eh que as borboletas retornam em tres etapas. Elas se reproduzem no sul e no norte dos Estados Unidos e depois no Canada, so entao, na quarta geracao, vao repetir o ritual migratorio. Bom, a gente eh acostumado a pensar  que isto se de em funcao do instinto animal. Mas a coisa eh mais complexa que o simples ir e vir que o instinto animal governaria.

Me parece que a explicacao possa envolver um certo tipo de programacao onde os ancestrais passem algo mais que os gens aos descendentes. Talvez eles passem tambem uma parte dos conhecimentos adquiridos. No caso das borboletas, as informacoes seriam passadas de geracao em geracao atraves de algum centro de memoria, no pequenino cerebro do animal. Eh como se houvesse um circuito que ligasse as instrucoes de retorno a cada quatro geracoes.

     Se isso for possivel, eh provavel que nos humanos tenhamos um centro semelhante. Nos nao o usamos regularmente por causa da complexidade cultural a que estamos inseridos e ja ficamos totalmente adaptados a fixar residencia, portanto, nao precisamos recorrer mais aas migracoes estacionais. Todavia, analisando o passado de nossa familia, observamos que nos alternamos geracoes que fixam residencia com geracoes que migram.

     Contudo, a impressao que eu tinha de estar vivendo em uma epoca errada e a de reconhecer locais onde nunca tenha passado antes, talvez, sejam as provas de que este centro de memoria seja ainda formado em nosso cerebro. Assim, as impressoes que vivemos nao seriam de vidas passadas, vividas por nos mesmos, e sim por nossos ancestrais. Eh possivel que existam locais onde alguns de nossos ancestrais tenham vivido emocoes mais intensas e seja por isso que o nosso centro primitivo de memoria seja ativado quando passamos por tais locais.

     Isto seria compativel com o fato de sermos descendentes de milhares de pessoas advindas de todo o planeta. Agora que sabemos que somos tambem descendentes do nativo americano, possivelmente das tres Americas, acredito ser possivel que alguns de nossos ancestrais tenham vivido nesta area dos Estados Unidos. E seria deles a impressao que captamos, nao que tenhamos, necessariamente, reincarnado.

     Quanto aos nossos aparentados nas adjacencias de Virginopolis, nem precisamos citar as cidades como Sabinopolis, Sao Joao Evangelista, Pecanha, Serro e Diamantina. Sabemos que temos grau de parentesco com essas populacoes mas eh dificil determina-lo porque nao tenho em maos, pelo menos, um livro semelhante ao que temos de nossos familiares mais proximos.

     O que sabemos eh que alguns de nossos ancestrais vieram de algumas dessas cidades e que outros descendentes deles se mudaram para elas. Nos sabemos que somos descendentes de uma das netas do Antonio Borges Monteiro Jr, que fixou residencia em Sabinopolis, mas a descendencia dele eh enorme. Coisa semelhante se pode dizer da descendencia do avo Eusebio Nunes Coelho. Conhecemos parte da familia dele que esta entremeada aa nossa, mas nao conhecemos nem a metade dela. O mesmo se dira de varios outros.

     Guanhaes eh outro capitulo aa parte. Sabemos que o distrito de Sapucaia de Guanhaes por exemplo tornou-se o destino de varios ramos de nossa familia, particularmente, os Nunes Leite, Rodrigues Coelho e Coelho da Silva. Mas muitos dos descendentes voltaram para Virginopolis e, depois, reimigraram para o mundo . Uma pequena porcao ainda permanece. De Guanhaes propriamente dita sairam os primeiros moradores de Virginopolis mas o retorno foi minimo, em relacao ao muito que seguiu depois para Governador Valadares, Belo Horizonte, Brasilia e levas menores para muitos outros lugares.

     Cidades menores, que ja foram distritos de Virginopolis, ou seja, Divinolandia, Gonzaga, Santa Efigenia e, possivelmente, Sardoa, tem uma boa proporcao de Coelho e assemelhados. Embora, ha que se ressalvar que o sobrenome nem sempre aparece. Isto podemos atribuir aos filhos da tia Emygdia Honoria Coelho que se casou com o seo Amaro de Souza Silva, que preferiram nao perpetuar o nome materno, o que era normal na sociedade machista em que viveram. Fato parecido se deu com a familia do tio-bisavo Jose Coelho Sobrinho (seo Juca) que se casou com a Maria Marcolina (Culina do tio Ernesto) do Amaral. Eles tiveram 13 criancas mas apenas quatro delas eram do sexo masculino, portanto, a transmissao do sobrenome ficou comprometida.

     Os dois casais: tios Emygdia/Amaro e Seo Juca/Culina, moraram em propriedades localizadas entre Divinolandia e Gonzaga, mais proximas dessa ultima. As datas de nascimentos da tia Emygdia e do seo Juca sao em torno de 1.857 e em 1.884, respectivamente. Portanto, pela quantidade de filhos que tiveram e pela de netos que os filhos lhes deram, facil-facil, se nao houvessem unioes matrimoniais entre primos, eles ja poderiam ser ancestrais de toda a populacao das duas cidades.

     Em Divinolandia pode-se destacar o nosso provavel parentesco com os descendentes da tia Lucinda de Magalhaes Barbalho que se casou com o Manoel Geraldo Fernandes Madeira. Tambem Carlota Pacheco de Magalhaes, nasceu em 1.878, filha da tia Quiteria de Magalhaes Barbalho/Joaquim Pacheco Moreira, que se casou com o Jeronymo Jose de Figueiredo. A palavra provavel acima, nao se refere a alguma duvida quanto ao nosso parentesco mas sim quanto aa falta de comprovante que estes membros da nossa familia tenham mesmo ido morar la ou em outro lugar. Questao ja resolvida. Eles sao ancestrais de parte dos Figueiredo de Divinolandia e outros lugares.

     Existem as certezas quanto aa presenca da familia naquela cidade. Este eh o caso do seo Eloi Perpetuo que se casou com a nossa tia-trisavo, identificada apenas pelo apelido de: Biquita. Ela eh irma da trisavo Quiteria Rosa (Titi), esposa do J. B. C. Jr.

     Outro exemplo eh o sr. Heitor de Aquino que se casou com a Sebastiana Coelho do Amaral, filha do casal: seo Juca/Culina. Eh sabido tambem que a familia do Cesario (tios Emygdia/Amaro), em parte, radicou-se la. Outros contributos partem do lado Barbalho e Nunes Coelho. Este eh o caso de descendentes da Gininha/seo Gabi do Gilberto. Tambem dos tios Pedro/Antonia Honoria. Nao se pode esquecer a parentalha no corrego dos Honorios, descendentes dos avos Joaquim/Joaquina, pais da Dindinha Ercila. Como nasceram antes ou proximo ao ano de 1.900, podemos esperar que Divinolandia seja mesmo um antro da progenie desses personagens.

     Em Gonzaga, a familia eh o Souza, literalmente.

     Em Santa Efigenia, ja identifiquei nomes de matripatriarcas por la, como o da d. Zilda, viuva do sr. Paulo Almeida. Ela eh filha da Maria de Lourdes/seo Yeyeh. Temos o Ze Miguel com a viuva: d. Teresa. Tambem o seo Joao Perpetuo. Todos descendentes dos tios Emygdia/Amaro. Sei que o seo Joao Perpetuo eh nosso parente, apenas ainda nao identifiquei o nosso vinculo. Estes relacionamentos parentais ja identificados por mim em outro texto: Arvore Genealogica da Familia Coelho no sitio: www.geneaminas.com.br, presente neste blog.

     Quanto a Sardoa, tenho apenas a mencao de mais um Juca Coelho.

     A colonizacao da area da Figueira, hoje Governador Valadares, comecou ainda quando a migracao seguia o curso natural da demanda por terras virgens. Para la se dirigiram levas de migrantes de toda a regiao, particularmente de Virginopolis, Guanhaes e Pecanha. A implantacao da Estrada de Ferro Vitoria Minas possibilitou a expansao da cidade. Mas o grande impulso se deu com a construcao asfaltica, durante a Segunda Guerra Mundial, da rodovia Rio-Bahia.

     Ela foi construida pelos americanos que estavam em grande demanda por materias primas, como a mica e a madeira, em consequencia da guerra. Com o asfaltamento da estrada ate Belo Horizonte, ficou momentaneamente consolidada a lideranca de Governador Valadares na regiao. O grande impulso do desenvolvimento de Valadares nas decadas de 1940 ate 1970 sustentou o assentamento de boa parte dos familiares que emigraram de Virginopolis.

     Com o estancamento do crescimento de Governador Valadares, apos os anos 70, as opcoes que se abriram foram: Brasilia (fundada em 1.960) e Ipatinga que recebeu pesados investimentos para o polo industrial aciario. Hoje-em-dia, o centro economico da regiao deslocou-se para la. Mas o fluxo migratorio da familia agora se divide entre estes tradicionais e a opcao de ir-se para o exterior.

     Atualmente, temos varias colonias virginopolitanas nos Estados Unidos, Portugal, Franca, Italia, Australia e Canada. A cidade de Framingham destaca-se entre as dos Estados Unidos. Nesta e no entorno dela ja pude identificar o nascimento de, pelo menos, cem membros da familia Coelho. Mas as espectativas eh que este numero seja bem maior pelo fato de nao conhecer todo mundo. Aqui se encontram representantes de cada ramo, e nascimentos que representam, simultaneamente, varios ramos de nossa familia.

17. A MATEMATICA GENEALOGICA

     Eu abriria esse tema com a pergunta simples: Com qual palavra nos definimos o grau de parentesco que temos com os filhos de nossos tios?!… A resposta eh obvia: primos…, porem, nao eh num todo correta. Estes sao os casos das tias Maria Rosa (Mariquinhas) e Maria Coelho de Oliveira, as esposas do ti Chico. Os filhos do tio delas, elas os chamavam de filhos. Creio que a nossa geracao conheceu a tia Maria Oliveira, sem imaginar qual o grau de parentesco que tinhamos com ela. Penso ser ela que vivia naquela casa antiga, geminada com a casa antiga do tio Antonio (filho do tio Chico), juntamente com a Lucinda, filha do ti Chico com ela. A tia Maria eh filha da tia Virginia Honoria irma do Ze Coelho e dos outros dez filhos dos avos J. B. C./Maria Honoria Nunes Coelho. A Maria a que conhecemos era filha do Ti Chico e nao a segunda esposa.

     Mas a matematica genealogica nao eh dificil, e prova que a gente usa apenas a tradicao para estabelecermos o nosso grau de parentesco com as pessoas e nao a verdade. Basicamente, nos usamos as palavras pai, mae, avo, avo, bisavos, trisavos (tataravos), tetravos, pentavos; tios, tio-avos e primos, atribuindo graus diferentes se sao filhos de nossos tios, tios-avos, primos, tios-bisavos, etc. Contudo, quando a gente quantifica o nosso grau de parentesco, observa- se que nossos parentes, muitas vezes, mudam de categoria, aproximando, de acordo com a consanguinidade.

     Vamos entao aa matematica. Quando um pai e uma mae dos mesmos filhos nao possuem grau de parentesco entre eles proprios, dizemos que os filhos tem uma consanguinidade entre si e com eles de 50%. Isto eh logico. Em teoria, metade de nossos gens vem de nossos pais e a outra de nossas maes.

     O grau de consanguinidade entre irmaos eh considerado tambem de 50%. Isto eh uma media. Os irmaos podem variar de zero a 100% de consanguinidade. Os gemeos identicos tem material genetico identico, portanto, possuem 100% de consanguinidade. Quando os espermatozoides e os ovulos estao sendo formados, metade dos gens de uma celula reprodutiva forma um ovulo e a outra metade forma outro ovulo. O mesmo acontece na formacao dos espermatozoides. Assim, se coincidisse de um destes ovulos ser fecundado por um daqueles espermatozoides e o par oposto tambem se encontrar formando outro ovo, e deles nascerem duas criancas, entao, as criancas seriam irmas completas, filhas de mesmo pai e da mesma mae, seriam uma menina e um menino, com zero% de consanguinidade. Esta eh uma probabilidade quase impossivel de ocorrer ja que o homem lanca bilhoes de espermatozoides no ato sexual. Alem disso, durante a producao dos dois gametas (ovulo ou espermatozoide) acontece uma fase denominada de crossing-over.

     No crossing-over, os pares correspondentes de cromossomas estao paralelos uns com os outros e fazem trocas de partes de seus segmentos.Seria como se uma pessoa trocasse um dedo midinho, um olho, uma orelha, um figado e um rim com o irmao. No final, cada pessoa ficaria completa, contudo, ficariam um pouco diferentes do que eram antes. Este eh um recurso natural com que Deus nos Proveu justamente para aumentar a diversidade genetica das populacoes, com isso favorecendo a possibilidade de sobrevivencia das especies, pois, mesmo entre irmaos, exceto os univitelinos, nao nascem dois iguais. De qualquer forma, convencionou-se que o grau de consanguinidade entre irmaos seja de 50%.

     Quando dois irmaos se casam com duas pessoas diferentes, nao aparentadas, entao, os filhos de um casal sao primos dos filhos do outro casal, e estes sao primos em primeiro grau. Neste caso, o grau de consanguinidade entre estes primos eh de 25%. O mesmo grau que se tem com os avos, quando nao ha casamentos entre parentes. Isto eh logico porque o esperado eh que nos tenhamos quatro avos, portanto, esperamos receber 25% de contribuicao genetica de cada um.

     De um modo geral, a cada geracao que se passa, a consanguinidade deveria ser reduzida aa metade. Assim, esperariamos ter apenas 12,5% de consanguinidade com nossos bisavos; 6,25% com nossos trisavos; 3,125% com nossos tetravos, etc.

     Tambem eh esperado que tenhamos 25% de consanguinidade com nossos tios; 12,5% com nossos tios-avos; 6,25% com nossos tios-bisavos e a metade disso com os tios-trisavos. O mesmo se da com primos. Os de primeiro grau deveriam ter 25% de consanguinidade; os de segundo 12,5% e os de terceiro 6,25%, etc.

     Neste caso, a consanguinidade que temos com nossos avos, com nossos primos de primeiro grau e nossos tios eh a mesma, ou seja, 25%. Deixo o resto do raciocinio para que os leitores o desenvolvam.

     Mas toda essa teoria cai por terra quando ja ha algum grau de parentesco entre os nossos progenitores ou para os nossos descendentes. Esta eh a situacao dos de la da casa de meus pais, tios, primos etc. No caso particular la de casa, nos temos pai e mae, avos e bisavos como o esperado. Contudo, quando chega a vez dos trisavos e tetravos, o numero esperado comeca a reduzir-se drasticamente.

     Observem o caso da avo Eugenia Maria das Cruz (Coelho) e o avo Francisco Marcal de Magalhaes Barbalho. Eles sao nossos trisavos em dose dupla porque sao os pais dos bisavos: Sa Candinha e Marcal. Nos deveriamos ter um grau de consanguinidade com estes trisavos igual a 6,25% mas temos, pelo menos, 12,5%, o mesmo grau esperado para bisavos, portanto, eles sao, geneticamente, no minimo, nossos bisavos.

     A situacao eh identica em relacao aos trisavos Antonio Rodrigues Coelho e Maria Marcolina do Amaral. Somos bisnetos de dois dos filhos deles, ou seja, da Maria Marcolina (Sa Quinha) e do Joao Rodrigues Coelho. Entao, herdamos deles tambem, no minimo, 12,5% de consanguinidade.

     Os fatos em relacao aos tri e tetravos Joao Baptista Coelho e Maria Honoria Nunes Coelho sao ligeiramente mais complicados. Eles sao nossos trisavos na linhagem do bisavo Jose (Ze Coelho) e tetravos na do Joao Baptista Coelho Jr. Entao, supoe-se que eles nos passaram uma consanguinidade de 6,25% mais 3, 125%, o que soma 9,375%. Somente aparentemente nos nao teriamos com eles uma consanguinidade igual ou superior aa de bisavos, ou seja, 12,5%.

     Como o J. B. C., a Eugenia Maria da Cruz (Coelho) e o Antonio Rodrigues Coelho sao irmaos, eles tornam-se consanguineos conosco por tambem serem nosso tios-trisavos e tios-tetravos. No caso do J.B.C., ele eh quatro vezes nosso tio-trisavo. Assim, espera-se que parte da genetica transmitida para nos pela Eugenia e pelo Antonio seja identica aa genetica do J. B. C., mesmo que ele proprio nao nos tenha transmitido isso. Esta heranca, somada aos 9,375% que as Ciencias Geneticas afimam que eles nos passariam, deve coloca-lo na condicao proxima aa consanguinidade de um avo. No caso, a Maria Honoria eh menos consanguinea conosco porque ela eh somente tri e tetravo uma vez cada.

     E o que dizer, entao, do Cap. Jose Coelho de Magalhaes e da Luiza Maria do Espirito Santo que sao, simultaneamente, cinco vezes nossos tetravos e uma vez pentavos!?… Neste caso, nos temos cinco vezes 3,125%, o que somam 16,125%. Ai se somam mais 1.57% referente ao penta avolato formando os 17,295% de consanguinidade. Entao, eles estao entre serem, geneticamete falando, nossos bisavos e avos e nao tetra e pentavos como a tradicao manda reconhecer.

     Da mesma forma, podemos calcular o grau de consanguinidade entre os filhos de: Dindinha Olimpia/Joao Rodrigues; Tios Simao/Carmelita; e tios Nhazinha/Benjamim. Eles sao considerados primo-irmaos pela tradicao, ou seja, filhos de tres irmaos casados com outros tres irmaos. Por serem primos em primeiro grau, o esperado eh que tivessem 25% de consanguinidade mas, por serem duplo primos em primeiro grau, a consanguinidade dobra. Entao, entre eles proprios ha a consanguinidade semelhante a de irmaos.

     Considerando que o Antonio Rodrigues Coelho eh pai do bisavo Joao Rodrigues e dos tios-bisavos Carmelita e Benjamim e, simultaneamente, irmao do Joao Baptista Coelho, o avo da Dindinha Olimpia, tia Nhazinha e tio Simao, entao, os filhos dos tres casais teriam consanguinidade superior a de irmaos. Eh por isso que brinquei antes, dizendo que a tia Odila tinha se casado com o tio dela e nem
sabia. Na verdade, ela, que eh filha do vovo Cista, que eh neto da Eugenia Maria da Cruz, irma do J. B. C. e do Antonio R. Coelho, com a Dindinha Zulmira (Olimpia/Joao R.) passou proxima a ter se casado com alguem de consanguinidade semelhante a de irmaos, Ja que o tio Eurico eh um dos primo-irmaos por ser filhos do casal Carmelita/Simao.

     Observo aqui que os meus calculos podem nao estar perfeitamente corretos porque existe um diferencial que nao considerei como parte da heranca genetica vinculada aos mesmos pares de cromossomos. A minha intencao eh a de mostrar uma versao simplificada das Ciencias Geneticas de forma a que todos possam compreender os principios dela.

     Um exemplo disso eh o cormossoma X. Ele eh passado da mae para os filhos. A mae sempre passa um X porque ela possui dois. Ja os pais passam o X ou o Y. Assim, um dos X que a tia Odila possui, passado atraves do vovo Cista, vem da mae dele, a Dindinha Ercila . O outro tem tres origens possiveis. A primeira eh o X que a Maria Honoria passou para o J. B. C. Jr. A segunda eh o que a Titi passou para a Dindinha Olimpia. E a terceira eh o que a Dindinha Zulmira recebeu do bisavo Joao Rodrigues que, em primeira mao, havia sido passado a ele pela mae dele, a Maria Marcolina do Amaral.

     Em resumo, o concreto eh que os dois cromossomos X que a Dindinha Zulmira poderia passar, nao vem da linhagem Coelho de Magalhaes, nem eh possivel ter vindo da avo Luiza Maria do Espirito Santo, mesmo ela tendo passado os dela aos tres filhos: Eugenia, Joao e Antonio. Por outro lado, sao poucas as variedades possiveis na especie humana, tanto para o cromossoma X quanto para o Y. Mesmo que venham de familias diferentes, eles podem ser iguais.

     Ha outro diferencial tambem no conjunto dos outros cromossomas. Como parte da heranca passada aos irmaos pelos pais pode ser identica, ou seja, no mesmo cromossoma e mesmo espaco neste cromossoma, ha a possibilidade dessa heranca ser repetida nos tres irmaos e ser possivel de ser repassada apenas uma vez a cada descendente. Neste caso, a simples soma das porcentagens da herdabilidade nao corresponderia aa verdade. Mas estes sao detalhes a cargo da engenharia genetica. Nao influi muito no entendimento geral da materia. Isso so seria missivel atraves da identificacao de um por um dos milhoes de gens que possuimos.

     Outro fator que influi muito na manifestacao dos fatores geneticos eh o estilo de vida que as pessoas levam. Ja se fez pesquisas onde ficou comprovado que as pessoas podem ter mesmas predisposicoes geneticas que outras de sofrerem algum problema de saude. Estas prediposicoes sao mais frequentes em pessoas mais consanguineas, no entanto, as manifestacoes podem ser mais ou menos precoce ficando ligadas ao estilo de vida que as pessoas praticam. Assim, pessoas que cultivam habitos saudaveis apresentam menor quadro de manifestacao de herancas ruins mas que pessoas que nao cultivam bons habitos, embora as predisposicoes geneticas delas possam ser as mesmas.

     Nos, que estudamos na area agropecuaria, sabemos que os hibridos sao mais resistentes que os racas-puras. A gente sabe que o cruzamento entre animais de racas ou linhagens geneticas diferentes produzem filhos mais saudaveis. Isto eh ate quantificado atraves das observacoes de campo e pesquisas. Quando a gente faz o cruzamento dos bovinos de origem indiana com os bovinos de origem europeia, a intencao eh a de produzir animais com aptidao mista de carne e leite. Porem, o que se observa eh que as aptidoes se manifestam 10% acima do que, em teoria, deveriamos obter. Esta performance melhor eh conhecida como vigor hibrido.

     Isto pode se dar porque algumas deficiencias de funcionamento do organismo so se manifestam quando alguns fatores geneticos ocorrem, simultaneamente, nos pares de cromossomos. Numas racas ou linhagens, esses fatores predisponentes ja estao agrupados e ocorrem com frequencia. Racas e linhagens diferentes tem fragilidades tambem diferentes. O cruzamento entre elas impede a manifestacao das fragilidades e resultam na melhor producao.

     Em seres humanos nao ha a preocupacao com a producao dos produtos esperados dos bovinos mas pode-se esperar um efeito benefico em relacao aa saude dos filhos, quando os casamentos se dao entre pessoas de origens diferentes umas das outras. Assim, eu nao me fixo aa ideia, mas creio que seja util todos saberem disso.

     Outra observacao que pode ser feita eh quanto aos comentarios em relacao aa progenie se parecer com os ancestrais, sobretudo os mais consanguineos. Quando vi a foto que a Roxane nos mandou, em que o vovo Cista estava com 13 anos de idade, percebi logo a semelhanca dele conosco, os netos. Isto faz-me recordar uma pintura que vi ha mais tempo, com a figura do Agostinho Bezerra Barbalho, filho do Luis Bezerra Barbalho. Estes dois sao herois do combate aa invasao holandesa no Nordeste do Brasil.

     O luis chegou a governar a Bahia e lutou na restauracao da monarquia portuguesa contra a Espanha (1640). O Agostinho chegou a governar o Rio de Janeiro e tambem teve o cargo regio que hoje corresponderia ao ministerio das minas, representando a coroa no Brasil. Este faleceu em consequencia de febre, contraida numa expedicao exploratoria do Rio Doce, ainda no Estado do Espirito Santo. Pelos servicos prestados aa coroa portuguesa, o Agostinho ganhou a Ilha de Santa Catarina, hoje, eh a capital Florianopolis. (Uma informacao extra eh a de que o sobrenome Bezerra seja oriundo de uma familia nobre da Galicia e norte de Portugal).

     Mas o assunto que trouxe os nomes aa tona eh a aparencia fisica que o Agostinho tem em comum conosco. Nao sabemos se eles sao ou nao nossos ancestrais. Nao sabemos quem sao os pais do Pe Policarpo Barbalho que foi quem levou o sobrenome aa nossa familia. O Pe. Policarpo deve ter nascido em torno de 1.800. Ja o Luis eh de 1.590 e o Agostinho de 1.619 mais ou menos. Portanto, existem uns 130 anos ou mais de linhagem separando o Agostinho do Pe Policarpo, a ser desvendada para chegarmos, pelo menos, aos ultimos anos de vida do Agostinho. Mas, se formos descendentes deles, as aparencias nao enganam.

18. INFORMACOES ADICIONAIS

     A) NOSSO PARENTESCO COM ANTONIO BORGES MONTEIRO

     Eu havia preparado um texto ligeiramente diferente para este subtitulo mas, antes que o passasse a limpo, surgiram informacoes novas. Tudo gracas aa agradavel coincidencia de ter encontrado mais um investigador das historias de nossos ancestrais. Ele se chama Felix Tolentino e eh nosso parente por ser tambem descendente do Antonio Borges Monteiro. Ainda nao o conheco pessoalmente. Mas informou-me que esta filmando um roteiro em torno da vida desse nosso ancestral comum. Mais que isso partilhou comigo preciosas informacoes em torno da vida do Antonio Borges Monteiro.

     Para quem nao sabe ainda, Antonio Borges Monteiro eh natural de Portugal. Nasceu no distrito de Pinhancos (Pinho Grande), no municipio de Seia, no estado da Guarda, em 06.11.1751. Ele eh filho de Caettano Borges e Joana Monteiro e neto materno de: Estevao Rodrigues e Maria Monteiro e paterno de: Manoel Borges e Izabel Rodrigues.

     O avo Antonio Borges Monteiro foi para o Brasil e se casou na Vila do Principe (Serro) com a Maria de Souza Fiuza, em 15.11.1775. Em 03.05.1777 veio ao mundo o Antonio Borges Monteiro Jr. Este casou-se tambem, com a Maria Magdalena de Santana na mesma Vila do Principe, em 17.11.1805. Deste casamento nasceram oito filhos: Antonio Borges Monteiro Jr, Maria Balbina de Santana, Senhorinha Rosa de Jesus, Leonel Tolentino Monteiro, Jose Polidoro Monteiro, Blandina Flora do Patrocinio, Manoel Borges Monteiro e Maria Francelina Borges Monteiro.

     O Antonio Borges Monteiro Jr, ja criando a familia, mudou-se para o arraial de Sao Sebastiao dos Correntes (Sabinopolis) em 1.819. Ai nos encontramos o fio-da-meada do nosso vinculo com nossos ancestrais. A Maria Francelina Borges Monteiro casou-se com o Daniel Pereira do Amaral e foram os pais da Maria Marcolina do Amaral em 25.04.1843. Ela se casou com o trisavo Antonio Rodrigues Coelho e sao ancestrais dos la da casa dos meus pais por dois caminhos, como ja venho comentando.

     Apenas para enriquecimento de informacoes, a nossa tia: Senhorinha Rosa de Jesus casou-se com Jose Carvalho da Fonseca e foram pais da Maria Augusta Cesarina de Carvalho, que se casou com o Cap. Francisco Nunes Coelho, filho dos avos Eusebio Nunes Coelho e Anna Pinto de Jesus. O Cap. Francisco e Maria Augusta sao os pais do Dr. Francisco Nunes Coelho (filho) que foi deputado, senador e proeminente cidadao do Serro, casou-se com Inah de Carvalho e foram os pais do ex-deputado Dr. Rafael Caio Nunes Coelho.

     Do primeiro casamento, o ancestral Antonio Borges Monteiro teve ainda: Doroteia e Joao Barbosa Monteiro. Teve um segundo Casamento com Margarida Maria do Rosario e foi pai de: Maria, Manoel, Margarida, Jose, Ana, Umbelino, Francisco e Isidro.

     Dos filhos, o Isidro mudou-se para o Rio de Janeiro e eh ancestral de Eduardo Pellew Wilson, 2o. conde de Wilson (nao tenho a menor ideia do que o titulo signifique). Este nasceu em 05.10.1964 e casou-se com Maria Augusta de Araujo Jobim.

     A ascendencia nos avos Antonio Jr/Maria Magdalena e Daniel Pereira do Amaral nos credencia como descendentes simultaneamente dos fundadores de Sabinopolis, Guanhaes e Virginopolis.

     Em minhas pesquisas a respeito do avo Antonio Borges Monteiro, acabei encontrando outra parte da familia. Tudo comecou quando encontrei a biografia do Dr. Candido Borges Monteiro na Internet. O Dr Candido foi o medico de familia da familia imperial brasileira, sendo medico particular dos Pedro (I e II), da imperatriz d. Leopoldina. Foi ele quem assistiu ao parto em que foi dada aa luz a princesa Isabel, em 29 de julho de 1846. Se ela nao foi espertinha e chorou de imediato, deve ter sido o primeiro a tamborilar na bundinha branca da prima. Ele assistiu aos partos dela depois.

     O Dr. Candido exerceu muitas funcoes como profissional medico e a servico do Imperio. Foi o primeiro a usar instrumentos modernos (para a epoca) em cirurgias. Foi deputado, senador e presidente nomeado da provincia de Sao Paulo. Pelos servicos prestados, recebeu os titulos de 1o. barao e 1o. visconde de Itauna. Apesar da expressao dos servicos prestados, ha o relato de que continuou honesto por toda a vida.

     Por meio do casamento, a irma do dr. Candido: Ilydia Maria Candida Borges Monteiro tornou-se a primeira baronesa da Lagoa, que acredito ser a Rodrigo de Freitas.

     O fato eh que o dr. Candido, a Ilydia Maria e outros sao filhos de jose Borges Monteiro com a brasileira: Gertrudes Maria da Conceicao. Jose era capitao de milicias e deve ter aportado no Brasil junto com a familia real portuguesa que fugia das investidas de Napoleao Bonaparte. Ele se casou em 1.809. Era filho de Manoel Borges Monteiro e Maria Vaz. Na certidao de nascimento do barao de Itauna (dr. Candido) foi encontrado que, o Manoel havia nascido em Sao Martinho da Guarda.

     Encontrei, via Google Earth, um distrito com o nome de Sao Martinho, perto de Pinhancos, na mesma cidade de Seia, onde o nosso avo Antonio nasceu. Como os nomes dos pais de ambos sao Caettano Borges e Joana Monteiro, vejo que todos somos de uma mesma familia.

     Ha, porem, uma diferenca nos documentos analisados. Nos documentos do avo Antonio indica Seia como bispado de Coimbra. Nos outros documentos esta escrito que o bispado eh do Porto. Ai eh uma estrutura da Igreja Catolica que nao sei se mudaria por alguma razao. Contudo, verifiquei a Historia de Portugal e recordei que o terrivel terremoto de Lisboa se deu em 1.755. Eh possivel que este fato possa tambem ter mexido temporariamente com a estrutura da Igreja.O avo Antonio nasceu quatro anos antes do ano do terremoto, pode ser que o Manoel tenha nascido logo depois. Nao temos a data do nascimento dele.

          B) O NOSSO LADO NUNES COELHO

     Segundo os dados que tenho em maos, o nosso antepassado penta e hexavo Eusebio Nunes Coelho eh natural de Sao Domingos do Peixe, ou seja, a atual Dom Joaquim. Casou-se com Ana Pinto de Jesus, natural de Sao Domingos. Naquele local teriam tido os filhos, na Fazenda Folheta, propriedade da familia. Depois transferiram-se para a Fazenda do Grama, a quatro quilometros do Arraial de Sao Miguel e Almas (Guanhaes).

     Somente temos registros de cinco filhos, dos quais, nao ha mencao a descendencia do Bento e do Antonio. O Cap. Francisco casou-se com a Maria Augusta Cesarina de Carvalho, neta do avo Antonio Borges Monteiro Jr, como ja comentei. O tenente Joaquim Nunes Coelho casou-se com a tia-trisavo Francisca Eufrasia de Assis (Coelho) e fazem parte do nucleo de primeiros moradores de Virginopolis.

     Tudo indica que eles sejam os pais do Jose Coelho Nunes, que se casou com a tia Emidia de Magalhaes Barbalho e do Joao Nunes Coelho, que se casou com a tia Petronilha (tia Pitu) de Magalhaes Barbalho. Definitivo e certo eh que sao pais do Miguel Nunes Coelho, que se casou com a tia Ambrosina (tia Sinha) de Magalhaes Barbalho, confirmando-se ai mais uma trinca de casamentos entre irmaos. Afinal, as maes dessa turma: tia Francisca e trisavo Eugenia eram irmas, os maridos: Joaquim e Francisco Marcal eram concunhados, criaram as familias num quase deserto demografico e tinham filhos de sobra para os casamentos. (nove da tia Francisca e oito da avo Eugenia). E moravam muito proximos uns dos outros, relativamente falando.

     Outro fato eh que o casal Francisca/Joaquim era progenitor do Joaquim (Quinsoh), que se casou com a tia Sebastiana Honoria, que lhe era duplo prima ja que a Maria Honoria Nunes Coelho era sobrinha do tio Joaquim e esposa do J. B. C., o irmao da tia Francisca. Ai se mostra a preferencia que os antigos tinham de casar-se dentro da propria familia.

O mais complicado dos filhos dos avos Eusebio/Anna eh o Clemente Nunes Coelho. Justamente ele tinha que ser nosso ancestral. Eh pai, com uma mulher nao identificada, da tri e tetravo Maria Honoria Nunes Coelho, do Prudencio e do Antonio. Este Clemente teria nascido por volta de 1.806, justo o tempo habil para ele ter sido pai da Maria Honoria e ela tornar-se mae do avo Joao Baptista Coelho Jr, em 1.846.

     Sabe-se que a Maria Honoria era escurinha porque o nome pejorativo que davam a ela era: “a cabrita do Joao Coelho”. Tambem eh dela que se conta que estava nos afazeres domesticos quando um estranho bateu aa serventia da casa. Ao ve-la, o estranho logo sapecou um:”Oh nega, vai chamar o seu sinho…” Ela o fez em silencio. Para surpresa do estranho, aa hora do almoco, se viu sentado aa mesma mesa que a patroa que ele, desrespeitosamente, chamara de “nega”.

     Ao citar outra trinca de irmaos casados na mesma casa, a Ivania cita os tios-bisavos: Lindolpho, Altivo e Josephina (Antonio Rodrigues Coelho/Maria Marcolina) casados, respectivamente, com: Marcolina, Vitalina e Pio, filhos do Clemente Nunes Coelho e Anna Maria. Nao se cita ali a procedencia deste Clemente mas tudo indica que seja o mesmo, porem, com uma segunda esposa, agora identificada. Isto se da pelas datas de 1.864, 1.865 e 1.867, respectivas para os nascimentos dos tios Pio, Vitalina e Marca. Nao se espera que a mesma mulher tenha tido filhos por volta dos anos 1.830 e depois voltar a ter outros nos anos 1.860. Para o avo Clemente, nao seria uma improbabilidade ter uma familia na Juventude e outra em meados dos 50 ate aos 60 da idade dele.

     Isto deve ter criado uma daquelas situacoes complicadas de parentesco nessa familia. Sendo os Pio, Vitalina e Marca meio-irmaos da Maria Honoria, eles sao tios dos filhos do Joao Baptista Coelho que deveriam ser em torno de vinte anos mais velhos que eles. Isto aumentaria em muito a consanguinidade nas familias dos tios: Anisio Rodrigues Coelho, Odette e Otacilio de Magalhaes Barbalho por terem se casado com os descendentes da tia Vitalina com o tio Altivo Rodrigues Coelho. A tia Vitalina seria ao mesmo tempo: tia-afim e meio-tia-bisavo da Dindinha Zulmira e do tio Anisio. Va se la entender essa bagunca!…

C) A NOSSA PORCAO PEREIRA DO AMARAL

     No livro do prof. Demerval Jose Pimenta: “A MATA DO PECANHA – SUA GENTE E SUA HISTORIA” eh mencionado que Miguel Pereira do Amaral teria vindo para o Brasil , em meados de 1.760, da Ilha de Sao Miguel. Este teria se casado com Francisca Angelica da Encarnacao, em Congonhas do Campo, e depois teria se estabelecido no Serro. Menciona-se ainda que a familia teria se mudado para Sao Sebastiao dos Correntes – Sabinopolis.

     Bem, tanto o trisavo Antonio Rodrigues Coelho quanto o trisavo Joao Baptista Coelho Junior casaram-se com representantes da familia Pereira do Amaral. Como ja foi anunciado, a Maria Marcolina do Amaral eh filha do tetravo Daniel e a Quiteria Rosa (Titi) do Amaral eh filha do Joaquim Pereira do Amaral. Nao temos fontes para afirmar se sao irmaos ou primos. O certo eh que, tanto a Maria Marcolina quanto a Titi devem ter datas de nascimentos proximas uma da outra porque se casaram num intervalo de oito anos entre a primeira e a segunda. Isto nos remonta a 25 de abril de 1.848, data de nascimento da Maria Marcolina e 28.11.1.863, do casamento. Nao tenho dados do nascimento da trisavo Titi mas o casamento se deu em 25.11.1.887

     Certo eh que: o Miguel Pereira do Amaral, citado pelo prof. Demerval, deve ser de idade parecida aa idade do avo Antonio Borges Monteiro, portanto, me parece estar faltando uma geracao entre o nosso suposto ancestral: Miguel e os supostos descendentes dele: Daniel e Joaquim. (Essa questao ja foi resolvida em relacao ao ancestral Daniel, que eh filho do Malaquias Pereira do Amaral e Ana Maria de Jesus. Falta localizar os ancestrais do avo Joaquim). Na linhagem do avo Antonio B. Monteiro, nos temos o Antonio Jr e a Maria Francelina para chegarmos aa Maria Marcolina. Portanto, acredito que exista mais uma geracao de ancestrais Pereira do Amaral nascida no Serro ou ja em Sabinopolis. Para o bem da saude genetica de nos que somos duplo Pereira do Amaral, espero que essa possibilidade se concretize e que os avos Daniel e Joaquim sejam apenas primos.

     De qualquer forma, outras possibilidades existem. Em minhas pesquisas, encontrei os registros de casamento da ouropretana Teresa Angelica de Jesus com o cirurgiao Joao Pinto Salgado, em 1.757, na Vila Rica, ou seja, ao lado de Congonhas. Ela eh filha de Ignacio Pereira do Amaral e neta do Antonio Pereira do Amaral. Com isso, mesmo sendo um sobrenome pouco comum, segundo o que encontrei, o Pereira do Amaral esta radicado no Brasil ha mais tempo do que tinhamos noticias. Ha a possibilidade de os nossos dois tetravos virem de ramos diferentes da mesma familia Pereira do Amaral. Atualmente ja encontrei que houve uma familia Pereira do Amaral na regiao de Sao Joao Del’Rei, Carrancas e Lavras no final dos anos 1.700. Espero que tenhamos vinculos com esses.

     Estudando a Historia do Serro, encontrei uma razao logica para a formacao da nossa familia. Quando a gente pensa apenas no lado Coelho, legado pelo Rochinha (Jose Coelho de Magalhaes) a gente tende a interpretar nossa Historia como saindo do Morro do Pilar, aa beira do Corrego do Axupe, passando por Conceicao “do Serro”, e Guanhaes, antes de chegar a Virginopolis. Mas a verdade eh que o Serro foi a origem da colonizacao do Centro-Nordeste Mineiro. Todo o territorio nordeste e norte mineiros pertenceu ao Serro porque la encontrou-se ouro primeiro. O Tejuco, por exemplo, era distrito do Serro quando se encontraram os diamantes que o rebatizaram por Diamantina.

     Em minhas pesquisas a respeito do Serro encontrei, no sitio Flogao, as biografias de muitos serranos ilustres. Entre eles estao o Antonio Rodrigues Coelho Jr, nosso tio-bisavo, que nasceu no distrito de Sao Miguel e Almas, pertencendo ainda ao Serro. La tambem estao os drs. Euler e Alyrio de Salles Coelho, filhos do duplo tio-bisavo Antonio. Outro eh o ilustre prof. Nelson de Senna Coelho. La tambem se encontra o dr. Francisco Nunes Coelho (filho).Vale a pena conferir.

     Em resumo,para os nossos bisavos, o nome Serro soava como capital da Provincia de Minas do Norte. Ouro Preto era tao distante que parecia tao longe quanto o Extremo Oriente eh das Gerais nos dias de hoje. Se nao fosse pelo fato de Ouro Preto ficar no caminho do Rio de Janeiro, passando pela Estrada Real, ninguem nem se lembraria que era a capital do estado.

     Temos de lembrar que Belo Horizonte so surgiu no finalzinho do seculo XIX, e para sair-se de Virginopolis para o Rio de Janeiro precisava-se fazer todas as voltas que a estrada exigia. Neste caso, tinha-se que ir a Guanhaes, D. Joaquim ou Sabinopolis, dirigir-se a Conceicao, Morro do Pilar, Itabira, Santa Barbara, Sabara etc. O atual tracado das rodovias nem sempre respeitam a Historia e isso faz com que a gente perca um pouco do entendimento dela.

D) A QUEDA DA BOLSA DE NOVA IORQUE E A DECADENCIA DE VIRGINOPOLIS.

     Virginopolis foi fundada por pessoas dinamicas e empreendedoras. A vastidao do territorio, ai se conta os municipios de Divinolandia, Gonzaga, Santa Efigenina, Sardoa e Sao Geraldo da Piedade, alem da propria sede em si que foi desmembrada a partir de 1.960, permitiu que o pequeno grupo inicial de moradores se multiplicasse na contagem de dez filhos ou mais por familia. O numero de filhos respondia a uma necessidade por mao-de-obra para o trabalho pesado com a quase total ausencia de ajuda mecanica. Naquela epoca, a maioria das sedes das fazendas eram cercadas por outras construcoes, especialmente os paiois para o estoque de cereais e cafe, o moinho e o engenho d’agua.

     No inicio, a principal atividade era a agricultura e nao a pecuaria como atualmente. Inclusive, um dos derivados dessa agricultura surgiu ja no inicio do seculo XX, ou seja, uma pequena fabrica de charutos. Nao sei informar porque essa atividade cessou. Porem, o plantio do fumo e a producao do fumo de rolo continuou em pequena escala por muitos anos depois.

     A atividade pecuaria mais importante era a suinocultura. Isto porque antes de encontrar-se oleos vegetais nas prateleiras das vendas e bodegas, as cozinhas no Brasil eram tocadas a base de gordura de porco, a famosa banha. A suinocultura tinha a dupla funcao de fornecer banha e carne.

     Usava-se o bovino na producao leiteira e no trabalho mas este nao era a primeira opcao no fornecimento de carne. Isto se dava inclusive porque usava-se o gado de origem portuguesa, o caracu. Era uma raca considerada tardia porque demorava ate cinco anos para ser abatido, enquanto os suinos ja poderiam fornecer carne e gordura aos seis meses de idade. Enquanto se retirava uma partida de bovinos, podia-se obter dez de suinos.

     Um dos carro-chefes da producao agricola em Virginopolis era a cafeicultura. Alias, o clima e o relevo da regiao eram perfeitos para essa producao, alem do que, por a regiao ser de relevo acidentado, a cultura permanente torna-se mais adequada que as culturas anuais, como feijao, arroz e milho. Em poucas decadas depois de os primeiros moradores assentarem suas moradias o distrito atraira a atencao de migrantes de outras areas.

     Mas tudo comecou a andar para tras com a queda da bolsa de Nova Iorque, no final dos anos 1.920. Com a reducao do comercio internacional, a producao cafeeira foi uma das primeiras vitimas. A producao brasileira ultrapassou em muito a demanda e os precos foram para o buraco. Num primeiro momento, o governo brasileiro adotou a medida de queimar, literalmente, parte dos estoques. Mas essa nao era uma medida para dar solucao prolongada ao problema.

Percebendo que nao se podia continuar produzindo apenas para lancar ao fogo depois, o governo do ditador Getulio Vargas decidiu cortar a producao pela metade. Contudo, a metade que ele definiu para o corte dos pes de cafe foi a metade mais ao norte, ou seja, atingindo em cheio o estado de Minas Gerais. O que estava plantado abaixo, de Sao Paulo ao Parana, foi poupado. Ele poderia ter mandado arrancar a metade de cada lavoura e todos sofreriam e se salvariam com isso, mas preferiu proteger os que lhe eram mais proximos.

     Somente mais tarde eh que se percebeu o erro da medida. As terras ao sul do estado de Minas Gerais estavam mais sujeitas aas geadas que matavam a producao do cafe. Foram necessarias decadas para os proprios agricultores do sul substituirem a producao cafeeira por outras menos susceptiveis ao desastre geada, como a soja por exemplo. Mas, de toda forma, Virginopolis ja havia sido prejudicada pela decisao atabalhoada e tendenciosa da ditadura Vargas.

     Aa epoca, uma outra industria comecara a surgir na cidade. Na fazenda do vovo Cista estava sendo implantado o primeiro engenho de acucar da regiao. Como as proibicoes atingiam tambem essa atividade, ai a vaca foi mesmo para o brejo.

     Embora, nos anos que se seguiram, Virginopolis tenha continuado a produzir cereais, a atividade agricola foi rapidamente sendo substituida pela pecuaria de leite e corte. O problema era que a atividade pecuaria, sem a industrializacao dos subprodutos, emprega um numero bem menor de mao-de-obra. Assim, todo o desenvolvimento que se esperava foi por agua abaixo e parte da populacao se viu obrigada a migrar. Foi quando a antiga Figueira, ou seja, Governador Valadares tornou-se opcao. Porque la existia ainda terras devolutas, e logo depois veio o desenvolvimento que acompanhou a implantacao da rodovia Rio-Bahia.

     Mas nem tudo parecia perdido quando os filhos do vovo Juca, particularmente o tio Murillo, decidiram implantar uma fabrica de manteiga ja aproveitando a introducao da pecuaria de leite. O projeto nasceu e o empreendimento estava dando certo. Mas, como aa epoca tudo girava em torno da politica, (e da inveja) o grupo adversario, ainda que sendo gente da propria familia, resolveu abrir uma concorrencia. A atitude sem uma correta analise das consequencias levou os dois empreendimentos aa falencia.

     Desde esse tempo em diante, Virginopolis deixou de atrair contingente de moradores novos e passou a exportar seu excesso populacional. Isso nao quer dizer que nao tenha recebido novas familias, contudo, o que sai eh muito maior do que os imigrantes. Lembro-me do inicio dos anos 1.960 quando haviam na cidade varios imoveis abandonados, registros de que ja havia existido uma populacao maior que a daquele tempo.

     Eh por isso que a populacao virginopolitana que evadiu e os descendentes dela formam hoje um contingente de pessoas cinco ou mais vezes maior que a atual populacao residente no municipio. Nao eh de se admirar que em quase toda viagem que a gente faca pelo mundo encontre alguem com alguma ligacao com Virginopolis. Nem tudo eh mera coincidencia mas sim uma questao de probabilidade.

19. NOSSA GENEALOGIA ANTERIOR AO JOSE COELHO DE MAGALHAES (ROCHINHA)

     Primeiro eh preciso esclarecer que encontrei os dados de uma genealogia, referente a Jose Coelho de Magalhaes, no sitio GeneAll.net. Ainda nao posso confirmar se este eh realmente o nosso Rochinha (ele foi apelidado por Jose Coelho da Rocha). O fato eh que acredito existir naquele sitio algo que se aproxime em torno de um milhao de nomes, entre repetidos em pessoas diferentes ou nao. Mas existe apenas um Jose Coelho de Magalhaes. O Jose no sitio nasceu por volta dos anos 1.750.

     Nao temos a data do nascimento do nosso avo mas como ele foi pai em 1.782 do Jose Coelho de Magalhaes Filho, a data se encaixa perfeitamente no esperado. O sitio tras aquele Jose mas nao  revela o estado civil dele. Tambem eh compativel com o nosso antepassado, ja que ele se casou no Brasil, com uma brasileira, portanto, os dados poderiam ter ficado retidos no Brasil. Um dos motivos pelos quais se deu a Revolucao Pernambucana em 1.817 foi porque era ate proibido o casamento entre brasileiros natos e portugueses.

     Para nos constatarmos, ou nao, se somos descendentes da pessoa que tem o nome posto no GeneAll.net, precisamos encontrar o registro de batismo de qualquer um dos filhos do casal Jose Coelho de Magalhaes/Eugenia Rodrigues da Rocha. O registro pode ser tanto do Jose Coelho de Magalhaes Filho quanto dos irmaos dele: Joao, Antonio e/ou Felix Coelho de Magalhaes e da Clara Maria de Jesus. Importante eh que revele os nomes dos avos paternos. Eh possivel que este registro esteja sob a guarda de alguma igreja no Serro porque la era a sede municipal na epoca. Senao, pode estar no Arquivo Mineiro. Talvez valha a pena cacar esse papelinho. (Minhas investigacoes posteriores a este texto nada revelaram a este respeito mas algo pode ser encontrado em Conceicao do Mato Dentro – MG. Ha la um arquivo organizado e talvez se encontre o testamento, um registro de sesmarias ou mesmo os documentos pessoais dos casamentos dos irmaos Joao e/ou Jose Coelho de Magalhaes Filho).

     Isto seria para que comprovassemos que realmente pertecemos aa linhagem que irei transcrever neste capitulo. Contudo, mesmo que nao sejamos descendente especificamente do Jose postado naquele sitio, eh provavel que sejamos descendentes de um primo e homonimo dele. Isto por causa das tradicoes de nossa familia que nos dao como certo que o nosso ancestral, vindo de Portugal, da Provincia do Minho (antiga Provincia do Entre Douro e Minho que era mais conhecida apenas por Minho), pertencia aa nobreza portuguesa, era descendente do Egas Moniz, o Aio, e, como nos lembra o prof. Nelson Coelho de Senna: “Nos procedemos do sangue dos Reis e os Reis provem do nosso sangue.” E isto foi exatamente o que encontrei na genealogia dos Coelho. Vamos a ela entao. 

     Primeiramente, vou apenas recordar os nomes dos quatro matripatriarcas Coelho de Magalhaes em Virginopolis, sao eles, em ordem de nascimento:
1.818 Francisca Eufrasia de Assis/Joaquim Nunes Coelho
05.04.1.822 Joao Baptista Coelho/Maria Honoria Nunes Coelho
10.09.1.824 Eugenia Maria da Cruz/Francisco Marcal de Magalhaes Barbalho
22.01.1.829 Antonio Rodrigues Coelho/Maria Marcolina do Amaral

     Os quatro eram filhos do Cap. Jose Coelho de Magalhaes Filho, tambem conhecido como Jose Coelho da Rocha Filho que nasceu em 1.782 e da Luiza Maria do Espirito Santo, nascida em 1.789. O Cap. Jose Coelho de Magalhaes Filho e os irmaos dele eram filhos do portugues, natural da Provincia do Entre Douro e Minho era alferes de milicia que se transformou em fazendeiro no Morro do Pilar: Jose Coelho da Rocha e da brasileira, provavelmente, natural de Morro do Pilar: Eugenia Rodrigues Rocha. (Recentemente encontrei uma foto na Internet, de uma Fazenda Axupe e identificada como sendo em Conceicao do Mato Dentro e nao Morro do Pilar. Se for a fazendo de nossos ancestrais talvez os nossos dados anteriores estejam incorretos. O endereco da foto eh: http://www.panoramio.com/photo/2352337).

     Agora porei a genealogia que encontrei. Ela se refere ao portugues, encontrado no sitio GeneAll.net, com o nome de Jose Coelho de Magalhaes. Vou colocar os nomes em sequencia. A pessoa colocada em primeiro lugar sera filha do casal que estiver logo na linha abaixo. Assim estaremos caminhando cada vez mais para as raizes. Em primeiro lugar, porei os nomes dos pais do nosso suposto ancestral. Colocarei uma linhagem materna e a paterna, ate encontrarmos o Soeiro Viegas Coelho, que seria o primeiro Coelho a adotar a assinatura e transmiti-la aa descendencia. Segue entao:

     Ana Josefa de Magalhaes Pinto/Bernardo Antonio Pinto de Mesquita
Joao de Magalhaes Coelho/Isabel Maria Pinto
Jeronimo Ribeiro/Maria Teixeira de Seixas
Domingos Coelho de Magalhaes/Antonia Ribeiro
Isabel Pinto de Magalhaes/Belchior Dias
Ana Coelho/Gregorio Magalhaes de Azevedo
Fernando Coelho/Violante Pinto

     1.450 Diogo Coelho de Sampaio/Isabel de Sampaio
Rodrigo de Sao Paio Coelho/N (desconhecida)
1.370 Fernao Coelho (1o. sr. de Filgueiras e Vieira)/Catarina de Freitas
1.340 Goncalo Pires Coelho/Maria Silva
1.320 Pero Esteves Coelho/D. Aldonca Vasques Pereira
1.290 Estevao Coelho/Maria Mendes Petite
1.260 Pero anes Coelho/D. Margarida Esteves
1.200 Joao Soares Coelho/Maria Fernandes
1.160 Soeiro Viegas Coelho/Mor Mendes Gandarei

     Agora vou inverter o genealogia do Jose Coelho de Magalhaes de materna para paterna:

     Bernardo Antonio Pinto de Mesquita/Ana Josefa de Magalhaes Pinto
     Antonio Pinto de Mesquita/Angela Vieira Seixas
Simao Pinto de Mesquita/Maria Barbosa
Antonio Pinto de Mesquita/Maria de Lemos
1.550 Simeao Pinto Machado/Ana da Mesquita 1.560
1.525 Violante de Freitas “a mentirosa”/Lancarote Pinto 1.510
1.475 Manuel Dias Ribeiro de Vasconcelos/Joana Ferreira
1.450 Diogo Anes Ribeiro de Vasconcelos/Isabel Francisca de Queiroz
1.425 Joao Goncalves Ribeiro de Vasconcelos/Maria Anes Calva
1.400 Goncalo Ribeiro (comendador)/Maria Goncalves
1.360 Rui Vasques Ribeiro (sr.)/Violante de Sousa
1.340 Rui Mendes de Vasconcelos/Constanca Alvares
1.320 Goncalo Mendes de Vasconcelos (alcaide)/Teresa Rodrigues Ribeiro
1.275 Mem Rodrigues de Vasconcelos(sr.)/Constanca Afonso de Brito
1.230 Rodrigos Anes de Vasconcelos/Mecia Rodrigues de Penela 1.245
1.210 Maria Soares Coelho/D. Joao Peres de Vasconcelos (sr. da Torre de Vasconcelos).
1.160 Soeiro Viegas Coelho/Mor Mendes de Gandarei 1.170

     A genealogia que se segue refere-se ao avo Soeiro para tras:

     1.135 Egas Lourenco Coelho/N…. de Penagate
Lourenco Viegas/Maria Gomes de Pombeiro
1.080 Egas Moniz, o Aio/Dordia Pais Azevedo
1.050 Monio Ermiges, sr. de Ribadouro/Ouroana
1.020 Ermigio Viegas, ” ” ” /Unisco Pais
1.000 Toda Ermiges/Egas Moniz de Ribadouro 977
980 Ermigio Aboazar/Vivili Turtezendes
960 Aboazar Lovesendes/Unisco Godinhes
940 Lovesendo Ramires/Zayra ibn Zayda
900 Ramiro II, rei de Leon/Onega?….
860 Ordonho II, ” ” ” /Elvira Mendes de Portugal
838 Alfonso III, ” ” ” /Ximena Garcez de Pamplona
800 Ordonho I, ” ” ” /Munadona de Vierzo
780 Ramiro I, ” ” ” /Paterna de Castilla
760 Bermudo, principe de Leon/Ursinda Muniadona de Coimbra
743 Froila de Leon/N (desconhecida)
725 Froila I, rei de Leon/Munia Froilaz
690 Alfonso I, rei das Asturias/Ermesinda de Asturias
660 Pedro, duque da Cantabria/N
630 Ervigio Favila/Liubigotona Balthes
610 Adrebasto Balthes/N
580 Antanaguildo Balthes/N
550 Hermenegildo II Balthes/Ingunda d’Austrasie
525 Leovigildo de Septimania Balthes/Theodosia de Cartagena
502 Amalric I Balthes (rei)/Clothilde de France
Alaric II Balthes (rei visigodo)/Theodegota dos Ostrogodos
Euric I Balthes (rei)/Ragnahild
Theodoric I (rei)/N
Teodorico (rei)/Flavia Gala Placida
Gala Placida/Ataulfo (rei)
346 Gala/Teodosio I, imperador de Roma
Valentiniano I, imperador do Ocidente/Justina
Graciano, o velho/N

Aa altura da nossa ancestral, Clothilde de France (data referencia 502), encontramos que ela eh filha de:

       466 Clovis, rei dos Francos/Santa Clotilda de Bourgogne 470
Childeric I, ” ” ” / Barsine
415 Meroveco/Vercia 419
395 Clodio’Basina 398
Pharamond, rei Franco/Imbergide

     A Santa Clothilde eh filha de:

            Chiperic/Agrippine
Gundovech, co-rei dos Burgoes/N
Gundicar, ” ” ” ” /Helene
Godemar, rei dos Burgoes/N
Gebicca, rei dos Burgoes/N

     Na altura dos nascimentos por volta de 1.320, onde se localiza o nosso ancestral: Pero Esteves Coelho, na linhagem da Ana Josepha de Magalhaes Pinto, encontramos um cruzamento que nos leva aa familia Pereira, mais precisamente aa esposa do Pero que eh a D. Aldonca Vasques Pereira. Ela eh prima em segundo grau do D. Nuno Alvares Pereira, o santo Nun’Alvares, ou Nuno de Santa Maria, o segundo condestavel de Portugal. Nos somos descendentes de duas das meio-irmas dele. Mas por eu ter encontrado primeiro a genealogia da D. Aldonca, vou coloca-la aqui tambem. Ela eh filha de:

     1.280 D. Vasco Pereira, conde de Trastamarra/Ines Lourenco da Cunha
1.250 D. Goncalo Pereira/D. Urraca Vasques Pimentel
1.220 D. Pedro Rodrigues Pereira/Estevainha Rodrigues Teixeira
1.170 D. Rui Goncalves Pereira/Sancha Henriques de Portocarreiro
1.150 D. Goncalo Rodrigues da Palmeira/D. Froille Afonso de Celanova
1.130 D. Rodrigo Froias de Trastamarra/D. Urraca Rodrigues de Castro
1.100 Forjaz Vermuis de Trastamarra/Elvira Goncalves de Vilalobos
1.080 Moninha Goncalves da Maia/Rodrigo Forjaz de Trastamarra 1.070
1.060 Goncalo Mendes, o Lidador/Urraca Teles
1.020 Mendo Goncalves, 3o. sr. da Maia/Ledegundia Soares Tainha
1.000 Goncalo Trastamires, 2o. sr. da Maia/Unisco Sisnandes
Trastamiro Aboazar, 1o. sr. da Maia/Dordia Soares.

     Aqui a nossa genealogia se encontra com o ramo inicial porque nosso ancestral Trastamiro eh irmao do Ermigio Aboazar e eles sao bisnetos do rei Ramiro II, de Leon. Tambem eh preciso voltarmos um pouco aa altura dos anos 1.370 e 1.360 onde encontramos os nossos antepassados Violante de Sousa, esposa do Rui Vasques Ribeiro, na linhagem do Bernardo Antonio Pinto de Mesquita. A avo Violante foi a primeira que encontrei com vinculo com a familia real portuguesa. Por isso colocarei a genealogia dela mas sao muitos outros os vinculos com os mesmos ancestrais. Segue, entao, ela eh filha de:

     1.350 D. Lopo Dias de Sousa/Maria Ribeiro
1.330 D. Alvaro Dias de Sousa/D. Maria Teles de Menezes 1.338
1.305 D. Diogo Afonso de Sousa/D. Violante Lopes Pacheco 1.310
1.260 D. Afonso Dinis/D. Maria Pais Ribeiro 1.285
1.210 D. Afonso III, rei de Portugal/Maria Peres de Enxara
1.185 D. Afonso II, rei de Portugal/Urraca, Infanta de Castilla
1.154 D. Sancho I, rei de Portugal/Dulce de Barcelona 1.160
1.109 D. Afonso Henriques, 1o. rei de Portugal/Mahaut (Mafalda) de Savoia 1.125
1.069 Henri de Bourgogne/Teresa de Leon 1.080
1.035 Henri, duque de Bourgogne/Beatriz (?) de Barcelona 1.035
1.011 Robert I, o velho, duque de Bourgogne/Helie de Semur 1.015
972 Robert II, o piedoso, rei da Franca/Constance d’Arles 986
941 Hugues I Capet, rei da Franca/Adelaide de Poitou 950
895 Hugues, o Grande, marques de Neustrie/Heduvige von Sachsen 922
866 Robert I, rei da Franca/Beatrice de Vermandois 880
820 Robert, o Forte, marques de Neustrie/Ema d’Auxerre 830
800 Guido, graf von Maine/Oda

     Esta linhagem genealogica segue por mais umas dez geracoes, envolvendo a nobreza Franca mas sem nomes com impacto na Historia Universal, por isso, vou abandona-la agora. Somente para que tenham uma ideia de um dos caminhos em que a nossa genealogia se cruza com o imperador do Sacro Imperio Romano, Carlos Magno, vou pegar como exemplo a nossa avo Beatrice de Vermandois, que eh esposa do Robert I, rei da Franca. Segue entao, ela eh filha de:

        840 Herbert I, conde de Vermandois/Berthe de Morvois
818 Pepino II, conde de Vermandois/Rothaeide de Bobbio
795 Bernardo, rei da Italia/Cunegonde de Gellome de Toulouse
773 Pepino I, rei da Italia/Ingeltrude d’Autun
747 Carlos Magno, imperador/Hildegard von Vintschgau 758
714 Pepino III, o Breve, rei dos Francos/Berthe de Laon
690 Carlos Martelo, duc de Austrasiens/Rotruda de Treves
635 Pepino d’Heristal/Alpaide von Sachsen
600 Ansegisa, prefeito do palacio/Santa Begga 610
580 Santo Arnoldo, eveque de Metz/Oda.

     Se voces lerem estas genealogias, nome por nome, lembrar-se-ao de outros vultos historicos que estao ligados a eles. Eh tanta gente que fica dificil citar todos. Mas lembrem-se que a avo Zayra ibn Zayda eh descendente do profeta Mohammed. A Urraca, Infanta de Castilla eh filha da Eleanor Plantagenet, princesa da Inglaterra com o Alfonso VII, rei de Castilla e, portanto, sobrinha do Ricardo, Coracao de Leao.

     A Teresa de Leon, esposa do Henri de Bourgogne, eh filha do Alfonso VI, rei de Castilha, que eh filho do Fernando I, o Magno, rei de Castilha e Leon. A avo Mahaut de Savoia, vem  da familia de Savoia que descende de nossas raizes mais profundas. Ela e outros. E por ai vai. Boa sorte a quem desejar saber mais.

20. UM INSTITUTO DE GENEALOGIA

     Esta eh uma ideia que tenho desenvolvido aa medida que transcorrem as minhas descobertas genealogicas de nossa familia e de todas as familias, possivelmente, do mundo. A principio pensei em que se poderia criar uma instituicao assim, em Virginopolis e regiao, para que a Grande Familia, mesmo aqueles que ja tenham perdido contato com a cidade, tivesse um ponto de referencia para quando desejasse visitar os locais de morada de seus ancestrais. Ai eu estava pensando apenas na parte da familia que se formou la, e sua descendencia.

     Porem, vejo que o projeto pode crescer e muito. Assim como desejamos visitar os locais onde viveram os nossos avos, eh possivel que tenhamos vontade de conhecer outros lugares que foram o destino de parentes proximos de nossos ancestrais. Por exemplo, o avo do Duarte Coelho, ou seja, o Martim Coelho, tambem eh nosso ancestral. (Marim Coelho, II sr. de Felgueiras, eh irmao do Rodrigo de Sao Paio Coelho). Portanto, quando estivermos fazendo alguma visita turistica a Pernambuco, acredito que esta visita tera um colorido especial, porque quando ele for mencionado como construtor ou residente de alguma benfeitoria, nos lembraremos de que ele eh nosso primo e nao apenas uma figura importante da Historia Brasileira. Eh possivel que algumas pessoas sintam as emocoes saltarem sob a pele, diante de uma situacao dessa. E isto enriquece a visita turistica.

     Como ja comentei, Minas Gerais nasceu a partir da Estrada Real. Para determinados pontos foram as primeiras levas de moradores europeus em busca do ouro e outras coisas preciosas. Esgotado o ouro, percebeu-se que as riquezas e belezas do lugar eram muito maiores e poderiam sustentar a vida dos que desejassem residir definitivamente nela. Assim, foram se formando grupos de pioneiros que foram implantando novas vilas, num sentido radial aos centros historicos. As primeiras cidades de Minas Gerais como: Mariana, Ouro Preto, Sabara, Serro, Pitangui, Caete, Sao Joao Del Rei e outras mais se tornaram maes de outras. Destas filhas surgiram netas. E hoje temos um estado com quase mil municipios.

     Paralelo aa multiplicacao dos municipios, as populacoes que as habitam, sao descendentes dos antigos moradores das primeiras. Por isso, devemos ter em conta que nossos ancestrais, depois de ter aportado no estado, oriundos geralmente de Sao Paulo ou diretamente de Portugal sao, da mesma forma ancestrais de muita gente que a gente nem sequer imagina ser nossa aparentada. Eh so nos lembrarmos daqueles calculos de que nos temos pai e mae. Eles tem pai e mae para que tenhamos quatro avos. Assim, esperamos que tenhamos oito bisavos. Numa sucessao que tornam as possibilidades infinitas.

     Eh tambem por causa disso que sei que temos algum vinculo com aquela genealogia postada no capitulo anterior. Entre 1.750 e 1.250, ou seja, em quinhentos anos de Historia, as possibilidades sao tantas que acredito ser impossivel que nao encontremos ancestrais que nos liguem a aquele exemplo de genealogia. Basta um unico caso e nos faremos parte, com toda certeza, desta Arvore.

     Mas o Instituto Genealogico que penso, deve ter um sitio oficial. Poderia ate ser o GeneAll.net se isso for possivel, ou outro, com banco de dados semelhantes. Neste seriam postados as nossas genealogias, nao apenas da familia Coelho, de acordo com os documentos e registros civis e religiosos nos quais for possivel ter acesso. Paralelo a isso devem ser acrescentadas biografias das pessoas que se tenha conhecimento dos dados de suas vidas. Posteriormente postei nossos dados no www.geneaminas.com.br. Quem quizer pode visita-los.

     Em cada cidade porem, preferivelmente nas bibliotecas frequentadas pelas criancas em idade escolar, deve-se ter um resumo, semelhante aas linhagens que eu apresentei no capitulo anterior, da genealogia local com as ligacoes que levam aas figuras historicas do Brasil e do mundo, exposto em ambiente que todos possam ver, tipo em um mural de parede. O objetivo eh fazer com que as criancas vejam, desde a mais tenra idade, o grau de parentesco que possuem com os vultos da Historia. Acredito que elas iriam memorizando o grau de parentesco que possuem com estes personagens para quando estudarem a disciplina se sentirem mais atraidas para o assunto. Espera-se que a mesma emocao em se conhecer lugares relacionados aos nossos parentes importantes se de tambem no aprendizado.

     No fundo, os objetivos do Centro Genealogico seriam muitos. Vou apenas relacionar alguns. O primeiro seria obvio, o conhecimento da nossa genealogia. O conhecimento da genealogia levaria a um melhor interesse pelo conhecimento da Historia como um todo.Teria tambem a consequencia de saber-se o grau de consanguinidade que temos com as pessoas, para que se possa fazer uma melhor prevencao no caso de casamentos consanguineos, e ate instruir os jovens e alerta-los para, na medida do possivel, evita-los.

     Outro objetivo que considero importante eh a elevacao da autoestima do povo brasileiro. Muitos de nos se sente inferiorizados pelo baixo grau educacional de nossa populacao. Demonstrar que nos somos descendentes das figuras historicas mundiais ira provar que nao somos inferiores em nada. O que nos falta sao investimentos na educacao. Sabendo disso, o povo brasileiro podera aprender a reinvindicar aos governantes um melhor respeito a seus direitos.

     Tambem as prefeituras municipais poderiam usar estas informacoes para atrair turistas para as suas cidades. Elas poderiam cadastrar os descendentes de seus cidadaos para convida-los a visitar as propriedades que pertenceram a seus ancestrais, alias, o proprio povo da cidade poderia tornar-se um atrativo a mais por ter algum parentesco com o visitante.

     Por outro lado, pode tambem procurar atrair visitantes do exterior mostrando a eles, que sao descendentes das mesmas pessoas que os moradores de suas cidades. Muitos se sentirao atraidos em conhecer o que foi construido por seus aparentados. Eh importante que nao haja aqui um clima de competicao entre prefeituras. Com o trabalho em conjunto e solidario poder-se-ia atrair mais turistas para todas.

     Bom, esta eh a ideia. Ofereco-a a quem desejar aproveitar porque vivendo no exterior como estou vivendo, nao tenho como po-la em pratica.

 

 

 

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87 Responses to “A HISTORIA DA FAMILIA COELHO DO CENTRO-NORDESTE DE MINAS GERAIS.”

  1. CLEBER COELHO SANTOS Says:

    Otima Historia Parabens

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  14. HISTORICO DO POVOAMENTO MINEIRO, GENEALOGIA COELHO, CIDADE POR CIDADE | Val51mabar's Blog Says:

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  15. Clovis Pena Says:

    PROCURO ALGUM REGISTRO DESTA FAMILIA DE MEUS ANCESTRAIS HÁ ALGUNS ANOS. PEÇO QUE ALGUÉM ME AJUDE: IGNÁCIO ÁLVARES PEREIRA ERA NATURAL DO RIO DE JANEIRO, FILHO DE JOSÉ ÁLVARES PEREIRA E BÁRBARA MARIA. IGNÁCIO CASOU EM CURITIBA COM MARIA GONÇALVES EM 1751. Agradecido,
    Clovis Pena – Curitiba – clovispena@hotmail.com

    Prezado Clovis,

    Nao sou especialista na area de genealogia do Rio de Janeiro. Mas ha uma coincidencia ai neste sobrenome, porque ele se encontra com minha familia tambem.

    Trata-se de Agostinho Barbalho Bezerra, que se casou com dona Beatriz (ou Brites) de Lemos. Ela era filha dos pioneiros Joao Alvares Pereira e Izabel de Montarroyos. Via google, voce pode acessar o livro “Memorial Nilopolitano – Tomo 1” que fala da fundacao de Nilopolis. Joao Alvares Pereira foi o fundador da Fazenda Sao Mateus, que acabou dando origem a Nilopolis e varias outras cidades da Baixada Fluminense.

    O livro nao eh a melhor fonte genealogica porque ja comeca com o erro de apontar o Agostinho como sendo filho do Jeronimo Barbalho Bezerra o que, em verdade, era irmao dele. Ambos eram filhos do governador Luiz Barbalho Bezerra. Ha uma pequena sequencia ai da Familia, ate aos anos de 1800, porem, por ser de origem materna, essa sequencia nao permanece com o sobrenome Alvares Pereira.

    Penso que a melhor opcao eh buscar o livro: “Primeiras Familias do Rio de Janeiro (seculos XVI e XVII) e a sequencia do segundo volume. O autor eh o Carlos Grandmasson Rheingantz, que tem varias obras abordando as familias do Sul do Brasil tambem.

    Outra enciclopedia a ser consultada eh o mais recente: “Dicionario das Familias Brasileiras” de autoria dos pesquisadores: Carlos de Almeida Barata (O Cau Barata) & Antonio Henrique Cunha Bueno. Este eh recente, ano 2000.

    No mais, voce podera buscar no Colegio Brasileiro de Genealogia, no Rio de Janeiro. Eles nao tem pessoal para fazer a pesquisa para terceiros, mas tem os arquivos mais completos do Rio de Janeiro. As pessoas podem visitar, no Rio de Janeiro, e fazer suas proprias pesquisas. Nao sei exatamente como se da o procedimento. Nao tenho detalhes.

    Espero que tenha dado alguma ajuda. Abracos, Valquirio Barbalho.

    • val51mabar Says:

      Prezado Clovis,

      Nao sou especialista na area de genealogia do Rio de Janeiro. Mas ha uma coincidencia ai neste sobrenome, porque ele se encontra com minha familia tambem.

      Trata-se de Agostinho Barbalho Bezerra, que se casou com dona Beatriz (ou Brites) de Lemos. Ela era filha dos pioneiros Joao Alvares Pereira e Izabel de Montarroyos. Via google, voce pode acessar o livro “Memorial Nilopolitano – Tomo 1” que fala da fundacao de Nilopolis. Joao Alvares Pereira foi o fundador da Fazenda Sao Mateus, que acabou dando origem a Nilopolis e varias outras cidades da Baixada Fluminense.

      O livro nao eh a melhor fonte genealogica porque ja comeca com o erro de apontar o Agostinho como sendo filho do Jeronimo Barbalho Bezerra o que, em verdade, era irmao dele. Ambos eram filhos do governador Luiz Barbalho Bezerra. Ha uma pequena sequencia ai da Familia, ate aos anos de 1800, porem, por ser de origem materna, essa sequencia nao permanece com o sobrenome Alvares Pereira.

      Penso que a melhor opcao eh buscar o livro: “Primeiras Familias do Rio de Janeiro (seculos XVI e XVII) e a sequencia do segundo volume. O autor eh o Carlos Grandmasson Rheingantz, que tem varias obras abordando as familias do Sul do Brasil tambem.

      Outra enciclopedia a ser consultada eh o mais recente: “Dicionario das Familias Brasileiras” de autoria dos pesquisadores: Carlos de Almeida Barata (O Cau Barata) & Antonio Henrique Cunha Bueno. Este eh recente, ano 2000.

      No mais, voce podera buscar no Colegio Brasileiro de Genealogia, no Rio de Janeiro. Eles nao tem pessoal para fazer a pesquisa para terceiros, mas tem os arquivos mais completos do Rio de Janeiro. As pessoas podem visitar, no Rio de Janeiro, e fazer suas proprias pesquisas. Nao sei exatamente como se da o procedimento. Nao tenho detalhes.

      Espero que tenha dado alguma ajuda. Abracos, Valquirio Barbalho.

      • CLOVIS PENA - Says:

        Gratíssimo Valquirio. Não encontrei nenhum registro do meu procurado José Álvares Pereira c.c. Bárbara Maria !! Mas, de todas as verificações creio que o meu avoengo José poderia ser irmão do João Álvares Pereira que foi casado com Isabel Paredes esta última tragicamente condenada pelo “crime” de judaísmo em 1715 !! O lugar, a época e os sobrenomes coincidentes me animam a pensar assim ! Sobre o João Álvares Pereira há fartas informações bibliográficas mas não consigo prova de que de fato ele era irmão do meu avoengo José !!

      • val51mabar Says:

        Prezado Clovis Pena,

        O problema ai também é a possibilidade de termos apenas coincidências porque os sobrenomes Alvares (Alves) e Pereira são muito comuns entre a descendência portuguesa. (Alvares `as vezes foi abreviado para Alves e assim permaneceu, como no caso dos Alves Barroso, parentes do Ary Barroso). E Jose e João so não são mais comuns que Maria.

        O Joao Alvares Pereira, casado com Izabel de Montarroios, no Rio de Janeiro, nasceu provavelmente entre 1560-1580. Não foi um dos fundadores da cidade porque a conquista e mudança de nome se deu em 1565 e ele foi pai de Brites (Beatriz de Lemos) em 1527, a qual foi esposa do Agostinho Barbalho Bezerra. Ele nascido em 1619.

        Ela teve diversos irmãos, inclusive o João Alvares Pereira (filho). Alguma descendência deles, suponho, aparece no livro Genealogia Paulista. O que indica isso são os mesmos nomes de avos se repetirem na descendência. Mas não ha um capitulo dedicado `a descendência de João e Izabel. Ela entra como agregada em alguns capítulos.

        Quem pode ter corrigido essa falta pode ser o Carlos G. Rheingantz em sua obra “Primeiras Famílias do Rio de Janeiro, Séculos XVI e XVII”. Ele chegou a publicar o material que tinha em dois volumes. Os livros estão em ordem alfabética por sobrenomes. Não chegou a publicar o volume III. Por isso a obra publicada ficou incompleta a partir da letra m.

        Para suprir o que faltou o Colégio Brasileiro de Genealogia, CBG – RJ, publicou o restante dos sobrenomes em fascículos da entidade.

        Rheingantz também deixou um arquivo de fichário, nele contendo os nomes dos indivíduos, seus dados vitais e o documento no qual a informação foi encontrada. Esse fichário foi doado ao CBG. Os livros publicados do Rheingantz levam as genealogias ate ao inicio dos anos 1700, geralmente. Apenas uma ou outra família, por interesse particular, prorrogou ate aos anos 1800.

        Creio que convém buscar no CBG. A entidade funciona com voluntários e tempo limitado. Convém visitar o site para saber os horários. A entidade não tem pessoas próprias para fazer pesquisas alheias. Recomenda contratar genealogistas caso não possa a própria pessoa ir ao local. Saudações,

        Valquirio.

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  17. TRILOGIA DE VARIEDADES | Val51mabar's Blog Says:

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  19. GENEALIDADE E GENEALOGIA DE ARY BARROSO | Val51mabar's Blog Says:

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  20. A III GM | Val51mabar's Blog Says:

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  27. A III GM | Val51mabar's Blog Says:

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  28. GENEALIDADE E GENEALOGIA DE ARY BARROSO | Val51mabar's Blog Says:

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  30. TRILOGIA DE VARIEDADES | Val51mabar's Blog Says:

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  35. BARBALHO, PIMENTA E, TALVEZ, COELHO, DESCENDENTES DO REI D. DINIS | Val51mabar's Blog Says:

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  36. MILLOR, MELOU OU MELHOR FERNANDES!? | Val51mabar's Blog Says:

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  37. A FAMILIA COELHO NO LIVRO A MATA DO PECANHA | Val51mabar's Blog Says:

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  38. HISTORICO DO POVOAMENTO MINEIRO, GENEALOGIA COELHO, CIDADE POR CIDADE | Val51mabar's Blog Says:

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  39. ASCENDENCIA DOS ANCESTRAIS: JOSE COELHO DE MAGALHAES/EUGENIA RODRIGUES ROCHA, UMA SAGA A SER DESVENDADA | Val51mabar's Blog Says:

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  40. A DIVINA PARABOLA | Val51mabar's Blog Says:

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  41. O LIVRO DO CONHECIMENTO DE DEUS | Val51mabar's Blog Says:

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  42. RESPOSTA DE UM NEOBOBO AO EXCELENTISSIMO SR. EX-PRESIDENTE, FERNANDO HENRIQUE CARDOSO. | Val51mabar's Blog Says:

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  43. O DIRECIONAMENTO RELIGIOSO ERRADO NAS QUESTOES ELEITORAIS BRASILEIRAS. | Val51mabar's Blog Says:

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  44. 100 REASONS TO AMNESTY THE UNDOCUMENTED WORKERS IN UNITED STATES | Val51mabar's Blog Says:

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  45. 13 STARS = WOMAN. | Val51mabar's Blog Says:

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  46. CARTA AO CANDIDATO DO PSOL: PLINIO DE ARRUDA SAMPAIO | Val51mabar's Blog Says:

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  47. 13 ESTRELAS = MULHER | Val51mabar's Blog Says:

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  48. FAIXA DE GAZA, O TRAVESSAO NOS OLHOS DA HUMANIDADE | Val51mabar's Blog Says:

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  49. IMIGRACAO: SEM LENCO E SEM DOCUMENTO, O BARRIL TRANSBORDANTE DE INJUSTICAS. | Val51mabar's Blog Says:

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  50. THE NONSENSE LAW. | Val51mabar's Blog Says:

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  51. POLITICA, FUTEBOL, MUSAS E PROPAGANDA ELEITORAL ANTECIPADA; OBAMA, GRANDES CORPORACOES E IMIGRACAO. | Val51mabar's Blog Says:

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  52. CARTA DE LIBERTACAO | Val51mabar's Blog Says:

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  53. About The Third and Last Testament | Val51mabar's Blog Says:

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  54. The Third and Last Testament | Val51mabar's Blog Says:

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  55. ALGUMAS NOTAS GENEALOGICAS, 2014/2015 | Val51mabar's Blog Says:

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  56. MOVIMENTO: “FORA DILMA, FORA PT”; QUE OSSO CAMARADA?!!! | Val51mabar's Blog Says:

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  57. NOS, OS NOBRES, E A AVO DO JUSCELINO TAMBEM PODE TER SIDO BARBALHO COELHO | Val51mabar's Blog Says:

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  58. ARVORE GENEALOGICA DA FAMILIA COELHO NO SITIO: www.geneaminas.com.br | Val51mabar's Blog Says:

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  59. UM NOSSO LADO CRISTAO-NOVO E, TALVEZ, OUTRO PAULISTANO | Val51mabar's Blog Says:

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  60. MEUS GUARDADOS 2015 | Val51mabar's Blog Says:

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  61. ALIENS, CONSPIRACIES, DISAPPEARED TREASURES AND DOMINANCE | Val51mabar's Blog Says:

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  62. OS RODRIGUES COELHO; E ANDRADE DO CARLOS DRUMMOND EM MINAS GERAIS | Val51mabar's Blog Says:

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  63. CONSPIRACOES, ALIENIGENAS, TESOUROS DESAPARECIDOS E DOMINACAO | Val51mabar's Blog Says:

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  64. MINHAS POSTAGENS MAIS RECENTES NO FACEBOOK | Val51mabar's Blog Says:

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  65. RIDICULOSAMENTE FALANDO | Val51mabar's Blog Says:

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  66. Val51mabar's Blog Says:

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  67. TRUMPANDO O ELEITOR | Val51mabar's Blog Says:

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  68. 500 ANOS DE HISTORIA E GENEALOGIA DA PRESENCA BARBALHO NO BRASIL | Val51mabar's Blog Says:

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  69. A HISTORIA E A FAMILIA BARBALHO COELHO ANDRADE NA HISTORIA | Val51mabar's Blog Says:

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  70. Valquirio de Magalhaes Barbalho | Val51mabar's Blog Says:

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  71. A FAMILIA DE MANUEL RODRIGUES COELHO EM RESUMO | Val51mabar's Blog Says:

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  72. FAMILIA: BARBALHO, COELHO … NO LIVRO A AMERICA SUICIDA | Val51mabar's Blog Says:

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  73. A VERDADE NAO SE TRATA DE NENHUMA TEORIA DE CONSPIRACAO | Val51mabar's Blog Says:

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  74. A AUTOBIOGRAFIA DO MONSENHOR OTACILIO AUGUSTO DE SENA QUEIROZ E OUTRO TEXTOS | Val51mabar's Blog Says:

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  75. AS MAIS NOVAS AVENTURAS GENEALOGICAS | Val51mabar's Blog Says:

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  76. O QUE HA DE NOVO NO ASSUNTO MIGRACAO | Val51mabar's Blog Says:

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  77. SPACE, UNTIL TO THE END! | Val51mabar's Blog Says:

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  78. TUDO DEU ERRADO, ENTAO NAO CHORA, CONSERTA! | Val51mabar's Blog Says:

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  79. AH QUE MISTURA BOA GENTE! | Val51mabar's Blog Says:

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  80. 2012 in review | Val51mabar's Blog Says:

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  81. PELO TEMPO QUE ME AUSENTEI, ME PERDOEM | Val51mabar's Blog Says:

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  82. DAS VEZES QUE OPINEI NA VIDA E NAO ME ARREPENDO | Val51mabar's Blog Says:

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  83. * ACABO DE ENCONTRAR O REGISTRO DO CASAMENTO DO THOME E ANNA MARIA E PROVAVEL LIGACAO ENTRE NOS E OS BICUDO LEME/PRADO CABRAL, DAS ANTIGAS FAMILIAS COLONIZADORAS DE SAO PAULO. | Val51mabar's Blog Says:

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