Archive for June, 2021

* ACABO DE ENCONTRAR O REGISTRO DO CASAMENTO DO THOME E ANNA MARIA E PROVAVEL LIGACAO ENTRE NOS E OS BICUDO LEME/PRADO CABRAL, DAS ANTIGAS FAMILIAS COLONIZADORAS DE SAO PAULO.

June 1, 2021

CONTEÚDO DESTE BLOG – ALL CONTENTS01. GENEALOGIA

https://val51mabar.wordpress.com/2021/06/01/acabo-de-encontrar-o-registro-do-casamento-do-thome-e-anna-maria-e-provavel-ligacao-entre-nos-e-os-bicudo-leme/prado-cabral-das-antigas-familias-colonizadoras-de-sao-paulo/

https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/as-mais-novas-aventuras-genealogicas/

https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/a-autobiografia-do-monsenhor-otacilio-augusto-de-sena-queiroz-e-outros-textos/

https://val51mabar.wordpress.com/2017/11/13/a-familia-de-manuel-rodrigues-coelho-em-resumo/

https://val51mabar.wordpress.com/2017/03/11/a-historia-e-a-familia-barbalho-coelho-andrade-na-historia/

https://val51mabar.wordpress.com/2016/12/04/500-anos-de-historia-e-genealogia-da-presenca-barbalho-no-brasil/

https://val51mabar.wordpress.com/2016/10/22/encontro-jose-vaz-barbalho-mais-uma-vez-e-outras-noticias-para-a-familia-coelho/

https://val51mabar.wordpress.com/2016/03/25/os-rodrigues-coelho-e-andrade-do-carlos-drummond-em-minas-gerais/

https://val51mabar.wordpress.com/2015/05/10/nos-os-nobres-e-a-avo-do-juscelino-tambem-pode-ter-sido-barbalho-coelho/

https://val51mabar.wordpress.com/2015/03/07/algumas-notas-genealogicas-20142015/

https://val51mabar.wordpress.com/2015/07/22/um-nosso-lado-cristao-novo-e-talvez-outro-paulistano/

https://val51mabar.wordpress.com/2014/04/14/genealidade-e-genealogia-de-ary-barroso/

https://val51mabar.wordpress.com/2013/12/06/genealogias-de-familias-tradicionais-de-virginopolis/

https://val51mabar.wordpress.com/2013/05/30/barbalho-coelho-e-pimenta-no-site-www-ancestry-com/

https://val51mabar.wordpress.com/2012/09/11/barbalho-pimenta-e-talvez-coelho-descendentes-do-rei-d-dinis/

https://val51mabar.wordpress.com/2011/02/24/historico-do-povoamento-mineiro-genealogia-coelho-cidade-por-cidade/

https://val51mabar.wordpress.com/2012/07/02/familia-barbalho-coelho-no-livro-a-america-suicida/

https://val51mabar.wordpress.com/2010/05/23/a-historia-da-familia-coelho-do-centro-nordeste-de-minas-gerais/

https://val51mabar.wordpress.com/2011/04/24/a-familia-coelho-no-livro-a-mata-do-pecanha/

https://val51mabar.wordpress.com/2010/05/03/arvore-genealogica-da-familia-coelho-no-sitio-www-geneaminas-com-br/

https://val51mabar.wordpress.com/2010/09/22/ascendencia-dos-ancestrais-jose-coelho-de-magalhaeseugenia-rodrigues-rocha-uma-saga-a-ser-desvendada/

https://val51mabar.wordpress.com/2013/01/17/a-heranca-furtado-de-mendonca-no-brasil/

02. PURA MISTURA

https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/mistura-que-se-mistura-da-bom-resultado/

https://val51mabar.wordpress.com/2015/10/03/meus-guardados-2015/

https://val51mabar.wordpress.com/2016/11/26/trumpando-o-eleitor/

https://val51mabar.wordpress.com/2016/06/08/conspiracoes-alienigenas-tesouros-desaparecidos-e-dominacao/

https://val51mabar.wordpress.com/2016/09/17/ridiculosamente-falando/

https://val51mabar.wordpress.com/2015/12/23/aliens-conspiracies-disappeared-treasures-and-dominance/

03. RELIGIAO

https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/que-a-paz-de-deus-seja-feita-em-todos-voces/

https://val51mabar.wordpress.com/2011/05/29/a-divina-parabola/

https://val51mabar.wordpress.com/2011/01/28/o-livro-do-conhecimento-de-deus/

https://val51mabar.wordpress.com/2010/01/22/carta-de-libertacao/

04. OPINIAO

https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/das-vezes-que-opinei-na-vida-e-nao-me-arrependo/

https://val51mabar.wordpress.com/2018/04/07/a-verdade-nao-se-trata-de-nenhuma-teoria-de-conspiracao/

https://val51mabar.wordpress.com/2014/06/08/a-iii-gm/

https://val51mabar.wordpress.com/2013/01/03/israel-as-diversas-verdades-e-o-padececer-da-palestina-e-outros-textos/

https://val51mabar.wordpress.com/2010/06/26/faixa-de-gaza-o-travessao-nos-olhos-da-humanidade/

https://val51mabar.wordpress.com/2013/05/12/neste-mundo-so-nao-eh-gay-quem-nao-quizer/

05. MANIFESTO FEMININO

https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/pelo-tempo-que-me-ausentei-me-perdoem/https://val51mabar.wordpress.com/2010/07/21/13-estrelas-mulher/

06. MISTO

https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/ah-que-mistura-boa-gente/

https://val51mabar.wordpress.com/2016/08/20/minhas-postagens-mais-recentes-no-facebook/

https://val51mabar.wordpress.com/2014/06/08/a-iii-gm/

https://val51mabar.wordpress.com/2013/11/06/trilogia-de-variedades/

https://val51mabar.wordpress.com/2012/07/02/familia-barbalho-coelho-no-livro-a-america-suicida/

https://val51mabar.wordpress.com/2015/01/25/03-o-menino-que-gritava-lobo/

https://val51mabar.wordpress.com/2015/01/25/minhas-postagens-no-facebook-i/

https://val51mabar.wordpress.com/2015/01/25/minhas-postagens-no-facebook-ii/

https://val51mabar.wordpress.com/2015/01/25/minhas-postagens-no-facebook-iii/

https://val51mabar.wordpress.com/2015/01/25/meus-escritos-no-facebook-iv/

https://val51mabar.wordpress.com/2015/02/14/uma-volta-ao-mundo-em-4-ou-3-atos-politica-internacional-do-momento/

07. POLITICA BRASILEIRA

https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/tudo-deu-errado-entao-nao-chora-conserta/

https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/se-nao-queria-que-isso-acontecesse-nao-deveria-ter-aceitado/

https://val51mabar.wordpress.com/2015/04/19/movimento-fora-dilma-fora-pt-que-osso-camarada/

https://val51mabar.wordpress.com/2010/10/16/o-direcionamento-religioso-errado-nas-questoes-eleitorais-brasileiras/

https://val51mabar.wordpress.com/2010/10/19/resposta-de-um-neobobo-ao-excelentissimo-sr-ex-presidente-fernando-henrique-cardoso/

https://val51mabar.wordpress.com/2011/08/01/miilor-melou-ou-melhor-fernandes/

https://val51mabar.wordpress.com/2010/08/05/carta-ao-candidato-do-psol-plinio-de-arruda-sampaio/

https://val51mabar.wordpress.com/2010/05/26/politica-futebol-musas-e-propaganda-eleitoral-antecipada-obama-grandes-corporacoes-e-imigracao/

08. IN ENGLISH

https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/space-until-to-the-end/

https://val51mabar.wordpress.com/2015/12/23/aliens-conspiracies-disappeared-treasures-and-dominance/

https://val51mabar.wordpress.com/2010/06/02/the-nonsense-law/

https://val51mabar.wordpress.com/2010/08/21/13-stars-woman/

https://val51mabar.wordpress.com/2011/10/05/the-suicidal-americaa-america-suicida/

https://val51mabar.wordpress.com/2010/08/25/100-reasons-to-amnesty-the-undocumented-workers-in-united-states/

https://val51mabar.wordpress.com/2009/09/25/about-the-third-and-last-testament/

https://val51mabar.wordpress.com/2009/09/12/the-third-and-last-testament/

09. IMIGRACAO

https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/o-que-ha-de-novo-no-assunto-migracao/

https://val51mabar.wordpress.com/2010/06/17/imigracao-sem-lenco-e-sem-documento-o-barril-transbordante-de-injusticas/

*************************************************************************************

  • 01. ACABO DE ENCONTRAR O REGISTRO DO CASAMENTO DO THOME E ANNA MARIA E PROVAVEL LIGACAO ENTRE NOS E OS BICUDO LEME/PRADO CABRAL, DAS ANTIGAS FAMILIAS COLONIZADORAS DE SAO PAULO.
  • ERRATA: Prezados, andei fazendo uma completa confusão ao tomar o nome do pai da nossa ancestral Anna Maria Coelho Ferreira como sendo Manoel Coelho Ferreira.
  • Penso que quis acreditar e acabei ficando com a convicção de que era assim mesmo.
  • O nome dele era João Coelho Ferreira, como se encontra escrito no casamento entre ela e o Thomé Nunes Figueiras.
  • Apesar do meu erro ainda é valido pensar que o João tenha sido filho do Manoel Coelho Ferreira, natural de Portugal, e da Rosa Maria da Conceição, natural de Taubaté.
  • Possivelmente, o Manoel Coelho Ferreira, casado com a Paula Henriques dos Reis, os quais tiveram os filhos casados em Itabira, ele talvez pode ter também sido filho do João.
  • Tenho que investigar mais para ver se encontro os vínculos.

Estava no Familysearch. E parece que la se encontra um fio-da-meada que mostra vínculos com outras famílias, pois, existem outros documentos de vínculos com o alferes José Nunes Figueiras, pai do Thomé.


Terei que verificar em relação aos pais da Anna Maria e do Thomé. Pelo que está escrito, só posso imaginar que eram mulatos, que os pais eram brancos e as mães foram escravas.


Quanto `as mães, não há dúvidas quanto a terem sido escravas. Mas já poderiam ser mulatas, porque ser filho de um senhor com uma escrava não dava condição de liberto ao filho. Só se tornaria livre quem o senhor deixasse.


Thomé Nunes Figueiras e Anna Maria Coelho Ferreira, agora sim podemos assegurar que esse era o nome completo dela, foram pais do Manoel Nunes Coelho.


Esse permaneceu em Itabira, casou-se com Valeriana Rosa Gonçalves e foram pais de Maria, em 1816, alem de diversos outros filhos.


Suponho que essa Maria tenha sido a esposa do José de Magalhães Barbalho, cujo nome completo ficou Maria Germana do Rosário. Como já sabemos, Maria e José foram pais da Anna Maria, que foi a mãe do tio Joãozinho (João Batista de Magalhães [Barbalho, que ele retirou.])


Uma suspeita que temos é que o casal foi pais também do Eusébio Nunes Coelho. Esse, com Anna Pinto de Jesus, reconhecidamente nossos antepassados por caminhos múltiplos e variados.


Outra suspeita, porque há a possibilidade, é a de que antes desse casamento, realizado em 1781, o Thomé possa ter sido pai de outros personagens em nossa genealogia.


Esse talvez seja o caso de Genoveva e Pedro Nunes Ferreira. A Genoveva nasceu em 1777, quando o Thomé estava com 17 anos de idade. E o Pedro em 1782, quando aquele estava com 22 anos.


A mãe do Pedro consta, no registro de casamento dele, ter sido Maria Ferreira, da qual não tenho mais informações. Nesse casamento foram testemunhas o Manoel N. Figueiras e o Capitão Thomé Nunes Figueiras, realizado em 1813.


Portanto, estão aí reunidos os Nunes Figueiras e o Ferreira. Mas não da para especular mais que isso. Apenas que o Nunes do Pedro viria dos Nunes Figueiras e o Nunes Ferreira da Genoveva seria o mesmo.


Minha preocupação está em que se o mulato Thomé foi o pai da Genoveva, que foi a mãe da Izidora, esposa do padre Policarpo, então, somos multiplamente descendentes dele.


O que não posso afirmar ser bom, já que ele nem foi santo e, por outro lado, isso pode nos ter trazido consequências danosas `a saúde, por causa da consanguinidade que já sabemos que temos de nossos pais. Tudo se agrava com mais essa possibilidade, se concretizada.


De qualquer forma, saber é sempre bom. Pelo menos as gerações futuras ficam avisadas dos riscos!
Fica intrigante, porém, aquele encontro do batizado da “Izidora Crioula”, filha de “Genoveva Crioula”, de 1799 nos registros de Queluz. Alem desse, o batizado de “Michaela Crioula”, filha de “Genoveva Nunes Ferreira, forra”, no Brumado, de 1812.


Seria uma tremenda coincidência termos duas Genovevas, mães cada uma de sua Izidora e na mesma época. Mas, tomara que a coincidência tenha se dado e nossa ancestral Izidora não tenha se casado tão menina.


Embora a margem de diferença de idades entre uma e outra mudará apenas entre 10 e 15 anos, pois, como a Genoveva nasceu em 1777, deve ter sido mãe da Izidora com entre 16 e 20 anos de idade, entre 1793-1797. Isso porque o casamento de Izidora e Policarpo José Barbalho se deu em 1808.


Mesmo sendo entregue ao casamento com pouco mais idade, nota-se que nossas ancestrais eram exploradas sexualmente em idades bastante jovens.


O mulato Thomé tornou-se dono de uma das jazidas de ouro mais produtivas de Itabira. Isso valeu a observação de um viajante estrangeiro em seu escrito que era o mulato mais rico das Américas.


Ao mesmo tempo que um outro historiador, brasileiro, escreveu que ficou na memória itabirana que a riqueza virou pó, a partir da geração dos netos.


O que pode ser um engano completo quanto `a observação popular, pois, as gerações descendentes continuaram com os conhecimentos de mineração e se espalharam pelo Centro-Nordeste de Minas Gerais, buscando e encontrando novas minas.


A nova riqueza que encontraram os tornaram gente de posses. Posses essas que deram oportunidade a aplicarem em educação e aquisição de terras para agricultura.


Atualmente são milhares de descendentes que possuem variados tipos de diplomas universitários e ocupam cargos administrativos em diferentes regiões do pais. Muitos dos quais com apreciável fortuna. E inclusive no exterior.


E sabemos que isso somente é possível no Brasil quando esses “talentos” passam de antepassados para descendentes.


Logicamente, muitos da descendência não se encontram em posições financeiras confortáveis.


Mas essa desigualdade é algo inerente `a sociedade em que vivemos. O que inclui a antiga prática de as antigas famílias se multiplicarem desordenadamente.


As fortunas dos pais divididas por grande número de filhos, logo se tornavam fortunas menores.


Como nem todos foram capazes de multiplicar a fortuna herdada, mas foram capazes de reproduzir igual aos pais, então, parte dos netos já começavam a vida num patamar inferior.


Várias gerações depois, espera-se um quadro semelhante ao quadro geral da população do pais, ou seja, poucos ricos, bastante remediados e a maioria caindo pelas beiradas! Coisas da vida onde imperam as injustiças sociais.


Tenham bom proveito de mais essa delícia genealógica. Grande abraço,


Valquirio.


DESCRICAO:


Foto número 01. 30 de julho de 1781.


Casamento de Thomé Nunes Figueiras, filho natural de José Nunes Figueiras e Rita Maria, sua escrava; e DONA Anna Maria Coelho Ferreira, filha natural do alferes João Coelho Ferreira, já defunto, e de Felicia Creoula, escrava do Alferes Manoel da Costa Rocha. Batizados e naturais da Freguesia de N. S. do Rosário de Itabira.


Foto número 02. 27 de agosto de 1804.


Casamento de Manoel Nunes Coelho, filho legitimo do capitão Thomé Nunes Figueiras e DONA Anna Coelho; e Valeriana Rosa Gonçalves, filha legitima de João Alvares e de Maria Gonçalves. Nascidos e batizados na mesma Freguesia de Nossa Senhora do Rosário de Itabira.


Testemunhas: Capitão Manoel António de Magalhães e o Capitão João Luiz Pinto.


Foto número 03. 15 de fevereiro de 1790.


Casamento de Manoel Ignacio de Morais, filho legitimo do tenente Manoel Gomes de Morais e de Dona Isabel Maria de Miranda, natural e batizado na Freguesia de São João Batista do Morro Grande [Barão de Cocais]; e Maria Nunes Figueiras, filha legitima de José Nunes Figueiras e de Anna Maria Joaquina, natural desta freguesia [Itabira].


Testemunhas: José Nunes Figueiras e Joaquim Gomes de Morais.


Foto número 04. 19 de outubro de 1820.


Capela de N. S. do Rosário de Itabira, casamento de Joaquim Vidal Coelho dos Reis, filho legitimo do tenente Manoel Coelho Ferreira e de Paula Henriques dos Reis; e Anna das Neves, filha legitima de António da Costa Rocha e de Maria Lopes da Sete(eira) (?), ambos naturais e residentes nesta freguesia.


Testemunhas: Capitão Thomé Nunes Figueiras e Alferes Policarpo José Barbalho.


Fotos números 05 e 06. 26 de novembro de 1818.


Casamento de Marcelino Nunes de Soisa, filho natural de Joaquim Nunes de Soisa e de Maria Borges; e Francisca Henriques Coelho, filha legitima do tenente Manoel Coelho Ferreira e de Paula Henriques dos Reis, ambos naturais e moradores desta freguesia.


Testemunhas: Capitão Paulo José de Soisa e Alferes António Dias de Freitas.


Fotos números 07 e 08. 08 de outubro de 1817.


Casamento Manoel Coelho Ferreira, filho legitimo do tenente Manoel Coelho Ferreira e de Paula Henriques; e Úrsula Maria da Conceição, filha legitima do Alferes José da Costa Nunes e de Francisca da Costa, ambos naturais e residentes nesta freguesia.


Padrinhos: Capitão Thomé Nunes Figueiras e Alferes José da Costa Neves, digo José Gomes Rabello.


Foto número 09. 27 de maio de 1715.


[Único desses casamentos realizado na Capella de Nossa Senhora da Conceição de Rio de Pedras, Distrito de Ouro Preto.]


Casamento de Manoel Coelho Ferreira, natural de Santa Eulalia de Sabrosa, Bispado do Porto, filho de André Coelho e dona Catharina Luiz, ambos do mesmo lugar.


Com Dona, Rosa Maria da Conceição, filha de Coronel Pedro da Fonseca de Magalhães, natural de Santa Anna de Almacova, Cidade de Lamego, e Helena do Prado Cabral, natural da Vila de Taubaté, bispado de [suponho São Paulo de Piratininga].


Testemunhas: Cap. Mor Mathias Barboza, o alferes Domingos Rodrigues Neves, o alferes Manoel Antunes, o alferes Manoel Ferreira Coimbra.


A primeira testemunha poderia ser o Manoel Barbosa, que foi o Capitão-Mor da Província de São Paulo ou o Mathias Barbosa da Silva.


Com a ajuda do pesquisador Pedro Wilson Carrano Albuquerque acabei localizando onde os nubentes do nono registro se encaixam na genealogia paulistana.


Está na página do Projeto Compartilhar:

La no final temos a filha número 07, Rosa Maria da Fonseca, ou da Conceição, que foi casada com o Manoel Coelho Ferreira. Possivelmente foi esse casal os pais do João Coelho Ferreira, que foi o pai da nossa ancestral Anna Maria Coelho Ferreira.


Agora necessitaríamos encontrar um documento que comprove isso, algo que diga que o João foi filho do Manoel e Rosa Maria.


Mas pode ser que no registro do casamento do Tenente Manoel Coelho e sua esposa Paula Henriques dos Reis conste que ele foi filho do casal e que o João seria irmão dele.


Foto número 10, 17 de outubro de 1802 e mesmo dia.


Casamentos que fizeram entre si João Coelho Ferreira, filho natural de Ignácia Maria, e Petronila de Soisa Tavares, viúva que ficou de Gonçalo da Maia. Nascido e batizado o contraente nessa Freguesia e nela residentes.


Testemunhas: Tenente Manoel Coelho Ferreira e Alferes José Feliz Gomes.

E, na sequência:


Casamento que fizeram entre si Ângelo Coelho Ferreira, viúvo de Dona Maria do Nascimento, e Maria Germana Ferreira, filha natural de Florinda Leonor Ferreira, nascidos, batizados e moradores nessa freguesia.


Testemunhas: Capitão Thomé Nunes Figueiras e Tenente Manoel Coelho Ferreira.


Observe-se aí que os contraentes, filhos naturais, não ousaram denunciar os nomes de seus próprios pais biológicos. O que foi diferente no caso do casamento entre Thomé Nunes Ferreira e Dona Anna Maria Coelho Ferreira.


Mas pode ser que tenha apenas ocorrido alguma mudança do regimento da Igreja, proibindo, ou da atitude do padre, caso não aceitasse expor a verdade.


E pode ter sido alguma demanda da, já então formando, famosa TFM (Tradicional Família Mineira). Na verdade, sabemos, que a TFM, aquele modelo de marido/mulher e filhos, nunca existiu. Especialmente nos tempos da escravização.


Devemos lembrar que a TFM nunca defendeu sua integridade de constituição. Para isso, ela teria que colocar cabresto nos senhores, os quais eram os primeiros e principais infratores.


A TFM sempre foi completamente submissa aos desmandos dos senhores. A reivindicação dela, nesse caso, foi a de estabelecer que os filhos fora do casamento deixassem de ter direito a herança, senão aquela que o senhor da casa desse em vida.


A reivindicação nunca foi pela pureza e sim pelo dinheiro.


Pode ser que o casal Ângelo Coelho Ferreira e Maria Germana, filha de Florinda Leonor Ferreira tenha tido algum impacto na nossa genealogia. Pode ser que a Maria Germana tenha sido filha natural do Thomé Nunes Ferreira.


E ate mesmo ter sido mãe da ancestral Maria Germana do Rosário. Para isso tenho que estar enganado, pois, penso que essa ancestral, que foi esposa do José de Magalhães Barbalho, foi filha do Manoel Nunes Coelho e Valeriana Rosa Gonçalves.


Os nomes das três primeiras filhas da Maria Germana e José de M. Barbalho foram: Margarida, Leonor e Anna. Mas o problema está nisso mesmo. Todo mundo já era parente. Os nomes coincidiam.


Somente encontrando mais documentos, como o registro do matrimónio entre José e Maria Germana para definir quem foram os pais dela, sem sombra de dúvida.


A menos que ela fosse outra filha natural de não se sabe de quem. Certo foi que nasceu em 1816. Mesmo ano do nascimento da Maria, filha do Manoel e Valeriana Rosa.


A hipótese de a ancestral ser filha do Manoel e Valeriana se sustenta sobre o fato de que Maria Germana do Rosario, junto com Antonio Nunes Gonçalves, batizou a Ignês, filha do Agostinho Nunes Coelho e Thereza Fernandes Madeira.


Nesse batizado, ocorrido a 01.09.1850, em Itabira, o pai e os padrinhos devem ter sido os irmãos, filhos do Manoel e Valeriana: Antonio, Agostinho e Maria, nascidos, respectivamente, a: 09.11.1806; 11.01.1808 e 23.06.1816.


Resta saber ainda se a Thereza Fernandes Madeira não seria filha do Manoel Geraldo Fernandes Madeira e Lucinda Francisca de Magalhães, essa, irmão inteira do Jose de Magalhães Barbalho, e filhos do Policarpo Jose Barbalho e Izidora Francisca de Magalhães!


Sempre houve a família dita TFM, a da Casa Grande, e suas ramificações na Senzala. Alem de fora dessa. Para constatarmos algo do género, basta ver os dois registros acima.


Pelos sobrenomes e padrinhos, os contraentes não eram pessoas despossuídas. Inclusive tem-se aí a Maria do Nascimento que recebeu o respeito do Dona. Há que nos lembrarmos que o sobrenome do ex-marido dela remonta `as famílias das mais nobres de Portugal.


Somente por esses registros não se possa afirmar a condição social dos nubentes. Estudos indicam que as classes subalternas buscavam no apadrinhamento das classes dominantes uma forma de ganhar degraus no status social.


A Igreja considerava padrinhos como pais alternativos. Na falta dos pais, o que era muito comum acontecer no passado, os padrinhos se tornavam verdadeiros pais.


Tratava-se da formação da primeira rede de proteção familiar. Os batizados e casamentos formavam uma rede de extensão familiar. Era uma regra costumeira `a qual todos se enquadravam.


E os apadrinhamentos nesses casamentos expõem os padrinhos a essa primeira intenção ou algum fato oculto de os contraentes serem, de fato, parentes.


Aqui se destaca o quanto a atitude preconceituosa e Hipócrita da TFM pode ter prejudicado imensamente a saúde das gerações subsequentes.


Um exemplo: quantos e quais foram os filhos do Thomé Nunes Figueiras? Bom, não sabemos se ele próprio revelou isso ou não em um testamento que acaso tenha escrito porque nem sabemos se o fez.


E se o fez, pode ser que não revelou tudo. Certo sabemos é que milhares de outros brasileiros não fizeram reconhecimentos por causa da pressão social.


E como grande parte dos documentos consta “pais incognitos” dos filhos, vamos ter que recorrer aos exames de DNA para saber qual a consanguinidade que existe entre cada um de nos.


Mas isso somente seria possível se todos fizessem o exame.Pelo custo e pelo despreparo das pessoas, ja sabemos que isso será impossível.


As pessoas vão continuar se casando meio no escuro, sem se preparar para as consequências que podem atingir seus filhos.


Passada essa etapa, vale lembrar que ainda não temos o comprovante de que o casal Thomé Nunes e Anna Maria Coelho foram também os pais do Eusébio Nunes Coelho, ancestrais da maioria dos Coelho nossos conhecidos.


Superadas essas etapas e confirmando-se as hipóteses, com mais um pouco de provas chegaríamos a colocarmo-nos como descendentes do António Bicudo Leme que era descendente de cristãos-novos reconhecidos.


Alem disso, estaria confirmado sermos descendentes dos primeiros moradores e fundadores do Estado de São Paulo, incluindo aí os indígenas Piquerobi e Tibiriçá.


Faltaria pouco não fosse tão difícil encontrar os comprovantes detalhados, devido `a ma organização de documentos brasileiros, e a nem sempre boa conservação dos documentos.


Talvez tenham observado que escrevi o DONA de Anna Maria em maiúsculas. Isso foi apenas para chamar a atenção. O uso de Dom e Dona era permitido somente para pessoas com vínculos na nobreza.


O que sustenta a possibilidade de ela ter sido mesmo descendente do casal Manoel Coelho Ferreira e Rosa Maria da Conceição.


Embora houve pesquisador estrangeiro, passando pelo Brasil, que fez a observação dizendo que todo mundo se achava no direito de usar “peruca” e se autoproclamar nobre, somente por possuir alguma riqueza.


Muito provavelmente esse não seria o caso e o pai dela realmente devia ter procedência nobre portuguesa. Isso porque o Dona consta nos registro oficiais, que eram feitos pela Igreja e não autoproclamados.

**********************************************************
TERCEIRA ETAPA DESSE E-MAIL.


Continuei pesquisando porque queria encontrar pelo menos a certeza de que o casal Manoel Coelho Ferreira e dona Maria Rosa da Conceição fossem avós da nossa suposta ancestral Anna Maria Coelho Ferreira.


Por mais que procurasse no Familysearch não encontrei nenhum documento mostrando quem foram os pais do João Coelho Ferreira, pai da Anna Maria.


Apesar de tudo, o trabalho cansativo não foi de todo em vão. Tem no sitio a informação de que Francisca Nunes Figueiras foi filha do Thomé Nunes Figueiras e Anna Maria.


Infelizmente, dizem por la que o registro de casamento da Francisca com capitão Manoel Gonçalves Ferreira está disponível no sitio mas não consegui encontrar. Parece que reservaram a página! Não sei se é possível.


Mas o fato é que casamentos de filhos, acontecidos em Itabira, estão disponíveis. Assim, coletei mais dois exemplos para o presente complemento.


Francisca e o capitão Manoel Gonçalves casaram-se em 1800. E logo devem ter começado a ter seus filhos. E talvez não seja coincidência que o Manoel Nunes Coelho, irmão da Francisca, casou-se com a Valeriana Rosa Gonçalves.


Valeriana Rosa e Capitão Manoel poderiam ser primos ou ate mesmo irmãos. Precisava ter o casamento dele para ver se seria possível decifrar essa passagem.


Para emendarmos de vez essa parte da família com a que descende do Eusébio Nunes Coelho teríamos que pelo menos encontrar o nome de um dos pais dele, Eusébio.


Se tivéssemos acesso `as listas de eleitores em Guanhães, antes de 1860, pode ser que o nome do Eusébio estaria la. E na inscrição deverá aparecer de quem era filho, geralmente, por parte do pai.


De prático, temos aí:


Foto número 11 – casamento em 07.09.1818


Manoel José do Nascimento casou com Anna Maria Coelho.


Filho legítimo de João José da Silva Penna e de Marianna Angélica, natural da Freguesia de São Miguel (atual Rio Piracicaba).


Filha legitima do Capitão Manoel Gonçalves Ferreira e de Francisca Nunes Figueiras, natural da Freguesia de Nossa Senhora do Rosário de Itabira (Atual Itabira).


Testemunhas: Capitão Paulo José de Soisa e Raimundo Dias de Freitas.


Foto número 12 – casamento em 02.08.1820.


Manoel Fernandes da Silveira e Maria Goncalves Ferreira.


Filho legitimo de José da Silveira Espíndola e Felisberta Maria Nunes.


Filha legitima de Manoel Gonçalves Ferreira e Francisca Nunes Figueiras.


Ambos nascidos e residentes na Freguesia da Capella de Nossa Senhora do Rosário de Itabira.


Houveram outros filhos. Entre os quais o Manoel Coelho Ferreira, o que nos faz tender a crer que seria em homenagem ao antigo português Manoel Coelho Ferreira, que com a esposa Rosa Maria da Conceição, casados em 1715, podem ter sido os pais do João Coelho Ferreira, pai da nossa ancestral Anna Maria Coelho Ferreira.


*********************************************************


QUARTA ETAPA DO PRESENTE E-MAIL.


Estamos passando por uma pequena loucura de acontecimentos. Entre os quais, essas breves notas genealógicas.
Resolvi retirar do e-mail a foto número 12 para substitui-la por outra. Afinal, os dados dos casamentos são repetitivos.


Isso porque o sistema de envio que estou usando não me permite mandar correspondências mais pesadas.


Em lugar da outra preferi postar uma carta patente que o alferes João Coelho Ferreira recebeu do governado da Província das Minas Gerais, Luiz Diogo Lobo da Silva.


Ele foi nomeado para o posto de Capitão da Companhia de Ordenanças de Pé, do Distrito do Arraial de Passagem, da Cidade de Mariana.


Passagem é o nome de uma mina importantíssima para Mariana e o Ciclo do Ouro. O documento foi assinado a 14.11.1767. E o Luiz Diogo foi governador no período de 1763-1768.


Nossa ancestral Anna Maria pode ser marianense então. Ela deve ter nascido entre 1767 e 1769, pois, no censo em Itabira, 1830-32, foi contada com 63 anos de idade.


O alferes João, por obrigação do cargo, poderia ser obrigado a mover-se de um lado para outro, e Itabira estava sob a administração eclesiástica do Bispado de Mariana.


Localizei onde o documento está exposto na internet, mas recorri ao primo Gabriel Furbino para obter a foto. A ele agradeço por suprir essa minha inabilidade no lidar com os botões de comando.


Ainda não consegui decifrar a paternidade do alferes João. Apenas estou convencido de que foi mesmo filho do português Manoel Coelho Ferreira e Rosa Maria da Conceição, casados em 1715, em Ouro Preto.


Baseio essa minha hipótese em várias evidências, incluindo a data de casamento dos supostos pais.


Outra, não encontrei sinais de Família Coelho Ferreira em Minas Gerais durante o seculo XVIII fora desse contexto. Pelo menos, não nos arquivos do Familysearch.


A data de casamento em 1715 de Manuel Coelho Ferreira e Rosa Maria joga os nascimentos dos filhos para a faixa entre 1716 ate 1745. Muito provável seria que o João teria nascido por volta de 1720.


No casamento do Thomé e Anna Maria, em 1781, o alferes João era defunto. Possível que tenha vivido entre os 50 e 60 anos. Algo que já estava acima da média, mesmo para os homens “bem-nascidos”. Alguns viviam muito mais. Mas falo da maioria.


Então, ele terá falecido entre 1767 ate 1780. Entre o nascimento e o casamento da filha, Anna Maria Coelho Ferreira.
Esse dado é importante para encontrarmos algum atestado de óbito dele e, quem sabe, assim conseguirmos melhores informações. Pode conter o nome do pai dele, ou mãe.


Desde que encontrei as referências do Manuel Coelho Ferreira, tem algo que está martelando a curiosidade.
O professor Nelson Coelho de Senna tirou a versão que fez da nossa genealogia da tradição de família. E foi enganado diversas vezes em dados importantes.


Penso na possibilidade de a tradição tê-lo enganado em relação a descendermos do português Manuel Rodrigues Coelho.


Ou, pelo menos, pode ser que não o sejamos por vias paternas como ele descreveu. Repetindo as informações do Projeto Compartilhar a respeito de dona Helena do Prado Cabral:

O marido da dona Helena foi o Cel. Pedro da Fonseca Magalhães. Eles foram pais da dona Rosa Maria da Conceição (no registro do casamento), que casou com o Manoel Coelho Ferreira, natural de Santa Eulalia de Sabrosa, Bispado do Porto, ou seja, do antigo Entre Douro e Minho.


O professor Nelson afirmou que nossos Coelho de Magalhães procediam da antiga província.


Por isso, enxergo a possibilidade de vínculos que o alferes-de-milícias José Coelho de Magalhães possa ter com o Manuel Coelho Ferreira e Rosa Maria, pois, e, em sendo filho, poderia ter juntado o Coelho do pai ao Magalhães do avô. Ficando assim, José Coelho de Magalhães.


Essas combinações, homenageando antepassados era o mais comum naquela época em que poucos sobrenomes eram já patentes e imutáveis.


Nesse caso, nosso alferes José poderia ter nascido por volta de 1730-40, pois, segundo o professor Nelson, faleceu em Conceição do Mato Dentro, em data do ano de 1806. Entre 66 e 76 anos de idade. Bem possível para a época.
Outra possibilidade seria a de que o João Coelho Ferreira teria sido o filho, como imagino que tenha sido.

Chamando a atenção ainda para o fato de que os pais com poder aquisitivo maior enviavam seus filhos para os estudos em Portugal.


O João poderia ter ido estudar, talvez ate já tivesse esposa e a levado junto ou se casado por la, e la ter sido pai do José Coelho de Magalhães, sendo que nesse ponto a tradição ficaria correta no dizer que o alferes era português.


Embora, temos que encarar tradições como indicadores e não verdades com certeza. Dizerem que o alferes José foi português de nascimento pode ter sido confusão, pois, numa sequência genealógica pode ter descendido de portugueses, por isso, `a época, também ser considerado português sem sê-lo de nascimento.


O professor Nelson não disse que o José teria sido filho do Manuel Rodrigues Coelho. Disse que aquele “procede” desse. Em outra versão admitiu que não sabia se seria pai ou avô.


Num arranjo de possibilidades, o João Coelho Ferreira poderia ter sido marido de uma filha do Manuel Rodrigues Coelho e sido pai do alferes-de-milícias José Coelho de Magalhães, em Portugal, enquanto estudava.


Por essas hipóteses, nosso ancestral José Coelho de Magalhães seria filho “legitimo” do Manoel ou do João Coelho Ferreira. Sabemos, no entanto, que a Anna Maria Coelho Ferreira foi filha “natural” do João.


Isso nos leva `a hipótese de que a Anna Maria foi sobrinha ou meia-irmã do alferes-de-milícias José Coelho de Magalhães. Ora, que surpresa heim?! Todo mundo dessas famílias Coelho tendo ligações sanguíneas!!! rsrsrsrs


No livro dele: “Algumas Notas Genealógicas”, na passagem da página 09 para 10, o professor Nelson deixou a afirmação de que os Nunes Coelho também seriam descendentes do suposto ancestral Manuel Rodrigues Coelho.


Não é difícil imaginar que o professor Nelson possa ter se enganado em relação a identificar nosso ancestral como sendo o Manuel Rodrigues Coelho caso tenha sido o Manoel Coelho Ferreira. Em caso de não serem os dois.


Ele sabia que o Rodrigues estava presente através da Eugenia Rodrigues da Rocha, a esposa do alferes-de-milícias. Mesmo assim pode ter relutado com a hipótese do Rodrigues vir do lado feminino, pois, não nos deu ideia de quem foi o pai da Eugenia.


Nesse caso, o Rodrigues que parte dos descendentes herdou procedia do Giuseppe Nicatsi da Rocha e Maria Rodrigues Barbalho, pais da Eugenia.


O Rodrigues vinha por parte materna/materna o que dava ideia de inferior naqueles tempos! Mas com certeza, mais uma ou duas gerações antes iria encontrar algum varão. Algo ainda a averiguar.


Curioso, porém, o fato de o lado descendente da Anna Maria Coelho Ferreira constar diversas pessoas com o nome Manoel, a começar pelo filho Manoel Nunes Coelho.


Por outro lado, o lado do alferes-de-milícias José Coelho de Magalhães não há a presença do nome Manoel, mas muitos com o nome João. A começar pelo filho, João Coelho de Magalhães, que foi bisavô do professor Nelson. E nosso tio-tetravô.


Se o José tivesse melhores lembranças de seu pai ou avô Manoel, faria questão de repetir-lhe o nome. Embora, nada se pode dizer com certeza porque ele fora casado com Escolástica de Magalhães, antes da Eugenia.


E teve descendência no primeiro casamento. Pode estar la algum Manoel Coelho de Magalhães ou Coelho Ferreira, e o professor Nelson não pesquisou esse lado da família. Somente afirmou que houve descendentes.


Embora me falte confiança nas tradições passadas pelo professor Nelson, desde que li o inventário do João Coelho de Magalhães e Bebiana Lourença de Araújo, bisavós dele, sendo que la constavam duas filhas não mencionadas pelo professor e a inclusão que ele fez do filho João como filho do casal.


João Coelho de Araújo foi excluído do rol de herdeiros. Resta saber, porque? Ele aparece na casa de João e Bebiana no censo de 1830-2, em Guanhães. Era casado e sem filhos ainda. Pode ser que fosse filho extraconjugal, criado pelo casal. Talvez seja esse o motivo para a exclusão.


Segundo as tradições mencionadas pelo professor Nelson, a descendência do Manuel Rodrigues Coelho [talvez Manoel Coelho Ferreira] dispersou-se por Santa Barbara, Itabira e Conceição do Mato Dentro.


Pensamos que essa mudança da família em direção ao Norte do Estado tenha se dado alguns anos ou duas décadas antes de 1780. Isso porque, exceto por dados encontrados em registros de Itabira e Santa Barbara nossa genealogia está repleta de lacunas.


Assim se explicaria os registros se encontrarem em livros dentro dos domínios da antiga Vila do Príncipe, atual Serro. Sabemos que os dados desse domínio foram encampados pela Arquidiocese de Diamantina e eles não estão publicados na internet. Dai as lacunas.


A possibilidade de Anna Maria e o alferes José poderem ter sido membros de uma mesma ascendência pode explicar a trajetória dos dois ramos, andando lado-a-lado dentro de um mesmo espaço geográfica.


As descendências comparecem juntas em Itabira, no circuito Morro do Pilar/Dom Joaquim/Conceição do Mato Dentro e no circuito Guanhães/Patrocínio de Guanhães.


O que aumenta um pouco a nossa preocupação com o excesso de consanguinidade em nossa formação genealógica e composição genética.


Pela dúvida, não ponho fé na tradição contada pelo professor Nelson de que o alferes-de-milícias José e sua esposa Eugenia se casaram em Morro do Pilar, a 7-7-1799. Mas se torna urgente ver se encontramos tal registro.


Provavelmente o casamento tenha se dado em 1779, pois, José Coelho da Rocha nasceu em 1782 e João Coelho de Magalhães em 1789. Se a data de 1799 for correta, eles devem ser filhos da Escolástica e não da Eugenia.


Mas não deve constar os nomes dos pais dele. Em segundos matrimónios, os registros falavam apenas que os viúvos foram casados com seus respectivos cônjuges falecidos. Isso quer dizer que apareceria o nome da Escolástica de Magalhães, e não os dos pais do José.


O mais certo seria encontrarmos os nomes dos pais dele no registro do casamento com a Escolástica. Porém, dela o professor mencionou apenas o nome. Não há como saber onde poderá ter sido tal casamento.


Porém, presumimos que tenha sido na antiga região do Serro. Quiçá na mesma área de Morro do Pilar.
Mas tudo depende de muito esforço de pesquisa para juntar todos os dados que nos faltam.


A começar pelo menos buscando os nomes dos pais do Eusébio Nunes Coelho, para confirmarmos que foi ou não filho do Thomé N. Figueiras e Anna Maria C. Ferreira.


Só aí, caso positivo, teríamos duas gerações garantidas para acrescentarmos.


E caso confirmemos os nomes dos pais do João Coelho Ferreira como Manoel e Rosa Maria, já mencionados, então, emendamos nossa genealogia `a História do Brasil.


E caso a Anna Maria seja meia-irmã ou sobrinha do alferes José vamos confirmar o que éramos antes, ou seja, farinha dos mesmos sacos!!!


*********************************************************