GENEALOGIAS DE FAMILIAS TRADICIONAIS DE VIRGINOPOLIS
GENEALOGIAS DE FAMILIAS TRADICIONAIS DE VIRGINOPOLIS
INDICE
01. PEQUENO HISTORICO
02. GENEALOGIAS DE FAMILIAS TRADICIONAIS DE VIRGINOPOLIS
03. COMENTARIOS
04. BREVE RELATO DOS PRIMEIROS FRUTOS DA PRESENTE PUBLICACAO
05. NOTA PARA O AMIGO DALBER AUGUSTO
06. DADOS GENEALOGICOS E HISTORICOS SOMADOS DE FAMILIAS TRADICIONAIS DE VIRGINOPOLIS
07. TODOS OS COELHO DE VIRGINOPOLIS
08. PRIMEIROS MORADORES DE SABINOPOLIS (ANTIGO SAO SEBASTIAO DOS CORRENTES)
09. GENEALOGIAS VIA SITE http://www.santuariodocaraca.com.br/ex-alunos/
10. A TOCA DO JOAO RODRIGUES COELHO
11. REFLEXOES I E II
12. ACRESCIMOS `A ARVORE GENEALOGICA
13. PRECONCEITO E ORGULHO
14. GENEALOGIA, GENETICA, E BOM SENSO
15. BELLE NOUVEAU, PARA OS “DA CUNHA MENEZES” E FAMILIARES
16. AOS FAMILIARES “DA CUNHA MENEZES”
17. FAMILIARES FERREIRA RABELLO
18. PEQUENA ANTIGA NOVIDADE
01. PEQUENO HISTORICO;
Quando a dona Negra (Maria Filomena de Andrade) escreveu o livro dela: “Historia de Virginopolis”, logo apos `a publicacao, ouvi um comentario dentro de casa que foi mais ou menos assim: “Mas a dona Negra confundiu muita coisa aqui!” Um comentario sem a menor maldade mas, vindo de pessoas que compartilhavam do gosto pela Historia, soou para mim como se fosse assim: “Nao precisa nem ler, com esse veredito, nao vou aprender nada.”
Claro, ainda jovem, em meus 20 anos, nem sequer tinha despertado o interesse pela Historia e, muito menos, pela genealogia. Ja me bastava saber que era parente de todo mundo na cidade. E como tinha gente da familia ao meu redor!…
Agora que nos estamos “virando a serra”, como tanto gostava de dizer papai, e despertei para o conhecimento da Historia e genealogia de um modo geral, cansei de fazer apelos `as pessoas para enviar-me dados que ajudassem a desvendar caminhos intrincados nas linhagens de nossa parentalha que nem mesmo o livro: “ARVORE GENEALOGICA DA FAMILIA COELHO”, de nossa prima IVANIA BATISTA COELHO, conseguiu decifrar. A cada 100 pedidos que faco, so consigo 1/2 ponto % de resposta. Eh mole?!…
Ultimamente, “encasquetei” de tentar associar `a nossa Arvore Genealogica as ramificacoes que compuzeram a nossa familia por via dos casamentos. Quero descobrir os vinculos que ja existiam entre nossos ancestrais mais recentes e os ancestrais das pessoas que estao associadas `a familia. Assim, vinha incomodando muita gente para ver se conseguiamos dados a respeito de familias como: Figueiredo, Fonseca, Andrade, Pacheco, Miranda, Reis, Moreira, Nunes Coelho, Campos, Valadares, Rabelo, Rabello, Pereira do Amaral, Souza, Oliveira, Freire, Perpetuo, Soares, Lima, Ferreira, Lacerda, Cunha de Menezes e muitas outras mais.
Nessas buscas, acabei encontrando no Facebook a Elini, que tinha poucas informacoes a me passar. E vendo a nossa conversa, o Adamar Nunes Coelho (filho do sr. Adauto Nunes Coelho e dona Maria Coelho de Magalhaes (pagina 156 do livro da Ivania)), entrou e disse que no livro da dona Filomena tinha exatamente um pouco do que eu estava procurando. Ele estava com o livro dedicado `a irma dele, Almerica. Pedi a ele que, se possivel, enviasse copia da parte genealogica mas ja pensando: vai demorar muito!…
Ao contrario, o meu pessimismo foi infrutifero desta vez! Na proxima vez que abri o computador, la estava a encomenda pronta. Como dizem os “mineirim”: “Cazcaidecostas”. La estava o que solicitei. E logo que pude copiei tudo `a mao. Pois eh! Pensam voces que genealogia eh brincadeira? E nao ficou nisso nao! Copiei de novo, desta vez no “compiutar”. Isso faz parte porque quando a gente escreve e reescreve a gente compreende muito melhor. E genealogia eh assim mesmo, tem que ser vista de tras pra frente e de frente pra tras, senao a gente nao entende tudo que ha para se entender. Eh um verdadeiro jogo de xadrez.
De antemao, vou avisando que nao deu para esclarecer todas as questoes. A opiniao passada de que haviam enganos esta correta. Pelo menos foi o que constatei dentro daquilo que faz parte dos meus conhecimentos. Mas sao enganos que acontecem naturalmente com todo mundo. Principalmente entre os pesquisadores solitarios. Na parte da descricao que ela fez da Familia Nunes Coelho, por exemplo, ela escreveu: “Antonio, casado com Imidia de Magalhaes Barbalho”. Quando ela fala a respeito da familia Magalhaes Barbalho escreve: “8o.) Imigdia, casada com Jose Nunes Coelho.” Corrige, para mim que ja sabia, mas se fosse outro pesquisador, teria que buscar mais informacoes.
Claro, notei tambem algo no ponto de vista dela. Ela, como professora, procurou “puxar a sardinha para a propria latinha”. Nao. Nao imaginem que eu esteja criticando. Penso que com toda razao ela estava procurando homenagear a classe do professorado, que ajudou a construir Virginopolis dentro dos padroes elevados nas areas cultural e social. E verdade precisa ser dita. Os virginopolitanos tiveram a felicidade de ter pessoas honradas como cabecas. Se alguem pensa que existe algo de ruim na cidade, deve compara-la a outras para observar que nao eh nenhuma setima maravilha do mundo cultural mas tem um nivel respeitavel.
Antes que eu faca uma analise do que ela escreveu, vou colocar abaixo a copia que fiz. Assim todos poderao ler e localizar ancestrais que nunca imaginaram poder existir. So lamento que ela abordou algumas familias em um passado tao distante que ficou um lapso entre elas e os dados que temos. Assim, precisarei que os leitores quando localizarem algum de seus ancestrais ai, por favor, facam um comentario do tipo: “Fulano e ciclana sao meus bisavos porque sao pais do beltrano ou beltrana, que era casado(a) com: …” Dai eu poderei fazer nova emenda na Arvore.
Um exemplo pratico disso eh que: dona Maria Salome (Salica) Coelho de Lacerda, casada com Cesario de Souza Coelho, era irma do sr. Jose (Yeie) Coelho de Lacerda, e eram filhos de … (nao sei). A unica coisa que sei eh que os pais deles estao entre os relacionados na Familia Coelho de Lacerda. Mas preciso saber quem foram para fazer a emenda correta. Segue abaixo o que dona Negra escreveu, ainda sem as correcoes que deverao ser processadas:
02. GENEALOGIAS DE FAMILIAS TRADICIONAIS DE VIRGINOPOLIS
GOMES DE BRITO:
“Felix Gomes de Brito, o principal fundador de Patrocinio de Guanhaes, veio antes de 1839. Nesta data fez doacao de 80 litros de terra para cemiterio e igreja. (Historico). Era casado com Maria de S. Jose da Silva, filhos:
1o.) Candido, (casado com Maria Catarina (o Candinho do Felix como era conhecido).
2o.) Jose Primo, casado com Joana.
3o.) Mariano Primo, casado com Maria.
4o.) Rita, casada com Raimundo Basilio (Tambem conhecida por Rita do Felix).
5o.) Ana, casada com Raimundo Ferreira.
6o.) Raimunda
7o.) Pedro
8o.) Maria
A maior parte dos descendentes estao espalhados em outros municipios, principalmente Governador Valadares. Sao descendentes do Felix Gomes em Virginopolis: Pedro Gomes, vulgo Pedro Gominho, seus filhos e netos; Joao Galdino, recentemente falecido, filhos e netos. Tome, filhos e netos.
Seus descendentes chegam a ultrapassar 2.000 pessoas.
FAMILIA BATISTA COELHO OU JOAO COELHO DA ROCHA (To. JOAO BATISTA COELHO)
Joao Batista Coelho, casado com D. Maria Honoria Nunes Coelho. Estabeleceu-se na vizinhanca do povoado, na fazenda que hoje pertence ao Sr. Gabriel Coelho Soares. Tiveram os seguintes filhos:
1o.) Joao Batista Coelho, casado com D. Quiteria Rosa do Amaral.
2o.) Joaquim Bento Coelho, casado com D. Antonia da Silva Neto
3o.) Antonio Paulino Coelho, casado com Julia Salles Coelho – moradores de Guanhaes.
4o.) Jose Batista Coelho, casado em primeiras nupcias com Maria Marcolina Coelho e em 2a. com Virginia Marcolina Coelho.
5o.) Francisco Batista Coelho, casado em 1a. nupcias com sua sobrinha Maria Coelho do Amaral e em 2a. com outra, Maria Coelho de Oliveira.
6o.) Virginia Honoria Coelho, casada com Antonio Candido de Oliveira.
7o.) Sebastiana Honoria Coelho, casada com Joaquim Nunes Coelho (Quinzote).
8o.) Ana Honoria Coelho, casada com Candido Coelho de Oliveira.
9o.) Antonia Honoria Coelho, casada com Pedro Marcal de M. Barbalho.
10o.) Emigdia Honoria Coelho, casada com Amaro de Souza.
11o.) Marcolina Honoria Coelho, casada com Demetrio Coelho de Oliveira (Residentes em Coroacy).
12o.) Maria Honoria Coelho, casada com Jose Pereira da Silva (Guanhaes). Seus descendentes sao em calculo aproximados a 24.000.
FAMILIA NUNES COELHO
Tenente Joaquim Nunes, casado com dona Francisca Eufrasia de Assis. Tiveram os seguintes filhos:
1o.) Euzebio, morreu crianca.
2o.) Joaquim Nunes Coelho (Quizote), casado com sua prima D. Sebastiana Honoria Coelho.
3o.) Emigdio, casada com Camila Maria da Paixao.
4o.) Lino, morreu solteiro.
5o.) Rita, casada com Marcos Xavier Caldeira.
6o.) Antonio, casado com Imidia de Magalhaes Barbalho.
7o.) Miguel, casado com D. Ambrosina de Magalhaes Barbalho.
8o.) Joao, casado com D. Petronilha de Magalhaes Barbalho.
9o.) Luiza, casada com Luiz Furtado Leite. Calcula-se em 10.500 os seus descendentes.
ANTONIO RODRIGUES COELHO OU ANTONIO COELHO DA ROCHA
Nota Explicativa: Antes de iniciarmos a relacao da Familia Rodrigues Coelho, devemos esclarecer ao leitor que o To. Joao Batista Coelho e Antonio Rodrigues Coelho eram irmaos e ambos Coelho da Rocha. O 1o. passou a assinar-se Batista Coelho porque nasceu a 24 de Junho, dia em que se comemora a festa de Sao Joao Batista. O 2o. passou a assinar-se Rodrigues Coelho porque, naquela epoca, era costume os afilhados tomarem o so-
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brenome dos padrinhos. E o seu padrinho de batizado foi um portugues chamado Rodrigues. Antonio Rodrigues Coelho casou-se com D. Marcolina Borges do Amaral, FILHOS:
1o.) Dr. Antonio Rodrigues Coelho Junior, casado com D. Rita de Sales Coelho (Belo Horizonte).
2o.) Joao Rodrigues Coelho, casado com D. Olimpia Coelho do Amaral.
3o.) Lindolfo Rodrigues Coelho, casado com D. Marcolina Nunes Coelho (Gos).
4o.) Altivo RodriguesCoelho, casado com Vitalina Nunes Coelho (Gos).
5o.) Maria Josefina, casada com Pio Nunes Coelho.
6o.) Luiza Marcolina Coelho, casada com Emidio Ferreira da Silva (Gos).
7o.) Jose Rodrigues Coelho, casado com Maria Pereira da Silva
9o.) Daniel Rodrigues Coelho, casado com Marina Coelho de Oliveira
10o.) Benjamim Rodrigues Coelho, casado com D. Julia Coelho do Amaral
11o.) Maria Marcolina Coelho, casada com Jose Batista Coelho, falecendo a 1a., veio o mesmo a casar-se com sua ima 12o) Virginia Marcolina Coelho
13o.) Maria Carmelita Coelho, casada com Simao Batista Coelho,
Casou-se em segundas nupcias com Virginia Campos Nelson, natural de Diamantina. Do segundo matrimonio nao teve filhos. Calcula-se em 4.500 descendentes.
FAMILIA MAGALHAES BARBALHO
Marcal de Magalhaes Barbalho, casado com Eugenia Eufrasia Coelho da Rocha, tiveram os seguintes filhos:
1o.) Marcal de Magalhaes Barbalho, casado com D. Hercilia Coelho de Andrade.
2o.) Pedro Marcal de Magalhaes Barbalho, casado com Antonia Honoria Coelho.
3o.) Petronilha, casada com Joao Nunes Coelho
4o.) Ambrosina, casada com Miguel Nunes Coelho
5o.) Candida, casada com Joao Batista de Magalhaes
6o.) Quiteria, casada com Joaquim Pacheco
8o.) Imigdia, casada com Jose Nunes Coelho.
D. Hercilia nasceu em Guanhaes, filha de Joaquim Coelho de Andrade e Joaquina Umbelina da Fonseca. Calcula-se em 8.000 os seus descendentes.
FAMILIA CAMPOS
Antonio Ferreira Campos Baguary (assim chamado por sugestao do Juiz de Direito do Serro, devido ao grande numero de homonimos quando em juri funcionava). Casado com a professora D. Augusta Rabelo Campos, de Sao Joao Evangelista. FILHOS:
1o.) Dr. Jose Augusto Campos do Amaral, casado em 1a. nupcias com Graziela de Brito; em segunda com Castorina Russo.
2o.) Cel. Olavio Campos do Amaral
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casado com D. Raimunda Xavier
3o.) Maria das Dores Campos do (irma S. V.)
4o.) Atenagoras Campos do Amaral, com D. Maria da Conceicao Nascimento
5o.) Maria Salome Campos do Amaral, casada com Francisco Coelho Sobrinho
7o.) Washington Campos do Amaral, casado com D. Iria Muzzi
8o.) Luiz Campos do Amaral, casado com D. Maria Smith
9o.) Joaquim Campos do Amaral, casado com D. Maria Xavier
10o.) Francisco de Assis Campos do Amaral, casado com D. Carmem Orsini
Faleceram 4. Calcula-se em 380 descendentes.
CONTINUACAO DA FAMILIA CAMPOS
Manoel Ferreira Campos, casado (irmao de Antonio Campos Baguari) com D. Clementina Marcos de Jesus. Tiveram os seguintes filhos:
1o.) Jose Ferreira Campos, casado com D. Jovelina Rabelo Campos
2o.) Josefino Ferreira Campos, casado com D. Maria Salome Rabelo
3o.) Joao Ferreira Campos, casado com D. Maria da Cunha
4o.) Maria Campos, casada com Simao Caldeira
5o.) Francisco Ferreira Campos, casado com D. Maria Pacifica dos Santos, casado em 2a. nupcias com Maria Candida de Jesus (TIA) nao deixou filhos do 2o. matrimonio.
6o.) Joaquim Ferreira Campos, casado com D. Enedina Coelho de Lacerda.
Calcula-se em 700 descendentes.
FIRMIANO FERREIRA CAMPOS (IRMAO DOS JA CITADOS)
Era casado com Teresa Barreto. Filhos:
1o.) Jose Campos
2o.) Maria Campos Moreira, casada com Joaquim Moreira
3o.) Josafa Ferreira Campos.
seus descendentes nao ultrapassam a 500.
FAMILIA COELHO DE OLIVEIRA
Candido de Oliveira Freire, vulgo (Candixinho), era casado com D. Ana Maria Coelho e tiveram os seguintes filhos:
1o.) Bernardino Coelho de Oliveira, casado com D. Carmelita Pacheco.
2o.) Celina, casada em 1a. nupcias com Jose Pacheco e em 2a. com Benedito Marques Viana.
3o.) Fernando Coelho de Oliveira, casado com D. Luiza de Souza.
4o.) Marina (Nenem), casado com Daniel Rodrigues Coelho
5o.) Otavio, casado tres vezes: 1a. com Francisca Nunes Coelho; 2a. com Ifigenia Gloria; 3a. com Luzia Nunes Coelho.
6o.) Jose Candido Coelho, casado com D. Maria Marcolina Coelho
Irmaos de Candido de Oliveira
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FREIRE
2o.) Antonio Candido de Oliveira, casado com D. Virginia H. Coelho
3o.) Joao Candido de Oliveira, casado em 1o. matrimonio com D. Maria Pinto Coelho; 2o. com D. Estefania Cafe
4o.) Joaquim Candido de Oliveira, casado com Ana Pinto Coelho
5o.) Quiteria, casada em 1o. matrimonio com Afonso Coelho de Oliveira e em 2o. com Joao Neto.
6o.) Maria Teresa, casada com Leonel Coelho de Oliveira
7o.) Maria Candida, casada com Alexandre, vulgo Alexandre Pelado.
Nota: Sendo D. Ana Maria Coelho, filha de Joao Batista Coelho, nao ha necessidade de relatar os nomes de seus irmaos. Basta consultar Familia Batista Coelho. Descendentes – 1.000
FAMILIA BATISTA DE MAGALHAES
Joao Batista de Magalhaes (Joao Domingos) era casado com D. Candida de Magalhaes Barbalho. Tiveram os seguintes filhos:
1o.) Joao de Magalhaes Junior, casado com Alda de Magalhaes Barbalho.
2o.) Eliezer de Magalhaes – solteiro
3o.) Emidia de Magalhaes – casada com Evencio Batista Coelho
4o.) Wilson de Magalhaes, casado com Maria Julia Pacheco
5o.) Davina de Magalhaes, casada com Jose Coelho Junior
6o.) Getulio de Magalhaes – solteiro
7o.) Maria de Magalhaes, casada com Sinval Rodrigues Coelho
8o.) Candida de Magalhaes, casada com Jose de Magalhaes Barbalho
9o.) Gastao de Magalhaes, casado com Julita Coelho (G. Valadares)
FAMILIA PEREIRA DO AMARAL
Ernesto Pereira do Amaral, natural de Sabinopolis, casado com D. Imidia da Silva Neto (Guanhaes) aqui se estabeleceram e construiram numerosa familia.
1o.) Levi, casado com D. Julia da Silva Coelho
2o.) Artur Pereira, casado com D. Maria Nunes Leite
3o.) Aureo Pereira, casado com D. Petrina Nunes Coelho
5o.) Antonio Pereira, casado com Otavia Coelho
6o.) Joao, falecido solteiro
7o.) Ernesto, casado em 1a. nupcias com Dalila Coelho e em 2a. com Tereza Pereira
8o.) Padre Jose Pereira do Amaral, vigario
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de Pecanha.
9o.) Marcolina Pereira do Amaral, casada com Jose Batista Sobrinho
10o.) Amalia, casada com Joao Batista Coelho Neto
11o.) Rosalia, solteira, falecida
12o.) Maria, solteira
13o.) Zilda, solteira
Eram irmaos do Sr. Esnesto Pereira do Amaral, Quiteria Rosa, casada com o Sr. Joao Batista Coelho Junior; Maria Rosa, casada com o Sr. Eloy Perpetuo; Rosa, casada com o Sr. Bento Fernandes de Almeida (DIVINO); Antonio Pereira do Amaral, casado, casado com Maria Pereira do Nascimento (DIVINO).
Descendentes – 600
FAMILIA PERPETUO (IRMAOS PERPETUO)
1o.) Joaquim Perpetuo – casado com D. Julia Nunes
2o.) Francisco Perpetuo – casado com Querobina (Sia Bininha) Pecanha
3o.) Eloy Perpetuo – casado com D. Maria Rosa do Amaral (Sia Biquita)
4o.) Jose Perpetuo – casado com Antoninha
5o.) Antonio Perpetuo – casado com Eliza de Souza (Gonzaga)
6o.) Carlos Perpetuo – morreu solteiro
7o.) Joao Perpetuo – casado com Eulina Coelho de Lacerda
Descendentes – 1.250
FAMILIA CUNHA MENEZES
Jose da Cunha Menezes casado com Maria Tereza Severino. FILHOS:
1o.) Joaquim, casado com D. Enedina Borges de Menezes (DIVINO)
2o.) Joao, casado em 1o. matrimonio com D. Eva Nunes e em 2o. com D. Emidia Nunes
3o.) Liberalino – faleceu casado com D. Adalgisa (Gigiu) Dias de Andrade
4o.) Jose, casado com D. Heloina (DIVINO)
5o.) Luiz, casado com R. Regina (DIVINO)
6o.) Sebastiao (Betica), casado em 1a. nupcias com Nenem
7o.) Olimpia, casada com Antonio Nunes da Silva
8o.) Altina – faleceu solteira
9o.) Maria, casada com Durval Nunes
10o.) Francelina, casada com Francisco Matias.
Descendentes: 1.300
FAMILIA LACERDA
Januario Coelho de Oliveira casado com Ilidia Augusta de Lacerda. FILHOS:
1o.) Eloy Coelho de Lacerda, casado com Augusta Candido de Jesus
2o.) Joao Coelho de Lacerda, casado com Ambrosina Candida de Jesus
3o.) Enedina, casada com Joaquim F. Campos
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4o.) Paulo Coelho de Lacerda, casado com Manoela Augusta de Lacerda
5o.) Jose Coelho de Lacerda, casado com Joaquina Candida de Jesus
6o.) Eulina Coelho de Lacerda, casada com Pedro Alves Pereira (antigo Pedro Catolico)
7o.) Filoteia Coelho de Lacerda, casada com Cristovao
8o.) Maria Augusta casada com Paulo Gomes
Descendentes: 2.800
JOSE JOAQUIM DA SILVA (GUARDA-MOR)
Era casdo com D. Modesta Carolina de Souza. FILHOS:
1o.) Ambrosina casada com Domingos Borges da Silva
2o.) Juscelina carolina da Silva casada com Sebastiao Caldeira
3o.) Antonio casadao com Olimpia da C. Menezes
4o.) Arminda casada com Joaquim Nunes Coelho
5o.) Julita casada com Joaquim Nunes Coelho
6o.) Joel casado com Maria (Sinha)
7o.) Jose – Guardamor – casado com Francisca Caldeira
8o.) Julia – casada com Joao Nunes
9o.) Maria casada em 1a. nupcias com Dimas Pereira e em 2as. com Jose Teixeira Junior (Teixeirinha)
10o.) Juscelino casado com Maria Gomes (Maria Sape)
Descendentes: 1.500
FAMILIA PACHECO
Joaquim Pacheco casado com Quiteria de Magalhaes Barbalho
1o.) Jose Pacheco, casado com D. Celina Coelho de Oliveira
2o.) Carmelita casada com Bernardino Coelho de Oliveira
3o.) Alice Pacheco (solteira)
4o.) Tiers (solteiro)
5o.) Maria Julia, casda com Wilson de Magalhaes Barbalho
6o.) Dulce, casada com Aquiles Batista Coelho
7o.) Gil Pacheco, casado com D. Maria Vieira de Magalhaes
8o.) Julia, casada com Jose Claro Coelho
9o.) Carlota, casada com Jeronimo Figueiredo
Descendentes 840
FAMILIA DIAS DE ANDRADE
Francisco Dias de Andrade, casado com a professora D. Celestina Cristina de Souza. Vieram de Diamantina mais ou menos em 1894. Desse matrimonio nasceram os seguintes filhos:
1o.) Francisco Dias de Andrade Junior, casado com a professora Maria Clara Nunes Rabelo.
2o.) Maria Dolores de Andrade, casada em primeiras nupcias com Raimundo Pereira dos Santos e em segundas com Francisco.
3o.) Jose Dias
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de Andrade – morreu solteiro
Do segundo matrimonio com D. Ana Maria de Andrade
4o.) Ari Dias de Andrade casado com D. Maria Magalhaes em primeiras nupcias, em segundas, com D. Honorata Magalhaes, irma da primeira.
5o.) Maria Filomena de Andrade, professora, casada com o Dr. Benjamim Constant de Arruda Coutinho, autora desta Historia de Virginopolis.
6o.) Djair Dias de Andrade, casado com D. Neide de Araujo Mafra (S. Jose do Divino)
7o.) Adir Dias de Andrade – solteiro
8o.) Ciro Dias de Andrade – (fal.) – casado com D. Palmira Machado (Diamantina)
9o.) Violeta Dias de Andrade, casada com Alexandre Olegario de Andrade (Governador Valadares)
10o.) Clovis dos Santos Andrade, casado com D. Elisa de Almeida (Juiz de Fora)
11o.) Rubens Dias de Andrade, casado com D. Ana Ferreira Nunes
De Diamantina vieram as irmas de Francisco Dias de Andrade:
1o.) Julia Dias de Andrade casada com Pedro Alves Pereira Junior (Pedrinho Catolico)
2o.) Maria Lucia de Andrade, casada com Jacinto Olegario
3o.) Alexandre Dias de Andrade, solteiro faleceu em Diamantina
4o.) Adalgisa Dias de Andrade, casada em primeiras nupcias com Liberalino da Cunha Menezes e em segundas com Agapito de Azevedo
Mais tarde veio estabelecer-se em Virginopolis o casal Julio Izidoro da Costa e Honorina Dias de Andrade (esta tambem da irmandade acima).
Da familia so ficou residindo em Diamantina o Sr. Joao Dias de Andrade casado com D. Maria dos Anjos da Mata Machado. Ambos falecidos.
Descendentes de Francisco Dias de Andrade – 180
LINO DE SOUZA
Os irmaos Lino de Souza sao dos mais antigos que se estabeleceram em Patrocinio de Guanhaes. Eram eles:
Honorio Lino, casado com Rosa
Rafael Lino, casado com Vicencia Thomas
Camila Lino, casada com Amancio Borges
Jose Lino, casado com Julia (Iaia)
Edwirges – Solteira
Romualda – Solteira
Maria (Sia Cota) – Solteira
Edwiges faleceu aos 108 anos
Contava que veio com 12 anos de idade para Patrocinio. Conheceu Patrocinio com suas primeiras e raras casas.
Descendentes: 800
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FAMILIA LEITE
Antonio Furtado Leite casado com Joaquina Antonia Ferreira tiveram os seguintes filhos, os quais vieram de Barao de Cocais para residirem em Patrocinio e aqui constituiram grandes familias.
1o.) Ana Furtado Leite, casada com Francisco da T. Arruda
2o.) Modesto, casado com Valeriana Leite
3o.) Altina, casada 2 vezes: primeiro marido chamava-se Luiz Mestre, o segundo Antonio Tadeu
4o.) Francisco Furtado Leite, casado com America Nunes Coelho
5o.) Luiz Furtado Leite, casado com Luiza Nunes Coelho (Sapucaia).
Descendentes: 1.300
FAMILIA CHAVES
Francisco Chaves, casado com D. Joana Chaves tiveram os seguintes filhos:
1o.) Maria, casada em 1as. nupcias com Lourenco, em 2as. com Antonio.
2o.) Etelvina, casada com Jose Xavier (Coroacy)
3o.) Prudencia, casada com Francisco Nogueira (Paquinha)
4o.) Matilde, casada com Jose Rodrigues (Coroacy)
5o.) Olivia, casada com Jose Bento Coelho (G. Valadares).
6o.) Raimundo, casado com Maria Sabino
Foi o Sr. Francisco Chaves – vulgo Chico Carreiro, quem construiu a primeira casa moderna de Patrocinio. Tambem a 1a. maquina de limpar cafe era de sua propriedade. Em calculos, 700 descendentes.
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03. COMENTARIOS
FAMILIA GOMES DE BRITO (+ FERREIRA, SOARES, SOUZA E CARVALHO):
Nada tenho a comentar. Entre a geracao do sr. Felix Gomes de Brito e dos filhos dele deve haver outras tres ate chegar `as pessoas que conheci. Sei que o senhor Adail Galdino, que faleceu nao muito tempo atras, descende deles. E a Gracinha, filha dele, casou-se com o Flavio Jason Figueiredo de Oliveira que descende de alguns dos troncos acima apresentados. Os filhos deles, entao, serao agraciados com quase toda a Historia de Virginopolis, literalmente.
Felix Gomes de Brito tornou-se nome da rua mais central da Cidade de Virginopolis. Eh aquela que liga a Praca da Matriz `a Praca dona Augusta Campos. Segundo o Flavio, a ex-prefeita dona Cida Morais Ribeiro instalou na casa do sr. Adail a placa de identificacao da rua. A casa em que o sr. Adail morou por ultimo eh uma que substitui `a antiga, onde residiram os tios Otacilio de Magalhaes Barbalho e Maria Jose (Zeze).
Estou renovando este texto e agora tenho uma evidencia que podera identificar mais pessoas da descendencia do sr. Felix Gomes de Brito. Foi conversando com o amigo Airton Ferreira via facebook que ele foneceu-me alguns dados da familia dele. Em nossa epoca de crianca e juventude em Virginopolis os irmaos e primos dele faziam parte dos meus companheiros de escola e futebol.
Eles, como nos e todo mundo, fazemos parte de um grupo de familias, ou melhor, fazemos parte de uma familia composta de diversos sobrenomes. Ele inclusive tem um primo irmao, Ronaldo Ferreira Generoso, casado com minha prima Sandra Batista Coelho. E os lacos acabam aproximando todos, fazendo de nos uma unica familia.
Mas o interessante de nossa conversa passou tambem pela genealogia. E ele contou-me os nomes de antepassados deles ate seus bisavos, segundo a sequencia:
Hely Ferreira Pinto – Maria Teresa de Jesus Ferreira
Pedro Ferreira Pinto – Ana Nunes Ferreira
Francisco Inacio da Silva – Ana Galdina Pinto
dona Ana Nunes Ferreira era filha de:
Henrique Nunes Gomes – Mariana
Pelo lado materno a sequencia foi esta:
Maria Teresa de Jesus Ferreira – Hely Ferreira Pinto
Nestor Maria Generoso – Maria Teresa de Jesus
Carlos Generoso
Nao tinha o nome da bisavo materna. E dona Maria Tereza de Jesus foi filha de Manoel Mendes, mas nao se recordou da esposa.
Claro, se ampliarmos este breve diagrama da familia, com os irmaos do senhor Hely e da dona Maria Teresa e os irmaos dos pais de ambos, alem de toda descendencia deles, teremos outros poucos milhares de pessoas a anotar. Atualmente, ao que me recorde, as pessoas mais conhecidas que ainda permanecem em Virginopolis sao as da familia do senhor Manoel Generoso, irmao da dona Maria Teresa. Assim, fica esta dica para os amigos mais novos da familia saberem se localizar melhor.
Mas o ponto que levanto aqui eh o nome da bisavo Ana Galdina Pinto. Este Galdina, nao sei dizer se sobrenome ou apelido, esta ligada `a descendencia do senhor Felix Gomes de Brito, como as pessoas por Maria Filomena lembradas e seo Adail Galdino, mencionado por mim. Alem disso ha o nome do bisavo Henrique Nunes Gomes, que pode dar outro vinculo com a familia, possibilitando o casamento de prima com primo.
Como dona Maria Filomena enganou-se algumas vezes, talvez e somente talvez, a dona Ana, apontada como filha do senhor Felix, casada com Raimundo Ferreira, poderia ser dona Ana Galdina e a autora ter-se enganado na identidade do marido. Contudo, tem tambem a possibilidade de que ela estivesse certa e ai cabe a hipotese de que o senhor Francisco Inacio da Silva fosse filho do senhor Raimundo e dona Ana.
Ressalve-se que em 1839 o senhor Felix Gomes de Brito ja habitava a area do centro da cidade, pois, cedeu o terreno para igreja e cemiterio. Pode ser que os filhos ja fossem casados, dai havendo espaco de tempo habil para o senhor Francisco Inacio ter sido neto.
O Airton observou que ele assinava “da Silva” mas era um legitimo “Ferreira”. `Aquela epoca era normal as pessoas adotarem sobrenomes de avos ao inves dos paternos. E a esposa do senhor Felix Gomes de Brito se chamava Maria de Sao Jose da Silva, o que indica que tinha antepassados com este sobrenome. Eh possivel que dona Maria Filomena nao tenha se recordado para identificar estes parentes do patriarca da cidade por causa de eles descenderem por vias femininas. Frequentemente a gente comete enganos em relacao a isso porque na maioria das vezes os sobrenomes que ficam sao os paternos.
Assim, sera possivel que muitos membros de Familias Ferreira em Virginopolis e regiao tenham os ancestrais comuns: dona Ana e senhor Raimundo Ferreira. Embora, ha que se ressaltar que houve introducao de outros Ferreira que parecem nao estar relacionados. Entre eles estao os Ferreira Campos, os Ferreira Rabello e outros. Diga-se de passagem, nao eh atoa que Ferreira eh um dos nomes mais comuns em todo lugar que se vai. A Familia Barbalho de Virginopolis teve a ancestral, Genoveva Nunes Ferreira (ou talvez Filgueiras). Embora essa ancestral tenha nascido provavelmente antes de 1770. E todas as familias devem ter la seus ancestrais com as assinaturas mais comuns no pais.
Um bom incentivo para continuarmos procurando nossas raizes eh que talvez possamos uni-las a personalidades historicas desde o inicio de Minas Gerais. Um dos descobridores do ouro na Cidade do Serro foi o bandeirante Antonio Soares Ferreira. Ele era natural de Guarulhos em Sao Paulo e junto com ele estava tambem o Gaspar Soares. Nao sei dizer agora se havia parentesco entre eles, mas eh provavel que sim. E deveriam ter muitos outros membros da familia na bandeira.
O Gaspar Soares esteve presente tambem no encontro do ouro em Morro do Pilar. E antes deste nome a cidade era conhecida como Morro do Gaspar Soares. Em Virginopolis temos tambem a Familia Soares Ferreira e Soares com outras combinacoes. Todos tem la seus membros entrelacados com os Coelho, os Barbalho e as outras familias mais antigas locais. Seria otimo sabermos o quanto mistudadas ja andavam estas familias desde os tempos coloniais.
Um bom endereco para encontrarmos informacoes a respeito do bandeirante Antonio Soares Ferreira eh o: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B4nio_Soares_Ferreira. Do Gaspar Soares pouco se fala na internet, porem, ele eh o inicio de todo historico de Morro do Pilar, como o que se encontra no endereco: http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/dtbs/minasgerais/morrodopilar.pdf.
Entre os outros Ferreira que talvez tenham comeco, em Virginopolis, nas primeiras familias moradoras do municipio esta a dos senhores Ze Simao e dona Regina. Residiram eles na casa que fora do bisavo Joao Rodrigues Coelho e sua segunda esposa Melita. A casa foi recentemente demolida e ficava de frente para a Igrejinha Velha, atual rodoviaria, na Rua Sao Jose. Foram pessoas que deixaram vasta descendencia, que esta em parte misturada com os Coelho e outras familias antigas.
Os nomes dos patriarcas eram Jose (Ze Simao) Goncalves de Souza, filho de Ancelmo de Souza Ferreira e Maria Goncalves Chaves. Dona Regina Silveira da Silva foi filha de Francisco Joaquim Ferreira e Maria Inez de Jesus.
Salvo engano, dona Regina era irma do senhor Efigenio Henrique e espero ter oportunidade de encontrar-me aqui com o meu vizinho Denis do Efigenio Henrique para coletar maiores informacoes da familia. Somos vizinhos de condominio mas dificilmente nos encontramos no inverno por causa das condicoes insalubres do tempo. Outra pessoa que deve pertencer `a irmandade era dona Geraldina Ferreira de Carvalho, esposa do senhor Raimundo (Raimundo Bento) Barbosa de Carvalho. Estes sao pais de outros amigos de infancia nossos. Os primeiros nomes dos filhos sao: Regina, Renilda, Adir, Adirson, Adivan, Amasio, Amir, Aroldo, Aurelio e Jose Edmundo. A cidade inteira os conhece ou ouviu falar neles.
A Familia Silveira esta tambem entre as primeiras a povoar a regiao do Serro. Embora dona Regina tenha nascido em Braunas, sera possivel que encontremos outros ramos entre a parentalha. O importante aqui eh assinalar, antes de encontrarmos os vinculos com outros familiares, que os patriarcas Ze Simao e dona Regina foram pais da Madalena, primeira esposa do Everardes Rodrigues Coelho; do Raimundo Ferreira de Souza (Raimundo Simao) e Francisco Ferreira de Souza (Chico Simao). Filhos dos dois irmaos se agregaram `a Familia Coelho e, talvez, o Ferreira seja o mesmo de dona Ana e seu marido: Raimundo Ferreira.
A presenca do senhor Raimundo Barbosa de Carvalho lembra-me a necessidade de juntar-se a ele a parentalha. Sei que ha relacao parental entre o “Dodo Cebola”, ou a esposa deste com dona Petrina Carvalho, esposa do Jose Gomes Lessa, o Ze Padeiro. Acredito que todos tenham relacoes parentais. Ja adiantei a postagem da familia da dona Petrina e seo Ze. Uma regalia que pude aproveitar por eles terem sido os eternos vizinhos `a esquerda da casa de meus pais. Assim usei as relacoes matrimoniais de filhos para incluir o restante da familia.
Quando encontrarmos as outras informacoes ficarao facilitadas as ligacoes que proporcionarao a reuniao da familia Carvalho num tronco solido.
Ha aqui que salientar. Talvez encontremos a ligacao do nucleo virginopolitano do Carvalho com diversos outros em outras cidades como Guanhaes, Sao Jose do Jacuri e Sao Pedro do Suacui. E ate mesmo com a raiz mineira mais antiga da Familia Barbalho, pois, houve o casamento do ancestral Manoel Vaz Barbalho com Josepha Pimenta de Carvalho. Eles sao patriarcas de ramos das Familias Pimenta, Barbalho e muitas outras. Espera-se que haja alguem que tenha preservado o sobrenome Carvalho e o multiplicado em algum lugar da regiao.
FAMILIA BATISTA COELHO OU JOAO COELHO DA ROCHA:
No inicio ha uma pequena gafe ao trocar o nome do sr. Gabriel Sebastiao Soares por Gabriel Coelho Soares. Nao sei se o sr. Gabi, como era conhecido, tinha Coelho entre os ancestrais dele. Ele e o irmao eram conhecidos por Gabi Gilberto e Chico Gilberto. Imagino que o pai se chamasse Gilberto. Existem alguns ramos da Familia Coelho que nao foram acompanhados, dai a possibilidade de eles serem Coelho sem isso ter chegado ao meu conhecimento. Caso alguem tenha maiores informacoes, estou aguardando para recolhe-las.
P.S. Eram sim filhos do senhor Gilberto Coelho da Silva e dona Marciana Soares de Souza que tem Historia interessante em Virginopolis. No capitulo: Todos os Coelho de Virginopolis, abaixo, no subtitulo Coelho da Silva, compartilho o que ja encontrei.
Ao analisar o familiar numero 7, Sebastiana, ha um engano no apelido do marido que se tornou Quinsoh e nao Quinzote. Eh possivel que tenha evoluido do segundo para o primeiro quando ele tornou-se adulto.
A informacao de que Marcolina Honoria Coelho e Demetrio Coelho de Oliveira foram residentes fundadores de Coroacy apenas consagra o que eu ja havia encontrado na Historia daquele municipio. Nela ele eh mencionado como fundador, mas nao eh dito com quem se casara. Dai eu ainda nao ter consagrado isso como inteiramente certo.
O numero de 24.000 descendentes nao deve ter fundamento para aquela epoca. Atualmente nao tenho a menor ideia. Porque nao temos o acompanhamento completo, inclusive, a familia da tia Marcolina tornou-se desconhecida em nosso computo. Alem disso os casamentos entre os descendentes das mesmas pessoas foram tantos que se nao se prestar a devida atencao poderiamos contar as mesmas pessoas muitas vezes. Ela provavelmente desejava escrever o numero 2.400.
FAMILIA NUNES COELHO:
Aqui ela repete o apelido Quinzote para o Quinsoh.
Novidade para mim foram os nomes do marido da Rita, Marcos Caldeira Xavier, e da esposa do Emigdio, Camila Maria da Paixao. Nao tinha estes dados e, em consequencia, nao tenho acompanhamento genealogico deles. Eh possivel que hoje tenhamos que coletar mais de 5.000 nomes de descendentes, somente destes dois casais. Pena que ela nao relacionou os nomes dos filhos, o que facilitaria o nosso trabalho, pois, eh provavel que os tenhamos conhecido ou ouvido falar deles.
Ela se engana ao dizer que Antonio casou-se com Imidia de Magalhaes Barbalho ja que foi o Jose. Mas ao mesmo tempo confirma uma suspeita antiga minha de que o Jose da tia Emigdia era ele. Ao substituir o nome do Jose pelo de Antonio, que nao existia, ela omitiu o nome do Altino. Assim, ficamos sem saber se este se casou ou nao e, se positivo, onde encontraremos os descendentes deste nos dias de hoje.
Ha algum tempo eu havia consultado a Ivania a respeito da minha suspeita a respeito do Jose da tia Emigdia ser o filho dos tios Joaquim e Francisquinha e ela nao soube me responder. Isso porque ela, na introducao do “Historico de: Antonio Rodrigues Coelho”, havia feito essas afirmativas:
“5) 2 casos de filhos cujos: 3 irmaos casaram-se com 3 irmaos:
1o. caso: Os filhos Joao R. C., Benjamim R. C. e Ma. Carmelita casaram-se com os irmaos Olimpia, Julia e Simao. Filhos de: Joao Batista Coelho Junior e Quiteria Rosa do Amaral.
2o. caso: Os filhos Lindolpho R. C., Altivo R. C. e Josephina casaram-se com os irmaos Marcolina, Vitalina e Pio Nunes Coelho. Filhos de Clemente Nunes Coelho e Anna Maria.”
Perguntei a ela se por acaso este Clemente Nunes Coelho nao seria o mesmo que cerca de 3 decadas antes de ser pai destes nossos tios seria o mesmo pai de: Prudencio, Antonio e Maria Honoria Nunes Coelho (pagina 221). A Maria Honoria entra em nossa Arvore como a esposa do Ten. Joao Batista Coelho, um dos fundadores de Virginopolis e incluido na presente relacao genealogica. Nao se sabe quem foi a mae destes filhos. Sabe-se que a Maria Honoria era bem morena, levando `a possibilidade de ela ser mulata ou miscigenada.
Ha numa Historia de Guanhaes, no site da prefeitura, a mencao a um escravo forro que foi o primeiro morador do Bairro Morro do Cruzeiro, cujo nome era Prudencio. E por o nome Prudencio ser comum entre a descendencia Nunes Coelho, talvez haja a possibilidade dele ser avo da Maria Honoria. Especialmente se teve por companheira uma pessoa de origem indigena. Isso poderia explicar tracos mistos na descendencia do Joao Batista e Maria Honoria, onde existem pessoas morenas de cabelos corridos e pequenas lembrancas de tracos orientais. Isso pode ser apenas especulacao mas, talvez, algum dia ficara esclarecido.
A Ivania nao soube responder-me tambem. E acredito que ninguem conseguira faze-lo se nao fizer uma pesquisa bem detalhada ou se encontrar algum escrito justamente confirmando ou negando que o Clemente pai dos tres no inicio do seculo XIX era o mesmo ou diferente pai dos tres que nasceram no terceiro quarto do mesmo seculo. Ha possibilidade existe em ambos os casos.
Na mencao, a Ivania nao levou em consideracao outra “trindade” entre os filhos do trisavo Antonio Rodrigues Coelho. A filha dele, com outra mulher, tia Julia Salles Coelho mais Maria Marcolina e Virginia Marcolina casaram-se na mesma familia. Mas com outro diferencial. A primeira casou-se com Antonio Paulino e as outras duas foram as esposas do mesmo Jose Batista Coelho, ou Ze Coelho. No caso, os dois maridos eram filhos do Joao Batista e Maria Honoria.
O melhor da presente Historia eh que dona Negra confirmou uma duvida que eu tinha. O Jose, marido de Emigdia de Magalhaes Barbalho eh o filho dos tios Joaquim e Francisquinha. Alem disso formam outra trilogia, nao mais entre a descendencia do Antonio R. Coelho, mas entre a descendencia Nunes Coelho e Magalhaes Barbalho. Isso porque Joao e Miguel se casaram respectivamente com Petronilha (tia Pitu) e Ambrosina (tia Sinha). Eu tinha duvida quanto a isso porque no livro da Ivania a informacao era a de que o Jose da Emigdia assinava Coelho Nunes e nao Nunes Coelho. Poderia, entao, ser de outra familia. Ou de outro membro da familia Nunes Coelho que nao os pais dele.
Resolvida esta questao, comecam as preocupacoes. Assim, fica constatado que desde o inicio muitas pessoas na familia se tornaram descendentes simultaneamente dos 4 irmaos: Francisca Eufrasia de Assis, Eugenia Maria da Cruz (chamada de Eugenia Eufrasia Coelho da Rocha pela dona Filomena), Joao Batista Coelho e Antonio Rodrigues Coelho. Dona filomena faz a observacao de que os dois sao irmaos mas nao menciona as duas. Para complicar, Joaquim Nunes Coelho e Maria Honoria Nunes Coelho eram tio e sobrinha.
Claro, da forma como se deu o povoamento daquelas terras anteriomente consideradas virgens, ja que, infelizmente, nao se levava em conta a presenca indigena, e devido ao pequeno numero de habitantes iniciais, alem da ignorancia para os riscos, os sucessivos casamentos intrafamiliares eram quase inevitaveis. Foi provavelmente uma sorte a familia ter acompanhado o movimento migratorio que continuou ao longo do seculo XX, se espalhando pelo mundo para evitar mais consanguindade. Como diz o ditado: “Ate o que eh bom, demais, torna-se veneno!”
O acompanhamento genealogico que temos das Familias Coelho, Nunes Coelho e Magalhaes Barbalho esta acessivel via http://www.geneaminas.com.br e http://www.ancestry.com (disponivel para associados no ancestry).
ANTONIO RODRIGUES COELHO OU ANTONIO COELHO DA ROCHA
Na nota explicativa dona Filomena comete um engano ao falar a respeito do sobrenome Rodrigues Coelho. Tia Ruth, filha do Ze Coelho, escreveu no prefacio do livro: “Arvore Genealogica da Familia de Jose Batista Coelho”, de autoria dela e da filha Mariza (Preta) Martins Coelho: “Meus avos paterno, Joao Batista Coelho, materno, Antonio Rodrigues Coelho, eram irmaos, apesar da assinatura um pouco diferente. O primeiro recebeu este nome por ter nascido no dia de Sao Joao Batista, o segundo, para homenagear um tio e padrinho.”
A verdade eh que o Antonio Rodrigues Coelho padrinho aparece tanto no livro “A Mata do Pecanha, sua Historia e sua Gente”, do prof. Dermeval Jose Pimenta, quanto no “Arvore Genealogica da Familia Coelho”, da prima Ivania Batista Coelho, com o nome de Antonio Coelho de Magalhaes, filho dos patriarcas, Alferes de Milicia, Jose Coelho de Magalhaes e Eugenia Rodrigues Rocha. A Eugenia era filha de Giuseppe Nicatsi da Rocha e Maria Rodrigues, talvez, de Magalhaes Barbalho tambem. Sem uma ligacao direta com a Familia “de Magalhaes Barbalho” apresentada pela dona Filomena.
A informacao de que os filhos adotavam as assinaturas dos padrinhos nao procede neste caso. Nem na maioria dos casos que tenho estudado. O que acontecia era de as pessoas serem apenas batizadas, nao havendo necessariamente um registro civil, dai nao portarem sobrenomes ate enquanto nao necessitassem deles. Muitos, ja adultos, assinavam os sobrenomes que lhes conviessem. Por vezes, relembrando antepassados que desejavam homenagear. As mulheres, em boa parte das vezes, se benziam com os santos de suas devocoes como a nossa pentavo do lado Barbalho: Anna Joaquina Maria de Sao Jose.
Assim se explica os nomes dos filhos dos fundadores de Guanhaes, capitao Jose Coelho da Rocha (Jose Coelho de Magalhaes Filho) e Luiza Maria do Espirito Santo, por ordem de nascimento: Jose Coelho da Rocha Neto, Maria Luiza Coelho (Nha Moca), Francisca Eufrasia de Assis, Ana Maria de Jesus (Nha Ninha), Joao Batista Coelho, Eugenia Maria da Cruz, Antonina (fal. crianca) e Antonio Rodrigues Coelho. Esta eh uma das complicacoes do trabalho do genealogista. Como cada um usava um sobrenome diferente, se o pesquisador nao encontrar um documento reunindo a todos, precisa buscar muito para reuni-los na casa dos mesmos pais.
No mais, dona Filomena nao ordenou as pessoas por ordem de nascimento e nao mencionou que Antonio Rodrigues Coelho foi o pai da tia Julia Salles Coelho com Anna Girou Bonefoi, e de tia Emidia Justiniana de Aguiar, com dona Getulia Justiniana de Aguiar. Tia Julia foi a filha mais velha, nascendo antes do casamento dele com Maria Marcolina Borges do Amaral. Tia Emidia nasceu depois do falecimento da matriarca. Ambas foram reconhecidas pelo pai. Tia Julia foi esposa do tio Antonio Paulino e a tia Emidia de Joaquim Leandro Pereira. Parece que este ultimo casal multiplicou-se a partir de Guanhaes mas nao temos a descendencia dele.
FAMILIA MAGALHAES BARBALHO
O nome completo do patriarca na familia era Francisco Marcal de Magalhaes Barbalho, capitao da Guarda Nacional. Observem que muitos dos patriarcas naquela epoca usavam patentes semelhantes ao das forcas armadas. Mas nao necessariamente pertenciam ao exercito ou `a marinha.
Talvez seja importante fazer essa distincao aqui. A Guarda Nacional foi um instrumento usado pelo Patriarca da Independencia, Jose Bonifacio de Andrada. Antes, haviam as milicias. Eram grupos separados que exerciam funcoes de comandos avancados, porque estavam invadindo territorio indigena e eram armados. Dai se explica a patente de Alferes de Milicia para o portugues, Jose Coelho de Magalhaes. Alias, este era um dos verdadeiros portugueses na familia.
A Guarda Nacional tinha o pressuposto de dar sustento `a monarquia. E este sustento era feito em forma de troca de favores (ou merce de vossa magestade). Por volta de 1822, quando da Independencia do Brasil, varias antigas colonias espanholas estavam conseguindo suas independencias e passando do quadro de monarquia para o de republicas. Os unicos paises nas Americas, alem do Brasil, que possuiram monarquias foram o Mexico e o Haiti. Portanto, Jose Bonifacio estava ciente de que o Brasil seguiria o mesmo rumo, a menos que algo diferente fosse feito.
A base do sistema da Guarda Nacional foi de acordo com a renda anual dos patriarcas de familias. Aqui ha a esperteza do Patriarca da Independencia, pois, definiu faixas de contribuicao para o fisco, dai as patentes eram distribuidas segundo as declaracoes dos individuos. Quem tinha maior renda, teria uma patente mais elevada. O incentivo para quem declarasse era o de que as patentes mais elevadas ganhavam os favores politicos como o de serem nomeadas para os cargos pertinentes `a sua magestade. Assim, os coroneis nomeados tornavam-se verdadeiros donos dos “currais eleitorais”. O detalhe era de que o direito ao voto somente era dado ao homem e que fosse contribuinte. E nisso gracava o nepotismo porque os cargos menores eram distribuidos entre os familiares e os aliados politicos.
A Guarda Nacional tambem tinha um efeito almofada contra os aventureiros ingressos nas forcas armadas. Jose Bonifacio identificou que o “problema” de passagem da monarquia para republica dos paises de colonizacao espanhola estava na forca do exercito mantido pelo monopolio espanhol. Herois das Independencias Andinas como Sam Martim e Simon Bolivar eram membros desta entidade. Portanto, seria perigoso, do ponto-de-vista do Jose Bonifacio, o Brasil manter um exercito muito forte ja que qualquer general com prestigio poderia arvorar-se como caudilho da nacao. Ele tinha o exemplo da Franca, onde a monarquia havia derrapado durante a Revolucao Francesa e o pais caiu em maos do ambicioso Napoleao Bonaparte e, o resto da Historia voces conhecem.
Por volta de 1860 as forcas armadas brasileiras contavam com um efetivo de cerca de 25.000 militares. Em contrapartida, a Guarda Nacional contava com cerca de meio milhao de pessoas. Assim, enquanto os proprios imperadores nao entrassem em conflito com os membros da Guarda Nacional, a monarquia estaria garantida. Os atritos se deram de forma continua. O estopim se deu com a emancipacao dos escravos pela princesa Isabel, a 13 de maio de 1888. Assim os conservadores do movimento republicano que pertenciam `a Guarda Nacional e que se sentiram ofendidos, aliaram-se ao exercito para a Proclamacao da Republica, em 15 de novembro de 1889. Pouco mais de um ano depois.
A Guarda Nacional continuou existindo ate por volta de 1925. Com a urbanizacao do pais e o fortalecimento das forcas armadas, ela foi perdendo a importancia ate que finalmente desapareceu. A longevidade da Guarda Nacional e seus principios explicam em grande parte o atraso, o nepotismo e a corrupcao que imperam ate hoje no pais.
Nao estou aqui querendo dizer que o lado ruim tomou conta de nossos familiares mais antigos, pois que, parece que eles, apesar dos privilegios, procuraram comportar-se de forma mais civilizada que em outras partes do Brasil. Eu indiquei o endereco: http://www.jusbrasil.com.br/diarios/1621344/pg-12-secao-1-diario-oficial-da-uniao-dou-de-10-04-1898, em minha pagina no Facebook. Ai podemos ver como a Guarda Nacional era organizada na regiao de Guanhaes sendo que a maioria dos membros esta de uma forma ou outra ligada `a Familia Coelho Barbalho. Podem observar que muitos dos nomes apresentados pela breve genealogia no livro da dona Filomena estao ali presentes.
No campo dos Magalhaes Barbalho ela esqueceu-se de acrescentar a tia Julia de Magalhaes Barbalho, que ficou solteira. Como nos outros campos, a ordem dela nao acompanha a ordem de nascimentos.
Fiz apenas breves comentarios em relacao aos familiares Coelho e Magalhaes Barbalho porque temos dados genealogicos muito mais completos deles ja postados nos sitios de genealogia. Tambem, teremos mais discussoes a respeito de suas genealogias nos capitulos mais adiante desta conversacao. Assim sera desnecessario ficar repetindo, ja que nao eh pouca coisa.
FAMILIA CAMPOS
Nao tenho como comentar os dados da Familia Campos no sentido de afirmar que tenho conhecimento disso ou daquilo. Esta parte apresenta geracoes que nao conheci e que muito pouco ouvi falar em minha infancia. Mas ha uma curiosidade no dona Filomena dizer que “casado com a professora D. Augusta Rabelo Campos, de Sao Joao Evangelista.”
Dentre as datas de nascimento de pessoas conhecidas tenho a do Dr. Jose (Dr. Rabellinho) Rabello Campos que eh de 02.11.1904. Este, filho do Jose Ferreira Campos e D. Jovelina Netto Campos (chamada de Jovelina Rabelo Campos por dona Negra), e neto de Manoel Ferreira Campos e D. Clementina Marcos de Jesus (segundo a mesma). Isso implica dizer que, os senhores Manoel e Clementina devem ter datas de nascimento de cerca de uns 50 anos antes. Pode ser um pouco menos ou um tanto mais.
O mesmo deve se dar com o casal Antonio Ferreira Campos Baguary e dona Augusta Rabelo Campos, assim chamada por dona Maria Filomena. Aqui devemos observar que os filhos assinavam, segundo a propria, Campos do Amaral. O Amaral nao consta de sobrenome do marido. Disso resulta em haver a possibilidade de o nome da dona Ausgusta ter sido “Rabello do Amaral Campos”, por via paterna e do casamento. Somando isto `a informacao de ter ido de Sao Joao Evangelista para Virginopolis, penso que ela pode ter nascido em Sabinopolis. Isso porque nao havia o Arraial de Sao Joao Novo antes de 1875.
Por outro lado, a Familia Pereira do Amaral, ja era enorme em Sabinopolis, por ter chegado desde anos anteriores `a fundacao do Arraial de Sao Sebastiao dos Correntes, por volta de 1819. Tanto eh que diversos membros desta familia logo se mudaram deste para aquele arraial, entre os quais os irmaos: Antonio Borges do Amaral (primeiro prefeito local), Ana Amaral Bessa, Artur Borges do Amaral, Georgina Amaral, Lilia Amaral e Elpidio Amaral. Estes eram irmaos tambem de Maria Marcolina Borges do Amaral, esposa de Antonio Rodrigues Coelho. Os tres ultimos eram meio-irmaos.
Outros membros da Familia Amaral, descendente do portugues acoriano Miguel Pereira do Amaral, tambem ajudaram a povoar ambos os arraiais. O Arraial de Sao Joao foi ajudado a povoar pela descendencia de Ermelinda Querubina Pereira do Amaral, filha de Malaquias Pereira do Amaral, filho do Miguel Pereira do Amaral. Ela foi a esposa do Modesto Jose Pimenta e, com este, mae do coronel Cornelio Jose Pimenta, um dos fundadores do arraial e pai do professor Dermeval.
No livro dele, o professor Dermeval Jose Pimenta menciona um ramo da Familia Ferreira Campos. `A pagina 131, discorrendo a respeito de dona Carolina Gabriela da Fonseca Campos (dona Inha Campos), assim fala: “era natural de Itambe do Serro, e casada com JOAQUIM FERREIRA CAMPOS. Ficando viuva na Cidade do Serro, com quatro filhos menores, transferiu-se em 1889 para Sao Joao Evangelista, entao arraial de maior progresso na regiao do Pecanha. Os seus filhos ali se casaram, entrelacando-se com as principais familias da localidade. Faleceu em Santo Antonio de Guanhaes (Correntinho), em setembro de 1911).”
Note-se que o casal Manoel Ferreira Campos e dona Clementina Marcos de Jesus tambem tiveram um filho chamado Joaquim Ferreira Campos. E um filho de dona Inha, o Luiz (Lulu) Ferreira Campos, teve outro homonimo, narrado na pagina 132 pelo professor Pimenta. Eh possivel tambem que dona Augusta tenha nascido no Serro, passado por Sao Joao e, entao, seguido para Virginopolis.
Se isso aconteceu, estaria seguindo um movimento migratorio natural porque as localidades mais proximas ao Serro estavam ficando saturadas de pessoas exercendo as mesmas profissoes enquanto, `a epoca, havia se formado um corredor de povoados em direcao a Vitoria no Espirito Santo, que demandavam pessoas de maior conhecimento. Virginopolis era mais antiga que Sao Joao, mas era, do lado de Guanhaes, o portal para o quase desconhecido.
Tudo indica que os Ferreira Campos de Sao Joao Evangelista tem vinculos com os de Virginopolis.
Outra pequena coincidencia sera a narrativa que o professor Pimenta faz a partir da pagina 130, onde fala a respeito da presenca do professor JOSINO CARDOSO NUNES. Era casado com dona ANA MARIA DE SANTA RITA DE FIGUEIREDO. Ate ai, pouco acrescenta. Mas ao descrever os filhos ele continua assim: “F 2. MARIA SALOME, casada em Sao Joao Evangelista, em 1892, com seu primo JOSEFINO RABELO, natural do Serro, o qual se mudou para o povoado de Sao Sebastiao dos Pintos, Municipio de Sao Joao Evangelista, em 16-7-1892.” Atualmente este eh o Distrito Nelson Coelho de Senna. Entre os filhos deste ultimo casal ele cita: “TEMISTOCLES, atual Escrivao de Paz e do Registro Civil de Sao Joao Evangelista, casado com MARIETA DE AGUIAR;”
Naturalmente, estes nao sao ascendentes da Familia Ferreira Campos e Aguiar Rabello de Virginopolis pois sao contemporaneas. Mas tudo indica que faziam parte de um mesmo grupo familiar na Cidade do Serro, e que um grupo se dirigiu para Sao Joao Evangelista e outro para Virginopolis. Ou os de Virginopolis fizeram um pouso em Sabinopolis ou, como era conhecido antigamente, Sao Sebastiao dos Correntes.
Uma outra, talvez nao tao coincidencia assim, eh o fato de o seo Chiquinho (Francisco Coelho Sobrinho) ter se casado com a tia Maria Salome Campos do Amaral, mais conhecida como professora dona Memeh. O tio Chiquinho, irmao da bisavo Olimpia Coelho do Amaral, foi um dos moradores de uma das casas em frente `a casa dos meus pais, quando eu era crianca. Sera possivel que a familia da tia Memeh saiu de Sao Joao e ela se casou em Virginopolis. No sentido inverso, o tio Salathiel, irmao do tio Chiquinho, foi para Sao Joao Evangelista, onde se casou com a tia Iracema Campos Goncalves. Por sua vez, esta era filha de dona Rita Ferreira Campos e neta da dona Inha Campos e JOAQUIM FERREIRA CAMPOS. Ao que parece, criou-se um intercambio entre os nucleos familiares de Sao Joao Evangelista, Virginopolis e Serro.
Se se confirmar que D. Augusta era mesmo Rabello do Amaral, iremos somar em Virginopolis 3 ascendencias dos mesmos ancestrais do Amaral, ou seja, a introduzida por ela, a pela avo Maria Marcolina Borges do Amaral e, a mais numerosa, introduzida pelo trisavo Joaquim Pereira do Amaral. Corre-se o risco de haver descendentes dos tres ramos ao mesmo tempo!…
Aqui ja posso adiantar esse acrescimo. O sobrenome da dona Augusta era mesmo Rabello Amaral. Tornou-se conhecida como Augusta Campos por causa do marido. Mas nao posso afirmar que o Amaral dela proceda do Pereira do Amaral, pois, um dos fundadores de Sabinopolis foi o alferes, Antonio Fernandes do Amaral, que foi contemporaneo dos Pereira do Amaral, mas nao sei dizer se pertencia `a mesma familia. Vide o capitulo: Primeiros Moradores de Sabinopolis.
Mas agora posso tomar como referencia a descendencia do casal: Atenagoras (Tenah) Campos do Amaral e dona Maria da Conceicao Nascimento. Com a ajuda da amiga Elini Araujo, do Adamar Nunes Coelho e Fenelon Jose Campos Coelho ja sabemos que ele foi pai de:
1o.) Maria de Lourdes Campos Chaves, casada com Atelante Antonio Chaves
2o.) Elza Campos do Amaral
3o.) Natalia Campos do Amaral, casada com Jose Coelho de Magalhaes
4o.) Maria Augusta (Augustinha) Campos do Amaral, casada com Hely Rodrigues Coelho
5o.) Merces Campos do Amaral
Os senhores Atelante e Maria de Lourdes, ja falecidos, sao avos do Fenelon e da Elini. Tanto a Natalia quanto dona Augustinha ja se encontravam no livro da Arvore Genealogica da Familia Coelho como agregadas aos maridos, mas tinhamos apenas vagas informacoes a respeito da ancestralidades delas.
Um pouco das descendencias dos casais: Jose Ferreira Campos/Javelina Netto Campos e Francisco Ferreira Campos/Maria Pacifica dos Santos tambem ja foram esclarecidas. Informacoes encontram-se no capitulo: Breve Relato dos Primeiros Frutos Dessa Publicacao.
FAMILIA COELHO DE OLIVEIRA
Aqui esta uma das razoes pelas quais percebi que D. Filomena desejou fazer uma justa homenagem `a classe dos professores. A Familia Coelho de Oliveira apresentada por ela trata-se de uma combinacao de Freire, Oliveira, Coelho, Nunes Coelho, Barbalho e outras. Inclusive ela nao menciona o Honoria do nome da tia Anna.
Mas nao sem razao ela cita os nomes do Bernardino (Dino) e Carmelita (Sianita). Estes foram os pais de pessoas como a Ina Coelho de Magalhaes, que foi a primeira esposa do sr. Gabriel Coelho de Oliveira, filho do irmao do Dino, o seo Fernando. Em meu tempo de crianca, as filhas do sr. Gabriel e d. Ina faziam parte do quadro de professores locais, sendo elas: Neide, Neuza, Gezira, Elzira e Maria. Alem delas a dona Ina Maria, filha do segundo casamento dele, tambem estava comecando.
Em numeros, comparavel a isso, haviam as professoras filhas do sr. Chiquinho Campos e dona Helena, que sao: Maria Bernardete (foi diretora do Grupo na epoca), Maria Celeste, Maria Helena (bibliotecaria), Jacira e Ondina. O Jose Angelo era casado com a professora Celeste, filha do senhor Serafim Coelho e, mais tarde, o Francisquinho casou-se com outra professora, de nome tambem Bernardete com o sobrenome Gloria.
Entre os filhos do Dino e Sianita ainda contava o proprio sr. Serafim que, casado com d. Julia, filha do sr. Joao da Cunha (a ser visto), era pai, alem da Celeste: Carmelita e Maria Angela. Entao ja professoras. Na descendencia daqueles patriarcas ainda ha a professora Luisa Martinho Coelho (dona Lulu), filha da dona Efigenia.
Claro, nao posso deixar de citar a dona Maria Aguiar e tia Edith, que nao eram descendentes do ramo Coelho de Oliveira, e sim dos Coelho de um modo geral, mas completavam o time das mais influentes. Diversas outras estavam ligadas `as familias citadas por dona Filomena de Andrade, entre as quais a propria Andrade que muito contribuiu com o desenvolvimento educacional do povo do municipio.
O argumento de ela ter feito homenagem `a classe se valida por nao ter mencionado familias como a Figueiredo, descendente do capitao Figueiredo; e da Fonseca, de Jose Antonio da Fonseca, dois dos fundadores do municipio. E, por ser fundadores, o livro ficou em falta por chamar-se Historia de Virginopolis.
FAMILIA BATISTA DE MAGALHAES
Nao vou deter-me nesta familia porque grande parte dos dados genealogicos dela ja estao publicados em outros lugares. Na verdade, o Joao Batista era mais conhecido pelo apelido de tio Joaozinho. E a Candida, por Sa Candinha. Fazem parte dos quadros dos meus bisavos maternos.
FAMILIA PEREIRA DO AMARAL
Esta familia Pereira do Amaral esta sem a cabeca que foi a patriarca e que divide o direito `a fundacao do municipio. O site gencoelho traz uma biografia do tenente Joao Batista Coelho. Nesta, uma escritura onde relata-se a compra que ele fez de uma propriedade na mao de outro morador fundador, o senhor Jose Antonio da Fonseca. Ali se relata que a propriedade fazia divisa, ao norte, com outra do senhor Joaquim Pereira do Amaral. Joaquim era casado com Maria Rosa dos Santos Carvalhais (ou do Espirito Santo Carvalhais). Este casal sao os pais do tio Ernesto, da trisavo Quiteria Rosa (Titi) e irmaos deles.
Esta eh outra familia ligada `a educacao no municipio. Em meu tempo de crianca era professora de desenho a dona Nise, esposa do sr. Titito. Ele procede da descendencia do Joao Batista Coelho, via Joaquim Bento e tia Cunuta. Destaca-se tambem a presenca de outros padres dessa descendencia, alem do monsenhor Jose Pereira do Amaral. Entre os quais, o padre Didimo.
FAMILIA PERPETUO.
Exceto por um casal desta familia, nao sei como ligar estas pessoas `as pessoas que vivem nos dias de hoje. Uma boa informacao que colho aqui, alem do obvio, sera o nome da Sia Biquita. O tinha como tia Biquita mas nao o nome verdadeiro. Tia Biquita eh filha do Joaquim Pereira do Amaral e Maria Rosa. Outro ganho eh colher a informacao de que os Perpetuo sao irmaos. So lastimo dona Negra nao ter citado os nomes dos pais. Mas ajudou bastante.
Quando cheguei aqui no Nordeste dos Estados Unidos, minha esposa e eu fomos recebidos pelos primos dela: Geraldo (Ladinho) Soares Perpetuo e Maria Natalicia (Taica) Coelho. A mae do Ladinho era sobrinha do avo da minha esposa. Tinha uma pequena ideia que o Ladinho fosse meu primo porque conhecera a irma dele, em Santa Efigenia de Minas, cujo nome eh Aparecida. Era conhecida como Aparecida do Amilar, antes do divorcio entre os dois. Numa conversa que ela teve com meu pai, em frente `a nossa casa, em Virginopolis, ficou estabelecido um parentesco do qual eu nao tomei conhecimento. Parecia-me muito distante.
Posteriormente, quando comecei a estudar os vinculos familiares, busquei saber quem era da descendencia da Emigdia Honoria Coelho e Amaro de Souza Silva. Ela faz parte da lista dos filhos do Joao Batista Coelho e Maria Honoria e nada tinhamos em maos `a epoca. Somente em 2009 tive a oportunidade de conversar com dona Teresa de Jesus Guimaraes, a mae da Taica. Nesta ocasiao, Natalicia e o Ladinho haviam anos que tinham retornado para o Brasil, levando as 3 filhas nascidas em Boston. Ate entao, eles eram a familia da minha esposa.
Foi entao que descobri que a filha dos tios Emigdia e Amaro, Eliza de Souza Coelho, fora a esposa do senhor Antonio (Antunico) Perpetuo. Eles sao os pais de uma familia grande, entre os quais do senhor Joao Perpetuo Sobrinho. Seo Joao era casado com dona Maria (Lia) Soares, filha do senhores Tunico Soares e dona Lica. Tunico era irmao do Sebastiao (Tao) Luis Soares, o avo de minha esposa. Assim pude estabeler tambem o meu grau de parentesco com o Ladinho.
Para nossa surpresa (brincadeira porque quando se trata de pessoas da regiao nao espero ser surpreendido por parentesco e sim pelo grau), dona Teresa eh bem versada a respeito do assunto. Apesar dos mais de 80 anos, costumava visitar a parentalha e dela colher noticias nas cidades vizinhas. Infelizmente, nao pude retirar dela tudo o que sabia mas ela propria era viuva do Jose (Ze Miguel) de Souza Coelho. Este, filho de: Miguel de Souza Coelho e Julia (Julinha) Pacheco. O Miguel, filho dos tios Emigdia e Amaro.
A propria dona Teresa era filha de Jose Valois Guimaraes e Maria das Dores (Dodora) Silva. Jose Valois era filho de Virginia de Souza Coelho e Mariano Valois Guimaraes. Ou seja, a Taica descende simultaneamente de dois dos filhos dos tios Emigdia e Amaro. As filhas dela somam ainda o nosso parentesco atraves da dona Eliza e sr. Antoninho Perpetuo.
Ha que se fazer uma distincao na assinatura Perpetuo na regiao. Os filhos dos tios Emigdia e Amaro, Maria de Lourdes de Souza Coelho e Cesario de Souza Coelho casaram-se, respectivamente, com os irmaos: Jose (sr. Yeieh) Coelho de Lacerda e Maria Salome (Sa Lica) Coelho de Lacerda. Como os casamentos se deram entre dois Coelho diferentes, deram sobrenome Coelho Perpetuo aos filhos. Mas alguns mantiveram somente o Coelho.
O paragrafo acima foi baseado numa tradicao que ouvi. Contudo ela esta completamente errada. Os senhores Maria Salome (Sa Lica) e Jose (Yeyeh) foram filhos de um dos Perpetuo, o senhor Joao Batista. Contudo herdaram apenas o sobrenome materno, da dona Eulina Coelho de Lacerda. Isso foi que descobri via telefonema `a dona Alzira Coelho (Perpetuo) da Silva, viuva do senhor Anisio Martins da Silva, em Santa Efigenia de Minas e que neta do casal Joao Perpetuo e Eulina.
Dona Alzira eh tambem neta dos tios bisavos: Emigdia Honoria Coelho e Amaro de Souza Silva. Os pais dela foram: Marietta de Souza Coelho e Eloi Salome Perpetuo. Dona Marietta era filha do Miguel e Julinha Pacheco, os pais do Jose (Ze Miguel), marido da dona Teresa acima mencionada. E o senhor Eloi Salome era irmao da Sa Lica e seo Yeyeh. Contudo dona Alzira nao pode oferecer informacoes mais precisas porque o pai falecera quando ela era muito nova e a familia foi criada separada dos familiares Perpetuo.
Outra informacao que tenho eh que o senhor Eloy Perpetuo e Maria Rosa do Amaral ajudaram a multiplicar a familia em Divinolandia de Minas. Apesar de ter conhecido umas poucas pessoas da descendencia deles, antes do interesse por genealogia, nao tenho como ligar estas com aqueles porque nao conheci as geracoes intermediarias.
FAMILIA CUNHA MENEZES.
Esta era outra familia que ha muito eu procurava pelos ancestrais dela. Estes dois sobrenomes, Cunha e Menezes, separadamente foram usados por duas familias da mais alta nobreza de Portugal e Espanha. Mesmo os descendentes mais jovens do senhor Joao da Cunha Menezes, que multiplicou a familia em Virginopolis, nao sabiam dizer os nomes dos pais dele. Como tenho uma parte dos dados da Familia da Cunha Pereira, que saiu do Serro e multiplicou-se em Pecanha, imaginei a possibilidade de tratar-se do mesmo ramo familiar. Mas, ao que parece, nao.
Aqui, novamente, nao tenho como ligar as geracoes passadas com as atuais, exceto nalguns exemplos. O acompanhamento da familia do senhor Joao da Cunha foi feito em parte pela prima Ivania Coelho. Ela tambem o fez em relacao `a da dona Maria e Durval Nunes Coelho. Isso porque este era filho dos tios Jose Nunes Coelho e Emigdia de Magalhaes Barbalho. Para localiza-los melhor na cidade, Maria e Durval, foram os pais da dona Efigenia (Gininha) Nunes Coelho, esposa do senhor Gabriel (Gabi) Sebastiao Soares, ja mencionado como morador da residencia que fora sede do Joao Batista Coelho. Entre muitos, Gabi e Gininha foram pais do Odilon e Joao do Gabi, da dona Dalva (Joaozinho Lacerda) e dona Conceicao casada com Joaquim Lino (Ti Caco) de Souza. Assim, qualquer morador da cidade pode localizar a familia.
Eu havia questionado a prima Yole a respeito do sobrenome Cunha de Menezes do pai dela. Ela tinha poucas lembrancas mas sabia que o apelido do avo era Quimquim. Portanto, so poderia ser Joaquim. Por incrivel que pareca, ha muito eu vinha pensando em pergunta-la porque pensava que o pai descedesse do seo Joao da Cunha e, logo apos questiona-la, chegou-me o e-mail mandado pelo Adamar. Assim, ficou estabelecido que o Wilton da Cunha Menezes, marido da Maria Rachel, filha dos tios Darcy Batista Coelho e Anna Elvira (Biluca) Ferreira, tem seu lugar apropriado na familia da Cunha Menezes.
Para o pesquisador que nao esta acostumado, observe que as linhas formadas por Joaquim, Jose e Luiz terminam com a palavra Divino. Este eh uma abreveatura usada para a Cidade de Divinolandia de Minas. Ou Divino de Virginopolis. Antigamente, conheciamos a cidade apenas por este apelido. O detalhe eh que estes nao devem ter sido os unicos a irem para la. Mas nao posso afirmar nada por enquanto.
Um dos membros desta familia, o Angelo, contou-me um dito repetido pela mae dele, dona Julia, esposa do sr. Serafim Coelho de Magalhaes. Somente depois de conhecer os nomes dos bisavos, ele compreendeu porque ela dizia: “Cunha Severino, a desgraca do Divino”. Que nao se assanhem os maltratores. Nao ha maldade alguma na expressao. Dona Julia era “Cunha Severino” por ser filha do senhor Joao da Cunha.
Antes de pensar mal, basta-nos imaginar uma coisa. Se os Cunha Severino fossem em numero muito pequeno de pessoas, haveria alguma graca em repetir o ditado?!… Obviamente nao. Antigamente o povo nao tinha televisao e nao tinha como escapar de trabalhar, e muito, para o sustento das familias. O que lhes restava era mesmo usar de bom humor. Assim, a brincadeira era uma referencia `a grande quantidade dos Cunha de Menezes que “praguejavam” por aquelas plagas.
Algo interessante aqui eh que, por todo o tempo que a minha sogra reside em Santa Efigenia de Minas ela tem por vizinha a familia do senhor Dico. Este foi o prefeito da cidade ha algum tempo atras. Recentemente, o filho dele, Rildo, deixou o mesmo cargo depois dos 8 anos que duraram suas administracoes. Este mesmo Rildo foi casado com a Ida (Aparecida), filha de dona Lucy e Tono Almeida. Sao duas familias de forca na cidade. Rildo e Ida tem juntos 4 filhos e 4 netos.
Eles viveram no Brasil e tiveram duas filhas. Vieram para os Estados Unidos e depois voltaram e tiveram 2 filhos. Apos `a separacao, a Ida retornou com os filhos. Por ter sido amiga de infancia de minha esposa, foi em nossa casa que ficou ate as coisas se ajeitarem e eles terem um lugar para eles proprios. As meninas eram mocinhas e sao muito bonitas. Os meninos, de idade semelhante ao meu filho mais velho, tornaram-se amigos inseparaveis dele.
Aqui eh assim mesmo. Quem esta chegando precisa de uma maozinha. Como aconteceu conosco, chegou a hora da gente retribuir, mesmo que nao fosse a quem nos deu abrigo quando chegamos. Agora ja sao passados uns 12 ou mais anos. A mais velha das meninas casou, teve o primeiro filho. Este eh colega de escola da minha filha. Depois ela teve um segundo parto e vieram gemeos. A mais nova teve um filho que estuda na mesma escola que minha filha e o primo dele.
O que nao contei eh que o senhor ex-prefeito de Santa Efigenia eh conhecido pelo apelido de Dico Cunha. Quando pedi informacoes a meus cunhados procurando saber se sabiam os nomes dos pais do seo Dico eles nao sabiam. A unica informacao era a de que a familia dele era enorme la em Divinolandia, em Gonzaga e, acrescentei, em Virginopolis tambem. Ja indaguei `a Raiana, a filha mais nova do Rildo, e ela ficou de verificar quais eram os nomes dos bisavos dela.
Com certeza, quando os da Cunha Menezes chegaram para se estabelecer em Virginopolis, devem ter sido recebidos pelos Coelho e outras familias ja estabelecidas. E, imagino, que a situacao de migrantes que hoje vivemos nao seja muito diferente da experiencia pela qual nossos ancestrais passaram. Nos estamos apenas revivendo aquilo que ja se passou com eles!…
Estudando genealogia, quando a pessoa tem interesse somente na propria familia ela tem uma visao um pouco distorcida das coisas porque centraliza o mundo de acordo com o que ele faca sua rotacao em torno dela propria. E aqui entra o desafio para o verdadeiro genealogista porque ele precisa colocar-se na pele de cada pessoa estudada e observar como o mundo girava em torno de cada um. Nos incluimos nas descendencias comum de familias diferentes pessoas que fazem tambem parte da nossa familia. Mas eh preciso observar as coisas com os olhos destes primos que tem outros primos alem de nos.
Devo ter sido um dos primeiros brasileiros a tomar conhecimento do assassinato do gonzaguense Jean Charles de Menezes. Isso porque sempre tenho o radio do meu carro ligado na 89.7 ou 90.9 FM, esta, gerada a partir do Campus da B.U., ou Universidade de Boston (Boston University), e que tem estreita ligacao com a BBC de Londres. Assim, estava voltando do trabalho no dia quando deu a chamada de urgencia. A noticia era a de que “haviam matado um suspeito de terrorismo no metro de Londres.” Nao disseram nem nome da pessoa nem procedencia. O que veio imediatamente `a minha mente foi: Mataram um inocente!…
Embora as policias e imprensa geralmente nos paises chamados desenvolvidos busquem manter sigilo a respeito da identidade das pessoas nestes casos, com a desculpa de nao comprometer as investigacoes, a noticia logo depois se espalhou como rastilho na comunidade brasileira. Claro, de boca-em-boca e com a ajuda da internet, o mundo logo percebeu que tudo nao passara de incompetencia do servico secreto ingles. A policia que se arvora ser a melhor policia do mundo!
Foi ruim tomar conhecimento da existencia de uma pessoa em consequencia de sua morte. Mas ele colocou a Cidade de Gonzaga no mapa do mundo para muita gente que jamais ouvira falar da cidade vizinha. Nao tenho o acompanhamento genealogico de Jean Charles mas, com certeza, naquela lista acima se encontram os bisavos ou avos dele.
Essas sao questoes ja resolvidas. Em conversa telefonica com o proprio senhor Raimundo (Dico) da Cunha Menezes, que esta com seus 85 anos de vida, revelou-me em primeiro lugar que os pais dele foram os senhores Luiz da Cunha Menezes e Regina Ferreira Madureira. E deles pude coletar algumas informacoes, atraves do interlocutor.
O senhor Dico salientou, porem, que a Familia Menezes, da qual o Jean Charles fazia parte, era outra. Observou que ela eh inclusive numerosa na regiao de Gonzaga mas sem os vinculos que imaginei haver, pelo menos, ate onde sabemos. Mas ha ai certos detalhes que o seo Dico nao soube esclarecer. Por exemplo, ao tratarmos a respeito dos avos dele lembrou-se do nome completo do senhor Jose da Cunha Menezes mas nao se recordava do nome completo da dona Tereza. E alguns tios precisei falar os nomes antes que se lembrasse que realmente existiram. Foi o metodo da pesquisa estimulada.
Nisso pode ser que um parentesco que existia pode ter sido esquecido. E nao havendo o parentesco pelo lado Menezes, nao implica que nao o haja por outro lado. A solucao eh continuar pesquisando.
FAMILIA LACERDA
Fico feliz ao deparar-me com estes dados da Familia Lacerda em Virginopolis porque sei que sao ancestrais de muitos dos meus melhores amigos e parentes. O problema foi nao conseguir identificar nenhum dos casais com a geracao seguinte a eles. Por informacoes sem a devida confirmacao ainda sei que a familia procede de Itambe.
Com quase absoluta certeza tratando-se do antigo Itambe do Serro, atual Santo Antonio do Itambe. Mas nao posso descartar a possibilidade de ser o Itambe do Mato Dentro. Afinal, entre Santa Barbara, Itabira, Barao de Cocais e Conceicao do Mato Dentro eh dito que ali se espalhou a descendencia do antigo tesoureiro da Camara Municipal de Vila Rica, atual Ouro Preto, o portugues Manuel Rodrigues Coelho. Talvez seja esta a origem do Coelho no nome do sr. Januario Coelho de Oliveira.
Em minha infancia e juventude recordo-me da expressao: “o povo do seo Joao Lacerda”. Geralmente, mencionando pessoas do meu conhecimento mas que agora nao posso afirmar porque esta um pouco misturado na memoria. Tambem recordo de mencoes `a avo Ambrosina. Possivelmente ouvi isso em casa do sr. Joaozinho Coelho de Lacerda. mas vou ter que aguardar o parecer dos parentes para confirmar ou negar.
Tirando o senhor Joao, os nomes Eloy, Eulina e Filoteia nao me sao estranhos. Mas posso estar confundindo com outras pessoas que usaram estes mesmos primeiros nomes. Nao tenho o computo de todos os Eloys que existem na Arvore Genealogica da regiao mas sei que posso contar com duzias. Alem do senhor Eloy Perpetuo, ja recolhi dados da familia de dona Alzira Coelho Perpetuo, em Santa Efigenia de Minas. Ela, filha de Eloy Salome Perpetuo e Marietta. Pessoas nascidas, respectivamente, no Sao Felipe e no Ceu Aberto, em Virginopolis. Mas faltou-me tino naquele momento da entrevista para saber com certeza quem foram os avos da dona Alzira.
Apenas para abrilhantar essa narrativa, vejam o que encontrei no site da Familia Lacerda: “Para quem nao sabe, os Lacerdas provem do Rei Afonso X, O Sabio, de Castela e de sua mulher, D. Violante de Aragao. Por seu filho mais velho, D. Fernando de La Cerda, que nasceu no dia 24 de Janeiro de 1256, com uma guedelha de cabelos no meio do peito, segundo antigos. Dai que surge os La Cerda logo Lacerda.
D. Joao Ribeiro Gaio deixou uma quadra em honra dos Lacerdas, que diz:
“Tanto forte como Sansao de Castela e Leao e do sangue de Navarra nasceu o deste brasao”
Todo os anos os membros da Familia Lacerda, tornam para comemorar o dia 24 de Janeiro de 1256. Pelo nascimento daquele que proveu o nosso sobrenome: La Cerda e Lacerda.”
Quem quizer aprofundar o conhecimento a respeito do assunto, visite o site no enderco: http://familialacerda.blogspot.com/2008/08/lacerda-historia.html. Nas explicacoes do site ha um erro crasso, dizendo que Alexandre, o Grande, foi imperador do Sacro Imperio Romano. Na verdade, quem o criou e foi o seu primeiro imperador foi o Carlos Magno, tambem nosso ancestral.
Haverei pois que receber noticias da parentalha, pelo menos, das pessoas: Maria Salome (Sa Lica), Jose (Yeie), Joaozinho, Eneias, Ilidio, Anesio e outros mais, porque proveem deste tronco mas nao sei dizer quem sao os pais deles.
Algumas de minhas duvidas ja foram esclarecidas. Assim, Eulina Coelho de Lacerda e o senhor Joao Batista Perpetuo foram os pais da dona Sa Lica, do seo Yeye e do senhor Eloi Salome Perpetuo ate onde a dona Alzira Coelho Perpetuo pode informar-me. Entre os meus enganos aqui, um foi o de identificar o senhor Ilidio como Lacerda. Assim o fiz por conhecer o filho Geraldo Nunes Lacerda e pressupuz que o ultimo nome seria do pai.
Nao sei dizer se o senhor Ilidio tem ancestrais Lacerda tambem mas o nome proprio dele eh Ilidio Nunes Neto. Dona Zilda Candida sim eh “de Lacerda”. Assim fica estabeledido o nome de pelo menos um dos bisavos do Geraldo que seria Ilidio Nunes. E ha que se saber eh onde a dona Zilda se encaixa na Familia Lacerda. Ou seja, qual dos casais mencionados por dona Maria Filomena sera ancestral dela.
Os progressos tem sido lentos mas alguma coisa ja descobri. Segundo informacoes do primo Messias da dona Dalva e do senhor Joaozinho Lacerda, os avos dele se chamavam Levi e Minervina. Chamou aos dois de Lacerda. Tambem recordava-se que os bisavos foram seo Joao Lacerda e dona Ambrosina Candida de Jesus. Restou lembrar-se apenas qual pessoa do casal de avos foi filha destes bisavos. Entao ha ai o impasse de eu nao poder ainda fazer a ligacao dos ancestrais com as geracoes presentes.
Outros que lembrei que farao parte da Familia Lacerda serao os senhores Paulo (Paulico) e Cesar Coelho de Lacerda. O Paulico casou-se com a Madalena, filha da Ilidia Coelho do Amaral (Tarcisio de Oliveira Valadares) e neta dos tiobisavos: Jose (Juca) Coelho Sobrinho e Maria Marcolina (Culina) Pereira do Amaral. Pagina 138 do livro da Ivania. Entre os filhos do Paulico e Madalena temos o Levi, que se casou com a Clidia Lima Ferreira (Clidia Coelho). O casamento deles eh interessante de ser mencionado, pois, alem de residirem nas proximidades daqui onde escrevo, celebram um dos exemplos de enlace entre os Coelho gerais e o Coelho da Silva que, agora, tenho uma ideia mais completa da formacao da familia na cidade. Vide capitulo 07.
Ja o senhor Cesar Lacerda nos trara boas novidades tambem. Ele foi o marido da dona Socorro que procede do casamento do senhor Antonio (Tunico Figueiredo) e dona Geni Furtado Leite. Assim se deu o casamento entre um representante dos Pinto Coelho com um Coelho de Lacerda. Atualmente ja identifiquei o casamento de 4 das filhas com membros das outras Familias Coelho. Este eh um caso em que vejo fruto da minha ideia de pesquisar a origem dos parentes de nossos parentes. Comentarei mais a esse respeito no capitulo 07.
JOSE JOAQUIM DA SILVA (GUARDA-MOR)
Outra familia que terei que pedir ajuda aos parentes para chegar `as atuais geracoes. Alem do Antonio Nunes da Silva, assim identificado na Familia da Cunha Menezes que teve por esposa a Olimpia da Cunha Menezes, somente pude identificar um unico casal. Trata-se da Julita e seu marido, Joaquim Nunes Coelho (Neto). Fica ai a duvida se ele tambem se casou com a Arminda ou foi outro homonimo.
Joaquim Nunes Coelho, neste caso, casado com Julieta, era filho do Joaquim (Quinsoh) e Sebastiana Honoria. E neto paterno dos tios Joaquim Nunes Coelho e Francisquinha, e materno do Joao Batista Coelho e Maria Honoria. Por parentes, entao, tem a cidade inteira. Joaquim teve por irmaos: Maria, a Sa America, Josephino (marido da Sa Marta), Lino, seo Paulo, Joao e Esther (esta, casada na Familia Furado Leite).
Nessa primeira analise que tinha feito ja sentia algo em meu interior tentando avisar que havia algo familiar nos nomes das filhas do Guarda-Mor. Dias depois veio-me o estalo de compara-la com a pagina 13 do livro da Ivania, onde se encontra descrita parte da familia dos tios bisavos Joaquim (Quinsoh) Nunes Coelho e Sebastiana Honoria Coelho.
Nela estao 4 dos filhos: Lino, Paulo, Joao e Joaquim, casados respectivamente com: Arminda, Tileta, Rita e Julieta. Escritos assim mesmo, sem os sobrenomes ou qualquer indicacao de paternidade. Claro, as fontes da Ivania nao foram diferentes das de dona Maria Filomena, ou seja, a memoria.
Penso que agora compreendi porque dona Maria Filomena identificou tanto a Arminda quanto a Julita como casadas com Joaquim Nunes Coelho. Em verdade, parece-me que ela nao se recordou dos nomes dos maridos e sim do nome do pai deles, dai o colocou como referencia, porem, esqueceu-se de deixar isso avisado. Especulo isso porque a autora da Historia de Virginopolis nem sequer lembrou-se do nome Lino entre os filhos do Joaquim (Quinsoh).
Por coincidencia, a menos que as memorias da fonte usada pela Ivania estivessem enganadas, dona Filomena quase acertou que a Julieta, e nao Julita, casou-se com o Joaquim Nunes Coelho Neto.
Porem, paira a duvida, pois, o apelido Tileta poderia combinar-se com o nome Violeta. Como esse nome nao aparece entre as filhas no livro da dona Maria Filomena, pode ser que a Tileta proceda de outra familia.
Contudo, o que posso ja adiantar eh que a dona Arminda Aurora da Silva casou-se com o Lino Nunes Coelho. O que permitiu-me ter essa certeza, apesar de eu ja inclusive antes ter feito a ligacao num dos sitios de genealogia, foi encontrar os nomes deles na lista de ex-alunos do Caraca. No ano de 1932, sob a matricula numero 711, ingressou o estudante que mais tarde se tornaria o padre Jose da Paixao Nunes Coelho, filho dos senhores Arminda e Lino. Os nomes completos estao com todas as letras ali registradas. Padre Jose da Paixao nasceu em 18.04.1919, em Virginopolis.
Assim, penso que poderemos contar como favas contadas que Arminda e Lino, alem de Julieta e Joaquim, celebraram casamentos que uniram os Coelho e os Silva. E creio que o seo Paulo e o Joao Nunes Coelho tambem se casaram na mesma familia, formando um quatrilho de casamentos. Mas ate descobrir-se evidencias mais fortes nao farei as ligacoes.
Sinto nao ter contato com pessoas descendentes deles, pelo menos nao do meu conhecimento, para confirmar ou descartar tal hipotese. Se hoje estivesse em Virginopolis procuraria encontrar alguem da familia do Joaquim do seo Paulo. Eles sao minha referencia na familia deste patriarca e deverao ter informacoes mais concretas a respeito destes detalhes de nossa genealogia, inclusive, mais nomes de descendentes dos 4 casais, alem do do padre Jose da Paixao. Filhos do Joaquim do seo Paulo que me recordo os nomes sao o Demetrio e o De. Este ultimo trabalhava na venda do senhor Moises. Falando assim ate os jovens da cidade lembrar-se-ao de quem se trata.
Chama minha atencao tambem o filho Juscelino, que se casou com Maria Gomes, cujo apelido era Maria Sape. O Sape eh uma area que Virginopolis divide com Guanhaes. Uma area que por ficar bem mais proxima da sede virginopolitana tambem eh ocupada por pessoas com parentesco e residencia em Virginopolis. E em minha infancia vinha de la uma senhora, Mariinha Sape, a pe e carregada de coisas para vender na cidade, como restias de alho e peneiras de taquara, muito bem feitas. Dona Mariinha nao apenas oferecia suas mercadorias para minha mae como tambem era convidada para as refeicoes da hora. Possivel sera que ela fosse filha do casal!
FAMILIA PACHECO + FIGUEIREDO
Esta familia ja se encontra registrada no livro: “Arvore Genealogica da Familia Coelho” da prima Ivania Batista Coelho. Entre os filhos, o sr. Gil Pacheco tornou-se um dos “pioneiros” (juntamente com tio Sinval Rodrigues Coelho e outros, em 1916) da Cidade de Governador Valadares e fez fortuna por la. Os outros, exceto a Carlota, casaram-se com membros da familia Coelho, dai o motivo dobrado para terem sido registrados no livro.
Em 2009, estive no Brasil e entrevistei-me com a “tia Violeta”. Ela, a viuva do Otavio Baptista Coelho, filho dos tios bisavos Jose Coelho Sobrinho (seo Juca) e Maria Marcolina Pereira do Amaral (tia Culina), filha do tio Ernesto da Familia Pereira do Amaral. Ela disse-me ser filha de Edmundo Pereira Figueiredo e Marietta Pereira do Amaral. Mais tarde fiquei sabendo que o Pereira do Amaral da mae dela e da mae do marido eh o mesmo. Mas ainda nao sei como fazer a ligacao.
Ja o Edmundo era filho do portugues Antonio Pereira Figueiredo e Maria Augusta Lins. Ela, natural do Serro. A entrevistada estava completando 88 anos naquele ano. Ou seja, nascera em 1922. Pela regressao de datas, ha uma possibilidade minima de o pai dela ter sido a pessoa que eh mencionada apenas como Capitao Figueiredo, um dos fundadores de Virginopolis. Penso assim porque o dona Violeta teria que ter nascido uns 50 anos depois do pai e uns 100 depois do avo para que ele tivesse nascido em Portugal, ido para o Brasil e se estabelecido como fundador da cidade. Os outros fundadores, exceto o sr. Felix Gomes de Brito que era mais velho, nasceram no primeiro quarto do seculo XIX.
Era tanta coisa para se anotar que esqueci-me de perguntar-lhe os nomes dos tios pelo lado paterno. Eh possivel que, entre eles, esteja o sr. Jeronimo Jose Figueiredo, o marido da Carlota de Magalhaes Pacheco. Qualquer que for a resposta, o Jeronimo era tio da dona Genoveva Fausta de Figueiredo. Por sua vez, esta era a esposa do sr. Joao de Souza Coelho, filho dos tios Emigdia Honoria e Amaro de Souza Silva.
Esta segunda informacao me foi passada pelos filhos do sr. Joao de Souza: Emidia, Vita, Xisto e Diva, com os quais me reuni tambem naquele ano. Novamente, havia tanta coisa que se conversar que este detalhe da Familia Figueiredo nao foi analisado. Algo que agora lamento porque a Arvore Genealogica da familia esta repleta de agregados Figueiredo mas nao tenho como reuni-los num mesmo tronco.
A relacao da Familia Pacheco e a ligacao dela com a educacao em Virginopolis ja foi abordada na Familia Coelho de Oliveira. A Sianita e o Dino aqui sao os mesmos que aparecem la. (Carmelita e Bernardino).
Como mencionei antes, a dona Teresa de Jesus Guimaraes eh filha da Julinha Pacheco. Alguem que, pelos cruzamentos de idade, nao se enquadra como descendente da Familia Pacheco no livro da Ivania. O nome dela e de outros garantem que o sobrenome Pacheco tambem precisa ser investigado porque devera ser outro grupo familiar nao estudado pelos pesquisadores da familia ainda. E seria bom descobrir-lhe a raiz comum na regiao e os ramos para melhor entendermos essa genealogica como um todo.
FAMILIA DIAS DE ANDRADE
A propria introducao a esta familia feita pela dona Maria Filomena no livro dela ja traduz a importancia dela na educacao da populacao da cidade. Nao se pode dizer que a Familia Dias de Andrade de Virginopolis foi muito numerosa todo o tempo. Mas cresci e tive um bom numero de colegas e amigos com origem nela, sem falar nos primos.
Dos filhos do professor Francisco Dias os que mais conheci foram: a dona Losinha (Maria Dolores de Andrade), o Francisco Jr., pela familia que deixou e misturou-se na Coelho; o sr. Ary, que casou-se duas vezes na casa dos tios-avos e ao mesmo tempo tios-bisavos: Evencio Batista Coelho e Emidia (Miluca) de Magalhaes e, claro, o senhor Binha (Rubens). Estes dois ultimos, eternos moradores da rua que guarda o nome do pai deles.
Eram varias casas na cidade ocupadas pelos membros da familia. Contudo nao sabia como localiza-los na Arvore Genealogica a partir do patriarca. Penso que agora sera mais facil a partir deste trabalho da professora Maria Filomena. Lamento ela nao ter deixado para nos a relacao parental entre os patriarcas e dona Losinha (Atualmente sei que ela eh a dona Maria Dolores, mas ainda estou sem saber com qual dos maridos os filhos que conheco ela teve). Esta tem por filhos, que me recordo no momento, os senhores Marcos e Paulo da Losinha. Marcos e Paulo sao pais de alguns de meus colegas de escola e de futebol.
Tenho ainda que analisar os dados de forma mais ampla e esperar que os familiares depois me ajudem a montar o que falta para, pelo menos, facilitar o entendimento da formacao da familia pelas pessoas mais jovens, que sao descendentes mas nao tem a ideia da relacao parental de uns com os outros.
Em resumo, a cidade homenageia o professor Francisco Dias com o nome dele em uma de suas poucas ruas e em um de seus maiores grupos escolares. O que sinto eh que se a Historia da Cidade nao for contada `as novas geracoes, mostrando a realidade que existia no tempo em que estas pessoas viveram, e nao se valorizando o sacrificio que fizeram pelo bem coletivo, elas tornar-se-ao apenas nomes de locais. E isso nao eh o respeito que nossos ancestrais merecem!…
Existe uma musica, penso que cantada pelo Milton Nascimento, que invoca os nomes das tribos indigenas que viraram ruas em Belo Horizonte. Na verdade, eh um bonito lamento ao deixar de existir e virar apenas ruas onde todos pisam.
Ora, se os proprios pais nao souberem explicar que os nomes dados `as ruas da cidade ou a uma reparticao publica sao de seus ancestrais e estao ali em honra ao que fizeram, os filhos e descendencia alem deles poderao ser os primeiros a depredar e descaracterizar tudo o que esta relacionado ao seu proprio passado. Esquecer eh o mesmo que matar. Eh uma segunda morte, da qual nao se pode mais acordar.
FAMILIA LINO DE SOUZA
No livro da Ivania, temos apenas um Jose (Juca) Lino de Souza, casado com Candida (Candica) Coelho de Magalhaes. Esta, filha dos tios avos e, ao mesmo tempo, tios bisavos: Emidia (Miluca) de Magalhaes e Evencio Batista Coelho, ja mencionados na Familia Batista de Magalhaes. Este Juca Lino, porem, nasceu em 1906 e dona Negra nao nos deu oportunidade de fazer a ligacao entre este e os mencionados por ela.
Ha na cidade, falecido nao muito tempo atras, o Jose Lino de Souza, mais conhecido como ti Caco. [Ha aqui que se consertar esse meu erro, pois, o ti Caco chamava-se Joaquim e era irmao do Jose (Juca) Lino de Souza]. Alem deles havia um grupo de senhoras solteironas que eram comumente mencionadas como “as meninas do senhor Ze Lino”. Da mesma forma que o ti Caco, residiam na Rua do Buraco (Pe. Virgolino). Eram elas, “tias” Luiza, Ana e Eponina. E se pessoas tem sabor doce, doce eh mesmo a palavra que define as “tias”.
Nao era atoa que as chamavamos de “tias”. Nao por serem coroas. E sim por suas bondades. Tias Ana e Eponina eram serventes no Grupo Escolar Nossa Senhora do Patrocinio. E ninguem mais que elas sabiam cuidar de toda aquela criancada. E olhe que ser crianca em minha epoca era quase que, automaticamente, ser sinonimo de maluquinho. Era muita energia, naquele tempo em que pouco se via televisao, nao haviam jogos eletronicos e qualquer discussao virava tapa e pontape. Ninguem fazia isso em frente `as tias.
Tive mais contato com elas porque fui colega da Fatinha e Marcos Lino Marques. A Fatinha e Marquinho das tias. Eram orfaos criados pelas tias, no sentido literal. Porem, nao tenho noticias de outros Lino na cidade, claro, estou falando apenas de minha memoria. E o ti Caco foi o marido da “tia” Conceicao, filha do sr. Gabi Gilberto e Gininha, ja mencionados na Familia da Cunha Menezes.
`A medida que vou estudando a genealogia, porem, observo como ela aproxima as pessoas das cidades. Ja mencionei o sr. Dico Cunha, vizinho de minha sogra. O morador de frente da casa dela foi o senhor Luiz Leandro. Faleceu recentemente aos mais de 90 anos. Este Luiz talvez nao tenha parentesco proximo conosco, porem, conhecia muito bem a familia. Nasceu na Fazenda Sao Pedro, em tempos que ja pertencia `a Familia. Havia sido agregado do tio Ozanan Barbalho e, a seguir, do tio Miguel Coelho de Oliveira. Todas as vezes que visitei a cidade, era a segunda casa que punha os pes nela, `as vezes, a primeira.
Nos tempos que comecei a visitar a cidade, namorando minha esposa ha mais de 20 anos atras, o vizinho da esquerda de minha sogra tinha por esposa a Lucia. Esta, irma da Ida, ex-esposa do Rildo, filho do sr. Dico.
Ja o vizinho da esquerda do sr. Luiz Leandro era o sr. Luiz Lino. Pessoa tambem de fino trato e agradavel nas conversas. Lino em Santa Efigenia de Minas eh um dos sobrenomes mais frequentes. Penso que pela idade das pessoas mencionadas pela dona Filomena, elas deverao ser as ascendentes dos Lino de la. Contudo, esta minha inferencia eh apenas uma pressuposicao, sem a devida base de pelo menos algum caso de mencao tradicional.
Meus comentarios a respeito da Familia Lino em Virginopolis estavam repletos de falta de conhecimentos. O capitulo 04 ira esclarecer melhor.
FAMILIA LEITE
Ha algum tempo vinha procurando encontrar o fio da meada desta familia em Virginopolis. Ela tem muitos membros incrustrados em nossa Arvore Genealogica. Nao muito tempo atras entrei em contato com o primo Ronalde Cesar Coelho Leite e comecamos a decifrar um pouco dos dados da familia, da qual ele eh descendente. Claro, ja estavam no livro da Ivania varios nomes dos familiares, inclusive o do Francisco Furtado Leite, unico da irmandade citada no livro “Historia de Virginopolis”.
Ronalde disse-me que o avo dele, Waldemar Nunes Leite, era filho do Luiz Furtado Leite e Luiza Nunes Coelho. O que nao sabia era se era filha ou neta dos patriarcas Joaquim Nunes Coelho e Francisca Eufrasia de Assis. Pelas relacoes de idades eu ja havia concluido que era a filha e agora pude confirmar isso no livro.
Posteriormente, coincidiu de recebermos a visita de dona Maria da Conceicao Leite, mais conhecida como Conceicaozinha. Ela e a irma, Maria da Gloria Leite, Glorinha, haviam nascido em Virginopolis mas, casadas, residem ha muito em Santa Efigenia de Minas. Foi la que as conheci por serem amigas da familia de minha esposa. Entao ela contou-me ser neta de Modesto Furtado Leite e Valeriana Maria de Jesus. Assim, descobri o terceiro da irmandade.
Contou-me ainda que o senhor Modesto foi afilhado da casa do ex-governador Benedito Valadares. E por residir na casa, era tambem conhecido como Modesto de Oliveira Valadares, ate com alguns documentos com este nome. Talvez seja esse o unico exemplo que conheco de afilhado adotando o sobrenome dos padrinhos. Contudo, quando da epoca de sua aposentadoria, o senhor Modesto precisou comprovar em juizo que ele era o Modesto Furtado Leite, tendo como testemunha o Dirceu Nunes Coelho.
Lembrando deste episodio, entrei em contato com a Arlete Carvalho, esposa do Amir Carvalho. Eu ja a havia procurado antes para conseguir dela alguns dados da familia que incluia a paternidade do jogador de futebol, Leandro Almeida, sobrinho dela. Gentilmente ela respondeu `a minha solicitacao. Agora a procurei para pedir para verificar o processo que podera conter os nomes dos avos do senhor Modesto Furtado Leite. Todo este esforco porque a tradicao da familia afirma serem descendentes do Jose Feliciano Pinto Coelho da Cunha, o Barao de Cocais, a pessoa, nao a cidade que o homenageou.
Quando voltei mais tarde `a pagina da Arlete, pois, tinha lembrado que seria possivel encontrar os registros de casamento dos bisavos dela, deparei-me com a noticia de que o irmao dela, Carlos Magno, mais conhecido em nossa infancia como Teo, havia falecido. Isso faz parte das agruras!… Infelizmente, so tive que desculpar-me por ter feito a solicitacao em momento tao inapropriado. Mesmo assim a Arlete nao desconsiderou o meu pedido e prometeu investigar. Teo eh tambem apelido do meu filho.
Mas em relacao `a visita de dona Conceicaozinha no ano passado tive a grata satisfacao de obter os nomes dos filhos e conjuges na familia do senhor Modesto e Valeriana. Eram eles:
1o.) Maria Furtado Leite
2o.) Juventina Furtado Leite – Jose (Ze Randolfo) da Silva
3o.) Geni Furtado Leite – Antonio (Tunico) Figueiredo
5o.) Mozar Furtado Leite – Maria das Dores
6o.) Waldomiro Furtado Leite – Geralda Vieira Leite
7o.) Jose Furtado Leite – foi casado, nao sabia dizer o nome da esposa.
Dona Conceicaozinha e Glorinha sao filhas do Waldomiro e Geralda. Dona Juventina e senhor Ze Randolfo residiram no centro da cidade e consegui levantar pelo menos dois nomes de filhos: o Jose Maria Leite da Silva, mais conhecido como Ze Folhao e Maria Leite da Silva. O Ze Folhao foi o marido de dona Maria das Dores (Durica), ex-diretora do Grupo Escolar Nossa Senhora do Patrocinio em minha epoca.
Esta, filha dos senhores, Minervino Nunes Leite e Zinah Nunes Coelho. Senhor Minervino era filho do Francisco Furtado Leite e America Nunes Coelho (Sa America). Dona Zinah era filha do Pedro Nunes Coelho, filho do casal Jose Nunes Coelho e Emigdia de Magalhaes Barbalho. Dona Durica e Ze Folhao sao os pais, entre outros da Arlete e do Teo. E o Teo pai do Leandro Almeida.
Outra pessoa que temos muitas lembrancas eh a dona Geni Furtado Leite. Viuva, tambem era servente no antigo Ginasio da CNEC. Foi a mae do conhecido, agora falecido, advogado Angelo Figueiredo Leite, casado com nossa prima Diana Maria Coelho. Alem dele, temos a dona Geralda, esposa do senhor Rafael Coelho de Oliveira. Estes sao pais de diversos amigos queridos de Virginopolis. Inclusive o Flavio Jason mencionado na Familia Gomes de Brito. Ha tambem a dona Socorro, casada na Familia Lacerda. Darei mais detalhes no capitulo 07.
Nao tenho recordacoes de familiares de donas Ana e Altina Furtado Leite. Eh possivel que as pessoas que nao sejam lembradas por mim deverao ter deixado descendencia em outras cidades que nao Virginopolis. Ou, o que acontece muito, a distracao me impede de recordar. Estava esquecendo do senhor Mozart. Ele foi antigo morador da Rua Francisco Dias. Residia na, entao, ultima casa da rua. Ate ha pouco tempo era usada para organizacao dos Festivais da Jabuticaba. Entre os filhos dele encontramos a Madalena, esposa do primo Jose (Joao) Geraldo Coelho, filho dos tios Murillo Coelho e Adir Martinho. Adir era neta dos Dino e Sianita, via dona Efigenia.
Quanto `a dona Maria, filha do senhor Jose Randolfo e dona Juventina, foi a esposa do senhor Anesio Coelho de Lacerda. Dele ainda tenho que localizar os pais. E dos filhos preciso coletar os dados. Tenho apenas os da Maria da Conceicao da Silva Lacerda de Andrade, que se casou com o Dimas Geraldo de Andrade. Na cidade, basta dizer que este eh o Dimas da dona Heloisa, ou do Lalado, para que todos saibam localizar a familia. Trata-se da combinacao das descendencias do professor Francisco Dias de Andrade, Coelho e Barbalho. Mas de quem ja tenho os dados, pode-se constata-lo nos sites: http://www.geneaminas.com.br ou, quem tiver acesso, http://www.ancestry.com na pagina: “Barbalho Family Tree.”
Em minha epoca de crianca, aconteceu de o Grupo Escolar Professor Francisco Dias ser inaugurado e comecar a funcionar em um predio mal terminado. Funcionava ainda no improviso. Ao mesmo tempo, abriu-se tambem uma Escola Anexa `a CNEC, na qual meus irmaos mais novos estudaram. Nesta ocasiao foram diretoras destas unidades escolares: Maria das Dores (Durica) Nunes Leite (Grupo Escolar Nossa Senhora do Patrocinio); Maria do Socorro Nunes Leite (irma da primeira, Grupo Chico Dias) e Maria Carmelita Coelho Serra (filha do sr. Serafim Coelho e dona Julia, Escola Anexa).
As duas primeiras, filhas do senhor Minervino Nunes Leite e Zinah Nunes Coelho. O irmao delas, o senhor Lincohn Leite era o marido, atual viuvo, da dona Conceicao Pinto, tambem professora muito dedicada. Faltou ao livro de dona Maria Filomena deixar uma lembranca tambem da Familia Pinto. No mais, que me perdoem tantos outros professores dos quais nao mencionei os nomes. Nao queria fazer deste pequeno estudo um enredo exato, porque nao eh matematico, mas sim agrupar alguns pareceres para motivar o estudo genealogico de todos.
Posso ja ir adiantando dados da Familia Leite em nossa Genealogia. No capitulo 07 ela eh tratada como “Pinto Coelho” ja que a tradicao afirma ser descendente do Jose Feliciano Pinto Coelho da Cunha, o barao de Cocais.
Existe em Minas Gerais uma Familia Pinto Coelho de grande importancia na formacao genealogica de diversos municipios, principalmente aqueles relacionados ao Ciclo do Ouro e periodo logo posterior. Embora eu nao tenha postado nomes dos Pinto Coelho presentes na lista de ex-alunos do Colegio do Caraca, capitulo 09, estes nomes poderao ser pesquisados atraves do endereco ali indicado.
Dados e comentarios a respeito da Familia Leite estao agora postados em outros capitulos abaixo. Mas, para orientacao, adiantarei algo. Vejamos por exemplo os diagramas de filhos do Luis Furtado Leite e Luiza Nunes Coelho. Ja se podera acompanhar uma parte da descendencia no sitio geneaminas.com.br. Mas para quem possuir o livro “ARVORE GENEALOGICA DA FAMILIA COELHO”, e desejar fazer as costuras necessarias para entender a formacao da familia, estes serao uma mao na roda. Vejamos:
Luis Furtado Leite foi o marido da Luiza Nunes Coelho, pagina 12, filha dos fundadores de Virginopolis Joaquim Nunes Coelho e Francisca Eufrasia de Assis. Foram os pais de:
01. Juarez Nunes Leite – Helena de Oliveira (162)
02. Maria Nunes Leite – Arthur Pereira do Amaral (226)
03. Octavio Nunes Leite – Esther Honoria Coelho (13) + Nadir Aguilar (Totote)
04. Waldemar Nunes Leite – Izaura da Cunha Menezes (167)
05. Francisca Nunes Leite – Jose Rodrigues Coelho Sobrinho (106)
A relacao acima nao esta em ordem de nascimentos. Os numeros `a frente das pessoas sao os das paginas no livro. O numero 162 indica a pagina onde esta a descendencia da dona Helenita Nunes Leite, que foi filha do casal e se casou com o Joao Coelho de Oliveira, filho do senhor Octavio Coelho de Oliveira e Francisca Nunes Coelho. Este havia sido o primeiro casamento do seo Octavio e dona Francisca foi filha dos tios-bisavos: Petronilha de Magalhaes Barbalho e Joao Nunes Coelho.
Arthur Pereira do Amaral foi filho do tio Ernesto Pereira do Amaral e Ilidia da Silva Neto. Ainda nao tenho a descendencia deles.
O senhor Octavio Nunes Leite foi um dos maiores povoadores da Sapucaia de Guanhaes. Com dona Esther foi pai de, pelo menos: Esther, Luis, Adauto, Maria Salome, Orlando, Sebastiana (108), Vitorino, Sebastiao e Octavia (112). Dona Sebastiana foi a primeira esposa do senhor Eliphaz Rodrigues Coelho. Assim mesmo que se escrevia o nome dele segundo as matriculas dos ex-alunos do Caraca. Dona Octavia foi esposa do senhor Mario Rodrigues Coelho. Foram duas irmas casadas com dois irmaos.
Maria Salome foi esposa do Otto Nunes Coelho, filho do Claudionor Nunes Coelho e sua propria sobrinha Maria Augusta Campos Nunes. Dona Ida Nunes Coelho (105), segunda esposa do Jose (Ze do tio Daniel) Rodrigues Coelho Sobrinho (nao tiveram filhos), foi irma do Otto.
Os irmaos Orlando e Sebastiao Nunes Leite quase nao sairam de dentro de casa para se casarem. O primeiro foi `a casa do tio Waldemar para casar-se com a Maria de Lourdes. O segundo foi `a casa da irma desta, dona Neria Nunes Leite, que foi esposa do senhor Antonio Pinto de Souza, para casar-se com a dona Maria do Socorro Pinto Leite. Este ultimo casal foi pai de pessoas como o Robinho que foi criado pelos tios Eliphaz e dona Chiquinha e do Wander (Wandinho) que se casou com a prima Rosany Barbalho.
A alta consanguinidade acabou atingindo outros membros da familia tambem, pois, dona Diva, filha tambem de dona Neria e senhor Antonio, se casou com o senhor Salvio, filho do Jose Sobrinho e Francisca Nunes Leite, filha do Luis Furtado Leite e Luiza Nunes Coelho. Irmaos do senhor Salvio, o senhor Cesar casou-se com dona Dalva (Vivica), filha do senhor Waldemar e Izaura e a dona Maria do Socorro casou-se com o Levi Pereira Sobrinho, filho do Arthur Pereira e Maria Nunes Leite.
Estes sao apenas alguns exemplos do que aconteceu, o que nao foi diferente entre os familiares de todos os patriarcas, principalmente entre os nascidos em Virginopolis e suas proximidades, nos primeiros 100 anos de sua existencia efetiva, ou seja, entre 1858 e 1958. Contudo, apesar de a familia ter se espalhado pelo mundo, continuam existindo casamentos consanguineos, `as vezes, em cidades bem distantes deste nucleo original.
Com dona Nadir o senhor Octavio foi pai tambem de: Astramiro, Jose, Juarez, Luiza (228), Maria Josefina, Otto e Paulo, pelo menos. Deste grupo o livro da Ivania registra a descendencia apenas da dona Luiza Nunes Leite que casou-se com o Joaquim Bento da Silva Coelho Filho. O Quim Bento foi filho dos tios Quim Bento velho (149) e tia Cunuta (Antonia Pascholina).
Quim Bento Filho e Luiza foram pais de diversas pessoas cujos filhos cresceram conosco em Virginopolis; como a professora Iolanda Coelho Chaves, dona Lourdinha esposa do senhor Walter Lopes, Carlos + Iria, Sergio + Maria de Lourdes e Alipio + dona Nair Coelho da Silva. Este Coelho da Silva da dona Nair talvez venha do nucleo deste nome discutido no capitulo 07, porem, nada afirmo.
Para completar a festa, o senhor Waldemar Nunes Leite e dona Izaura da Cunha Menezes foram pais de:
01. Ciro Nunes Leite – Ana Coelho de Oliveira
02. Claudio Nunes Leite
03. Dalva (Vivica) Nunes Leite – Cesar Rodrigues Coelho
04. Dorotheia Nunes Leite
05. Geraldo Nunes leite
06. Joao Nunes Leite
07. Jose Nunes Leite
08. Laura (tia Laurinha) Nunes Leite – Antonio (ti Antonio) Batista Coelho
09. Luiz (ti Lica) Nunes Leite
10. Maria de Lourdes Nunes Leite – Orlando Nunes Leite
11. Milton (Miltinho) Nunes Leite – Maria Jose (Zeze) Pinto de Araujo
12. Neria Nunes Leite – Antonio Pinto de Souza
13. Salva (Savica) Nunes Leite – Sergio Silva
14. Vilma Nunes Leite
15. Nize Nunes Leite – Sebastiao Pinto de Araujo
Os nomes estao em ordem alfabetica ao inves de por ordem de nascimentos. Exceto dona Nize que possuo data de nascimento e falecimento, assim o sitio genealogico postou-a em ultimo lugar. Nao possuindo dados mais completos falta-nos conjuges e descendentes.
Para informacao, o sitio gencoelho possui uma gama bem mais completa de parte da descendencia da Familia Leite, basicamente aquela concernente aos filhos Luis e Francisco Furtado Leite. Como ja temos ai geracoes mais recentes e conhecidas, perfeitamente identificaveis pelas atuais geracoes, gostaria de ter a ajuda dos internautas mais novos para completarem os dados que nos faltam.
Os primos Ronalde e Fenelon muito ajudaram para chegarmos aos dados que ja temos, alem, claro, de dona Conceicaozinha e outros.
FAMILIA CHAVES
Nada posso dizer, por enquanto, a respeito da Familia Chaves. Temos na familia o senhor Atelante Antonio Chaves, marido de dona Maria de Lourdes Campos Chaves, filha do Atenagoras (Tenah) Campos do Amaral e dona Maria da Conceicao Nascimento. Estes sao dados combinados que temos dos livros e por informacoes do neto do sr. Atelante e d. Lourdes, Fenelon Jose Campos Coelho. Os pais do sr. Atelante eram: Zacarias Goncalves Chaves e dona Aunar Assuncao Chaves. Assim nao ha como liga-los `a lista apresentada por dona Maria Filomena.
Outro membro ja registrado da Familia Chaves no livro da Ivania eh o sr. Helio Dias Chaves, pai dos filhos da professora Iolanda Coelho Chaves, neta dos tios-bisavos Joaquim Bento (Quim Bento) Coelho e Antonia Paschoalina (tia Cunuta) da Silva Neto, via o Quim Bento Jr. Teremos que aguardar mais informacoes para sabermos de como essa familia participa da Arvore Genealogia coletiva das familias virginopolitanas.
Embora tenhamos outras pessoas com a assinatura Chaves, alem das mencionadas acima, ainda nao encontrei o fio-da-meada que liga as pessoas mencionadas por dona Filomena `a atual populacao. Entre os nao mencionados acima esta a dona Maria Goncalves Chaves, que foi esposa do senhor Ancelmo de Souza Ferreira. Mas talvez o apelido de Chico Carreiro do senhor Francisco Chaves seja a melhor pista que fara alguem lembrar-se de algum vinculo.
CONCLUSAO
Alguem pode se perguntar: Por que perder o tempo de estudar tantas genealogias de pessoas que nem sequer sao minhas parentes?! Eh como a vovo Candinha respondeu a quem lhe perguntou: “Por que a senhora esta plantando pes de jabuticada nessa idade? A senhora nunca vai chupar dessas frutas:” Respondendo, ela disse: “Quando eu nasci, chupei as frutas das arvores que nao plantei, agora estou plantando para que os que vierem depois de mim tambem possam chupar.” De forma semelhante respondo eu.
Isso faz parte. Outro dia mesmo eu estava brincando de “pegador”, esconde-esconde, pique-latinha, queimada e outras coisas mais. Estes dias o Fenelon Jose tem andado todo alegre porque nasceu um neto dele. O Ze Maria, filho dos tios Miguel e Lia, mais novo que nos, ja eh avo ha bem mais tempo. Dona Augusta Campos, em meu tempo de brinquedos, nao era uma figura esquecida das pessoas, e nem apenas um nome de praca, ela estava presente no nosso dia-a-dia, como se ainda nao houvesse falecido. Pois eh, ela eh a trisavo do Fenelon que ja eh avo. O tempo passa e a gente nem percebe! Nos ja estamos ficando para a hora da morte e seremos esquecidos por nossa descendencia se fizermos o mesmo com os nossos ancestrais.
A verdade eh esta, 130 anos atras, nossos ancestrais, os mais cuidadosos, nos deixaram alguns apontamentos escritos onde podiamos compreender de onde vimos. Mas eles pensaram apenas naquelas pessoas que lhes eram mais proximas, somente aquelas que ja lhes tinham algum vinculo consanguineo, mesmo assim, nem todas. Hoje somos descendentes deles e de outras pessoas que conviveram com eles, que se sentaram com eles `as mesmas mesas para celebrarem os casamentos, os nascimentos e chorar as perdas. Apesar da intimidade que tiveram, pouco sabemos dos outros que, `as vezes, nao sao nossos ancestrais, mas serao ancestrais de nossos descendentes.
Assim, mais valido eh conhecer a Arvore Genealogica de todos porque os futuros compartilharao das raizes que se tornarao conhecidas. Nao o faco por mim mas sim como um legado para todos.
Um detalhe quanto a isso nos vem da Idade Media. Naquele tempo nao existiam os ditos sobrenomes. O Jose era chamado de Jose Fernandes porque o pai dele se chamava Fernando. O Antonio era chamado de Antonio Anes (Johanes) porque era filho do Joao. Isso bastava `as pequenas comunidades.
Quando a populacao comecou a crescer, tinha tanto Antonio Anes e Jose Fernandes que comecou a dar confusao. Por isso, alguns fixaram os patronimicos Antunes, Anes, Fernandes etc e acrescentaram o “de”, algum lugar. Assim, o Francisco Antunes de Valadares chama-se assim porque alguem em seu passado se chamou Antonio e era do local de Valadares.
Tambem ha um erro em usar-se o termo: “Arvore Genealogica da Familia Vasconcelos” ou de qualquer outro sobrenome. Nao existe familia de sobrenome e sim de pessoas. Um exemplo disso: na Idade Media um certo Soeiro Viegas Coelho teve filhos. Dois deles se chamaram Joao e Maria Soares Coelho. O Joao manteve o sobrenome Coelho, dando origem a esta linhagem na familia. Dona Maria era mulher, portanto, na Idade Media e muito tempo depois nao passava o sobrenome aos filhos.
Ela casou-se com D. Joao, o Tenreiro, senhor da Torre de Vasconcelos. Os filhos receberam sobrenome em homenagem ao cargo ocupado pelo pai. Assim, eles multiplicaram o sobrenome, “de Vasconcelos”. Embora, geneticamente, os filhos fossem tanto de Vasconcelos quanto Coelho. Alias, esta era uma situacao muito comum na Idade Media e muito depois. Os pais poderiam ter 12 filhos ou mais e cada um escolher um sobrenome diferente para si.
Por ultimo, a populacao do mundo era em numero relativamente pequeno, ate que as Americas foram descobertas e o comercio com o Oriente se intensificou. O fluxo de mercadoria passou a ser muito, gerando riquezas e tambem houveram trocas de conhecimentos culinarios. Batatas, milho, urucum, tomate, pimenta, cana-de-acucar, nao foram produtos europeus. A partir de entao passaram a ser usados. Com isso, melhorou-se a condicao de saude geral proporcionando a multiplicacao ate chegarmos aos dias de hoje.
Contudo, o basico eh este: por uma condicao inerente `a vida, eh preciso passar-se milhares de anos para que haja variacoes geneticas que diferenciem os individuos da mesma especie. Como se passou tao pouco tempo em relacao aos nossos dias e `a Idade Media, o que aconteceu foi apenas se multiplicar, ou seja, um certo Jose que existia naquele passado, continua praticamente o mesmo Jose de hoje. A diferenca eh que para cada Jose que havia naquele tempo hoje temos 500 outros Joses. No DNA dos 500 nada de variacao.
Portanto, sera bom que conhecamos a genealogia de todos. As razoes para isso envolvem saude de nossa descendencia. Porem, nao vou discorrer aqui novamente a respeito desse assunto. Isso sera algo a ser tratado por pessoas melhor credenciadas. Num futuro proximo.
Um outro motivo para deixarmos para nossa descendencia as nossas genealogias esta em fatos que estao por vir. Meus avos Trajano (Cista) e Dindinha Zulmira tiveram juntos um pouco mais de 100 netos. Papai teve 19 e nao esperamos que este numero aumente. A tendencia de agora para frente sera que cada um de nos tenha no maximo entre 3 a 6 netos. A partir de quando meus pais se tornarem trisavos, nao havera avo que enchera a casa de netos. A menos que viva uns 150 anos.
Em tempos de nossos avos, eles tinham filhos por uns 25 a 30 anos seguidos. Assim, os filhos mais velhos comecavam a lhes dar netos enquanto eles ainda estavam tendo os ultimos filhos. Era um processo continuo. Os nascimentos eram, pelo menos, anuais, algumas vezes, mensais dentro de uma mesma familia.
A tendencia atual eh a de que os casais tenham filhos quando estiverem por volta de 30 anos. No espaco de 5 anos deverao ter seus dois ou tres filhos e pronto. Ou seja, a proxima geracao so comecara dai a outros 30 anos. Havera a necessidade de pessoas que se especializem em cuidar de criancas porque os pais nao terao a menor experiencia no assunto ja que nao terao visto seus irmaos mais velhos, pais, ou seus avos fazendo isso.
Outro detalhe sera o de que formar-se-ao linhagens humanas que poderiam passar milenios sem haver casamentos entre elas, embora venham a viver como vizinhas. Isso se daria porque um casal que ja tenha filhos por volta de 15 anos de idade podera tornar-se vizinho de outro que estara comecando a ter filhos. Assim, quando os filhos do primeiro casal chegarem aos 30 anos, os vizinhos ainda estarao muito novos para se casarem. Assim as geracoes dos vizinhos se alternarao nas idades dos filhos mas eles nao casarao entre si.
Com o numero reduzido em que as familias se transformarao, se nao houver um acompanhamento genealogico, as pessoas nao conhecerao os primos de terceiro grau porque os avos comuns terao nascido, no minimo, ha 90 anos atras. Alem disso, com cada geracao vivendo em um ponto diferente do planeta, porque todo mundo tera a facilidade de se deslocar para onde oferecer empregos que atendam as aptidoes de cada um, primos poderao nao crescer juntos e perder-se-a aquela ligacao de amizade que conhecemos, ou seja, os primeiros amigos, namorados e confidentes, eram os primos.
Isso criara um sentimento de solidao e isolamento. Talvez seja preciso aqui propor uma certa solucao. Ou seja, uma geracao tera que ser sacrificada para o beneficio de todas as que virao. Esta tera que criar os filhos e os netos. A partir de entao, somente os avos criarao os netos. Os pais estarao envolvidos demais com suas carreiras e somente terao tempo quando se aposentarem. Portanto, a sociedade precisara adaptar-se aos sinais do tempo.
Mencionei que os netos dos meus pais somam 19 pessoas. Ja os netos por parte da minha sogra sao 16. Portanto, meus filhos tem apenas 29 primos, em contraste com os membros da casa de meus pais que somaram mais de 150 primos em primeiro grau. Estas deverao ser as ultimas geracoes com tal abundancia de pessoas no mesmo ramo familiar. E, em nosso caso, tinhamos outra diferenca. Os primos de meus filhos pelo lado materno nao sao primos dos filhos dos meus irmaos, e vice-versa. Eramos uma so familia, a ponto de os primos de nossos primos poderiam nao ser nossos primos em primeiro grau mas o eram em outros graus. `As vezes, graus de parentesco repetidos tantas vezes que era como se fossemos.
Esta pesquisa tem nao apenas o objetivo de levantarr fatos da Historia. Tem, principalmente, a finalidade de nao deixar que as pessoas do passado nao sofram a segunda morte. Como mencionei, a professora dona Augusta Campos era muito bem lembrada no meu tempo de crianca, como inspiradora da educacao. Creio que nao ha sabedoria alguma em sacrificarmos a inspiracao que ela gerava, pela preguica de nao procurarmos saber quem ela foi e o que fez.
A recordacao de nossos ancestrais como coletivo deveria ser disciplina escolar, tanto quanto aula de musica. Todos sabemos que os musicos desenvolvem melhor suas inteligencias. O mesmo se da em relacao a quem conhece o seus antepassados. Somar estes conhecimentos, buscando inspiracao em ambos os campos, multiplicaria a inteligencia de nossos descendentes.
PS. – Por enquanto, fiz visitas esporadicas ao blog: http://joserabello1.blogspot.com/2011/03/do-sao-bento-ao-caraca-serra-14041968.html. A prima Celina Coelho, que o postou e terminou ha poucos dias sua montagem. Trata-se de escritos feitos principalmente pelo pai dela, dr. Jose Rabello Campos, filho de Jose Ferreira Campos e dona Jovelina Rabello Neto mencionados no livro da dona Negra, na Familia Campos. Em nosso tempo de crianca, funcionou na cidade um jornalzinho de nome: “A Peneira”. Era uma das opcoes que tinhamos de leitura, uma vez por semana.
Neste, as publicacoes do dr. Rabellinho. Lembro-me de os irmaos da casa de meus pais disputarem a ordem de leitura. Agora podemos repetir as leituras e entender melhor a complexidade dos escritos do antigo professor, dr. Rabellinho. Ja tirei proveito nas leituras de duas biografias: a do proprio dr. Rabellinho, escrita pelo saudoso dr. Jose Lupciano, filho dele, e a da tia Meme, escrita pelo proprio dr. Rabellinho. Indico o blog a quem desejar recordar ou conhecer os sacrificios narrados da vida na epoca de nossos ancestrais.
04. BREVE RELATO DOS PRIMEIROS FRUTOS DA PRESENTE PUBLICACAO
FAMILIA NUNES COELHO
Logo apos `a publicaca, recebi um convite da Marinez Torres para tornarmo-nos amigos no Facebook. Fiquei um tanto no ar para saber de quem se tratava. Pensei ser a Marinez do tio Antonio (Ti Antonio) Batista Coelho e Laura (Tia Laurinha) Nunes Leite. Talvez fosse ela com nome de casamento. Mas a pagina indicava proceder de Guanhaes, residente em Nova Iorque. Ja nos primeiros contatos, conversamos como velhos amigos. As raizes familiares sao as mesmas.
Contou-me ser neta do Amavel Nunes Coelho e Sebastiana Gloria Coelho. Filha da Inez Nunes Coelho. Nao consegui fazer a ligacao ate ai, mesmo com ela dizendo que os irmaos do Amavel se chamavam Dermeval e Ulisses Nunes Coelho. O Ulisses esta no livro da Ivania. Teve 3 esposas diferentes. Mas nao tinhamos os nomes dos pais dele.
Havia entrado como agregado, embora, agora sei que era mais que agregado. Tambem que eh um tio a mais a casar-se com sobrinha em nossa familia. A primeira esposa, Alzira Nunes Coelho era sobrinha dele.
Ao mencionar que outro irmao era o Pio Nunes Coelho e que este inclusive virara nome de escola em Guanhaes, ai as coisas se descortinaram um pouco. Pio foi o marido da tia Josephina Marcolina Coelho, filha do Antonio Rodrigues Coelho e Maria Marcolina Borges do Amaral, identificados no trabalho de dona Maria Filomena e por todos os nossos apontamentos genealogicos.
Por ai pude dizer a ela que, na irmandade, incluiam-se entao as tias Marcolina (Marca) e Vitalina (Nha Nha), respectivas esposas dos tios Lindolpho e Altivo Rodrigues Coelho. Era aquele caso de 3 irmaos casados com 3 irmaos.
Informei `a Marinez que, entao, os pais do avo dela eram o Clemente Nunes Coelho e Anna Maria. Ela nao sabia, mas logo foi atras e voltou com a informacao de que a Anna Maria tinha o sobrenome Pereira. Algo novo para mim. Mas ja estou com a pulga atras da orelha! Sera que este Pereira nao tera origem no Pereira do Amaral de nossos ancestrais?! A probabilidade de ser eh grande!
Assim, o quebra-cabecas comeca a fazer sentido. Pareceu-me, entao, que ficou respondida a questao: o Clemente, pai dessa turma, era o mesmo Clemente, pai da Maria Honoria, Antonio e Prudencio, ou nao? Logo deduzi que nao. Falta, assim, saber se este Clemente era ou nao filho do nosso antepassado Clemente, ou filho de algum outro filho dos avos Euzebio Nunes Coelho e Anna Pinto de Jesus.
Por falar nisso, recentemente encontrei no site Family Search, da Igreja dos Santos dos Ultimos Dias (antiga Mormons), outro filho dos avos Euzebio e Anna: o Manoel Nunes Coelho, ou seja, o Manoel Neto nessa linhagem. Mas encontrei apenas o registro de batismo, que se deu em Itabira, em 3 de janeiro de 1811. O importante neste documento eh mostrar o nome completo da avo Anna, que tinha o Pinto de Jezus. Isso mesmo, com z!… Confirmando os dados coletados pela Ivania.
O registro do Manoel desloca um pouco o centro de gravidade de nossas pesquisas porque, ate agora, tinhamos que os Nunes Coelho procediam de Dom Joaquim. Ao que parece, passaram por mais de um lugar. Em Dom Joaquim se estabeleceram na Fazenda Folheta. Em Guanhaes na Fazenda do Grama.
Entre os outros filhos dos avos Euzebio e Anna, talvez, o Clemente II podera ser filho do Bento ou Antonio mas com a maior tendencia de ser mesmo do Clemente I. Isso porque a Marinez comentou a respeito de o Clemente II ser quase africano de cor, casado com a Anna Maria que era loira dos olhos azuis. Semelhantemente, a nossa trisavo Maria Honoria tambem era da mesma cor. Dai supor-se que tenham sido irmaos.
FAMILIA LINO DE SOUZA
Respondendo a uma provocacao que fiz a ela, nossa querida amiga e companheira de antigas datas, Fatima Lino Marques, respondeu no Facebook que eu estava enganado em relacao `a familia dela. Nao compreendi a principio, porque ela nao entrou nos meritos da questao.
No vai-e-vem de nossa conversacao, tornou-se bem claro o porque de ela afirmar que eu estava enganado. E o estava em varios pontos. Ela passou-me os nomes da casa dos avos dela: JOSE LINO DE OLIVEIRA e BENIGNA ISABEL DE SOUZA. Para comeco de conversa, nao havia desde o inicio o seo ZE LINO DE SOUZA. A familia era assim formada:
JOSE LINO DE OLIVEIRA e BENIGNA ISABEL DE SOUZA, pais de:
1o.) Jose (Juca) Lino de Souza – Candida (Candica) Coelho Magalhaes
2o.) Joaquim (Ti Caco) Lino de Souza – Conceicao Soares
3o.) Ana
4o.) Elisa
5o.) Eponina
6o.) Joao (Joaozinho) – Batista Marques Pereira
7o.) Maria Lino de Souza – Jose Coelho Neto
8o.) Julinha (morava em Coroacy)
9o.) Rita Lino de Souza – Francisco (Chico Gilberto) Soares
10o.) Virginia Lino de Souza – Neri Jose Pimenta.
Nao entramos no detalhe se esta relacao que ela me passou esta em ordem de nascimentos ou nao. O fato eh que, por enquanto, nao pudemos atar os presentes dados aos que dona Maria Filomena lancou no livro dela porque a Fatinha nao sabe dizer quem eh o bisavo que, por suposto, pode ser um daqueles nomes.
Mas aqui da para a gente notar como a danca genealogica se da. Em livros como o da prima Ivania Batista Coelho, onde se trata da genealogia de descendencia de um casal, como eh o caso especifico do que ela tratou: do portugues, alferes de milicia, Jose Coelho de Magalhaes e Eugenia Rodrigues Rocha, o que temos eh praticamente uma malha plana, enorme e, `as vezes, complicada. O que quero dizer com malha plana trata-se de comparar a genealogia com uma rede fina de pescar extendida `a espera dos peixes.
Existem as complicacoes por causa dos casamentos do tipo: sobrinhas e tios e entre pessoas de geracoes diferentes dentro da propria familia. Um exemplo disso eh que meu pai era bisneto do Joao Batista Coelho Junior, e minha mae neta do Jose Batista Coelho. Joao e Jose eram irmaos, filhos do Joao velho e Maria Honoria Nunes Coelho.
Como os pais se casaram, na casa deles os filhos sao ao mesmo tempo trinetos e tetranetos deste ultimo casal. E coisa semelhante se da em relacao ao grau duplo de parentesco com todas as geracoes precedentes deles. Os pais do Joao velho e Maria Honoria sao, simultaneamente, tetravos e pentavos dos mesmos filhos da casa de meus pais. E, com o passar das geracoes, estas coisas podem complicar-se mais ainda porque outros descendentes ja com este ou outros graus de parentesco podem casar-se entre si. Mas isso eh normal!…
O interessante em se colocar as familias das pessoas que foram agregadas `a descendencia de um estudo plano eh ver-se como elas aproximam as pessoas de diversos ramos da familia plana, tornando a malha genealogica como um novelo nao mais plano. Este eh apenas um caso de uma familia. Imaginem quando obtivermos os dados de diversas outras!… Alem da propria descendencia completa destas pessoas acima mencionadas.
Como eu dizia anteriormente, o genealogista precisa entrar na mente das pessoas para enxergar o parentesco do ponto de vista delas e nao dele proprio. Como membro de algumas familias estudadas, eu me enganei redondamente assumindo que nao deveriam existir tantos Lino em Virginopolis, quando, em verdade, eu convivi o tempo todo cercado por eles.
O que se da, e nos leva facilmente `as falsas interpretacoes, sao os sobrenomes desaparecerem nas geracoes mais recentes, fatalmente, por serem preteridos por ser carregados pelas esposas ou, o mais frequente, porque se fossemos colocar todos os sobrenomes de nossos ancestrais para nao perdermos as sequencias das linhagens que nos teceu, acabariamos tendo por sobrenome uma verdadeira lista telefonica.
Em relacao `a FAMILIA LINO, eu nao imaginava o que realmente se passava. Mas com o esclarecimento dado pela Fatinha, posso tentar olhar para o parentesco na lista acima presente segundo o que ela enxerga. Eu por exemplo via assim: na Rua Padre Virgolino, mais conhecida pelo apelido de Rua do Buraco, existiam duas casas ocupadas por aquela familia: a das “tias” e a do Ti Caco.
O Ti Caco tinha se casado com a dona Conceicao, quem tinha comigo um parentesco distanciado. O senhor Chico Gilberto era Soares, pai das donas Lulu e Socorro que se casaram, respectivamente, com Cassio Nunes Coelho e Osvaldo Coelho Perpetuo, ambos oriundos dos meus parentes Coelho. O vizinho Ze Neto era parente dos Coelho, mas tinha dificuldade em coloca-lo em nossa Arvore Genealogica.
Desde que encontrei-me com o Ze Neto em Virginopolis, em 2009, essa dificuldade cedeu porque perguntei-lhe os detalhes que me faltavam para encaixa-lo na Arvore. Contou-me ser filho do Jose Coelho Neto e Maria Lino de Souza. Estavam na pagina 142 do livro da Ivania. Ele inclusive ficou emocionado ao poder relembrar as pessoas queridas inscritas na mesma pagina do livro.
O Jose Neto I era filho de JOAO BATISTA COELHO NETO e LUCINDA XAVIER ANDRADE. O Joao seguia a linhagem como III Joao Batista na familia e, `a semelhanca do avo que colocara o Batista como sobrenome dos filhos, adotou o Neto tambem como sobrenome. Faltava-me, entao, descobrir os nomes dos pais da Maria Lino e seus irmaos.
O primeiro filho, JUCA LINO DE SOUZA, como ja foi conversado, casou-se com a CANDICA, filha dos tios-avos e ao mesmo tempo tios-bisavos: EVENCIO BATISTA COELHO e EMIDIA (MILUCA) MAGALHAES. O tio Evencio era irmao do Joao Neto e da bisavo Olimpia Rosa. Portanto as duas familias tem lacos dobrados. A tia Miluca era irma da avo Davina e elas eram filhas do JOAO BATISTA DE MAGALHAES e CANDIDA DE MAGALHAES BARBALHO, da Familia Batista de Magalhaes. Candica e Juca criaram a familia em Governador Valadares.
Da familia dos tios Evencio e Miluca, as descendencias que nasceram e cresceram em Virginopolis foram das filhas Maria e Honorata (Tinah) de Magalhaes Coelho, a primeira e a segunda esposas do senhor Ary Dias de Andrade, irmao da dona Maria Filomena de Andrade.
Nesta familia ha um caso interessante a ser observado. Por ter se casado com a dona Rita, o senhor Chico Gilberto tornou-se cunhado do Ti Caco. Ja o Ti Caco foi `a casa do senhor Gabi (Gabriel) Gilberto para casar-se com a dona Conceicao. Neste caso o Ti Caco tornou-se sobrinho do Chico Gilberto e da propria irma dele. Ha pouco descobri que os senhores Gabi e Chico Gilberto eram membros da Familia Coelho da Silva. Vide capitulo 07 para verificacao.
Como ja falei, as duas filhas do seo Chico e dona Rita casaram na Familia Coelho. E o filho do seo Cassio e dona Lulu, o Cassio (Cassinho) Nunes Coelho Filho, foi meu colega durante o primario. Nos anos seguintes tive outros colegas, como o Geraldo (Ge) Jose Coelho, filho da dona Socorro e Osvaldo Coelho Perpetuo e a propria Fatinha.
Dai eh importante observar o angulo de vista que eles tinham em relacao ao parentesco porque em meu tempo de crianca, alem do Ti Caco e as tias, eram vizinhos de rua as donas Lulu (Cassio), Socorro (Osvaldo) e Ze Neto (Terezinha Almeida), ou seja, eles tinham a visao deste parentesco que eu nao imaginava.
A rapida conversa com a Fatinha ainda nao deu para esclarecer mais a respeito da mae dela. Mas ha a possibilidade, novamente, de o Pereira estar ligado ao ramo Pereira do Amaral. Aguardemos mais informacoes.
Dona Julia foi para Coroacy. E foi la que o Joao Batista Coelho Neto foi casar-se com dona Lucinda Xavier Andrade. E pelo que se pode ver na pagina 142 do livro da Ivania, alguns dos filhos foram casar-se la tambem. Mas nao temos mais informacoes.
Claro, ha que se lembrar que o casal Demetrio Coelho de Oliveira e Marcolina Honoria Coelho levou a familia para la na fundacao daquela cidade. Outros virginopolitanos estao na relacao de primeiros moradores locais, inclusive, tios Miguel Nunes Coelho e Ambrosina (tia Sinha) de Magalhaes Barbalho, os pais do bispo D. MANOEL NUNES COELHO.
Nao vejo como muita surpresa o fato de o marido da dona Virginia Lino de Souza, Neri Jose Pimenta, ser nosso primo. Eles estao na pagina 283 do livro: “A Mata do Pecanha, sua Historia e sua Gente”. Neri era filho dos tios OLIMPIO JOSE PIMENTA e RITA AUGUSTA LACERDA. Por enquanto nao posso dizer que dona Rita Lacerda tenha parentesco com os COELHO DE LACERDA de Virginopolis. Mas as probabilidades sao muito grandes, por via do Lacerda.
Dona Rita Lacerda era filha de Joaquim Lacerda e irma do padre Joaquim Lacerda Filho, o primeiro paroco de Sao Joao Evangelista. A familia mudou-se para Sao Joao Evangelista no inicio da formacao do Arraial de Sao Joao Novo e procedia do Serro.
A historia do tio Olimpio, e como ele tornou-se nosso tio, eh que eh um pouco complicada. Sendo ja primo da familia, por vias dos sobrenomes Pereira do Amaral, Borges Monteiro e Barbalho, pois, descendia simultaneamente dos tres, teve por primeira esposa dona Ludugeria Francelina do Amaral, irma da trisavo Maria Marcolina Borges do Amaral. Falecendo esta, casou-se em segundas nupcias com Quiteria Rosa de Jesus Amaral, filha do nosso tio, Joao Pereira do Amaral. Em terceira nupcias foi que ele casou-se com dona Rita, mudando-se para o Correntinho de Guanhaes, onde descansou com seus antepassados.
O que ha de mais complicado na vida dele foi que, no intervalo do segundo para o terceiro casamento, teve um relacionamento com Sebastiana Pereira do Amaral. Esta era viuva do DANIEL PEREIRA DO AMARAL, que se casara com ela em segundas nupcias dele, apos o falecimento da nossa quartavo, MARIA FRANCELINA BORGES DO AMARAL.
Sebastiana e Daniel haviam sido pais de Georgina, Lilia e Elpidio Amaral, ja mencionados como moradores de Sao Joao Evangelista. Sebastiana e Olimpio foram pais de Maria Carolina (Quinha) e Antonio Augusto. Assim, a nossa trisavo Maria Marcolina era meio-irma dos tres primeiros e parente dos outros dois. O professor Dermeval nao revelou quem eram os pais da dona Inha (Sebastiana). Paginas 150 e 285
Interessante tambem eh que: os vizinhos mais proximos do Ti Caco: seo Osvaldo e Chico Gilberto, eram o senhor Longino Pereira e dona Isabel Teixeira. O Pereira desta familia, ja me contaram, procede de Sao Joao Evangelista. Tai a possibilidade de ser outro da descendencia Pereira do Amaral. De dona Isabel tenho certeza dela ter sido prima do Neri Jose Pimenta e descendente de mesmos ancestrais. Claro, eu nao faria tal afirmacao a nao ser pelo fato de os pais dela: dona Alice Reis e Alipio Teixeira, serem mencionados na pagina 257 do livro do professor Dermeval Jose Pimenta. A mae da dona Alice era dona Amelia Candida Pimenta e era nossa aparentada pela genetica Pimenta Barbalho.
Nao ha necessidade de entrarmos nos detalhes da descendencia porque pode-se logo imaginar que os muitos outros relacionamentos fizeram mais conexoes de forma a que a FAMILIA LINO “puxasse para sua latinha” muitos outros membros da MALHA PLANA da FAMILIA COELHO. Se tivessemos como fazer a MALHA PLANA da Familia Lino certamente os agregados COELHO a tornariam enovelada. Assim, `a semelhanca dos fios que formam o DNA que se enovela para tormar os cromossomas visiveis em menor aumento, tambem as MALHAS PLANAS se enovelam para representarmos o que eh uma familia na realidade.
Pelo diagrama acima, podemos observar que haviam relacoes de parentesco entre agregados da Familia Lino: Candica, Conceicao Soares, Jose Neto e Neri Pimenta. Mas, a partir dos ancestrais deles, eles pertenciam a ramos que estavam se distanciando uns dos outros como os galhos de uma arvore distaciam-se entre si para ganhar espaco dentro da copa. Entrando eles na Familia Lino, o parentesco de seus conjuges fez com que eles fossem abracados, como uma amarra a juntar os ramos de um arranjo de flores, reaproximando-os numa mesma familia. E eh esta visao que o genealogista precisa compreender.
O estudo genealogico tem como consequencia o desenovelar e mostrar estes relacionamentos que, muitas vezes, nos passam despercebidos. Estas revelacoes tornam-se importantes porque poderao algum dia ser tomadas como orientadores na formacao de futuras familias, visando dar melhor saude `as descendencias. Tambem torna-se importante para que guardemos nossas relacoes com nossos antepassados ja que nao podemos usar todos os sobrenomes que eles usaram.
Darei um exemplo pratico para esclarecer minha preocupacao. Apenas mencionando que nossa prima Ivanira casou-se com o Geraldo, filho dos “tios” Caco e Conceicao. Alias, aqui se justifica um dos motivos pelos quais os membros da Familia Lino sao chamados de “tios” na cidade. Em verdade, eram mesmo tios de boa parte da meninada com a qual convivi. Eu apenas nao sabia disso. A Ivanira eh filha dos meus tios Otto (Sinho) de Magalhaes Barbalho e Iva Coelho.
Tios Sinho e Iva (ja falecidos) eram, como no dito popular, farinha do mesmo saco. Os ancestrais deles dentro de Virginopolis eram quase os mesmos. A variacao que ela tinha era a de ter sido neta da tia Nenen, esposa do tio Daniel Rodrigues Coelho, portanto, tinha um pouco de Oliveira Freire e, mais ascentuado, por ser filha da Maria Angelina Lucio de Oliveira.
A mae dela era irma de pessoas super conhecidas na cidade como: donas Enoy (Euler de Magalhaes Barbalho) e Maria das Dores (Jose Passos) e os senhores Antonio Lucio (Cira e Diva Coelho) e Jose Lucio (Rita (sa Ritinha) Queiroz). Ou seja, ela era duplo Oliveira, porem nao sei dizer se ha vinculo entre os dois ramos. E a Familia Lucio de Oliveira nao foi mencionada no trabalho da dona Filomena.
Ja a variacao do lado do tio Sinho vem apenas do lado da Dindinha Hercilia Coelho de Andrade, esposa do bisavo Marcal de Magalhaes Barbalho, mencionados no trabalho da professora Maria Filomena. Ela inclusive menciona os nomes dos pais dela: Joaquina Umbelina da Fonseca e Joaquim Coelho de Andrade. Este, sem vinculos com os outros Coelho da cidade. Pelo menos no que se trata do nosso conhecimento.
Foi a familia dele que ocupou o corrego que deu origem, em Divinolandia, `a Comunidade do Corrego dos Honorios. Na verdade, Honorio era o apelido dele. Talvez fosse filho de algum Honorio, porque era chamado de Joaquim Honorio. Ou pode ter tido nome composto mesmo onde, `a epoca, era muito comum ter os nomes acompanhados por Honorio. Vide capitulo 07 para melhores informacoes a respeito do Coelho de Andrade.
Agora podemos dizer que o Geraldo leva alguma variabilidade genetica `as filhas que teve com a Ivanira: Neila Poliana e Neilice. Meninas nascidas e criadas em Governador Valadares, mas sempre eram levadas pelos pais a Virginopolis para verem os avos. Tem quase 3 decadas que nao as vejo. Mas o Geraldo tambem tem raizes nos mesmos ancestrais que a Ivanira.
Os bisavos maternos dele foram o Durval Nunes Coelho e Maria (Cota) da Cunha Menezes (Severino), mencionados pela dona Filomena no capitulo desta familia. Eles foram os pais da dona Efigenia (Gininha) que se casou com o Gabriel (Gabi) Sebastiao Soares, o Gabi Gilberto. Estes sao os pais da dona Conceicao, esposa do Joaquim (Ti Caco) Lino de Souza, os pais do Geraldo.
Portanto, haveria de ser curioso se as meninas da Ivanira e Geraldo se chamassem: Neila Poliana ou Neilice Barbalho de Souza Lino Magalhaes Andrade Fonseca Lucio Oliveira Freire Rodrigues Nunes Batista Coelho Soares Cunha Menezes Severino Pereira do Amaral, somente para atender aos ancestrais nascidos em Virginopolis. Isso porque nao temos o conhecimento de todos ainda. Agora, elas terao casado com alguem com, seja de onde tenha vindo, igual carga de nomes. Imaginem os sobrenomes que os filhos carregariam!?
Portanto, esta ai um melhor uso para a genealogia. Ao inves de carregar-se tantos sobrenomes, o melhor mesmo eh arquiva-los todos na Arvore Genealogica.
05. NOTA PARA O AMIGO DALBER AUGUSTO
O Dalber mencionou nas mensagens do texto o fato de as pessoas terem saido de Virginopolis, deixando para outros a incumbencia de manter a cidade viva. Creio que ele fez uma analise emocional e nao melhor racionalizada. Penso que a reacao dele eh natural e, talvez, eu proprio teria a mesma impressao, se tivesse continuado a residir na cidade, de que quem saiu a abandonou a qualquer que tenha sido a sorte dela.
Na verdade, a minha analise eh diferente. Imaginem se todas as familias que sairam tivessem permanecido em Virginopolis! Tomando como base apenas a atual Cidade, sem contar aquelas que emanciparam dela, eu calculo que o municipio hoje teria que contar entre meio a um milhao de habitantes. Sera que as atividades desenvolvidas no municipio sustentariam tal populacao? Com certeza nao! E seria muito dificil criar-se atividades industriarias capazes de sustentar uma populacao dessas num municipio de tao poucos recursos. Pior, se todos tivessem ficado, haveria uma pobreza tao grande que, se nao houvesse assistencia externa, somente parte dela sobreveviveria.
A questao de sair ou nao sair nao passou necessariamente por uma escolha. O proprio Dalber tem familia. Talvez os filhos estejam permanecendo la mas o que se dira dos netos? Havera lugar para eles?! Somente o tempo nos respondera. Por minha propria experiencia em genealogia, penso que sera utopia imaginar que sim. Chega um momento em que a descendencia torna-se tao grande que uns comecam a competir com os outros. Nessa hora o melhor mesmo sera alguns evadirem e se encaixarem em outros locais onde havera necessidade dos servicos deles.
Ao inves de tomar-nos por desertores, talvez seja melhor nos encarar como mensageiros. Eh verdade! Nos que residimos aqui nos Estados Unidos, por exemplo, sentimos que saimos de Virginopolis mas nunca tiramos a cidade de dentro de nossos peitos. Outros podem ate ter nascido em cidades pequenas da regiao como ela e falar que sao de Governador Valadares. O virginopolitano aqui enche a boca para dizer com orgulho: Eu sou de Virginopolis. E isso nao eh literatura nem ufanismo, eh fato.
A vontade de todos era de um dia poder voltar. Mas ha tambem o reconhecimento de que isso sera dificil, porque os filhos e netos nao se adaptarao ao mesmo estilo de vida. Assim, aguardamos as independencias dos filhos e aposentadorias.
Em cada esquina, cada lote da cidade ha uma Historia. Nao direi que em cada casa porque a cidade antiga foi quase toda derrubada para ceder lugar ao “progresso”. Diferentemente daqui do primeiro mundo onde se procura preservar um pouco do passado e lucrar-se com isso.
Os meus estudos genealogicos nao tem o objetivo de dar-me bens materiais mas podem ser usados de uma forma ou de outra para isso. Se as coisas continuarem como estao, a populacao de pessoas com raizes em Virginopolis crescera muito fora dela. Se a propria cidade nao preservar os vinculos que tem com essa populacao, em breve nossas descendencias nao terao nem mesmo a curiosidade de saber que um dia ali viveram seus ancestrais. Perderao completamente os vinculos.
O Dalber eh irmao do meu grande amigo Altair. Nao busquei saber os resultados das ultimas eleicoes mas penso que ele devera ter sido reeleito vereador. Sendo ou nao, o sim apenas facilitaria as conversacoes. Seria bom que a prefeitura, com apoio da camara, fizesse um estudo de viabilidade economica a respeito de fazer um projeto de manutencao de um site historico e genealogico e preservacao de pontos referenciais das familias na cidade.
Ora, abram suas mentes para o futuro. Quais serao as fontes economicas que manterao o desenvolvimento do municipio agora e para sempre? Um deles, acredito, eh o desenvolvimento do turismo. Mas o unico atrativo potencial maior que a cidade tem eh justamente o de fazer com que as pessoas com vinculos parentais com ela nao se esquecam dos ancestrais.
Para isso, eh preciso que as genealogias sejam acompanhadas, que se tenha pessoas na cidade com conhecimento delas e que possam sinceronear os visitantes para indicar-lhes os locais onde seus antepassados viveram e as atividades que os ocuparam. Claro, sera necessario haver uma infraestrutura adequada para receber turistas porque muita gente ja nao tem avos, pais ou tios morando na cidade para receber os visitantes como sempre se fez. Seria bom abrir-se hoteis fazendas.
Creio que o importante eh reafirmar ao velho amigo Dalber Augusto que o que temos procurado fazer enquanto fora de Virginopolis nao eh abandona-la mas sim tornarmo-nos embaixadores da cidade e de nossas familias em terras estranhas. Aqui na cidade de Framingham, Estado de Massachusetts, por exemplo, eh possivel que seus mais de 70.000 habitantes ou sao de Virginopolis ou ja ouviram falar algo da cidade.
Possivelmente, uma boa parte se sentiria atraida a fazer pelo menos uma visita na vida a ela. Mas falta algo de atrativo, como a garantia de que se chegara la e havera uma infraestrutura para receber esta parte. Para nos eh facil arrumarmos qualquer lugar para ficar mas nem todos tem a mesma regalia, pois nao tem vinculos com a cidade senao o de conhecer alguem dela.
Este desenvolvimento eh o que falta para que mais pessoas possam permanecer na cidade, tendo um meio de vida garantido. Quem saiu foi porque isso nao existia na cidade e nao porque faltasse apego ou amor. Enquanto `a distancia, o que fazemos eh projetar o nome de Virginopolis no mundo.
06. DADOS GENEALOGICOS E HISTORICOS SOMADOS DE FAMILIAS TRADICIONAIS DE VIRGINOPOLIS.
Vamos entao fazer uma soma de dados genealogicos e informacoes uteis aqui nesta postagem. O assunto genealogia eh um pouco mais importante do que a maioria das pessoas geralmente pensa dele. Eh um assunto realmente serio. Desde que, claro, tenhamos um objetivo mais nobre para estuda-lo. Embora, muitas vezes, a seriedade fique oculta por tras do jeito brasileiro brincalhao de lidar com coisa seria, em particular quando isso eh tratado pela descendencia dos bisavos Candida de Magalhaes Barbalho e Joao Batista de Magalhaes.
Para comecar, o bisavo Joao Batista era uma pessoa tao bem humorada que exigia dos netos e dos poucos bisnetos que conheceu mais respeito com ele, tratando-o por tio, e nao avo. Avo era a Sa Candinha que era mais velha que ele. Ela havia nascido em 1858 e ele em 1862.
Bom para esclarecer melhor essa minha reintroducao, pedirei licenca aqui ao primo Paulo Cesar Coelho Ferreira para reproduzir duas postagens dele do Facebook. Elas ao mesmo tempo que demonstram a seriedade do assunto, tambem mostram que mesmo a gente sofrendo la as nossas mazelas continuamos cultivando o bom humor. Essa nossa atitude talvez revele o nosso sucesso, afinal, se estivermos em alguma situacao complicada, lamentar eh o que menos ajuda. Seguem as postagens:
“Minha vida toda eu cresci vendo Tio Carlos quicar, Cacá quicar, Paulo Guido (o pai) quicar, Tia Fabíola quicar, Dinha quicar, achando tudo muito engraçado.
Até o dia que eu levei o primeiro tombo.
Um amigo meu, médico, portador de Esclerose Lateral Amiotrófica, ELA 8, me recomendou que parasse de rir e me consultasse com uma neurologista, especializada em doenças degenerativas.
O primeiro exercício que me foi recomendado foi procurar nos meus ancestrais manifestações disto que a gente chama, fazendo gracinha, de caminhar claudicante de Coelho.
Daí, peço ajuda à Ivania Batista Coelho (Gleuza, se você tiver jeito, faz isto chegar nela), ao Valquirio De M. Barbalho e a quem tiver algum conhecimento, quem, na família tinha esta patologia ou terminou a vida cadeirante. Ou mesmo quem, como se dizia à época, era entrevado.
É possível que a gente seja convidado a ir ao Centro de Estudos do Genoma Humano da Usp para ver esta história direito.”
O nosso primo Paulo Cesar Coelho Ferreira foi feito a partir da matriz de descendentes repetidos de nossos ancestrais. Assim como boa parte de nos o foi. E na outra postagem ele achou necessario fazer maiores esclarecimentos, que precisam ser levados em conta, segue entao:
” Apenas umas correções que Dr. Cezar, o meu amigo portador da ELA 8, recomendou que eu passasse para o grupo.
!. A doença NÃO é contagiosa. È hereditária, o que é bem diferente. O que não fica nada mais simples, se se considerar esta paixão que a gente insiste em manter por estas belezas que são nossas primas.
2. Não há nenhum indício de que nossa questão seja a ELA 8. PODE não ser. Cezar reconhece na gente evidências de uma doença do neurônio motor, com características de uma degeneração. No momento é apenas isto.
3. Eu vou tentar marcar uma consulta com uma especialista em doenças neurológicas degenerativas, Dra. Sarah Teixeira Camargos (que, raios, deixou de atender pela Unimed. Só particular). Ela também é a chefe do ambulatório da UFMG e vou tentar provocar nela o interesse científico de estudar mais gente de nossas famílias. Claro que por família eu entendo Coelho, Rodrigues Coelho, Coelho do Amaral, Nunes Coelho, Barbalho, etc. Enfim, a área metropolitana da grande Virginópolis.
4. Levo como referência o livro da Ivania, a bibliografia citada ali e os escritos aprofundados com nossa genealogia do Valquirio, o que faz do nosso grupo um tema potencialmente interessante para a Dra. Mayana Zats, do Centro de Genoma Humano da USP. Dr. Cezar vai fazer a nossa introdução lá como meu amigo.
5. Cezar sugere também provocar o interesse científico do Dr. Carlos Eduardo Carvalho Coelho, o Cate do Tio Xisto. Apesar de ser um neurocirurgião, Cate pode nos dar boas dica”
O Cate ai mencionado por ele tambem faz parte da descendencia Coelho, sendo neto dos tiosbisavos Daniel Rodrigues Coelho e Marina (tia Nenen) Coelho de Oliveira.
E corrigindo o Paulinho, o problema se complica quando a paixao nasce das primas para com os primos. Eh um caminho com duas vias.
A saudosa tia Maro (Maria Eugenia, filha dos avos Juca Coelho e Petrina), com todo o conhecimento e experiencia de enfermeira, costumava comentar: “A gente nao sabe como o povo todo de Virginopolis nao nasce babando!” Essa era uma frase emblematica todas as vezes que o assunto de casamento de prima com primo surgia.
Mas ao mesmo tempo ela ia e voltava ao defender a sobrinhada dizendo que maridos bons eram os sobrinhos dela. Que as mocas que se casavam na familia tinham boa sorte. Na familia se fazia uma excecao. Nao que essa fosse a opiniao da Maro. Mas a brincadeira dizia que se o Fernando algum dia resolvesse separar-se da Rubia, a familia o mandaria embora e ficaria com ela!… rsrsrsrsrs.
Eh!… Existe de tudo neste mundo! Mas tambem tem coisas que estao em todo o mundo. E uma delas, infelizmente, eh a consanguinidade onde quer que se va. Pode ser que a encontremos menor em alguns lugares e maior em outros mas ela eh uma constante. Quando estudei o livro: “A MATA DO PECANHA, SUA HISTORIA E SUA GENTE”, do professor Dermeval Jose Pimenta, pude perceber o quanto a parte da populacao de Sao Joao Evangelista, estudada por ele, era aparentada da populacao de Virginopolis, embora seja possivel que as duas populacoes pouca noticia tenham disso, por causa da menor convivencia que existe entre as populacoes das duas cidades.
Devido a colonizacao da regiao ter se dado no sentido do Serro e Conceicao do Mato Dentro para Governador Valadares, a informacao que as pessoas guardam mais eh que entre Guanhaes e Virginopolis existe muita consanguinidade, afinal, Guanhaes foi a mae de Virginopolis. O mesmo se ve em relacao a Virginopolis e Divinolandia de Minas, pois, a relacao maternal se da em relacao `as duas.
O que se tem menos noticias eh que o Serro e Conceicao tem essa precedencia e forneceu ancestrais para todas as suas filhas. Como a pessoa humana tem memoria fraca, particularmente a brasileira, nao conhece e nao procura conhecer seus ancestrais alem dos avos. Portanto, poucos dao noticias da geracao dos bisavos. Essas nao sabem de onde procedem e pouco se importam para onde ira sua descendencia.
Do Serro tambem surgiu Sabinopolis, que exportou excedentes populacionais para as outras que surgiram depois. Por fim, a descendencia destas populacoes contribuiu para a multiplicacao nas cidades intermediarias como: Coroacy, Gonzaga, Santa Efigenia de Minas e outras. Durante os supercrescimentos de Governador Valadares, Ipatinga, Itabira e Belo Horizonte, a mesma parentalha esteve em todos os passos do desenvolvimento desta Historia.
Voltando os nossos olhos para a Historia Genealogica Brasileira, observa-se que este crescimento acima descrito eh um espelho da mesma. As primeiras cidades formadas no pais como: Sao Vicente, Olinda, Salvador, Vitoria, Rio de Janeiro, Recife, Niteroi, Joao Pessoa, Sao Goncalo – SE, Sao Goncalo – RJ, Florianopolis, Porto Alegre e outras, tornaram-se represas que transbordaram e enviaram migrantes para o interior e assim se deu a povoacao do Brasil, por multiplicacao, de uma populacao que ja guardava la sua consanguinidade.
Note-se que a populacao humana representa, entre os animais, uma das de menor variabilidade genetica que existem. Ou seja, se nos compararmos o DNA de uma pessoa africana, cujos ancestrais nao procedem de outros continentes, com o de um europeu e seus ancestrais nao misturados recentemente com africanos, e com o de um nativo puramente brasileiro, cujos ancestrais tenham vindo diretamente da Asia, iremos constatar que so encontraremos diferencas nos detalhes.
As pessoas enxergam, erradamente, as aparencias, nao o que acontece no DNA. Muitas vezes as diferenciacoes de aparencia nao passam de um mecanismo de defesa necessario `a sobrevivencia da especie. A pele negra ou clara, por exemplo, surge da necessidade de proteger dos raios solares excessivos nos tropicos, enquanto a pele mais clara se desenvolve com a finalidade de aumentar a eficiencia dos organismos na producao de vitamina D em ambientes onde os raios solares sao excassos. Se um povo africano fosse residir nas regioes subtropicais e ali passar milenios, o mecanismo de selecao natural faria com que ele clareasse a pele. O contrario se daria em caso de um povo europeu viver milenios em regioes tropicais. Eh a natureza nos ajudando a conservar a saude.
A pequena variabilidade genetica nos seres humanos significa que, mesmo que os tres grupos tenham se separado ha alguns milhares de anos atras, todos nos procedemos de um grupo relativamente pequeno de ancestrais comuns. Diferentemente da maioria dos outros mamiferos que nao estiverem passando por algum periodo de extincao eminente no momento. Eles possuem uma variabilidade genetica maior, indicando que procedem de um maior numero de ancestrais.
Talvez seja importante deixar isso claro para evidenciar que o grau de parentesco entre pessoas de diferentes procedencias, embora garantindo uma seguranca razoavel para a producao de filhos, esta seguranca decresce `a medida que as geracoes passam e os casamentos nelas se deem dentro da mesma familia. Bom exemplo disso foi quando o primeiros povoadores chegaram ao Brasil. Eles se uniam mais `as indigenas e `as africanas que `as europeias.
Isso eh ate facil de enxergarmos pelo ponto de vista pratico. Imaginem-se nas primeiras decadas dos anos 1500. As viagens transatlanticas eram negocios conduzidos em Sigilo de Estado. Nao apenas por causa dos perigos que envolviam a travessia. Mas porque envolviam negocios extremamente lucrativos. E negocio, naquela epoca, era assunto para homens. E a travessia era dificultada pela precariedade dos conhecimentos e dos equipamentos. Era dificil encontrar-se voluntarios. Um recurso muito usado foi o uso de degredados que, ao contrario do que imaginam muitos, nao eram bandidos perigosos.
Era gente ate de boa conduta, exceto por nao aceitarem as imposicoes dos governantes da epoca. Entre os que optaram por ir colonizar as Americas estavam judeus, cujo crime era nao ser catolicos, ou o serem na forma de novos, ou seja, recem-batizados. Com certeza, o numero de mulheres europeias que cruzaram os mares nos primeiros dois seculos de colonizacao brasileira foi muito inferior ao de homens. Some-se a isso as dificuldades que elas passavam, principalmente durante os trabalhos de parto. Isso fez com que deixassem um numero bem menor de descendentes.
Por um lado isso favoreceu `a miscigenacao. O que protegeu os primeiro nascidos na terra contra a consanguinidade que ja existia em seus continentes de origem. Mas o passar das geracoes e a multiplicacao acelerada que os homens impuzeram a suas parceiras fez quase que “voltar tudo como d’antes no Castelo de Abrantes”.
Outra caracteristica da multiplicacao brasileira foi o efeito das castas sociais. Se observarem bem, nos anos que se seguiram `a Proclamacao da Independencia do Brasil, o preconceito racial surgiu como regra maior. Os europeus comecaram a temer o numero crescente de africanos, pardos e indigenas que se tornaram visivelmente mais numerosos. As republicas estavam sendo proclamadas. A democracia estava batendo `as portas apos `a Independencia dos Estados Unidos e da Revolucao Francesa.
A reacao das elites brasileiras foi a de procurar importar o maximo possivel de pessoas com peles claras e segregar o brasileiro de pele escurecida. A ideia era a de embranquecer a pele da populacao para suplantar o numero crescente dos “adversarios”. Foi este pensamento divisionario e segregacionista que acabou influindo tanto economicamente quanto geneticamente falando a formacao da populacao brasileira, ate ha pouco tempo atras.
Todo mundo devera lembrar-se dos dizeres: “fulano nao eh um bom partido”. As levas colonizadoras que se desenvolveram no periodo imperial, quando a maior parte do pais foi povoado por populacoes europeias e mistas, eram compostas de extratos de todas as camadas sociais. Contudo, os ricos, geralmente brancos e de origem claramente europeia, nao se casavam com pobres.
Dai, mesmo que os novos arraiais nascessem com numero seguro de pessoas que, se miscigenadas, causariam menor efeito de consanguinidade na descendencia, os casamentos se davam em sua maioria absoluta dentro das castas, melhor dizendo, dentro das chamadas “familias dominantes”, o que levou `a condicao de maior consanguinidade, tanto nas camadas mais elevadas quanto nas menos elevadas da sociedade, pois, ja que rico nao se casava com pobre, entao, as escolhas de ambas as classes recaiam em um numero menor de pessoas disponiveis. E que, geralmente, ja eram da mesma familia.
A ignorancia a respeito dos efeitos colaterais da consanguinidade ajudaram em muito as pessoas a agirem dessa forma. O resultado que temos eh o quadro de hoje em que a maioria das pessoas que conhecemos tem alta consanguinidade conosco. E muitas vezes os casamentos nao consanguineos que ocorreram com estrangeiros, de origens variadas, pouco nos ajuda, pois, se temos um ancestral italiano, ou frances, ou ingles, ou libanes, que viveu ha mais de 100 anos atras, os filhos deles se casaram dentro das familias que ja eram consanguineas e os netos fizeram o mesmo, fazendo com que o nosso nascimento se tornasse igual ao que era antes.
07. TODOS OS COELHO DE VIRGINOPOLIS.
Isso mesmo! Nao. O subtitulo acima nao esta incorreto. Muitas vezes ja ouvi falar a expressao: “Os Coelhos de Virginopolis” como se fosse apenas uma familia. Claro, ha a razao para crer-se que todos os Coelho encontrarao ancestral comum em Soeiro Viegas Coelho, que la pelos anos de 1180 adotou o sobrenome e o passaou para os filhos. Ha tambem razoes para supor que muitos dos Coelho de Minas Gerais descendam de um ancestral comum, o portugues Manuel Rodrigues Coelho, rico dono de minas e que se instalou no Estado no inicio do Ciclo do Ouro.
Porem, enquanto nao aprofundarmos os estudos nas raizes dos sobrenomes que encontramos em Virginopolis nao podemos afirmar que tenham uma raiz comum. Voltarei ao comeco de nossa Arvore Genealogica para oferecer um discernimento e tornar possivel a compreensao do que conhecemos. As origens dos Coelho sao diversificadas no municipio. E os chamados Coelho, em verdade, sao geralmente a mistura em diferentes proporcoes destas e outras familias.
Antigamente dizia-se que: “Em Virginopolis, quem nao eh Coelho eh couve.” Por muito tempo este dizer muito antigo foi mal recebido por determinada parte da populacao. Ja ouvi pessoas dizerem a expressao: “Aqueles Coelho!” Outras expressoes que ja ouvi foram: “Os Coelho gostam de casar dentro da familia.”; “O Coelho eh muito orgulhoso.” Muitas vezes, estas coisas causam animosidade entre as pessoas, porque elas falam sem saber o que dizem.
Em primeiro lugar, algumas pessoas que nao gostam dos “Coelho”, confundem as coisas. Muitas vezes, tem Coelho que diz nao gostar dos Coelho. Ai eh que esta a graca na Historia, alguns ignoram a presenca do sobrenome no proprio sangue.
Claro, a expressao: “Quem nao eh Coelho, eh couve”, desperta logo alguma antipatia. Contudo, todas as vezes que a ouvi na intimidade da familia ela sempre foi dita com humorismo. Nunca ouvi ninguem expressar desdem pelas outras familias. Mesmo porque, nenhum Coelho eh apenas Coelho, e sim uma mistura de muitos e muitos sobrenomes.
Quanto a pessoas antipaticas que se julgam maiores que as outras, nao se trata de doenca exclusiva de alguns que usam o sobrenome Coelho. Toda familia tem aqueles que sao antipaticos, os que sao orgulhosos, os que sao humildes, os que sao bem humorados, os que sao ranzinzas, os que sao malintencionados, os que sao populares, enfim, defeitos e qualidades todos nos temos. Melhor dizendo, somos todos uma combinacao de virtudes e defeitos, pois, somos humanos.
E talvez seja este o grande segredo da vida. Coexistir com toda qualidade de pessoa deve ser o grande dom. Saber evitar conflito com os inconvenientes e com as inconveniencias deve ser o grande segredo dos vitoriosos.
Vamos entao la fazer um resuminho que ajudara a todos compreenderem o sobrenome Coelho em Virginopolis e regiao. Creio este ser importante porque quando dona Maria Filomena de Andrade deu as definicoes de familias no livro Historia de Virginopolis ela, com certeza, inadivertidamente esfacelou uma familia inteira, subdividindo-a em varias partes. Tambem esqueceu-se de outras. Talvez por nao conhecer o que aconteceu tres geracoes antes do ponto onde ela comecou. Segue entao o resumo dos diferentes Coelho que compoem a nossa populacao:
A. COELHO DE MAGALHAES
Ha uma versao dizendo que esta familia eh de origem portuguesa, comecaria com o portugues, alferes de milicia, Jose Coelho de Magalhaes. Ao mesmo tempo foi dito ele descender do mencionado Manuel Rodrigues Coelho. A tradicao diz que o Jose teria ido para o Brasil junto com seu pai. O que me parece impossivel porque o Manuel mencionado ja estava em Minas Gerais bem antes do nascimento do Jose. Em 1719 foi tesoureiro da Camara Municipal de Vila Rica.
Como alternativa, levantei ja ha algum tempo a hipotese de que um primeiro Manuel poderia ter sido pai de um segundo de mesmo nome. Mas como era comum `a epoca os ricos senhores no Brasil enviavam alguns de seus filhos para estudar em Portugal, porque a coroa detinha o monopolio da educacao e nao permitia abrir-se faculdades nas colonias, nesse caso, o Manuel filho poderia ter ido para Portugal para estudar e ter retornado ja com familia constituida.
Nao muito para a minha surpresa, existem dois documentos no Arquivo Publico Mineiro mencionando um capitao Manoel Rodrigues Coelho, datados de 1784, tempo em que o primeiro Manuel ja deveria ser falecido. Como levantei a hipotese antes de saber disso, pode ser que eu esteja realmente correto. Mas nunca se sabe. Agora precisamos de comprovantes porque suposicoes apenas nao somam em genealogia, a nao ser para indicar caminhos de pesquisas.
O que temos de concreto eh isso: o casal Giuseppe Nicatsi da Rocha e Maria Rodrigues de Magalhaes Barbalho, sendo ele luso-italiano, foi pai de Eugenia Rodrigues Rocha, que foi a esposa de Jose Coelho de Magalhaes. Residiram nos dominios de Conceicao do Mato Dentro, na propriedade de nome Axupe, onde tiveram os filhos: Jose, Joao, Antonio, Felix e Clara Maria.
Conhecido como capitao Jose Coelho da Rocha e casado com Luiza Maria do Espirito Santo, apos terem tido os primeiros filhos nos dominios de Conceicao do Mato Dentro, na Fazenda Lapinha, o filho mais velho comprou uma grande extensao de terras, junto ao Corrego Graipu, e juntamente com outros pioneiros fundou o Arraial de Sao Miguel e Almas, mais tarde, Guanhaes. Os filhos deste casal foram: Jose Neto, Maria Luiza, Francisca Eufrasia, Ana Maria, Joao Batista, Eugenia Maria, Antonina e Antonio.
Em resumo, quatro destes filhos contribuiram grandemente para a multiplicacao da familia e da populacao de Virginopolis. Eles formaram os casais:
1. Francisca Eufrasia de Assis – Joaquim Nunes Coelho
2. Joao Batista Coelho – Maria Honoria Nunes Coelho
3. Eugenia Maria da Cruz – Francisco Marcal de Magalhaes Barbalho
4. Antonio Rodrigues Coelho – Maria Marcolina Borges do Amaral
B. NUNES COELHO
Registra-se que esta familia teria sido iniciada pelo seu ancestral mais antigo conhecido, Manuel Nunes Coelho. Deste teria nascido Euzebio Nunes Coelho, que se casou com Anna Pinto de Jesus. Teriam residido na Fazenda Folheta, em Dom Joaquim, onde lhes nasceram alguns filhos. Com a fundacao do Arraial de Sao Miguel e Almas trocou a residencia pela Fazenda do Grama, que fica entre Guanhaes e Sabinopolis. Os filhos do casal e respectivas esposas conhecidas foram:
01. ten. Joaquim Nunes Coelho – Francisca Eufrasia de Assis
02. cap. Francisco Nunes Coelho – Maria Augusta Cesarina de Carvalho
03. Antonio Nunes Coelho – casado, residia em Pecanha
04. Bento Nunes Coelho
05. Manoel Nunes Coelho
06. Clemente Nunes Coelho – foi casado
Os dados mais antigos que tinhamos nao levava em conta o filho Manoel Nunes Coelho com registro de nascimento em Santo Antonio de Santa Barbara. Como nao temos o nome da Igreja em que ocorreu o batismo podera ser qualquer das antigas Freguesias de Santa Barbara, incluindo-se Itabira.
Clemente Nunes Coelho foi o pai de Maria Honoria Nunes Coelho, a esposa de Joao Batista Coelho.
Maria Augusta Cesarina de Carvalho e Maria Marcolina Borges do Amaral, esposa de Antonio Rodrigues Coelho, eram netas dos fundadores do Arraial de Sao Sebastiao dos Correntes, atual Sabinopolis. Eram primas em primeiro grau.
C. FAMILIA OLIVEIRA FREIRE
Sera preciso postar aqui tambem o inicio da Familia Oliveira Freire para facilitar o discernimento que deveria ser feito dentro do que foi chamado de Familias Coelho por dona Maria Filomena e pelo publico em geral. O resumo eh este:
Candido de Oliveira Freire, conhecido como Candinho Velho, foi o marido de dona Bernardina Oliveira. Eles foram pais dos seguintes filhos:
01. Candido (Candixinho) de Oliveira Freire – Anna Honoria Coelho
02. Joao Candido de Oliveira – Maria Pinto Coelho e Estefania Cafe
03. Joaquim Candido de Oliveira – Anna Pinto Coelho
04. Maria Candida de Oliveira – Alexandre
05. Maria Tereza de Oliveira – Leonel Coelho de Oliveira
06. Quiteria de Oliveira – Joao Neto e Afonso Coelho de Oliveira
07. Antonio Candido de Oliveira – Virginia Honoria Coelho
Agora, juntando estes dados que ja temos, podemos unir varias das familias mencionadas por dona Maria Filomena em uma so, a que se formou a partir da fusao das FAMILIAS COELHO DE MAGALHAES e NUNES COELHO. Assim, as Familias: Batista Coelho ou Joao Coelho da Rocha, Familia Nunes Coelho, Antonio Rodrigues Coelho ou Antonio Coelho da Rocha, Familia Magalhaes Barbalho sao tambem Coelho em sua totalidade.
A familia Coelho de Oliveira, mencionada por dona Filomena, foi um ramo das tres familias: OLIVEIRA FREIRE, NUNES COELHO e COELHO DE MAGALHAES. Antonio Candido de Oliveira era irmao do Candixinho. E Anna Honoria era irma de Virginia Honoria.
Como se pode observar pelo resumo acima, a FAMILIA OLIVEIRA FREIRE virou praticamente toda COELHO + OLIVEIRA FREIRE. Contudo, ha que se fazer uma distincao ai. Os conjuges que assinavam PINTO COELHO e os que assinam COELHO DE OLIVEIRA, sao ramos diferentes de familia Coelho que nao temos a origem `a nossa disposicao. Sabe-se que nao sao NUNES COELHO nem COELHO DE MAGALHAES.
Quem se der ao trabalho de visitar o site de ex-alunos do Santuario do Caraca, e desejar dar uma olhada geral, ano a ano, nas listas de matriculas, observara que os PINTO COELHO pertencem a um ramo de familia antigo em Minas Gerais e estava espalhado por diversas cidades mineiras. Alem dos Coelho de Virginopolis e regiao, foram uma das familias que mais contribuiram para a lista de estudantes do Colegio do Caraca. Sendo que eles estao presentes tanto na primeira quanto na segunda etapas pela qual o colegio passou.
A familia BATISTA DE MAGALHAES eh outra que nao existe sem o COELHO DE MAGALHAES. Isso porque a esposa do bisavo Joao Batista de Magalhaes, Candida de Magalhaes Barbalho, ja era Coelho atraves de sua mae: Eugenia Maria da Cruz, chamada de Eugenia Eufrasia Coelho, na Familia MAGALHAES BARBALHO, do trabalho da dona Filomena.
Joao Batista era bisneto do Policarpo Jose Barbalho e Isidora Francisca de Magalhaes, os pais do cap. Francisco Marcal de Magalhaes Barbalho. Portanto, era primo em segundo grau da propria esposa, e da um carater duplo Magalhaes Barbalho `a descendencia de ambos.
Como ja afirmei, a FAMILIA PEREIRA DO AMARAL comeca, em Virginopolis, com JOAQUIM PEREIRA DO AMARAL e MARIA ROSA DOS SANTOS CARVALHAIS. O Ernesto Pereira do Amaral era filho. E os filhos deles casaram quase todos com membros das FAMILIAS COELHO. Portanto, viraram Coelho apesar da assinatura nem sempre lembrar isso.
D. FAMILIA COELHO DE ALMEIDA.
Esta familia talvez esteja pouco visivel em Virginopolis e somente pode ser enxergada atraves da genealogia. O ancestral conhecido mais antigo dela eh Antonio Coelho de Almeida. Consta que comecou a familia na Cidade de Congonhas do Campo. Ele foi o pai de Anna Maria de Jesus, esposa de Malaquias Pereira do Amaral. Estes constam tambem como fundadores de Sabinopolis e sao avos da Maria Marcolina Borges do Amaral, esposa de Antonio Rodrigues Coelho. Eh provavel que sejam tambem avos de Joaquim Pereira do Amaral.
Outro que consta como fundador de Sabinopolis chamava-se Manoel Coelho de Almeida. Tenho evidencias que indicam parentesco proximo entre Manoel e Anna Maria de Jesus. E ha a possibilidade de os Coelho de Almeida terem gerado parte das Familias Almeida da regiao. Portanto pode existir parentesco oculto entre os Almeida, Pereira do Amaral e, com certeza, os Rodrigues Coelho.
E. FAMILIA COELHO DE ANDRADE
Dona Maria Filomena nao deu destaque para essa familia embora a mencione no subtitulo MAGALHAES BARBALHO. Os ancestrais mais antigos conhecidos dela sao os mencionados Joaquim Coelho de Andrade e Joaquina Umbelina da Fonseca. Em Virginopolis, quem multiplicou a familia foi a bisavo Hercilia Coelho de Andrade que foi a esposa do bisavo Marcal de Magalhaes Barbalho. O ramo eh relativamente pequeno.
Contudo, Joaquim e Joaquina tiveram outros filhos cujos nomes de descendencia ainda nao temos em nossos bancos de dados. Recentemente entramos em contato com a descendente de Jose (Juca Honorio) Coelho de Andrade. Possivelmente foi irmao de Hercilia. Contudo, sabe-se que a familia nao se limita aos dois. Houveram outros e a base de multiplicacao deles foi o chamado Corrego dos Honorios, que fica na Cidade de Divinolandia de Minas.
Existem diversos membros da Familia dos Honorios que circulam no territorio virginopolitano. Noticias nos dao conta que estao radicados em outros municipios como o de Gonzaga tambem. Provavel sera que diversos outros sobrenomes da regiao possuam miscigenacao com a Familia, porem, ha que se pesquisar para saber-se quem faz parte.
O meu interesse nessa familia eh dobrado, pois, a familia da minha esposa eh tambem “Soares e Andrade” e foi multiplicada na mesma regiao que a Coelho de Andrade. Alem disso, tem tambem o Fonseca como ancestral, que poderia ser o mesmo da trisavo Joaquina Umbelina da Fonseca.
F. FAMILIA COELHO DE OLIVEIRA
De antemao posso informar que existe uma FAMILIA COELHO DE OLIVEIRA, contudo, que nao sera aquela mencionada pela dona Filomena, que poderia ter aprofundado um pouco mais os estudos para descobrir que a familia identificada por ela era um ramo das Coelho e Oliveira Freire. Vou resumir o que ja vi com mais um diagrama:
01. Januario Coelho de Oliveira – Ilidia Augusta de Lacerda
02. Afonso Coelho de Oliveira – Quiteria de Oliveira Freire
03. Leonel Coelho de Oliveira – Maria Teresa de Oliveira Freire
04. Demetrio Coelho de Oliveira – Marcolina Honoria Coelho
05. Carlos Coelho de Oliveira – Gabriela Andrada Oliveira
06. Urias Coelho de Oliveira – Graciana da Costa Coelho
Bom! O que tem estes personagens em comum, alem do sobrenome ser o mesmo? Algo bem interessante! Tem idades semelhantes. Acredito que sejam nascidos por volta de 1850 a 1870. Poderiam ser irmaos mas nada posso afirmar. O destaque aqui vai para os senhores Januario e dona Ilidia. Eles formaram a familia Coelho de Lacerda e que eh muito numerosa nos arredores de Virginopolis. Atualmente, inclusive, esta bastante misturada com os outros Coelho.
Quanto ao Afonso e ao Leonel, temos as mencoes a eles casados com pessoas ligadas `as Familias de Virginopolis, contudo, nao temos suas descendencias. Dai nao podemos afirmar o rumo tomado por elas.
O Demetrio casou-se na familia do Joao Batista Coelho, contudo, levou a descendencia para Coroaci, onde esta devera estar misturada com a descendencia de outros fundadores e outras familias que chegaram depois, inclusive algumas de Virginopolis, como a dos tios Miguel Nunes Coelho e Ambrosina de Magalhaes Barbalho. Mas nem destes temos um acompanhamento mais aprofundado por enquanto.
Acrescentei os outros dois mais para nao deixar passar a oportunidade. Encontrei-os no sitio do geneaminas.com.br. Com o destaque que o Carlos se casou na familia do Jose Bonifacio de Andrada, o Patriarca da Indepencia do Brasil. Se acaso todos forem irmaos, provavelmente esta familia Coelho de Oliveira devera ter sido oriunda de algum nucleo abastado nos seculos XVIII e XIX. E a olhar pela simplicidade dela em Virginopolis, jamais se diria isso pelas aparencias.
A familia do senhor Urias esta no sitio, porem, nao a estudei. Infelizmente para nossos estudos, todos estao sem pai e sem mae.
Existem evidencias, mesmo que tenues, para que eu suspeite que pelo menos os quatro primeiros Coelho de Oliveira acima tenham procedencia em Sao Joao Evangelista. A tradicao afirma que os Coelho de Lacerda procedem de Itambe (nao especifica se dos antigos Itambe do Mato Dentro ou Itambe do Serro). Mas sera tambem possivel que o Lacerda deles venha sim de um destes.
Uma pequena evidencia eh a presenca do nome Demetrio, inclusive dado para o sexo feminino na forma de Demetria, entre os primeiros habitantes de Sao Joao Evangelista. Outra evidencia sera a narrativa do professor Pimenta no livro dele, onde a familia Coelho da Rocha eh pouquissimo acompanhada em termos de descendencia masculina. A descendencia do casal Maria Coelho da Silveira e cap. Ildefonso da Rocha Freitas somente eh melhor acompanhada no que se trata `as filhas Maria Candida de Jesus e Delfina Maria, que parece ter adotado o Goncalves do marido.
Maria Candida foi esposa de Manoel Neto da Silva e Delfina Maria de Antonio Pedro Goncalves. Posteriormente a descendencia destes se mistura com a de outros primeiro moradores, particularmente com os Pimenta e os Borges do Amaral, nossos parentes. Sem contar ai que esta eh a raiz da familia da tia Iracema de Campos Goncalves, esposa do tio Salathiel Batista Coelho.
Como as descendencias de lado masculino do casal Coelho da Rocha nao sao acompanhadas, nisso ha a evidencia que podem ter se mudado para outras paragens, em busca das novas oportunidades que a colonizacao do Vale do Rio Doce ofereceu no final do seculo XIX e inicio do seculo XX. Deve ter sido por isso que o Demetrio Coelho de Oliveira foi a Virginopolis para casar-se com a tia Marcolina Honoria Coelho, mas seguiu em frente para tornar-se um dos fundadores de Coroaci.
Junto com os senhores Maria Coelho da Silveira e Ildefonso da Rocha Freitas, foram primeiro moradores de Sao Joao Evangelistas alguns dos irmaos de ambos. Mas o primeiro residente mencionado, das barras do Corrego Sao Nicolau, foi o senhor Nicolau Jose de Oliveira. Ou seja, existe ai a oportunidade de a Familia Coelho de Oliveira ter-se formado a partir dessa mistura, porem, as descendencias nao foram estudadas pelo professor Pimenta.
E me pergunto se a trova antiga que meu pai gostava de cantar para as criancas nao tenha vindo de la! Era assim:
Nicolau tinha uma flauta
A flauta era de pau.
Sua mae sempre dizia:
Toca a flauta Nicolau.
Porem, as minhas consideracoes genealogicas sao apenas especulativas. Precisamos de evidencias mais concretas para afirmar ou negar tal hipotese.
G. FAMILIA COELHO DA SILVA
Ja ha algum tempo tive noticias da existencia desse sobrenome entre os virgionoplitanos, porem, passou-se um bom tempo sem que eu encontrasse umas poucas informacoes preciosas a respeito dela.
Suspeito que ela tenha sido encaminhada para Virginopolis pelo padre Joaquim Gomes Coelho da Silva. Ele foi o paroco ate 1896. Teria idade para ser irmao do patriarca da familia. Alias, vou reproduzir abaixo um quadro que esta no site da Diocese de Guanhaes, onde a Paroquia de Virginopolis tem uma pagina, e tras informacoes preciosas como esta:
Vigário – Pe. Bento Ferreira
Vigário – Pe. Virgolino José Batista Nogueira
Vigário – Pe. Joaquim Gomes Coelho da Silva até 1896
Vigário – Pe. Félix Natalício de Aguiar de 1897 até 1949
Vigário – Pe. David de Alcântara Miranda de 18/07/1949 a out/1957
Vigário – Pe. Geraldo Brauwer de 04/10/1957 a Jan/1960
Vigário – Pe. João Avelino Reis 17/01/1960 a 16/06/1961
Vigário – Pe. David de Alcântara Miranda (2ª vez) de 02/07/1961 a fevereiro de 1962
Vigário – Monsenhor Francisco Batista dos Santos de 11/02/1962 a 31/12/1968
Vigário – Pe. Bernardo Odenkirchen de 01/01/1969 a 23/04/1986
Vigário – Pe. Pedro João Daalhuizen de 27/04/1986 a 08/08/2003
Vigário – Pe. Saint Clair Ferreira filho de 09/08/2003 a 31/07/2005
Vigário – Pe. Jacy Diniz Rocha 01/08/2005 a janeiro de 2011.
A minha suspeita pode ate nao ter fundamento, pois, pode tambem ser que a Familia Coelho da Silva ja estivesse presente na cidade e o padre ter sido um filho que retornou ao torrao natal. Porem, minha suspeita baseia-se no fato de que naquela epoca, quando os conhecimentos medicinais eram bastante pequenos e a expectativa de vida era baixissima, o sonho de toda mae era ter um filho padre.
E realmente muitas viam seus desejos satisfeitos porque a vida das pessoas era muito simples e muito ligada `a “Santa Madre Igreja”. Ser padre, independetemente da profissao de fe e da vocacao genuina de muitos, era o mesmo que ser uma personalidade midiatica hoje em dia. Era como ser um cantor, um jogador de futebol ou um pastor evangelico ultimamente.
Porem existia aquele lado que incitava os coracoes maternos tambem. Com um filho padre, a familia se cobria com um seguro previdenciario, valido tanto na terra como no Ceu. Claro, o padre cuidaria das necessidades espirituais da familia. Mas, por outro lado, sendo ele paroco de qualquer lugar, tornava-se frequentemente o arrimo da familia, ja que os pais e as maes, frequentemente, partiam deixando toda uma prole menor desamparada. Portanto, era comum para onde o padre ir, levar consigo os irmaos menores.
Este eh um fato com paralelo na Familia de Magalhaes Barbalho. Policarpo Jose Barbalho ficou viuvo de Isidora Francisca de Magalhaes, antes de 1838. Com filhos nascidos ate pelo menos em 1824, era provavel que houvesse alguns nascidos depois de 1824. Em 1838, um dos filhos mais velhos, Emigdio de Magalhaes Barbalho, iniciou o seminario, indo ordenar-se em 1845. Dirigindo-se para Guanhaes, levou uma parte da familia que estava em dificuldade em Itabira.
O pai, Policarpo, ja viuvo, resolveu tambem entrar para o seminario e ordenou-se padre quando ja estava em idade avancada. E o filho, Francisco Marcal de Magalhaes Barbalho, irmao do padre Emigdio, tornou-se o patriarca maior da familia “de Magalhaes Barbalho” da area. E foi o padre quem levou Francisco Marcal para Guanhaes. Mais tarde, os tios Francisco Marcal e padre Emigdio acolheram a sobrinha, Anna de Magalhaes, que estava gravida. O pai biologico pode ter sido um membro da sociedade itabirana, que ja era casado. Assim nasceu Joao Batista de Magalhaes.
Eu ja havia encontrado o pedido de uma pessoa, via internet, que procurava informacoes a respeito da familia dela que era a Coelho da Silva, radicada em Sao Geraldo da Piedade. As unicas pessoas, em Virginopolis, que tinha noticia de que assinaram Coelho da Silva eram o padre Joaquim Gomes e dona Nair Coelho da Silva, esposa do Alipio da Silva Coelho. Pagina 229 do livro da Ivania. Mas a Maria de Lourdes, esposa do Sergio da Silva Coelho, pagina 230, tambem adotou o sobrenome. E esta ja era Coelho de Magalhaes, por ser filha do Candido Coelho de Magalhaes e Alzira Coelho Perpetuo, pagina 160. Nao saberia dizer se o sobrenome da dona Nair tambem vem por adocao.
Mas, retornando ao Coelho da Silva legitimo, o que abriu-me os olhos foi a postagem no geneaminas dos nomes Gilberto Coelho da Silva e Marciana Soares de Souza. Eles foram postados pela Elaine Maria de Souza Soares, filha do senhor Gabriel Sebastiao Soares, muitissimo conhecido como Gabi Gilberto.
De repente descortinou-se uma janela ampla para o conhecimento da presenca da familia em Virginopolis. Como tambem eh sabido que o senhor Chico Gilberto era irmao, temos ai ja dois troncos da Familia Coelho da Silva que, apesar de muito conhecida pessoalmente, estava oculta aos meus olhos, por causa da minha ignorancia.
Inclusive, em observacao `a mencao de dona Maria Filomena no livro Historia de Virginopolis do nome: Gabriel Coelho Soares, talvez eu possa ate ser malinterpretado ao ter dito que o seo Gabi ate poderia ter ancestral Coelho, porem, o nome dele era Gabriel Sebastiao Soares. E a minha intencao foi unicamente de passar para frente uma informacao que tinha em maos. Na verdade, o nome dele havia sido passado pela neta Ailene, ou Du do Odilon. Ela soube dizer-me os nomes dos avos, que se encontram na pagina 173 do livro da Ivania, porem, sem sobrenomes ali.
Em resumo, existe sim uma familia com o sobrenome Coelho da Silva em Virginopolis. E acredito que o sr. Gilberto e dona Marciana deverao ter tido mais filhos que talvez possam ter conservado este nome de familia. Mas, ate onde sei, o sobrenome esta oculto no sangue das pessoas, pois, o senhor Gabi casou-se com a dona Gininha que procede dos Coelho de Magalhaes e tambem dos Nunes Coelho. Ja o senhor Chico Gilberto casou-se na familia Lino de Souza, porem, as duas filhas, donas Lulu (Maria de Lourdes) e Maria do Socorro casaram-se na mesma mistura. Dai nao eu ter feito a ligacao entre o Coelho da Silva e pessoas conhecidas de minha parte.
Ainda bem que atrasei-me na publicacao da presente revisao. Pois, tive tempo de encontrar grande novidade em relacao a este sobrenome. Embora nao seja nada novo para os familiares Coelho da Silva, eh novo para quem ignorava os fatos, como eu. Bom, vez por outra alguem pedia-me alguma informacao a respeito de dona Adelaide Coelho e eu podia apenas informar que ouvira o nome diversas vezes em minha vida mas faltava-me um norte para afirmar quem era.
Com a publicacao de uma foto de uma casa antiga no centro de Virginopolis, que cedera lugar para a atual agencia do Banco do Brasil e outras reparticoes, bem na Praca da Matriz, as informacoes vieram `a tona. A casa fora construida para abrigar a familia dos avos Cista e Zulmira. Depois passou por um periodo como pensao da dona Adelaide Coelho da Silva. Esta ultima informacao foi lembrada nas postagens anexadas `a foto pelo primo Hernani Rodrigues Coelho.
Aproveitei para perguntar a ele se se lembrava quem era. Respondeu-me ter sido a mae de 3 pessoas conhecidas. O companheiro Valentim Ferreira, entao, completou um quarto filho, e lembrou uma tradicao dizendo que ela cantara uma resposta ao senhor Gabi Gilberto, que lhe pedira de volta a casa. Ela teria alegado ter quatro filhos para criar, entao, nao poderia faze-lo. Como o nome do senhor Abel Lima havia sido lembrado como um dos filhos, logo conclui que haveriam pelo menos mais dois, a dona Zinha e o senhor Joao “Cotoco” ou Joao “Sem Braco”. Apelido que recebera por ter perdido o antebraco e a mao nalgum acidente.
Nenhum de nos tinha certeza absoluta. A Mere Lima, contemporanea de meus tempos e filha do senhor Tarcizo Lima, confirmou todos os nomes. Sugeri, entao, atraves dos cruzamentos das informacoes que ja tinhamos, que dona Adelaide teria tambem sido filha do senhor Gilberto e dona Marciana. Ela nao teve condicoes de confirmar mas prometeu verificar isso quando pudesse com o pai dela. Antes disso, porem, a Vera Lucia de Souza e Lima entrou na conversa, confirmando que ate a minha suposicao estava correta.
Vera Lucia de Souza e Lima eh filha do senhor Jose Soares de Lima e dona Maria Efigenia de Souza. Um casal que fizera Historia em Virginopolis antes mesmo de eu entender-me por gente. Eles residiram em uma casa antiga que ficava na praca abaixo da Praca da Matriz. Quando demolida cedeu lugar para residencia do Wilton Perpetuo ou, Wilton do senhor Moises. O comodo comercial da construcao foi ocupado pela agencia do Banco do Brasil, antes de ser transferida. A familia foi vizinha do avo Juca Coelho e tiavo Anisio Rodrigues Coelho. Conheci-a quando crianca.
Mais tarde o Hernani acrescentou que os pais de dona Efigenia haviam sido vizinhos de fazenda dos pais dele. E se chamavam Gabriel e Maria.
Assim constatou-se que os senhores Gilberto e Marciana tiveram pelo menos 3 filhos: dona Adelaide, e senhores Gabi e Chico Gilberto. E as consequencias disso foram o eu constatar que boa parte dos moradores do meu tempo de crianca, inclusive familiares muito proximos, sao Coelho da Silva. Para melhor exemplificar do que se trata, apresento mais um diagrama de familia. Dona Adelaide foi esposa do senhor Joao Marcal de Lima:
Joao Marcal de Lima – Adelaide Coelho da Silva foram os pais de:
01. Jose Soares de Lima – Maria Efigenia de Souza
02. Abel Natalicio Soares de Lima – Maria Marcolina Coelho (54) + Carmelita de Aguiar Coelho (61)
03. Abelar Natalicio Soares de Lima
04. Joao Soares de Lima
05. Osvaldo Soares de Lima
06. dona Zinha – Paulo Ferreira
07. Tarcizo Soares de Lima – Helena Santos
Confesso que em minha ignorancia nao tinha a menor ideia de como o senhor Jose Soares se encaixaria na Arvore Genealogica geral das familias de Virginopolis. Ja havia encontrado um meio de encaixar a familia dele, pois, os netos Ricardo e Dartagnan casaram-se com pessoas dos outros Coelho. Contudo ignorava completamente que ele tivesse uma relacao de descendencia como esta. Estava sendo o meu proposito mapear na Arvore Genealogica todas as pessoas que residiram no centro da cidade antes de alcancar as ruas perifericas, portanto, mesmo sendo vizinhos de meus pais, nao imaginava que houvessem vinculos tao claros assim.
O Hernani havia recordado que `a epoca de juventude dele os senhores Jose e Efigenia usavam um salao anexo `a residencia como sala de exibicao de cinema e para bailes. Duas artes que ele passou a conhecer atraves disso, e a danca continua fazendo parte da vida dele. Alem disso, dona Efigenia era poetisa, organista da Igreja Catolica, alem de o casal tomar parte nas decisoes politicas no municipio.
O casal era exemplo para a cidade mas se mudou dela quando eu era ainda crianca. Assim, nao sou a pessoa mais indicada para tecer elogios a estas pessoas, porque ao bem dizer da verdade, estava com eles pessoalmente mas nao os conheci plenamente. Penso ser melhor tomar de emprestimo uma postagem no blog da prima Celina Rabello. O endereco eh: http://joserabello1.blogspot.com/2011/03/marfisa-14011968-peneira-n-07-texto_21.html. E Marfisa eh o apelido da dona Efigenia.
Algo muito interessante que a Vera Lucia passou-nos foi que o pai dela foi o filho mais velho de dona Adelaide. E que fora criado pelos avos, Gilberto e Marciana. Contava ele que o avo lhe dizia ter ascendencia na antiga Guiana Francesa (Suriname). E que ate mesmo falava um dialeto que lembrava o frances. Ela tambem destacou que o senhor Gilberto era preto e que dona Marciana havia nascido em um local chamado Morro da Garca, nas proximidades de Curvelo.
Foi para mim uma agradavel surpresa ter essas informacoes. Em parte porque, comprovando-se a tradicao, vejo com boa possibilidade alguem da familia: genitores ou avos, realmente procederem do Suriname e estar relacionado com um fato historico que envolve a Historia Universal, com participacao brasileira e portuguesa. Isso aconteceu quando Napoleao Bonaparte mandou invadir Portugal. D. Joao VI antecipou-se ao genio militar e fugiu com a corte portuguesa e chegando ao Brasil em 1808.
Em represalia, as forcas lusobrasileiras ocuparam a possessao francesa no Norte da America do Sul, devolvendo-a somente apos a derrota final de Napoleao, e apos ao Tratado de Versalhes, do qual o Brasil participou na condicao de sede de uma corte europeia.
O resultado disso eh haver mesmo a possibilidade de alguem da forca expedicionaria lusobrasileira ter levado alguem de procedencia do Suriname. Sera possivel que este tenha gerado por via direta (paterna) ou indireta (como avo) o senhor Gilberto. Interessante eh que o nome Gilbert era muito comum entre os franceses.
Caso a tradicao seja comprovada, o fato poderia ser usado em salas de aulas na cidade para despertar o interesse dos alunos por este capitulo da Historia Universal, pois, haveria o exemplo de um morador da cidade com vinculos parentais com pessoas envolvidas na operacao desencadeado por brasileiros e portugueses. Com vinculos parentais tambem com muitos descendentes que serao alunos. Nao seria como estudar uma Historia alienigena e sim uma Historia de Familia.
Uma informacao que possuo eh a de que o senhor Abel Natalicio teve mais que duas esposas. Nao tenho o acompanhamento genealogico deste complemento mas sim o das duas primeiras porque a primeira era minha tia, irma de minha mae, e a segunda foi filha dos tiosavos Armando Batista Coelho e Maria das Dores Aguiar. Entre as filhas da tia Maria, a Marlene foi a esposa do Humberto (Guelo) de Magalhaes Barbalho e a Marly eh a esposa do Jose das Dores Albuquerque, conhecido `a epoca mais pelo apelido de Cabo Deh.
O mais inusitado na informacao de que o senhor Gilberto tivesse origem africana esta no fato de a descendencia ser em sua maioria de visual branco. Inclusive, ao que me recorde, `a minha epoca de infancia tinhamos muitos exemplos de familias com filhos loiros. Eu proprio era e continuo tendo um visual mais europeizado. Mas entre as familias que recordo pelo loiro dos cabelos dos filhos, os mais exuberantes eram os da descendencia Knipp, primos nossos com ascendencia alema; os Marcatti e sua ascendencia italiana, alem dos filhos da Marlene e Guelo e do Tarcizo Lima e dona Helena.
O Ronaldo, filho dos senhores Tarcizo e Helena era tao loiro que tinha o apelido de Veio. A Milce, Tarcilena e Romercy tambem eram bem loiros. Ja o Cizinho (Tarcizo Filho) e a propria Mere Lima tinham cabelos puxados para o castanho.
Entre os filhos da Marlene e do Guelo o loiro dos cabelos se destacavam mais nos filhos: Valeria, Denise e Gladiston. Com um detalhe que transforma a informacao quase num fato inusitado e, provavelmente, do desconhecimento da maioria das pessoas que conviveram com eles, pois, a Marlene procede de tres ramos africanos diferentes. Alem do senhor Gilberto ela eh bisneta do Joao Batista de Magalhaes, o tio Joaozinho e tambem da trisavo Maria Honoria Nunes Coelho. O Humberto era bisneto da mesma Maria Honoria.
Fatos como este deveriam ser melhor divulgados como agora o estou fazendo para que pudessemos celebrar com melhor proveito a diversidade racial. Claro, nao estou aqui me esquecendo da parte da descendencia que possui a tonalidade escura da cor da pele e cabelos. O que quero apontar eh para o fato de sermos mistura de todas as racas do mundo, nao importa a aparencia que tenhamos. Em ultima analise, ninguem eh melhor que outro por causa de sua aparencia.
Penso que a familia dos senhores Jose Soares e Efigenia foi prejudicada no sentido de eles nao receberem as costumeiras homenagens postumas dedicadas ao benfeitores locais. Eles mereciam ser nomes de ruas ou de alguma reparticao cultural mas, por terem se mudado da cidade, estao esquecidos.
Imagino que a casa deles tenha sido um areopago na cidade. Devia ser o ponto de encontro dos sabios locais e servia de iniciacao para a juventude nas artes culturais. Devia ser algo bom de se ver uma reuniao de poetas como a propria dona Efigenia, tia Memeh, dr. Rabellinho e outros. Jovens da epoca deles como dona Bernardete Campos, Maria Helena irma desta, Angelo da dona Geni e muitos outros devem ter tirado grande proveito desta grande oportunidade.
As pessoas que vivem hoje e possuem internet, celular, televisao e outros meios de comunicacao nao fazem ideia do que era ser culto ha 50 ou mais anos atras. As dificuldades eram enormes. O recurso que se tinha eram os radios e os telegrafos. Poucos recebiam jornais escritos, que chegavam com dias de atraso. Em epoca de chuvas as estradas tornavam-se intransitaveis. Frequentemente faltava energia eletrica.
Mesmo assim, Virginopolis tinha o privilegio do cinema, sempre se cultivou a danca e a musica. Muita gente sabia tocar instrumentos musicais. A poesia era uma das formas de cultura melhor cultivada por muitos. Haviam seroes e apresentacoes. Ate um pequeno anfiteatro existia no antigo ginasio. Lembro-me ate hoje de cenas de uma peca apresentada pelos comediantes: tio So Li e o atual dr. Silvestre. Este ainda uma crianca que fazia o papel de um traquina, enquanto o velho tio, ja na terceira idade, representava um idoso que sofria na pele as peraltices do menino.
Lia-se muito, explorando-se principalmente os classicos da literatura mundial. Muitos sabiam linguas como o latim, o frances e o ingles. Estes eram capazes de ler os classicos nas linguas estrangeiras.
Mas tudo se perdeu com a entrada da ditadura militar em 1964. Optou-se pela massificacao do ensino sem fazer preparo algum para isso. Assim, o pouco da qualidade que existia foi se perdendo com o tempo. Nos da nossa geracao, que nao passavamos de criancas tenras ainda fomos os mais prejudicados. A musica que restou foi a marcial dos desfiles de 7 de setembro.
Passou a ser quase uma atitude subversiva cultivar-se a boa musica brasileira, pois, os grandes compositores da epoca passavam mensagens de protesto e reflexao. As radios quase que so tocavam musicas em ingles e a musica nacional que tinha acesso facil aos meios de comunicacao era versoes daquelas. E toda ditadura no mundo prima por suprimir a liberdade do pensamento, pois, pensar ensina a argumentar. E o argumento cria criticismo em relacao aos malfeitos. E nada eh mais detestavel `as ditaduras que criticas a seus defeitos.
Voltando `a descendencia dos senhores Gilberto e Marciana, existiam diversas casas de familias que descendiam deles. Quase todas com criancas na minha idade e com as quais gozo ate hoje o companheirismo e desfruto o parentesco. Como ja disse, nessa condicao estavam as familias da dona Lulu e Cassio; dona Socorro e Osvaldo Perpetuo; dona Dalva e Joaozinho Lacerda; Joao do Gabi e esposa; Odilon do Gabi e Emidia; dona Conceicao e ti Caco; Tarcizo Lima e dona Helena; Marlene e Humberto (Guelo); Marly e Cabo Deh; dona Zinha e Paulo Ferreira.
Nao recordo tambem do nome da esposa do senhor Osvaldo Lima. Tive pouco contato com a familia do senhor Joao Lima. E dona Zilda, que cedo ficou viuva do Lulu do Ze Soares, criou os filhos sozinha nessa epoca. Devia ser mais de 100 pessoas na cidade. E a maioria absoluta da familia do senhor Gabi nao residia na cidade. Destaca-se inclusive o neto Oto, parece-me ser filho da dona Bijou, que residiu com os tios Conceicao e Caco.
Eh uma pena que o site geneaminas.com.br demore um pouco a efetivar os dados que a gente envia! No ancestry.com a programacao me permite fazer as adicoes e as ligacoes simultaneamente. Assim, pode-se ir postando os dados novos ao mesmo tempo que vai-se fazendo a costura dos encontros genealogicos. No ancestry ja posso enxergar como a familia se imbrinca com as outras. Fica muito mais facil de observar-se as ligacoes parentais e compreender melhor a historia que os personagens tinham uns para com os outros no tempo em que os conhecemos. Mais que uma relacao de vizinhanca esta era acompanhada da consanguinidade.
H. FAMILIA PINTO COELHO
Possivelmente, existira descendencia Pinto Coelho em toda a regiao que esta igualmente oculta. O livro da Ivania nos mostra, `a pagina 19, o casal nascido la pelos anos de 1860: Olympia e ten. Gustavo Pinto Coelho. Ela, neta do cap. Joao Coelho de Magalhaes e Bebiana Lourenca de Araujo. O que nos remonta aos Coelho de Magalhaes iniciais. Contudo nao temos mais que a mencao de como se formou a familia. Nao encontramos ainda a procedencia do ten. Gustavo nem o paradeiro dos filhos.
Como ja mencionei, pelos dados encontrados nos livros de registros do Colegio do Caraca, ha em Minas Gerais uma descendencia enorme dessa familia ou, de outra forma, pode ser mais de uma familia ja que os sobrenomes Pinto e Coelho sao muito comuns. Portanto, nao sera dificil o encontro de ambos fazendo parecer que todos descendem de ancestrais comuns recentes.
De concreto por enquanto, porem, temos a tradicao da familia Furtado Leite de ser descendente extraconjugal do Barao de Cocais. Normalmente a familia na regiao deixou de usar o sobrenome Furtado e reduzindo-o ao Leite. Mais comumente, Nunes Leite, que procede da combinacao Furtado Leite com Nunes Coelho. O que nos faz recorrer ao Barao de Cocais eh que o nome dele era Jose Feliciano Pinto Coelho da Cunha. Esta familia, junto com a Furtado Leite e outras, era a lider no antigo Sao Joao do Morro Grande, que no seculo XX tomou o nome de Barao de Cocais, devido a seu cidadao mais ilustre.
Falta-nos apenas descobrir a ligacao entre o Pinto Coelho da Cunha e os Furtado Leite numa relacao de ascendencia/descendencia. Quem desejar mais informacoes, pode visitar a pagina: http://www.projetocompartilhar.org/Familia/PintoCoelhodaCunha.htm, para perceber que o sobrenome Pinto Coelho da Cunha ja era usado antes do Ciclo do Ouro em Minas Gerais. Por enquanto nao sei dizer se o Pinto Coelho sozinho e o acompanhamento da Cunha tem a mesma origem. Se for, isso so complica a situacao da consanguinidade no Estado ja que a diferenciacao do sobrenome nao altera a genetica.
De qualquer forma, estamos cientes de que Virginopolis possui, pelo menos, 7 origens diferentes da assinatura Coelho, embora isso possa nao ser necessariamente uma verdade. Explicarei `a frente.
I. OUTROS COELHO
Existem outros Coelho na regiao que serao tidos como Coelho diferentes. Entre eles temos:
a) COELHO DA SILVEIRA
A chegada dele esta descrita no livro “A Mata do Pecanha, sua Historia e sua Gente”. Segundo o prof. Dermeval Jose Pimenta, foi trazido de Portugal, por volta de 1830, com a familia de dona Maria Coelho da Silveira. Foi a esposa do cap. Ildefonso da Rocha Freitas. Eles se estabeleceram `as margens do Corrego Sao Nicolau, fundaram a Fazenda de Sao Joao e, em testamento, cederam as terras para a construcao do Arraial de Sao Joao Novo, hoje Sao Joao Evangelista, que iniciou-se em 1875.
A filhos adotaram o sobrenome Coelho da Rocha. Coincidindo com o mesmo sobrenome encontrado nos fundadores de Guanhaes. Contudo ainda nao se sabe se havia parentesco proximo entre eles.
O que se pode eh especular, ja que os Coelho de Magalhaes sao ditos proceder de Portugal. Por nao sabermos as origens exatas de ambos os Coelho pode-se esperar que o portugues Jose Coelho de Magalhaes estabelecido por volta de 1780 nos arredores de Conceicao do Mato Dentro, naturalmente, 50 anos depois, os filhos daquele poderiam ter alguma comunicacao com familiares em portugal.
Os filhos do Jose ajudaram a fundar Guanhaes e logo em seguida os Coelho da Silveira e os da Rocha Freitas se estabelecem na vizinha Sao Joao Evangelista. O que se pode imaginar eh que alguem tenha lhes soprado um bom local para se estabelecerem. Claro, este alguem poderia ser quem ja tivesse algum vinculo parental. Mas isso eh apenas especulacao.
Outra especulacao que podera ser feita sera em relacao aos COELHO DE OLIVEIRA acima mencionados. O morador mais antigo das margens do Sao Nicolau foi o senhor Nicolau Jose de Oliveira. Pode ser que o Coelho de Oliveira tenha surgido a partir da combinacao deste Oliveira com o Coelho da Silveira. Contudo, o professor Dermeval ficou nos devendo o acompanhamento genealogico de ambas as familias para comprovarmos ou descartarmos esta hipotese. Ha que se fazer pesquisas para elucidar a questao.
Nao podemos afirmar que os Coelho da Silveira misturaram-se com os de Virginopolis, porem, o contrario sim. O tiobisavo Salathiel Batista Coelho mudou-se para Sao Joao Evangelista, onde se casou com Iracema Campos Goncalves, que era bisneta do cap. Ildefonso e Maria Coelho da Silveira. Nao tenho noticias da descendencia deles posterior a 1978.
b) COELHO DE MOURA
Familia radicada em Itambe do Mato Dentro e procedente de Portugal. O prof. Manoel Coelho de Moura Guimaraes casou-se com Maria Francelina Pimenta que possuia vinculos familiares com Maria Marcolina Borges do Amaral, esposa do Antonio Rodrigues Coelho. A familia residiu em Sao Joao Evangelista, mas nao temos o acompanhamento atualizado dela. Alguns ramos estao acompanhados ate `a data de 1965, atraves do livro A Mata do Pecanha, sua Historia e sua Gente.
c) COELHO DE LINHARES
Outra familia Coelho cuja origem o professor Dermeval nao menciona. Deixou escrito que o senhor Antonio Coelho Linhares nasceu em 1826 e era eleitor em Sao Joao Evangelista em 1871. A familia entrelacou com os Coelho da Silveira. A possibilidade de existirem ligacoes com Virginopolis eh consideravel.
d) COELHO DA COSTA
Tenho pouquissimas informacoes a respeito dessa familia. Radicada no Serro, dela procede o padre Laffayette Coelho da Costa. Este foi o paroco de Santa Maria do Suacui, onde a crenca popular ja o colocou no altar. Aguarda-se os tramites no Vaticano para saber-se se sera canonizado ou nao. Pelo menos, desde os avos dele a familia ja estava na regiao. Portanto, nao se pode descartar a ideia de que alguem em Virginopolis descenda de algum Coelho da Costa. O sitio da Diocese de Guanhaes da mais informacoes.
CONCLUINDO
Exceto os Coelho da Silveira e os Coelho de Moura que sao mencionados ter chegado ao Brasil diretamente de Portugal, temos aqui um quadro em que, talvez, tenhamos 10 ou mais assinaturas Coelho na regiao, contudo com origem unica. Na pagina 6 do livro, a Ivania Batista Coelho cita o professor Nelson Coelho de Senna, e extraio aqui esta parte:
“De uma cronica da familia COELHO constam os seguintes apontamentos: “O fundador dessas familias norte-mineiras foi, no sec. XVIII (1774) o ja referido portugues MANUEL RODRIGUES COELHO,…” Na sequencia, encontra-se mais estas informacoes a respeito dele e da familia: “Era homem de cabedais, muitos escravos e pagava avultados quintos de ouro a sua magestade Fidelissima. Do Inficcionado (hoje Santa Rita Durao, comarca de Mariana) seus descendentes se passaram a outros lugares dos atuais municipios de Santa Barbara, de Itabira do Mato Dentro e Conceicao do Serro.”
Pode significar que nao seriam 7 Familias Coelho em Virginopolis mas apenas uma e unica. Isso porque 6 delas poderao ter suas assinaturas com origem na mesma pessoa e os Pinto Coelho, nao sendo descendentes, estao misturados `as outras.
Tenho noticias da presenca da assinatura Coelho bem mais ao norte que a cidades acima mencionadas, ou seja, regiao de Itamarandiba e Minas Novas, ja por volta de 1750. E nao se pode descartar a possibilidade de descender do mesmo portugues, pois, ele foi tesoureiro da Camara Municipal de Vila Rica em 1719. Ja deveria ter filhos crescendo. Por volta de 1750 havia o declinio das lavras velhas. Seria natural que a descendencia de um minerador antigo tentasse a sorte nas “minas novas”. Ai pode estar a origem de mais Coelho na regiao dominada pela antiga Vila do Principe, atual Serro.
Mesmo geneticamente nao teria grande importancia que ele desse origem a pelo menos 10 das familias mencionadas acima, desde que a descendencia tivesse se casado em geracoes diversas com pessoas nao aparentadas. O problema eh o seguinte, conhecendo o comportamento matrimonial de nossos ancestrais mais recentes, podemos imaginar que esta esperanca esta mais para va filosofia que algo de utilidade. Para conferir, so mesmo fazendo o levantamento genealogico de todas para, no minimo, desencargo de consciencia.
Tenho feito algum esforco de memoria para ver se consigo recordar alguma pessoa que reuna em si pelo menos as sete assinaturas Coelho da cidade. Eh dificil encontrar tal pessoa porque nao temos um melhor acompanhamento de todas. Contudo, nao eh dificil imaginar que em breve teremos esse recorde conquistado de, em tao poucas geracoes, reunir-se 7 denominacoes Coelho numa mesma alma.
E nao estou contando com aquelas vezes onde o mesmo Coelho se repete. Os filhos de meus pais reunem 6 vezes a descendencia dos Coelho de Magalhaes, uma vez o Coelho de Andrade, duas o Nunes Coelho e mais duas o Coelho de Almeida. Alem disso, existe outro Coelho que nao mencionei. Encontrei-o tambem no sitio geneaminas.
O prof. Pimenta, fazendo o acompanhamento dos ancestrais, ja havia estabelecido o Joao de Sousa Azevedo como um deles. Ele foi o primeiro sogro do sextavo Antonio Borges Monteiro. Naquele sitio encontra-se que os pais do Joao se chamavam Manoel de Sousa de Azevedo e Anna Coelho. Entao, os filhos de meus pais tem pelo menos mais duas vezes a ascendencia Coelho em nosso sangue. Possivel sera termos outras duas, pelo lado Pereira do Amaral que herdamos da bisavo Olimpia Rosa.
De qualquer forma, algum risco esta mesmo no fato de podermos ser varias dessas vezes juntas descendentes do portugues Manuel Rodrigues Coelho. Exceto na parte que toda ao Souza de Azevedo. Alias, o que pode ser ate muito mais vezes porque nao temos o acompanhamento genealogico de diversos de nossos ancestrais. E como entre estes e o tempo do Manuel existem umas poucas geracoes, nada impede que existam mais algum espaco preenchido pela ascendencia nele.
A minha dificuldade em encontrar de memoria uma pessoa que ja reuna os 7 Coelhos em Virginopolis pode estar na falta do conhecimento maior das genealogias das Familias Coelho de Oliveira (Lacerda), Coelho da Silva, Coelho de Andrade e mesmo o Pinto Coelho. Geralmente, as pessoas que conheco que reunem duas destas nao se encaixam nas outras. Por exemplo, os filhos do Dimas Geraldo e Conceicao Lacerda nao tem o Coelho da Silva, ate onde eu sei. Ja as filhas do Geraldo Agostinho e da Ivanira nao tem o Lacerda e o Pinto Coelho.
Refazendo meus calculos, penso que posso apontar recordistas temporarios. Trata-se da descendencia dos dois casais de queridos primos Francisco Jose Coelho e Hayde Celestina de Andrade e Dimas Geraldo e Conceicao Lacerda.
O Francisco, mais conhecido como Coelho, reune tanto o Coelho de Lacerda quanto o Coelho da Silva. A Dede tem o Coelho de Andrade, embora, o Andrade da assinatura dela venha do lado do prof. Francisco Dias. Por descender da avo Maria Marcolina Borges do Amaral a Hayde acrescenta tambem o Coelho de Almeida. Coelho de Magalhaes e Nunes Coelho os dois sao. Falta-lhes apenas o Pinto Coelho. Pelo menos enquanto eu nao souber a procedencia dos pais dos netos deles!
Os filhos do Dimas e Conceicao tambem reunem seis das assinaturas Coelho em Virginopolis. Sendo que o Dimas carrega 4 delas: Coelho de Magalhaes, Coelho de Almeida, Coelho de Andrade e Nunes Coelho. A Conceicao adiciona o Pinto Coelho e o Coelho de Lacerda. Falta-lhes o Coelho da Silva ate onde conheco. A Hayde e o Dimas sao irmaos e primos bem proximos dos membros da casa de meus pais.
Enfim, voltando ao dizer: “Em Virginopolis, quem nao eh Coelho eh couve”, creio que posso afirmar que nossos ancestrais, quando comecaram a pronuncia-lo, tinham em mente este grande numero de assinaturas Coelho, diferentes entre si, e nao necessariamente porque desprezassem pessoas que nao assinassem o Coelho. Embora, claro, do ponto de vista das pessoas que nao se lembravam de nenhum ancestral proprio com a assinatura Coelho, o dizer soasse bastante antipatico!
Quanto `as descendencias atuais destas familias, so mesmo um censo poderia responder qual sera o numero de pessoas viventes. A certeza eh que sao dezenas de milhares, porem, nao podemos nos enganar. Todo cuidado eh pouco. Por exemplo, nao podemos fazer uma conta automatica baseados em dados parciais. Um exemplo disso eh que somos 9 filhos na casa de meus pais. Cada um de nos eh, simultaneamente, 6 vezes descendentes dos patriarcas Antonio e Maria Marcolina; Joao e Maria Honoria; e Eugenia e Francisco Marcal.
Se contarmos que descendemos da Maria Marcolina filha, do Joao Rodrigues, do Joao Junior, do Ze Coelho, do Marcal e da Candida Barbalho, entao, a familia dos nossos pais sera contada como tendo 54 filhos quando, em verdade, somos apenas 9. E isso ocorreria multiplas vezes com quase toda a populacao se contarmos separadamente o numero de descendentes que cada familia possui e depois soma-los, pois, nos descendemos diversas vezes dos mesmos ancestrais e a soma das parciais daria a impressao que cada um de nos eh descendente muito mais que uma vez, embora cada um de nos seja apenas uma pessoa.
O numero total de descendentes de todos os primeiros moradores de Virginopolis, por exemplo, nao deve somar todos os milhoes que ja mencionei, porem, com certeza esta na casa de centenas de milhares. So mesmo um levantamente genealogico completo para oferecer-nos um numero exato desta conta!…
08. PRIMEIROS MORADORES DE SABINOPOLIS (ANTIGO SAO SEBASTIAO DOS CORRENTES)
Resolvi acrescentar este subtitulo aqui porque os dados nele contidos poderao ajudar-nos a solver algumas questoes. Encontrei esta lista no trabalho: “INTERVENCOES CLINICAS E SOCIAIS: SUBJETIVIDADE E RELIGIOSIDADE – UM ESTUDO DA RELIGIAO CATOLICA EM SABINOPOLIS” de Joselia Barroso Queiroz Lima.
Acrescentarei apenas data de nascimento e nome de esposas que temos. Segue entao:
01. Pe. Bento de Araujo Abreu
02. Alferes Antonio de Araujo Abreu
03. 1751 Antonio Borges Monteiro – Margarida Maria do Rosario (nota: `A epoca, Antonio Borges era viuvo de Maria de Souza Fiuza, que falecera em 20.11.1780, e fora a mae de Antonio Borges Monteiro Junior.)
04. Urbano Taveira de Queiroz
05. Joaquim da Silva Campos
06. 1777 Antonio Borges Monteiro Junior – Maria Magdalena de Santana
07. capitao Semeao Vaz Mourao
08. alferes Antonio Fernandes do Amaral
09. 1791 Malaquias Pereira do Amaral – Ana Maria de Jesus
10. Clemente Jose dos Santos
11. Francisco Jose dos Santos
12. Manoel Coelho de Almeida
13. capitao Antonio Jose Campos
14. 1783 Joao Pereira do Amaral
15. capitao Joaquim Barroso Alvares
Por um acaso, esbarrei no blog da Familia Pinho Tavares, de Sabinopolis. La ha a mencao de alguns desses fundadores acrescida de outros. Sao eles: Francisca Miquelina, Joaquim Miquelino e 1796 Francisco Borges Monteiro. Este ultimo sei que tambem foi filho do Antonio Borges Monteiro velho.
Posto aqui esta lista e faco a resenha agora, pois, ela esta repleta de evidencias com consequencias na genealogia de toda a regiao. Precisamos nos lembrar que o Arraial de Sao Sebastiao dos Correntes inciou-se por volta de 1819. Porem ja existiam residentes no local ha pelo menos 3 decadas antes disso. Ainda nao encontrei uma Historia de Sabinopolis que me ajude a colocar estes pingos nos ii.
Mas, indo diretamente `a resenha. As tradicoes afirmam que a Familia Campos de Virginopolis procede se Sao Joao Evangelista. O que eu ponho as barbas de molho em aceitar tal ideia, no sentido de dizer-se que os ancestrais mais antigos agora conhecidos por nos tenham nascido naquele povoado. Possivel terem nascido na zona rural, e talvez seja por isso que nao sao recordados no livro do professor Dermeval, que relata a fundacao em 1875.
A Familia Campos de Virginopolis, segundo registrado por dona Maria Filomena de Andrade, inciou-se com os tres casais: Antonio Ferreira Campos e d. Augusta Rabello do Amaral; Manuel Ferreira Campos e Clementina Marcos de Jesus; e Firmiano Ferreira Campos e Teresa Barreto.
As pessoas mais antigas que entram na Arvore Genealogica da Familia Coelho, da Ivania Batista Coelho, e das quais registra-se datas de nascimento, eram netas destes casais. Contudo, na lista de ex-alunos do Caraca esta o Lico, ou Luiz Campos do Amaral, que segundo uma cronica do dr. Rabelinho em homenagem `a dona Augusta “Campos”, era um dos mais novos, com a data de nascimento de 12.07.1899 (entrada em 1914, mat. 243). Dona Filomena pulou o numero 6 na relacao de filhos da dona Augusta mas menciona que o Lico era o numero 8. Pode, entao, ser o setimo.
Mesmo assim, isso obrigaria o filho mais velho ter nascido em torno de 1890, ou seja, por volta de 15 anos depois da fundacao do Arraial de Sao Joao Novo. Isso indica que Antonio Campos e d. Augusta devem ter nascido pelo menos uns poucos anos antes daquela fundacao. `A lista de fundadores de Sabinopolis falta os sobrenomes Ferreira e Rabello. Mas entre 1819 e 1875 muita coisa pode ter acontecido. Inclusive ter-se mudado para a regiao alguem que ja fosse Ferreira Campos e outro Rabello do Amaral, sem ter vinculos com os fundadores de Sabinopolis.
Tudo pode ter acontecido. Estou mostrando apenas as evidencias que tenho para suspeitar que tambem a Familia Campos em Virginopolis podera descender dos fundadores de Sabinopolis.
Contudo, eh preciso lembrar-se que esta estrada tem duas vias e sempre eh prudente olhar os dois lados antes de atravessa-la. A favor da tradicao temos que a Familia Ferreira Campos nao devia ser pequena. Dois indicios para isso sao: o fato de dona Inha Campos ter se mudado para Sao Joao Evangelista, em 1889, apos ficar viuva, no Serro, de Joaquim Ferreira Campos; e o nome do patriarca Antonio Ferreira Campos ter sido acrescido do sufixo Baguary, pelo juiz da Comarca do Serro, por causa da confusao de varias pessoas com o mesmo nome.
Joaquim Ferreira e dona Inha Campos foram os avos maternos da tia Iracema Campos Goncalves. Esta era filha de dona Rita Campos e Joao Gualberto Goncalves.
A narrativa do professor Pimenta informa que a viuva dona Inha transferiu-se do Serro para Sao Joao Evangelista com os quatro filhos menores. Nao menciona parentalha ja residente na cidade, porem, era de se esperar que existisse, pois, de algum apoio menor a viuva devia necessitar.
Quanto aos sobrenomes presentes na lista como: Araujo, Abreu, Taveira, Queiroga, Mourao e Barroso, sao nomes que encontramos misturados em nossa genealogia. Embora estes estejam encaixados como agregados e nao ha ainda como associa-los a esta lista. Uma pena nao termos em maos a formacao genealogica das familias em Sabinopolis, pois, sabemos de antemao que os “de Pinho Tavares” e outros, alem dos mencionados na lista, estao intimamente associados aos Borges Monteiro e Pereira do Amaral. Alem dos Pimenta Vaz Barbalho.
O professor Pimenta deixou escrito os nomes dos pais das esposas acima mencionadas. Assim temos:
1. Margarida Maria do Rosario, filha de Domingos Lourenco Seixas e Maria Caetana de Pinho e Oliveira
2. Maria Magdalena de Santana, filha de Jose Vicente de Miranda e Maria da Encarnacao
3. Ana Maria de Jesus, filha de Antonio Coelho de Almeida e Ana Maria de Jesus.
A primeira esposa de Antonio Borges Monteiro, Maria de Souza Fiuza, foi filha do ja mencionado Joao de Souza Azevedo e de sua esposa Norotea Barbosa Fiuza. Por sua vez, esta foi filha do portugues, sargento-mor, Domingos Barbosa Moreira e sua esposa, a sergipana: Teresa de Jesus, natural de Itabaiana.
Aqui ha que se observar o sobrenome Santos presente nesta lista porque a esposa do ancestral Joaquim Pereira do Amaral, se chamava Maria Rosa dos Santos Carvalhaes. Podera ser a fusao destes Santos com algum Carvalhaes que chegou ou ja estava na area. Os Carvalhaes aparecem como ancestrais da Familia Catao em Guanhaes. Portanto, podera ai encontrar um denominador comum que, antes que dividir, reune as familias.
O mais interessante que hipotetizo ai, trata-se da ausencia do ancestral Antonio Coelho de Almeida na lista. Ele sera, no minimo, fundador ausente por, talvez, ja ser falecido em 1819, pois, foi o pai da ancestral Ana Maria e devera ser pai do Manoel Coelho de Almeida. Possivelmente, devera ser ancestral dos Almeida e outros da regiao. Alem disso, pode ser que tenha habitado a area muito antes da data de 1819. A evidencia disso pode estar no documento guardado pelo Arquivo Publico Mineiro e descrito no endereco: http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/modules/cc/brtacervo.php?cid=6919.
Na descricao temos os dizeres: “Requerimento de Antonio Coelho de Almeida sobre a concessao de provisao para o oficio de escrivao de guardamoria do Ribeirao do Corrente de Santo Antonio da Meia Canoa”. O despacho esta datado de, em Ouro Preto, 30.07.1803. Portanto, em algum lugar de Minas Gerais existia um povoamento `as margens de algum Ribeirao do Corrente ainda em formacao. O problema esta em eu nao ter encontrado nenhuma referencia a algum lugar com estas palavras exatas.
Contudo, no municipio de Sabinopolis existe uma subdivisao que se trata da Comunidade Corrente Canoa. Acredito ser uma boa evidencia a nos dizer que ainda existe por la vestigios do nome que, antigamente, era muito comum encompridar-se, indo ao longo da Historia reduzindo-se aos termos atuais. Alem disso, existe outra comunidade com o nome Almeidas. O que pode tambem indicar que parte da descendencia dos Coelho de Almeida iniciais possam ter reduzido o sobrenome para apenas Almeida. Assim, por suposto, podera existir muito mais vinculo genealogico entre as familias da regiao do que imaginamos.
Vejo aqui um bom motivo para lutarmos por construir uma Arvore Genealogica o mais completa possivel. Isso porque a mencao aos nossos ancestrais de Souza Azevedo fazem-me lembrar de detalhes da nossa genealogia atual.
Nos anos 1960 mudou-se para Virginopolis o casal Raimundo Nonato Batista da Rocha e Marilda Azevedo. Ele, promotor de justica da Comarca de Virginopolis, era oriundo do Piaui. E passou em Medina para encontrar a esposa. O casal era jovem e em pouco tempo juntou `a familia o terceiro filho. Sao filhos: Izabel Cristina, Karla Andrea e Mayram. Nos dias atuais sei que a Karla casou-se com o Valerio e o Mayram com a Juliana. Valerio e Juliana tem sangue de diversos Coelho da cidade.
O Valerio contudo tem o sangue Souza Azevedo. Mas nao se pode dizer nada, pois, nao tenho nada alem do conhecimento de quem sao o dr. Raimundo e dona Marilda. Nada sei a respeito dos ancestrais deles. O que faco agora eh apenas especular.
Em primeiro lugar, sabemos que temos ancestrais que aportaram com o primeiro donatario da Capitania de Pernambuco, Duarte Pereira Coelho. Geralmente, todas as genealogias de nordestinos que ja vi, e mesmo nao nordestinos, repete-se o fato da mencao de que os ancestrais mais antigos no Brasil conhecidos das familias provem daqueles primeiro chegados.
E, frequentemente, nossos ancestrais sao apontados como ancestrais deles. A genealogia do Piaui nao eh independente da genealogia pernambucana, dai, espera-se que o dr. Raimundo tenha ancestrais comuns conosco. Embora, isso nao cause nenhum espanto porque as linhagens passaram seculos separadas, devera haver variacao genetica segura no enlace da Karla e Valerio.
Em relacao ao Azevedo, precisamos nos recordar da Historia da regiao do Serro. Em 1750 o ouro mais abundante comecou a esgotar. Foram enviadas bandeiras, financiadas pelo Senado da cidade, para descobrir novas minas. Encontraram, entre outros lugares, no lugar que se chamou Sao Joao Batista, atual Minas Novas. O nome se deve justamente `as novas minas encontradas. Porem, a regiao era territorio da Bahia.
O local estava mais perto do Serro onde ja havia a intendencia do ouro. Assim, a coroa decidiu mudar o mapa das duas provincias, passando o Sul da Bahia para o Norte de Minas. E como se pode observar, o Norte de Minas ficou curvado, parecendo que foi feito a troco de compasso. E deve ter sido mesmo. Serro era o centro, ou ponta seca, e o giz correu no novo mapa. Os detalhes dos recortados entraram depois.
Mais tarde a regiao como um todo foi colonizada sobretudo pela iniciativa do pioneiro Teofilo Otoni, ja nos anos de 1840. De qualquer forma, acorreram para a regiao levas de mineiros e baianos. Pode ser que o ancestral Azevedo em Minas mais antigo da dona Marilda seja o mesmo Joao de Souza Azevedo nosso ancestral. Dai se pode observar as voltas que a genealogia pode dar.
Nos descemos de uma filha dele e por isso nao usamos o sobrenome. Ela pode descender de algum filho que, infelizmente, nao temos ainda a informacao nem mesmo que tenha existido, pois, sabemos da existencia de apenas duas filhas. De qualquer forma, um ramo de descendencia seguiu para o Sul do Serro e outra para o Norte, podendo ter agora se reencontrado. So mesmo pesquisando mais a fundo para verificarmos se foi isso mesmo, ou nao, o que aconteceu.
09. GENEALOGIAS VIA SITE http://www.santuariodocaraca.com.br/ex-alunos/
Ontem foi dia 5 de fevereiro, dia de tempestade de neve aqui na porta de casa. Agora eh assim gente, fiquei tao importante que ate o tempo esta trabalhando em funcao de mim, rsrsrsrsrs.
Brincadeira `a parte, o mal tempo trouxe tambem conexao ruim da net. Dai fiquei ressabiado de fazer algo mais util no computador e, em caso de pane, perder todo o servico. Entao resolvi dar uma voltinha no site do Santuario do Caraca, observando recomendacao da amiga Virginia Candido. Ja o conhecia mas pensei que nao fosse encontrar nele algo que ainda nao tivesse.
Bem, sao duas listas de ex-alunos. Divididas por anos de matriculas e numeracao. Na primeira temos 1.481 e na segunda 2.322 alunos. Porem, nem todos estao la. O padre Absalao, por exemplo, esta no ano de 1947 e matricula 1092. O que ha de errado eh que esta postado ser “irmao do aluno 1073. Mas as matriculas de 1073 a 1087 nao foram publicadas. Portanto, ou o Dede (Ademar) ou o Aramis sao ex-alunos, quica, os dois. Alonso e Athos sao tambem mas estao na lista.
O pai deles, Jose Martinho Nunes Coelho, tambem se encontra registrado. Matricula numero 300, do ano de 1915. E a inscricao trouxe-me uma pequena e boa novidade. Sabiamos ser filho do Josephino Nunes Coelho e da Sa Marta. Contudo, `a pagina 13 do livro de genealogia da Familia Coelho, o nome dela esta como Marta Madalena Coelho. No fichario temos um Oliveira anterior ao sobrenome.
O que, talvez, ofereca um pouco de variabilidade genetica ao ramo da familia. Embora o Oliveira esteja entre os sobrenomes do pai da esposa do seo Ze Martinho, o Bernardino Coelho de Oliveira, que era o pai da dona Efigenia Coelho de Magalhaes. Em todos casos, a familia ganha mais Oliveira e perde um pouco de Coelho, o que deve resultar em um melhor equilibrio.
Devo acrescentar poucas coisas mais `a nossa genealogia porque dos 90 ex-alunos que resolvi recolher os dados, a maioria absoluta ja estava inscrita em nossas anotacoes. Uns poucos nao terei ainda como encaixa-los na Arvore porque esta faltando algum pequeno passo, como ter certeza absoluta de quem eh filho de quem. Encontrei dois nascidos em Belo Horizonte: Otaviano e Osvaldo Soares Coelho, filhos de Omar Nunes Coelho e Efigenia de Assuncao Soares. Falta saber onde o Omar e/ou dona Efigenia se encaixam.
A maioria das pessoas que pude reconhecer na lista sao nascidas em Virginopolis. Uns poucos em Guanhaes, Divinolandia, Sabinopolis, outras cidades e ate um em Coroaci. Este eh o padre Jose Atanasio Coelho, matricula 719 de 1932. Filho do Notel dos tios Sinha e Miguel, eh irmao do falecido Monsenhor Omar Nunes Coelho e sobrinho do Bispo D. Manoel Nunes Coelho, tambem falecido.
Em alguns casos poderemos corrigir dados nos livros. Um exemplo eh o termos `a pagina 132 que Fernando Baptista Coelho casou-se em segundas nupcias com Adelina Coelho Leao. Na matricula 901, livro de 1940, esta que a mae do Mucio Leao Coelho chamava-se Adelina Benedito Coelho. Detalhe que nao vem tanto ao caso assim. Mas comprova por via documental o que estava registrado no livro da Ivania.
O livro teve como base, anotacoes caseiras do bisavo Joao Rodrigues Coelho e do dr. Odon de Magalhaes Barbalho. Alem das informacoes fornecida por familiares. Os registros documentais oferecem maior credibilidade ao trabalho como um todo. Mas tambem levanta duvidas. Eh que na pagina 135 do livro temos a familia da Sebastiana Salles Coelho e Mario Coelho Leao. Os ancestrais dele estao na pagina 17. O livro mostra que foram pais do Wilson Coelho Leao, nascido a 24.05.1920.
Porem a lista de ex-alunos registra uma mae diferente para o Wilson. Ela chamar-se-ia Aguide Moreira Coelho. Pode ser que tenha ocorrido algo muito comum `a epoca. Uma primeira esposa ter falecido e a segunda, a mae de coracao, ter adotado o filho aos olhos da familia e as anotacoes falharem em indicar a mae biologica. Tambem pode ter ocorrido falha dos escrivaes, o do cartorio ou o do Colegio do Caraca. Nada que nao possa ser verificado mais tarde.
Bom, postarei aqui a lista de nomes. `A frente dos nomes o ano de ingresso no Colegio do Caraca. Apos os nomes, o numero de matricula. Assim, quem desejar abrir a pagina no site para ver o nome de algum familiar e seus pais, nao tera dificuldade em encontra-los. Eh pouca coisa! Mas seria uma otima oportunidade se outros colegios disponibilizassem tais informacoes.
O do Caraca era voltado mais para identificar vocacoes sacerdotais. Assim, a maioria das pessoas estudou em outras entidades. Alem disso, era exclusivo para o sexo masculino. Dai nao encontrarmos a avancadissima ideia, para a epoca, de vermos as mulheres estudantes do seculo XIX e inicio do XX. O Colegio Feminino de Diamantina deve conter perolas maravilhosas.
Outros colegios usados por nossa parentalha incluiam Pecanha, Guanhaes, Conceicao do Mato Dentro, Colegio Arnaldo em Belo Horizonte e Dom Bosco em Cachoeira do Campo. Claro, os cursos superiores da UFMG, antiga UEMG, e Ouro Preto, guardam la as lembrancas dos poucos que chegaram a este nivel em um passado um pouco mais remoto.
Contudo, como as descendencias das pessoas mais antigas esta diversificando mais no quesito casamento, pessoas que estao em todos os registros, sem pertencer `a familia, agora sao ou tornar-se-ao ancestrais de membros dela. Dai a necessidade de colhermos os dados mais completos possiveis de todos.
Nao farei comentarios. Deixarei para cada um descobrir o que melhor lhe apetecer. Segue, entao, a lista:
1864 padre Venancio Ribeiro de Aquino Cafe mat. 201
1870 Jose Feliciano de Araujo Soares mat. 559
1873 Joaquim Antonio dos Santos Lacerda Junior mat. 748
1874 Lindolpho de Paulo Cardoso Camara mat. 806
1875 Edgardo Carlos da Cunha Pereira mat. 845
1876 Getulio Ribeiro de Carvalho mat. 951
1876 Ernesto Ribeiro de Carvalho mat. 952
1877 Sabino Alves Barroso Junior mat. 1122
1878 Claudionor Augusto Nunes Coelho mat. 1166
1878 Ignacio Alves Barroso mat. 1237
1879 Joao Baptista de Aguiar Bennefoi mat. 1261
1880 Homero Benedicto Ottoni mat. 1343
1880 Pio Nunes Coelho mat. 1394
Segunda serie:
1911 Reynaldo de Magalhaes Gloria mat. 163
1913 Lindolfo de Almeida Braga mat. 226
1914 Joao Fernandes d’Almeida mat. 242
1914 Luiz (Lico) Campos do Amaral mat. 243
1914 Francisco Campos do Amaral mat. 270
1914 Joaquim Bento Coelho Filho mat. 271
1915 Otaviano (Tavico) Rodrigues Coelho mat. 295
1915 Jair Rodrigues Coelho mat. 196
1915 Jose da Cunha Menezes Neto mat. 297
1915 Jose (Daniel) Rodrigues Coelho Sobrinho mat. 299
1915 Jose Martinho Nunes Coelho mat. 300
1915 Gastao de Magalhaes mat. 301
1916 Jose Rabello Campos (Rabelinho) mat. 332
1916 Antonio da Silva Coelho mat. 333
1916 Eliphaz Rodrigues Coelho mat. 334
1917 Sylvio Rodrigues Coelho mat. 349
1917 Levy Rodrigues Coelho mat. 350
1918 Darcy Baptista Coelho mat. 351
1921 Agostinho de Souza Guimaraes mat. 446
1921 Nilo Rodrigues Coelho mat. 460
1921 Hely Rodrigues Coelho mat. 461
1925 Eduy Catao mat. 567
1928 Ephigenio Caldeira da Silva mat. 617
1930 Emerson Nunes Coelho mat. 677b
1932 padre Jose da Paixao Nunes Coelho mat. 711
1932 Eder Expedito de Andrade mat. 713
1932 padre Jose Atanasio Coelho mat. 719
1933 Wilson Coelho Leao mat. 725
1933 Franklin Salgueiro mat. 744
1934 Afonso Coelho de Magalhaes mat. 752
1935 Abel Coelho mat. 762
1936 Aloisio de Sena mat. 763
1936 Oldemar de Aguiar Coelho mat. 774
1936 Geraldo Braga mat. 781
1940 Mucio Leao Coelho mat. 901
1946 Abelar Teresinha de Almeida mat. 1041
1946 Mauricio de Magalhaes Barbalho mat. 1059
1947 Simao da Silva Coelho mat. 1091
1947 padre Absalao Martinho Coelho mat. 1092
1949 Carlucio Rodrigues Coelho mat. 1142
1949 Walquirio Rodrigues Coelho mat. 1143
1949 padre Marcos Evangelista Goncalves mat. 1172
1950 Celso Rodrigues Nunes Coelho mat. 1175
1950 Daniel Rodrigues Nunes Coelho mat. 1203
1951 Alonso Martinho Coelho mat. 1244
1951 Joao Antonio Passos mat. 1279
1952 Adamar Nunes Coelho mat. 1309
1952 Jose de Aquino Perpetuo mat. 1317
1952 Cesario Coelho de Aquino mat. 1325
1952 Francisco Nunes Leite mat. 1332
1952 Amilton Juliao de Almeida mat. 1338
1952 Juarez Geraldo Leite mat. 1352
1952 Duarte de Oliveira Magalhaes mat. 1354
1952 Otavio Rodrigues Nunes Coelho mat. 1361
1953 Sebastiao de Aquino Perpetuo mat. 1432
1954 Gil Nunes Coelho mat. 1459
1954 Hidalgo Leite de Oliveira mat. 1461
1954 Leonidas Perpetuo Leite mat. 1464
1954 Jose Pereira de Souza mat. 1477
1954 Virgilio Maximo Batista Coelho mat. 1486
1955 Juventino Figueiredo de Lacerda mat. 1530
1955 Sebastiao Polydoro Mourao mat. 1531
1956 Athos Martinho Coelho mat. 1614
1959 Herci Soares de Lacerda mat. 1821
1959 Carlos Vasconcelos Coelho mat. 1849
1959 Jose Romualdo de Souza mat. 1850
1960 Manoel Luiz Ventura Costa mat. 1901
1961 Paulino Leite de Oliveira mat. 1974
1962 Geraldo Nunes Coelho mat. 2003
1965 Geraldo Nunes Lacerda mat. 2160
1965 Eduardo Coelho Lopes mat. 2171
1965 Dalber Augusto de Almeida mat. 2180
1966 Herivelto Jose Coelho mat. 2209
1967 Antonio Carlos Leite mat. 2233
1967 Emilio de Oliveira Leite mat. 2242
1967 Otaviano Soares Coelho mat. 2260
1968 Osvaldo Soares Coelho mat. 2303
A maioria das pessoas desta lista ja se encontra cadastrada no Arvore Genealogica plantada no sitio http://www.geneaminas.com.br. Assim as pessoas poderao, apos visitar o sitio dos ex-alunos do caraca, acompanhar quem sao outros membros proximos de suas familias. Algumas ja estao la mas nao estao aparecendo ainda. Mais tarde aparecerao. Somente umas poucas eh que teremos que encontrar meios de posta-las atraves de ramos colaterais da Arvore, por enquanto.
O Colegio do Caraca sofreu um incendio no ano de 1968. Desde entao fechou as portas para essa atividade e tornou-se apenas um Santuario e ponto de turismo. Os alunos mais novos conhecidos por nos pessoalmente ja tem netos e andam `as voltas com seus sessenta e poucos anos. Em 20 anos poderao estar com uma boa prole de bisnetos. Eh! O tempo passa rapido criancas! Parece que foi ontem mesmo que tivemos as noticias do incendio e das peripecias dos alunos e padres para tentarem salvar o acervo da biblioteca. Ha muita Historia ali que precisa ser preservada para sempre.
10. A TOCA DO JOAO RODRIGUES COELHO
Na regiao central da Cidade de Virginopolis esta ainda em pe um sobrado com aspectos coloniais antigos. Foi construido no inicio do seculo XX e serviu de residencia para a primeira familia do bisavo Joao Rodrigues Coelho. Depois do uso continuo por cerca de 100 anos e porque os inventarios pelos quais a propriedade passou nao chegaram ao conhecimento de muitos dos atuais herdeiros ha um impasse. Sao muitos com direito mas ninguem pode assumi-la legalmente.
Tres das antigas donas doaram suas partes `a fundacao hospitalar da cidade. As outras 10 partes deveriam caber a pessoas de diversas geracoes, pois, todos os filhos da primeira familia do Joao Rodrigues ja sao falecidos. Ha netos e bisnetos falecidos que deixaram descendencia. Portanto, ha casos de netos, bisnetos e trinetos herdeiros. Existem os que nem sabem disso.
Assim, a residencia esta abandonada. Ela eh a unica do genero que ainda esta em pe. Algumas pessoas tomaram o partido de pedir o tombamento. Estas enxergam a necessidade de marcar uma epoca e deixar uma lembranca solida do que foi cotidiano do passado colonial, para que as proximas geracoes tenham alguma referencia nao apenas de que o passado que ficara escrito nos livros existiu, algo estara ali para comprova-lo.
Diante da proposta, uns poucos chegaram ate a levantar palavras nervosas contrarias. Vendo na atitude, talvez, uma forma de intervencao no que seria do interesse deles. E, pior, intervencao de pessoas que nao residem mais na cidade, portanto, nao saberiam nem o que eh mais urgente para a populacao residente. Nao quero condenar o que penso ser ignorancia em relacao a conhecer o assunto Historia, nem os efeitos negativos do nao preservar-se o que nela se passou.
De qualquer forma, resolvi escrever uma nota para postar em paginas do Facebook onde a fotografia da casa, em franca decadencia, foi postada para alertar que precisa de acao urgente para preserva-la. Resolvi ampliar um pouco a nota que escrevi, para melhor exemplificar meus argumentos e assim publicar junto a estes outros artigos aqui na pagina do meu blog. Segue entao:
Perguntaram-me: Por que preservar essa casa velha?
Ouvi na estacao publica de radio FM aqui nos USA uma boa razao. Por coincidencia, estara sendo lancado um filme mostrando o trabalho de uma equipe de pessoas que, ao final da II Guerra Mundial, ficou encarregada de encontrar e devolver a legitimos donos obras de arte que haviam sido roubadas pelos nazistas. As obras sao de valor incalculavel.
Bom, o personagem principal fala estas palavras que traduzo: “Voce pode exterminar todo um povo. Isso sera ruim. Mas se voce destruir o que ele alcancou atraves de seus conhecimentos, voce estara apagando a memoria dele. Sera como se ele nunca estivesse existido na terra.”
Alguns tem visto o Solar do Joao Rodrigues apenas como uma casa velha que nao representa nada. Pode ser por pura inveja talvez, pois, esta casa nao foi construida por um ancestral deles, e eles nao se sentem parte dessa construcao.
A verdade, porem, eh outra. A visao dessa casa como a residencia de alguma pessoa ou familia eh muito pequenina e limitada. Essa casa representa muito mais que isso.
Talvez, para nos da familia ela nos traga a modorra saudosista dos tempos bons que usufruimos dela. Mas essa razao eh muito pequena, embora, seja importante para uns poucos de nos. Quando voltarmos aos Bracos do Divino essa modorra passara e nao tera o mesmo significado que teve, pois, as atuais geracoes nao terao mais a oportunidade de viver os mesmos sentimentos.
Agora, quando tratamos essa casa como uma construcao arquitetonica e o uso historico dela, encontramos a verdadeira dimensao que ela representa.
Ela lembra-me pessoas como os srs. Joaquim Polvora, Pedro Coura, Serafim Ramos, Ventura, Maximiliano Nunes Damascena, Didi Barreto, Vital Paranhos, seo Zuza, seo Benedito Vieria, Fernando Ramos, Nadir, Ze Luiz pedreiro, ate mesmo o pintor de paredes dr. Hugo, o Ingracio e muita gente mais. Lembra-me as profissoes que exercem ou exerceram e os ancestrais deles. Esta casa eh uma capsula do tempo, que contem as conquistas tecnologicas que o povo acumulou ate o ano em que foi construida, e continuou enquanto foi usada.
Se as pessoas acima citadas nao construiram a casa porque nao eram sequer nascidas quando a construcao se deu, eh muito provavel que os construtores tenham sido parentes delas, que passaram a elas a profissao como um certo tipo de heranca. Talvez alguem va dizer que nao existiam pedreiros `a epoca porque haviam rebucadores, ja que a construcao nao eh nem de pedra nem de tijolo. Mas os rebucadores foram os pedreiros numa fase ainda em evolucao. Muito das tecnicas dos pedreiros nasceu da pratica que os rebucadores tinham.
Claro, se me perguntassem: Voce desejaria preserva-la para residir nela? Eu responderia: Jamais. Que me perdoem os ancestrais. A antiga residencia nao passa de um corredor comprido que vai de uma janela que da para a rua ate o fundo da cozinha. As dependencias se abrem para os dois lados do corredor. Ha uma escada que leva a um sotao onde ha tambem uma sacada. Eh avarandada, tem espaco para jardim, teve piscina e um ar caboclo de um passado muito antigo. Nada do que se pode associar ao conforto de hoje.
A preservacao dela seria util mesmo como exemplo arquitetonico. Seria otima para instalar-se nela um museu. E museu em Virginopolis teria o significado de recordar-se as pessoas que viveram na cidade e o que fizeram. Ou seja, das pessoas acima citadas e outras de passado mais distante poder-se-ia recolher instrumentos de trabalho, pertences pessoais, fotografias etc. Guardar ali um pouco de suas biografias e genealogias. Assim as descendencias deles hoje espalhadas pelo mundo teriam um motivo para visitar a cidade, ver a construcao, e constatar que, de verdade, ali estao suas raizes.
Estes nunca perderao o rumo de onde procedem. Crescerao e se multiplicarao muito. E essa multiplicacao sempre voltara `as origens pelo menos uma vez na vida. Ao ponto que, aparentados que viverao continuamente na cidade poderao sobreviver do turismo que existira. Claro, a casa ser apenas o atrativo, mas havera que se investir em mais estruturas para oferecer algo mais, pois, eh importante que estes visitantes permanecam um tempinho a mais, alem do usado na visita `a casa, para sentir-se acolhidos e com vontade de retornar sempre.
As pessoas que residiram na casa nao foram mais importantes que aqueles que detinham o conhecimento da arte de construi-la. Ela eh como um quadro de um pintor famoso que foi vendido para um comprador qualquer. Ora, se o comprador eh importante para a arte, o que se dira do pintor que a criou!?
Esta casa poderia ser transformada em museu e nela registrar-se e ensinar-se todas as tecnologias exigidas para a sua construcao. Para quem duvida, pasme, aqui nos Estados Unidos tem sido feitos estudos em torno da tecnologia da construcao utilizando-se o sistema de adobe. Por que? Porque acredita-se que seja uma tecnologia bem mais apropriada para ser usada em locais de clima mais quente, economizando-se energia e custos totais da obra.
Quem residiu aqui sabe que as construcoes desse tipo de residencia nada deve `as construcoes residenciais neste pais de primeiro mundo. Claro, nao se contando a tecnologia moderna que ja eh oferecida antes mesmo de a casa ser levantada como: asfalto na porta, agua, luz, telefone, cabo para tv e computador de alta velocidade etc e tal. Algo que cabe em qualquer tipo de construcao de casa.
Alem disso, ha o componente historico de que o Joao Rodrigues foi juiz de paz da cidade. Ou seja, todo mundo que tem ancestral residente na cidade durante o periodo em que ele exerceu a profissao deve ter tido registro de nascimento ou casamento feitos neste monumento. De uma forma ou de outra, toda a cidade tem o umbigo preso a ela. Preserva-la seria preservar a memoria de todos e nao apenas daqueles que ai residiram, que eh uma questao menor.
Aqui esta, se olharmos no sentido genealogico, toda a populacao de Virginopolis, incluindo suas filhas: Divinolandia, Gonzaga, Santa Efigenia, Sardoa e Sao Geraldo da Piedade tem o umbigo preso ai. A preservacao eh um assunto que interessaria a todas as pessoas de boa memoria, pois, essa memoria seria passada a todas as geracoes que virao.
Destruir o trabalho das pessoas que construiam naquela epoca, sera como se cortassemos o cordao umbilical das futuras geracoes quando elas ainda vivem em forma fetal. Seria como se tivessem nascido do nada, pois, a Historia e o conhecimento que nasceu antes delas tera sido apagado da face da terra.
O filme que mencionei no inicio leva o titulo de “The Men’s Monument”. Traduzindo-se pelo sentido e nao pelas palavras, poderia ser: “A Obra dos Homens”. Foi dirigido por George Clooney e estrelado por: George Clooney, Matt Damon, Bill Murray e Cate Blanchett para que se tenha ideia do tamanho da producao.
Ultimamente tem escrito muita coisa em torno da Genealogia virginopolitana e regiao. Aparece o tema e a gente vai la e pimba. Como sao assuntos que podem ser uteis em nossos assuntos futuros, resolvi reunir aqui algumas postagens que andei fazendo no Facebook. Assim fica tudo reunido no blog. Ou melhor, dentro daquilo que eu escolher para republicar aqui. Segue entao.
11. REFLEXOES I
Um milionario pode deixar milhoes de dolares para os descendentes. Com quase certeza, por maior que for a riqueza, o dinheiro ira desaparecendo com o passar das geracoes e os descendentes futuros irao esquecer-se deste antepassado deles.
Hoje em dia temos a oportunidade de ficarmos para sempre na memoria de nossa descendencia. Para nos, no momento, basta-nos visitar um sitio gratuito de genealogia, como eh o geneaminas, e ali depositarmos nossos dados. Ha espaco ate para fotografia e sua imagem sera permanente.
Anexo a isso, adicione-se uma breve biografia. Conte nela suas licoes de vida como se fosse uma bela carta para descendentes que voce nao ira conhecer. E instrua sua descendencia a sempre voltar ao mesmo sitio para que tambem deposite la os dados, fotos e biografias dela.
Isso funcionara como uma “capsula do tempo”. Ao contrario de acabar-se com o passar das geracoes a corrente ira sempre aumentar. Daqui a algum tempo, serao milhoes de pessoas que se importarao com quem voce foi, com o que fez e com o que queria delas.
Eh possivel que, como todos nos somos pecadores, a oracao dessas pessoas por nossas intencoes nos ressuscite para a vida eterna. Mais vale o bom exemplo que muitos milhoes de dolares.
REFLEXOES II
Já enviei a sugestão para diversos orgãos públicos e privados, compartilhando a visão que tenho a respeito de combinar-se genealogia e turismo. Não apenas por a genealogia ser uma de minhas paixões. Mas com uma Arvore Genealógica bem feita e disponibilizada na internet, isso poderia ser usado para informar a todos os internautas as suas procedências, tanto em relação a locais geográficos quanto em relação à corrente sanguínea dos antepassados.
Cidades como Virginópolis que começou a ser povoada ha quase 200 anos atras, deverão ter uma meia duzia de milhões de descendentes coletivos de seus primeiros moradores. Esta informação, me parece, ser uma mina de ouro, pois, em se fazendo uma divulgação apropriada dela, devera atrair um bom numero de visitantes `a cidade. Estes visitantes se sentiriam atraídos por suas próprias raízes.
Porem, sem a Arvore Genealógica e disponibilização dela em meio publico de divulgacao, e a preservação de marcos históricos, nada feito. Era preciso que fosse feito um trabalho de catalogação histórica de cada endereço e propriedade agrícola na cidade. Assim, os sincerones poderiam receber grupos de visitantes e mostrar-lhes algo como: Ali esta a Fazenda Tal, em tal epoca pertenceu a seu avo, bisavo, trisavo etc. Ali se desenvolvia tal e tal atividade etc.
Com a preservacao e a Historia, os visitantes sentir-se-iam atraidos a retornar e divulgar a agradavel visita que tiveram entre sua parentalha. Isso daria oportunidade a que empreendedores levassem para o municipio a instalacao de Hoteis Fazendas, onde os moinhos e engenhos de roda d’agua poderiam ser restaurados e atividades de epoca poderiam ser encenadas. Associar-se-ia a isso a culinaria tipica produzida `a moda de epoca.
Os visitantes poderiam sentar-se `as mesas enormes, para deliciar o pao-de-queijo, o biscoito de goma, a rosquinha de farinha com o cafe, tudo produzido na hora, num fogao e fornos a lenha. Sao coisas que se ve por aqui no primeiro mundo. E que nos precisavamos copiar.
Nao havia necessidade de copiarmos apenas o capitalismo selvagem, que destroi as memorias em busca de um enriquecimento rapido e sufoca a riqueza sustentavel e duradoura.
Imaginem a quantidade de empregos que poderiam surgir a partir dessa industria turistica? Fazendeiros seriam chamados a produzir os insumos basicos para a alimentacao dos visitantes. Hoteis contratariam pessoal para todo tipo de servico que prestariam.
Enfim, isso viraria uma mina de diamantes com o tempo, porque, quanto mais antiga a cidade vai ficando, aumenta o numero de descendentes dos descendentes dos pioneiros. Sera mais gente com motivo de visitar a cidade.
E a fonte desses visitantes hoje-em-dia ja eh o mundo inteiro, pois, sao diversas comunidades de virginopolitanos ausentes: nos Estados Unidos, Canada, Portugal, Franca, Australia e outros.
Muita gente gostaria de visitar a cidade mas perdeu o vinculo porque nao tem a informacao de sua propria genealogia e nao conhece os parentes que ainda vivem na cidade. Nao deixar morrer o vinculo eh a chave de transformar essa mina de ouro em mina de diamantes. Mas, o descaso com essas coisas so institui a pobreza endemica.
26 de janeiro às 13:47
12. ACRESCIMOS `A ARVORE GENEALOGICA.
vou escrever este texto, espero que nao se incompride muito, fazendo uma analise superficial de dados genealogicos que venho encontrando e certas consequencias deles sobre a familia dos bisavos: Joao Rodrigues Coelho e Dindinha Olimpira Rosa Coelho do Amaral. Pretendo publica-lo na pagina da familia no Facebook. Porem, tera la suas utilidades para toda a Familia.
Quando a Ivania escreveu o livro: “Arvore Genealogica da Familia Coelho”, ela fez na realidade a genealogia plana da descendencia do casal: portugues, Alferes de Milicia, Jose Coelho de Magalhaes com a brasileira Eugenia Rodrigues Rocha. A Ivania recordou alguns poucos dados extras, como as informacoes das raizes das Familias Nunes Coelho e Pereira do Amaral. Nao sem razao porque a descendencia destas tres familias, em Virginopolis, quase que praticamente se tornaram a mesma e unica, tao imbrincadas elas estao. Da Familia “de Magalhaes Barbalho” ela tambem colheu um pequenino extrato radicular.
Bom, por razoes ja diversas vezes comentadas, a publicacao dela nao postou toda a descendencia daquele casal que havia nascido ate `a data da publicacao. Claro, as dificuldades eram insuperaveis. Temos, por exemplo, apenas um pequeno inicio da familia dos nossos tios: capitao Joao Coelho de Magalhaes e Bebiana Lourenca de Araujo. Boa parte da descendencia havia se mudado para Diamantina perdendo o contato com o restante do rebanho. As descricoes se concentram mesmo, em parte da descendencia dos tetravos: Jose Coelho da Rocha (ou de Magalhaes) e Luiza Maria do Espirito Santo.
Por mais que a gente esforce, sempre fica algumas linhagens sem acompanhamento. Entre as dificuldades da epoca uma foi o casal de tios bisavos: Marcolina Honoria Coelho e Demetrio Coelho de Oliveira ter se mudado, indo tornar-se fundadores de Coroacy, e a atual descendencia deles ter perdido contato com a atual descendencia dos parentes proximos. Outra dificuldade eh o que se repete atualmente: pessoas prometem que irao mandar os dados e nunca os mandam. No caso da Ivania, como estava com o livro no prelo, nao poderia ficar aguardando por tempo indeterminado.
Eu acabei sendo fisgado pelo interesse em decifrar os meandros genealogicos da familia. O meu interesse nao eh apenas didatico mas tambem de acionar o sinal de alerta `as geracoes atuais e vindoras para as consequencias de nao se conhecer as implicacoes que podem acontecer em relacao aos casamentos de aparentados muito proximos. Ta bom, todo mundo vai dizer: “Mas, isso, todo mundo sabe!”
Certo! Porem ha aquele ditado que diz: “Parente eh quem esta perto da gente.” Isso pode funcionar do ponto de vista afetivo e nao do genetico. E o que me importa aqui eh o genetico acima do afetivo, porque eh o pratico. O dito, acima mencionado, leva em conta algo, de certa forma, tambem pratico. Se a gente conhece as pessoas e possui afinidades com elas, mesmo que nao seja a ligacao parental, a gente eh levado a sentir mais confortavel com essas pessoas que com outras que estao longe. Dai nos sentirmos “mais parentes” daqueles que conhecemos do que daqueles que nao conhecemos.
Contudo, a impressao eh muitas vezes enganosa. Algumas vezes a gente se sentiria desconfortavel em se casar com uma pessoa que conhecemos, por causa do parentesco proximo, mas estas reservas desaparecem quando se trata de pessoas com as quais nao conviviamos, porem, sao igualmente parentes, mesmo que com o desconhecimento de causa. E ai eh onde mora o perigo.
Bom, o fato eh este. Com o livro da Ivania nos podemos ter alguma ideia do quao consanguineo se deram os casamentos dentro da descendencia do Jose Coelho e Eugenia Rodrigues. Claro que nem tudo esta la mas a ideia principal sim.
Outro fator eh que o livro foi publicado em 1979, ou seja, esta completando 35 anos. Neste intervalo, a minha geracao, que era solteira `a epoca, agora esta assistindo ao nascimento dos netos. Com o detalhe de a familia ter crescido bastante, embora nao no ritmo super acelerado do passado, e se espalhado pelo mundo todo. Mas concentrando-se, em parte, em algumas cidades que tambem cresceram ao longo deste tempo, como: Governador Valadares, Ipatinga, Belo Horizonte, Brasilia, Framingham e permanecendo numerosa em Guanhaes, Virginopolis e adjacencias.
O alerta aqui nao vem no sentido de assustar ninguem. Tem a finalidade apenas de deixar as pessoas informadas para que possam estar previnidas para as possibilidades. Nos queremos o bem da nossa descendencia, mas eh preciso ficar mais alertas para os fatos.
Nao posso falar como se fosse um geneticista porque nao sou. Nem mesmo como medico humano, porque sou veterinario. Mas existem certas coisas que nem precisa ter estudado para se ter nocao delas. Os fazendeiros na familia, aqueles que nao lustraram bancos universitarios em particular, se forem questionados em relacao a suas preferencias de criar gado, provavelmente, dirao: “Eu prefiro o “girolanda”, porque me da menos trabalho.”
O particular na expressao “girolanda”, deveria representar apenas o cruzamento entre o gado de origem holandesa e o da raca gir, que tem origem indiana. Mas virou um sinonimo para toda mistura de racas com o gado holandes. O sentido eh este, o gado cruzado rende mais por ser mais resistente `as condicoes climaticas e ser mais saudavel. Para explicar isso, haveria que se entrar em detalhes medicos, que nao quero explorar aqui neste texto.
Quando a gente vai escolher animais para reproduzirem em uma atividade comercial, nos escolhemos os que nos parecem mais bonitos. Bonitos ai no sentido nao apenas de aparencia fisica mas tambem em termos de producao, seja leiteira ou de carne, ou mista, de acordo com o nosso interesse. A mesticagem, automaticamente, nos da uma melhor produtividade dentro dos objetivos que almejamos.
O que precisamos saber eh isso: animais aparentados tem a probabilidade de terem gens parecidos, ou seja, se algum da familia tem um gen que o torna fragil em relacao a um tipo qualquer de doenca, ha a probabilidade de o parente dele tambem ter o mesmo gen. Se ha o cruzamento entre parentes, entao, a probabilidade daquele gen se manifestar eh maior, portanto, os filhos serao mais susceptiveis a doencas e poderao ser menos produtivos.
As pessoas sabem disso desde os tempos biblicos. Uma familia pode ser muito bonita em varios aspectos. Mas ninguem recomenda que irmaos se casem ou tenham filhos entre eles. Nao apenas por causa das proibicoes religiosas e questoes de etica. Estas surgiram depois que a pratica mostrou o erro. Antigamente os reis, como os faraos e depois as familias reais europeias, se casavam mais frequentemente com pessoas aparentadas. Pensava-se que isso fosse o melhor. Eles imaginavam ser superiores e que essa superioridade seria mantida.
Na pratica aconteceu o contrario. Muitas dinastias foram perdidas porque a descendencia de casamento de parente com parente em geracoes suscessivas ocasionou a degereracao genetica a tal ponto que os casais reais nao conseguiram produzir filhos viaveis para a vida. Bem temos os fatos historicos na Historia Portuguesa: o da Crise de 1363 a 1365 e o periodo de 1580 a 1640 que a Espanha se apossou da coroa luzitana, como exemplos. Mas isso ja eh Historia.
Ora, se os criadores de gado procuram ter o cuidado de nao deixar que a consanguinidade atrapalhe o seu negocio, visando um lucro futuro, nao seria inteligente de nos mesmos aplicarmos esse conhecimento em relacao `as nossas futuras geracoes? Pois bem, entao…
Outra dificuldade para as pessoas compreenderem melhor essa possibilidade de problema eh o nosso periodo curto de vida. Mesmo que vivamos 100 anos, o que normalmente acontece com a maioria, eh conhecermos os nossos avos, pais, filhos e netos. Ou seja, as pessoas pouco se preocupam com o que foi antes ou o que vira depois. Mas os meus estudos tem demonstrado que deveriamos levar essa questao mais a serio.
As genealogias de um modo geral nao tem este objetivo que estou dando a ela agora. A maioria das pessoas que desejaram recordar suas ligacoes familiares geralmente o fizeram sem pensar muito, mesmo porque, o conhecimento genetico eh uma ciencia muito recente e ainda nao foi usado com todo o seu potencial na especie humana.
Existe ai uma linha de etica que precisa ser aplicada, e que nao eh levada em conta quando tratamos de outros animais. Porem, nao vejo nenhuma barreira quando o que queremos eh a melhora da condicao de saude de nossa descendencia. Como bem diz o ditado: “Eh melhor previnir do que remediar!”
Com o intuito de melhor compreender como a familia se formou, resolvi anexar `a nossa Arvore Genealogica os familiares de nossos familiares que, teoricamente, nao sao nossos parentes. E tambem venho tentando preencher aquelas lacunas que faltaram `a publicacao do livro. Por exemplo, na pagina 147 estao a tia Emygdia e seo Amaro, com apenas um dos filhos, o seo Joao de Souza Coelho e familia. Nesta e na pagina seguinte temos outras 3 irmas de nossos bisavos: Maria, Marcolina e Virginia, apenas com os maridos e filhos. Nao temos os destinos que tomaram.
Em relacao `a descendencia dos tios Emygdia e Amaro, pelo menos, ja consegui identificar algo mais. O que facilitou foi a minha convivencia com parte da descendencia. Mas ainda falta muita coisa. Uma das filhas, Luiza de Souza Coelho, ja aparece na pagina 155, pois, foi a esposa do seo Fernando (Fernando Coelho de Oliveira).
Mas alguma descendencia deles que voltou e se casou dentro da familia, embora constando no livro, nao foi identificada como tal. Exemplos foram a dona Chiquinha, segunda esposa do seo Eliphas do tio Daniel, pagina 109; tio Miguel, que se casou com tia Lia, pagina 56; e seo Gabriel, que se casou com a Ina, filha do Bernardino (Dino) e Carmelita (Sianita), pagina 156 e 159. Mas, por enquanto, nao me recordo que as descendencias destes tenham se encontrado com a descendencia do Joao Rodrigues.
No campo dos familiares extrafamilia tenho decifrado detalhes super importantes para a nossa genealogia como um todo. E algo reflete na Toca do Joao Rodrigues. Um dos primeiros ramos que alguem me ofereceu informacao foi do casal: Joao Lucio de Oliveira e dona Graciana. Vou abreviar aqui os detalhes desta familia:
Joao Lucio de Oliveira – Graciana, foram pais de:
1. Jose Lucio de Oliveira – Rita (Sa Ritinha) Queiroz
2. Antonio Lucio de Oliveira – Cira e Diva Coelho (126 – 129)
3. Enoi Maria de Oliveira – Euler de Magalhaes Barbalho (185)
4. Maria Angelina de Oliveira – Sylvio Rodrigues Coelho (119)
5. Maria das Dores de Oliveira – Jose Arsenio Passos
Por enquanto, penso que nao houveram casamentos de descendentes da dona Das Dores e Antonio Lucio com descendentes do Joao Rodrigues. Mas das dos outros, existe toda a certeza. Dona Maria Angelina foi a mae da tia Iva, que se casou com o tio Sinho (Otto de Magalhaes Barbalho – 71). Zeze Lucio e Sa Ritinha foram os sogros do tio Oldack – 72 . Dona Enoi foi a mae da Socorro, que foi a mae dos filhos do Justino do tio Anisio – 99.
O interessante agora eh verificarmos que completando a Arvore com a Familia Lucio de Oliveira a Arvore Genealogica deixa de ser plana. E nos precisamos observar como isso reflete em termos parentais. Reparem que do ponto de vista da Familia Coelho ja existe o parentesco, que se multiplica em razao do angulo Lucio de Oliveira de ver. Se fosse feita uma Arvore Genealogica de descendencia dos senhores Joao Lucio e Graciana, nao levando em conta o parentesco dos Coelho que entraram na familia, esta Arvore tambem ficaria plana. Ao combinarmos as duas a coisa comeca a enovelar-se.
Nos dias mais recentes ocorreu-me outra descoberta genealogica. Trata-se do casal Sebastiao Ferreira Rabello de Magalhaes e Antonia Nunes Coelho (Sia Antoninha). O lado ofuscante ai no casal eh que o Ferreira Rabello da familia vem do Serro. Dito eh que trata-se de parentes proximos do Barao do Serro que tambem assinava Ferreira Rabello. Vou colocar somente parte da genealogia com implicacoes na Familia Coelho:
Sebastiao Ferreira Rabello de Magalhaes – Antonia Nunes Coelho
1. Blandina Nunes Rabello – Gabriel Nunes Coelho 174
2. Maria Clara Nunes Rabello – Francisco Dias de Andrade Junior
3. Marietta Nunes Rabello – Onesimo de Magalhaes Barbalho 184
So aparentemente dona Maria Clara e Francisco nao estao no livro. Eles foram os pais do Geraldo (Lalado) Dias de Andrade, segundo marido da dona Heloisa (189), filha dos tios Marcial e Cecy. Mas o envolvimento parental que identifiquei imediatamente com a familia do Joao Rodrigues foi o caso da tia Marietta. Ela foi a mae do Euler, ja mencionado, e do dr. Helio de Magalhaes Barbalho (paginas 128 e 184).
Neste caso, a consequencia foi o casamento da Eliane com o Helio Anisio. Outra eh o casamento da Socorro (Euler/Enoi) com o Justino, tambem do tio Anisio. Nos dados do livro, a consanguinidade que aparecia entre o Justino (99) e a Socorro (184), era minimo. Agora devemos subir um pouco o nivel ja que aparece a dona Antonia Nunes Coelho como bisavo dela. Ainda nao consegui dados anteriores a essa Sa Antoninha. Mas a tia Adalgisa era filha da tia Vitalina Nunes Coelho, esposa do tio Altivo Rodrigues Coelho (36). Isso da outra volta no novelo.
A descendencia do Justino e Maria do Socorro esta posta fora de ordem no livro da Ivania. Eles se encontram na pagina 87, onde tambem esta a descendencia do Guido e Das Dores. O Lecinho nao era ainda casado. Ele se casou com a Adriana de Souza Figueiredo Coelho. Ja sei que o Souza dela foi um engano do escrivao e que deveria ter o sobrenome Soares, da dona Jessilia, a esposa do Jose Pedro Figueiredo.
Neste ponto ha uma incognita. O mais provavel eh que a maior parte da descendencia do Joao Rodrigues nao conheca os pais da Adriana e nem a familia. Eu porem conheco e tenho a intimidade de primo. O que nos falta responder eh se se trata de primo apenas por afinidade ou de fato. Gostaria que a Adriana nos ajudasse na solucao desta pergunta ainda sem resposta.
O fato eh este. A pagina 201 do livro da Ivania registra a familia dos tios Quiteria de Magalhaes Barbalho e Joaquim Pacheco Moreira. Entre os filhos esta a Carlota de Magalhaes Pacheco, esposa do Jeronymo Jose de Figueiredo que se casaram e foram residir para os lados de Divinolandia de Minas. Bom, sao diversos membros da Familia Figueiredo que ocupam o territorio limitrofe entre Virginopolis e aquela cidade. Como ainda nao consegui nada concreto em relacao `a descendencia da Carlota e do Jeronymo, posso supor que ha alguns Figueiredo descendentes deles. Quais sao? Eis a questao!…
Se a Adriana puder ajudar-me, poderia procurar com os pais dela os nomes dos pais e avos, ou seja, avos e bisavos da Adriana. Se possivel, acompanhado de irmaos e conjuges para sabermos o quanto de uniao ja existe entre as familias. Sao muitos outros Figueiredo que sao ou foram casados com os Coelho. Mas eu nao tenho ideia de como associa-los num tronco Figueiredo comum a todos.
Seria bom decifrarmos nao apenas o lado Figueiredo porque muitas das familias em Divinolandia tem homonimas vinculadas a Virginopolis. E na maioria dos casos nao sao apenas homonimas e sim partes do mesmo ramo familiar. Nao apenas em Divinolandia como em todas as outras cidades. E em seguida precisamos saber o que andara acontecendo em relacao aos casamentos da juventude de hoje. Eh possivel que estejam havendo casamentos de familiares consanguineos de uma cidade com familiares consaguineos de outra e nas cidades maiores como Governador Valadares estar havendo o enlace dessas familias, sem que se saiba que os ancestrais um pouco mais antigos sao os mesmos.
Outras tres irmas da Adriana sao ou foram casadas na Familia Coelho. A Cleidiana foi casada com o Andre, filho do Cilico dos tios Marcial e Cecy; a Ana eh casada com o Mauricio Coelho Lacerda, nosso parente pelo lado Coelho Barbalho; e a Mirian com o Newton Jose Coelho, bisneto dos tios Emygdia e Amaro. Embora, estas tres ultimas nao tenham vinculo com a descendencia do Joao Rodrigues. As filha do Lecinho, Laura e Livia, entram no time do tio Anisio.
Algo que penso ira nos ajudar em breve a compreender melhor a formacao familiar eh que estou podendo fazer os lacos matrimoniais das familias no sitio http://www.geneaminas.com.br. Antes, eu havia colocado la os dados do livro da Ivania, porem, tudo ficou mais ou menos como estava no livro.
No caso do livro, a Ivania deu preferencia por inscrever primeiro a descendencia Rodrigues Coelho. Assim, os Magalhaes Barbalho e Batista Coelho, os que tambem sao Rodrigues Coelho, entraram na descendencia do Antonio Rodrigues Coelho. Quando se passou para as outras duas descendencias, nao havia a necessidade de repetir-se, como nao foi feito.
Mas neste ponto tenho que fazer uma ligeira critica ao livro. Creio ter sido uma distracao, comum a outros autores que tenho observado. Para nos os mais velhos, que somos de geracoes mais antigas, nao era muito necessario indicar que o Trajano de Magalhaes Barbalho, casado com Zulmira Coelho de Magalhaes, pagina 65, era filho do tronco Barbalho e aparece na pagina 183. Isso porque tivemos a oportunidade de conhecer boa parte das pessoas tratadas no livro e ja tinhamos algumas informacoes incutidas em nos por esta razao.
Contudo, imaginem o trabalho que seria para as pessoas das geracoes posteriores `a nossa e para algum pesquisador qualquer! Assim, faltou colocar um sinal indicando isso. Por exemplo, na pagina 65 poder-se-ia ter colocado o numero 183 na frente do nome do avo Trajano. E na pagina 183, o numero seria o 65 em frente ao nome da Dindinha Zulmira. Assim, a ligacao seria imediata para qualquer um que precisasse conhecer os dados em um futuro proximo e que nos nao estivermos mais aqui.
Em minha postagem na internet, dei preferencia para as descendencias primeiro se alinharem sob a denominacao Batista Coelho. Isso mudou o centro. Embora, neste caso, a Dindinha Zulmira encaixou-se naturalmente na linhagem materna, ou seja, da Dindinha Olimpia, que era Batista Coelho. O que nao era possivel fazer era ligar o Joao Rodrigues, tanto `a ascendencia quanto `a descendencia, assim ele ficou sem os pais na propria casa. Na casa do pai dele, a Dindinha Olimpia ficou sem os pais, e os dois ficaram sem descendencia.
A boa noticia dagora eh que estou podendo fazer as ligacoes. As ligacoes ja foram confirmadas no sitio. Neste caso, apaguei o casal na casa do Antonio Rodrigues e Maria Marcolina, pais do Joao Rodrigues, e fiz a emenda dele com os pais. Agora poderemos navegar tanto no sentido ascendencia quanto descendencia, sem precisar ficar procurando. Neste ponto, a tecnologia virtual esta superando a tecnologia da celulose.
Quando tudo estiver pronto e efetivado, ai sim a coisa devera ficar bonita. Espero que sim e que agrade, principalmente com os acrescimos que venho fazendo. Por exemplo, ja inscrivi o sr. Antonio Moreira e dona Dinah como os pais da Railda, esposa do tio Ozanan. Ainda nao tenho os dados completos deles mas os nomes ja sao o suficiente. Assim ja foram efetivados, e ligados tambem `a Margarida, irma da Railda, e esposa do Lincoln Antonio Lucio. Assim tenho feito com todas as familias que nao entraram no livro.
Isso ira fazer da Arvore Genealogica da Familia Coelho um enovelado organizado. Quem quizer acompanhar somente a descendencia plana de um determinado ancestral, nao tera o menor problema em faze-lo. Mas quem desejar ver os relacionamentos com as outras familias tambem nao tera o menor problema em faze-lo.
Exceto se o sitio nao tiver velocidade suficiente para receber um numero maior de visitantes. Se todo mundo correr ao mesmo tempo para la, ja sei que ele nao tem capacidade de atender todo mundo, mas com o tempo ira melhorar.
O bom de tudo isso eh que as pessoas poderao se inscrever e fazer as atualizacoes das proprias familias, sem precisar passar dados para terceiros. Quem se inscreve e acrescenta dados pode ver as alteracoes que estao sendo sugeridas. Mas o navegante nao inscrito so podera ve-las apos efetivadas. Ai podera demorar uns bons dias.
So peco que atentem para um fato. Antes de incluirem alguem, se nao for nascimento rescente, busquem o nome na janela. Como tem muito dado atrasado, pode ser que uma pessoa esteja solteira na casa de seus pais e a esposa ou marido na casa dos proprios pais. Se alguem acrescentar o conjuge faltante, ao inves de primeiro fazer a ligacao, ira colocar nome repetido. E uma pessoa podera fazer o mesmo, so que na outra pagina, onde a cara-metade ja estava. Ai fica um casal postado duas vezes e pode ser que se coloque parte da descendencia de um lado e parte do outro. O melhor sera que todo mundo fique unido, nao eh mesmo!?
Ja deve ter mais de mes que escrevi essa parte e planejava detalhar mais a respeito de dados de outras familias que acrescentei, como as Furtado Leite, Cunha de Menezes, Campos etc. Mas vejo que nao havera necessidade aqui, pois, os dados ja foram atualizados no Geneaminas e em poucos dias deverao completar as ligacoes que faltam. Assim quem desejar navegar nao devera ter a menor dificuldade.
Quem o desejar podera fazer as atualizacoes que faltarem porque existem ramos da familia que nao tenho atualizacoes desde 1979. Mas nao se esquecam de enviar os dados tambem para a Ivania porque ela eh a principal guardia a nossa Arvore. Ou, pelo menos, se fizerem alguma atualizacao no geneaminas, mandem para ela um alo para que ela recolha os dados diretamente dele.
Outro detalhe. Quem quizer ir acrescentando dados de seus parentes e melhorando os que ja possuo o facam. Por exemplo, quando postei o sr. Antonio Moreira e dona Dinah, nao tinha outra fonte que nao a memoria para postar os nomes. Portanto, seria bom que a descendencia deles acrescentasse o que falta como, nome completo, datas e locais de nascimento e falecimento. E seria bom acrescentarem o restante da familia que desejarem. Eu acrescentei o nome do Mucio Moreira e postei a Baiana, pelo apelido mesmo, porque nao sei o nome dela. Podem acrescentar tudo porque cabe no sitio, sem interferir com miolo que eh a Familia Coelho.
Tambem, seria bom acrescentar ascendentes do sr. Antonio e dona Dina, caso alguem lhes conheca algum ancestral. Isso porque, talvez, poderemos encontrar ja algum ancestral comum. Um exemplo eh que nos os Coelho, por via dos Rodrigues Coelho, descendemos do sargento-mor: portugues, Domingos Barbosa Moreira. Pode ser que os Moreira sejam o mesmo. A probabilidade eh grande porque o Domingos chegou ao Brasil antes de 1738, instalou-se em Sao Goncalo do Rio das Pedras, distrito do Serro. Nos descendemos dele por via feminina, dai os sobrenomes dele terem se perdido com a nossa Historia passada.
Por outro lado eh bom que os membros da familia dos senhores Antonio e Dina sejam postados por uma razao simples. Mesmo que ainda nao sejam Coelho, nas geracoes que se seguem `as nossas a tendencia sera de que as descendencias se encontrem. Dai nao se perdera as raizes tanto Coelho quanto Moreira. As unioes poderao ser feitas e isso ficara para os futuros estudos e o conhecimento de toda a descendencia.
Usei os Moreira apenas como exemplo. O mesmo ja eh valido para todos, mesmo aqueles que nao postei dados, por nao conhece-los. Acrescentei dados dos Borges Perpetuo que tenho conhecimento. Assim ja deu para colocar a Pretinha, a Nana, a Ilca, o Wagner e o Valtinho, todos casados na Familia Coelho, emendados numa mesma raiz. Na medida do possivel, ja acrescentei os irmaos. Ou melhor, dei o pontape inicial e alguem me ajudou.
Alem disso acrescentei nomes ficticios para os pais do sr. Otavio “Cilino”. Isso porque nao sei seus nomes. Mas nao se preocupem. Quem souber podera corrigir, bastando que se inscreva, entre na Arvore e aperte a tecla “alterar dados”. Quando aparecer a ficha, basta preenche-la com as correcoes e enviar. Nos proximos dias que isso for feito os dados serao efetivados.
O motivo de eu ter feito este acrescimo foi o de associar o sr. Otavio ao sr. Abilio, por serem irmaos. O sr. Abilio foi o pai do Jose Maria Borges, que se casou com a “tia” Diva, filha do sr. Jose Martinho e dona Efigenia. Os dados da familia do sr. Abilio tambem estao incompletos. Mas se tornam imediatamente interessantes porque ele eh o pai, entre outros, da dona Iva, viuva do sr. Joao Lucio de Oliveira, irmao da Terezinha do tio Oldack.
Por ai se pode observar o enovelamento entre as familias. Quem for Lucio de Oliveira podera, caso o desejar, seguir apenas o ramo Lucio de Oliveira. Mas neste caso, os descendentes do sr. Joao Lucio terao o privilegio de tambem escolher navegar nos dados dos Borges Perpetuo. Com o detalhe, sera bom aprofundarmos tambem essa raiz pois, os Rodrigues Coelho tambem sao Borges, pois, descendemos dos Borges Monteiro que chegaram de Portugal na pessoa do quintavo Antonio Borges Monteiro, que tambem se instalou no Serro, mas mudou-se e ajudou a fundar o Arraial de Sao Sebastiao dos Correntes, atual Sabinopolis.
No caso do Wandinho da Rosany do Ozanan, posso acrescentar que ja tenho algo mais, que o livro da Ivania nao mostra. Angariei algumas informacoes com nossos primos, primos mais proximos dele, e somei tambem o que encontrei no livro “Historia de Virginopolis”, da dona Maria Filomena de Andrade (Dona Negra). Assim, temos a genealogia dele, pelo lado Nunes Coelho Leite, ate ao nivel de trisavos.
O que isso mostra eh que ele eh duplo Furtado Leite. Com chances de ter um Coelho a mais, ou seja, o do Jose Feliciano Pinto Coelho da Cunha, o Barao de Cocais. Pelo menos a tradicao da familia afirma que os Leite da area de Virginopolis descendem do barao. A familia realmente procede da Cidade de Barao de Cocais. Os trisavos deles estao na faixa de idade de poderem ser, como diz a tradicao, filhos extraconjugais do Jose Feliciano (claro, ou um ou outro). Falta-nos apenas comprovar ou negar a tradicao. Mas de antemao posso afirmar que ha grau de parentesco, pelo menos, com a mae do barao, que fazia parte da familia Furtado Leite.
Como o livro da Ivania nao acompanhou a heranca Furtado Leite e nem a Coelho completas, temos ai mais um caso de farofa com farinha. O livro mostra na pagina 13 que o filho numero 7 dos tios Sebastiana Honoria e Joaquim (Quinsoh), Eshter Honoria, casou-se com o sr. Octavio Nunes Leite. Como nao mostra, nao fica claro que eles foram os pais do sr. Sebastiao Nunes Leite, pai do Wandinho.
Na pagina 167 o livro mostra o casamento da dona Izaura com o sr. Waldemar Leite. Porem nao traz nem ascendencia dele nem a descendencia de ambos. Acontece que os srs. Waldemar e Octavio eram irmaos, filhos da Luiza Nunes Coelho e Luiz Furtado Leite. Luiza esta na pagina 12 do livro da Ivania. Era irma do Quinsoh, e filha dos tios Francisca Eufrasia de Assis e do ten. Joaquim Nunes Coelho, fundadores de Virginopolis.
A coisa continua a complicar-se sabendo-se que dona Isaura e seo Waldemar foram os pais da dona Neria Nunes Leite. Dona Neria casou-se com alguem, espero, fora da familia, que foi o sr. Antonio Pinto de Souza. Eles foram os pais de dona Maria do Socorro Pinto Leite, a mae do Wandinho.
Qual a implicancia isso tera para os filhos da Rosany e Wandinho nao se pode afirmar nada. Existe o risco de haver um grau de parentesco a mais, pois, todos nos que descendemos do Joao Batista Coelho e Maria Honoria Nunes Coelho ja temos a avo dela, Anna Pinto de Jesus, como ancestral que nos da pravavel parentesco no Pinto. Embora seja suavizado pelas geracoes passadas, porem, observem que se repete nas vezes que ambos descendem dos Nunes Coelho que, somadas, sao 6 vezes.
Isso porque o avo da dona Izaura, Jose Nunes Coelho, marido da tia Emigdia de Magalhaes Barbalho era irmao da Luiza e do Quinsoh. Alem disso, o Barbalho acaba sendo repetido do lado da Rosany e do Wandinho.
Torcamos para que o lados Pinto de Souza, Futado Leite, embora duplo, e o da Cunha Menezes do Wandinho somem variabilidade genetica com o Moreira da Rosany. Assim os filhos poderao estar protegidos dos males geneticos ocasionaveis pelos casamentos consanguineos. Mas eh bom que os pais acompanhem o desenvolvimento do caso do Paulinho Cesar Coelho Ferreira. (Que o Paulo Henrique, irmao do Paulinho, e a Lucia Olimpia dos tios Zeze e Otavio mantenham-se alertas).
Nao quero aqui assustar ninguem. Quero apenas chamar a atencao para duas coisas. A primeira eh que “Biologia nao eh matematica”, como repetia o professor Patarroyo la em Vicosa. O que eh uma esperanca de nao haver consequencias para os filhos. Mas outro bom aviso eh este: alguem disse que: “alem dos pediatras, os pais deveriam levar seus filhos aos geriatras, desde o nascimento.” Eh uma verdade que esta cada vez sendo mais possivel com os avancos da genetica.
Em primeiro lugar, os problemas de saude nos idosos comecam na infancia. Alguns cuidados geriatricos desde a infancia poderao refletir positivamente durante a terceira idade. Outro detalhe eh que muitas situacoes geneticas nao se manifestam, porque dependem de efeitos ambientais e de comportamento. Por exemplo, ja se verificou que pessoas portadoras de gens que poderiam conduzir a condicoes cardiacas sofrem do mal enquanto outras portadoras nao sofrem.
Foi observado tambem que as pessoas que vivem em ambientes de stress sao mais susceptiveis a desenvolver os problemas, ao contrario daquelas que vivem sua vidinha tranquila do campo, mesmo possuindo o mesmo conjunto de gens que afirmam terem as mesmas tendencias. Portanto, quanto mais cedo detectar-se a possibilidade e mais cedo tomar-se precaucoes, tenderemos a ter os melhores resultados.
`As voltas com minhas confabulacoes a respeito da Familia Furtado Leite, acabei recordando-me da existencia do sitio http://www.gencoelho.xpg.com.br/antonio_furtado_leite/pafg06.htm#8071. O gencoelho tem dados colhidos pelos nossos primos Joberto Rodrigues Miranda e Ricardo Rodrigues Coelho. O Joberto eh nosso aparentado pelas vias de casamento da irma dele, Maricelia, com o Ricardo. Os ancestrais deles, provenientes dos mais antigos nucleos de povoacoes mineiras, incluindo-se Leopoldina, Cipotanea e outros, indicam a possibilidade de encontros geneticos antigos. Porem nao chamando a atencao por enquanto.
O que eh importante a informar aqui eh que ha no gencoelho um bom acompanhamento de dados do lado Coelho Leite que nao possuimos. Assim como tambem parece nao ter havido o interesse do acompanhamento de dados no mesmo sentido que estou querendo desenvolver. Penso assim porque verifiquei que o sitio tem um bom acompanhamento das descendencias dos srs. Luiz e Francisco Furtado Leite, respectivos esposos da Luiza Nunes Coelho e da sobrinha dela, America (Sa America) Honoria Coelho, pagina 13 do livro da Ivania. Porem falta o acompanhamento de, pelo menos, de outro irmao na familia, o sr. Modesto Furtado Leite.
Apenas para ilustrar, o sr. Modesto casou-se com dona Valeriana Maria de Jesus e foram pais de: Maria, Juventina, Geni, Mozart, Waldomiro e Jose. Dos filhos, as pessoas da minha geracao em Virginopolis deverao bem se lembrar, pelo menos, das donas: Geni, Juventina e do Mozart. Dona Geni foi mae da dona Geralda, esposa do seo Rafael Coelho de Oliveira; do Angelo Figueiredo Leite, que foi o marido da Diana Maria Coelho, filha do seo Gil do ti Xico; e da dona Socorro, que de antemao sei ser a mae da Sonja Francisca Figueiredo Lacerda de Oliveira. Complicado?
Nem tanto. A Sonja foi a primeira esposa do Grijalvinha, cujas 5 filhas fazem parte do time da descendencia da Dindinha Zulmira. Infelizmente, faltou `a minha memoria o nome do pai da Sonja que encaixa-se no ramo Lacerda e que tambem tenho procurado decifrar. Falta-me, tambem, o devido acompanhamento do lado Figueiredo, que vem do sr. Tunico Figueiredo, que foi o marido da dona Geni. Sei que a irma da Sonja, a Sayonara, foi esposa do Robert, filho do sr. Cesar Rodrigues Coelho e dona Dalva (Vivica) do seo Waldemar e dona Isaura. Como sao diversos os membros da familia que nao tenho o acompanhamento de memoria, preciso da ajuda para fazer as devidas ligacoes. Compareca ai Sonja.
Agora que estou fazendo essa revisao aqui, recordei-me que o pai da Sonja eh o senhor Cesar Coelho de Lacerda. Infelizmente, faltou-me os vinculos que o ligam `a raiz da Familia Coelho de Lacerda que a dona Maria Filomena nos proporcionou. Julgo que ele seja neto de algum dos casais por ela mencionados. Mas nao posso afirmar nada por enquanto. No capitulo 07 desta postagem eu apresento outras informacoes. Entre elas a de que 2 outras irmas da Sonja sao casadas com nossos primos. Sao elas a Tina e a Dengo. Nao sei o destino dos outros irmaos.
A Tina chama-se Sara Regina e a Dengo Maricelia. Casaram-se na casa do senhor Nelson Rodrigues Nunes Coelho, filho do senhor Eliphaz e na da dona Ina, filha do senhor Gabriel Coelho de Oliveira, respectivamente. Ha aqui que salientar-se que descendem elas do senhor Tunico Figueiredo, e a dona Ina foi a esposa do Zeze Figueiredo. Ou seja, o Figueiredo se repete nos filhos da Dengo. Por isso ser util para eles entendermos como se da esse parentesco tambem por este lado.
Dona Juventina foi a esposa do sr. Jose Randolfo e moraram bem na praca central de Virginopolis. Ja sei que o filho deles, Jose “Folhao” foi o marido da professora, D. Durica, filha dos srs. Minervino e Zinah. D. Durica e Ze Folhao repetiram o Furtado Leite na descendencia. Sao os avos do jogador profissional de futebol, Leandro Almeida, jogando atualmente no Coritiba.
O gencoelho nao mostra isso porque tem o acompanhamento apenas da filha Arlete. Mas o Leandro eh filho do recem-falecido Teo. Ja os tenho catalogados e ligados, gracas `as informacoes cedidas pela propria Arlete. Quanto ao Mozart, foi o pai da Madalena, que se casou com o Jose Geraldo (Joao) filho dos tios dos da casa de meus pais: Adir Martinho e Murillo Coelho.
Caso o Joberto e o Ricardo desejarem, tanto poderao completar os dados do gencoelho com o que venho encontrando quanto anexarem os deles ao que esta no geneaminas. Isso facilitaria muito futuras pesquisas. De qualquer forma, vou despreocupar-me um pouco com o ramo Leite da Familia, na parte que toca a dados ja catalogados por eles, para dedicar-me mais aos dados que nos faltam em conjunto.
Para dar outra demonstracao da importancia de buscarmos os dados dos familiares de nossos familiares, citarei o exemplo do dr. Francisco Antonio Lins Leal, marido da tia Otacilia de Magalhaes Barbalho. Nao tenho nada de concreto mas ha que se levantar as antenas. O que tenho dele ate ao momento eh somente que nasceu em Teofilo Otoni. Muito pouco se nao associarmos que a cidade, antiga Filadelfia, foi fundada por Teofilo Otoni e seus contemporaneos do Serro.
Nem isso eh importante. Mas associe-se que o Lemz entrou no Brasil por uma porta unica. Vem dos Paises Baixos e foi introduzido na epoca dos “holandeses” no Nordeste. Pouco tempo depois dos Barbalho e diversas outras familias associadas terem colonizado Pernambuco. E as familias que renderam os Barbalho e os Lins foram as mesmas. Mas isso tambem nao vem muito ao caso porque o nosso ramo Barbalho separou-se de onde andavam os Lins ha um bom par de seculos antes do casamento dos tios Otacilia e Francisco.
Mas somente ha 4 anos atras tive uma entrevista com dona Violeta Amaral Figueiredo. Ela foi a esposa do Otavio Batista Coelho, filho dos tios Jose (Juca) Coelho Sobrinho e Maria Marcolina (Culina) Pereira do Amaral. O seo Juca esta na pagina 138 e era irmao da Dindinha Olimpia. A tia Culina aparece na pagina 226, por ser filha do tio Ernesto. Ou seja, tios Juca e Culina eram primos em primeiro grau, pelo lado Pereira do Amaral. Dona Violeta era prima deles, pois, era filha de dona Marietta Pereira do Amaral, porem, nao revelou os nomes dos avos maternos. Nao sei como ela se encaixa no lado Pereira do Amaral.
A coisa comeca a complicar porque dona Violeta era neta paterna de: Antonio Pereira Figueiredo, que era portugues, e de Maria Augusta Lins. A familia da dona Violeta e seo Otavio Batista Coelho esta bem espalhada pelo mundo. Mas como foram 15 filhos nascidos em Gonzaga, imagino que exista alguma descendencia em Governador Valadares, Belo Horizonte e outras.
Agora, juntando os fios `a meada! Se hoje algum dos netos dos tios Otacilia e Francisco e dona Violeta e seo Otavio se encontrarem e comecarem a namorar, irao procurar pelas informacoes genealogicas? Acredito que nao, principalmente se a Arvore Genealogica nao estiver disponivel. Nao que eu perceba algum perigo iminente numa possibilidade dessas. Mas sera um tanto dificil os Lins do Serro nao terem vinculos com os de Teofilo Otoni e nao haver outros vinculos com os Coelho e/ou os Pereira do Amaral. Seria bom que isso fosse conhecido, nao para impedir um suposto casamento ja que nao ha lei que o proibisse, mas para atuar-se na parte preventiva em favor das futuras geracoes.
Este seria um bom conselho, embora a conclusao do caso aqui apresentado seja totalmente hipotetico.
Nem sera preciso salientar que gostaria de ter o acompanhamento de todos os casados na familia. Ja encontrei raizes da familia da tia Lourdes Campos. Faltam da tia Lourdes Rocha. Como esta nasceu em Sao Joao Evangelista, sera muito pouco provavel nao encontrarmos vinculos parentais entre ela e o tio Murillo Barbalho.
Estou, entao, aguardando que todos cooperem e ajudem nestas investigacoes. Isso podera ajudar os genealogistas a determinarem se a questao que esta em discussao com o Paulinho Cesar Coelho Ferreira deve-se a um ou outro gen. E pode ajudar nao apenas na presente questao levantada. Podera ajudar em muitas outras que surgirem.
Eu comecei a escrever este texto dias antes de saber o que estava acontecendo com o Paulinho. Suspendi a conclusao porque estava envolvido em fazer as ligacoes no geneaminas e com outras questoes, como a ajudar a encontrar os possiveis ancestrais que foram acometidos pelo mesmo problema e tambem com a questao da “Toca do Joao Rodrigues” que esta ruindo em Virginopolis. Mas penso que agora posso fechar este comunicado na certeza de que estava correta a minha iniciativa de revisar nossa Arvore Genealogica e somar dados dos parentes de nossos parentes.
Aproveitem o maximo e ajudem a mante-la. Obrigado e grande abraco.
Valquirio.
13. PRECONCEITO E ORGULHO
Resolvi explorar um pouco este tema porque a lembranca que o senhor Gilberto Coelho da Silva tinha origem racial africana fez-me retornar a velhos raciocinios, coisas que intrigam meu espirito desde a juventude. Entre elas, a questao do preconceito que existia, que disfarca e muda de cara mas nao vai-se embora. E tambem a questao em relacao aos anos 1960 no Brasil em comparacao com o que estava ocorrendo aqui nos Estados Unidos.
Aqui, o movimento pelos direitos de equiparacao social chegou ao apice, com o reverendo Martim Luther King encabecando manifestacoes de Norte a Sul do pais. Acabou sendo assassinado por causa de sua ousadia, porem, logo em seguida o presidente Lindon B. Johnson se viu obrigado a assinar a Lei dos Direitos Civis, onde tornava extintas toda a parafernalia legal que dava direito desigual `as pessoas de origem europeia. O reverendo tornou-se dia nacional nos Estados Unidos com um feriado dedicado ao nome dele. Enquanto aqui o assunto incendiava ruas e ceifava vidas, no Brasil a indiferenca a isso foi praticamente uma regra. Por que?
Nao tenho como dar uma resposta exata. Posso apenas passar uma impressao minha. Contudo, aqui o movimento segregacionista estava intimamente ligado `a propria Historia. A populacao nao europeia era considerada inferior. Nao envolvia unicamente os africanos mas indigenas e asiaticos como chineses e japoneses tambem. E isso estava ligado a uma crenca muito forte no pais que afirmava que Deus havia criado as diferencas e que fora por vontade de Deus que os brancos dominassem. Eh a crendice na supremacia branca, que tambem deu origem ao nazismo.
O pensamento no Brasil era semelhante. Contudo, com uma forca bem menor. Por que?
Creio que posso comecar minhas impressoes do inicio. Primeiro, criancas nascem sem ter orgulho nem preconceito. Se uma crianca sueca for adotada por um casal africano ao nascer e for levada para algum local na Africa onde existam apenas africanos e ali crescendo sem ser lembrada de sua origem biologica, essa crianca sera psicologica e culturalmente africana, apesar da coloracao diferente. Claro, essa pessoa podera passar por muitos percalcos na vida, ate descobrir porque eh diferente dos outros `a sua volta, e podera sofrer muito ou nao, dependendo do como a sociedade trata-la.
O mesmo se daria se fosse o oposto, ou seja, uma crianca africana adotada na Africa e criada num ambiente totalmente diferente de sua origem biologica, podendo ser na China, Japao, India, Estados Unidos etc. Desde que o local do crescimento nao tenha outros imigrantes africanos que possam entrar em contato com ela e ja desde cedo servir como fonte de informacoes.
Em ambos os casos, se o adulto retornar ao seu ambiente de origem biologico tera maior ou menor dificuldade de adaptacao, dependendo do que a cultura que o criou lhe tenha incutido a pensar de si mesmo. Se ele foi incutido a acreditar que eh superior ou inferior, sentira preconceitos dos outros ou de si mesmo. Ou seja, nao se saberia dizer se o orgulho eh resultado do preconceito ou o preconceito eh resultado do orgulho.
O preconceito e o orgulho sao mais salientados em sociedades onde se cultivam o individualismo e a competicao. Quando os mentores das criancas, sejam eles pais, lideres politicos, religiosos ou educadores de um modo geral instigam a competitividade e o individualismo, ou seja, quando fazem a crianca crer que eh melhor aquele que vence tal tipo de competicao, e que o vencedor merece algo mais que os outros, frequentemente, os dois defeitos afloram, se o pupilo nao tiver uma consciencia critica da vida e for seguidor cego de seus instrutores.
Bom, um certo nivel de competicao sempre foi bom dentro de uma sociedade. Um pouco de individualismo tambem pode acarretar resultados positivos. Foi com isso que a variedade humana conseguiu dominar um mundo. Claro, com grande ajuda da mae natureza que nos privilegiou com caracteristicas que os outros animais nao tem.
Nos desenvolvemos a fala, a capacidade de raciocinios complexos e, gracas `a formacao de nossas maos com o dedo polegar em oposicao aos outros, nos foi permitido criar instrumentos que nos deu vantagens, como armamentos, meios de transporte etc que favoreceram desproporcionalmente a nossa vantagem em relacao aos outros competidores. Mas isso nao dependeu de a gente querer ou nao. A natureza nos deu de graca. E isso eh igual para todo ser humano.
Ora, se a nossa evolucao foi coletiva, ou seja, todos tivemos um mesmo principio, nao deveriamos nos julgar superiores a ninguem. O que provoca isso eh o individualismo e o espirito exacerbado de competicao. Embora, o preconceito seja o resultado de um certo complexo de inferioridade. Os ancestrais que dominaram o mundo ao nosso redor sao os mesmos para toda a populacao atual da Terra.
O que quero afirmar aqui eh que: se realmente fossemos superiores a alguem outro, entao, nao sentiriamos preconceito algum em relacao a esta pessoa. Um exemplo para que entendam. Imagine que Leonardo da Vinci fosse muito orgulhoso. E apos toda aquela obra maravilhosa de criacao dele, ele se encontrasse com Deus. Distraido pelo proprio orgulho, entao, perguntasse a Deus: Senhor, sois Vos capaz de fazer algo melhor do que fiz? Claro, Deus absolutamente Ciente da pequenez do homem logo responderia: Filho, voce nada criou, apenas copiou de Mim! O que eu fiz eh o original. Sua obra por mais perfeita que fosse nao tem a vida que dei `a minha Creacao.
Penso que competir eh bom. Quando vemos alguem fazendo algo e isso nos induz a tentar fazer melhor, isso eh bom. Quando o conseguimos eh melhor ainda. Porem, julgarmo-nos ser melhores em funcao disso, eh grande fraqueza. O complexo de inferioridade se manifesta exatamente quando temos essa fraqueza, pois, podemos ser levados a pensar que se uma terceira pessoa tentar, conseguira fazer melhor que nos.
Assim, diante dessa possibilidade, o complexo de inferioridade o induz a pensar: se outro fizer melhor que eu, entao, vou garantir-me me colocando acima desse que venci. Mas antes mesmo de colocar-se acima do outro, em imaginacao, o proprio se coloca abaixo do terceiro. Isso eh preconceito. Pois, o fato de saber-se fazer algo melhor que alguem, nao te faz em nenhum momento melhor que ele.
Todos os recordes sao batidos, nao porque quem esta agora na melhor posicao eh melhor que os anteriores e sim porque, observando-se o que os primeiros fizeram, aprende-se o que fazer para supera-los. Eh como subir escada fazendo degrau dos ombros dos outros.
Mas o que me faz repensar essas coisas foi o meu modo de entender a Historia do preconceito. Povos europeus surgiram mais em funcao de condicoes climaticas, pois, ha 75.000 anos atras o planeta entrou numa fase de Era Glacial. Com o frio, uma populacao surgida no Caucaso foi tangida para a Peninsula Iberica e Norte da Africa. De um lado do Gibraltar formou-se um grupo que se chamou europeu e do outro a populacao berbere. Geneticamente era a mesma.
Com o fim da Era Glacial entre 13.000 e 10.000 anos atras, e o derretimento das geleiras que haviam tomado conta de todo o continente, essa populacao foi expandindo e migrando cada vez mais para o Norte. Com o passar dos milenios, formaram-se varios grupos com algumas diferenciacoes na aparencia. Isso eh o que constituiam os povos europeus como: gauleses, godos, francos, vandalos, saxoes, anglos, vikings, suevos, bretoes, hispanicos, lusitanos e outros. Na verdade, pouca diferenca genetica existe entre eles, porem, eles se viam pelo pouco de diferenca que existia na aparencia e nao pelo conteudo semelhante.
Os grandes imperios dos Gregos e Romanos passaram por uma fase historica em que foram a supremacia. Enquanto se sentiam os donos do mundo, olhavam para aquilo que nao fosse o proprio umbigo e o chamavam de barbaro, ou seja, inculto e sem educacao. Educacao aqui no sentido de bons modos. Tudo o que estava fora do imperio deles era considerado barbaro. Inclusive os povos europeus do norte, particularmente, os germanicos. Tambem os chineses e outras culturas muito mais antigas que eles.
O Imperio Romano se expandiu a troco de uma violencia “barbarica”. Transformou o Mar Mediterraneo num lago em seus dominios. Todas as terras ao redor foram anexadas. A diversao dos romanos era escravizar os outros povos e crucificar os revoltosos. Alem de o passatempo predileto ser os jogos de guerra nos estadios, onde pessoas humanas eram obrigadas a lutar ate `a morte. Roma cometia abusos tais quais aqueles perpetrados pelos nazistas durante o seculo XX. Perseguiram tanto um povo denominado Vandalo que ele, quando resolveu reagir, saiu causando tamanha destruicao no Imperio que criou-se o termo: vandalismo.
Na realidade, ja era o que os romanos praticavam contra os barbaros de um modo geral. Tanto que eles se cansaram de tanto apanhar e resolveram dar o troco. O preconceito romano de que os povos germanicos eram inferiores e que nao serviam para outra coisa senao para serem feitos de escravos e, quando muito, serem usados como ponta-de-lanca em suas campanhas militares acabou dando efeito contrario, pois, eles usaram os conhecimentos adquiridos como mercenarios no exercio romano e conquistaram o Imperio.
Os godos tomaram conta de quase tudo na Europa. Para os Suevos coube uma porcao que corresponde `a Galicia e Portugal, do Tejo para o Norte. Este povo criou o Reino da Galecia que durou de 409 a 585. Nesta data o territorio foi conquistado pelos Visigodos. Uma divisao goda tambem germanica. Essa populacao explica bem a porcao loira de olhos azuis da populacao portuguesa, em contraste com a lusitana original que era branca de pele mas com cabelos pretos e olhos castanhos.
Informacoes a respeito dos Suevos podem ser encontradas no endereco: http://freamundense.blogspot.com/2007/09/os-suevos.html. Ai se observa que foram povos originalmente das margens dos rios Elba e Oder. Observem que ambos estao no Norte da Alemanha e o Oder desagua no Mar Baltico. Nas proximidades estao as fronteiras com Dinamarca, Polonia e, do outro lado do Baltico, a Suecia. Possivelmente, a genetica dos Suevos estara fortemente presente nestes 4 paises.
Durante a Idade Media as pestes e as intemperies levaram a Europa ao retrocesso cultural. Muito se perdeu do periodo classico greco-romano. O continente viveu uma fase de guerras constantes. E em 711 sofreu a invasao muculmana. Expulsos da Franca, os mouros se estabeleceram apenas na Peninsula Iberica. Alias, para ilustrar-se bem o que eh o preconceito, a Peninsula Iberica tornou-se a area mais civilizada do continente. Desenvolveu a cultura de tal forma que ajudou a conservar os classicos da literatura grega e romana, pois, copiou e traduziu-os. E, para abusar, os outros europeus brincam dizendo que: “Portugal e Espanha sao os unicos paises da Africa que se localizam na Europa”.
Mas os cristaos europeus, entao o atraso do mundo, decidiram expulsar os muculmanos dos lugares conquistados, inclusive da Terra Santa. Assim criaram as Cruzadas. Claro, nao era facil recrutar gente com vontade de ir guerrear em lugares tao distantes. Entao criou-se a propaganda de guerra, onde os muculmanos eram retratados como barbaricos e coisas mais. Na verdade, por tras das tentativas de instigar o povo estavam os interesses economicos de dominar o riquissimo comercio que existia entre o Oriente e o Ocidente.
Na Peninsula Iberica a propaganda nao funcionou tao bem, pois, cristaos, judeus e muculmanos viviam ate que relativamente bem em sintonia. As ambicoes, porem, superavam a razao. Dai criou-se tanta propaganda contraria que fez a populacao comum acreditar que havia razao seria para a Santa Inquisicao, primeiro instituida contra os muculmanos e depois dirigida contra os judeus. Assim, o tempo ia passando e os preconceitos so acumulando.
Quando Portugal comecou a colonizar o Brasil, o preconceito era dirigido contra os judeus, pois, quase ja nao existiam muculmanos na populacao. Estes haviam sido expulsos e voltado para o Norte da Africa. E os judeus ou se submetiam `a conversao forcada ou fugiam para o Norte, mais precisamente para a area onde futuramente se tornariam os Paises Baixos, onde a diversidade religiosa era tolerada. Muita gente que nao era foi acusada de judaismo e outros considerados pecados. O objetivo era o de confiscar suas riquezas, pois, o governo precisava de dinheiro para investir nas Grandes Descobertas.
Ao encontrarem os indigenas, os portugueses os consideravam nobres da terra. E como resistiam `a escravidao, precisou-se criar um subterfugio para transportar escravos africanos para fazer o trabalho que a maioria dos europeus nao suportava. Entao criou-se nova propaganda, afirmando que os africanos nao eram totalmente humanos. Claro, mesmo que a populacao de um modo geral nao tivesse comprado a lorota, aceitou a desculpa porque isso a isentava do trabalho excessivamente pesado, ao mesmo tempo que lhe oferecia uma oportunidade de explorar o semelhante.
Muita gente entrou nessa como inocente. Mas eh assim mesmo que os grandes golpes funcionam. As pessoas individualistas concentram-se tanto na expectativa de obterem lucros rapidos que nao analisam o que estara em torno. As piramides por exemplo dao lucro a uns poucos. Mas os que levam o prejuizo entram enxergando apenas os lucros e deixando a guarda baixar quanto aos riscos. Hoje-em-dia o Brasil inteiro sofre as consequencias da escravidao, embora, quase ninguem perceba isso!
Os portugueses que aportavam no Brasil nao desejavam sair do litoral durante os dois primeiros seculos de colonizacao. Constituiam a populacao carangueja, ou seja, so vivia na beira da praia. Para eles, o que se conseguia no litoral ja era o suficiente e haviam terras de sobra para trabalharem. Com a vantagem de nao terem que enfrentar o perigo do desconhecido no interior e nao perderem o contato mais facil com a Europa que era feito apenas por via maritima.
Nessa situacao, os miscigenados passaram a ser os grandes parceiros deles. Boa parte dos bandeirantes eram pessoas ja brasileiras, oriundas da miscigenacao das racas. Alem disso, os que levavam as cargas eram os africanos e os indigenas. Claro, alguem pode dizer: porque eram escravos. Esse pensamento nao tem logica alguma, pois, se fossem escravos, em meio a aquele mundao de Deus em sua volta, sera que todos nao desertariam, deixando os chamados bandeirantes perdidos na noite? A resposta logica eh que ja eram parceiros de empreitada. Miscigenados sim, burros nao.
Durante todo o periodo colonial o preconceito existia e foi forte. Contudo esbarrava em uma situacao mais urgente para os colonizadores. Em sua maioria absoluta de homens, sem a menor vontade de dedicar-se ao celibato, o que sobrava para eles eram as indias e as escravas. E este quadro agravou-se com a descoberta do ouro em Minas Gerais.
Boa parte da populacao sueva e visigotica portuguesa se transferiu, aos borbotoes, para o estado, atacada pela febre do ouro. Diga-se de passagem, ja nao era mais a populacao sueva o visigotica. Era uma mistura loira chamada de galega. Isso por causa da lembranca de terem sido um dia parte da galecia e em portugues a palavra galego virou sinonimo de loiro, claro, branquelo.
Chegando ao Ciclo do Ouro, eh bom tomar emprestado as palavras de nosso primo Felix Tolentino. Ha um artigo dele neste endereco: http://issuu.com/tribucity/docs/tribuna_cidade_nova-edicao71, publicado na ultima pagina do jornal Tribuna Cidade Nova, edicao 71. Ali ele fala por alto como foi o processo de colonizacao da cidade do Serro. No subtitulo: “Ocupacao”, ele revela isso: “Alguns mineradores enriquecidos casaram-se com indias ou escravas, e resolveram se estabelecer de vez na regiao.”
Eu ja havia concluido isso. Primeiro usando o raciocinio e me perguntando: sera que as europeias tiveram a coragem de acompanhar os homens naquelas condicoes subumanas que existiram nas primeiras decadas do Ciclo do Ouro? Claro, entendi que nao. Depois vi evidencias em nossa propria genealogia onde nos anos posteriores aparecem a mencao a portugueses que chegaram e se casaram com fulanas, filhas de beltranos e ciclanas. Porem, as vezes que os pais sao mencionados, o muito que se revela eh que o pai tambem era portugues, mas nada se fala da mae. Evidencia de que eram indias ou escravas.
Pulando-se para um seculo depois, precisamente em 1817, encontra-se na pagina 31 do livro: “A MATA DO PECANHA, SUA HISTORIA E SUA GENTE” essa descricao: “Durante a sua viagem entre a Vila do Principe e Pecanha, observou um fato bastante curioso, o de haver encontrado nesse percurso, guardadas as proporcoes, muito maior quantidade de europeus do que ate entao vira na sua viagem pelo Brasil.” Essa observacao foi atribuida ao famoso pesquisador Saint-Hilaire, pelo professor Dermeval Jose Pimenta.
Estas informacoes indicam que a populacao fixada na regiao foi, no inicio, preferencialmente mestica. Com a chegada de levas e levas de homens europeus tornou-se, proporcionalmente, a mais europeia do pais. Naturalmente, anos depois deixou de ser a mais “galega” do pais em decorrencia das levas de migrantes europeus para a Regiao Sul. E creio que a atual populacao da regiao esta novamente retornando `a tonalidade morena da pele, pois, boa parte de sua populacao branca ou se tem miscigenado com a populacao de origem mestica ou evadido para cidades maiores e outros paises, inclusive para o proprio Portugal.
Dando outro salto no tempo, chegamos aos anos de 1960, onde a questao racial pegou fogo aqui nos Estados Unidos. Porem ela passou despercebida no Brasil. Claro, existia uma condicao cultural que tolhia a manifestacao no Brasil. Eh que aquela mentira de que o africano nao fosse totalmente humano e que era inferior, continuava recebendo uma dose de credito pela maioria das pessoas. Inclusive das proprias pessoas que tinham origem claramente africana por causa da cor negra da pele. A questao do preconceito era disfarcada pelo criterio hierarquico fortemente instituido ao longo das geracoes atraves do sistema de senhorio e vassalagem.
Em palavras miudas, na pratica se dizia que cada um tinha que saber o seu lugar. Por tras disso havia aquela imposicao, que muito se repetiu ate nas telenovelas recentes onde, “lugar de preto eh na cozinha”. Ou seja, as pessoas das elites achavam o maximo ter bom relacionamento com todos, inclusive com as pobres “maes pretas”, desde que elas permanecessem em suas cozinhas. Alias, que quitutes maravilhosos a “tia” Benta preparava!
A questao da vassalagem no Brasil eh historica! Naturalmente, desde que os primeiros portugueses aportaram pela primeira vez, os costumes do continente velho nao foram abandonados. Algumas pessoas se consideravam mais nobres que as outras, embora os ancestrais fossem os mesmos. Isso se dava pelo criterio de primogenitura. Assim, o rei podia ter uma dezena de filhos, a preferencia de tornar-se o sucessor era do primogenito.
O novo rei tambem tinha la os quantos filhos podia. Mas o esperado era que somente o primogenito se tornasse rei. Mas a familia do primeiro rei ja poderia contar com mais de uma centena de descendentes. Aqueles que se casavam em outras casas reais ou com outros membros da alta nobreza, continuavam com seus status sociais garantidos.
Porem, a tendencia da multiplicacao com o passar das geracoes eh que a maioria das descendencias dos primeiros reis eh ir caindo na escala social, pois, a estrutura social eh piramidal. Rei so pode existir um de cada vez. Duques seriam uns poucos. Condes, marquezes, baroes etc, tinham seu numero limitado. O mesmo se da em relacao aos cargos publicos, que nao eram considerados publicos e sim de sua magestade. Com isso, em poucas geracoes se formava um numero enorme de pessoas da baixa nobreza, ou melhor, a nobreza destituida.
Possivelmente, toda a populacao portuguesa tornou-se nobreza destituida. Para conseguir retornar a algum posto de alta nobreza haviam duas maneiras, ou se destacava por bravura em combate ou se adquiria grandes riquezas e ai se comprava o caminho de volta. E este foi o caminho que nossos ancestrais que se aventuraram no Novo Mundo se propuzeram a buscar.
Contudo, os que conseguiram fidalguia com todo o merecimento, nao deixaram de se multiplicar tambem. Por mais que uma pessoa se esforce, mas se multiplique da maneira como fizeram os nossos ancestrais, sempre haverao os destituidos, desde que a estrutura social continue a mesma. Embora feitos fidalgos, os nossos primeiros ancestrais brasileiros, membros da mais alta elite do pais, se ajoelharam como vassalos de seus pares portugueses. Formada a elite e classe media tradicional a partir destes, elas continuaram vassalas.
E durante o periodo historico brasileiro, essa vassalagem comecou em relacao a Portugal, depois portugueses e brasileiros foram vassalos dos espanhois no periodo da Uniao Iberica, entre 1580 e 1640. Separadas as coroas novamente, a sociedade brasileira voltou `a vassalagem em relacao a Portugal. Apos `a Independencia do Brasil, a coroa brasileira ajoelhava-se como vassala da Inglaterra e Franca. A Republica Velha permaneceu como vassala das potencias europeias. Ja na propria Republica Velha o Brasil ja havia iniciado sua vassalagem em relacao aos Estados Unidos, o que logo transformou em vassalagem total, apos a II Grande Guerra.
O pior do carater de vassalagem entretanto, eh o que ela induz de consequencias. Dizem que a tendencia do oprimido eh oprimir. A vassalagem das elites e classe media brasileiras, parece-me, aconteceu por incompetencia delas proprias. Foram elas que nao se revoltaram e criaram um sistema educacional proprio. Foram elas que ao inves de buscar rumos proprios para o pais, preferiram atrela-lo `as condicoes de seguidor dos senhores comandantes do mundo. Contudo, elas ofereciam sua vassalagem a eles no exterior, ao mesmo tempo que oprimiam o povo, exigindo vassalagem em relacao a elas.
Assim, desenvolvimento para as nossas elites sempre foi coisas como: ao inves de criarmos os nossos proprios carros, importemos dos outros porque eles sabem fazer melhor. Ou, deixemos que os outros explorem os nossos mercados trazendo suas fabricas para o pais, pois, eles sabem como fazer e nos nao. Essa filosofia de vassalagem esta tao impregnada na mentalidade das elite e classe media brasileiras que elas continuam pensando que o Brasil nao eh desenvolvido porque a classe pobre eh incompetente. Quando, em verdade, a incompetencia sempre foi a caracteristica maior delas proprias.
E eh ai que chegamos ao impasse em que se encontra o pais atualmente, pois, as elite e classe media tradicionais brasileiras estao acreditando que o mundo ira acabar em consequencia das medidas governamentais que tem dado alguma oportunidade `a classe mais pobre da populacao. Que, alias, diga-se de passagem, descende dos mesmos ancestrais que as classes alta e media tradicionais, porem, nao teve a mesma sorte de descender dos primogenitos mais recentes. Ao verificar que as classes mais baixas estao comecando a ser elevadas, as classes alta e media tradicionais estao se apavorando.
Tudo apenas por causa da propria estupidez, do preconceito e do orgulho, pois, o medo delas eh de que os pobres alcancem degraus mais elevados e lhes tomem o lugar. Se elas abrissem os olhos para o que esta acontecendo no momento, usariam isso como oportunidade, pois, com a ascendencia da classe pobre, o poder de compra tambem cresce. O que falta a elas eh criar servicos que possam oferecer aos emergentes e nao ficar presas aos seus antigos meios de sobrevivencia.
Por tras do eufemismo: “abrir as portas do mercado brasileiro”, esta o proprio atestado de incompetencia das classes rica e media tradicionais brasileiras, pois, querem abrir para os estrangeiros explorarem, pois, nunca souberam ser criativas e fazer para si mesmas. E, pelo principio da vassalagem, nao sendo criativas sempre tentaram bloquear as iniciativas das populacoes desfavorecidas por temer que a situacao de vassalagem se invertesse.
Observem que ha cerca de 200 anos atras existiam profissoes que se caracterizaram como classe media no pais. Eram servicos como alfaiates, dentistas praticos, sapateiros, costureiras, rebucadores de telhas, ferreiros, coureiros, lavadeiras e muitas outras mais. Exercendo tais profissoes, muitos pais tiveram o orgulho de ver seus filhos formados em universidades. As profissoes continuam existindo. Contudo, sao poucos que podem viver por meio delas por causa da concorrencia com a industrializacao.
Existem muitas profissoes atuais que estao caminhando para o mesmo fim. Portanto, somente os criativos e os espertos saberao driblar as inconveniencias e se tornarem donos da profissao. Se o restante nao evoluir sera obrigado a transformar-se em servical assalariado de outros empreendimentos. Exatamente como a maioria de nos se transformou.
Em relacao `a comparacao entre Brasil e Estados Unidos, para que o preconceito nao se transformasse num problema tao forte quanto continua sendo aqui nos Estados Unidos, existem as diferencas. Em primeiro lugar a atitude das proprias pessoas de origem africana no Brasil foi subalterna. Elas criam na mentira de que fossem inferiores. Muitos acreditaram que embranquear a pele de sua descendencia, casando-se com brancos, garantiria uma eterna ascensao social. Nao imaginavam que pelo criterio da multiplicacao e estrutura social piramidal somente uns poucos atingiriam o topo e o restante permaneceria na base.
E tambem foram vitimas da Historia, pois, quando a princesa Isabel assinou a Lei Aurea, nao se levantou a questao da igualdade de direitos, portanto, os escravos e sua descendencia foram totalmente abandonados. Destituidos eram e assim permaneceram. Nao tiveram acesso facilitado `a educacao e o salario que passaram a receber pelos mesmos servicos que faziam antes nao os tiravam da escravidao efetiva.
Aqui nos Estados Unidos, a emancipacao se dera ha mais tempo que no Brasil. Havia a segregacao, porem, haviam as escolas e ate as universidades dedicadas `a populacao negra. Entao, o poder aquisitivo e a consciencia dos aframericanos poderiam ser desiguais em relacao aos eurodescendentes, porem, teve forca suficiente para, apos uma greve que durou um ano em que os afrodescendentes nao andaram de onibus, os empresarios se renderam e acabaram com a segregacao em seus veiculos. Desde entao, o que passou a contar eh que o passageiro que pagou a passagem tinha direito igual de ocupar qualquer banco, e isso nao era decidido por causa da cor da pele.
Havia outra diferenca fundamental entre as condicoes brasileira e estadunidense. Como aqui as leis que valem sao as estaduais, a menos que haja uma lei constitucional dizendo o contrario, haviam estados que chegavam a proibir os casamentos interraciais. No Brasil, sabemos que desde os primeiros colonizadores os casamentos interraciais haviam sido a regra. Exceto em um periodo pouco anterior `a Independencia em que foi proibido o casamento de portugueses de origem com os brasileiros. O que, penso eu, despertou em grande parte da populacao de origem africana aquela sensacao de que: se o problema estava na cor da pele, ha pelo menos a oportunidade de resolve-lo na descendencia, esforcando-se para casar-se com alguem de origem europeia.
Enquanto a miscigenacao teria passado a ser um objeto de desejo, um sonho a ser realizado no Brasil, aqui nos Estados Unidos era encarado como um pesadelo, nao apenas do ponto de vista do europeu em relacao ao africano, pois, a reciproca era verdadeira. A populacao africana aqui tinha, e muitos continuam tendo, a mesma dificuldade que a de origem europeia em aceitar o casamento interracial. O orgulho racial era reciproco e, em parte, continua. No Brasil, tudo vira carnaval. Como nas musicas romanticas, “e a mulata eh a tal”.
Nos sabemos que o conceito de democracia racial que alguns antropologos desejaram que o pais fosse nunca foi uma verdade no Brasil. Na pratica a teoria era outra, ou seja, o africano tinha que saber o seu lugar. Infelizmente, ao que parece, muitos ainda continuam pensando assim. Nao apenas em relacao aos de racas diferentes das de origem europeia. Mas em relacao aos proprios de origem europeia que tenham por qualquer motivo caido na pobreza. No Brasil o preconceito contra o pobre eh ate maior que aquele que existe contra as racas.
Ou alguem pensa que seria permitido o personagem Mario Jorge abrir o verbo para debochar do pobre, se esta palavra fosse trocada pela preto?!… Ha a liberdade de se falar do pobre, como se ele nao tivesse alma. Da mesma forma como a escravidao era aceita em razao de se argumentar que o africano nao era totalmente humano.
Bom, acredito que a nossa falsa democracia racial tinha uma explicacao genealogica. Os antropologos interpretaram como democracia o que, na realidade era orgulho e preconceito. E penso que assim aconteceu nos anos 1960 em Virginopolis, porem, ninguem comentava, preferia ignorar completamente o que estava se passando nos Estados Unidos, como se o assunto nenhum a ver tivesse com a realidade brasileira.
Naquela epoca, eu nem sequer me entendia por gente. Como se dizia, “crianca e cachorro sao depois dos outros”. Claro, todas estas insinuacoes maldosas eram repetidas com humor na familia, contudo, sempre tinham algo de verdade, em termos de qual era o comportamento esperado da gente. Entao, eu tinha uma vaga ideia de que o bisavo Joao Batista de Magalhaes era descendente de africanos.
Ja a trisavo Maria Honoria Nunes Coelho, so atualmente tive noticias da negritude dela. Embora nao fosse segredo na familia, pois, eram casos que se mencionavam nos seroes. E eu so descobri onde ela se encaixava em nossa genealogia depois que passei a estuda-la. Alias, aprendi na escola que Joao Batista de Magalhaes fora um dos fundadores da cidade. So vim a entender atualmente que era, junto com a Maria Honoria, meus trisavos.
Naquele tempo, poucos eram da minha geracao com idade para compreender uma genealogia que ultrapassasse uma linhagem alem dos bisavos. Tio Joaozinho, como o bisavo era chamado, era moreno claro. Em nossa sociedade, moreno claro era considerado branco. Mas tinhamos pessoas que viviam ainda, embora ele ja fosse falecido ha mais de 20 anos, que eram da mesma geracao que ele. Um exemplo era a tia Virginia Marcolina Coelho, que fora filha do Antonio Rodrigues Coelho e Maria Marcolina Borges do Amaral.
O pai da tia Virginia nascera em 1829 e fora cunhado da Maria Honoria. Assim, nao apenas ela mas os nossos avos, que eram netos da Maria Honoria e tambem do Antonio Rodrigues, tinham perfeita consciencia de nossas origens. A geracao de nossos pais, que estava assumindo a administracao de tudo, tambem tinha conhecimento. Dai, enquanto as coisas andaram pegando fogo ca nos Estados Unidos, eles se faziam de cegos, mudos e surdos, ou seja, como no dizer popular: “Conversa que eu nao entendo eh mio cala!”
Na verdade, tanto os nossos familiares mais proximos quanto as pessoas de origem claramente africana nao se sentiam `a vontade para abordar o assunto. Mesmo que a gente tivesse uma aparencia europeia, possivelmente sueva ou, galega com certeza. E o motivo era muito simples. Talvez eles nao tivessem consciencia de que fora a mistura de indigenas, europeus e africanos que povoaram as Minas Gerais na epoca do Ciclo do Ouro. Mas tinham a noticia de que a Maria Honoria era de origem mista.
Ela era filha do Clemente Nunes Coelho e era escura o suficiente para que a cor dela se tornasse assunto durante os seroes familiares. Contava-se, por exemplo, que um dia ela estava limpando a casa, como toda dona de casa `a epoca, com lenco na cabeca e os trajes apropriados para uma servical. Alguem chamou `a porta. Ao atende-lo e diante da aparencia dela, o estranho foi logo ordenando: “Oh negra, vai chamar o seu patrao.”
Maria Honoria simplesmente entrou e avisou ao marido que alguem queria ve-lo `a porta. Mas como estas visitas de alguma importancia sempre eram demoradas, o estranho iria almocar. A cozinheira e dona da casa preparou a mesa conforme era o costume. Com o detalhe de ter reservado a cadeira de honra das senhoras numa das cabeceiras da mesa, e a do atrevido ao lado, em posicao subalterna. Agora, imagina a carapuca que ele tomou! Deve ter perdido o apetite ou, pelo menos, a comida lhe desceu atravessada na garganta.
Mas o que nos interessa aqui eh que a Maria Honoria devia ser mulata. O que imagino eh que a mae dela fosse africana. Como ela deve ter nascido por volta de 1830, imagino que a mae nao nasceu muito longe de 1810. Os avos deverao ter nascido por volta de 1780. Nada sabemos da genealogia anterior `a Maria Honoria a nao ser do lado paterno Nunes Coelho dela. Mas o que se pode esperar eh que a mae dela deve ter tido irmaos e irmas. Claro, nem todos devem ter se misturado com familias europeias e parte da descendencia deve ter permanecido pura ou com maior proporcao de ascendencia africana.
Como nada sabemos, nao se pode afirmar que a descendencia afrobrasileira desses nossos ancestrais africanos tenha permanecido por perto ou ido para longe, porem, o que eh de se esperar eh que continuasse vivendo na regiao. Ora, sabemos que a Maria Honoria e o marido Joao Batista Coelho deixaram descendencia que se conta aos milhares nos dias de hoje. O que se dira, entao, do numero de descendentes dos avos dela na regiao?
Eh possivel que todos os afrobrasileiros que foram levados para Virginopolis, ou que foram por conta propria como parceiros, e que agora sao ancestrais daqueles que residem na cidade, descendam deles. Assim poderiamos explicar o silencio de nossos antepassados em relacao `a questao racial aqui nos Estados Unidos. Eh que tanto no lado considerado afrobrasileiro quanto no considerado eurobrasileiro na cidade havia a consciencia que eram aparentados.
Com a lembranca de que o senhor Gilberto Coelho da Silva tambem era afrodescendente e o mesmo acontecendo com o bisavo Joao Batista de Magalhaes, nao resisti `a tentacao de repassar de memoria a aparencia de alguns membros das familias tradicionais mencionadas e nao mencionadas pela professora Maria Filomena. Assim pude lembrar dos Borges Perpetuos, dos Almeida, dos Miranda, dos Pereira do Amaral, dos Oliveira, enfim, toda a gama de familias virginopolitanas. Por certo, todos temos ancestrais afrodescendentes recentes.
Mas, `aquela epoca, era “mio cala” para que isso nao fosse lembrado, pois, havia o preconceito contra os africanos e o orgulho de tentar esconder o obvio, pois, se parte de nos nao herdou caracteristicas marcantes africanas, irmaos e primos nossos as tinham. Claro, o silencio da epoca nao contava com a evolucao da genetica e atualmente quem negar isso tera que recusar-se a fazer um exame de DNA. O que em julgamento resulta na interpretacao de admissao presumivel de culpa no cartorio! Recusou, entao eh! Fez o exame, deu na mesma!
Uma das poucas familias que devem ter chegado a Virginopolis com um certo grau de pureza europeia deve ter sido a Coelho de Andrade. Esta, porem, nao eh uma conclusao e sim uma deducao passiva de enganos. Isso porque alem dos cabelos intensamente loiros e da pele muito branca, os olhos tambem eram claros, entre o verde e o azul na familia. Esta eh a descricao que tenho de pessoas do passado, como a bisavo Hercilia, tambem como de alguns descendentes conhecidos nossos, nao sendo descendentes da bisavo e que guardam as mesmas caracteristicas dos ancestrais. Eh possivel que o Coelho de Oliveira (Lacerda) tambem o fosse, porem, atualmente esta todo misturado.
Assim se explica o preconceito amortizado que existe na sociedade brasileira. Ela eh multiracial, porem, nao tem coragem de celebrar com conviccao que o eh, pois, continua imaginando que nativobrasileiros e afrobrasileiros sao inferiores, portanto, nao deseja ser associada com eles. Mesmo que uma das civilizacoes mais prosperas e mais antigas do mundo seja a egipcia, com inicio ha mais de 7.000 anos atras, a partir do Sudao, portanto, da mais bela cor negra da terra, depois mudando sua capital para o Baixo Egito, que fora uma possessao conquistada.
Sugiro aqui que leiam o capitulo 10 acima: A TOCA DO JOAO RODRIGUES COELHO. Faco agora um paralelo ao que menciono no inicio do capitulo e ao que aconteceu aos nativamericanos de um modo geral. As Civlizacoes Asteca e Maia eram sofisticadissimas e em determinados aspectos bem mais avancadas que a europeia. Os conquistadores espanhois enxergaram apenas as riquezas a serem delapidadas. Apenas desconfio que algumas pessoas do clero puderam constatar isso, pois, queimaram todos os livros que encontraram daquelas culturas. Apenas duas pecas escaparam dessa destruicao e estao em museus europeus.
Se a cultura do povo nao tivesse sido destruida, jamais teria sido possivel criar a falsa impressao de que os indigenas americanos eram barbaricos e atrasados, portanto, precisavam ser europeizados, e que nao havia nenhum impedimento moral em furtar-lhes as riquezas, prosseguindo o projeto colonialista. Para a sorte dos antepassados indigenas, eles deixaram suas escritas nao apenas em livros mas tambem em seus monumentos de pedra. Com isso, alguma Historia, ciencia e cultura estao sendo recuperadas, gracas `a traducao dos hieroglifos recentemente decifrados.
E tambem porque as ciencias atuais avancaram tanto que muita coisa pode ser interpretada a partir de analises indiretas como: se as construcoes estao perfeitamente alinhadas no sentido norte-sul/leste-oeste e com as constelacoes, isso se deve a conhecimentos que se pensava terem sido descobertos so recentemente pelos europeus.
Assim, `a epoca em que na Europa se discutia se a Terra era redonda ou plana, e em que era instituido que o universo girava em torno dela, nas Americas ja se sabia que o Sol era o centro do nosso sistema solar. O giro dos planetas em torno do sol e suas medidas ja eram conhecidas. Existem construcoes nos altiplanos peruanos e bolivianos que ate a tecnologia moderna de hoje tem dificuldade em reproduzir. Coisas que os indigenas fizeram ha milenios atras. E ate hoje alguns eurodescendentes tem dificuldades em aceitar que tal capacidade tecnologica existia, pois, tem a teoria de que foram feitas por alienigenas e nao indigenas.
Para nao declarar seu preconceito racial, a sociedade brasileira prefere oculta-lo na palavra pobre, pois, pobre nao tem cor, eh qualquer um que seja “menos competente”. Mesmo sabendo que a sociedade foi formada em forma de piramide, ou seja, por mais esforcadas que as pessoas forem, nao havera lugar para todas no topo. Sempre havera mais gente na base para que as outras possam subir nos ombros delas para que poucos possam subir na vida. Tambem, que as oportunidades nunca sao iguais, com a tendencia de que quem ja vive no andar de cima da piramide deixar a descendencia bem de vida e para os pobres eh muitissimo dificil alcancar a ascensao social.
E por falar nisso, nunca vi a sociedade brasileira tao dividida como esta no momento. Parece que com a elevacao do torneiro mecanico ao posto de presidente, todos os preconceitos se afloraram. Exceto que eh proibido falar nisso abertamente. Assim, a classe mais conservadora, agora destituida do poder, tornou-se contra o bolsa familia, os sistemas de cotas, o minha casa minha vida, e toda a parafernalia de inclusao social maquinada pelo Partido dos Trabalhadores. Como vem sendo dito: dos PeTralhas.
Tenho recebido e-mails homericos, reencaminhados por marias-vao-com-as-outras, minhas contatos, que quase da vontade de chorar ao le-los. Existem aqueles inocentes em aparencia com sabios dizeres como: “Nos nao precisamos de cotas e sim de investimentos em educacao publica”. Eh! Eu tambem acho ser errado ate hoje o pais estar precisando recorrer a cotas, ou comprar votos como preferem os detratores, para fazer justica no que deveria ter sido feito na epoca em que a Lei Aurea foi assinada.
Porem sei muito bem o quao preconceituosa a afirmacao: “Nos nao precisamos de cotas”. Para quem possui outros meios, elas nao sao necessarias mesmo. Sao para quem foi alijado, destituido da economia por geracoes e geracoes. Quem diz que basta investir na educacao, ou esta enganado ou esta tentando enganar. Mesmo que se invista um trilhao de qualquer moeda todos os anos, pelos proximos 20 anos, nao se apagara em uma unica geracao as consequencias do que aconteceu no passado.
Somente os inocentes uteis e os malintencionados diriam que a suspensao de todos os beneficios agora oferecidos `a classe pobre sera satisfatoriamente substituida pelo investimento massivo em educacao, saude e seguranca. Por uma razao muito simples. Trata-se de coisa pratica. Nos sabemos muito bem que nao existe dinheiro, por enquanto, para tal investimento massivo, assim, se suspender os beneficios, o que ja foi conquistado sera perdido e as promessas nunca se concretizarao. Contudo, as consequenicas piores somente os que ja eram destituidos as enfrentarao.
Quando eu fui estudante na Universidade Federal de Vicosa, as pessoas em minha familia recebiam subsidios porque, embora ocupassemos a classe considerada media no pais, a renda familiar nao era suficiente para cobrir as despesas dos varios filhos fazendo faculdades ao mesmo tempo. Naquele tempo, final da ditadura militar e sua continuidade atraves dos governos Sarney e Collor, estavamos lutando para que nao fizessem cortes nos gastos educacionais, pois, sabiamos que precisavamos era de mais investimentos. Ninguem, na midia ou particular, levantava a minima voz contra os nossos subsidios ou para afirmar que cortes na educacao eram corretos. Mas nos faziamos parte da classe media, agora virou moda pedir para cortar beneficios oferecidos aos pobres.
O preconceito esta bem nestas atitudes impensadas, tanto dos malintencionados quando das marias-vao-com-as-outras. Uma porque o mercado de um modo geral so crescera quando toda a populacao tiver poder aquisitivo para faze-lo crescer. Portanto, cortar os beneficios adquiridos, antes de que se de meios para os que nao sabem andar com as proprias pernas poderem andar, fara o mercado retrair. E as consequencias disso virao em cascata. O mercado cai, cai a arrecadacao, mais cortes se tornam necessarios, o que acarreta mais perdas para o mercado. Isso, facil-facil, transforma-se em decada perdida, como as duas decadas que perdi, entre 1973 a 1993, antes de mudar-me para os Estados Unidos.
Ou seja, pode ser que as marias-vao-com-as-outras sejam bem intencionadas, porem, sao malorientadas. Contudo, sei que os malintencionados estao muito bem orientados e o que querem eh que o circo pegue fogo, na esperanca de tirar proveito disso.
Peco encarecidamente a meus contatos. Continuem passando para mim aqueles e-mails que falam de suas esperancas em que os militares resolvam retomar o poder. Nao porque eu goste ou que concorde. Apenas para eu rir mais um pouco da inutilidade que isso eh. Se o militarismo fosse resposta para alguma coisa, nos nao os teriamos tirado do poder e os chutado como cachorros mortos.
Nao falo aqui de todas as pessoas que estao servindo a patria com honra e destemor. Estou ressaltando o fato de que autoritarismo nunca foi solucao para nada. Eu sou a favor de militar poder concorrer a cargos publicos. Se quizerem governar, sejam aqueles que vencam eleicoes. Como diz o ditado: “Cada macaco no seu galho.”
Outra coisa. Sejam mais espertos. Quem fala mal, esta no direito. Porem, quem xinga muito eh oposicao. Entao, nao adianta alguem dizer que o PT eh o partido dos bandidos, dos fascinoras e do raio que o parta. A oposicao sempre vai dizer isso do seu adversario. Eu quero ver algo mais construtivo. Por exemplo, digam-me, se nao o PT, em quem votar? Se nao o projeto do PT, qual o projeto outro que existe? Quero ver projeto, pois, foi assim que o PT subiu.
Alias, observo que muita gente pode nao gostar do partido. Tem certas coisas nele que eu nunca gostei, ate no tempo em que eu era militante. Mas nao me digam que so tem ladrao e malintencionado neste meio, pois, ira incluir-me pelo que fui. Outra coisa. Nao me digam que sao vagabundos, que nunca fizeram nada na vida, pois, politica eh uma atividade muito seria. E eu fui testemunha dos sacrificios que muitos fizeram para conquistar as posicoes que hoje ocupam. Tem muita gente que ralou muito para chegar la.
Alias, tenho esse recado para que conquistem meu voto. Facam um projeto. Mostrem a cara. Digam em quem que desejam que eu vote. Mostrem quem esta por tras. Quem vai estar fazendo esforco antes, durante e depois das eleicoes. Se mostrarem isso prometo que levarei em conta e, se o fizerem, ganharao meu voto.
Mas nao coloquem esperanca numa pessoa. Num superheroi. Num Batman. Nao me coloquem o nome do ministro Joaquim e venham pensar que eu votarei nele. Nao porque ele nao me agrade, mas porque andorinha sozinha nao faz verao. A administracao do Estado passa por tres poderes. Executivo, Legislativo e Judiciario. Se for para desfalcar o judiciario, para que tirar o ministro Joaquim de la? Se ele tivesse uns 50.000 como ele para formar um time dentro dos 3 poderes, entao, ja teria ganho o meu voto. Mas para coloca-lo sozinho e baguncar mais do que esta, nao contem comigo.
Como dizem os americanos aqui, e foi a filosofia que adotei na ultima eleicao neste pais que me adotou: “Melhor eh permanecer com o demonio que conhecemos do que escolher um que nao conhecemos.” Se acham que irao convencer-me com a frase: Fora PT, olha, ja tenho experiencia com o Fora Ditadura e Fora Collor. Foi uma otima coisa termos conseguido, pois, agora podemos escolher entre um demonio ou outro. A ditadura nao nos permitia sequer fazer isso. Era so um demonio.
Se querem algum dia mudar o pais para melhor, facam como o Partido dos Trabalhadores fez. Trabalhou, lutou, apanhou na cara por diversas vezes, ate conseguir chegar ao poder. Mas foi eleito democraticamente. Facam o mesmo. Apenas evitem cometer os mesmos erros que o partido cometeu. Quem sabe voces nao serao o futuro que o pais merece? Mas, por favor, nao me convidem para dar um golpe e pensem que vou aceitar tal proposta indecorosa. Nem que me prometam o governo de Brasilia. Lembrem-se do Magalhaes “Saco”. Depois de todo o apoio que ele deu `a Revolucao, o que lhe disseram foi: “Voce participa mas nao entra!” Tomou?!…
Outra coisa. A minha filosofia de vida sempre foi e sera a democracia. Nao pecam para que eu traia a mim mesmo.
Acrescento aqui. Nao xinguem o povo brasileiro porque ele nao votou e nao esta votando como voces querem que ele vote. Nao o comparem dizendo que eh um povo que nao sabe votar e pensem que quem sabe votar vive em paises do primeiro mundo. Nao desacreditem na capacidade de julgamento do povo. Eu fiquei estarrecido quando vi o povo americano votar duas vezes no presidente George W. Bush.
Continuo estarrecido porque o preconceito aqui esta valendo mais que a inteligencia, como eh o caso em que temos projetos de legalizacao de imigrantes sendo rejeitados ha varias administracoes. Uma parte do eleitorado americano acreditou que os imigrantes de um modo geral sao terroristas, marginais e que so desejam parasitar a sociedade americana. A midia americana, por ocasiao dos atentados de 11 de setembro de 2001, concluiu que os outros povos, que tem nojo do que os americanos fazem no mundo, dizem que detestam os americanos porque tem inveja do sucesso deles.
Para mim, esse foi o maior atestado de orgulho e preconceito assinado pela propria imprensa. Voces imaginem, se a imprensa que deveria informar e formar opinioes positivas tem essa ideia do mundo la fora, sera que o eleitor de um modo geral aqui nao erra? Para nao reconhecer os proprios erros, eles julgaram o mundo. Nao facam voces a mesma coisa. Nao enxerguem o erro nos outros. Repassem suas vidas na memoria, descubram o que fizeram de errado e assumam suas proprias responsabilidades antes de acusar aos outros injustamente.
14. GENEALOGIA, GENETICA, E BOM SENSO
Prezados,
Quem tem lido meus “lenga-lengas” genealogicos deve ter percebido a minha preocupacao em relacao aos casamentos consanguineos. Alias, a minha constancia em buscar nossos dados genealogicos mais enraizados tem ate sido ponto de critica de alguns. Compreendo as criticas e ate sao necessarias para a gente pensar melhor no que se esta fazendo, se tem ou nao a validade que a gente pensa que tem.
O meu ponto de vista sempre foi mais pelo lado medico. Bom, quase ninguem estudou medicina ou cursos relacionados, entao, eh perfeitamente compreensivel que tambem hajam criticas pela falta de entendimento da questao. Nao se preocupem, se me sinto ofendido por uma critica aqui, isso nao dura mais que momentos. Como sou cabeca dura mesmo, e tenho a quem puxar em meus ancestrais, rsrsrsrsrs, baixo minha cabeca `as criticas e sigo `a frente do que penso que deve ser feito.
Vou copiar aqui um apelo que foi-nos feito no grupo do bisavo Joao Rodrigues Coelho (Toca do Joao Rodrigues Coelho). Ele ajudara a todos entenderem melhor:
“Minha vida toda eu cresci vendo Tio Carlos quicar, Cacá quicar, Paulo Guido (o pai) quicar, Tia Fabíola quicar, Dinha quicar, achando tudo muito engraçado.
Até o dia que eu levei o primeiro tombo.
Um amigo meu, médico, portador de Esclerose Lateral Amiotrófica, ELA 8, me recomendou que parasse de rir e me consultasse com uma neurologista, especializada em doenças degenerativas.
O primeiro exercício que me foi recomendado foi procurar nos meus ancestrais manifestações disto que a gente chama, fazendo gracinha, de caminhar claudicante de Coelho.
Daí, peço ajuda à Ivania Batista Coelho (Gleuza, se você tiver jeito, faz isto chegar nela), ao Valquirio De M. Barbalho e a quem tiver algum conhecimento, quem, na família tinha esta patologia ou terminou a vida cadeirante. Ou mesmo quem, como se dizia à época, era entrevado.
É possível que a gente seja convidado a ir ao Centro de Estudos do Genoma Humano da Usp para ver esta história direito.”
Queridos, o mal nao eh dos Coelho. Nem eh vergonha alguma saber que estamos nessa enrascada. Eu proprio devo ser herdeiro dessa heranca desastrosa. O fato eh que nao se trata de doenca contagiosa e todas as familias deverao ter la seus representantes que tiveram ou tem o problema. O que acontece eh que os casamentos consanguineos de nossos ancestrais nos deram uma probabilidade maior de sermos portadores do problema.
Outras familias que tambem tiveram ancestrais mais consanguineos deverao ter o mesmo problema e/ou outros. Nos, de um modo geral, que vimos de casamentos muito consanguineos, temos grande probabilidade, concretizada ou nao, de termos diversos outros problemas. Posso garantir que tenho uma lista. Nem por isso quero deixar de ser quem e como sou.
O que eh de pratico agora, duas coisas:
1. A primeira eh continuar recolhendo dados genealogicos e aprofundando nossas raizes.
O objetivo dessa coleta abrange a todas as familias que se aparentaram aos Coelho. Por que? Por uma razao simples. As pessoas pensam que porque nao sao Coelho, ou que sao filhos de pessoas de familias, aparentemente, nao aparentadas, estarao livres dos problemas. Mas isso pode ser uma falsa impressao.
Geralmente as pessoas sabem dizer sua genealogia a partir dos avos. Dai nao sabem o que vem atras. Geralmente nao viverao para conhecer bisnetos, trinetos etc. Entao nao sabem o destino que estao deixando para a descendencia.
O que posso tirar do que ja encontrei, e o que encontrei ainda eh muito pouco, eh que: espero encontrar muitos ancestrais comuns `as pessoas que vivem numa mesma ou regiao diferente, bastando voltar umas poucas geracoes atras. A verdade foi essa. Portugueses ja viviam em comunidades bastante consanguineas. Nas diversas levas que chegaram ao Brasil, vieram em grupos familiares ja consanguineos.
Por sorte houveram as miscigenacoes com africanos e indigenas. Porem, com o passar dos seculos retornaram `a consanguinidade.
Quando Minas Gerais comecou a receber a colonizacao branca e africana, os indigenas tiveram uma menor participacao na mistura, houve certa miscigenacao. Mas a primeira leva que chegou no “Ciclo do Ouro”, nao era necessariamente muito numerosa. Os que se instalaram primeiro, mesmo pertencendo a linhagens diferentes, povoaram os poucos nucleos mineradores. Nao contavam 100 arraiais.
Terminado o ouro, aquelas populacoes em cada povoado ja eram bem consanguineas. Dai emitiram bracos para cada arraial novo que surgiu nas epocas pos mineracao. Na regiao Centro Nordeste de Minas Gerais ha uma repeticao nas Historias de todos os atuais municipios. “Os primeiros moradores desse arraial eram oriundos do Serro, Conceicao do Mato Dentro, Santa Barbara, Itabira” e mais alguns outros lugares conhecidos.
Assim, as populacoes dos arraiais nao fizeram outra coisa senao crescer e multiplicar-se. O arraial um pouco mais distante era comecado com familias dos lugares mais antigos e dos arraiais que descendiam destes. Levavam, `as vezes, sobrenomes diferentes mas os mesmos ancestrais. E continuaram apenas crescendo e multiplicando.
Vez por outra chegava sangue novo. Na maioria das vezes, um gajo la das grotas de Portugal. Alem de ter vinculos parentais, ate o sobrenome era o mesmo. Quando no muito, chegava um totalmente diferente, ou seja, “um turco” que nada mais era do que um libanes que todo mundo confundia como turco. Esporadicamente existem os alemaes, os italianos, os franceses e ingleses.
Mas o que era novo caia na mesmissima moda antiga, ou seja, casava-se com uma senhora das familias tradicionais e juntos nao faziam mais que crescer e multiplicar. Dai para frente os casamentos dos filhos retornavam aos parentes. Ou seja, introduzia-se um sobrenome novo mas a consanguinidade se repetia.
Somente se recolhermos dados os mais completos possiveis eh que poderemos ter realmente uma ideia de quem eh e de quem nao eh consanguineo. E com esse conhecimento eh que os geneticistas irao trabalhar para passar para a segunda fase.
2. Ter um pequeno prontuario medico nas fichas genealogicas de cada individuo seria otimo para futuras pesquisas. Essa contribuicao seria fundamental, pois, com a Arvore Genealogica montada o mais completa possivel, e a localizacao exata dos membros da populacao que manifestaram qualquer tipo de problema, poder-se-a fazer uma analise genetica destas pessoas e localizar exatamente os gens que provocam ou que contribuem para a situacao.
Dai para frente os cientistas poderao indicar as melhores atitudes a serem tomadas como: fazer a prevencao junto aos casais. Descobrir medicamentos especificos. Determinar exercicios ou indicar atitudes que devem ser tomadas para evitar a influencia do ambiente que agravariam a situacao.
Digamos assim, quando uma pessoa sente dor na coluna, pode ser por causa de algo com influencia genetica. Porem, podera ser que em algum caso especifico a perda do excesso de peso diminuira em muito a manifestacao da dor. A medicina sempre deve trabalhar com olhos tanto na situacao genetica quanto ambiental, pois, ambas interferem na vida das pessoas.
Por um lado, nao eh boa novidade tomar conhecimento de que somos candidatos a possuir qualquer problema. Por outro lado eh muito bom saber, pois, se existe, so tendo conhecimento da existencia dele para que se faca algo para sana-lo.
Tambem ha ai a satisfacao de que ha sim mais este sentido nobre para pesquisarmos as nossas genealogias, pois, com isso poderemos ajudar `a nossa descendencia a combater seus males de envelhecimento. Para quem como eu que ja passou dos 50 e ja constatou que envelhecer eh um interminavel padecer (de dores principalmente) fara muito bem se pensar em contribuir para que as futuras geracoes possam vir com menos dores. Ninguem vivera para sempre, mas desejo que todos tenham vida longa, contudo, de forma menos dolorosa possivel. Escrevi estas palavras com dores horrendas no pescoco e nas costas. Manjaram!?…
15. BELLE NOUVEAU, PARA OS “DA CUNHA MENEZES” E FAMILIARES
Prezados,
ha poucos dias com a ajuda fundamental do Adamar Nunes Coelho, e com algumas investigacoes que confirmaram, encontramos este cabecalho da Familia “da Cunha Menezes”:
Jose da Cunha Menezes – Maria Tereza Severino, foram pais de:
01.) Joaquim (Quinquim) da Cunha Menezes – Enedina (Dina) Borges de Menezes (Divinolandia)
02.) Joao da Cunha Menezes – Evangelina (Eva) e Sa Emidia Nunes Coelho
03.) Liberalino da Cunha Menezes – Adalgisa (Gigiu) Dias de Andrade
04.) Jose da Cunha Menezes – Heloina (Divinolandia)
05.) Luiz da Cunha Menezes – Regina Ferreira Madureira (Divinolandia)
06.) Sebastiao (Betica) da Cunha Menezes – Nenen (?)
07.) Olimpia da Cunha Menezes – Antonio Nunes da Silva
08.) Altina da Cunha Menezes – faleceu solteira
09.) Maria da Cunha Menezes – Durval Nunes Coelho
10.) Francelina da Cunha Menezes – Francisco de Matias
Ate agora, alem do que ja pude localizar gracas ao livro da Ivania e meus conhecimentos com a descendencia, so pude esticar um pouco a descendencia do sr. Luiz e dona Regina, por terem sido pais do sr. Raimundo (Dico Cunha) da Cunha Menezes, antigo prefeito de Santa Efigenia de Minas, irmao do primeiro prefeito local, sr. Efigenio da Cunha Menezes, ja falecido. O sr. Dico confirmou a porcao mais antiga de que os avos dele foram mesmo Jose e Tereza, e que foi sobrinho do seo Joao da Cunha e dona Maria da Cunha, que sao os que temos mais dados, por terem se casado na Familia Coelho de Virginopolis.
E agora vai a novidade. Ontem, sabado, 11 de janeiro de 2014, estava distraidamente olhando a lista dos donos dos titulos de nobreza do Imperio Brasileiro. O que nao era novidade para mim era que tanto a familia “da Cunha” quanto os “de Menezes” formaram familias nobres na Peninsula Iberica. Mas o que encontrei agora foram dois nomes: Jose Felix da Cunha Menezes, primeiro e unico Barao de Rio Vermelho; e Manuel Inacio da Cunha e Menezes, Visconde do Rio Vermelho.
Se alguem desejar maiores informacoes a respeito do Rio Vermelho, visite o endereco: http://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Vermelho_(Salvador), e os links na materia. Mas posso adiantar que se trata de um dos bairros chiques da capital, Salvador. Tambem eh o local onde o “Caramuru” naufragou, foi salvo pelos indios e ai permaneceu o restante de seus dias. Portanto, trata-se de um dos primeiros locais da Bahia a ser povoado por europeus. Dai a possibilidade, tambem, de os “da Cunha Menezes” serem descendentes do Caramuru.
Por enquanto, vamos ao que interessa. Primeiramente, temos que voltar a Virginopolis e Divinolandia. Nao posso tirar conclusoes mas apenas suspeitar que a familia tenha procedencia na Bahia. La esta o nome de dona Maria Tereza Severino para indicar isso. Severino eh nome muito popular no Nordeste Brasileiro e nao tao comum nas terras do Centro-Sul do Brasil, a nao ser recentemente com a migracao nordestina. Mencione-se de passagem a peca teatral do Joao Cabral de Melo Neto e da musica do Chico Buarque: “Morte e Vida Severina”. Severino no Nordeste ate virou sinonimo de comum.
Infelizmente, nao temos a procedencia do casal e nenhuma outra informacao mais precisa. Mas penso que havera algo a ser descoberto em Virginopolis. O casamento entre o sr. Joao da Cunha “contra” Sa Emidia deve ter completado 100 anos, ou esta por completar. Isso porque a tia Ilca, esposa do tio Omar Rodrigues Coelho, nasceu em 27.12.1914. O registro do casamento deve estar no cartorio. Assim, poderemos ver se registra os nomes dos avos do senhor Joao e, com um pouco de sorte, a procedencia da familia.
Mas o mais certo eh encontrarmos apenas os nomes, sem indicacao de procedencia. Dai sera preciso buscar algum documento que fale a respeito disso. Uma boa fonte de dados usada por genealogistas sao os testamentos e os inventarios. Ao que tudo indica, os “da Cunha Menezes” se instalaram em Divinolandia, dai nao sei dizer onde seria mais provavel encontrar esses documentos, se existem. Pode ser que se encontrem tambem em Guanhaes, que era a dona de tudo, ou Virginopolis, que ja estava se assenhorando da futura heranca materna.
Se o senhor Jose da Cunha Menezes ou dona Maria Tereza deixaram algum testamento, existe a chance de terem mencionado suas procedencias, com nome de ancestrais. E como la pelos anos de 1900 o seo Joao ja fora pai da dona Izaura da Cunha Menezes, esposa do seo Waldemar Nunes Leite, eles devem ter falecido antes de 1930. Pela projecao de datas, o senhor Jose devera ter nascido por volta de 1840-50.
Confirmando a minha teoria de procederem da Bahia, o que nao eh impossivel por outros motivos. Nos sabemos que a Familia “de Senna” procedeu de Rio de Contas, e o patriarca Candido Jose de Senna era contemporaneo do casal patriarca dos “da Cunha Menezes”. Embora, Rio de Contas esteja mais proxima `a divisa da Bahia com Minas Gerais, a distancia nao seria problema para nossos antepassados.
Apos verificarmos os detalhes acima mencionados, talvez encontremos um atalho para decifrarmos toda a familia baiana. Entre os grandes genealogistas brasileiros temos um dos patronos de cadeira do Colegio Brasileiro de Genealogia, a de numero 27, com o nome de Antonio de Araujo de Aragao Bulcao Sobrinho. Em co-autoria com Jayme de Sa Menezes publicou o estudo genealogico: “Familias Baianas – Sa Menezes”. A data eh de 1968. Antonio de Araujo tem pelo menos outros 14 trabalhos genealogicos publicados. Podera ser pesquisado em grandes bibliotecas. Particularmente no CBG – RJ e na propria Bahia.
Interessante sera que, constatada verdadeira minha teoria, havera a possibilidade dos “da Cunha Menezes” do seo Joao e dona Maria da Cunha serem duplo Barbalho. Isso porque desde `a epoca das Invasoes Holandesas a Bahia recebeu parte da heranca genetica de Pernambuco. Duas filhas do mestre-de-campo, o governador Luiz Barbalho Bezerra se casaram por la. Foram donas Antonia e Cosma Barbalho Bezerra. Dona Antonia foi a mae de dona Ignez Tereza Barbalho Bezerra. Ela foi a esposa do nobre Egas Moniz Barreto. E, atraves deles, os Barbalho Bezerra, nossos ancestrais, foram ascendentes dos baroes de Rio de Contas, Sao Francisco, Paraguassu e Matoim.
Deverao ser ascendentes de toda a classe alta baiana porque dona Cosma casou-se com Francisco Negreiros de Sueiro, cujos desdobramentos mencionam diversas familias de alto poder aquisitivo. Mas so tenho acesso ao inicio destas geracoes. O mesmo se deu com outros descendentes de dona Antonia. Alem delas, houve um irmao: Francisco Monteiro Barbalho Bezerra que foi o capitao do Forte de Nossa Senhora do Populo, tambem conhecido como Forte de Sao Marcelo, que fica na Baia de Todos os Santos. Mas nao sei dizer se deixou ou nao descendencia. A Zica podera dizer algo a respeito disso. Ela foi dar um “Garrido” num baiano!…
Tai gente. Caso queiram, o primeiro passo eh buscar o registro de casamento do seo Joao da Cunha e Emidia Nunes Coelho, que deve ser o mais facil. Ou encontrar o testamento, ou inventario, dos senhores Jose e Maria Tereza. Dai para frente eh que poderemos analisar e ver o que os documentos nos dizem para planejar o proximo passo. Grande abraco a todos e boa semana.
16. AOS FAMILIARES “DA CUNHA MENEZES”
Fiz a postagem anterior a esta com a finalidade de pedir ajuda aos primos para aprofundarmos as raizes dessa familia no ambito de Virginopolis e regiao. A Virginia Guia Candido trouxe-nos valiosissimas informacoes a respeito da Familia da Cunha Menezes no mundo. Contudo, desviou um pouco a intencao inicial. Talvez ela tenha sido picada pela “mosquinha do sangue azul”. rsrsrsrsrs
O que quero dizer com isso eh que, mais antigamente, se fazia genealogia assim mesmo. Os que escreviam alguma genealogia, geralmente, com ou sem base alguma, levantavam os nomes de famosos com a mesma assinatura `a qual se propunham discorrer sobre ela e afirmavam que pertenciam `a mesma familia. Porem, isso tem uma certa semelhanca aos “nomes fantasia” de remedios.
Do ponto de vista genetico atual, nao importa se o nome eh melhoral, aspirina Bayer ou AAS. O que importa eh que dentro haja o acido acetil salicilico porque este eh o que leva ao efeito desejado.
A Virginia mencionou-nos a principio a Casa de Lavradio, que teve um de seus apices no governo de D. Jose I, o pai da D. Maria I, a louca, mae do conhecido D. Joao VI, rei do Imperio Portugues. D. Joao VI era o regente quando a corte portuguesa desembarcou no Brasil, em 1808
O fato de existir uma Familia da Cunha Menezes na area de Virginopolis nao depende necessariamente dos de Lavradio. Espera-se que exista uma extensao desta familia que se encontrara com os de Lavradio, assim como com todos os outros nobres mencionados em todas as recomendacoes feitas pela Virginia. Alias, como mencionei antes, quem desejar conhecer as relacoes familiares que existem entre todos os “da Cunha Menezes” famosos da Historia, basta pagar uma cota no http://www.geneall.net e seguir nome por nome. Quem o fizer, vera que todos se encontrarao em diversos ancestrais comuns.
Tudo indica, que os nossos “da Cunha Menezes” tambem terao algum vinculo com eles. Porem, so saberemos qual se encontrarmos quem foram os pais do senhor JOSE DA CUNHA MENEZES, ate o momento, o primeiro deste nome em nossa regiao que encontramos. A partir dos pais, procurarmos os avos, ate encontrarmos o fio da meada. Saber que este fio da meada leva aos outros eh chover no molhado. Importante eh saber como!…
Trocando em miudos, devo afirmar que, em termos geneticos, os “da Cunha Menezes” de Virginopolis e regiao deverao ter muito pouco a ver com os de Lavradio. Mesmo que esse pouco nao deixe de ser importante.
Num exemplo pratico, podemos tomar o Angelo Meneses como cobaia. rsrsrsrs. Voce nao esparava por isso neh Angelo! Vamos supor que o senhor Jose fosse 100%, o que posso afirmar que nao era nem sombra disso, “da Cunha Menezes”. Ele casou-se com dona Maria Tereza Severino. Assim, os filhos terao sido 50% “da Cunha Menezes” e 50% da mistura Severino. Casando-se com a Sa Emidia, o sr. Joao da Cunha Menezes passaria 25% dos 100% iniciais para dona Julia. Ela passou 12,5% para o Angelo.
Por mais aparentado que o sr. Jose fosse dos de Lavradio, terao entre 3 e 5 geracoes de distancia entre eles. Assim, se as esposas em cada geracao ja nao fossem tambem “da Cunha Menezes”, a cada geracao passada causaria a reducao de 50% do parentesco. Isso quer dizer que o grau de parentesco pode ir caindo para 6,25; 3,125 e 1.6% aproximadamente. Ou seja, o Angelo teria 1.6% de consanguinidade com a Casa de Lavradio, caso nao tenha parentesco com eles por outras vias. O que provavelmente tera porque todos nos somos aparentados.
Portanto, o Angelo tera aproximadamente 98.4% de conteudo genetico de outras fontes que nao o “da Cunha Menezes”, dai, por que entao haveria que considera-lo um “da Cunha Menezes”? Ai eh que voltamos ao termo “fantasia”. Geralmente, o sobrenome que usamos nao passa disso! Eh pura fantasia! Torna-se util apenas como referencia para encontrarmos documentos que irao comprovar que realmente ele teve ancestrais com o sobrenome “da Cunha Menezes”.
Para a genetica, o que interessa eh a substancia ativa que formou o Angelo, ou seja, contar-se-ia os aproximadamente 1.6% dos “da Cunha Menezes”, de Lavradio, mas muito mais os outros 98.4%.
Por isso, gostaria de renovar minha solicitacao a quem se interessar buscar alguma informacao concreta em relacao `as ascendencias e origem geografica do casal patriarca: JOSE DA CUNHA MENEZES & dona MARIA TEREZA SEVERINO. Muitas vezes, a gente da menos valor ao nosso lado materno por causa de, principalmente em casos de pessoas mais antigas, os sobrenomes nao indicarem alguma procedencia reconhecidamente de classe social elevada. Mas este eh um engano que tende a revelar-se incauto porque nossas ancestrais tiveram pais, avos, bisavos etc.
E alguns deles sempre terao origens distintas reconhecidas. O problema eh que a nossa sociedade preconceituosa do passado relegou as mulheres ao segundo e terceiro planos. Assim, as fontes de pesquisas que temos de passado remoto sao documentos que mencionam os homens e seus feitos. A maioria absoluta das mulheres estava reclusa em seus ambientes domesticos. Dai nao tiveram seus nomes recordados fora dos registros de casamentos e batismos. E mesmo assim, muitas vezes os registros omitem suas ascendencias.
Neste ponto, uma questao que se torna recorrente aos meus escritos eh a forma que permitiu o nosso nascimento. Como sabem, para nascermos precisamos ter pai e mae. Eles precisaram ter nossos avos. Assim sucessivamente ate chegarmos aos primeiros da especie. Ou seja, em primeiro lugar, todos temos ancestrais comuns. E se calcularmos somente os mais recentes, multiplicando 2 X 2 X 2, numa sequencia que se repete por 33 vezes, chegaremos a um numero superior a 8.5 bilhoes de ancestrais, somente da 33a. geracao.
O fato eh este, isso remonta ha apenas 1.000 anos atras. Naquela epoca, a populacao humana era muito inferior a este numero. E nos descendemos apenas de uma pequena parte da populacao que viveu naquele tempo. Os mais de 8.5 bilhoes de espacos que caberiam a nossos ancestrais, apenas da 33a. geracao anterior `a nossa, estao todos ocupados, ou nao nasceriamos. O nosso nascimento tornou-se possivel apenas porque muitos milhares de pessoas que viveram naquela epoca sao repetidamente nossas ancestrais. Algumas deverao ser ate milhoes de vezes.
Alem disso, aquelas mesmas pessoas sao ascendentes, milhoes ou milhares de vezes, de todas as pessoas que vivem ao nosso redor, com raras excessoes.
Isso implica no detalhe importante. Se desejarmos encontrar parentesco com figuras historicas, basta-nos descobrir nossa genealogia remontando ha nao mais que uns 300 anos atras. Assim, chegamos a troncos que lancam ramos que dispersaram por todos os cantos do pais de nossa origem e quica do mundo. Entao, se acompanharmos a ascendencia das figuras historicas e famosas da atualidade, deveremos encontrar lacos com elas. E, muitas vezes, podera ser que teremos mais consanguinidade com estas do que com outras pessoas que usam o sobrenome identico ao nosso.
Em nosso exemplo pratico, pode ser que um “da Cunha Menezes” de cuja linhagem nunca saiu de Portugal sera menos parente do Angelo do que ele eh do bispo D. Manoel Nunes Coelho. Rsrsrsrsrsrs. Isso eu posso garantir que eh mesmo porque o Angelo eh repetidamente Magalhaes Barbalho, Nunes Coelho e Coelho de Magalhaes. Assinaturas que constam no rol de avos do D. Manoel, por ele ter sido primo em primeiro grau de nossos avos.
Entao, o processo de pesquisa genealogica atual nao passa mais pelo sobrenome que as pessoas usam e sim pelos documentos que as ligam `as diversas linhagens `as quais pertencem, assinando os nomes delas ou nao.
Neste caso, vamos procurar o registro de casamento do seo Joao da Cunha Menezes e da Sa Emidia ou com a Evangelina Nunes Coelho? Ou, ainda, algum possivel testamento ou inventario que os senhores Jose da Cunha Menezes e Maria Tereza Severino deixaram? Os registros de casamento dos outros filhos: Quinquim com Enedina; Liberalino com Adalgisa; Jose com Heloina; Luiz com Regina; Sebastiao (Betica) com Nenen; Olimpia com Antonio, Maria com Durval e Francelina com Francisco de Matias, poderiam ajudar da mesma forma. Grande abraco a todos.
Posteriormente a estes escritos, encontrei evidencias de que a Familia da Cunha Menezes permaneceu em Virginopolis antes que alguns mudassem para Divinolandia de Minas. Na lista de ex-alunos do caraca, por exemplo, encontra-se que o senhor Jose da Cunha Menezes Neto, filho dos senhores Quiquim da Cunha e dona Enedina, nasceu em Virginopolis. E sabemos que os filhos daquele ja em Divinolandia. Portanto, a documentacao da familia que podera existir devera estar mesmo em Virginopolis. E o nome da mae do Jose Neto ai era Henedina Flora de Oliveira, nada a ver com Enedina Borges de Menezes citado por dona Maria Filomena, pelo menos no que se trata ao sobrenome.
Ocorreu-me tambem outro raciocinio matematico que podera servir de exemplo bom para a melhor compreencao da comparacao entre sobrenomes e nomes fantasias de medicamentos. Trata-se do sobrenome Barbalho em minha familia. Nossos ancestrais mais recentes que o usaram sempre tiveram orgulho de o assinarem. Mas com a descoberta da linhagem que nos liga `a primeira pessoa que nos o passou no Brasil isso tornou-se ate, de certa forma, irrelevante. Muita gente em Virginopolis, inclusive o Angelo mencionado acima, tem ancestrais Barbalho, porem, assina outros sobrenomes. Considero uma casualidade nos o termos herdado apos tantas geracoes. Posso mencionar as geracoes a partir do meu pai para melhor exemplificar.
1922 Odon de Magalhaes Barbalho
1890 Trajano de Magalhaes Barbalho
1854 Marcal de Magalhaes Barbalho
1824 Francisco Marcal de Magalhaes Barbalho
1780 Policarpo Jose Barbalho
1750 Jose Vaz Barbalho
1710 Manoel Vaz Barbalho
1685 Maria da Costa Barbalho
1650 Paschoa Barbalho
1616 Jeronimo Barbalho Bezerra
1584 Luiz Barbalho Bezerra
1550 Camila Barbalho
1510 Braz Barbalho Feyo
Algumas datas ai postas foram fabricadas apenas para dar uma sequencia presumivel e nao se baseiam em algum registro encontrado. A sequencia de nomes pode sim ser confirmada em notas genealogicas exceto, por enquanto, a passagem de Jose Vaz e Manoel Vaz Barbalho. A constatacao de que sejam, respectivamente, filho e pai se baseia em evidencias razoaveis.
O certo eh que temos ai 13 geracoes anteriores `a minha. E se multiplicarmos 2 X 2 X 2, 13 vezes, temos que era esperado que eu tivesse 8.192 ancestrais, somente da 13a. geracao, representada por Braz Barbalho Feyo. Agora imaginem, que grau de parentesco eu e os outros descendentes tem com ele?! Na realidade, se o Braz Barbalho Feyo for uma unica vez meu ancestral, eu terei com ele uma consanguinidade de 1/8.192 partes, ou seja, dos meus aproximados 80 kg de peso, aproximadas 10 gr terao vindo dele e eh so.
Se tivessemos em maos e dispuzessemos os nomes dos 8.192 ancestrais numa linha continua, cada nome ocupando apenas 1 cm, teriamos aproximadamente 82 metros na fileira de nomes. Nada comparavel aos 85.000 aproximados kms se fossemos comparar com a 33a. geracao anterior `a nossa.
Claro, a possibilidade eh grande de eu ser mais de uma vez descendente do Braz Barbalho Feyo e ao que temos noticias dentro do que sabemos eu descendo dele pelo menos tres vezes somente em casos recentes de ascendencia. Nesta situacao, tenho garantidas 25 gramas dele. Isso porque desdendo dele 2 vezes mais pelo lado da minha mae, sendo que o Joao Batista de Magalhaes da aos descendentes de minha geracao o status de descendencia na 14a. geracao e nao na 13a.
Mas baseados no que encontramos em nossa genealogia mais recente ja documentada, podemos esperar que a gente descenda dele varias outras vezes. Inseguro eh afirmar quantas. Sabemos, porem, que a descendencia dele se espalhou por todo o Brasil, tanto eh que encontramos pessoas descendentes dele de Norte a Sul do pais, com a assinatura. Porem, a maioria absoluta da descendencia nao assina este sobrenome.
Entao, a possibilidade de descendermos “secretamente” dele eh enorme. Portanto, podemos, para efeito de raciocinio, supor que ele ocupe, somente na 13a geracao anterior `a nossa, 256 vezes. Nao eh uma suposicao totalmente absurda, posso garantir a voces. E se isso aconteceu realmente, poderemos ser, automaticamente, 256 vezes descendentes da esposa dele, a Maria (ou Catarina) Tavares de Guardes. Neste caso a soma nos da 512 espacos ocupados na 13a. geracao anterior `a nossa, pelo casal.
Dai, basta-nos dividir 8.192 por 512. O que nos dara um resultado de 16, ou seja, seriamos 1/16 descendentes do casal. Agora observem que essa relacao de parentesco eh a mesma que temos com nossos trisavos quando descendemos destes uma unica vez. Na pratica isso eh o que realmente acontece em muitos casos de pessoas cujas linhagens de ascendencia sao oriundas de lugares pequenos e muito antigos. Ancestrais que, aparentemente, nao deveriam ser tao proximos da gente o sao, por causa das muitas repetidas vezes que sao nossos antepassados. Mas somente atraves de uma Arvore Genealogica completa eh que podemos averiguar isso sem sombra alguma de duvida.
Mesmo que sejamos descendentes de milhares de outras pessoas numa 13a geracao como a desse nosso exemplo meio ficticio, algumas delas terao mais peso como nossas ascendentes, em razao das vezes que entrarao em nossa composicao. Portanto, dizermos que uma pessoa nem tem parentesco conosco porque eh nossa ancestral ha tantas e tantas geracoes atras, pode ser tao enganoso quanto assumirmos que pertencemos a uma familia porque usamos o sobrenome dela.
Neste mesmo caso, podera ser que eu seja apenas as 3 vezes conhecidas descendente do Braz Barbalho Feyo e da Maria (ou Catarina) Tavares de Guardes. Entao, pode ser que eu tenha muito mais vinculo com outro sobrenome que nao uso do que com aquele que uso. Por isso, nao posso confiar na tradicao de que sou porque uso o sobrenome. Devo procurar saber as outras assinaturas e quantas vezes se repetem em mim. Ai sim saberei quem sou e de onde procedo. Quica, de todas as partes do mundo!
Continuando o mesmo raciocinio, espero que na 13a. geracao anterior `a minha eu tenha diversos casais com o sobrenome Coelho. Contudo, um devera repetir-se mais vezes, que sera aquele que deu origem ao Coelho de Magalhaes, do qual descendo mas nao uso o sobrenome. Sou descendente por esta via 6 vezes do casal: Jose Coelho de Magalhaes e Eugenia Rodrigues Rocha que sao, simultaneamente, 5 vezes meus pentavos e 1 vez hexavos. Neste caso, em relacao aos ancestrais dele que ocupam a 13a. geracao anterior `a minha, eu teria algo em torno de, pelo menos, 55 gr. provenientes dos tais.
O que nao posso eh afirmar que sou muito mais Coelho do que Barbalho. Isso porque, ate o momento, temos a noticia de que a Eugenia Rodrigues Rocha era filha do Giuseppe Nicatsi da Rocha e Maria Rodrigues de Magalhaes Barbalho. Ou seja, as mesmas 6 vezes que sou Coelho de Magalhaes, sou tambem outras vezes Barbalho.
E imagino que Maria Rodrigues pertencia ao mesmo tronco familiar. Porem, eh possivel que, por este Barbalho proceder de linhagem feminina, posso ou nao encaixar os ancestrais dela na mesma 13a. geracao anterior `a minha. Isso porque as mulheres se casavam mais cedo e pode ser que as 6 vezes que descendo dela recaiam sobre as 14a. e 15a. geracoes anteriores `a minha.
Se for este o caso, entao, terei 25 gr. mais 2.5 gr. de ascendencia no Braz Barbalho Feyo. Somando as 25 gr. anteriores com estas 27.5 gr, tenho 52.5 gr. O que seria praticamente a mesma coisa que as 55 gr. atribuidas ao sobrenome Coelho de Magalhaes. Embora, se minha suposicao estiver incorreta e Maria Rodrigues levar-me 5 vezes `a mesma 13a. e 1 vez `a 14a. geracao anterior `a minha, terei ao todo 80 gr. do Braz Barbalho Feyo e Maria Tavares de Guardes. O restante dos meus aproximados 80 kg serao formados por tantos sobrenomes quanto possiveis mas o certo sera que outros ancestrais e os mesmos se repetirao muitas vezes naquela bendita 13a. geracao anterior `a minha.
Ja o Angelo Meneses sabemos que descende, pelo menos, 2 vezes dos Magalhaes Barbalho e 5 vezes dos Coelho de Magalhaes. Enquantoque dos “da Cunha Menezes”, apenas uma. Claro, levando-se em conta apenas os nossos ancestrais recentes comuns, dos quais temos conhecimento. Por isso, para que a assinatura Meneses dele tenha um conteudo maior do que nome fantasia, sera preciso que ele tenha herdado o sangue dos “da Cunha Menezes” ou de outros ancestrais comuns que os formaram atraves dos sobrenomes Barbalho e Coelho. Embora ele nao assine o Barbalho.
Uma consequencia de o Angelo ter um avo “da Cunha Menezes”, eh a de que sou mais Coelho do que ele mas ele assina o sobrenome e eu nao. As coisas sao assim mesmo. Meu pai era mais Coelho do que Barbalho, porem assinava Barbalho e nao Coelho. Minha mae eh mais Barbalho que meu pai. Mas assina o Barbalho so por via do casamento. O Barbalho que se repete 7 vezes no Angelo, repete 9 vezes em mim. O Coelho de Magalhaes se repete nele apenas 5 vezes, em mim 6. Ele eh 3 vezes Nunes Coelho. O mesmo em mim. A diferenca esta em que tenho os Coelho de Almeida, Coelho de Andrade e Coelho, do Souza Azevedo, que talvez ele nao tenha.
Observe-se que tanto para ele quanto para mim, o Magalhaes se repete, tanto no Magalhaes Barbalho quanto no Coelho de Magalhaes. Sera possivel que tenhamos diversos ancestrais assinantes do sobrenome Magalhaes na 13a. geracao anterior `a nossa.
O fato de eu ser mais vezes Coelho do que o Angelo e ele ter tido um avo “da Cunha Menezes” pode refletir-se negativamente em mim e positivamente nele. Isso pode significar que eu tenha menor variabilidade genetica do que ele. Temos que nos lembrar que biologia nao eh matematica. Porem, a probabilidade eh haver uma relacao direta entre menor variabilidade genetica e menor resistencia a problemas de saude. Individualmente, algumas pessoas com menor variabilidade genetica poderao ter saude perfeita, mas a tendencia sera de a maioria das pessoas muito consanguineas apresentarem maior numero de problemas de saude.
Extendo um pouco o calculo para a 33a. geracao que mencionei acima, apenas para ilustrar melhor essas relacoes de parentesco. Uso esta geracao porque considerando que o intervalo entre geracoes se de de 30 em 30 anos, 33 seria o numero de geracoes que teriamos em 1.000 anos. Na verdade depende da linhagem, podendo ser mais ou menos geracoes. Alguns estudiosos adotam o numero de 40 geracoes a cada milenio. Mas o fato eh que temos mais de 8 bilhoes e 500 milhoes de espacos a serem ocupados por ancestrais, somente da 33a. geracao anterior `a nossa.
Isso significa dizer que se usassemos o espaco de 1 cm para escrever os nomes de cada um, repetindo-se quantas vezes necessarias os nomes daqueles que sao repetidos como nossos ancestrais, teremos mais de 8.500.000.000 cm. Cortando 2 zeros, teremos 85.000.000 de metros. Cortando-se mais 3 zeros teremos 85.000 km. Isso quer dizer que para colocar o nome dos nossos ancestrais numa folha continua e nessas condicoes, e extendessemos numa linha que acompanhasse a linha do equador terrestre, seriam preciso um pouco mais de 7 voltas em torno da Terra para completar o nosso trabalho.
Agora se o fizessemos em forma de uma correntinha de ouro, com pingentes contendo um nome de cada um de nossos ancestrais em cada pingente, distribuidos a cada centimetro, e tomassemos cada meio metro para fazer um colar, poderiamos presentear 170 milhoes de pessoas, cada uma com um colar. Nao faco ideia de quantas mas serao necessarias toneladas de ouro para conseguir realizar tal proeza.
Ato continuo, a cada geracao anterior, os espacos que deveriam ser ocupados por apenas um ancestral dobram, ou seja, poderiamos fazer 340 milhoes de colares com os nomes de nossos ancestrais, somente da 34a. geracao anterior `a nossa, e 680 milhoes da 35a. E assim por diante. Se formos faze-lo para calcularmos a geracao que ocuparia o ano 75.000 antes dos dias de hoje, nossas medidas ja nao serao possiveis fazer em metros ou quilometros. Teremos que usar anos luz.
Tomei essa data de 75.000 anos atras porque foi a epoca em que iniciou-se a Era Glacial passada. Julga-se que ela foi iniciada por causa da erupcao de um supervulcao na Indonesia que encheu a atmosfera com tantos gases e detritos que a luz solar muito pouco chagava ao solo. Com isso houve um desequilibrio ecologico e a especie humana entrou numa fase de risco de extincao, sobrevivendo com apenas uns poucos milhares de pessoas.
Estes poucos milhares sao os ancestrais de todas as pessoas que vivem atualmente no planeta. E talvez seja o que explique o porque de a nossa especie quase nao ter variabilidade genetica em comparacao com outras especies mamiferas que nao estejam em risco de extincao atualmente.
Pode parecer complicado a alguns mas penso que nao ha meio mais simples de explicar o parentesco que temos com nossos ancestrais mais remotos a nao ser atraves desta matematica simples. Assim calculem voces a parte que vos cabe como exercicio de memorizacao destas coisas. Elas podem parecer sem importancia mas eh o que verdadeiramente somos.
17. FAMILIARES FERREIRA RABELLO
Vou passar aqui para voces algo que conhecia da internet e que devera despertar a curiosidade de voces. Entrem neste endereco:
http://www.arvore.net.br/trindade/TitRabelos.htm, e tirem suas proprias conclusoes.
Talvez seja um equivoco do pesquisador Virgilio Pereira de Almeida dizer que o pai do barao do Serro: Bernardo Jose Ferreira Rabello, fosse portugues. Observem que pela projecao de datas, os Ferreira Rabello estao em Minas Gerais, possivelmente, desde antes do nascimento dele. Dai, sera provavel que seja natural de Barra Longa ou de Leopoldina.
Por falar nisso Balduino Cézar Rabelo, pelo jeito valera a pena dar um passeiozinho a Leopoldina para ver se consegue o registro de casamento dos seus avos: Pedro Ferreira Rabello de Magalhaes e Bellarmina Werneck de Lacerda. Garanto que a cidade eh simpatica e agradavel de se visitar.
Caso se comprove que os Rabello Ferreira de Guanhaes e Virginopolis sao mesmo desta raiz, ficara comprovado que tambem sao aparentados dos Ferreira Rabello do Rio de Janeiro. E ali terao parentesco com outros baroes, nao apenas o do Serro. Aguardemos por enquanto a constatacao, depois falamos disso.
No registro de casamento de ambos devemos encontrar os nomes dos pais e avos, o que sera uma grande fatalidade nao coincidirem com nenhuma destas pessoas na genealogia do Conego Trindade. Dai voces poderao descobrir exatamente de onde vieram de Portugal e ate mesmo da Franca.
Observe que o N3, Sebastiao, casou-se com dona Francisca Maria Angelica, que era Bn 5 dos Lanas. Os Lana descendem do Jean de Lanne. Caso queiram mais informacoes, passem para a pagina dos Lana naquele site. Mas tambem podem ser Martins, ou Xavier (aparentados do Tiradentes), como segue na descendencia. A partir dai, poderao descender de diversos outras ramos portugueses e brasileiros que o livro mostra. Mas o primeiro passo sera mesmo buscar o vinculo com a Familia da Zona do Carmo. Dai o resto sera mamao-com-acucar.
Afetuoso abraco a todos.
Haydée Coelho Coelho, Dirceu Rabelo, Celina Rabello, Neto Rabello, Francisco Dias de Andrade, Heloisa Hercila De Andrade Garrido, Jorge Miguel de Moraes, Roxane Barbalho, Carlos Magalhaes Barbalho, Adamar Nunes Coelho, Elesbao Nunes Coelho Bao, Jamir Nunes Coelho. Romeu F Madureira, Bento Luiz Silva. Passem para frente. Talvez alguem se anime a ajudar a desvendar este misterio.
Uma dica. Nao devera haver registro de casamento entre o senhor Pedro e dona Bellarmina no cartorio. Se o casamento se deu antes de 1889, data da Proclamacao da Republica, o registro sera eclesiastico, ou seja, na Igreja. Isso porque a separacao de Igreja e Estado so se deu naquela data.
Apenas acrescentando, a Paroquia de Nossa Senhora do Rosario do Sumidouro, mencionada no livro do Conego Trindade fica na atual Pedro Leopoldo. Vejam a Historia no:http://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_Leopoldo.
Espero que ninguem tenha animado a sair correndo para buscar algum documento que venha a nos esclarecer melhor as origens da familia. Uma visita a Leopoldina nao seria nada mal. Mas lembrei-me de outro detalhe.
O conego Trindade (Raimundo) foi, talvez, o maior geneologo mineiro ate o momento. Ele nao apenas escreveu o livro: “Genealogias da Zona do Carmo.” Outra obra que deve nos interessar sera a “Velhos Troncos Ouropretanos”. Nestas obras ele explora as genealogias de pessoas que se estabeleceram em Minas Gerais durante o “Ciclo do Ouro” e tiveram alguma importancia politico-economica. Imagino que, hoje-em-dia, uma parte consideravel dos mineiros e descendentes que sairam do estado terao vinculos parentais com as raizes descritas pelo padre Trindade.
Contudo, a obra mais completa dele eh o “VELHOS TRONCOS MINEIROS”. Um calhamaco de mais de mil paginas, dividido em 3 volumes. Eh provavel que nesta obra ele tenha repetido o que esta naqueles livros mais antigos e dado continuidade aos dados que constam neles. Sei que ele inclusive incluiu familias que se multiplicaram a partir de Conceicao do Mato Dentro, Serro e Diamantina. Eh provavel que ele ja tenha ate descrito como se deu os vinculos dos Ferreira Rabello da Zona da Mata Mineira, do Serro e do Rio de Janeiro.
A colecao foi publicada em 1955, portanto, so podera ser encontrada em sebos. Porem, tambem em bibliotecas maiores, como a Biblioteca Publica de Belo Horizonte. Penso que bastaria uma rapida olhada no indice para saber se ele abordou ou nao as familias de nosso interesse. Se a resposta for positiva, nao sera dificil encontrar os vinculos que procuramos.
Infelizmente nao tenho acesso `as obras, exceto a que esta na internet (Genealogias da Zona da Carmo). Mas esta se concentra mais nas familias que colonizaram a area de Barra Longa, terra natal do conego.
Grande Abraco.
18. PEQUENA ANTIGA NOVIDADE
Parece-me que “o amor esta no ar”. Falta-nos procura-lo.
Como o site do Family Search esta sempre em evolucao, vez por outra dou uma olhada para ver se ha alguma novidade em relacao aos documentos que eles tem catalogados. Ontem, 27 de fevereiro de 2014, aniversario da Celeste, minha irma, encontrei um nome de membro de nossa familia. Trata-se de dona Theodozia de Aguiar Barbalho, que segundo as minhas perspectivas foi nossa tiahexavo (ou sextavo como alguns preferem) ja garantida, irma do Manoel Vaz Barbalho, o avo do padre Policarpo Jose Barbalho.
Esta la nos documentos que ela casou-se com Joseph Carneiro da… Nao conseguiram ler, mas pode ser “da Costa”, “da Cunha”, “da Silva” ou qualquer outro sobrenome do genero. Ela era filha do Manoel Aguiar e Maria da Costa Barbalho, nossos heptavos (ou setimavos). O marido era filho de Matheus Lage e Maria Carneiro. O casamento se deu na Igreja de Nossa Senhora da Assuncao, no dia 17.12.1717, em Mariana.
Este achado enriquece sobremaneira o que conhecemos a respeito de nossa familia. Uma que da sustento `a minha suspeita de que as Familias “Aguiar” e “da Costa” que estavam associadas ao Barbalho Bezerra no Rio de Janeiro mudaram-se juntas para Minas Gerais, por serem nomes geralmente associados ao servico publico. Um dos escrivaes durante a fundacao do Rio de Janeiro tinha a assinatura “da Costa”.
Ate entao, o registro de membro reconhecido na familia em Minas Gerais era o do casamento do Manoel Vaz Barbalho com a hexavo Josepha Pimenta de Souza, que se deu em 1732, no Distrito de Milho Verde, no Serro. Ao que tudo indica, nossos ancestrais ja estavam ha pelo menos 15 anos anteriores no Estado de Minas. O detalhe eh que suspeitei que tivessem se mudado para o Serro, por volta de 1720, porque foi a epoca em que a Comarca foi criada.
Agora, com o registro em 1717, devemos esperar que os funcionarios “da Costa” e “Aguiar” tenham se aliado ao governador Antonio de Albuquerque Coelho de Carvalho, que foi governador do Brasil do Sul (Rio de Janeiro, Sao Paulo e Minas do Ouro). Ele foi nomeado para resolver o Conflito dos Emboabas. Depois houve a separacao da Provincia com a criacao do Rio de Janeiro. Ja em 1720 houve nova separacao, criando-se as Provincias de Sao Paulo e Minas Gerais, antes reunidas em uma so.
Mas o interessante aqui sera lembrarmos de que temos a mencao que dona Maria Rodrigues de Magalhaes Barbalho foi a mae da nossa pentavo Eugenia Rodrigues da Rocha, esposa do nosso pentavo portugues, alferes de milicia, Jose Coelho de Magalhaes. Nossos pentavos foram pais do Jose Coelho da Rocha em 1782, ou seja, 65 anos apos `aquele casamento em 1717. Dona Maria poderia ter nascido deste casamento e ter perfeitamente sido avo do fundador de Guanhaes.
Mas, claro, nao vou afirmar, afinal existem registros outros de casamentos com pessoas da assinatura Barbalho, tanto em Ouro Preto quanto em Mariana nos anos 1750. E nao temos o acompanhamento dos Barbalho na regiao do Serro, apenas algumas mencoes. Acredito que como as tradicoes vinculam o ancestral portugues Jose Coelho de Magalhaes com o Manuel Rodrigues Coelho, que tambem viveu nos arredores de Mariana, pode ser que isso tenha facilitado o encontro dele com a avo Eugenia Rodrigues Rocha.
Creio que as evidencias poderao mesmo concretizar-se e algum dia encontrarmos os registros de casamento da ancestral Maria Rodrigues de Magalhaes Barbalho com o Giuseppe Nicatsi da Rocha em Mariana ou Ouro Preto. Ai poderiamos encontrar tambem o registro da filha Eugenia Rodrigues Rocha e do casamento dela com o Jose Coelho de Magalhaes. Assim, poderemos constatar, ou negar, que tanto o Coelho quanto o Barbalho tiveram mesmos ancestrais procedentes do Rio de Janeiro.
Nao podemos esperar que dona Theodozia e Joseph sejam pais de dona Maria Rodrigues. Ha outro casal com boa chance. Eles se chamaram Jose Rodrigues e Teresa Maria de Jesus. Os sobrenomes nao informam muito mas tem la no Family search os registros de casamentos de dois filhos deles: Liandro e Janoario Jose Barbalho. O Liandro inclusive casou-se com alguem identificada como V. Barbalho. E esta era filha de Dionisio Barbalho Bezerra.
Mas os casamentos deles se deram em 1753 e 1758, muito tarde para serem pais de dona Maria, porem, em tempo razoavel para serem irmaos ou primos. O nome Teresa Maria de Jesus tanto pode ser de indigena ou escrava batizadas quanto de outra membro da Familia Barbalho que nao usava o sobrenome. O certo eh que havia se formado um nucleo da Familia Barbalho ao redor da antiga capital do Estado. E sabe-se por informacao no livro: Genealogias da Zona do Carmo, que os Magalhaes vagavam nos arredores. Sendo inclusive ancestrais do bispo Dom Silverio, primeiro bispo de Diamantina.
Temos que aguardar mais noticias. Se nao nos atrevermos mais e irmos diretamente `as fontes.
So imagino um pequeno detalhe. Nos temos um acompanhamento muito pequeno da descendencia dos ancestrais Manoel Vaz Barbalho e Josepha Pimenta de Souza. Mesmo assim o que temos ja da para fazermos uma ideia de que sao ancestrais de populacoes de uma cidade atras da outra no Centro-Nordeste de Minas Gerais. Se dona Theodozia e Joseph tiveram a mesma sorte de deixar numero semelhante de descendentes, as cidades em torno de Mariana e, possivelmente, do resto de Minas Gerais serao tambem compostas de populacoes de descendentes dos pais deles.
Ha que se lembrar que Mariana foi a capital de Minas, sendo depois substituida por Ouro Preto. E no periodo de colonizacao do restante do Estado o fluxo migratorio se deu no sentido contrario em relacao ao que aconteceu na segunda metade do seculo passado. Ou seja, as populacoes maiores se concentravam nas cidades historicas que enviavam seus excedentes populacionais para formar-se os novos arraiais.
Com a ocupacao do espaco rural do Estado e o inicio da industrializacao centralizada em poucas cidades conhecidas como polos industriais o fluxo migratorio se inverteu em direcao a estas. Com isso a populacao geral primeiro se dispersou, agora se ajunta, porem, muitos dos ancestrais sao os mesmos. Para o bem de todos agradecamos aos que chegaram depois, como os imigrantes de quaisquer outros paises, pois, atraves destes podemos ter um pouquinho mais de variabilidade genetica, o que nos permite esperar que se reflita em uma melhor condicao de saude de um modo geral.
E observem que, por enquanto, temos noticia apenas destes dois filhos do casal Manoel Aguiar e Maria da Costa Barbalho. Se eles tiveram 10 filhos, que tenham se multiplicado nas mesmas proporcoes, um numero consideravel da populacao do Estado e do pais tera ascendencia nele. Muitos poderao argumentar que isso sera de menor importancia porque a populacao total descende simultaneamente de muitos outros casais. Isso eh verdade e eh com isso que conto para o nosso bem. Por outro lado devemos levar em conta tambem que muitos destes outros casais ja faziam parte das familias “Aguiar da Costa Pimenta Vaz Barbalho”.
Para grande parte da populacao geral sera valido o argumento de que muitos outros casais tornaram-se Adoes e Evas do Estado. Pois estes serao menos consanguineos. Mas para outra parte isso nao tera validade alguma porque o esperado sera que alguns grupos de familias, ja aparentadas entre si, mudaram-se para o Estado, permaneceram proximas em seu processo de multiplicacao e continuam ate hoje concentrando consanguinidade.
Nisso, alguns membros de cada familia estarao recebendo a heranca maldita de gens recessivos e provocadores de problemas de saude. Dai a necessidade de procurarmos conhecer a Arvore Genealogica conjunta de toda a populacao para que se possa ter ideia de quem esta mais ou menos vulneravel, pois, uma orientacao `as pessoas em risco podera evitar que continuem passando para frente o pior para seus proprios filhos. Este eh o sentido mais nobre do estudo da genealogia.
Outra noticia foi que recebi um pequeno resumo da descendencia de Antonio Nunes Coelho e Maria Araujo Ferreira. Este Antonio nasceu em 1829, sendo filho dos nossos quintavos Euzebio Nunes Coelho e Anna Pinto de Jesus. Instalou-se em Pecanha, onde eh mencionado no livro: A Mata do Pecanha, sua Historia e sua Gente. Paginas 40 e 71.
Quem enviou-me o estudo foi a amiga Marina Raimunda Braga Leao. Ela estuda as familias que colonizaram Pecanha e suas descendencias. Ao que ja conversamos ela eh inclusive aparentada da nossa “bisavo em exercicio” Melita da Penha Netto, a segunda esposa do bisavo Joao Rodrigues Coelho. Passou-me apenas a geracao de filhos e alguns netos do Antonio Nunes Coelho, com respectivos conjuges.
Conversando com o Dr. Jose Geraldo Braga, juiz aposentado da Comarca de Virginopolis e tambem pecanhense, pudemos determinar mais ligacoes entre as populacoes das duas cidades, pois, quatro dos filhos do casal: Octavio Nunes Coelho e Nadir Aguilar (Totote) casaram-se em Pecanha. Ele teve como primeira esposa `a dona Esther Honoria Coelho, aparecem na pagina 13 do livro da Ivania, porem, sem a descendencia. Os filhos: Astramiro, Jose, Juarez e Otto casaram-se com membros de familias tradicionais de Pecanha.
Incluindo-se a Braga, atraves do casamento do Juarez com a Maria Valdete Braga. E uma das filhas, Ivone Maria Braga Leite tornou-se a esposa de seu primo, Giovanni Campos Coelho, que reune ascendencia em diversas familias tradicionais em Virginopolis. E esse vira-volta de casamentos lembra-me jogo de sinuca, onde uma unica bola pode espalhar todas as outras, ligando-as pelo impacto, fazendo-as correr para diversas direcoes e encontrar-se em novos impactos.
Quanto ao ramo Nunes Coelho de Pecanha, pelos sobrenomes dos conjuges de seus membros ja da para fazer ideia de que ha afinidades com as populacoes de cidades vizinhas como Guanhaes e Virginopolis. Mas precisamos maior aprofundamento para sabermos o quanto.