A FAMILIA DE MANUEL RODRIGUES COELHO EM RESUMO
INDICE:
001. TIO JOAOZINHO, BARBALHO, MAS NEM TANTO!
002. ENFIM ALGO CONCRETO A RESPEITO DA FAMĆLIA NUNES COELHO.
003. CONTATO CON DONA ANA ROCHA
004. ANALISANDO DADOS DE ANTEPASSADOS ENCONTRADOS NO SITE FAMILYSEARCH.
005. POLICARPO JOSE BARBALHO
006. “COROACI – ONTEM E HOJE”
007. O RESUMO EM ESQUELETOS GENEALOGICOS
008. DESCENDENTES DE D. PEDRO I, DE PORTUGAL, E DONA IGNEZ DE CASTRO?
009. GENEALOGIA DE ANTONIO JOSE MONIZ BARRETO:Ā UM POUCO DO CONTEĆDO DA “REVISTA TRIMENSAL DO INSTITUTO HISTORICO E GEOGRAPHICO BRAZILEIRO”
010. OS BARBALHO DO RIO DE JANEIRO, POR RHEINGANTZ
011. PRIMEIROS MORADORES DE GUANHAES, VIRGINOPOLIS E PECANHA …
012. A FAMILIA DE MANUEL RODRIGUES COELHO EM RESUMO.
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- Os asteriscos foram usados para identificar pessoas comĀ vĆnculos ouĀ possĆveisĀ vĆnculos com aĀ famĆlia.
SenhorĀ JOAO DA CUNHA MENEZES* parece-me ser avĆ“ ou tio do senhor JOAO DA CUNHA, filho de JOSE DA CUNHA MENEZES, que nos legou farta parentela em VIRGINOPOLIS.
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003.Ā CONTATO COM DONA ANA ROCHA
pag. 343 Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā āBARBALHOS
- FernĆ£oĀ (A) Barbalho era natural de Entre Douro e Minho .. .. .. e teve:
2.Ā Antonio Barbalho
2. Luis Barbalho
2. Alvaro Barbalho
2. Antonio Barbalho filho 1o. este viveo no Porto aonde foi cidadĆ£o. Casou com ā¦ā¦ā¦ e teve:
3. Antonio Barbalho
3. D. Guiomar ā¦ā¦ā¦ā¦ā¦ā¦ā¦ā¦.. m.er de Ignacio Cenarche de Noronha co. g.Ā Casou 2a. vez com D. Antonia Bezerra, ou Monteira, filha de Domingos Bezerra ā¦ ā¦ ā¦ e houve:
3. Luis Barbalho Bezerra
3. Felippe Barbalho Bezerra
3. Antonio Barbalho filho 1o. deste viveo no Brazil ā¦ ā¦ ā¦
3. Luis Barbalho Bezerra filho 2o. de Anto. Barbalho E o 1o. de
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(A) Os f.os deste FernĆ£o Barbalho erao primos de M.elĀ Fran.coĀ Barbalho e tiverao Capella em S.Ā Fran.coĀ do Porto. E o dito M.elĀ Fran.coĀ Barbalho foi pai de Clara Barbalho m.er de G.ar de Carvalho e forao pais de Jo. Lopes Barbalho fidalgo da casa delRei eĀ Com.orĀ de Sanfins de Nespereira e Mestre de Campo no Alentejo.
*******************************
Pag. 354
sua 2a. mulher n.2 foi insigne Soldado nas armas do Brazil: foi fidalgo da Casa delRei EĀ com.orĀ dos casaes na ordem de Christo. E Governador do Rio de Janeiro onde morreo.
Casou com D. Maria Furtado de M.Ƨa Ā filha de FernandāAyres Furtado E de sua m.er Cecilia Carreira E houve:
4. Guilherme Barbalho Bezerra
4. Agostinho Barbalho Bezerra
4. FernĆ£o Barbalho
4.Ā Fran.coĀ Monteiro Barbalho
4. Cosma Bezerra m.er deĀ Fran.coĀ de Negreiros Soeiro Sr. de hum engenho no Brazil
4. D. Antonia Bezerra m.er de Antonio Pereira de Sousa fo. de Eusebio Frra. Dromondo E de Cn.a de Sousa sua m.er.
4. D. Cecilia .. ā¦ .. m.er de Anto. Barbosa Calheiros fo. de Io. Barbosa Calheiros em Vianna
4. D.Ā Fran.caĀ Furtada
4. Guilherme Barbalho Bezerra filho 1o. deste he Alcaide-mor de Serzipe delRei e tem a Comenda de seu pae. Casou com D. Anna Pereira fa. de D.os de Negreiros Soeiro Sr. de Engenho ā¦ ā¦ ā¦ e teve
5. Luis Barbalho
5. Domingos Barbalho
Pag 355
4. Ago. Barbalho Bezerra fo. 2o. de Luis Barbalho Bezerra n.3 Foi correo-mor do Brazil ā¦ā¦
4. FernĆ£o Barbalho filho 3o. de Luis Barbalho Bezerra no. 3 Foi Vedor da Fazenda da India. Casou co D. Maria de Macedo m.er baixa.
4.Ā Fran.coĀ Monteiro Barbalho filho 4o. de Luis Barbalho Bezerra no. 3 Foi G.or da Fortaleza de S. Marcello na Bahia
3. Felippe Barbalho Bezerra filho 3o. de Antonio Barbalho no. 2 E o 2o. de sua m.erā¦ā¦..
2. Luis Barbalho filho 2o. de FernĆ£o Barbalho no. 1 servio na India ā¦ā¦ā¦ e teve
3. D. ā¦ ā¦ ā¦ m.er de D. Luis de Sousa ou da Sylva paes delRey de Maldiva tto. de gras.
2. Alvaro Barbalho filho 3o. de FernĆ£o Barbalho n. 1 Ā Casou no Brazil co ā¦. ā¦ ā¦.ā
OBSERVAĆĆES MINHAS:
Infelizmente os trabalhos de AlĆ£o nĆ£o nos dĆ£o ideias de datas para compararmos.
Mas creio na possibilidade de o primeiro filho de FernĆ£o Barbalho, ANTONIO, ser o prĆ³prio Bras Barbalho Feyo. Pode ser que tivesse o nome de Antonio BrĆ”s, tendo AlĆ£o preferido o nome de batismo e os autores no Brasil preferido o nome pelo qual todos o conheciam.
Isso porque coincide que foi dito que o BrƔs foi pai de Felipe, Alvaro e Camila.
Por nĆ£o ter tido noticias da existĆŖncia da Camila foi que ele atribuiu a paternidade do governador Luiz Barbalho Bezerra ao prĆ³prio Antonio, que era o avĆ“ e nĆ£o o pai.
Para isso ser verdade, porem, houve uma completa confusĆ£o de AlĆ£o. E seria necessĆ”rio que o BrĆ”s, ou Antonio BrĆ”s, houvesse se casado 3 vezes. Sendo a terceira com Catarina ou Maria Tavares de Guardes.
Se tivĆ©ssemos datas de nascimentos e falecimentos do Antonio e do BrĆ”s, ou Antonio BrĆ”s, poderĆamos saber se poderiam ter sido pais do governador Luiz Barbalho que nasceu em 1584.
Existem estudos recentes que dĆ£o nomes `as esposas do Antonio. Sendo que a segunda seria filha de Branca Dias, eternizada pelo processo inquisitorial que sofreu. E a noticia da transferencia Antonio (BrĆ”s) para o Brasil nĆ£o tivesse chegado aos ouvidos do autor.
Claro, o BrĆ”s poderia ter sido um membro da famĆlia nĆ£o mencionado por AlĆ£o, por nĆ£o ter tido conhecimento da existĆŖncia dele. Dai as confusƵes.
Interessante foi que AlĆ£o deve ter consultado alguns arquivos mas nĆ£o ter se dirigido aos filhos do prĆ³prio governador Luiz Barbalho que ainda eram vivos.
Inclusive, por ocasiĆ£o da escrita, Agostinho Barbalho Bezerra fora enviado a Lisboa, para responder a processo consequente da Revolta da CachaƧa, acusaĆ§Ć£o de crime pelo qual foi absolvido e requereu algumas mercĆŖs reais, em funĆ§Ć£o dos serviƧos prestados `a coroa portuguesa pelo pai, ja falecido, e por ele prĆ³prio.
Entre as mercĆŖs concedidas estaria a da Capitania HereditĆ”ria de Santa Catarina, da qual nunca tomou posse por antes ter falecido.
`A ocasiĆ£o alegou ter mĆ£e e 3 irmĆ£s, pelas quais ele era o responsĆ”vel. Dessas 3 irmĆ£s, somente atravĆ©s de AlĆ£o tenho informaĆ§Ć£o que uma chamava-se Francisca Furtada.
Ate entĆ£o, sabia os nomes de 6 varƵes e 3 mulheres. Como os destinos delas Ć© sabido, talvez tenhamos mais uma (se Agostinho incluiu dona Cecilia que ja deveria ser viuva) ou duas (caso contrĆ”rio), das quais nĆ£o sabemos os nomes.
Seriam, entĆ£o, um total de 11 ou 12 filhos, diferentemente do que foi dito por Borges da Fonseca serem 10.
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Esse e outros estudos estĆ£o numa pagina de meu blog cujo endereƧo Ć©:
contem informaƧƵes importantes a respeito dos engenhos pernambucanos. Os engenhos de aƧĆŗcar estĆ£o organizados por ordem alfabĆ©tica e os nomes de fundadores e senhores em sequencia cronolĆ³gica.
- Agostinho Barbalho, que, servindo bem em todas asĀ ocasiƵes em que se achou, naĀ remoĆ§Ć£o de Salvador Correa de Sa e Benevides, governador do Rio de Janeiro, o degolou. Foi senhor da ilha de Santa Catarina, de que lhe fezĀ mercĆŖ el-rei D. Afonso VI, porĀ provisĆ£o de 4 de Fevereiro de 1664.
2. Guilherme Barbalho, que se segue
- “Principiou estaĀ famĆliaĀ em Braz Barbalho Feyo, que passou a Pernambuco logo nos primeiros anos de suaĀ povoaĆ§Ć£oĀ casou com N …… Guradez,Ā irmĆ£ de Ignez Guardes, mulher do instituidor do Morgado do Cabo e filha de Francisco Carvalho de Andrade, e de sua mulher Maria Tavares de Guardes, que foram os primeiros senhores do engenho de SĆ£oĀ Paulo daĀ VĆ”rzea. (pag. 385)
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005.Ā POLICARPO JOSE BARBALHO
Sem propriamente buscar, encontrei o registro de batismo de certo PLACIDO VAZ BARBALHO.
Esse menino nasceu em 18.Mar.1781.
Por um acaso, o registro esta no livro do Distrito de Santa Rita DurĆ£o, que pertence a Mariana – MG.
Livro esse que estive com ele na mĆ£o quando visitei o Arquivo Arquidiocesano da Arquidiocese de Mariana. Mas sem os Ć³culos, nĆ£o pude ler os garranchos das letras cursivas. Cheguei a ver que havia la um POLICARPO. Qual era, nĆ£o deu para definir.
Agora o site FamilySearch publicou as copias fotogrĆ”ficas do livro por la. Ainda nĆ£o pude ler. Mas por baixo das paginas ha uma traduĆ§Ć£o do essencial. Vamos la pra ver!
Assim, lembrei-me de buscar nas paginas. E na 56 temos o PLĆCIDO, e o POLICARPO na 47.
POLICARPO DE SAM JOZE VAZ BARBALHO.
Batizado na Igreja de Nossa Senhora de NazarƩ.
Filho de: JOZE VAZ BARBALHO e ANNA JOAQUINA DE SAM JOZE.
Local: Santa Rita DurĆ£o (antigo Inficcionado)
Data: 21.Mar.1779
Ou seja, o padre POLICARPO casou-se aos 29 anos, em 1808. Ja estava bem erado, como se costuma dizer e, talvez, ja fosse padre anterior ao casamento. Tudo depende das tradiƧƵes que podem ocultar certos dados sensĆveis das biografias de nossos antepassados.
Poderia ter abandonado as funƧƵes para depois, apĆ³s ter ficado viuvo e ja com a idade aproximada de 71 anos, em torno de 1850, retornar ao seminĆ”rio e `a ordenaĆ§Ć£o. Mas as tradiƧƵes afirmam que nĆ£o chegou a ordenar antes.
O padre, nosso tio, EMIGDIO, filho do POLICARPO, ordenou-se em 1845 e dizia:
“Eu sou padre,
meu paiĀ Ć© padre,
eu nĆ£o sou filho de padre,
e sou padre mais velho que meu pai.”
Vamos ver se aprendo a mexer nos botƵes. Se segurem ai!!!
Talvez consiga ver os livros de casamentos depois. E ai, se encontrar o casamento do JOSE VAZ BARBALHO e ANNA JOAQUINA, ficaremos sabendo se somos ou nĆ£o descendentes diretos do MANOEL VAZ BARBALHO e de JOSEPHA PIMENTA DE SOUZA.
Vejam a pagina, que esta aberta a quem tem assinatura, gratuita, no FamilySearch:
https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:S3HY-65L9-RGR?i=46&cc=2177275
Ai encontra-se o registro do nascimento do POLICARPO. Mas antes descubra o nome do tio PLĆCIDO nos recordes e abra. No lado direito aparecera a foto do livro e para abrir basta clicar em cima.
2a. NOTA
Passei uma olhada no livro (na traduĆ§Ć£o resumida) e nĆ£o encontrei outros parentes. Mas ja estou satisfeito em encontrar o tio PLĆCIDO, alem do registro do tetravĆ“.
Infelizmente, algumas paginas estĆ£o sem a traduĆ§Ć£o, portanto, nĆ£o deu para saber se os ancestrais JOSE VAZ BARBALHO e ANNA JOAQUINA MARIA DE SAM JOSE tiveram mais algum filho em SANTA RITA DURAO.
No mesmo site tem os registros de casamento do POLICARPO (1808), GERVASIO (1813) e FIRMIANO (1822).
La esta que o GERVASIO nasceu em CONCEIĆĆO DO MATO DENTRO. Mas como nĆ£o tem a idade, nĆ£o se sabe quando os ancestrais se mudaram para aquela cidade. E como ele casou-se em 1813, provavelmente devera ter sido o terceiro filho.
Se o PLĆCIDO nĆ£o faleceu crianƧa ainda, pode ter migrado para o RIO GRANDE DO SUL, onde la se encontrava parte da famĆlia, pois, o POLICARPO JOSEPH BARBALHO, filho do casal MANOEL VAZ BARBALHO e JOSEPHA PIMENTA DE SOUZA, mudou-se para o Sul e, `a mesma Ć©poca, registrou vĆ”rios filhos em GRAVATAI, na regiĆ£o da Grande PORTO ALEGRE.
Digo isso porque naquele estado o nome PLĆCIDO parece ser comum, inclusive teve o PLĆCIDO DE CASTRO, nascido no RS, que tornou-se herĆ³i do ACRE, quando chefiou a revolta dos seringueiros para tomar o territĆ³rio da BOLĆVIA.
E, talvez haja ai ate alguma possĆvel relaĆ§Ć£o de parentesco.
O POLICARPO, que foi para o RS, deixou filhos com nomes tais: MANOEL, EUGENIA, UMBELINO, ANNA, POCIDONIO, JULIO e CANDIDA.
Como sabem, alguns desses nomes sĆ£o comuns na nossa linhagem BARBALHO e tambĆ©m sĆ£o no RIO GRANDE.
Assim fica mais essa evidencia que pode ligar-nos aos ancestrais MANOEL VAZ BARBALHO e JOSPHA PIMENTA DE SOUZA, oĀ que tenho apenas como suspeita sem ainda um comprovante documental.
Alias, JOSEPHA era nome de outra filha do POLICARPO JOSEPH. Ela deve ser mais velha e nĆ£o ha o registro de nascimento no site, porem, ha o de casamento com JOSE PEIXOTO DE MIRANDA, em 05.07.1794. Deve ter casado pouco mais que menina.
A filha mais velha registrada em GRAVATAI, chamava-se EUGENIA que nasceu em 28.09.1791 e batizada em 09.10.1791. PossĆvel serĆ” que a JOSEPHA nasceu em 1780, e o registro estivesse em livro diferente, dai nĆ£o ter aparecido.
De toda forma fica tambĆ©m comprovada a presenƧa dos BARBALHO no mesmo local no qual o professor NELSON DE SENNA registrou a chegada dos RODRIGUES COELHO. Embora nĆ£o vi pelo traduzido nenhuma referencia a eles.
Segundo o professor, ficaram muito ricos. EntĆ£o, devem ter registrado sua presenƧa em Ouro Preto ou MARIANA, que eram mais chique!
Mas ha outro detalhe, encontrei ja que o MANUEL RODRIGUES COELHO, suposto pai do JOSE COELHO MAGALHAES, ganhou mesmoĀ a Sesmaria que o professor NELSON menciona no livro dele, em 1744, no INFICCIONADO.
Mas, mais tarde, 1756, ele obteve outra em CACHOEIRA DO CAMPO. E esse tempo deve ter sido quando os filhos estavam casando, portanto, os registros poderĆ£o ter sido feitos em CACHOEIRA, que Ć© distrito de OURO PRETO, embora MARIANA sempre tenha sido a sede eclesiĆ”stica do Estado.
Mesmo assim, com certeza, os RODRIGUES COELHO e os BARBALHO ja se conheciam. E quando se casam os trisavĆ³s FRANCISCO MARCAL BARBALHO e EUGENIA RODRIGUES DA ROCHA COELHO, em GUANHĆES, o fato de se conhecerem ja era consumado.
Alem disso, ja possuĆam o parentesco por a EUGENIA ter sido neta da EUGENIA RODRIGUES DE MAGALHĆES BARBALHO. O que me faz supor que todas essas EUGENIAS na famĆlia receberam o nome em homenagem a EUGENIA, irmĆ£ do MANOEL VAZ BARBALHO.
Eu a descobri nos livros do CARLOS G.Ā RHEINGANTZ. Essa EUGENIA, a meu ver, pode ter sido ancestral dos COELHO em nossa famĆlia e tia dos BARBALHO. Ā Ou, em outra hipĆ³tese, pode nĆ£o ter tido filhos, porem, foi homenageada na descendĆŖncia de seus irmĆ£os.
Algo interessante Ć© que quando prestei atenĆ§Ć£o que o JOSE, filho da ISIDORA MARIA DA ENCARNAĆĆO e do capitĆ£o ANTĆNIO FRANCISCO DE CARVALHO, sendo ela filha do MANOEL VAZ e da JOSEPHA PIMENTA, havia nascido em 1768, pensei na possibilidade de ele ter sido o pai do nosso padre POLICARPO.
Isso porque o POLICARPO, ao casar-se em 1808, deixava uma margem de 40 anos de espaƧo de tempo. Assim, se tivesse nascido por volta de 1790, aquilo seria possĆvel. Mas agora um dos “suspeitos” de ter sido pai do POLICARPO JOSE BARBALHO esta eliminado como tal.
EntĆ£o, agora temos a possibilidade de o POLICARPO JOSEPH ter sido primeiro casado em MINAS GERAIS, antes de ter ido para o RIO GRANDE DO SUL, e deixado o filho JOSE para trĆ”s. Afinal, aquele nasceu em 1735 e somente aparece tendo filhos, no SUL, em 1780, aos 45 anos de idade.
Teria portanto a possibilidade de ter tido mais uma famĆlia entre seus 25 e 45 anos de idade. Muito raramente os homens naquele tempo, os que se casavam, nĆ£o o fariam ate aos 30 anos. Isso porque, pela media de idade, nĆ£o esperavam viver muito mais que isso. Ā Mas o POLICARPO do SUL viveu ate seus 65, falecendo em 1801, na VILA DE PORTO ALEGRE.
Tempo ele teve para ter outra famĆlia, porem, nĆ£o ha nenhuma menĆ§Ć£o a isso nos documentos dele, presentes na internet, inclusive dados dos inventĆ”rios.
NĆ£o sendo o POLICARPO do SUL, entĆ£o, voltamos `a hipĆ³tese principal. O capitĆ£o JOSE VAZ BARBALHO deve ter sido mesmo filho do casal: MANOEL VAZ BARBALHO e JOSEPHA PIMENTA DE SOUZA.
Acredito nisso tambĆ©m porque nĆ£o tenho conhecimento deĀ o nome POLICARPO ter se repetido nas descendĆŖncia do padre POLICARPO. Se o POLICARPO JOSEPH fosse avĆ“ dele, acredito que as homenagens aconteceriam.
Mas como era homenagem a um tio que depois ficou esquecido, isso pode explicar o sumiƧo da alcunha em nossa genealogia. Mesmo com a presenƧa do padre POLICARPO nela.
Falta-nos apenas confirmar essa passagem para, enfim, definir de vez os nossos vĆnculos com os BARBALHO do RIO DE JANEIRO.
NĆ£o Ā se esqueƧam de visitar:
Ai poderĆ£o constatar a presenƧa dos BARBALHO ja em ITABIRA. Ficamos ao lado dos ANDRADE e NUNES COELHO, que acabam se misturando em VIRGINĆPOLIS e GUANHĆES.
Por hoje Ć© so. NĆ£o encontrei o livro de registros de casamentos. Mas o JOSE VAZ e a ANNA JOAQUINA devem ter se casado no SERRO ou CONCEIĆĆO DO MATO DENTRO. Ele nasceu na primeira e ela na segunda.
3a. NOTA
Resolvi, entre outras coisas, fazer a leitura e copiaĀ completa do registro de batismo do padre POLICARPO. Contudo, vou atualizar os termos:
“Aos 21 do mes de novembro de 1779, na Capela de Santa Anna do (Percuava ??) o padre Andre Vaz de Almeida batizou e pos os Santos Oleos a Policarpo, filho legitimo de JOSE VAZ BARBALHO e de sua mulher ANNA JOAQUINA DE SAM JOSE. Foram padrinhos Manoel da Ponte e Delfina Soares, todos dessa Freguesia (??) e por este assino:
O vigĆ”rio: Pedro Jose Pereira de Castro.”
Resolvi traduzir o registro do tio PLĆCIDO tambĆ©m. Segue:
“Aos 18 dias do mĆŖs de MarƧo de 1781 anos, nessa Igreja Matriz de Nossa Senhora de NazarĆ© do Inficcionado (atual Santa Rita DurĆ£o), batizei e pus os Santos Ćleos a PLĆCIDO, pĆ”rvulo, filho legitimo JOSE VAZ BARBALHO e ANNA JOAQUINA sua mulher, postos forros, que viverĆ£o na Freguesia de Vila do Principe, a partir dessa Freguesia do Inficcionado, (??) do epifano a 9 do dito mĆŖs. Foi Padrinho: Silvestre de Almeida do Freixo, dessa freguesia, o que foi aposto.
O Encomendado: Pedro Jose Pereira de Castro.”
NĆ£o posso garantir que fiz a traduĆ§Ć£o rĆ©is por rĆ©is. No registro do tio PLĆCIDO temos a menĆ§Ć£o a ele ser “pĆ”rvulo”, que informa uma condiĆ§Ć£o de saude delicada do recĆ©m-nascido. ExpressĆ£o que tambĆ©m aparece no registro do padre Emigdio.
No segundo registro contem a informaĆ§Ć£o de que o casal estava se dirigindo para ou procedia de Vila do Principe, atual Serro. O batismo se deu a 18.Mar.1781 e o menino havia nascido no dia 09. O padrinho unico deve indicar um batizado feito `as pressas.
O escrivĆ£o foi o mesmo, porem, parece que esta escrito o encomendado.
Talvez ai se confirme a mudanƧa da capital para o Serro. Nesse caso, poderia ter sido para a Freguesia de ConceiĆ§Ć£o do Serro (atual CONCEIĆĆO DO MATO DENTRO), onde o casal teve outros filhos.
Ou, ainda, esteja aiĀ a justificativa para que nĆ£o tivessem mais filhos inscritos nos livros do Inficcionado (atual Santa Rita DurĆ£o).
A principio, tentei traduzir esses documentos pensando exatamente nos padrinhos. Era a primeira opĆ§Ć£o dos antigosĀ buscar os avos para batizar os primogĆŖnitos. Ai tive a esperanƧa de encontrar pelo menos um nome com a assinatura BARBALHO, o que poderia revelar nosso parentesco com MANOEL VAZ e JOSEPHA PIMENTA.
Como nĆ£o foi possĆvel, ficou a duvida se os padrinhos do padre POLICARPO nĆ£o seriam os pais da ANNA JOAQUINA, da qual nada sabemos. Mas quando isso acontecia, a palavra avĆ³s precedia os nomes dos padrinhos. Porem, nem sempre a menĆ§Ć£o aparecia.
Ficou tambĆ©m a duvida quanto ao padre POLICARPO ser ou nĆ£o o primogĆŖnito da famĆlia. Nas paginas que nĆ£o tinham jeito de traduzir por meios ao nosso alcance talvez tenham outros filhos, caso ele nĆ£o seja.
Para melhorar um pouco meus conhecimentos a respeito da viagem da famĆlia de Santa Rita DurĆ£o para o Serro, busquei ver se encontrava alguma Capela de Santana no percurso da estrada, que fosse antiga o suficiente para ser aquela mencionada no batismo do antepassado POLICARPO.
Existe sim, a atual Igreja de Santana, no Distrito de Cocais, que pertence `a Cidade de BarĆ£o de Cocais.
Encontrei poucas informaƧƵes na internet, mas existe que a capela ja existia desde antes de 1769. Alem disso informa-se que foi capela particular das famĆlias: Furtado Leite e Pinto Coelho.
Ou seja, esta ai mais uma fonte de enriquecimento, pois, temos representantes de ambas as famĆlias em nossa genealogia. Mas esse seria assunto extra aqui neste breviĆ”rio.
Segue uma postagem. Ha que rolar um pouco a matƩria para chegar `a atual Igreja de Santana:
http://pelasestradasdeminas.com.br/cocais-mg-caminho-diamantes-estrada-real/
Mas nĆ£o podemos nos esquecer que se o endereƧo final da viagem fosse em ConceiĆ§Ć£o do Mato Dentro, poderiam ter escolhido o caminho alternativo que passa por SabarĆ”.
Ai encontra-se outra Capela de Sant’Anna. Possivelmente um pouco mais velha que a anterior. Mas que nĆ£o importa a idade ja que ambas sĆ£o anteriores a 1779.
Acredito que a definiĆ§Ć£o de qual delas deva-se ao nome “Percuava”, palavra que deve ser outra mas `a minha leitura foi o que deu para entender. Essa palavra pode definir o local.
Possivelmente, nosso ancestral nasceu durante a viagem dos pais, de sua origem em CONCEIĆĆO/SERRO para MARIANA/INFICCIONADO.
Pode-se ver aqui a descriĆ§Ć£o e fotografia da Capela ou Igreja de Sant’Anna:
http://www.infopatrimonio.org/?p=20213#!/map=38329&loc=-19.911423864036035,-43.826608657836914,14
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006.Ā “COROACI – ONTEM E HOJE”
Esse Ć© nome de um livro. Da autoria de dona Angela Rocha da Silva Chaves. Ela, natural da cidade cujo nome e menƧƵes sĆ£o tantas em minha memĆ³ria que parece ate ja ter ido la. Mas nunca fui.
No ano passado, 2017, em viagem ao Brasil pudemos rever a sobrinha de minha esposa, Olivia. Essa formou-se no curso de enfermagem e pela profissĆ£o atende na cidade. Seu parceiro Reinaldo Ć© natural de Coroaci.
Ao conhece-lo, nĆ£o pude deixar de mencionar que deveria ter muitos parentes na cidade. E ao dizer sobrenomes de pessoas ligadas `a famĆlia, eles mencionaram o livro. Em seguida veio a promessa que enviariam uma copia para mim.
Logo criei expectativas um pouco fora da realidade. Imaginei que poderia vir acompanhado de uma genealogia das famĆlias pioneiras. E, entre elas, identificaria facilmente nossa parentela.
Como isso foi `as vƩsperas de voltarmos, e estƔvamos em Santa Efigenia, o livro ficaria para depois. Ao retornar inclusive comuniquei aos amigos que tinha uma surpresa que logo seria compartilhada.
Mas passaram-se uns meses e acabei encontrando outro veio de dados preciosos na obra do Frei JaboatĆ£o. Nesse intervalo meu filho foi ao Brasil e pode trazer a copia. Contudo foi difĆcil poder parar para ver o que de novo iriamos ver naquela obra.
Li e nĆ£o havia nenhuma genealogia. Antes que ficar decepcionado, mesmo assim fiquei maravilhado com a obra da dona Angela. Coisa simples, modesta.
Mas sĆ£o 185 paginas repletas daquelas informaƧƵes do dia-a-dia do pequeno municĆpio que qualquer nativo adoraria ter para si. Para as pessoas de la deve ser como rever um filme da prĆ³pria vida.
Os nomes dos personagens e personalidades locais sĆ£o lembrados, os costumes e usos, tudo enfim tem uma pagina ou mais.
No capitulo religiĆ£o sĆ£o lembrados os padres e seus feitos. Os eventos, como a inauguraĆ§Ć£o do primeiro grupo escolar, contam com a apresentaĆ§Ć£o da ata inaugural. E nela consta os nomes das autoridades presentes, assim como os nomes de cada aluno matriculado.
Num numero total de uns 300. EntĆ£o, como um habitante local nĆ£o se maravilharia se ali encontrar os nomes de seus familiares, ancestrais, pessoas conhecidas etc.
Assim, segue o livro discorrendo sobre todas as atividades, desde as economicas locais, quanto a passagem de circos e touradas. Os primeiros comerciantes sĆ£o lembrados. A atividade fabril, especialmente a extraĆ§Ć£o da mica, com importĆ¢ncia fundamental no desenrolar da II Guerra Mundial.
Alias, ha ate um artigo de membro da FEB (ForƧa ExpedicionĆ”ria Brasileira) que esteve na Italia, quando da tomada do Monte Castelo. O nome dele, Dirceu Guedes Ramos. Esse prĆ³prio escreveu tambĆ©m o prefacio do livro.
Enfim, existe a lista de prefeitos e membros da cĆ¢mara. Conta ainda com dados de bandas de musica, primeira estrada de rodagem, futebol, folclore, correios, Historia, chegada de luz elĆ©trica e mais outros detalhamentos.
Na lista de bibliografias consultadas Ć© mencionado algumas obras que despertaram minha curiosidade. Logicamente, um dos livros nem tanto porque ja o possuo. Trata-se do “A Mata do PeƧanha sua Historia e sua Gente”, do professor Dermeval Jose Pimenta.
Mas tambĆ©m ha: “PeƧanha e sua Historia”, do tambĆ©m nosso primo dr. Rui Pimenta Filho. O terceiro Ć© o “PeƧanha, sua Historia e sua Gente”, de Sady da Cunha Pereira. Afinal, observo que literatura existe.
Falta juntar tudo numa mesma coletĆ¢nea para melhor servir a regiĆ£o, pois, ha uma interconexĆ£o enorme entre as genealogias dasĀ populaƧƵes de todas as cidades da vizinhanƧa.
Vamos passar, entĆ£o, `a analise de alguns pontos do livro.
Ja os primeiros capĆtulos, naquele dedicado `a religiĆ£o, mostram a presenƧa de virginopolitanos ilustres e fundamentais na Historia de Coroaci. O segundo vigĆ”rio do municĆpio foi o padre Manoel Nunes Coelho, padre Nelo, como era conhecido localmente.
D. Manoel, mais tarde bispo de Luz, foi quem elaborou a planta da Igreja de Santana. Entre os construtores temos Otoniel (So TĆ£o) e Jose Nunes Coelho, irmĆ£os do bispo.
Outro irmĆ£o deles, Gamaliel (seo Gama) Nunes Coelho era o mantenedor do jardim e tanques de peixes que ornamentavam o local.
Eles foram filhos dos tios-bisavĆ³s Miguel Nunes Coelho e Ambrosina (tia Sinha) de MagalhĆ£es Barbalho.
D. Manoel foi nomeado para paroquiar a cidade em 1908. Era o homem mais velho da casa, ja que tia Sinha perdera o primeiro, Ismael. Era o arrimo da famĆlia e estava com 24 anos, pois, tio Miguel havia falecido em 1903 e deixou 13 filhos vivos.
Ha uma informaĆ§Ć£o por engano que consta D. Manoel como o mais velho. Mais velha que ele tambĆ©m tinha a Consuelo (Bebem). Mas `a Ć©poca considerava-se a partir dos homens.
Alem dos ja citados, foram irmĆ£os: Laurentina (Lala), Miguel, Notel, Laet, Maciel, Misael e Maria de Lourdes. Essa nĆ£o deve ter conhecido o pai.
Entre os fundadores locais consta o casal: Demetrio Coelho de Oliveira e Marcolina HonĆ³ria Coelho. Ela tambĆ©m nossa tia-bisavĆ³ e, naturalmente, o marido tambĆ©m fica no lugar de tio-bisavĆ“, pelo casamento.
Observe-se que tia Marcolina, Sinha e Miguel eram primos em primeiro grau. Todos netos dos fundadores de GuanhĆ£es: Jose Coelho da Rocha e Luiza Maria do Espirito Santo. Alem de serem filhos de primeiros moradores de VirginĆ³polis.
Demetrio foi parte de uma famĆlia Coelho de Oliveira, constituĆda pelo senhor Leonel Coelho e esposa. Foram donos da Fazenda da Lavrinha que os herdeiros venderam na dĆ©cada de 1920.
Talvez, acidentalmente, tenhamos encontrado o registro de batismo do senhor Leonel Coelho nos livros do municĆpio de Itabira. NĆ£o se pode dizer que seja certo mas sim um tiro de longo alcance.
A crianƧa, Leonel, nasceu em 27.12.1837. Foi filho registrado apenas pela mĆ£e, Bibiana de Souza Coelho. Padrinhos: Simpliciano da Silva Coelho e Maria Edwiges de Jesus. PossĆvel serĆ” que os padrinhos fossem os avos.
Bibiana foi mĆ£e tambĆ©m de Jose (03.05.1841), Gil (31.05.1846) e Maria (30.04.1848). Faltaria comprovar que pelo menos o Leonel mudou-se para GuanhĆ£es, constituiu famĆlia e dela resultou Demetrio e irmĆ£os.
A Lavrinha tinha esse nome por ter fornecido ouro aos primeiros moradores de GuanhĆ£es e VirginĆ³polis, existindo atualmente a fazenda remanescenteĀ no territĆ³rio dessa segunda. Por isso Ć© histĆ³rica.
A respeito do Demetrio revela-nos o livro que foi o primeiro boticĆ”rio do municĆpio. O segundo foi o Octaviano, filho dos tios Demetrio e Marcolina. Houve outro, Urias Coelho, que nĆ£o sei dizer a qual dos ramos Coelho pertencia.
Note-se que a familia Guedes tambĆ©m aparece no capitulo dedicado `a saĆŗde local. Mas por falta de dados nĆ£o tenho como dizer se ha parentesco entre eles e o sr. Guedes, que foi farmacĆŖutico antigo em VirginĆ³polis. Possivelmente sim, e a famĆlia deve tambĆ©m encontrar raiz em Itabira.
O livro cita o fundador Demetrio com boas palavras dizendo-o humilde e dedicado ao atendimento do prĆ³ximo. Fez-se amigo da pobreza e atendia a todo momento que fosse chamado nĆ£o visando pagamento. Acabou falecendo pobre em 1911.
Voltando ao capitulo da religiĆ£o, foi a viuva Marcolina quem doou o madeirame ao padre Nelo, para a construĆ§Ć£o da Igreja de Santana.
`A pagina 86 temos as fotografias dos tios Demetrio e Marcolina. NĆ£o ha como descrever. Ambos transmitem grande simpatia. E se buscarmos fotografias antigas de pessoas mais velhas na famĆlia pode-se encontrar semelhanƧas com a tia Marcolina.
Pesar se tem apenas de que os recursos grĆ”ficos usados na produĆ§Ć£o do livro foram limitados. Mesmo as melhores fotografias se assemelham a copias xerograficas. NĆ£o se trata de defeito do conteĆŗdo escrito doĀ livro em si.
Pela foto, uma pessoa que lembro-me assemelhar-se `a tia Marcolina foi tia Cecy Marcolina Coelho. Pessoas com menos de 50 anos so deverĆ£o poder lembrar-se dela por fotografia.
Tia Cecy era sobrinha da tia Marcolina e irma do meu avo materno Juca Coelho. Os laƧos parentais sĆ£o mais Ćntimos que a palavra tia revela, pois, o pai, Ze Coelho, era irmĆ£o da tia Marcolina e a mĆ£e, Maria Marcolina, era prima em primeiro grau.
Para mim nĆ£o parece complicado. Mas melhor explicar. Os fundadores de GuanhĆ£es, Jose Coelho da Rocha e Luiza Maria do Espirito Santo foram pais de 4 filhos que nos interessam no momento.
Francisca Eufrazia que casou-se com Joaquim Nunes Coelho; Eugenia Maria da Cruz, casou-se com Francisco MarƧal Barbalho; JoĆ£o Batista Coelho, casado com Maria Honoria Nunes Coelho e Antonio Rodrigues Coelho, casado com Maria Marcolina Borges do Amaral.
Joaquim foi filho de Eusebio Nunes Coelho e Anna Pinto de Jesus. Era irmĆ£o do Clemente, que foi o pai da Maria Honoria. Ou seja, eram tio e sobrinha casados com dois dos irmĆ£os.
Joaquim e Francisca foram pais do Miguel Nunes Coelho. Eugenia e Francisco foram pais da tia Ambrosina. E Miguel e Ambrosina eram primos em primeiro grau eĀ foram os pais do D. Manoel Nunes Coelho e seus irmĆ£os.
Por causa do Antonio ter se casado com uma Maria Marcolina, todas as filhas deles foram chamadas Marcolina Coelho.
Todas as filhas do JoĆ£o Batista e Maria Honoria tinham o Honoria como nome do meio, antes do Coelho. Por issoĀ o nome da tia era Marcolina Honoria Coelho. O mesmo acontece com Anna, Sebastiana, Emigdia e outras.
Nesse caso, a mĆ£e do meu avo e da tia Cecy, chamava-se Maria Marcolina, mesmo nome da mĆ£e dela, acrescido de Coelho. Essa casou-se com o Jose Batista Coelho (Ze Coelho), que era filho do JoĆ£o Batista e Maria Honoria tambĆ©m.
Por tradiĆ§Ć£o o Ze Coelho deu nome de fulana Marcolina Coelho `as filhas. Esse foi o caso da tia Cecy. O mesmo se deu em relaĆ§Ć£o `as filhas da segunda esposa dele, tia Virginia Marcolina Coelho, que era irmĆ£ da primeira.
Espero que nĆ£o tenha ficado complicado demais para que os “de fora” nĆ£oĀ se percam!
Entre os mĆ©dicos antigos ha o dr. Mario Serra. TambĆ©m nĆ£o sei dizer se foi o mesmo que serviu em VirginĆ³polis. Entre as parteiras nota-se a Sa Marcolina.
Entre os mĆ©dicos nascidos no local tem o dr. Cesar Coelho Xavier. Esse apenas posso supor um possĆvel vinculo parental.
Isso porque nĆ£o ha menĆ§Ć£o no livro de que nossos tios-bisavĆ³s: JoĆ£o Batista Coelho Neto e Lucinda Xavier de Andrade, ela natural de Coroaci, tenham vivido no municĆpio e deixado descendĆŖncia por la.
Em nossos livros genealĆ³gicos a composiĆ§Ć£o desse ramo da famĆlia tambĆ©m esta muito incompleto.
No capitulo a respeito da educaĆ§Ć£o, temos uma surpresa ou coincidĆŖncia. `A pagina 61 temos a menĆ§Ć£o a professora substituta: Candida de MagalhĆ£es, em 1942.
O nome Ć© o mesmo da tia Candida, filha dos bisavĆ³s: Candida de MagalhĆ£es Barbalho e JoĆ£o Batista de MagalhĆ£es. A bisavĆ³ tambĆ©m era prima em primeiro grau da tia Marcolina.
Entre as diretoras do GinĆ”sio Odilon Behrens existem varias com a assinatura Coelho, mas nenhuma que posso identificar com absoluta certeza pertencer ao ramo de nossa famĆlia.
Mas a diretora entre 1963-1965 chamava-se Lucilia Ferreira da Silva. Temos uma pessoa de mesmo nome na famĆlia. Tratava-se de filha dos tios-bisavos Luiza Marcolina Coelho e Emidio Ferreira da Silva.
A Lucilia em nossa famĆlia nasceu em 1893. Para tanto, teria sido diretora aos 70 anos de idade. O que nĆ£o seria impossĆvel. Acredito que a tia-avo Edith Coelho do Amaral deve ter passado dessa idade exercendo o mesmo cargo.
Mas a Lucilia retorna ao livro como diretora do Grupo Escolar Pe. Sady, ate 1975. Nisso fica a duvida, pois, estaria entĆ£o com 82 anos de idade.
NĆ£o tenho data de falecimento de nossa prima Lucilia, mas foi casada com o senhor JoĆ£o Lopes Junior.
Entre os fundadores da biblioteca publica local conta-se com os irmĆ£os Otoniel e Jose Nunes Coelho.
Por acidente, `a pagina 74, aparece o nome da dona Maria Madalena de MagalhĆ£es Souza. Brincadeira `a parte. Ela aparece como Supervisora de Area do antigo programa de alfabetizaĆ§Ć£o de adultos, o MOBRAL.
Esposa do ex-prefeito de VirginĆ³polis, Gabriel Geraldo Soares de Souza, nosso parente, foi realmente supervisora do programa na regiĆ£o.
Entre os primeiros moradores menciona-se, naturalmente, Demetrio e Marcolina. Mas tambĆ©m aparecem Urias Coelho e Graciana, alem de JoĆ£o Henrique Coelho eĀ Teodoro Coelho de Oliveira. NĆ£o sei de quem se tratam os quatro Ćŗltimos.
Alem desses, existem diversos sobrenomes que poderiam ter algum vinculo parental conosco. Entre eles destaca-se o Pimenta. Que muito provavelmente seja o mesmo vinculado ao Barbalho desde os anos de 1732 com o casamento entre Manoel Vaz Barbalho e Josefa Pimenta de Souza, nossos muito provƔveis ancestrais.
Em 1928 se deu a construĆ§Ć£o da estrada de rodagem (rodovia) entre Coroaci e Governador Valadares. No capitulo dedicado ao fato informa-se que houve uma festa de inauguraĆ§Ć£o. Foi feito o corte da fita inaugural.
“O Ā corte da fita ficou a cargo da mais velha sobrevivente de um dos fundadores de Coroacy, sra. Marcolina Honoria Coelho (SiĆ” Culina); e ao seu lado o Pe Sady e o Dr. Jose Paulo Fernandes.” Acredito que faltou a palavra esposa para completar melhor o sentido.
Conta-se ainda as voltinhas que foram oferecidas `a populaĆ§Ć£o naquela novidade que era um caminhĆ£o Ford 29. Seria, pela foto, classificado atualmente como uma camionete.
Os nomes dos filhos dos tios Demetrio e Marcolina foram: Hermiria, Antonietta, Julietta, Marietta, Octaviano, Maria, Juvenal, Jose (fal. menor), Valentina, Honoran e Annita.
No capitulo que aborda profissƵes e lojas temos diversos representantes com combinaĆ§Ć£o de sobrenomes na qual entra o Coelho. Ai temos:
Otoniel (Oto)Ā Nunes Coelho, Cicero de Oliveira Coelho, Teodoro Coelho de Oliveira, Jose Coelho SimƵes, Rua D. Manoel, PraƧa Demetrio Coelho, Demetrio e Otavio Coelho SimƵes, Geraldo da Costa Coelho, Abilio Ramos Coelho, Raimundo Nonato Coelho, Jose da Silva Coelho, Raimundo Martins Coelho, Jose CecĆlio Coelho, Antonio de Almeida Coelho e Abel da Costa Coelho.
NĆ£o se pode afirmar que sim ou nĆ£o. Alguns desses que nĆ£o identificamos podem ser nossos aparentados. Lembramos que na fundaĆ§Ć£o de SabinĆ³polis estavam os Coelho de Almeida, descendentes de Antonio Coelho de Almeida, nosso ancestral.
Os da Costa Coelho devem remontar ao Serro. Houve la uma famĆlia com esse sobrenome que remonta ao sĆ©culo XVIII. Dela descende o padre Lafayette da Costa Coelho, nascido no Serro e por muitos anos paroquiou em Santa Maria do SuaƧui. Atualmente ele esta entre os candidatos a santo no altar catĆ³lico.
Mas nĆ£o seria surpresa se um bom numero dos nĆ£o identificados sejam membros do mesmo ramo do nosso Coelho. Isso porque tanto o suposto ancestral Manoel Rodrigues Coelho quanto o alferes de milĆcias Jose Coelho de MagalhĆ£es poderĆ£o contar com muitos descendentes dos quais nĆ£o temos noticias. Sabemos que tiveram mas nĆ£o sabemos quem foram todos. E deles esses podem descender.
O progresso da cidade nĆ£o poderia se dar sem a presenƧa da luz elĆ©trica. E foi levada para o local pelo padre Nelo que, viajando pela Europa resolveu comprar um dĆnamo, que usava o potencial energĆ©tico do CĆ³rrego Santana.
Somente em 1964 essa pequena usina foi substituĆda pela Cemig. E a primeira iniciativa teve a participaĆ§Ć£o dos irmĆ£os Otoniel e Jose Nunes Coelho.
No capitulo dedicado `a emancipaĆ§Ć£o surgem os diversos personagens com o sobrenome Coelho. Entre eles destaca-se o dr. Rafael Caio Nunes Coelho, entĆ£o prefeito de PeƧanha. Obviamente, nosso primo que mais tarde viria a tornar-se deputado por varias gestƵes.
O dr. Guilherme Machado, cuja famĆlia tem vĆnculos com os Coelho, tambĆ©m foi decisivo no capitulo.
Ai se da noticias de que um dos lideres da emancipaĆ§Ć£o polĆtica foi o senhor Joaquim Campos do Amaral. Poderia ser coincidĆŖncia, porem, temos uma pessoa de mesmo nome, que foi o marido de dona Maria Xavier.
O sobrenome dela denuncia a proximidade com Coroacy. O nosso conhecido foi filho do casal Antonio Ferreira Campos BaguaryĀ e professora Augusta Rabello do Amaral. Ela foi mais conhecida como Augusta Campos e virou nome de praƧa em VirginĆ³polis. Essa famĆlia, umas das tradicionais locais.
Apos implantado o municipio, os Coelho se destacam na ocupaĆ§Ć£o dos cargos eletivos. De grande influencia polĆtica foi o senhor Jose Coelho SimƵes. Foi vereador e prefeito mais de uma vez.
Na gestĆ£o dos anos 1955-1958 o prefeito contou comĀ o vice na chapa Otoniel Nunes Coelho. Na gestĆ£o anterior dona Inez Nunes Coelho havia sido acessora da prefeitura, na Ć”rea fazendĆ”ria.
Na gestĆ£o 1963-1966 houve a posse de dois vereadores: Josias Coelho Pimenta e Jose de Almeida Coelho. Na gestĆ£o seguinte aparece o vereador Marcos Nunes Coelho. Os quais nĆ£o conhecemos a procedĆŖncia.
Nas gestƵes seguintes aparecem os nomes: JoĆ£o CrisĆ³stomo Coelho, Afonso Coelho Pimenta, Geraldo Campos Coelho, MĆ”rcio Antonio Coelho Chaves, Amilcar Coelho de Almeida e entre os assessores surge dona Marta Helena Coelho Chaves.
Essa combinaĆ§Ć£o Coelho Chaves existe entre nossos familiares. Contudo, nĆ£o temos um acompanhamento dos Chaves de VirginĆ³polis. A famĆlia foi uma das povoados locais.
A familia comeƧou, em VirginĆ³polis, com o casal: Francisco Chaves – Chico Carreiro e dona Joana Chaves. Segundo dados do livro “Historia de VirginĆ³polis” da professora dona Filomena Dias de Andrade.
Dos seis filhos mencionados por dona Filomena, as filhas: Etelvina, casou-se com Jose Xavier e Matilde com Jose Rodrigues. Ela tambĆ©m informa que os maridos viviam em Coroacy. Os outros foram: Maria, PrudĆŖncia, Olivia e Raimundo.
Entre os mĆŗsicos ha a menĆ§Ć£o dos nomes: Jose, Silvio e Jorge Coelho da Rocha; Otto Nunes Coelho, Sady Coelho de Souza, Sergio Coelho da Silva e Raimundo Martins Coelho, da Lira Musical Santa Terezinha.
Uma banda anterior, a Santa Cecilia, havia sido fundada pelo D. Manoel Nunes Coelho.
Destaque para o futebol. `A pagina 150 temos a menĆ§Ć£o:
“Alguns afirmam que o Futebol com “TĆ©cnicas” foi trazido de VirginĆ³polis, por Jose SimƵes, Cicero Coelho e Josio Avelino, os quais foram praticamente os primeiros jogadores de Futebol de Coroaci.”
Da familia Avelino de VirginĆ³polis temos ainda a professora dona ConceiĆ§Ć£o Avelino Coelho, viuva de nosso primo Jose Darcy Coelho. NĆ£o me recordo do sobrenome SimƵes relacionado a VirginĆ³polis. NĆ£o estou dizendo isso no senso de negar, apenas nĆ£o conheci.
Minha duvida ai seria se seria nosso primo Cicero Rodrigues Coelho ou o anteriormente citado Cicero de Oliveira Coelho, o qual nĆ£o sei localizar em nossa Arvore GenealĆ³gica.
Entre os poetas que elaboraram odes a Coroaci constam 3 Coelho: Nilce G. Coelho, Marcio Antonio Coelho Chaves e Magda Coelho Rocha. Os Coelho da Rocha em nossa famĆlia tiveram homĆ“nimos em SĆ£o JoĆ£o Evangelista. Porem, esses deverĆ£o ser nossos primos em outras raizes.
Talvez, entre as pessoas nĆ£o mencionadas e que engrandeƧam Coroaci esta, como casal, aos Notel Nunes Coelho e dona Maria Isabel Rodrigues. Ele foi mencionado pelo primeiro nome como irmĆ£o do D. Manoel.
Porem, o casal foi pai dentre outros do Monsenhor Omar Nunes Coelho. Este foi pĆ”roco em SĆ£o Gotardo/Rio ParanaĆba, MG. Nasceu em Coroaci em 1915 e faleceu na Diocese de Luz, em 18.01.2009. Gozava de grande respeito dos seus paroquianos.
Esse eh o resumo que faƧo do livro.
A ma noticia foi a de que resolvi procurar a autora para conversarmos a respeito da genealogia da cidade. Quando acessei o site da prefeitura vim a saber que ela havia falecido em setembro de 2017. Ou seja, poucos dias depois que tinha tido a noticia da existĆŖncia da obra.
Dona Angela Rocha da Silva Chaves fora professora e bibliotecaria do municipio. `A pagina 184 deixou esse recado:
“Coloco-me `a inteira disposiĆ§Ć£o, para futuras informaƧƵes, que poderĆ£o um dia fazer parte da complemento da Historia de Coroaci.”
Resta-nos esperar que alguĆ©m com mais familiaridade e conhecimento local se anime e de continuidade a tĆ£o importante e sublime trabalho de manter nossos ancestrais vivos em seus feitos e realizaƧƵes.
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007. O RESUMO EM ESQUELETOS GENEALOGICOS
01. Jeronimo Moniz Barreto, o velho c. c. Isabel de Lemos (17)
02. Francisco Moniz de Menezes c. c. D. Maria Lobo de MendonƧa
03. Jeronimo Moniz Barreto c. c. D. Thereza de Souza
a. 04. D. Francisca Isabel Barreto de Menezes c. c. Francisco Moniz Barreto (1)
05. D. Leonor Maria da Silva Corte-Real c. c. Martinho Afonso de Mello (2)
06. D. Francisca Izabel Barreto de Menezes c. c. Martinho Moniz Barreto
07. ANTONIO JOSE MONIZ BARRETO
b. 04. D. Luiza Josefa de Menezes, irma de D. Francisca Isabel c. c. Antonio Galas da Silveira (3)
05. Diogo Moniz da Silveira c. c. D. Anna Maria da Afonseca (4)
06. Martinho Moniz Barreto c. c. D. Francisca Izabel Barreto de Menezes
07. ANTONIO JOSE MONIZ BARRETO
c. 01. Isabel de Lemos c. c. Jeronimo Moniz Barreto, o velho
02. JoĆ£o Rodrigues Palha c. c. MĆ©cia de Lemos, e era filha do fidalgo cavaleiro FernĆ£o de Lemos.
d. 02. D. Maria Lobo de MendonƧa c. c. Francisco Moniz de Menezes
03. D. Victoria de Barros c. c. Manoel de Freitas do Amaral (5)
04. D. Catharina Lobo de Almeida c. c. Gaspar de Barros de MagalhĆ£es (6)
05. Henrique Lobo c. c. Isabel de Reboredo
06. Baltazar Lobo de Souza c. c. Joana Barbosa (*)
e. 03. D. Thereza de Souza c. c. Jeronimo Moniz Barreto
04. Antonia Barbalho Bezerra c. c. Antonio Ferreira de Souza
05. Luiz Barbalho Bezerra c. c. D. Maria Furtado de MendonƧa (7)
06. Camilla Barbalho c. c. Guilherme Bezerra Felpa de Barbuda
07. BrƔs Barbalho Feyo c. c. Catharina Tavares de Guardes
f. 04. Antonio Galas da Silveira c. c. D. Luiza Josefa de Menezes
05. Agueda de Pina c. c. LourenƧo de Oliveira Pita
06. Felipe de Lemos Palha c. c. Francisca Barbosa Caramuru
07. Joao Rodrigues Palha c. c. MĆ©cia de Lemos, filha do fidalgo cavaleiro FernĆ£o de Lemos.
g. 06. Francisca Barbosa CaramuruĀ c. c. Felipe Palha de Lemos
07. Catarina Alvares c. c. Baltazar Barbosa de Araujo (8)
08. Genebra Alvares c. c. Vicente Dias de Beja (9)
09. Catharina du Brezil c. c. Diogo Alvares Correa, Caramuru (10)
10. Cacique Taparica, CarijĆ³/Tupinamba
h. 04. Antonio Ferreira de Souza c. c. Antonia Barbalho Bezerra
05. D. Catharina de Souza c. c. Eusebio Ferreira (11)
06. Belchior de Souza Drummond c. c. D. Mecia de Armas (12)
07. Antonio de Souza Drummond c. c. D. Joana Barbosa Caramuru
08. Joao Goncalves Drummond c. c. D. Marta de Souza
09. Clara Anes Drummond c. c. Gaspar Goncalves Ferreira (13)
10. Sir John Drummond (16) c. c. D. Branca Afonso da Cunha (14)
11. Sir John Drummond, 12o. sr. de Lennox c. c. Elizabeth Sinclair of Roslin
i. Ā 07. D. Joana Barbosa Ā CaramuruĀ c. c. Antonio de Souza Drummond
08. Catarina Alvares c. c. Baltazar Barboza de Araujo (8)
09. Genebra Alvares c. c. Vicente Dias de Beja (9)
10. Catharina du Brezil c. c. Diogo Alvares Correa, Caramuru (10)
11. Cacique Taparica, CarijĆ³/Tupinamba
j. Ā 08. D. Marta de Souza c. c. Joao GonƧalves Drummond
09. Baltazar Lobo de Souza c. c. Joana Barboza (*)
Logo apĆ³s ter escrito esse resumo e a descriĆ§Ć£o da numeraĆ§Ć£o, lembrei-me que faltaram alguns componentes genealĆ³gicos para completar-se melhor o quadro. SĆ£o apenas mais 4, mesmo que pensei antes fazer reservas a dois deles:
k.Ā 03. Jeronimo Moniz Barreto c.c. Thereza de Souza, filho de:
04. Francisco Moniz de Menezes c.c. (1) D. Maria Lobo de MendonƧa, filhoĀ de:
05. Jeronimo Moniz Barreto, o velho c.c. D. Izabel de Lemos (17), filho de:
06. Egas Moniz Barreto c.c. D. Maria da Silveira ou Anna Soares, filho de:
07. Guilherme Moniz c.c. (?), filho de:
08. SebastiĆ£o Moniz c.c. (2) D.Ā Joana da Silva(18), filho de:
09. Guilherme Moniz Barreto, alcaide-mor de Silves (19) c.c. Ignez (20), filho de:
10. Henrique Moniz c.c. (?), filho de:
11. Vasco Martim Moniz c.c. (?)
l. Ā 05. Henrique Lobo c. c. Isabel de Reboredo, filho de:
06. 1492Ā Balthazar Lobo de Sousa c. c. Joana Barbosa (*) 1a. esposa.
07. 1472 Felipa de Souza c. c. Diogo Lobo
08. Joana da Guerra c. c.Ā JoĆ£o Fernandes de Souza, 4o. sr. de BaiĆ£o
09. Isabel da Guerra c. c. GonƧalo Vaz Coutinho
10. D. Ignez da Guerra c. c. Alvaro Pires da TƔvora
11. Pedro da Guerra c. c. D. Tereza Anes De Andeiro (21)
12. D. JoĆ£o de Portugal, duque de Valencia c. c. Desconhecida
13. D. Pedro I, rei de Portugal c. c. D. Ines de Castro
14. D. Afonso IV, o Bravo c. c. D. Beatriz de Molina e Castela
15. D. Dinis I, o Lavrador c. c. D. Isabel de AragĆ£o
16. D. Afonso III c. c. D. Beatriz de Castela
17. D. Afonso II c. c. D. Urraca de Castela
18. D. Sancho I, o PovoadorĀ c. c. D. Dulce de AragĆ£o
19. D. Afonso I Henriques, o Conquistador c. c. D. Mafalda de SabĆ³ia
20. D. Teresa de Leon c. c. D. Henri de Borgonha
21. D. Alfonso VI de Leao e Castella c. c. Ximena Moniz
(*) O nome Joana Barbosa foi sugerido por Manuel Abranches, mas nĆ£o se tem certeza.
m. 10. Sir John Drummond c. c. Branca Afonso da Cunha + Catarina Vaz
11. Sir John Drummond, 12th of Lennox c. c. Elizabeth Sinclair of Roslin
12. Sir John Drummond, 11th of Lennox c. c. Mary Montfex, Heiress of Stobhall
13. Sir Malcolm Drummond, 10th of Lennox c. c. Lady Annabella Graham
14. Sir Malcolm Drummond, 9th Thane of Lennox c. c. Margareth Graham
15. John Drummond, 8th thane of Lennox c. c. Elena Drummond
16. Sir Malcolm Drummond, 7th thane of Lennox c. c. Margareth Drummond
17. Malcolm Beg Drummond, Chamberlain of Len. c. c. Ada of Maldwin of Lennox
18. Malcolm II Drummond, 5th thane of Lennox c. c. ?
19. John Drummond, 4th thane of Lennox c. c. ?
20. Maurice Drummond, 3st thane of Lennox c. c. ?
21. Malcolm de Drummond, 2nd seneschal of Lennox c. c. ?
22. Maurice de Drummond, 1st Seneschal of Lennox c. c. ?
n.Ā 02. Elizabeth Sinclair of Roslin c. c. Sir John Drummond
03. Henry Sinclair, 1st Earl of Orkney c. c. Jean Halyburton of Dirleton
04. William Sinclair of Roslin c. c. Isabel Graham of Strathean
05. Sir William Sinclair of Roslin c. c. Rosabelle
06. Sir Henry Sinclair of Roslin, 7th lord of Roslin c. c. Alice de Fenton
07. Sir William Sinclair of Roslin, 6th lord of Roslin c. c. Amicia de Roselyn
08. Robert de St. Clair c. c. Eleanor de Dreux
RESSALVE-SE QUE:
I. Na obra do Frei JaboatĆ£o ha uma narrativa genealogia, que ocupa quase 3 paginas a partir da numero 135, de Baltazar Barboza de AraĆŗjo e de seu meio-irmĆ£o Francisco.
Muitos dos ancestrais de ambos os personagensĀ serĆ£o os mesmos de outros que compƵem as raizes dessa genealogia.
DESCREVENDO O NUMERADO:
(1) Francisco Moniz Barreto, casado com D. Francisca Isabel, era natural da Ilha Terceira, AƧores, e filho de Guilherme Moniz Barreto e sua esposa D. Maria Faleiro. Pag. 374
(2) Martinho Afonso de Mello era natural de Maragogipe, BA, e filho do sargento-mor Jose Pereira da Cunha e de D. Ignacia Pereira de Mello, sua esposa. Pag. 376
(3) Antonio Galas da Silveira teve a merce do habito de Cristo que nĆ£o professou por ter falecido antes de tomar posse. Pag. 376
(4) D. Anna Maria da Afonseca foi filha do capitĆ£o Antonio Diniz de Macedo e de sua esposa D. Virginia da Fonseca, filha do sargento-mor Francisco Pinto da Fonseca DeƧa. Pag. 376
(5) Manoel de Freitas do Amaral foi homem rico e cavaleiro fidalgo. Pag. 206
(6) Gaspar de Barros de MagalhĆ£es, viveu no RecĆ“ncavo Baiano foi muito rico e afazendado. Pag. 203
(7) D. Maria Furtado de MendonƧa fez parte da famĆlia de igual sobrenome que fez Historia no Rio de Janeiro. Era filha de Fernand’Aires Furtado de MendonƧa e de sua esposa D.Ā Cecilia de Andrade Carneiro. Pag. 311
(8) Baltazar Barbosa de Araujo era natural de Ponte de Lima, Portugal, e filho de Gaspar Barboza de Araujo e sua esposa D. Maria de Araujo. Pag. 135 e segue.
(9) Vicente Dias de Beja, era natural da Provincia do Alentejo, era moƧo fidalgo da casa do infante D. Luis. Pag. 86
(10) Diogo Alvares Correa, Caramuru, era filho das principais famĆlias nobres de
Viana. Pag. 84
(11) Eusebio Ferreira, era natural de Porto Santo, na Ilha da Madeira, e filho de LeĆ£o Ferreira. Pag. 313.
(12) D. MĆ©cia de Armas, foi segunda esposa de Rafael Telles, do qual nĆ£o teve filhos; e filha de Luis de Armas e de D. Catharina Jacques, “pessoas nobres e principais da Bahia”. Pag. 175
(13) Gaspar Goncalves Ferreira. Era filho de GonƧalo Aires Ferreira.
(14) Branca Afonso da Cunha era natural de Covilha.
(15) Elizabeth Sinclair de Roslin descendia de Sir William Sinclair of Roslin, um nobre cavaleiro na EscĆ³cia que as tradiƧƵes e provas atuais indicam que chefiou uma expediĆ§Ć£o exploratĆ³ria que aportou na Nova EscĆ³cia, ProvĆncia do Canada, por volta de 1360, ou seja, mais de um sĆ©culo antes de Colombo.
A missĆ£o de William Sinclair seria a de proteger supostos tesouros dos Cavaleiros TemplĆ”rios, Ordem que fora dissolvida pelo papa Clemente, em 1312.
Mas houve continuidade tanto na EscĆ³cia quanto em Portugal, onde a organizaĆ§Ć£o veio a chamar-se Ordem de Cristo.
(16) A familia Drummond, tanto quanto a Sinclair, formou-se a partir da nobreza francesa, porem, quando da transferencia do Sir John Drummond para a Madeira ja era ha mais de 1 sĆ©culo famĆlia escocesa.
(17) Izabel de Lemos era irma de Felipe de Lemos Palha, filhos de JoĆ£o Rodrigues Palha e D. MĆ©cia de Lemos. Pags. 469 (batizada a 25.03.1568) e 161.
(18) D. Joana da Silva era filha de GonƧalo da Silva, regedor da justiƧa em Lisboa. Pag. 144.
(19) Guilherme Moniz Barreto foi tambĆ©m casado com D. Joanna da Costa Corte-Real, filha de JoĆ£o Vaz da Costa Corte-Real. Pag. 144
Talvez venhamos a ser descendentes desses tambĆ©m, pois, o (1) Francisco Moniz Barreto tinha por pai outro Guilherme Moniz Barreto. E antes de migrar para o Brasil a famĆlia estava radicada na Ilha Terceira, AƧores.
(20) D. Ignez, era filha de GonƧalo Nunez Barreto, alcaide-mor do Faro. Pag. 144
(21) D. Teresa Anes de Andeiro, foi filha de JoĆ£o Fernandes de Andeiro, segundo Conde de Ourem, e sua esposa D.Ā Maior Fernandes de Moscoso.
Maior Fernandes de Moscoso era entĆ£o viuva de FernĆ£o Bezerra. Deles descendem os Bezerra em Pernambuco, dos quais tambĆ©m descendia o governador Luiz Barbalho Bezerra, nosso ancestral.
Consta em genealogias um terceiro nobre casado com Maior Fernandes de Moscoso. Caso seja a mesma, teremos a oportunidade de descender dela por 3 vias, sendo pelo menos uma de cada marido.
Quem desejar aprofundar mais pode verificar os nomes e genealogias dos cĆ“njuges de nossos possĆveis ancestrais mais nobres, pois, estĆ£o expostos na internet.
Aconselho aos descendentes dos ancestrais ANTĆNIO JOSE MONIZ e MANOELA DO ESPIRITO SANTO, via Luiza Maria do Espirito Santo e seu marido, o fundador de GuanhĆ£es, capitĆ£o de milĆcias Jose Coelho da Rocha, a copiarem esse resumo para te-lo disponĆvel.
A minha convicĆ§Ć£o de nosso ancestral Antonio Jose ser o mesmo ANTĆNIO JOSE MONIZ BARRETO aumenta a cada retorno que faƧo a esses estudos. As evidencias dissoĀ sĆ£o enormes.
Seria bom ter os dados guardados em mĆ£os porque pode-se perder as informaƧƵes na internet caso hajam mudanƧas indesejĆ”veis no futuro. E tambĆ©m, fica mais fĆ”cil consultar os dados quando se for falar no assunto na ausĆŖncia de um computador `as mĆ£os.
Ha que lembrarmos tambĆ©m que nossa ancestral Manoela do Espirito Santo pode vir do mesmo nĆŗcleo de famĆlias primeiro fundadoras da Bahia.
E temos outra ancestral, Tereza (Fiuza) de Jesus, baiana, `a Ć©poca, procedente de Itabaiana, atualmente em Sergipe, que devera ter pelo menos alguns dos mesmos ancestrais.
Ha a necessidade de sabermos isso para termos a ciĆŖncia de que: aqueles ancestrais que pensamos ser antigos demais para termos vĆnculos parentais prĆ³ximos com eles, em verdade, sĆ£o nosso “bisavĆ³s-de-fato” devido a tantas vezes que nos sĆ£o ancestrais.
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008. DESCENDENTES DE D. PEDRO I, DE PORTUGAL, E DONA IGNEZ DE CASTRO?
“ARGOLOS
Rodrigo Argolo foi um nobre Castellano, que passou `a Bahia nos princĆpios da sua fundaĆ§Ć£o, e n’ella com Joana Barboza Lobo, uma das trez irmans orfans, filhas de Balthazar Lobo de Souza, que faleceu na carreira da India, as quaes trez irmans, com outras mais, tambĆ©m orfans e filhas de pessoas nobres, mandou a rainha D. Catharina, mulher do Sr. rei D. JoĆ£o III, no anno de 1551, na armada de que era capitĆ£o de mar e guerra Antonio de Oliveira Carvalhal, que foi o primeiro alcaide-mor da Bahia, e vieram a entregar estas orfans ao governador ThomĆ© de Souza, primeiro que no anno de 1549 veio fundar esta cidade, mudando-a de Villa-Velha do Pereira para onde agora esta, recomendando el-rei e a rainha ao dito governador cazasse as taes donzellas com as pessoas principaes que houvesse na terra, e assim com o tal Rodrigo de Argolo, acima, que n’esta mesma ocaziĆ£o, com o governador ThomĆ© de Souza, ou na prĆ³pria armada do Oliveira veio `a Bahia cazou o governador a D. Joana Barboza, a qual e suas duas irmans, nomeadas a fl… dizem as memĆ³rias, que d’ellas tratam, eram sobrinhas do Conde de Sortella. Foi este Rodrigo Argolo provedor da AlfĆ¢ndega da nova cidade do Salvador, Bahia de Todos os Santos, por mercĆŖ do Sr. rei D. JoĆ£o III, por cazar com a sobredita D.Joana Barboza, da qual teve os filhos seguintes:”
Acabo de fazer mais uma pequena revista nos escritos e encontrei, alem de outras, essa passagem bastante esclarecedora de nossa genealogia. Isso porque Balthazar Lobo de Sousa foi pai de:
01. Joana Barbosa Lobo c. c. Rodrigo de Argollo
02. Micia Lobo de MendonƧa c. c. Francisco Bicudo
03. Catharina Lobo de Barbosa Almeida c. c. Gaspar de Barros MagalhĆ£es.
Cada um desses casais ira dar reflexo em nossa genealogia. Eu apenas nĆ£o os analisei a contento. Mas sei que os Argollo irĆ£o depois misturar-se com nossos familiares.
Micia e Francisco serĆ£o paisĀ de outra Micia. Essa serĆ” a primeira esposa de Jeronimo Moniz Barreto, o velho. Eles serĆ£o os pais do Egas Moniz Barreto, que serĆ” pai do Francisco Barreto de Menezes que, por sua vez, Egas Moniz Barreto, o marido de D. IgnezĀ Teresa Barbalho Bezerra.
D. Ignez foi filha de Antonia Barbalho e Antonio Ferreira, e neta por via materna do governador Luiz Barbalho Bezerra e de sua esposa Maria Furtado de MendonƧa. Por ai sai alguns tĆtulos de nobreza do Imperio Brasileiro.
Ja a dona Catharina e seu esposo Gaspar foram pais de dona Vitoria de Barros que casou-se com Manoel de Freitas do Amaral.
Deles nasceu dona Maria Lobo de MendonƧa que foi casar-se com Francisco Moniz de Menezes, observe-se como o nome eh parecido com o do Francisco Barreto de Menezes!
Maria Lobo e Francisco Moniz, porem, serĆ£o pais do Jeronimo Moniz Barreto, o mais moƧo que o anterior. Esse ira casar com dona Teresa de Souza, irmĆ£ da dona Ignez Teresa, tambĆ©m filha de Antonia Barbalho e Antonio Ferreira.
Dai para frente basta seguir na ordem descendente para encontrar-se poucas geraƧƵes depois o ANTĆNIO JOSE MONIZ BARRETO que, ate que se prove o contrario, devera ser nosso ancestral:
ANTONIO JOSE MONIZ, que se casou com MANUELA DO ESPIRITO SANTO e foram pais, em ConceiĆ§Ć£o do Mato Dentro, da nossa preciosa ancestral, tetravĆ³: LUIZA MARIA DO ESPIRITO SANTO.
E que o Divino Espirito Santo proteja a todos no carnaval e todos os dias da vida.
Essa mensagem foi passada durante o carnaval de 2018. Eu estava satisfeito com o que havia encontrado ate entĆ£o. Mas dai!
Retornando `a “REVISTA TRIMENSAL” parece-me que em alguma parte o autor da genealogia ou eu cometemos um grave engano. Assim, porei em sequencia para tirar as duvidas.
PAG. 161
“N. 3 – Jeronimo Moniz Barreto (2), filho terceiro de Egas Barreto, a fl…, e de sua mulher D. Maria da Silveira …………………, e ali cazou duas vezes, a primeira com D. Micia Lobo de MendonƧa, filha de Francisco Bicudo e de sua primeira mulher D. Micia Lobo de MendonƧa …………………. E dela teve filhos:
- Egas Muniz Barreto, que se segue.”
Ā
Teve ainda: Angela, Maria Francisca, casadas, e Izabel e Vasco, solteiros.
PAG. 162
“N.1 – Egas Moniz Barreto (1) filho primogenito de Jeronimo Moniz Barreto e de sua primeira mulher D. Micia Lobo deĀ MendonƧa, cazou trez vezes, a primeira com D. Agueda de Lemos,Ā irman de sua madrasta D. Izabel de Lemos, acima, e a fl…, n.5, e della teve filho:
5. Francisco Barreto de Menezes, que se segue. Batizado em Paripe a 6 de Junho de 1602.
D. Micia de Menezes, mulher de Paulo Argol, a fl…”
`As paginas 177-8 surgem dois Paulo Argolo. Na revista faltou o “o” final. O primeiro era filho do Rodrigo Argolo Castellano e dona JoanaĀ Barbosa Lobo e Ā casou-se com Felicia Lobo, filha de Gaspar de Barros deĀ MagalhĆ£esĀ e sua esposa Catharina Lobo de Barbosa Almeida, ou seja, eram primos em primeiro grau pelos lados maternos.
O autor confundiu ao dizer que dona Joana Lobo era irmĆ£ da dona Felicia. Deveriam ser tia e sobrinha.
O segundo Paulo Argolo, filho do primeiro e dona Felicia, casou-se com Micia Lobo de MendonƧa. Porem essa ja possuĆa um parentesco um pouco mais distante, pois, foi filha de Egas Moniz Barreto e sua esposa Agueda de Lemos.
Esse era o Egas Moniz, filho do Jeronimo Moniz Barreto, o velho, e de sua primeira esposa Micia Lobo de MendonƧa. Por sua vez, essa era filha de Francisco Bicudo e a primeira Micia Lobo de MendonƧa, uma das 3 irmĆ£s que foram enviadas para casarem-se com as maiores figuras da terra. Seguindo:
“N. 5 – Francisco Barreto de Menezes, fidalgo escudeiro, filho de Egas Moniz, n. 1, e de sua primeira mulher Agueda de Lemos, cazou com D. Izabel de AragĆ£o, filha de Melchior de AragĆ£o (2) e de sua mulher Maria Dias, e teve filhos. Faleceu D. Izabel de AragĆ£o a 19 de Maio de 1674, ja viuva. Sepultada em S. Francisco.
12. Egas Muniz Barreto, que se segue. Batizado na sƩ a 22 de Agosto de 1646.
________________________
(1) Fidalgo escudeiro. Faleceu a 23 de Outubro de 1646, sepultado em Camamu, onde era morador.
(2) Senhor do engenho Mataripe. Faleceu em 1669.
Dona Izabel de AragĆ£o, aparece na pagina 110 da Revista. Sua mĆ£e, Maria Dias, consta, na pagina 109, ter sido “outra filha de Maria Dias e seo marido Francisco de Araujo.” E Melchior era oriundo da Ilha da Madeira.
Maria Dias, esposa de Francisco de Araujo, foi filha de Genebra Alvares e seu marido Vicente Dias de Beja. Sendo Genebra Alvares filha de Diogo Alvares Correia, o Caramuru, e Catharina Alvares, a ParaguaƧu. Ou seja, teriam entĆ£o o mesmo sangue que nos. A menĆ§Ć£o esta na pagina 86.
PAG. 163.
“N. 12 – Egas Moniz Barreto, filho de Francisco Barreto de Menezes, n. 5, foi coronel escudeiro fidalgo, cazou com D. Ignez Barbalho Bezerra, filha de Antonio Ferreira de Souza e de sua mulher D. Antonia, filha de Luiz Barbalho, a fl…”
FAZENDO O ESQUELETO GENEALOGICO I
01. Egas Moniz Barreto c. c. D. Ignez Barbalho, filho de:
02. Francisco Barreto de Menezes c. c. Izabel de AragĆ£o, filho de:
03. Egas Moniz Barreto c. c. Agueda de Lemos, filho de:
04. Jeronimo Moniz Barreto c. c. Micia Lobo de MendonƧa, filho de:
05. Egas Moniz Barreto c. c. D. Maria da Silveira.
PAG. 161
“Segunda vez cazou Jeronimo Moniz Barreto com D. Izabel de Lemos, filha de JoĆ£o Rodrigues Palha e de sua mulher Micia de Lemos e teve filhos:
4. Miguel Telles de Menezes, a fl… e ali o mais
4. Antonio Moniz Telles, adiante. Batizado na se a 19 de Abril de 1586
4. Vicente, Francisco, Jeronimo, D. Joana e Anna de Lemos, mulher de ChristĆ³vĆ£o Rabelo, com filhos, a fl…”
PAG. 372
“MONIZES DO SOCORRO
N. 1 – Francisco Moniz de Menezes, *filho de Jeronimo Moniz Barreto, o velho, e de sua segunda mulher D. Izabel de Lemos, a fl…, foi fidalgo da caza real e cazou com D. Maria Lobo de Mendonca, filha de Manoel de Freitas do Amaral e de sua mulher D. Victoria de Barros, a fl…, n. 6, e teve filhos:
1. D. Victoria de Menezes, mulher de Vasco de Souza, a fl…, e depois de Jeronimo da Cruz, cazou com este a 30 de Abril de 1658.
________________________________
- Faleceu a 1. de Abril de 1674, sepultado na capella-mor da Mizericordia na sepultura de seu avĆ“ Francisco de Araujo.”
PAG. 373
“2. Jeronimo Moniz Barreto, que se segue:
N. 2 – Jeronimo Moniz Barreto, filho de Francisco Moniz de Menezes, acima, e de sua mulher D. Maria Lobo de MendonƧa, cazou com D. Tereza de Souza, (1), filha de Antonio Ferreira de Souza e de sua mulher D. Antonia Bezerra, a fl. 269, e teve filhos:
3. D. Francisca Izabel Barreto de Menezes, que se segue, batizada a 21 de Janeiro de 1666″
…………………………………………………………..
5. D. Luiza Josefa de Menezes, depois, batizada a 25 de Setembro de 1687.”
FAZENDO O ESQUELETO GENEALOGICO II
01. D. Francisca Izabel Barreto de Menezes c. c. Francisco Moniz Barreto
01. D. Luiza Josefa de Menezes c. c. Antonio Galas da Silveira, ambas filhas de:
02. Jeronimo Moniz Barreto c. c. D. Thereza de Souza, filho de:
03. Francisco Moniz de Menezes c. c. D. Maria Lobo de MendonƧa, filho de:
04. Jeronimo Moniz Barreto c. c. D. Izabel de Lemos, filho de:
05. Egas Moniz Barreto, o velho c. c. D. Maria da Silveira
Assim, torna-se claro que enganei-me ao identificar ao Egas Moniz Barreto, casado com Ignez Thereza, como se fosse irmĆ£o de Jeronimo Moniz Barreto, casado com dona Thereza, irmĆ£ de dona Ignez.
Os Franciscos pais eram diferentes. O problema ai foi que a mistura era muito semelhante ja que nos lados maternos dona Agueda era irmĆ£ de D. Izabel de Lemos. E dona Maria Lobo era prima de dona Micia Lobo.
O Jeronimo da D. Thereza de Souza era da geraĆ§Ć£o do Francisco, pai do Egas da Ignez Thereza.
Assim se desfaz alguns mal-entendidos e tambĆ©m se informa o quĆ£o as famĆlias no perĆodo colonial se entrelaƧavam de forma muito semelhante ao que fariam as geraƧƵes descendentes ate `a altura de nossos pais e seus familiares.
Observe-se, entĆ£o, os riscos para a saĆŗde da descendĆŖncia! Motivo Ć³timo para se estudar a genealogia e usa-la em medicina preventiva.
Para uma melhor compreensĆ£o do que ja passamos nessa revista, ha que repetir aqui o esqueleto maior, ate ao momento:
ESQUELETO GENEALOGICO III
01. Diogo Alvares Correia (Caramuru)Ā c.c. Catharina Alvares, pais de:
02. Genebra Alvares c.c. Vicente Dias de Beja, pais de:
03. Catharina Alvares c.c. Balthazar Barboza de Araujo, pais de:
04. Francisca Barboza c.c. Felippe de Lemos, pais de:
05. Agueda de Pina c.c. LourenƧo de Oliveira Pita, pais de:
06. Antonio Galas da Silveira c.c. D. Luiza Josefa de Menezes, pais de:
07. Diogo Moniz da Silveira c.c. Anna Maria da Affonseca, pais de:
08. Martinho Moniz Barreto c.c. D. Francisca Izabel Barreto de Menezes, pais de:
09. ANTONIO JOSE MONIZ BARRETO
Por ai se vĆŖ como poderemos chegar `a nossa genealogia, caso esse ANTĆNIO JOSE MONIZ BARRETO seja o mesmo nosso tetravĆ“ ANTĆNIO JOSE MONIZ.
Ja vimos em nosso texto anterior, embora esteja ao depois no blog, que Baltasar Barbosa de AraĆŗjo tem ancestrais conhecidos `a sua Ć©poca que remontam a anos anteriores ao ano 1.000 de nossa era.
Mas hoje sabemos que o ancestral apontado naquela carta sob o nome de Egas Moniz de Riba Douro, trata-se do senhor de Riba Douro, que se casou com Toda Ermiges. Ela foi bisneta do rei D. Ramiro I, de Leon.
A carta ate menciona que o conde D. Pedro dizia isso mas o autor nĆ£o chegou `a informaĆ§Ć£o. Egas e Toda foram os bisavĆ³s de Egas Moniz, o Aio. Esse foi o bisavĆ“ do D. Soeiro Viegas Coelho, o que iniciou a geraĆ§Ć£o da assinatura Coelho.
D. Soeiro foi o pai de, entre outros, Maria Soares Coelho, que foi a esposa do D. JoĆ£o Peres, I senhor da Torre de Vasconcelos, e cuja famĆlia adotou o sobrenome por causa disso. Na carta aparece somente ele como D. JoĆ£o Pires de Vasconcelos. Tinha ele o apelido de “o Tenreiro”.
Outro que aparece naquela lista foi o D. Rui GonƧalves Pereira. Como ja mencionei, era primo prĆ³ximo do D. Nuno Alvares Pereira. EstĆ£o eles entre as primeiras geraƧƵes desse nobre sobrenome da Pereira. E tambĆ©m sĆ£o descendentes do rei D. Ramiro I.
A ascendĆŖncia conhecida de D. Ramiro I remonta a tempos anteriores a Cristo. O que, alias, se confunde com a ascendĆŖncia de toda a nobreza europeia.
01.Ā D. Catarina Alvares foi filha do chefe Taparica, maioral dos Morubixabas, uma das tribos da naĆ§Ć£o Tupinamba.
04. Vejamos como Felipe de Lemos se enquadra num esqueleto.
ESQUELETO GENEALOGICO IV
01. Felipe de Lemos c. c. Francisca Barbosa, filho de:
02. Micia de Lemos c. c. JoĆ£o Rodrigues Palha, filha de:
03. FernĆ£o de Lemos, fidalgo cavaleiro.
Dona Agueda de Lemos, que aparece na genealogia do Egas Moniz Barreto, acima, e Isabel de Lemos que aparece no Esqueleto Vi, abaixo, eram irmĆ£s do Felipe de Lemos.
`A pagina 469 temos:
“5. Felippe de Lemos, cazado com filhos, e teve o foro de escudeiro fidalgo, e logo o de cavalleiro fidalgo por alvarĆ” de 18 de Janeiro de 1620, batizado na sĆ© a 7 de Maio de 1576.”
Como nada se pode encontrar do LourenƧo de Oliveira Pita e Anna Maria da Affonseca, vamos tratar do esqueleto seguinte:
ESQUELETO GENEALOGICO V
01. Jeronimo Moniz Barreto c.c. D. Thereza de Souza, pais de:
02. D. Francisca Izabel Barreto de Menezes c.c. Francisco Moniz Barreto, pais de:
03. D. Leonor Maria da Silva Corte-Real c.c. Martinho Affonso de Mello, pais de:
04. D. Francisca Izabel Barreto de Menezes c.c. Martinho Moniz Barreto, pais de:
05. ANTONIO JOSE MONIZ BARRETO
Como se pode ver, essas foram as duas formas como chegamos ao mesmo, possĆvel, ancestral ANTĆNIO JOSE MONIZ BARRETO.
Falta-nos, entĆ£o, a parte que nos cabe do capitulo MONIZ BARRETO:
ESQUELETO GENEALOGICO VI
01. Jeronimo Moniz Barreto c.c. Thereza de Souza, filho de:
02. Francisco Moniz de Menezes c.c. (1) D. Maria Lobo de MendonƧa, filho de:
03. Jeronimo Moniz Barreto, o velho c.c. D. Izabel de Lemos, filho de:
04. Egas Moniz Barreto c.c. D. Maria da Silveira ou Anna Soares, filho de:
05. Guilherme Moniz c.c. (?), filho de:
06. SebastiĆ£o Moniz c.c. (2) D.Ā Joana da Silva, filho de:
07. Guilherme Moniz Barreto, alcaide-mor de Silves c.c. (3) Ignez, filho de:
08. Henrique Moniz c.c. (?), filho de:
09. Vasco Martim Moniz c.c. (?)
Aqui encontramos o quadro onde D. Izabel de Lemos foi irmĆ£ de Felippe de Lemos, acima, esqueleto IV.
ESQUELETO GENEALOGICO VII
01.Ā D. Maria Lobo de MendonƧa c. c. Francisco Moniz de Menezes, filha de:
02. D. Victoria de Barros c. c. Manoel de Freitas do Amaral, filha de:
03. Catharina Lobo de Barbosa Almeida c. c. Gaspar de Barros MagalhĆ£es, filha de:
04. Henrique Lobo c. c. Isabel de Reboredo, filho de:
05. 1492Ā Balthazar Lobo de Sousa c. c. Joana Barbosa (?) 1a. esposa.
06. 1472 Felipa de Souza c. c. Diogo Lobo
07. Joana da Guerra c. c.Ā JoĆ£o Fernandes de Souza, 4o. sr. de BaiĆ£o
08. Isabel da Guerra c. c. GonƧalo Vaz Coutinho
09. D. Ignez da Guerra c. c. Alvaro Pires da TƔvora
10. Pedro da Guerra c. c. D. Tereza Anes De Andeiro
11. D. JoĆ£o de Portugal, duque de Valencia c. c. Desconhecida
12. D. Pedro I, rei de Portugal c. c. D. Ines de Castro
13. D. Afonso IV, o Bravo c. c. D. Beatriz de Molina e Castela
14. D. Dinis I, o Lavrador c. c. D. Isabel de AragĆ£o
15. D. Afonso III c. c. D. Beatriz de Castela
16. D. Afonso II c. c. D. Urraca de Castela
17. D. Sancho I, o PovoadorĀ c. c. D. Dulce de AragĆ£o
18. D. Afonso I Henriques, o Conquistador c. c. D. Mafalda de SabĆ³ia
19. D. Teresa de Leon c. c. D. Henri de Borgonha
20. D. Alfonso VI de Leao e Castella c. c. Ximena Moniz
(?) O nome Joana Barbosa foi sugerido por Manuel Abranches, mas nĆ£o se tem certeza.
Consta que JoĆ£o Fernandes ficou Ć³rfĆ£o muito novo e era o Ćŗnico neto de Luis Alvares de Souza. E um trisavĆ“ dele chamava-se: D. Frei Alvaro Goncalves Camelo, que foi prior da Ordem do Hospital.
Ou seja, era da Ordem dos TemplĆ”rios, que em 1307 foi perseguida e extinta pela Igreja CatĆ³lica, porem, foi ressuscitada em 1317 pelo rei D. Diniz, passando `a Ordem do Hospital, ou Ordem Militar de Malta ou, ainda, Ordem de Cristo.
Essas informaƧƵes a mais aparecem na leitura:
http://www.soveral.info/mas/Argollo.htm
Aqui se afirma tambĆ©m que donas Joana e dona Micia (MĆ©cia ou Maria) na verdade eram irmĆ£s do Henrique Lobo e dona Catharina seria sobrinha e nĆ£o irmĆ£ delas.
A leitura ai tem um pouco de tudo. Romance, drama etc.
Mesmo com certa modorra em ler-se texto tĆ£o complicado, resolvi fazer a leitura melhor detalhada. Foi por isso que pude reconstituir as 20 geraƧƵes de nossos muito provĆ”veis ancestrais.
Bom, nesse caso, em se tratando do Antonio Jose Moniz Barreto. Caso nĆ£o seja ele o nosso ancestral, e pode se-lo por alguma outra via, poderemos sim sermos descendentes das mesmas pessoas, apenas seguindo outras sequĆŖncias que ainda nĆ£o pudemos reconstituir.
Interessante foi que `a leitura do texto, pareceu-me que o professor Manuel Abranches de Soveral fez alusĆ£o ao fato do Frei JaboatĆ£o ter se enganado ao incluir dona Catharina como irmĆ£ das trĆŖs Ć³rfĆ£s, e destaca que foi sobrinha.
Ele alega para a correĆ§Ć£o, nĆ£o apenas o que esta escrito no “Pedatura Lusitana”, de autoria do AlĆ£o, mas tambĆ©m documentos comprovantes. O que chegou a convencer-me. Sem duvidas.
TambĆ©m alega que as filhas de Balthasar Lobo de Souza nĆ£o eram Ć³rfĆ£s, pois, o pai delas se encontrava vivo. Contudo, estava do outro lado do mundo. Em sua missĆ£o nas Ćndias, Goa, com sua segunda esposa e 10 filhos para cuidar.
Elas nĆ£o seriam Ć³rfĆ£s de todo. Apenas nĆ£o tinham mĆ£e e o pai era ausente. Mas ele faz mais algumas revelaƧƵes importantes. Tais como, eram mesmo 3 irmĆ£s:
01. Joana Barbosa Lobo c. c. Rodrigo de Argolo
02. Micia Lobo de MendonƧa c. c. Francisco Bicudo
03. Marta de Souza c. c. JoĆ£o GonƧalves Drummond
E com isso faz outra revelaĆ§Ć£o que passa a ser nosso prĆ³ximo esqueleto:
ESQUELETO GENEALOGICO VIII
01. Baltasar Lobo de Souza c. c. Joana Barbosa (?)
02. Marta de Souza c. c. JoĆ£o GonƧalves Drummond
03. Antonio de Souza Drummond c. c. Joana Barbosa
03. Melchior (Belchior) de Souza Drummond c. c. MĆ©cia de Armas
04. Catharina de Souza c. c. Eusebio Ferreira
05. Antonio Ferreira de Souza c. c. Antonia Barbalho Bezerra.
06. Tereza de Souza c. c. Jeronimo Moniz Barreto
Esses foram pais de duas das ancestrais do Antonio Jose Moniz Barreto:
01. D. Francisca Izabel Barreto de Menezes c. c. Francisco Moniz Barreto
02. D. Luiza Josefa de Menezes c. c. Antonio Galas da Silveira.
Abaixo, explicarei melhor que Joana Barbosa foi filha de Baltazar Barbosa de AraĆŗjo e dona Catarina Barbosa. Ou seja, era irmĆ£ da Francisca Barbosa, esposa do Felippe de Lemos. Esses estĆ£o no Esqueleto III, geraĆ§Ć£o 4.
O trabalho do professor Soveral trata mesmo da famĆlia Argolo. O que serĆ” Ćŗtil para o conhecimento da genealogia brasileira como um todo, inclusive com as preciosas informaƧƵes da procedĆŖncia dos tĆtulos de nobreza do ImpĆ©rio Brasileiro depois adquiridos pela descendĆŖncia.
Fica ai mais essa dica interessante pois ele informa que tais nobres descendiam nĆ£o apenas de uma das irmĆ£s, mas de duas: dona Joana e dona Marta e da sobrinha delas, Catarina.
Ou seja, nos seriam aparentados em duplo, caso sejamos descendentes de dona Marta e dona Catarina.
Ressalve-se que na descriĆ§Ć£o de ancestrais do numero 4. Paulo Argollo, deixa escrito que Antonia Bezerra, casada com Antonio Ferreira de Souza, foi filha de Luiz Bartolo e Maria Furtado.
NĆ£o sei dizer o que levou ao engano. Pode ter sido interferĆŖncia de outros dados no momento de escrever e `a revisĆ£o nĆ£o ter percebido. Mas esses seriam os nossos ancestrais, Luiz Barbalho Bezerra e Maria Furtado de MendonƧa.Ā Tem-se que rolar 2 bons dedos na tela do laptop para localizar-se esse engano.
Alias, nĆ£o foi por falta de literatura na qual basear-se. O casamento de Antonio Ferreira e Antonia Barbalho esta registrado tanto pelo Frei JaboatĆ£o quanto pelo “Pedatura Lusitana”, do AlĆ£o. Vou ate repetir aqui para facilitar para os leitores. Dona Antonia e Antonio estĆ£o no numero 4:
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pag. 343 Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā “BARBALHOS
- FernĆ£oĀ (A) Barbalho era natural de Entre Douro e Minho .. .. .. e teve:
2.Ā Antonio Barbalho
2. Luis Barbalho
2. Alvaro Barbalho
2. Antonio Barbalho filho 1o. este viveo no Porto aonde foi cidadĆ£o. Casou com ā¦ā¦ā¦ e teve:
3. Antonio Barbalho
3. D. Guiomar ā¦ā¦ā¦ā¦ā¦ā¦ā¦ā¦.. m.er de Ignacio Cenarche de Noronha co. g.Ā Casou 2a. vez com D. Antonia Bezerra, ou Monteira, filha de Domingos Bezerra ā¦ ā¦ ā¦ e houve:
3. Luis Barbalho Bezerra
3. Felippe Barbalho Bezerra
3. Antonio Barbalho filho 1o. deste viveo no Brazil ā¦ ā¦ ā¦
3. Luis Barbalho Bezerra filho 2o. de Anto. Barbalho E o 1o. de
*******************************
(A) Os f.os deste FernĆ£o Barbalho erao primos de M.elĀ Fran.coĀ Barbalho e tiverao Capella em S.Ā Fran.coĀ do Porto. E o dito M.elĀ Fran.coĀ Barbalho foi pai de Clara Barbalho m.er de G.ar de Carvalho e forao pais de Jo. Lopes Barbalho fidalgo da casa delRei eĀ Com.orĀ de Sanfins de Nespereira e Mestre de Campo no Alentejo.
*******************************
Pag. 354
sua 2a. mulher n.2 foi insigne Soldado nas armas do Brazil: foi fidalgo da Casa delRei EĀ com.orĀ dos casaes na ordem de Christo. E Governador do Rio de Janeiro onde morreo.
Casou com D. Maria Furtado de M.Ƨa Ā filha de FernandāAyres Furtado E de sua m.er Cecilia Carreira E houve:
4. Guilherme Barbalho Bezerra
4. Agostinho Barbalho Bezerra
4. FernĆ£o Barbalho
4.Ā Fran.coĀ Monteiro Barbalho
4. Cosma Bezerra m.er deĀ Fran.coĀ de Negreiros Soeiro Sr. de hu engenho no Brazil
4. D. Antonia Bezerra m.er de Antonio Pereira de Sousa fo. de Eusebio Frra. Dromondo E de Cn.a de Sousa sua m.er.
4. D. Cecilia .. ā¦ .. m.er de Anto. Barbosa Calheiros fo. de Io. Barbosa Calheiros em Vianna
4. D.Ā Fran.caĀ Furtada
4. Guilherme Barbalho Bezerra filho 1o. deste he Alcaide-mor de Serzipe delRei e tem a Comenda de seu pae. Casou com D. Anna Pereira fa. de D.os de Negreiros Soeiro Sr. de Engenho ā¦ ā¦ ā¦ e teve
5. Luis Barbalho
5. Domingos Barbalho
Pag 355
4. Ago. Barbalho Bezerra fo. 2o. de Luis Barbalho Bezerra n.3 Foi correo-mor do Brazil ā¦ā¦
4. FernĆ£o Barbalho filho 3o. de Luis Barbalho Bezerra no. 3 Foi Vedor da Fazenda da India. Casou co D. Maria de Macedo m.er baixa.
4.Ā Fran.coĀ Monteiro Barbalho filho 4o. de Luis Barbalho Bezerra no. 3 Foi G.or da Fortaleza de S. Marcello na Bahia
3. Felippe Barbalho Bezerra filho 3o. de Antonio Barbalho no. 2 E o 2o. de sua m.erā¦ā¦..
2. Luis Barbalho filho 2o. de FernĆ£o Barbalho no. 1 servio na India ā¦ā¦ā¦ e teve
3. D. ā¦ ā¦ ā¦ m.er de D. Luis de Sousa ou da Sylva paes delRey de Maldiva tto. de gras.
2. Alvaro Barbalho filho 3o. de FernĆ£o Barbalho n. 1 Ā Casou no Brazil co ā¦. ā¦ ā¦.ā
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O prĆ³prio professor Manuel Abranches de Soveral haveria de convir que os tempos que aqueles escritores escreveram nĆ£o eram fĆ”ceis para esse tipo de trabalho. Imagine-se, vasculhar sĆ©culos de documentaĆ§Ć£o nĆ£o catalogada!
No caso do AlĆ£o, SoveralĀ bem mencionou que o irmĆ£o, Belchior de Souza Lobo, do Baltazar Lobo de Souza, e outros, nĆ£o foram mencionados. Ai acima, no titulo “BARBALHOS”, existem outros mistĆ©rios tambĆ©m.
Pelos nomes dos filhos, acredito que o Antonio Barbalho, filho de FernĆ£o Barbalho, deverĆ” serĀ o mesmo BrĆ”s Barbalho Feyo, tĆ£o frequente na literatura genealogia brasileira, surgindo desde Frei JaboatĆ£o ate Borges da Fonseca e, obviamente, todosĀ os mais recentes.
Caso contrario, o BrĆ”s poderĆ” ter sido um irmĆ£oĀ nĆ£o mencionado. E dai surgem outras confusƵes, tais como a de que o grande Luis Barbalho teria sido filho daquele Antonio. Os mesmos autores concordam que foi filho daĀ Camila Barbalho e alguĆ©m da FamĆlia Bezerra.
Atualmente se acredita queĀ o pai foi o Guilherme Bezerra Felpa de Barbuda. O que, pela regressĆ£o de datas, posso dizer que seja o candidato mais forte.
Na verdade, eu nĆ£o desejava ter extendido tanto esse capitulo de meus estudos. A intenĆ§Ć£o era a de resumir o que ja sabia, concentrando-o nos esqueletos que penso ser melhor explicativos. Mas a menĆ§Ć£o a que Baltazar seria sextoneto do Pedro I e dona Ines de Castro acabou incitando minha curiosidade.
Porem ha ai outro engano no trabalho do professor Soveral. Tive que buscar em outras fontes para esclarecer. Ele postou que D. JoĆ£o Fernandes de Andeiro teria sido filho do Infante D. JoĆ£o, filho de Pedro e Ines.
Na verdade foi o Pedro da Guerra quem era, como esta no esqueleto. Dona Teresa Anes de Andeiro, esposa do Pedro, era filha do JoĆ£o Andeiro e sua esposa Maior Fernandes de Moscoso, que tinha antes sido viuva de FernĆ£o Bezerra.
Assim fica explicado o quĆ£o pequeno foi aquele mundo no qual nossos antepassados viviam. Ela ja era nossa ancestral via o lado Bezerra da famĆlia. Porem, com o primeiro marido. Agora as vezes podem multiplicar-se. E muito! Alem disso, descendia de D. Teresa de Leon e Henri de Borgonha.
A informaĆ§Ć£o de que podemos ser descendentes do Pedro e Ines de Castro Ć© realmente nova para mim. Ate hoje eu havia encontrado no mĆ”ximo ao rei D. Diniz como nosso ancestral. Assim, a gente fica descendente de praticamente toda a Dinastia Afonsina.
Nesse caso, faltaria completar com o D. Sancho II, rei de direito, porem, deposto por desagradar `a Igreja CatĆ³lica. Entrando no lugar dele o seu irmĆ£o, Afonso III.
E aqui temos um entroncamento interessante. Antes ha que nos lembrarmos que o rei D. Afonso IV foi quem ordenou a morte da rainha D. Ines de Castro. Ela e outros castelhanos que estavam em Portugal estavam ficando influentes demais junto ao prĆncipe herdeiro Pedro.
E como Pedro abandonou a rainha de direito ConstanƧa Manuel, em favor do amor por Ines, pensava o rei e sua corte ser melhor mata-la para evitar uma guerra com os espanhĆ³is.
Os executores foram: Alvaro GonƧalves, Diogo Lopes Pacheco e PeroĀ Coelho. Houve praticamente uma revoluĆ§Ć£o. Mas os nervos foram acalmados e Pedro prometeu nĆ£o vingar depois que subisse ao trono. E a primeira coisa que fez foi quebrar a promessa, mandando executar seus desafetos.
Pedro I foi pai do rei de direito: Fernando I. Contudo esse nĆ£o teve filhos do sexo masculino para ocupar o trono. A filha tornou-se esposa do rei de Castela. EntĆ£o, com o falecimento de Fernando I, o rei JoĆ£o I de Castela invadiu Portugal.
As cortes em Coimbra ja haviam decidido que o rei seriaĀ JoĆ£o I, o Mestre de Avis, que ocuparia o trono. Esse JoĆ£o, Infante de Portugal, era filho do mesmo Pedro I, porem, extraconjugal.
De toda forma houve a guerra. Os portugueses derrotaram os castelhanos na Batalha de Aljubarrota. Mesmo com menor numero de pessoas nas forƧas militares. As tĆ”ticas de guerra usadas pelos portugueses ajudados por ingleses foi superior. Os espanhĆ³is contavam com ajuda dos aragoneses e franceses.
Decidido quem ficaria no trono e que Portugal permaneceria independente, a vida continuou. O grande general da Ć©poca, D. Nuno Alvares Pereira, atualmente, Santo Nun’Alvares, tinha uma filha. Chamava-se Beatriz Pereira Alvim.
D. Nuno foi casado com Leonor Alvim. Essa era filha de primos: JoĆ£o Pires de Alvim e dona Branca Pires Coelho. Ambos descendiam do D. Egas Moniz, o Aio.
D. Beatriz Pereira Alvim, alem de ser filha Ćŗnica do D. Nuno, acabou casando-se com D. Afonso, filho do rei D. JoĆ£o I, de Portugal, e Ines Pires Esteves. Esse D. Afonso foi o primeiro Duque de BraganƧa. E do casal descende a Casa de BraganƧa.
Assim seguiram as duas linhagens. A que seguiu a Dinastia de Avis, se extinguiu em 1580, com o rei Felipe I da Espanha tomando a coroa de Portugal.
A Reconquista se deu a partir de 1640, com o restabelecimento da coroa portuguesa e a coroaĆ§Ć£o de D. JoĆ£o IV, que entĆ£o era o herdeiro do ducado de BraganƧa.
Assim se mostra que podemos nĆ£o ser descendentes de outros reis portuguesesĀ mais recentes, porem, todos os reis de Portugal e Brasil que existiram depois descenderam de mesmos ancestrais que nos.
E quando digo nos, estou referindo-me a boa quantidade da populaĆ§Ć£o brasileira. Imagine-se apenas os fatos. As 3 filhas e a neta do Baltazar Lobo de Souza devem ser ascendentes de milhƵes.
E, logicamente, nĆ£o devem ter elas sido as Ćŗnicas descendentes a se mudarem para o Brasil `a Ć©poca. Pedro governou apenas 10 anos, 1357 a 1367. Teve 6 filhos que chegaram `a idade adulta. Praticamente 200 anos apĆ³s seu governo foiĀ que elas foram para o Brasil.
200 anos era suficiente para que tivesse alguns milhares de descendentes, os quais nem todos estavam em situaĆ§Ć£o financeira melhor, portanto, ir para o Brasil era o sonho de “fazer a America”.
Apesar de que, somente o Baltazar Lobo de Souza estava com 10 filhos vivendo nas Ćndias. Ha que se pensar nisso tambĆ©m. Podemos ter milhares, senĆ£o milhƵes, de familiares indianos sem o sabermos.
Diga-se de passagem, alem desses que estavam por la, haviam outros irmĆ£os do Baltazar. E, provavelmente, outros parentes andavam `as voltas.
Alem deles, temos a noticia no texto do AlĆ£o que antes havia ido para as Ćndias: o Luis Barbalho, filho de FernĆ£o Barbalho. Ao depois foi para la tambĆ©m o FernĆ£o Barbalho Bezerra, filho do governador Luiz.
O que falta saber serĆ” se toda essa gente deixou descendĆŖncia e se ela permaneceu no Oriente. Se ficou, devemos ter um parentesco relativamente prĆ³ximo com, pelo menos, as gentes de Goa.
Em resumo, teremos parentesco obrigatĆ³rio com as pessoas dos tĆtulos descritos pelo Frei JaboatĆ£o:
01. 42 Albuquerques MaranhƵes na Bahia (1)
01. 77Ā Bicudo
02. 84Ā Caramurus na Bahia
03. 111Ā Britos Freires com Caramurus na Bahia
04. 135Ā AraĆŗjos e Barbosas
05. 138 Caramurus
06. 140 Adornos e Caxoeira
07. 144 Monizes Barretos na Bahia
08. 146 Alomba
09. 160 Ulhoa
10. 174 Telles (2)
11. 177 Argollos
12. 180 Argollo Ribeiro
13. 182 Araujo, Barboza
14. 182 Argolos e Pereiras
15. 202 Torres
16. 203 Barros e MagalhĆ£es na Bahia
17. 211 Barros, Lobo e Velho
18. 212 Moreiras do Socorro (3)
19. 217 Cunha e Severin
20. 219 Pereiras Soares de Paripe
21. 224 Amorim, Barboza
22. 226 Pereiras de Paripe
23. 238 Ā Vaz, etc
24. 242 Florianos na Bahia (4)
25. 243 Barros da FranƧa na Bahia
26. 274 Parui, Brito e Lobo (5)
27. 276 Britos e Castros
28. 279 Castros, Freires, Souzas e Tavoras
29. 281 Souzas de Andrade (6)
30. 308 Negreiros de Sergipe do Conde
31. 310 Barbalhos
32. 313 Ferreiras e Souzas
33. 372 Monizes do Socorro e Fiuzas
34. 382 Monteiros
35. 385 Rocha, Sa e Soutomaior (7)
35. 386 Maciel e Sa
36. 392 Brito CassĆ£o
37. 395 Dormondo (Drummond) (8)
38. 407 Subtil e Siqueira
39. 427 Bravo (9)
40. 454 Paredes na Bahia (10)
41. 468 Palha
(1) A famĆlia “Albuquerques MaranhƵes na Bahia” entra em nosso ramo de parentela nĆ£o por ser nossa ancestral mas por possuir ancestral que compartilhamos desde seu inicio.
Essa familia comeƧa com Jeronimo de Albuquerque, o Torto,Ā filho do Jeronimo de Albuquerque, o AdĆ£o de Pernambuco, e de sua companheira, a indĆgena D. Maria do Espirito Santo Arcoverde. O Torto ajudou a conquistar o Rio Grande e foi seu primeiro governador.
Foi casado com D. Catharina Pinheiro Feio. Essa foi filha de Antonio Pinheiro Feio, reinol, e de sua esposa, D. Leonor Tavares de Guardes.
Ela foi filha do senhor do engenho de SĆ£o Paulo da VĆ”rzea do Capibaribe, Francisco Carvalho de Andrade e sua esposa Maria Tavares de Guardes.
Esses foramĀ tambĆ©mĀ pais de dona Ignez de Guardes, esposa do instituidor do riquĆssimo morgado do Cabo de Santo Agostinho, JoĆ£o Paes Barreto.
Era tambĆ©m irmĆ£ das anteriores, Maria ou Catharina Tavares de Guardes, que foi a esposa de BrĆ”s Barbalho Feyo, que foram os avos do Luiz Barbalho Bezerra, via Camilla Barbalho.
Diga-se de passagem, nos, BarbalhoĀ em Minas Gerais, terĆamos parentesco com todos os Albuquerques ja, pelo menos, pelo lado de Martim Afonso de Sousa, primeiro Governador Geral do Brasil.
Esse foi filho de Lopo de Sousa e D. Brites de Albuquerque. Que nĆ£o se trata da mesma que casou-se com Duarte Coelho.
(2) Ha ai um parentesco colateral, pois, Rafael Telles, o patriarca, casou-se segunda vez com Micia de Armas, que era viuva de Belchior de Souza Drummond (Dormondo). Eles estĆ£o do Esqueleto VIII como nossosĀ ancestrais.
(3) Outra vez, parentesco por via do tronco que gerou Martim Afonso de Sousa.
(4) O parentesco com esses esta indefinido mas deles ha os Corte Real que se misturaram com os Moniz Barreto. Na sequencia, Barros da Franca na Bahia, entram descendentes de donas Cosma e Antonia Barbalho Bezerra.
(5) Nosso parentesco se da com D. Joana de Argolo, esposa do dr. SebastiĆ£o Parui de Brito. Britos e Castros Ć© sequencia do anterior. O mesmo se da com o 28.
(6) Parentesco por aproximaĆ§Ć£o. D. Maria Furtado Barbalho casou-se com Nicolau de Souza de Andrade, porem, nĆ£o tiveram filhos.
(7) Familia que comeƧa em Diogo da Rocha de Sa, que casou-se com Ignez Barreto, filha de Egas Moniz Barreto e irma de Duarte Moniz Barreto. Sequencia em Maciel e Sa. Segue em Brito CassĆ£o.
(8) Os Drummond da Bahia,Ā nesse caso, se mostram nossos duplo parentes porque descendem simultaneamente dos casais: JoĆ£o GonƧalvesĀ Drummond e sua esposa dona Marta de Souza; e de Baltazar Barboza de AraĆŗjo e sua esposa Catarina Alvares, filha de Caramuru e ParaguaƧu.
O primeiro casal foi pai de Antonio de Souza Drummond e o segundoĀ de D. Joana Barbosa que se casaram e foram pais do Melchior (Belchior) de Souza Drummond que casou-se com Micia de Armas, filha de Luiz de Armas e sua esposa Catarina Jacques.
Antonio, que nasceu em IlhƩus, e Micia foram os pais da Catharina de Souza, esposa do Antonio Ferreira, sendo esses os pais do Antonio Ferreira, marido da Antonia Barbalho Bezerra. Como esta no esqueleto acima (VIII).
Alias, aqui acrescenta-se essa segunda descendĆŖncia nos ancestrais: Caramuru e Guaimbim-Para (ParaguaƧu).
(9) ComeƧa em Antonio Bravo, natural do Porto. Quase certamente serƔ parente de Miguel Gomes Bravo, tambƩm do Porto, nosso ancestral no Rio de Janeiro.
(10) ComeƧa em JoĆ£o Paredes da Costa que casou-se com D. Paula de Barros, filha de Gaspar de Barros de MagalhĆ£es e D. Catharina Lobo, possivelmente, nossos ancestrais.
As 41 familias acima citadas sĆ£o aquelas das quais descenderĆamos diretamente ou suas raizes descendem das mesmas pessoas que nos. Isso nĆ£o significa que as outras nĆ£o possuam semelhante vinculo.
O que fica gravado ai Ć© que as outras, nĆ£o relacionadas por mim, tem ou terĆ£o vĆnculos apĆ³s o tempo do Frei JaboatĆ£o (1695 – 1779). Lembrando que ele concluiu seu trabalho genealĆ³gico em 1770.
A partir disso, teremos apenas o trabalho de encontrar quem foram os pais de nosso ancestral Antonio Jose Moniz, ou se ele assinava o Barreto tambƩm, para transformar esse estudo em nossa genealogia.
Por enquanto tudo isso, apesar da trabalheira, Ć© apenas especulaĆ§Ć£o.
Apenas como uma observaĆ§Ć£o. Ja recebi opiniĆ£o de que isso de estudar mais profundamente nossa genealogia nĆ£o ajuda em nada. Afinal, por que quer-se saber de defuntos tĆ£o distantes?!!!
A verdade Ć© queĀ quem ja passou, e deixou herdeiro, nĆ£o esta morto. Nossos antepassados vivem em nos. Quem tem aquela opiniĆ£o teria razĆ£o num ponto:
Temos uma relaĆ§Ć£o de descendĆŖncia com nossos pais de 50%. Ou seja, a metade de cada um vive em nos. 25% Ć© a cota de nossos avĆ³s. 12.5% de nossos bisavĆ³s. 6.25% de nossos trisavĆ³s. 3.125% de nossos tetravĆ³s. e + ou – 1.56% de nossos pentavĆ³s.
Realmente. Dai para frente seria quase que uma bobagem pensar em grau de parentesco, pois, essa serĆ” uma porcentagem prĆ³xima `aquela que o ser humano possui com seus primos mais prĆ³ximos, os chimpanzĆ©s. EntĆ£o, para que saber mais?!
Acontece que hĆ£o outros detalhes. Vamos tomar como exemplo as vezes possĆveis que descenderĆamos do Baltazar Barbosa de Souza. Ele foi pai da dona Marta e avo da dona Catarina.
Na sequencia, temos as duas personagens:
01. D. Francisca Izabel Barreto de Menezes c. c. Francisco Moniz Barreto
02. D. Luiza Josefa de Menezes c. c. Antonio Galas da Silveira.
Ambas foram avĆ³s do Antonio Jose Moniz Barreto. Cada uma delas foi 2 vezes descendentes do Baltazar, portanto, o Antonio Jose foi 4 vezes descendente dele.
Agora, apenas caso o nosso pentavƓ Antonio Jose Moniz tenha sido a mesma pessoa, nos sabemos ser 5 vezes pentanetos e uma vez sextonetos dele. Ao todo 6. E multiplicando 6 X 4, temos o resultado de 24 vezes descendentes do Baltazar.
Ainda assim torna-se pouco, devido a distancia que ha entre ele e nos. O problema Ć© nĆ£o sabermos a origem da Manoela do Espirito Santo, a esposa do Antonio Jose, nosso ancestral. E se ela for baiana tambĆ©m?
Dela, nĆ£o temos noticias mas sabemos que temos pelo menos outra ancestral baiana, cujo nome foi Teresa (Fiuza) de Jesus, esposa do sargento-mor Domingos Barbosa Moreira. Vejam ai a repetiĆ§Ć£o do sobrenome Barbosa.
Ja ate nĆ£o importa tanto buscar mais. 24 vezes em tal espaƧo de tempo ja nos da quase um grau de pentavĆ“. Nesse caso, justifica-se a busca de ancestrais mais antigos, pois, na verdade nĆ£o sĆ£o tĆ£o distantes quanto imagina a nossa vĆ£ filosofia!
Mais ainda, justifica-se saber quem foram os pouco mais antigos que o Baltazar. Isso porque, esses deverĆ£o ser nossos ancestrais nĆ£o apenas as possĆveis 24 vezes que o Baltazar deverĆ” ser.
Eles deverĆ£o ser os mesmos ancestrais de nossos ancestrais intermediĆ”rios, cujos sangues chegaram ate a nos por outras linhagens.
Assim, embora mais antigos que o Baltazar, podem ser ate nossos parentes mais prĆ³ximos. Essa ja seria uma boa justificativa. Mas, como se dizia antigamente, “o saber nĆ£o ocupa lugar”!
Agora, imaginem o prazer que daria a uma crianƧa atual, descobrindo os primeiros capĆtulos da Historia Universal, ao mesmo tempo podendo ter em mĆ£os uma genealogia que mostre que os ilustres personagens sĆ£o seus ancestrais ou terem algum grau de parentesco com ela!
Acredito que tal alegria nĆ£o teria preƧo!!!
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009. GENEALOGIA DE ANTONIO JOSE MONIZ BARRETO:Ā UM POUCO DO CONTEĆDO DA “REVISTA TRIMENSAL DO INSTITUTO HISTORICO E GEOGRAPHICO BRAZILEIRO”
INDICE
01. INTRODUCAO
02. EXTRATOS DA REVISTA
03. PRIMEIROS COMENTARIOS
04. ESQUELETOS GENEALOGICOS
05. BUSCANDO ANCESTRAIS DO ANTONIO JOSE MONIZ
06. ANTEPASSADOS E FAMILIARES DO ANTONIO JOSE
07.Ā O QUE QUE A BAIANA TEM? OS QUINDINS DE IAIA!!!
08.Ā CONSIDERAĆĆESĀ A RESPEITO DE MAIS PARENTESCOS
09. UM POUCO DA DESCENDENCIA DA DONA COSMA BARBALHO
10. ANTONIO BARBALHO PINTO, NOSSO QUASEĀ ANCESTRAL!
11. CONCLUSOESĀ
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01. INTRODUCAO
Sim, a grafiaĀ Ć© essa mesma. Trata-se do exemplar numero 52, parte I, que foi publicada em 1889.
O engraƧado, ou nota de alegria, foi que estava procurando ver se encontrava dados paternos do Gaspar de Souza Barbalho, ancestral da amiga Perlya, e encontrei algo que pode ser de grande importĆ¢ncia para a genealogia do nosso ramo.
Na verdade, a publicaĆ§Ć£o naquela revista poderia levar o nome de “Nobiliarquia Baiana”. Trata-se de estudo que abrange diversas famĆlias nobres. Registra pessoas que chegaram desde a implantaĆ§Ć£o da Capitania ate `as ultimas dĆ©cadas do sĆ©culo XVIII (1770).Ā Os dadosĀ sĆ£oĀ deĀ Ć©poca. A publicaĆ§Ć£o em 1889 foi umaĀ reproduĆ§Ć£o.
`A medida que outrasĀ famĆliasĀ vĆ£o chegando, ali se casam com a nobreza da terra, somando sangues de outras paragens portuguesas e brasileiras. Isso se da com aĀ FamĆlia Barbalho.
Chegada em Pernambuco desde os tempos doĀ capitĆ£o-mor Duarte Coelho, foge para a Bahia devido aos conflitos com os holandeses. Em 1638, o governador Luiz Barbalho Bezerra e sua esposa Maria Furtado deĀ MendonƧa se instalam na,Ā entĆ£o, capital daĀ colĆ“nia, SĆ£o Salvador.
Em 1643 ele e parte daĀ famĆlia se transferem para o Rio de Janeiro para assumir o cargo de governador daquelaĀ provĆncia. Porem deixa na Bahia duas filhas eĀ trĆŖs filhos. D. Cosma, D. Antonia, Guilherme,Ā FernĆ£o e Francisco Monteiro.
Somente recentemente,Ā atravĆ©s do livro “Pedatura Lusitana”, tomei conhecimento que oĀ FernĆ£o foi casado. Mas ele, mais tarde foi transferido para Goa, onde exerceu aĀ funĆ§Ć£o de vedor, eĀ nĆ£o temos noticias deĀ descendĆŖncia.
HaĀ tambĆ©m aĀ menĆ§Ć£o a Francisca Furtada. Os dados que tinha mencionavam 10 o total de filhos do governador e sua esposa. Por meus estudos, ateĀ entĆ£o, havia encontrado 9. Agora se completam com Cecilia, Agostinho, Antonio e Jeronimo.
Guilherme transferiu-se para SĆ£oĀ CristĆ³vĆ£o, antiga capital de Sergipe, na qual foi alcaide-mor. Depois passou aĀ alcaidaria para o filho Domingos. Acredito que Guilherme tenha assumido a governadoria por 2 ou 3 anosĀ tambĆ©m.
Por enquantoĀ nĆ£oĀ descobrimos o estado civil do Francisco Monteiro. Sabe-se que foiĀ capitĆ£o do Forte de Nossa Senhora daĀ ConceiĆ§Ć£o do Populo, ou Forte de SĆ£oĀ Marcelo. Esse forte fica dentro da Bahia de Todos os Santos e Ć© um dosĀ Ćŗnicos com arquitetura circular no Brasil. Por histĆ³rico, Ć©Ā atraĆ§Ć£oĀ turĆstica.
Francisco Monteiro aposentou-se em 1704, com pouco mais de 24 anos deĀ serviƧo. Devia estar com mais de 60 anos de idade. Portando, se teve filhos em sua juventude poderia estar tornando-se bisavĆ“.
Acredito que o autor do estudo preferiuĀ nĆ£o fazer um capitulo dedicado `aĀ descendĆŖncia Barbalho justamente por ela ter chegado depois. Ou seja, eleĀ expƵe um inicio entre as paginas 310 a 312.
AsĀ sequĆŖncias daĀ descendĆŖnciaĀ esta dispersa nosĀ vĆ”riosĀ capĆtulos nos quais ela se casou. Assim, `a pagina 308 iniciara-se os “NEGREIROS DE SERGIPE DO CONDE”, no qual dona Cosma e Guilherme se casaram.
Os “FERREIRAS E SOUZAS” iniciam a partir da pagina 313. Nesse capitulo temos parte daĀ descendĆŖncia de dona Antonia e seu marido Antonio Pereira de Souza. Ali temos que:
ANTONIO PEREIRA DE SOUZA c.c. ANTONIA BARBALHO BEZERRA, pais de:
01. D. Ignez Barbalho Bezerra c.c. Egas Moniz Barreto
02. D. Thereza de Souza c.c. Jeronimo Moniz Barreto
03. D. Catharina de Souza c.c. Rafael Soares de Franca
04. D. Maria Furtado de Souza c.c. Nicolao de Souza de Andrade
05. Euzebio Ferreira, falecidoĀ crianƧa.
06. D. Francisca Barbalho c.c. Diogo de Sa Soto-maior.
Cada um desses casais aparece nos respectivosĀ capĆtulos nos quais os sobrenomes dasĀ famĆlias dos maridos Ć© estudado. Somente o Egas encontra-se no capitulo MONIZES BARRETO, a partir daĀ pagina 144.
OĀ irmĆ£o dele, Jeronimo Moniz Barreto, esta separado, aparecendo a partir da pagina 372, no capitulo MONIZES DO SOCORRO E FIUZAS. Somente o encontrei porque interessei-me em verificar osĀ FiĆŗzas, pois, temos ancestrais com o sobrenome.
D. Maria Furtado de Souza foi a unica dasĀ irmĆ£sĀ queĀ nĆ£o teve filhos.
Penso ser melhor copiar os trechos da revista que interessaram-me anotar de imediato. Assim seĀ poderĆ” verificar algo daĀ evoluĆ§Ć£o daĀ famĆlia e depois mostro meusĀ comentĆ”rios. SegueĀ entĆ£o:
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02. EXTRATOS DA REVISTA
Pag. 313.
Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā “FERREIRAS DE SOUZAS
Euzebio Ferreira, natural de Porto-Santo na ilha da Madeira do reino de Portugal, filho deĀ LeĆ£o Ferreira passou `a Bahia, e n’ellaĀ cazou com D. Catharina de Souza (1), filha de Melchior de SouzaĀ Dormondo e de sua mulher Catarina Jacques. De Euzebio Ferreira e sua mulher D. Catarina de Souza foram filhos:
(1) cazaram na Se a 13 de Maio de 1603, em caza, que os recebeu o coadjutor Antonio Viegas; testemunhasĀ ChristĆ³vĆ£oĀ de Aguiar e Melchior de Sa. E faleceu ao 1o. de Novembro de 1636.
D. Catarina sua mulher faleceu a 21 de Agosto de 1649, sepultada no Carmo.”
Pag. 314
N. 5. Antonio Pereira de Souza, filho de Euzebio Ferreira e de sua mulher D. Catharina de Souza,Ā cazou com D. Antonia Bezerra (2), filha do mestre de campo Luiz Barbalho, o velho, a fl…, batizada na capela do Nome de Jezus do Socorro a 27 de Agosto de 1656, e teve filhos:” (acima)
Cont. “14. D. Ignez Barbalho Bezerra, que casou com o coronel Egas Moniz Barreto, irmĆ£o de D. Victoria de Menezes, filha esta de Francisco Moniz de Menezes, a fl…. n.4.”
A data do batismo esta fora de lugar, pois, o casamento se deu em 1642. Possivelmente seria,Ā entĆ£o, de 1626. Para melhor acompanhar os dados, resolvi retornar `a pagina 144 e verificar o inicio do titulo MONIZES BARRETOS NA BAHIA.
Antes, nao busquei ainda os dados da ancestral de D. Catharina de Souza, que pode tambƩm ter sido nossa ancestral.
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COMPLEMENTO INTERESSANTE ACRESCIDO A ESCRITA:
“GENEALOGIAS DA ZONA DO CARMO – TITULO LV
DRUMONDS (de Itabira)
– O capitĆ£o Antonio Carvalho Drumond e sua mulher InĆ”cia Micaela de Freitas Henriques, nascidos e batizados na freguesia da se do Funchal, na ilha da Madeira, sĆ£o os troncos dos Drumond de Itabira em Minas, os quais tem larga ramificaĆ§Ć£o na zona do Carmo. Os primitivos Drumonds (Dormundos) fixaram-se em SĆ£o Miguel do Piracicaba.”
NOTAS NO RODAPE:
3. “Ha farta bibliografia sobre a familia Drumond, cujos troncos escoceses se fixaram na Madeira: Consultem-se as coleƧƵes da revista do Instituto GenealĆ³gico Brasileiro.”
4. “Na Nobiliarchia Pernambucana de Antonio Jose Victoriano Borges da Fonseca, vol II – 253 (ediĆ§Ć£o da Biblioteca Nacional 1935), ha noticia de Leandro Teixeira Escocia de Drumond, Juliana de Drumond, Manuel Escocia de Drumond, Carlos Maria de Drumond e outros.”
5. “TambĆ©m, no Catalogo GenealĆ³gico de JaboatĆ£o (ediĆ§Ć£o da revista do Instituto HistĆ³rico), pag. 395, ha um titulo Dormondo que comeƧa: “Antonio de Souza Dormondo, natural do Brazil, capitania dos Ilheos, era filho de JoĆ£o GonƧalves Dormondo, da ilha da Madeira, da ilustre famĆlia dos Dormondos, e fidalgo, e de sua mulher D. Marta de Souza ….”
Penso ser informaĆ§Ć£o de grande importĆ¢ncia, pois, ai se informa que a famĆlia Drummond procede da EscĆ³cia; ja desde o perĆodo colonial houveram esses diversos ramos imigrantes no Brasil e, especialmente, nos podemos descender do Melchior de Souza Drummond, portanto, outra vez aparentados do poeta itabirano Carlos Drummond de Andrade.
Ha pouco tempo um de nossos primos fez exame de DNA. Em nossa famĆlia ha uma certa incidĆŖncia de ruivos sardentinhos.
O exame dele, a meu ver, deu uma incidĆŖncia elevada de porcentagem com origem no Reino Unido porque ate agora nĆ£o havia encontrado ancestrais relativamente recentes como esses com essa origem.
Talvez essa informaĆ§Ć£o agora feche essas contas. E tambĆ©m nos da uma grande evidencia de que, enfim, o nosso ANTĆNIO JOSE MONIZ foi encontrado com sua devida ascendĆŖncia. Temos agora que ver o que nos falam os documentos dele, quando os encontrarmos.
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Pag. 144
Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā “MONIZES BARRETOS NA BAHIA
Egas Moniz Barreto, natural da Ilha Terceira, etc, filho de Guilherme Moniz e sua mulher. Foi morgado, neto deĀ SebastiĆ£o Moniz,Ā tambĆ©m Morgado, e de sua mulher D. Joanna da Silva, filha deĀ GonƧalo da Silva, regedor deĀ JustiƧa de Lisboa, e bisneto de Guilherme Moniz Barreto, alcaide-mor de Silves, e de sua segunda mulher D. Ignez, filha deĀ GonƧalo Nunes Barreto, alcaide-mor de Faro, do qual Guilherme Moniz Barreto, foi mulher D. Joanna da Costa Corte-Real, filha de Joao Vaz da Costa Corte-Real, terceiro-neto de Henrique Moniz, quarto-neto de Vasco Martim Moniz; foi este dito Egas Moniz Barreto o primeiro, que veio `a Bahia no tempo em que so havia a Villa-Velha eĀ povoaĆ§Ć£o do Pereira junto `a Victoria.
Foi cazado na mesma Ilha Terceira com D. Maria da Silveira, de quem teveĀ trez filhos abaixo nomeados; sendo certo que seĀ cazou com D. Anna como consta no assento do seu enterro, que diz assim: Faleceu Egas Moniz Barreto a 4 de Novembro de [PAG. 145] 1582, sepultado em Nossa Senhora da Ajuda, Testamenteira sua mulher D. Anna, a qual por outro assento consta faleceu a 4 de Setembro de 1596. Testamenteiro seu filho Duarte Moniz, sepultada em Nossa Senhora da Ajuda.
Nem se deve dizer, que na BahiaĀ cazou segunda vez este Egas Moniz com outra mulher chamada D. Anna; porque a ser assim,Ā nĆ£o diria o tal assento do seu enterro, que fora testamenteiro seu filho Duarte Moniz; porque diz Cordeiro (1) no lugar citado, com os outros filhos de D. Maria da Silveira, podendo ser erro da escrita o por D. Maria, em lugar de D. Anna Soares, como se acha no seu testamento feito a 3 de Novembro de 1595. Faleceu a 4 de Setembro de 1596. Sepultada em Nossa Senhora da Ajuda pois o assento doĀ Ć³bito Ć© manifesto. Foram filhos os seguintes:
Ā Ā Ā Ā 1. Duarte Moniz Barreto, que se segue;
Ā Ā Ā Ā 2. Henrique Moniz Barreto, ou Telles, abaixo
Ā Ā Ā Ā 3. Jeronimo Moniz Barreto, ou Telles, adiante
Ā Ā Ā Ā 4. Diogo Moniz Barreto, e D. Ignez Barreto a fl…., mulher de Diogo da Rocha de Sa, a fl….”
PAG. 161
‘N 3 – Jeronimo Moniz Barreto (2) filho terceiro de Egas Barreto, a fl…, e de sua mulher D. Maria da Silveira ou D. Anna, como ja ai fica anotado, passou `a Bahia com seu pai eĀ irmĆ£os, e aliĀ cazou duas vezes, a primeira com D. Micia Lobo deĀ MendonƧa, filha de Francisco Bicudo e de sua primeira Mulher D. Micia
……………………………..
(1) Cordeiro, pag. 313
Lobo deĀ MendonƧa, a fl…, uma das 3Ā irmans orfans, que mandou a rainha D. Catharina paraĀ cazarem, com as pessoasĀ principaes, como ja se tem dito; e della teve filhos:
Ā Ā Ā Ā Ā 1. Egas Moniz Barreto, que se segue …”
PAG. 162
“N 1 – Egas Moniz Barreto (1) filho primeiro de Jeronimo Moniz Barreto e de sua primeira mulher D. Micia Lobo de MendonƧa, cazou trez vezes, a primeira com D. Agueda de Lemos, irman de sua madrasta D. Izabel de Lemos, acima, e a fl…., n.5, e dela teve filho:
5. Francisco Barreto de Menezes, que se segue. Batizado em Paripe a 6 de Julho de 1602 ….
……………………………………………………..
N 5 Francisco Barreto de Menezes, fidalgo escudeiro, filho de Egas Moniz, n.1, e de sua primeira mulher Agueda de Lemos, cazou com D. Izabel de AragĆ£o filha de Melchior de AragĆ£o (2) e de sua mulher Maria Dias e teve filhos. Faleceu D. Izabel de AragĆ£o a 19 de Maio de 1674, ja viuva. Sepultada em S. Francisco.
12. Egas Moniz Barreto, que se segue. Batizado na Se a 22 de Agosto de 1646.”
……………………………………………………………………………………..
PAG. 163
N 12 – Egas Moniz Barreto, filho de Francisco Barreto de Menezes, n.5, foi coronel escudeiro fidalgo, cazou com D. Ignez Barbalho Bezerra, filha de Antonio Ferreira de Souza e de sua mulher D. Antonia, filha de Luiz Barbalho, a fl…, n.4, como consta do livro de cazamentos na Capella do Bom Jezus, a 8 de Janeiro de 1698, e teve filhos:
15. Antonio Ferreira de Souza, que segue”
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“N 15 – Antonio Ferreira de Souza, filho do coronel Egas Moniz Barreto, n 12, foi escudeiro fidalgo, como seu pai, e senhor do engenho de Mataripe, cazou com D. Izabel*, filha de seu tio Diogo Moniz, o Gordo, e teve filhos:
20. Antonio Ferreira de Souza, sem geraĆ§Ć£o.
21. Egas Carlos de Souza Menezes, adiante
………………………………………………………………………..
PAG. 165
N. 21 – Egas Carlos de Souza de Menezes, filho de Antonio Ferreira de Souza, n. 15, e de sua mulher D. Izabel, cazou com D. Maria Francisca da ConceiĆ§Ć£o, filha de Antonio Machado Velho, a fl…. n.9, e de sua mulher D. Antonia Maria de Menezes, e teve filhos:
32. Antonio Moniz de Souza Barreto, que se segue
N.32 – Antonio Moniz de Souza, filho de Egas Carlos de Souza de [PAG. 166] Menezes, n.Ā 21, tem o foro de Fidalgo cavaleiro, como tem seu pai, com 1$500 de moradia e um alqueire de cevada por dia, por alvara de el-rei, de 30 de Maio de 1768. Cazou com D. Luiza Francisca Severina (1) filha de Luiz Coelho Ferreira, cavaleiro professo da Ordem de Christo, e mercador na praƧa da Bahia, e de sua mulher D. Maria Dias do Vale.”
…………………………………………………………………………..
Acrescente-se o que vai abaixo que ainda nĆ£o podia ser anotado pelo autor por ainda ser futuro `a sua Ć©poca.
“Antonio Moniz Barreto de Souza e AragĆ£o c.c. Luiza Francisca Zeferina Coelho Ferreira, pais de:
I. Jose Joaquim Moniz Barreto de AragĆ£o, 1o. barĆ£o de Itapororoca, c.c. Josefa Joaquina Gomes FerrĆ£o de Castelo-Branco, pais de:
IĀ a. Maria Amalia FerrĆ£o Moniz Barreto de AragĆ£o c.c. Frutuoso Vicente Viana, 2o. barĆ£o de Rio de Contas.
I.b Emilia Augusta FerrĆ£o Moniz Barreto de AragĆ£o c.c. Joaquim Inacio de AragĆ£o BulcĆ£o, 1o. barĆ£o de Matuim.
II. Salvador Moniz Barreto de AragĆ£o e Menezes, 1o. barĆ£o de Paraguassu c.c. Teresa Clara do Nascimento Viana, pais de:
II a. Francisco Moniz Barreto de AragĆ£o, 2o. barĆ£o de Paraguassu (sem sucessĆ£oĀ )
II b. Pedro Moniz Barreto de AragĆ£o, 1o. barĆ£o de Rio de Contas c.c. Maria Joaquina de AragĆ£o BulcĆ£o (+ Carlota Lirio Ratton), pais de:
II b 1. Salvador Antonio Moniz Barreto de AragĆ£o c.c. Maria Bernardina de Lima e Silva (sobrinha do duque de Caxias), filha de Jose Joaquim de Lima e Silva Sobrinho, 1o. conde de Tocantins e de Maria Balbina da Fonseca Costa.
III Manuel InĆ”cio Moniz Barreto de AragĆ£o c.c. Francisca de Assis Viana, pais de:
III a. Francisca de Assis Viana Moniz Barreto, 1a. baronesa de Alenquer c.c. Custodio Ferreira Viana Bandeira.
OBS.: Maria Joaquina de AragĆ£o BulcĆ£o (acima) foi filha de:
Jose de Araujo AragĆ£o BulcĆ£o, 2o. barĆ£o de SĆ£o Francisco c.c. Ana Rita Marinho Cavalcanti de Albuquerque. Foram pais de:
Joaquim InĆ”cio de Siqueira BulcĆ£o c.c. InĆ”cia Calmon du Pin e Almeida, pais de:
Antonio Araujo de AragĆ£o BulcĆ£o, 3o barĆ£o de SĆ£o Francisco, c.c. Maria Clara e Maria Jose Moniz Viana. As duas esposas foram irmĆ£s e filhas dos 2os. barƵes de Rio de Contas. (acima).
RETORNANDO `A REVISTA, PAG. 372
“MONIZES DO SOCORRO E FIUZAS
N 1 – Francisco Moniz de Menezes,* filho de Jeronimo Moniz Barreto, o velho, e de sua segunda mulher D. Izabel de Lemos, a fl…, foi fidalgo da caza real e cazou com D. Maria Lobo de MendonƧa, filha de Manoel de Freitas do Amaral e de sua mulher D. Victoria de Barros a fl…, n.6, e teve filhos:
1. D. Victoria de Menezes, mulher de Vasco de Souza, a fl…., e depois de Jeronimo Cruz, cazou com este a 30 de Abril de 1658.
…………………………………………………………………………..
*Faleceu a 1 de Abril de 1674, sepultado na Capella-mor da Mizericordia na sepultura de seu avo Francisco de Araujo.”
PAG. 373
2. Jeronimo Moniz Barreto, que se segue
N 2 – Jeronimo Moniz Barreto, filho de Francisco Moniz de Menezes, acima, e de sua mulher D. Maria Lobo de MendonƧa, cazou com D. Tereza de Souza (1), filha de Antonio Ferreira de Souza e de sua mulher D. Antonia Bezerra, a fl. 269, e teve filhos:
3. D. Francisca Izabel Barreto de Menezes, que se segue, batizada a 21 de Janeiro de 1666.
4. D. Joana de Souza Barreto c.c. dr. JoĆ£o de Aguiar Villas Boas
5. D. Eugenia Thereza de Menezes 25.09.1687
6. D. Luiza Josefa de Menezes 03.09.1673
7. D. Antonia 25.04.1672
8. D. Catarina Barreto de Menezes, 08.03.1682
9. Diogo Moniz Barreto 02.08.1677
N 3 – D. Francisca Izabel Barreto de Menezes, filha de D. Thereza de Souza e de seu marido Jeronimo Moniz Barreto, cazou com o capitĆ£o Nicolao Lopes Fiuza (2) natural de Viana, freguezia de S. Maria Maior, filho d’este capitĆ£o Nicolau Lopes Fiuza e de sua mulher Izabel Lopes, o qual Nicolau Lopes Fiuza era viuvo de D. Izabel Maria de AragĆ£o Menezes, filha do coronel Egas Moniz Barreto e de D. Ignez Barbalho Bezerra, sua mulher, e a sobredita Izabel Maria de AragĆ£o era tambĆ©m viuva do coronel Antonio Machado Velho. NĆ£o teve a dita D. Francisca Izabel Barreto de Menezes do dito Nicolao Lopes Fiuza filho algum.
Segunda vez cazou esta na freguezia de N. S. da
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(1) cazaram na capella do nome de Jezus da freguezia do Desterro a 24 de Junho de 1663, e os recebeu o padre Francisco de Souza, religioso do Carmo, irmĆ£o do pai do nubente.
(2) cazaram-se a 2 de Janeiro de 1707; sendo o consorcio celebrado pelo vigĆ”rio de S. Pedro Velho da Bahia doutor Francisco Pinheiro Barreto.”
………………………………………………………………………………….
PAG. 374
“Ajuda da Bahia a 1 de Novembro de 1713, esta com o capitĆ£o de infantaria pago Francisco Moniz Barreto, fidalgo da caza real, e natural da ilha Terceira, filho de Guilherme Moniz Barreto, fidalgo da caza real, e de sua mulher D. Maria Faleiro, teve d’esse segundo marido os filhos seguintes:
7. D. Leonor Maria da Silva Corte-real, que se segue
8. D. Mariana Antonia Corte-real, que vive solteira recolhida no convento do Desterro.
N 7 – D. Leonor Maria da Silva Corte-real, filha de D. Francisca Izabel Barreto de Menezes e de seu marido capitĆ£o Francisco Moniz Barreto, cazou* com Martinho Affonso de Mello, natural da Villa de Maragogipe, que a tirou por justiƧa, o qual era filho do sargento-mor Joze Pereira da Cunha e de sua mulher D. Ignacia Pereira de Mello, natural da Bahia, e tiveram filhos:
9. D. Anna Maria de Mello, que segue
10. D. Francisca Izabel Barreto de Menezes, adiante
11. Jose Manoel de Menezes Corte-real, solteiro
12. Martinho Francisco de Menezes Corte-real, solteiro.
N 9 – D. Anna Maria de Mello Corte-real, filha de D. Leonor Maria da Silva e de seu marido Martinho Affonso de Mello, cazou com seu parente Antonio Galas da Silva, filho de Diogo Moniz da Silva da Silveira e de sua mulher Anna Maria da Fonseca, e foram dispensados no terceiro grao de consanguinidade, e tiveram filhos:
13. Francisco Joaquim da Silveira
14. GonƧalo Joze Galas da Silveira
15. Joana Senhorinha de Menezes Corte-real
16. Diogo Moniz Barreto da Silveira
17. Maria Francisca de Menezes Corte-real
18. Victorino Moniz Barreto da Silveira
Todos menores em 1770
…………………………………………………………………………..
- Cazaram na Capella da ordem terceira do Carmo a 12 de Dezembro de 1736 com licenƧa do cabido pelo coadjutor Jorge Francisco de Souza.
PAG. 375
N 10 – D. Francisca Izabel Barreto de Menezes, filha segunda de D. Leonor Maria da Silva Corte-real e de seu marido Martinho Affonso de Mello, cazou com Martinho Moniz Barreto, filho de Diogo Moniz da Silveira, e de sua mulher D. Anna Maria da Fonseca, e foi tambĆ©m dispensado no terceiro grao de consanguinidade, por ser irmĆ£o de Antonio Galas, acima, e teve filhos:
19. D. Margarida Francisca de Menezes Corte-real
20. Antonio Jose Moniz Barreto
21. D. Luiza Thereza de Menezes.”
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03. PRIMEIROS COMENTARIOS
Interessou-me copiar ate aqui por causa da presenƧa do “20. ANTĆNIO JOSE MONIZ BARRETO”. Isso porque ele parece ser de idade semelhante `a de seus primos, filhos de dona Anna Maria de Mello, portanto poderĆ” ter sido o mesmo ANTĆNIO JOSE MONIZ, casado com MANUELA DO ESPIRITO SANTO, e pai da nossa tetravĆ³ LUIZA MARIA DO ESPIRITO SANTO, que nasceu em 1789.
Como se pode observar, Egas Moniz Barreto, que se casou com D. Ignez Thereza Barbalho Bezerra, era irmĆ£o do JERĆNIMO MONIZ BARRETO que se casou com a irmĆ£ dela, THEREZA DE SOUZA.
Ha mais tempo, encontrei no “Projeto Compartilhar” uma famĆlia Moniz. Trata-se do inventario de Antonio Muniz Barbosa, iniciado em 1786, que se encontra no museu, em SĆ£o JoĆ£o Del Rei, e o local de moradia do Antonio Muniz era Baependi, MG.
Antonio Muniz teve um filho chamado tambĆ©m Antonio, batizado em 03.07.1758, e que poderia ter adotado o sobrenome Jose Moniz. Era comum trocar-se em cartĆ³rio o Muniz pelo Moniz. Se fosse esse nosso ancestral, a idade dele seria compatĆvel com a paternidade da ancestral LUIZA MARIA.
Mas ha esse outro detalhe de nĆ£o termos nada alem do nome ANTĆNIO JOSE MONIZ, casado com MANUELA DO ESPIRITO SANTO. Nada que nos possa garantir alguma procedĆŖncia dele.
O problema que enxergo em relaĆ§Ć£o a esse Antonio, filho do senhor Antonio Muniz, ter sido nosso ancestral foi ele nĆ£o ter comparecido ao testamento do pai. Poderia ser que nĆ£o tivesse ultrapassado a idade infantil, como era tĆ£o comum naquele tempo.
LĆ³gico, ele poderia ter crescido e desaparecido. Fica ai a dificuldade de dizer que fosse nosso ancestral, pois, ha na publicaĆ§Ć£o apenas a informaĆ§Ć£o de que “nĆ£o compareceu ao testamento do pai”. NĆ£o se sabe se faleceu antes e, mesmo que nĆ£o, nĆ£o ha a informaĆ§Ć£o com quais sobrenomes completou sua graƧa.
Ja, o professor Dermeval Jose Pimenta, que nos informa da existencia do ANTONIO JOSE MONIZ e sua esposa MANUELA DO ESPIRITO SANTO, talvez os possa ter achado no registro de casamento da filha LUIZA MARIA com o capitĆ£o JOSE COELHO DA ROCHA, e que foram nossos tetravĆ³s.
Caso tenha sido esse o caso, justificar-se-ia a supressĆ£o do ultimo sobrenome, BARRETO, porque era muito comum `a Ć©poca abreviar-se nomes para economizar papel e tinta. Os nomes ANTĆNIO JOSE MONIZ era mais que suficiente para identificar a pessoa, pois, devia ser bem conhecido do escrivĆ£o.
O ideal mesmo seria encontrar deles o registro do prĆ³prio casamento. Esse seria o documento no qual os homens demonstravam sua independĆŖncia e, geralmente, os nomes dos nubentes apareciam completos. Casamento era sĆmbolo de status.
Nossos ancestrais JOSE e LUIZA MARIA, residiram primeiro em ConceiĆ§Ć£o do Mato Dentro, numa sesmaria chamada Fazenda da Lapinha. Segundo informaƧƵes do amigo Bento Silva, natural da cidade, era enorme e atualmente faz parte do territĆ³rio da vizinha Santana do Riacho.
Devido `as caracterĆsticas do relevo a Ć”rea foi transformada em capital nacional dos esportes radicais. E as montanhas e quedas d’agua dĆ£o ar e grande beleza dos locais antigos.
Por enquanto so posso especular que a sesmaria pertenceu ao ANTĆNIO JOSE MONIZ e sua esposa MANUELA DO ESPIRITO SANTO. O ancestral JOSE nascera na Fazenda Axupe, que foi localizada a principio na tambĆ©m vizinha cidade do Morro do Pilar. Talvez fosse na prĆ³pria ConceiĆ§Ć£o, na qual atualmente ainda existe uma propriedade de mesmo nome.
Presume-se, entĆ£o, que para queĀ o ancestral ANTĆNIO MONIZ tenha se tornado dono da Lapinha, ele ja teria posses antes de chegar a isso. EntĆ£o, ser parte da famĆlia MONIZ BARRETO o favoreceria. A riqueza dela Ć© ate lendĆ”ria.
Mas nĆ£o posso deixar de mencionar que ha algum tempo encontrei um personagem cujo nome foi JOSE COELHO DE MAGALHĆES. O mesmo de nosso patriarca Coelho. Mas ate ao momento tudo indica que foram homĆ“nimos e nĆ£o a mesma pessoa.
Claro, nenhuma conclusĆ£o pode ser definitiva nesse ponto em que estamos. Outra possibilidade comum existe. Nada sabemos a respeito dos antecedentes dos familiares da avĆ³ MANUELA.
ANTONIO MONIZ poderia ter sido apenas um “consorte” da princesa. Poderia ser ela a herdeira de alguma das famĆlias primeiro chegadas a ConceiĆ§Ć£o, no inicio do Ciclo do Ouro, que se dera ha poucas dĆ©cadas antes do nascimento da geraĆ§Ć£o deles.
Nesse estado, quaisquer ANTONIO MONIZ poderia encaixar-se no cargo de marido “consorte”.
Muito comum, no caso, pessoas como o “baiano” de tĆ£o alta estirpe ter optado pela carreira militar. E ao prestar seus serviƧos `a sua majestade, “que Deus a guarde”, pode ter sido destacado para o Serro e Diamantina. ConceiĆ§Ć£o fazia parte por ser freguesia do Serro.
Por ser solteiro fardado, logo despertaria o interesse das donzelas “casadoiras”. E com isso justificaria tantas posses `a Ć©poca.
Naturalmente, ele poderia ter a principio outra profissĆ£o, como advogado por exemplo, cuja demanda era enorme naquelas Minas Gerais em pleno Ciclo do Ouro. Ate mesmo o cargo de professor era muito requerido, e poderia ser regiamente pago.
Para comprovarmos qualquer hipĆ³tese, nada melhor que pesquisar no Serro (Museu General Carneiro + dos Otonni); Diamantina (Arquidiocese) ou ConceiĆ§Ć£o (cartĆ³rios locais).
Nessas cidades, espera-se encontrar algum documento (casamento, inventario, testamento) que revele os nomes paternos dos ancestrais ANTĆNIO MONIZ e MANUELA.
Uma opĆ§Ć£o, talvez, mais direta, porem incerta, seria verificar os livros do genealogista Antonio de AraĆŗjo de AragĆ£o BulcĆ£o Sobrinho.
(www.cbg.org.br/colegio/historia/patronos/antonio-sobrinho/)
NoĀ endereƧoĀ acima encontra-se uma biografia e a obraĀ literĆ”ria produzida por ele. Estou certo que nosĀ era aparentado por descender dos BARBALHO nossos ancestrais.
Observe-se que osĀ tĆtulos da literaturaĀ genealĆ³gica escrita por ele relembram os mesmos sobrenomes envolvidos naĀ porĆ§Ć£oĀ genealĆ³gica que copiei da Revista Trimensal. Ali se pode destacar: Soeiro (1947), Monizes da Bahia (1950),Ā FiĆŗza (1960),Ā BulcĆ£o (1961 a 1962) e Sa Menezes (1968). TodosĀ entrelaƧados com os BARBALHO.
A busca nessa literatura poderia encurtar a nossa procura se acaso ela revelar que oĀ ANTĆNIO JOSE MONIZ BARRETO casou-se com MANUELA DO ESPIRITO SANTO ainda na Bahia.
Alem disso, devera informar queĀ nĆ£o ficaram na Bahia, ja que a nossa genealogiaĀ supƵe que LUIZA MARIA DO ESPIRITO SANTO nasceu emĀ ConceiĆ§Ć£o do Mato Dentro, em 1789.
Mas se oĀ ANTĆNIOĀ mudou-se solteiro e foi casar-se emĀ ConceiĆ§Ć£o, muito possivelmente issoĀ nĆ£oĀ serĆ” demonstrado pelo autor Antonio deĀ AraĆŗjo.
Ha, porem, outro indicio deĀ famĆlias baianas `aĀ Ć©poca naĀ regiĆ£o do Serro. Havemos que nos lembrar que ja no inicio doĀ sĆ©culo XVIII oĀ portuguĆŖs DOMINGOS BARBOSA MOREIRA casou-se com TEREZA DE JESUS, natural deĀ Itabaiana, atualmente no Sergipe.
Eles foram os pais da NOROTEA BARBOSA FIUZA que se casou com outroĀ portuguĆŖs, JOAO DE SOUZA AZEVEDO. NOROTEA nasceu em SĆ£oĀ GonƧalo do Rio das Pedras, distrito do Serro.
Foram os pais da MARIA DE SOUZA FIUZA, que casou-se com mais umĀ portuguĆŖs, oĀ ANTĆNIO BORGES MONTEIRO, natural deĀ Seia da Guarda. Eles se tornaram grandes patriarcas naĀ regiĆ£o. Esse casamento se deu em 1775, ja naĀ Ć©poca em que oĀ ANTĆNIO JOSE MONIZ BARRETO deveria ser jovem.
Meus estudos mais recentes encontraram o Sargento-mor DOMINGOS BARBOSA MOREIA e suas ligaƧƵes intimas com a Bahia. Em 1723 ele quitou osĀ dĆzimos dosĀ quartĆ©is da Comarca do Serro Frio.
Muito certamente, serviu de ponto de apoio e referencia para a transferencia de familiares da esposa dele, da Bahia para aĀ regiĆ£o do Serro.
Em 1750Ā comeƧa oĀ declĆnio do Ciclo do Ouro. O ouro esgotou-se nasĀ Ć”reas mais tradicionais, aquelas representas pelas cidadesĀ histĆ³ricas em torno da Estrada Real.
AĀ consequĆŖncia da queda deĀ produĆ§Ć£o foi aĀ expansĆ£o daĀ Ć”rea deĀ colonizaĆ§Ć£o em busca de novas jazidas. E muitos encontros se deram naĀ Ć”rea mais ao Norte do Estado de Minas Gerais. Ai se inclui Minas Novas e PecanhaĀ (1750-3), Itabira (1780),Ā GuanhĆ£es/VirginĆ³polisĀ (1828),Ā BarĆ£oĀ de Cocais (1840).
Alem disso, aĀ produĆ§Ć£o de diamantes naĀ regiĆ£o de Diamantina ainda atraiu muita gente noĀ perĆodoĀ pĆ³s Ciclo do Ouro.
Nesse periodo pos Ciclo do Ouro, o que atraiu um grande contingente de migrantesĀ tambĆ©m foi a fertilidade das terras paraĀ produĆ§Ć£oĀ agropecuĆ”ria.
O Estado de Minas tornou-se o preferido no BrasilĀ para migrantes do mundo inteiro, ate por volta do ano de 1900. Em 1872, quando se deu o primeiro censo populacional brasileiro, dos 9.930 milhƵes de habitantes, 2.039 (mais de 20%) residiam em Minas Gerais.
Observe-se que somente a Bahia, que tivera em si a capital do Brasil por mais de 200 anos, tinhaĀ populaĆ§Ć£o acima de 1Ā milhĆ£o de habitantes, alem de Minas Gerais. Outrossim, em 1872 a Bahia ja contava com 320 anos deĀ colonizaĆ§Ć£o europeia eĀ Minas Gerais com apenas 174.Ā Observe o mapaĀ estatĆstico:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Censo_demogrƔfico_do_Brasil_de_1872
Por ai se pode ver que, em termos genealĆ³gicos, todaĀ a populaĆ§Ć£o brasileira tem vĆnculos com Minas Gerais, pois, no inicio a ProvĆncia atraiu gente de todos os pontos de Portugal e das outras provĆncias brasileiras. Alem, claro, dos outros componentes que se misturam em nossa genĆ©tica.
Os migrantes multiplicaram-se enormemente em Minas e, depois, com a expansĆ£o da colonizaĆ§Ć£o para outros interiores e a industrializaĆ§Ć£o de SĆ£o Paulo e Rio de Janeiro, os mineiros migraram para todos os locais que os atraĆram.
Nesse caso, espera-se que cada famĆlia brasileira atual, tenha pelo menos um ancestral nascido em Minas Gerais.
NĆ£o se trata aqui de dizer-se que ha algo de melhor nos mineiros. Minha analise reflete apenas o numero de pessoas e nĆ£o a qualidade.
Mesmo porque, os mineiros sĆ£o produto da conspiraĆ§Ć£o da natureza e nĆ£o das pessoas. Imaginem, foram milhƵes e milhƵes de anos. Ela trabalhou muito para concentrar em nossas serras uma quantidade imensa de minerais que, antes de a populaĆ§Ć£o humana multiplicar-se e conhecer mineralogia, nada valiam.
Os que chegaram por sua prĆ³pria vontade no inicio, foram atraĆdos pelo brilho dos minerais, tais quais os insetos sĆ£o atraĆdos pela claridade de lĆ¢mpadas quando estĆ£o enxameados.
Como a maioria nĆ£o encontrou o que buscava, acabou ficando no lugar. E as gentes que ficaram, cresceram e multiplicaram, como o fariam em quaisquer outros locais que estivessem.
Isso nunca foi merito de ninguĆ©m. E sim dadiva da natureza. Mas a consequĆŖncia pratica foi que os mineiros tornaram-se tambĆ©m, junto com os outros que os precederam, grandes ancestrais da populaĆ§Ć£o brasileira e ja conta com parte da mundial.
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04. ESQUELETOS GENEALOGICOS
Baseado no que ja possuĆamos anteriormente e somando ao que tenho encontrado ao longo de minhas pesquisas, vou expor os esqueletos genealĆ³gicos, possĆveis, da famĆlia Barbalho Coelho, cujo ramo difundiu-se na regiĆ£o Centro-Nordeste de Minas Gerais.
Naturalmente, as cidades bases foram GuanhĆ£es e VirginĆ³polis. Mas dai ela se expandiu tanto para os antigos distritos delas quanto paraĀ os grandes centros, especialmente aqueles criados apĆ³s sua multiplicaĆ§Ć£o, tais como: Ā Belo Horizonte, Governador Valadares, Ipatinga e Brasilia.
Ainda, tenho noticias e contatos com pessoas de nossa famĆlia que vĆ£o desde o Rio Grande do Sul ao Acre. E de la para Aracaju e Salvador, alem de tudo o que esta dentro da Aquarela Brasileira e, em parte, exterior. Segue entĆ£o:
I.Ā PRIMEIRO ESQUELETO
01. Maria Rodrigues de MagalhĆ£es Barbalho c.c. Giuseppe Nicatigi da Rocha, pais de:
02. Eugenia Rodrigues da Rocha c.c. Jose Coelho de MagalhĆ£es, pais de:
03. CapitĆ£o Jose Coelho da Rocha c.c. Luiza Maria do Espirito Santo, pais de:
04.1 Jose Coelho da Rocha c.c. Candida Jovina Pereira e Maria de Deus Villa Real.
04.2 Maria Luiza Coelho (Nha MoƧa) – solteira
04.3 Francisca Eufrasia de Assis Coelho c.c. ten.Ā Joaquim Nunes Coelho
04.4 Anna Maria de Jesus Coelho (Nha Ninha) – solteira
04.5 ten. JoĆ£o Batista Coelho c.c. Maria Honoria Nunes Coelho
04.6. Eugenia Maria da Cruz Coelho c.c. cap. Francisco MarƧal Barbalho
04.7 Antonina – faleceu crianƧa
04.8 Antonio Rodrigues Coelho c.c. Maria Marcolina Borges do Amaral e Virginia de Campos Nelson. E teve 2 filhas extraconjugais reconhecidas com: Getulia Justiniana de Aguiar (filha Emidia Justiniana) e Anna Girou Bonefoi (filha Julia Salles).
II.Ā SEGUNDO ESQUELETO
01. Gov. Luiz Barbalho Bezerra c.c. Maria Furtado de MendonƧa, pais de:
02. cap.Ā Jeronimo Barbalho Bezerra c.c. Isabel Pedrosa, pais de:
03. PƔscoa Barbalho c.c. Pedro da Costa Ramires, pais de:
04. Maria da Costa Barbalho c.c. Manuel de Aguiar, pais de:
05. Manuel Vaz Barbalho c.c. Josefa Pimenta de Souza, pais de:
06. Isidora Maria da EncarnaĆ§Ć£o c.c. cap. Antonio Francisco de Carvalho, pais de:
07.1 JoĆ£o (1761)
07.2 Victoriana Florinda de Ataide (1762)Ā c.c. Damasio Rouco
07.3 Antonio (1764)
07.4 Luciano (1766)
07.5 Mariana (1767)
07.6 Jose (1769)
07.7 Francisco (1771)
07.8 Bernardo (1776)
07.9 Boaventura Jose Pimenta (1779) c.c. Maria Balbina de Santana Borges Monteiro. Esse casal foi pai de Modesto Jose Pimenta, que se casou com Ermelinda Querubina Pereira do Amaral.
Estes foram osĀ avos, e seus pais osĀ bisavĆ³s, do professor Dermeval Jose Pimenta e, basicamente, no livro genealĆ³gico escrito por ele: A Mata do PeƧanha, sua Historia e sua Gente, 1966, entram como a base da genealogia principal.
Tornam-se ai nossos parentes, pois, alem do Barbalho, a Maria Francelina Borges Monteiro foi irmĆ£ da Maria Balbina; e o Daniel Pereira do Amaral, irmĆ£o da Ermelinda Querubina.
Maria Francelina e Daniel foram os pais da Maria Marcolina Borges do Amaral, esposa do ten. Antonio Rodrigues Coelho. SĆ£o trisavĆ³s da minha geraĆ§Ć£o.
III. TERCEIROĀ ESQUELETO.
“MANUEL DE AGUIAR, n. por volta de 1634, fal., casado por volta de 1664 com Domingas Martins. Pais de:
I.1 JoĆ£o de Aguiar Barbalho, n. no Rio (Guaratiba) por volta de 1685, fal., casado no Rio (Iraja 2o., 36) a 1.7.1710 (na igreja de Santo Antonio de Jacutinga, RJ) com Agueda Rodrigues (ou JordĆ£o), n. no Rio (Iraja), filha de Fernando Rodrigues e de Luisa da Silva, pais de:
II.1 Francisco, n. no Rio (Iraja 6o. 107) bat. a 6.6.1709 (Legitimado)
I. 2 Manuel Vaz Barbalho, n. por volta de 1690
I.3 Eugenia, n. no Rio (Iraja 6o., 78) bat., a 28.4.1695.”
Essa pequena peƧa de esqueleto foi extraĆda do Primeiras FamĆlias do Rio de Janeiro, de autoria do Carlos G. Rheingantz. E ele enganou-se quanto `a maternidade desses filhos. Foram filhos da Maria da Costa Barbalho que esta no II ESQUELETO.
JoĆ£o de Aguiar Barbalho teve tambĆ©m uma segunda ou primeiraĀ esposa cujo nome era Joana de Oliveira. Deles nasceu Thereza de Aguiar de Oliveira que casou-se em Mariana, a 24.06.1730 com Jose Rodrigues.
IV. QUARTO ESQUELETO (hipotƩtico).
01. Eugenia de Aguiar Barbalho c.c. (desconhecido), pais de:
02. Anna Maria da ConceiĆ§Ć£o c. c. EstevĆ£o Rodrigues de MagalhĆ£es, pais de:
03. Maria Rodrigues de MagalhĆ£es Barbalho c.c. Giuseppe Nicatigi da Rocha.
Essa situaĆ§Ć£o hipotĆ©tica, por enquanto, tenta explicar o sobrenome Rodrigues de MagalhĆ£es Barbalho em nossa ancestral Maria, do Primeiro Esqueleto.
Como se pode observar, Rheingantz encontrou uma Eugenia, filha do Manuel de Aguiar que, pela Ʃpoca do nascimento, foi tambƩm filha da Maria da Costa Barbalho.
O registro de nascimento de uma menina com o nome Maria, filha de Anna Maria e EstevĆ£o Rodrigues de MagalhĆ£es tambĆ©m existe. Ele encontra-se no site do
Familysearch. A menina nasceu em 1750, na cidade de Ouro Branco, MG.
Nosso ancestral Jose Coelho da Rocha nasceu em 1782. 32 anos de diferenƧa de sua suposta avo Maria. A possibilidade de isso ter acontecido nĆ£o chegava a ser absurda naquela Ć©poca em que a mulheres costumavam casar com 15 anos de idade ou menos.
V. QUINTO ESQUELETO.
01. Gov. Luiz Barbalho Bezerra c.c. Maria Furtado de MendonƧa, pais de:
02. Antonia Barbalho Bezerra c.c. Antonio Ferreira de Souza, pais de:
03. D. Tereza de Souza c.c. Jeronimo Moniz Barreto, pais de:
04. D. Francisca Izabel Barreto de Menezes c.c. Francisco Moniz Barreto, pais de:
05. D. Leonor Maria da Silva Corte-real c.c. Martinho Affonso de Mello, pais de:
06. D. Francisca Isabel Barreto de Menezes c.c. Martinho Moniz Barreto, pais de:
07.1 D. Margarida Francisca de Menezes Corte-real
07.2 ANTONIO JOSE MONIZ BARRETO
07.3 D. Luiza Thereza de Menezes.
Claro, apenas em suposiĆ§Ć£o, por enquanto, podemos dizer que o filho 07.2, ANTĆNIO, serĆ” o mesmo que se casou com MANUELA DO ESPIRITO SANTO e tornaram-se nossos ancestrais.
Note-se tambĆ©m que aqui nĆ£o esta em discussĆ£o o fato de essas pessoas da genealogia baiana terem sido nossos familiares. Afinal, descendem do mesmo ramo BARBALHO do qual, supostamente mas com quase certeza, nos procedemos.
As Ćŗnicas discussƵes aqui serĆ£o:
01. Se a Eugenia do terceiro esqueleto deu ascendĆŖncia `a Maria Rodrigues ou nĆ£o. E, em caso de nĆ£o, se algum dos irmĆ£os ou sobrinhos geraram um ramo do qual Maria Rodrigues foi descendente.
O fato de a Maria Rodrigues ter sido mĆ£e da Eugenia Rodrigues, nossa quinta e, simultaneamente, sextavĆ³, deixa quase claro que esse foi mesmo o caminho que o sobrenome BARBALHO foi introduzido na linhagem COELHO.
Mas nĆ£o podemos descartar outras possibilidades que nĆ£o conhecemos, ja que nĆ£o sabemos quais outros BARBALHO estavam presentes na regiĆ£o de formaĆ§Ć£o da famĆlia.
A propria presenƧa do ANTĆNIO MONIZ em nossa genealogia, em sendo ele esse que agora encontramos, pode indicar que outros primos BARBALHOĀ dele podem te-lo acompanhado. E de algum deles podemos descender, caso seja comprovada a primeira suposiĆ§Ć£o.
NĆ£o podemos ignorar a evidencia tambĆ©m da presenƧa da D. Luiza Thereza como irmĆ£ do Antonio Moniz. Naturalmente os nomes dela sugerem homenagem ao prĆ³prio governador Luiz e da neta dele, D. Thereza.
Portanto, nossa ancestral LUIZA MARIA pode ser uma sequencia normal de homenagem aos ancestrais. E, diga-se de passagem, mesmo sem o saber disso, as pessoas da famĆlia continuam usando o nome Luiza ate com alguma frequĆŖncia maior que outros nomes comuns.
Outra evidencia importante, que nĆ£o se pode desprezar, serĆ” o segundo matrimonio do nosso tio-trisavo Jose Coelho da Rocha com Maria de Deus Villa Real.
Era um sobrenome que junto ao Corte Real acompanhava os sobrenomes da mais alta nobreza portuguesa. Poderia ate que Jose e Maria de Deus fossem primos por ela tambƩm poder ter sido descendente do Antonio e Manuela.
VI. SEXTO ESQUELETO
01. Cap.Ā Jose Vaz Barbalho c.c. Anna Joaquina Maria de Sao Jose, pais de:
02. Alferes, padre, Policarpo Jose Barbalho c.c. Isidora Francisca de MagalhĆ£es, pais de:
03. Cap.Ā Francisco MarƧalĀ Barbalho c.c. Eugenia Maria da Cruz Coelho.
Ou seja, essa serĆ” a ligaĆ§Ć£o que, alem de levar o sobrenome Barbalho `a nossa genealogia, manteve o sobrenome e ate hoje corre na descendĆŖncia.
A duvida aqui esta apenas na passagem do sobrenome do segundo esqueleto para esse. Isso porque houve tempo hƔbil para o Jose, filho da Isidora e do cap. Antonio Francisco ter sido pai do Policarpo Jose Barbalho, pois, o cap. Jose nasceu em 1769 e o Policarpo casou-se em 1808.
SĆ£o 39 anos de espaƧo. Ou seja, um deles teria que ter se casado por volta dos 19 anos de idade e o outro com idade semelhante. O que nĆ£o era muito comum para homens. Mas haviam os que tinham filhos antes do casamento. E isso nĆ£o seria problema se a famĆlia fosse abastada.
Mas dentre os filhos do casal Manoel Vaz e Josefa Pimenta, alem de dona Isidora da EncarnaĆ§Ć£o, por enquanto, encontrei apenas o cirurgiĆ£o-mor, Policarpo Joseph Barbalho. Ele nasceu no Serro, exerceu o cargo em Porto Alegre e teve filhos em Gravatai – RS.
Ha a possibilidade de o Jose Vaz Barbalho ter sido irmĆ£o dos dois anteriores. Nisso, nĆ£o encontrarĆamos dificuldades de idades, pois, o cirurgiĆ£o-mor nasceu em 1735 e teve filhos ate aos anos de 1790. Dona Josefa nasceu por volta de 1712, portanto, ate por volta de 1752 ainda estaria em idade fĆ©rtil.
O que calculo Ć© que o nosso ancestral Policarpo tenha nascido em torno de 1780, mas poderia ter nascido ate em 1790,Ā quando o pai poderia estar em torno dos 40 anos de idade dele. Em caso de ter sido filho de Manoel e Josefa.
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05. BUSCANDO ANCESTRAIS DO JOSE ANTONIO MONIZ
A partir do que ja havia encontrado, resolvi mergulhar um pouco mais nessa genealogia. e o primeiro que fiz foi buscar informaƧƵes a respeito do pai do ANTĆNIO JOSE MONIZ BARRETO.
Fui desde o principio do livro, numa leitura ultradinamica, observar se via o nome dele. Pouco mais de hora de vistoria, encontrei, logo depois dos dados maternos:
PAG. 376
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“N. 5 – D. Luiza Josefa de Menezes, filha quarta de D. Thereza de Souza e de seu marido Jeronimo Moniz Barreto, n. 2; cazou com Antonio Galas da Silveira, *que teve a merce do habito da ordem de Christo, pelos serviƧos de seus avos, e nĆ£o professou por falecer antes de o tomar; e era filho de LourenƧo de Oliveira Pita e de sua mulher Agueda Pina Barboza, e para se receberem foram dispensados, e teve filhos:
29. Agueda, Joana e Thereza, que faleceram donzelas.
30. Diogo Moniz da Silveira, que se segue.
N. 30 – Diogo Moniz da Silveira, filho ultimo de D. Luiza Josefa de Menezes e de seu marido Antonio Galas da Silveira, cazou com D. Anna Maria de Afonseca, filha do capitĆ£o Antonio Diniz de Macedo, e de sua mulher D. Virginia da Fonseca, filha do Sargento-mor Francisco Pinto da Fonseca DeƧa, e teve filhos:
33. Jose Telles Moniz Barreto, solteiro
32. Antonio Galas da Silveira, cazou com D. Anna Maria de Mello, filha de Martim Alonso de Mello n.9.
33. Martinho Moniz Barreto, casado com D. Francisca Izabel Barreto, filha do sobredito Martinho Affonso.
“N. 34 – Diogo Moniz da Silveira, cazou com D. Margarida Josefa de Almeida Calmon, filha de JoĆ£o Calmon e de D. IgnĆ”cia de Nazareth, dispensados no parentesco por ser o dito Diogo primo co-irmĆ£o de sua esposa, e ate este anno de 1770 nĆ£o teve filhos.”
35. Luiz Antonio Moniz da Silveira, cazado, mulher D. ApolĆ³nia.
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*Cazaram na Capella do Desterro da freguezia do Socorro a 2 de Fevereiro de 1690, e os recebeu o cĆ“nego Pedro de Teive, sendo testemunhas o sargento-mor Egas Moniz Barreto e o capitĆ£o Bartholomeu Vabo, e vigĆ”rio JoĆ£o Ribeiro de Souza.
Segunda vez cazou com o capitĆ£o Martinho Ribeiro, sem filhos.”
PAG. 377
“36. Martinho Moniz Barreto, casado com sua prima segunda D. Francisca Izabel.
37. D. Maria Gertrudes, D. Anna Maria, donzelas.
Fr. Carlos de S. Bartolomeu, religioso menor na Bahia.
N. 33 – Marinho Moniz Barreto, filho de Diogo Muniz da Silveira, n. 30, e de sua mulher D. Anna Maria da Fonseca, cazou com sua prima segunda, D. Francisca Izabel Barreto de Menezes, filha de D. Leonor da Silva Corte-Real e de seu marido Martinho Afonso de Mello, e foram dispensados no 3o. grao, e teve filhos:
38. Margarida Francisca de Menezes Corte-Real
39. Antonio Jose Moniz Barreto
40. D. Luiza Thereza de Menezes.”
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Ja de inicio deve-se observar que tomei nota do N. 34 como um complemento Ćŗtil aos estudos, pois, ali se informa que 1770 foi a data exata da escrita do livro.
Parece-me que o autor da genealogia estava querendo terminar rƔpido o capitulo e talvez tenha cometido alguns enganos. A principio, ele postou 2 vezes o nome Martinho Moniz Barreto, 33 e 36, ambos casados com dona Francisca Izabel.
E por ultimo alterou o nome Martinho para Marinho. PossĆvel serĆ” que o 36 se chamasse Marinho, e pode ter se casado com D. Francisca Izabel numa segundas nĆŗpcias dela. Porem, os filhos deverĆ£o mesmo ser do Martinho.
Foi um pouco difĆcil compreender o que o autor afirma ter sido eles primos em segundo grau e dispensados no 3o. grau de consanguinidade. Tive que preparar dois esqueletos genealĆ³gicos para verificaĆ§Ć£o. E ai ficou assim:
PRIMEIRO ESQUELETO
01. Jeronimo Moniz Barreto c.c. D. Thereza de Souza, pais de:
02. D. Francisca Izabel Barreto de Menezes c.c. Francisco Moniz Barreto, pais de:
03. D. Leonor Maria da Silva Corte-Real c.c. Martinho Affonso de Mello, pais de:
04. D. Francisca Izabel Barreto de Menezes c.c. Martinho Moniz Barreto, pais de:
05. ANTONIO JOSE MONIZ BARRETO
SEGUNDO ESQUELETO
01. Jeronimo Moniz Barreto c.c. D. Thereza de Souza, pais de:
02. D. Luiza Josefa de Menezes c.c. Antonio Galas da Silveira, pais de:
03. Diogo Moniz da Silveira c.c. Anna Maria da Affonseca, pais de:
04. Martinho Moniz Barreto c.c. D. Francisca Izabel Barreto de Menezes, pais de:
05. ANTONIO JOSE MONIZ BARRETO
Como se pode observar, tanto dona Francisca Izabel quanto Martinho eram bisnetos da dona Thereza e do Jeronimo. EntĆ£o, serĆ£o primos em 3o. grau para nos atualmente, pois, as avos eram irmĆ£s entre si.
A menos que haja outro parentesco entre os pais e que os dados presentes nĆ£o nos permitam identificar. O que serĆ” bem provĆ”vel porque ja percebi o quanto as famĆlias baianas se casavam entre primos.
Algo difĆcil de fugir quando os casamentos se dĆ£o em locais com populaƧƵes menores. E era exatamente isso, alem dos preconceitos, que acontecia durante o perĆodo colonial brasileiro.
Os ricos buscavam casamentos em suas castas. Isso para garantir os privilĆ©gios que eram “os direitos de nobreza”.
E aqui ja podemos estar demonstrando que minhas hipĆ³teses genealĆ³gicas estĆ£o se confirmando e ja podem ganhar o status de teorias. O que serĆ” uma fatalidade nĆ£o se confirmar por verdade cientifica.
Meus objetivos de buscas genealĆ³gicas era comprovar que nossos ancestrais pouca coisa menos recentes sĆ£o ancestrais de boa parte de nos, portanto, somos aparentados de todo mundo, especialmente das populaƧƵes contidas em limites fronteiriƧos.
O segundo objetivo era justamente determinar via genealogia e com melhor grau de precisĆ£o a quantidade de consanguinidade que ha entre as pessoas. Junto a isso, levantar os males mais comuns que acompanham as famĆlias.
Esse objetivo tem uma funĆ§Ć£o mais tĆ©cnica e interessa mais ao meio medico. Via essa interaĆ§Ć£o de dados, pode-se usar o conhecimento pratico na medicina preventiva. Aconselhando-se os casais antes do casamento para os riscos dessas heranƧas para os filhos.
E outro objetivo igualmente importante seria a facilitaĆ§Ć£o do entendimento da evoluĆ§Ć£o da Historia e da polĆtica no passar do tempo. Pois, se tivĆ©ssemos nossa genealogia mais completa antes de conhecer o que ensinam na Historia, iriamos verificar que ela corre em nossas veias tambĆ©m.
Vou apenas dizer por alto. Mas ja tenho a certeza que nossos familiares la na Bahia se entrelaƧaram aos Sa de Soutomaior. Os representantes mais conhecidos desse ramo sĆ£o o governador Mem de Sa, e os sobrinhos desse: o fundador do Rio de Janeiro Estacio de Sa e o governador Salvador Correia de Sa e Benevides.
Posteriormente pincelarei mais alguns dados dessa genealogia que nos permitirĆ£o demonstrar isso.
E nossa ligaĆ§Ć£o nĆ£o se da apenas por entrelaƧamento. Salvador Correia de Sa e Benevides foi o governador do Rio de Janeiro que mandou executar nosso ancestral Jeronimo Barbalho Bezerra, em 1661. Diga-se de passagem, por pura pirraƧa!
Na verdade, a briga dos dois se deu em torno dos interesses polĆticos e econĆ“micos que cada um defendia. Salvador defendia os privilĆ©gios de sua gangue. Jeronimo queria que a dele tivesse parte mais ampla.
Pode-se dizer que Jeronimo estava do lado menos errado. Seus companheiros de revolta depois foramĀ perdoados e obtiveram ganho de causa. Mas ele perdeu a vida. Salvador perdeu o comando, os privilĆ©gios no Brasil e foi preso.
Quem desejar saber mais, informe-se pelo titulo: A Revolta da CachaƧa no Rio de Janeiro.
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06. ANTEPASSADOS E FAMILIARES DO ANTONIO JOSE
Os esqueletos genealĆ³gicos entre D. Thereza de Souza, e seu marido Jeronimo Moniz Barreto, ate ao Antonio Jose ja estĆ£o prontos acima. Ja temos informaƧƵes da ascendĆŖncia dela em meus outros estudos.
Organizei, entĆ£o, o terceiro esqueleto para tratar da ascendĆŖncia do Jeronimo Moniz Barreto. Segue assim:
TERCEIRO ESQUELETO (nesse capitulo)
01. Jeronimo Moniz Barreto c.c. Thereza de Souza, filho de:
02. Francisco Moniz de Menezes c.c. (1) D. Maria Lobo de MendonƧa, filho de:
03. Jeronimo Moniz Barreto, o velho c.c. D. Izabel de Lemos, filho de:
04. Egas Moniz Barreto c.c. D. Maria da Silveira ou Anna Soares, filho de:
05. Guilherme Moniz c.c. (?), filho de:
06. SebastiĆ£o Moniz c.c. (2) D.Ā Joana da Silva, filho de:
07. Guilherme Moniz Barreto, alcaide-mor de Silves c.c. (3) Ignez, filho de:
08. Henrique Moniz c.c. (?), filho de:
09. Vasco Martim Moniz c.c. (?)
(1) D. Maria Lobo de MendonƧa, filha de Manoel de Freitas do Amaral e Victoria de Barros.
(2) D. Joana da Silva, filha de GonƧalo da Silva, regedor da justiƧa em Lisboa.
(3) D. Ignez, filha de GonƧalo Nunez Barreto, alcaide-mor do Faro.
Para melhor completar esse quadro, repito aqui os outros esqueletos postados no capitulo anterior:
PRIMEIRO ESQUELETO (nesse capitulo)
01. Jeronimo Moniz Barreto c.c. D. Thereza de Souza, pais de:
02. D. Francisca Izabel Barreto de Menezes c.c. Francisco Moniz Barreto, pais de:
03. D. Leonor Maria da Silva Corte-Real c.c. Martinho Affonso de Mello, pais de:
04. D. Francisca Izabel Barreto de Menezes c.c. Martinho Moniz Barreto, pais de:
05. ANTONIO JOSE MONIZ BARRETO
SEGUNDO ESQUELETO (nesse capitulo)
01. Jeronimo Moniz Barreto c.c. D. Thereza de Souza, pais de:
02. D. Luiza Josefa de Menezes c.c. Antonio Galas da Silveira, pais de:
03. Diogo Moniz da Silveira c.c. Anna Maria da Affonseca, pais de:
04. Martinho Moniz Barreto c.c. D. Francisca Izabel Barreto de Menezes, pais de:
05. ANTONIO JOSE MONIZ BARRETO
Nesse estagio da pesquisa, nĆ£o encontrei, nesse livro, os antecessores de: Martinho Affonso de Mello, Antonio Galas da Silveira e Anna Maria da Affonseca. Fica difĆcil por uma busca simples.
Isso porque nos tĆtulos aos quais os sobrenomes poderiam estar ligados temos os ancestrais mais longĆnquos. Ou seja, os que se instalaram no Brasil. Mas haver-se-ia que tomar cada pessoa daqueles capĆtulos e verificar se se casou com alguĆ©m de outro capitulo e seĀ para la a descendĆŖncia foi transferida.
Francisco Moniz Barreto era portugues recĆ©m chegado ao Brasil, portanto, os dados que o precedem nĆ£o se encontram nessa literatura. Veja-se o que se encontra a respeito de D. Maria Lobo de MendonƧa:
PAG. 203
“BARROS E MAGALHAES DA BAHIA
Gaspar de Barros de MagalhĆ£es, homem fidalgo, viveu no Brazil no recĆ“ncavo da Bahia, onde chamam SĆ£o Paulo; e viera de Portugal exterminado, foi mui rico e afazendado, cazou na Bahia com Catharina Lobo BarrosĀ de Almeida, uma das trez irmans orfans que mandou a [204] rainhaĀ D. Catharina para a Bahia cazarem com as pessoas principaes, como ja foi dito, e d’ella teve filhos:
1. Jeronimo de Barros, que se segue
2. Baltazar Lobo de Souza, adiante
3. Gaspar Barreto de MagalhĆ£es, ao depois
4. D. Felicia Lobo, que foi cazada quatro vezes, a primeira com Pedro Dias de quem teve filhos, a fl… retro n.1; a segunda com Paulo Argolo, e teve filhos a fl….; a terceira com Vicente Coelho, e a quarta com Constantino Menelao, dos quais nĆ£o achamos filhos.
5. D. Micia Lobo de MendonƧa, a primeira mulher de Jeronimo Moniz Barreto, a fl…, n. 3. NĆ£o era filho d’este.
6. D. Victoria de Barros, mulher de Manuel de Freitas do Amaral, adiante, e D. Ignez de Barros Lobo, depois.”
PAG. 206.
“N. 6 – D. Victoria de Barros, filha sesta de Gaspar de Barros de MagalhĆ£es, o primeiro d’este nome, e de sua mulher Catharina Lobo de Almeida, cazou com Manoel de Freitas do Amaral, homem formado e Cavalleiro fidalgo.”
A respeito de D. Victoria, seu marido e descendĆŖncia nĆ£o se fala mais. Mas basta dar uma rĆ”pida passada d’olhos no capitulo para constatar que todas as outras famĆlias mais nobres das terras brasileiras estĆ£o entrelaƧadas a esse tronco.Ā E a presenƧa dos sobrenomes presentes hoje-em-dia sĆ£o comuns em todo o Brasil.
Observe-se que nĆ£o se trata da primeira vez que encontramos a menĆ§Ć£o `as Ć³rfĆ£s enviadas pela rainha D. Catharina para casarem-se com as pessoas principais da colonia. E essa foi uma estratĆ©gia colonialista bem inteligente!
Isso remonta desde os tempos dos primeiros colonizadores que se “promiscuĆam” com as indĆgenas e negras escravas. O caso mais famoso foi o do Jeronimo de Albuquerque, cunhado do primeiro capitĆ£o hereditĆ”rio de Pernambuco, Duarte Coelho.
Com a chegada dos padres jesuitas, inclusive Manoel da NĆ³brega e Jose de Anchieta, os governantes portugueses foram informados e pressentiram que as relaƧƵes “ilĆcitas e promiscuas” produziriam pessoas com caracterĆsticas raciais diferentes daquelas comuns `a Europa.
Logo, pelo preconceito e temor, raciocinou-se que as misturas criariam povos nĆ£o apenas com diferenƧas fĆsicas, mas tambĆ©m com intelecto que logo perceberia as agruras do colonialismo, atravĆ©s do qual o povo, considerado inferior, era levado a trabalhar para sustentar os privilĆ©gios dos graĆŗdos brancos.
Como se vivia muito pouco `a Ć©poca, era comum os pais deixarem uma grande quantidade de filhos menores. Mesmo aqueles com origem na nobreza e, sem os provedores paternos, tornavam-se um “incomodo” para a coroa, pois, sem fortuna nĆ£o tinham como se casar, pois, os costumes exigiam os dotes cuja obrigaĆ§Ć£o era dos pais das filhas.
Essas eram criadas em conventos de freiras para que depois “tivessem alguma serventia”. E, claro, criadas em uma instituiĆ§Ć£o intimamente ligada `a governanƧa, ja que Igreja e Estado estavam unidos, as crianƧas tambĆ©m eram instruĆdas dentro dos valores impostos por tais instituiƧƵes.
Nesse caso, envia-las para a colĆ“nia passou a ser uma estratĆ©gia de Estado e nĆ£o uma aĆ§Ć£o caritativa. A finalidade disso era manter a pureza da raƧa, ao mesmo tempo que essas crianƧas, “adestradas segundo os crĆ©ditos da imposiĆ§Ć£o da dominaĆ§Ć£o de uns pelos outros”, passassem para os filhos a mesma educaĆ§Ć£o que receberam.
NĆ£o se tratava de ensinar humildade e sim subserviĆŖncia. NĆ£o se tratava de democratizar os privilĆ©gios da nobreza. Era uma estratĆ©gia de dominĆ¢ncia `a distancia, pois, essas famĆlias eram ensinadas a se crer superiores, embora submissas ao poder metropolitano.
Assim a reaĆ§Ć£o se dava em cadeia. Os nobres de Portugal eram submissos aos reis e `a Igreja. O povo ficava abaixo. Os nobres na colonia, eram submissos ao mesmo, mas impunham ao povo colonial antes a submissĆ£o a eles prĆ³prios, como se fossem mais gente.
Essa Ć© a origem do elitismo entre as classes dominantes brasileiras e do complexo de vira-lata entre os muitos afetados pelo mal no Brasil, dentro de todas as classes socioeconĆ“micas. Seguimos, entĆ£o, com a prĆ³xima:
Como se dizia antigamente: “estava atoa na vida” e ai passou um “passarinho verde” para dar-me duas palhinhas!
PAG. 468
“PALHA
JoĆ£o Rodrigues Palha, de quem nĆ£o achamos noticia certa donde fosse natural, e so que fora dos primeiros povoadores da nova cidade de Salvador, Bahia de Todos os Santos, e que tivera o foro de escudeiro fidalgo e morador da freguezia de Matuim, e casado com Micia de Lemos, [469]Ā que era irmĆ£ de Beatriz de Lemos, (1) e do chantre Jorge de Pina, filhos estes de FernĆ£o de Lemos, fidalgo Cavalleiro. De sua mulher Micia de Lemos teve JoĆ£o Rodrigues Palha os filhos seguintes:
1. Constancia de Pina, que se segue.
2. Vicente Rodrigues Palha, (2) que ordenado se sacerdote foi doutor formado na Universidade de Coimbra em ambos os direitos, cĆ“nego, vigĆ”rio geral na se da Bahia, e governador do seu bispado, e renunciando todas estas honras se recolheu religioso no convento de S. Francisco na cidade da mesma Bahia, no qual professou a 30 de Janeiro do anno de 1600; foi o 7o. custodio, e prelado maior da dita custodia antes de ser elevada a provĆncia, e n’ella faleceu com boa opiniĆ£o no convento da Bahia, pelos annos de 1636 para 1639, com o nome de frei Vicente do Salvador.
3. Izabel de Lemos, segunda mulher de Jeronimo Moniz Barreto, o velho, a fl…, e ahi o mais. Batizada na se a 25 de MarƧo de 1568.
(1) Cazada esta com Antonio da Mota Fidalgo.
(2) Batizada na se a 28 de Janeiro de 1567.”
A primeira esposa do Jeronimo Moniz Barreto havia sido D. Micia Lobo de MendonƧa, uma das 3 irmĆ£s Ć³rfĆ£s. Ou seja, por pouco nĆ£o nos tornarĆamos descendentes simultaneamente de pelo menos duas delas. Isso, obviamente, se o Antonio Moniz, Ā ai descendente, for mesmo o nosso ancestral.
Contudo nĆ£o se para ai. Foi aqui que o “passarinho verde” disse aos meus ouvidos. Sem ter o porque, continuei lendo o que se passava.
PAG. 473
“N. 5 – Felippe de Lemos, filho de JoĆ£o Rodrigues Palha e de sua mulher Micia de Lemos, foi cazado com Francisca Barboza, (2) filha de Baltazar Barboza de AraĆŗjo e de Catharina Alvares, sua mulher, e era ja viuva esta Francisca BarbozaĀ de ChristĆ³vĆ£o Ā de Sa de Betencourt, do qual tinha dois filhos, Joanna Barboza, cazada com Miguel Telles de Menezes, e Francisco de Sa de Betencourt, casado com Anna de Souza, e d’este Felippe de Lemos teve mais:
Vicente Palha de Lemos, Lourenco de Lemos, Maria de Lemos ou Barboza e Agueda de Pina, cazada com Lourenco de Oliveira Pita, com filhos.
(2) Cazaram a 28 de Janeiro de 1620, e era viuvo de D. Maria Barboza. Piraja.
Ai esta. Antes que procurando, por sorte encontrei quem foram os pais de Antonio Galas da Silveira, marido de D. Luiza Josefa de Menezes. E ai vou ter que retornar ao livro para melhor compreender as relaƧƵes de parentesco.
Certo, porem, Ć© que, o autor do livro estava correto. O casamento entre pessoas com terceiro grau de parentesco, da aos filhos um terceiro grau de consanguinidade.
Ai se trata de genƩtica para explicar, pois, a quantidade do DNA dos avos comuns dobram quando esses casamentos acontecem. Assim, essa quantidade se torna a mesma que ha entre pessoas primas em terceiro grau, mesmo sendo na genealogia consideradas primas em quarto grau.
Isso implica dizer que os filhos de primos em terceiro grau possuem a mesma quantidade do DNA de seus ancestrais na mesmaĀ proporĆ§Ć£o que seus pais. A cada geraĆ§Ć£o, essa quantidade era para cair pela metade. Porem, a metade do lado materno se soma `a metade do lado paterno, produzindo um inteiro.
Nesse caso, ANTONIO JOSE MONIZ BARRETO e irmĆ£os eram primos terceiros por causa da linhagem Barbalho/Barreto. Mas tambĆ©m tinham o sangue acumulado do lado PALHA. Nesse caso, tornaram-se mais primos que o 3o. grau, o que poderia ser o 2o.
Para que nĆ£o se percam no raciocĆnio, resolvi repetir aqui aquele pequeno trecho da pagina 376:
“N. 6 – D. Luiza Josefa de Menezes, filha quarta de D. Thereza de Souza e de seu marido Jeronimo Moniz Barreto, n. 2; cazou com Antonio Galas da Silveira, * que teve a merce do habito da ordem de Christo, pelos serviƧos de seus avos, e nĆ£o professou por falecer antes de o tomar; e era filho de LourenƧo de Oliveira Pita e de sua mulher Agueda Pina Barbosa, e para se receberem foram dispensados, e teve filhos:”
Via Agueda Pina Barbosa constata-se que o Antonio Jose Moniz Barreto alem de Barbalho com Barbalho e Moniz Barreto com Moniz Barreto, foi tambƩm Palha com Palha. Era o Palhinha!
E assim se da porque o Francisco Moniz de Menezes ja era filho de D. Izabel de Lemos (Palha) e Jeronimo Moniz Barreto, o velho.
E observe-se que levando-se em contaĀ apenas o Felippe de Lemos, que havia sido tio antepassado do Antonio Jose, veja-se com quantas famĆlias a raƧa se misturou. Alvares, AraĆŗjo, Barbosa, Sa de Betencourt, Souza, Oliveira e Pita.
Alias, esse Oliveira Pita do ancestral LourenƧo talvez proceda dos de SĆ£o Paulo. Pode ter sido um dos bravos que prontificou-se a defender a terras brasileiras conquistadas pelos holandeses.
Houveram alguns casos que paulistas se mantiveram no Nordeste e por la deixaram geraĆ§Ć£o. Algo a se verificar. NĆ£o encontrei a famĆlia dele na Bahia.
Ou melhor, nĆ£o encontrei o local ao qual ele possa estar inscrito. Isso porque ha um capitulo: ROCHA PITA, na Bahia. Trata-se de primeiros chegados cujos filhos podem ter se casado em outras famĆlias. Mas isso tem que ser verificado mas nĆ£o tenho tempo agora.
Bom, ate aqui descobre-se que o ANTĆNIO JOSE MONIZ BARRETO descende dos PALHA. NĆ£o consegui nada a respeito do LourenƧo de Oliveira Pita. Tive, entĆ£o, que ver o lado materno da ancestral dele, FRANCISCA BARBOZA.
PAG.113
Aqui o autor deu continuidade a capitulo anterior. So nĆ£o foi completamente por acaso que encontrei porque busquei antes na internet. Assim, tive algumas informaƧƵes previas e passando os olhos acabei encontrando o que procurava:
“SucessĆ£o da sexta filha de Genebra Alvares e de seu marido Vicente Dias, a qual foi:
N.17 – Catharina Alvares, filha de Genebra Alvares e de seu marido Vicente Dias de Beja, moƧo fidalgo da caza do infante D. Luiz, cazou com Baltazar Barbosa de Araujo, natural de Ponte de Lima, filho de Gaspar Barboza de Araujo e de sua mulher D. Maria de Araujo. DeĀ Catharina Alvares e seu marido Balthazar Barbosa, foram filhos:
1. Francisca, batizada na se a 12 Fevereiro de 1579. Casada com ChristĆ³vĆ£o de Sa Betencourt, a fl…, e depois com Felippe de Lemos.”
Observe-se que as informaƧƵes sĆ£o suficientes para concluirmos que esses foram os pais que procurava. E, para encontrar que capitulo fazia aquela parte separada, nĆ£o precisei buscar tanto assim. Faziam parte do CARAMURUS NA BAHIA.
PAG. 84
“CARAMURUS NA BAHIA
Diogo Alvares Correia, *da principal nobreza de Vianna, vindo `a Bahia por acazo da fortuna, sendo o primeiro Portuguez, que n’ella aportou, e pizou as suas praias, e pelo sucesso do seu naufrĆ”gio, e modo com que escapando d’elle com vida a conservou entre o gentio, que lhe acrescentou o cognome de – CARAMURU – Ć© tĆ£o celebrado na tradiĆ§Ć£o e historia. Depois de ter de uma
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- Faleceu a 3 de Outubro de 1557, sepultado no mosteiro de Jezus, que era do collegio da Companhia: cadern. fl. 70 verso.
PAG. 85
filha do principal dos indios, que habitavam as costas da barra da Bahia, varias filhas illegĆtimas que n’esse lugar se assentaram, e chamado ainda entĆ£o, como gentia, – ParaguaƧu – como escrevem algumas memĆ³rias, ou com tem outras – Guaibim-Para – e tudo quer dizer o mesmo que – mar ou rio-grande – e conhecida depois de batizada por Catharina Alvares: d’esta e de seu marido Diogo Alvares Caramuru foram filhas legitimas:
1. Anna Alvares, que se segue.
2. Genebra Alvares, adiante.
3. Apolonia Alvares, depois.
4. Gracia Alvares, mulher de AntĆ£o Gil.”
PAG. 86
“SucessĆ£o da segunda filha legitima de Catharina Alvares e seu marido Diogo Alvares Caramuru, que foi:
N. 2 – Genebra Alvares, filha segunda de Catharina Alvares e de seu marido Diogo Alvares Caramuru, cazou com Vicente Dias de Beja, natural da Provincia do Alentejo, moƧo fidalgo da caza do infante D. Luiz. Assim se acha em varios papeis manuscritos feitos por pessoas antigas, que tiveram o cuidado de escrever e fazer memĆ³ria dos sugeitos, que casaram com estas filhas de Catharina Alvares e seu marido Diogo Alvares Caramuru, como tambĆ©m do Teatro GenealĆ³gico das arvores das principais famĆlias do reino de Portugal e suas conquistas.
De Genebra Alvares e seu marido Vicente Dias foram filhos:
12. Diogo Dias, que se segue.
13. Maria Dias (1) mulher de Francisco de AraĆŗjo, adiante.
14. LourenƧo Dias, sem geraĆ§Ć£o.
15. Melchior Dias, sem geraĆ§Ć£o.
16. Vicente Dias, sem geraĆ§Ć£o.
17. Catharina Alvares, (2) adiante.
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(1) Batizada na se a 5 de Janeiro de 1556
(2) Batizada na se a 18 de Julho de 1559.
PAG. 87
18. Andreza Dias, mulher de Diogo de Amorim Soares, (1) filho de Francisco Soares, de Ponte de Lima, sem geraĆ§Ć£o.
19. Francisca Dias (2) mulher de Antonio de AraĆŗjo, irmĆ£o de Gaspar Barbosa, de Ponte de Lima, adiante `a fl… Segunda vez cazou essa Francisca Dias (3) como consta do assento seguinte: Aos 15 de Fevereiro de 1597 recebi eu o legado Pedro de Campos, deĆ£o da se, a Francisco de Aguiar, filho de Jacome Duarte e de sua mulher Izabel de Aguiar, moradores na cidade de Braga, freguezia de S. JoĆ£o de Souto, com Francisca Dias, filha de Vicente Dias e de sua mulher Genebra Alvares.”
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“(1) cazaram a 12 de Janeiro de 1586
(2) cazou com este a 8 de Janeiro de 1518. Na se. Padrinhos Antonio de Paiva e AntĆ£o Gil.
(3) Faleceu esta a 8 de Agosto de 1611. Sepultada em S. Francisco.”
As informaƧƵes no livro sĆ£o vagas. Busquei algo mais para dimensionar a importĆ¢ncia da indĆgena Gauibim-Para. Entre as coisas que acho importante foi determinar que ela era Tupinamba e o nome do pai foi Taparica. Quem desejar ver um resuminho, abra:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Catarina_ParaguaƧu
Para facilitar a leitura, vamos entĆ£o fazer mais um esqueleto dessa genealogia. Assim saberemos como o Antonio Galas da Silveira descende desses ancestrais. Segue assim:
QUARTO ESQUELETO (nesse capitulo)
01. Diogo Alvares Correia (Caramuru)Ā c.c. Catharina Alvares, pais de:
02. Genebra Alvares c.c. Vicente Dias de Beja, pais de:
03. Catharina Alvares c.c. Balthazar Barboza de Araujo, pais de:
04. Francisca Barboza c.c. Felippe de Lemos, pais de:
05. Agueda de Pina c.c. Lourenco de Oliveira Pita, pais de:
06. Antonio Galas da Silveira c.c. D. Luiza Josefa de Menezes, pais de:
07. Diogo Moniz da Silveira c.c. Anna Maria da Affonseca, pais de:
08. Martinho Moniz Barreto c.c. D. Francisca Izabel Barreto de Menezes, pais de:
09. ANTONIO JOSE MONIZ BARRETO
Penso que agora ficou demonstrado que mesmo que esse Antonio Jose nĆ£o seja nosso ancestral, ele devera ter sido de outras pessoas no Brasil e a descendĆŖncia dele poderĆ” ser imensa, tanto quanto Ć© a de nosso ancestral.
Imagine-se, entĆ£o, o quanto maior devera ser a descendĆŖncia do Diogo Alvares e Catharina Alvares! Pode ser que nĆ£o sejamos descendentes deles atravĆ©s do Antonio Jose, mas difĆcil serĆ” nĆ£o sermos por outros esqueletos.
De qualquer forma fica ai comprovado que o estudo da disciplina Historia ficaria muito mais prazeiroso se ao invĆ©s de estuda-la como se os personagens nos fossem alienĆgenas, eles fossem o que sĆ£o: nossos ancestrais.
E, diga-se de passagem, de certa forma, Ćntimos. SĆ£o apenas 9 geraƧƵes entre a primeira geraĆ§Ć£oĀ ate ao Antonio Jose. Caso o nosso ancestral seja esse mesmo temos apenas 6 geraƧƵes ate `a minha prĆ³pria.
Pode parecer que o parentesco seria pequeno, contudo, os da casa de meus pais descendem 6 vezes do mesmo Antonio Jose Moniz. Ou seja, Isso soma tanto que ele e sua esposa se tornam praticamente nossos pais, por ser 6 vezes em apenas 6 geraƧƵes!
Para fechar esse capitulo vamos anotar apenas alguns exemplos do destino de nossos aparentados. Segue entĆ£o:
PAG. 244
“BARROS DA FRANCA NA BAHIA
Affonso de Franca, foi um homem honrado, e fidalgo da bom procedimento, irmĆ£o de Andre Dias da Franca, o qual Affonso da Franca passou `a Bahia com sua mulher D. Catharina Corte-Real, e o pai d’este Affonso da Franca foi Lancerote de Franca. De Affonso de Franca e sua mulher foram filhos:”
PULANDO `A PAG. 247
N, 2 – Rafael Soares da Franca, filho de JoĆ£o Alvares Soares e de sua mulher D. Catharina Corte-Real, cazou com D. Catharina de Souza, filha de Antonio Pereira de Souza, Cavalleiro do habito de Santiago, e de sua mulher D. Antonia Bezerra, filha do mestre-de-campo Luiz Barbalho Bezerra; foi homem rico e senhor de engenho no rio de Parana-mirim, teve filhos:”
PAG. 384
“ROCHA, SA E SOTOMAIOR
Diogo da Rocha de Sa, o 1o. aqui
Manoel de Sa Soutomaior, foi provedor da alfĆ¢ndega da Bahia, e cazado com Elena de Argolo, a fl… Era irmĆ£o de Diogo da Rocha de Sa, que aqui se segue, e naturaes da Villa de Viana, Foz de Lima, dos Sas e Soutomaiores, e filhos legĆtimos de Leonardo de Sa Soutomaior, pessoas nobres e de famĆlias principaes do reino de Portugal, donde se passaram para a Bahia nos princĆpios de sua fundaĆ§Ć£o, e n’ella cazou Diogo da Rocha de Sa com D. Ignez Barreto, irman do alcaide-mor Duarte Moniz Barreto, e filhos ambos, com outros mais, que ja ficam a fl…, n. 1, e seus filhos e filhas com outros mais de Egas Moniz Barreto ahi a fl…, n. 1 e seg., e n’ella cazou Diogo da Rocha de Sa (1) e teve filhos:
1. Mem de Sa, que se segue.
2. D. Felippa de Sa, adiante
3. Diogo da Rocha de Sa, ao depois.
N. 1 – Mem de Sa, filho de Diogo da Rocha de Sa e de sua mulher D. Ignez Barreto, cazou com D. Maria Barboza, (2) filha de Francisco Barbuda, o velho, cavalleiro da caza de el-rei, e de sua segunda mulher Maria Barboza, que era irman inteira de Gaspar Dias Barboza Mello, e teve no decurso de 21 annos, que viveram cazados, os filhos seguintes:
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5. D. Escolastica, mulher do capitĆ£o Gaspar Maciel, adiante”
PAG. 386
“MACIEL E SA
N.6 Diogo de Sa Soutomaior, filho Ćŗnico de D. Escolastica de Sa, n. 5, e de seu marido Gaspar Maciel, capitĆ£o de mar e guerra, cazou com D. Guiomar da Rocha, primeira mulher, e teve:
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Segunda vez cazou Diogo de Sa Soutomaior com D. Francisca Barbalho, filha de Antonio Ferreira de Souza, filho de Euzebio Ferreira e de sua mulher Catharina de Souza, a fl…, n. 5 e 18: casaram na Capella do Bom Jezus do Socorro no 1o. de Dezembro de 1668.”
PAG. 391
“N. D. Roza Maria de Sa, filha do capitĆ£o-mor Mem de Sa, n. 10, e de sua mulher D. Mariana Cecilia da Serra, cazou com Egas Moniz Barreto, filho do coronel Egas Moniz Barreto e de sua mulher D. Ignez Thereza Barbalho Bezerra, a fl…:
O padre GonƧalo de Sa Soutomaior
O capitĆ£o Roque Moniz Barreto, que faleceu solteiro.
Estacio de Sa Moniz Barreto, que se segue.
Egas Moniz Barreto, que faleceu solteiro.
Jose Sotero Moniz Barreto, cazado em Pernambuco
Nazario da Rocha de Sa Soutomaior, que cazou duas vezes, a primeira com D. Roza Maria Florentina, filha de Manoel Nunes de Vasconcellos e de sua mulher D. Catharina Barboza, e d’esta teve seis filhos que todos faleceram solteiros, que foram: Manoel, Mario, Augusto, Antonio, Roza e Catharina.
Vicente Vasco Jose, que faleceu solteiro
D. Antonia Maria Francisca, adiante.
D. Roza Maria de Sa, ao depois. [PAG. 392]
D. Maria Sofia de Jezus Maciel, adiante.
D. Mariana Cecilia Bezerra, ao depois.”
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Assim completamos o capitulo com a conclusĆ£o de que, fatalmente, em sendo descendentes do Antonio Jose Moniz Barreto, seremos em maior ou menor teor aparentados da maioria dos baianos e brasileiros de um modo geral.
E se fizermos uma genealogia mais completa dos descendentes desses ancestrais verificaremos que eles tambĆ©m serĆ£o, obrigatoriamente, ancestrais de todas as personalidades de todos os Ć¢mbitos de atividade.
Isso significa dizer que o maior coco da Bahia, Rui Barbosa; o poeta Castro Alves e tantos escritores e compositores terĆ£o algo de nossa genĆ©tica recente.
E quanto mais geraƧƵes se passam, maior tendĆŖncia serĆ” de sermosĀ aparentados das geraƧƵes mais novas. Isso porque a cada novo entroncamento haverĆ” a chance de os filhos nascerem de descendentes de nossos ancestrais, tanto do lado materno quanto paterno.
Essa se torna a grande verdade do estudo genealĆ³gico. NĆ£o se precisa casar com parentes prĆ³ximos e conhecidos para deduzir que teremos parentesco com nossos cĆ“njuges. Ja sabemos que temos, com qualquer pessoa. A genealogia somente confirma isso e da o grau!
Quem depois abrir esse livro, pode procurar que na sequencia da descendĆŖncia do Diogo Caramuru e ParaguaƧu, multiplica-se, entre outras, a AraĆŗjo de AragĆ£o. Ou seja, aquela que depois ira se encontrar com o Barbalho BarretoĀ na formaĆ§Ć£oĀ dos diversos tĆtulos de nobreza do impĆ©rio.
Outro detalhe, nĆ£o confundam o capitĆ£o-mor, aqui presente, Mem de Sa, como o governador geral do Brasil. Os Sa sĆ£o os mesmos. E o nome tambĆ©m. Mas esse casamento se deu quando o governador ja era defunto.
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07.Ā O QUE QUE A BAIANA TEM? OS QUINDINS DE YAYA!!!
ComeƧando com uma brincadeira, abram para acompanhar a leitura:
http://www.tcm.com/mediaroom/video/1075601/Three-Caballeros-The-Movie-Clip-Os-Quindin-De-Ya-Ya.html
Sem palavras:
PAG. 135
“ARAUJOS E BARBOZAS
Balthazar Barboza de Araujo, *de quem era irmĆ£o bastardo Francisco Barboza de Araujo, a fl… n. 3, e ambos naturaes de Ponte de Lima, era filho legitimo de Gaspar Barboza de Araujo e de sua mulher D. Maria de Araujo, neto De Francisco Rodrigues de Araujo e de sua mulher D. Genebra Barboza, filha de EstevĆ£o GonƧalves Susteiro e de sua mulher D. Brites Barboza, filha de GonƧalo Fernandes de Barboza, que servio a el-rei D. JoĆ£o I com gente `a sua custa na batalha de Aljubarrota, o qual GonƧalo Fernandes de Barboza houve a dita D. Brites Barboza de sua mulher Beatriz Correa, filha de FernĆ£o Affonso Correa, senhor de honra de FarelƵes, e das freguezias de S. Pedro do Monte e Villameana, e de sua mulher D. Leonor Rodrigues da Cunha, neta de Affonso Vasques Correa, senhor da honra de FarelƵes, e de D. Berengueira Nunes Pereira, filha de Rui Pereira, a quem chamara o Bravo, e de D. Violante Lopes de Albergaria, e neta de D. Rui GonƧalves Pereira e de D. Berengueira Nunes, filha de Nuno Martins Barreto, bisneto de Paio Correa de Alvaranntu e de D. Maria Mendes de Mello, filha de Mem Soares de Mello, terceira neta de Pedro Paes Correa, e de D. Dordens Paes, filha de D. Pedro Mendes de Aguiar, quarta neta de D. Paio Soares Correa, o velho, e de sua segunda mulher D. Maria Gomes da Silva, filha de [136] D. Gomes Paes da Silva, alcaide-mor do castello de Santa Olaia, quinta neta de D. Sueiro Paes Correa e de D. Urraca Sueiro, filha de D. Huergueda, sexta neta de D. Paio Ramiro, fidalgo portuguez, rico homem d’el-rei D. Affonso VI de Espanha.
Foi GonƧalo Fernandes de Barboza filho de D. FernĆ£o Pires de Barboza e de sua mulher D. Mauroires, filha de Aires Paes de Torozelos e de D. Urraca Ramires, filha de Dom Rui GonƧalves da Cunha, neto de Martim de Barboza e de D. Margarida Eanes, filha de JoĆ£o Aires Duro e neta de Aires Rodrigues Duro e de D. Thereza de Vasconcellos, filha de JoĆ£o Pires de Vasconcellos, bisneto de Nuno Pires Barboza, e terceiro neto de D. Pedro Nunes de Barboza e de D. Elvira, filha de Martim Pires da Maia, Ojami, de alcunha, quarto neto de D. Nuno Sanches de Barboza e de sua mulher D. Thereza Alvares, filha do Conde D. Alvaro de Ferreira de Castella, quinto neto do Conde D. Sancho Nunes e da Condessa D. Thereza Mendes, filha de D. Mem Moniz de Riba-Douro, sexto neto do Conde D. Nuno de Salanova e de Sancha Gomes Echegui, sĆ©timo neto de Guterre Arias, Conde de Tui, mordomo-mor d’el-rei D. Affonso Magno, oitavo neto de Ermenegildo, Conde de Tui, mordomo-mor e parente d’el-rei D. Affonso Magno, pelos annos de Christo de 864.
Foram Balthazar Barboza de Araujo e seu irmĆ£o Francisco de AraĆŗjo Barboza bisnetos de Rodrigo Alvares de Araujo, commendador da ordem de Santiago, e de D. Bibiana Alvares de Antas, filha de Alvaro Pires de Antas, e neta de EstevĆ£oĀ Rodrigues de Antas, que se achou no escalamento de Tui, como refere Azurara na Chronica d’el-rei D. JoĆ£o I, e concorreo nos tempos d’el-rei D. Diniz, bisneta de GonƧalo Fernandes de Antas, senhor do Pasto de Antas, e do conselho de FragĆ£o, e de sua mulher D. Ignez Aldred, filha de D. Vasque Aldred Da Silva, terceira neta de Garcia Vasques de Antas e de sua mulher D. Thereza de Novaes, filha de D. Paio de Novaes, senhor de Gondum, que era da caza de Castella, e de sua mulher D. Thereza Oerio, quarta neta [137] de Pedro Esteves de Antas e de D. Dordia Martins, filha de Martim Dadi, o velho, e de sua mulher D. Urraca Pires, filha de D. Pedro Mendes de Aguiar.
Foram os ditos Balthazar Barboza de AraĆŗjo e seu irmĆ£o Francisco de AraĆŗjo Barboza, terceiros netos de Alvaro Rodrigues de AraĆŗjo, commendador do Rio-Frio, e de D. ConstanƧa da Veiga Azevedo, filha de Rui Lopes da Veiga Azevedo,Ā quartos netos de Paio Rodrigues de AraĆŗjo, que chamaram o cavalleiro, embaixador d’el-rei D. JoĆ£o I de Portugal, capitĆ£o da guarda do infante D. Henrique, e de sua mulher D. Leonor Pereira de Barbuda, senhor do solar de Barbudo, quintos netos de Pedro Anes de AraĆŗjo Portegueiro, maior de Cella-Nova, senhor da terra de Lindozo, e de sua mulher (nĆ£o lhe explica o nome) filha do senhor de Pedrozo, sextos netos de GonƧalo Rodrigues de AraĆŗjo, vassalo d’el-rei D. Fernando de Portugal, senhor de Villar de Vallar, e do Ingar de LadrƵes, e Cazal de Donez, e da terra de Lindozo, e de sua mulher, que foi filha de um senhor da caza de Ribeira, e da terra de Lindozo, e dos Susgados, e Portorgo de Castro Laboeiro, e de sua mulher, que foi filha de um senhor da caza de Ribeira em Galiza, sĆ©timos netos de Pedro Anes de AraĆŗjo, fronteiro-mor contra a parte de Galiza, e de sua mulher N. Velozo, oitavos netos de Vasco Rodrigues de AraĆŗjo, o primeiro que teve esse apellido de AraĆŗjo, por ser senhor dessa Villa, Milmenda, Interino e 13 da ordem de Santiago e de sua mulher D. Leonor GonƧalves Velho, filha de Pedro Anes Velho, mestre da ordem de Santiago em Portugal, nonos netos de Paio Cavalleiro, em quem comeƧou esta famĆlia.
O Marquez de Monte-Bello, nas notas ao Conde D. Pedro, affirma descender do infante D. Velozo, filho d’el-rei D. Ramiro. Foi este Paio Cavalleiro senhor das villas de AraĆŗjo, Interino, Guindeve, Milmenda, e Val de Pedras. Tudo o que aqui se refere anda nos livros das linhagens em Portugal, e no Conde D. Pedro; e nos autores, que escreveram as notas ao dito Conde D. Pedro; e tambĆ©m no 1o. tomo da Corografia Portugueza, cap. 14 fl. 253, se trata da famĆlia dos AraĆŗjos.”
Observem que nada tratei da descendencia do Francisco de Araujo Barboza, irmĆ£o do Balthazar.
Acredito nĆ£o precisar por hora, pois, isso que anotei ja deu algum trabalho e nada nos valera; tanto se acaso do Antonio Jose Moniz Barreto nĆ£o nos for ancestral direto, quanto se for mas nĆ£o verificarmos isso por meio dos documentos que acaso isso mostre.
A vantagem serĆ” que se esses estudos de nada valerem para nos, pelo menos poderĆ” valer para quem, com certeza, seja descendente das pessoas ai presentes. Se lerem meus escritos, tirem bom proveito.
Quando tratei da descendencia do Jose Coelho de MagalhĆ£es, pensando ser com certeza o nosso ancestral na linhagem Coelho, tive a oportunidade de ver diversos desses mesmos nomes. E outros que antecedem a esses. Portanto ja os sei ser descendentes das realezas europeias mais antigas.
Quanto ao Francisco de AraĆŗjo Barboza temos:
PAG. 93
“N. 3 – Maria Dias, filha segunda de Genebra Alvares, n. 2, e de seu marido Duarte Dias cazou com Francisco de Araujo, filho natural de Gaspar de Barboza AraĆŗjo, natural de Ponte de Lima, da nobilissima familia dos AraĆŗjos, que ha na provincia de Entre-Douro e Minho (1).
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(1) Theat. Geneal., arv. 36. Faleceu este a 27 de Agosto de 1602. Sepultado na Mizericordia.”
Essa nota sera interessante para quem se interessar em aprofundar mais porque a descendĆŖncia do irmĆ£o do Balthazar poderĆ” ser igualmente nossa parente prĆ³xima, caso sejamos descendentes do Antonio Jose Moniz Barreto.
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08.Ā CONSIDERAĆĆESĀ A RESPEITO DE MAIS PARENTESCOS
A)Ā Obviamente,Ā nĆ£oĀ se encerrou ainda a nossa busca por nossos parentes.Ā NĆ£o tive a oportunidade de verificar nada a respeito de nossa ancestral Manoela do Espirito Santo, que foi a esposa do pentavĆ“ Antonio Jose Moniz.
Caso ele seja oĀ mesmo Antonio Jose Moniz Barreto,Ā entĆ£o,Ā terĆamosĀ que buscar saber se ela era baiana e, em sendo, de qualĀ famĆlia procedia. Caso seja, muito provavelmenteĀ terĆ”Ā ascendĆŖncia semelhante `a do marido, com o risco, para nos que somos descendentes, de descender dos mesmos ancestrais que ele.
Se ela for mineira,Ā terĆ”Ā ancestrais queĀ serĆ£o ancestrais do marido. Essa torna-se uma fatalidadeĀ obrigatĆ³ria. Contudo, em sendo ancestrais de variasĀ geraƧƵes anteriores `as deles,Ā nĆ£oĀ serĆ” grande problema para nos, pois, isso Ć© o normal!
B)Ā Alem dela temos outra oportunidade de descender do conjunto de ancestrais presentes nesse estudo. Trata-se de Thereza de Jezus. Apenas para manter a grafia daquelaĀ Ć©poca.
Thereza de Jezus teve por marido aoĀ portuguĆŖs sargento-mor Domingos Barboza Moreira. Vejamos esse esqueleto para explicar como chegam ate a nos:
01. Domingos Barbosa Moreira c.c. Thereza de Jesus, pais de:
02. Norothea BarbosaĀ FiĆŗza c.c.Ā portuguĆŖs,Ā JoĆ£o de Souza Azevedo, pais de:
03. Maria de Souza Fiuza c.c.Ā portuguĆŖs, Antonio Borges Monteiro, pais de:
04. Antonio Borges Monteiro Jr. c.c. Maria Magdalena de Santana, pais de:
05. Maria Francelina Borges Monteiro c.c. Daniel Pereira do Amaral, pais de:
06. Maria Marcolina Borges do Amaral c.c. Antonio Rodrigues Coelho, e esses se tornaram nossosĀ trisavĆ³s, tanto do lado materno quanto paterno.
02.Ā JoĆ£o de Souza Azevedo foi natural de Vila Nova do Norte, Portugal, e filho de Manoel de Sousa de Azevedo e Anna Coelho.
03. Antonio Borges Monteiro foi natural da Vila de Seia, Freguesia de PinhanƧos, do Distrito de Guarda,Ā tambĆ©m de Portugal no continente. Foi filho de Antonio Borges e de sua segunda esposa Joanna Monteiro. Atualmente temos maisĀ informaƧƵes a respeito deles.
Segundo o professor Dermeval Jose Pimenta, Thereza de Jesus procedia de Tabaiana, BA. Isso `a epoca que o Sergipe fazia parte da Bahia, pois, a atual cidade chama-se Itabaiana e Ć© naquele estado. Aqui podemos supor que possa ter cometido algum engano.
AĀ ĆŗnicaĀ informaĆ§Ć£o que nos passou a respeito do sargento-mor Domingos Barbosa Moreira foi a de que eraĀ portuguĆŖs.Ā NĆ£o temos ainda suaĀ procedĆŖncia.
EncontramosĀ informaƧƵes interessantes a respeito dele, ja em Minas Gerais. Isso foi descrito na pagina:
O que ha esta no ultimo capitulo: 10. A PRESENCA DA FAMILIA BARBOSA NO INICIO DO CICLO DO OURO EM MINAS GERAIS.
Dentro do capitulo acima, inicio a descriĆ§Ć£o do que encontrei a respeito do Domingos Barbosa no sub-capitulo 6. Ha que se rolar quase todo o conteĆŗdo da pagina para encontrar.
De util para nossa genealogia mesmo encontrei que ele arrecadou os dĆzimos dos quartĆ©is da Comarca do Serro do Frio em 1723, quando ja era sargento-mor.
Alem disso, como referencia, so tĆnhamos as datas a partir de 1775, quando a neta Maria de Souza Fiuza se casou. Outras referencias a ele dĆ£o conta que tinha ligaƧƵes com cristĆ£os-novos, inclusive alguns processados pela InquisiĆ§Ć£o.
Outro detalhe importante da vida dele foi que a literatura afirma que alegou ter lutado contra a rebeliĆ£o de Felipe dos Santos, que se deu em 1720, em Minas Gerais.
Ele usou o argumento de que havia aumentado a fazenda real com suas aƧƵes, alem de ter protegido os interesses da coroa portuguesa `as prĆ³prias custas e com o “uso de gente e escravos”.
Assim, pode-se deduzir que foi abastado. Mesmo porque, somente se o fosse poderia ter ocupado os cargos que ocupou e pretender os privilƩgios de nobreza que requereu.
Alem disso, a data de 1720 torna-se imprescindĆvel para deduzir que deveria ser maduro, apto ao casamento. Provavelmente, os filhos que teve, caso tenha tido outros alem da nossa ancestral, deverĆ£o ter nascido no mĆ”ximo dentro da faixa dos 30 anos seguintes.
EntĆ£o, precisamos retornar `a Revista Trimensal para encontrarmos alguns dados interessantes. Vejamos entĆ£o:
PAG. 375
“N. 5 – D. Eugenia Thereza de Menezes, filha de D. Thereza de Souza e de seu marido Jeronimo Moniz Barreto, n. 2, cazou com o Sargento-mor JoĆ£o Lopes FiĆŗza, * cavalleiro professo na ordem de Christo, natural de Ponte de Lima, villa de Viana, filho de SebastiĆ£o FiĆŗza e de sua mulher Izabel Lopes; e teve filhos:”
“23. D. Thereza Eugenia de Menezes, cazada com o capitĆ£o-mor JoĆ£o Felix Machado Soares em Santo-Amaro, e depois com o doutor Francisco Gomes de Sa, e de ambos sem filhos. Batizada a 11 de Maio de 1713, na Se.”
Pensar que D. Thereza Eugenia seja nossa ancestral, nessas circunstancias, seria querer demais. Mas nĆ£o seria impossĆvel.
Nascida em 1713, poderia estar pronta para o casamento por volta de 1725. `A Ć©poca nĆ£o seria considerado absurdo algum. Como ela nĆ£o teve filhos dos seus dois maridos, nada mais consta em relaĆ§Ć£o `a vida dela.
Mas algo nĆ£o se pode negar. Aqui se registra o encontro das famĆlias Barbalho e FiĆŗza. Nesse caso, nĆ£o se pode descartar a possibilidade de outros casamentos terem se dado entre as duas famĆlias. Ou FiĆŗza com outra famĆlia da qual, talvez, sejamos descendente.
O extremo da coincidencia ai poderia ser que D. Thereza Eugenia poderia ter tido seus dois maridos, que poderiam ter sido senhores mais velhos, e eles terem se casado com ela e falecido no espaƧo dos prĆ³ximos 15 anos. Ou seja, antes de 1740.
Estando viuva e ainda jovem, em torno de 27 anos no mƔximo, poderia ter tido a terceira oportunidade de casar-se, dessa vez com um Domingos Barboza Moreira tambƩm ja maduro. Acredito que ele tenha nascido ao mais tardar em 1695, o que o faria chegar a 1740 aos 45 anos de idade.
Nesse caso, ate 1775, quando do casamento da ancestral Maria de Souza FiĆŗza, seriam 35 anos de espaƧo, perfeitamente dentro das possibilidades para os nascimentos dela e sua mĆ£e, Dorothea Barboza Fiuza.
Construi essa hipĆ³tese apenas paraĀ alertar a respeito das possibilidades de sermos descendentes por tantas vias dos mesmos ancestrais. NĆ£o por desejo de que isso realmente tenha acontecido.
Mas para alertar a respeito dos riscos de ignorarmos a genealogia e nĆ£o termos uma medida dos riscos que, por ignorĆ¢ncia do passado, podemos estar expondo nossa descendĆŖncia a eles.
A genealogia, nesse caso, devia ser um Ć³timo instrumento para uso em medicina preventiva. Todos deveriam te-la escrita. O mĆ©dicos teriam que ser instruĆdos a respeito da matĆ©ria para orientar os nubentes.
E estes precisariam abrir suas consciĆŖncias, pois, para eles prĆ³prios isso nĆ£o seria problema, os problemas sĆ£o passados para as geraƧƵes seguintes.
C) BRAVO, BRAVISSIMO. Naturalmente, havemos que considerar as diversas formas pelas quais devemos ser aparentados de todas as famĆlias brasileiras. O sobrenome Bravo entra como uma das possĆveis chaves.
PAG. 427
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“BRAVO
Antonio Bravo, foi natural do Porto, e cazado com Margarida Antonia, e teve filhos:
1. Antonio Mendes Bravo, que se segue.”
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Esse foi apenas um inicio de um capitulo curto. NĆ£o quiz aprofundar. Somente vi que no fim do capitulo a descendĆŖncia estava com o sobrenome SerrĆ£o. SerĆ” sobrenome que posteriormente produzira famĆlias com titulo de nobreza.
O interessante aqui foi que `a mesma Ć©poca e no mesmo Porto registra-se a saĆda de nosso ancestral Miguel Gomes Bravo. Possibilidade deĀ serem parentes para mim chega a 100%.
A diferenƧa foi que nosso ancestral tomou rumo mais ao Sul. Foi para Vitoria-ES e depois Rio de Janeiro.
D) BARRETOS EM PERNAMBUCO. JoĆ£o Paes Barreto foi o maior entre os senhores de engenho no inicio da colonizaĆ§Ć£o de Pernambuco, contando com o senhorio de 10 engenhos. Foi casado com Ignez Guardes de Andrade, filha de Francisco Carvalho de Andrade e Maria Tavares de Guardes.
BrĆ”s Barbalho Feyo foi modesto em relaĆ§Ć£o a ele. Foi senhor apenas do engenho SĆ£o Paulo da VĆ”rzea do Capibaribe. Alias, engenho fundado pelo sogro que foi o mesmo Francisco. Foi casado com Catharina ou Maria Tavares de Guardes.
Em uma literatura ha uma descriĆ§Ć£o dizendo que Francisco havia sido uma pessoa tĆ£o bem conceituada que conseguira casar bem as filhas e outra que se casara com BrĆ”s Barbalho Feyo.
BrƔs foi o pai da Camilla Barbalho. Ela com o Guilherme Bezerra Felpa de Barbuda foram os pais do governador Luiz Barbalho Bezerra.
Guilherme foi neto de Antonio Martins Bezerra e Maria Martins Bezerra. Um dos casais povoadores de Pernambuco. Praticamente todos os nascidos em Pernambuco deverĆ£o te-los como ancestrais.
Por ai se ve que os primeiros chegados a cada lugar tornam-se rapidamente ancestrais das futuras geraƧƵes. E a descendĆŖncia que se desloca para outras paragens acaba se tornando ancestrais das futuras geraƧƵes do novo lugar.
Dessa forma se dĆ£o as multiplicaƧƵes genealĆ³gicas e justamente por isso mesmo, nos acabamos nos tornando descendentes dos mesmos ancestrais que as outras pessoas tambĆ©m o sĆ£o.
Em Pernambuco nĆ£o descendemos dos Barreto. Mas eles descendem de nossos ancestrais. Se nĆ£o formos descendentes dos Barreto da Bahia, eles serĆ£o descendentes de nossos ancestrais que foram para la.
Dado que,Ā nĆ£o quiz ainda repetir a informaĆ§Ć£o, em SĆ£o Paulo e Rio de Janeiro, alem de descenderem dos Gomes Bravo, descendem dos capitĆ£es-mores, Antonio de Oliveira e JoĆ£o Carvalho de Pimenta. O que tambĆ©m nos descendemos.
Creio que esse motivo nos basta para demonstrar o quĆ£o infame Ć© o orgulho das pessoas que pensam ser melhores que as outras.
DeverĆamos dar o mĆ”ximo de nos para fazermos uma genealogia o mais completa possĆvel. Assim, toda vez que alguns se arvorarem de melhores que os outros poderĆamos esfregar em suas faces as origens de todos.
Esse mundo precisa de menos orgulho e mais uniĆ£o. De menos disputas e mais soluƧƵes.
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09. UM POUCO DA DESCENDENCIA DA DONA COSMA BARBALHO
Para nĆ£o deixar sem uma menĆ§Ć£o, resolvi postar um pouco da descendĆŖncia de dona Cosma Barbalho Bezerra e seu marido Francisco de Negreiros Sueiro. Isso ajuda a termos uma ideia de como se diversificou nossa famĆlia na Bahia.
Bom, a bem dizer, multiplicou-se em sobrenomes. Mas os ancestrais de todos acabam se encontrando nos mesmos nichos, especialmente em Portugal. E nĆ£o pretendo extrair mais nada do livro, pois que senĆ£o terei que acabar de copia-loĀ integralmente! E a revista tem quase 500 paginas.
PAG. 308.
“NEGREIROS DE SERGIPE DO CONDE
Ā Ā Ā Jorge Esteves, que era filho de Jeronimo Esteves, passou com sua mulher Dorothea Fernandes,Ā naturaes todos da Villa de Agua Revez, do arcebispado de Braga, para a Bahia, e na Villa de Sergipe do Conde foi juiz ordinĆ”rio e dos Ć³rfĆ£os, e teve filhos:
Ā Ā Ā 1. Domingos de Negreiros, que se segue
Ā Ā Ā 2. Jeronimo de Negreiros.
Ā Ā Ā N. 2 – Domingos de Negreiros, filho de Jorge Esteves, acima, foi cazado com Maria Pereira* filha de Martim Lopes Sueiro e de sua mulher Anna Pereira a fl…, n. 2 e teve filhos:
Ā Ā Ā 1.Ā DamiĆ£o de Negreiros, mulher sua D. Luzia de Souza fl…
Ā Ā Ā 4. OĀ capitĆ£o Domingos de Negreiros Sueiro, que se ordenou de sacerdote no anno de 1645, e das suasĀ inquiriƧƵes consta, que eraĀ filho de Domingos de Negreiros, acima, e de sua mulher Maria Pereira, neto por parte paterna de Jorge Esteves e de sua mulher Dorotea Fernandes, naturaes da villa de Agua Revez, do arcebispado de Braga, e por parte materna neto de Martim Lopes Sueiro e de sua mulher Anna Pereira. Batizado na capella de S. Germano Patativa, pelo coadjutor Nicolao Viegas, a 17 de Marco de 1629. Padrinhos seu tio Jeronimo de Negreiros e D. Maria de Souza, mulher de Duarte Lopes Sueiro.
Ā Ā Ā 5. D. Anna de Negreiros, mulher doĀ capitĆ£oĀ Guilherme Barbalho, a fl… n. 2.
Ā Ā Ā 6. Francisco de Negreiros Sueiro, que se segue.
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Ā Ā Ā Cazaram a 4 de Fevereiro de 1607.
PAG. 309
N. 6 – Francisco de Negreiros Sueiro, filho de Domingos de Negreiros, n. 2, e de sua mulher Maria Pereira, foi cazado com D. Cosma Barbalho, filha do mestre de campo Luiz Barbalho e de sua mulher D. Maria Furtado de MendonƧa, a fl…, e teve filho:
7. Luiz Barbalho de Negreiros, que se segue.
N. 7 – Luiz Barbalho de Negreiros, filho de Francisco de Negreiros, n. 6, e de sua mulher D. Cosma Barbalho cazou com D. Luiza Corte-Real, (1) filha de JoĆ£o Alvares de FranƧa, a fl…, e de sua mulher D. Catharina Corte-Real, e teve filhos.
8. Francisco de Negreiros Corte-Real, que se segue
9. JoĆ£o Alves Soares Corte-Real, batizado a 26 de Fevereiro de 1668
10. Domingos Soares Barbalho, batizado a 23 de MarƧo de 1669, cazou com D. Izabel Barboza a 15 de Fevereiro de 1700.
11. Antonio Barbalho de FranƧa, adiante, batizado a 7 de Novembro de 1670.
12. GonƧalo Soares de FranƧa, batizado a 10 de Janeiro de 1678, clƩrigo.
13. Joze Barbalho Corte-Real, faleceu solteiro.
14. D. Maria Josefa Corte-Real, solteira.
N. 8 – Francisco de Negreiros Corte-Real, filho de Luiz Barbalho de Negreiros, n.7, e de sua mulher D. Luzia Corte-Real, casou com D. Antonia de AraĆŗjo ou de AragĆ£o (2) filha de Pedro Camelo de AragĆ£o Pereira e de sua segunda mulher D. Anna de AraĆŗjo, a fl…, n. 74, a qual D. Antonia era viuva de Pedro Paes Machado, como fica ahi, e d’este seu segundo marido Francisco de Negreiros teve filhos; segunda vez cazou com D. Elena Maria de Argolo Menezes, filha do capitĆ£o Antonio Moreira de Menezes e de sua mulher D. Anna de Menezes, a qual D. Elena ja era viuva do legado Bartolomeo Soares, nĆ£o teve filhos.
15. D. Luiza Corte-Real, mulher do alferes SebastiĆ£o da Rocha Pita, a fl… n. 12, sem filhos.
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(1) faleceu esta a 23 de Janeiro de 1716
(2) cazaram a 7 de Outubro de 1697; na capella da Pena do Engenho da Ponta.
PAG. 310
16. Luiz Barbalho de Negreiros Corte-Real, cazou com D. Anna Joaquina de Almeida, irman do mestre de campo Bernardino Marques; nĆ£o teve filhos.
17. D. Anna de AraĆŗjo ou AragĆ£o, vive solteira
18. Antonio Joze de Negreiros Corte-Real; cazado com D. Catharina Josefa, sua parents, sem filhos.
N. 11 – Antonio Barbalho da FranƧa, filho de Luiz Barbalho de Negreiros, n. 7, e de sua mulher D. Luiza Corte-Real, cazou com D. Roza de AraĆŗjo de AragĆ£o (1), filha de Pedro Camelo de AragĆ£o Pereira, que ja fica acima, e era esta D. Roza irman de D. Antonia, e filhas ambas, do sobredito Pedro Camelo. De D. Roza e seu marido Antonio Barbalho da FranƧa foram filhos:
19. Ignacio, batizado a 8 de Dezembro de 1693
20. Luiz Barbalho de Negreiros
21. D. Anna de AragĆ£o, mulher de Felix de Itaparica, sem filhos.
22. D. Antonia, mulher do doutor JoĆ£o Pereira de Vasconcellos, a fl… n. 76.
Segunda vez cazou Antonio Barbalho, acima, com D. Catharina Jozefa de AraĆŗjo Azevedo, filha do capitĆ£o Gaspar de AraĆŗjo Azevedo e de sua mulher D. Izabel Barboza, e teve tambĆ©m filhos:
Antonio e D. Cosma, que faleceram solteiros.”
Creio nĆ£o precisar estender mais. Mesmo porque nĆ£o ha no Ćndice indicaĆ§Ć£o dos nomes com os quais se casaram essa descendĆŖncia. Pelo menos, o que ja esta ai da uma mostra geral.
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10. ANTONIO BARBALHO PINTO, NOSSO QUASEĀ ANCESTRAL!
Desfazendo confusƵes. Anteriormente, havia postado uma pagina em meu blog na qual reproduzi o que encontrei no livro: “PEDATURA LUSITANA, NOBILIĆRIO DE FAMILIAS DE PORTUGAL.” CAPITULO: “BARBALHOS”. O endereƧo da pagina Ć©:
Esta no capitulo da pagina: 08. DA FIDALGUIA DA FAMILIA BARBALHO.
Basta rolar o material ate aproximadamente `a metade doĀ conteĆŗdoĀ da pagina para encontrar aĀ matĆ©ria.
Mas antes disso, vejam outro relato. O amigo Mauro Moura de Andrade enviou-meĀ tambĆ©m noticias em forma de paginas do livro: A SAGA DOSĀ CRISTĆOS-NOVOS NAĀ PARAĆBA. De autoria de dona Zilma Ferreira Pinto.
Antes de tudo, veja-se o que ha deĀ informaƧƵes maisĀ Ćŗteis para nosso estudo agora. Segue-se isso, da pagina 143:
“Antonio Barbalho Pinto, um neto de Branca Dias no Senhorio do Camaratuba. O homem que desacatou PauloĀ Linge. O nobre avoengo e ancestral dos grandesĀ povoadores.”
Ao demonstrar que, ao contrario do que fora dito por Borges da Fonseca a respeito da morte de Antonio Barbalho Pinto, dado como morto por ele em 1625, na verdade, em 1645 ainda estava vivo; ela copia, de Diogo Lopes Santiago e Maximiano Machado, `a pagina 150, e temos:
“…. eĀ tambĆ©m foram soltando alguns malsinados debaixo dos mesmos passaportes e prometimento de fidelidade com as grandes peitas que lhes deram, exceto Antonio Mendes de Azevedo, que mataram, por trazer um filho e um genro na guerra…
das outras freguesias das capitanias, desde o Rio SĆ£oĀ Francisco ate aĀ ParaĆba, prenderam a outros muitos homens, e daĀ ParaĆba veio preso Antonio Barbalho, queĀ nĆ£o soltaram com os mais…
posto que o governador PauloĀ Linge desejou bem de prender alguns dos moradores principais, como tinha por ordem e havia ja mandado prender a Antonio Barbalho …. (71)”
Do livro pude extrair um pouco da genealogia. Veja-se isso:
- Antonio Barbalho PintoĀ e
Ā Ā 1.Ā Guiomar Barbalho, filhos de:
Ā Ā 2. Antonio Barbalho c.c. Violante Fernandes, filho de:
Ā Ā 3.Ā FernĆ£oĀ Barbalho c.c. ?
Violante Fernandes foi filha de: Branca Dias c.c. Diogo Fernandes.
Branca Dias foraĀ cristĆ£-nova e DiogoĀ cristĆ£o-velho.
Foram casados 2 vezes cada um:
1) Violante Fernandes c.c.Ā JoaoĀ Pereira, pais de:
Ā Ā Ā a) Leonardo Pereira c.c. Brasia Pinto
Ā Ā Ā b) Mateus Pereira
2) Antonio Barbalho c.c. D. Antonia Bezerra
a) Felipe Barbalho
b) Luis Barbalho (N. 1601 aprox.)
Antonio Barbalho Pinto c.c. Anna da Silveira.
Vejamos agora o que nos trƔs de interessante o PEDATURA LUSITANA:
PAG. 343
“BARBALHOS
- FernĆ£o (A) Barbalho era natural de Entre Douro e Minho …… e teve:
2. Antonio Barbalho
2. Luis Barbalho
2. Alvaro Barbalho
2. Antonio Barbalho filho 1o. este viveo no Porto aonde foi cidadĆ£o. Casou com ….. e teve
3. Antonio Barbalho
3. D. Guiomar ……. m.er de Ignacio Cernache de Noronha co. g.
Casou 2a. vez com D. Antonia Bezerra, ouĀ Monteira, filha de Domingos Bezerra … … … … e houve:
3. Luis Barbalho Bezerra
3. Felipe Barbalho Bezerra
3. Antonio Barbalho filho 1o. deste viveo no Brazil …..
3. Luis Barbalho filho 2o. de Anto. Barbalho E o 1o. de
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(A) Os f.os deste FernĆ£o Barbalho erĆ£o primos de M.el Fran.co Barbalho e tiverĆ£o Capella em S. Fran.co do Porto. E o dito M.el Fran.co Barbalho foi pai de Clara Barbalho m.er de G.ar de Carvalho e forĆ£o pais de Jo. Lopes Barbalho fidalgo da caza delRei e com.or de Sanfins de Nespereira e Mestre de Campo no Alentejo.”
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PAG. 354
“sua 2a. mulher n.2 foi insigne Soldado nas armas do Brazil: foi fidalgo da Caza delRei E com.or dos casaes na ordem de Christo. E Governador do Rio de Janeiro onde morreo.
Casou com D. Maria Furtado de M.Ƨa filha de Fernand’Ayres Furtado E de sua m.er Cecilia Carreira E houve:”
Na verdade, os genealogistas na atualidade seguem uma combinaĆ§Ć£o de linhagens deixada por *Borges de Fonseca, e outros, na qual temos:
01. BrĆ”s Barbalho Feyo c.c. Maria (ou *Catarina)Ā Tavares de Guardes, pais de:
02. Camila Barbalho c.c. Guilherme Bezerra Felpa de Barbuda, pais de:
03. Luis Barbalho Bezerra c.c. D. Maria Furtado de MendonƧa.
*Borges da Fonseca afirma, em parte, que o nome da esposa do BrĆ”sĀ era Leonor, mas outros mencionam nome desconhecido, embora sabendo que houvesse uma filha chamada Leonor Tavares de Guardes, filha de Francisco de Andrade Carvalho e Maria Tavares de Guardes.
No capitulo, Barbalhos,Ā pag. 139, ele escreveu que a esposa do BrĆ”s fora a Leonor. E que Camilla Barbalho, teria se casado com FernĆ£o Bezerra.Ā Na segunda nĆ£o ousou escrever nomes.
Na verdade, a nobiliarquia escrita por Borges da Fonseca que verifiquei na internet contem trĆŖs partes.
No capitulo BEZERRAS FELPA DE BARBUDA, pag. 35, menciona `a pag. 36Ā o nome N……….. Bezerra Monteiro como marido da Camilla.
A outra esta mais ao final da publicaĆ§Ć£o, nos indexes.Ā O que inicia-se `a pag. 384 tambĆ©m nĆ£o nomeia a esposa do BrĆ”s, destaca apenas que havia sido irmĆ£ de Ines Guardes, “mulher do instituidor do Morgado do Cabo”.
Quem desejar verificar os detalhes, pode-se ler o livro no endereƧo:
http://memoria.bn.br/pdf/402630/per402630_1925_00047.pdf
Por essas notas podemos observar que houve confusĆ£o do autor do Pedatura Lusitana. Na verdade, sĆ£o dois troncos, por enquanto, separados, que deram origem `a FamĆlia Barbalho no Brasil. Aquele iniciado pelo BrĆ”s e o iniciado pelo Antonio Barbalho Pinto.
Segundo o Borges da Fonseca, o BrĆ”s ja estava no Brasil, Pernambuco, desde os tempos do primeiro proprietĆ”rio da capitania,Ā capitĆ£o-mor, Duarte Coelho. E dele nasceu Camilla Barbalho, a qual passou o sobrenome para os filhos.
Ao que tudo indica, para que tenhamos origem no FernĆ£o Barbalho, como propƵe o autor, este terĆ” que nĆ£o ter encontrado documentos dizendo que o BrĆ”s tambĆ©m fosse filho dele. Pela idade, acredito que BrĆ”s pode ter sido irmĆ£o do FernĆ£o, talvez primo.
Enxergo outra pequena possibilidade tambĆ©m. A de que o Antonio, filho de FernĆ£o Barbalho, fosse o prĆ³prio BrĆ”s Barbalho Feyo. Talvez se chamasse Antonio BrĆ”s Barbalho Feyo. E os autores nĆ£o mencionaram.
Nesse caso, ele poderia ter sido pai de Antonio e D. Guiomar ainda em Portugal. Mas o autor do Pedatura deve ter recebido informaƧƵes desencontradas ja que realmente teve filhos com os nomes Felipe e Alvaro.
O que ele tambĆ©m nĆ£o ficou sabendo foi que teve a filha Camilla. Essa sim casou-se com Guilherme Bezerra Felpa de Barbuda, que fora neto do PantaleĆ£o Monteiro e Brazia de AraĆŗjo ou Monteiro.
Nesse caso, Luiz Barbalho BezerraĀ e Felipe Barbalho Bezerra ja eram netos e nĆ£o filhos do “Antonio” BrĆ”s. Dentro dessa possibilidade, o Antonio Barbalho Pinto, seria meio-irmĆ£o da Camilla Barbalho.
Porem, nĆ£o se teria mais noticia desse parentesco. Em primeiro lugar ele nĆ£o teria crescido na presenƧa dele, e foi posteriormente para o Brasil.
No Brasil, poderiam ter residido distanciados. EntĆ£o, quando da prisĆ£o do Antonio Pinto, poucos ou ninguĆ©m mais que ele prĆ³prio saberia de tal parentesco.
Talvez para preservar os parentes e a si prĆ³prio, mantivesse distancia por causa da condiĆ§Ć£o de ser neto de uma cristĆ£-nova.
Pareceu-me que a esposa nĆ£o mencionada no Pedatura devera ser dona Violante Fernandes.
E a razĆ£o para ela nĆ£o aparecer naquele livro deve ter sido justamente proceder de famĆlia cristĆ£-nova. Isso seria motivo mais que suficiente para exclusĆ£o, para nĆ£o “manchar” a nobreza porque estava-se em plena InquisiĆ§Ć£o.
Nesse caso, o Antonio Barbalho Pinto devera ter sido o primeiro filho do primeiro Antonio. E pode ter sido neto do FernĆ£o Barbalho.
PossĆvel serĆ” que dessa confusĆ£o tenham brotado outras, nas quais os antigos genealogistas apontavam Fernando Bezerra ou Antonio Bezerra Monteiro como pai do governador Luiz Barbalho Bezerra.
Na verdade, os dois: Luis e Luiz Barbalho Bezerra foram contemporĆ¢neos. Ja havia visto essa menĆ§Ć£o de que o grande soldado havia nascido em torno de 1601.
Na verdade, o governador Luiz Barbalho nasceu em torno de 1584 ja que foi dito que casou-se aos 30 anos, em 1614, mesmo ano no qual nasceu seu primeiro filho, Guilherme Barbalho Bezerra.
NĆ£oĀ seria impossĆvel, mas bastanteĀ improvĆ”vel que o Luiz comeƧasse a ter filhos e se casado em torno de seus 14 anos de idade, mesmo naquela Ć©poca. Naquele tempo o homem valia o quanto tinha no bolso.
Os homens de origem nobre buscavam casamentos, quando se casavam, depois que eram provados. Os pais eram os que determinavam com quem as filhas iriam se casar. E eles preparavam dotes para o casamento das filhas.
Esses dotes representavam verdadeiras fortunas. Quanto maior fosse o dote, mais elevado na escala social poderiam “comprar” um marido. O que pretendiam comprar era seguranƧa para a prĆ³pria descendĆŖncia, portanto, tinham o cuidado de escolher maridos que ja tivessem mostrado valor.
O prĆ³prio governador Luiz Barbalho Bezerra casou-se aos 30 anos.
NĆ£o se pƵe data no casamento do filho dele FernĆ£o. Mas o Pedatura menciona que foi casado com Maria de Macedo, e acrescenta: “m.er baixa”. O que deve significar, sem nobreza. E, tambĆ©m, sem dote. Talvez ele tenha se casado novo.
Existem mais duas evidencias que nos mostram que o governador Luiz Barbalho nĆ£o foi filho do Antonio Barbalho. Primeiro porque o segundo casamento dele se deu por volta de 1586, quando o governador ja era nascido.
A segunda questĆ£o foi a de que Antonio Barbalho Pinto foi o filho de Antonio Barbalho e Violante Fernandes. E que, em teoria, teria sido irmĆ£o do governador.
Nesse caso, ele teria tido um irmĆ£o que chefiou a resistĆŖncia `a invasĆ£o holandesa durante vĆ”rios anos, sendo famosĆssimo por conta desse fato.
O governador Luiz Barbalho faleceu em 1644, no comando do Rio de Janeiro. Mas neste interim seus filhos tambƩm foram valorosos soldados contra os invasores.
A biografia do Agostinho Barbalho Bezerra esta repleta de condecoraƧƵes por seus atos de bravura. FernĆ£o, Jeronimo, Guilherme, Antonio e Francisco Monteiro tambĆ©m se envolveram e se tornaram herĆ³is da resistĆŖncia.
Portanto, a prisĆ£o do Antonio Barbalho Pinto levaria ao mesmo resultado que a do senhor Antonio Mendes de Azevedo, que tinha somente um filho e um genro Ā envolvidos na guerra.
Muito possivelmente, o BrĆ”s Barbalho Feyo poderĆ” ter sido um tio ou, no muito, um primo mais distante. Parentesco que ficava oculto nas brumas do passado que nĆ£o permitia aos holandeses ter noticia dele.
Acredito que um pequeno detalhe, que demonstra as erratas no texto do Pedatura, foi o autor ter atribuĆdo o nome Cecilia Carreiro `a mĆ£e de nossa ancestral Maria Furtado de MendonƧa.
Pode ter encontrado Cecilia Car.o, abreviado da forma que ele usava tanto. Apenas que em algumas abreviaturas cabiam mais de um nome. No caso dela, tinha o nome completo de Cecilia de Andrade Carneiro. Car.o era, nesse caso, Carneiro.
O nosso parentesco com os Monteiro e Bezerra da-se dessa forma:
01. PantaleĆ£o Monteiro c.c. Brazia AraĆŗjo, ou Monteiro, pais de:
02. Maria de Araujo c.c. Antonio Bezerra Felpa de Barbuda, pais de:
03. Guilherme Bezerra Felpa de Barbuda c.c. Camilla Barbalho, pais de:
04. Luiz Barbalho Bezerra c.c. Maria Furtado de MendonƧa.
Segundo os genealogistas mais recentes, Antonio Bezerra Felpa de Barbuda foi filho dos grandes povoadores de Pernambuco: Antonio Martins Bezerra e Maria Martins Bezerra.
Antonio Felpa, nasceu em Ponte de Lima. Ao que tudo indica foi irmĆ£o de Domingos Bezerra Felpa de Barbuda. Domingos nasceu em 1524, em Viana. Nisso, penso que Antonio fosse mais velho.
A razĆ£o que leva-me a pensar foi o fato de essa data remontar `a grande corrida consequente aos Grandes Descobrimentos. O que direcionou o desenvolvimento para as cidades portuĆ”rias, como era Viana.
Assim fica fĆ”cil imaginar que o movimento demogrĆ”fico foi de Ponte de Lima para Viana. E ai sim para Pernambuco, pois, a maioria dos povoadores procediam do Entre-Douro e Minho, sediada esta provĆncia pela cidade do Porto.
Mais informaƧƵes a respeito do Domingos encontramos na postagem:
http://familybezerrainternational.blogspot.com/2009/12/fontes-sobre-as-origens-da-familia.html
Quem desejar resumir a leitura, antecipe-se `a pagina 11. Observe-se que Domingos Bezerra de Barbuda foi tio-avĆ“ do governador Luiz Barbalho Bezerra. E foram dois irmĆ£os, Antonio e Domingos, casados com duas irmĆ£s, Maria e Brasia Monteiro (AraĆŗjo).
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11. CONCLUSOES
A maior e principal conclusĆ£o serĆ” a de que precisamos mesmo recorrer aos documentos de Ć©poca para determinarmos com certeza de que o nosso ancestral ANTĆNIO JOSE MONIZ Ā seja esse que se completa com o sobrenome BARRETO.
Como devem ter residido ate ao falecimento em ConceiĆ§Ć£o do Mato Dentro, pode ter deixado InventĆ”rios e, talvez, Testamento em algum cartĆ³rio local. Ai podemos encontrar a menĆ§Ć£o a nome de pais.
Caso nĆ£o se encontrem la, poderĆ£o estar no Serro, que `a Ć©poca dele foi a Ćŗnica Comarca na regiĆ£o.
Ou pode ser que tenha casado nalguma das freguesias que compunham ConceiĆ§Ć£o do Serro (do Mato Dentro). Nesse caso os registros devem encontrar-se no Arquivo Arquidiocesano da Diocese de Diamantina. O ideal seria encontrar o registro de casamento dele com MANOELA DO ESPIRITO SANTO.
Quem sabe, nĆ£o foram pais de pelo menos mais uma meia dĆŗzia de meninos e meninas, alem da nossa ancestral Luiza Maria, os quais podem ter tido tanta descendĆŖncia quanto Luiza Maria e o capitĆ£o Jose Coelho da Rocha. Se for o caso, serĆ” difĆcil encontrar pessoa na regiĆ£o que nĆ£o tenha ascendĆŖncia nos avos Antonio Jose e Manoela.
NĆ£o se pode esquecer que os trabalhos do genealogista Antonio de AraĆŗjo AragĆ£o BulcĆ£o Sobrinho podem ja ter essa resposta. O Antonio Jose pode ter sido parente dele e se este casou-se na Bahia, pode aparecer na literatura produzida pelo genealogista. Se houver, pode encurtar nossa labuta.
Caso se comprove essa hipotese, de sermos descendente do ANTONIO JOSE MONIZ BARRETO, talvez possamos explicar as brincadeiras que rodavam em torno da famĆlia Coelho.
Ha tempos dizia-se que os Coelho nĆ£o podiam ver sombra que queriam se sentar. Ai ficaria explicado! SĆ£o baianos de origem!
Ha tambĆ©m outro parecer do mesmo ramo familiar. Diziam que nĆ£o se podia disputar uma cadeira com um Coelho. Ainda mais quando fosse preciso correr um pouco porque a cadeira nĆ£o estivesse ao alcance rĆ”pido.
Isso porque o Coelho virava-se deĀ costa e se sentava. A bunda grande chegava primeiro e ela depois puxava o corpo!!!
Em verdade, as brincadeiras eram uma celebraĆ§Ć£o da dominĆ¢ncia da famĆlia, imaginaria ou nĆ£o. O certo foi que a nossaĀ assinatura CoelhoĀ que deu maior forƧa `as tradiƧƵes chegou para o Brasil em data tardia.
Em 1744 foi passada a primeira carta de sesmarias ao portuguĆŖs Manoel Rodrigues Coelho, que as tradiƧƵes dizem ter sido o primeiro do ramo no Brasil.
NĆ£o lhe temos nomes de esposa(s). Mas tambĆ©m deve ter sido representante da nobreza portuguesa. Isso porque, a partir do filho dele, os casamentos se deram com pessoas das famĆlias que ja se encontravam no Brasil ha mais tempo.
EntĆ£o, para que as geraƧƵes posteriores nĆ£o tenham comentado a respeito de ancestrais tĆ£o antigos e ilustres, deve ter sido porque a bagagem que ele trazia tinha pelo menos fama igual.
E como foram muito poucas as pessoas preocupadas em guardar memĆ³ria de seus ancestrais mais longĆnquos, os comuns contentaram-se com o vislumbre daquela figura mais nova. Mas nem precisava, por ser portuguĆŖs da metrĆ³pole, os brasileiros ja o tinham por “superior”!
E, com esse deslumbramento por assinaturas, asĀ geraƧƵes futuras nĆ£o apenas se esqueceram da tradiĆ§Ć£o anterior do recĆ©m chegado, como nem mesmo tomou nota do que era mais antigo. Assim deve ter sido a perda de nossa memĆ³ria que agora precisava ser recuperada.
Escrevo apenas para que os futuros tenham onde encontrar.
Bom seria que fosse feita uma recuperaĆ§Ć£o de tudo o que for possĆvel e entĆ£o fossem escritas enciclopĆ©dias novas, pois, assim poderiam as crianƧas de cada geraĆ§Ć£o ter acesso nĆ£o apenas `a Historia que nos parece de outros, mas sim a verdadeira Historia, aquela que inclui nossos ancestrais e a saga da descendĆŖncia deles.
Essa Ć© a unica e verdadeira Historia que existe. Aquela que conta a Historia dos acontecimentos e de como o sangue dos herĆ³is circula em nossas veias.
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010. OS BARBALHO DO RIO DE JANEIRO, POR RHEINGANTZ
INDICE:
O1. INTRODUCAO
02. FAMILIA BARBALHO NO RIO DE JANEIRO SECULO XVII
03.Ā MAIS BARBALHO NO RIO
04. OS BARBALHO DE AGUIAR NO RIO E MINAS
05.Ā A NOSSA EUGENIA
06. UM POUCO MAIS DE DISCUSSĆO A RESPEITO DOS DADOS
07. UM POUCO MAIS DOS AGUIAR NA FAMILIA
08. TITULO CARVALHO
09. DOS COSTA
10. PONTOS DO NORDESTE TAMBEM SERIAM NOSSO?
01. INTRODUCAO
“Primeiras Familias do Rio de Janeiro (SĆ©culos XVI e XVII)” Primeiro Volume.
Este Ć© o titulo da grande obra do genealogista Carlos Grandmasson Rheingantz. A obra foi planejada para conter 3 volumes. Dos quais o primeiro foi publicado em 1965 e o segundo em 1967.
O autor nĆ£o publicou o terceiro. O ColĆ©gio Brasileiro de Genealogia, sediado no Rio de Janeiro, tem publicado o terceiro em fascĆculos, publicaĆ§Ć£o prĆ³pria. Mas nunca tive acesso.
Acabo de ganhar fotos do capitulo entitulado BARBALHO, que foi resumido entre as paginas 188 a 191.
Vou manter esses dados para ajudar-nos em pesquisas maiores. Infelizmente acrescenta poucoĀ ao que sabemos da linhagem que nos toca.
Foi bom ter este conhecimento novo porque a partir dele podemos ter uma ideia mais ampla de como se formou nossa famĆlia e, quem sabe, muito em breve, iremos poder seguir estes rastros para descobrirmos que temos uma grande parentela espalhada pelo mundo inteiro.
Ha tambĆ©m o senĆ£o. A presenƧa da ancestral Maria Rodrigues de MagalhĆ£es Barbalho na atual raiz, ate onde o professor Dermeval Jose Pimenta nos deixou decifrado, da FamĆlia Coelho. Assim, essa linhagem Barbalho da qual todos descendemos pode depois encaixar-se no capitulo escrito pelo Rheingantz.
Segue o encontrado. AgradeƧo `a amiga Perlya que enviou-me as fotos das paginas:
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02. FAMILIA BARBALHO NO RIO DE JANEIRO SECULO XVII
PAG. 188
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“BARBALHO
Luis Barbalho Bezerra, n. por volta de 1584 e fal. no Rio (Se 3o. 31v) a 16.4.1644 (sepultado na capela-mor do Colegio da Companhia de Jesus). Governador. Filho de FernĆ£o Bezerra Monteiro e de d. Camila Barbalho. Casado por volta de 1614 com d. Maria de MendonƧa. No ano de 1638 a famĆlia toda retirou-se de Pernambuco e vai para a Bahia. Pais de:
I.1 CapitĆ£o Guilherme Barbalho
I.2 CapitĆ£o Jeronimo Barbalho Bezerra, n. em Pernambuco (?) por volta de 1616, e fal. no Rio (Se 4o. 37) a 8.4.1661, expirou degolado no cadafalso. Casado por volta de 1644 com d. Isabel Pedrosa, n. no Rio (Se 2o., 123) bat. a 1.6.1631 e fal. no Rio (Se 7o., 150v) a 10.12.1709 (fal. fora da cidade), filha de Joao do Couto Carnide e de Cordula Gomes. Pais de:
II.1 Jeronimo. n. no Rio (Se 3o. 80) bat. a 26.6.1645
II.2 Felipe Barbalho Bezerra, n. no Rio (Se 3o. 88v) bat. a 18.9.1647, fal., casado no Rio (Se 2o., 21) a 2.7.1667 com Maria Pinta, n. por volta de 1649 e fal. no Rio (Candelaria 2o., 71) a 17.10.1704 (ja viuva). Pais de:
III.1 ajudante JuliĆ£o Barbalho (Bezerra), n. no Rio (CandelĆ”ria, 2o., 33v), bat. a 11.6.1668.
III.2 Maria de Lima, n. no Rio por volta de 1670, fal. no Rio (Se 10o., 86), casada no Rio (Se 2o., 101) a 24.2.1686 com Faustino de Souza Pinto. Pais de:
IV.1 Francisca de Souza Barbalho, n. no Rio (Se 5o., 56) bat. a 19.3.1687, fal. de parto em 8.1723, casada no Rio (Se 3o., 91) a 7.1.1705 com Manuel Dias Pataias, residente no Rio (InhaĆŗma) n. em N. S. da EsperanƧa de Pataias, bisp. de Leiria por volta de 1667, fal., viuvo de Ursula da Fonseca, e filho de Manuel Dias Pataias e Domingas Rodrigues. Pais de:
V.1 Manuel Dias (Pataias) n. no Rio (Candelaria 3o., 60v) a 18.4.1706.
V.2 Nicolau, n. no Rio (Candelaria 3o., 72) bat. a 25.9.1707
V.3 Florencia, n. no Rio (Candelaria 3o. 83v) bat. a 2.4.1709
V.4 Joana, n. no Rio (Candelaria 3o., 93) bat. a 25.11.1710
V.5 Maria de Souza, n. no Rio (Candelaria 3o. 105) bat. a 18.7.1712, fal., casada no Rio (Candelaria 4o. 19v) a 21.5.1726 com Bento Gomes de Araujo, n. em Icarai, RJ, filho de Joao de Barcelos e de Luiza Faria.
V.6 Pedro, n. no Rio (Candelaria 3o., 115) bat. a 3.12.1713
V.7 Tereza, n. no Rio (Candelaria 3o., 133) bat. a 1/4.11.1715
V.8 Maria, n. no Rio (Candelaria 3o., 146) bat. a 13.1.1717
V.9 Clemente, n. no Rio (Candelaria 4o. 7v) bat. a 8.12.1718
V.10 Francisco, n. no Rio (Candelaria 4o. 33) bat. a 17.2.1721
V.11 Francisca, n. no Rio (Se 7o. 53v) bat. a 6.4.1722
V.12 Ignacio. n. no Rio (Candelaria 4o., 82) bat. a 4.8.1723
PAG. 189
IV.2 Padre Felipe de Souza, sacerdote de habito de SĆ£o Pedro, n. no Rio (Se 5o., 68v) bat. a 4.9.1689
IV.3 Pedro. n. no Rio (Se 5o. 79) bat. a 23.2.1692, fal. menor
IV.4 Maria, n. no Rio (Se 5o. 90v) bat. a 19.5.1694, fal. menor
IV.5 Maria, n. no Rio (Se 5o. 103v) bat. a 19.3.1696, fal. menor
IV.6 InƔcia, n. no Rio (Se 5o. 117) bat. a 13.7.1698, fal. menor
IV.7 Maria, n. no Rio (Se 5o. 125v) bat. a 12.10.1699, fal. menor
IV.8 TomƔsia de Souza, n. no Rio (Se 5o., 145) bat. a 14.11.1701, solteira em 1720.
II.3 d. PĆ”scoa Barbalho, n. no Rio (Se 3o. 99v) bat. a 1.5.1650, fal., casada noĀ Rio (Se 2o., 22v) a 19.1.1668 (na Igreja de Sao Jose) com Pedro da Costa Ramires, n. no Rio (Se 3o., 74), batizado a 18.7.1644, fal., filho de Domingos Carvalho de Figueiredo e de Ines da Costa. (ver CARVALHO). Pais de:
III.1 Jose da Costa Barbalho, n. no Rio por volta de 1668, fal., no Rio (Se 7o. 79) a 3.3.1705, casado no Rio (Se 2o., 90) a 7.8.1683 (o noivo com 15 anos de idade …..) (na Igreja de N. S. do Parto) com d. Madalena de Campos, n. no Rio por volta de 1658 e fal. no Rio (Se 7o., 121v) a 27.7.1707, filha de Andre de Siqueira Lordelo de de Madalena de Campos. Ver SIQUEIRA e CAMPOS. Pais de:
IV.1 d. PĆ”scoa Barbalho da RessurreiĆ§Ć£o, n. por volta de 1685, fal., casada no Rio (Se 3o. 70) a 21.1.1703 (na Igreja de SĆ£o Jose) com Jose Vieira da Costa, fal. antes de 1744, filho de Salvador Vieira e de Francisca da Costa. Pais de, entre outros:
V.1 GonƧalo da Costa Barbalho. n. no Rio (Se 6o., 162) bat. a 24.02.1719, fal., casado no Rio (Se 7o. 109v) a 25.11.1747 com Maria Teresa, n. em Sao Nicolau do Su-Surui, RJ, filha de Francisco dos Reis e de InƔcia Soares.
IV.2 d. Teresa Barbalho, n. por volta de 1686, fal., casada no Rio (Se 3o., 97) a 21.1.1706 (com dispensa de 3o. e 4o. graus) com seu primo Afonso Maciel Tourinho, filho de Manuel Gomes Pereira e de Ursula de Aguiar. Ver MACIEL.
IV.3 d. Ana Maria da Costa, n. por volta de 1688, fal., casada no Rio (Se 4o., 3) em 3.5 e 24.5.1708 (na Igreja de SĆ£o Jose) com seu primo em 2o. grau, adiante citado, Francisco de Matos Bezerra, filho de JoĆ£o Batista de Matos e de d. Michaela Pedrosa.
IV.4 Uma filha que era viva ainda e 1707.
IV.5 d. Catarina de Siqueira, n. em SĆ£o GonƧalo, RJ, por volta de 1692, fal., casada e SĆ£o GonƧalo, RJ a 22.2.1727 com Jose de Aguiar Daltro, n. no Rio (Se), filho de Jose de Aguiar Daltro e de Isabel Pedrosa.
II.4 Luis, n. no Rio (Se 3o., 104) bat. a 13.7.1651, fal. menor.
II.5 dona Michaela Pedrosa, n. no Rio (Se 3o. 111), bat. a 18.5.1653, fal. antes de 1723, casada por volta de 1671 com Joao Batista de Matos, n. em Lisboa por volta de 1641 e fal. no Rio (Candelaria) a 1.8.1717, filho do capitĆ£o Francisco Luis Lobo e de d. Catarina de Sene. Pais de:
III.1 CapitĆ£o Jeronimo Barbalho Bezerra, n. por volta de 1672 e fal. no Rio (Se) a 28.1.1717.
III.2 Luis de Matos Bezerra, n. por volta de 1674
III.3 Antonio Barbalho, n. por volta de 1676
III.4 Francisco de Matos Bezerra, n. por volta de 1678, fal., casado no Rio (Se 4o., 3) em maio de 1708 com sua prima em 2o. grau acima citada, d. Ana Maria da Costa (Barbalho), n. por volta de 1668, fal., filha de Jose da Costa Barbalho e de d. Madalena de Campos.
III.5 Inacio Barbalho Bezerra, n. por volta de 1681.
III.6 d. Isabel Pedrosa, n. em SĆ£o GonƧalo, RJ, por volta de 1684, fal., casada em SĆ£o GonƧalo, RJ, a 24.2.1721, com o capitĆ£o Bento da Fonseca e Silva, n. por volta de 1664, fal., viuvo de dona Maria de Albuquerque Queixada, filho de Antonio da Fonseca e Silva e de Maria do Couto.
III.7 d. Catarina de Sene, n. em SĆ£o GonƧalo, RJ, por volta de 1687, fal., casada em SĆ£o GonƧalo, RJ, a 24.2.1721 com Dom Diogo Queixada, n. em SĆ£o GonƧalo, RJ, filho do capitĆ£o Bento da Fonseca e Silva e de sua primeira mulher d. Maria de Albuquerque Queixada.
III.8 Manuel de Matos Bezerra, n. por volta de 1691, e fal. no Rio (Se) a 28.12.1716 “de um tiro de espingarda”.
III.9 d. Teresa de Jesus Barbalho, n. em SĆ£o GonƧalo por volta de 1694, fal., casada no Rio (Se 5o., 90) a 25.9.1723 (na Igreja da MisericĆ³rdia) com Mateus Lopes Vieira, viuvo de Brigida Correia, filho de Inacio Vieira de MagalhĆ£es e de Angela Tourinho.
III.10 d. Francisca Barbalho.
II.6 Luis, n. no Rio (Se 4o., 23) bat. a 20.5.1660. Seria este o capitĆ£o-mor Luis Barbalho Bezerra, casado por volta de 1690 com d. Ana Maria de Vasconcelos Pereira, e pais de:
III.1 Jeronimo Barbalho Bezerra, n. em ItaboraĆ, RJ, por volta de 1694, fal., casado em SĆ£o GonƧalo, RJ, a 25.9.1724 (no oratĆ³rio do pai da noiva) com sua prima em 3o. grau d. Ana de Albuquerque, filha do capitĆ£o Bento da Fonseca e Silva e de d. Maria de Albuquerque Queixada, sua primeira mulher.
I.3 Agostinho Barbalho Bezerra, n. em Pernambuco por volta de 1619, fal. no sertĆ£o do Rio Doce.
I.4 d. Cecilia Barbalho, n. em Pernambuco e fal. no Rio (Se 7o., 27v) a 9.2.1702, casada por volta de 1650 com o coronel Antonio Barbosa Calheiros. Pais de (entre outros):
II. 1 d. Antonia, n. no Rio (Iraja 6o., 8) bat. a 2.7.1654
II. 2 d. Isabel, n. no Rio (Iraja 6o., 12v) bat. a 23.4.1658
I.5 Francisco Monteiro (Bezerra), residente na Bahia.
I.6 a 1.10. Ne….”
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COMENTARIOS:
- Para nos o mais importante talvez seja a comprovaĆ§Ć£o de que Jeronimo Barbalho Bezerra foi mesmo filho do governador Luiz Barbalho Bezerra e d.Ā Maria Furtado de MendonƧa. A duvida estava em que o “Nobiliarchia Pernambucana” oferecia a alternativa de ser filho do Felipe, irmĆ£oĀ do Luiz. Ha que se crer nesse dado porque Rheingantz teve acesso ao registro de casamento do Jeronimo, no qual sempre se colocava os nomes dos pais dos noivos.
- Ja o nome para o pai do Luiz mais aceito na atualidadeĀ Ć© Guilherme Bezerra Felpa de Barbuda. Ha literatura antiga optando por Antonio com o mesmo sobrenome. No Nobiliarchia apresenta FernĆ£o Bezerra numa parte e N…. (desconhecido do autor) em outra. Rheingantz talvez tenha encontrado o nome no registro de Ć³bito.Ā Mas nĆ£o era comum registrar-se nomes paternos nos Ć³bitos.Ā De qualquer forma, em sendo um ou outro candidato o verdadeiro pai do Luiz, acredito nĆ£o alterar significativamente nossa genealogia, pois, seriam parentes, QuiƧa irmĆ£os.
- Talvez encontre-se ai a origem de um Inacio Barbalho presente no site Familysearch. O nome da esposa dele varia de Ines da Silva para Ines do Campo. Eles registraram 3 filhos na Igreja de N. S. da ConsolaĆ§Ć£o em Congonhas, MG. Foram: Antonio, 27.3.1737; Manoel, 5.4.1739 e Jose, 3.5.1743. Esse pode nĆ£o ser o filho de Michaela Pedrosa e Joao Batista de Matos, por esseĀ ter nascido em 1681, ou seja, estaria com 56 anos quando o mais novo nasceu. NĆ£o que fosse impossĆvel mas nĆ£o era comum. Nos temos na famĆlia o exemplo nĆ£o muito distante na Ć©poca do cirurgiĆ£o-mor de Porto Alegre: Policarpo Joseph Barbalho. Ele foi pai de Josepha antes mas teve outros 7 filhos em GravataĆ. As datas de nascimentos variavam entre 1782, quando ele estava com 47 anos, ate 1793, quando estava com 58. Isso comprova que a idade nĆ£o era uma barreira intransponĆvel mesmo `a Ć©poca.Ā O casamento do Jose da Costa Barbalho, filho dos ancestrais PĆ”scoa e Pedro da Costa Ramires, com Madalena de Campos, registra a proximidade das duas famĆlias e, muito provavelmente, o casamento de Ignacio e Ines da Silva (do Campo)Ā pode ja ter sido entre primos. Mas nĆ£o tenho o destino tomado pelos 3 filhos.
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03.Ā MAIS BARBALHO NO RIOAo final da pagina 190 o registro da assinatura segue com um exemplo a mais de Barbalho. Trata-se de Francisco Barbalho, o qual Rheingantz nĆ£o revelou origem. Resolvi postar tambĆ©m porque poderĆ” servir aos pesquisadores da assinatura:
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“FRANCISCO BARBALHO, n. por volta de 1641, casado por volta de 1671 com InĆ”cia Rangel, n. no Rio e fal. no Rio (Se 14o., 111v) a 3.12.1737, filha do capitĆ£o Marcos de Azeredo Coutinho e de Paula Rangel de Macedo. Pais de:
I.1 Maria, n. no Rio (Se 4o., 81) bat. a 28.8.1672, fal. antes da mĆ£e.
I.2 Paula, n. no Rio (Se 4o. 94v) bat. a 6.5.1674, fal. antes da mĆ£e.
I.3 Miguel Jacome Barbalho, fal. antes de 1737, deixando um filho natural.
I.4 EsperanƧa Barbalho Coutinho, n. por volta de 1689, fal., casada por volta de 1709 com o ajudante Bernardo de Meireles, fal. antes de 1737. Pais de:
II.1 InƔcio, n. no Rio (Se 6o., 47) bat. a 19.7.1710
II.2 Jose, n. no Rio (Se 6o., 76) bat. a 4.2.1713
II.3 SebastiĆ£o, n. no Rio (Se 6o., 120) bat. a 13.5.1716
II.4 Joana, n. no Rio (Se 6o., 167v) bat. a 7.6.1719
I.5 Jose de Azeredo, fal. antes de 1737, deixando um filho natural.”
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COMENTARIOS:
01. No “Nobiliarchia Pernambucana” de Borges da Fonseca se apresenta o Titulo de BEZERRAS JACOME. NĆ£o encontrei nele um Francisco Barbalho que pudesse ser esse descoberto por Rheingantz no Rio de Janeiro.
O capitulo inicia a partir da pagina 44. E o livro pode ser pesquisado no endereƧo:
http://objdigital.bn.br/acervo_digital/anais/anais_047_1925.pdf
02.Ā Interessante tambĆ©m serĆ” verificar-se que a famĆlia Azeredo Coutinho ja estava entrelaƧada com a Barbalho via o casamento de Jeronimo Barbalho Bezerra e dona Isabel Pedrosa, que era filha de JoĆ£o do Couto Carnide e Cordula Gomes.
Dona Cordula Gomes foi filha do cristĆ£o-novo Miguel Gomes Bravo e Isabel Pedrosa de Gouveia. Foi irmĆ£ de dona Antonia Pedrosa de Gouveia, casada esta com Belchior de Azeredo Coutinho.
Essa relaĆ§Ć£o pode ser verificada, entre muitos outros, no endereƧo:
http://www.morrodomoreno.com.br/materias/familias-azevedo-e-azeredo.html
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04. OS BARBALHO DE AGUIAR NO RIO E MINAS
Na sequencia, a Perlya deu-me outro presente da maior importĆ¢ncia para decifrar nossa genealogia.
Alias, ha algum tempo eu havia escrito que nĆ£o iria preocupar-me com esse passado por enquanto, pois, previa que ja houvesse o decifrado. Queria concentrar-me apenas em solucionar as questƵes da passagem da FamĆlia do Rio para Minas primeiro.
O professor Dermeval Jose Pimenta havia nos deixado aquelas passagens no livro dele: “A MATA DO PECANHA, SUA HISTORIA E SUA GENTE”. Mas ele buscou apenas o ramo que seguiu ate `a FamĆlia Pimenta. NĆ£o se preocupou, ou nĆ£o teve tempo, em decifrar os possĆveis outros que derivam.
Seguem as passagens no livro do professor Dermeval:
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” I –Ā LUIZ BEZERRA BARBALHO, herĆ³i brasileiro, nascido em Pernambuco, imortalizado nas lutas com os holandeses, e principalmente na sua famosa retirada `a testa de mil homens, desde o Rio Grande do Norte ate a Bahia, em 1638. Foi nomeado Governador do Rio de Janeiro. Faleceu em 1654. Pai de:
II – CapitĆ£o JERONIMO BEZERRA BARBALHO, casado com IZABEL PEDREIRA. Faleceu no cadafalso, no Rio de Janeiro, em 8 de abril de 1661.
III – PASCOA BARBALHO, neta de JERONIMO BEZERRA BARBALHO, era casada com PEDRO DA COSTA, no Rio de Janeiro, em 19 de janeiro de 1668. Deste casal procede:
IV – MARIA DA COSTA BARBALHO, batizada na Freguesia de Nossa Senhora da ApresentaĆ§Ć£o de IrajĆ”Ā , distrito do Rio de Janeiro, casou-se com MANOEL AGUIAR, viuvo de ANA PEREIRA DE ARAUJO.
V – MANOEL VAZ BARBALHO, casado em 18-9-1732, em Milho Verde, com JOSEFA PIMENTA, filha de BELCHIOR PIMENTA DE CARVALHO.”
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Em “Ascendentes de Josefa Pimenta” ele descreve que ela descendia do capitĆ£o MANOEL PIMENTA DE CARVALHO, que instalou-se no Rio de Janeiro por volta de 1620.
Mas essa origem hoje Ć© questionada pelos atuais genealogistas, inclusive Rheingantz, que encontrou que BELCHIOR PIMENTA DE CARVALHO (1691), era filho de JOAO PIMENTA DE CARVALHO e MARIA MACHADO. Esse era em verdade descendente do capitĆ£o-mor, JOAO PIMENTA DE CARVALHO, irmĆ£o do capitĆ£o MANOEL.
Por enquanto, vou limitar-me a reproduzir apenas o que o professor disse a respeito da Josefa:
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“IV – JOSEFA PIMENTA DE SOUZA, nascida no Rio, nos anos de 1716, criada e educada na residencia de seu pai, tendo sido batizada na Freguesia de Nossa Senhora do Mosteiro, do Rio de Janeiro; casou-se aos 18-9-1732, na Capela de Nossa Senhora dos Prazeres de Milho Verde, em Minas Gerais, com MANOEL VAZ BARBALHO (Livro 1o. de casamento da Matriz, fls. 78; livro 1o. de Tapanhoacanga, fls. 100; livro de casamento das capelas filiais de fl. 6v) conforme consta do arquivo do Alferes LUIS ANTĆNIO PINTO).”
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O alferes Luis Antonio Pinto nasceu no Serro por volta de 1842, serviu na guerra do Paraguai, e retornou para o torrĆ£o natal onde tornou-se escrivĆ£o ate o falecimento em 1925.
Formou um arquivo que teria um enorme valor na atualidade, tanto para Historia quanto para genealogia. Esse arquivo foi desleixadamente abandonado por algum tempo. Os frangalhos estĆ£o sob a guarda do Arquivo Publico Mineiro. Mas ainda conserva informaƧƵes preciosas.
Ai existem alguns enganos que pudemos corrigir. Luiz e Jeronimo eram Barbalho Bezerra e nĆ£o o inverso. Luiz faleceu em 1644 quando exercia o cargo de governador.Ā PĆ”scoa Barbalho nĆ£o era neta e sim filha do Jeronimo. E Isabel era Pedrosa e nĆ£o Pedreira.
Como os registros do Rheingantz prometiam mais informaƧƵes a respeito do Pedro da Costa Ramires no capitulo CARVALHO, solicitei `a amiga Perlya que enviasse as fotos. E no dia seguinte enviei outro pedido dizendo que talvez o AGUIAR fosse ate mais importante.
A minha duvida encontrava-se em que tinha referencia a filhos do MANUEL e MARIA BARBALHO que assinavam DEĀ AGUIAR BARBALHO. Suspeitei da possibilidade de o MANUEL VAZ BARBALHO nĆ£o ter sido filho deles. E ela prontamente enviou o AGUIAR e, a seguir o CARVALHO.
Segue o que estava no AGUIAR. Alias, sĆ£o 23 pessoas encabeƧando ramos de famĆlias com o sobrenome Aguiar no livro do Rheingantz. Desses, reproduzirei o mĆnimo necessĆ”rio porque deverĆ£o posteriormente encaixar-se em nossa parentela.
Infelizmente, o Carlos Rheingantz nĆ£o aprofundou muito no capitulo AGUIAR. Provavelmente concentrou-se mais em outras famĆlias copilando o que encontrou a partir de parentescos laterais com elas.
E claro, na busca que fazia foi anotando o que encontrou de excedente mas sem preocupar-se se havia relaĆ§Ć£o parental entre uns e outros.
Assim, a maioria dos membros da FamĆlia Aguiar encontrados por ele parecem ja nascidos no local, em torno dos anos de 1630, pouco mais ou pouco menos. Origem mesmo ele cita de alguns que variam entre Sao Paulo e Portugal. Mas essas nĆ£o podem ser origem de todos, nem sequer da maioria.
O infelizmente escrito acima nĆ£o reflete uma decepĆ§Ć£o com o trabalho do grande genealogista. Deve ter feito o que pode, nĆ£o o que desejava. O prĆ³prio professor Dermeval ja dizia que inclusive deixou um fichĆ”rio, arquivado no CBG-RJ, com dados dos assentamentos que encontrou.
Muito provavelmente, esse fichĆ”rio contenha dados alem do livro, pois, a prĆ³pria menĆ§Ć£o pelo professor Dermeval `a Maria da Costa Barbalho ter sido nossa ancestral, embora ela nĆ£o entre na descriĆ§Ć£o do livro do Rheingantz, ja Ć© um grande indicativo da importĆ¢ncia desse fichĆ”rio para toda a genealogia brasileira.
Porem, o registro da presenƧa do sobrenome AGUIAR no Rio de Janeiro remonta aos primeiros anos de sua fundaĆ§Ć£o em 1565. Nesse estudo, endereƧo que segue, mostra-se a presenƧa de:
http://revistaacervo.an.gov.br/images/pdf/Deoclecio.pdf
GonƧalo de Aguiar, chegou para o Rio entre 1567 e 1568,Ā escrivĆ£o do 2o. oficio entre 1577 a 1618.
`As paginas 71-72 ha uma curta biografia dele. Contendo mais seus trabalhos. Foi casado com Ines Gomes e era do partido do governador Salvador Correa de Sa e Benevides, o “eterno inimigo” dos familiares Barbalho Bezerra no Rio de Janeiro.
NĆ£o menciona filhos. Mas se os houve pode ser a origem na qual os Aguiar de la se juntam. Se filhos nĆ£o houveram, ele deve ter levado irmĆ£os, primos, compadres etc, para ajudar a povoar o Rio de Janeiro, e deles devem descender diversos dos 23 patriarcas mencionados por Rheingantz.
Seria praticamente impossĆvel `aquela Ć©poca as pessoas ocuparem os cargos que ele ocupou sem o apoio de um partido grande de familiares, pois, so quem tinha sustentaĆ§Ć£o que poderia ocupa-los.
Isso Ʃ o que demonstra o professor Joao Fragoso no trabalho dele, endereƧo abaixo:
http://www.revistatopoi.org/numeros_anteriores/Topoi01/01_artigo02.pdf
Segue entĆ£o a seleĆ§Ć£o de algumas paginas do livro do Rheingantz:
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” Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā AGUIAR
AMARO DE AGUIAR, n. no Rio (Se 3o., 40v) bat. a 21.1.1639, e fal. depois de 1701, filho de Manuel Vieira de Figueiredo e de InƔcia de Aguiar, casado por volta de 1663 com dona Francisca de Almeida, n. no Rio (Candelaria 1o., 75v) bat. a 26.2.1646, e fal. antes de 1698, filha de Feliciano Coelho Madeira e de dona Maria de Oliveira. Pais de:
I.1 InƔcia, n. por volta de 1664, citada em 1670, num legado.
I.2 Aleixo, n. no Rio (Iraja 6o., 20v) bat. a 24.8.1666
I.3 Teresa, n. no Rio (Iraja 6o. 24) bat. a 7.11.1669
I.4 d. Maria de Oliveira, n. no Rio (Iraja 6o. 27) bat. a 23.1.1671 e fal. entre 1707 e 1726, casada no Rio (Candelaria 1o., 27) a 13.1.1693, com Bernardo JordĆ£o da Silva, n. no Rio (Iraja 6o. 31) bat. a 29.11.1666 e fal. antes de 1738, filho do sargento-mor Manuel JordĆ£o da Silva e de Cipriana Martins. Com geraĆ§Ć£o. Ver o titulo JORDAO.
I.5 Antonio Vieira de Aguiar, n. no Rio (Iraja 6o. 30) e bat. a 26.6.1673, fal., casado em primeiras nupcias no Rio (Candelaria 1o., 41v) a 17.9.1697 com Francisca das Chagas, n. no Rio, filha de Antonio Nunes e LourenƧa da Costa. Casado (com o nome de Antonio Vieira de Figueiredo) em segundas nĆŗpcias no Rio (Iraja 2o., 61) a 5.3.1734 com dona Isabel de Araujo, n. no Rio.
I.6 Jose, n. no Rio (Iraja 6o. 34) bat. a 2.4.1675
I.7 dona FRANCISCA DE ALMEIDA, n. no Rio (Iraja 6o., 37) bat. a 2.5.1677, fal., casada em primeiras nupcias no Rio (Campo Grande 3o., 6v) a 6.7.1693 (na capela de SĆ£o JoĆ£oĀ Ā de Trairaponga) com BELCHIOR PIMENTA DE CARVALHO, fal. em 1700, com geraĆ§Ć£o. Ver PIMENTA. Casada em segundas nĆŗpcias no Rio (Se 3o., 48) a 27.2.1701 (na igreja do Engenho dos Reverendos Padres da Cia. de Jesus) com Jose de Bittencourt Correia (ou tambĆ©m, Correia de Bittencourt), n. no Rio, filho de Pedro de Bittencourt Correia e de dona Catarina Sarmento. Pais de:
II.1 InƔcio, n. no Rio (Iraja 6o. 121v) bat. a 19.5.1718
II.2 dona Rita Maria de Jesus, n. no Rio (Iraja) por volta de 1720, fal., casada no Rio (Se 8o., 21v) a 17.11.1749 com Miguel Machado Homem, n. em Meriti, RJ, filho de Bartolomeu Machado Homem de Oliveira e de dona InƔcia Quaresma.
I.8 dona Florencia de Almeida, n. no Rio (Iraja 6o., 40v) bat. a 13.11.1698 (na igreja de SĆ£o Jose) com Manuel da Cunha de Sampaio, n. no Rio e fal. antes de 1741, filho de Manuel Rodrigues de Andrade e de Maria da Cunha de Sampaio. Com geraĆ§Ć£o.
I.9 JoĆ£o Vieira de Aguiar, n. no Rio (iraja 6o., 44v) bat. a 30.6.1681, fal., casado no Rio (Se 3o., 42) a 13.9.1700 com Maria Pinheiro da Silva.
I.10 Rosa, n. no Rio (Iraja 6o., 54) bat. a 13.8.1684″
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Resolvi copiar essa parte que se encontra na pagina 21 do livro porque dona Francisca de Almeida (acrescentei letras maiĆŗsculas no extrato) junto com Belchior Pimenta de Carvalho sĆ£o identificados como pais do Belchior Pimenta de Carvalho, que devera ter sido o pai da Josefa Pimenta de Souza.
Mas uma das razoes pelas quais esses nĆ£o deverĆ£o responder pelo nome de pais do Belchior II foi este ter nascido em 1691. Ou seja, 2 anos depois do matrimonio dos supostos pais. Algo que nĆ£o era incomum, porem, menos comum entre as famĆlias dominantes.
Saltando `a pagina 24 temos:
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“MANUEL DE AGUIAR, n. por volta de 1634, fal., casado por volta de 1664 com Domingas Martins. Pais de:
I.1 Joao de Aguiar Barbalho, n. no Rio (Guaratiba) por volta de 1685, fal., casado no Rio (Iraja 2o., 36) a 1.7.1710 (na igreja de Santo Antonio de Jacutinga, RJ) com Agueda Rodrigues (ou JordĆ£o), n. no Rio (Iraja), filha de Fernando Rodrigues e de Luisa da Silva, pais de:
II.1 Francisco, n. no Rio (Iraja 6o. 107) bat. a 6.6.1709 (Legitimado)
I. 2 Manuel Vaz Barbalho, n. por volta de 1690
I.3 Eugenia, n. no Rio (Iraja 6o., 78) bat., a 28.4.1695.”
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Aqui estava realmente o que procurava nesse capitulo. Embora existam detalhes curiosos que nĆ£o batam com o que temos em mĆ£os.
Ha que pular-se um pouco as paginas. `A pagina 27 temos:
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“Ajudante MANUEL DE AGUIAR DO VALE, n. por volta de 1635, fal., casado por volta de 1665 com Domingas de Oliveira. Pais de:
I.1 Maria de Oliveira, n. no Rio (Candelaria 2o., 22) bat. a 10.6.1666 e fal. no Rio (JacarepaguĆ” 5o., 8) a 4.3.1690.
I.2 Miguel, n. no Rio (JacarepaguĆ” 1o., 4v) bat. a 6.10.1668
I.3 Teodosia, n. no Rio (JacarepaguĆ” 1o., 7) bat. a 8.7.1671
I.4 Tomas, n. por volta de 1675 e fal. no Rio (JacarepaguĆ” 5o., 8) a 1.4.1690.”
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Pode-se ter coincidĆŖncias. Mas aqui chama a atenĆ§Ć£o por termos 2 Manuel, nascidos aproximadamente `as mesmas datas, casados `a mesma Ć©poca, com mulheres de mesmo nome, embora havendo um pequeno desvio no sobrenome.
Ha a possibilidade sim de que as coincidĆŖncias tenham acontecido. Mas fica difĆcil Manuel e Domingas Martins terem se casado em 1664 e os Filhos nascerem a partir de 1685 e continuarem nascendo, provavelmente, ate depois de 1695.
Uma possibilidade seria a de o Manuel do Vale e dona Domingas terem sido pais do Manuel de Aguiar em 1664. A hipĆ³tese pode, talvez, se verificar caso os papĆ©is analisados por Rheingantz estivessem tĆ£o deteriorados que ele tenha sido obrigado a tirar conclusƵes a partir do que restou.
TambĆ©m porque Rheingantz nĆ£o devera ter encontrado o registro de batismo de Theodozia de Aguiar Barbalho. Eu nĆ£o o tenho mas ela aparece no site do Familysearch casando com Joseph Carneiro da ……, filho de Matheus Lage e Maria Carneiro.
O casamento se deu na igreja de Nossa Senhora da AssunĆ§Ć£o, na cidade de Mariana, MG, a 17.12.1717. E consta que a noiva era filha de Manuel Aguiar e Maria da Costa Barbalho.
Antes eu tinha duvidas quanto ao professor Dermeval ter identificado com acurƔcia os nomes dos pais do Manuel Vaz Barbalho. Mas ai fica comprovado que houveram sim os pais que ele mencionou.
A duvida permanecia apenas em relaĆ§Ć£o ao sobrenome Vaz Barbalho. Mas com o atributo da paternidade do Manuel Vaz ao Manuel Aguiar tambĆ©m pelo Rheingantz, penso que ficou esclarecido que o professor Dermeval estava correto.
Embora, aqui ha que desconfiar-se que o Manuel Aguiar do Vale tambĆ©m ira se encaixar na famĆlia. NĆ£o sei como. Fica ai a evidencia de que ele foi pai de uma Teodosia. E o mesmo nome aparece em Theodozia de Aguiar Barbalho.
E no Familysearch encontra-se tambĆ©m o registro de casamento de Thereza de …….. de Oliveira com Jose Rodrigues, filho de Jose Rodrigues e Magdalena do Valle. Esse casamento tambĆ©m se deu na N. S. da AssunĆ§Ć£o de Mariana.
Acontece que Thereza de …….. de Oliveira foi filha de JoĆ£o de Aguiar Barbalho e Joanna de Oliveira. A data do casamento foi de 24.6.1730. Portanto, JoĆ£o teve duas esposas.
Por ai se pode notar que devem ter migrado para Minas Gerais, ja no inicio de sua colonizaĆ§Ć£o que intensificou-se no Ciclo do Ouro, os nĆŗcleos familiares que ja formavam um conglomerado de famĆlias entrelaƧadas.
Observe-se que os Rodrigues, Vale, Barbalho, Oliveira e Aguiar se repetem. Para decifrar isso haver-se-a que juntar todos os dados possĆveis daquela Ć©poca num so livro.
Parece que Thereza tambĆ©m respondia pelo nome de Thereza Maria de Jesus. Como tal ela aparece como mĆ£e em pelo menos 2 casamentos. Jose e ela foram pais de:
- Liandro Jose Barbalho que casou-se a 27.10.1753, na mesma N. S. da AssunĆ§Ć£o, com V. Barbalho. Essa de nome ilegĆvel foi filha de Dionisio Barbalho Bezerra.
- JanuĆ”rio Jose Barbalho que casou-se a 26.1.1758, na igreja de N. S. da ConceiĆ§Ć£o de Ouro Preto, MG, com Dionisia Coelho da Silva, filha de Antonio Coelho da Silva e Thereza Fernandes de Abreu.
Penso que ate ai fica esclarecido que realmente os descendentes de Manuel Vaz Barbalho e Josepha Pimenta de Souza se encaixam no tronco principal da FamĆlia Barbalho do Rio de Janeiro exatamente no casal Manoel Aguiar e Maria da Costa Barbalho.
Registre-se tambĆ©m que sobrenomes como Fernandes de Abreu, Coelho da Silva e outros surgem nas mesmas povoaƧƵes nas quais os Barbalho se distribuĆram em Minas Gerais, deixando a entender que os laƧos familiares influĆram na povoaĆ§Ć£o e distribuiĆ§Ć£o da carga genĆ©tica da famĆlia.
Possivelmente, Manuel Aguiar nĆ£o teve filhos com dona Domingas Martins, ou esses filhos seguiram destino diferente.
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05.Ā A NOSSA EUGENIA
Isso mesmo, a palavra escrita sem acento. Eugenia significa similaridade. Ou, mistura da mesma coisa!
Algo mais que chamou a atenĆ§Ć£o foi a presenƧa da filha EugĆŖnia, irmĆ£ do Manuel Vaz Barbalho. Para esclarecer o que estou antevendo preciso remontar a um “causo” de famĆlia.
Meu irmĆ£o, Odon Jose, foi o primeiro a comentar o fato. Disse que nossa tia Maria EugĆŖnia foi, na dinastia, a EugĆŖniaĀ IV.
O que ele queria revelar foi que nossa tia era neta de EugĆŖnia (sinha Gininha). Sinha Gininha era neta de nossa trisavĆ³ EugĆŖnia Ā Maria da Cruz. E essa fora neta da matriarca da famĆlia Coelho: EugĆŖnia Rodrigues da Rocha. Portanto, III, II e I respectivamente.
Mas temos, pelos estudos do professor Dermeval, que EugĆŖnia I seria filha de Maria Rodrigues de MagalhĆ£es Barbalho. E pela regressĆ£o de possĆveis datas, temos que a EugĆŖnia I deverĆ” ter nascido por volta de 1760.
Supondo que ela tenha sido uma das ultimas entre os possĆveis filhos da ancestral Maria, poderĆ” ter nascido quando a mĆ£e estivesse por volta de 36 anos de idade. Ou seja, MariaĀ teria nascido em 1724. E pode ter sido filha da EugĆŖnia, filha do Manuel Aguiar, que entĆ£o contaria com 29 anos de idade.
Em sendo assim, a EugĆŖnia I ja seria neta dessa outra EugĆŖnia e a partir dela seria preciso acrescentar mais um I dinĆ”stico a cada EugĆŖnia, e a tia Maro (Maria EugĆŖnia) teria sido a V.
NĆ£o tenho como afirmar nada, pois, nĆ£o ha noticias de que a EugtĆŖnia do Manuel Aguiar tenha sobrevivido alem da idade infantil. Mas mesmo que ela nĆ£o tenha sobrevivido, a presenƧa do nome dela nesse ramo da famĆlia torna-se um indicio de que passe por ai mesmo tambĆ©m a origem do ramo Coelho do qual fazemos parte.
Tudo indica, porem, que essa EugĆŖnia sobreviveu e devera ter migrado e morado nas mesmas proximidades que seu irmĆ£o Manuel Vaz Barbalho. Alem disso, deve ter sido uma pessoa que inspirasse empatia em todos os familiares.
Se os nomes tem o poder de moldar a personalidade das pessoas, entĆ£o, ficara explicado porque as duas EugĆŖnias da dinastia que conheci tinham toda razĆ£o de exalar a simpatia que transmitiam. Conheci minha tia e `a Sinha Gininha.
E pode ser justamente por isso que o cirurgiĆ£o-mor Policarpo Joseph Barbalho deu nome EugĆŖnia `a filha nascida na data de 28.9.1791, em GravataĆ, RS. Ele foi filho do Manuel Vaz BarbalhoĀ e sobrinho da EugĆŖnia I, filha do Manuel Aguiar.
Maior evidĆŖncia, porem, dessa nossa ligaĆ§Ć£o de descendĆŖncia com a EugĆŖnia I foi o fato de tanto o tetravĆ“ Jose Coelho da Rocha quanto o irmĆ£o dele, JoĆ£o Coelho de MagalhĆ£es, terem tido filhas com o nome EugĆŖnia.
Obviamente, JoĆ£o e Jose foram filhos da EugĆŖnia Rodrigues da Rocha (II). Dai pode nascer a justificativa para as filhas. Mas as somas das evidĆŖncias Ć© o que fortalece a hipĆ³tese.
No caso especifico, em se comprovando a hipĆ³tese,Ā boa parte de nos serĆ”, no mĆnimo,Ā duplo Barbalho e duplo Aguiar, alem dos diversos outros sobrenomes que os acompanham.
Aqui serĆ” preciso acrescentar o detalhe de que entre o possĆvel nascimento da EugĆŖnia I e 1750 passaram-se 55 anos. `Aquela Ć©poca, idade que nĆ£o era incomum as mulheres que sobreviviam `a essa idade verem nascer bisnetos.
Nesse caso pode ter havido uma geraĆ§Ć£o a mais e a primeira EugĆŖnia ter sido mĆ£e da dona Anna Maria da ConceiĆ§Ć£o.
Assim, Anna Maria poderia ter nascido por volta de 1725, quando a mĆ£e estaria por dos 30 anos de idade. Essa suposiĆ§Ć£o ganha corpo em funĆ§Ć£o de outro registro que comentei, ha mais tempo, ter encontrado no Familysearch. Trata-se de:
Batismo de Maria “Rodrigues”, filha de EstevĆ£o Rodrigues de MagalhĆ£es e Anna Maria da ConceiĆ§Ć£o. O evento deu-se `a 26-6-1750. O local que consta no registro Ć© Ouro Branco, MG.
A nos da atualidade parece inconveniente apenas que entre 1750 e 1782 existir apenas 32 anos. Mas `aquela Ć©poca era tempo aceitĆ”vel para Maria ter sido mĆ£e da EugĆŖnia Rodrigues da Rocha, por volta de 1766, e esta tornar-se mĆ£e do nosso tetravĆ“ Jose Coelho da Rocha em 1782.
Por enquanto, esse ultimo registro parece encaixar-se na presenƧa do nome Maria Rodrigues de MagalhĆ£es Barbalho, sugerido para nossa sextavo pelo professor Dermeval Pimenta. Isso porque poderia ter tomado o Rodrigues de MagalhĆ£es do pai, mas nĆ£o ha ainda a confirmaĆ§Ć£o de que Anna pertencia ao ramo Barbalho.
Mas nĆ£o existe nenhuma impossibilidade nessa suposta sequĆŖncia de eventos que permita negar essa hipĆ³tese que levanto, por enquanto.
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06. UM POUCO MAIS DE DISCUSSĆO A RESPEITO DOS DADOS
Ha queĀ registrar-se ainda um possĆvel engano do professor Dermeval, por identificar a outra esposa do MANUEL AGUIAR como sendo ANA PEREIRA DE ARAUJO.
O nome aparece em um batizado no familysearch. O nome do marido aparece apenas como MANOEL VAZ. O filho aparece como JULIANO VAZ BARBALHO. E o evento se deu em 27.6.1723, na igreja de N. S. da AssunĆ§Ć£o, em Diogo de Vasconcelos, MG.
No mesmo local ja havia acontecido, em 5.6.1722, o batismo de JoĆ£o Vas Barbalho. Ja o nome da mĆ£e aparece como Anna Costa de AraĆŗjo.
Obviamente, essas trocas sĆ£o muito comuns em documentos antigos. O mais comum era a supressĆ£o de alguns sobrenomes. E, ao que parece, suprimiram o Barbalho do Manoel Vaz.
Anna deveria ter parentes Costa e Pereira, dai o escrivĆ£o ter posto um sobrenome no primeiro registro e outro no segundo.
Antes eu havia confundido. Imaginei que essas anotaƧƵes procedessem de casamentos, portanto, se fossem nubentes poderiam ter sido irmĆ£os do Manoel Vaz. Mas `a essa Ć©poca o Manoel Aguiar, supostamente, ja era falecido.
Levando-se ai em conta a data de nascimento que o Rheingantz atribuiu a ele. Se ele foi filho do Manuel Aguiar do Vale, e nascido em 1664, ai a coisa poderĆ” mudar de rumo. Isso porque em 1723 estava prestes a completar 60 anos e ha poucos, porem ha, casos de homens que passaram pela idade formando famĆlia.
As datas de Rheingantz levam a concluir que o viuvo de Ana Pereira (Costa) de AraĆŗjo foi o MANOEL VAZ BARBALHO e nĆ£o o pai dele. O alferes LUIZ ANTĆNIO PINTO ou o professor DERMEVAL devem ter se enganado ao compilar os dados.
Mas ha mesmo que se por uma pequena duvida quanto ao Manuel Aguiar ter nascido em 1634. Isso porque em 1684 estaria com 50 anos de idade. Nesse interim estaria se casando com Maria da Costa Barbalho, irmĆ£ do Jose da Costa Barbalho, descrito no capitulo BARBALHO, acima.
Pelas datas, ela deve ter nascido em torno de 1670. E estaria com 13 para 14 anos naquela Ć©poca. Justamente `a idade que as mulheres estavam se casando. Mas os viĆŗvos na idade do Manuel estavam tendo netos e casavam-se, preferencialmente, com mulheres de idades mais novas, porem, nem tanto.
Isso porque havia uma polĆtica vigorando `a Ć©poca que alardeava o “crescer e multiplicar”, pois, a colĆ“nia como um todo era um verdadeiro vazio demogrĆ”fico. E a coroa portuguesa tinha pressa em tomar posse efetiva, tanto para nĆ£o perder o territĆ³rioĀ como para poder taxar uma populaĆ§Ć£o maior, assim tornar-se mais rica e poderosa.
Mulheres na idade da Maria da CostaĀ Barbalho nĆ£o tinham muita escolha entre casar ou nĆ£o casar. Eram praticamente obrigadas a faze-lo. Foi por isso que `a Ć©poca a Cecilia Barbalho, tia-avo dela, construiu um abrigo junto `a Igreja d’Ajuda e internou-se nele com 2 filhas e outras.
Ela queria que se fundasse um convento feminino. Mas os manda-chuvas `a Ć©poca nĆ£o deixavam alegando falta de fundos, caso o convento nĆ£o se sustentasse. Adiaram a construĆ§Ć£o ate 1750. Depois disso, os manda-chuvas internavam nele esposas e filhas que nĆ£o quisessem fazer suas vontades.
De toda forma, nĆ£o era nem proibido nem impossĆvel alguĆ©m de mais idade casar-se com uma menina na idade da ancestral Maria da Costa Barbalho.
Mesmo porque, os casamentos eram tratados com os pais, e esses visavam a seguranƧa financeira de sua descendĆŖncia e nĆ£o a satisfaĆ§Ć£o dos filhos. Pessoas mais velhas,Ā a partir deĀ remediadas, tinham os privilĆ©gios.
O casamento entre Manoel Vaz Barbalho e Josepha Pimenta, em Milho Verde, se deu em 1732. Na oportunidade em que ele deveria ter enviuvado. Caso a falecida nĆ£o tivesse sido esposa do pai dele, como o professor Dermeval entendeu.
Diga-se de passagem, a vida `a Ć©poca era muito curta, particularmente para mulheres que tinham que passar por trabalhos de parto. Era um trabalho de altĆssima periculosidade para elas e filhos,.
Assim, devemos poder acrescentar Juliano e JoĆ£o em nossa Arvore devido ao mesmo sangue correr nas veias. Alem disso, permanece ai mais esse indicio de que o COELHO e os BARBALHO do nosso ramo procedem da mesma raiz.
Alem disso o professor NELSON COELHO DE SENNA disse que os bisavĆ³s dele: JOAO COELHO DE MAGALHAES e BEBIANA LOURENCA DE ARAUJO eram primos carnais.
Ele nĆ£o deixou explicado como. Mas diante de tantas evidĆŖncias acredito ja podermos imaginar que o AraĆŗjo da Anna (Costa) Pereira denuncieĀ isso. Outros da famĆlia dela deverĆ£o ter migrado para Minas ja entrelaƧados ou a ponto disso.
Ja no site FamilysearchĀ existem diversos PEREIRA BARBALHO batizados em Santana do Capivari, MG, que poderĆ£o descender dos mesmos ancestrais que nos. Mas por enquanto ainda nĆ£o da para tirar a prova, pois, os batizados se dĆ£o em tordo de 1840, mais de 100 anos apĆ³s os nascimentos de JoĆ£o e Juliano.
Ha tambĆ©m um casamento em Nossa Senhora da ConceiĆ§Ć£o de Ouro Preto que data de 13 de fevereiro de 1768. Os nubentes foram Manoel da Costa Barbalho e Joanna Maria de Freitas. Mas nĆ£o se da nenhum detalhe de quem foram os pais.
Em Itabira, em 1.3.1813, houve o casamento entre Gervasio Jose Barbalho e Anna de Freitas da Costa. Ele foi irmĆ£o do nosso tetravĆ“ Policarpo Jose Barbalho.
Fica comprovado a falha de uma suposiĆ§Ć£o exalada pelo professor Dermeval no livro dele. Ele propunha que o JOSE, como intermediĆ”rio nos nomes masculinos da famĆlia, se devia a alguma homenagem `a ancestral Josepha Pimenta de Souza.
No ramo familiar do qual ele fazia parte usa-se o JOSE PIMENTA. Do nosso lado corre o JOSE BARBALHO. Entre os quais esta o Policarpo Joseph Barbalho, que foi cirurgiĆ£o-mor em Porto Alegre no final do sĆ©culo XVIII e filho da ancestral Josepha e do Manoel Vaz Barbalho.
Acrescente-se ai o Policarpo Jose Barbalho, nosso ancestral e sobrinho ou sobrinho-neto doĀ cirurgiĆ£o-mor (que, presumivelmente, foi neto ou bisneto da mesma Josepha e Manoel). Faltando saber apenas quem foram os avos deste, pois, foi filho doĀ capitĆ£oĀ JOSE VAZ BARBALHO e ANNA JOAQUINA MARIA DE SAO JOSE.
Por causa dos Liandro e JanuĆ”rio Jose Barbalho, queĀ nĆ£o descendiam da ancestral Josefa, podemos dizer que ha outra origem para o Jose ao meio do nome. Como D. Jose I, rei de Portugal, nasceu em 6.6.1714,Ā haverĆ” que se lembrar dessaĀ possĆvelĀ origem.
Mas pode haver outraĀ explicaĆ§Ć£o mais religiosa. Verificando-se pela leitura dessesĀ capĆtulos dos livros do Rheingantz contata-se que esse conglomerado deĀ famĆlias do Rio congregava na Igreja de SĆ£o Jose.
Pode ter acontecido que os mais antigos deixaram essa marca nos filhos para queĀ nĆ£o esquecessem aĀ procedĆŖncia deles. Algo como os portugueses chegados ao Brasil adotarem ou colocarem nos filhos o nome das cidades de onde procediam.
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07. UM POUCO MAIS DOS AGUIAR NA FAMILIA
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“JOSE DE AGUIAR DALTRO, n. no Rio por volta de 1658, fal., casado no Rio (Candelaria 1o., 18v) a 2.2.1688 com Isabel Pedrosa, n. no Rio, filha de Miguel Gomes Bravo. Pais de:” [PAG. 26]
“I.1 Manuel, n. no Rio (Se 5o., 68) bat. a 21.7.1688
I.2 Francisco Xavier, no Rio (Se 5o., 83) bat. a 6.10.1692, fal., casado no Rio (Se 5o., 29) a 26.5.1720 com Ines de Castro Amaral, n. no Rio (Se), filha de Jose Barreto do Amaral e de Teresa de Castro (Ver ANTUNES).
I. 3 Jose de Aguiar Daltro, n. no Rio (Se) por volta de 1697, fal., casado em SĆ£o GonƧalo, RJ, a 22.2.1727 com d. Catarina de Siqueira, n. em SĆ£o GonƧalo, filha de Jose da Costa Barbalho e de Madalena de Campos. (Ver BARBALHO).
I. 4 cabo de esquadra Antonio de Aguiar Daltro, n. em SĆ£o GonƧalo, RJ, por volta de 1704, fal., no Rio (CandelĆ”ria 9o., 176) a 17.6.1741, casado no Rio (CandelĆ”ria 4o. 111v) a 8.8.1734 com Guiomar Maria de Menezes, viuva de Antonio Ferreira.”
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Acredito aqui que o casamento entre Jose de Aguiar Daltro e Catarina de Siqueira ja se tratava de primo com prima. Muito provavelmente o Miguel Gomes Bravo, pai da Isabel Pedrosa, ja fosse neto do Miguel Gomes Bravo e Isabel Pedrosa de Gouveia.
Esses foram os pais de dona Cordula Gomes. Ela foi esposa do JoĆ£o do Couto Carnide, os pais de outra Isabel Pedrosa, aquela que casou-se com o Jeronimo Barbalho Bezerra. Se nĆ£o foi neto poderĆ” ter sido bisneto.
O primeiro Bravo nasceu por volta de 1553. E Isabel de Gouveia por volta de 1563. Ja estavam tendo terceiros e tetranetos `a Ć©poca.
D. Isabel Pedrosa de Gouveia foi chamada de “a poderosa” por causa de sua idade avanƧada. Faleceu em torno de 1667, quando ja tinha um pouco mais de 100 anos.
AO FIM DA PAGINA 26 TEMOS:
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“SALVADOR DE AGUIAR MARINS, n. por volta de 1653, fal., filho de Francisco Fernandes de Aguiar e de Barbara Pinheiro, casado em S. GonƧalo, RJ, a 11.1.1683, com Teresa de Jesus, filha do capitĆ£o Gaspar Dias de Figueiredo e de Isabel Pedrosa de Gouveia. Pais de:
I.1 Maria Ana de Oliveira, n. em SĆ£o GonƧalo, por volta de 1686, fal., casada em SĆ£o GonƧalo, RJ, a 14.7.1706 com Antonio de Melo Vasconcelos, n. em SĆ£o GonƧalo, RJ, filho de CristĆ³vĆ£o de Melo Vasconcelos e de Antonia Pereira Lobo.”
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Esse exemplo fica apenas para registrar a repetiĆ§Ć£o do nome Isabel Pedrosa de Gouveia. Muito provavelmente, essa esposa do capitĆ£o Gaspar Dias de Figueiredo ja tinha parte na famĆlia.
E, talvez, o prĆ³prio poderĆ” ter sido parente do Domingos Carvalho de Figueiredo, que a seguir apresentaremos sua inserĆ§Ć£o na famĆlia.
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08. TITULO CARVALHO
`A pagina 318 temos:
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“DOMINGOS CARVALHO DE FIGUEIREDO, n. em Chaves, Portugal, por volta de 1610 e fal., casado por volta de 1640 com Ines Da Costa, n. no Rio por volta de 1622 e fal., filha de Antonio da Costa Ramires e Beatriz da Costa. Pais de:
I.1 Salvador, n. no Rio (Se 3o., 57v) bat. a 26.4.1641
I.2 Jose de Carvalho Figueiredo, n. no Rio (Se 3o., 66v) bat. a 1.4.1643 e fal., habilitado “de genere” em 1689.
I.3 Pedro da Costa Ramires, n. no Rio (Se 3o., 74) bat. a 18.7.1644 e fal., casado no Rio (Se 2o., 22v) a 19.1.1668 (na igreja de SĆ£o Jose) com d. PĆ”scoa Barbalho [Pag. 319], n. no Rio e fal., filha do capitĆ£o Jeronimo Barbalho Bezerra e de d. Isabel Pedrosa, com geraĆ§Ć£o, ver COSTA e BARBALHO.”
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Esses dados ja os tĆnhamos quase todos. Confirma-se aqui que Pedro era mesmo neto de Antonio da Costa Ramires. A suspeita foi levantada quando vi na tese do JoĆ£o Fragoso que Antonio havia fundado uma fazenda e o primeiro havia sido senhor do engenho.
Quem desejar ver novamente, pule `a pagina 106 do endereƧo:
http://www.revistatopoi.org/numeros_anteriores/Topoi01/01_artigo02.pdf
Observe-se que alguns outros membros da famĆlia estĆ£o presentes na mesma pagina. Estou informando antes de ter o capitulo COSTA em mĆ£os.
A minha previsĆ£o Ć© a de que por trĆ”s do sobrenome iremos nĆ£o apenas chegar a ancestrais presentes na fundaĆ§Ć£o do Rio de Janeiro como tambĆ©m `as raizes da maioria de famĆlias pelo Brasil afora.
Para complementar o capitulo vou postar um segundo CARVALHO porque parece ter sido irmĆ£o do nosso ancestral DOMINGOS. Caso tenha sido, vamos poder constatar o quĆ£o maior se torna a nossa parentela. Segue entĆ£o:
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“JOAO CARVALHO DE FIGUEIREDO, n. por volta de 1617 e fal. no Rio (Iraja 1o. 20) a 24.9.1708 (seria irmĆ£o do anterior?), casado por volta de 1647 com Adriana Barreto, n. no Rio (Se 1o. 41v) a 30.5.1621 e fal. no Rio (Iraja 1o., 20) a ?? 1/9.1708, filha de Antonio Pacheco Barreto e de Ursula de Brito e viuva de Escobar Meireles. Pais de:
I.1 JoĆ£o, n. no Rio (Se 3o., 92) bat. a 19.7.1648 e fal.
I.2 SebastiĆ£o Barreto de Brito, n. no Rio (Se 3o., 98v) bat. a 13.1.1650 e fal., casado no Rio (Se 2o., 34v) a 7.6.1672 com sua parente d. Barbara de Souza de Brito, n. no Rio e fal., filha de Jeronimo de Souza de Brito e de Ana de Azevedo. Pais de:
II.1 Antonio, n. no Rio (Candelaria 2o., 49v) bate a 24.12.1673 fal.
II.2 Antonia, n. no Rio (Candelaria 2o., 61) bat. a 12.7.1677
II.3 Maria, n. no Rio (Candelaria 2o., 66) bat. a 5.2.1679 e fal.
II.4 Adriana, n. no Rio (Iraja, 6o., 48v) bat. a 9.9.1682
II.5 Maria, n. no Rio (Iraja, 6o., 58) bat. a 26.12.1685
I.3 InƔcio Carvalho de Figueiredo, n. no Rio (Iraja 6o. 5v) bat. a 19.5.1651 e fal. no Rio (Candelaria 3o., 123) a 14.8.1709, solteiro.
I.4 Andre, n. no Rio (Se 3o., 114) bat. a 7.12.1653
I.5 Teodosio Carvalho de Figueiredo, n. no Rio (Se 4o., 6) bat. a 19.5.1651 e fal., casado por volta de 1685 com Maria Pacheco de Lima, n. por volta de 1665 e fal., Pais de:
II.1 Barbara, n no Rio (Iraja 6o., 63) bat. a 23.5.1688
II.2 Sebastiana Barreto Machado, n. em Mereti, RJ, por volta de 1690 e fal., casada no Rio (Se 4o., 118) a 28.1.1715 (na igreja de SĆ£o Jose) com Miguel Monteiro de Araujo, n. no Rio (Se) por volta de 1685 e fal., filho natural do padre JoĆ£o Monteiro e Jeronima Mendes de Brito (?).
I.6 Diogo Barbosa Rego, n. no Rio (Iraja 6o., 10v) bat. a 2.2.1657 e fal., casado por volta de 1681 com InĆ”cia Machado, n. no Rio por volta de 1661 e fal., no Rio (Candelaria 3o., 140) a 25.11.1710 e talvez filha de Mateus Pacheco de Lima e de Maria Gago. Com geraĆ§Ć£o, ver BARBOSA e GAGO. Pais de (entre outros):
II.1 JoĆ£o Carvalho de Figueiredo, n. no Rio (Iraja 6o, 48v) bat. a 21.9.1682, e fal., casado no Rio (Se 4o., 38) a 15.6.1711 (na igreja de SĆ£o Jose) com sua prima-irmĆ£ Maria Pacheco de Lima, n. no Rio (Campo Grande) por volta de 1691 e fal., filha de Pascoal Barbosa e de Ines Pacheco de Medeiros. Pais de:
III.1 Diogo, n. no Rio (Candelaria 3o., 97) bat. a 18.3.1711
III.2 Ines de Carvalho de Figueiredo, n. em Pacobaiba, RJ, por volta de 1717 e fal., casada no Rio (Se 7o., 101) a 17.2.1747 com JoĆ£o Dantas de Abreu.
I.7 Agostinho, n. no Rio (Iraja 6o., 13v) bat. a 18.5.1659 e fal.
I.8 Pascoal Barbosa, n. no Rio (Iraja 6o., 14v) bat. a 13.8.1660 e fal. no Rio (Iraja 1o., 7) a 6.7.1697, casado por volta de 1681 com Ines Pacheco de Medeiros, n. por volta de 1661 e fal. Pais de:
II.1 Ana Barbosa, n. no Rio por volta de 1682 e fal., casada no Rio (Candelaria 2o., 1) a 15.8.1699 com Domingos da Silva Salgado, n. no Porto (Se) por volta de 1669 e fal., filho de Domingos da Silva Salgado e de Maria de Almeida. Pais de:
III.1 Rosa, n. no Rio (Se 6o, 15v) bat. a 7.7.1707
III.2 Domingos, n. no Rio (Se 6o., 35) bat. a 6.8.1709
II.2 a II.5 4 filhos homens
II.6 Maria Pacheco de Lima, n. no Rio (Campo Grande) por volta de 1691 e fal., casada no Rio (Se 4o., 38) a 15.6.1711 com seu primo-irmĆ£o JoĆ£o Carvalho de Figueiredo, ver acima.
II.7 a II.8 um filho e uma filha
II.9 Jose, n. no Rio (Candelaria 3o., s/n) bat. a 15.4.1697”
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Aqui se deve observar o quanto o Rio de Janeiro devia ser comparĆ”vel a qualquer cidade interiorana. Por essas pequenas peƧas do quebra-cabeƧa de nossa Arvore GenealĆ³gica ja podemos verificar o quanto os sobrenomes se repetem, alem dos registros dos casamentos entre primos.
Observe-se que ai tambƩm temos presente o nome Teodosio. Pai, em primeiro lugar de Sebastiana Barreto Machado. Em segundo de Diogo Barbosa Rego, casado com InƔcia Machado.
E, segundo o que os atuais genealogistas dizem, a ancestral Josepha Pimenta de Souza foi filha do Belchior Pimenta de Carvalho, filhoĀ de JoĆ£o Pimenta de Carvalho e Maria Machado. Ou seja, temos ai a possibilidade de possuir diversos graus de parentesco com esse tronco familiar.
Como nos conta o professor JoĆ£o Fragoso no trabalho acima mencionado neste capitulo, as elites andavam em bandos de famĆlias consorciadas. Como nĆ£o existia uma divisĆ£o politico partidĆ”ria na sociedade, as famĆlias se juntavam em partidos ou aglomerados para ter forƧa polĆtica para poderem dominar o poder.
E deve ter sido este mesmo mote que levava esses conglomerados seĀ mover a partir do mesmo grupo para os novos locais de colonizaĆ§Ć£o. Embora, isso deva ter sido um pouco mascarado `a chegada do Ciclo do Ouro e em Minas Gerais.
Isso por causa da formaĆ§Ć£o dos partidos dos Paulistas e dos Emboabas. E com a constante chegada de “estrangeiros” como o portuguĆŖs Jose Coelho de MagalhĆ£es.
Embora os novos chegados trazendo “nobreza nova” aos interiores tornassem os cabeƧas das famĆlias, as quais pareciam aos antigos genealogistas que houvessem sido as fundadoras delas, na verdade elas se casavam com pessoas da “nobreza da terra” que, se tivessem sido melhor estudadas, veria-se queĀ pertenciam a raizes ate mesmo mais nobres, dos primeiros colonizadores do Brasil.
NĆ£o quero dizer com isso que alguns fossem melhor que os outros. Apenas observar que as famĆlias mais ricas das Capitanias de Pernambuco e SĆ£o Vicente (que englobava Rio e SĆ£o Paulo) descendiam de nobres como Martim Afonso de Sousa, o qual era relativamente descendente prĆ³ximo dos reis.
Porem, como o tempo passou e como a multiplicaĆ§Ć£o da populaĆ§Ć£o se deu, teve-se a impressĆ£o de que o sangue nobre diluiu.
Passados 2 sĆ©culos apĆ³s ao inicio da colonizaĆ§Ć£o das provĆncias litorĆ¢neas, e com a descoberta do ouro, qualquer portuguĆŖs cuja nobreza tivesse sofrido a mesma diluiĆ§Ć£o em Portugal, ao chegar ao Brasil, passava a ser considerado mais nobre, pelo fato de ter nascido na metrĆ³pole e nĆ£o porque isso fosse encontrado no sangue.
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09. DOS COSTA
Deixei esse espaƧo em branco por certo tempo. Houveram alguns contratempos e fiz uma confusĆ£o quando recebi o material, sem perceber que o que eu desejava estava la. Mas agora encontrei.
Ha somente um probleminha. Uma confirmaĆ§Ć£o que desejava encontrar nĆ£o esta na obra do Rheingantz. Tratava-se dos nomes dos pais de Antonio da Costa Ramires. De qualquer forma, copiarei aqui o que mais interessa:
PAG. 455
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“Antonio da Costa Ramires, n. por volta de 1589 e fal. no Rio (Se 3o., 54v) a 18.7.1648, casado por volta de 1619 com Beatriz da Costa, n. por volta de 1599 e fal. Pais de:
I 1. InƔcio, n. no Rio (Se 1o., 32v) bat. a 5.6.1620
I 2. Ines da Costa, n. no Rio por volta de 1622 e fal., casada por volta de 1640Ā com Domingos Carvalho de Figueiredo, n. em Chaves, Portugal, por volta de 1610 e fal. Pais de: [PAG. 456]
II 1. Salvador, n. no Rio (Se 3o., 57v) bat. a 26.4.1641
II 2. Jose de Carvalho Figueiredo, n. no Rio (Se 3o., 66) bat. a 26.4.1641, e fal. Habilitado “de genere” em 1689.
II 3. Pedro da Costa Ramires …….”
Ali se repete o que se encontra a partir da pagina 188 do livro, capitulo Barbalho. Ja copiei acima (abaixo no blog), no capitulo 2, por o Pedro ter sido o nosso ancestral junto com PƔscoa Barbalho. Foram mais 2 filhos de Antonio e Beatriz da Costa:
“I 3. Luis, n. no Rio (Se 2o., 88) batizado a 28.6.1628
I 4. Gregorio, n. no Rio (Se 2o., 121v) bat. a 22.3.1631”
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De grande importancia notar que a presenƧa do sobrenome Costa no inicio da colonizaĆ§Ć£o do Rio de Janeiro era notĆ”vel. Por maior que sejam os volumes, sĆ£o 56 paginas ocupadas com a assinatura. Eles devem ter sido os Silva `a Ć©poca!
Era meu objetivo verificar ai tambĆ©m quem teriam sido os pais da Isabel da Costa. Isso porque houveram casos de pessoas do sobrenome ser perseguidas no Rio de Janeiro pela InquisiĆ§Ć£o.
E era muito comum as famĆlias cristĆ£s-novas casarem seus filhos entre si. Como se dizia antigamente: “para nĆ£o espalhar a fortuna”. E a presenƧa do nome Gregorio do ultimo filho pode ser coincidĆŖncia, porem, foi tambĆ©m nome de membro na famĆlia perseguida.
PĆ”scoa ja descendia do Miguel Gomes Bravo, reconhecido cristĆ£o-novo. Se o Costa da ancestral Isabel era de origem semelhante, seria natural essa ligaĆ§Ć£o, pois, na verdade os cristĆ£os-novos andavam juntos para tentar proteger uns aos outros.
Por infelicidade, segundo informaƧƵes do genealogista Carlos Barata, no inicio o Rio de Janeiro nĆ£o adotou o mandamento da Igreja CatĆ³lica da obrigatoriedade dos livros de registro de batismos. Assim, nĆ£o os havia nos primeiros 60-70 anos de existĆŖncia da cidade.
Rheingantz coletou dados a partir do que existia. Podemos notar isso a partir dos inĆcios dos capĆtulos, pois ele adota datas mais ou menos nas descriƧƵes. PossĆvel serĆ” que usou testamentos, inventĆ”rios e documentos “de genere” como complementares, o que ajudou na composiĆ§Ć£o inicial de algumas famĆlias.
Mas em outros casos nĆ£o deve ter sido suficiente, ou tais documentos nĆ£o foram encontrados. Esse parece ser o caso dos “da Costa”. Muito provĆ”vel serĆ” que diversos dos presentes no capitulo tiveram algum ancestral comum entre os fundadores de SĆ£o SebastiĆ£o do Rio de Janeiro.
Mas o decifrar disso foi deixado para genealogistas posteriores, o que nĆ£o sei se ja surgiu algum candidato para assumir esse trabalho de Titans.
Importante, para os candidatos a genealogistas da atualidade e depois, serĆ” saber que a publicaĆ§Ć£o dos dois primeiros volumes teria sido “precipitada”. Isso Ć© Ā comum em todos os trabalhos genealĆ³gicos.
O estudante em tal disciplina precisa estabelecer limites `as suas pesquisas. Isso porque todas as vezes que encontra uma ramificaĆ§Ć£o, se ele nĆ£o se mantiver em seus objetivos, jamais finda uma obra, pois, genealogia parece nĆ£o ter fim.
A dificuldade era muito maior para os genealogistas dos tempos de Rheingantz. Eles nĆ£o possuĆam internet. Dificilmente podiam contar com respostas em literaturas anteriores. E o numero de estudantes da matĆ©ria era mais reduzido.
Atualmente, com a disponibilidade da internet e a criaĆ§Ć£o de sites especializados no tema, pode-se somar os trabalhos de diversos autores. Mesmo assim nĆ£o quer isso dizer que o trabalho ficou “fĆ”cil”. Assim como facilitou por um lado, dificultou tambĆ©m pelo volume muito maior de dados a ser pesquisados.
Mesmo assim ha que informar-se que, o trabalho do grande genealogista nĆ£o parou nos dois primeiros volumes que publicou. Da mesma forma que os publicou como parte do objetivo atingido, tinha tambĆ©m o conhecimento de que podia amplia-los.
Continuou suas pesquisas e criou um fichĆ”rio que arquivou junto `a entidade criada por ele que Ć© o ColĆ©gio Brasileiro de Genealogia – CBG – na Cidade do Rio de Janeiro. Esse fichĆ”rio contem uma continuidade.
Isso e esforƧos prĆ³prios de discĆpulos do Rheingantz resultaram na publicaĆ§Ć£o do terceiro volume, em 1995, em forma de fascĆculos do CBG. Talvez ai se encontre muitas respostas que nĆ£o encontramos nos dois primeiros livros.
Uma resposta que nos interessa muito serĆ” encontrar documentado a ponte entre os Barbalho, Aguiar e Costa, que o professor Dermeval Jose Pimenta descreveu no trabalho dele. Nessas trĆŖs oportunidades, Rheingantz nĆ£o nos deu nos dois primeiros volumes.
No capitulo BARBALHO ele menciona filhos do casal Pedro da Costa Ramires e PĆ”scoa Barbalho. Entre eles nĆ£o inclui Maria da Costa Barbalho. Ela foi esposa de Manoel de Aguiar, que ja era viuvo. E dela devera mesmo ter nascido os filhos que assinaram “de Aguiar Barbalho”. E tambĆ©m o Manoel Vaz Barbalho.
O casamento entre Maria e Manoel esta comprovado no registro de casamento da filha deles: Theodozia de Aguiar Barbalho, realizado em 1717, em Mariana, na Igreja de Nossa Senhora da AssunĆ§Ć£o. Casou-se com Joseph Carneiro da ……, filho de Matheus Lage e Maria Carneiro.
Para ter-se casado em 1717, acredito que Theodozia tenha nascido em torno de 1700. O que torna suspeita a data de nascimento do Manoel Aguiar, por volta de 1634, sugerida por Rheingantz.
Isso o faria estar com mais de 60 anos ao nascimento da filha. Nada impossĆvel em termos de considerar a virilidade desse membro da famĆlia. A dificuldade seria encontrar homens `aquela Ć©poca vivos e produzindo filhos em tal idade.
Por isso acredito na possibilidade de que Manuel de Aguiar, como consta no capitulo do titulo acima (abaixo, no blog), casado com Domingas Martins, poderĆ” ter sido pai do nosso suposto ancestral Manoel de Aguiar, e nĆ£o ser o prĆ³prio. Nesse caso, talvez o complemento da informaĆ§Ć£o se encontre no fichĆ”rio deixado por Rheingantz.
Continuando, o grande interesse em saber os nomes dos pais do Antonio da Costa Ramires se deu porque encontrei, ha mais tempo, algo que guardei a espera da confirmaĆ§Ć£o de que ele fosse avo do Pedro. Mas precisava saber-lhe os nomes dos pais para nĆ£o deixar duvida alguma.
De qualquer forma, vou revelar aqui. Antes da confirmaĆ§Ć£o e sob a Ć©gide de hipĆ³tese. Portanto, pode ser ele ou nĆ£o. Encontrei o nome, porem, estava solteiro. Se houvessem revelado o nome da esposa, tambĆ©m poderia ter sido motivo de confirmaĆ§Ć£o. Segue esse esqueleto genealĆ³gico entĆ£o:
01. Antonio da Costa Ramires, filho de:
02. Alexandre Ramires Correia c. c. Jeronima Rodrigues, filho de:
03. Bras Correia da Costa c. c. Antonia Ramires da Costa, filho de:
04. Rui Vaz Correia c. c. N, filho de:
05. Duarte Vaz Correia c. c. N, filho de:
06. TrintĆ£o Vaz Correia c. c. N, filho de:
07. Izabel Correia c. c.Ā Rui Vasques, filha de:
08. FernĆ£o Afonso Correia, sr. da Honra de Monte FralhĆ£es c. c. Leonor Anes da Cunha, filho de:
09. Afonso Correia c. c. Brites Martins da Cunha, filho de:
10. Paio Correia, o Alvarazento c. c. Maria Mendes de Melo, filho de:
11. Pero Pais Correia c. c. Dordia Pires de Aguiar, essa, filha de Pero Mendes de Aguiar e Estevainha Mendes de Gundar.
10. Maria Mendes de Melo c. c. Paio Correia, o Alvarazento, filha de:
11.Ā Teresa Afonso Gato c.c. Mem Soares de Melo, filha de:
12. Urraca Fernandes de Lumiares c. c. Afonso Pires Gato, filha de:
13. FernĆ£o Pires de Lumiares c. c. D. Urraca Vasques de BraganƧa, filho de:
14. Pedro Afonso Viegas c. c. N, filho de:
15. Afonso Viegas, o MoƧo c. c. Aldara Peres, filho de:
16. Egas Moniz, o Aio c. c. Dordia Pais de Azevedo.
13, D. Urraca Vasques de BraganƧa c. c. FernĆ£o Pires de Lumiares, filha de:
14. D. Vasco Pires de BraganƧa c. c. Sancha Pires de BaiĆ£o, filho de:
15. D. Fruilhe Sanches de Barbosa c. c. D. Pero Fernandes de BraganƧa, filha de:
16. D. Sancha Henriques, infanta de Portugal c. c. Sancho Nunes de Barbosa, filha de:
17. Henry de Bourgogne c. c. Teresa de Leon, Condessa de Portugal.
Aqui temos coisas interessantes a constatar. Por exemplo, Egas Moniz, o Aio, foi o tutor do primeiro rei de Portugal, Afonso Henriques. Esse era filho do casal da geraĆ§Ć£o 17. Ou seja, isso nos faria sobrinhos dele.
Henry foi filho dos duques da Borgonha, ou Reino das Duas Sicilias, alem de ser descendente do Carlos Magno. Teresa foi filha do rei D. Alfonso VI. Aquele que concedeu as mĆ£os das filhas aos nobres que o fossem ajudar na Reconquista de Portugal.
Egas Moniz, o Aio e Dordia Pais Azevedo foram bisavĆ³s do D. Soeiro Viegas Coelho, o primeiro a assinar o sobrenome e a passa-lo `a sua descendĆŖncia.
Aqui esta tambĆ©m a constataĆ§Ć£o de que todos os caminhos levam aos mesmos ancestrais. Se lerem meus trabalhos passados, ou se leram com atenĆ§Ć£o e se lembram, observarĆ£o que Henry de Borgonha e Teresa, condessa soberana de Portugal, sĆ£o ancestrais tambĆ©m dos Bezerra.
Os que desejarem rememorar, podem consultar:
http://familybezerrainternational.blogspot.com/2009/12/fontes-sobre-as-origens-da-familia.html
Na postagem esta um pouco confuso, porem, observe-se `a pagina 11 que ali se menciona D. Teresa e Henry de Borgonha. Eles foram pais tambĆ©m de D. Urraca Henriques de Portugal. NĆ£o confundir com a rainha D. Urraca, meio-irmĆ£ da Teresa.
Basta agora retornar um pouco `a postagem numero 009 dessa pagina, capitulo:Ā 07.Ā O QUE QUE A BAIANA TEM? OS QUINDINS DE YAYA!!!. Ali foi descrita a genealogia do ancestral Balthazar Barbosa de Araujo.
Pode-se observar no primeiroĀ parĆ”grafoĀ daĀ descriĆ§Ć£o que ele descendia dos mesmos Correia presentes naĀ ascendĆŖncia de Antonio da Costa Ramires.
E, obviamente,Ā nĆ£o vou entrar em maiores detalhes. Mas cada casal dos ancestrais dele na longaĀ descriĆ§Ć£oĀ vai dar em mesmos ancestrais.
AindaĀ nĆ£o tomei tempo para detalhar a genealogia dos Moniz Barreto que deram origem ao Antonio Jose Moniz Barreto, nossoĀ possĆvel ancestral,Ā tambĆ©m no texto 009.Ā ComeƧando pelo segundo capitulo.
Mas sei que por terem sido da alta nobrezaĀ tambĆ©mĀ descenderĆ£o dos mesmos ancestrais. O que variaĀ sĆ£o asĀ proporƧƵes. `As vezes temos um sobrenome como mais comum, dai pensamosĀ pertencer a tal “famĆlia”. Mas, a verdade Ć© que assinamos, porem,Ā nĆ£o somos somente isso. Somos resultado de uma mistura oriunda das mesmas fontes.
A vantagem para nos em nossos dias Ć© que essasĀ relaƧƵes familiares mais antigasĀ estĆ£oĀ acessĆveis em sites, e ate mesmo na Wikipedia por exemplo.Ā NĆ£o apenas os dados que estou apresentando agora, mas observe-se que se pode verificar asĀ famĆlias das quais procedem osĀ cĆ“njuges. Ou seja, nossos outros ancestrais. Exemplo:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Afonso_Pires_Gato
A partir dai, pode-se observar que esse foi o pai da:Ā 11.Ā Teresa Afonso Gato c.c. Mem Soares de Melo. E casoĀ alguĆ©mĀ queira estender-se mais, pode ver que o Mem Soares de Melo foi o 1o. senhor de Melo. Dai se pode tanto seguir aĀ ascendĆŖncia quanto outrasĀ descendĆŖncias deles.
Ha outro esqueleto genealogico que gostaria de repetir aqui para reafirmar a ideia. Trata-se daquela que parte de nossa,Ā muitĆssimoĀ provĆ”vel, ancestralĀ Josepha Pimenta de Souza.
Ate,Ā entĆ£o, estava em duvida quanto ao professor Dermeval Pimenta ter identificado os nomes dos avos dela. Ao que parece, ele enganou-se. E seremos mesmo descendentes doĀ capitĆ£o-morĀ JoĆ£o Pimenta de Carvalho eĀ nĆ£o, talvez em outra instancia, doĀ irmĆ£o dele,Ā capitĆ£o Manoel Pimenta de Carvalho.
Vejamos,Ā entĆ£o, o que nos aponta esse esqueleto:
01. Josepha Pimenta de Souza c. c. Manoel Vaz Barbalho, filha de:
02. Belchior Pimenta de Carvalho c. c. N, filho de:
03.Ā JoĆ£o Pimenta de Carvalho c. c. Maria Machado, filho de:
04. D. Catarina Pimenta c. c.Ā capitĆ£o Ambrosio de Araujo, filha de:
05.Ā CapitĆ£o-morĀ JoĆ£o Pimenta de Carvalho c. c. Susana Requeixo Estrada.
EssaĀ porĆ§Ć£o pode ser verificada na postagem:
http://www.asbrap.org.br/publicac/revista/rev18_art17.pdf
Observe-se que JoĆ£o Pimenta de Carvalho era filho de GonƧalo Pimenta de Carvalho e Maria Jacome de Melo. NĆ£o tenho as ascendĆŖncias deles. Mas por suas ligaƧƵes com Vila ViƧosa tudo indica que tinham ascendĆŖncia nobre.
O capitĆ£o-mor surge desde o inicio do trabalho. Porem, a descendĆŖncia de dona Catarina Pimenta aparece a partir da pagina 281.
O que o professor Dermeval nos deixou foi que Belchior Pimenta de Carvalho teve as duas esposas descritas no trabalho. Contudo, salienta que teve a filha Josepha, em 1712, antes desses casamentos,Ā sem revelar nome ou procedĆŖncia da mĆ£e.
Devido `a alta incidencia de genes afrodescendente no exame de DNA de um de nossos primos, (Benin/Togo 7%; Africa Sul Oriental Bantu 4%; Africa do Norte 3% e Nigeria 3%) resultando num total de 17% de origem africana, presumo que a mĆ£e da Josepha fosse africana.
Assim penso porque isso corresponde a ele ter mais que um dos bisavĆ³s totalmente africano. E, ao que eu saiba, ele tem apenas nossa trisavĆ³, Maria Honoria Nunes Coelho, como possivelmente mulata.
Se o foi, para nos ela passou apenas 3.125% da porĆ§Ć£o africana que possuĆa para nossa geraĆ§Ć£o. Isso, no caso do primo que descende apenas uma vez dela. Eu descendo como trineto e tetraneto. Portanto, ai tenho que somar mais a metade disso.
Assim, temos que somar muito mais para chegar aos 17% no caso dele. Era preciso que Josepha fosse mulata e passasse sua ascendĆŖncia por diversos caminhos para nos para somarmos mais uma pitadinha cada vez. Sei que devo descender 3 vezes dela. Do primo sei apenas uma.
Assim, nossos ancestrais africanos sĆ£o mĆŗltiplos e variados. Isso, devido `a proporĆ§Ć£o e `as diversas regiƵes de procedĆŖncia. O mais provĆ”vel serĆ” que a maioria, senĆ£o todos, dos nossos ancestrais recentes ja teriam quantidades elevadas de sangue africano para chegar tamanha quantidade ao primo.
Para chegar 17% a ele, era preciso que um dos pais possuĆsse 34% ou ambos igualmente 17%, como media. Isso porque cada progenitor passa para os filhos apenas a metade do que possui. O restante vem do parceiro.
E, ao que sei, nos sabemos ter ascendĆŖncia africana mas isso nĆ£o Ć© traduzido na aparĆŖncia dos ancestrais recentes que tivemos.
Vejamos mais, entĆ£o, a partir da ancestral Susana:
05. Susana Requeixo Estrada c. c. capitĆ£o-mor JoĆ£o Pimenta de Carvalho, filha de:
06. Felippa da Motta c. c. Afonso Mendes de Estrada, filha de:
07. Francisco de Oliveira Gago c. c. Ines Sardinha, filho de:
08. Felippa da Motta c. c. Manoel de Oliveira Gago, filha de:
09. Felipa Gomes da Costa c. c. Vasco Pires da Motta, filha de:
10. Isabel Lopes de Sousa c. c. EstevĆ£o Gomes da Costa, filha de:
11. Martim Afonso de Sousa c. c. N, filho de:
12. Lopo de Sousa c. c. Beatriz de Albuquerque, filho de:
13. Pedro de Sousa c. c. Isabel Pinheiro, filho de:
14. Martim Afonso de Sousa c. c. Violante Lopes da TƔvora, filho de:
15. Martim Afonso de Sousa c. c. AldonƧaĀ Rodrigues de Sa, filho de:
16. Vasco Afonso de Sousa c. c. Ines Dias Manoel, filho de:
17. Martim Afonso de Sousa c. c.Ā AldonƧa Gil de Briteiros, filho de:
18. Martim Afonso Chichorro c. c. Ines Lourenco de Sousa, filho de:
19. Afonso III, rei de Portugal c. c. Madragana (Mor Afonso), filho de:
20. Afonso II, rei de Portugal c. c. Urraca de Castela, filho de:
21. Sancho I, rei de Portugal c. c. Dulce Berenguer, filho de:
22. Afonso I Henriques, rei de Portugal c. c. Mahaut de SabĆ³ia, filho de:
23. D. Teresa de LeĆ£o c. c. Henry de Borgonha.
Assim, apesar de todas as voltas, chegamos ao mesmo lugar. Nesse caso, quem desejar compreender melhor, pode fazer o exercĆcio de navegar na internet em busca dos ancestrais das esposas ou maridos ai presentes.
Posso adiantar que Mafalda (Mahaut) de Savoia descendia da ilustre familia italiana, suaĀ familia real. Madragana tinha origem judia, descendente de rabinos. E Ines Dias Manoel tem toda a realeza castelhana como ancestral. E Dulce vinha de Barcelona, antigo e, talvez, nova AragĆ£o.
Por outro lado, podemos concluir por ai que, por causa da presenƧa nĆ£o apenas de sobrenomes como tambĆ©m pela procedĆŖncia de seus primeiros nominados, as figuras histĆ³ricas do passado sĆ£o nossos ancestrais e as recentes descendem deles tambĆ©m.
O sobrenome Correia, por exemplo nos lembra o poeta Raimundo Correia. Para que se recordem:Ā https://www.mensagenscomamor.com/poemas-raimundo-correia. “Vai-se a primeira pomba despertada…” Por esse verso pode-se lembrar bem a pessoa e de nossa infĆ¢ncia.
Como tambĆ©m nos lembra Salvador Correia de Sa e Benevides. Tinha uma leve desconfianƧa que fosse nosso aparentado em funĆ§Ć£o do Benevides, de nossa ancestral Maria, matriarca dos Pereira do Amaral, nossos ancestrais.
SabiaĀ que por causa da origem dele na nobreza terĆamos obrigatoriamente muitos ancestrais comuns. Agora fica patente que os comuns sĆ£o nossos ancestrais tambĆ©m comuns.
Alem do parentesco dele com Mem de Sa, o governador geral do Brasil, foi um dos governadores do Rio de Janeiro. E o mesmo que mandou executar ao nosso ancestral Jeronimo Barbalho Bezerra, por causa da Revolta da CachaƧa, em 1661.
Aqui fica tambĆ©m patente que nos aproximamos do poeta Carlos Drummond de Andrade, tanto por nossa ascendĆŖncia nos Dormondo da Ilha da Madeira, quanto sermos todos descendentes do Martim Afonso de Sousa. Obviamente, alguns de nos ja sabemos ser dos mesmos Andrade.
E assim torna-se o mundo. Afonso I Henriques de Portugal Ć© conhecidamente ascendente da maioria da populaĆ§Ć£o ocidental. Inclui-se ai 2/3 de ex-presidentes dos Estados Unidos. Alem de reis e rainhas de todas as monarquias europeias.
Obviamente, nĆ£o apenas ele. Alem dele, outros de nossos ancestrais descendem dos mesmos ancestrais que ele, tais como doĀ Carlos Magno, Hugo Capeto, reis Merovingios e imperadores romanos.
Estenda-se ai aos gregos, persas, egipcios, arabes e toda sorte de gente que ocupa paginas na Historia Universal. Inclusive os personagens bĆblicos, por alguns genealogistas ja terem revelado a relaĆ§Ć£o entre as monarquias da PenĆnsula IbĆ©rica e a rainha Esther.
Com certeza, as repetiƧƵes nĆ£o acabarĆ£o por ai. Os Pereira, os Coelho, os Furtado de MendonƧa, os Carneiro de Andrade, os Andrade, os Menezes, os Corte-Real, os Moniz e tantos outros nossos ancestrais repetirĆ£o esses e outros ancestrais, o que nos faz Ā “cuspe e escarro” dos mesmos ancestrais.
Quando se diz que uma crianƧa de parece com seus avos deve ser um fato de pura e absoluta inevitabilidade! Somos todos mesmo “farinha do mesmo saco!”
Alias, quem desejar exercitar um pouco mais, poderĆ” jogar na busca do Google os diversos nomes de ancestrais do Balthazar Barbosa de AraĆŗjo. Entre eles temos D. Tereza, filha de JoĆ£o Pires de Vasconcellos.
Na verdade, trata-se do D. JoĆ£o Peres, senhor da Torre de Vasconcelos. Entre outros detalhes, tornou-se senhor de Penagate por casamento. Ele casou-se com dona Maria Soares Coelho, filha do D. Soeiro Viegas Coelho. Ou seja, tanto os Coelho quanto os Vasconcelos descendem das mesmas fontes.
Outro exemplo Ć© o de D. Rui GonƧalves Pereira. Na verdade, o bisneto, que se casou com dona Berengaria Nunes Barreto. Foi bisneto de D. Rui GonƧalves Pereira. Esses sĆ£o os senhores de Trastamarra.
Entre outras coisas, sĆ£o eles do mesmo nĆŗcleo familiar do Nun’Alvares Pereira, atual Santo Nuno de Santa Maria, II CondestĆ”vel de Portugal. E o que se espera Ć© os Pereira dos quais descendemos irem entroncar-se na mesma raiz.
Fica assim concretizado minha aspiraĆ§Ć£o. Conhecer e divulgar a genealogia de forma a que as pessoas passem a reconhecer que nossos ancestrais fizeram a Historia e ela corre pungente em nossas veias.
Acredito que, o saber nĆ£o ocupa lugar, nĆ£o pode ser tomado e, inexoravelmente, facilitaria muito aos jovens interessar-se pela disciplina Historia. Afinal, nĆ£o se estuda nela os feitos de marcianos e venusianos. Tudo se trata de nossa ancestralidade.
MAIS DOS COSTA
Eu havia visto antes, porem, deixei passar por causa da importĆ¢ncia maior do assunto discutido acima. Mas agora resolvi postar, como complemento, duas das curiosidades havidas no capitulo. Segue entĆ£o:
PAG. 440
“MANOEL DA COSTA COELHO, n. por volta de 1652 e fal., casado por volta de 1682 com Mariana Pinheira, n. por volta de 1662 e fal. Pais de:
I. 1 – Joana de Faria, n. no Rio (Candelaria 2o., 82) bat. a 12.7.1683 e fal. no Rio (Candelaria 10o., 89) a 28.1.1746, casada por volta de 1699 com Ambrosio Ramos Ferreira, n. no Porto por volta de 1669 e fal. Pais de:”
PAG. 441
“II. 3 – Gracia Maria Da Cruz Ferreira, n. no Rio (Candelaria 3o., 104) bat. a 3.5.1712 e fal. casada no Rio (Candelaria 4o., 139v) a ?.?.1736 com o capitĆ£o Carlos Jose Ribas, n. em Lisboa (SĆ£o Nicolau) por volta de 1706 e fal., filho de Miguel Ribeiro Ribas e de Arcangela Maria Josefa (ou de Souza). Pais de:
III. 1 – Jose Bonifacio Ribas, n. no Rio (Candelaria 6o., 54v) bat. a 6.6.1739 e fal. casado em SĆ£o SebastiĆ£o – SP, por volta de 1764 com Ana Maria de Toledo e Oliveira, n. por volta de 1744 e fal. filha de Pedro Alvares da Paz e de EscolĆ”stica de Toledo. Pais de:
IV. 1 – d. EscolĆ”stica Bonifacia de Toledo Ribas, n. em SĆ£o SebastiĆ£o, SP, a 22.4.1765 e fal. em SĆ£o Paulo a 31.5.1859. Casada em SĆ£o Paulo (Se) a 18.2.1784 com o coronel JoĆ£o de Castro do Canto e Melo, n. na Ilha Terceira por volta de 1740 e fal. em SĆ£o Paulo ?.?.1826, visconde com as honras de Grandeza de CASTRO, por mercĆŖ de 12.10.1826, filho de JoĆ£o de Castro do Canto e Melo e de Rita QuitĆ©ria. Pais de:”
PAG. 442
“V. 1 – D. Domitila de Castro Canto e Melo, n. em SĆ£o Paulo a 27.12.1797, (bat. a 7.3.1798) e fal. em SĆ£o Paulo a 3.11.1867, viscondessa de SANTOS. Casada em primeiras nupcias em SĆ£o Paulo (Se) 13.1.1813 com o alferes Felicio Pinto Coelho de MendonƧa, n. em Sant’Ana de Cocais, MG, a ?.?.17.., e fal., filho do capitĆ£o-mor Felicio Moniz Pinto Coelho da Cunha e de d. Mariana Manuela Furtado Leite de MendonƧa. Com geraĆ§Ć£o. Casada em segundas nĆŗpcias em Sorocaba, SP, a 14.6.1842 com o brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar. Com geraĆ§Ć£o.”
Aqui o Carlos G. Rheingantz fez uma daquelas extensƵes alem das datas propostas em sua coleĆ§Ć£o. Omitiu as ligaƧƵes de D. Domitila com D. Pedro I. Ela ficou mais conhecida como Marquesa de Santos.Ā A ligaĆ§Ć£o entre eles tambĆ©m resultou em geraĆ§Ć£o.
Queria apenas deixar ai a possibilidade de termos mais de um grau de parentesco com ela. Tanto pelo Coelho quanto pelo Costa iniciais. Alem da ligaĆ§Ć£o dela com os Furtado Leite, mesmo de nossos primos. Por fim, o MendonƧa.
Ha que lembrar-se que dona Maria Furtado de MendonƧa foi a esposa do governador Luiz Barbalho Bezerra, nossos ancestrais.
PAG. 415
“BALTAZAR DA COSTA, n. por volta de 1565 e fal. casado por volta de 1595 com Andreza de Souza, n. por volta de 1575 e fal. no Rio (Se 4o., 11v) a 16.10.1655, fal. filha do capitĆ£o JoĆ£o de Souza Pereira Botafogo e de d. Maria da Luz Escorcia Drummond. Pais de:”
PAG. 416
“I. 3 – Jeronimo da Costa, n. por volta de 1609 e fal. no Rio (Se 3o., 48) a 13.5.1647, casado com Maria Pedrosa, irmĆ£ de Domingos Pedroso, n. por volta de 1619 e fal. no Rio (Se 6o., 156) a 10.7.1698, filha de Miguel Gomes Bravo e de Isabel Pedrosa de Gouveia. Teve de uma india livre, serva de Amador Ribeiro, um filho natural:
II. 1 – Miguel.”
Aqui queria salientar o inicioĀ da famĆlia dessa nossa tia ancestral. Era irmĆ£ da ancestral Cordula Gomes, esposa do portuguĆŖs JoĆ£o do Couto Carnide.
NĆ£o sei se a reencontraremos depois em capĆtulos como Gomes, Gomes Bravo, Couto ou Bravo. Parece que ha algo mais no livro. Mas ha que abri-lo para ver.
Tenho da familia esse resumo:
Miguel Gomes Bravo foi filho de Rui Dias Bravo e Antonia Rodrigues. Era nascido no Porto, aproximadamente em 1563. Foi casado com Isabel Pedrosa de Gouveia e tiveram os filhos:
01. Rui Dias Bravo (1597)
02. Maria Pedrosa (1600)
03. Cordula Gomes (1602) c. c. JoĆ£o do Couto Carnide
04. Domingos Pedroso (vivo em 1647)
05. Maria (1616)
06. Pascoal (1618)
07. Ursula (1620)
08. Maria Pedrosa (1622) c. c. Jeronimo da Costa
09. Manuel Gomes Bravo (1624)
10. Miguel Gomes Bravo
NĆ£o consta nessa lista, Antonia Pedrosa de Gouveia, que ficou em Vitoria – ES, onde se casou com Belchior deĀ Azeredo Coutinho, filho do bandeirante Marcos Azeredo e dona Maria Coutinho.
Essa, Azeredo Coutinho, foi uma das famĆlias mais influentes no perĆodo colonial tambĆ©m no Rio de Janeiro. E isso se reflete em tĆtulos de nobreza no perĆodo imperial.
Pode ser que hajam outros filhos. Mas nĆ£o procurei ainda. Isso porque Ć© conhecido que foram 10 ao todo, porem, deverĆ£o ter sido 10 que chegaram `a idade adulta.
Talvez as duas primeiras Marias tenham falecido crianƧa para que a terceira tivesse o mesmo nome. Ou os nomes delas podem estar incompletos e Antonia ser uma delas.
Assim fica comprovada um pouco mais da extensĆ£o de nossa famĆlia.
E aqui fica uma possibilidade que nĆ£o passa de suspeita por enquanto. Trata-se do fato de nĆ£o termos os nomes dos pais da ancestral Isabel da Costa, esposa do Antonio da Costa Ramires. Ela pode ter sido filha do casal Baltazar e Andreza.
Claro, Baltazar e Andreza podem nĆ£o ser meus ancestrais porque meus primos tem ancestrais diferentes dos meus. NĆ£o sei quanto de sangue inglĆŖs corre em minhas veias. Mas no primo que fez exame de DNA constam 13% da Gra-Bretanha.
Sabe-se que os EscĆ³cia Drummond procediam da Ilha da Madeira, porem, foram escoceses em transito por la. Obviamente, dona Maria da Luz EscĆ³cia Drummond passaria muito pouco do sangue para os descendentes atuais.
Contudo, como nĆ£o temos conhecimento de escoceses recentes como ancestrais, ela pode ter somado a outros para chegar porcentagem tĆ£o alta como essa. Isso equivale a 1 dos bisavĆ³s 100% da Gra-Bretanha. O que sabemos, nĆ£o temos, entĆ£o, serĆ” preciso somar diversos ancestrais com ascendĆŖncia la.
Ou, por outro lado, o que serĆ” mais provĆ”vel, pode ser que os ingleses descendam tanto dos ibĆ©ricos quanto nos. Dai pode ter havido confusĆ£o no exame do DNA, nĆ£o seriamos nos com sangue inglĆŖs e sim os ingleses com nosso sangue.
Apesar de podermos ter o Drummond da fonte baiana tambƩm. Nesse caso, tanto eu quanto o primo descendemos da mesma fonte.
Mas, buscando melhor na internet, nosso amigo Lenio Richa nos informa que Jeronimo nĆ£o teve filhos com a esposa Maria Pedrosa. Como os dados procedem do Rheingantz nĆ£o se pode afirmar isso com absoluta certeza.
Mesmo assim, nĆ£o esperemos possuir ancestrais por essa via. Para que o primo ou nos possuirmos tamanha quantidade de certo sangue, preciso serĆ” que tenhamos um ancestral recente procedente da origem do sangue.
Ou, como alternativa, para se ter uma ascendĆŖncia um pouco mais longĆnqua, todos ou a maioria dos nossos ancestrais recentes teriam que compartilhar dessa mesma ancestralidade. Assim, nossos pais teriam uma composiĆ§Ć£o semelhante entre si e, por isso, a ancestralidade mais antiga nĆ£o se perderia no sangue.
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10. PONTOS DO NORDESTE TAMBEM SERIAM NOSSO?
Encontrei algumas coincidĆŖncias que chegam a ser um pouco mais que curiosas. E talvez elas acabem nos revelando um ramo da FamĆlia Barbalho que chegou ao Brasil via Pernambuco, foi para o Rio de Janeiro, adentrou Minas Gerais e, talvez, tenha projetado um galho ate ao Rio Grande do Norte.
E a distancia nĆ£o pode ser empecilho, pois, o cirurgiĆ£o-mor Policarpo encarregou-se da extensĆ£o ate ao Rio Grande do Sul. E a minha desconfianƧa Ć© a de que um irmĆ£o ou sobrinho dele fez o caminho oposto.
Em nossa tradiĆ§Ć£o familiar havia um dito mais ou menos assim: “A famĆlia procede do Nordeste, eram trĆŖs irmĆ£os. Um foi para o Rio Grande do Sul, outro retornou para o Nordeste e o terceiro foi aquele que deu origem ao nosso Barbalho.”
Penso que esse dito que ouvi solto quando ainda crianƧa referia-se ao tetravĆ“ Policarpo Jose Barbalho. Embora tenhamos comprovaĆ§Ć£o que teve dois irmĆ£os, Gervasio e Firmiano, nĆ£o tenho o destino deles. A existĆŖncia deles esta marcada pelos registros de seus casamentos em Itabira.
Mas pelo que jaĀ encontramos em Itabira, o mais provĆ”vel foi que tenham tido outros irmĆ£os, entre eles os senhores Modesto e Victoriano Jose Barbalho. Ha dados de descendĆŖncia desses dois outros, porem, nĆ£o temos nomes de seus pais.
Vamos a outra passagem. Essa relatada pelo professor Dermeval nas paginas 253 e 254 do livro dele:
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” Ā Ā IV – JOSEFA PIMENTA DE SOUZA, nascida no Rio, nos anos de 1716, criada e educada na residĆŖncia de seu pai, tendo sido batizada na Freguesia de Nossa Senhora da Mosteiro, no Rio de Janeiro; casou-se aos 18-9-1732, na Capela de Nossa Senhora dos Prazeres de Milho Verde, em Minas Gerais, com MANOEL VAZ BARBALHO (Livro 1o. de casamento da Matriz fls. 78; livro 1o. de Tapanhoacanga, fls. 100; livro de casamento das capelas filiais de fl. 6v) conforme consta do arquivo do Alferes LUIZ ANTĆNIO PINTO.
Descendentes do casal Manoel Vaz Barbalho e Josefa Pimenta de Souza
Realizado o casamento em Milho Verde, aos 18-9-1732, esse casal, apĆ³s alguns anos, fixou residĆŖncia no Arraial de SĆ£o Jose de Tapanhoacanga pertencente `a Freguesia de Nossa Senhora da ConceiĆ§Ć£o da Vila Nova do Principe, onde criou a famĆlia. Eh possĆvel que tenham nascido outros filhos, mas so conseguimos obter dados sobre a sua filha ISIDORA MARIA DA ENCARNAĆĆO. Pais de:
F – 1 ISIDORA MARIA DA ENCARNACAO, batizada em 28 de maio de 1738, no Arraial de Tapanhoacanga, tendo por padrinho FRANCISCO DA COSTA MALHEIRO. Em 1759, no dia 30 de agosto, casou-se com o CapitĆ£o ANTĆNIO FRANCISCO DE CARVALHO, o qual, em meados do sĆ©culo dezoito, veio para o Brasil e se estabeleceu naquela localidade. Era portuguĆŖs, filho de ANTĆNIO LEAL, e Dona MARIA FRANCISCA, natural de Vila dos Colares, no Patriarcado de Lisboa. O CapitĆ£o ANTĆNIO FRANCISCO, durante muitos anos, foi sindico-geral dos Santos Lugares, na Comarca de Serro Frio. (Livros 2o. bat. fls. 98v e livro de casamento – capelas filiais fls. 6v). Pais de:
N 1 – JOĆ£O, nascido em 1761,
N 2 – VITORIANA, nascida em 1762;
N 3 – ANTĆNIO, nascido em 1764;
N 4 – LUCIANO, nascido em 1766;
N 5 – MARIANA, nascida em 1767;
N 6 – JOSE, nascido em 1769;
N 7 – FRANCISCO, nascido em 1771;
N 8 – BERNARDO, nascido em 1776;
n 9 – BOAVENTURA JOSE PIMENTA, nascido em 1779.
OBSERVAĆ§Ć£O
Ā Ā Do estudo que acabamos de proceder sobre aĀ descendĆŖncia do casal MANOEL VAZ BARBALHO e JOSEFA PIMENTA DE SOUZA, verificamos que este casal, entre outros, teve uma filha de nome ISIDORA MARIA DA ENCARNAĆĆO, casada naquele mesmo Arraial, com o portuguĆŖs capitĆ£o ANTĆNIO FRANCISCO DE CARVALHO.Ā Foi nos dado constatar que este ultimoĀ casal teve nove filhos, mas, somente de dois deles, VITORIANA e BOAVENTURA, pudemos obter dados sobre os seus descendentes, os quais receberam o sobrenome de JOSE PIMENTA, herdados de JOSEFA PIMENTA. Face a esta circunstĆ¢nciaĀ supomos que os demais filhos do casal MANOEL VAZ BARBALHO e JOSEFA PIMENTA bem como seus outros netos, filhos que eram de ISIDORA MARIA DAĀ ENCARNAĆĆO, tenhamĀ tambĆ©mĀ recebido o sobrenome de JOSE PIMENTA, derivado da avo JOSEFA. Ha fortesĀ indĆcios de que as variasĀ famĆlias PIMENTA residentes no Norte e Nordeste de Minas se originaram em SĆ£o Jose do Tapanhoacanga e de Milho Verde. TodaviaĀ nĆ£o desprezamos aĀ hipĆ³tese de que alguns dosĀ possĆveis filhos do casal MANOEL e JOSEFA tenham usado o sobrenome de PIMENTA BARBALHO ou VAZ BARBALHO, os quais teriam dado origem `asĀ famĆlias de sobrenomes VAZ ou BARBALHO.
Ā Ā ComoĀ nĆ£oĀ dispomos de dados sobre todos estes nove filhos, vamos focalizar apenas VITORIANA e BOAVENTURA, respectivamente N-2 e N-9.”
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Acredito que o professor Dermeval Pimenta tenha tiradoĀ conclusĆ£o um pouco precipitada ao deixar-se pender para o lado do titulo do capitulo do livro dele: “TRONCO PIMENTA-VAZ BARBALHO”.
Geralmente, as regras de nomenclatura doĀ sĆ©culo XVIII e antesĀ nĆ£o se encaixavam naĀ lĆ³gica que a sociedade passou a adotar a partir dosĀ sĆ©culos seguintes.
9 filhos de um mesmo casal poderiam cada um adotar um sobrenome diferente. Muito comumente esses sobrenomes variavam de acordo com que variavam os sobrenomes ate aos 8Ā bisavĆ³s dos filhos do casal.
Assim, sobrenomes sumidos em 3Ā geraƧƵes anteriores poderiam renascer, mas, por as pessoas da atualidadeĀ nĆ£o terem acesso `aĀ genealĆ³gica completa daquelas pessoas, pensar-se-ia que o sobrenome surgiu do nada.
Nesse caso especifico, porem, temos ainda os nomes dos senhoresĀ ANTĆNIO LEAL e MARIA FRANCISCA. Esse segundo nome dela pode inclusive ser daĀ FamĆlia FRANCISCO. NaquelaĀ Ć©poca osĀ escrivĆ£es costumavam usar aĀ versĆ£o femininizada dos sobrenomes masculinos como: FURTADA, COELHA e outros.
O certo aqui Ć© que, pode ser que numa pesquisa mais profunda, se todos os filhos de ISIDORA eĀ capitĆ£oĀ ANTĆNIOĀ FRANCISCO DE CARVALHO chegaram `a idade e procriaram, podem ter deixadoĀ famĆlias com todos os sobrenomes ja havidos anteriormente naĀ famĆlia. Isso inclui o “DA COSTA BARBALHO”.
Pulando-se mais uma cerca, andei verificando o capitulo BARBALHO do livro de nosso amigo ORMUZ BARBALHO SIMONETTI. Ali encontra-se oĀ extrato:
************************************************************************************Ā
“Segundo o Historiador HĆ©lio GalvĆ£o, do casal BrĆ”s Barbalho Feyo e Leonor Guardes descendem Catharina Barbalho, filha de Isabel de Vasconcellos e JoĆ£o Soares de Avellar. Catharina Barbalho, ao consorciar-se com Francisco Ribeiro Bessa, teve oito filhos, sendo a ultima Catharina Barbalho (segunda do nome) que se casou duas vezes: a primeira com o Tenente Jose de Mello, de Goyana, nĆ£o deixando descendĆŖncia, e segunda vez com Aniceto Ferreira Padilha e tiveram sete filhos. Um desses filhos de Catharina e Aniceto, ja nascido e naturalmente radicado `a terra, descende, sem duvida, Antonio Jose da Costa Barbalho, ou Antonio Barbalho da Costa,Ā como de prĆ³prio punho escrevia ele o seu nome, sendo ele o patriarca dos Barbalho de Goianinha, vindo a falecer em 20 de novembro de 1827, aos 73 anos de idade e deixou inĆŗmeros descendentes.”
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Acredito aqui que o “descendente, sem duvida,” deixou-me com uma enorme duvida. Ao que me pareceu, foi uma suposiĆ§Ć£o e nĆ£o uma certeza. Isso abre a possibilidade de o Antonio Jose da Costa Barbalho ser o mesmo “N 3 –Ā ANTĆNIOĀ nascido em 1764″ anotado pelo professor Dermeval Jose Pimenta.
Veja-se que poderia ser mesmo ele se encaixando naĀ tradiĆ§Ć£o dos Barbalho. OsĀ irmĆ£os, em verdade,Ā sĆ£o mais que 3. Mas, por enquanto,Ā nĆ£o sabemos quantos nem quais poderiam ter assumido o sobrenome Barbalho.
Talvez, os outrosĀ nĆ£oĀ foram contados porque faleceramĀ crianƧas como eraĀ tĆ£o comum acontecer naquelaĀ Ć©poca. Ou podem ter sobrevivido, como aconteceu com o BOAVENTURA JOSE PIMENTA, porem, teriam sido apenas 3 que herdam o BARBALHO por sobrenome.
Existem outros indicios, porem,Ā ajustĆ”veis `a realidade. AĀ afirmaĆ§Ć£o do Ormuz Ć© a de que o patriarca viveu 73 anos. Mas era muito comum acontecer enganos na contagem da idade. E chega a ser uma grandeĀ coincidĆŖncia que justamente o Antonio da Isidora eĀ capitĆ£o Antonio Francisco tenha nascido em 1864, ou seja, 63 anos antes do falecimento do senhor Antonio Jose.
Alem disso, ha ai aĀ coincidĆŖncia de o senhor Antonio ter recebido o JOSE, que era uma marca de nossaĀ famĆlia, alem de assinar o “DA COSTA BARBALHO” ou “BARBALHO DA COSTA” como preferia assinar, queĀ tambĆ©m era sobrenome em nosso ramo daĀ famĆlia.
Pode ser mera coincidencia, porem, um dos filhos do senhor Antonio Jose da Costa Barbalho foi o Francisco Antonio Barbalho. No caso, umaĀ possĆvelĀ inversĆ£o da ordem dos nomes do suposto avo: Antonio Francisco de Carvalho. Algo muitoĀ comum `aquelaĀ Ć©poca.
Aqui ha que salientar-se que mesmo que a data de nascimento, 1754, e a idade ao falecimento, 73 anos, estejam corretas,Ā nĆ£o significa que minhaĀ hipĆ³tese seja falha. Muito pelo contrario.
Isso porque aindaĀ nĆ£oĀ temos aĀ relaĆ§Ć£o de nomes dos supostos filhos do MANOEL VAZ BARBALHO e JOSEPHA PIMENTA DE SOUZA. Temos que foram pais da ISIDORA e do cirurgiĆ£o-mor POLICARPO JOSEPH BARBALHO.
MasĀ nĆ£o sabemos se houveram e quais teriam sido osĀ possĆveis outros. Os quais o professor Dermeval supunha que existiram.
E, em sendo o caso,Ā terĆamos ai quem foi para o Rio Grande do Sul, quem voltou para o Nordeste e a Isidora pode ter sido a representante de quem ficou em Minas Gerais.
Se acasoĀ aĀ tradiĆ§Ć£o considerava apenas os homens, temosĀ tambĆ©m essaĀ opĆ§Ć£o. Trata-se do JOSE VAZ BARBALHO, o pentavĆ“ de minhaĀ geraĆ§Ć£o. EnquantoĀ nĆ£o sei quem foram os pais dele,Ā nĆ£o posso descartar a possibilidade de ter sido filho do MANOEL e JOSEPHA.
Alem dessaĀ opĆ§Ć£o, ele poderia ser o: “N 6 – JOSE, nascido em 1769″. Seria um pouco apertado, porem, por volta dos 19 anos, em 1789, este poderia estar casado. E por volta de 1789 poderia ter sido pai do nosso ancestral Policarpo Jose Barbalho.
NĆ£oĀ tenho a data de nascimento desse ancestral. Mas tenho a do casamento que se deu em 1808, portanto, deveria estar com pelo menos 18 anos de idade. Mesmo depois dessaĀ Ć©poca ainda era comum casar-seĀ tĆ£oĀ jovem.
E existe umaĀ tradiĆ§Ć£o deĀ famĆlia dizendo que ele havia ingressado noĀ seminĆ”rio, mas desistira ao apaixonar-se pela ISIDORA FRANCISCA DEĀ MAGALHĆES, e casou-se antes de ordenar-se.
Somente depois que teve os filhos, ficou viuvo e criou aĀ famĆlia, inclusive tendo visto antes seu filhoĀ Emigdio deĀ MagalhĆ£es Barbalho ser ordenado padre em 1845, foi que retornou aoĀ seminĆ”rio e buscou aĀ ordenaĆ§Ć£o, indo falecer, nĆ£o sabemos a data, idoso e pastoreando o rebanho do antigo Inficcionado (atual Distrito de Santa RitaĀ DurĆ£o, Mariana, MG), local em que nascera.
De todo esse capitulo nasce ai aĀ hipĆ³teseĀ de que o ramo Barbalho daĀ regiĆ£o de Goianinha, RN,Ā poderĆ” fazer parte da imensaĀ descendĆŖncia do governador LUIZ BARBALHO BEZERRA e sua esposa MARIA FURTADO DEĀ MENDONĆA. Tudo ainda a ser confirmado.
Acredito que agora falta-nos mesmo, referindo-me ao ramo BARBALHO e COELHO do Centro Nordeste de Minas Gerais, decifrar aquele pequenoĀ espaƧo de tempo, entre 1720 e 1790 de nossa genealogia para constatar todas essas suspeitas.
Como venho repetindo em meus escritos anteriores, acredito que as respostas estejam nos arquivos forenses na cidade do Serro e/ou nosĀ eclesiĆ”sticos da Arquidiocese de Diamantina, ambas em Minas Gerais.
Os dados dessa imensaĀ regiĆ£o de Minas GeraisĀ nĆ£o tem sido devidamente publicados e, parece-me, somente um mergulho nos arquivosĀ desfarĆ£o toda e qualquer duvida. Os meus estudos tem revelado que la temos respostas.
NĆ£o sabemos quais nem quandoĀ virĆ£o. Mas gostaria de poder pagar essa visita `a terra que passaram nossos ancestrais, porque Ć© aĀ Ćŗnica formaĀ possĆvel de deixarmos para as futurasĀ geraƧƵes uma Historia deĀ FamĆlia, o mais completaĀ possĆvel, para assim despertar o interesse delas por nosso passado.
Um passado que,Ā nĆ£o muito distante, nosĀ tambĆ©m seremos parte dele.
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011.Ā PRIMEIROS MORADORES DE GUANHAES, VIRGINOPOLIS E PECANHA …
INDICE:
O1. INTRODUCAO
02. OS “HOMENS BONS” DE PECANHA
03. OS DE GUANHAES
04. COMENTARIOS A RESPEITO DO PATROCINIO DE GUANHAES
05.Ā A) FREGUESIA E DISTRICTO DO PATROCINIO
06.Ā B) FREGUESIA E DISTRICTO DE S. SEBASTIAO DOS CORRENTES (a)
07.Ā C) DISTRICTO DE N. S. MĆ£E DOS HOMENS DO TURVO
08.Ā D) FREGUESIA E DISTRICTO DE N. S. DA PENHA DO RIO VERMELHO
09.Ā NOSSA ANCESTRAL GENOVEVA NUNES FERREIRA
10. PRESENCA DE JOAO DA CUNHA MENEZES
11. BIOGRAFIA DE DONA DAMIANA DA CUNHA
12. BIOGRAFIA COMPLETAĀ DE LUIZ BARBALHO BEZERRA
13. COMENTARIOS ENVOLVENDO A FAMILIA DA CUNHA MENEZES
14. COMO SABER SE OS DA CUNHA DESCENDEM DO LUIZ?
15. RELAĆĆES DE COMPADRIO NO BRASIL DO SECULO XVIII
16.Ā VOLTANDO `AS ANALISES
01. INTRODUCAO
Resolvi passar uma revista no ALMANAK ADMINISTRATIVO, CIVIL E INDUSTRIAL DA PROVINCIA DE MINAS GERAIS.
A ideia surgiu porque estava revendo as fontes mencionadas pelo professor Nelson Coelho de Senna. Ele havia dito queĀ no de 1870 tinha uma menĆ§Ć£o, ao capitĆ£o Jose Coelho da Rocha:
“Ja em 1821, um deles, elevado a CapitĆ£o de milĆcias da Comarca-do-Serro-Frio, o referido Jose Coelho da Rocha, era considerado o principal fundador e dos primeiros povoadores da referida povoaĆ§Ć£o de SĆ£o-Miguel-e-Almas, hoje cidade de Guanhaes, como refere Assis Martins…”
NĆ£o sei como o computador conseguiu mas ele abriu uma pagina que continha a referida publicaĆ§Ć£o. Foi apenas um relance e, tendo que sair, quando retornei nĆ£o mais encontrei a publicaĆ§Ć£o.
Pelo menos pude comprovar que realmente havia a menĆ§Ć£o. Alem dela, outras informaƧƵes a respeito da “Paroquia de Nossa Senhora do PatrocĆnio”, futura Cidade de VirginĆ³polis. Depois eu conto.
Mas, rebuscando a internet novamente, pelo menos encontrei o ALMANAK editado em 1864. Em teoria, devia ser melhor ainda para o que eu queria. Assim, copiei as duas paginas que interessavam.
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02. OS “HOMENS BONS” DE PECANHA
Trata-se das relaƧƵes de “homens bons” que viviam nos domĆnios das antigas Santo Antonio do PeƧanha e SĆ£o Miguel e Almas. Segue o que encontrei:
Pagina 205
“Freguezia e Districto de Santo Antonio do PeƧanha foi creado pelo alvarĆ” de 1822. Dista da sede do termo 22 lĆ©guas, da capital 66 e de seus pontos extremos, ao norte 5, ao sul 6, `a leste 18 e a Oeste 7. Confina com a de S. Miguel e Almas pelo rio Correntes, e com a de Jacury pelo Suassuy. Sua populaĆ§Ć£o chega a 6,816 habitantes; da 368 votantes e 12 eleitores.
Juizes de paz:
1o. Remigio Electo de Souza
2o. Joao Batista Dias
3o. Jeronymo Electo de Souza
4o. Henrique Manoel Carvalho
Sub delegado:
Capitao Joao Batista de QueirĆ³s
Inspector Parochial:
Remigio Electo de Souza
Professor de primeiras letras:
Joaquim Lucas Coelho
Nao sabemos se a matriz esta provida de parocho.
Negociantes de Fazendas Secas:
Antonio Jose de Siqueira
Cyrino Jose Barbalho
Firmino Clementino da Silva
Francisco Bonifacio de Almeida Araujo
Jeronymo Electo de Souza
Jose Soares de QueirĆ³s
Remigio Electo de Souza
Negociantes de genero do pais:
Antonio da Rocha Oliveira
Elias Pereira do Nascimento
Joao Luiz Coelho
Joaquim Bernardes Vieira
Joaquim Affonso Pereira
Mathilde Delfina de Jesus
Vicente Jose do Nascimento
Fazendeiros que cultivĆ£o canna:
Antonio Eufrazio da Silva
Antonio Joaquim dos Santos
Antonio Jose de Siqueira
Antonio da Rocha Freitas
Clemente Xavier de Castro
Conrado Alves Sampaio
Cypriano Goncalves Ferreira
Francisco Antonio da Silva
Francisco Jose de Oliveira
Germano Jose Peixoto
Ildefonso da Rocha Freitas
Joao Batista de QueirĆ³s
Joao Bernardes Vieira
Joao Jose da Silva
Joao Paulo de Oliveira
Joao Vieira Simoes
Joao Pereira do Nascimento
D. Joaquina Angelica de Jesus
Jose Quirino da Silva
Jose de Sene e Silva
Manoel Francisco Pires
Manoel Gomes da Conceicao & Comp.
Manoel Netto da Silva
Manoel Rodrigues Atayde
Manoel Salles Martins
D. Maria Jose viuva de Antonio Pereira Affonso
Martinho da Rocha Freitas
D. Senhorinha Rosa de Jesus
Os herd. de Silverio dos Anjos Freitas
Thomas Antonio de Aquino
Valeriano Manso da Costa
Sapateiros:
Abel Marianno
Joao Jose d’Assuncao
Joao Jose de Oliveira
Manoel Ferreira
Ferreiros:
Eufrazio de Campos
Felicissimo Pinto
Felisberto Antonio de Aquino
Joaquim de Campos Martins
Modesto Borges”
Observe-se que Santo Antonio do PeƧanha compreendia o territĆ³rio que hoje-em-dia esta subdivido em diversos outros municĆpios, inclusive Governador Valadares.
Muitos dos mencionados acima viviam nesses outros locais. Pelo livro do professor Dermeval Jose Pimenta a gente pode identificar ai diversos moradores de fazendas emĀ SĆ£o Joao Evangelista, a comeƧar pelos que assinaram “da Rocha Freitas”.
D. Senhorinha Rosa de Jesus, entĆ£o, ja devia ser a viuva do senhor Jose Carvalho da Fonseca. Eles residiram numa fazenda com terras banhadas pelo RibeirĆ£o das Araras, prĆ³ximas `a atual SĆ£o Pedro do Suacui.
Foi filha de nossos pentavĆ³s: Antonio Borges Monteiro Junior e Maria Magdalena de Santana.
Tenho duvidas quanto ao ultimo mencionado, Modesto Borges, nĆ£o ser membro da famĆlia de Antonio Borges Monteiro, nosso sextavĆ“.
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03. OS DE GUANHAES
“DISTRICTO DE S. MIGUEL E ALMAS {pags. 207-8}
Foi creado pela resoluĆ§Ć£o de 14 de julho de 1832. Tem um distrito denominado – Patrocinio – criado pelo art. 2o. da lei n. 1:143 de 24 de setembro de 1862.
Juizes de Paz:
1o. Francisco Nunes Coelho
2o. Francisco de Souza Ferreira
3o. Jose Pereira da Silva
4o. Antonio Rodrigues Coelho
Subdelegado:
Francisco Nunes Coelho
Inspector Parochial:
Rev. Jose Julio de Oliveira (Ć© vigario)
Professor de primeiras letras:
Joaquim Francisco de Aguiar
Vaccinador:
Joaquim Domingues Da Silva
Negociantes de Seccos:
D. Alexandrina Sevelly de Alkmim
Antonio Carlos da Conceicao
Antonio Francisco Vieira
Bento Goncalves Pimenta
Custodio Jose Moreira
Firmianno Ribeiro de Carvalho
Francisco Jose Moreira
Francisco Nunes Coelho
Joao Luiz de Souza
Joao da Silva Netto
Joaquim Guardianno Teixeira
Jose Coelho da Rocha Ribeiro
Jose Pereira da Silva
Jose Rodrigues de Souza e Silva
Pio Ferreira da Silva
Ditos de Molhados:
Campos & Pinto
Firmianno Ribeiro de Carvalho
Francisco Jose Moreira
Joao Luiz de Souza
Ditos de Generos do Pais:
Antonio Gomes de Brito
Antonio Jose de Queiroz
Bernardino Manoel Ribeiro
Clementino Goncalves da Silva
Custodio Jose Moreira
Francisco Jose Alves
Francisco Luiz da Rocha
Francisco Pinheiro de Araujo
Jeronymo Correa da Silva
Jeronymo Goncalves Lima
Jeronymo da Rocha Leme
Joao Angelo
Joao da Cunha Menezes
Joao Nepomuceno de Aguiar
Joao da Rocha Ramos
Joaquim Antonio Pereira
Joaquim Jose Da Silva
Jose Goncalves Guimaraes
Jose Justinianno de Aguiar
Jose da Silva Ribeiro
Jose Vaz Barbalho
Jose Vieira Braga
Jose Vieira de Souza
Luiz Antonio de Araujo
Manoel Augusto dos Passos
Martinianno Ignacio Ribeiro
Martinianno Vieira de Souza
Miguel Fernandes Maciel
Pedro Teixeira da Costa
Romao da Silva Chagas
Theodoro Rodrigues da Silva
Pharmaceuticos:
Modesto Alves Barbosa
Fazendeiros que cultivĆ£o canna:
Accacio Jose da Silva
Amancio da Silva Guimaraes
D. Anna Pinto de Jesus
Antonio Coelho Linhares
Antonio de Figueiredo
Antonio Rodrigues Coelho
D. Genoveva Nunes Ferreira
Joao Rodrigues Lemos
Joaquim Ferreira Pinto
Joaquim Jose de Figueiredo
Jose Coelho da Rocha
Jose Francisco de Azevedo
Jose Lopes Nunes
Jeronymo Maciel
Severianno Pereira Candido
Sapateiros:
Francisco Fernandes Maciel
Joaquim Roque
Jose Vicente dos Santos
Alfaiates:
Luiz Estrangeiro
Placido Jose de Souza
Seleiro:
Joao da Cunha Menezes
Carpinteiros:
Manoel de Moura Justo
Manoel de Souza e Silva
Rancheiro:
Firmianno Ribeiro de Carvalho
Districto de Patrocinio:
NĆ£o obtivemos noticia alguma deste districto.”
Observe-se ai que temos a presenƧa de nomes semelhantes, porem, de pessoas diferentes. Isso poderia provocar confusĆ£o em pessoas nĆ£o familiarizadas com a genealogia local.
O negociante de secos, Jose Coelho da Rocha Ribeiro, foi tambĆ©m conhecido pelo apelido de ten. Jose Quirino. Foi assim chamado por ter sido criado por um irmĆ£o mais velho, cujo nome era Quirino Antonio Teixeira Coelho.
Esse Jose Coelho foi o marido de dona Emilia Brasilina Coelho da Rocha. Eles foram os avos maternos do professor Nelson Coelho de Senna, o qual descreve essa passagem em sua genealogia.
Ainda menciona que os avos eram primos, procedentes da Fazenda Axupe, donde nosso nĆŗcleo familiar Coelho viveu na segunda metade do sĆ©culo XVIII.
Entre os plantadores de “canna” em Guanhaes, encontra o Jose Coelho da Rocha. Esse segundo foi um dos filhos do fundador Jose Coelho da Rocha, que era casado com Luiza Maria do Espirito Santo.
Esse outro foi nosso tio-trisavĆ“ 5 vezes,Ā por ter sido irmĆ£o de Joao Batista Coelho (1), Eugenia Maria da Cruz (2) e Antonio Rodrigues Coelho (2), alem de ter sido tio-sextavĆ“ uma vez, via Joao Batista Coelho e Joao Jr. Esses dois aparecem em VirginĆ³polis.
Eugenia foi a matriarca dos Barbalho, com o capitĆ£o Francisco MarƧal Barbalho.
Embora sem os devidos dados do PatrocĆnio de Guanhaes, acredito que nessa relaĆ§Ć£o de SĆ£o Miguel e Almas constam nomes de moradores da Paroquia.
Isso por causa dos relacionados Antonio Figueiredo, Joaquim Jose Figueiredo e os Pereira da Silva constarem como moradores na relaĆ§Ć£o de 1872, em VirginĆ³polis.
Pio Ferreira da Silva foi pai de Joao (Janjan) e Emidio Ferreira da Silva que foram maridos de filhas de Antonio Rodrigues Coelho.
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04. COMENTARIOS A RESPEITO DO PATROCINIO DE GUANHAES
Fica ai a razĆ£o pela qual nĆ£o quis falar nada a respeito anteriormente. Eu queria tirar uma duvida porque 1864, data desse Almanak, foi justamente 6 anos apĆ³s `a fundaĆ§Ć£o da Paroquia de Nossa Senhora do PatrocĆnio de Guanhaes, a atual VirginĆ³polis.
No livro de 1870, 12 anos depois da fundaĆ§Ć£o, constam os nomes de apenas dois fundadores. E o primeiro nĆ£o Ć© o do senhor Felix Gomes de Brito como sempre se pregou nas escolas locais.
O nome poderĆ” ser o da mesma pessoa.Ā Consta que o fundador se chamava Felicio Gomes (da Silva)Ā nĆ£o tenho certeza desseĀ outro sobrenome.
Mas pode ter havido algo semelhante ao que aconteceu em SĆ£o Joao Evangelista. Nesta os primeiros colonos portugueses a fixarĀ residĆŖncia foi aĀ famĆlia do senhor Nicolau de Oliveira e a seguir os familiares doĀ capitĆ£o Ildefonso da Rocha Freitas.
E foi esseĀ capitĆ£o que destinou terras para aĀ fundaĆ§Ć£o do arraial. Porem, ele “faleceu em fins deĀ 1873” e o inicio daĀ fundaĆ§Ć£o se deu em 1875. Assim os filhos dele aparecem como fundadores, eleĀ nĆ£o.
Sabe-se que o senhor Felix Gomes de Brito obteve junto `a IgrejaĀ CatĆ³lica aĀ autorizaĆ§Ć£o para aĀ fundaĆ§Ć£o da paroquia que veio a transformar-se na Paroquia de Nossa Senhora doĀ PatrocĆnio.
Naquele tempo, Estado e Igreja funcionavam como entidades do mesmo governo. Para fundar-se algum local era preciso ter aĀ autorizaĆ§Ć£o eĀ conivĆŖncia de ambos. Geralmente, devido `a religiosidade do povo, o inicio se dava por vias religiosas.
AĀ autorizaĆ§Ć£o data de antes de 1839. Mas aĀ fundaĆ§Ć£o oficial somente acontece em 1958, porque ai se registra a paroquia. Nesse caso, pode ser que o senhor Felix ja houvesse falecido.Ā EntĆ£o, o nome do fundador, nessa data, pode ser o senhor Felicio Gomes da Silva mesmo.
No livro “Historia deĀ VirginĆ³polis”, da dona Maria Filomena de Andrade (D. Negra), consta que o senhor Felix fora casado com dona Maria de SĆ£o Jose da Silva.
Nem ela nem nos encontramos fontes que tornassemĀ possĆvel pelo menos calcular as idades dessas pessoas, porem, a julgar pelo fato de possuirem aquelaĀ autorizaĆ§Ć£o para fundar uma paroquia, ja deveriam ter chegado `a maturidade em 1839, o que tornava estatisticamenteĀ difĆcil ter vivido em ou alem de 1858.
Portanto, muitoĀ provavelmente, mesmo sendo fundadores da paroquia, os filhos podem ter sido fundadores do arraialĀ eĀ nĆ£o eles. Nesse caso, o senhor Felicio deve ter sido filho deles. O que contradiz o livro da dona Maria Filomena, pois,Ā nĆ£o o menciona como filho. Cita outros.
Alias, ela cita Candido e Rita do Felix como filhos. O que deve ter acontecido deĀ tambĆ©m o serem. Porem,Ā nĆ£o cita os sobrenomes dos personagens, o que nos daria isso comoĀ evidencia.
Pelos nomes dos patriarcas, que ela deixou escrito, era esperado que os filhos do senhor Felix e dona Maria assinassem mesmo Gomes da Silva.
Mais abaixo, eu postei os dados do Almanak de 1872 (para valer em 1873), no qual consta, naĀ relaĆ§Ć£o de fazendeiros, um senhor Tadeu Gomes da Silva. Talvez seja outro da irmandade.
Outros nomes de filhos mencionados por dona Filomena constam o sobrenome Primo. O que penso na possibilidade de terem sido netos do senhor Felix eĀ nĆ£o filhos.
A minha duvida se da emĀ funĆ§Ć£o de a autora do Historia deĀ VirginĆ³polis ter recorrido mais `aĀ memĆ³ria que `aĀ documentaĆ§Ć£o. E nos pudemos comprovar algumas falhas deĀ memĆ³ria dela.Ā ConfusƵesĀ normais quando trata de outrasĀ famĆlias.
NĆ£oĀ temos a data de nascimento dela. ElaĀ nĆ£o recorreu a esse recurso, mas relacionou os filhos da segundaĀ famĆlia do professor Francisco Dias de Andrade na qual ela consta como a segunda dos nascimentos.
O primeiro foi o senhor Ari Dias de Andrade, que por acaso temos o nascimento por ter se casado naĀ famĆlia Coelho, tendo nascido ele em 11.05.1906. O que implica que o segundo nascimento se deuĀ apĆ³s essa data.
Dona Filomena publicou o livro dela em 1979, mais ou menos, recorrendo a umaĀ memĆ³ria queĀ comeƧou a funcionar, com enganos, por volta de 1912, quando deve ter completado 5 anos de idade.
Disso se pode deduzir que muito dificilmenteĀ terĆ” conhecido filhos do casal Felix e dona Maria da Silva.Ā PossĆvelĀ serĆ” que essesĀ terĆ£o nascido ao final doĀ sĆ©culo XVIII ou, noĀ mĆ”ximo, no abrir doĀ sĆ©culo XIX.
Mas somenteĀ apĆ³s umaĀ investigaĆ§Ć£o mais detalhada em documentos poderemos esclarecer essas duvidas. Por enquanto fica aĀ sugestĆ£o de que ha que se investigar primeiro.
Penso aqui na ata deĀ instalaĆ§Ć£o do Arraial doĀ PatrocĆnioĀ que, por ter sido criado legalmente em 1862, devera ter sido efetivado, pela ata, nos anos logo seguintes.
Esse seria o documento ideal a ser encontrado, pois, constaria os nomes daqueles que correram atras da papelada, chamados esses de fundadores, masĀ tambĆ©m de pessoas que se reuniam em torno da paroquia.
Acredito que para fundar-se um Arraial naquele tempo seria preciso ter pelo menos uns 30 a 50 residentes. Isso, dentre os que tinham renda suficiente para ter direito a voto e vez.
Ser residente apenas nao era suficiente, pois, havia-se que responsabilizar-se pelaĀ construĆ§Ć£o da igreja e outrasĀ dependĆŖncias de governo, o que naquele tempoĀ nĆ£o saia dos cofresĀ pĆŗblicos, aĀ nĆ£o ser em casos de interesse.
Alem disso precisava-se manter asĀ dependĆŖncias e osĀ funcionĆ”rios. Os padres recebiamĀ salĆ”rio do estado. OsĀ cartĆ³rios eram mantidos pelosĀ escrivĆ£es que precisavam do trabalho para ter renda e cobrir seus custos. Enfim tudo era diferente da atualidade.Ā
Nos dados acima, porem, louva-se aĀ presenƧa do senhor Antonio Gomes de Brito que devera ser membro daĀ famĆlia. Tendo esse sido comerciante deĀ gĆŖneros do pais em Guanhaes, ate 1863 pelo menos, eĀ poderĆ” ter sidoĀ irmĆ£o ou parenteĀ prĆ³ximoĀ do primeiro morador deĀ VirginĆ³polis.
Util saber disso, pois, caso os descendentes do senhor Felix resolverem buscar dadosĀ genealĆ³gicos, e houver dificuldade de encontra-los via o ancestral,Ā poderĆ£o buscar os do senhor Antonio, queĀ deverĆ£o ser os mesmos a partir dos pais.
A assinatura “de Brito” Ć© umaĀ Ć³tima pista de onde procedia aĀ famĆliaĀ em Portugal. Embora,Ā nĆ£o se possa afirmar que esse seja o caso. Muitas vezes os portugueses adotavam o sobrenome do local de onde procediamĀ apĆ³s chegar ao Brasil.
Mas, o que tudo indica eh que, mesmo que isso ocorreu nesse caso particular, os “de Brito” realmente descendiam dos alcunhados pelo sobrenome. Isso porque o sobrenome eh muito antigo e o local de origem muito pequeno. Visitando a Historia da Freguesia (atual Vila) de Brito:
http://www.freguesias.pt/freguesia.php?cod=030807
Como o Almanak de 1864 nĆ£o nos trouxe os dados do “PatrocĆnio de Guanhaes”, busquei o que esta disponĆvel na internet, o de 1872 para valer em 1873, para pelo menos ter uma ideia de quem eram os moradores locais, apenas 14 anos apĆ³s `a fundaĆ§Ć£o do Arraial.
Ha que se fazer essaĀ observaĆ§Ć£o. As relaƧƵes nos Almanaques nĆ£o sĆ£o as de moradores totais obviamente. Somente constavam pessoas que as profissƵes lhes davam status e influencia.
Por tras desses vinham os agregados, escravos, familiares que nĆ£o tinham posses etc. Por certo haviam tambĆ©m indĆgenas que eram incorporados `as sesmarias e fazendas que eram livres, porem, destituĆdos do direito de terem sido os verdadeiros donos das terras.
E, claro, nĆ£o podemos nosĀ esquecer que aquele foi o tempo do completo domĆnio dos homens. As mulheres eram aves raras que, quando apareciam, eram mais comum ser associadas aos maridos falecidos. Ou seja, mesmo mortos eram considerados mais importantes que elas. Mas houveram raras exceƧƵes!
Aproveitei para adicionar tambĆ©m os moradores de SĆ£o SebastiĆ£o dos Correntes, atual Sabinopolis, do Distrito de Nossa Senhora MĆ£e dos Homens do Turvo, atual Materlandia e Distrito de Nossa Senhora da Penha do Rio Vermelho, atual Rio Vermelho. Segue entĆ£o:
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05.Ā A) FREGUESIA E DISTRICTO DO PATROCINIO
“Juizes de Paz:
1o. Joao Baptista Coelho
2o. Ā Ā ” Ā Ā Ā Ā Ā ” Ā Ā Ā Ā Ā Ā ” Ā Ā Ā Junior
3o. Jose Joaquim de Figueiredo
4o. Joaquim Jose Da Silva Pereira
Subdelegado:
Joao Baptista Coelho
Suplentes:
1o. Firmiano Ferreira Campos
2o. Pedro Goncalves Chaves
3o. vago
Parocho:
Reverendo Bento Felis. Ferreira
Fazendeiros:
D. Anna Bernarda de Oliveira
Alexandre da Silva Pereira
Antonio Joaquim da Silva Figueiredo
Firmiano Ferreira Coelho
Joao Bernardes de Castro
Joao dos Santos Figueiredo
Joao Baptista Coelho
Joaquim Nunes Coelho
Joaquim da Silva Pereira
Jose Joaquim de Carvalho
” Ā Ā Ā Ā Ā ” Ā Ā Ā Ā de Figueiredo
Manoel Goncalves do Carmo
” Ā Ā Ā da Silva Pereira
Pedro da Costa Chaves
Tadeu Gomes da Silva
Negociantes:
Joao Martins Roriz.
Engenho de Canna
Antonio Joaquim de Figueiredo
D. Anna viuva de Joaquim Ferreira Pinto
Candido Ribeiro Freire
Joaquim Nunes Coelho”
O ten. Joaquim Nunes Coelho Ć© considerado um dos fundadores de VirginĆ³polis. Nos ja contĆ”vamos com um parentesco com ele por ter sido irmĆ£o de Clemente Nunes Coelho. Eles foram filhos de Eusebio Nunes Coelho e d. Anna Pinto de Jesus, ela aparece nos quadros em Guanhaes.
Joaquim foi casado com Francisca Eufrasia de Assis Coelho, que tambĆ©m fazia parte da irmandade, filhos de Jose Coelho da Rocha e Luiza Maria do Espirito Santo. Portanto, foram nossos tios-trisavĆ³s.
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06.Ā B) FREGUESIA E DISTRICTO DE S. SEBASTIAO DOS CORRENTES (a)
“Sua denominaĆ§Ć£o vem dos trĆŖs ribeirƵes que o atravessam, os quais se denominam: Correntinho, Corrente do Meio e Corrente Canoa. Os dois primeiros desembocam no Jequitinhonha e o ultimo no rio Doce.
Alem destes ribeirƵes passa em seu territĆ³rio, `a distancia de trĆŖs lĆ©guas do povoado, o rio Guanhaes. Dista do Serro 7 lĆ©guas, do Pessanha 12, do Rio Vermelho 9, do porto de Guanhaes 5, de S. Miguel e Almas 3 1/2, da Senhora MĆ£e dos Homens do Turvo, que Ć© filial, 5, e confrontam suas divisas com todos estes lugares.
De uma estatĆstica feita com zelo, ao que nos informa o Sr. Eduardo Alves Barroso 1o. Juiz de Paz do distrito a populaĆ§Ć£o em 1866 foi assim computada:
Homens livres ………….. 1470
Mulheres Ā ” Ā Ā ………….. 1545
Homens escravos …….. Ā 525
Mulheres Ā Ā Ā ” Ā Ā Ā …….. Ā Ā 353
Total Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā Ā ………….. 3.893
Os quais todos empregam-se de preferencia na cultura.
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(a) Devemos estas noticias ao Sr. Eduardo Alves Barroso
As transaƧƵes comerciais se fazem para a Diamantina.
As molestias que mais graƧam sĆ£o as opilaƧƵes e hydropesias.
Juizes de Paz:
1o. Eduardo Alves Barroso
2o. Joao Pereira do Amaral
3o. Miguel Pereira do Amaral Junior
4o. Jose Vaz Barbalho
Subdelegado:
Eduardo Alves Barroso
Suplentes:
1o. Joao Pereira do Amaral
2o. Maximino Ribeiro de Miranda
3o. Daniel Pereira do Amaral
Parocho:
Marcelino Rodrigues Ferreira
Delegado de InstruĆ§Ć£o:
o mesmo parocho
Professor:
vago.
Negociantes:
Augusto Rodrigues de Miranda
Jose da Rocha Pinto e Souza
CapitĆ£o Joaquim Barroso Alves
Joaquim Quirino da Silveira
Raymundo Jose Alves
Serrarias:
Anselmo da Costa Guimaraes
Maximino Ribeiro de Miranda
Severianno Vaz MourĆ£o
Engenhos de Canna:
Antonio Joaquim de Oliveira
Elias da Costa Coelho
Daniel Pereira do Amaral
Herdeiros de Jacintho Carlos de Miranda
Joaquim Barroso Alves
” Ā Ā Ā Ā Dias de Sa
Joao Pereira do Amaral
Jose Candido de Castro Lessa
Ludugero de Oliveira Costa
Manoel Antonio de Oliveira
Maximino Ribeiro de Miranda
Miguel Antonio dos Santos Junior
Reginaldo Ferreira Rabello
Simao Vaz MourĆ£o
VenĆ¢ncio Justinianno de Gouvea
Cafelista:
CapitĆ£o Antonio Jose de QueirĆ³s
Fabrica de Ferro:
Zeferino Monteiro de Carvalho”
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07.Ā C) DISTRICTO DE N. S. MĆ£E DOS HOMENS DO TURVO
Juizes de Paz:
1o. Antonio Candido de Araujo Abreu
2o. Miguel Pereira do Amaral
3o. Antonio Taveira de Queiroga
4o. Sabino Barroso Alves
Subdelegado:
Antonio Candido d’Araujo Abreu
Suplentes:
1o. Sabino Alves Barroso
2o. Miguel Pereira do Amaral
3o. Antonio Taveira de Queiroga
Delegado de instrucao:
Sabino Alves Barroso
Professor:
Jose Joaquim Gomes Da Cruz
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08.Ā D) FREGUESIA E DISTRICTO DE N. S. DA PENHA DO RIO VERMELHO
Juizes de Paz:
1o. Joao Henrique Pereira
2o. Bernardino dos Santos Carvalhaes
3o. Antonio dos Santos Carvalhaes
4o. Honorio Fernandes de Mendonca
Subdelegado:
Joao Henrique Pereira
Suplentes:
1o. Tenente-coronel Bernardino dos Santos Carvalhaes
2o. Bernardino Pereira Affonso
3o. Celestino Monteiro de Carvalho
Parocho:
Revd. Antonio Alves dos Reis
Delegado de instruĆ§Ć£o:
o mesmo parocho
Professores:
Bento do Espirito Santo Aguiar
(interino)
sexo feminino, vago.”
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09. NOSSA ANCESTRAL GENOVEVA NUNES FERREIRA
Retornando aos dados de Guanhaes, nĆ£o se pode deixar de notar a presenƧa da fazendeira D. Genoveva Nunes Ferreira. Obviamente esse sobrenome Nunes Ferreira nĆ£o era incomum na regiĆ£o. O que o torna interessante Ć© mesmo o prefixo Genoveva.
Isso porque, por coincidencia ou nĆ£o, trata-se do mesmo nome de nossa pentavĆ³ no ramo “de MagalhĆ£es Barbalho.
Outra coincidĆŖncia torna-se a nossa ancestral ter sido fazendeira no municĆpio de Itabira, ate pelo menos aos idos de 1827, quando a filha falecida, Isidora Francisca de MagalhĆ£es, foi inventariada pelo marido, Policarpo Jose Barbalho, os quais sĆ£o nossos tetravĆ³s.
Sabemos que no final dos anos 1820 houve uma corrida do ouro para o recĆ©m formado Arraial de SĆ£o Miguel e Almas, que durou ate aos anos 1840. E que as famĆlias eram de mineradores. Possivelmente, migraram para Itabira quando para laĀ houve uma corrida do ouro ao final do sĆ©culo XVIII.
Eh razoĆ”vel pensar que a pessoa presente em Guanhaes seja mesmo nossa ancestral. Embora, o limite de idade para que isso tenha acontecido esteja na tampa da beirada! VovĆ³ Geno estaria comĀ um pouco mais ou menosĀ de 90 anos de idade, no mĆnimo.
Isso porque a filha Isidora houvera se casado em 1808. Supondo que a mĆ£e a tenha gerado aos 16 anos de idade e ela se casado aos 15, teremos que a data de nascimento da primeira retorna `a volta de 1777. Algo fantĆ”stico, porem, nĆ£o de todo impossĆvel.
Levando-se em conta que muita gente da famĆlia, especialmente as mulheres pequeninas da famĆlia Barbalho, costumavam atingir a essas idades avanƧadas, mesmo naqueles tempos de mĆ©dia tĆ£o inferiores, pode-se pensar que exista algum inventario dessa nossa parente nos cartĆ³rios de Guanhaes ou museu no Serro.
Esse devera tanto informar melhor a respeito da descendĆŖncia dela, como a possĆvel maternidade de outra filha, Michaela Nunes Ferreira, acontecido em 1812, em Itabira, registrada nos livros do RibeirĆ£o de Santo Antonio de Santa Barbara, e consta no site Familysearch.
A menos que essa Genoveva mĆ£e da Michaela seja uma outra filha da nossa ancestral Genoveva e que ainda nĆ£o temos a noticia que nasceu. Nesse caso, poderĆ” muito bem ter nascido em torno de 1790 e ter se mudado para Guanhaes onde estaria por volta dos 70 anos de vida. Isso seria mais fĆ”cil ter acontecido.
Policarpo e Isidora Francisca batizaram uma filha com o nome de Genoveva em 28.01.1812. Mas essa nĆ£o consta no inventario da mĆ£e. Presume-se que tenha falecido crianƧa. Se nĆ£o, poderia ter sido ela.
Essa nossa ancestral Geno foi independente. No casamento dos tetravĆ³s Policarpo e Isidora consta que Isidora fora “filha natural”. Nos inventĆ”rios desta fica diversas vezes mencionadas atravĆ©s dos dizeres: “fazenda de dona Genoveva Nunes Ferreira, mĆ£e da falecida”.
Ou seja, nĆ£o era nem casada nem viuva de ninguĆ©m pois, se o fosse, ela seria a viuva do falecido.
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10. PRESENCA DE JOAO DA CUNHA MENEZES
NĆ£o vou mencionar, a respeito de Guanhaes, a presenƧa das diversas outras pessoas identificĆ”veis como parte e agregadas `a nossa genealogia. Praticamente todo mundo se enquadra.
Mas ha uma pessoa que torna-se necessƔrio tratar que Ʃ o senhor Joao da Cunha Menezes. Aparece como comerciante e celeiro. Ha mais tempo observei a presenƧa do nome dele em anos posteriores ao de 1864. Por isso tive duvidas.
Com o surgimento do nome deste em 1864 como homem ja feito, as duvidas se dissiparam. NĆ£o pode mesmo ser o mesmo senhor Joao da Cunha Menezes que veio a ser um dos patriarcas de famĆlia em VirginĆ³polis.
Isso porque o senhor Joao da Cunha de la foi pai do Joao Sergio (Serginho) em 1931. Para ser o mesmo, teria que te-lo feito aos 100 ou mais anos de idade. Infelizmente nĆ£o tenho as datas vitais do senhor Joao, em VirginĆ³polis, quando faleceu e com qual idade. Mas se ele tivesse atingido a tal idade seria comentĆ”rio obrigatĆ³rio.
O certo Ć© que ha a tradiĆ§Ć£o de que os “da Cunha Menezes” de VirginĆ³polis descendem do D. Luiz da Cunha Pacheco e Menezes, aquele que foi governador das provĆncias de GoiĆ”s primeiro e depois da de Minas Gerais.
E esse Joao da Cunha Menezes presente em Guanhaes, ja estabelecido pelo menos a partir de 1863, poderĆ” ter nascido no nascer do sĆ©culo XIX, ou seja, ali por volta de 1805. Com extensĆ£o ate 1920.
Isso nĆ£o da a ele a oportunidade de, por exemplo, ter sido filho do “FanfarrĆ£o Minesio”, apelido dado ao governador Luiz no “Cartas Chilenas”. NĆ£o consta que o fanfarrĆ£o tenha sido casado. Consta que nĆ£o era flor que se cheirasse!
O “FanfarrĆ£o Minesio” faleceu em 1819, porem, ha muito ja em Portugal. Portanto, ha a possibilidade do senhor Joao de Guanhaes ter sido neto dele. E penso que tenho em mĆ£os uma pista que pode ajudar a esclarecer isso.
Encontrei um livro superĀ interessante. Trata-se do “ANNO BIOGRAPHICO BRAZILEIRO.” NĆ£o se assombrem nĆ£o. A ortografia esta correta. Isso porque as regras em vigor remontam ao ano de 1876.
O autor era o Joaquim Manoel de Macedo. E a “editora” “Typographia e Lithographia do Imperial Instituto Artistico”. Entao, tratava-se de obra oficial de governo durante do imperio de D. Pedro II.
Vou copiar duas biografias ali encontradas. Elas saĆram do primeiro volume. Este contem uma centena de biografias de personalidades conhecidas e nĆ£o conhecidas ate por quem gosta de Historia de um modo geral.
Depois comento mais. Segue, entĆ£o:
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11. BIOGRAFIA DE DONA DAMIANA DA CUNHA
(a partir daĀ pag. 55)
“Os sertanejos paulistas descobridores do vasto territorio que veio a formar a provincia de Goyaz, (resolvi manter a grafia de alguns nomes, o resto traduzi) tinham visto uns depois de outros passar um sĆ©culo sem que com toda sua bravura abater e conter a tribo selvagem dos cayapos dominadora dos sertƵes de Camapuan.
IntrĆ©pidos e vingativos os cayapos ousavam chegar em suas correrias ate o norte da capitania de SĆ£o Paulo, batiam-se impĆ”vidos com as bandeiras paulistas (companhias ou bandos de sertanejos) e roubavam as caravanas.
Luiz da Cunha Menezes governador e capitĆ£o general da capitania de Goyaz de 1778 ate 1783 resolveu empregar meios dĆ³ceis, conciliatĆ³rios e humanos para chamar `a civilizaĆ§Ć£o aquela tribo enĆ©rgica e guerreira e em 1780 fez
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partir um simples mas inteligente soldado de nome Luiz a frente de cincoenta goyases e tres indios em procura amigƔvel dos cayapos.
Depois de alguns meses chegou de volta a Villa Boa (depois cidade de Goyaz) o soldado Luiz com os seus aventureiros, trazendo cerca de quarenta cayapos com o maioral da tribo, anciĆ£o ainda forte e de imponente aspecto. Entre as mulheres vinha a filha do maioral conduzindo pela mĆ£o a um menino, e `as costas em uma como rede de cipo bonita menina de poucos meses nascida.
A menina, neta do maioral recebeu no batismo o nome de Damiana, e o governador que foi seu padrinho, deu-lhe o seu apelido, da Cunha.
Os cayapos, cujo numero avultou por novos descimentos foram estabelecidos nas aldeias Maria, e de S. Jose.
Na aldeia de S. Jose cresceu, e casou-se com um brasileiro D. Damiana da Cunha, de quem Auguste de Saint-Hilaire que foi visita-la, quando ali esteve, fala com elogio e interesse. Era mulher bonita, amĆ”vel, de espirito atilado, falando bem o portuguĆŖs, e, o que mais importa, gozando a maior consideraĆ§Ć£o entre os cayapos.
Mas a harmonia e a paz nĆ£o duraram muito tempo: aqueles selvagens voltaram de novo `a guerra ainda mais terrĆvel; porque nĆ£o eram poucos os que desertando das aldeias depois de ter aprendido a manejar armas de fogo levaram esse poderoso recurso aos seus irmĆ£os dos desertos.
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EntĆ£o no meio da maior fĆŗria da guerra, quando os cayapos atacavam bandeiras, incendiavam habitaƧƵes, destruĆam plantaƧƵes, matavam e roubavam, e em consequĆŖncia sofriam tambĆ©m perseguiƧƵes igualmente cruel, acabando muitos em vingativas e horrĆveis matanƧas, D. Damiana da Cunha comeƧou a ilustrar sua vida ja por virtudes louvadas, realizando, ela pobre e debil senhora, o que tinham feito Nobrega e Anchieta.
HeroĆna do amor fraternal, anjo de caridade, apostolo da fe, suave e potente elemento de civilizaĆ§Ć£o, D. Damiana da Cunha, toma o grande e glorioso empenho de ir aos sertƵes chamar os cayapos `a vida social, `a religiĆ£o santa, e ao dever do trabalho.
Essa admirƔvel e benemƩrita senhora quatro vezes maravilhou os goianos pelos seus triunfos, que lhe custavam longas e penosas marchas, vida exposta `as feras e a mil outros perigos, e meses de trabalhosa perseveranƧa, que lhe esgotavam as forƧas.
Ela nĆ£o levava soldados, nem guerreadores: levava no coraĆ§Ć£o o amor, na alma a fe, e pendente sobre o peito a cruz do redentor.
Em 1808 depois de ter se internado ao sul nos sertƵes do Araguaya entrou D. Damiana na aldeia de SĆ£o Jose, trazendo mais de 70 cayapos de ambos os sexos que receberam as aguas batismais.
Pouco antes de 1820 preparava-se ela para segunda entrada, quando recebeu a honrosa visita do sĆ”bio Saint-Hilaire que deixou entrever duvidas sobre o resultado da empresa: D. Damiana respondeu: “os cayapos me rĆ©s-
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peitam muito para deixar de atender-me.” E o ĆŖxito do segundo empenho igualou ao do primeiro.
Em 1824 a nobre senhora-apostolo internou-se nos sertƵes de Camapuan, e apĆ³s sete meses de fadigas e de santa pregaĆ§Ć£o conduziu `a pia batismal, e ao seio da civilizaĆ§Ć£o cento e dois cayapos de um e outro sexo.
Era muito: estava cansada, abatida e gasta de tanto subir montanhas, descer a extensos vales, arrostar perigos e morte, e provar mil privaƧƵes nos desertos.
Mas no fim de 1829 os cayapos em avultado numero apresentaram-se ameaƧadores, espalhando em sua marcha destruiĆ§Ć£o e morte.
O presidente de Goyaz, desde 1822, provincia do Imperio do Brasil, apelou para D. Damiana da Cunha.
O anjo serenou a tormenta: os cayapos abrandaram-se `a sua voz, e a heroĆna abnegada, esquecendo as profundas alteraƧƵes de sua saĆŗde, recebeu instruƧƵes do presidente da provincia, e saiu em companhia de seu marido Manoel Pereira da Cruz, e de um Ćndio eĀ de uma Ćndia, Jose e Maria, que a acompanhavam sempre, a procurar conseguir a paz, a amizade, e a conquista civilizadora da indomĆ”vel tribo de seus irmĆ£os.
A 24 de maio de 1830 pela quarta e ultima vez abismou-se nos sertƵes, e no fim de oito meses entrou de volta em sua aldeia a 12 de janeiro de 1831.
Alquebrada e doente so com o heroico esforƧo resistira a 8 meses de tormentoso labor: em tais condiƧƵes pouco fizera: o sƩquito de cayapos conquistados por sua influencia
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era menos numeroso; Damiana porem completara o sacrifĆcio de sua vida.
Os indios aldeados saĆram a recebe-la com danƧas e festivas demonstraƧƵes; o presidente da provincia acudira a espera-la com todas as autoridades do lugar.
Honras vansĀ do mundo! D. Damiana da Cunha entrou na aldeia apoiada nos braƧos dos Ćndios seus irmĆ£os; trazia nos olhos quase sem luz, e na face de palidez marmĆ³rea o selo da morte.
O dia 12 de janeiro de 1831 foi o anunciador da agonia da santa.
O dia 12 de janeiro de 1831 Ć© a branca e gloria mortalha de D. Damiana da Cunha.
Poucos dias depois ela morreu.
Hoje ninguƩm sabe, onde Ʃ o lugar da sepultura dessa missionaria angƩlica.
Tenha D. Damiana da Cunha este simples epitafio na historia: Mulher-Apostolo.”
Gostei muito a partir da introduĆ§Ć£o. `A Ć©poca “os sertanejos paulistas” cantavam mais alto que os de GoiĆ”s!!! Atualmente haveria apenas que traduzir a palavra por sertanistas para corresponder ao verdadeiro significado que o autor deu.
A segunda biografia retirada da mesma literatura nos conta a vida de Luiz Barbalho. Posto-a aqui por ser o melhor resumo das peripĆ©cias do herĆ³i brasileiro e que pƵe uma ordem cronolĆ³gica aos feitos dele de melhor maneira que todos os que ja vi antes. Segue entĆ£o:
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12. BIOGRAFIA COMPLETAĀ DE LUIZ BARBALHO BEZERRA
“467
15 DE ABRIL
LUIZ BARBALHO BEZERRA
Filho legitimo de Antonio Barbalho Felpa de Barbuda e Camilla Barbalho, Luiz Barbalho Bezerra nasceu em Pernambuco em um dos Ćŗltimos anos {1584} do sĆ©culo decimo sexto.
Adotou a carreira das armas e havia quatorze anos que militava na pĆ”tria, quando em 1630 os holandeses invadiram Pernambuco, eĀ tomaram a cidade de Olinda e o Recife.
ComeƧou a guerra holandesa, e Luiz Barbalho levando seus dois filhos Agostinho e Guilherme, criados e escravos seus apresentou-se ao general Matias de Albuquerque na fortaleza do Arraial do Bom-Jesus de improviso construĆdo, e desde logo principiou a distinguir-se.
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Fora preciso enumerar algumas dezenas de combates, de ataques e tomadas de redutos, de repulsa de assaltos do inimigo, e de assombrosas proezas para referir os feitos herĆ³icos de Luiz Barbalho desde 1630 ate 1635.
Neste ultimo ano Matias de Albuquerque foi obrigado a apressar sua retirada para as Alagoas, e Luiz Barbalho e o sargento-mor Pedro Correa da Gama que comandavam na fortaleza de Nazareth, onde resistiram ao mais vigoroso e apertado cerco por quatro meses, capitularam a dois de julho com as maiores honras da guerra; mas em tal estado que ao sairem da praƧa alguns soldados caĆram mortos por efeito da fome que a dias a guarniĆ§Ć£o sofria.
Luiz Barbalho, sua mulher e filhos ficaram prisioneiros, sendo ele logo depois mandado para a Holanda, d’onde conseguiu passar para a Espanha, e voltar para o Brasil, chegando `a Bahia a 16 de agosto de 1637, vindo nomeado mestre-de-campo de um terƧo que se levantara em Lisboa apenas com 250 soldados.
O cuidado da familia preocupava muito Luiz Barbalho e `a empenho seu o general Bagnuolo escreveu ao prĆncipe Mauricio de Nassau, pedindo que restituĆsse `aquele esposo e pai sua esposa e dez filhos conservados prisioneiros no Recife. O ilustre e generoso chefe holandĆŖs prontamente pĆ“s termo ao cativeiro de dois anos dos objetos do amor do bravo Luiz Barbalho e apressou-se em manda-los para a Bahia.
Mas em 1638 Mauricio de Nassau vem com forƧas numerosas tentar a conquista da cidade de S. Salvador; Bagnuolo traz em socorro desta o pequeno exercito que se retirara de Pernambuco e que estava acampado na Torre de Garcia d’Avila.
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Luiz Barbalho sufoca o sentimento de gratidĆ£o pessoal e entre os defensores da cidade capital da Bahia e do estado do Brasil distingue-se como herĆ³i, e rechaƧados os holandeses, recebe no ano seguinte prĆŖmio conferido pelo rei, e deixa seu nome perpetuado em importante forte que construira.
Em 1639 chegara `a Bahia com poderosa armada o conde da Torre, e quase no fim do ano, pondo em execuĆ§Ć£o vasto plano de campanha, deu a vela com numero excedente a 80 navios, levando forƧas de desembarque e os principais chefes brasileiros, entre os quais Luiz Barbalho.
Todo o plano do conde da Torre falhou; as tempestades o contrariaram, e a esquadra holandesa em combates e batalhas navais deixaram muito duvidosa a sua capacidade militar.
Depois dessas cruĆ©is contrariedades o conde da Torre pĆ“s em terra na povoaĆ§Ć£o de Touros, quatorze lĆ©guas ao norte do Rio-Grande Luiz Barbalho com a gente do seu comando, e fez-se ao mar.
Era quase um sacrificio barbaro.
Luiz Barbalho assim abandonado com algumas centenas de valentes a quem o conde da Torre dera apenas raĆ§Ć£o para dois dias, ou tinha de entregar-se prisioneiro com os seus camaradas, ou atravessar o Rio-Grande, a ParaĆba e Pernambuco, trĆŖs capitanias sob o domĆnio holandĆŖs, e ainda Sergipe sem pontos de apoio e completamente exposto `as forƧas inimigas.
Luiz Barbalho nĆ£o hesitou; preferiu a retirada quase impossĆvel a render-se ao holandĆŖs.
Ele comandava cerca de mil soldados e alguns bravos
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capitĆ£es; falou-lhes com energia, e deu principio a retirada, saindo de um verdadeiro deserto; avanƧando para o sul, procurou de propĆ³sito as povoaƧƵes; naquelas que nĆ£o tinha guarniƧƵes holandesas acolhimento e socorros alimentĆcios, nas outras ocupadas pelo inimigo entrou `a forƧa, tomou o necessĆ”rio e incendiou o que nĆ£o podia levar. Depois de mil trabalhos e dificuldades chegou `a Villa de Goyanna, onde os holandeses tinham 530 soldados, Barbalho atacou-os, e em furente peleja os venceu, e mandou passar `a espada os prisioneiros por nĆ£o pode-los levar consigo.
TrĆŖs mil holandeses divididos em trĆŖs colunasĀ saĆram de Recife em perseguiĆ§Ć£o a Barbalho, cuja retirada se tornou ainda mais Ć”spera e tremenda.
O impavido mestre-de-campo viu-se forƧado a marchar, fazendo grandes rodeios, a entranhar-se pelos sertƵes Ć”ridos e desertos, a abrir caminhos atravĆ©s de florestas, a transpor alguns rios engrossados pelas cheias, e outros em todo tempo mais ou menos caudalosos; as vezes urgido pela fome e pelas privaƧƵes despedia partidas ligeiras em busca de alimentos; as vezes aparecendo `a descoberto oportunamente, batia-se, e forcando a recuar a coluna inimiga que de mais perto o perseguia, de novo penetrava nas matas, e iludindo com marchas falsas os holandeses, continuava a sua herĆ³ica retirada.
Por fim Luiz Barbalho chegou `a margem de S. Francisco, e passando alem dele, fez alto da parte do sul, dando descanso e alivio a seus admirĆ”veis soldados e a nĆ£o poucos imigrantes de ambos os sexos que fugindo ao jugo estrangeiro os acompanhavam.
O holandĆŖs nĆ£o ousou persegui-lo alem do S. Francisco, e Luiz Barbalho depois de al-
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uns dias de repouso, prosseguiu em sua retirada, atravessou Sergipe, entrou na Bahia, e foi chegar `a cidade de S. Salvador no fim de quatro meses de marchas calculadas em mais de trezentas lƩguas, tendo combatido muitas vezes sempre com vantagem.
Foi este o feito talvez mais portentoso de toda a guerra holandesa.
A retirada de Luiz Barbalho mereceu o louvor insuspeito de escritores holandeses; os portugueses a compararam `a dos dez mil, e a ele chamaram o novo Xenofonte.
Pouco depois de chegar `a Bahia Luiz Barbalho Ʃ mandado de S. Salvador a desalojar os holandeses que se tinham fortificado no rio Real; atacou-os, rompeu suas fortificaƧƵes, desbaratou-os e po-los em fuga depois de lhes matar mais de 300 homens.
Luiz Barbalho tinha adquirido gloriosa e fulgente fama.
Rompeu e triunfou a revoluĆ§Ć£o regeneradora de Portugal. O Marquez de MontalvĆ£o, 1o. vice-rei do Brasil, aclamou D. Joao IV; mas porque dois irmĆ£osĀ do marquez tinham fugido para a Espanha, nĆ£o querendo apoiar a causa da pĆ”tria, D. Joao desconfiou do vice-rei, e escrevendo-lhe carta autografa em que anunciava o grande acontecimento que o elevara ao trono, dizia-lhe tambĆ©m que adotasse a regeneraĆ§Ć£o de Portugal, proclamando-o portanto no Brasil; dias depois porem faz seguir de Lisboa para a cidade de S. Salvador o padre jesuĆta Francisco Vilhena, trazendo duas outras cartas, uma ao marquez, exonerando-o do cargo de vice-rei, e a segunda nomeando o bispo D. Pedro da Silva, o mestre-de-campo Luiz Barbalho Bezerra, e o procurador-mor LourenƧo de Brito Correa governadores interinos do Estado do Brasil.
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Estas duas cartas deviam servir para o caso de nĆ£o querer o marquez de MontalvĆ£o proclamar o rei D. Joao IV ou de hesitar em faze-lo.
O padre Vilhena chegando `a Bahia, ja achou proclamado o rei D. Joao IV; mas por leviandade, ou ma fe, conspirou para seduzir os tres governadores interinos nomeados para o caso que alias nĆ£o se dera, e, fazendo entrega das cartas, levou estes a depor o marquez de MontalvĆ£o, e `a prende-lo, mandando-o depois para Portugal.
A influencia e o dolo de Vilhena embaƧaram por alguns meses a gloria de Luiz Barbalho, que em 1642 foi remetido preso para Portugal.
D. Joao IV reconheceu a inocĆŖncia de Luiz Barbalho vitima, nĆ£o de criminosa ambiĆ§Ć£o de poder; mas de confianƧa nas instruƧƵes e nos abusivos impulsos do padre Vilhena; e nĆ£o so lhe perdoou o erro involuntĆ”rio, como o nomeou governador do Rio de Janeiro em 1649. {1643}
No governo desta capitania ostentava ele toda a sua atividade, e administraĆ§Ć£o zelosa e enĆ©rgica, quando faleceu a 15 de abril de 1644.
Seus restos mortais foram sepultados na capela-mor da Igreja da Companhia de Jesus.”
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13. COMENTARIOS ENVOLVENDO A FAMILIA DA CUNHA MENEZES
Aos poucos irei explicando os fatos que os dados transmitem a meu parecer.
Em primeiro lugar, desconfiei muito do inicio da biografia de dona Damiana. Uma que o governador Luiz nĆ£o era muito dado `a Ć©tica e `a politica de boa vizinhanƧa.
As biografias naquela Ć©poca foram redigidas ao estilo romĆ¢ntico. O autor parece estar copiando o romĆ¢ntico Jose de Alencar, autor de “IRACEMA” e “O GUARANI”,Ā entre outros, que, alias, viveu e escreveu entre 1829-1877.
Desconfiei do fato de que dona Damiana aparece com avĆ“, mĆ£e e irmĆ£o mas o pai nĆ£o Ć© anunciado. Outro detalhe curioso torna-se a menĆ§Ć£o `a beleza da menina de meses. Quantos?
Nada anormal em relaĆ§Ć£o a isso. Mas crianƧas saudĆ”veis sĆ£o sempre bonitas, seja la qual for a origem. Acontece que quando o numero de crianƧasĀ torna-se maior, o que era esperado em relaĆ§Ć£o a uma populaĆ§Ć£o considerĆ”vel, a beleza vira comum e nĆ£o chama a atenĆ§Ć£o.
O que chamaria a atenĆ§Ć£o mesmo seria o nascimento de uma crianƧa hĆbrida. Quando ha a hibridizaĆ§Ć£o se da o que comumente se chama de choque sanguĆneo. Ha uma probabilidade maior de os hĆbridos se tornarem mais saudĆ”veis, portanto, parecerem mais bonitos.
Associado a isso, para confirmar podem ate mesmo procurar o livro na internet e buscarem a biografia de Joao Ramalho. Ele foi o primeiro morador europeu na regiĆ£o de SĆ£o Paulo. Acredita-se que foi naufrago.
Foi encontrado por Martim Afonso de Sousa e ajudou a esse primeiro governador geral do Brasil a fundar a primeira cidade do pais, SĆ£o Vicente, em 1532. Alem disso foi o fundador de Santo Andre, com grande participaĆ§Ć£o prĆ³pria e de suas diversas mulheres.
Entre os indigenas nĆ£o havia preconceito quanto `a poligamia. NĆ£o era uma pratica totalitĆ”ria, mas era muito bem aceita. Principalmente entre os chamados maiorais.
E um estrangeiro que fosse aceito numa tribo, talvez em funĆ§Ć£o da facilitaĆ§Ć£o da comunicaĆ§Ć£o e obtenĆ§Ć£o de vantagens para a tribo junto aos outrosĀ estrangeiros, era tambĆ©m preferido pelos maiorais, que lhes traziam como presente as filhas para que o “enlace matrimonial” Ā gerasse um parentesco. Era uma forma de garantir a manutenĆ§Ć£o da paz e prosperidade.
Os portugueses que se prestaram a ser vĆnculos com as tribos inclusive davam a desculpa de que eram os Ćndios que queriam que eles tivessem mais de uma “esposa”, contrariando os mandamentos da Igreja na Europa. E foi algo que escandalizou a Anchieta e Nobrega!
Mas esses fizeram o casamento de Joao Ramalho com pelo menos uma de suas concubinas, a Bartira, filha do cacique TibiriƧƔ, que depois recebeu o nome de batismo de Isabel Dias,Ā e nos brasileiros descemos quase todos do personagem e suas mulheres.
Enfim, por esses fatos, fica mais fĆ”cil crer que o Luiz soldado, nĆ£o era outro senĆ£o o prĆ³prio D. Luiz da Cunha Menezes. E o inicio da versĆ£o da biografia de dona Damiana pode ser uma “conversa pra boi dormir”.
Observe-se que a publicaĆ§Ć£o foi feita mais para o final do sĆ©culo XIX. As praticas sexuais ate ao sĆ©culo XVIII eram completamente diferentes no Brasil. Tudo era muito difĆcil, casamento era sĆmbolo de status e as pessoas nĆ£o esperavam o surgimento de um sacerdote que podia nunca vir.
A moeda corrente era oĀ concubinato. E isso nĆ£o era visto como algum defeito. Embora, quando dos registros, fizessem questĆ£o de escrever “legitimo” aos que fossem casados e registrados. Aos outros cabia um debochado “natural”.
As coisas mudaram a partir do reino da rainha Victoria, na Inglaterra. Houve a partir do reino dela um incentivo `a ortodoxia. O nobre passou a ser a completa cobertura do corpo. A obediĆŖncia cega aos dogmas. E a hipocrisia de que, o que acontecia “longe dos olhos ficava longe do coraĆ§Ć£o”.
Muito provavelmente sera que logo depois do governador Luiz ter se apresentado ao posto em GoiĆ”s o problema a se resolver fosse fazer a paz com a tribo. EntĆ£o, era de se esperar que o maioral oferecesse a filha dele ao “maioral branco” que era solteiro.
E o “maioral branco” nĆ£o poderia fazer uma desfeita ao imponente cacique. E “para o bem do povo e felicidade geral da naĆ§Ć£o”, ele tambĆ©m “ficou”! Mais tarde, ao saber da gravidez via algum “pombo-correio”, resolveu penetrar o desconhecido e resgatar seu sangue.
Nesse caso, nĆ£o duvido da possibilidade de queĀ dona Damiana da Cunha tenha na realidade sido filha do governador. E se o foi, poderĆ” ter sido mĆ£e do primeiro Joao da Cunha Menezes, que residiu em Guanhaes.
E ha a possibilidade tambĆ©m de este JoaoĀ ter sido o pai do senhor Jose da Cunha Menezes, que foi o pai do senhor Joao da Cunha Menezes, o que deixou descendĆŖncia extensa em VirginĆ³polis.
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14. COMO SABER SE OS DA CUNHA DESCENDEM DO LUIZ?
O bom aqui serĆ” que pode-se tirar uma prova relativamente fĆ”cil da hipĆ³tese. Uma via seria verificar se algum descente fez exame de DNA para conhecer a procedĆŖncia de ancestrais. Se nĆ£o tem, o exame pode ser feito.
Pronto o exame, por essa via temos duas possibilidades. Se dona Damiana foi 100% indĆgena, a quantidade de sangue serĆ” o dobro nos atuais descendentes caso ela tenha sido apenas 50% indĆgena.
Mas assim fica estabelecido que o primeiro Joao teria 50 ou 25% de sangue. O sr. Jose teria entre 12.5 e 25%. O segundo Joao entre 6.25 e 12.5%. Temos filhos do sr. Joao ainda vivos. EntĆ£o, esses deverĆ£o ter a metade disso. Os netos 1/4.
Mas os netos, por descenderem de indigenas por outras vias, deverĆ£o ter pouca coisa a mais. O que deveriam ter por essa via somados a pelo menos 1 ou 2%. Se isso acontecer, a hipĆ³tese estarĆ” praticamente confirmada.
A segunda via a verificar-se seria buscar nos livros de CartĆ³rio de 1o. Oficio em Guanhaes. Ali encontrar-se-ao os registros de eleitores da vila. Esses registros continham pelo menos os nomes dos pais dos eleitores e a idade com que contavam.
Nesse caso, o nome do pai doĀ primeiro Joao da Cunha devera ser Manoel Pereira da Cruz, o marido de dona Damiana. NĆ£o constava os nomes das mĆ£es. Elas eram consideradasĀ secundarias. Mas o fatoĀ Ć© queĀ nĆ£o ha como negar que a mĆ£e seria ela mesmo.
O restante seria apenas localizar o nome da esposa do primeiro Joao Menezes para levar a genealogia completa ate ao D. Luiz. Dai para trƔs, melhor dizendo, para as raizes, deve estar tudo decifrado em Portugal, e nos atuais sites de genealogias portuguesas.
Obviamente tudo isso nĆ£o passa de hipĆ³tese.
Quanto aos “da Cunha Menezes” de VirginĆ³polis, pelo menos os descendentes dos casais: Joao da Cunha – Eva Nunes Coelho/Emidia Nunes Coelho e Maria da Cunha Menezes – Durval Nunes Coelho, sĆ£o tambĆ©m descendentes do governador Luiz Barbalho Bezerra.
Os outros filhos do senhor Jose da Cunha Menezes e dona Maria Tereza Severino podem ou nĆ£o ter descendĆŖncia conjunta com o governador. Ao que se sabe ate agora Ć© que os do ramo dos Barbalho sĆ£o. Donas Eva, Emidia e o Durval descendiam da tia-bisavĆ³ Emigdia de MagalhĆ£es Barbalho.
Mas boa parte das outras famĆlias tambĆ©m o sĆ£o porque tem ancestrais descendentes dele. Mesmo que ha muito nĆ£o assinem o sobrenome.
Quanto ao sobrenome do primeiro Joao poder ter sido “da Cunha Menezes” e nĆ£o “Pereira da Cruz”, como se esperaria atualmente. Ha que se lembrar que naquele tempo nĆ£o havia empecilho algum de os descendentes escolherem para si sobrenomes de ancestrais mais proeminentes.
Por saber descender do governador, o primeiro Joao poderia ter adotado o “da Cunha Menezes”, que viria pelo lado materno, sem constrangimento algum. Essa ideia de preferencia pelo lado paterno somente surgiu posterior `aquela Ć©poca.
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15. RELAĆĆES DE COMPADRIO NO BRASIL DO SECULO XVIII
Quanto `a questĆ£o dos batizados, eh preciso tambĆ©m informar-se em relaĆ§Ć£o `as praticas da Ć©poca. O compadrio com as pessoas que ocupavam altos cargos era imensamente buscado pelas pessoas, pois, isso significava abrir uma janela para as oportunidades.
Naquele tempo tudo girava em torno de privilĆ©gios. Sem um QI (quem indica)Ā forte, ninguĆ©m conseguia nada na vida, a nĆ£o ser aqueles que ja estavam por cima. A meritocracia funcionava de acordo com o volume das “burras”.
Por isso, eh bom dar uma olhadinha na tese abaixo. Ela descreve o compadrio em Minas Gerais. Sendo que os exemplos de padrinhos sĆ£o os governadores. E um deles foi o governador da Cunha Menezes. Alias, foi o que mais aceitou afilhados.
Mas observe-se que a situaĆ§Ć£o em GoiĆ”s era diferente da de Minas Gerais. Os apadrinhamentos aceitos pelo governador Luiz parece que faziam parte de uma estratĆ©gia usada por ele para fortalecer uma elite que se tornasse adversaria daquela que dominava anteriormente.
Lembremo-nos que ele estava no governo `a Ć©poca em que havia muita revolta do povo da elite, inclusive a InconfidĆŖncia Mineira estava sendo gestada. A tĆ”tica de dividir para enfraquecerĀ eh estratĆ©gia maisĀ antiga que ele. Foi por causa dela que os inconfidentes foram vencidos. A tese Ć© essa:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-01882006000200012
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012. A FAMILIA DE MANUEL RODRIGUES COELHO EM RESUMO.
INDICE:
01. O TRONCO
02. BUSCANDO INDICIOS DO MANUEL RODRIGUES COELHO
03. MANOEL RODRIGUES COELHO EM JARDINS DE ANGICOS-RN
04. CONTATO COM O AUTOR JOAO EVANGELISTA ROMAO
05. MANUEL RODRIGUES COELHO DA FARMACIA
06. UMA NOVIDADE A RESPEITO DO MANUEL RODRIGUES COELHO
07. MANOEL RODRIGUES COELHO NO FINAL DO SECULO XVIII
08. INFORMACOES VINDAS DO PROFESSOR NELSON
09. “PROJETO COMPARTILHAR”: PEDRO XAVIER E LUIZA BICUDA
10. MANOEL RODRIGUES COIMBRA E MARIA JOSE FERNANDES
11. ANTONIO MUNIZ BARBOSA E CLARA MARIA DE JESUS
12. SEQUENCIA DA HISTORIA DE FAMILIA
13. MAIS EVIDENCIAS NOS MAPAS
14. UM POUCO MAIS DE MANOEL RODRIGUES COELHO
15. BENTO RODRIGUES COELHO EM MINAS GERAIS
16. LOURENCO COELHO DE MAGALHAES
17. MANOEL COELHO RODRIGUES
012. A FAMILIA DE MANUEL RODRIGUES COELHO EM RESUMO.
01. O TRONCO
De acordo com os genealogistas mais antigos na famĆlia, o ramo Coelho formou-se a partir de pessoas presentes ao inĆcio do Ciclo do Ouro em Minas Gerais. E deles temos que o tronco que encontraram era formado por:
01. Maria Rodrigues de MagalhĆ£es Barbalho c.c. Giuseppe Nicatisi da Rocha, e foram pais de:
02. Eugenia Rodrigues da Rocha c.c. Alferes-de-Milicias Jose Coelho de MagalhĆ£es, e foram pais de:
03. CapitĆ£o Jose Coelho da Rocha c.c. Luiza Maria do Espirito Santo.
01. A sugestĆ£o do primeiro casal aparece em ediĆ§Ć£o mais recente do livro “A Mata do Pecanha, sua Historia e sua Gente” do professor Dermeval Jose Pimenta.
NĆ£o pude ir alem, porem, encontrei no site Familysearch que mostra o registro de:
“Maria, batizada a 26.Jul.1750. Filha de EstevĆ£o Rodrigues de MagalhĆ£es e Anna Maria da ConceiĆ§Ć£o.”
Caso Anna Maria tenha sido oriunda da FamĆlia Barbalho podemos ter ai a sequencia exata para o sobrenome da batizanda Maria. Ela pode ter adotado o nome e ter-se tornado nossa ancestral.
O registro procede da cidade de Ouro Branco. Ha tambĆ©m o registro de Manoel, a 25 Feb 1752. Alem do casamento de Rosa Maria da ConceiĆ§Ć£o, em Itatiaia-RJ, a 02Ā Sep 1795.
02. O Alferes-de-Milicias Jose Coelho de MagalhĆ£es foi dito ser portuguĆŖs, que havia chegado ao Brasil acompanhando a seu pai, o tambĆ©m portuguĆŖs,Ā Manuel Rodrigues Coelho.
A informaĆ§Ć£o procede do professor Nelson Coelho de Senna. Mas, ao modo do professor Dermeval, nĆ£o nos fornece documentaĆ§Ć£o que confirme tais afirmaƧƵes. Acredito que o professor Senna baseou-se em tradiƧƵes de famĆlia.
03. Luiza Maria do Espirito Santo foi filha de Antonio Jose Moniz e Manuela do Espirito Santo. Foi dito que ela nasceu em ConceiĆ§Ć£o do Mato Dentro, onde se casou e teve os primeiros filhos.
Mais tarde a familia mudou-se da Fazenda Lapinha, ainda em territĆ³rio da Cidade de ConceiĆ§Ć£o, para onde haviam fundado o Arraial de SĆ£o Miguel e Almas, que se tornou o atual MunicĆpio de Guanhaes-MG.
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02. BUSCANDO INDICIOS DO MANUEL RODRIGUES COELHO
Aproveitando que estava revisando as literaturas para encontrar algo a respeito de nossos ancestrais Barbosa, resolvi estender um pouco a busca por esse nosso mencionado ancestral, Manuel Rodrigues Coelho.
Mencionado primeiramente pelo tambĆ©m, suposto, descendente dele, professor Nelson Coelho de Senna, em 1939, em sua obra: “Algumas Notas GenealĆ³gicas”.
Segundo o professor de Senna, seria o mesmoĀ senhor que recebeu uma sesmaria do governador da ProvĆncia de Minas Gerais, o general Gomes Freire de Andrade, em dezembro de 1744.
Mas eu nĆ£o havia ate agora encontradoĀ menƧƵes aĀ esse elusivo Manuel senĆ£o num processo em Ouro Preto por disputa de direitos econĆ“micos, na mencionada sesmaria e no site do IBGE a respeito da Cidade de Congonhas do Campo:
https://cidades.ibge.gov.br/painel/historico.php?codmun=311800
Nesse ultimo menciona-se que: “ContribuĆramĀ com grandes quantias Francisco de Lima; Manuel Rodrigues Coelho, Bernardo Pires da Silva, de modo que seĀ comeƧou ….”
Ja no site da prefeitura de Congonhas ha umaĀ menĆ§Ć£o que atravessa aĀ informaĆ§Ć£o do IBGE. Veja-se noĀ endereƧo:
http://mg.gov.br/conteudo/conheca-minas/turismo/igreja-do-senhor-bom-jesus-de-matosinhos
Ai se fala no quarto parƔgrafo a respeito do SantuƔrio do Bom Jesus de Matozinhos:
“O interior traz decoraĆ§Ć£o rica e graciosa do perĆodo rococĆ³ da arte mineira. Entre 1765 e 1769, o entalhador Jeronimo Felix Teixeira fez os retĆ”bulos do cruzeiro, concluĆdos em 1772 por Manuel Rodrigues Coelho. A pintura e douramento sĆ£o de autoria dos pintores Joao Carvalhais (altar de Santo Antonio) e Bernardo Pires da Silva (altar de SĆ£o Francisco de Paula). O retĆ”bulo-mor foi entalhado por Joao Antunes de Carvalho, simultaneamente `a execuĆ§Ć£o do respectivo altar, entre os anos de 1769 e 1775.”
Ou seja, pode ser que tenhamos ai um parente artista e nĆ£o milionĆ”rio. O que ate pode estar ai a verdade, pois, o Manuel deve ter sido ajudante do Jeronimo Felix Teixeira, o que pode indicar que esse tenha sido sogro daquele, o que explicaria os sobrenomes Coelho Teixeira ter se formado tambĆ©m dessa associaĆ§Ć£o.
Observe-se que alem da presenƧa de nossa famĆlia nos primĆ³rdios da fundaĆ§Ć£o de Guanhaes estavam presentes tambĆ©m os Carvalho, Carvalhais e Teixeira. Talvez seja apenas uma coincidĆŖncia, devido `a grande frequĆŖncias desses sobrenomes em descendentes portugueses.
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03. MANOEL RODRIGUES COELHO EM JARDIM DE ANGICOS-RN
Outro Manoel Rodrigues Coelho aparece como povoador no Rio Grande do Norte. O livro, possĆvel ler em parteĀ no Google Livros: “Alem dos Jardins: Historia e Genealogia de Jardim de Angicos/RN” de autoria de Joao Evangelista RomĆ£o, traz:
“Referem-se os primeiros registros encontradosĀ nos livros de sesmarias,Ā no pĆ³s-guerra, que em 1709, Manoel Rodrigues Coelho possuĆa trĆŖs lĆ©guas de terras no Taipu pelo rio Ceara-Mirim acima. No ano seguinte, seu irmĆ£o Francisco Rodrigues Coelho e Mauricio Brochado Ribeiro requeriam a data de No. 85, concedida a 10 de fevereiro de 1710.”
Se nĆ£o pela presteza da informaĆ§Ć£o para a nossa genealogia, pelo menos fica registrado que o nome Mano(u)el Rodrigues Coelho tornou-se comum `a Ć©poca.
Aqui tambĆ©m se verifica a presenƧa do sobrenome Ribeiro, que pode dar-nos uma evidĆŖncia, pois, assinantes do sobrenome Coelho Ribeiro sĆ£o chamados de nossos parentes pelo professor Nelson Coelho de Senna.
Ele narra em seu livro: “5o. Dona EMILIA BRASILINA COELHO DA ROCHA (minha avo materna, casada com o tenente JOSE COELHO DA ROCHA RIBEIRO, seo primo, ficando o casal desses meus avos maternos os nove filhos mais adiante enumerados); …”
NĆ£o creio que aquele Manoel tenha sido nosso ancestral porque ha uma menĆ§Ć£o a ele ter solicitado cargos em 1749, no RN. O nosso possĆvel ancestral ganhou sesmaria em Minas Gerais, em dezembro de 1744.
Mas nĆ£o se pode descartar a possibilidade de o primeiro ter sido pai de algum que tivesse ido para Minas Gerais no auge do Ciclo do Ouro.
Observe-se que a Guerra dos Emboabas deu-se entre 1707 e 1709. EntĆ£o, foi nomeado para apaziguar os Ć¢nimos o governador Antonio de Albuquerque Coelho de Carvalho.
Esse era filho do nobre Antonio de Albuquerque de Carvalho e Ines Maria Coelho. Nasceu no MaranhĆ£o, sendo que o pai era portuguĆŖs.Havia sido governador do GrĆ£o-Para e do MaranhĆ£o.
E, pelo sobrenome Coelho, nĆ£o se pode descartar a possibilidade de ter sido aparentado do Manoel Rodrigues Coelho, `a sua Ć©poca povoando Jardim de Angicos-RN, o que facilitaria convidar parentes para ajuda-lo na tarefa de pacificar Minas Gerais.
Infelizmente, o que o Google Livros expƵe do livro vai ate `a pagina 109, quando ainda nĆ£o entra na parte genealĆ³gica. Assim nĆ£o pude conferir mais detalhes que poderiam esclarecer nossa genealogia, caso haja vinculo entre nos e os de Jardins de Angicos.
Havemos de nos lembrar que Bento Rodrigues Coelho filho de Amaro Rodrigues Coelho estava em Minas Gerais por volta daqueles inĆcios de povoaĆ§Ć£o europeia do Estado.
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04. CONTATO COM O AUTOR JOAO EVANGELISTA ROMAO
Fiz contato com o autor do livro acima mencionado. Pronta e gentilmente respondeu-me. Copio parte de sua resposta:
“Com relaĆ§Ć£o a Manoel Rodrigues Coelho, nĆ£o tenho sua nacionalidade. O que tenho, resumo:
Nas duas primeiras dĆ©cadas de 1700, Manuel Rodrigues Coelho e seu irmĆ£o Francisco Rodrigues Coelho requereram e obtiveram trĆŖs sesmarias em nossa regiĆ£o, no Rio Grande do Norte, comeƧando no atual municĆpio Taipu, acompanhando o Rio Ceara-mirim, englobando terras atuais dos PoƧo Branco, Bento Fernandes, Jardim de Angicos e CaiƧara do Rio do Vento.
Em 1724, Manoel Coelho vende parte de suas terras a Jose Pinheiro Teixeira e foi embora para a Capitania do CearƔ. O restante das terras ficaram com seus descendentes entrelaƧados principalmente aos Pinheiro Teixeira.
Casado com Izabel de Barros, entre seus filhos aparece Ana, batizada em 21 de outubro de 1691, Francisco Rodrigues Coelho batizado em 23 de agosto de 1697, Manoel Rodrigues Coelho batizado em 23 de abril de 1705 e tambĆ©m Maria ConceiĆ§Ć£o de Barros que casou com Francisco Pinheiro Teixeira.”
EntĆ£o, some-se mais esse Manoel Rodrigues Coelho, nascido em 1705, ao nosso rol de possibilidades. Caso ele tenha migrado para Minas Gerais por volta de seus 30 anos de idade, poderia encaixar-se em lugar do capitĆ£o-comandante de Lagoa Dourada, ou do escultor de fama.
NĆ£o se pode exclui-lo de ser o Manuel milionario que o professor Nelson identificou como portuguĆŖs. As outras menƧƵes a esse nĆ£o comentam a respeito de sua naturalidade, exceto aquelas feitas pelo professor Nelson que o da por portuguĆŖs.
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05. MANUEL RODRIGUES COELHO DA FARMACIA
Para colorir um pouco mais a nossa variedade de ManuĆ©is, menciono mais um da raƧa. NĆ£o porque o tenho por certoĀ como possĆvel colonizador em Minas Gerais. Mas porque tambĆ©m ele poderia ter tido algum filho que o tenha feito.
Trata-se do boticario Manuel Rodrigues Coelho. Apesar de ter sido boticĆ”rio da corte, segundo o trabalho abaixo, “visava ter seu trabalho autorizado pelo governo, o que nĆ£o conseguiu.” (`as paginas 13 paraĀ 14).
Tratava-se do trabalho: “Farmacia Tubalense QuĆmica Galenica, Teoria e Pratica.”Ā Esse Manuel era natural de Setubal, dai o nome do livro.
NĆ£o estou encontrando maiores informaƧƵes a respeito da vida dele via internet. O livro foi publicado em Coimbra, em 1735.
Seria uma grande oportunidade perdida se eleĀ nĆ£oĀ tivesse pelo menos feito uma visita ao Brasil, pois, a farmacologia estava em seusĀ inĆcios. AsĀ opƧƵes medicamentosas ainda eram parcas.
E alem da flora variada a ser estudada, haviam ja conhecimentos adquiridos dosĀ indĆgenas que requeriamĀ catalogaĆ§Ć£o eĀ confirmaĆ§Ć£o.
MasĀ Ć©Ā possĆvel que uma tentativa nesseĀ gĆŖneroĀ nĆ£o fosse benvinda em Portugal, queĀ possuĆa um governoĀ altamente preconceituoso, ignorante e monopolista.
Os pesquisadores deĀ paĆses europeus mais desenvolvidos acabaram tirando proveito dessa falha dos portugueses, quando foram convidados a ir ao Brasil a partir da ida da corte portuguesa, em 1808, para la.
A postagem que mencionei acima esta noĀ endereƧo da UniversidadeĀ CĆ¢ndido Mendes:
http://www.avm.edu.br/docpdf/monografias_publicadas/K204126.pdf
Nesse outro estudo abaixo menciona-se muitas vezes o nome do autor da Farmacopeia Tubalense. Porem, por causa do estudo referir-se exatamente a respeito das publicaƧƵes do autor. Ai se afirma que apenas 1 dos minerais usados como fĆ”rmaco `a Ć©poca procedia do Brasil. Portanto, nĆ£o se justifica uma viagem ao pais.
http://www.encontro2014.rj.anpuh.org/resources/anais/28/1400252072_ARQUIVO_ANPUH2014.pdf
Resta, entĆ£o, a possibilidade de algum filho do farmacĆŖutico Manuel Rodrigues Coelho ter tido a premissa de tornar-se um dos colonizadores.
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06. UMA NOVIDADE A RESPEITO DO MANUEL RODRIGUES COELHO
E no “Projeto Resgate” da “Rede MemĆ³ria”, “Arquivo HistĆ³rico Ultramarino”, “Minas Gerais (1680-1832)”, ha essa confirmaĆ§Ć£o, embora nĆ£o tenha podido ler o documento, mas sim a descriĆ§Ć£o:
“Requerimento de Manuel Rodrigues Coelho, solicitando a confirmaĆ§Ć£o de sesmaria de meia lĆ©gua de terra em quadra, na freguesia de Cachoeira, no Termo de Vila Rica. – Anexo: Em anexo: 1 carta; 1 bilhete.”
“Data: A761, julho, 7.”
Tal requerimento deve referir-se a outra sesmaria com mesmas medidasĀ que nĆ£o a do Inficcionado. O professor Nelson de Senna menciona uma datada de 1758. Como aqui parece que a data Ć© do ano de 1761, a confirmaĆ§Ć£o desejada devera ser aĀ dela.
CoincidĆŖncia ou nĆ£o, encontramos a famĆlia Rodrigues Coelho requerendo mais tarde uma concessĆ£o de sesmarias na Freguesia de Itabira, em 21.01.1779, para a FAZENDA CACHOEIRA. Assim a primeira, de 1758, estava no MunicĆpio de Cachoeira do Campo, entĆ£o freguesia de Vila Rica.
O Arquivo Publico Mineiro dispƵe do registro da segunda:
http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/modules/cc/brtacervo.php?cid=8227
Recordo que houve um Antonio Rodrigues Coelho cujos inventƔrios se encontram em Ouro Preto, junto com os do seu filho Jose Antonio Rodrigues Coelho, nos quais se menciona a presenƧa do segundo em Itabira.
Esses detalhes poderĆ£o ajudar-nos em futuros aprofundamentos das pesquisas.
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07. MANOEL RODRIGUES COELHO NO FINAL DO SECULO XVIII
No Arquivo Publico Mineiro existe o catalogo de dois documentos que mencionam o capitĆ£o comandante Manoel Rodrigues Coelho. Importante notar que o local indicado no fichĆ”rio chama-se Lagoa Dourada. Abra-se para ver:
http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/modules/cc/brtacervo.php?cid=10579
A data 10.07.1784, associada ao local, parece indicar ser a mesma pessoa que aparece batizando uma crianƧa: Maria, neta de Pedro Xavier, tambƩm em Lagoa Dourada. Dados mais abaixo.
O segundo documento, importante, tem endereƧo em Prados-MG. Lagoa Dourada era freguesia de Prados. Verifique-se no endereƧo:
http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/modules/cc/brtacervo.php?cid=9993
Importante confirmar-se que esse capitĆ£o comandante Manoel Rodrigues Coelho que nĆ£o parece ser o mesmo rico senhor portuguĆŖs Manuel Rodrigues Coelho e tambĆ©m nĆ£o deve ser o escultor de mesmo nome. EntĆ£o, nossa sorte conta ai com 3 ou mais chances!
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08. INFORMACOES VINDAS DO PROFESSOR NELSON
Mas as novidades mesmo sĆ£o outras. Primeiramente, ha que deixar claro que o professor Nelson nĆ£o nos deu nenhuma informaĆ§Ć£o precisa paraĀ aĀ origem do alegadoĀ ancestral Manuel Rodrigues Coelho.
Na descriĆ§Ć£o do livro dele menciona a Freguesia de Cete, atual Vila, como local de origem do sobrenome Coelho. O que nĆ£o se confere. O sobrenome vem desde os idos de 1180 aproximadamente, com o cavaleiro Soeiro Viegas Coelho, que o passou aos descendentes.
Ja ao final dos anos 1300 e inicio dos 1400 estabelece-se o senhorio dos Coelho, descendentes do Soeiro, em Felgueiras e Vieira. Desde entĆ£o eles passam `as diversas regiƵes de Portugal e alem mar.
Quem quiser conferir um pouco dessa genealogia pode visitar a pagina. FernĆ£o Coelho foi o primeiro senhor de Felgueiras e Vieira.
http://pagfam.geneall.net/1180/pessoas.php?id=1044951
Naturalmente, o sobrenome nĆ£o estava restrito a ele. Deve ter sido apenas o Coelho mais graĆŗdo `a sua Ć©poca. Interessante Ć© que a esposa dele, Catarina de Freitas, foi quem acrescentou mais ascendĆŖncias nas casas reais europeias ao ramo por eles encabeƧado.
Entre os primeiros povoadores das Ilhas dos AƧores ja seĀ encontram os Coelho. O Joao Coelho, por exemplo, recebeu o apelido de “o povoador”.
Possivelmente, iremos descender deste, via os Coelho Linhares e Coelho da Silveira que 300 anos depois da colonizaĆ§Ć£o das ilhas estavam se mudando para o Brasil, especialmente Minas Gerais. Ali os encontramos ja no sĆ©culo XIX, em Itabira/Santa Barbara.
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09. “PROJETO COMPARTILHAR”: PEDRO XAVIER E LUIZA BICUDA
Porem, a Historia aqui Ć© outra. Trata-se do site chamado “Projeto Compartilhar”. Os administradores tem feito um excelente trabalho ao desvendar dados genealĆ³gicos dos primeiros moradores das partes mais ao Sul do Estado de Minas Gerais.
Ali encontrei os primĆ³rdios da descendĆŖncia de Pedro Xavier e Luzia Bicuda de Alvarenga. Ele, dito natural da FranƧa; e ela de TaubatĆ©. Eles tiveram filhas em GuaratinguetĆ”. As 4 filhas do casal casaram-se e tiveram famĆlia em Prados, Sul de Minas.
Um detalhe foi que a filha Izabel Bicuda de Alvarenga, casada com SebastiĆ£o Pereira de Avila, natural do Rio de Janeiro, teve filhos no distrito de Lagoa Dourada, hoje cidade. E ali esta escrito no batizado da filha Maria:
“3.2 Prados – MG – aos 28-10-1748 na capela da Lagoa Dourada filial desta matriz bat. a Maria, f.l. de SebastiĆ£o Pereira Davila e de s/m Izabel Bicuda, fregueses desta dita matriz e foram padrinhos Manoel Rodrigues Coelho, solteiro e Catarina Pereira mulher de Joao da Silva, todos desta dita freguesia.”
Aqui temos algo interessante, o fato do padrinho chamar-se Manoel Rodrigues Coelho e ser solteiro. Mas desde que vi os estudos de Ć©poca no tese de doutorado:
http://www.ufjf.br/ppghistoria/files/2015/08/VERSĆO-FINAL-CRISTIANO-OLIVEIRA-DE-SOUSA.pdf
do professor Cristiano Oliveira de Sousa, constatei que nĆ£o eram raros os homens ricos que viviam solteiros, embora isso nĆ£o os impedisse de manter relaƧƵes estĆ”veis e produzir descendĆŖncia.
Em quadros dessa tese encontram-se menƧƵes ao nome de nosso ancestral Francisco Jose Barbosa FruĆ£o ou TruĆ£o. Ele foi membro da Ordem TerceiraĀ de SĆ£o Francisco de Assis de Vila Rica.
Mais ao final da vida dele deve ter transferido residĆŖncia para Congonhas do Campo onde encontramos sua filha Francisca Angelica da EncarnaĆ§Ć£o casando-se com nosso tambĆ©m ancestral, o aƧoriano Miguel Pereira do Amaral, natural da Ilha de SĆ£o Miguel.
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10. MANOEL RODRIGUES COIMBRA E MARIA JOSE FERNANDES
Mas ate ai nĆ£o se pode afirmar nada. Existe outro tratado genealĆ³gico que chamou-me a atenĆ§Ć£o. Trata-se de Manoel Rodrigues Coimbra e sua esposa Maria Jose Fernandes.
Ele foi natural SĆ£o Martinho da Arvore de Coimbra. Maria Jose era natural de GuaratinguetĆ”. E os primeiros filhos nasceram na terra materna. Tiveram 7 filhos: Maria Jose, Domingos, Antonio, Ana Maria, Felicia, Jose e Joaquim.
Nada anormal. Apenas gostaria de postar aqui os dados de batismo do Jose:
“Prados, MG aos 26-09-1740 na capela de Santo Antonio da Lagoa Dourada bat. a Jose, f.l. de Manoel Rodrigues Coimbra e de s/m Maria Jose desta freguesia, foram padrinhos o Revdo. Padre Antonio de Medeiros, e Maria Pereira, mulher de Manoel Pacheco Barrosas desta freguesia.”
Os detalhes aqui sĆ£o diversos. Os dados prosseguem com descendĆŖncia de apenas 2 filhas, Maria Jose e Ana Maria. Com isso ha o problema de nĆ£o revelar-se outros sobrenomes que andavam pela famĆlia.
Salve-se apenas queĀ o Pereira aparece na filha Maria Jose. Muito possivelmente, ele vem por via paterna da Maria Jose Fernandes. Era comum as mulheres receberem somente os sobrenomes maternos. Nesse caso, a Maria Jose filha, e madrinha de seu irmĆ£o Jose, deve ter adotado o sobrenome do avĆ“ materno.
Um detalhe interessante foi que o casal Ā Manoel Rodrigues Coimbra e Maria Jose Fernandes ja devia ser de meia idade. Isso porque a filha Maria Jose casou-se em 1737 e os irmĆ£os dela Jose e Joaquim eram mais novos que o filho dela, Manoel Pacheco Monteiro, nascido em 1738.
Acredito que o Manoel Rodrigues Coimbra poderia chamar-se na realidade Manuel Rodrigues Coelho.
A explicaĆ§Ć£o para a possibilidade Ć© a de que era muito comum aos portugueses chegados ao Brasil adotarem os nomes de seus torrƵes natais como sobrenome. E muitos usavam mais de um sobrenome, conforme cada caso, ou por engano dos escrivĆ£es que nem sempre eram tĆ£o letrados quanto deveriam.
Se essa hipotese puder ser comprovada verdadeira, poderĆ” ser esse Manuel Rodrigues Coimbra fosseĀ o verdadeiro Manuel Rodrigues Coelho, pai do nosso pentavĆ“ Jose Coelho de MagalhĆ£es, e ai estaria o registro de batismo deste.
Observe-se que o marido da Maria Jose, filha, chamava-se Manoel Pacheco Barrosas, “natural da freguesiaĀ de Santo EstevĆ£o de Barrosas termo de Guimaraes Arc. de Braga.” Como o Coimbra, acredito que o Barrosas foi um acrĆ©scimo para distinĆ§Ć£o.
A possibilidade da mudanƧa do sobrenome conta com a presenƧa do outro Manoel Rodrigues Coelho. Muito provavelmente eles eram aparentados prĆ³ximos e um pode ter sido chamado de Coimbra apenas para distinguir-se do outro. Mas o escrivĆ£o pode nĆ£o ter atentado para esse detalhe.
Isso se daria em razĆ£o da frequĆŖncia de mesmo nome ser elevada naquela Ć©poca. Mesmo mais recente temos o exemplo do senhor Antonio Ferreira Campos, o qual o juiz do Serro acrescentou-lhe Baguari ao nome para distingui-lo dos muitos homĆ“nimos que existiam.
Claro, por que o professor Nelson contou outra Historia? Muito provavelmente, se a hipĆ³tese estiver correta, ele deve ter encontrado algum documento informando apenas o nome do pai do Jose.
Ai fica a situaĆ§Ć£o. Onde estava esse Manuel Rodrigues Coelho? O professor Nelson nĆ£o possuĆa sequer um milĆ©simo da tecnologia que temos hoje. Ele faleceu em 02 de junho de 1952.
Por mais extensa que tenha sido a pesquisa dele, deve ter encontrado somente
menƧƵes ao rico senhor do nome. Era natural que concluĆsse aquele ser nosso ancestral.
E, entĆ£o, ficamos nesse beco que o escolhido nos oferece resposta ao nome do pai, mas nĆ£o encontramos mais documentos, por hora, que nos confirme ou negue a real paternidade.
Pelo menos fica-se sabendo que os sobrenomes Rodrigues e Coelho estavam presentes no mesmo local, Lagoa Dourada.
Falta-nos,Ā entĆ£o, localizar mais detalhes de ancestrais dessas pessoas ou da possĆvel esposa ou companheira do capitĆ£o comandante Manoel Rodrigues Coelho para explicar-se o nome MagalhĆ£es no Jose Coelho de MagalhĆ£es, nosso ancestral.
O certo Ć© que o MagalhĆ£es era e permanece tĆ£o comum entre a descendĆŖncia portuguesa que difĆcil serĆ” buscar 3 ou mais geraƧƵes de nossos ancestrais e nĆ£o encontra-lo na mistura.
No proprio Projeto Compartilhar ha dados de descendĆŖncia de alguĆ©m com o nome Caetano Alves de MagalhĆ£es e AraĆŗjo. Viveu nos arredores de Congonhas do Campo. Ele, entre outros diversos exemplos de assinantes, como Bento Pinto de MagalhĆ£es, que viveram ou deixaram descendĆŖnciaĀ em cidades prĆ³ximas a Prados.
Fiz a menĆ§Ć£o apenas para salientar o fato de o professor Nelson ter deixado escrito que os bisavĆ³s dele: Joao Coelho de MagalhĆ£es e Bebiana LourenƧa de AraĆŗjo eram primos carnais. Talvez algum parente do Caetano tenha nos legado tanto o MagalhĆ£es, quanto passado o AraĆŗjo para o ramo do tio Joao.
Mas o que chamou-me a atenĆ§Ć£o tambĆ©m para levantar a hipĆ³tese de que o Jose, filho do Manoel Rodrigues Coimbra, possa ter sido nosso ancestral esta no fato da data de nascimento ter-se dado em 1740.
Penso essa ser uma data razoĆ”vel. Isso porque segundo noticias do professor Senna ele foi casado duas vezes e faleceu em 1806. Ou seja, 66 anos de idade para a Ć©poca ja era praticamente uma benĆ§Ć£o. A media estava muito abaixo disso.
O nosso ancestral Jose Coelho da Rocha nasceu em 1782 e faleceu em 1844, ou seja, aos 62 anos de idade. Apesar de seu irmĆ£o Joao Coelho de MagalhĆ£es ter vivido bons 94 anos de vida, de 1785 a 1879.
Para ter sido filho do portuguĆŖs Manuel Rodrigues Coelho e tambĆ©m ser portuguĆŖs de origem como o professor Nelson alegou a respeito do Jose Coelho de MagalhĆ£es, ele devera ter nascido antes de 1740. Isso porque em 1744 ja estariam no Brasil como demonstra a data da primeira carta de sesmaria.
O Alferes-de-Milicias Jose Coelho de MagalhĆ£es pode ter nascido ate por volta de 1730 e, nesse caso, falecido com 76 anos de idade.
Portanto, o rol de datas que temos em mĆ£os nĆ£o nos permite eliminar nenhuma possibilidade por enquanto.
Evidencia menor, por causa da alta frequĆŖncia do nome `a Ć©poca, foi haver uma filha do Manoel e Maria Jose Fernandes chamada Ana Maria. O Jose Coelho da Rocha tambĆ©m foi pai de uma Ana Maria (Sinh’Aninha).
O nome era muito comum mas a soma das pequenas evidencias Ć© que sustenta a possibilidade!
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11. ANTONIO MUNIZ BARBOSA E CLARA MARIA DE JESUS
Ha algum tempo atras eu havia localizado outro nĆŗcleo de famĆlia no Projeto Compartilhar que parece coincidir com nossa parentela, com entroncamento na linhagem Rodrigues Coelho. Trata-se de Antonio Muniz Barbosa. Na descriĆ§Ć£o temos:
“Antonio Muniz Barbosa, nasceu na primeira metade do sĆ©culo XVIII na freguesia de SĆ£o Pedro da Ilha de SĆ£o Miguel, filho de Manoel Vieira Muniz, natural da freguesia de N. Sa. das Neves, e Apologia de Albernaz, natural da freguesia de S. Roque Ilha de S. Miguel, Bispado de Angra.”
“Aos 04-03-1753 casou com Clara Maria de Jesus, natural de Barbacena, filha de Francisco Mis [Martins], da freguesia de S. Pedro de Oliveira, Arc. de Braga e Ana Maria de Jesus natural da Ilha Terceira. Em Barbacena batizaram filhos.”
Por coincidĆŖncia o casal consagrou o enlace matrimonial em Prados antes de se mudar para Barbacena. Ali lhes nasceu o filho Antonio, batizado em 03.07.1758.
Ao que se pode ver na pagina do Projeto Compartilhar, o sobrenome varia de Moniz para Muniz, o que se pode atribuir aos enganos dos escrivĆ£es.
Antonio nĆ£o comparece no inventario paterno. NĆ£o se pode dizer com certeza a razĆ£o disso. O mais provĆ”vel seria que fosse falecido antes do pai. Mas tambĆ©m pode haver outra explicaĆ§Ć£o em conta.
Como se pode observar, o inventariante, Antonio Felisberto Costa, e genro do Antonio Muniz alega nĆ£o saber sequer o nome da sogra; e da o sogro por nascido no Rio de Janeiro.
Outro detalheĀ Ć© o que se alega de heranƧa nĆ£o parecer ser de maior importĆ¢ncia. Alem de o inventario ter sido aberto em Baependi, que fica ao lado de Caxambu, bem no Sul de Minas e distante das Ć”reas mais centrais do Estado.
Alem disso, se Antonio estivesse vivo em 1786, estaria com 28 anos de idade. Como o pai nĆ£o era rico devia ter procurado meio prĆ³prio de vida e poderia estar vivendo em qualquer outro lugar do antigo ImpĆ©rio PortuguĆŖs.
Isso abre oportunidade para reavivarmos a teoria de que esse Antonio poderia ser o Antonio Jose Moniz, nosso ancestral pentavƓ, marido de Manoela do Espirito Santo, os pais de Luiza Maria do Espirito Santo.
Luiza foi a esposa do Jose Coelho da Rocha, filho do alferes-de-milicias Jose Coelho de MagalhĆ£es, o suposto filho do Manuel Rodrigues Coelho.
Observe-se que em torno de 1750, os mais velhos viviam na regiĆ£o de Prados-MG. Algo que leva a concluir que ja havia conhecimento entre eles e, com boa chance de ter acontecido, haver grau de parentesco envolvido.
Uma evidencia que reforƧa minha hipĆ³tese de conhecimento prĆ©vio trata-se do nome de dona Clara Maria de Jesus. Era um nome comumente adotado pelas mulheres daquele tempo. Portanto, nĆ£o necessitava o exemplo de uma primeira para que outras copiassem.
Mas seria uma feliz coincidencia se, por exemplo, o Antonio Barbosa ter se casado com uma, se acaso foi o filho deles que foi para ConceiĆ§Ć£o do Mato Dentro, esse filhoĀ teve uma filha casada com o Jose Coelho da Rocha que tinha uma irmĆ£ cujo nome tambĆ©m era Clara Maria de Jesus.
Ou seja, a evidencia indica uma maior possibilidade de que os membros das famĆlias ja se conheciam.
Se estava vivo, outras razƵes para o ancestral Antonio Jose Moniz nĆ£o ter comparecido `a abertura dos inventĆ”rios do suposto pai incluiriamĀ ele poder ter ganho algo como forma de adiantamento. O pai poderia te-lo ajudado a formar sua prĆ³pria tropa e isso seria combinado como heranƧa.
Claro, seria fato marcante tambĆ©m a distancia entre Santana do Riacho ou ConceiĆ§Ć£o do Mato Dentro e Baependi/Caxambu. Atualmente essa distancia gira em torno de 500 km, em estrada asfaltada.
Seria um mĆŖs inteiro de viagem, ida e volta. Alem disso numa direĆ§Ć£o que nĆ£o fazia parte do circuito de tropas que normalmente partiam do Centro-Nordeste de Minas Gerais e seguiam em direĆ§Ć£o ao Rio de Janeiro.
Uma viagem que nĆ£o teria valor para ele ja que nĆ£o iria rever nenhum dos pais, ja que ambos estavam falecidos. E pode ser que tivesse perdido o afeto da famĆlia antes mesmo do falecimento da mĆ£e.
Outro detalhe seria que as noticias sempre chegariam dias ou meses apĆ³s aos acontecimentos.
Aqui se abre outra oportunidade de termos parentesco com essa famĆlia. Isso porque a mĆ£e da dona Clara Maria chamava-se Ana Maria e procedia da Ilha Terceira, nos AƧores.
O nosso ancestral Miguel Pereira do Amaral procedia da Ilha de SĆ£o Miguel. A sogra dele, esposa do Francisco Jose Barbosa FruĆ£o chamava-se Anna Maria de Jesus.
O filho do Miguel e Francisca Angelica, Malaquias Pereira do Amaral casou-se com outra Ana Maria de Jesus, natural de Congonhas do Campo e filha de Antonio Coelho de Almeida e s/m Ana Maria de Jesus.
Ou seja, nĆ£o se deve dar grande credito `a possibilidade de parentesco em funĆ§Ć£o do nome porque ele era muitĆssimo comum. Mas isso faz uma pequena soma quando de trata de analise de evidencias possĆveis.
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12. SEQUENCIA DA HISTORIA DE FAMILIA
Nos encontramos tanto o Jose Coelho de MagalhĆ£es quanto o Antonio Jose Moniz residindo na regiĆ£o de ConceiĆ§Ć£o do Mato Dentro ao final do sĆ©culo XVIII e inicio do sĆ©culo XIX. RazĆ£o mais provĆ”velĀ pela qual os filhos nasceram, se conheceram e casaram entre si.
O professor Nelson Coelho de Senna centra a famĆlia Coelho na Fazendo Axupe, antigamente incluĆda por eleĀ no territĆ³rio do atual MunicĆpio de Morro do Pilar. Mas na internet encontrei apenas uma fazenda com tal nome, no MunicĆpio de ConceiĆ§Ć£o do Mato Dentro. Confira a foto:
https://www.panoramio.com/photo/2352337
Alega-se tambĆ©m que Jose Coelho da Rocha e Maria Luiza moraram na Fazenda da Lapinha, territĆ³rio de ConceiĆ§Ć£o do Mato Dentro. Contudo, com as divisƵes territoriais, essa propriedade enorme pertence `a vizinha Santana do Riacho, onde se encontra a Serra da Lapinha.
O que faz pensar Ć© que `a medida que o ouro foi se esgotando, o que deve ter acontecido ja na primeira metade do sĆ©culo XVIII nas partes mais ao Sul do Estado de Minas, a populaĆ§Ć£o excedente preferiu migrar para os espaƧos mais vazios do Nordeste de Minas, em torno de sua, entĆ£o, capital: Vila do Principe, a atual Serro.
O esgotamento precoceĀ dos veios de ouroĀ ao Sul deve ter acontecidoĀ por estar mais perto dos centros mais desenvolvidos como: SĆ£o Vicente, Rio de Janeiro e SĆ£o Paulo, e ter recebido maior quantidade de migrantes. O ouro pode ter se esgotado mas nĆ£o a vontade de ficar rico aceleradamente.
Por enquanto, essas hipĆ³teses que levanto procedem dos fatos que tenho em mĆ£os. Mas para nega-las ou confirma-las basta-nos encontrar inventĆ”rios dos personagens Manuel Rodrigues Coelho, que comprovaria ou negaria ter sido o pai do Jose Coelho de MagalhĆ£es. Mas dele nĆ£o tenho o destino final.
Ja o professor Nelson alegou que o Alferes-de-MiliciasĀ Jose Coelho faleceu em ConceiĆ§Ć£o do Mato Dentro, em 1806. Portanto, seus inventĆ”rios e testamento, se houve, devem estar sob a custaria do Museu General Carneiro, no Serro.
Ali tambƩm, penso, deveriam estar os do Antonio Jose Moniz. Se os houverem, talvez tenhamos como jogar uma luz definitiva em nossa ancestralidade por essas linhagens que temos noticias de que chegaram ate a nos.
Quanto ao professor Nelson ter alegado que tanto o Manuel Rodrigues Coelho quanto o Jose Coelho de MagalhĆ£es tivessem sido portugueses ha que considerar-se ser uma tradiĆ§Ć£o que pode nĆ£o se confirmar.
Apenas relembrando, havia a tradiĆ§Ć£o na famĆlia Barbalho de que o patriarca Policarpo procedia do Nordeste do Brasil e que teria tido dois irmĆ£os, sendo que um havia retornado e outro migrado para o Rio Grande do Sul.
Agora ja sabemos que o Policarpo era mineiro de pai, mĆ£e. E os ancestrais que procederam do Nordeste, muito provavelmente, remontam ao governador Luiz Barbalho Bezerra, pernambucano, que governou o Rio de Janeiro em 1643-4.
Da linhagem, sabemos que outro Policarpo Joseph Barbalho foi cirurgiĆ£o-mor na Vila de Porto Alegre, onde faleceu em 1801, aos 66 anos de idade. Era tambĆ©m, mineiro, nascido na Vila do Principe, atual Serro.
Falta-nos saber se teve outros irmĆ£os alem da Isidora Maria da EncarnaĆ§Ć£o. Essa, talvez, tenha sido a irmĆ£ que permaneceu e, talvez tambĆ©m, tenha sido a avo do patriarca Policarpo. EntĆ£o, devemos sim dar credito `as tradiƧƵes, porem, com reservas!
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13. MAIS EVIDENCIAS NOS MAPAS
Tomando Congonhas do Campo como um centro regional, em torno da qual pode ser que tenha se formado nossa famĆlia, observa-se que as cidades mencionadas estĆ£o relativamente prĆ³ximas entre si.
O mapa no endereƧo abaixo mostra bem os possĆveis itinerĆ”rios. E praticamente mostra o que Minas Gerais foi ate ao final do sĆ©culo XVIII. Temos aqui que imaginar uma linha reta entre SĆ£o Joao Del’Rei e Barbacena. Prados pouca coisa ao norte, `a direita da primeira. Lagoa Dourada esta no caminho, embora nĆ£o apareƧa, entre SĆ£o Joao e Entre Rios de Minas:
http://www.abihouro.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=116&Itemid=501
Prados seria a mais distante, mais pela localizaĆ§Ć£o em relaĆ§Ć£o `as estradas atuais. Hoje fica a 104 km de Congonhas. Contudo, o seu antigo distrito, Lagoa Dourada, fica a apenas 71. Gastava-se normalmente apenas 2 dias de viagem.
Barbacena fica a 96 km. Mas para ir-se de Barbacena para Congonhas ha que se passar por CarandaĆ. E de CarandaĆ ate Lagoa Dourada sĆ£o apenas 40 km de chĆ£o. Ou seja era apenas um dia de viagem naquele tempo.
Entre Congonhas e Ouro Branco sĆ£o apenas 25 km. Os mais espertos fariam a viagem na parte da manha, a partir da madrugada ate `as 11 horas.
Entre Congonhas e Ouro Preto sĆ£o 57 km de distancia, mais 12 para chegar-se a Mariana. Refiro-me `a cidade. Ja em relaĆ§Ć£o ao seu Distrito de Santa Rita DurĆ£o, antigo Inficcionado, passando por Ouro Preto, a distancia pesa um pouco mais, caindo nos 90 km.
O site “Distancia entre Cidades” esta um pouco desatualizado em relaĆ§Ć£o `a distancia entre Congonhas e Cachoeira do Campo. Nele, a estrada mais usada seria a que vai a Ouro Preto e depois retorna pela estrada que liga esta a Belo Horizonte.
Mas via os antigos caminhos, que eram os de roƧa mesmo, nĆ£o deve chegar a 40 km. Alias, essa deve ter sido a via que se tomava antigamente. Congonhas passando pelo Distrito de Santo Antonio do Leite ate Cachoeira do Campo. Dai para Ouro Preto sĆ£o mais uns 20 km.
O que deve ter sido a via preferencial tomada por nossos ancestrais, pois, a distancia seria a mesma que o caminho anteriormente mencionado, entre Congonhas e Ouro Preto,Ā com o conforto das paradas em nĆŗcleos urbanos.
O que faria Congonhas ser centro regional seria essa localizaĆ§Ć£o privilegiada. Alem de a partir da segunda metade do sĆ©culo XVIII contar com o SantuĆ”rio de Bom Jesus do Matosinhos, o que servia de atraĆ§Ć£o turĆstica desde o inicio e era o local de retiro para os muito ricos.
Os mais ricos da Capitania tinham no local suas estancias de descanso e lazer. Usavam o local para distanciar do burburinho cansativo das capitais Ouro Preto e Mariana.
Os das classes media e mĆ©dio/baixa deveriam frequentar o local por devoĆ§Ć£o religiosa e para aproveitar para encontros “casuais” com pessoas da alta que lhes poderiam ajudar em seus pleitos por algum privilegio menor.
Naquela terra de privilĆ©gios e “meritocracias oligĆ”rquicas”, somente os que tinham QI (quem indicasse) alto Ć© que deslanchavam na ordem e prosperidade!
E nossos ancestrais que foram abastados nĆ£o fugiram `a regra!
A partir do sĆ©culo XIX os nossos ancestrais se deslocam do circuito da Estrada Real dirigindo-se para o leste. Ai os encontramos em Itabira, Ferros, GuanhĆ£es e VirginĆ³polis. Passam a ocupar o caminho conhecido como Circuito do Rio Doce, que fazia a ligaĆ§Ć£o da regiĆ£o central com o Oceano, em direĆ§Ć£o ao Espirito Santo.
Assim, com o estudo do mapa regional das localidades envolvidas nessa suposta trama genealĆ³gica, pode-se observar que seria possĆvel aos envolvidos que formaram o tecido de nossa genĆ©tica tenham sido conhecidos e ate sido parentes entre si, antes de picarem-a-mula um pouco mais para o Norte, formando os genes que resultaram na FamĆlia Coelho do Centro-Nordeste de Minas Gerais.
Tomando o mapa podemos observar que Manuel Rodrigues Coelho transitava entre Santa Rita DurĆ£o, Ouro Preto, Mariana, Cachoeira do Campo e Congonhas do Campo.
Manoel Rodrigues Coimbra, vivendo no circuito Prados/Lagoa Dourada deve ter frequentado Congonhas do Campo por estar no caminho de Ouro Preto e Mariana. Essas duas eram as capitais polĆtica e religiosa da ProvĆncia.
O capitĆ£o-comandante Manoel Rodrigues Coelho, por evidencias encontradas em suas prĆ³prias cartas, teria mesmo que circular por Congonhas para resolver problemas relativos ao cargo, pois, era subalterno aos superiores em Ouro Preto.
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14. UM POUCO MAIS DE MANOEL RODRIGUES COELHO
Apenas para nĆ£o descartar mais a possibilidade de termos alguma veia artĆstica ligada ao nome. Confirma-se realmente que houve um artista com o nome. E ele deixou obra tambĆ©m em SĆ£o JoĆ£o Del’Rei.
Ele foi mencionado nessa postagem:
http://www.camara.gov.br/sileg/integras/360875.pdf
Ai o nome dele aparece na quarta pagina do discurso, junto a outros artistas sacrosĀ que atuaram naquela cidade.
Esse outro endereƧo menciona nĆ£o apenas o feito mas tambĆ©m a profissĆ£o que nosso possĆvel ancestral exercia:
A postagem diz: “Os artĆsticos trabalhos em madeira da capela e altar-mor e dos pĆŗlpitos sĆ£o de autoria do artista Manuel Rodrigues Coelho.”
Observe-se que a referencia se da `a Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo, de SĆ£o JoĆ£o Del’Rei. Ai se repete a Ordem Terceira, que pode ter aproximado nossos ancestrais nas cidades histĆ³ricas do Estado.
Francisco Jose Barbosa FruĆ£o, mencionado no capitulo 7, fazia parte da OrdemĀ Terceira de SĆ£o Francisco de Assis de Vila Rica.
Para ver a menĆ§Ć£o a Manuel no segundo endereƧo ha que se ir `a metade da postagem.
Pelo valor da contribuiĆ§Ć£o que foi atribuĆda ao Manuel Rodrigues Coelho para a construĆ§Ć£o do SantuĆ”rio de Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas do Campo, suponho que ele tenha participado de alguma Ordem Terceira, provavelmente da do Carmo de Mariana, ja que nĆ£o aparece entre os mais influentes na de SĆ£o Francisco de Assis de Vila Rica.
Apenas para deixar marcado. O blog do nosso primo, Paulinho Cesar, tambĆ©m faz recordaƧƵes `a nossa Historia GenealĆ³gica. Em homenagem pĆ³stuma a ele, deixo aqui o endereƧo como lembranƧa:
http://asagadevalente.blogspot.com/2010/09/
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15. BENTO RODRIGUES COELHO EM MINAS GERAIS
Decidi dar continuidade a esses estudos recordando alguns personagens que penso estar na parentela do Manuel Rodrigues Coelho, nosso aclamado ancestral.
Ha algum tempo atras encontrei no Archivo HerĆ”ldico-genealogico, do Visconde de Sanches de Baena, a Carta de BrasĆ£o passada a Domingos Rodrigues de QueirĆ³s. O documento esta na pagina 153 e Ć© a carta de numero 610.Ā Assim, repito-a aqui:
“Domingos Rodrigues de QueirĆ³s, cavalleiro professo na Ordem de Christo, bacharel formado pela Universidade de Coimbra, opositor aos lugares de letras, natural da cidade de Marianna, estado do Brazil; filho de Bento Rodrigues Coelho, e de sua mulher D. Maria de QueirĆ³s de Seixas; neto pela parte paterna de Amaro Rodrigues Coelho, e pela materna neto de JoĆ£o QueirĆ³s de Seixas, e de sua mulher D. Feliciana de AraĆŗjo Dantas; bisneto de Jacinto de QueirĆ³s, e de sua mulher Maria Coelho; terceiroĀ neto de Antonio Francisco Marinho, e de sua mulher D. Maria de QueirĆ³s Seixas, descendentes de Antonio de QueirĆ³s Mascarenhas, bem conhecido n’este reino pela sua distincta qualidade, e conhecido valor.
Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quartĆ©is as armas dos Coelho, no segundo as dos QueirĆ³s, e no terceiro as dos Seixas. – Br.p.a 2 de agosto de 1773. Reg. no Cart. da N., Liv. I, fl. 204v.”
Embora nĆ£o apareƧa nenhum Manuel Rodrigues Coelho penso nĆ£o ser errado esperar que um deles tenha sido parente prĆ³ximo do Bento. Pelas idades provĆ”veis, penso que um Manuel que viveu nas imediaƧƵes de Mariana tenha sido irmĆ£o.
Mas tambĆ©m ha a possibilidade de ter sido filho e irmĆ£o do Domingos. Se esse for o caso e caso formos descendentes dele, entĆ£o, seremos tambĆ©m descendentes do Antonio de Queiroz Mascarenhas. E, por este, descendentes do rei D. Afonso I, primeiro rei de Portugal.
O livro de Sanches de Baena pode ser lido no endereƧo:
https://archive.org/stream/archivoheraldic00unesgoog#page/n203/mode/2up
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16. LOURENCO COELHO DE MAGALHAES
Apenas para recordar tambĆ©m. O professor Nelson Coelho de Senna fez uma relaĆ§Ć£o de sesmarias adquiridas por pessoas com a assinatura Coelho durante o sĆ©culo XVIII. Entre elas menciona uma do sr. LourenƧo Coelho de MagalhĆ£es, datada de 1724.
Infelizmente, aĀ menĆ§Ć£o parece ser Ćŗnica. HaverĆamos que localizar tal carta para saber o local para o qual ela foi passada. Isso ajudaria.
Nessa oportunidade ha a possibilidade deste senhorĀ LourenƧo ter sido casado comĀ alguĆ©m cuja assinatura que corria emĀ famĆlia fosse o Rodrigues. Dai se pode ate supor que um filho do casal poderia ter adotado o nome de Manuel Rodrigues Coelho.
Ja o neto, Jose, poderia ter retornado `a alcunha ancestral e ter assinado Jose Coelho deĀ MagalhĆ£es. SĆ£oĀ apenas conjecturas. Mas quem sabe algum dia elas venham a tornar-se realidade?!
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17. MANOEL COELHO RODRIGUES
Manoel Coelho Rodrigues foi outro personagem presente em Minas Gerais `aĀ Ć©poca do Ciclo do Ouro. O professor Nelson inclusive o menciona como recebedor de sesmaria em 1761.
A genealogia dele, mesmo incompleta, foi estudada peloĀ CĆ“nego Raimundo Octavio Trindade.Ā NĆ£o ha como descendermos dele.
Existe a possibilidade de ser algum parenteĀ prĆ³ximo. Isso porque, ate mesmo para distinguir-se umas pessoas das outras, pessoas em uma mesmaĀ famĆlia costumavam usar a ordem inversa de assinaturas.
Um caso, por exemplo, seria o deĀ irmĆ£os com mesmo nome:Ā JoĆ£oĀ Francisco e Francisco Joao. Ou Francisco Pereira da Silva eĀ Francisco de Assis da Silva Pereira.
NĆ£oĀ estou colocando grande credito a essa tese, mas ha uma possibilidade, nem que sendoĀ mĆnima!
No livro de Sanches de Baena encontra-se uma carta que se repete 3 vezes. Ela foi passada a 3Ā irmĆ£os. `A pagina 189 a Francisco Coelho BrandĆ£o; `a pagina 548 a Pedro Coelho de Seabra (Alferes) e `a pagina 591 a Vicente Coelho da Silva Seabra Telles. Observe-se como os sobrenomes variavam.
AsĀ numeraƧƵesĀ no livro sĆ£o:Ā 753, 2163 e 2363, respectivamente. E em cada uma das vezes seĀ lĆŖ, `aĀ exceĆ§Ć£o dos nomes dos agraciados:
“2363. Vicente Coelho da Silva Seabra Telles. natural do termo de Villa-Rica do Oiro Preto, estado da America; filho do alferes deĀ cavallaria Manuel Coelho Rodrigues e de sua mulher D. Josepha de Avila Figueiredo, neta doĀ capitĆ£oĀ JoĆ£o deĀ Seabra deĀ GuimarĆ£es; neto pela sua varonia do ajudante de infantaria Antonio Coelho, filho de Belchior Coelho,Ā irmĆ£o do senhor de Felgueiras e Vieira.
Um escudo esquartelado; o primeiro quartel as armas dos Coelhos, no segundo as dosĀ Seabras, no terceiro as dosĀ BrandƵes, e no quarto as dosĀ Avilas. – Br. p. a 23 de novembro de 1782. Reg. no Cart. da N., Liv. III, fl. 79.”
O iminente genealogista mineiro,Ā CĆ“nego Raimundo Octavio da Trindade estudou aĀ formaĆ§Ć£o daĀ famĆlia Rocha BrandĆ£o. Entre outros livros, no Velhos Troncos Mineiros, surge:
“Tn 1 – Josefa de Avila e Silva e Figueiredo c. c. o Alferes Manuel Rodrigues Coelho, Tn 15 adiante.” e
“Tn 15 – Manuel Coelho Rodrigues c. c. Josefa de Avila e Silva e Figueiredo, Tn 1 retro. Filhos (Invent. de Manuel Coelho Rodrigues no Cart. do 1o. Of. de Ouro Preto – 1777):”
Os filhos enumerados por ele foram: Maria Jose, Pedro Coelho, Joaquim Coelho, Francisco Coelho da Silva Brandao, Francisca de Avila e Silva, Ana Francisca, Maria, Vicente Coelho de Seabra, Jose Coelho Rodrigues e Nicolau.
OĀ CĆ“nego TrindadeĀ nĆ£oĀ se aprofunda nos pormenores daĀ descendĆŖncia,Ā nĆ£o indo alem de netos de uns dois ouĀ trĆŖs filhos. Mesmo assim torna-seĀ possĆvel notar queĀ nĆ£o descendemos daĀ famĆlia, pelo menos em nosso lado Rodrigues Coelho.
Seremos muito possivelmente parentes pelo lado Coelho, devido `as diversas vezes que o sobrenome aparece em nossos ancestrais como: Coelho no simples,Ā Coelho deĀ MagalhĆ£es, Coelho de Almeida, Coelho de Andrade e outros.
E esse Manuel Coelho Rodrigues e sua esposa Josefa de Avila, como se pode notar, ja eram primos pelo lado Rocha BrandĆ£o.
Dona Josefa nasceu no Brasil e os pais foram Francisco da Rocha BrandĆ£o, natural de Cabrobo na Bahia e Maria da Silva e Avila, natural de Santo Antonio do Bambu,Ā tambĆ©m Bahia.
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18. CONCLUSAO
Acredito que a unicaĀ conclusĆ£o `a qual podemos chegar no caso Ć© a de que tudo esta discutido, porĆ©m, nada resolvido!!!
Essas conjecturasĀ sĆ£oĀ boas para exercitar nossas mentes mas o que vale mesmoĀ sĆ£o as provas!
Sinto que somente um mergulho nos arquivos em Ouro Preto, Mariana, Serro e DiamantinaĀ poderĆ” sanar todas as duvidas com respostas absolutas e concretas.
As conjecturasĀ serĆ£o apenas umaĀ injeĆ§Ć£o de animo aos pesquisadores que vieremĀ apĆ³s mim, caso euĀ nĆ£o tenha conseguido resolver asĀ questƵes, para queĀ nĆ£o desanimem no surgimento de maiores dificuldades.
Afinal, eu fico deĀ tĆ£oĀ longe, torcendo para que outros tenham encontrado o que busco nas pesquisas deles e tendo toda a dificuldade de procurar em trabalhos queĀ nĆ£oĀ sĆ£o apropriados, sabendo que aĀ lĆ³gica manda buscar nos ditos arquivos.
O problema sempre serĆ”:Ā e onde encontrar a coberta que suporte a empreitada se meus fundosĀ prĆ³priosĀ nĆ£oĀ sĆ£o suficientes paraĀ custea-la?! O nosso problema sempre foi a fartura! (Farta tudo!!!)
Por logica, deveria encontrar o registro de casamento do Alferes-de-Milicias Jose Coelho deĀ MagalhĆ£es e Eugenia Rodrigues da Rocha, queĀ tambĆ©m tinha o nome de Eugenia Maria da Cruz. Segundo o professor Nelson, o enlace se deu a 7 de setembro de 1799.
Porem,Ā nĆ£oĀ menciona o local, embora diga que tenham vivido naĀ Fazenda Axupe, por ele localizada em Morro do Pilar. Mas pode serĀ ConceiĆ§Ć£o do Mato Dentro.
Em outro caso, poder-se-ia buscar osĀ inventĆ”rios do Jose Coelho, dito falecido emĀ ConceiĆ§Ć£o; ou o dela, que foi sepultada no Santo-Antonio-do-Rio-Abaixo, ja viuva, em datas que variam entre 1806 a 1819, acredito eu.
EsseĀ esforƧo se daria para certificarmos os nomes dos pais do casal. Em se confirmando que um Manuel Rodrigues Coelho foi pai dele, torcer para queĀ apareƧam nomes de avos, o que facilitaria em muito as pesquisas.
Em caso deĀ nĆ£oĀ aparecerem nomes de avos nem mesmo no registro de matrimonio, torcer para que seĀ esclareƧam as origens dos nascimentos e dai seguir o veio dessa raiz que tanto tem se mostrada arredia `as nossas pesquisas.
No mais, o que vierĀ serĆ” lucro!!!