ALGUMAS NOTAS GENEALOGICAS, 2014/2015

ALGUMAS NOTAS GENEALOGICAS, 2014/2015

 

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01. GENEALOGIA
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02. PURA MISTURA
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03. RELIGIAO
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04. OPINIAO
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05. MANIFESTO FEMININO
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06. MISTO
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07. POLITICA BRASILEIRA
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08. IN ENGLISH
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https://val51mabar.wordpress.com/2009/09/12/the-third-and-last-testament/
09. IMIGRACAO
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ALGUMAS NOTAS GENEALOGICAS – 2013/2014

NOTA DE ESCLARECIMENTO

O titulo da presente postagem ja existia desde 1939, como nome de um livro publicado por nosso primo, o professor Nelson Coelho de Senna. Acrescentei o 2013/2014 para nao haver confusoes. Ainda nao conheco o conteudo do livro do professor Nelson. Por causa do nosso grau de parentesco apenas posso imaginar que em alguns casos estariamos tratando do mesmo assunto. As publicacoes no entanto nao estao diretamente ligadas umas `as outras.

Minha postagem de agora reune 12 posts que fiz durante os anos 2013 e 2014 em minha pagina no Facebook. Alias, ja publicadas no blog, entremeadas na serie minhas publicacoes no Facebook. Preferi fazer agora uma selecao incluindo apenas o assunto genealogia. Assim os interessados nao terao maiores dificuldades em encontrar algum topico que queiram ver ou rever.

INDICE

01. NOTICIAS MAIS RECENTES DA GENEALOGIA BARBALHO

02. AOS DESCENDENTES DO MANUEL COELHO DE MAGALHAES OU MANOEL COELHO DA ROCHA E AMIGOS.

03. CORONEL OTAVIO CAMPOS DO AMARAL

04. AOS PARENTES E PARENTES DE NOSSOS PARENTES COM ASSINATURA “DE MIRANDA”

05. GENEALOGIA URGENTE

06. FAMILIARES FERREIRA RABELLO

07. BELLE NOUVEAU, PARA OS “DA CUNHA MENEZES” E FAMILIARES

08. AOS FAMILIARES “DA CUNHA MENEZES”

09. GENEALOGIA, GENETICA, E BOM SENSO

10. REFLEXOES

11. ROOTS (RAIZES)

12. WWW.ANCESTRY.COM

01. NOTICIAS MAIS RECENTES DA GENEALOGIA BARBALHO

Prezados,

vou deixar este espaco aberto nao apenas para manter aqui reunidos os dados mais recentes da nossa arvore genealogica. Postarei um arrazoado a respeito da tese “A Nobreza da Republica: Notas Sobre a Formacao da Primeira Elite Senhorial do Rio de Janeiro (seculos XVI e XVII), do professor catedratico, Joao Fragoso, da UFRJ.

Os enderecos da tese e de outros trabalhos na internet que subsidiam parte dos meus conhecimentos no assunto sao:

1. http://www.revistatopoi.org/numeros_anter…/…/01_artigo02.pdf
2. http://www.historia.uff.br/…/Dissert-2003_CAETANO_Antonio_F…
3. http://www.cbg.org.br/baixar/algumas_notas.pdf
4. http://www.joaodorio.com/Arquivo/2005/04,05/genealogia.htm
5. http://objdigital.bn.br/acervo_dig…/anais/anais_047_1925.pdf.
6. http://buratto.org/paulistana/Rendons.htm
7. http://www.receita.fazenda.gov.br/…/public…/alfandega_RJ.pdf

Creio que estes serao suficientes por enquanto. Como o meu texto ficou um pouco longo, irao precisar por volta de uma hora para le-lo, irei postando-o aos poucos. Escrever eh bem mais demorado. Na dissertacao faco algumas observacoes interessantes, para os curiosos do assunto. Reafirmo alguns detalhes da vida de nossos ancestrais e parentes. Sempre havera algo de novo, mesmo para quem acompanha meu lenga-lenga de sempre. Segue entao:

UMA VISAO ALTERNATIVA AO PONTO DE VISTA DO PROFESSOR JOAO FRAGOSO.

Nao se trata de dizer que nao gostei dos escritos dele. Muito pelo contrario. Mas todos sabem que tenho aquela doenca do perfeccionismo. Dai vem aquela vontade de discordar concordando. No geral vai tudo bem, o diabo mora nos detalhes.

Parece-me obvio que o autor cometeu alguns delises ao inferir valores inapropriados aos dados por ele encontrados.

Isso, a proposito dos dados que encontrou vinculando a classe social dominante `a descendencia dos fundadores do Rio de Janeiro. A conclusao esta apenas meio correta.

Ele recorda-me um manifesto ha algum tempo atras onde o autor, com uma visao ultraesquerdista, ressaltava que a maioria das pessoas ricas do Brasil descende de um certo Egas Moniz Barreto. O esquerdinha queria salientar que a distribuicao das riquezas no Brasil se da de forma desigual porque sempre valeu uma “lei natural” favorecendo aos “bem nascidos”, em detrimento dos outros.

Ja soprei alguma coisa a respeito disso. Primeiro porque penso que referia-se ao coronel Egas Moniz Barreto que, por acaso, foi o marido de dona Ignez Thereza Barbalho Bezerra. Esta, filha do Antonio Pereira de Souza e “tia” Antonia Barbalho Bezerra. Neta materna do governador Luiz Barbalho Bezerra e Maria Furtado de Mendonca.

Diga-se de passagem, o cel. Egas Moniz Barreto procedia ele proprio de familia das mais nobres de Portugal. O mesmo se dando aos Barbalho Bezerra. E o que isso importa? Nadica de nada!

Por que? Simplesmente porque todos os outros primeiros colonizadores portugueses no Brasil faziam parte da pequena nobreza. E o que acontece eh que a atual populacao brasileira descende predominantemente dos mesmos ancestrais. Portanto, nao sao os ricos que descendem de determinada pessoa. Existem milhoes de pobres que sao descendentes do mesmo Egas Moniz Barreto. E os ricos descendem igualmente de pobres como todo e qualquer mortal.

O problema eh que o rombo esta mais embaixo. A piramide dos sistemas economicos, desde o colonial ate ao atual capitalismo, foram feitas para que somente alguns do topo se mantenham ricos. Este eh que eh o problema. Por mais rica que uma pessoa seja em uma epoca, quanto mais tempo se passar depois do dela, sua descendencia se multiplicara de forma a que somente alguns se manterao no topo e o restante se distribuira nas escadas de acesso, inclusive da base. Este eh o nosso caso particular em que os pobres na familia sao mais numerosos que os abastados, apesar da ascendencia nos reis mais ricos da Terra no passado!

O autor se engana ao atribuir uma certa teoria de conspiracao quando infere que certas familias tinham mais poder que as outras por certas distribuicoes sociais praticadas desde os tempos medievais. Ele nao esta totalmente errado mas precisa clarificar melhor as afirmacoes.

Quem como nos teve a oportunidade de nascer, viver e crescer em cidades pequenas, e pertencer `a descendencia dos fundadores da cidade, entendera melhor o que se passou no Rio de Janeiro nos primeiros 150 anos de existencia. Neste tempo a populacao livre, do total da populacao do municipio, nao passava de alguns milhares. Dificilmente atingiu 30.000 pessoas.

Somente para que tenham ideia, ha 150 anos atras estavam nascendo nossos bisavos. Se atribuirmos aos pais deles a funcao de fundacao do Rio de Janeiro, podemos garantir que atualmente possuem muito mais que 30.000 descendentes vivos. Apesar de o intervalo de tempo entre geracoes ter aumentado e o controle de natalidade estar sendo praticado ha pelo menos nos 40 ultimos anos.

E o processo de multiplicacao tinha que ser a partir da descendencia dos fundadores. O que diferia o Rio de Janeiro de uma cidade qualquer do interior do Brasil atualmente era a condicao de centro administrativo. Como a administracao pertencia `as metropoles, Portugal ou Espanha, os administradores eram periodicamente substituidos. Nao deixava de ser natural que as pessoas de cada nova administracao ou seus descendentes, em caso de serem administradores ja de certa idade, se casassem com representantes da elite local.

Alias, era algo buscado por todos os pais de familias brasileiros. Isso porque o fato, por exemplo, de que se o recem-chegado fosse nascido na Europa teria maiores chances de obter as merces por parte do governo central. O problema para as proximas geracoes eh que elas passavam a ser brasileiras, portanto, igualmente consideradas de segunda classe e preteridas em relacao a qualquer outro estrangeiro com o privilegio de ter nascido europeu. Isso obrigava os que desejassem reter status elevado na sociedade a renovar-se sempre. Os que nao o faziam deixavam a elite e a recordacao de sua existencia pode ter sido interrompida.

O que ocorria era que, dentro da dezena de filhos que cada patriarca tinha, apenas um ou outro tinha a oportunidade de casar-se com algum sangue novo. Os outros uniam-se `a plebe normal e, caso nas proximas geracoes nao fossem “resgatados” por novos recem-chegados, terminavam sendo empurrados para as classes inferiores.

Claro, inferior no sentido economico e nao de pessoa e educacao. Essa “inferioridade” refletia automaticamente em desvantagem de saude porque nos periodos de dificuldades ate os alimentos podiam lhes faltar. Permanecer nas classes mais elevadas poderia ser uma questao de sobrevivencia.

Ha que registrar-se contudo que a populacao crescia exponencialmente, o mesmo nao ocorrendo com os cargos publicos. O cargo de governador, por exemplo, era apenas 1, nao importa qual fosse o numero de habitantes. O mesmo se dava com outros cargos que demoravam a dobrar muito mais lentamente que a populcacao decaplicava.

Outro engano do autor eh deixar parecer que no Brasil a nobreza fosse formada por pessoas que nao cumpriam necessariamente com os requisitos de nobreza verdadeira. Ou melhor, ele infere isso em relacao a Portugal em si.

Mas o sistema de nobreza nao era tao relaxado assim. Existiam tres condicoes para uma pessoa inserir-se na nobreza. A primeira era via nascimento. Os filhos de nobres ja nasciam nobres. A segunda era a prestacao de servicos. Geralmente os que se destacavam em guerras, ou em descobrimentos proporcionados pela navegacao ou localizacao de minas, ao inves de condecoracoes de ferro, estes ganhavam algum titulo de nobreza. E outra forma era a via monetaria. Quem por acaso fizesse fortuna e se mostrasse generoso nas doacoes `a sua magestade era recebido de bracos abertos na corte. Mas para o retorno acontecer era preciso provar-se por meio genealogico que ja possuia ancestrais descendentes de reis.

Acontece eh que toda a populacao portuguesa ja se enquadrava no primeiro criterio. Isso porque desde o ano de 711, com a tomada da Peninsula Iberica pelos muculmanos, escapou o pequeno reinado cristao das Asturias de ser absorvido.

A partir das Asturias ocupou-se a antiga capital romana, Cidade de Leao (Leon), criando-se novo reino. Deste derivaram outros como Galicia, Castela, Navarra e outros mais. Da Galicia separou-se o Condado de Porto Cale e, por volta de 1140 surge o Reino de Portugal. O que acontece aqui eh que ao mesmo tempo que os reinos se multiplicavam, multiplicavam muito mais as descendencias dos reis.

O problema para esse povo todo eh que a alta nobreza era especialmente reservada para a descendencia dos reis mais recentes. Toda a populacao no ano de 1500 descendia de D. Alfonso I, primeiro rei das Asturias, o que os reis da epoca tambem o eram. Mas o rei da epoca era filho do rei anterior e os parentes dele, de um certo grau distante para tras, eram no maximo considerados baixa nobreza.

A unica forma de alguem da baixa nobreza nao se encaixar na descricao de plebe comum era destacar-se em batalhas ou ficar rico. E a colonizacao tornou-se a oportunidade de isso vir a acontecer. Nao foi atoa que a pequena nobreza se escafedeu de Portugal. A partir do momento que alguem conseguisse domar uma sesmaria e implantar um engenho de acucar, por exemplo, era nomeado fidalgo da casa real. Os militares de destaque tornavam-se cavaleiros condecorados das diversas ordens, como a de Cristo, a mais importante; a de Santiago, a comenda de Sao Pedro de Fins de Canelas e outras.

Tambem essas distincoes de nobreza eram passadas, junto com a porcao mais gorda da heranca, para os primogenitos. Isso criava tensoes entre os familiares que passavam para o campo dos deserdados. O recurso para a acomodacao social era a expansao constante. Ou seja, a cada geracao os insatisfeitos eram obrigados a conquistar novas terras e ali estabelecer seus feudos. Com a criacao de novos feudos e com a atracao de populacao para o local, criava-se a oportunidade de novas vilas e, com elas, os novos cargos para os pioneiros e seus familiares. Este foi o incentivo que existia para a expansao das conquistas e a razao pela qual enquanto houve terra nova a ser colonizada nao se preocuparam em industrializar-se as populacoes de origem portuguesa e espanhola.

Existe um engano de crenca na tese. O autor deixa parecer que acredita que os holandeses tenham sido os financiadores do empreendimento acucareiro no Rio de Janeiro. Ele se faz a pergunta mas nao mostra nenhum fato para embasar a opiniao. E, ao que parece, pode estar completamente enganado quanto a isso.

Os fatos sao estes. Portugal abriu as portas para as viagens oceanicas para as Indias, ao mesmo tempo que a frota de Cabral tomou posse de parte do territorio brasileiro. Nos primeiros 30 anos, Portugal deixou o Brasil ao Deus dara porque o comercio com as Indias era muito lucrativo. Em 1525 Fernao de Magalhaes abre as portas para o Pacifico onde se pode navegar tanto as costas oeste das Americas quanto as do Oriente por inteiro. Associado a isso, comeca-se a competicao com as outras metropoles europeias, em especial Franca, os Paises Baixos e a Inglaterra. A competicao pelo comercio do Oriente torna as grandes viagens menos lucrativas, a pilhagem das Costas Brasileiras pelos competidores alarma os portugueses.

O poder hegemonico do mundo torna-se a Espanha. Ela nao apenas havia tomado posse primeiro de parte das Americas quanto ganhou sozinha na loteria, descobrindo riquezas imensuraveis no Mexico e no Peru.

Logo depois encontra tambem os rios de prata na Bolivia, nas montanhas deste metal na regiao de Potosi. Alem dessa riqueza e de possuir um caminho aberto para o Oriente, quis o destino que os reis espanhois tambem se tornassem os imperadores do Sacro Imperio Romano. Ou seja, os Paises Baixos, Alemanha e outros passaram a dever vassalagem ao imperador espanhol.

As tensoes ja existiam mas elas crescem `a medida que os conflitos religiosos entre catolicos e protestantes desenrolam. E o rei espanhol tentou impor o catolicismo sobre os Paises Baixos, que haviam se convertido ao protestatismo. Em 1583 os Paises Baixos rompem com a coroa espanhola declarando-se independentes.

Em Portugal e suas colonias, a partir do ano de 1580, o caminho que se verifica eh o inverso. A dinastia do Mestre de Avis, D. Joao I, que havia impedidoa anexacao da coroa portuguesa na Crise de 1383-1385, caiu no mesmo beco sem saida em que a filha legitima do rei portugues era a esposa do rei da Espanha. Dessa vez, o rei Felipe II nao deu chance aos portugueses e promoveu a Uniao Iberica, passando todos `a vassalagem dele.

Os portugueses se acomodaram `a situacao. Eles tinham as costas brasileiras para explorar. E nelas havia Pernambuco, onde a exploracao da cana-de-acucar estava no melhor do Ciclo do produto. O acucar tornara-se semelhante a minas de metais preciosos, com a vantagem de renovar-se todos os anos e nunca se esgotar.

Aqui esta o furo na teoria do autor da tese. Espanha e Holanda brigavam pelos direitos de explorar as colonias ultramarinhas. O Brasil estava nas maos da poderosa Espanha. Por que a Holanda iria financiar engenhos de cana no Rio de Janeiro? A Espanha sim tinha razoes e condicoes financeiras para fazer o financiamento, pois, receberia os juros e os novos impostos criados. Alem do mais, os brasileiros, portugueses e espanhois que colonizaram o Brasil naqueles inicios eram fieis a seu rei. Embora, nem tanto!

A Historia que se segue tambem nega a hipotese. A confederacao holandesa resolve invadir a Bahia em 1620. Mas eh rechacada pelos baianos. O que resulta grandes prejuizos. Ela entao parte para a pirataria e, por volta de 1628, consegue piratear a frota espanhola que carregava a producao de metais preciosos do ano inteiro. Com o dinheiro da pilhagem arma uma frota com poder de fogo semelhante ao que a armada espanhola possuia. Ato continuo, toma para si, em 1630, a Capitania de Pernambuco que era a joia da coroa portuguesa, mas que estava na cabeca do rei espanhol. Desde entao os brasileiros, portugueses e espanhois se unem para retomar a capitania. Embora, a coroa espanhola estivesse mais preocupada com outros inimigos e visse o Brasil como problema dos portugueses e nao dela.

Enquanto o povo do Nordeste estava ocupado com as Invasoes Holandesas, o Estado do Sul do Brasil, capitaneado no Rio de Janeiro, tinha uma economia diferente. Embora muitos dos bravos do sul se alistaram numa forca tarefa para defender o Nordeste. E o encabecamento da governanca era representado pela pessoa de Salvador Correia de Sa e Benevides e seus familiares. E o poder do bando como um todo encontrava-se na Historia e no despotismo de Salvador.

Alguma coisa a respeito da vida dele aprendi por curiosidade. Esta, despertada por duas particularidades. A primeira foi a de ter sido a cabeca pensante que ordenou a execucao, por meio de forca e o subsequente esquartejamento do corpo, do ancestral Jeronimo Barbalho Bezerra. As partes do corpo foram espalhadas pelo Rio de Janeiro, expostas em pracas publicas, para servir de exemplo aos que continuassem desafiando o poder dele.

A segunda razao eh a assinatura Benevides. Em minhas pesquisas desejava demonstrar que os inimigos de algum determinado presente acabavam vendo a mistura de seus proprios sangues em geracoes futuras. Este pode ser o caso da descendencia dos Barbalho ter se misturado aos mesmos Benevides, senao descendentes do Salvador, pelo menos com origem nos mesmos ancestrais.

Minha pesquisa baseava-se em que existem Barbalho em Minas Gerais que descendem do acoriano Miguel Pereira do Amaral. Este, natural da Ilha de Sao Miguel, eh dito ter sido filho de Manoel Pereira e Maria de Benevides. Mas nao consegui ainda informacoes alem dessa Benevides. Os calculos nos levam a crer que tenha nascido por volta de 1730.

Salvador Correia de Sa e Benevides nasceu pelo menos 130 anos antes. E pela genealogia dele descobri que procede de uma raiz em terras espanholas de onde procede o Benevides que ele usava. Essa informacao eh util para deduzir melhor a fonte do poder que possuia.

Alem das raizes portuguesas e espanholas era sobrinho do governador geral do Brasil, Mem de Sa, e do sobrinho dele, Estacio de Sa. Foram duas figuras ligadas `a expulsao dos franceses da Franca Antartica e oficiais maiores na fundacao da Cidade de Sao Sebastiao do Rio de Janeiro. Dai pode-se imaginar porque o rascunho de ditador governava sem oposicao no inicio de sua carreira.

Outro capitulo curioso da vida dele foi que a confederacao holandesa havia tomado tambem a Angola. Uma primeira expedicao brasileira, composta por pernambucanos e baianos, havia sido dizimada com facilidade por tribo local aliada aos holandeses. Sem financiamento de Portugal, os oficiais do Estado do Sul do Brasil, chefiados por Correia de Sa, retomaram Luanda e possessoes, praticamente sem nenhuma resistencia. Mas isso deu a Salvador o titulo de Libertador de Luanda.

A questao importante aqui eh levantar hipotese para a origem do dinheiro que financiou a implantacao acucareira no Rio de Janeiro. E uma pista do assunto aparece na biografia de Salvador Correia de Sa. Alem de governador conseguiu ser nomeado administrador das minas de Potosi. E ai esta uma fonte quase inesgotavel de dinheiro.

Potosi eh um estado boliviano cuja capital eh a lendaria cidade com o mesmo nome. Nela os espanhois descobriram uma montanha imensa de prata. Num documentario a respeito de quem descobriu as Americas encontrei a informacao que a prata nao tinha nenhum valor, no estado em que fora encontrada, porque se encontrava sob forma de uma liga metalica que nao se tinha conhecimento `a epoca de como apura-la. Gracas a um insistente alquimista o metodo para a apuracao foi desenvolvido e desde entao a prata transformou-se na moeda corrente da Espanha. O documentario afirma que a Espanha pagava tudo o que queria comprar com burras de prata. Parecia uma fonte inesgotavel de riquezas.

A Uniao Iberica existiu por 60 anos. De 1580 ate 1640. Justamente o periodo em que o Rio de Janeiro estava se afirmando como centro de grande importancia. Inclusive eh o periodo em que a maioria dos patriarcas historicos revelados no estudo do professor Joao desembarcam no Brasil.

E, com certeza, a prata de Potosi tem consideravel importancia nisso.

Tomando-se o mapa da America do Sul ha muito o que se revelar. Em primeiro lugar, Potosi encontra-se no Planalto Boliviano e relativamente proximo ao Oceano Pacifico. O problema eh que, no meio do caminho encontra-se a Cordilheira dos Andes e o Deserto de Atacama, no Chile. E o que eh pior, tomando essa direcao da-se com as costas do Pacifico, o oposto do caminho mais seguro para a Europa.

A alternativa de carregar a prata serra acima e serra abaixo, para depois sujeita-la ao ataque de piratas e da tortuosa via maritima aberta por Fernao de Magalhaes, era o de embarca-la em pequenos barcos pela via natural que era o Rio Pilcomayo.

Como agua nao sobe morro sozinha, este caminho para a prata seria sempre descendente. Ressalvando algum trecho de correnteza e catarata, estas nao representavam impossibilidades, mas apenas desafios que podiam ser contornados por baldeacoes. O Rio Pilcomayo eh afluente do poderoso Rio Paraguai. Este segue seu caminho na tranquilidade das planicies, tornando-se tributario do Rio Parana. No final, o Parana e o Rio Uruguai formam o famoso Rio da Prata, que banha Buenos Aires e Montevideu.

Nao ha sentido do nome Rio da Prata se por ali nao tivesse passado a propria. Eh importante saber que o Atlantico eh movido por uma forte corrente maritima de formato circular. Nas costas do Brasil ela se da no sentido Norte/Sul. Tomando entao a direcao da Africa, onde em suas costas segue sentido Sul/Norte e depois retorna em direcao ao Brasil. Desde o seculo XVI os navegantes portgueses se utilizavam deste conhecimento. Mesmo a distancia navegada sendo maior, a corrente tornava a viagem bem mais curta em termos de tempo.

A grande vantagem deste caminho era o de evitar passar pelo Caribe, onde os holandeses e os piratas possuiam suas bases. Ja as costas atlanticas brasileiras e africanas eram compostas de colonias portuguesas e espanholas. Portanto, havia certa seguranca em fazer-se essa travessia por esta via.

Outro detalhe eh que diversos rios brasileiros da Regiao Sul brasileira fazem parte da Bacia do Rio Parana. Entre eles estao os Rios Tiete e Iguacu. Estes rios facilitaram a penetracao dos paulistas que viviam basicamente do aprisionamento de indigenas e da venda destes como escravos. Estes rios podem ter sido usados para tambem contrabandear parte da prata de Potosi para investir-se nos canaviais fluminenses.

Indicios de que isso aconteceu pode ser verificado em outro cargo ocupado por Salvador Correia de Sa e Benevides. Ele foi administrador das Minas do Sul (do Parana). Na verdade, tais minas deveriam localizar-se em Lages que futuramente faria parte do atual Estado de Santa Catarina. Ao pesquisar o nome do ancestral Antonio Jose Moniz, encontrei um homonimo dele no livro: “Genealogia Tropeira”. Ambos sao aparentemente de mesma idade. O do livro nasceu em Minas Gerais e teve um sogro na Regiao Sul, mas o nome da esposa difere do da ancestral. O livro narra que alguem ficou em divida e precisou desaparecer. Alguem tambem era especialista em mineracao, fez exame nas pedras da area com resultado negativo para a presenca de prata.

O resultado leva a mais de uma possibilidade. A logica eh a de que a prata havia se esgotado nos 100 anos anteriores ao do exame feito. Em 1660, Correia de Sa era o administrador de tais minas. A outra possibilidade eh a de a prata nunca ter existido. E a mina do Parana nao ter passado de um disfarce para ocultar que os portugueses estavam contrabandeando a prata espanhola. Essa eh uma possibilidade real ao conhecer-se o carater de Salvador Correia de Sa.

Pelo menos, eh o que deixa transparecer as acusacoes feitas contra ele. Em 1643 ele foi destituido do cargo e rumou para Portugal para defender-se de acusacoes de corrupcao. Passou antes o cargo de governador do Rio de Janeiro ao Luiz Barbalho Bezerra. No qual reconheceu virtudes, portanto, entregou o cargo sem reagir.

Em 1660-1661 se da a “Revolta da Cachaca”. Ai as acusacoes tornam-se mais claras. Entre outras coisas foi acusado de furtar do herario publico, deixar a guarnicao militar sem pagamento, promover jogatinas que depenavam os proprietarios desavisados, distribuia os cargos com seus amigos e parentes. Alem de tomar “emprestados” escravos de outros, derrubar-lhes a boa madeira nas florestas, para construir um navio de propriedade privada.

Embora, o crime que o condenou foi a morte de Jeronimo Barbalho Bezerra. Isso desgostou os reis de Portugal porque tratava-se de heroi da expulsao dos holandeses. Alem, claro, de o julgamento dos presos na conspiracao da cachaca ter dado resultado favoravel aos revoltosos, constatando por este meio que o criminoso era mesmo Salvador Correia. A condenacao dele serviu para desescalar o clima de revolta com as cortes portuguesas.

Salvador foi condenado `a prisao perpetua. Mas a pena foi comultada quando o filho dele faleceu deixando filhos menores a ser criados. O indulto se deu para que criasse os netos. E ele viveu ate aos 95 anos de idade.

Ao que parece, o financiamento das plantations de cana no Rio de Janeiro nao se deu atraves de dinheiro holandes. Ao contrario, os holandeses foram os beneficiarios de fruto de pilhagem. Em primeira mao dos materiais preciosos espanhois pirateados no Caribe. E em segunda mao do confisco de engenhos na Capitania de Pernambuco e areas subjacentes do Nordeste. Tanto a segunda mao eh fato que o governador Luiz Barbalho havia perdido toda a sua fortuna na luta contra os holandeses e o senado da camara instituiu uma ajuda de custo para que ele pudesse alugar uma casa de morada, enquanto no cargo de governador do Rio de Janeiro.

A luta contra os holandeses perdurou ate 1647 quando eles foram derrotados. Mas enquanto os portugueses nao arrumavam a propria casa, ja que ainda estavam em luta de independencia contra a Espanha, assinou-se um acordo de permanencia adiando a saida do invasor ate 1657. A invasao durou 27 anos.

Neste intervalo os holandeses implantaram suas proprias plantacoes de cana no Caribe e desenvolveram um produto de melhor qualidade. Alem do mais, eles tinham o controle do que se comercializava nos portos da Europa, o que limitava a introducao da producao portuguesa no mercado. A producao pernambucana era de melhor qualidade que a do Rio de Janeiro, dificultando ainda mais a comercializacao do produto carioca. Brasil e Portugal entraram em decadencia por algum tempo. Contribuiu para isso a queda do preco do acucar ja que multiplicou-se as fontes produtoras.

Quando o duque de Braganca, D. Joao II, foi empossado com o titulo de D. Joao IV, rei de Portugal, em 1640, era do interesse deste rei que os brasileiros terminassem as hostilidades contra os holandeses porque a Espanha era a inimiga comum a partir de entao. D. Joao IV enviou uma ordem para os brasileiros pararem a resistencia e ameacou punir os desobedientes.

Os brasileiros mandaram o retorno afirmando ao rei que quando os holandeses fossem expulsos eles se apresentariam em Portugal para receberem a punicao que merecessem. O rei nada podia fazer porque o pais nao tinha recursos financeiros e brasileiros como Agostinho Barbalho Bezerra estavam se transportando para Portugal com sua gente, escravos, cavalos, materiais e viveres para defender Portugal dos espanhois. Agostinho, como fizera o pai, tirava do proprio bolso o custo da defesa dos interesses portugueses.

Portugal somente pode voltar a seus tempos de gloria a partir de 1698 quando o ouro e os diamantes comecaram a ser encontrados em Minas Gerais. Mas foi uma gloria praticamente efemera por causa do mal uso das riquezas encontradas. Apesar disso, a abundancia permaneceu pelo menos ate 1750. Dai para a frente o ouro tornou-se esporadico, em comparacao com a fase anterior.

O mais grave foi “o castigo” ocorrido em 1o. de novembro de 1755. Aconteceu o grande terremoto de Lisboa. A cidade foi arrasada por terremoto, tsunami, incendio e bandidagem no mesmo dia. Um dos canais de ciencia lancou nos ultimos dias um documentario mostrando o que aconteceu, via testemunhos de epoca e reconstituicao das cenas. Faz parte de uma serie chamada “Perfect Storms”, apresentada pelo Smithsonian Channel.

Ao final do seculo XVIII o ouro eh dado como esgotado. E no inicio do seculo XIX, 1822, da-se a Independencia do Brasil. Ouro e diamantes continuam sendo produzidos mas nunca mais em tamanha quantidade.

A GENEALOGIA ATANDO AS FAMILIAS NUMA MESMA REDE

Duarte Nunes – Maria Fernandes, pais de:
Antonia Rodrigues de Azevedo – Rui Dias Bravo, pais de:
Miguel Gomes Bravo – Isabel Pedrosa de Gouveia, pais de:
Cordula Gomes – Joao do Couto Carnide, pais de:
Isabel Pedrosa – Jeronimo Barbalho Bezerra, pais de:
Paschoa Barbalho – Pedro da Costa Ramires, pais de:
Maria da Costa Barbalho – Manoel de Aguiar; pais de:
Manoel Vaz Barbalho – Josepha Pimenta de Souza

Belchior Pontes (Maciel) – Maria Fernandes; pais de:
Maria Cardoso de Soutomaior – Belchior de Andrade e Araujo; pais de:
Maria de Andrade – cap. Manoel Pimenta de Carvalho; pais de:
Belchior Pimenta de Carvalho – Francisca de Almeida; pais de:
Belchior Pimenta de Carvalho – nao identificada; pais de:
Josepha Pimenta de Souza – Manoel Vaz Barbalho.

Josepha Pimenta de Souza e Manoel Vaz Barbalho casaram-se, aos 18.09.1732, na Capela de Nossa Senhora dos Prazeres, no Distrito de Milho Verde pertencente `a entao Vila do Principe, atual Cidade do Serro, Minas Gerais. O casal torna-se raiz referencia para diversas familias do Centro-Nordeste de Minas Gerais, entre as quais: Pimenta, Barbalho, Borges Monteiro, Pereira do Amaral e, provavelmente, a Coelho de Magalhaes + da Rocha.

Segundo informacoes encontradas na internet, o casal Miguel e Isabel tornou-se raiz tambem para as tradicionais familias Azeredo e Azevedo no Espirito Santo. Os quais sao raiz para os Azeredo Coutinho com grande influencia no Rio de Janeiro colonial.

Nas paginas 14 e 15 da Genealogia Paulistana – Titulo Rendons, vol. IX, da obra de Luiz Gonzaga da Silva Leme, encontra-se informacoes da rede de parentescos e fortunas formadas nos primordios do Rio de Janeiro. Ali ha a informacao de que Maria Cardoso de Soutomaior, esposa de Belchior de Andrade de Araujo era irma completa de Helena de Soutomaior, chamada de “viuva de pedra”, sendo filhas de Belchior da Ponte [Maciel], procedente dos Pontes Cardoso, nobre familia da Ilha Terceira, nos Acores.

A obra de Silva Leme, uma das mais importantes a tratar da genealogia colonial brasileira, ajuda a compreender como a genealogia torna-se mais interessante, pois, demonstra que era impossivel separar-se campos politicos e arrastar com eles os campos familiares. Isso porque as familias antigas, numerosas como eram, casavam seus filhos e filhas aleatoriamente, tornando obrigatoriedade os casamentos entre descendentes de pessoas que, no campo politico, eram adversarias.

No exemplo acima observa-se como diversos familias dominantes formam parcerias ao longo das geracoes. E o exemplo limita-se a um filho a cada geracao. Como o governador Luiz Barbalho Bezerra teve apenas 3 filhos casados no Rio de Janeiro, a principio os vinculos devem ter sido menos numerosos. Mas deve-se observar que os sogros tiveram outros filhos, o que multiplica o aparentamento.

Agostinho Barbalho, por exemplo, teve como sogro a Joao Alvares Pereira. Nao ha informacoes a respeito da descendencia de Agostinho e Brites de Lemos. Mas Joao Alvares fundou a Fazenda de Sao Mateus. Esta fazenda, de tao extensa, deu origem a municipios inteiros como: Nova Iguacu, Nilopolis, Mesquita, Sao Joao do Meriti e Queimados. Ela permanceceu nas maos da descendencia primogenita de Joao Alvares por cerca de 220 anos, quando foi vendida ao barao do Bonfim, o pai do Barao de Mesquita, o herdeiro.

A fazenda seguiu a linhagem da irma de dona Brites. Para esta coube o dote de meia-fazenda, que compartilhou com seu irmao, Joao Alvares Pereira, o filho. Este dote tinha o nome de Fazenda de Sao Diogo e ficava em Marapicu (Nova Iguacu). Pode ser que eu tenha sido enganado ao interpretar os dados que encontrei no “Memorial Nilopolitano – Tomo I”, e esta fazenda ter sido `a epoca a mais importante ja que deveria ter o nome do santo predileto do patriarca mais antigo.

Pela linhagem dos donos da Fazenda de Sao Mateus pode-se observar o embrincamento de familias tradicionais no Estado do Rio.

Diogo de Montarroyos – ?; pais de:
Izabel de Montarroyos – Joao Alvares Pereira; pais de:
Emerenciana de Barcelos – Joao Fernandes Pedra; pais de:
Joana de Barcelos – Domingos Machado Homem; pais de:
Emerenciana de Barcelos – Joao de Souza Coutinho; pais de:
brig. Ambrosio de Souza Coutinho – Joana Thereza de Oliveira; pais de:
Vicente de Souza Coutinho – Clara Augusta de Bulhoes Coutinho.

Diogo de Montarroyos foi o primeiro sesmeiro da familia aparecendo junto com a fundacao da cidade. Porem foi Joao Alvares o fundador da fazenda Sao Mateus, em 1632.

Ja a dona Cecilia Barbalho foi esposa de Antonio Barbosa Calheiros. Nao tenho em maos as relacoes familiares dele nem dos filhos deles. Mas os Barbosa Calheiros aparecem entre as familias mais influentes do Rio de Janeiro. Inclusive assumindo posto na administracao da alfandega e outros.

Neste endereco: http://www.receita.fazenda.gov.br/…/public…/alfandega_RJ.pdf, na passagem da pagina 16 para 17, nomeia-se a Joao Barbosa Calheiros, que foi “Provedor e Contador da Fazenda Real, e Juiz da Alfandega, no Rio de Janeiro, em 1629.” O autor faz confusoes genealogicas da familia Barbalho mas repete a informacao de que dona Cecilia Barbalho foi esposa do Antonio, que ele suspeita ser parente deste administrador aduaneiro.

Como tais relacoes amplas em retrospectiva aparecem entre os Barbalho Bezerra que chegaram para o Rio de Janeiro em 1643, ha que se imaginar que muito mais existia entre os familiares de Salvador Correia de Sa e Benevides que estavam presentes como chefes de tudo, desde a fundacao da cidade. Isso, sem levarmos em conta, porque me faltam dados, que Luiz Barbalho era casado com uma Furtado de Mendonca que, pelo menos futuramente, tambem teve seu apogeu entre as familias mais abastadas no pais.

As genealogias mais antigas sao parciais. Elas dao menores valores aos filhos da terra e geralmente sao iniciadas a partir de algum oficial de armas ou qualquer europeu com titulos de riquezas conquistadas no Brasil. E quando um cidadao nobre casava-se com uma mulher de familia que nao se enquadrava exatamente no centro do poder, o assunto tornava necessario ser explicado para deixar-se claro que nao se tratava de nenhum grande pecado. Pois sabia-se que provinha de ramo esquecido da mesma familia. Podemos verificar isso nos exemplos:

“7 – 1 Manoel Pimenta de Carvalho, nobre cidadao do Rio de Janeiro, que florescia em 1761, sendo capitao da ordenanca de Jacarepagua, casado com D. Anna Joaquina de Menezes, filha de Francisco Moniz de Albuquerque e de sua mulher D. Maria Pimenta de Menezes. Neta de Pedro Moniz Tello, irmao de Manoel Pimenta Tello, que foi mestre de campo dos auxiliares do Rio de Janeiro, e de sua mulher D. Ignez de Andrade, todos naturais do Rio de Janeiro. Bisneta de Egas Moniz Tello, que teve foro de cavalheiro fidalgo, natural da Ilha da Madeira, e de sua mulher D. Maria Pimenta de Carvalho, irma direita do muito Rev. Dr. Joao Pimenta de Carvalho, que foi deao da Se do Rio de Janeiro, vigario geral e provedor do mesmo bispado. E terneta de Manoel Pimenta de Carvalho natural de Villa-Vicosa de Alentejo, e de sua mulher D. Maria de Andrade, natural do Rio de Janeiro, filha de Belchior de Andrade de Araujo, natural da Villa dos Arcos de Valdevez.” [e Maria Cardoso de Soutomaior].

Extrato da Revista do Instituto Historico e Geografico Brasileiro – volume 33 – pags. 236-237.

Em termos semelhantes temos: “Jose de Andrade Souto-Maior, natural do Rio de Janeiro, senhor da casa de Jerecino que fora de seus pais, casou com sua prima Anna de Araujo e Andrade, filha de Francisco de Araujo de Andrade e de Maria de Souro, filha de Joao de Souro e neta por este de Belchior de Andrade de Araujo, natural da vila de Arcos [de Valdevez] e capitao no Rio de Janeiro, e de Maria Cardoso de Souto-Maior (irma inteira de Helena de Souto-Maior Cardoso ja mencionada.)”

“Helena de Souto-Maior Cardoso, chamada de viuva de Pedra, por esta neto de Belchior da Ponte Maciel, da familia dos Pontes Cardoso da mesma ilha.” [Ilha Terceira, Acores].

Extraido da “Genealogia Paulistana”, de Silva Leme, Tit. Rendons. Ver a introducao do paragrafo 5o., a respeito de Anna de Alarcao e Luna.

Os pequenos extratos tornam-se apenas pequenas janelas do como se formavam os embrincamentos entre as familias melhor conceituadas em qualquer local. Outras janelas se abrem para a dispersao destas familias por outros estados, principalmente o de Minas Gerais durante o “Ciclo do Ouro”. De um modo geral, os autores do passado omitem os residentes mais antigos do Brasil, mencionando apenas a esposa, que se casou com o recem-chegado da Europa, e, a partir dele, se forma o distinto ramo de seu sobrenome.

Naturalmente, nem tudo se explica por meio da genealogia. Mas tambem nem tudo se pode aceitar como completo porque esta nos livros de Historia, ou em teses dos mais conceituados dos doutores. Ha que somar-se tudo para tentar optar-se por alternativa mais logica.

A questao toda nao passa por uma logica de familia e sim do individualismo. Isso porque os pais poderiam manter os filhos e, talvez, netos defendendo interesses comuns. Mas a partir da proxima geracao haveria necessariamente o estabelecimento da competicao entre os membros da mesma descendencia por causa do numero limitado de oportunidades. Neste caso, abriam-se portas para aliancas com os recem-chegados. E os menos favorecidos da mesma familia se moviam para outros lugares, onde as oportunidades poderiam ser mais promissoras.

Como mencionei antes, ha 150 anos atras nossas trisavos estavam dando a luz aos nossos bisavos mais novos. Mesmo parte dessa descendencia optando por casar-se com parentes proximos, somos alguns milhares de almas vivas na atualidade. Se todos tivessemos permanecido restritos a um espaco geografico limitado e nao dispersado pelo mundo, somente teriamos oportunidade de nao nos casarmos com pessoas aparentadas se os conjuges nos viessem de outras paragens.

Acredito que, mais que um tracado intencional para o destino, os familiares antigos nao desenharam, e nem poderiam faze-lo, um projeto para que as descendencias deles permanecessem no poder. Muito pelo contrario. Mesmo que tiveram tal intencao, os resultados dos planos somente enganam aos interpretes porque a descendencia comporta-se como sanfona.

Aos poucos expande pelo territorio e depois retorna ja com os lacos familiares esquecidos no periode de inchaco habitacional das grandes cidades. Assim, todos nos tornamos aparentados uns dos outros. Acontecendo apenas nao termos o conhecimento das vias em que se processam o nosso parentesco. E isso independe do poder aquisitivo de cada um.

No livro: “Memorial Nilopolitano – Tomo I”, encontram-se informacoes anteriores `a fundacao do Rio de Janeiro e segue fornecendo dados por seculos que se seguiram. Afirma-se que a area fora dada por sesmarias ao nobre Bras Cubas. Este nao tomou posse e preferiu seguir sua carreira de Capitao-Mor da Capitania de Sao Vicente, vivendo na area de Santos, cidade da qual eh fundador. O Rio de Janeiro era parte da mesma capitania.

Apos a reconquista aos franceses e tamoios, a Baia da Guanabara foi distribuida a muitos sesmeiros, entre os quais encontram-se: Domingos de Braga, Lourenco Luiz, Antonio e Francisco Alvarenga, Diogo de Brito, Belchior Tavares, reverendo Martim Fernandes, Simao Rodrigues Peres, Jordao Homem da Costa, Joao Homem e Diogo de Montarroyos.

Alias, nas descricoes da guerra contra os franceses e tamoios, o padre Jose de Anchieta registra que as pessoas de origem europeia que se estabeleceram logo apos aos conflitos giravam em torno de 600. Somavam-se a eles alguns milhares de indigenas. Os escravos tambem estavam presentes.

Se se fizer um modelo multiplicatoria de populacoes `a epoca verificaremos que na terceira geracao de nascidos locais os filhos teriam que obrigatoriamente aparentar-se com todos. Isso porque os 600 homens pertencerao a grupos de familias ja consanguineas. Ja seriam pais, tios, filhos, sobrinhos, irmaos etc. E as mulheres, muitas das quais indigenas, ja seriam partes de uma mesmas familias.

No final, qualquer recem-chegado que se estabelecesse no Rio de Janeiro nos primeiro seculo e meio nao deixaria descendencia se nao se misturasse aos primeiros chegados. O que acontece eh que o sistema economico sempre foi excludente. Ou seja, alguns parentes se beneficiaram melhor do trabalho dos seus antepassados. Os outros, por excluidos, formaram o povo. Se outros do povo tivessem sido beneficiados, mas a exclusao permanecido, mudariam apenas os nomes dos beneficiarios, os ancestrais continuariam os mesmos.

Ha entre o Rio de Janeiro e Virginopolis em Minas Gerais um paralelo de semelhanca curioso. Atualmente o municipio tem 150 anos de ocupacao europeia. A base inicial da economia era semelhante: engenho canavieiro, producao agricola e pecuaria de sustentacao, posteriormente cafeeira ate aos naos 1960.

Os nossos trisavos, por terem chegado primeiro, ocuparam imensas glebas de terras e se tornaram senhores ricos. Os bisavos herdaram e continuaram bem de vida. Os avos tiveram que trabalhar para permanecer estaveis. Muitos da geracao dos pais tiveram que mudar de profissao para se sustentarem. Nossa geracao teve que buscar o mundo pois que senao ficaria entre a miseria e o remediado.

Deve ter ocorrido o mesmo aos familiares fluminenses. Nos inicio do seculo XVIII a escolha era a mesma, ou ficava e se assumia plebe comum de vez ou se mudava para Minas Gerais. A Historia se repetiu conosco e as geracoes que estao nos seguindo.

A multiplicacao dos engenhos de cana-de-acucar no Rio de Janeiro deve ter obedecido ordem semelhante a que ocorreu em Virginopolis. Com a entrada dos herdeiros na fase adulta, os filhos que seguiriam a mesma profissao dos pais teriam que construir um para si, caso nao fossem os primogenitos.

Como a populacao cresce mas a terra permanece do mesmo tamanho, ou eles dividiam suas terras em porcoes cada vez menores e os engenhos tambem se reduziam de tamanho, ou seriam obrigados a distanciar-se da sede original. Os pais das filhas acabavam juntando fortunas para os genros que, de preferencia, seriam escolhidos entre os recem-chegados. Mudando assim o sobrenome da chefia e senhorio dos engenhos.

Na tese do doutor Antonio Felipe Pereira Caetano, no capitulo: “Os Honoratiores Goncalenses: a Familia Barbalho Bezerra”, paginas 187 a 194, encontra-se a informacao de que fugiu ao escrutinio dos genealogistas por ele consultados, incluindo-se Carlos G. Rheingantz, o casamento de Brites de Lemos com o governador Agostinho Barbalho Bezerra. Ele confirmou este evento em “documentacao do oficio de notas”.

Em biografias, escritas por autores antigos, menciona-se que Agostinho Barbalho Bezerra havia falecido em 1667, enquanto chefiava uma Entrada de prospeccao de ouro, no Rio Doce, `a altura do Espirito Santo. Antonio Felipe passa uma informacao um pouco confusa: “em 1670 no rio Doce, quando retornou a Pernambuco, estando com 51 anos.” A data podera estar correta porque encontrou a venda de uma casa de Agostinho, em 1669, para Joao Fernandes Pedra. Fugiu ao escrutinio dele informar que Joao Pedra e Agostinho eram genros dos mesmos sogros: Joao Alvares e Isabel de Montarroyos.

No Memorial Nilopolitano confunde-se a paternidade de Agostinho, dando-o por filho do Jeronimo. Ja Antonio Felipe afirma terem sido seis os filhos do governador Luiz Barbalho Bezerra e Maria Furtado: Antonio, Guilherme, Francisco Monteiro, Cecilia, Jeronimo e Agostinho. Em publicacao do Instituto Historico e Geografico Brasileiro, de 1889, copiando narracao genealogica de autoria baiana, cita-se tambem seis nomes, que sao: Guilherme, Agostinho, Francisco Monteiro, Antonia, Cosma e Fernando (Fernao) Barbalho Bezerra. Ou seja, em verdade foram pelo menos nove, sendo tres com registro nos anais baianos e tres nos fluminenses que nao se repetem.

O resumo dessas poucas notas genealogicas servem particularmente para ilustrar aquilo que constatei em meus estudos, ou seja, mesmo havendo alguma variacao de sobrenome em areas de extensoes reduzidas e populacao relativamente excassa, nao ha que passar longa data para os vinculos familiares desenvolverem de forma a abranger toda a populacao na mesma rede parental.

O engano em falar-se o contrario torna-se resultado de pesquisas limitadas, em se tratando de academicos, ou de ignorancia, em se tratando de pessoas das proprias familias em escrutinio. O erro dos aparentados eh induzido pelo fato de as pessoas geralmente conhecerem apenas as geracoes de seus pais e avos como ancestrais, portanto, nao tomam conhecimento de parentescos a partir dos bisavos. A nao ser em lugares tao minusculos que o grau de parentesco eh repetido em demasia.

A genealogia e a Historia vinculada a ela tambem podem contrariar conceitos defendidos na tese do Joao Fragoso. Nela se defende a ideia de que havia um conflito de grupos de familias que formavam partidos de preferencias politicas. Mas as realidades genealogicas contradizem este parecer.

Tome-se como exemplo a pessoa de dona Cecilia Barbalho. A vida dela eh celebrada como personalidade significante na sociedade carioca. Embora possa-se afirmar que a biografia que temos dela seja mais lendaria que fato, eh presumivel que contenha porcao verdadeira.

Afirma-se ali que as “mas linguas” disseram que fosse uma pessoa orgulhosa, a ponto de preferir internar-se, junto com as filhas e outras mocas da sociedade, numa extensao `a Capela de Nossa Senhora da ajuda, por ela propria construida, que dar as filhas em casamento para a classe por ela considerada inferior residente no Rio de Janeiro. Lamentava a fortuna menor deixada pelo marido, que a impedia de criar dotes para que pudesse buscar maridos de classe na Europa para as filhas.

Eh possivel que o orgulho fosse um fato. Contudo, outro fato era o de que a intencao dela era a de fundar um convento feminino que nao existia na cidade. O contraditorio foi expresso pelos senhores administradores que se opuzeram `a ideia por dois motivos. O primeiro era a possibilidade de o convento nao receber o apoio financeiro necessario da populacao e a conta da manutencao cair na responsabilidade do erario publico. O segundo fato era o de a regiao ser um completo vazio demografico e os “homens de bem” nao podiam permitir que mulheres uteis para parir-lhes descendentes tornassem-se inuteis para este fim, enclausuradas num convento.

A proposta de dona Cecilia foi feita por volta de 1670 e somente concretizada a partir de 1750. Apos a inauguracao as acusacoes contra a idealizadora mostraram-se falhas. Ela desejava ter um local para abrigar as mulheres que nao se conformassem com o mando masculino. Ou seja, era uma ideia revolucionaria feminista. Mas apos inaugurada a obra, com o apoio dos homens da mais alta nobreza, os senhores passaram a internar ate por meio da forca as suas proprias esposas ou filhas que ousassem desafiar o poder de mando monopolizado pelos machos da epoca.

Os costumes e tradicoes, em adicao `a genealogia, permitem deduzir que os fatos eram outros. Em primeiro lugar os pais deviam reservar dotes atraentes, naturalmente, para que as filhas casadoiras encontrassem os melhores partidos na praca. Os criterios para a escolha dos noivos envolviam, tambem naturalmente, as oportunidades que eles poderiam oferecer aos descendentes, pois, os pais nao desejavam apenas ter descendentes na geracao imediata `a dos filhos, portanto, era necessario planejar um futuro mais prolongado.

Os pais tinham a consciencia da finitude da vida ja que a morte estava sempre `a ronda. A media de vida das pessoas era inferior a 40 anos. 50% das criancas nao atingiam a idade adulta. Essa realidade devia colocar os pais em posicao de nao se apegarem a preferencias politicas e fazerem opcoes pelo que fosse pratico e racional.

O sistema patriarcal da primogenitura era mais definidor que a decisao partidaria tambem. O primogenito herdaria nao apenas os titulos paternos, ganhava diversas vantagens que lhe dariam estabilidade financeira praticamente garantida. Ele se beneficiaria do trabalho que vinha sendo desenvolvido por dezenas de geracoes da mesma linhagem primogenita. Enquanto os outros lhe eram apenas agregados.

O que acontecia era que havia apenas um primogenito em cada familia. Enquanto, em media, as mulheres representavam pelo menos a metade dos nascidos na familia. Isso significava que os primogenitos tinham a oportunidade de selecionar aquela que se encaixasse melhor em seus interesses. E, obviamente, muito influia as filhas cujos pais podiam oferecer melhores dotes. Nao importavam os sentimentos politicos dos pais dos noivos. Ate mesmo os inimigos podiam, vez por outra, esquecer suas inimizades em favor de interesses maiores e comuns a todos.

No final do seculo XVII o mais provavel seria que nao existissem mais que 2.000 oportunidades de cargos, posses de plantations e fazendas pecuarias, alem de grandes negocios de iniciativa privada.Mesmo que os tivessem, uma parte estaria concentrada em poucas maos, assim como atualmente as riquezas sao distribuidas.

Mas em contrapartida o numero de descendentes dos fundadores e mais ricos deveriam contar com mais de 10.000 pessoas. Portanto, a maioria encontrava-se caindo pelas beiradas. Se nao fosse o encontro do ouro, a tendencia seria a de mais e maiores conflitos no periodo colonial, entre as pessoas de cada familia individual.

Talvez a teoria dos primogenitos explique o longo tempo em que se repetia a lenda urbana de que haviam “10 mulheres para cada homem no Rio de Janeiro.” Isso nunca de fato existiu em tempo algum, nem mesmo considerando-se apenas os primogenitos.

Quando aproximou-se o final do seculo XVII a situacao estava caminhando para o esgotamento. Obviamente porque o enriquecimento nao acompanhava o crescimento demografico. Era uma reprise do que ocorrera em Portugal, antes das Grandes Descobertas. A descendencia dos “melhores da terra” era muito mais numerosa que oportunidades economicas lhe eram oferecidas.

Os primeiros que se mudaram para o Brasil tiveram a oportunidade de se retirarem do quadro de nobreza falida e retornar `a nobreza abastada. Contudo, os 200 primeiros anos de colonizacao restringiram-se `as terras costeiras. Por isso a populacao era descrita como: “populacao carangueja”, ou seja, vivia apenas nas costas do pais.

A descoberta do ouro em Minas Gerais tornou-se a grande oportunidade para as familias portuguesas, mesmo aquelas encabecadas por filhos que nao eram primogenitos. Durante os primeiros 50 anos do Ciclo do Ouro boa parte da populacao jovem portuguesa e das provincias brasileiras que nao tinha estabilidade garantida procurou a sorte por la.

Cidades e Vilas tomaram aspectos de desertas tamanha foi a evasao. Mesmo assim, a populacao de origem portuguesa ainda era muito diminuta para ocupar e aparecer nas vastidoes das Gerais. O Estado somente veio a atingir o segundo milhao de habitantes por volta de 1880, quando a presenca do ouro farto ja era Historia.

Tomando a dispersao da Familia Barbalho descendente do governador Luiz Barbalho Bezerra como modelo, pode-se deduzir como se deu a povoacao do Brasil. Ou seja, foi uma familia que descendia de diversas outras primeiro moradoras de Pernambuco. Os filhos distribuiram-se pelos atuais Estados da Paraiba, Sergipe, Bahia e Rio de Janeiro.

A descendencia destes, ainda no Periodo Colonial, ja se encontrava em todos os Estados da Costa Atlantica, alem de Minas Gerais. Atualmente, encontra-se tao dispersa pelo Brasil inteiro quanto por boa parte do mundo. Torna-se portanto invevitavel que pelo menos parte de todas as outras familias brasileiras tenham algum vinculo familiar com essa descendencia.

O mesmo deve ter se dado no Rio de Janeiro do seculo XVII. Mesmo que as familias tivessem sobrenomes diferenciados umas das outras existiam os primos que assinavam Barbalho e/ou Bezerra, e outros nao assinavam porem o eram.

Portanto, era mesmo incorreto afirmar-se que a politica foi capaz de separar algumas familias em um campo e outras em outro. O que sempre existiu foram pessoas separadas por suas opinioes politicas, independentemente se pertencerem a uma mesma consanguinidade ou nao.

(*) ANCESTRAIS COM GARANTIA RELACIONADOS NA TESE

Belchior Pontes * 1580
Belchior Andrade e Araujo * 1611
Baltazar da Costa 1595
Duarte Ramirez de Leao 1617
Jeronimo Barbalho Bezerra * 1614
Agostinho Barbalho Bezerra 1619
Antonio da Costa Ramires 1619
Pedro da Costa Ramires* 1668
Manoel da Costa 1605
Miguel Gomes Bravo* 1593
Joao do Couto Carnide* 1624
Diogo de Montarroyo 1623 (sogro do Joao Alvares Pereira)
Joao Alvares Pereira 1626 (sogro do Agostinho Barbalho Bezerra)
Inacio de Andrade 1645 (parte da familia)

Outros sobrenomes que aparecem entre os ancestrais e os fundadores sao: Aguiar, Vaz e Almeida. Contudo nao possuo dados para comprovar as ligacoes.

MAIS NOTAS GENEALOGICAS.

Enquanto escrevia, encontrei o endereco:http://objdigital.bn.br/acervo_dig…/anais/anais_047_1925.pdf.

Trata-se de uma digitalizacao de “Annaes da Biblitheca Nacional do Rio de Janeiro”. A revista publicou um trabalho de “Nobiliarquia Pernambucana”. Escrita por Antonio Jose Victoriano Borges da Fonseca, datado de 1748. A biblioteca Nacional reproduziu em 1925 a 1935. O volume eh o XLVII.

O proprimo Antonio Jose, que foi militar e escritor, ressalva as dificuldades em encontrar dados corretos. Lamenta que o povo portugues era muito bom para o trabalho bracal mas pouco afeito `as necessidades de garantir registros para o futuro. Outro detalhe eh que ele buscou documentacao mas valeu-se de informacao oral tambem. Ressaltando que haviam nobres que nem sequer sabiam dizer quem haviam sido seus proprios avos.

O resultado disso eh que parece que ele pode ou nao ter feito de cada personagem uma carta de baralho e ter combinado pessoas diferentes em familias das quais nao faziam parte imediata. Mas tambem pode ser que em alguma coisa ele esteja correto e o restante dos genealogistas enganados.

O interesse imediato sao as familias Barbalho e Bezerra Felpa de Barbuda. Elas se tornam nossas raizes antes de nosso ramo se mudar para o Rio de Janeiro. Mas tambem pode-se aproveitar para observar como em poucas geracoes os familiares desta linhagem se entrelacam com os mais diversos sobrenomes da nobreza pernambucana tornando todos parte de uma mesma familia.

`A pagina 139 ele menciona que o patriarca Braz Barbalho Feyo teria se casado com Leonor Tavares de Guardez, filha de Francisco Carvalho de Andrade e Maria Tavares de Guardez. Os nomes dos pais correspondem ao encontrado em outras literaturas, porem, Leonor e Ignez, tambem mencionada por ter sido “bem casada”, sao lembradas como irmas da Maria Tavares de Guardez, mesmo nome da mae, que seria a esposa do Braz.

A descricao da familia esta um tanto confusa. Embora confirme que Camilla Barbalho, que aparece como madrinha de batismo em 7 de novembro de 1608, era filha de Braz e sua esposa. Mas incorre no dizer que o nome do marido da Camilla era Fernao Bezerra.

Passando `a familia Bezerra Felpa de Barbuda, `a pagina 37, o autor nao da nome ao marido da Camilla, indicando nao ter certeza. O que os autores mais recentes tambem nao se encontram ao sugerir a possibilidade de ser tanto Antonio quanto Guilherme. Ja aceitei ser Guilherme, cujos pais as genealogias modernas confirmam ser Antonio Bezerra Felpa de Barbuda, natural de Ponte de Lima, e sua esposa Maria Araujo. Chegados a Pernambuco com seu primeiro donatario, Duarte Coelho.

`A pagina 37 registra-se Luiz Barbalho Bezerra, o ilustre governador da Bahia e do Rio de Janeiro. Porem, o autor se recusa a dar os dados genealogicos a partir dele, por ja terem sido abordados por outros autores e por nao os te-los ja que haviam se mudado para o Rio de Janeiro. Informa apenas que Guilherme foi o filho mais velho e que o total de filhos seriam 10.

O que se segue, porem, eh o mais confuso. Registra ao que parece ser o nascimento do irmao do governador Luiz, Felippe Barbalho Bezerra. Entre as paginas 37 e 38 ele segue a narrativa:

“4 – Felippe Barbalho Bezerra, consta no Livro Velho da Se que casou a 24 de Setembro de 1608 com Seraphina de Moraes, filha de Domingos da Silveira e de sua mulher Margarida Gomes Bezerra, em titulo Bezerras, Morgado da Parahyba. [Titulo este que nao esta presente no endereco acima citado]

Deste matrimonio nasceram:

5 – Jeronymo Barbalho Bezerra, que foi para o Rio de Janeiro, onde ha noticia de que morrera degolado.

5 – Felippe Barbalho Bezerra, Cavalleiro da Ordem de S. Bento de Aviz, que nao casou.

5 – Antonio Barbalho Bezerra, que ja se achava casado em 1633 com sua parenta Joanna Gomes da Silveira, filha herdeira de seu tio, irmao do seu avo Duarte Gomes da Silveira, que nelles instituio com faculdade regia o Morgado de Sao Salvador do Mundo, da Parahyba a 6 de Dezembro do dito anno. Delle e da sua sucessao se escreve em titulo Bezerras Morgados da Parahyba.

5 – Luiz Barbalho Bezerra, que falleceo solteiro.”

A descricao segue mas isso ja basta.

Aqui encontramos um contraste enorme entre o que se prega nas genealogias fluminenses e o que o autor descreve. Pode ser que esta descricao esteja, em parte, mais correta. Na tese do professor Antonio Felipe existe a mencao ao casamento de Luiz Barbalho e Maria Furtado em 1614, quando ele ja completara os 30 anos. Como o filho Guilherme era o mais velho, o Antonio filho deles so veio a nascer apos este ano.

O que tornaria o Antonio um improvavel candidato a marido de Joana Gomes da Silveira por estar com menos de 18 anos. Embora nao seja impossivel sabendo-se que o fundador do Morgado de Sao Salvador do Mundo, em 1633, estaria por volta de seus 80 anos de idade. O filho herdeiro havia falecido nos confrontos contra os holandeses. Talvez ele fizesse a encomenda do casamento sob a pressao de conhecer os herdeiros de sua fortuna em vida.

Contra essa hipotese, porem, esta na pagina 35 dos Annaes que um Antonio Bezerra filho de Luiz Barbalho, foi o marido da Maria Monteiro, sua prima. Caso essa afirmacao estiver correta, confirma-se que o marido da Joanna era o filho do Felippe e o filho do Luiz casou-se com outra parenta.

Ja a afirmacao dele de que o degolado Jeronymo Barbalho Bezerra era tambem filho do Felippe tras controversias. Possivelmente, os genealogistas do Rio de Janeiro devem ter verificado os processos da “Revolta da Cachaca” e outros para constatar ter sido ele o filho do governador Luiz Barbalho. Caso contrario, tera sido uma falha do mais alto grau crasso.

Contudo, genealogicamente nao muda a nossa ascendencia nos lados Barbalho e Bezerra Felpa de Barbuda. Muda `a altura da mae do Jeronymo que passaria de Maria Furtado para Seraphina de Moraes, filha de Domingos da Silveira e Margarida Gomes Bezerra. Nao quero repetir, mas ai se da o casamento de linhagem Bezerra com Silveira.

Existem mencoes interessantes de que os Silveiras estiveram na conquista do Marrocos e um deles casou-se com uma princesa de descendencia muculmana das mais nobres. Deles descendem os que migraram para Pernambuco. Se deixarmos de ser descendentes do Luiz e Maria Furtado aqui, nao se podera ainda afirmar-se o mesmo em relacao a nossa ancestral Maria Rodrigues de Magalhaes Barbalho, pelo lado Coelho de Magalhaes, da qual ainda nao conhecemos os ancestrais.

Contra a hipotese de o degolado ser filho do Felippe ha a presenca da repeticao de mesmos nomes entre os primos. Como o autor soube da degola de ouvir falar, provavel sera que existiam 2 Jeronymos e o enforcado tera mesmo sido o filho do Luiz e nao o do Felippe. Ele nao nos ofereceu nem sequer a oportunidade para desambiguacao, pois, mencionou terem sido 10 os filhos do Luiz mas nao citou os nomes deles.

Um indicio que se pode levar em conta sera a ordem de nomes dos filhos. O primeiro filho do governador Luiz foi o Guilherme, o que indica poder ser o mesmo nome do avo da crianca. O Jeronymo batizou seu primeiro filho com seu proprio nome. Mas o segundo foi Felippe, que poderia lembrar o pai dele. Somente o terceiro, dos homens, veio a chamar-se Luiz Barbalho Bezerra, que poderia ser uma homenagem ao tio preferido, nao necessariamente ao pai.

Eu realmente encontrei nas literaturas o numero de 10 filhos e filhas para o governador Luiz Barbalho. Mas inclui-se nestes o nome de Celia Carreiro, esposa de Fernao Aires Furtado. Ela so aparece numa postagem na internet. Pode ser engano ou ser uma filha extraconjugal reconhecida. Numa outra hipotese, poderia ser filha de algum casamento previo que ainda nao foi localizado pelas genealogias consultados. Antes dos 30 anos o Luiz Barbalho teve tempo mais que suficiente para aventuras que os biografos da epoca prefeririam deixar ocultas.

As desambiguacoes poderiam ser feitas em consultas aos livros de Rheingantz ou do Carlos Barata. Ou mesmo `a obra do Frei Jaboatao, alias, Antonio Coelho Meireles. Por ter nascido em 1695, era quase uma geracao mais velho que Antonio Jose. Frei Jaboatao poderia ter conhecido filhos do governador Luiz pessoalmente, ja que o Francisco Monteiro vivia pelo menos ate 1704. Por isso, no que consta `a parte oral dos dados genealogicos recolhidos por ele, pode-se esperar melhor precisao.

De todas as maneiras, concluo essa dissertacao com uma conclusao obvia. Apos verificar por alto as genealogias que constam na Genealogia Paulistana, naquela que aborda as primeiras familias da Bahia e a presente Nobiliarquia Pernambucana, sabendo que as populacoes se alternaram em migracoes no sentido Norte/Sul e Sul/Norte, podemos afirmar que elas contem ancestrais da maioria dos brasileiros vivos.

Mesmo os que sao descendentes de muitos outros ancestrais que nao se encontram nestas descricoes, se tiverem a necessaria forca para enfrentar o desafio da busca, irao encontrar nestas genealogias nao uns poucos mas muitos de seus proprios ancestrais, demonstrando que somos todos, em menor ou maior grau, aparentados. Essa nao eh uma questao de talvez nem de probabilidades. Eh fato do qual nao se pode escapar!

02. AOS DESCENDENTES DO MANUEL COELHO DE MAGALHAES OU MANOEL COELHO DA ROCHA E AMIGOS.

Por enquanto nao ha certezas. Ainda estou estudando. Mas uma confreira de um site de genealogia ofereceu-me este endereco:https://archive.org/stream/archivoheraldic00unesgoog….

Ha mais tempo, o Odinho e eu estavamos duvidando daquele dito que esta recordado no livro da Ivania, e retirado do livro do prof. Nelson Coelho de Senna, afirmando que o ancestral (V e VI avo) Jose Coelho de Magalhaes procedia do Manuel Rodrigues Coelho. Eu tinha como base os fatos de que o Manuel foi tesoureiro da Villa Rica em 1719. E como foi dito que o Jose nasceu em Portugal, seria um tanto dificil que o mesmo Manuel desse conta de sua fortuna em Minas Gerais, onde ha noticias que andava ativo ate pelo menos por volta dos 1760, e tivesse um tempinho para ir a Portugal fazer filhos.

Baseado nisso, levantei a hipotese de que o Manuel poderia ter enviado algum filho a Portugal para la facilitar seus negocios, que deveria ter com a coroa. Neste caso, o neto do Manuel poderia ter nascido em Portugal e depois sido repatriado para o Brasil.

Na referencia acima encontrei, nada mais nada menos que a obra famosa do SANCHES DE BAENA, o “ARCHIVO HERALDICO-GENEALOGICO”. Ja estou dando uma passagem d’olhos e por enquanto so consegui chegar `a letra L. Mesmo assim, tenho uma novidade que se encontra no F. No numero 753 (pagina 548) temos o que vai:

“753 – Francisco Coelho Brandao, natural do termo de Villa-Rica do Oiro Preto, estado da America; filho do alferes de Cavallaria Manuel Coelho* Rodrigues, e de sua mulher D. Josepha de Avila de Figueiredo, neta do capitao Joao Seabra de Guimaraes; neto o suplicante pela sua varonia do ajudante de infanteria Antonio Coelho, filho de Belchior Coelho, irmao do senhor de Filgueiras e Vieira.

Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Coelhos, no segundo as dos Seabras, no terceiro as dos Brandoes, e no quarto as dos Avilas. – Br. p a 23 de novembro de 1782. Reg. no Cart. da N., Liv. III, fl. 77v.”

Apenas por coincidencia, segue o seguinte assentamento:

“754 – Francisco Coelho de Magalhaes, morador na sua casa de Rendufe, concelho de Cabeceiras de Basto; filho do capitao Joao Felix Falcao, e de sua mulher D. Rosa Maria de Magalhaes, neto paterno do doutor Joao Carneiro da Silva Falcao; bisneto de Domingos Ribeiro Falcao, e de sua mulher Jeronyma da Silva, senhores que foram da casa da Alvacao; terceiro neto de Gerardo Falcao, e de sua mulher Domingas Ribeiro, senhores da casa do Souto; neto materno de Manuel Alves Magalhaes e Araujo, mestre de campo de infanteria auxiliar na provincia do Minho, fidalgo cavalleiro; bisneto de Francisco Alves de Araujo, capitao-mor de Villa de Basto, e de sua mulher D. Maria de Magalhaes; terceiro neto de Antonio Francisco Alves de Araujo, familiar do Santo Officio, sargento-mor da dita Villa.

As armas dos Falcoes, Silvas, Araujos e Magalhaes. Br. p. a 7 de maio de 1762 Reg. no Cart. da N., Liv. particular, fl. 136.”

Revisando, ja consegui ir ate ao final das mais de 700 paginas do livro. Fiz apenas leitura dinamica. E por incrivel que pareca, nao existe nenhuma referencia ao sobrenome Barbalho. Nao ha consideracao alguma ao escudo. Assim, acredito que eles usaram o dos Barbuda, por sermos descendentes do Antonio Bezerra Felpa de Barbuda. E o nome Barbalho parece ser uma corruptela criada no Brasil.

Outro detalhe eh que `a pagina 548, no numero 2163, aparece o Pedro Coelho de Seabra (Alferes) e `a pagina 591, no numero 2363, aparece o Vicente Coelho da Silva Seabra Telles. Estes mais o Francisco Coelho Brandao eram irmaos e os registros sao a mesma coisa para eles, mudando apenas os seus nomes. O que leva a crer que o pai deles podera nao ser o pai do Jose Coelho de Magalhaes.

O nosso verdadeiro ancestral poderia ser sem duvida alguma este Francisco Coelho de Magalhaes, que pela data que conseguiu armas poderia bem ser o pai do alferes de milicias Jose Coelho de Magalhaes. Mesmo porque, o prof. Nelson de Senna deixou escrito que a “tia” Bebiana Lourenca de Araujo era prima do Joao Coelho de Magalhaes, o irmao do avo Jose Coelho de Magalhaes Filho (ou Coelho da Rocha, fundador de Guanhaes). Portanto ha ai, senao coincidencias, veracidades que confirmam essa probabilidade. E tambem coincide ser procedente do Minho. E Cabeceiras do Basto, assim como Celorico de Basto, eram um verdadeiro Celeiro dos Coelho!

Pondo a atencao apenas nos 3 irmaos, infelizmente, eles eram os suplicantes, portanto, nada se fala a respeito das suas descendencias. Mas observei que Sanches de Baena mandou imprimir um * entre o Coelho e o Rodrigues, o que podera significar que os sobrenomes estavam invertidos. Neste caso chegariamos ao Manuel que nos interessa. Essa minha suposicao anterior deve ser falha e pode nao passar de um borrao porque o * nao aparece nas outras peticoes.

Ha um capitao Manoel Rodrigues Coelho que aparece em documentos no Arquivo Publico Mineiro, no endereco:http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/modules/…/brtacervo.php…. Nao da para sacar se ha relacao entre este, o Manuel Coelho Rodrigues, pai destes meninos, e o Manuel Rodrigues Coelho, dito nosso ancestral. Parece que os Manueis sao uma pessoa so. Afinal, nao ficaria barato obter-se 3 brasoes no mesmo dia, o que implica dizer que a fortuna estava sendo usada para garantir os privilegios da elite colonial. Neste caso, o nosso pentavo Jose Coelho de Magalhaes podera ser algum neto, por isso nao foi contemplado com Brasao.

Uma possibilidade que me ocorre eh a de o avo Jose poder mesmo ter sido filho do Manuel.

Porem ser numa condicao diferente, `a semelhanca dos filhos da segunda familia do bisavo Joao Rodrigues Coelho, que casou-se pela segunda vez em idade avancada, tendo filhos ate mais novos que alguns bisnetos. Podendo inclusive nao ter sido casamento e sim extraconjugal, porem reconhecido, pois, o Jose deve ter herdado algo para comecar a vida como fazendeiro no Axupe do Morro do Pilar (ou de Conceicao do Mato Dentro).

De qualquer forma, estou precisando da ajuda de alguem que localize os livros do conego Raimundo Trindade. Alguem da importancia do Manuel Rodrigues Coelho nao pode ter ficado fora das anotacoes dele no “Velhos Troncos Ouropretanos” e/ou no “Velhos Troncos Mineiros”. Estes sao livros que so devem ser encontrados em boas bibliotecas porque foram editados em 1951 e 1955. Sei que existe no Arquivo Publico Mineiro, como se ve pela descricao nos enderecos:http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/…/gravata/brtacervo.php… &http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/…/gravata/brtacervo.php….

O mais importante eh isso: quando eu fiz meus antigos estudos em cima do nome de um Jose Coelho de Magalhaes que encontrei no GeneAll.net, praticamente nada dele ficara perdido. Isso porque a genealogia la apresentada so se expande mesmo quando se chega ao casal: Catarina de Freitas e Fernao Coelho, I senhor de Filgueiras e Vieira. Como se ve na descricao do Francisco Coelho Brandao, igualmente para os outros dois irmaos, a carta de escudo dele saiu em 1782. Sendo ele bisneto de “Belchior Coelho, irmao do senhor de Filgueiras e Vieira”, entao, o Belchior foi filho do la pelo VII ou VIII senhor de Filgueiras e Vieira, que descendia do Fernao e Catarina. Alias, eh dela que vem a ancestralidade mais rococo.

Isso, so nos da um pouco mais de sangue “contaminado” com a nobreza, pois, os senhores de tal importancia devem ter se casado todos com filhas de outros senhores de alguma coisa. O que nao eh boa noticia para nos, pois, devemos ser bem mais consanguineos do que pensamos, por isso mesmo. Mas seria bom saber a verdade nao eh mesmo?!!!

Na outra linhagem que estudei, o Jose Coelho de Magalhaes ali encontrado descendia ate do III senhor de Filgueiras e Vieira. Que foi o pai do Duarte Coelho Pereira, o primeiro senhor de Pernambuco.

Um indicio de que podera tratar-se da mesma familia foi a presenca do padre Gomes na Historia de Virginopolis. O nome dele era Joaquim Gomes Coelho da Silva. Este Coelho da Silva eh caracteristico de descendencia dos senhores de Filgueiras e Vieira a partir dos anos 1700. E o padre Gomes foi paroco de Virginopolis, no ultimo ano dele, ate 1896.

Na verdade, eu solicitei ajuda no site de genealogia para tentar aprofundar a genealogia do nosso ancestral Miguel Gomes Bravo. Mas descobri o nome `a pagina 623, no “Brazao de armas concedido a Diogo Dias Coimbra Pimentel de Almeida”. Realmente la consta que a avo do requerente: “D. Maria Gomes Bravo, era filha de Miguel Gomes Bravo, natural de Aveiro, escudeiro fidalgo da casa do senhor rei D. Joao III, e neta de Fernam Gomes Bravo, e bisneta de Martim Gomes Bravo, fidalgo gallego, e de sua mulher Cecilia Cardosa, criada da infanta D. Joanna, irma de el-rei D. Joao II.”

Na escritura tambem acrescenta-se o detalhe: “sem que n’elles houvesse raca de moiro ou judeu, ou moiato, como estava julgado na dita sentenca.” Uma boa ilustracao do grau de preconceito que circulava na nobreza. Dai, os que preferissem manter os privilegios da classe eram obrigados a manter-se puros de sangue, custasse o que custasse, mesmo em prejuizo para a saude da propria descendencia! Acabei de ver a biografia de D. Joao III. Teve 10 filhos. Quase nenhum chegou `a idade adulta. E o herdeiro, pai do D. Sebastiao, ja havia falecido primeiro que o pai.

O nosso ancestral Miguel Gomes Bravo era filho de Rui Gomes Bravo e nasceu em 1563. Apos ao falecimento de D. Joao III, portanto, jamais poderia ter sido escudeiro do monarca. Mas poderia ser neto do escudeiro. Se isso se concretizar, talvez a crenca em que o nosso ancestral fosse cristao-novo devera ser falsa.

03. CORONEL OTAVIO CAMPOS DO AMARAL

Estou aqui distraido com nossa genealogia. Sempre ouvi um ou outro comentario, principalmente vindos do papai, a respeito da Historia do Brasil, em que personagens conhecidas aparecem.

Nao sabia da participacao de um bravo virginopolitano na Revolucao de 30. Alias, ele caiu no esquecimento. Precisa ser revivido. Existe ate o livro:http://books.google.com/bo…/about/O_quarto_mosqueteiro.html….

Este livro trata-se de detalhes da vida do coronel Otavio Campos do Amaral, filho de Antonio Ferreira Campos Baguary e dona Augusta Rabello do Amaral, (professora Augusta Campos) nascido em Virginopolis, em 7.11.1885.

Tem pouca coisa a respeito dele na internet. Entre os encontros ha este artigo na Wikipedia que ao exaltar o feito do cabo Aldomario Falcao faz tambem boa mencao `as virtudes do cel. Otavio Campos do Amaral. Segue o endereco: http://www.folhadiaria.com.br/…/caso…/cabo-aldomario-falcao….

04. AOS PARENTES E PARENTES DE NOSSOS PARENTES COM ASSINATURA “DE MIRANDA”

Encontrei numa segunda leva de documentos do arquivo do alferes Luiz Antonio Pinto a anotacao de um casamento de um tio-pentavo nosso. La esta escrito:

“f 138 – Em 23 de Abril de de 1798 casou-se Joao Claudio de Miranda, filho legitimo de Jose Vicente de Miranda e Anna Maria da Encarnacao, desta Villa, com Feliciana Clara de Jesus (uma palavra ilegivel) no mosinho da capela em casa de Maria Francisca de Seixas Brandao, da Gouveia, onde foi baptisada.”

Estes Jose Vicente e Anna Maria estavam em nossa genealogia como pais de Maria Magdalena de Santana, que foi a esposa de um dos fundadores de Sao Sebastiao dos Correntes, atual Sabinopolis, e pentavo da minha geracao, Antonio Borges Monteiro Junior. A revelacao da existencia do Joao Claudio de Miranda abre algumas perspectivas.

Nas relacoes de nomes de pessoas que viveram ha cerca de 2 seculos atras na regiao dominada pelo Serro, nao tenho visto outros cuja assinatura tambem fosse “de Miranda”. Isso pode indicar que a maioria das pessoas da regiao, portadoras da assinatura, devera pertencer `a mesma familia. Como nao se sabe se os avos Jose Vicente e Anna Maria tiveram apenas os dois filhos mencionados, nao se sabe quantos ramos familiares os terao como ancestrais. Mas 2, somado ao tempo em que viveram, ja se pode prever uma descendencia “assombrosa”.

Os ancestrais Maria Magdalena e Antonio Junior casaram-se em 17.11.1805, sete anos apos Joao Claudio e Feliciana Clara. Isso leva a entender que Joao Claudio era bem mais velho que Maria Magdalena e o mais provavel sera que tiveram diversos irmaos intermediarios, talvez tambem alguns mais velhos e outros mais novos que ambos.

As pessoas que atualmente contam em minha faixa de idade (55 anos + ou -15) deverao ter avos nascidos por volta de 1900. Aqueles que assinam ou sabem ter um “de Miranda” como ancestral e desejarem verificar se fazem parte dessa descendencia, nao deverao ter dificuldades em encontrar os registros de casamentos de seus avos dessa linhagem. Este registro devera conter os nomes dos pais e avos dos conjuges. Ou seja, chega-se ai aos avos dos avos, os terceiravos de nossa geracao.

Estes deverao ter nascido em torno de 1820 a 1840. Com a possibilidade de ser um pouco antes ou pouca coisa depois, principalmente se forem do sexo masculino que dao um intervalo ligeiramente maior que os do sexo feminino. Se os registros apontarem a procedencia da sua familia e for da antiga regiao dominada pelo Serro, as chances serao boas de pertencer `a mesma raiz.

Para unir a raiz Jose Vicente/Anna Maria via Joao Claudio ou algum de seus irmaos, dever-se-a ter que descobrir mais uma geracao, a de filhos deles. Um passo mais provavel seria encontrar o registro de casamento do trisavo que, mais provavelmente, podera ser encontrado em alguns dos arquivos eclesiasticos no Serro. Outra opcao seria buscar naquela cidade, no Museu General Carneiro, os testamentos e inventarios destes nossos familiares. O museu guarda documentos do acervo da “Comarca do Serro”, que antigamente abrangia todo o Centro-Norte do Estado de Minas Gerais.

Nao ha garantias que se encontrarao neles tudo o que sera preciso saber. Porem, seria o passo mais logico a se seguir, tentar encontrar as duas pontas da meada. Os documentos poderiam inclusive revelar a procedencia do Jose Vicente. Nao se sabe se ja fazia parte do time radicado no Brasil ou era portugues recem-introduzido.

A importancia, entre outras, de buscar-se a revelacao desses meandros genealogicos esta no fato de que alguns casamentos das geracoes mais recentes ocorreram entre nossos familiares sabidamente descendentes do Jose Vicente e outros cuja assinatura eh “de Miranda”. Pode ser que estes casamentos trouxeram em si mais algum grau de consanguinidade `as atuais geracoes. A importancia de desvendar-se isso eh medico-preventivo.

Acredito que as chances, embora nao chegando a 100%, sao grandes de todos pertencerem `a uma mesma familia sem o saber. Entre os descendentes do Jose Vicente de Miranda inclui-se os Rodrigues Coelho e muitos dos descendentes Pimenta. Claro, e todas as outras familias cuja assinatura seja diferente destas, porem, com algum vinculo parental com elas. Inclui-se, naturalmente, toda a descendencia dos pentavos: Maria Magdalena de Santana e Antonio Borges Monteiro Junior. Abracos,

Valquirio.

05. GENEALOGIA URGENTE

O nosso aparentado, Balduino Cézar Rabelo, passou-me algumas coordenadas genealogicas super importantes e que estao carecendo de algum complemento para que possamos fazer certas ligacoes fundamentais. O Balduino eh sobrinho de pelo menos 3 pessoas que deixaram suas marcas em Virginopolis. Sao tres mulheres de fibra. Sao elas: donas Blandina, Maria Clara e tia Marietta Nunes Rabello.

Gracas `a informacao do Balduino temos que elas eram filhas de SEBASTIAO FERREIRA RABELLO DE MAGALHAES & ANTONIA NUNES COELHO (Sia. Antoninha). Que novidade heim gente! Pensando que estamos longe e, de repente, surge mais uma parente perdida entre os ancestrais de membros da nossa familia. Isso quer dizer que aqueles que descendem e eram nossos primos sao mais primos ainda!… Vou colocar aqui um resumo genealogico para que compreendam melhor:

Sebastiao Ferreira Rabello de Magalhaes – Antonia Nunes Coelho, pais de:

1. Pedralvo
2. Blandina Nunes Rabello – Gabriel Nunes Coelho
3. Maria Clara Nunes Rabello – Francisco Dias de Andrade Junior
4. Marietta Nunes Rabello – Onesimo de Magalhaes Barbalho
5. Jose Rabello
6. Pedro
7. Antonio Nunes Rabello – Raimunda (Mundinha) Goncalves.

O Balduino eh sobrinho-neto do Sebastiao, por ser filho de dona Otavia e neto de PEDRO FERREIRA RABELLO DE MAGALHAES & BELLARMINA WERNECK DE LACERDA. Pedro e Sebastiao eram irmaos.

Bom, para aparar melhor as arestas, falta-nos descobrir, pelo menos, quem foram os pais dos senhores Pedro e Sebastiao. Eles foram parentes proximos de JOSE JOAQUIM FERREIRA RABELLO, o Barao do Serro. Parece-me que nao podem ser descendentes por causa das idades. Portanto, deverao ser primos. Como descobrir com certeza?

Penso nao ser tao dificil, bastando um pouco de disposicao (duplo sentido). Donas Blandina, Maria Clara e tia Marietta parecem ter nascido em Guanhaes. Dai devem ter se casao la. Ou, talvez, em Virginopolis, dependendo de qual ponto da zona rural viviam. Obtendo um registro de casamento de uma das 3 irmas, pode-se verificar quem foram os avos. Neste caso, o avo Rabello devera estar registrado na Arvore Genealogica da Familia do Barao do Serro. Dai sera so ler o restante.

Ha ai o lado oportuno de saber quem foram os pais de dona Antonia Nunes Coelho. Por ai pode ser que venhamos a saber qual o grau de parentesco que temos com ela. Sera um pouco dificil determinar de imediato porque ela nao foi filha dos tios Francisco e Joaquim, que temos os dados genealogicos mais completos. Sera descendente dos pentavos Euzebio Nunes Coelho e Ana Pinto de Jesus, porem, devera ser neta ou bisneta. Dai, sera preciso identificar os nomes dos pais e, depois, certificar como esta ligada a estes patriarcas.

O tio Onesimo era filho dos bisavos: Marcal de Magalhaes Barbalho e Ercila Coelho de Andrade. Nao tenho data de casamento dos tios Onesimo e Marietta mas tenho a de nascimento do Euler (De), que foi o primogenito do casal e nasceu em 18.8.1905. Portanto, o casamento deve ter ocorrido em 1904 + ou -.

Se alguem se dispor a buscar este registro, talvez nao seja incomodo buscar tambem o de casamento dos bisavos: MARCAL DE MAGALHAES BARBALHO, filho de FRANCISCO MARCAL DE MAGALHAES BARBALHO & EUGENIA MARIA DA CRUZ com HERCILIA COELHO DE ANDRADE, filha de JOAQUIM COELHO DE ANDRADE & JOAQUINA UMBELINA DA FONSECA.

Este registro devera ser encontrado em Guanhaes. O casamento se deu em 05.07.1879. Nesta data, Estado e Igreja estavam ligados. Dai o registro deve existir apenas em sua versao religiosa. Deve ter na matriz em Guanhaes. Talvez nao na catedral, a menos que o livro de registro ja tenha sido recolhido. A importancia de se buscar este registro esta em encontrar os nomes dos avos da Dindinha Ercila. Talvez, por meio deles, possamos descobrir o parentesco que ela tinha com o poeta CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE.

O casamento entre dona Maria Clara e Francisco Dias Filho deve ter ocorrido bem depois, pois, o filho Geraldo (Lalado) nasceu em 30.11.1925. Nao sei dizer se ele era o mais velho. So conheci ele, o Eder e as “meninas” da dona Maria Clara, inclusive a Maria Jose que continua viva. Nao sei se tiveram outros. Se nao, a data do casamento tera sido em torno de 1925 mesmo. O Francisco Dias Filho era filho do professor FRANCISCO DIAS DE ANDRADE e da professora CELESTINA CRISTINA DE SOUZA. Seria bom encontrarmos os pais de ambos tambem. Talvez possamos fazer outra ligacao com a familia do poeta. E a familia do Lalado sera duplo parente dele.

O casamento que tenho menos data eh da dona BLANDINA NUNES RABELLO & GABRIEL NUNES COELHO. Ele era filho dos tios-bisavos: JOAO NUNES COELHO & PETRONILHA DE MAGALHAES BARBALHO. Mas o sr. CASSIO NUNES COELHO, filho do casal, faleceu agora em 1013, aos 90 anos de idade. Nao tenho datas dos nascimentos nem da dona LUZIA do seo OTAVIO, nem do senhor ADAUTO, marido da dona MARIA, do BERNARDINO & SIANITA (CARMELITA). Estes sao irmaos do CASSIO.

Esta ai o desafio gente. Vamos descobrir como somos aparentados do Barao de Cocais e do poeta Carlos Drummond?! Eu so nao vou correr atras imediatamente porque minhas pernas estao meio curtas para abracar o mundo com elas. Afinal, estou ca em Massachusetts. Um pouquinho fora-de-mao para visitar Guanhaes e Virginopolis. Abracos a todos. E como eu gostaria de tambem fugir desse frrriiiiioooo.

06. FAMILIARES FERREIRA RABELLO,

Vou passar aqui para voces algo que conhecia da internet e que devera despertar a curiosidade de voces. Entrem neste endereco: http://www.arvore.net.br/trindade/TitRabelos.htm, e tirem suas proprias conclusoes.

Talvez seja um equivoco do pesquisador Virgilio Pereira de Almeida dizer que o pai do barao do Serro: Bernardo Jose Ferreira Rabello, fosse portugues. Observem que pela projecao de datas, os Ferreira Rabello estao em Minas Gerais, possivelmente, desde antes do nascimento dele. Dai, sera provavel que seja natural de Barra Longa ou de Leopoldina.

Por falar nisso Balduino Cézar Rabelo, pelo jeito valera a pena dar um passeiozinho a Leopoldina para ver se consegue o registro de casamento dos seus avos: Pedro Ferreira Rabello de Magalhaes e Bellarmina Werneck de Lacerda. Garanto que a cidade eh simpatica e agradavel de se visitar.

Caso se comprove que os Rabello Ferreira de Guanhaes e Virginopolis sao mesmo desta raiz, ficara comprovado que tambem sao aparentados dos Ferreira Rabello do Rio de Janeiro. E ali terao parentesco com outros baroes, nao apenas o do Serro. Aguardemos por enquanto a constatacao, depois falamos disso.

No registro de casamento de ambos devemos encontrar os nomes dos pais e avos, o que sera uma grande fatalidade nao coincidirem com nenhuma destas pessoas na genealogia do Conego Trindade. Dai voces poderao descobrir exatamente de onde vieram de Portugal e ate mesmo da Franca.

Observe que o N3, Sebastiao, casou-se com dona Francisca Maria Angelica, que era Bn 5 dos Lanas. Os Lana descendem do Jean de Lanne. Mais informacoes, passem para a pagina dos Lana naquele site. Mas tambem podem ser Martins, ou Xavier (aparentados do Tiradentes), como segue na descendencia. A partir dai, poderao descender de diversos outras ramos portugueses e brasileiros que o livro mostra. Mas o primeiro passo sera mesmo buscar o vinculo com a Familia da Zona do Carmo. Dai o resto sera mamao-com-acucar.

Afetuoso abraco a todos.

Haydée Coelho CoelhoDirceu RabeloCelina RabelloNeto Rabello,Francisco Dias de AndradeHeloisa Hercila De Andrade GarridoJorge Miguel de MoraesRoxane BarbalhoCarlos Magalhaes Barbalho,Adamar Nunes CoelhoElesbao Nunes Coelho BaoJamir Nunes Coelho.Romeu F MadureiraBento Luiz Silva. Passem para frente. Talvez alguem se anime a ajudar a desvendar este misterio.

Uma dica. Nao devera haver registro de casamento entre o senhor Pedro e dona Bellarmina no cartorio. Se o casamento se deu antes de 1889, data da Proclamacao da Republica, o registro sera eclesiastico, ou seja, na Igreja. Isso porque a separacao de Igreja e Estado so se deu naquela data.

Apenas acrescentando, a Paroquia de Nossa Senhora do Rosario do Sumidouro, mencionada no livro do Conego Trindade fica na atual Pedro Leopoldo. Vejam a Historia no:http://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_Leopoldo.

Espero que ninguem tenha animado a sair correndo para buscar algum documento que venha a nos esclarecer melhor as origens da familia. Uma visita Leopoldina nao seria nada mal. Mas lembrei-me de outro detalhe.

O conego Trindade (Raimundo) foi, talvez, o maior geneologo mineiro ate o momento. Ele nao apenas escreveu o livro: “Genealogias da Zona do Carmo.” Outra obra que deve nos interessar sera a “Velhos Troncos Ouropretanos”. Nestas obras ele explora as genealogias de pessoas que se estabeleceram em Minas Gerais durante o “Ciclo do Ouro” e tiveram alguma importancia politico-economica. Imagino que, hoje-em-dia, uma parte consideravel dos mineiros e descendentes que sairam do estado terao vinculos parentais com as raizes descritas pelo padre Trindade.

Contudo, a obra mais completa dele eh o “VELHOS TRONCOS MINEIROS”. Um calhamaco de mais de mil paginas, dividido em 3 volumes. Eh provavel que nesta obra ele tenha repetido o que esta naqueles livros mais antigos e dado continuidade aos dados que constam neles. Sei que ele inclusive incluiu familias que se multiplicaram a partir de Conceicao do Mato Dentro, Serro e Diamantina. Eh provavel que ele ja tenha ate descrito como se deu os vinculos dos Ferreira Rabello da Zona da Mata Mineira, do Serro e do Rio de Janeiro.

A colecao foi publicada em 1955, portanto, so podera ser encontrada em sebos. Porem, podera ser encontrada em bibliotecas maiores, como a Biblioteca Publica de Belo Horizonte. Penso que bastaria uma rapida olhada no indice para saber se ele abordou ou nao as familias de nosso interesse. Se a resposta for positiva, nao sera dificil encontrar os vinculos que procuramos.

Infelizmente nao tenho acesso `as obras, exceto a que esta na internet (Genealogias da Zona da Carmo). Mas esta se concentra mais nas familias que colonizaram a area de Barra Longa, terra natal do Conego.

Grande Abraco.

07. BELLE NOUVEAU, PARA OS “DA CUNHA MENEZES” E FAMILIARES

Prezados,

ha poucos dias por ajuda fundamental do Adamar Nunes Coelho, e com algumas investigacoes que confirmaram, encontramos este cabecalho da Familia “da Cunha Menezes”:

Jose da Cunha Menezes – Maria Tereza Severino, foram pais de:

01.) Joaquim da Cunha Menezes – Enedina Borges de Menezes (Divinolandia)
02.) Joao da Cunha Menezes – Evangelina (Eva) e Sa Emidia Nunes Coelho
03.) Liberalino da Cunha Menezes – Adalgisa (Gigiu) Dias de Andrade
04.) Jose da Cunha Menezes – Heloina (Divinolandia)
05.) Luiz da Cunha Menezes – Regina Ferreira Madureira (Divinolandia)
06.) Sebastiao (Betica) da Cunha Menezes – Nenen (?)
07.) Olimpia da Cunha Menezes – Antonio Nunes da Silva
08.) Altina da Cunha Menezes – faleceu solteira
09.) Maria da Cunha Menezes – Durval Nunes Coelho
10.) Francelina da Cunha Menezes – Francisco de Matias

Ate agora, alem do que ja pude localizar gracas ao livro da Ivania e meus conhecimentos com a descendencia, so pude esticar um pouco a descendencia do sr. Luiz e dona Regina, por terem sido pais do sr. Raimundo (Dico Cunha) da Cunha Menezes, antigo prefeito de Santa Efigenia de Minas, irmao do primeiro prefeito local, sr. Efigenio da Cunha Menezes, ja falecido. O sr. Dico confirmou a porcao mais antiga de que os avos dele foram mesmo Jose e Tereza, e que foi sobrinho do seo Joao da Cunha e dona Maria da Cunha, que sao os que temos mais dados por terem se casado na Familia Coelho de Virginopolis.

E agora vai a novidade. Ontem, sabado, 11 de janeiro de 2014, estava distraidamente olhando a lista dos donos dos titulos de nobreza do Imperio Brasileiro. O que nao era novidade para mim era que tanto a familia “da Cunha” quanto os “de Menezes” formaram familias nobres na Peninsula Iberica. Mas o que encontrei agora foram dois nomes: Jose Felix da Cunha Menezes, primeiro e unico Barao de Rio Vermelho; e Manuel Inacio da Cunha e Menezes, Visconde do Rio Vermelho.

Se alguem desejar maiores informacoes a respeito do Rio Vermelho, visite o endereco: http://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Vermelho_(Salvador), e os links na materia. Mas posso adiantar que se trata de um dos bairros chiques da capital, Salvador. Tambem eh o local onde o “Caramuru” naufragou, foi salvo pelos indios e ai permaneceu o restante de seus dias. Portanto, trata-se de um dos primeiros locais da Bahia a ser povoado por europeus. Dai a possibilidade, tambem, de os “da Cunha Menezes” serem descendentes do Caramuru.

Por enquanto, vamos ao que interessa. Primeiramente, temos que voltar a Virginopolis e Divinolandia. Nao posso tirar conclusoes mas apenas suspeitar que a familia tenha procedencia na Bahia. La esta o nome de dona Maria Tereza Severino para indicar isso. Severino eh nome muito popular no Nordeste Brasileiro e nao tao comum nas terras do Centro-Sul do Brasil, a nao ser recentemente com a migracao nordestina. Diga-se de passagem a peca teatral do Joao Cabral de Melo Neto e da musica do Chico Buarque: “Morte e Vida Severina”. Severino no Nordeste ate virou sinonimo de comum.

Infelizmente, nao temos a procedencia do casal e nenhuma outra informacao mais precisa. Mas penso que havera algo a ser descoberto em Virginopolis. O casamento entre o sr. Joao da Cunha “contra” Sa Emidia deve ter completado 100 anos, ou esta por completar. Isso porque a tia Ilca, esposa do tio Omar Rodrigues Coelho, nasceu em 27.12.1914. O registro do casamento deve estar no cartorio. Assim, poderemos ver se registra os nomes dos avos do senhor Joao e, com um pouco de sorte, a procedencia da familia.

Mas o mais certo eh encontrarmos apenas os nomes, sem indicacao de procedencia. Dai sera preciso buscar algum documento que fale a respeito disso. Uma boa fonte de dados usada por genealogistas sao os testamentos e os inventarios. Ao que tudo indica, os “da Cunha Menezes” se instalaram em Divinolandia, dai nao sei dizer onde seria mais provavel encontrar esses documentos, se existem. Pode ser que se encontrem tambem em Guanhaes, que era a dona de tudo, ou

Virginopolis, que ja estava se assenhorando da futura heranca materna.

Se o senhor Jose da Cunha Menezes ou dona Maria Tereza deixaram algum testamento, existe a chance de terem mencionado suas procedencias, com nome de ancestrais. E como la pelos anos de 1900 o seo Joao ja fora pai da dona Izaura da Cunha Menezes, esposa do seo Waldemar Nunes Leite, eles devem ter falecido antes de 1930. Pela projecao de datas, o senhor Jose devera ter nascido por volta de 1840-50.

Confirmando a minha teoria de procederem da Bahia, o que nao eh impossivel por outros motivos. Nos sabemos que a Familia “de Senna” procedeu de Rio de Contas, e o patriarca Candido Jose de Senna era contemporaneo do casal patriarca dos “da Cunha Menezes”. Embora, Rio de Contas esteja mais proxima `a divisa da Bahia com Minas Gerais, a distancia nao seria problema para nossos antepassados.

Apos verificarmos os detalhes acima mencionados, talvez encontremos um atalho para decifrarmos toda a familia baiana. Entre os grandes genealogistas brasileiros temos um dos patronos de cadeira do Colegio Brasileiro de Genealogia, a de numero 27, com o nome de Antonio de Araujo de Aragao Bulcao Sobrinho. Em co-autoria com Jayme de Sa Menezes publicou o estudo genealogico: “Familias Baianas – Sa Menezes”. A data eh de 1968. Antonio de Araujo tem pelo menos outros 14 trabalhos genealogicos publicados. Podera ser pesquisado em grandes bibliotecas. Particularmente no CBG – RJ e na propria Bahia.

Interessante sera que, constatada verdadeira minha teoria, havera a possibilidade dos “da Cunha Menezes” do seo Joao e dona Maria da Cunha serem duplo Barbalho. Isso porque desde `a epoca das Invasoes Holandesas a Bahia recebeu parte da heranca genetica de Pernambuco. Duas filhas do mestre-de-campo, o governador Luiz Barbalho Bezerra se casaram por la. Foram donas Antonia e Cosma Barbalho Bezerra. Dona Antonia foi a mae de dona Ignez Tereza Barbalho Bezerra. Ela foi a esposa do nobre Egas Moniz Barreto. E, atraves deles, os Barbalho Bezerra, nossos ancestrais, foram ascendentes dos baroes de Rio de Contas, Sao Francisco, Paraguassu e Matoim.

Deverao ser ascendentes de toda a classe alta baiana porque dona Cosma casou-se com Francisco Negreiros de Sueiro, cujos desdobramentos mencionam diversas familias de alto poder aquisitivo. Mas so tenho acesso ao inicio destas geracoes. O mesmo se deu com outros descendentes de dona Antonia. Alem delas, houve um irmao: Francisco Monteiro Barbalho Bezerra que foi o capitao do Forte de Nossa Senhora do Populo, que fica na Baia de Todos os Santos. Mas nao sei dizer se deixou ou nao descendencia. A Zica podera dizer algo a respeito disso. Ela foi dar um “Garrido” num baiano!…

Tai gente. Caso queiram, o primeiro passo eh buscar o registro de casamento do seo Joao da Cunha e Emidia Nunes Coelho, que deve ser o mais facil. Ou encontrar o testamento, ou inventario, dos senhores Jose e Maria Tereza. Dai para frente eh que poderemos analisar e ver o que os documentos nos dizem para planejar o proximo passo. Grande abraco a todos e boa semana.

08. AOS FAMILIARES “DA CUNHA MENEZES”

Fiz a postagem anterior a esta com a finalidade de pedir ajuda aos primos para aprofundarmos as raizes dessa familia no ambito de Virginopolis e regiao. A Virginia Guia Candido trouxe-nos valiosissimas informacoes a respeito da Familia da Cunha Menezes no mundo. Contudo, desviou um pouco a intencao inicial. Talvez ela tenha sido picada pela “mosquinha do sangue azul”. rsrsrsrsrs

O que quero dizer com isso eh que, mais antigamente, se fazia genealogia assim mesmo. Os que escreviam alguma genealogia, geralmente, com ou sem base alguma, levantavam os nomes de famosos com a mesma assinatura `a qual se propunham a discorrer sobre ela e afirmavam que pertenciam `a mesma familia. Porem, isso tem uma certa semelhanca aos “nomes fantasia” de remedios.

Do ponto de vista genetico atual, nao importa se o nome eh melhoral, aspirina Bayer ou AAS. O que importa eh que dentro haja o acido acetil salicilico porque este eh o que leva ao efeito desejado.

A Virginia mencionou-nos a principio a Casa de Lavradio, que teve um de seus apices no governo de D. Jose I, o pai da D. Maria I, a louca, mae do conhecido D. Joao VI, rei do Imperio Portugues. D. Joao VI era o regente quando a corte portuguesa desembarcou no Brasil, em 1808

O fato de existir uma Familia da Cunha Menezes na area de Virginopolis nao depende necessariamente dos de Lavradio. Espera-se que exista uma extensao desta familia que se encontrara com os de Lavradio, assim como com todos os outros nobres mencionados em todas as recomendacoes feitas pela Virginia. Alias, como mencionei antes, quem desejar conhecer as relacoes familiares que existem entre todos os “da Cunha Menezes” famosos da Historia, basta pagar uma cota no www.geneall.net e seguir nome por nome. Quem o fizer, vera que todos se encontrarao em diversos ancestrais comuns.

Tudo indica, que os nossos “da Cunha Menezes” tambem terao algum vinculo com eles. Porem, so saberemos qual se encontrarmos quem foram os pais do senhor JOSE DA CUNHA MENEZES, ate o momento, o primeiro deste nome em nossa regiao que encontramos. A partir dos pais, procurarmos os avos, ate encontrarmos o fio da meada. Saber que este fio da meada leva aos outros eh chover no molhado. Importante eh saber como!…

Trocando em miudos, devo afirmar que, em termos geneticos, os “da Cunha Menezes” de Virginopolis e regiao deverao ter muito pouco a ver com os de Lavradio. Mesmo que esse pouco nao deixe de ser importante.

Num exemplo pratico, podemos tomar o Angelo Meneses como cobaia. rsrsrsrs. Voce nao esparava por isso neh Angelo! Vamos supor que o senhor Jose fosse 100%, o que posso afirmar que nao era nem sombra disso, “da Cunha Menezes”. Ele casou-se com dona Maria Tereza Severino. Assim, os filhos terao sido 50% “da Cunha Menezes” e 50% da mistura Severino. Casando-se com a Sa Emidia, o sr. Joao da Cunha Menezes passaria 25% dos 100% iniciais para dona Julia. Ela passou 12,5% para o Angelo.

Por mais aparentado que o sr. Jose fosse dos de Lavradio, terao entre 3 e 5 geracoes de distancia entre eles. Assim, se as esposas em cada geracao ja nao fossem tambem “da Cunha Menezes”, a cada geracao passada causaria a reducao de 50% do parentesco. Isso quer dizer que o grau de parentesco pode ir caindo para 6,25; 3,125 e 1.6% aproximadamente. Ou seja, o Angelo teria 1.6% de consanguinidade com a Casa de Lavradio, caso nao tenha parentesco com eles por outras vias. O que provavelmente tera porque todos nos somos aparentados.

Portanto, o Angelo tera aproximadamente 98.4% de conteudo genetico de outras fontes que nao o “da Cunha Menezes”, dai, por que entao haveria que considera-lo um “da Cunha Menezes”? Ai eh que voltamos ao termo “fantasia”. Geralmente, o sobrenome que usamos nao passa disso! Eh pura fantasia! Torna-se util apenas como referencia para encontrarmos documentos que irao comprovar que realmente ele teve ancestrais com o sobrenome “da Cunha Menezes”.

Para a genetica, o que interessa eh a substancia ativa que formou o Angelo, ou seja, contar-se-ia os aproximadamente 1.6% dos “da Cunha Menezes”, de Lavradio, mas muito mais os outros 98.4%.

Por isso, gostaria de renovar minha solicitacao a quem se interessar de buscar alguma informacao concreta em relacao `as ascendencias e origem geografica do casal patriarca: JOSE DA CUNHA MENEZES & dona MARIA TEREZA SEVERINO. Muitas vezes, a gente da menos valor ao nosso lado materno porque, principalmente em casos de pessoas mais antigas, os sobrenomes nao indicarem alguma procedencia reconhecidamente de classe social elevada. Mas este eh um engano que tende a revelar-se incauto porque nossas ancestrais tiveram pais, avos, bisavos etc.

E alguns deles sempre terao origens distintas reconhecidas. O problema eh que a nossa sociedade preconceituosa do passado relevou as mulheres ao segundo e terceiro planos. Assim, as fontes de pesquisas que temos de passado remoto sao documentos que mencionam os homens e seus feitos. A maioria absoluta das mulheres estava reclusa em seus ambientes domesticos. Dai nao tiveram seus nomes recordados fora dos registros de casamento e batismos. E mesmo assim, muitas vezes os registros omitem suas ascendencias.

Neste ponto, uma questao que se torna recorrente aos meus escritos eh a forma que permitiu o nosso nascimento. Como sabem, para nascermos precisamos ter pai e mae. Eles precisaram ter nossos avos. Assim sucessivamente ate chegarmos aos primeiros da especie. Ou seja, em primeiro lugar, todos temos ancestrais comuns. E se calcularmos somente os mais recentes, multiplicando 2 X 2 X 2, numa sequencia que se repete por 33 vezes, chegaremos a um numero superior a 8.5 bilhoes de ancestrais, somente da 33a. geracao.

O fato eh este, isso remonta ha apenas 1000 anos atras. Naquela epoca, a populacao humana era muito inferior a este numero. E nos descendemos apenas de uma pequena parte da populacao que viveu naquele tempo. Os mais de 8.5 bilhoes de espacos que caberiam a nossos ancestrais, apenas da 33a. geracao anterior `a nossa, estao todos ocupados, ou nao nasceriamos. O nosso nascimento tornou-se possivel apenas porque muitos milhares de pessoas que viveram naquela epoca sao repetidamente nossas ancestrais. Algumas deverao ser ate milhoes de vezes.

Alem disso, aquelas mesmas pessoas sao ascendentes, milhoes ou milhares de vezes, de todas as pessoas que vivem ao nosso redor, com raras excessoes.

Isso implica no detalhe importante. Se desejarmos encontrar parentesco com figuras historicas, basta-nos descobrir nossa genealogia remontando ha nao mais que uns 300 anos atras. Assim, chegamos a troncos que lancam ramos que dispersaram por todos os cantos do pais de nossa origem e quica do mundo. Entao, se acompanharmos a ascendencia das figuras historicas e famosas da atualidade, deveremos encontrar lacos com elas. E, muitas vezes, podera ser que teremos mais consanguinidade com estes do que com outras pessoas que usam o sobrenome identico ao nosso.

Em nosso exemplo pratico, pode ser que um “da Cunha Menezes” que cuja linhagem nunca saiu de Portugal sera menos parente do Angelo do que ele eh do bispo D. Manoel Nunes Coelho. Rsrsrsrsrsrs. Isso eu posso garantir que eh mesmo porque o Angelo eh repetidamente Magalhaes Barbalho, Nunes Coelho e Coelho de Magalhaes. Assinaturas que constam no rol de avos do D. Manoel, por ele ter sido primo em primeiro grau de nossos avos.

Entao, o processo de pesquisa genealogica atual nao passa mais pelo sobrenome que as pessoas usam e sim pelos documentos que as ligam `as diversas linhagens `as quais pertencem, assinando os nomes delas ou nao.

Neste caso, vamos procurar o registro de casamento do seo Joao da Cunha Menezes e da Sa Emidia ou com a Evangelina Nunes Coelho? Ou, ainda, algum possivel testamento ou inventario que os senhores Jose da Cunha Menezes e Maria Tereza Severino deixaram? Os registros de casamento dos outros filhos: Quim com Enedina; Liberalino com Adalgisa; Jose com Heloina; Luiz com Regina; Sebastiao (Betica) com Nenen; Olimpia com Antonio, Maria com Durval e Francelina com Francisco de Matias, poderiam ajudar da mesma forma. Grande abraco a todos.

09. GENEALOGIA, GENETICA, E BOM SENSO

Prezados,

Quem tem lido meus “lenga-lengas” genealogicos deve ter percebido a minha preocupacao em relacao aos casamentos consanguineos. Alias, a minha constancia em buscar nossos dados genealogicos mais enraizados tem ate sido ponto de critica de alguns. Compreendo as criticas e ate sao necessarias para a gente pensar melhor no que se esta fazendo, se tem ou nao a validade que a gente pensa que tem.

O meu ponto de vista sempre foi mais pelo lado medico. Bom, quase ninguem estudou medicina ou cursos relacionados, entao, eh perfeitamente compreensivel que tambem hajam criticas pela falta de entendimento da questao. Nao se preocupem, se me sinto ofendido por uma critica aqui, isso nao dura mais que momentos. Como sou cabeca dura mesmo, e tenho a quem puxar em meus ancestrais, rsrsrsrsrs, baixo minha cabeca `as criticas e sigo `a frente do que penso que deve ser feito.

Vou copiar aqui um apelo que foi-nos feito no grupo do bisavo Joao Rodrigues Coelho. Ele ajudara a todos entenderem melhor:

“Minha vida toda eu cresci vendo Tio Carlos quicar, Cacá quicar, Paulo Guido (o pai) quicar, Tia Fabíola quicar, Dinha quicar, achando tudo muito engraçado.

Até o dia que eu levei o primeiro tombo.

Um amigo meu, médico, portador de Esclerose Lateral Amiotrófica, ELA 8, me recomendou que parasse de rir e me consultasse com uma neurologista, especializada em doenças degenerativas.

O primeiro exercício que me foi recomendado foi procurar nos meus ancestrais manifestações disto que a gente chama, fazendo gracinha, de caminhar claudicante de Coelho.

Daí, peço ajuda à Ivania Batista Coelho (Gleuza, se você tiver jeito, faz isto chegar nela), ao Valquirio De M. Barbalho e a quem tiver algum conhecimento, quem, na família tinha esta patologia ou terminou a vida cadeirante. Ou mesmo quem, como se dizia à época, era entrevado.

É possível que a gente seja convidado a ir ao Centro de Estudos do Genoma Humano da Usp para ver esta história direito.”

Queridos, o mal nao eh dos Coelho. Nem eh vergonha alguma saber que estamos nessa enrascada. Eu proprio devo ser herdeiro dessa heranca desastrosa. O fato eh que nao se trata de doenca contagiosa e todas as familias deverao ter la seus representantes que tiveram ou tem o problema. O que acontece eh que os casamentos consanguineos de nossos ancestrais nos deram uma probabilidade maior de ser portadores do problema.

Outras familias que tambem tiveram ancestrais mais consanguineos deverao ter o mesmo problema e/ou outros. Nos, de um modo geral, que vimos de casamentos muito consanguineos, temos grande probabilidade, concretizada ou nao, de termos diversos outros problemas. Posso garantir que tenho uma lista. Nem por isso quero deixar de ser quem e como sou.

O que eh de pratico agora, duas coisas:

1. A primeira eh continuar recolhendo dados genealogicos e aprofundando nossas raizes.

O objetivo dessa coleta abrange a todas as familias que se aparentaram aos Coelho. Porque? Por uma razao simples. As pessoas pensam que porque nao sao Coelho, ou que sao filhos de pessoas de familias, aparentemente, nao aparentadas, estarao livres dos problemas. Mas isso pode ser uma falsa impressao.

Geralmente as pessoas sabem dizer sua genealogia a partir dos avos. Dai nao sabem o que vem atras. Geralmente nao viverao para conhecer bisnetos, trinetos etc. Entao nao sabem o destino que estao deixando para a descendencia.

O que posso tirar do que ja encontrei, e o que encontrei ainda eh muito pouco, eh que: espero encontrar muitos ancestrais comuns `as pessoas que vivem numa mesma ou regiao diferente, bastando voltar umas poucas geracoes atras. A verdade foi essa. Portugueses ja viviam em comunidades bastante consanguineas. Nas diversas levas que chegaram ao Brasil, vieram em grupos familiares ja consanguineos.

Por sorte houveram as miscigenacoes com africanos e indigenas. Porem, com o passar dos seculos retornaram `a consanguinidade.

Quando Minas Gerais comecou a receber a colonizacao branca e africana, os indigenas tiveram uma menor participacao na mistura, houve certa miscigenacao. Mas a primeira leva que chegou no “Ciclo do Ouro”, nao era necessariamente muito numerosa. Os que se instalaram primeiro, mesmo pertencendo a linhagens diferentes, povoaram os poucos nucleos mineradores. Nao contavam 100 arraiais.

Terminado o ouro, aquelas populacoes em cada povoado ja eram bem consanguineas. Dai emitiram bracos para cada arraial novo que surgiu nas epocas pos mineracao. Na regiao Centro Nordeste de Minas Gerais ha uma repeticao nas Historias de todos os atuais municipios. “Os primeiros moradores desse arraial eram oriundos do Serro, Conceicao do Mato Dentro, Santa Barbara, Itabira” e mais alguns outros lugares conhecidos.

Assim, as populacoes dos arraiais nao fizeram outra coisa senao crescer e multiplicar-se. O arraial um pouco mais distante era comecado com familias dos lugares mais antigos e dos arraiais que descendiam destes. Levavam, `as vezes, sobrenomes diferentes mas os mesmos ancestrais. E continuaram apenas crescendo e multiplicando.

Vez por outra chegava sangue novo. Na maioria das vezes, um gajo la das grotas de Portugal. Alem de ter vinculos parentais, ate o sobrenome era o mesmo. Quando no muito, chegava um totalmente diferente, ou seja, “um turco” que nada mais era do que um libanes que todo mundo confundia como turco. Esporadicamente existem os alemaes, os italianos, os franceses e ingleses.

Mas o que era novo caia na mesmissima moda antiga, ou seja, casava-se com uma senhora das familias tradicionais e juntos nao faziam mais que crescer e multiplicar. Dai para frente os casamentos dos filhos retornavam aos parentes. Ou seja, introduzia-se um sobrenome novo mas a consanguinidade se repetia.

Somente se recolhermos os dados os mais completos possiveis eh que poderemos ter realmente uma ideia de quem eh e de quem nao eh consanguineo. E com esse conhecimento eh que os geneticistas irao trabalhar para passar para a segunda fase.

2. Ter um pequeno prontuario medico nas fichas genealogicas de cada individuo seria otimo para futuras pesquisas. Essa contribuicao seria fundamental, pois, com a Arvore Genealogica montada o mais completa possivel, e a localizacao exata dos membros da populacao que manifestaram qualquer tipo de problema, poder-se-a fazer uma analise genetica destas pessoas e localizar exatamente os gens que provocam ou que contribuem para a situacao.

Dai para frente os cientistas poderao indicar as melhores atitudes a serem tomadas como: fazer a prevencao junto aos casais. Descobrir medicamentos especificos. Determinar exercicios ou indicar atitudes que devem ser tomadas para evitar a influencia do ambiente que agravariam a situacao.

Digamos assim, quando uma pessoa sente dor na coluna, pode ser por causa de algo com influencia genetica. Porem, podera ser que em algum caso especifico a perda do excesso de peso diminuira em muito a manifestacao da dor. A medicina sempre deve trabalhar com olhos tanto na situacao genetica quanto ambiental, pois, ambas interferem na vida das pessoas.

Por um lado, nao eh boa novidade tomar conhecimento de que somos candidatos a possuir qualquer problema. Por outro lado eh muito bom saber, pois, se existe, so tendo conhecimento da existencia dele para que se faca algo para sana-lo.

Tambem ha ai a satisfacao de que ha sim mais este sentido nobre para pesquisarmos as nossas genealogias, pois, com isso poderemos ajudar `a nossa descendencia a combater seus males de envelhecimento. Para quem como eu que ja passou dos 50 e ja constatou que envelhecer eh um interminavel padecer (de dores principalmente) fara muito bem se pensar em contribuir para que as futuras geracoes possam vir com menos dores. Ninguem vivera para sempre, mas desejo que todos tenham vida longa, contudo, de forma menos dolorosa possivel. Escrevi estas palavras com dores horrendas no pescoco e nas costas. Manjaram!?…

10. REFLEXOES

Um milionario pode deixar milhoes de dolares para os descendentes. Com quase certeza, por maior que for a riqueza, o dinheiro ira desaparecendo com o passar das geracoes e os descendentes futuros irao esquecer-se deste antepassado deles.

Hoje em dia temos a oportunidade de ficarmos para sempre na memoria de nossa descendencia. Para nos, no momento, basta-nos visitar um sitio gratuito de genealogia, como eh o geneaminas, e ali depositarmos nossos dados. Ha espaco ate para fotografia e sua imagem sera permanente.

Anexo a isso, adicione-se uma breve biografia. Conte nela suas licoes de vida como se fosse uma bela carta para descendentes que voce nao ira conhecer. E instrua sua descendencia a sempre voltar ao mesmo sitio para que tambem deposite la os dados, fotos e biografias dela.

Isso funcionara como uma “capsula do tempo”. Ao contrario de acabar-se com o passar das geracoes a corrente ira sempre aumentar. Daqui a algum tempo, serao milhoes de pessoas que se importarao com quem voce foi, com o que fez e com o que queria delas.

Eh possivel que, como todos nos somos pecadores, a oracao dessas pessoas por nossas intencoes nos ressuscite para a vida eterna. Mais vale o bom exemplo que muitos milhoes de dolares.

11. ROOTS (RAIZES)

O tempo que tive de descansar nos dias em torno do natal nao foram de todo inuteis. O canal BET estava reprisando o seriado Roots (Raizes). Eu nao o havia visto quando passou no Brasil, o que deve ter sido no final dos anos 70s ou inicio dos 80s, ja que a serie foi produzida nos 70s. Foram dois dias, desde a manha ate altas horas da noite.

O seriado eh cansativo para ser visto tao rapidamente. Tras aquele ranso daquela epoca em que o movimento dos direitos civis ja eram realidade mas as vitorias que aconteceram apos ao assassinato do rev. Martim Luther King Jr precisavam ser asseguradas, porque a KKK e seus correlatos nao estavam mortos. Recentemente tem ressuscitado, desta vez para perseguir os imigrantes e se acorberta sob o nome de Tea Party (Partido do Cha) que eh tao disfarcado que infiltrou-se no Partido Republicano e age como um virus cancerigeno que controla as funcoes do corpo.

O seriado eh uma saga, baseada na genealogia de uma familia de aframericanos que se transformam e sao transformados `a medida que os fatos historicos ocorrem. Ha uma otima sincronia entre a imaginacao novelesca do autor em casamento com tais fatos.

Nao pude deixar de perceber um paralelo perfeito entre a saga dos aframericanos e o que se passou com os nossos ancestrais no Brasil. Creio mesmo que a Historia da Familia Barbalho, em conjunto com os outros sobrenomes que aportaram no Brasil desde os primeiros povoadores eh ate mais rica que a apresentada no seriado Raizes.

Estou inclusive certo de que se algum dos canais de televisao brasileiros resolver fazer uma serie com morfologia semelhante, tera em maos um material com sucesso garantidissimo. Alem de explorar a Historia do Brasil como ela realmente eh, bastaria acrescentar-se um pouquinho do humor brasileiro, aquele natural em nossa gente. Como diz o ditado virginopolitano “Se cercar vpg com uma muralha eh um manicomio e se jogar uma lona em cima vira circo!”

Dava para contar partes da Historia do Brasil de uma forma que todo brasileiro passaria a ter orgulho de sua patria, sem nenhum ufanismo exagerado. Com certeza o projeto engajaria nao apenas os professores de Historia e o genealogistas do pais inteiro. O proprio povo em geral iria se dar conta de que aquelas pessoas que primeiro chegaram ao pais sao ancestrais de todos nos, e os personagens retratados nao representariam a vida de pessoas estranhas e sim de personagens que nos sao consanguineos.

Ficaria facil de demonstrar que toda a populacao brasileira tem relacoes parentais nao apenas com todos os personagens da Historia do Brasil e sim com todas as personalidades da Historia Mundial. Ai sim ficaria explicado o significado da expressao “Aldeia Global”. O mundo realmente eh muito pequeno.

Se alguem ai tiver algum contato com o pessoal da Globo ou da Record pode repassar para elas a ideia. A primeira que se interessar sera premiada. Como estou sem emprego, candidato-me a ajudar nas pesquisas e na execucao total do projeto.

12. WWW.ANCESTRY.COM

Meus prezados,

O endereco abaixo referece-se `a minha pagina no site de genealogia:www.ancestry.com. Ha cerca de uns 10 anos atras eu hospedei nossa Arvore Genealogica nele. Tudo era mais ou menos uma copia do livro: Genealogia da Familia Coelho, de nossa prima: Ivania Coelho. Com o tempo fui acrescentando os dados levantados pela Mariza e tia Ruth e por mim.

O problema, entao, foi que o software nao era otimo, ou eu nao entendia como funcionava. Assim eu obedeci a estrutura do livro, trocando apenas um detalhe. No livro da Ivania, ela colocou na frente a descendencia do trisavo Antonio Rodrigues Coelho. Como a descendencia dele casou-se com a descendencia dos irmaos dele: Francisca Eufrasia, Eugenia Maria da Cruz e Joao Batista Coelho, quando ela trata da descendencia destes mais na frente, nao houve a necessidade de repeti-la.

O que eu troquei havia sido o de ter colocado o Joao Batista Coelho como tronco principal. Por ser mais velho e ter tido os filhos mais cedo, pensei ser melhor assim por causa da expectativa de ter mais descendentes. Isso tinha o objetivo de facilitar a navegacao porque a descendencia comum foi toda postada no ramo Batista Coelho.

Da mesma forma que no livro, porem, existiam as inconveniencias. Por exemplo o bisavo Joao Rodrigues Coelho casou com a Dindinha Olimpia. Assim, a descendencia deles foi postada na pagina da Dindinha. Ele ficou sem pai e sem mae. Na pagina do trisavo Antonio Rodrigues Coelho ele aparecia, casado com a Dindinha Olimpia. Porem ai era ela que ficava sem pai e sem mae.

Para nos mais velhos a inconveniencia era a de ter que voltar `a casa dos tetravos: Jose Coelho de Magalhaes Filho e Luiza Maria do Espirito Santo, para acessar o trisavo Antonio e verificar os nossos ancestrais a partir dele, particularmente, os da Maria Marcolina Borges do Amaral. E claro, podermos verificar a descendencia deles que nao eh comum aos outros.

O que pude fazer agora foi fazer as pontes necessarias. Agora, quando acesso o nome do papai, posso ir `a casa da Dindinha Zulmira. De la acesso o avo Joao Rodrigues. Estando no formato “View Family Group Sheet” (acessivel por um link logo abaixo da relacao dos filhos), terei tambem os nomes dos pais dela e avos paternos e maternos, alem da relacao de filhos. Assim eu posso navegar na direcao que eu quizer.

A ma noticia eh que para acessar o site existe a anuidade a pagar. E ela eh salgadinha e era calculada em euros. Nao posso garantir mas acho que o site oferece alguns dias de experiencia gratuita. Assim, os que desejarem fazer uma visita poderao faze-lo. Apenas lembrando que terao que cancelar a inscricao se nao desejarem pagar a cota. Se desejarem atualizar dados que nao estejam na Arvore, mandem-me o e-mail de voces para que possa coloca-los como convidados. Enviem para o meu endereco: valbarbalho@hotmail.com. Em algum tempo deverei cancelar esse endereco tambem porque foi raqueado e recebo uma grande quantidade de “junk e-mails” atraves dele.

Com essa reengenharia que estou fazendo, ainda nao terminei, ja da para ver muita coisa, facilitou enormemente a navegacao na Arvore. Vai facilitar muito a vida da meninada que nao teve o prazer de conhecer os nossos ancestrais como os conhecemos, e dos futuros pesquisadores. A Arvore ficou muito mais parecida com a familia virginopolitana mesmo.

Ficou tao virginopolitana que agora podemos navegar nela com aquela sensacao que tinhamos quando criancas. Por exemplo: posso comecar minha visita comigo mesmo. Dai decidir visitar o vovo Juca Coelho (Matilde CoelhoEdna Oliveira). Dai posso escolher visitar os tios (meus), pais ou avos deles. Do lado do Ze Coelho tera a Maria Marcolina, ou seja, posso visitar tanto os Rodrigues Coelho quanto os Batista Coelho. Do lado da vovo Davina posso visitar tanto os Magalhaes Barbalho da bisavo Sa Candinha quanto os do bisavo “tio” Joaozinho.

Se quizer fazer uma viagem de turismo posso sair clicando: Candida (Sa Candinha) e ai ver os filhos. Posso decidir clicar sobre a tia Miluca (Emidia), e acessar o trisavos Joao Batista Jr, pais do tio Evencio. Os tios Evencio e Miluca sao sogros do seo Ary Dias, (Ângela AndradeHaydée Coelho Coelho) atraves da Maria e da Tinah. O seo Ary e Maria foram sogros do Alonso, por meio da Mica.

Do Alonso posso resolver visitar a casa do seo Ze Martinho ( Maria Aparecida Sena. Dai posso escolher vistar a d. Efigenia, Joria Martinho Goncalves e dela passar para o Bernardino (Dino). Este, filho da tia Anna Honoria, a mae da Celina, tia Nenem, (Ricardo CoelhoRenato Coelho,Margaret Coelho Amaral) seo Fernando e seo Octavio Coelho. A esposa do Dino eh a Carmelita (Sianita) que da direito a voltar aos Barbalho Pacheco, por meio da tia Quiteria de Magalhaes Barbalho.

Na casa do seo Otavio posso optar por visitar o Ze Candido. Dai passar para a d. Amilza. O Ostino, pai dela, vem do campo dos Barbalho e Menezes da Cunha do seo Joao da Cunha, se desejar visita-los. Entre os filhos, poderia acessar a Amira e ai alcancar o Walter do tio Bernardino. Entre outros, posso acessar o Jaime e, por meio da Cirinha, chegar `a casa do tio Simao, ou do seo Antonio Lucio.

Alias, a familia Lucio nao esta explicada no livro. Porem, eu inventei um nome provisorio para os pais dele que seriam: Jose Lucio e Maria Oliveira. O objetivo foi o de conecta-lo com os irmaos: d. Enoi (Euler de M. Barbalho), Maria Angelina (Sylvio Rodrigues Coelho), Jose (Zeze Lucio) e, de quebra, dona Das Dores do Ze Passos. Dai foi possivel, por exemplo, voltar facilmente `a casa dos meus avos: Dindinha Zulmira e vovo Cista, porque a tia Iva, esposa do tio Otto (Sinho), era filha do seo Sylvio e Maria Angelina.

Alem do mais, ja ensaei nossos contatos com Sao Joao Evangelista. Isso pode ser feito por via do tio-bisavo Salathiel Batista Coelho. Tio “Sala” casou-se com Iracema. Ela descendia dos primeiros moradores e fundadores de Sao Joao Evangelista. A filha deles: Maria Jose, casou-se com outro membro da familia Saojoanense tradicional, o Moacir Ribeiro. O Moacir era irmao do Euler Ribeiro. Este, foi prefeito de Sao Joao e pai do Jose Adolfo Ribeiro, marido da Cida Morais Ribeiro, ambos ex-prefeitos de Virginopolis.

Ha que se lembrar que este nucleo da familia Ribeiro ja era nossa aparentada porque a d. Asteria Pimenta, mae do Moacir e Euler, era filha de Leolino Jose Pimenta. Este, com ascendencia nos Pereira do Amaral, Borges Monteiro e Pimenta Vaz Barbalho. As mesmas raizes dos Rodrigues Coelho e dos Magalhaes Barbalho e, talvez, dos Coelho de Magalhaes em geral.

Pelo mesmo caminho ja temos alguns outros vinculos com as cidades de Sabinopolis, Serro, Conceicao do Mato Dentro, Pecanha e muitas outras mais. Via Guanhaes podemos acessar a mesma familia, atraves da Maria Jose Pimenta. Ela casou-se com o Jair Nunes Coelho, filho da tia Josephina Marcolina Coelho, filha do trisavo Antonio Rodrigues Coelho. A Maria Jose era irma do Rui Pimenta, pai do Dr. Rui Pimenta, pai da Agda Rondas Pimenta. Esta foi esposa (divorciados) do Emilio C. P. Pinheiro, filho da Nair, filha da tia Nize e seo Cabral.

Bom, quem quizer brincar de visitar e conhecer melhor, seja convidado. Gostaria que ajudassem-me a reconstruir certos ramos para aproxima-los entre eles e facilitar o entendimento dos parentescos. Este sao os casos dos Campos, dos Ferreira, dos Dias de Andrade, dos Pinto e outros. Agora o software permite essa facilidade.

Eu quero mais eh dar um no tico e teco de voces. rsrsrsrsrsrsr. Feliz Pascoa a todos. Grande abraco.

http://trees.ancestry.com/tree/3214094/family…

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37 Responses to “ALGUMAS NOTAS GENEALOGICAS, 2014/2015”

  1. GENEALOGIAS DE FAMILIAS TRADICIONAIS DE VIRGINOPOLIS | Val51mabar's Blog Says:

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  2. BARBALHO, COELHO E PIMENTA NO SITE WWW.ANCESTRY.COM | Val51mabar's Blog Says:

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  3. A FAMILIA COELHO NO LIVRO A MATA DO PECANHA | Val51mabar's Blog Says:

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  4. HISTORICO DO POVOAMENTO MINEIRO, GENEALOGIA COELHO, CIDADE POR CIDADE | Val51mabar's Blog Says:

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  5. ASCENDENCIA DOS ANCESTRAIS: JOSE COELHO DE MAGALHAES/EUGENIA RODRIGUES ROCHA, UMA SAGA A SER DESVENDADA | Val51mabar's Blog Says:

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  6. A HISTORIA DA FAMILIA COELHO DO CENTRO-NORDESTE DE MINAS GERAIS. | Val51mabar's Blog Says:

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  7. A AUTOBIOGRAFIA DO MONSENHOR OTACILIO AUGUSTO DE SENA QUEIROZ E OUTRO TEXTOS | Val51mabar's Blog Says:

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  8. AS MAIS NOVAS AVENTURAS GENEALOGICAS | Val51mabar's Blog Says:

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  9. O QUE HA DE NOVO NO ASSUNTO MIGRACAO | Val51mabar's Blog Says:

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  10. SPACE, UNTIL TO THE END! | Val51mabar's Blog Says:

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  11. TUDO DEU ERRADO, ENTAO NAO CHORA, CONSERTA! | Val51mabar's Blog Says:

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  12. SE NAO QUERIA QUE ISSO ACONTECESSE, NAO DEVERIA TER ACEITADO! | Val51mabar's Blog Says:

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  13. A FAMILIA DE MANUEL RODRIGUES COELHO EM RESUMO | Val51mabar's Blog Says:

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  14. A HISTORIA E A FAMILIA BARBALHO COELHO ANDRADE NA HISTORIA | Val51mabar's Blog Says:

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  15. 500 ANOS DE HISTORIA E GENEALOGIA DA PRESENCA BARBALHO NO BRASIL | Val51mabar's Blog Says:

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  16. TRUMPANDO O ELEITOR | Val51mabar's Blog Says:

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  17. ENCONTRO: JOSE VAZ BARBALHO MAIS UMA VEZ E OUTRAS NOTICIAS PARA A FAMILIA COELHO | Val51mabar's Blog Says:

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  18. RIDICULOSAMENTE FALANDO | Val51mabar's Blog Says:

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  19. MINHAS POSTAGENS MAIS RECENTES NO FACEBOOK | Val51mabar's Blog Says:

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  20. AH QUE MISTURA BOA GENTE! | Val51mabar's Blog Says:

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  21. CONSPIRACOES, ALIENIGENAS, TESOUROS DESAPARECIDOS E DOMINACAO | Val51mabar's Blog Says:

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  22. OS RODRIGUES COELHO; E ANDRADE DO CARLOS DRUMMOND EM MINAS GERAIS | Val51mabar's Blog Says:

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  23. ALIENS, CONSPIRACIES, DISAPPEARED TREASURES AND DOMINANCE | Val51mabar's Blog Says:

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  24. MEUS GUARDADOS 2015 | Val51mabar's Blog Says:

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  25. UM NOSSO LADO CRISTAO-NOVO E, TALVEZ, OUTRO PAULISTANO | Val51mabar's Blog Says:

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  26. NOS, OS NOBRES, E A AVO DO JUSCELINO TAMBEM PODE TER SIDO BARBALHO COELHO | Val51mabar's Blog Says:

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  29. MINHAS POSTAGENS NO FACEBOOK I | Val51mabar's Blog Says:

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  30. NESTE MUNDO, SO NAO EH GAY QUEM NAO QUIZER | Val51mabar's Blog Says:

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  31. A HERANCA FURTADO DE MENDONCA NO BRASIL | Val51mabar's Blog Says:

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  32. 2012 in review | Val51mabar's Blog Says:

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  33. BARBALHO, PIMENTA E, TALVEZ, COELHO, DESCENDENTES DO REI D. DINIS | Val51mabar's Blog Says:

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  34. FAIXA DE GAZA, O TRAVESSAO NOS OLHOS DA HUMANIDADE | Val51mabar's Blog Says:

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  35. PELO TEMPO QUE ME AUSENTEI, ME PERDOEM | Val51mabar's Blog Says:

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  36. DAS VEZES QUE OPINEI NA VIDA E NAO ME ARREPENDO | Val51mabar's Blog Says:

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  37. * ACABO DE ENCONTRAR O REGISTRO DO CASAMENTO DO THOME E ANNA MARIA E PROVAVEL LIGACAO ENTRE NOS E OS BICUDO LEME/PRADO CABRAL, DAS ANTIGAS FAMILIAS COLONIZADORAS DE SAO PAULO. | Val51mabar's Blog Says:

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