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A FAMILIA DE MANUEL RODRIGUES COELHO EM RESUMO

November 13, 2017
INDICE DO MEU BLOG
CONTEƚDO DESTE BLOG – ALL CONTENTS
01. GENEALOGIA
https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/as-mais-novas-aventuras-genealogicas/
https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/a-autobiografia-do-monsenhor-otacilio-augusto-de-sena-queiroz-e-outros-textos/
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https://val51mabar.wordpress.com/2016/12/04/500-anos-de-historia-e-genealogia-da-presenca-barbalho-no-brasil/
https://val51mabar.wordpress.com/2016/10/22/encontro-jose-vaz-barbalho-mais-uma-vez-e-outras-noticias-para-a-familia-coelho/
https://val51mabar.wordpress.com/2016/03/25/os-rodrigues-coelho-e-andrade-do-carlos-drummond-em-minas-gerais/
https://val51mabar.wordpress.com/2015/05/10/nos-os-nobres-e-a-avo-do-juscelino-tambem-pode-ter-sido-barbalho-coelho/
https://val51mabar.wordpress.com/2015/03/07/algumas-notas-genealogicas-20142015/
https://val51mabar.wordpress.com/2015/07/22/um-nosso-lado-cristao-novo-e-talvez-outro-paulistano/
https://val51mabar.wordpress.com/2014/04/14/genealidade-e-genealogia-de-ary-barroso/
https://val51mabar.wordpress.com/2013/12/06/genealogias-de-familias-tradicionais-de-virginopolis/
https://val51mabar.wordpress.com/2013/05/30/barbalho-coelho-e-pimenta-no-site-www-ancestry-com/
https://val51mabar.wordpress.com/2012/09/11/barbalho-pimenta-e-talvez-coelho-descendentes-do-rei-d-dinis/
https://val51mabar.wordpress.com/2011/02/24/historico-do-povoamento-mineiro-genealogia-coelho-cidade-por-cidade/
https://val51mabar.wordpress.com/2012/07/02/familia-barbalho-coelho-no-livro-a-america-suicida/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/05/23/a-historia-da-familia-coelho-do-centro-nordeste-de-minas-gerais/
https://val51mabar.wordpress.com/2011/04/24/a-familia-coelho-no-livro-a-mata-do-pecanha/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/05/03/arvore-genealogica-da-familia-coelho-no-sitio-www-geneaminas-com-br/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/09/22/ascendencia-dos-ancestrais-jose-coelho-de-magalhaeseugenia-rodrigues-rocha-uma-saga-a-ser-desvendada/
https://val51mabar.wordpress.com/2013/01/17/a-heranca-furtado-de-mendonca-no-brasil/
02. PURA MISTURA
https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/mistura-que-se-mistura-da-bom-resultado/
https://val51mabar.wordpress.com/2015/10/03/meus-guardados-2015/
https://val51mabar.wordpress.com/2016/11/26/trumpando-o-eleitor/
https://val51mabar.wordpress.com/2016/06/08/conspiracoes-alienigenas-tesouros-desaparecidos-e-dominacao/
https://val51mabar.wordpress.com/2016/09/17/ridiculosamente-falando/
https://val51mabar.wordpress.com/2015/12/23/aliens-conspiracies-disappeared-treasures-and-dominance/
03. RELIGIAO
https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/que-a-paz-de-deus-seja-feita-em-todos-voces/
https://val51mabar.wordpress.com/2011/05/29/a-divina-parabola/
https://val51mabar.wordpress.com/2011/01/28/o-livro-do-conhecimento-de-deus/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/01/22/carta-de-libertacao/
04. OPINIAO
https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/das-vezes-que-opinei-na-vida-e-nao-me-arrependo/
https://val51mabar.wordpress.com/2018/04/07/a-verdade-nao-se-trata-de-nenhuma-teoria-de-conspiracao/
https://val51mabar.wordpress.com/2014/06/08/a-iii-gm/
https://val51mabar.wordpress.com/2013/01/03/israel-as-diversas-verdades-e-o-padececer-da-palestina-e-outros-textos/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/06/26/faixa-de-gaza-o-travessao-nos-olhos-da-humanidade/
https://val51mabar.wordpress.com/2013/05/12/neste-mundo-so-nao-eh-gay-quem-nao-quizer/
05. MANIFESTO FEMININO
https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/pelo-tempo-que-me-ausentei-me-perdoem/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/07/21/13-estrelas-mulher/
06. MISTO
https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/ah-que-mistura-boa-gente/
https://val51mabar.wordpress.com/2016/08/20/minhas-postagens-mais-recentes-no-facebook/
https://val51mabar.wordpress.com/2014/06/08/a-iii-gm/
https://val51mabar.wordpress.com/2013/11/06/trilogia-de-variedades/
https://val51mabar.wordpress.com/2012/07/02/familia-barbalho-coelho-no-livro-a-america-suicida/
https://val51mabar.wordpress.com/2015/01/25/03-o-menino-que-gritava-lobo/
https://val51mabar.wordpress.com/2015/01/25/minhas-postagens-no-facebook-i/
https://val51mabar.wordpress.com/2015/01/25/minhas-postagens-no-facebook-ii/
https://val51mabar.wordpress.com/2015/01/25/minhas-postagens-no-facebook-iii/
https://val51mabar.wordpress.com/2015/01/25/meus-escritos-no-facebook-iv/
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07. POLITICA BRASILEIRA
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https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/se-nao-queria-que-isso-acontecesse-nao-deveria-ter-aceitado/
https://val51mabar.wordpress.com/2015/04/19/movimento-fora-dilma-fora-pt-que-osso-camarada/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/10/16/o-direcionamento-religioso-errado-nas-questoes-eleitorais-brasileiras/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/10/19/resposta-de-um-neobobo-ao-excelentissimo-sr-ex-presidente-fernando-henrique-cardoso/
https://val51mabar.wordpress.com/2011/08/01/miilor-melou-ou-melhor-fernandes/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/08/05/carta-ao-candidato-do-psol-plinio-de-arruda-sampaio/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/05/26/politica-futebol-musas-e-propaganda-eleitoral-antecipada-obama-grandes-corporacoes-e-imigracao/
08. IN ENGLISH
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https://val51mabar.wordpress.com/2015/12/23/aliens-conspiracies-disappeared-treasures-and-dominance/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/06/02/the-nonsense-law/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/08/21/13-stars-woman/
https://val51mabar.wordpress.com/2011/10/05/the-suicidal-americaa-america-suicida/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/08/25/100-reasons-to-amnesty-the-undocumented-workers-in-united-states/
https://val51mabar.wordpress.com/2009/09/25/about-the-third-and-last-testament/
https://val51mabar.wordpress.com/2009/09/12/the-third-and-last-testament/
09. IMIGRACAO
https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/o-que-ha-de-novo-no-assunto-migracao/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/06/17/imigracao-sem-lenco-e-sem-documento-o-barril-transbordante-de-injusticas/

 

A FAMILIA DE MANUEL RODRIGUES COELHO EM RESUMO

 

INDICE:

001. TIO JOAOZINHO, BARBALHO, MAS NEM TANTO!

002. ENFIM ALGO CONCRETO A RESPEITO DA FAMƍLIA NUNES COELHO.

003. CONTATO CON DONA ANA ROCHA

004. ANALISANDO DADOS DE ANTEPASSADOS ENCONTRADOS NO SITE FAMILYSEARCH.

005. POLICARPO JOSE BARBALHO

006. “COROACI – ONTEM E HOJE”

007. O RESUMO EM ESQUELETOS GENEALOGICOS

008. DESCENDENTES DE D. PEDRO I, DE PORTUGAL, E DONA IGNEZ DE CASTRO?

009. GENEALOGIA DE ANTONIO JOSE MONIZ BARRETO:Ā UM POUCO DO CONTEƚDO DA “REVISTA TRIMENSAL DO INSTITUTO HISTORICO E GEOGRAPHICO BRAZILEIRO”

010. OS BARBALHO DO RIO DE JANEIRO, POR RHEINGANTZ

011. PRIMEIROS MORADORES DE GUANHAES, VIRGINOPOLIS E PECANHA …

012. A FAMILIA DE MANUEL RODRIGUES COELHO EM RESUMO.

 

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001. TIO JOAOZINHO, BARBALHO, MAS NEM TANTO ASSIM!
A ironia se encontra naqueles tĆ­tulos de genealogias que geralmente carimbam as capas dos livros abordando dados genealĆ³gicos.
Aqui nĆ£o se trata de nenhuma ironia maldosa. Trata-se apenas de discernir entre algo usado por ser didĆ”tico, contudo, que pode levar a algumas interpretaƧƵes enganosas.
Ja mencionei isso antes. Quando nossa prima IVANIA BATISTA COELHO, intitulou o livro dela: “Arvore GenealĆ³gica da FamĆ­lia Coelho”, todos nos sabĆ­amos o que o titulo significava.
Significava aquilo que na pratica enxergĆ”vamos. A frequĆŖncia do sobrenome Coelho era enorme. Predominava. Isso porque ela dedicou-se `a Arvore de DescendĆŖncia do Alferes-de-MilĆ­cias JOSE COELHO DE MAGALHAES. E nisso se omitia que ele fora casado com EUGENIA RODRIGUES DA ROCHA.
Logo em seguida, ela direcionou os estudos dela para o ramo do filho JOSE COELHO DA ROCHA, que foi casado com LUIZA MARIA DO ESPIRITO SANTO, filha de: ANTONIO JOSE MONIZ e MANOELA DO ESPIRITO SANTO.
Em seguida, fixou mais seus estudos em cima dos quatro filhos do casal JOSE e LUIZA. Por ter sido primeiro-moradores e fundadores de GUANHƃES, eram a nossa honra. Ainda mais que dois dos filhos estavam entre os fundadores de VIRGINƓPOLIS, cidade onde nascemos e crescemos.
E os quatro casais, filhos e seus cƓnjuges foram, por ordem de nascimento:
01. Francisca Eufrasia de Assis Coelho c. c. tenente Joaquim Nunes Coelho
02. tenente JoĆ£o Baptista Coelho c. c. Maria HonĆ³riaĀ Nunes Coelho
02. Eugenia Maria da Cruz Coelho c. c. capitĆ£o Francisco MarƧal Barbalho
04. tenente Antonio Rodrigues Coelho c. c. Maria Marcolina Borges do Amaral
Por ai se observa que dois dos cĆ“njuges tambĆ©m eram Coelho, entĆ£o, nĆ£o se admira a predominĆ¢ncia do sobrenome. E, no caso do casal ANTONIO e MARIA MARCOLINA, os sobrenomes dela nĆ£o foram adiante. O Ćŗnico sobrenome diferente que foi para frente foi o Barbalho.
MARIA MARCOLINA BORGES DO AMARAL descendia de dois ramos COELHO, pelo menos. Descendia de ANTONIO COELHO DE ALMEIDA, via familia PEREIRA DO AMARAL e ANNA COELHO, via a BORGES MONTEIRO.
Por enquanto nĆ£o sabemos se por acaso os NUNES COELHO e os COELHO DE MAGALHAES procedem de uma mesma raiz ou raizes diferentes. Essa Ć© uma incĆ³gnita que desperta suspense!
Ate ao momento, tƭnhamos que JOAQUIM e MARIA HONƓRIA NUNES COELHO eram considerados do mesmo ramo dos nossos ancestrais: EUZEBIO NUNES COELHO e ANNA PINTO DE JESUS.
Mas o parente, senhor DIONE NUNES COELHO, que concedeu-nos informaƧƵes preciosas do ramo, nĆ£o confirmou ainda tal hipĆ³tese. NĆ£o que duvide, apenas nĆ£o tem uma prova documental que JOAQUIM, ANTONIO e JOSE NUNES COELHO sejam filhos do casal.
Portanto, vamos botar nossas barbas de molho tambĆ©m. Dizem que “cautela e caldo de galinha nunca fizeram mal a ninguĆ©m.”
Lembrando-nos aqui que nossa parente em PeƧanha, MARINA RAIMUNDA BRAGA LEAO, acrescentou mais dois nomes ao quebra-cabeƧas: MARIA e ALTIVO NUNES COELHO.
Alem desses, encontrou duas senhoras de escravos, no ano de 1875, naquela cidade: JOANNA e ANNA NUNES COELHO. Ao todo, sĆ£o 7 pessoas que podem, e devem, ou nĆ£o descender do mesmo ramo que o nosso.
Pelas informaƧƵes trazidas pelo senhor DIONE, sabemos que os informantes anteriores, dando nome ao pai do EUSEBIO por MANOEL, se enganaram, pois, o casal: THOME NUNES FILGUEIRAS e ANNA MARIA COELHO foram pais dos patriarcas EUSEBIO e MANOEL NUNES COELHO. O primeiro prosperou em GUANHƃES e o segundo em ITABIRA.
Sabemos ha muito que o padre POLICARPO JOSE BARBALHO fora, em ITABIRA, o nosso grande patriarca, embora tivĆ©ssemos noticias mesmo apenas da descendĆŖncia de um dos filhos que foi o capitĆ£o FRANCISCO MARCAL BARBALHO.
Alguns sabiam que o filho JOSE DE MAGALHAES BARBALHO fora pai de ANNA, essa fora mĆ£e de JOAO BATISTA DE MAGALHAES. Ela engravidou de alguĆ©m desconhecido de nome, por nos, e o pai JOSE enviou-a para GUANHƃES.
GUANHƃES ficava na beira da fronteira final de colonizaĆ§Ć£o `a Ć©poca. E ali ja residiam os tios de ANNA MARIA: padre EMIGDIO DE MAGALHAES BARBALHO e capitĆ£o FRANCISCO MARCAL BARBALHO.
JOAO BATISTA, tido como resultado do malfeito de ANNA, nasceu em 15.10.1862 e cresceu em GUANHƃES. Indo depois casar-se com sua prima, CANDIDA DE MAGALHAES BARBALHO, filha e EUGENIA e do capitĆ£o FRANCISCO.
Esse personagem foi na famĆ­lia um verdadeiro pandego. Entre os muitos causos dele, ensinou aos netos chama-lo de tio. Para todos, era o tio JOAOZINHO. Perguntado porque, respondia: “AvĆ³ Ć© a vĆ©ia”, e indicava sua cara-metade com o beiƧo e queixo , conhecida pelo apelido de SA CANDINHA.Ā Motivo: ela havia nascido 4 anos antes dele,Ā a 10.01.1858.
E a familia disputou o titulo de a mais comica da Terra. Se nĆ£o conseguiu o titulo, foi por ele nĆ£o ser distribuĆ­do. Mas, em VIRGINƓPOLIS, onde criaram a famĆ­lia, haviam sĆ©rios concorrentes.Ā Tanto que o provĆ©rbio ali sempre era repetido: “Se construir um muro em volta Ć© porque Ć© manicĆ“mio, mas se jogar uma lona em cima, vira circo.”
Com tudo o que se sabia, nĆ£o havia um aprofundamento melhor da raiz dessa famĆ­lia. Os dados estavam ocultos.
A melhor informaĆ§Ć£o que tĆ­nhamos era que o padre POLICARPO residia em ITABIRA, tinha os filhos, ficara viuvo e depois da ordenaĆ§Ć£o do filho EMIGDIO, retornou ao seminĆ”rio, do qual desistira na juventude para casar-se, e ai ordenou-se, ja idoso e que talvez tenha sido pĆ”roco em SANTA RITA DURAO, onde foi pĆ”roco e faleceu.
Foi atribuĆ­da ao padre EMIGDIO a composiĆ§Ć£o, que ele recitava para as pessoas curiosas de saber seu passado:
“Meu pai Ć© padre.
Eu tambƩm sou padre.
Nao sou filho de padre.
E sou padre mais velho que meu pai.”
Foram essas tradiƧƵes e os causos que tornou possĆ­vel a famĆ­lia nĆ£o esquecer-se dos nomes e feitos desses ancestrais. Alias, toda a famĆ­lia BARBALHO era meio artista!
Em alguns locais tĆ­nhamos a informaĆ§Ć£o de que a esposa do POLICARPO tinha o primeiro nome GENOVEVA. Inclusive, haviam as mulheres que receberam o nome de VITA. Imaginamos que ela houvesse recebido o apelido de GENOVEVITA, depois isso reduziu-se ao final do apelido e assim permanecendo na descendĆŖncia.
Essa teoria caiu por terra a partir de quando o pesquisador JOBERTO MIRANDA RODRIGUES encontrou em MARIANA-MG, no ARQUIVO ARQUIDIOCESANO, o documento “DE GENERE ET MORIBUS” do padre EMIGDIO. Ali constava as certidƵes de batismo do padre e a de casamento dos pais.
Por isso vimos a saber que: o padre POLICARPO foi marido de ISIDORA FRANCISCA DE MAGALHAES. Alem disso, que era “filha natural de GENOVEVA NUNES FERREIRA ou FILGUEIRAS”.
Bom, ate ai tĆ­nhamos o nome da esposa. O que nĆ£o se poderia deduzir era que fosse a Ćŗnica, e mĆ£e de nossos ancestrais JOSE e FRANCISCO MARCAL.
Essa questĆ£o so ficou resolvida quando o amigo MAURO DE ANDRADE MOURA enviou-me os inventĆ”rios, entre outros, da avĆ³ ISIDORA FRANCISCA.
Nele constava apenas 4 filhos. JOSE DE MAGALHAES BARBALHO, com 17 anos; EMIGDIO DE MAGALHAES BARBALHO, 14 anos; FRANCISCO MARCAL BARBALHO, 7 anos, e LUCINDA FRANCISCA DE MAGALHAES, com 3 anos de idade.
Existem registros no site Familysearch que constam o casal ter sido pai de MARIA (1817), GENOVEVA (1812) e JOAO. JOAO nasceu em 27.05.1809. Iria ser o Ćŗnico maior de idade na abertura do inventario da mĆ£e, que se deu em 1827. Estaria com 18 completos. Mas acredito que esses 3 faleceram em vida da mĆ£e, dai suas ausĆŖncias.
Devemos, entĆ£o, atribuir a confusĆ£o em relaĆ§Ć£o `a identidade de sua esposa ao possĆ­vel fato de a avĆ³ GENOVEVA ter sido a mĆ£e de criaĆ§Ć£o, especialmente para FRANCISCO MARCAL e LUCINDA. Foi a mĆ£e que conheceram.
Nos inventĆ”rios informa-se que a avĆ³ GENOVEVA possuĆ­a fazenda em ITABIRA. E encontrei no ALMANAK DA PROVƍNCIA DE MINAS GERAIS, de 1864, que houve uma fazendeira em GUANHƃES com o nome GENOVEVA NUNES FERREIRA.
Veja-se o extrato que retirei daquele ALMANAK:
DISTRICTO DE S. MIGUEL E ALMAS -Pags. 207-8
Foi creado pela resoluta de 14 de julho de 1832. Tem um distrito denominado – PatrocĆ­nio – creado pelo art. 2o. da lei n. 1:143 de 24 de Setembro de 1862.
Juizes de Paz:
1o. Francisco Nunes Coelho*
2o. Francisco de Souza Pereira
3o. Jose Pereira da Silva*
4o. Antonio Rodrigues Coelho*
Subdelegado:
Francisco Nunes Coelho*
Inspector Parochial:
Rev. Jose Julio de Oliveira (Ʃ vigƔrio)
Professor de primeiras letras:
Joaquim Francisco de Aguiar
Vacinador:
Joaquim Domingues da Silva
Negociantes de Secos
D. Alexandrina Savelly de Alkmim.
Antonio Carlos da Conceicao
Antonio Francisco Vieira
Bento Goncalves Pimenta
Custodio Jose Moreira*
Firmianno Ribeiro de Carvalho*
Francisco Jose Moreira*
Francisco Nunes Coelho*
Joao Luiz de Souza
Joao da Silva Netto*
Joaquim Guardianno Teixeira
Jose Coelho da Rocha Ribeiro*
Jose Pereira da Silva*
Jose Rodrigues de Souza e Silva
Pio Ferreira da Silva*
Ditos de Molhados:
Campos & Pinto
Firmianno Ribeiro de Carvalho*
Francisco Jose Moreira*
Joao Luiz de Souza
Ditos de Generos do Pais:
Antonio Gomes de Brito*
Antonio Jose de Queiroz
Bernardino Manoel Ribeiro
Clementino Goncalves da Silva
Custodio Jose Moreira*
Francisco Jose Alves
Francisco Luiz da Rocha
Francisco Pinheiro de Araujo
Jeronymo Correa da Silva
Jeronymo Goncalves Lima
Jeronymo da Rocha Leme
Joao Angelo
Joao da Cunha Menezes*
Joao Nepomuceno de Aguiar
Joao da Rocha Ramos
Joaquim Antonio Pereira
Joaquim Jose da Silva
Jose Goncalves GuimarĆ£es*
Jose Justinianno de Aguiar
Jose da Silva Ribeiro
Jose Vaz Barbalho*
Jose Vieira Braga
Jose Vieira de Souza
Luiz Antonio de Araujo
Manoel Angelo dos Passos
Martiniano Ignacio Ribeiro
Martinianno Vieira de Souza
Miguel Fernandes Maciel
Pedro Teixeira da Costa
RomĆ£o da Silva Chagas
Theodoro Rodrigues da Silva
Pharmaceuticos:
Modesto Alves Barroso*
Fazendeiros que cultivam canna:
Accacio Jose da Silva
Amancio da Silva GuimarĆ£es
D. Anna Pinto de Jesus*
Antonio Coelho Linhares*
Antonio de Figueiredo
Antonio Rodrigues Coelho*
D. Genoveva Nunes Ferreira*
Joao Rodrigues Lemos
Joaquim Ferreira Pinto
Joaquim Jose de Figueiredo*
Jose Coelho da Rocha*
Jose Francisco de Azevedo
Jose Lopes Nunes
Jeronymo Maciel
Severianno Pereira Candido
Sapateiros:
Francisco Fernandes Maciel
Joaquim Roque
Jose Vicente dos Santos
Alfaiates:
Luiz Estrangeiro
Placido Jose de Souza
Seleiro
Joao da Cunha Menezes*
Carpinteiros
Manoel de Moura Justo
Manoel de Souza e Silva
Rancheiro:
Firmianno Ribeiro de Carvalho*
Districto de Patrocinio:
NĆ£o obtivemos noticia alguma deste distrito.”
  • Os asteriscos foram usados para identificar pessoas comĀ vĆ­nculos ouĀ possĆ­veisĀ vĆ­nculos com aĀ famĆ­lia.

SenhorĀ JOAO DA CUNHA MENEZES* parece-me ser avĆ“ ou tio do senhor JOAO DA CUNHA, filho de JOSE DA CUNHA MENEZES, que nos legou farta parentela em VIRGINOPOLIS.

Ā 
O mais surpreendente aiĀ Ć© aĀ presenƧa de dona GENOVEVA NUNES FERREIRA* entre os fazendeiros.
Ā 
NĆ£o podemos afirmar que seja a nossa ancestral masĀ sĆ£o boas as chances. Observe-se que ela e aĀ tetravĆ³Ā ANNA PINTO DE JESUS*Ā sĆ£oĀ os benditos frutos entre os homens. Possivelmente seriam de idades semelhantes. A idadeĀ nĆ£o deve ter sido impedimento.
Ā 
Acredito que GENOVEVITA eraĀ pouca coisa mais velha que “ANNITA”. Isso porque nos foi pentavĆ³ e sextavĆ³ ao mesmo tempo. Mas por termos ela e a ISIDORA FRANCISCA na mesma linha deĀ ascendĆŖncia, e as mulheres podiam ter filhos muito cedo,Ā nĆ£o precisava serĀ tĆ£oĀ mais velha.
Ā 
POLICARPO e ISIDORA FRANCISCA casaram em 1808. Portanto, aĀ mĆ£eĀ dela, naqueles dias, poderia ter uma idade aproximada de 30 anos. Ou seja, menos oito e a seguir menos 22, poderia ter nascidoĀ prĆ³ximo a 1778.
Ā 
E, 22 somado a 64, estaria com 86 anos de idade na data em que surge o mesmo nome dela no ALMANAK. Poderia sim estar viva. E os bons genes dela se somam a outros para resultar na longevidade daĀ famĆ­lia.
Ā 
MasĀ nĆ£oĀ podemos deixar de reconhecer a probabilidade quanto a isso ser menor. Nesse caso, ha que se esperarĀ tambĆ©m queĀ nĆ£oĀ seja ela. Pode ser uma filha ou outra parenteĀ prĆ³xima.
Ā 
As evidencias levam a crer que seja ela mesmo, pois, isso seria mais umaĀ razĆ£o pela qual o nome VITA ficou naĀ famĆ­lia. Enquanto que o nome ISIDORA era totalmente desconhecido, ate mesmo para os netos desta.
Ā 
Alem do que ha aĀ coincidĆŖncia de ja ser dona de fazenda em ITABIRA e, caso tenha mudado paraĀ GUANHƃES mesmo,Ā nĆ£o mudaria aĀ profissĆ£o.
Ā 
Seria um achado seĀ buscĆ”ssemos eĀ encontrĆ”ssemos osĀ inventĆ”rios dessa pessoa. No ALMANAK de 1872, outro que tive acesso, nem ela nem “ANNITA” aparecem mais, por isso julgo que faleceram nesse intervalo de 8 anos. Resta saber onde encontra-lo: emĀ GUANHƃESĀ ou no SERRO.
Nos inventĆ”rios da ISIDORA FRANCISCA o nome GENOVEVA NUNES FERREIRAĀ havia sido fixado e repetido. A duvida anterior entre o FERREIRA ou FILGUEIRAS se dissipou.
Desde o tempo em que descobriu-se o “DE GENERE” do padre EMIGDIO ja se sabia que os nomes dos pais do padre POLICARPO foram: capitĆ£o JOSE VAZ BARBALHO e ANNA JOAQUINA MARIA DE SAN JOSE.
Observe-se que o mesmo nome do pai surge em GUANHƃES, em 1864 e, em 1875, ele aparece em SABINƓPOLIS. Mas trata-se do filho de VICTORIANO JOSE BARBALHO, ja falecido,Ā e MARIA DO CARMO DE MACEDO, que era viva aos 90 anos de idade quando os inventĆ”rios do filho: FRANCISCO JOSE BARBALHO, foram abertos em 1875. O irmĆ£o JOSE VAZ foi nomeado 2o. testamenteiro.
Alem disso, pela presenƧa do 3o. testamenteiro nomeado: capitĆ£o FRANCISCO MARCAL BARBALHO, penso que VICTORIANO tambem foi irmao do POLICARPO. Mas a confirmaĆ§Ć£o devera ser encontrada em documentos da circunscriĆ§Ć£o do SERRO-DIAMANTINA.
O que nos falta ai seria tirar as duvidas quanto ao JOSE VAZ BARBALHO, pai do POLICARPO, ter sido ou nĆ£o filho do casal: MANOEL VAZ BARBALHO e JOSEFA PIMENTA DE SOUZA. Mas nĆ£o serĆ” aqui que iremos resolver isso.
Enfim, chegamos ao ponto. Apos `as ultimas, com os dados ja comentados no capitulo anterior, informa-se que o primo DIONE NUNES FERREIRA gentilmente presenteou-nos com mais alguns documentos reveladores.
Entre os documentos, encontram-se umas fotos do Censo de 1840, em ITABIRA. E nelas aparecem o resumo abaixo:
No. Ā Pessoas Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā Idade Ā  Ā  Cor. Ā  Ā  Est. Civ. Ā  Profis. Ā SituaĆ§Ć£o Ā  Niv. Alfab.
40. Ā Manuel Nunes Coelho Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  53. Ā  Ā  pardo. Ā  Ā casado. Ā  lavrador. Ā  Ā livre. Ā  Ā sabe ler
Ā  Ā  Ā  Ā Valeriana Roza Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  51. Ā  Ā parda. Ā  Ā casada. Ā  costureira. livre. Ā  Ā  nĆ£o
Ā  Ā  Ā  Ā Manuel Nunes Junior. Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā 18. Ā  Ā pardo. Ā  Ā  Ā solt. Ā  Ā  Ā  Ā tropeiro. Ā  Ā livre. Ā  Ā  sabe ler
Ā  Ā  Ā  Ā Pantalean Bento. Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā 21. Ā  pardo. Ā  Ā  Ā solt. Ā  Ā  Ā  Ā ferreiro. Ā  Ā  livre Ā  Ā  Ā sabe ler
Ā  Ā  Ā  Ā Jose Thomas Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  15. Ā  Ā  pardo. Ā  Ā  solt. Ā  Ā  Ā  Ā sem. prof. livre. Ā  Ā  sabe ler
PossuĆ­am 6 escravos: Alexandre (26 anos), Maria Antonia (26 – viuva e cozinheira), Gessiano (14), Caetano (6), Vicente (4) e Francisca (2). Todos, inclusive as crianƧas, classificados como roceiros, exceto Maria Antonia.
294. Thome Nunes Filgueiras. Ā  Ā  70. Ā  Ā pardo. Ā  Ā  casado. Ā  mineiro. Ā  Ā livre. Ā  Ā analfabeto.
Ā  Ā  Ā  Ā  D. Anna Coelho Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā 70. Ā  Ā parda. Ā  Ā  casada. Ā  ………… Ā  Ā  livre. Ā  Ā  o mesmo
Ā  Ā  Ā  Ā  pe. Jose Gls. Filgueiras. Ā  Ā  Ā  34. Ā  pardo. Ā  Ā  Ā Eclesias. ………… Ā  Ā  …….. Ā  Ā  …………..
Residiam nas propriedades: Jose (14); Joaquim (14), Jose (20), Rita (17), JoĆ£o (ns); Maria (40); Antonio (40); Felizarda (40). Eram todos livres, ocupavam-se principalmente com o trabalho de costura e sabiam ler. Apenas Maria era branca. Os outros, pardos.
PossuĆ­am os cativos: Rosa (40); Ritta (27); Prudencia (17); Germana (25); Luzia (21); Victoria (30); Caetano (38) e Quitilianno (20).
Prudencia, Caetano e Quintilianno eram solteiros e as outras casadas. ProfissƵes que ocupavam era alfaiates, cozinha e serventes. NĆ£o foi especificado o grau de alfabetizaĆ§Ć£o.
74. Ā Jose de Magalhaes Barbalho Ā 30. Ā  pardo. Ā  casado. Ā  fab. de ferro Ā livre. sabe ler
Ā  Ā  Ā  Ā Maria Germana Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā 25. Ā parda. Ā  Ā casada Ā  Ā costureira. Ā  Ā livre. Ā  analf.
Ā  Ā  Ā  Ā Margarida Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  7. Ā parda. Ā  Ā  Ā solt. Ā  Ā  Ā  ……………. Ā  Ā  livre. Ā  idem
Ā  Ā  Ā  Ā Leonor Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā 5. Ā parda Ā  Ā  Ā  idem Ā  Ā  Ā ……………. Ā  Ā  livre. Ā  idem
Ā  Ā  Ā  Ā Anna Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  3. Ā parda. Ā  Ā  Ā idem Ā  Ā  Ā ……………. Ā  Ā  livre. Ā  idem
PossuĆ­am 4 escravos ou, cativos, no jargĆ£o da Ć©poca. Joaquim (44); Gregorio (48); Jose (39) e Martiniano (16). Eram ferreiros, carvoeiro e servente.
Ainda residiam nas dependĆŖncias da casa: Miguel Angelo (19) e JoĆ£o Coelho (30). Miguel era pardo e livre. JoĆ£o era africano e liberto.
Retornando apenas um pouco ao padre POLICARPO JOSE BARBALHO, encontrei o registro de batismo dele, que se deu em SANTA RITA DURAO, tendo sido em 21 de novembro de 1779.
Pelos cƔlculos das idades, THOME e D. ANNA nasceram em 1770. MANOEL em 1787, VALERIANA em 1779, JOSE em 1810 e MARIA GERMANA em 1815.
Quando estava raciocinando sobre esses dados, estava cansado, entĆ£o, larguei-os para la para fazer uma caminhada com o Rudy, o cachorro de minha filha e que tomo conta. Ja havia passado de hora de ele e eu fazermos nosso exercĆ­cio diĆ”rio.
Em meio `a caminhada ocorreu-me uma teoria: MARIA GERMANA pode ser a mesma MARIA, filha do casal MANOEL NUNES COELHO e VALERIANA ROSA GONƇALVES. Eu tinha os apontamentos dos filhos batizados em ITABIRA, que estĆ£o no site familysearch.
A partir da metade da caminhada, e tendo o pensamento, forcei-me a completar o circuito planejado, mas a ansiedade de verificar fez a jornada parecer bem mais longa que o normal. Enfim cheguei em casa e a primeira coisa que fiz, apĆ³s limpar o cĆ£ozinho, foi buscar o caderno de anotaƧƵes.
La estava, MARIA NUNES COELHO, 23.06.1816. Itch!!! Fez agua na teoria! Errei por um ano!
Passado algumas horas recordei-me que tinha tambƩm os registros de Livros de Batismos, de ITABIRA. Uma excepcional cortesia do amigo MAURO DE ANDRADE MOURA.
La estĆ£o registrados os nascimentos de muitos parentes nossos, especialmente da FamĆ­lia BARBALHO. E isso consta:
17.03.1838, pagina 77v, MARGARIDA, filha de JOSE DE MAGALHAES BARBALHO e MARIA GERMANA. Padrinhos: MANUEL NUNES COELHO e GENOVEVA NUNES FERREIRA.
Com certeza, estĆ£o ai duas pessoas que eu ja sabia fazer parte da famĆ­lia, antes de a preciosa contribuiĆ§Ć£o do senhor DION NUNES FERREIRA.
Logo percebi o contraste. MARGARIDA foi batizada em 1838 e em 1840 estava com 7 anos de idade. NĆ£o precisei gastar muito fĆ³sforo para lembrar-me que naquele tempo era comum ocorrer a falta de padres em locais ermos, onde muitos moravam.
Ha no inventario que o amigo MAURO enviou-me, o do FRANCISCO JOSE BARBALHO, o qual esta acompanhado de Testamento. O testamento foi lavrado pelo JOSE DE MAGALHAES BARBALHO e, naturalmente, em vida do FRANCISCO.
Foi ai que descobri que FRANCISCO JOSE era filho de VICTORIANO JOSE BARBALHO e MARIA DO CARMO DE MACEDO. Tinha por irmĆ£o um JOSE VAZ BARBALHO, o qual foi nomeado segundo testamenteiro. O primeiro era a esposa QUINTINA FRANCISCA BARBALHO. O terceiro foi nada mais que o capitĆ£o FRANCISCO MARCAL BARBALHO.
Por esses dados todos penso que VICTORIANO tenha sido irmĆ£o do padre POLICARPO. O mesmo se deve achar em relaĆ§Ć£o ao senhor MODESTO JOSE BARBALHO. Mas tanto os registros de batismos quanto os de casamentos devem ter ocorrido no territĆ³rio da atual ARQUIDIOCESE DE DIAMANTINA, cujo arquivo ainda nĆ£o tivemos acesso.
Mas no Testamento do FRANCISCO JOSE BARBALHO ha uma menĆ§Ć£o a residir emĀ ITAMBE DO MATO DENTRO. Embora, o endereƧo do FRANCISCO e dona QUINTINA fossem nas ruas de ITABIRA. Mais precisamente, RUA DA AGUA SANTA.
Isso fez-me raciocinar que JOSE DE MAGALHAES BARBALHO deve ter residido em ITAMBE DO MATO DENTRO, que era filial de ITABIRA. Dai a probabilidade de as filhas terem sido batizadas tempos depois do nascimento, o que era comum em dadas circunstancias.
Muitos ate fazem troƧa dizendo que os pais iam juntando filhos para quanto juntar um determinado numero leva-los todos a batizar no mesmo dia, porque no atacado o padre fazia mais barato! E como o padre EMIGDIO, que poderia fazer de graƧa, ainda estava estudando!
Nesse caso, ha a possibilidade de a MARIA GERMANA, esposa do JOSE DE MAGALHAES BARBALHO, ter mesmo sido a filha: MARIA, de MANOEL e VALERIANA.
Somando as pistas, vamos nos lembrar que a amizade entre MANOEL NUNES COELHO e POLICARPO JOSE BARBALHO ficou registrada, indiretamente, na Ata da reuniĆ£o da Camara de CaetĆ©, datada de 12 de Outubro de 1822.
Na reuniĆ£o foi tratado o apoio dos “nobres homens bons” `a ProclamaĆ§Ć£o da IndependĆŖncia do Brasil, de 7 de Setembro do mesmo ano, e apoio, condicional, ao imperador D. Pedro I. A ata esta transcrita no volume primeiro da Revista do Arquivo Publico Mineiro, fascĆ­culo 1o., de Janeiro a MarƧo de 1896.
A ata ocupa desde a pagina 225 ate a 238. E contem umas 10 paginas dedicadas apenas `a relaĆ§Ć£o das pessoas que assinaram, alguns por procuraĆ§Ć£o. `A pagina 229 temos juntos: “Alferes de OrdenanƧas, MANOEL NUNES COELHO, e Tenente POLICARPO JOSE BARBALHO.
O capitĆ£o THOME NUNES FIGUEIRAS, note-se ai que nesse documento nĆ£o aparece o “l” do sobrenome, esta nomeado `a pagina 232. Foi representado por procuraĆ§Ć£o passada ao padre JOSE ANTONIO DE ARAUJO, que havia assinado antes dele. Alias, o padre ocupa boa parte da pagina por representar diversos ausentes.
Mas, certamente que nĆ£o foi por acaso que MANOEL e POLICARPO aparecessem juntos na assinatura da ata.
Retornando ao registro de batizado da “tia” MARGARIDA, acredito que os padrinhos, a bisavĆ³ dela, GENOVEVA NUNES FERREIRA foi convidada por madrinha por causa da importĆ¢ncia representada para a famĆ­lia.
E, nos batismos de primogĆŖnitos, geralmente os avĆ³s seriam convidados. Nesse caso, se minha hipĆ³tese estiver correta, MANUEL NUNES COELHO terĆ” entrado por ser o avĆ“ materno. Sendo que ANNA MARIA COELHO nĆ£o o acompanhou porque a bisavĆ³ teria a preferencia `a honra.
Uma pena nĆ£o termos o batismo da ANNA MARIA DE MAGALHAES, pois, mais certo serĆ” que a avĆ³ materna ANNA MARICA COELHO devera ter sido a madrinha. O prĆ³prio nome da menina seria uma homenagem a uma pessoa mais velha na famĆ­lia.
Outro indĆ­cio interessante Ć© a presenƧa da “cativa” GERMANA na casa do THOME NUNES FILGUEIRAS. CoincidĆŖncia?! Observe-se que era da mesma idade da MARIA GERMANA, 25 anos de idade.
Sei nĆ£o! Tem coisas absurdas que acontecem que ate as ciĆŖncias nĆ£o explicam. Pode sim ser mera coincidĆŖncia. Mas o que parece ser Ć© que a escrava mĆ£e, por gostar tanto da sinhazinha recĆ©m-nascida, pediu para o senhor colocar o mesmo nome na prĆ³pria filha.
NĆ£o pode esperar que fossem irmĆ£s gĆŖmeas. Uma, MARIA GERMANA, esta classificada como parda; a outra, como “crioula”. Mas nĆ£o se duvide que tenham sido irmĆ£s de leite. A menos que as duas mĆ£es tivessem excesso de produĆ§Ć£o. Assim, os irmĆ£os de leite seriam outros.
E, por falar na cor. Lembre-se que o termo pardo no Brasil tinha diversos aspectos. Na verdade tinha componentes na ascendĆŖncia e de situaĆ§Ć£o econĆ“mica. Se tinha ascendĆŖncia visĆ­vel africana ou indĆ­gena, se fosse pobre seria pardo; e se fosse rico, poderia “embranquecer”!
De um modo geral, o termo descrevia pessoas de origem Ć©tnica mista. Obviamente, `a medida que o ImpĆ©rio Brasileiro foi se firmando, e a cor do brasileiro natural escurecendo mais, ocorreu uma reaĆ§Ć£o que influenciou as decisƵes governamentais.
D. Pedro II, o “bonzinho preconceituoso”, instituiu incentivos favorecendo `a imigraĆ§Ć£o de pessoas europeias ou cores de pele menos escura que a do brasileiro comum. A tentativa foi a de “alvejar” o brasileiro.
Ou substituir sua elite por outra menos escura. NĆ£o nos esqueƧamos que durante o sĆ©culo XIX as teorias afirmando que a cor branca denotava superioridade estavam na “ordem do dia”. Portanto, a decisĆ£o de “embranquecer” o brasileiro, ao invĆ©s de aplicar recursos na educaĆ§Ć£o dos que ja existiam, foi uma das decisƵes politicas que prejudicam o pais ate hoje.
E a razĆ£o para que a cor mesmo da elite brasileira estivesse se tornando escura foi o fato de que o numero de homens que chegaram pela aventura de “enricar” era muito maior que o de mulheres brancas.
No inicio, os portugueses de poucos recursos, chegando solteiros, logo buscavam uma indĆ­gena para o matrimonio. Com o aumento da presenƧa dos escravos, as senzalas tambĆ©m passaram a fornecer mulheres para seus patrƵes e empregados. Alias, com o passar do tempo, a senzala substituiu quase completamente a uniĆ£o com indĆ­genas.
Quando a colonizaĆ§Ć£o em Minas Gerais iniciou-se, a populaĆ§Ć£o brasileira ja era mais parda que branca. E ai a situaĆ§Ć£o continuou favorĆ”vel `as miscigenaƧƵes, pois, a probabilidade de as pessoas fazerem fortuna naquele ambiente de pura aventura era muito menor que os riscos de mortes de todas as formas.
Portanto, era ambiente pouco convidativo para mulheres brancas, especialmente as de fino trato. Essas, eram em numero reduzido e geralmente chegavam acompanhando os pais que procediam diretamente da Europa para ocupar cargos da confianƧa do senhor rei do ImpĆ©rio PortuguĆŖs.
Por mais brancos que os brasileiros possam pensar ser na atualidade, eles descendem de ramos pardos que somente puderam ser produzidos pela miscigenaĆ§Ć£o com os considerados pardos a principio: os levados da Africa ou os nativos-brasileiros.
O que podemos afirmar Ć© que a maioria absoluta dos brasileiros `a Ć©poca de 1840 era considerada parda. E a tendencia Ć© voltar a ser o que foi naquela Ć©poca, pois, os consecutivos casamentos entre pessoas de origem mista tendem a diluir as cores originais, dando `a descendĆŖncia um tom intermediĆ”rio, o que, em minha opiniĆ£o, Ć© ate mais bonito.
Nosso primo, FELIX TOLENTINO, que estuda as genealogias do torrĆ£o natal dele, a Cidade do Serro, ja disse, em artigo publicado em jornal de Belo Horizonte, que `a medida que o ouro foi se esgotando nos veios de aluviĆ£o da regiĆ£o, os mineradores foram se acomodando, construindo suas casas `a beira dos cĆ³rregos locais, e isso deu origem ao primeiro traƧadoĀ urbano na cidade.
E, com a particularidade, esses primeiros habitantes casaram-se com suas escravas, por ausĆŖncia de outras mulheres disponĆ­veis.
No mesmo volume no qual encontra-se a Ata da ReuniĆ£o da Camara de CaetĆ©, foi publicado um histĆ³rico da regiĆ£o do Serro. Inclui a Freguesia do PeƧanhaĀ e outras. Os artigos foram de autoria do alferes Luiz Antonio Pinto.
Acredito que isso seja uma sugestĆ£o para a origem da famĆ­lia a qual ele prĆ³prio fazia parte. Para explicar alguns fatos ocorridos no inicio do povoamento do SERRO, o alferes aproveita-se para mencionar um casamento realizado pelo padre, LUIZ PINTO DE ALMEIDA. Isso, `a pagina 761.
Ja, `a pagina 762, ele reproduz parte do registro de batismo de CATHARINA. Ali esta que, “A f. 110v, do Livro de Batismos da matriz de N. Sra. da CONCEICAO e Capelas filiais”, temos:
“Catharina – Aos tantos dias de Dezembro de mil setecentos de dezoito anos, batizou o Reverendo Padre VigĆ”rio o Licenciado ANTONIO DE MENDANHA SOTTO MAYOR a CATHARINA filha de MARIA escrava de MANOEL DA SILVA PINTO, e o dito senhor a reconheceu por filha; foi padrinhos, MANOEL DE MATOS SOTTO MAYOR …”
Na verdade o assento que registra foi uma copia do original que sobrou de um incĆŖndio que havia acontecido em 25 casas no SERRO. Inclusive a do padre que guardava os livros. De toda forma, foi 7 anos depois, as testemunhas do fato devem ter confirmado.
E, por nossa ancestral ANNA PINTO DE JESUS, esposa do tetravƓ EUSEBIO NUNES COELHO, devemos ser reflexo desse nascimento. Possivelmente, algum dia alguƩm poderƔ demonstrar que nossa cor de pele tem um de seus inƭcios naquele batizado.
Acredito tambĆ©m que JOSEFA PIMENTA DE SOUZA, esposa de MANOEL VAZ BARBALHO, tenha sido mulata. NĆ£o sendo ela, teremos que esperar que ANNA JOAQUINA MARIA DE SAN JOSE, esposa do JOSE VAZ BARBALHO terĆ” sido uma pessoa de cor.
Se nĆ£o for assim, restar-nos-a o ramo de ascendĆŖncia da tetravĆ³ ISIDORA FRANCISCA DE MAGALHAES, esposa do POLICARPO, pois, nĆ£o seria possĆ­vel ao JOSE DE MAGALHAES BARBALHO ter sido pardo se todos os seus ancestrais fossem brancos.
Para quem tem preconceito com essas partes da HISTORIA GENEALƓGICA, isso pode ate soar mal. Mas eu tenho um prazer maior quanto mais encontro diversidades em meus genes.
Pena para mim Ć© que a cor morena pĆ£o assado somente se ressalta em mim quando tenho oportunidade de expor-me muito ao sol. Mas aqui no Norte do planeta as oportunidades de tomar sol sĆ£o raras e muito preciosas.
Voltando ao assunto principal genealogia e heranƧa genƩtica, precisamos compreender que existem diferenƧas entre ser e ser classificado como pardo. Por ser um texto mais compacto, indico o endereƧo abaixo da Wikipedia, para quem desejar saber mais, ver o que o termo definia:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pardos
Ha pois que ir ao endereƧo e ler-se pelos menos as subdivisƵes do texto: “Origem” e “Nos Censos Brasileiros”. Sabendo pois, entĆ£o, que 99% da populaĆ§Ć£o brasileira atual Ć© “parda”. Segundo os critĆ©rios dos antigos censos.
E eu nĆ£o me iludo que nĆ£o sou! Embora, frequentemente, sou confundido por outros brasileiros como se tivesse origem aqui mesmo nos Estados Unidos.
Obviamente, vamos deixar claro aqui duas coisas. Os dados que temos das famĆ­lias NUNES COELHO e BARBALHO em ITABIRA sĆ£o reais. A Ćŗnica hipĆ³tese aqui sĆ£o as relaƧƵes de laƧos familiares existentes.
Nesse caso Ʃ uma desconfianƧa minha de que o NUNES da ancestral GENOVEVA NUNES FERREIRA e do ancestral THOME NUNES FILGUEIRAS serƔ o mesmo. Por isso, acredito que os NUNES COELHO e MAGALHAES BARBALHO saƭram de um mesmo ventre.
Acredito tambƩm que o FERREIRA da ancestral devera encontrar-se com essa assinatura em outros membros dessa famƭlia, como exemplo: no sobrenome do sr. DION NUNES FERREIRA.
Acredito na possibilidade de que esse sobrenome FERREIRA, na maioria dos casos na regiĆ£o da antiga VILA DO PRƍNCIPE, atual SERRO, estarĆ” ligado aos bandeirantes. Em especial `a famĆ­lia do GASPAR SOARES FERREIRA. Em outros casos, os SOARES da regiĆ£o, na maioria, tambĆ©m deverĆ£o estar ligados `a mesma fonte.
NĆ£o que sejamos descendente do GASPAR. Observe-se nesse outro texto abaixo que ele estava presente na expediĆ§Ć£o que encontrou ouro em CONCEIƇƃO DO MATO DENTRO e no SERRO. Ele prĆ³prio encontrou ouro e fundou o arraial que recebeu o nome de MORRO DO GASPAR SOARES, atual MORRO DO PILAR.
https://pt.wikipedia.org/wiki/AntƓnio_Soares_Ferreira
Observe-se que o titulo do texto ANTONIO SOARES FERREIRA, demonstra quem era o lĆ­der da expediĆ§Ć£o, embora, o GASPAR entre como integrante. E pelas assinaturas iguais, podem ter sido irmĆ£os ou primos.
No final do texto ha indicaƧƵes de onde encontrarmos a genealogia pregressa do ANTONIO. Embora o GASPAR nĆ£o tenha sido identificado por SILVA LEME, no GENEALOGIA PAULISTANA, isso nĆ£o quer dizer que nĆ£o sejam irmĆ£os. Muita gente nĆ£o foi relacionada por ele mas os pesquisadores recentes ja acrescentaram outros nos nĆŗcleos originais que ele descreveu.
Deixando as teorias para a pratica. Consolida-se o entendimento de que JOSE DE MAGALHAES BARBALHO e MARIA GERMANA (hipĆ³tese em relaĆ§Ć£o a ela por enquanto) sĆ£o membros das famĆ­lias BARBALHO e NUNES COELHO. E deles, com toda certeza, nasceu a menina ANNA.
Fica apenas no ar ainda que a ANNA encontrada no Censo de 1840 seja a mesma. `A Ć©poca era muito comum as crianƧas falecerem em idades tenras. Mas, se nĆ£o for ela e essa ter falecido, certamente serĆ” outra que, nascida apĆ³s o falecimento, terĆ” recebido o mesmo nome. Nesse caso, possĆ­vel homenagem `a avĆ³ ANNA MARIA COELHO.
De certo, o que sabemos foi que ANNA MARIA DE MAGALHAES engravidou-se em ITABIRA. Contava-se antes que era filho de um musico do RIO DE JANEIRO que acompanhava um circo. Ele seria negro.
Mas ha outra versĆ£o, que MURILLO COELHO, (bisneto de ANNA MARIA e neto do filho nascido em GUANHƃES, cujo nome completo era JOAO BATISTA DE MAGALHAES BARBALHO,) quando ainda lĆŗcido, alegava essa paternidade ser de um membro da sociedade itabirana.
Talvez essa versĆ£o seja a realista, pois, algumas notas da tradiĆ§Ć£o familiar apontam para uma cor mais clara desse antepassado. ANNA MARIA por outro lado podemos dizer que era de um tom mulato-claro.
Devemos observar que a “sociedade itabirana” era formada em sua maioria por pardos, o que denotava que a classificaĆ§Ć£o parda tratava-se apenas da questĆ£o de cor de pele e nĆ£o de situaĆ§Ć£o social.
Os “nossos” pardos como THOME NUNES e o filho MANOEL NUNES, ocupavam posiƧƵes naquela sociedade. Podemos verificar isso na Ata da Camara Municipal de CaetĆ©, de 12.10.1822, na qual MANOEL NUNES COELHO comparece com a patente de Alferes de OrdenanƧas. O pai THOME era capitĆ£o, no mesmo documento.
Podemos inferir com exatidĆ£o a respeito do tom mulato-claro em ANNA MARIA, pois, a famĆ­lia recorda em seus serƵes que o “tio” JOAOZINHO tinha especial apreƧo pela neta MARIA ANGELA (JU) COELHO, pois, entre todas, ele alegava ser a que mais se parecia com a mĆ£e dele.
E tanto a minha geraĆ§Ć£o quanto a dos netos da tia JU a conheceram o suficiente para identificar o tom de cor da trisavĆ³ ANNA MARIA DE MAGALHAES. A cor nĆ£o se fixou apenas desse lado, pois, descendemos tambĆ©m da MARIA HONƓRIA NUNES COELHO.
Tia JU deve ter herdado os genes para cor e aparĆŖncia mais africana, porem, as duas dezenas de irmĆ£os que teve variaram desde entre a cor prĆ³xima `a dela ate ao claro e loiro. Contudo, todos com traƧos em maior ou menor grau mostrando a miscigenaĆ§Ć£o.
Alguns vĆ£o lembrar-se que o “tio” JOAOZINHO assinava apenas JOAO BATISTA DE MAGALHAES. Mas nĆ£o foi assim pela vida toda. Antigamente, as pessoas mudavam seus nomes como desejavam. Nesse caso, ele cortou o BARBALHO.
Assim como o genro dele JOSE BATISTA COELHO JUNIOR, cortou o BATISTA. Isso porque essa assinatura foi herdada do avĆ“ dele, JOAO BATISTA COELHO (marido da MARIA HONƓRIA). No avĆ“ justificava-se o sobrenome porque nasceu no dia de SĆ£o JOAO BATISTA. NĆ£o se sabe porque o neto nĆ£o desejou perpetuar a homenagem, ao contrario de irmĆ£os.
Entre os documentos enviados pelo senhor DIONE, encontram-se duas atas dos exames finais das escolas publicas das Freguesias de SĆ£o MIGUEL E ALMAS e do PATROCƍNIO DE GUANHƃES. Ou seja, GUANHƃES e VIRGINƓPOLIS.
Em 18.12.1872, na escola dirigida pelo professor MILITAO XAVIER CALDEIRA, sob a presidĆŖncia do delegado de ensino FRANCISCO NUNES COELHO, os alunos foramĀ inquiridos. Nessa prova final, o aluno JOAO BATISTA DE MAGALHAES BARBALHO, foi o primeiro aprovado com distinĆ§Ć£o.
Postarei aqui os nomes dos outros alunos para que todos os que procurarem informaƧƵes a respeito de ancestrais saibam onde localizar aqueles meninos que na atualidade sĆ£o ja ancestrais de varias geraƧƵes. Segue a lista:
AMANCIO JOSE DE QUEIROZ
ANTONIO RODRIGUES COELHO JUNIOR*
ANTONIO DE ARAUJO SOARES
ALTIVO RODRIGUES COELHO*
CARLOS PEDRO(?) COELHO
FRANCISCO DE ARAUJO FARIAS
FRANCISCO RODRIGUES DE OLIVEIRA
FRANCISCO SE SOUSA TEIXEIRA
HERMOGENES BARRADA(?) DA SILVA
JORGECIANO PEREIRA GUIMARAES
JOSE COELHO DA ROCHA SOBRINHO*
JOAO LUIS DA SILVA FILHO
LINDOLPHO RODRIGUES COELHO*
MILITAO XAVIER CALDEIRA FILHO
SIMAO NUNES CALDEIRA
MODESTO SE SOUSA TEIXEIRA
ERNESTO RIBEIRO CARVALHO
MARCOS GONCALVES PIMENTA
MAXIMINO PINTO DO NASCIMENTO
SALVIANO(?) JOSE DOS REIS
INNOCENTE FERREIRA DOS REIS
HIBRAIM(?) PEREIRA DA ROCHA
LUIS BOSSI PEREIRA DA ROCHA
RAIMUNDO GONCALVES PIMENTA
RAIMUNDO JOSE DOS REIS
MANOEL DOMINGUES DA SILVA
ANTONIO PEIXOTO DA SILVA
ANTONIO DIAS DA SILVA
JOAO SILVESTRE DA SILVA
PEDRO JOSE ADVINOULAMOSTRA(?)
OUTROS ALUNOS:
VICENTE FELIX COELHO
ANTONIO TORQUATO DA SILVA
RODOLPHO EVATISTO DE MORAES
MANOEL LUIS PEREIRA
JOAQUIM FERREIRA DOS SANTOS
SALVIANO GERALDO DE ANDRADE
ANTONIO DA COSTA VILLA REAL
SEVERIANO FERREIRA SEABRA
NAO COMPARECERAM AOS EXAMES:
JOAQUIRO SATYRO DE OLIVEIRA
JOAO BERNARDES DE CASTRO
MANOEL DA SILVA COSTA
PIO NUNES COELHO*
(EMIJASAO) GOLCALVES PIMENTA
SEBASTIAO PORFIRIO NEPOMUCENO
JOSE POLIDORO DA ROCHA*
JOAO DONISETE DA SILVA
JOAO ALVES DA CUNHA
ZEFERINO PEREIRA DA SILVA
CLEMENTE PIMENTA DO NASCIMENTO ROCHA
JOSE BARBOSA DA SILVA
ANTONIO GONCALVES PIMENTA
JOAQUIM DOMINGUES DA SILVA
JOAO {JANJAN} FERREIRA DA SILVA*
JOSE DOMINGUES DA SILVA
CELESTINO PEREIRA DA SILVA
MANOEL THOMAS DA COSTA
DAVID GERALDO DE ANDRADE
SEVERIANO PEREIRA CANDIDO
No futuro PIO NUNES COELHO e JOAO {JANJAN} FERREIRA DA SILVA tornar-se-iam concunhados, casando-se na cas de ANTONIO RODRIGUES COELHO e MARIA MARCOLINA BORGES DO AMARAL. TrĆŖs dos filhos do casal estavam na primeira turma.
Possivelmente, esse nĆ£o comparecer `as provas devia-se `as condiƧƵes climĆ”ticas de dezembro na regiĆ£o. Chovia tanto que os caminhos tornavam-se intransitĆ”veis durante meses. E muitos residiam em fazendas, a lĆ©guas distantes da sede do municĆ­pio.
A ata foi lavrada pelo prĆ³prio professor MILITAO e vai assinada pelos presentes, inclusive o delegado do ensino FRANCISCO NUNES COELHO*.
Em 12.12.1882, na escola publica feminina, dirigida pela professora ERSILLA COELHO DE ANDRADE MAGALHAES, em VIRGINƓPOLIS, constou que o secretario foi o senhor JOAO BATISTA DE MAGALHAES. Ou seja, assim que ficou adulto, suprimiu o ultimo sobrenome.
Aparecem ai ainda os nomes dos senhores ELIDIO RODRIGUES NUNES e LUIZ FURTADO LEITE SOBRINHO. O senhor ELIDIO tem descendentes entre nossos parentes. Mas nada sei informar a respeito da esposa ou filhos.
Em dados que encontrei no site com a lista de ex-alunos do COLƉGIO DO CARAƇA, estava la registrado nada mais que meu amigo e colega: GERALDO NUNES LACERDA. Mais conhecido como GERALDO CRISPIM.
Ele esta registrado sob o numero de matricula 2160, de 1965, Filho de: ILIDIO NUNES NETO e dona ZILDA CANDIDA LACERDA. GERALDO CRISPIM casou-se com UELVA NUNES LEITE, nossa prima pelos lados BARBALHO, BATISTA COELHO e NUNES COELHO.
Ja o senhor LUIZ FURTADO LEITE SOBRINHO foi marido da LUIZA NUNES COELHO, filha dos tios JOAQUIM NUNES COELHO e FRANCISCA EUFRASIA DE ASSIS COELHO. O sobrinho no final do nome dele talvez ajude a aprofundar melhor na genealogia da familia FURTADO LEITE, ou simplesmente LEITE.
Alem desse parentesco, filhos se misturaram com os primos COELHO. Uma verdadeira farra! UELVA descende do QUINSOH, irmĆ£o da LUIZA N. COELHO.
O senhor DIONE nĆ£o enviou-me a copia completa dessa 2a. ata. Assim, entre os alunos aparecem apenas os nomes daqueles que vinham primeiro, indicados pela mestra, para fazer primeiro as provas como exemplo da qualidade da escola.
E os nomes desses foram: JOAO COELHO DE ANDRADE, JULIA NUNES COELHO, MARIA ISABEL FERREIRA e MARIA COELHO DE ANDRADE. JOAO foi aprovado com distinĆ§Ć£o e as outras foram “simplesmente aprovadas”.
Fica ai a duvida quanto a JOAO e MARIA COELHO DE ANDRADE terem sido irmĆ£os ou primos da mestra. NĆ£o tenho nenhuma informaĆ§Ć£o mais adequada da famĆ­lia dos trisavĆ³s: JOAQUIM COELHO DE ANDRADE e JOAQUINA UMBELINA DA FONSECA, pais da Dindinha ERSILLA.
Tenho noticias que houveram os filhos JOAQUIM, JOSE (JUCA) e talvez CLARISSA. Ha a duvida quanto a essa ser neta porque viveu ate pelo menos aos anos de 1960 e andava de DIVINOLANDIA a VIRGINƓPOLIS, se o CISTA nĆ£o tinha antes a noticia de que estava na estrada e mandasse a charrete de encontro.
As informaƧƵes eram que nĆ£o era clara apenas de nome. Mas de cabelos e pele.
A mestra ERSILLA estava muito jovem em 1882 e caso tenha sido a ou das mais velhas na famĆ­lia, poderia ter irmĆ£os em idade de escola ainda. Ainda mais que naquela Ć©poca podia-se entrar nas escolas primarias mesmo depois de passado os 10 anos de idade.
As tradiƧƵes de famĆ­lia falam em dificuldades passadas por JOAQUIM, JOAQUINA e familiares, que eram muito numerosos, tendo sido esse o motivo de se transferirem para o CƓRREGO DOS HONƓRIOS, com a assistĆŖncia do genro MARCAL.
Para nĆ£o perdermos os pique, fiquemos apenas com o “tio” JOAOZINHO (BATISTA DE MAGALHAES BARBALHO).
Na reuniĆ£o de 12.12.1882, dindinha ERSILLA, assim a chamamos por ser bisavĆ³ paterno/paterno da casa de meus pais, estava contando com 3 anos e meses de casada (05.07.1879), e ela havia se casado aos 17 anos de idade, nascida a 04.03.1862. Faleceu em 18.06.1937.
Foi a esposa do MARCAL DE MAGALHAES BARBALHO,Ā que nasceu a 08.08.1854 e faleceu a 19.01.1909. O primeiro filho, ONESIMO, estava com menos de um ano de idade (16.02.1882).
Apos ele tiveram: VITA (30.11.1887), TRAJANO (CISTA, 20.04.1890), MARCIAL 1o., MARCIAL (12.09.1892), SALVA (irmĆ£ HELENA, 15.06.1894), MURILLO (01.07.1895 – 23.01.1914), FILOTHEIA (TETE, 31.12.1897), OLGA (22.06.1899), DAFINIS (29.09.1900 – 20.03.1901) ABILA PATROCƍNIO (BILOCA, 11.10.1903).
MARCAL foi ainda pai natural de ADELINA (24.06.1878) que casou-se em OURO PRETO com o portuguĆŖs JOAQUIM AFONSO PAINHAS. Sobrenome esse que encontrei na Historia da IRMANDADE TERCEIRA DE SAO FRANCISCO DE ASSIS DE OURO PRETO, em outra pessoa. Mas nĆ£o sei qual o parentesco.
Essa previa foi justamente para anunciar que o tio JOAOZINHO casou-se com CANDIDA (SA CANDINHA) DE MAGALHAES BARBALHO, irmĆ£ completa do MARCAL. Assim, ele e dindinha ERSILLA tornaram-se concunhados.
Ā SA CANDINHA e JOAOZINHO casaram-se no ano seguinte `a reuniĆ£o: 30.06.1883. E foram pais de:
01. JoĆ£o Magalhaes Junior c. c. Alda de Magalhaes Barbalho
02. Eliezer (Seo Li) Magalhaes, solt.
03. Emydia (Miluca) Magalhaes c. c. Evencio Batista Coelho
04. Wilson (SĆ£o) Ā Magalhaes c. c. Maria Julia de Magalhaes Pacheco
05. Davina Magalhaes c. c. Jose (Juca Coelho) “Batista” Coelho Junior
06. Getulio Magalhaes, solt.
07. Maria (Maricas) Magalhaes c. c. Sinval Rodrigues Coelho
08. Candida Magalhaes c. c. Jose de Magalhaes Barbalho
09. GastĆ£o Magalhaes c. c. Julita Coelho do Amaral
Ai, nessa famĆ­lia valia aquele ditado antigo: “O mais certo joga pedra nos outros”! A comeƧar pelos patriarcas.
Os cĆ“njuges de todos os casados sĆ£o primos mais ou menos prĆ³ximos. Os solteiros tiveram filhos dos quais conhecemos dois.
Na genealogia da famĆ­lia o sobrenome esta intermediado ao nome pelo “de”, mas isso nĆ£o havia. Eram todos Magalhaes puros. NĆ£o se sabe o porque disso. Possivelmente, tio JOAOZINHO desejou criar nova dinastia e isso seria o diferencial dos demais.
Estou explicando isso porque vou acrescentar alguns particulares da famĆ­lia, tiradas dos seroes que tĆ­nhamos com frequĆŖncia quando os adultos reunidos contavam os “causos”.
Um deles revelava uma certa antipatia que nosso avĆ“ CISTA tinha pelo primo e tio-afim. NĆ£o se sabe se havia preconceito racial. Como os BARBALHO antigos eram pardos, os dois casamentos em famĆ­lias COELHO que ocasionou o nascimento do CISTA e irmĆ£os os fez “brancos” Ā puros!
Mas o certo era que havia sim uma animosidade. Isso fica transparente com o depoimento de minha mĆ£e MARIA JUDITH que uma vez “soltou os cachorros” contra o sogro, o CISTA, porque ele estava falando mal do avĆ“ dela, com ela presente! E olha que a duvida era somente se foi distraĆ§Ć£o ou feito para provocar mesmo!
A animosidade entre eles revela-se no fato de que o CISTA era tropeiro e levava sua tropa ate o RIO DE JANEIRO, antiga capital do BRASIL.
E o comerciante JOAO DOMINGOS (ia me esquecendo de acrescentar. Era assim chamado porque os tios arranjaram um casamento, antes dele nascer, da mĆ£e dele com a pessoa que sabemos apenas o pre-nome: DOMINGOS). recebeu uma nota que valia muito `a Ć©poca e nĆ£o tinha como trocar nas praƧas da Ć”rea.
Naturalmente, como o sobrinho estava com as tropas prontas para dirigir-se `a capital, pediu a ele o favor de trocar a nota em miĆŗdos, para proporcionar a circulaĆ§Ć£o no comercio. Favor encomendado e aceito, espera-se o mĆŖs inteiro, na ida e na volta, que durava a viagem.
Ao retornar, o sobrinho entrega a mesma nota com a desculpa: “NĆ£o tive tempo de ir ao banco para trocar”!Ā Essa pegou o tio JOAOZINHO com as calƧas na mĆ£o! NĆ£o teve como retribuir!
Certa vez tentei esclarecer essa confusĆ£o. Tinha ouvido na infĆ¢ncia ou juventude que o motivo da birra era o TIO JOAOZINHO nĆ£o ter colocado o sobrenome BARBALHO nos filhos. Mas os presentes na conversa retrucaram porque o prĆ³prio nĆ£o assinava BARBALHO, portanto, esse nĆ£o teria sido motivo.
Agora temos sim a comprovaĆ§Ć£o de que era fato. JOAOZINHO cortou o BARBALHO da prĆ³pria assinatura. E matou no nascedouro o progresso dela.
E so posso supor que a birra tenha nascido por motivos polĆ­ticos. O CISTA era meio fanĆ”tico por essa atividade. Alem de ambicioso. E. `aquela Ć©poca, politica e negĆ³cios eram servidos na mesma mesa. NĆ£o se concebia uma pessoa ter sucesso sem mexer com os pauzinhos polĆ­ticos.
O nome de famĆ­lia era fundamental para isso. Quanto maior a famĆ­lia, refletindo em mais votos, melhor se abriam as oportunidades para os assuntos politica e negĆ³cios.
Mas houve o fato de que o grande perpetuador do sobrenome BARBALHO emĀ VIRGINƓPOLISĀ  foi o capitĆ£o FRANCISCO MARCAL BARBALHO. Mas a esposa, EUGENIA MARIA DA CRUZ, coitada, era a culpada por isso,Ā so lhe deu 8 filhos e filhas, dos quais apenas dois eram machos. Foram o PEDRO e o MARCAL.
Esses tiveram filhos o quanto puderam. E carimbaram todos com o DE MAGALHAES BARBALHO.
Ja, das mulheres, a JULIA nĆ£o se casou. As EMIGDIA, PETRONILHA, e AMBROSINA se engraƧaram com os primos NUNES COELHO e nĆ£o passaram o sobrenome para frente. A QUITIRINHA, encontrou-se com o JOAQUIM PACHECO e os filhos ficaram DE MAGALHAES PACHECO.
O CISTA, entĆ£o, entendia que a salvaĆ§Ć£o da lavoura era o JOAOZINHO e a SA CANDINHA ter feito mais uns DE MAGALHAESINHOS BARBALHINHOS para completar a roda. Mas nĆ£o, justamente o casal BARBALHO com BARBALHO, so deu MAGALHAES!
Ai sim, vamos entender o CISTA. Foi uma puta sacanagem do JOAOZINHO!!!
Mas contava-se que ja na juventude JOAOZINHO nĆ£o era fĆ”cil. Talvez justificando as inĆŗmeras piadas em torno do menino peralta de mesmo apelido! Tinha tambĆ©m o dom da psicologia pre-freudiana.
Ele sabia por exemplo que as pessoas bisbilhotavam as ruas da cidade atravĆ©s das frestas das janelas de madeira, `a noite, apĆ³s `aquele horĆ”rio prĆ³prio, que se afirmava que “pessoas de famĆ­lia educada estĆ£o dormindo nesse horĆ”rio porque sĆ£o laboriosas e se levantam muito cedo.”
JOAOZINHO era um musico de fino gosto e muito habilidoso em diversos instrumentos. Era especialista em clarinetas. Sabedor da regra social, resolveu um dia despir-se, colocar apenas gravata e sapato para, altas horas da noite, no horƔrio em que gente honesta estava dormindo, sair fazendo serenata pelas ruas da cidade.
No outro dia, fora do recƓndito das cozinhas, ninguƩm havia presenciado tal feito. Nem um pio se dava sobre o acontecido.
Foram preciso passar dĆ©cadas, e talvez ate o artista ja ter falecido, para que uma senhora ja idosa e sem aquelas obrigaƧƵes sociais, ja que todo mundo era mais novo que ela, e o respeito tinha que ocorrer na direĆ§Ć£o para ela, resolveu confessar: “Eu vi, fulano, ciclano, beltrano e todo mundo na cidade viu o JOAO DOMINGOS fazer serenata sem roupa”!
Dentro da casa onde residiam era uma farra. Tudo segundo as regras antigas. Os filhos jantavam `as 4 – 5 horas da tarde. Para esperar o horĆ”rio de dormir, iam fazer o “footing”, que se dava justamente na praƧa principal de VIRGINƓPOLIS, o acesso para a qual era apenas o abrir da porta da residĆŖncia.
Enquanto isso SA CANDINHA, zelosa como era, dispunha copos com leite no beiral da janela na entrada. Um copo para o JOAO, outro para o GASTAO, para CANDIDA etc. Era um copo para cada filho. Eles deveriam entrar, beber o leite e ir dormir.
Certo dia o SAO chegou com fome desigual. Tomou o copo dele. Mais o da DAVINA, o da EMIGDIA etc, e acabou tomando todos. Foi justamente no hora que a CANDIDA, filha, entrou.
Dai, CANDIDA, sistemĆ”tica como era, comeƧou a falar que era um absurdo ele fazer aquilo, porque os outros iriam dormir mal, e mais isso e aquilo. Por fim resolveu ser taxativa. Vou contar para papai o que vocĆŖ fez.
O SAO, que nĆ£o era nada bento, retrucou na hora: “Se contar pra papai, te dou um tiro na bunda”!!!
Passaram a noite, mal dormida para os outros e tranquila para o SAO. CANDIDA mais tarde, e no reservado, resolveu dedurar o irmĆ£o. Contou tudo para o pai. Ele apenas disse: “Pode deixar”!
No outro dia, CANDIDA percebeu que nĆ£o havia acontecido nada. Resolveu cobrar do pai a atitude prometida. Ao argui-lo, ele falou baixinho para ela: “CANDIDA, se ele ficar sabendo que vocĆŖ me contou, ele pode resolver te dar um tiro na bunda mesmo. E como vocĆŖ vai fazer? Vai mostrar a bundo pro delegado?!” NĆ£o se falou mais nisso naquela casa.
Tio JOAOZINHO e o genro JUCA COELHO adoravam um carteado. E a turma se reunia na caso do JUCA. E o casal mais velho residia sozinho. Dado determinado horĆ”rio, CANDIDA queria ir para casa mas nĆ£o podia fazer isso enquanto o marido nĆ£o terminasse o seu afazer, pois, era ele quem carregava a chave da casa.
Ela usava a artimanha de enviar recados, via netos, porque estava no horĆ”rio. O marido retornava o recado dizendo que agora nĆ£o. Um dia ela resolveu mandar um recado mais autoritĆ”rio, de que: “Se ele nĆ£o tem responsabilidade com o horĆ”rio, que me mande a chave que vou sozinha”.
O JOAOZINHO, tranquilo, pƵe a mĆ£o no bolso, pega a chave, pƵe na mĆ£o da neta o cabo da chave e segura o da fechadura, puxa a menina para prĆ³ximo de si e cochicha um recado.
A menina sai sĆ©ria, ou segurando o riso, leva a chave para a avĆ³ e fala: “Oh vĆ³, o tio JOAOZINHO mandou a chave mas falou que era pra falar com a senhora pra senhora ir a puta que pariu!” Dona JUDITH contava que fora portadora do mesmo recado mais de uma vez.
Pode ser que tudo nĆ£o fosse apenas aparĆŖncias! Aqueles velhos antigos tinham la seus recursos! A raiva e discussĆ£o poderia ser uma simulaĆ§Ć£o para os dois comunicarem que aquele era “o dia”!
Isso poderia ser indicado por outra passagem da vida deles. Dormiam em camas separadas quando mais velhos. E no canto do mesmo quarto havia uma terceira cama para o “menino de recados”. AlguĆ©m que era escalado para dormir com eles para a eventualidade de algum passar mal ir pedir socorro.
A neta JUDITH passou os Ćŗltimos meses ocupando o cargo. E contava que a avĆ³ ficava conversando com ela apĆ³s JOAOZINHO recolher-se e entrar no sonho dos anjos. Um dia ela fez essa observaĆ§Ć£o: “Olha como ele dorme despreocupado! Parece ate que a gente nem esta aqui com ele!”
SA CANDINHA era tambĆ©m super controladora. Era implicada com o marido ir `as tardinhas tomar um vinhozinho do PORTO no bar da cidade. Ja raivosa com a situaĆ§Ć£o, resolveu tentar intimidar o marido para acabar com a farra.
Apresentou-se ao bar, coisa que nunca se ouvira falar que uma dona de respeito o fizesse, e sentou-se junto com o marido e pediu um copo ao atendente. Explicou ao marido que ja que ele bebia, ela tambƩm podia beber junto com ele.
Longe de ficar zangado, TIO JOAOZINHO ate agradeceu aquele ato, dizendo que agora ele tinha companhia `a altura e logo serviu o primeiro copo. A inexperiente SA CANDINHA, sorveu o conteĆŗdo no vira.
TIO JOAOZINHO perguntou se estava bom. Ela retrucou que sim. “EntĆ£o, disse ele, tome mais um pouquinho.” E encheu o segundo copo. Conversa vai, conversa vem, um copo atras do outro. SA CANDINHA ficou bebada, e o marido a levou carregada para casa. Nunca mais ela repetiu a aventura!
Mas nĆ£o se deu por vencida.Ā Com a raiva dobrada, um dia encheu um balde com agua e o levou ao bar. Olhou de soslaio na entrada e verificou que TIO JOAOZINHO estava de costas para a rua.
Entrou pe ante pe. Jogou toda a agua do balde sobre a cabeƧa dele. Ele, quietamente, deu uma olhada para uma janela voltada para a nascente, mudou o olhar para as portas que davam para o poente. Tudo claro!
EntĆ£o, com um ar de bastante intrigado disse: “Ue seo! NĆ£o foi mesmo que choveu e nem trovejou!!!” E da mesma forma que estava bebendo o vinho antes, continuou, sem sequer dirigir uma palavra `a esposa. E ela foi para casa como um cachorro com o rabo entre as pernas!
Mas toda a famĆ­lia fazia das suas. Embora alguns nos pareceram mais sĆ©rios. NĆ£o se contava casos nem da MILUCA, DAVINA ou MARICAS.
SEO LI era o maldoso e esquecido. Gostava de fazer maldades com os sobrinhos. Dava puxƵes rƔpidos de cabelo para irritar os meninos. `As vezes pegava um deles, colocava uma toalha envolvendo-os pela barriga, e ficava balanƧando-os por fora das varandas altas, e dizendo que o apavorado sofredor estava voando!
Num dia dessas maldades, trancou um sobrinho, parece que no paiol. E ficou esperando que o menino gritasse desesperado. Acontece que passou o tempo e ele se distraiu, indo fazer outra coisa e deixando o menino trancado.
Passado mais tempo, todo mundo deu falta do menino. ComeƧaram a procurar e a perguntar. Foi uma loucura. Depois de um bom tempo de buscas, chega o SEO LI do que estava fazendo. Ai ele se lembra do menino e corre ao paiol. Cansado de esperar, la estava ele dormindo tranquilo!!!
Ja bem velho, o mesmo personagem passava todos dias em sua caminhada dificultosa entre sua residĆŖncia na Rua SĆ£o Jose ate `a Conferencia de SĆ£o Vicente no beco adjacente. Vez por outra, estava o RUBINHO, filho dos primos DIMAS e CIDINHA, no portĆ£o da casa e o velho nĆ£o perdia a oportunidade de dar o puxĆ£o de cabelo costumeiro.
Um dia o menino ficou no local fatĆ­dico esperando. Tomou o puxĆ£o, esperou o tio se afastar uns 10 metros adiante e o chamou pelo nome. Quando ele se virou, tomou uma pedrada de estilingue bem em cima do saco. Quase se dobrou de dor. Foi a ultima vez que puxou aqueles cabelos!
Apesar desse lado maldoso do ELIEZER, e ao contrĆ”rio do que possa parecer, era uma pessoa dedicada aos serviƧos comunitĆ”rios, como a maioria dos familiares eram naquele tempo. E, em relaĆ§Ć£o `as crianƧas, o SEO LI era daquele tipo que se dizia: “tem cheiro de Ć©gua”.
Isso significava que era um atrativo para as crianƧas. Ele tinha as liberdades de fazer as brincadeiras, muitas vezes de menor gosto, justamente porque tudo o que tinha, compartilhava com a meninada.
Por exemplo, tinha uma carroƧa puxada por animal para levar e trazer as coisas da roƧa. E como nĆ£o era uma diversĆ£o comum e disponĆ­vel para todos, ele deixava os meninos darem voltinhas na carroƧa. Brincava com elas como se fosse um menino maior.
Outro caso dele foi o sistema que inventou para lembrar coisas a fazer. Indo da fazenda para a cidade, olhava o que estava faltando por la. Mas a memĆ³ria era fraca, entĆ£o, amarrava uma palhinha no dedo para lembrar que tinha que carregar algo no dia seguinte.
Um dia alguĆ©m o viu parado em frente `a venda, olhando para o dedo e a palhinha. Curiosa, a pessoa perguntou o que ele estava fazendo. Ele respondeu: “Amarrei a palha no dedo para lembrar de fazer alguma coisa. Agora nĆ£o sei que coisa que Ć©!!!
Tio SEO LI, como o chamĆ”vamos, participava de apresentaƧƵes sociais, inclusive cantando no coral da igreja e participando em peƧas de teatro. Recordo-me de uma que assisti quando o ginĆ”sio ainda tinha seu anfiteatro. Era um salĆ£o maior que depois foi transformado em trĆŖs salas de aulas.
Ele contracenava com o sobrinho-neto, atual doutor SILVESTRE, medico. `A epoca o chamĆ”vamos de MENININHO. NĆ£o parecia, mas Ć© 6 anos mais velho que eu. Era no inicio da dĆ©cada de 1960.
Eu ainda devia ser menor que ele, mas na peƧa o MENININHO sentava-se na perna o nosso tio comum e dava para perceber que o tio era maior, embora, para estatura de adulto fosse baixinho. Eu nĆ£o teria, entĆ£o, mais que 5 anos de idade.
A peƧa era cƓmica e o personagem da crianƧa era travessa. Recordo-me apenas da cena em que o adulto, nosso tio, atuava como se houvesse dormido, sentado na cadeira e debruƧado sobre a mesa.
EntĆ£o, o menino travesso vinha e pregava nele um rabo de burro ou de capeta. Nas prĆ³ximas cenas haviam as discussƵes que nada me recordo e nas falas do tio ele mexia o corpo para o rabo balanƧar e a assistĆŖncia ir ao delĆ­rio de tanto rir.
Ha no livro: “Notas HistĆ³ricas Sobre GuanhĆ£es”, o autor, nosso primo, INNOCENTE SOARES LEAO, conta um caso passado. Havia sido programada uma visita do bispo `a cidade. Naturalmente, a populaĆ§Ć£o 100% catĆ³lica `a Ć©poca fez a maior festa para aguardar o lĆ­der religioso.
Aconteceu um imprevisto. NĆ£o podendo ir, foi expedida uma nota comunicando essa informaĆ§Ć£o `a populaĆ§Ć£o de GUANHƃES. Acontece que o responsĆ”vel nĆ£o comunicou, nĆ£o sei eu dizer se isso foi passado via telegrama ou emissĆ”rio.
Possivelmente, um emissĆ”rio, pois, muita gente da regiĆ£o tinha contatos comerciais com Diamantina. E os estudos mais avanƧados se davam no SERRO e DIAMANTINA, havendo ocasiƵes em que os caminhos se enchiam de viajantes, sobretudo em Ć©pocas de ferias ou entrada das aulas.
E dizem que esse emissĆ”rio, por ter o privilegio da informaĆ§Ć£o, aproveitou-se disso. Vestiu-se de bispo. QuilĆ“metros de distancia, as noticias ja estavam dando conta de que o bispo estava chegando. E a foguetearia nĆ£o parava. Era a visita histĆ³rica.
E os Ć¢nimos ficavam cada vez mais eloquentes `a medida que naquela regiĆ£o montanhosa, do alto se podia avistar pontos da trajetĆ³ria, e nesses pontos era vista a passagem de um cavaleiro vestido de vermelho.
Acontece que o cavaleiro foi passando por caminhos mais ermos de forma a contornar a cidade e ao invĆ©s de dirigir para ela, sumiu no mapa. O INNOCENTE LEAO reivindica a autoria da traquinagem ao pai dele. Algumas vozes de VIRGINƓPOLIS atribuĆ­am ao SEO LI.
Dizem que o SAO era muito forte. E, como todas as pessoas envolvidas nos trabalhos de roƧa, fazia de tudo um pouco. Um dia tomou a obrigaĆ§Ć£o de ferrar um burro. Mas houve um momento em que se distraiu e o burro deu-lhe um coice na perna.
SAO teve um rompante de raiva tĆ£o forte que pegou o animal pela pata que o atingira e, segurando com uma mĆ£o e deixando o burro esperneando de costas ate cansar, gritou com ele: “Olha aqui seo burro! VocĆŖ pode ate ser mais inteligente que eu! Mas mais forte nĆ£o Ć© nĆ£o!!!
SA CANDINHA, ja mais velhinha e sem dentes, adorava chupar o aƧĆŗcar que cobria os beijos-quentes. Mas, com a falta dos dentes, nĆ£o comia o amendoim por dentro. Ia enfileirando-os no beiral da janela onde todos passavam.
Quando resolveram perguntar para ela porque, ela respondeu: “Deixa ai, `as vezes passa algum menino que goste de amendoim e aproveita.”
Ela, sistemĆ”tica, mas com sentimentos nobres.Ā Sempre ajudou a famĆ­lia nas necessidades. E um dia, viveu ate 1955 quando faleceu aos 97 anos de vida, ja mais velha, a viram plantando pe de jabuticabas.
AlguĆ©m implicou-se com aquilo e resolveu arguir: “Ue SA CANDINHA, para que a senhora esta plantando arvore de jabuticaba? Nessa idade a senhora nunca vai chupar do que plantou!”
Ela voltou-se para a pessoa e respondeu: “Verdade. Mas quando eu nasci ja encontrei jabuticabeiras que eu nĆ£o tinha plantado. Ai eu estou plantando para quem vier depois de mim.”
TIO JOAOZINHO tambĆ©m dava suas aulas praticas de vivencia. Um dia vendo um dos filhos comer um prato cheio rapidamente, para comer outro em seguida, ele ensinou para ele: “Coma devagar e mastigue bem. Quando vocĆŖ terminar o primeiro prato vai perceber que nĆ£o precisa comer dois.” FaƧam a experiencia.
Esse personagem de nossa famĆ­lia deve ter sido tĆ£o excĆŖntrico que escolheu o dia 15.10.1942 para falecer. Era o dia que estaria completando 80 anos de idade. Quem nĆ£o gostou dessa ultima brincadeira do avĆ“ foi a neta JUDITH. Ela havia nascido 17 anos no mesmo dia.
Ja SA CANDINHA foi a outro extremo. Surpreendeu de outra forma. Era daquelas surdas espertas. Quase nada ouvia. Exceto quando estavam conversando, pensando que ela nĆ£o estava ouvindo, sendo ela o assunto das conversas atravessadas.
Nessa hora ela fazia alguma observaĆ§Ć£o que assustava os interlocutores. “Mas a senhora nĆ£o Ć© surda?” Ao que ela retrucava na bucha: “Eu ouƧo quando me convĆ©m!”
VovĆ³ como os netos carinhosamente a chamam ate hoje, marcou diversas vezes sua viagem para as estrelas do CĆ©u. Vez por outra ia ter alguma festa, olha ela passando mal. `A beira da morte, o padre ja preparado para a extrema-unĆ§Ć£o, todas as atividades na cidade eram canceladas.
Passada a festa, oh ela ai de volta! Foram alguns de seus Ćŗltimos anos passando por essas coincidĆŖncias.
Todos a respeitavam. Fora uma benfeitora da cidade. NĆ£o faz muito tempo em que numa dasĀ ultimas viagens que fiz a VirginĆ³polis, quando pude, entrei na Igreja Matriz de Nossa Senhora do PatrocĆ­nio, e num dos vitrais da igreja vi o nome dela e do Eliezer. Foram doares da obra.
Na ultima vez que ela passou mal, estava havendo um baile na cidade. E baile era quase o Ćŗnico divertimento da juventude. Foram avisar ao neto JOSE FABIANO que ela havia falecido. Ele riu! “VocĆŖs pensam que sou bobo”?! Defendia-se ele da “invenĆ§Ć£o” e peƧa que lhe queriam pregar!
Mas, daquela vez, quem quebrou a cara foi ele. Ela faleceu em 1955, aos 97 anos de idade. TrĆŖs antes de eu nascer. Pouco antes mesmo de meu terceiro irmĆ£o JESSE nascer. E entre eu e ele ainda ha a MAGDA.
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OUTRAS CONSIDERAƇƕES
I.
Ha tambĆ©m que mencionar um fato ainda a ser estudado. Existe uma FamĆ­lia BARBALHO radicada na Cidade do GONZAGA, antigo distrito de VIRGINƓPOLIS. A situaĆ§Ć£o ai Ć© que nĆ£o se sabe a origem do sobrenome dela. Nunca tive oportunidade de conversar isso com alguĆ©m de la.
Os BARBALHO antigos de VIRGINƓPOLIS negavam parentesco. E supunham que fossem descendentes de algum antigo escravo que tivesse adotado o sobrenome dos antigos senhores. Mas sempre tive duvidas quanto a isso.
Agora que temos a certeza de que nossos ancestrais eram pardos e que a ANNA MARIA DE MAGALHAES nĆ£o precisaria ter sido o resultado da uniĆ£o do JOSE, que se supunha ser branco, com alguma escrava, as coisas mudam um pouco. Nem ele nem a MARIA GERMANA eram brancos.
O que implica que os irmĆ£os dele tambĆ©m nĆ£o seriam puros. Talvez houvesse uns mais brancos e outros morenos. FRANCISCO MARCAL, avĆ“ do CISTA, talvez nĆ£o tenha parecido a este ser escuro, porque fosse mesmo mais claro ou porque ja estava mais velho e o branco dos cabelos dessem a impressĆ£o de brancura de pele tambĆ©m.
Quando o CISTA nasceu, FRANCISCO MARCAL ja estava com 70 anos. E faleceu quando o menino estava com 10 anos de idade. Pode ser que os detalhes menores nĆ£o tenham ficado gravados na memĆ³ria do neto.
II.
Nos registros de batismos em ITABIRA que o amigo MAURO enviou-me registra-se o nascimento de FELISBERTO, filho de POLICARPO JOSE BARBALHO e ANNA CATHARINA DAS MERCES. Foi registrado a 21.11.1852, pag. 275 do livro de registros.
Ha que se saber se esse POLICARPO seria o nosso ancestral ou algum parente nosso mais novo que ele. Naquela data, o nosso ancestral teria 73 anos de idade. E, supomos, teria retornado ao seminĆ”rio e se dedicado `a famĆ­lia de JESUS e nĆ£o `a nova prole.
Inclusive, ha um livro: “A IGREJA NA HISTORIA DE SAO PAULO”, no Google Livros, no qualĀ o nome do POLICARPO aparece pelo menos duas vezes. No site ha o limite de datas: “1821 – 1851”.
Especifica-se la que na pagina 294 aparece o nome completo: POLICARPO JOSE BARBALHO. E na pagina 302 acrescenta-se “BARBALHO, Pe. POLICARPO JOSE: 294”. O segundo deve ser o indice remissivo. `A pagina 294 deve conter a informaĆ§Ć£o de algum feito do ancestral para merecer estar no livro. Mas nĆ£o esta aberto para a leitura.
Nesse caso, espera-se que ja tendo sido ordenado padre, no mĆ”ximo em 1851, nĆ£o era esperado ter filho em 1852. Mas nunca se sabe.
III.
Nossa prima IVANIA registra no livro dela o nome MANOEL DE MAGALHAES BARBALHO, como filho do pe. POLICARPO. Mas esse nĆ£o aparece em nenhum dos registros que tive a sorte de revisar. Portanto, foi engano ou o MANOEL foi mestre em ocultar-se. Mas pode ter sido filho em outro casamento do qual nĆ£o temos noticias.
Entre 1827, data do falecimento da esposa ISIDORA FRANCISCA, e 1845, data da ordenaĆ§Ć£o do filho EMGDIO, ainda nĆ£o encontrei nada da vida do POLICARPO. Mais certo que tenha tido outra esposa o amasia nesse intervalo.
IV.
Torna-se cada vez mais urgente, em meu conceito, decifrar nossa genealogia que se arrastou durante o sƩculo XVIII e um pouco antes.
Talvez, por uma sorte desviada, estejamos sofrendo um boicote de forƧas ocultas, pois, os dados mais ausentes e que nos ligariam a genealogias ja prontas e que abordam o sĆ©culo XVII e anteriores devem estar vagando em arquivos, especialmente naqueles que abrangem a antiga regiĆ£o de influencia da VILLA DO PRƍNCIPE, atual SERRO.
Por isso nĆ£o encontramos a informaĆ§Ć£o de quem foram os pais do JOSE VAZ BARBALHO, nosso pentavĆ“; a confirmaĆ§Ć£o ou negaĆ§Ć£o de que o alferes-de-milĆ­cias JOSE COELHO DE MAGALHAES, outro pentavĆ“, era mesmo filho do portuguĆŖs MANUEL RODRIGUES COELHO, e o que precede a este; falta-nos ainda descobrir o que vem antes de nossos pentavĆ³s: ANTONIO JOSE MONIZ e MANOELA DO ESPIRITO SANTO, lembrando que, se ele foi o ANTONIO JOSE MONIZ BARRETO presente na obra do frei JABOATƃO, a genealogia dele ja esta descrita.
Esses sĆ£o os exemplos mais gritantes. Mas nĆ£o se pode esquecer que agora se juntam a eles a emenda entre MARIA GERMANA e seus pais; o casal THOME NUNES FILGUEIRAS e ANNA MARIA COELHO e ancestrais e assim por diante.
Por que isso torna-se imprescindĆ­vel? Bom, diziam no recĆ“ndito da famĆ­lia que: “O COELHO manca, e o BARBALHO arrasta”. Isso faz-me recordar do velho SEO LI. Quantas vezes em nossa infĆ¢ncia o vĆ­amos passando no passeio de nossa casa andando parecendo alguĆ©m com as pernas peadas!
Para a perna direita ir `a frente, tinha que dar um puxĆ£o, levantando nĆ£o a perna mas todo aquele lado do corpo, quase sendo obrigado a andar de lado. O passo seguinte exigia o mesmo esforƧo de todo o lado esquerdo. Enquanto isso, ia gastando as solas dos sapatos naquele arrasta-pĆ©s que levariam o sr. ZE BARBALHO `a loucura!
Isso. A minha preocupaĆ§Ć£o nesse caso era a de oferecer material genealĆ³gico que pudesse ajudar a decifrar tantos problemas genĆ©ticos que ocorrem na famĆ­lia. Entre eles podemos mencionar: LEER, demĆŖncia (caduquice), cataratas precoces, descompasso entre alto e baixo Ć­ndice de inteligĆŖncia etc.
Mas para sermos sĆ©rios a respeito disso, preciso seria decifrar muitas outras famĆ­lias relacionadas, pois, apesar de suas assinaturas ser diferentes das mencionadas agora, elas deverĆ£o estar misturadas a elas naquele sĆ©culo, quer seja porque forneceram cĆ“njuges para essas ou receberam para si. Assim, todos ja temos parentamentos.
Apos findo o trabalho genealĆ³gico, caberĆ” aos especialistas nas devidas Ć”reas se aproveitarem dele, estudando, descobrindo as relaƧƵes, e usando isso para a prevenĆ§Ć£o e profilaxia dos males que nos atacam.
Assim, quem sabe, nossa descendĆŖncia poderĆ” atingir as idades de 150 anos, como sonham os cientistas atuais, contudo sem as penas dos sofrimentos pelos quais a minha geraĆ§Ć£o ja esta passando desde os 40. Como se diz atualmente: “Entrou nos enta, tudo de ruim acontece!”
V.
Precisava estudar os ALMANAKS DA PROVƍNCIA DE MINAS GERAIS entre o de 1864 e 1872. Aquele apenas menciona que a FREGUESIA DO PATROCINIO DE GUANHAESĀ ja existia.
Mas era comum, `a primeira apresentaĆ§Ć£o, fazer-se uma retrospectiva histĆ³rica dos recĆ©m-criados. E assim poderĆ­amos obter dados de Ć©poca a respeito de fundadores e primeiro moradores.
No de 1872 temos uma lista de proprietĆ”rios que seriam primeiro moradores, porem, omite-se os possĆ­veis falecidos no intervalo. Inclusive o considerado primeiro morador, os senhores FELIX GOMES DE BRITO e JOSE ANTONIO DA FONSECA, nĆ£o aparecem.
Acredito que o senhor ANTONIO GOMES DE BRITO, que aparece em 1864 como varejista em GUANHƃES, poderĆ” ser irmĆ£o ou parente prĆ³ximo do FELIX. Em sendo o caso, um pode ajudar a encontrar os dados da genealogia do outro.
VI.
Acredito ser necessĆ”rio duvidarmos mesmo de todos os dados que nĆ£o estĆ£o comprovados por documentaĆ§Ć£o. Por isso penso ser acertada a atitude do senhor DION lembrar-nos a possibilidade de que MARIA, ALTIVO, ANTONIO, JOSE, ANNA, JOANNA e JOAQUIM NUNES COELHO tenham sido filhos do ancestral EUSƉBIO.
No caso particular do tio JOAQUIM ha uma evidencia que pode induzir `a contraditĆ³ria, pois, ate onde conhecemos, ele foi o Ćŗnico que deu o nome EUSƉBIO a seu primogĆŖnito.
Embora a semente nĆ£o tenha vingado, a atitude realmente acena para a confirmaĆ§Ć£o de ser filho ou, pelo menos, parente muito prĆ³ximo.
VII.
Feliz sem limites porque agora podemos confirmar que o nome MARIA GERMANA ocupa uma das lacunas contidas em nossa genealogia.
A nƭvel de ancestrais mais recentes, fica agora como ultima vaga a ser completada apenas o nome completo do pai do bisavƓ: JOAO BATISTA DE MAGALHAES BARBALHO.
VIII.
A hipĆ³tese que levantei a respeito de MANOEL e VALERIANA terem sido pais da MARIA GERMANA, levando em conta a presenƧa da “cativa” GERMANA, na casa do THOME e ANNA MARIA COELHO pode parecer fazer agua, pois, cada deveria ter sua prĆ³pria casa.
Mas havemos que levar em conta que MANOEL casou-se ao 17 anos de idade. O que indica que nĆ£o tinha condiƧƵes prĆ³prias para manter-se com a esposa e famĆ­lia vindoura. Portanto, presumo que tenham vivido em casa dos pais, inclusive ate `a data de 1816, data dos registros de MARIA, filha de MANOEL e VALERIANA.
IX.
Chama a atenĆ§Ć£o tambĆ©m o nome do pai de VALERIANA, JOAO ALVARES. Talvez fosse esse um dos nomes mais comuns em todo o ImpĆ©rio PortuguĆŖs! Concorreria com JOAO DA SILVA e outros.
Mas tambĆ©m ha que notar-se a menĆ§Ć£o aos nomes dos pais dela ser breve e, talvez, abreviados. O que era muito comum `a Ć©poca. Mas independente de ele ser ou nĆ£o nosso ancestral, recordou-me outra passagem em minhas buscas genealĆ³gicas.
Trata-se da primeira elite canavieira estabelecida no Rio de Janeiro. Em 1634, JOAO ALVARES PEREIRA foi um rico cidadĆ£o, dono de terras que deram origem a diversas cidades da Baixada Fluminense como: NILOPOLIS, SAO GONƇALO e QUEIMADOS.
JOAO foi casado com IZABEL DE MONTARROIOS, filha de um dos fundadores. Tiveram a filha BEATRIZ DE LEMOS, a qual casou-se com AGOSTINHO BARBALHO BEZERRA, filho do governador LUIZ BARBALHO BEZERRA e MARIA FURTADO DE MENDONCA.
Foram os pais de JERONIMO tambƩm, e ele, junto com dona ISABEL PEDROSA, ja esta identificado como ancestral dos BARBALHO mineiros.
O casamento do AGOSTINHO ate recentemente era desconhecido dos genealogistas. Isso porque foi registrado em contrato, fora dos livros de assentamentos eclesiĆ”sticos. E nĆ£o tenho noticias de que tenha tido geraĆ§Ć£o.
Pode-se ver na tese abaixo que os BARBALHO fizeram parte da elite dominante. Sua presenƧa esta registrada na pagina 106:
http://www.revistatopoi.org/numeros_anteriores/Topoi01/01_artigo02.pdf
EstĆ£o juntos, JERONIMO, AGOSTINHO e PEDRO RAMIRES, genro do JERONIMO.
AGOSTINHO teve sogro e cunhado com o mesmo nome: JOAO ALVARES PEREIRA. Inclusive o dote que recebeu, uma fazenda, era vizinha da do cunhado. A famĆ­lia de JOAO ALVARES PEREIRA multiplicou-se e suas ramificaƧƵes foram absorvidas por outras de grande influĆŖncia, como: MACHADO HOMEM e PACHECO CALHEIROS.
O JOAO ALVARES PEREIRA, filho, casou-se com PAULA DE GALEGOS, e juntos tornaram-se pais da IZABEL DE AZEVEDO COUTINHO que se casou com LUIS DE SOUZA COUTINHO. Ha que se ver esses dados nos livros do RHEINGANTZ.
Mas ai esta a possibilidade, mesmo que mĆ­nima, de o pai da VALERIANA proceder dessa origem. Pode ser ate que o JOAO ALVARES, pai dela, tivesse o sobrenome PEREIRA, mas isso nĆ£o ter sido escrito ou nĆ£o pode ser lido no registro do casamento dela devido ao estrago do tempo.
Mas isso conta apenas como uma informaĆ§Ć£o sem conclusĆ£o alguma, por enquanto.
No momento, o meu servidor “safari” (safado!) nĆ£o esta querendo deixar-me abrir a tese:
http://www.historia.uff.br/stricto/teses/Dissert-2003_CAETANO_Antonio_Filipe_Pereira-S.pdf
A partir da pagina 187 ha informaƧƵes genealĆ³gicas da famĆ­lia BARBALHO no RIO DE JANEIRO. Nem todas corretas. Mas o autor ANTONIO FILIPE nos presta a informaĆ§Ć£o de que as elites formavam “bandos” (partidos sem nome) para tentar conquistar e manter o poder.
Aqueles que conseguissem atrair mais adeptos, com votos, automaticamente dominavam e se serviam da governanƧa.
E o nepotismo e usufrutos eram legais, sem o desvio da corrupĆ§Ć£o que, mesmo assim, ja era moeda corrente. Diga-se de passagem, A Revolta da CachaƧa se deu em funĆ§Ć£o das duas coisas: disputa pelo domĆ­nio e corrupĆ§Ć£o.
NĆ£o serĆ” de admirar que os GONƇALVES ja fizessem parte do bando do BARBALHO desde entĆ£o!

 

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002. ENFIM ALGO CONCRETO A RESPEITO DA FAMƍLIA NUNES COELHO.
Ha algum tempo atras o primo BalduĆ­no Cesar Rabelo deu a dica de que o sr. Dione, da FamĆ­lia Nunes Coelho, fazia pesquisas a respeito mas guardava para si os resultados. Deu-me o contato e eu tentei. NĆ£o resultou o que gostaria.
Ha pouco mais de mĆŖs, o primo Walquirio Coelho de Oliveira contatou-me transmitindo a informaĆ§Ć£o que o prĆ³prio senhor Dione gostaria de falar comigo, deu telefone e e-mail para o contato.
Mas ai fui eu quem demorou a retomar a iniciativa. Parecia ate ma vontade. Mas coincidiu que meus deveres diĆ”rios, a ocorrĆŖncia das eleiƧƵes brasileiras de 2018 e o livro do monsenhor Otacilio Augusto de Sena Queiroz estavam ocupando muito espaƧo em minha mente.
Com todo respeito aos ancestrais desse nosso ramo da famĆ­lia, e em particular ao sr. Dione que havia dado o passo `a frente, eu me desculpo e lembro como desculpa o fato de que queria imensamente o contato, porem, preferia que ocorresse com tempo disponĆ­vel para apreciar e deliciar quaisquer dados que nos chegassem.
Antes que eu retornasse quaisquer comunicaƧƵes, recebi um e-mail, via Alessandra Nunes, do sr. Dione Ferreira Nunes, contendo o essencial da formaĆ§Ć£o do tronco Nunes Coelho em nossa famĆ­lia.
Ao ver os dados encontrei informaĆ§Ć£o chocante, no bom sentido, e outras muito boas. Mas as eleiƧƵes ainda nĆ£o haviam ocorrido. E correndo foi que respondi ja enviando a ele o principio da famĆ­lia do nosso tio Antonio Nunes Coelho, que fora para PeƧanha, dados que haviam me sido passados pela prima Marina Raimunda Braga LeĆ£o, de la.
Ainda recorri `a prima Ivania Batista Coelho, autora da obra: “Arvore GenealĆ³gica da FamĆ­lia Coelho” para eliminar a ultima duvida. E ela confirmou a passagem que ate entĆ£o eu a tinha por conflituosa.
Antes que prolongar, vou apresentar o que ja possuĆ­mos em relaĆ§Ć£o ao principio do ramo Nunes Coelho, formado em Minas Gerais. Apos isso, tentarei dar apenas uma pincelada rĆ”pida para salientar os pontos que mais me chamam a atenĆ§Ć£o.
O ramo NUNES COELHO de nossa famĆ­lia inicia-se em THOMAS (THOME) NUNES FILGUEIRAS e D. ANNA COELHO. Ambos nascidos em 1770, mais ou menos, pois, contavam 70 anos `a data de 1840.
THOME e ANNA foram pais de:
01. MANOEL NUNES COELHO, em 1840 contava com 53 anos de idade, portanto, nascido em 1787,Ā residia na Fazenda Estiva, em Itabira do Mato Dentro, Foi casado com VALERIANA (UBERIANA) ROSA GONƇALVES, com idade de 51 anos em 1840, nascida assim em 1789, filha de JOƃO ALVARES e MARIA GONƇALVES. Casaram-se em Itabira, na data de: 27 de agosto de 1804.Ā Foram pais de:
a) Antonio Nunes Coelho, bat. a 09.11.1806
b) Agostinho Nunes Coelho, bat. a 18.01.1808.
c) JoĆ£o Nunes Coelho, bat. a 15.02.1812
d) Anna Nunes Coelho, bat. a 10.05.1814
e) Maria Nunes Coelho, bat. a 23.06.1816
f) PantaleĆ£o Bento Nunes Coelho, nascido em 1819, com 21 anos em 1840.
g) Manoel Nunes Coelho Jr, bat. a 02.11.1818
h) Jose ThomƔz, nascido em 1825, com 15 anos em 1840.
Os dados acima sĆ£o a soma de dados enviados pelo sr. Dione ao que se encontra no site Familysearch. Somente os trĆŖs mais novos surgem nos dados que o sr. Dione enviou-me. Manoel foi o Ćŗnico que se repetiu em ambas as listas.
Ressalve-se que os dados do sr. Dione foram retirados do Censo de 1840, portanto, os 3 eram os que residiam com os pais. NĆ£o ha o destino dos outros filhos.
O sr. Dione relata que Manoel Nunes Coelho Jr. teria 18 anos em 1840. O que nĆ£o se encaixa exatamente na data de nascimento em 1818. Mas, naquele tempo era comum as crianƧas falecerem. Portanto, pode ser que o Manoel acima tenha falecido, e outro nascido em 1822 o tenha substituĆ­do.
Pela sequencia de nascimentos, deverĆ­amos ter uma pessoa nascida em 1810. Mas nĆ£o havia o registro de batismo no site. Pode ter acontecido abortamento, batismo em outro lugar ou impossibilidade de ler-se o registro devido `a deterioraĆ§Ć£o do livro e, ainda, nĆ£o ter existido.
Talvez tenha havido algum descanso entre partos. Observe-se que dona Valeriana casou-se aos 15 anos e aos 17 ja estava tendo o primeiro filho. `As vezes os intervalos se davam naturalmente, principalmente quando a mĆ£e amamentava os filhos por longo tempo.
O esforƧo fisiolĆ³gico da produĆ§Ć£o do leite pode regular as ovulaƧƵes, protegendo mĆ£es e filhos.
No site ainda tem:
b) AGOSTINHO NUNES COELHO c. c. THEREZA FERNANDES MADEIRA, pais de:
b.1 Edovirgem Coelho, nasc. a 17.10.1840 e bat. a 16.02.1841
b.2 Julio, nasc. a 01.09.1844
b.3 Ignez, batizada a 19.10.1850 (dado do Livro de Batismos de Itabira, pag. 181)
No site prossegue:
MANOEL NUNES COELHO c. c. PRUDENCIA CANDIDA DE JESUS, pais de:
1. Maria Nunes, bat. a 12.12.1830 e Nasc. a 02.12.1830
2. Manoela Nunes, bat. a 09.05.1834.
Em outro documento esse Manoel surge com o sobrenome NUNES FILGUEIRAS, o que descartaria a possibilidade de ser o mesmo MANOEL em nossa famĆ­lia.
Outra presenƧa interessante no site familysearch Ʃ o registro de batismo de:
Rita, batizada em 06.03.1847, e filha de: JoĆ£o Martinho Ferreira e FRANCISCA NUNES COELHO. Francisca essa que nĆ£o ha outro registro dela para sabermos se se encaixa nessa mesma genealogia.
Os padrinhos da Rita foram: Fernando Antonio Drummond e Theresa Miquelina da Silveira. Possivelmente, um parente do poeta Carlos Drummond. Demonstrando um vinculo que nĆ£o poderia ser diferente, pois, em cidades pequenas como Itabira era, todas as famĆ­lias sĆ£o reunidas por laƧos familiares.
E, ainda, encontramos no site:
EGIDIO NUNES COELHO c.c. BENICIA GUILHERMINA DE JESUS, pais de:
a. Clara, nascida a 15.07.1857 e batizada a 27.09.1857
b. Maria, nascida a 11.07.1859 e batizada a 23.07.1859
c. Antonia, batizada a 09.07.1861
d. Antonio, nascido a 09.08.1863 e batizado a 08.09.1863
e. Vicente, nascido a 19.07.1866 e batizado a 08.09.1866
f. Antonio, nascido a 17.07.1868 e batizado a 02.08.1868
Os dados no site constam proceder de Santo Antonio de Santa Barbara, o que deveria ser a Paroquia, sendo que os registros todos devem ser relativos a Itabira, mas nĆ£o menciona a igreja filial. NĆ£o se encontra ai o vinculo desse Egidio com a famĆ­lia.
02. Ten. EUZEBIO NUNES COELHO, segundo filho do casal THOME e ANNA COELHO
Casou-se com dona ANNA PINTO DE JESUS. NĆ£o temos nome dos pais dela. AlguĆ©m adicionou na Arvore GenealĆ³gica coletiva, montada no Familysearch, que o pai seria HONORATO PINTO.
Mas penso que seja apenas chute, pois, o professor Dermeval teria chamado ANNA de ANNA HONORATA. EntĆ£o, HONORATO PINTO esta mais para uma deduĆ§Ć£o, ainda mais que a sugestĆ£o de data de nascimento foi 1770 e do falecimento 1880.
O professor Dermeval Jose Pimenta deixou escrito em livro que o ten. EUZEBIO iniciou a vida econĆ“mica na Fazenda Folheta, em SĆ£o Domingos do Rio de Peixes, atual Dom Joaquim, Minas Gerais, onde os filhos nasceram.
De la mudou com a famĆ­lia para o entĆ£o Arraial de sĆ£o Miguel e Almas dos GuanhĆ£es, onde a famĆ­lia cresceu e multiplicou-se.
O Ten. EUZEBIO NUNES COELHO casou com dona ANNA PINTO DE JESUS e foram pais de:
a) PrudĆŖncio Nunes Coelho, casado mas nĆ£o teve filhos.
b) Clemente Nunes Coelho, casou-se com Anna Maria Pereira da Silva, filha de Manoel Pereira da Silva e de Maria Pereira Moreia. Clemente e Anna foram pais de:
b.1 AnƩsio Nunes Coelho c. c. Julita Soares Nunes,
b.2 AmƔvel Nunes Coelho c. c. Sebastiana Petita Coelho,
b.3 Ulisses Nunes Coelho c. c. 1a. sua sobrinha (filha do Pio) Alzira Nunes Coelho; 2a. Maria Soares e 3a. Maria de Queiroz,
b.4 Pio Nunes Coelho c. c. Josephina Marcolina Coelho
b.5 Dermeval Nunes Coelho c. c. Julia Soares Nunes
b.6 Ernestina Nunes Coelho c. c. Pio Ferreira Nunes (avĆ³s do sr. Dione, o qual tambĆ©m descende via materna dos Borges Monteiro fundadores de SabinĆ³polis, que sĆ£o os mesmos nossos ancestrais),
b.7 Maria Nunes Coelho c. c. JoĆ£o JanuĆ”rio da Silva Neto,
b.8 Aneglia Nunes Coelho c. c. Pedro Alves Barroso,
b.9 Alzira (ou Algiza) Nunes Coelho c. c. Jose Coelho LeĆ£o (estĆ£o no livro da Ivania, pag. 17. Jose era irmĆ£o do dr. Innocente Soares Leao, autor do livro: “Notas HistĆ³ricas Sobre GuanhĆ£es).
b.10 Vitalina Nunes Coelho c. c. Altivo Rodrigues Coelho (no documento esta Nunes Coelho em ambos, mas o tio Altivo era irmĆ£o dos tios Lindolpho e Josephina, e eram 3 irmĆ£os casados com 3 irmĆ£os.
b.11 Marcolina Nunes Coelho c. c. Lindolpho Rodrigues Coelho,
b.12 Knesvita Nunes Coelho c. c. Benicio Alves Barroso
c) Bento Nunes Coelho c. c. Surpina Sophia Leite, pais de:
c.1 Prudencio Nunes Coelho (sobrinho)
c.2 Antonina Nunes Coelho c. c. Sebastiao Ferreira Rabelo (pais de: Pedralvo, Pedro, Antonio, Blandina c. c. Gabriel Nunes Coelho, Marietta c. c. OnƩsimo de Magalhaes Barbalho, Jose, EpitƔcio e, acrescentando, dona Maria Clara Nunes Rabelo c. c. Francisco Dias de Andrade Jr.)
d) Cap. Francisco Nunes Coelho c. c. Maria Augusta Cesarina de Carvalho, pais de:
d.1 Salathiel Nunes Coelho c. c. Maria Julia de Campos,
d.2 America Nunes Braga c. c. Pedro de Oliveira Braga,
d.3 Dr. Heitor Nunes Coelho c. c. Modestina Ferreira da Matta,
d.4 Dr. Francisco Augusto Nunes Coelho (Chiquitinho) c. c. Inah de Carvalho
d.5 Claudionor Augusto Nunes Coelho c. c. Maria Augusta Campos Nunes (sobrinha do marido, filha de seu irmĆ£o Salathiel e Maria Julia).
d.6 Etelvina Nunes Coelho, solteira.
e) Maria Honoria Nunes Coelho c. c. ten. JoĆ£o Batista Coelho e foram pais de:
e.1 JoĆ£o Batista Coelho Junior c. c. QuitĆ©ria (Titi) Rosa Pereira do Amaral,
e.2 Maria Honoria Coelho c. c. Jose Pereira da Silva,
e.3 Antonio Paulino Coelho c. c. Julia Salles Coelho,
e.4 Sebastiana Honoria Coelho c. c. Joaquim (Quinsoh) Nunes Coelho (filho),
e.5 Joaquim (Quim Bento) Bento Coelho c. c. Antonia Paschoalina da Silva Neto,
e.6 Anna Honoria Coelho c. c. Candido de Oliveira Freire,
e.7 Emigdia Honoria Coelho c. c. Amaro de Souza e Silva,
e.8 Antonia Honoria Coelho c. c. Pedro de Magalhaes Barbalho,
e.9 Virginia Honoria Coelho c. c. Antonio Candido de Oliveira,
e.10 Jose Batista Coelho c. c. 1a. Maria Marcolina Coelho e 2a. Virginia Marcolina Coelho,
e.11 Marcolina Honoria Coelho c. c. Demetrio Coelho de Oliveira
e.13 Francisco Batista Coelho c. c. 1a. Maria Rosa Coelho do Amaral e 2a. Maria Coelho de Oliveira (as duas esposas do ti Chico eram sobrinhas dele, a 1a, filha de JoĆ£o Jr. e a 2a. de Virginia e Antonio CĆ¢ndido)
e.3 Julia Salles era filha extraconjugal, reconhecida, de Antonio Rodrigues Coelho, que era irmĆ£o de JoĆ£o Batista Coelho.
e.4 Quinsoh era filho de Joaquim Nunes Coelho, irmĆ£o de Maria HonĆ³ria e de Francisca Eufrasia de Assis Coelho, irmĆ£ de JoĆ£o Batista Coelho, ou seja, o casal Quinsoh e Sebastiana era primo-irmĆ£os.
e.7 e e.9 CĆ¢ndido e Antonio CĆ¢ndido eram irmĆ£os entre si e se casaram com as 2 irmĆ£s.
e.8 Antonia e Pedro eram primos em primeiro grau. Ele era filho de Eugenia Maria da Cruz e do capitĆ£o Francisco MarƧal Barbalho.
Eugenia Maria da Cruz foi irmĆ£ de Francisca Eufrasia, JoĆ£o Batista e Antonio Rodrigues Coelho, filhos todos do capitĆ£o Jose Coelho da Rocha e sua esposa Luiza Maria do Espirito Santo, fundadores de GuanhĆ£es.
f) Ten. Joaquim Nunes Coelho c. c. Francisca Eufrasia de Assis Coelho, e tiveram filhos:
f.1 Euzebio, faleceu crianƧa,
f.2 Joaquim Nunes Coelho c. c. Sebastiana Honoria Coelho,
f.3 Jose Coelho Nunes c. c. Emigdia de Magalhaes Barbalho,
f.4 Emygdio Nunes Coelho c. c. Camila Maria da PaixĆ£o,
f.5 Rita Nunes Coelho c. c. Marcos Xavier Caldeira,
f.6 Lino Nunes Coelho, solteiro
f.7 Autino Nunes Coelho (?)
f.8 JoĆ£o Nunes Coelho c. c. Petronilha (Pitu) de Magalhaes Barbalho
f.9 Miguel Nunes Coelho c. c. Ambrosina (Sinha) de Magalhaes Barbalho
f.10 Luiza Nunes Coelho c. c. Luiz Furtado Leite
f.2 ja esta dito acima
f.3, f.8 e f.9 casaram na casa dos tios Eugenia e capitĆ£o Francisco MarƧal.
g) Antonio Nunes Coelho c. c. Maria Araujo Ferreira e tiveram os filhos:
g.1 Virgilio Nunes Coelho (1862 + 1895)
g.2 Prudencio (1864)
g.3 Alexandre (*1873)
g.4 Leopoldina Nunes Coelho (1874) c. c. Vicente Xavier
g.5 Raymunda Nunes Coelho (1877) c. c. Antonio Moreira da Silva (1876)
g.6 Cassiano Nunes Coelho (1879) c. c. Maria Batista de Queiroz
g.7 Ana Nunes Coelho (1869) c. c. JoĆ£o Cardoso Furtado (1870)
g.8 Antonia Nunes Coelho (1883)
Esse ramo da famƭlia foi construƭdo na Cidade de PeƧanha. O professor Dermeval Jose Pimenta nos da noticias de que Antonio Nunes Coelho foi 3o suplente de subdelegado, no ano de 1875, quando foi criada a Vila do Rio Doce.
Em 1881 o nome mudou para SuaƧui. Em 1886 houve o retorno ao antigo nome de Santo Antonio do PeƧanha. Ja no perƭodo republicano o nome foi reduzido para a ultima palavra.
h) Jose Nunes Coelho c. c. Maria Luiza
O sr. Dione faz a observaĆ§Ć£o de que os filhos do ten, Euzebio tinham os nomes de papas. E mencionou Joaquim, Antonio e Jose como exemplos de que ainda esta pesquisando. Mas o Francisco tambĆ©m nĆ£o era nome de papa ate `a ultima eleiĆ§Ć£o.
Observe-se que esses 4 nĆ£o tem nomes de papas mas sim, talvez possamos dizer, santos da mais alta hierarquia da Igreja CatĆ³lica. O que ja informou Ć© queĀ nĆ£o encontrouĀ a documentaĆ§Ć£o mostrando a filiaĆ§Ć£o deles.
Mas o Joaquim Nunes Coelho sempre foi considerado como filho de Euzebio e Anna em VirginĆ³polis, onde criou e a famĆ­lia multiplicou-se, e muito.
Quem atestou que o Antonio tambĆ©m era, foi filho o professor Dermeval Jose Pimenta. Pelos dados que obteve dele, filiaĆ§Ć£o paterna, Euzebio Nunes Coelho, e ano de nascimento, 1829, deduzo que pesquisou as listas de eleitores em PeƧanha, na qual Antonio foi suplente de subdelegado em 1875 e eleitor em 1881.
Quanto ao Jose, torna-se novidade. Nunca o encontrei nem mesmo em menƧƵes. Embora, haja sim a menĆ§Ć£o a Jose Nunes Coelho no Almanak da ProvĆ­ncia de Minas Gerais, que deve ser ele.
A principio, por ter noticias de Jose Nunes Coelho, identifiquei-o como sendo o filho dosĀ tios JOAQUIM e FRANCISCA EUFRASIA. Mas o filho deles assinava COELHO NUNES, talvez justamente para diferenciar-se do seu suposto, por enquanto, tio.
PossĆ­vel serĆ” que houve algum planejamento familiar entre os patriarcas. Conhecendo os riscos dos casamentos muito consanguĆ­neos para a descendĆŖncia, podem ter decidido espalhar a famĆ­lia o mĆ”ximo possĆ­vel pelo grande territĆ³rio que passou a pertencer a GuanhĆ£es.
Poderia ser por isso que Maria HonĆ³ria e Joaquim tenham se dirigido para o PatrocĆ­nio, atual VirginĆ³polis. Bento e Clemente tinham fazendas bordejando os limites da atual SabinĆ³polis. Isso esta descrito na Ata de instalaĆ§Ć£o da Vila de SĆ£o Miguel e Almas, atual GuanhĆ£es.
Essas terras da Famƭlia Nunes Coelho eram imensas. Na conversa que tive em 20014 com o centenƔrio MOACIR NUNES BARROSO ele contava das verdadeiras viagens que faziam para participar de festas maravilhosas e que as terras se estendiam ate SENHORA DO PORTO.
Creio que Francisco tenha ficado com a posse de terras da Fazenda do Grama, ou da Candonga. Ou seja, lado oposto a SabinĆ³polis, na direĆ§Ć£o de VirginĆ³polis, porem, `a margem direita do Rio Corrente, que separa VirginĆ³polis de GuanhĆ£es.
Como PrudĆŖncio nĆ£o teve filhos, tambĆ©m nĆ£o faria diferenƧa onde localizar-se. Falta-nos ai saber para onde Jose destinou-se, pois, sabe-se que Antonio seguiu para PeƧanha e la teve sua famĆ­lia.
O territĆ³rio era mesmo tĆ£o grande que Jose poderia ter se instalado nas atuais Ć”reas de BraĆŗnas, AƧucena, Dores de GuanhĆ£es ou mesmo no que sobrou para VirginĆ³polis, quando emancipou-se e levou inclusive um naco do atual MunicĆ­pio de Governador Valadares, que a descendĆŖncia, se houve, tornou-se por desconhecida.
Se a intenĆ§Ć£o inicial foi espalhar para evitar a consanguinidade, ela nĆ£o foi perfeita. Isso porque os consecutivos casamentos entre primos se deram e de forma tĆ£o perigosa que existem muitos descendentes com males que geralmente estĆ£o vinculados a esse fator.
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IMPRESSƕES QUE ESSAS NOVAS INFORMAƇƕES DESPERTAM
A) THOME NUNES FILGUEIRAS e ANNA COELHO
Teremos que buscar informaƧƵes mais profundas a respeito das famƭlias que deixaram nosso ancestrais alferes-de-milƭcias JOSE COELHO DE MAGALHAES, e a daquele que o professor Nelson Coelho de Senna apontou como pai dele: MANUEL RODRIGUES COELHO.
No ano em que o casal acima nasceu 1770, indica a possibilidade de que possam ter sido filhos de um ou outro dos patriarcas. Apenas 12 anos antes, 1758, o portuguĆŖs Manuel Rodrigues Coelho havia obtido sesmarias em Cachoeira do Campo, distrito da atual Ouro Preto.
Professor Nelson tambĆ©m afirmava que a famĆ­lia havia se mudado para e se distribuĆ­do em Santa Barbara, Itabira e ConceiĆ§Ć£o do Mato Dentro; embora localize a Fazenda AxupĆ©, onde disse que ali nasceram os filhos do alferes-de-milĆ­cias, em Morro do Pilar. A qual fazia divisa com ConceiĆ§Ć£o.
O professor Nelson fala em “De uma crĆ“nica da famĆ­lia Coelho (os Coelho da Rocha, Coelho de Magalhaes, Rodrigues Coelho, Nunes Coelho …. “O fundador dessas famĆ­lias norte-mineiras foi, no sĆ©culo XVIII (1774) o ja referido portuguĆŖs MANUEL RODRIGUES COELHO, …..).
Embora nĆ£o se possa ter certeza, ha ai a sugestĆ£o de que as famĆ­lias dos sobrenomes mencionados tinham origem na mesma pessoa. Pode ser, entĆ£o, que dona ANNA COELHO fosse irmĆ£, talvez filha, do alferes-de-milĆ­cias.
Em minhas pesquisas no livro “ARCHIVO HERƁLDICO-GENEALƓGICO” do visconde de SANCHES DE BAENA, encontrei menĆ§Ć£o a outro contemporĆ¢neo do MANUEL, em MARIANA-MG, que se chamava BENTO RODRIGUES COELHO.
Trata-se de uma Carta de BrasĆ£o, passada a DOMINGOS RODRIGUES DE QUEIROZ, filho do BENTO e D. MARIA DE QUEIROZ SEIXAS. DOMINGOS nasceu em MARIANA. A carta dele tem a numeraĆ§Ć£o 610 e esta na pagina 153 do livro.
A carta remonta a genealogia ao herĆ³i portuguĆŖs ANTONIO DE QUEIROZ MASCARENHAS, atuante em 1640, quando da guerra de separaĆ§Ć£o da coroa portuguesa da Espanha. Existe ai a possibilidade de MANUEL e BENTO ter sido irmĆ£os.
Infelizmente, o professor Nelson ateve-se apenas `as tradiƧƵes e “crĆ“nicas” que nĆ£o sĆ£o documentos prĆ³prios para comprovar-se as paternidades. SĆ£o apenas indicativos Ć³timos mas nĆ£o necessariamente de valor definitivo.
Mesmo o THOMAS poderia ser descendente de um ou outro. Temos que o alferes-de-milĆ­cias foi casado duas vezes. Embora o professor Nelson afirmou que a primeira esposa, ESCOLƁSTICA DE MAGALHAES, teve filhos, nĆ£o os nomeou.
Afirmou tambĆ©m que da segunda esposa, EUGENIA RODRIGUES DA ROCHA, teve os 5 filhos: capitĆ£o Jose, capitĆ£o JoĆ£o, Antonio, Felix e Clara Maria de Jesus. Disse que todos, exceto Antonio, se casaram. Porem, dedicou-se apenas `a descendĆŖncia do bisavĆ“ dele, capitĆ£o JOAO COELHO DE MAGALHAES.
Professor Nelson tambĆ©m afirmou que o alferes-de-milĆ­cias Jose Coelho DE MAGALHAES era portuguĆŖs, da mesma forma que o suposto pai. E que o pai o havia levado para o Brasil. Sendo que em 1744 o portuguĆŖs MANUEL RODRIGUES COELHO ja se encontrava na colĆ“nia.
Dado a essas informaƧƵes, conclui-se que a idade de ambos poderia permitir ter sido pais de pelo menos um dos membros do casal: ANNA e THOMAS.
Embora o THOMAS tenha sobrenome diferente, nĆ£o significa impossibilidade. Isso porque o sobrenome FILGUEIRAS (Felgueiras) era carne e osso com o COELHO. Desde os anos prĆ³ximos a 1385, quando D. JOAO I, Mestre de Avis, assumiu o trono em Portugal, chamava-se o primeiro senhor de Felgueiras e Vieira: FERNAO COELHO.
Ali se dava o morgado da familia. Assim, natural seria que todas as famĆ­lias nobres do mesmo domĆ­nio se tornassem descendentes dos senhores locais. De forma que o prĆ³prio MANUEL RODRIGUES COELHO poderia ter ancestrais Filgueiras ou ter sido marido de alguĆ©m que assinasse.
Naquele tempo os filhos nĆ£o herdavam necessariamente os sobrenomes dos pais. Mais comum era adotarem nomes de ancestrais e, muito comum durante os sĆ©culos XVIII e XIX, a combinaĆ§Ć£o de diversos sobrenomes ancestrais. Meia dĆŗzia era pouco!
Seria interessante se encontrĆ”ssemos os inventĆ”rios e, talvez, testamentos desses dois patriarcas e, quem sabe, toda a descendĆŖncia nascida pelo menos no sĆ©culo XVIII. Isso para tirarmos ou comprovarmos essa duvida se ja nĆ£o Ć©ramos consanguĆ­neos desde la.
Outra possiblidade, porem, serĆ” a de que nossa ancestral ANNA COELHO nos dar consanguinidade via outro ramo.
Por volta do tempo em que ela nasceu, em 1775, nosso ancestral portuguĆŖs, Antonio Borges Monteiro, casou-se no Serro com Maria Fiuza de Souza, que era filha de Norotea Barbosa Fiuza e JoĆ£o de Souza Azevedo.
Apos o professor Dermeval Jose Pimenta ter deixado essas informaƧƵes ocorre que outros encontraram que os pais de JoĆ£o de Souza chamavam-se: Manuel de Souza Azevedo e Anna Coelho, sendo eles naturais de Vila Nova do Norte (?).
E, nesse caso, seria natural que alguma filha do JoĆ£o adotasse o nome da avĆ³. Nem todos os membros das famĆ­lias em nosso ramo descendem deles via Dorotea. Mas podemos ai somar consangĆ¼inidades se os NUNES COELHO “sofrerem do mesmo mal”!
Mas nĆ£o se pode ficar apenas em hipĆ³teses, pois, os COELHO eram muitos na regiĆ£o. Portanto podemos esperar tambĆ©m a possibilidade de haver apenas coincidĆŖncia, pois, quantas mulheres recebiam o nome de Anna naquela Ć©poca e quantas tinham o COELHO como alcunha de famĆ­lias?!
Basta-nos perguntar: E quem nĆ£o tem um Coelho como ancestral? Embora, o mesmo pode ser alguĆ©m ainda la na Idade Media portuguesa! PerĆ­odo esse que durou mais la que nos paĆ­ses mais instruĆ­dos.
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Ja fazem dias que escrevi o que estava acima. Hoje ja Ć© 10.11.18. Mas o senhor DIONE FERREIRA NUNES continuou alimentando minhas buscas com outros documentos, os quais empolgaram-me tanto que nĆ£o fechei esse capitulo ainda.
Bom, o que foi para mim “chocante”, no melhor sentido, foi sanar a antiga duvida quanto `a paternidade de nossa trisavĆ³ MARIA HONORIA NUNES COELHO.Ā O causador dessa duvida foi o que encontrei no livro do professor PIMENTA.
`A pagina 71 do livro dele, “A Mata do PeƧanha, sua Historia e sua Gente”, ele escreveu expressamente que CLEMENTE NUNES COELHO fora pai de PRUDƊNCIO, ANTONIO e MARIA HONORIA NUNES COELHO, casada com JOAO BATISTA COELHO.
Quando conversei com a IVANIA, ela informou-me que no mapa que acompanha o livro dela: “Arvore GenealĆ³gica da FamĆ­lia Coelho”, constava que era filha de EUSEBIO NUNES COELHO e ANNA PINTO DE JESUS.
Uma verdade que eu notei logo de inicio anos atras. Mas, `a pagina 221 do livro dela, copiou uma grade retirada do livro do professor DERMEVAL, inclusive com o erro. Deduzi que havia duvida.
Expliquei a mim mesmo que, como o professor DERMEVAL nĆ£o havia encontrado o nome da esposa do CLEMENTE, com a qual havia tido os 3 filhos, entre outros, pensei que a IVANIA houvesse decidido ser melhor manter o nomes dos supostos avos em lugar dos pais. Quebrei o queixo!
E, como observou o senhor DIONE, ele havia observado esse erro do DERMEVAL e os que trataram do assunto posteriormente. Claro que, devido `a inocĆŖncia, acabamos espalhando ao vento o que, nĆ£o era uma mentira, porem, era informaĆ§Ć£o falsa.
De qualquer forma, foi muito bom agora ter quebrado o queixo, pois, com isso podemos consertar nossa genealogia. NĆ£o teremos o incomodo mais de termos apenas um pai de uma ancestral porque a vaga estarĆ” ocupada.
Assim fica estabelecido que MARIA HONORIA e CLEMENTE eram, em verdade, irmĆ£os. Todos ganhamos com a informaĆ§Ć£o corrigida.
E o mais importante, embora temeroso por causa das consangĆ¼inidades dobrarem porque na nova situaĆ§Ć£o, EUZEBIO NUNES COELHO e ANNA PINTO DE JESUS deixam de ser nossos pentavĆ³s e passam a ser nossos tetravĆ³s.
O problema ai fica para quem terĆ” neles a repetitividade como ancestrais. Nos temos primos que descendem de 4 dos filhos do casal JOSE COELHO DA ROCHA e LUIZA MARIA DO ESPIRITO SANTO, ao mesmo tempo que repetem ancestrais em 4 dos filhos da JOAO BATISTA COELHO e MARIA HONORIA NUNES COELHO.
Nesse caso, loucura pouca Ć© bobagem!!! Ainda bem que a loucura, nesse caso, tem sido refletida na amabilidade e inteligĆŖncia dos 12 primos que temos nessa situaĆ§Ć£o. Parentes entre os quais eu mais gosto.
Mas foi por pura sorte que nos nĆ£o nos engraƧamos uns com os outros e nĆ£o deu nenhum casamento entre nos. Desde que a famĆ­lia dispersou-se, a maioria tem se casado com “parentes” mais distantes.
Isso mesmo! Antes de conhecer como conheƧo atualmente nossa genealogia, ninguĆ©m sabia de todos os fatos. Alguns mais antigos tinham ideia. Mas eles acreditavam que o melhor era casarmos com parentes. NĆ£o conheciam exatamente os riscos para a descendĆŖncia.
Mas ao retroagir alguns ramos ao sĆ©culo XVIII, encontrei alguns vĆ­nculos parentais entre atuais casados que nĆ£o tinham conhecimento do parentesco.
Um exemplo que jamais poderƭamos imaginar,. Na pagina 257 do livro do professor DERMEVAL, ja na primeira linha, ele registra o casamento entre dona ALICE REIS e senhor ALIPIO TEIXEIRA. Confirmados ser os mesmos antigos moradores de VIRGINƓPOLIS.
A neta deles, STELLA MARIS (falecida) foi esposa do nosso primo RUI HERCY COELHO. Acontece que dona ALICE encontra-se no livro por descender do tronco PIMENTA VAZ-BARBALHO.
Ainda nĆ£o ha comprovaĆ§Ć£o documental do nosso conhecimento que o capitĆ£o JOSE VAZ BARBALHO foi mesmo filho de MANOEL VAZ BARBALHO e dona JOSEPHA PIMENTA DE SOUZA, os fundadores daquele tronco.
Mas as duvidas de que assim serĆ” sĆ£o poucas. E, nesse caso, constata-se pelo menos um vinculo parental, embora por enquanto remoto, entre o RUI e a saudosa STELLA MARIS.
Faltaria rebuscar os nossos e outros ramos ascendentes dela para, com certeza, encontrarmos outros. Principalmente porque quanto mais prĆ³ximos chegarmos aos primeiros anos do sĆ©culo XVIII, a populaĆ§Ć£o que deixou descendĆŖncia em MINAS GERAIS vai ficando cada vez mais reduzida.
Nesse caso, nĆ£o sobra outra alternativa a nĆ£o ser sermos descendentes repetidamente dos mesmos ancestrais. Ainda mais que os “reprodutores” eram poucos mas as proles eram enormes!!!
A observaĆ§Ć£o apenas Ć© que STELLA MARIS tinha pelo menos um avĆ“ “turco”, (natural do LĆ­bano). Pelo menos ai se garante alguma diversidade entre ela e nos, os “puro-sangue”!!!
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BENTO NUNES COELHO c. c. SURPINA SOPHIA LEITE
Supimpa esse nome da tia SUPINA! possivelmente irĆ” encaixar-se naquele ramo LEITE que multiplicou-se em VirginĆ³polis, o qual acredito que a maioria ja esta na famĆ­lia.
Ja tinha conseguido desvendar a genealogia de dona ANTONINA NUNES COELHO c. c. SEBASTIAO FERREIRA RABELO DE MAGALHAES. Quem passou-me os dados foi o primo BalduĆ­no Cezar Rabelo. Ate ai sabia. NĆ£o sabia o nome dos pais da dona ANTONINHA como a conheceu.
Agora fica desvendado os ramos das donas BLANDINA e MARIA CLARA, alem da tia MARIETTA, casada com o tio ONESIMO DE MAGALHAES BARBALHO.
O mundo gira, e a genealogia da voltas. TĆ­nhamos tantos parentes descendentes das trĆŖs sem fazer a menor ideia, primeiro de que tinham esses vĆ­nculos e eram NUNES COELHO, agora, que eles se dobram!
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Vou fechar, quase correndo, essas minhas reminiscĆŖncias a respeito da genealogia NUNES COELHO. Ainda ha detalhes a ser comunicados. Mas eles estĆ£o tambĆ©m ligados ao ramo BARBALHO. Assim vamos deixar para o prĆ³ximo capĆ­tulo.
Ha algum tempo atras, estudando as genealogias passadas a nos pelos nossos geneologos mais antigos, em especial o professor DERMEVAL, suspeitei um pouco das coincidĆŖncias. O fato era que havia que desconfiar-se do fato de todo fim de linha que ele se deparava com ele era ocupado por MANOEL nĆ£o sei das quantas!
Cheguei ate fazer piada. Parece que quando nĆ£o se encontra os pais de alguĆ©m, por se julgar ser portuguĆŖs, entĆ£o, acrescenta-se mais uma geraĆ§Ć£o e lasca no patriarca o mais famoso nome portuguĆŖs: MANUEL!
Era assim com os PEREIRA DO AMARAL, tendo na raiz: MANOEL PEREIRA e MARIA DE BENEVIDES. Os NUNES COELHO contavam com MANOEL NUNES COELHO.
Posteriormente, nos BORGES MONTEIRO temos a raiz que, por enquanto, vai ate ao casal portuguĆŖs: MANUEL DE SOUSA AZEVEDO e ANNA COELHO. E o professor NELSON DE SENNA nos deixou que o alferes-de-milĆ­cias JOSE era filho do MANUEL RODRIGUES COELHO.
Agora ficamos informados que pelo menos um desses nĆ£o esta em nossa raiz, pois, nosso ancestral EUSEBIO nĆ£o teve o MANOEL por pai e sim irmĆ£o. Mas nĆ£o se pense de todo que o MANOEL nĆ£o seja ancestral de pelo menos alguns de nos.
Mas aqui ha que nos lembrarmos que se dona ANNA COELHO, a esposa do THOME NUNES FILGUEIRAS, tiver sido filha do MANUEL RODRIGUES COELHO, sendo, entĆ£o, irmĆ£ do alferes-de-milĆ­cias JOSE, vamos ter a mesma incĆ³gnita, por enquanto, em duas raizes.
Fiquei feliz porque pudemos decifrar nosso parentesco com a descendĆŖncia do CLEMENTE NUNES COELHO e dona ANNA MARIA PEREIRA DA SILVA. Embora o perdemos como ancestral em termos coletivos, podemos agora inscreve-lo como antepassado alem de outros, dos nossos primos prĆ³ximos descendentes deles.
Alem disso, encontrou-se ai o fio da meada, mostrando que o BENTO NUNES COELHO e dona SURPINA SOPHIA LEITE deixaram descendencia que nos Ć© cara.Ā Em especial cita-se ai os casais:
01. Blandina Nunes Rabelo c. c. Gabriel Nunes Coelho (tios PITU e JOAO).
02. Maria Clara Nunes Rabelo c. c. Francisco Dias de Andrade Junior
03. Marietta Nunes Rabelo c. c. Onesimo de Magalhaes Barbalho
Enfim, nĆ£o vamos esgotar o assunto por agora senĆ£o depois perde a graƧa. Por enquanto posso adiantar apenas que entramos na turma do LEO. LEOPARDOS!!!

 

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003.Ā CONTATO COM DONA ANA ROCHA

Prezada senhora Ana Rocha,
Ha questĆ£o de um mĆŖs aproximadamente minha prima Joria Martinho Goncalves solicitou-me informaƧƵes de locais dos quais nossos ancestrais procederiam em Portugal, pois, desejava aproveitar a oportunidade de um passeio para ver de onde procedemos.
Entre os locais que mencionei, dei ĆŖnfase ao SantuĆ”rio de SĆ£o Francisco de Assis na Cidade do Porto.
Ao retornar, ela comunicou-me com essa nota: “Oi! Fui la no santuĆ”rio de SĆ£o Francisco. Por sorte, a diretora do museu tava na portaria. Ela disse pra vocĆŖ enviar e-mail que os alunos devem ter alguma informaĆ§Ć£o. So que, em 1822 (se nĆ£o me engano) houve um incĆŖndio e vĆ”rios documentos perdidos. Mas ha outra opĆ§Ć£o no arquivo distrital do Porto. La eles tem informaƧƵes tambĆ©m.”
Em razĆ£o disso estou enviando-lhe o meu e-mail: valbarbalho@hotmail.com
O mesmo estou usando para essa mensagem. O que pode verificar.
NĆ£o recordo o quanto ou o que informei `a Joria a respeito do interesse que temos a respeito da genealogia da FamĆ­lia Barbalho. E a oportunidade de nos encontrarmos pessoalmente para conversarmos a respeito seria rara, pois, ela reside no Brasil e eu nos Estados Unidos.
Mas, basicamente, tinha a vontade de esclarecer a linhagem Barbalho da qual descendemos, as relaƧƵes familiares que possuĆ­a com linhagens de outros sobrenomes e, particularmente, locais de procedĆŖncias.
E o intuito era justamente para a ocasiĆ£o dos passeios, que volta e meia meus familiares fazem a Portugal, indicar-lhes onde, quem e quando nossos antepassados viveram, o que deixaram por construĆ­do para assim podermos reencontrar nossas raizes.
Alias, observo que, entre outros mais antigos, talvez tenhamos um parentesco convosco via o sobrenome Rocha. Ate ha pouco tempo, porque o conhecimento genealĆ³gico de nossa famĆ­lia era restrito, conhecĆ­amo-nos pelo apelido de FamĆ­lia Coelho.
Isso porque era sabido na famĆ­lia que descendĆ­amos do portuguĆŖs: alferes-de-milicias Jose Coelho de MagalhĆ£es. Ele foi para o Brasil antes de 1744, segundo dados de tradiĆ§Ć£o e pesquisa compilados pelo professor Nelson Coelho de Senna, em seu livro: “Algumas Notas GenealĆ³gicas”, publicado em 1939.
Nessa brochura o professor Nelson afirmou que Jose fora levado por seu pai para o Brasil. Particularmente para a ProvĆ­ncia das Minas Gerais, onde estava ocorrendo o conhecido “Ciclo do Ouro”.
Segundo o professor, o nome do pai do Jose foi Manuel Rodrigues Coelho, que juntou grande fortuna `aquela Ć©poca. Como prova de que ja se encontravam no Brasil, `aquela data, ha uma carta de sessĆ£o de sesmaria em nome do Manuel.
Essa no atual Distrito (Freguesia) de Santa Rita DurĆ£o, antigo Inficcionado, pertencente `a Cidade de Mariana, Minas Gerais. Em 1756 o mesmo obteve outra sesmaria na localidade de Cachoeira do Campo, pertencente `a Municipalidade de Ouro Preto.
Foi dito tambĆ©m que Jose casou-se duas vezes. A primeira com dona EscolĆ”stica de MagalhĆ£es, da qual temos apenas a informaĆ§Ć£o do professor Nelson de que deixaram descendĆŖncia, sem informar mais. E a segunda, e principal, com dona Eugenia Rodrigues da Rocha. Ela, brasileira.
Segundo o professor Senna, a segunda foi nossa ancestral. Tendo gerado 5 filhos, sendo que a Joria e eu descendemos do capitĆ£o Jose Coelho de MagalhĆ£es Filho que, na realidade, continua mais conhecido como Jose Coelho da Rocha, fundador da Municipalidade de GuanhĆ£es, e grande multiplicador do sobrenome Coelho na regiĆ£o.
Algo senĆ£o inusitado, pelo menos curioso, Ć© que a tradiĆ§Ć£o mantem que tambĆ©m o alferes fora conhecido como Jose Coelho da Rocha. Ā O que seria de certa forma esquisito em tempos tĆ£o machistas iguais aqueles, o marido nĆ£o ter se importado de ser conhecido pelo sobrenome da esposa.
Melhora a hipĆ³tese de que o primeiro Jose usava tambĆ©m o sobrenome da Rocha o fato de termos noticias que um dos filhos do capitĆ£o Jose recebeu o nome de Jose Coelho da Rocha Neto. O que, penso, nĆ£o seria verdade se o avo nĆ£o tivesse a assinatura. Mas pode ser engano de nossos genealogistas.
Portanto, penso haver a possibilidade de o sobrenome Rocha ser parte da linhagem Coelho antes mesmo daquele segundo casamento do alferes com Eugenia da Rocha. A possibilidade seria a de que tambĆ©m a mĆ£e dele, da qual nĆ£o temos nem mesmo suspeita do nome, ter pertencido ao ramo.
Posteriormente, outro genealogista na famĆ­lia, o professor Dermeval Jose Pimenta, escreveu que Eugenia fora filha de Giuseppe Nicatigi da Rocha e Maria Rodrigues de MagalhĆ£es Barbalho.
Possƭvel serƔ que esse Nicatigi esteja enganado. No livro dele o professor relatou que outro nosso ancestral, Antonio Borges Monteiro, procedia da Municipalidade de Geia. Mas trata-se da Freguesia de PinhanƧos, Municipalidade de Seia, Distrito de Guarda. Imagino ser Nicatsi. Nome comum na Italia.
A informaĆ§Ć£o acrescenta que Giuseppe tinha origem luso-italiana, inclusive informando que a parte italiana procedia da Calabria. Contudo, nĆ£o temos nenhum outro dado que nos permita aprofundar o lado “da Rocha” que, presumivelmente, serĆ” a parte lusitana.
De qualquer forma, vemos ai a possibilidade de termos algum grau de parentesco por esse sobrenome com a senhora.
O que nĆ£o seria impossĆ­vel haver tambĆ©m outro pelo lado Rodrigues Coelho/Coelho de MagalhĆ£es. Isso porque o professor Nelson julgava que esse ramo procedia da antiga ProvĆ­ncia do Entre Douro e Minho. Muito provavelmente da Ć”rea do Porto.
Caso tenhas ancestrais na regiĆ£o, provavelmente serĆ£o os mesmos que os nossos por ambos esses lados. No caso do “da Rocha”, li uma informaĆ§Ć£o, salvo engano em Sanches de Baena, que coloca um Ćŗnico gerador do sobrenome, e seria um nobre procedente da Irlanda.
Quanto ao sobrenome Barbalho, foi por ele que me vi motivado a indicar o SantuĆ”rio de SĆ£o Francisco. AlĆ£o, em sua obra: “Pedatura Lusitana”, deixou uma observaĆ§Ć£o que ditou a pista da relaĆ§Ć£o entre o sobrenome e o local.
Ali ele afirma que os Barbalho “tiveram capela no SantuĆ”rio de SĆ£o Francisco do Porto.” Portanto, posso crer que ali estĆ£o os restos mortais de nossos ancestrais portugueses mais antigos do sobrenome. Alem da narrativa de sua Historia e Genealogia pregressa.
Como se poderĆ” observar no tratado de AlĆ£o, copiado abaixo, ele vinculou a FamĆ­lia Barbalho `a Municipalidade do Porto.
Segundo noticias de autores mais antigos, foi com o primeiro donatĆ”rio da Capitania de Pernambuco, Duarte Coelho, 1535, que BrĆ”s Barbalho Feyo foi para o Brasil. E, salvo engano meu, deu origem a toda descendĆŖncia desse e outros sobrenomes no pais.
Note-se que Pernambuco e SĆ£o Vicente ( SĆ£o Paulo, Rio e Minas Gerais) foram as Ćŗnicas Capitanias HereditĆ”rias que prosperaram desde o inicio da colonizaĆ§Ć£o.
A primeira em funĆ§Ć£o da produĆ§Ć£o de aƧĆŗcar de qualidade e a segunda por estar na rota marĆ­tima das Grandes NavegaƧƵes. SĆ£o Vicente tornou-se porto de abastecimento, reparo de navios e comercio escravo do “gentio da terra”.
Os primeiros colonos chegados a essas provĆ­ncias foram os que deixaram a descendĆŖncia “nobre da terra”. Foi ela que multiplicou primeiro e foi absorvendo em seu seio familiar os recĆ©m-chegados do Velho Continente. Alem de indĆ­genas e afrodescendentes.
Foi essa descendĆŖncia que chefiou a lenta colonizaĆ§Ć£o do continente brasileiro. Ela foi abrindo os primeiros caminhos, fundando os primeiros arraiais e suprindo com efetivos a exploraĆ§Ć£o do imenso territĆ³rio.
Os Barbalho primeiro se multiplicaram em Pernambuco. Foram expulsos quando da InvasĆ£o Holandesa, em 1630, para a Bahia e o Sergipe. Iniciaram com outras famĆ­lias ja aparentadas a Reconquista do Nordeste, a partir de Pernambuco para o Norte.
A partir de 1640 estiveram, especialmente na pessoa de Agostinho Barbalho Bezerra, junto com os portugueses na Guerra da RestauraĆ§Ć£o. Ha uma afirmaĆ§Ć£o biogrĆ”fica de que ele esteve envolvido em todos os embates que se deram na PraƧa de Elvas, salvo engano meu.
E com os irmĆ£os e muitos outros parentes conseguiram tambĆ©m a restauraĆ§Ć£o do Brasil `a coroa portuguesa, que se deu nas Batalhas dos Guararapes, em 1648-9.
Nesse ponto, o ancestral Luiz Barbalho Bezerra, em idade, debilitado por doenƧa agravada pelo stress de guerra e sem sua fortuna que empenhara na reconquista, havia sido nomeado governador do Rio de Janeiro, para exercer durante os anos de 1643-5. Indo falecer no oficio em 1644.
Ele deixou filhos que se distribuĆ­ram em Pernambuco ou Paraiba, Sergipe, Bahia e Rio de Janeiro.
Durante o Ciclo do Ouro, a partir de 1698, houve um fluxo imenso das gentes da terra, de Portugal e estrangeiros para os. campos das ricas minas. Entre os migrados estĆ£o alguns descendentes de Luiz Barbalho.
Nessa nova colonia ha renovada multiplicaĆ§Ć£o. E desde o final do sĆ©culo XVIII, quando do esgotamento do ouro farto, essa descendĆŖncia inicia migraĆ§Ć£o para os novos pontos de colonizaĆ§Ć£o, como faz o cirurgiĆ£o-mor de Porto Alegre, Policarpo Joseph Barbalho, que mudou-se para o Rio Grande do Sul por volta de 1780.
Outros ramos dirigiram-se para o Santa Catarina. Depois GoiƔs. Dos ramos que permaneceram no Nordeste, ha noticias que se espalharam por todo o Norte do pais.
Na atualidade vemos a dispersĆ£o da FamĆ­lia por todos os pontos do pais. Sendo que ha registros de nordestinos dirigindo-se para paragens mais ao Sul e sulistas retornando `as suas origens nordestinas.
A descendĆŖncia atual conta-se aos milhƵes. Porem, nĆ£o ha um numero exato por causa da dificuldade em alinhavar uma Arvore GenealĆ³gica coletiva. Infelizmente, no Brasil o poder publico ainda nĆ£o enxergou vantagens em digitalizar todos os documentos antigos e disponibiliza-los via eletrĆ“nica para consulta.
Talvez o recente incidente do incĆŖndio no Museu Nacional, no Rio de Janeiro, possa alertar alguma autoridade mais responsĆ”vel para o fato de que se esquecermos nossa Historia corremos o risco de nos colocarmos eternamente como se inferiores fossemos.
No entanto, sabemos que o povo brasileiro de um modo geral descende do povo que iniciou as Grandes NavegaƧƵes e por elas pudemos ter o que hoje temos que Ć© a interconexĆ£o global.
E, via portugueses, descendemos de todos os nobres que na atualidade sĆ£o estudados nos livros da Historia Universal. E deles descendem todos os povos que habitam a terra.
Desculpe ter prolongado tanto. Mas tenho o defeito de nĆ£o ser conciso
AgradeƧo-lhe carinhosamente a prontificaĆ§Ć£o para ajudar-nos. Muito obrigado mesmo.
SaudaƧƵes,
Valquirio de MagalhĆ£es Barbalho.
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APENDICE
A partir de agora vou adiantar-lhe os dados que ja reuni a respeito do tronco familiar Barbalho. Talvez, se algum aluno aceitar o desafio de decifrar por nos os vƭnculos familiares e lugares em Portugal, essas informaƧƵes sejam facilitadoras.
Penso que do ramo devem descender todos os Barbalho do pais e uma multidĆ£o centenas de vezes maior de pessoas com essa ascendĆŖncia, mesmo sem assinar ou saber.
Entre os famosos pode-se citar compositores como Chico Buarque de Holanda e Fernando Brant. O bispo D. Manoel Nunes Coelho. Os dois Ćŗltimos ja falecidos. Acredito ser desnecessĆ”rio continuar tais menƧƵes, pois, pode-se imaginar a abrangĆŖncia de boa parte do povo brasileiro.
Destino esse apĆŖndice `aqueles que se “atreverem” a aceitar o desafio de aprofundar um pouco essas raizes com nomes de pessoas e lugares. Considero um feito difĆ­cil, pois, outros pesquisadores nĆ£o encontraram.
A mencionar, Nelson Barbalho, que faleceu sem poder encontrar a chave da ligaĆ§Ć£o da famĆ­lia Barbalho brasileira e sua origem em Portugal. A respeito desse autor:
http://www.cbg.org.br/colegio/historia/galeria-socios/nelson-barbalho-de-siqueira/
Apenas desconfio que pesquisadores anteriores nĆ£o tiveram o devido acesso aos estudos de AlĆ£o. E muito possivelmente realizaram pesquisas em documentos da Torre do Tombo, sem imaginar que havia a possibilidade de encontrar melhores noticias no Porto e regiĆ£o.
Vamos ao resumo do que tenho conhecimento:
1a. geraĆ§Ć£o
BrĆ”s Barbalho Feyo. Foi dito que nasceu em Portugal e ido para o Brasil junto com o capitĆ£o-mor Duarte Coelho. Casou-se com Catarina ou Maria Tavares de Guardes. Ela era filha de: Francisco Carvalho de Andrade e Maria Tavares de Guardes.
Por essa outra postagem abaixo, podemos seguir melhor:
http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=188&cat=Ensaios
Trata-se da Arvore de Costado de Francisco Buarque de Holanda. De autoria de Pedro Wilson Carrano Albuquerque. Editada pela editora Usina de Letras.
Entre os dĆ©cimos segundos avos do Chico Buarque, nos nĆŗmeros: 9694 e 9695 temos BrĆ”s Barbalho Feyo e Maria Guardes. Mas ja vi publicaĆ§Ć£o diferente dizendo ser Catarina.
Os nĆŗmeros 9692 e 9693 sĆ£o Antonio Bezerra Felpa de Barbuda e Maria AraĆŗjo, que sĆ£o pais de Guilherme Bezerra Felpa de Barbuda.
Na 13a. geraĆ§Ć£o temos os nĆŗmeros e donos dos nĆŗmeros:
19386 PantaleĆ£o Monteiro, Fundador do Engenho de SĆ£o PantaleĆ£o (do Monteiro)
19387 Maria Monteiro (Na verdade, Maria de AraĆŗjo)
19390 Francisco Carvalho de Andrade, senhor do Engenho de SĆ£o Paulo da VĆ”rzea. “Foi …… e pessoa tĆ£o bem conceituada que conseguiu casar bem as filhas que teve c. Maria Tavares de Guardes: Ines e Leonor Guardes. Teve uma outra filha que casou com BrĆ”s Barbalho.”
19391 Maria Tavares de Guardes.
EngraƧado ai foi que a outra filha, nĆ£o teve a boa sorte de casar-se bem!
Maria de Araujo, esposa de Antonio Bezerra Felpa de Barbuda, era filha de PantaleĆ£o Monteiro e Maria de Araujo (Monteiro).
2a. GeraĆ§Ć£o
Temos na 11a. geraĆ§Ć£o de avĆ³s do Chico Buarque:
4846 – Guilherme (ou Antonio) Bezerra Felpa de Barbuda. Com a esposa Camila Barbalho teve os filhos Luis e Felipe Barbalho Bezerra e Brasia Monteiro.
4847 – Camila Barbalho (filha de BrĆ”s Barbalho e Maria de Guardes).
Aqui a linhagem que vai ao Chico Buarque segue a de Brasia Monteiro, irmĆ£ do Luiz Barbalho Bezerra e do Felipe.
BrĆ”s Barbalho tornou-se senhor do Engenho de SĆ£o Paulo em lugar do seu sogro Francisco Carvalho de Andrade.
Ha menĆ§Ć£o em outra publicaĆ§Ć£o que Francisco Carvalho de Andrade foi tambĆ©m armeiro real na Capitania de Pernambuco.
3a. GeraĆ§Ć£o
Luiz Barbalho Bezerra casou-se com Maria Furtado de MendonƧa, filha de Fernand’Aires Furtado e Cecilia de Andrade Carneiro. Dos sogros nada tenho.
Luiz Barbalho foi senhor do Engenho Barbalho, que ficava no Cabo de Santo Agostinho. Nasceu em 1584 e faleceu em 1644, ocupando o cargo de governador no Rio de Janeiro.
Foi tambĆ©m mestre-de-campo de um terƧo das tropas na Bahia, durante as lutas contra os holandeses. Tornou-se notĆ³rio quando liderou a retirada de suas tropas do Porto de Touro, no Rio Grande do Norte, ate Salvador na Bahia.
Enquanto nĆ£o atravessou o Rio SĆ£o Francisco, as tropas estavam cercadas pelo inimigo e mal municiadas e supridas. Por isso e pelos feitos a retirada foi considerada herĆ³ica.
Antes ele havia sido capturado pelos holandeses e deportado para a Holanda. Mas conseguiu fugir e entrar na Espanha, quando ainda havia a UniĆ£o IbĆ©rica e Portugal e Brasil estavam sub-JĆŗdice da Coroa Espanhola.
Em 1638 compartilhou a lideranƧa do combate `a tentativa da invasĆ£o de Salvador pelos holandeses. ReforƧou o Forte que passou a ser conhecido como Forte do Barbalho. Forte esse que nĆ£o mais existe e cujo apelido tornou-se nome de bairro da cidade.
Esses dados sĆ£o antigos. Contudo, a aceitaĆ§Ć£o de alguns tem sido feita pelos genealogistas mais recentes, incluindo Rheingantz e Carlos Eduardo de Almeida Barata, autores de genealogias renomadas.
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ALGUMAS VERSƕES MAIS ANTIGAS:
Abaixo, copiei o titulo: “Barbalhos” do “Pedatura Lusitana”, de CristĆ³vĆ£o AlĆ£o de Morais:

pag. 343 Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā ā€œBARBALHOS

  1. FernĆ£oĀ (A) Barbalho era natural de Entre Douro e Minho .. .. .. e teve:

2.Ā Antonio Barbalho

2. Luis Barbalho

2. Alvaro Barbalho

2. Antonio Barbalho filho 1o. este viveo no Porto aonde foi cidadĆ£o. Casou com ā€¦ā€¦ā€¦ e teve:

3. Antonio Barbalho

3. D. Guiomar ā€¦ā€¦ā€¦ā€¦ā€¦ā€¦ā€¦ā€¦.. m.er de Ignacio Cenarche de Noronha co. g.Ā Casou 2a. vez com D. Antonia Bezerra, ou Monteira, filha de Domingos Bezerra ā€¦ ā€¦ ā€¦ e houve:

3. Luis Barbalho Bezerra

3. Felippe Barbalho Bezerra

3. Antonio Barbalho filho 1o. deste viveo no Brazil ā€¦ ā€¦ ā€¦

3. Luis Barbalho Bezerra filho 2o. de Anto. Barbalho E o 1o. de

*******************************

(A) Os f.os deste FernĆ£o Barbalho erao primos de M.elĀ Fran.coĀ Barbalho e tiverao Capella em S.Ā Fran.coĀ do Porto. E o dito M.elĀ Fran.coĀ Barbalho foi pai de Clara Barbalho m.er de G.ar de Carvalho e forao pais de Jo. Lopes Barbalho fidalgo da casa delRei eĀ Com.orĀ de Sanfins de Nespereira e Mestre de Campo no Alentejo.

*******************************

Pag. 354

sua 2a. mulher n.2 foi insigne Soldado nas armas do Brazil: foi fidalgo da Casa delRei EĀ com.orĀ dos casaes na ordem de Christo. E Governador do Rio de Janeiro onde morreo.

Casou com D. Maria Furtado de M.Ƨa Ā filha de Fernandā€™Ayres Furtado E de sua m.er Cecilia Carreira E houve:

4. Guilherme Barbalho Bezerra

4. Agostinho Barbalho Bezerra

4. FernĆ£o Barbalho

4.Ā Fran.coĀ Monteiro Barbalho

4. Cosma Bezerra m.er deĀ Fran.coĀ de Negreiros Soeiro Sr. de hum engenho no Brazil

4. D. Antonia Bezerra m.er de Antonio Pereira de Sousa fo. de Eusebio Frra. Dromondo E de Cn.a de Sousa sua m.er.

4. D. Cecilia .. ā€¦ .. m.er de Anto. Barbosa Calheiros fo. de Io. Barbosa Calheiros em Vianna

4. D.Ā Fran.caĀ Furtada

4. Guilherme Barbalho Bezerra filho 1o. deste he Alcaide-mor de Serzipe delRei e tem a Comenda de seu pae. Casou com D. Anna Pereira fa. de D.os de Negreiros Soeiro Sr. de Engenho ā€¦ ā€¦ ā€¦ e teve

5. Luis Barbalho

5. Domingos Barbalho

Pag 355

4. Ago. Barbalho Bezerra fo. 2o. de Luis Barbalho Bezerra n.3 Foi correo-mor do Brazil ā€¦ā€¦

4. FernĆ£o Barbalho filho 3o. de Luis Barbalho Bezerra no. 3 Foi Vedor da Fazenda da India. Casou co D. Maria de Macedo m.er baixa.

4.Ā Fran.coĀ Monteiro Barbalho filho 4o. de Luis Barbalho Bezerra no. 3 Foi G.or da Fortaleza de S. Marcello na Bahia

3. Felippe Barbalho Bezerra filho 3o. de Antonio Barbalho no. 2 E o 2o. de sua m.erā€¦ā€¦..

2. Luis Barbalho filho 2o. de FernĆ£o Barbalho no. 1 servio na India ā€¦ā€¦ā€¦ e teve

3. D. ā€¦ ā€¦ ā€¦ m.er de D. Luis de Sousa ou da Sylva paes delRey de Maldiva tto. de gras.

2. Alvaro Barbalho filho 3o. de FernĆ£o Barbalho n. 1 Ā Casou no Brazil co ā€¦. ā€¦ ā€¦.ā€

OBSERVAƇƕES MINHAS:

Infelizmente os trabalhos de AlĆ£o nĆ£o nos dĆ£o ideias de datas para compararmos.

Mas creio na possibilidade de o primeiro filho de FernĆ£o Barbalho, ANTONIO, ser o prĆ³prio Bras Barbalho Feyo. Pode ser que tivesse o nome de Antonio BrĆ”s, tendo AlĆ£o preferido o nome de batismo e os autores no Brasil preferido o nome pelo qual todos o conheciam.

Isso porque coincide que foi dito que o BrƔs foi pai de Felipe, Alvaro e Camila.

Por nĆ£o ter tido noticias da existĆŖncia da Camila foi que ele atribuiu a paternidade do governador Luiz Barbalho Bezerra ao prĆ³prio Antonio, que era o avĆ“ e nĆ£o o pai.

Para isso ser verdade, porem, houve uma completa confusĆ£o de AlĆ£o. E seria necessĆ”rio que o BrĆ”s, ou Antonio BrĆ”s, houvesse se casado 3 vezes. Sendo a terceira com Catarina ou Maria Tavares de Guardes.

Se tivƩssemos datas de nascimentos e falecimentos do Antonio e do BrƔs, ou Antonio BrƔs, poderƭamos saber se poderiam ter sido pais do governador Luiz Barbalho que nasceu em 1584.

Existem estudos recentes que dĆ£o nomes `as esposas do Antonio. Sendo que a segunda seria filha de Branca Dias, eternizada pelo processo inquisitorial que sofreu. E a noticia da transferencia Antonio (BrĆ”s) para o Brasil nĆ£o tivesse chegado aos ouvidos do autor.

Claro, o BrĆ”s poderia ter sido um membro da famĆ­lia nĆ£o mencionado por AlĆ£o, por nĆ£o ter tido conhecimento da existĆŖncia dele. Dai as confusƵes.

Interessante foi que AlĆ£o deve ter consultado alguns arquivos mas nĆ£o ter se dirigido aos filhos do prĆ³prio governador Luiz Barbalho que ainda eram vivos.

Inclusive, por ocasiĆ£o da escrita, Agostinho Barbalho Bezerra fora enviado a Lisboa, para responder a processo consequente da Revolta da CachaƧa, acusaĆ§Ć£o de crime pelo qual foi absolvido e requereu algumas mercĆŖs reais, em funĆ§Ć£o dos serviƧos prestados `a coroa portuguesa pelo pai, ja falecido, e por ele prĆ³prio.

Entre as mercĆŖs concedidas estaria a da Capitania HereditĆ”ria de Santa Catarina, da qual nunca tomou posse por antes ter falecido.

`A ocasiĆ£o alegou ter mĆ£e e 3 irmĆ£s, pelas quais ele era o responsĆ”vel. Dessas 3 irmĆ£s, somente atravĆ©s de AlĆ£o tenho informaĆ§Ć£o que uma chamava-se Francisca Furtada.

Ate entĆ£o, sabia os nomes de 6 varƵes e 3 mulheres. Como os destinos delas Ć© sabido, talvez tenhamos mais uma (se Agostinho incluiu dona Cecilia que ja deveria ser viuva) ou duas (caso contrĆ”rio), das quais nĆ£o sabemos os nomes.

Seriam, entĆ£o, um total de 11 ou 12 filhos, diferentemente do que foi dito por Borges da Fonseca serem 10.

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Esse e outros estudos estĆ£o numa pagina de meu blog cujo endereƧo Ć©:

O extrato esta no capitulo:
008. DESCENDENTES DE D. PEDRO I, DE PORTUGAL, E DONA IGNEZ DE CASTRO?
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O sitio abaixo:

contem informaƧƵes importantes a respeito dos engenhos pernambucanos. Os engenhos de aƧĆŗcar estĆ£o organizados por ordem alfabĆ©tica e os nomes de fundadores e senhores em sequencia cronolĆ³gica.

Algumas das informaƧƵes podem ter bom uso nas pesquisas genealĆ³gicas.
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Ha no site do google livros os estudos do frei Antonio de Santa Maria JaboatĆ£o, (Antonio Coelho Meirelles, 1695 – 1779). Ali pude ler a genealogia que ele preservou voltada tanto para as primeiras famĆ­lias chegadas `a Bahia, principal, quanto para alguns ramos das chegadas a Pernambuco.
Frei JaboatĆ£o fez uma descriĆ§Ć£o bem resumida da FamĆ­lia Barbalho, penso, principalmente porque descreve a descendĆŖncia de apenas duas das filhas do governador Luiz Barbalho, sendo elas: donas Cosma e Antonia; e de um filho: Guilherme, cujos dois filhos mencionados nĆ£o deixaram descendĆŖncia.
Os estudos de AlĆ£o, mencionam mais um: Luiz Barbalho, filho de Guilherme, mas nĆ£o lhe da sucessĆ£o. Foi o Ćŗnico autor, dos que conheƧo, que menciona esse filho.
Na pagina:
https://val51mabar.wordpress.com/2017/11/13/a-familia-de-manuel-rodrigues-coelho-em-resumo/
E capitulo:
008. DESCENDENTES DE D. PEDRO I, DE PORTUGAL, E DONA IGNEZ De Castro?
descrevi os estudos que fiz na obra, pois, ha uma oportunidade de, talvez, eu e familiares sermos descendentes das famĆ­lias portuguesas primeiro chegadas `a Bahia.
Entre elas a Barbalho, atravƩs de dona Antonia Barbalho Bezerra e seu marido Antonio Ferreira de Sousa.
Tentei reabrir a pagina no Google Livros no qual pude ler a obra do Frei JaboatĆ£o. Mas nĆ£o consegui. Para facilitar aos voluntĆ”rios, copiarei aqui o que ja copiei de la:
Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  BARBALHOS – (PAG. 310)
“Luiz Barbalho, o velho, natural de Pernambuco, filho de Antonio Barbalho, foi mestre de campo na Bahia (2) e na armada do Conde de Torre, por ir esta derrotada para (311) as ƍndias de Castela, passou dela ao porto de Touro na Costa do Brasil ao norte, donde caminhou por terra com a gente, que trazia, assim soldados como moradores, rompendo matos, atravessando pelos sertƵes, vencendo as dificuldades dos rios e brenhas, sofrendo fomes e gentio selvagem; o que engrandecem todos os que isto escreveram como D. Francisco Manoel na Epana, fora triunfante, e foi esta armada do Conde de Torre derrotada no ano de 1639. Depois governou a Bahia com o senado da cĆ¢mara, o provedor da fazenda real LourenƧo Correa, e o bispo D. Pedro da Silva* pela prisĆ£o do governador D. Jorge Mascarenhas, Marquez de MontalvĆ£o, primeiro vice-rei deste estado desde, 16 de Abril de 1641 ate 26 de agosto do mesmo ano. Casou com D. Maria Furtado de MendonƧa , filha de Aires Furtado de Mendonca e de sua mulher Cecilia de Andrade Carneiro, e teve filhos:
  1. Agostinho Barbalho, que, servindo bem em todas asĀ ocasiƵes em que se achou, naĀ remoĆ§Ć£o de Salvador Correa de Sa e Benevides, governador do Rio de Janeiro, o degolou. Foi senhor da ilha de Santa Catarina, de que lhe fezĀ mercĆŖ el-rei D. Afonso VI, porĀ provisĆ£o de 4 de Fevereiro de 1664.

2. Guilherme Barbalho, que se segue

Ā  Ā  Ā 3. FernĆ£o Barbalho, que serviu ao infante D. Pedro, e morreu vedor da India, sem filhos, foi fidalgo da casa real, e capitĆ£o na fortaleza de N. S. do Populo.
Ā  Ā  Ā 4. D. Antonia, mulher de Antonio Ferreira de Souza, filho este de Eusebio Francisco e de sua mulher D. Catharina de Souza, e casou D. Antonia com este Antonio Ferreira de Souza a 11 de Setembro de 1642, e foi ministro e padrinho o Sr. bispo D. Pedro da Silva na igreja de S. Bento da Bahia, padrinhos o mestre de campo Luiz Barbalho e o governador LourenƧo Correa de Brito.
Ā  Ā  Ā 5. D. Cosma, mulher de Francisco de Negreiros, na Patativa, a fl…., n. 6, e ali a sua descendencia.
Ā  Ā  Ā  * por provisĆ£o regia de 4 de MarƧo de 1641. (pag. 312)
Ā  Ā  Ā 6. Francisco Monteiro Barbalho Bezerra, que, diz dele o Liv. 4 a fl. 304, que trata dos serviƧos das pessoas deste estado, era fidalgo da casa de Sua Majestade, como era o dito seu pai o mestre de campo Luiz Barbalho Bezerra, e natural de Pernambuco, e que este seu filho Francisco Monteiro Barbalho Bezerra, de idade de 8 anos, assentou praƧa de soldado na companhia de seu irmĆ£o Agostinho Barbalho Bezerra, uma das do mestre de campo D. Felipe de Moura, com seis cruzados por mĆŖs, em 20 de Fevereiro de 1642, e serviu de soldado em outras companhias ate 17 de MarƧo de 1667, em que, passado seu irmĆ£o FernĆ£o Barbalho para o serviƧo do Sr. Infante D. Pedro, como fica dito, entrou o dito Francisco Monteiro Bezerra, ou Barbalho Bezerra, por capitĆ£o do forte novo de N. Sra. do Populo do mar, de que era o dito seu irmĆ£o FernĆ£o Barbalho, serviu neste ate 1704, que neste ano, que requeria os seus serviƧos, faziam 24 anos, 4 meses e 17 dias, que servia; e Ć© o que dele achamos.
N. 2. Guilherme Barbalho, filho segundo de Luiz Barbalho, o mestre de campo, e de sua mulher D. Maria Furtado de Mendonca, serviu nas guerras de Pernambuco, foi fidalgo da casa real, cavaleiro da ordem de Christo, foi alcaide-mor da cidade de SĆ£o ChristovĆ£o de Sergipe de el-rei, coronel de um partido de auxiliares na Bahia, onde casou com D. Anna de Negreiros, filha de Domingos de Negreiros, a fl…, n. 2 e 5, e de sua mulher Maria Pereira, filha de Martim Lopes Soeiro e de sua mulher Anna Pereira, a fl…, e teve filhos:
Ā  Ā  Ā 7. Domingos Barbalho Bezerra, que se segue:
Ā  Ā  Ā 8. D. Marianna Barbalho, mulher de Manoel Alves da Silva, filho de Antonio Alves da Silva e de Luiza Freire, sua mulher, sem filhos.
Ā  Ā  Ā 7. Domingos Barbalho Bezerra, filho de Guilherme Barbalho, n. 2, teve o foro de fidalgo, e comenda de alcaide-mor de seu pai e avĆ“, viveu com seu pai na patativa, solteiro.”
Ā  Ā  Ā `As paginas 308 e 314, respectivamente, encontram-se breves descriƧƵes do inicio das famĆ­lias Negreiros de Sergipe do Conde e Ferreiras de Souza, nas quais casaram-se dona Cosma e Guilherme e dona Antonia, respectivamente. A sequencia de descendĆŖncias se da em capĆ­tulos diversos.
Ā  Ā  Ā Nessa obra nĆ£o se relata a existĆŖncia dos filhos: Cecilia, Francisca, Jeronimo e Antonio. E Sergipe do Conde, Ć© uma municipalidade do Estado da Bahia, na qual os Barbalho baianos se multiplicaram.
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Outro estudo importante que descreve o inicio da famƭlia Barbalho no Brasil esta no endereƧo:
http://objdigital.bn.br/acervo_digital/anais/anais_047_1925.pdf
Infelizmente, nesse momento, o site esta mostrando uma imagem distorcida da obra.
Trata-se do livro: “Nobiliarchia Pernambucana”, publicado pela Biblioteca Nacional. Uma reproduĆ§Ć£o dos “Annaes da Bibliotheca Nacional do Rio de Janeiro” volume XLVII, de 1925. (A reproduĆ§Ć£o foi em 1925, a obra Ć© anterior) O trabalho foi escrito por Antonio Jose Victoriano Borges da Fonseca.
Existem muitas criticas ao trabalho de Borges da Fonseca. Tratam-o por confuso e enganoso em certas partes. NĆ£o sei ate onde ele errou.
Mas observei, por exemplo, que ele disse que Jeronimo Barbalho Bezerra, que foi “degolado” (enforcado) em consequĆŖncia da Revolta da CachaƧa, teria sido filho do Felipe, irmĆ£o do governador Luiz Barbalho. Observe-se que ha o engano em JaboatĆ£o ao afirmar que o “degolado” foi o Agostinho.
Na atualidade os genealogistas concordam que Jeronimo fora filho do governador Luiz. E os fatos comprovam que foi ele o enforcado.
Os genealogistas atuais tambĆ©m contradizem Borges da Fonseca em relaĆ§Ć£o a um Antonio, o qual ele afirma ter sido filho do Felipe, irmĆ£o do Luiz Barbalho Bezerra. Isso se da em relaĆ§Ć£o aos casamentos deles.
Borges da Fonseca afirma que Antonio, filho do Felipe, casou-se e foi para a Paraiba tornando-se o II senhor do riquĆ­ssimo Morgado de SĆ£o Salvador do Mundo, instituĆ­do por Duarte Gomes da Silveira que, por nĆ£o ter herdeiros, deixou para uma parente (neta para alguns e sobrinha para outros).
Outros, atuais, dizem que foi o Antonio Barbalho Bezerra, porem, filho do governador Luiz Barbalho Bezerra.
`A pagina 35, no “Titulo de Bezerras Felpa de Barbudas” fala que foi uma filha de Domingos Bezerra Felpa de Barbuda e Brasia Monteiro: “3. Maria Monteiro, que casou com seu primo Antonio Bezerra, filho de Luiz Barbalho”.
`A pagina 189 do estudo abaixo ha outra menĆ§Ć£o. Fala-se que Antonio, o filho mais novo, (na verdade nĆ£o deve ser, pois, o autor contava apenas 6 filhos, e que o casamento de Luiz e Maria Furtado de MendonƧa Ā se dera em 1614). teria se casado com “Joanna Gomes da Silveira, neta do ilustre Duarte Gomes da Silveira, fundador do morgado …”
Sabe-se que o casamento deu-se em 6.10.1633. Guilherme foi o primogĆŖnito. Assim, para casar-se naquela data, Antonio teria que ter sido o 2o. ou 3o. Ainda assim, para casar-se por volta de seus 15 anos de idade, no mĆ”ximo.
Algumas literaturas afirmam que Jeronimo nasceu em 1616 e Agostinho em 1619, havendo assim pouca margem para que Antonio pudesse ter sido o casado em 1633.
Acredito que Borges da Fonseca tenha razĆ£o quanto ao Antonio casado com Joana ter sido filho do Felipe. E Antonio, filho do governador Luiz, ter retornado a Pernambuco onde casou-se com a Maria Monteiro. A tese Ć© esta:
http://www.historia.uff.br/stricto/teses/Dissert-2003_CAETANO_Antonio_Filipe_Pereira-S.pdf
Borges da Fonseca, contudo, inicia o Titulo dos Barbalhos, `a pagina 139, assim:
” 1. Principia esta famĆ­lia em BrĆ”s Barbalho Feyo, que passou a Pernambuco logo nos primeiros anos de sua povoaĆ§Ć£o. Casou com D. Leonor Guardes, irmĆ£ de Ignez Guardes mulher do instituidor do Morgado do Cabo, e filhas de Francisco Carvalho de Andrade e sua mulher Maria Tavares de Guardes.
Ā  Ā  Ā Deste matrimonio de Bras Barbalho Feyo nasceram:
Ā  Ā  2 – Alvaro Barbalho Feyo, que continua. (…)
Ā  Ā  2 – Camilla Barbalho, que ja se acha nomeada no Livro Velho da Se, por madrinha de um batizamento feito a 7 de Novembro de 1608. Casou com FernĆ£o Bezerra. E da sua descendĆŖncia se da noticia em titulo de Bezerras Felpa de Barbudas. (…)
Ā  Ā  2.- Braz Barbalho Feyo.”
Na verdade, quando ia falar a respeito da geraĆ§Ć£o deixada por Camilla e “FernĆ£o”, ele se omite a respeito da descendĆŖncia de Luiz Barbalho, mencionando apenas que eram 10 e que outros ja os haviam mencionado. Salvo engano meu, ele menciona o autor Castrioto (que pode ser o nome da obra).
Alias, posso aqui postar as informaƧƵes mais exatas, `a pagina 37 temos, em relaĆ§Ć£o `a famĆ­lia Bezerra Felpa de Barbuda:
“2 – N…….. Bezerra Monteiro, casou com Camilla Barbalho, filha de Braz Barbalho, e de sua mulher N……. Guardes, em titulo de Barbalhos. A primeira Camilla de Braz Barbalho, vivia em Olinda em 1608. No Livro velho da Se se acha nomeada como madrinha de alguns batizados. Do referido matrimonio nasceram:
3 – Luiz Barbalho Bezerra, Fidalgo da Casa Real. Comendador da Ordem de Christo e Mestre de Campo de infantaria, que governou a Bahia e o Rio de Janeiro, de quem os escritores da guerra dos Holandeses fazem muitas vezes, digo, fazem inumerĆ”veis vezes a mais honrada memĆ³ria, e seria prolixa a nossa se a fizĆ©ssemos de tantas, tĆ£o repetidas e gloriosas aƧƵes quando basta o que desse grande soldado disse o general Francisco de Brito Freire neste grande elogio: – A quem tantas continuadas ocasiƵes pelo decurso desta Historia, adiantaram ao insigne Mestre de Campo e deram ilustre fama principalmente naquela celebre e portentosa expediĆ§Ć£o em que socorreu a Bahia, penetrando quatrocentas lĆ©guas os desertos da America. Foi casado e teve 10 filhos, dos quais o mais velho foi o capitĆ£o Guilherme Barbalho Bezerra, mas como todos no ano de 1638 embarcaram para a Bahia, onde, e no Rio de Janeiro viveram, nĆ£o tenho deles outras noticias.”
`A pagina 38 temos:
“4 – Felipe Barbalho Bezerra, consta no Livro Velho da Se que casou a 24 de Setembro de 1608 com Serafina de Morais, filha de Domingos da Silveira e de sua mulher Margarida Gomes Bezerra, em titulo de Bezerras, Morgados da Paraiba.” (pag. 37)
Deste matrimonio nasceram:
Ā  Ā  Ā 5 – Jeronymo Barbalho Bezerra, que foi para o Rio de Janeiro, onde ha noticia que morrera degolado. (…)
Ā  Ā  Ā 5 – Antonio Barbalho Bezerra, que ja se achava casado em 1633 com sua parente Joanna Gomes da Silveira, filha herdeira de seu tio, irmĆ£o de seu avĆ“, Duarte Gomes da Silveira, que neles instituiu com faculdade regia o Morgado do Salvador do Mundo, da Paraiba a 6 de Dezembro do dito ano. Dele e da sua sucessĆ£o se escreve em titulo de Bezerras Morgados da Paraiba.”
`A pagina 384 o autor Borges da Fonseca, parte do livro na qual existem alguns ApĆŖndices, retorna ao titulo Barbalhos e assim descreve, em seu inicio:
  1. “Principiou estaĀ famĆ­liaĀ em Braz Barbalho Feyo, que passou a Pernambuco logo nos primeiros anos de suaĀ povoaĆ§Ć£oĀ  casou com N …… Guradez,Ā irmĆ£ de Ignez Guardes, mulher do instituidor do Morgado do Cabo e filha de Francisco Carvalho de Andrade, e de sua mulher Maria Tavares de Guardes, que foram os primeiros senhores do engenho de SĆ£oĀ Paulo daĀ VĆ”rzea. (pag. 385)
Deste matrimonio de Braz Barbalho Feyo, nasceram:
Ā  Ā  Ā 2 – Alvaro Barbalho Feyo, de quem acima se trata
Ā  Ā  Ā 2 – Braz Barbalho Feyo, adiante,
Ā  Ā  Ā 2 – Camilla Barbalho, que ja se acha nomeada no Livro velho da Se por madrinha de um baptisamento feito a 7 de Novembro de 1608. Casou com FernĆ£o Bezerra, e da sua sucessĆ£o se da noticia em titulo de Bezerra Felpa de Barbuda, onde se verĆ” quem foram os pais do famoso Luis Barbalho Bezerra.”
Dai para frente descreve-se a descendĆŖncia dos irmĆ£os da Camila.
Aqui ha que mencionar-se a inseguranƧa do autor em relaĆ§Ć£o ao nome da esposa do Bras Barbalho Feyo (1) e do marido da filha Camila. Embora ele houvesse anunciado antes que no primeiro caso seria Leonor Tavares de Guardes, encontrei a noticia do contrĆ”rio com o Frei JaboatĆ£o.
A obra do Frei esta publicada na “Revista Trimensal do Instituto HistĆ³rico e Geographico Brasileiro” de 1889. Na pagina 43 ele inicia a descriĆ§Ć£o dos Albuquerques MaranhƵes em Pernambuco.
Ali fala que Leonor Tavares de Guardes era casada com Antonio Pinheiro Feyo. Esses, salvo engano porque nĆ£o estou tendo acesso `a obra no momento, foram os sogros do Jeronymo de Albuquerque MaranhĆ£o, filho do Jeronymo de Albuquerque, o chamado “AdĆ£o de Pernambuco” por causa da numerosa descendĆŖncia com varias mulheres.
E, no mais, a obra da noticia da descendĆŖncia deles. Portanto, foi engano de Borges da Fonseca mencionar que Leonor fora esposa do BrĆ”s Barbalho Feyo. Confirmando-se ai que a esposa deste chamava-se Maria ou Catarina mesmo.
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A tese tambĆ©m pode ser consultada. Trata-se de um estudo a respeito da crise conhecida como: “A REVOLTA DA CACHAƇA”. Ocorrida no Rio de Janeiro entre o final de 1660 e o inicio de 1661.
Foi o embate de duas forƧas antagĆ“nicas entre os nobres descendentes dos fundadores do Rio de Janeiro e os que estavam sendo “empurrados com a barriga” pela corrupĆ§Ć£o no governo de Salvador Correia de Sa e Benevides.
A revolta teve como chefe maior Jeronimo Barbalho Bezerra, filho de Luiz Barbalho. O qual perdeu a vida ao final. Mas essa consequĆŖncia provocou tambĆ©m a condenaĆ§Ć£o do governador por todos os seus crimes. Veja:
http://www.historia.uff.br/stricto/teses/Dissert-2003_CAETANO_Antonio_Filipe_Pereira-S.pdf
A partir da pagina 187, capitulo: “Os Honoratiores Goncalenses: a familia Barbalho”, encontra-se uma descriĆ§Ć£o resumida desse tronco familiar e da um parecer geral a respeito dos filhos de Luiz Barbalho, que estiveram no Rio de Janeiro.
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Talvez seja melhor visitarem o endereƧo:
https://val51mabar.wordpress.com/2016/12/04/500-anos-de-historia-e-genealogia-da-presenca-barbalho-no-brasil/
Nessa pagina de meu blog eu disponibilizei muitos dados e menƧƵes `a famƭlia, que venho encontrando em minhas pesquisas.
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Espero que essas notas sejam uteis a quem for procurar decifrar os vĆ­nculos que tornam possĆ­vel fazer a ponte que liga os Brasileiros do sobrenome Barbalho e Portugal, com seus devidos lugares, datas e pessoas.
Acredito que o estudo desse gĆŖnero e a divulgaĆ§Ć£o de um resultado positivo poderĆ” ajudar a desenvolver um fluxo de turismo dos Barbalho brasileiros a Portugal e seus parentes de Portugal para o Brasil, para apreciar os pontos histĆ³ricos os quais se enfeitam com seus nomes.
Bom trabalho aos que aceitarem o desafio.
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004. ANALISANDO DADOS DE ANTEPASSADOS NO SITE FAMILYSEARCH
INDICE
01. 004. ANALISANDO DADOS DE ANTEPASSADOS NO SITE FAMILYSEARCH
02. OS DOCUMENTOS
03. OLHA OS ENGANOS!
04. O HUMILDE ANCESTRAL JOAQUIM COELHO DE ANDRADE
05. OS NOSSOS PEREIRA DO AMARAL
06. OS PEREIRA DO AMARAL – BENEVIDES
07. RESENHA FINAL
01. 004. ANALISANDO DADOS DE ANTEPASSADOS NO SITE FAMILYSEARCH
Ha muito estava adiando mas agora resolvi visitar o site Familysearch para ampliar os dados que ja possuĆ­a la e saber se aumentava meus conhecimentos, caso houvessem dados que nĆ£o conheƧa.
Encontrei coisas interessantes. Ate mesmo maravilhosas. Mas ficou claro que ha muitos enganos.
Acredito que os enganos devam-se a ansiedades de iniciantes. Inclusive a minha.
Consta no site que o nosso ancestral, o alferes, Jose Coelho de MagalhĆ£es era filho do Bernardo Antonio e sua esposa Ana Josefa. Quem acompanha os meus estudos pode lembrar-se que “achei” que fossem. Inclusive passei isso para sites, mas ja me retratei.
NĆ£o tenho ate hoje como dizer que sim ou que nĆ£o. Isso porque o professor Nelson Coelho de Senna afirmou que no lugar do Bernardo Antonio entraria um Manoel Rodrigues Coelho.
E estou dizendo um porque o professor nĆ£o aprofundou na pesquisa dele, e eu ja encontrei mais de um possĆ­vel ancestral com o nome Manoel Rodrigues Coelho que foram contemporĆ¢neos de nossos ancestrais em Minas Gerais.
O problema ate o momento tem sido que nĆ£o encontrei documento algum que comprove qualquer hipĆ³tese.
Sei que deve haver algum InventĆ”rio e, possivelmente, Testamento do nosso ancestral, alferes-de-milicias, Jose Coelho de MagalhĆ£es, em ConceiĆ§Ć£o do Mato Dentro onde foi dito que faleceu, ou no Serro que, em 1806 na data, era a Ćŗnica sede de Comarca na regiĆ£o.
Esse seria um documento que devemos guardar com carinho, pois, devera desfazer diversas duvidas e abrir novos horizontes para nossas pesquisas. Isso porque nada sabemos com seguranƧa, pois, o que sabemos deles vem de tradiƧƵes, o que podem ser falhas.
Os Testamento e Inventario do Jose Coelho de MagalhĆ£es poderiam, definitivamente, revelar com certeza se somos mesmo descendentes da Eugenia Rodrigues da Rocha, como ate agora acredita-se, ou da EscolĆ”stica de MagalhĆ£es, primeira esposa dele.
Os documentos iriam, no minimo, informar-nos quem foram os filhos de cada esposa, com quem se casaram, os que ja eram casados. e talvez alguns netos que acaso fossem Ć³rfĆ£os.
O Testamento poderia revelar quem foram os pais, onde nasceu e ate alguma resenha a respeito de ancestrais e da origem geogrĆ”fica. Mas somente depois que encontrar-se algum documento revelador Ć© que podemos fazer uma resenha segura. Ate la, tudo nĆ£o passa de especulaĆ§Ć£o.
Infelizmente, nĆ£o tive a oportunidade de buscar em todos os locais possĆ­veis de encontrar algo seguro a respeito do nosso, provĆ”vel, ancestral Manoel Rodrigues Coelho. Ha que verificar na Casa dos Contos e no Museu da InconfidĆŖncia, em Ouro Preto.
Se por la houver algum Inventario dele, entĆ£o, poderĆ” revelar se deixou um filho chamado Jose Coelho de MagalhĆ£es.
Algum documento do gĆŖnero devera existir, pois, foi dito ter sido muito rico. E ha a possibilidade de ele ser encontrado em documentos referentes ao Inficcionado, atual Santa Rita DurĆ£o, em Mariana, e Cachoeira do Campo, Distrito de Ouro Preto.
E nĆ£o se pode descartar ainda a possibilidade de ter sido o prĆ³prio Manoel Rodrigues Coelho que tenha levado toda a famĆ­lia para o, entĆ£o, Norte de Minas. Informa-nos o professor Nelson que a famĆ­lia espalhou-se por Santa Barbara, Itabira e ConceiĆ§Ć£o do Serro (do Mato Dentro).
Mas nĆ£o especificou quando se deu isso. Manoel ganhou a Sesmaria em Cachoeira do Campo em 1758, quando ja nĆ£o havia ouro a explorar-se na regiĆ£o. Mas houveram outros surtos de ouro no Norte do Estado.
Talvez tenha sido atraĆ­do para a regiĆ£o de ConceiĆ§Ć£o do Mato Dentro/Morro do Pilar, Fazenda do AxupĆ©, onde o professor Coelho de Senna afirma que a famĆ­lia esteve estabelecida, ainda no sĆ©culo XVIII, antes de o nosso ramo ter ajudado a fundar e passar a residir em GuanhĆ£es.
Portanto, pode-se, talvez, encontrar-se algum Inventario e Testamento no Serro. Nunca se sabe. Enquanto nĆ£o encontrarmos o “elo perdido” nada se pode afirmar.
Mas, queria resumir o mĆ”ximo possĆ­vel porque ha muito o que escrever com o que ja encontrei. Vamos, entĆ£o, a apenas postar novamente alguns documentos. Deles nĆ£o se pode duvidar da veracidade.
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02. OS DOCUMENTOS
a. Registro de batizado de POLICARPO JOSE BARBALHO
“Aos 21 dias do mĆŖs de novembro de 1779, na Capela de Santa Anna do (Percuava?), o padre Andre Vaz de Almeida batizou e pos os Santos Ɠleos a Policarpo, filho legitimo de Jose Vaz Barbalho e de sua mulher Anna Joaquina de Sam Jose. Foram padrinhos Manoel da Ponte e Delfina Soares, todos dessa freguesia (??) e por esse assino:
O vigĆ”rio: Pedro Jose Pereira de Castro.”
b. Registro de batizado de PLACIDO JOSE BARBALHO
“Aos 18 dias do mĆŖs de MarƧo de 1781 anos, nessa Igreja Matriz de Nossa Senhora de NazarĆ© do Inficcionado (atual Santa Rita DurĆ£o), batizei e pus os Santos Ɠleos a PlĆ”cido, pĆ”rvulo, filho legitimo de Jose Vaz Barbalho e Anna Joaquina sua mulher, postos forros, que viverĆ£o na Freguesia de Vila do Principe a partir dessa Freguesia do Inficcionado (??) do epifano a 9 do dito mĆŖs. Foi padrinho: Silvestre de Almeida do Freixo, dessa freguesia, o que foi aposto.
O Encomendado: Pedro Jose Pereira De Castro.”
Ambos os documentos os vi nas reproduĆ§Ć£o fotogrĆ”fica do livro de batizados que pode ser visto no site Familysearch.
c. Sinopse do Inventario de POLYCARPO JOSEPH BARBALHO
“POLYCARPO JOSE BARBALHO – Faleceu a 20 de junho de 1801. Era natural da Vila do Principe do Cerro Frio, filho de Manoel Vaz Barbalho e Josefa Pimenta de Souza. Casou com Bernarda Maria de Azevedo, de quem teve 7 filhos: Constancia Joaquina, casada com Jose Bernardes Ribeiro; Josefa Pimenta de Souza, casada com Jose Peixoto de Miranda, PossidĆ“nio Jose Barbalho, Julio Vaz Barbalho, Eugenia Perpetua, Candida Hypolita e Manoel Vaz Barbalho (fls. 108v Liv 4)”
d. Sinopse do Inventario de BERNARDA MARIA DE AZEVEDO
“BERNARDA MARIA DE AZEVEDO – Faleceu a 13 de abril de 1813. Era natural da Vila do Rio Grande, filha de Silvestre Silveira e Ana Gomes de Azevedo. Casou com o cirurgiĆ£o-mor Policarpo Jose Barbalho, de quem teve os filhos seguintes: ConstĆ¢ncia Joaquina, Josefa Pimenta, casada com Jose Peixoto de Miranda, PossidĆ“nio Jose Barbalho, Jose Antonio Julio, Candida, Eugenia e Manoel. Era irmĆ£ de Manoel de Moura Ribeiro. (fls. 41v Liv 10)”.
Esses dois resumos podem ser vistos no endereƧo abaixo:
https://www.scribd.com/doc/45971157/Sinopse-dos-Inventarios-e-Testamentos-de-Porto-Alegre-RS-1776-1852
Polycarpo esta registrado na pagina 12 e dona Bernarda na 33.
Observe-se ai a coincidĆŖncia do nome Silvestre aparecer tanto como padrinho do PlĆ”cido quanto como pai da dona Bernarda. Tenho uma ligeira desconfianƧa que seja a mesma pessoa.
Obvio, ha a duvida das diferenƧas de sobrenomes. Mas ele poderia chamar-se Silvestre de Almeida da Silveira. O “do Freixo”, poderia ser menĆ§Ć£o ao local onde nasceu.
Freixo Ć© um anexo `a Cidade do Porto, e fica `as margens do Rio Douro. Muito mencionado em genealogias que citam os filhos ilustres oriundos do local. Encontram-se ali exemplos dos Cernaches, famĆ­lia de nobreza que ali residia.
Podemos lembrar Freixo por seu palƔcio:
https://en.wikipedia.org/wiki/Palace_of_Freixo
Era muito comum os portugueses chegados ao Brasil adotarem entre os sobrenomes a localidade de onde procediam, mesmo que nĆ£o fossem membros de uma famĆ­lia com o mesmo sobrenome.
E os escrivĆ£es antigos costumavam redigir os registros depois dos fatos. E eles colocavam os nomes nas pessoas de acordo como conheciam, algumas vezes usando pseudĆ“nimos e nĆ£o os verdadeiros nomes.
Se, no caso, o Silvestre chamava-se mesmo Silvestre de Almeida da Silveira, nascido em Freixo, poderia ser ao mesmo tempo padrinho do PlĆ”cido, pai da dona Bernarda Maria e, talvez, nosso ancestral, caso fosse tambĆ©m pai da ancestral Anna Joaquina Maria de SĆ£o Jose.
Como parece que Ana Joaquina nĆ£o tenha tido sobrenomes mas sim uma sequencia de nomes que compƵem a FamĆ­lia Sagrada, e nĆ£o sabemos os nomes dos pais dela, ha essa possibilidade, mesmo em sendo remota.
Naquele tempo, os profissionais de determinadas Ć”reas viajavam mais que o povo comum. Mas nĆ£o se mencionava com frequĆŖncia as profissƵes de padrinhos. Ja foi uma dadiva mencionarem a do Policarpo Joseph Barbalho, cirurgiĆ£o-mor de Porto Alegre.
Observa-se que o mais provĆ”vel seria que os pais de Ana Joaquina fossem os padrinhos do primogĆŖnito Policarpo. Seria menos comum que uma mulher naquela Ć©poca, talvez muito jovem, se casasse e fosse morar longe da casa dos pais.
Portanto, os candidatos mais fortes a pais dela seriam Manoel da Ponte e dona Delfina Soares. Isso pelas tradiƧƵes de os primogĆŖnitos serem batizados pelos avĆ³s.
Vamos a mais documentos:
e. Sargento-Mor, DOMINGOS BARBOSA MOREIRA
Esta mencionado no documento abaixo:
http://www.ufjf.br/hqg/files/2009/10/AN-CC-0137.pdf
`A pagina 46 temos:
“101.1723/10/13 177-4; total em rĆ©is: 265.688; Sargento-mor Domingos Barbosa Moreira; quartĆ©is da Comarca do Serro Frio.”
Na verdade, a postagem faz um translado do livro: “O LIVRO PRIMEIRO DA PROVEDORIA DA REAL FAZENDA DE MINAS GERAIS, 1722-1727”. TraduĆ§Ć£o essa feita por Angelo Alves Carrara.
f. FRANCISCO JOSE DE BARBOSA FRUAO
O Francisco aparece com os dados:
“data de entrada: 02/1747
Ā data de profissĆ£o: 10/1747
Ā 1753, Juiz das marcaƧƵes e mediƧƵes de sesmarias.
Ā 1764, Mestre de NoviƧos.”
Esses dados estĆ£o na pagina 273, da publicaĆ§Ć£o:
http://www.ufjf.br/ppghistoria/files/2015/08/VERSƃO-FINAL-CRISTIANO-OLIVEIRA-DE-SOUSA.pdf
Trata-se ai da pesquisa de doutorado do professor Cristiano de Oliveira de Sousa. E o nome pomposo da monografia foi:
“Prestigio, poder e hierarquia: A “elite dirigente” da VenerĆ”vel Ordem Terceira de SĆ£o Francisco de Assis de Vila Rica (1751- 1804).”
1751 foi a data do estabelecimento oficial da ordem em Ouro Preto. Mas ja existia antes, pelas prĆ³prias datas de ingresso e profissĆ£o de nosso ancestral. Na verdade, ele descreve como se dava a “mafia” dos privilĆ©gios.
Para fazer parte da ordem, era preciso ter renda. E os estabelecidos nas ordem recebiam os favores das nomeaƧƵes para os cargos cuja remuneraĆ§Ć£o era elevada. Ou seja, dinheiro rendendo dinheiro. Uma divinizaĆ§Ć£o do Brasil atual.
NĆ£o se descreve detalhes da vida de nosso ancestral. Apenas passa aquelas informaƧƵes e datas preciosas para os nossos estudos genealĆ³gicos. Mas o trabalho Ć© super interessante de se ler para se ter conhecimento de como as coisas funcionavam no passado. O conhecimento nĆ£o ocupa lugar.
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03. OLHA OS ENGANOS!
Resolvi falar primeiro dos enganos que encontrei na genealogia de nossa famĆ­lia que ja esta formada no familysearch.
Atribuo certos enganos ao que mencionei antes, ansiedades. E ja mencionei aquele meu engano de ter identificado como pais do alferes-de-milicias Jose Coelho de MagalhĆ£es aos Bernardo Antonio Pinto de Mesquita e sua esposa Ana Josepha de MagalhĆ£es Pinto.
Havia sim a possibilidade de terem sido em razĆ£o das possĆ­veis idades. Mas nĆ£o tenho nenhum documento a comprovar. E como o professor Nelson Coelho de Senna disse que o Jose era filho do Manuel Rodrigues Coelho, o chute fica parecendo mentira.
A ansiedade nesses casos pode ser traduzida por ansiedade mesmo, por um lado, mas tambĆ©m ha a vontade que fosse, quando as pessoas estĆ£o menos experientes.
Acontece que nĆ£o tem sido fĆ”cil encontrar os dados corretos. Assim a gente pode passar a desejar que fosse aquele que primeiro aparecer. Mesmo que a coincidĆŖncia seja apenas um nome.
Bom, para falar do que encontrei de fato.
Em nossa linhagem descrita pelo professor Dermeval Jose Pimenta, ele acrescentou ao que ja conhecĆ­amos que Eugenia Rodrigues da Rocha, pentavĆ³ da minha geraĆ§Ć£o, era filha de Giuseppe Nicatigi da Rocha e Maria Rodrigues de MagalhĆ£es Barbalho.
E no site esta que Maria Rodrigues foi filha do Policarpo Joseph Barbalho e Bernarda Maria de Azevedo. E la ela esta identificada como Maria Rodrigues Barbalho. Ou seja, o MagalhĆ£es talvez nĆ£o existisse mesmo.
O problema esta em que a data do nascimento recai em 1767. O que seria 15 anos antes do seu neto: Jose Coelho da Rocha, ou Jose Coelho de MagalhĆ£es Filho que, segundo os genealogistas da famĆ­lia nasceu em 1782.
Nesse caso, ja sabemos que essa data esta incorreta e que Bernarda Maria nĆ£o poderia ter sido mĆ£e dela. Ou, haveria uma possibilidade sim.
O professor Nelson Coelho de Senna disse que o casamento da Eugenia Rodrigues com o alferes-de-milicias Jose Coelho de MagalhĆ£es deu-se em 1799. E tambĆ©m que ele era viuvo de dona EscolĆ”stica de MagalhĆ£es.
Nesse caso, a mĆ£e da Eugenia poderia ter nascido em 1767. O que nĆ£o poderia era ser a avo do Jose Coelho da Rocha que nasceu em 1782. Se em 1782, aos 15 anos de idade, dona Maria Rodrigues houvesse casado e tido a filha em 1783, Eugenia poderia ter se casado em 1799, tambĆ©m aos 16 anos de idade.
EntĆ£o, o professor teria que ter-se enganado em relaĆ§Ć£o `a data de nascimento do bisavĆ“ dele, tido por nascido em 1785, cuja data verdadeira poderia ter sido 1805. E isso tem fundamento de se pensar.
Isso porque ao narrar os eventos da famĆ­lia pelo lado materno dele, o professor Nelson da as datas de nascimento de 3 filhas. A avo dele Emilia Brasilina (1828); tia Eufrasia (1829) e tia Maria Eugenia (1835).
Ele narrou tambĆ©m que o casamento havia se dado em 1804. E que os bisavĆ³s dele, JoĆ£o e Bibiana LourenƧa de AraĆŗjo foram pais tambĆ©m de 3 filhos: JoĆ£o, Joaquim e Cassiano. Mas nĆ£o revela as datas dos nascimentos desses tios dele.
Mas se aconteceu de o professor ter-se enganado, e o nascimento do tio JoĆ£o Coelho de MagalhĆ£es se deu em 1805, com o casamento se dando em 1824, teria havido espaƧo para o nascimento dos filhos, antes ou pelo menos um entre as mulheres.
Ao contrƔrio, se o casamento houvesse sido mesmo em 1804, ficaria um espaƧo enorme demais para o nascimento dos 3 filhos, entre 1805-28 e muito curto para as 3 filhas. E a tia Bibiana teria tido uma vida fƩrtil muito longa de 31 anos, mas somente 6 filhos.
Aviso: nĆ£o seria impossĆ­vel, contudo, muito pouco provĆ”vel.
De toda forma, em tal suposiĆ§Ć£o, nos, descendentes do Jose Coelho da Rocha, nĆ£o seriamos descendentes da Eugenia e, muito provavelmente, seriamos descendentes da dona EscolĆ”stica de MagalhĆ£es.
Eu ja havia levantado a hipĆ³tese de o Jose Vaz Barbalho, por enquanto o tenho por filho do Manoel Vaz Barbalho e Josefa Pimenta de Souza, que foi pai, poderia ter sido fruto de um casamento anterior do Policarpo Joseph Barbalho, ou seja, nĆ£o seria filho de dona Bernarda Maria.
Interessante aqui Ć© que podemos observar, pelos InventĆ”rios, letras c e d, no capitulo de documentos acima, que Policarpo e Bernarda nĆ£o tiveram filha com o nome Maria. Se tiveram, o nome dela nĆ£o aparece nos inventĆ”rios de nenhum dos dois. Algo diferente dos costumes.
EngraƧado parece que pode ter havido mesmo um Jose. Observe-se que no InventƔrio do Policarpo, o que se confirma nos registros de batismos, que tiveram o Julio Vaz Barbalho.
Mas no InventĆ”rio de dona Bernarda ha um Jose Antonio Julio. Eu copiei como estava no documento na internet. Mas penso que foi engano de quem estava traduzindo o original para a sinopse. E o engano foi nĆ£o ter colocado a ou as virgulas.
Nesse caso, eles podem ter tido Jose, Antonio e Julio. Ou Jose Antonio e Julio Vaz Barbalho.Observem que as filhas usavam dois nomes. Caso da ConstĆ¢ncia Joaquina. Os homens eram Vaz Barbalho ou Jose Barbalho.
Acredito, entĆ£o, na possibilidade de que ConstĆ¢ncia Joaquina, Josefa, Jose e Antonio poderiam ter sido filhos de sangue apenas do Policarpo Joseph Barbalho. Isso porque nĆ£o vi registros deles nos livros de GravataĆ­, como tem dos outros.
Mas de toda forma, fica aqui a dica de que nĆ£o creio que nossa ancestral Maria Rodrigues tenha parentesco tĆ£o direto com Policarpo Joseph Barbalho. Acredito que ela fosse prima dele.
E a raiz onde se encontram seria na Eugenia, irmĆ£ do Manoel Vaz Barbalho, o velho. Ele nasceu em 1690 e ela em 1695, segundo o que esta no livro: “Primeiras FamĆ­lias do Rio de Janeiro”, de autoria de Carlos G. Rheingantz.
Maria poderia ter sido filha ou neta da Eugenia. E por isso teria tido a filha Eugenia Rodrigues da Rocha.
Outro erro que encontrei na Arvore foi que o nosso ancestral Antonio Jose Barbosa FruĆ£o, foi pai do Sargento-Mor Domingos Barbosa Moreira. Nada contra. Apenas as datas nĆ£o permitem.Ā Os documentos “e” e “f” mostram isso.
Em 1723, Domingos era ja sargento-mor da Vila do Principe do Serro do Frio. O cargo era eletivo. Para ocupa-lo a pessoa precisava ter experiencia e prestigio. NĆ£o seria um recruta a ocupar o lugar. Portanto, estaria pelo menos na faixa dos 30 anos de idade.
E, para ser pai dele, o Antonio Jose teria que ter nascido uns bons 20 anos ou mais antes disso. Ou seja, teria que ter nascido por volta de 1673. O mais provƔvel seria antes disso ainda.
Mas em 1764, o Antonio ainda estava na ativa, Ć©poca em que provavelmente tornou-se tambĆ©m o pai da nossa ancestral Francisca Angelica da EncarnaĆ§Ć£o. Isso porque, em 1781 a Francisca estava se tornando mĆ£e do Francisco Pereira do Amaral e continuou tendo filhos pelo menos ate 1791, quando foi mĆ£e do nosso ancestral: Malaquias Pereira do Amaral.
Tudo segundo as notas do professor Dermeval Jose Pimenta, no livro dele: “A Mata do PeƧanha, sua Historia e sua Gente”.
`Aquela Ć©poca seria um fato inusitado para o Antonio Jose Barbosa FruĆ£o ter vivido ate mais de 90 anos. E ainda estar tendo filhos ja seria uma hipĆ³tese um tanto quanto fabulosa!
NĆ£o verifiquei quem postou o Antonio como pai de dois de nossos ancestrais. Seja la quem for, acredito que tenha cometido apenas uma distraĆ§Ć£o. Comum a todos nos que mexemos com esse quebra-cabeƧas.
Erro mesmo a gente verifica numa de nossas raizes mais profundas. La esta o nosso ancestral Lovesendo Ramires casado com Zaida ibn Zaydan. O que foi verdade.
O erro esta em que postaram a mesma pessoa da esposa casada com o pai dele, Ramiro II, rei de Leon. Pior, o Lovesendo teria sido o filho que teve relaƧƵes com a prĆ³pria mĆ£e.
Esse foi um erro crasso. Isso porque a informaĆ§Ć£o em outros sites, como o Geneall.net, podemos verificar que a mĆ£e do Lovesendo chamava-se, provavelmente, Onega (?). Exato, a informaĆ§Ć£o esta sob suspeita com um sinal de (?). Mas nĆ£o se justificaria isso se a informaĆ§Ć£o que esta no familysearch fosse conhecimento.
Fiz essa PrĆ©via a respeito desses enganos e erro apenas para salientar que nĆ£o devemos confiar em tudo por enquanto. Mas ha um computo geral positivo. Vamos seguir para frente porque as boas novidades estĆ£o por vir.
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04. O HUMILDE ANCESTRAL JOAQUIM COELHO DE ANDRADE
Apesar dos riscos dos enganos, penso que esta no site do Familysearch uma das linhagens que nos ligam ao remoto passado e que podemos segui-la geraĆ§Ć£o a geraĆ§Ć£o.
Antes disso, vou postar aqui um documento que, senĆ£o curioso, pode ser a origem do nosso humilde ancestral Joaquim Coelho de Andrade.
O amigo Mauro Moura de Andrade ja havia me passado um resumo, contendo dados menos detalhados. Mas buscando na internet, pude encontrar tudo com mais detalhes. A postagem esta no site:
01.Ā https://genealogiafb.blogspot.com/2014/08/relacao-dos-emigrantes-acorianos-para.html, e os detalhes na pagina:
02.Ā https://www.dropbox.com/s/8rbhu23v6s7w51s/arbelo-rel%2Bemigrantes%2Bbrasil%2Bpass1771-74-bihit%2Bvol.V%281947%29.pdf?dl=0
Trata-se da “RelaĆ§Ć£o dos emigrantes aƧorianos para os Estados do Brasil, extraĆ­da do “Livro de Registros dos Passaportes da Capitania Geral dos AƧores”. (ContinuaĆ§Ć£o da pagina 165 do volume 5o.)”. Por: Antonio Raimundo Belo.
Dessa pagina do trabalho, republicado no “Boletim do Instituto HistĆ³rico”, temos `a pagina 35, lista de emigrados da “Ilha Terceira”, “Ano de 1770”:
“ANTONIO COELHO LINHARES, da Vila Nova, `a Comarca de Vila do SabarĆ” de Minas Gerais, com sua mulher Inez Francisca, e seus filhos: Mariana, Rosa, Maria, Clara, Ana, Rita e JoĆ£o, menores, para a fazenda que para ele comprou o seu filho Mateus Coelho, assistente nas ditas minas.”
A “escadinha” de filhos leva a supor que esse seria um segundo casamento do ANTƔNIO e, provavelmente, o MATEUS, pessoa ja adulta, devera ter sido filho de algum primeiro matrimonio.
OBS.: `A pagina 36 temos o registro de um senhor, JOSE NUNES COELHO, que dirigia-se para o Rio de Janeiro.Ā Anotado ai apenas pela curiosidade de ter o mesmo sobrenome de nossos ancestrais.
E em 1770, procedentes tambĆ©m de Vila Nova, e ele levava consigo a esposa “Mariana Antonia, filho Jose Coelho e filha EsperanƧa de Jesus.” Em 1770, acredito, nosso ancestral MANOEL NUNES COELHO deveria estar numa faixa de 10 anos de idade.
Mais certo serĆ” que o Coelho do ANTƔNIO e do JOSE era o mesmo. Portanto, se algum dia comprovarmos parentesco com um, muito certo serĆ” que teremos parentesco com o outro.
Quanto ao MANOEL, poderĆ”, talvez, ser aquele que em 27.08.1804 teria tido um segundo, possĆ­vel, casamento com VALERIANA ROSA GONƇALVES. Esse era filho de THOMAS NUNES FILGUEIRAS e ANNA COELHO. Ha que se saber inclusive se ela seria filha do nosso suposto ancestral MANUEL RODRIGUES COELHO.
Deixando de lado as conjecturas, vamos ao que interessa. As tradiƧƵes da famƭlia nos afirmam que JOAQUIM COELHO DE ANDRADE, teve um perƭodo de dificuldades econƓmicas.
E tambĆ©m que teria sido levado para a entĆ£o, Paroquia de Nossa Senhora do PatrocĆ­nio de GuanhĆ£es, atual VirginĆ³polis, pelo bisavĆ“ da minha geraĆ§Ć£o, MARCAL DE MAGALHƃES BARBALHO, por ser o prometido sogro dele.
A minha impressĆ£o Ć© a de que devemos negar esse “levar”, pois, inclui-se na tradiĆ§Ć£o que o bisavĆ“ prometia arcar com as despesas dos estudos da bisavĆ³ ERSILA COELHO DE ANDRADE, na Cidade de Diamantina, para se casarem depois que ela formasse.
Acontece que entre um e outro a diferenƧa de idade era de apenas 6 anos. E eles se casaram em 5.7.1879. Ela aos 19 anos e ele aos 25 anos de idade. Ou seja, uns 5 anos antes do casamento ela devera ter se dirigido a Diamantina aos 14, enquanto ele teria em torno de 20 anos de idade.
Poderiam ate casar-se ja. Mas seria muito difĆ­cil ele possuir recursos prĆ³prios para bancar os estudos da noiva. O trato poderia ter sido feito entre os pais dos noivos, mas acho que nĆ£o seria bem o caso.
A partir disso, imagino a possibilidade de alguns familiares do trisavĆ“ JOAQUIM ter-se dirigido para o PATROCƍNIO DE GUANHƃES, inclusive o prĆ³prio pai dele e, talvez, a mĆ£e. Isso porque a PAROQUIA foi fundada em 1858.
Portanto, imediatamente nos anos seguintes deve ter atraĆ­do algumas dezenas de casais dispostos a explorar aquela nova fronteira de colonizaĆ§Ć£o. Essa era a grande oportunidade para as pessoas da Ć©poca.
Essa minha conjectura se da porque sabemos que a famĆ­lia estabeleceu-se `as margens de um cĆ³rrego. O cĆ³rrego, antes sem nome, passou a ser chamado CƓRREGO DOS HONƓRIOS. E fica nas divisas das cidades de DIVINOLANDIA e GONZAGA – MG.
E nossa tradiĆ§Ć£o atribuiu o nome do cĆ³rrego ao trisavĆ“ JOAQUIM. Isso porque ele era conhecido pelo apelido de JOAQUIM HONƓRIO. Fica obvio para mim que o apelido revelava o nome do pai dele. E seria possĆ­vel que outros irmĆ£os e primos estavam juntos.
Ha pouco tempo o amigo Mauro Moura de Andrade enviou-me resumos dos assentamentos de batismos ocorridos em FERROS, atual cidade e, entĆ£o, Distrito de ITABIRA.
Entre eles estavam os registros de JOAQUIM e ANTƔNIO, filhos de HONƓRIO COELHO DA SILVA, como consta no primeiro registro, e HONƓRIO COELHO LINHARES, no segundo. A mĆ£e de ambos foi SIMPLICIANA ROSA DE ANDRADE.
E nos arquivos do site Familysearch encontram-se o registro de casamento do HONORIO e SIMPLICIANA. Ele foi filho de ANTONIO COELHO DA SILVEIRA e MARIA VIEIRA DA SILVA.
Ela era viuva de JOAO DE SOUZA E SILVA. No mesmo site encontra-se o registro desse primeiro matrimonio. Sendo ele filho de ALEXANDRE DA FONSECA E SOUSA e ANNA JOAQUINA DA SILVA. SIMPLICIANA era filha de JOSE JOAQUIM DE ANDRADE e MARIA LUCIA DA SILVEIRA.
Porque o casamento da SIMPLICIANA com o JOƃO se deu em 1812 e com o HONƓRIO em 1822, imagino a possibilidade de esse ter sido um pouco mais novo que ela e aquele, mais velho.
Aqui temos, talvez, apenas uma coincidĆŖncia. Mas o HONƓRIO, nĆ£o sei se por algum engano, recebeu o sobrenome COELHO LINHARES. Mesmo sendo filho de um COELHO DA SILVEIRA.
EntĆ£o, aventa-se a possibilidade de ele ter sido neto materno daquele ANTƔNIO COELHO LINHARES, procedente de Vila Nova da Ilha Terceira. A Comarca de SABARA era imensa, o que incluĆ­a Itabira e Ferros.
NĆ£o seria difĆ­cil que alguma das filhas do ANTƔNIO tenha sido esposa de marido da famĆ­lia SILVEIRA. E eles terem sido pais do ANTƔNIO COELHO DA SILVEIRA. Mas naquela Ć©poca nĆ£o se agarravam aos sobrenomes paternos.
Dava-se importĆ¢ncia aos sobrenomes ancestrais. Muitas vezes os filhos adotavam os nomes de algum dos avĆ³s. Foi o caso, por exemplo, da JOSEFA PIMENTA DE SOUZA, que era filha do POLICARPO JOSEPH BARBALHO. O nome da filha foi o mesmo do da mĆ£e do pai dela, ou seja, da avĆ³.
E isso era muito comum. As pessoas tanto somavam diversos sobrenomes ancestrais ou restringiam-se ao sobrenome que mais lhes aprouvesse. NĆ£o se sabe se o MATEUS, filho do ANTƔNIO dos AƧores, tinha outros sobrenomes. Mas no documento aparece apenas o COELHO.
Bom, essas minhas conjecturas em relaĆ§Ć£o aos sobrenomes pouco tem a ver com o caso que queria apresentar. Trata-se apenas de uma mensagem para o futuro. Quem sabe, saber disso um dia facilite outras pesquisas.
O que quero focar aqui era no fato de encontrarmos o nosso possƭvel ancestral JOSE JOAQUIM DE ANDRADE. Estou colocando-o como possƭvel porque precisamos comprovar via documentos que o JOAQUIM COELHO DE ANDRADE, vulgo JOAQUIM HONƓRIO, foi mesmo o filho do HONƓRIO e SIMPLICIANA.
Se foi o caso, entĆ£o, as janelas estĆ£o devidamente abertas para o nosso passado. Sabemos que a bisavĆ³ de nossa geraĆ§Ć£o ERSILA COELHO DE ANDRADE contava aos netos que era parente do CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE.
Parece que tinham a informaĆ§Ć£o como certa, de maneira que ninguĆ©m realmente esforƧou-se para descobrir o como isso poderia dar-se. E o poeta teve realmente um tio-bisavĆ“ com o nome JOSE JOAQUIM DE ANDRADE, irmĆ£o do bisavĆ“ dele, Alferes, FRANCISCO JOAQUIM DE ANDRADE.
Alem disso, informou-nos o amigo Mauro Moura de Andrade, que eles eram primos da esposa do Alferes FRANCISCO JOAQUIM, dona MARIA CANDIDA DA CUNHA ATAIDE. Mas a informaĆ§Ć£o nĆ£o aparece ainda no site do Familysearch.
Para simplificar, vou postar aqui umas sequencias genealĆ³gicas que acompanhei no site e que creio ser verdadeiras. Assim, a partir do JOSE JOAQUIM DE ANDRADE, vamos seguir a sequencia de pais, avos, bisavĆ³s ….
01. Jose Joaquim de Andrade c. c Maria Lucia da Silveira
02. Helena da ConceiĆ§Ć£o Correia c. c. Jose Gaspar Godoi
03. Margarida Correa Alvarenga c. c. JoĆ£o Francisco de Basto
04. MĆ©cia Leme de Andrade c. c. Elias Correa de Alvarenga
05. Manoel Monteiro de Alvarenga c. c. Guiomar de Castilho
06. Balthazar Alvares de Alvarenga c. c. MĆ©cia Monteiro
07. Bernardo Anes Soeiro de Alvarenga c. c. Joana Vaz
08. Isabel ou MĆ©cia Cardoso c. c. Alvaro Anes Soeiro de Albergaria
09. Vasco Pais Cardoso c. c. Brites Anes de LourenƧo
10. Alvaro Vaz Cardoso c. c. Maria Rodrigues de Vasconcelos
11. Vasco LourenƧo Cardoso c. c. Francisca Martins
12. Lourenco Vasco Cardoso c. c. ?
13. Vasco Ermiges Cardoso c. c. Cardosos (Quinta da Torre).
14. Ermigo Pais de Matos c. c. Mecia Soeiro Cardoso
15. Paio Viegas c. c. Aldara
16. Egas Ermiges c. c. Gontinha Eris Godosende
17. Ermigo Alboazar c. c. D. Dordia Osores
18. Alboazar Lovesendes c. c. Unisco Gondines
19. Lovesendo Ramires c. c. Artiga ou Zayra ibn Zaydan
20. D. Ramiro II, rei de Leon c. c. Onega (?)
Nesse ponto encontra-se o engano que mencionei antes. Zayra foi esposa do Lovesendo e nĆ£o do pai dele. Acrescente-se ai que ela era descendente do profeta Mohammad.
Agora, retornando `a geraĆ§Ć£o 06 e invertendo-a temos:
06. Mecia Monteiro c. c. Balthazar Alvares de Alvarenga
07. Gaspar Monteiro c. c. Catarina Dias Correa
08. Lopo Monteiro c. c. Guiomar de Oliveira
09. GonƧalo Monteiro c. c. Isabel Rodrigues de Vasconcelos
10. Lopo Martins Monteiro c. c. Florencia Vieira
11. Martim Afonso Monteiro c. c. ?
12. Afonso Nunes Monteiro c. c. ?
13. Nuno Mendes Monteiro c. c. ?
14. Martins Pais Monteiro c. c. Mariana
15. Teresa Anes de Leomil c. c. Payo Monteiro
16. Tereza Goncalves Bezerra c. c. JoĆ£o Soares de Leomil
17. GonƧalo GonƧalves Bezerra c. c. Bezerra
18. GonƧalo Viegas de Riba Douro c. c. Teresa
19. Egas Mendes de Riba Douro c. c Ausenda Garcia de Sande
20. Mem Viegas c. c. (?) no site esta errado
21. Egas Moniz, o Aio c. c. Dordia Viegas de Riba Douro
22. Monio Ermiges de Riba Douro c. c. Ouroana
23. Ermigio Viegas de Riba Douro c. c. Unisco Pais
24. Toda Ermiges c. c. Egas Moniz de Riba Douro
25. Ermigio Aboazar c. c. Vivili Turtesendes
26. Aboazar Lovesendo c. c. Unisco Godinhes
27. Lovesendo Ramires c. c. Zayra ibn Zaydan
28. Ramiro II, rei de Leon c. c. Onega (?)
29. Ordonho II, rei de Leon c. c. Elvira Mendes de Portugal
30. Alfonso III, das Asturias c. c. Jimena Garces de Pamplona.
Coloquei essa sequencia apenas para ilustrar mas ela esta errada. Verifiquei em outros sites e ha essa passagem a partir do Mem Viegas para a descendĆŖncia. Quem postou enganou-se.
Acontece que, mesmo assim, em algum momento, acertando-se o que estiver errado, com certeza iremos chegar aos mesmos ancestrais. No fundo no fundo vale aquele entendimento indĆ­gena.
Se a pessoa estiver num passado remoto e deixou descendĆŖncia, entĆ£o, serĆ” meu ancestral. Pode-se nĆ£o saber como, mas que Ć©, Ć©!!! E, por incrĆ­vel que pareƧa, Ć© mesmo. E estou certo disso tambĆ©m.
Alias, para comprovar isso, busquei em outro site. Ali encontra-se a seguinte sequencia:
08. Alvaro Anes Soeiro de Albergaria c. c. MĆ©cia Cardoso
09. Soeiro Fernandes de Albergaria c. c. Sancha Alvares Martins BulhĆ£o
10. FernĆ£o Soares c. c. (?)
11. Soeiro Fernandes c. c. Sancha Martins
12. D. Fernando Ermiges c. c. Maria Pais
13. Hermigio Mendes c. c. Sancha Pires de BraganƧa
14. Mem Moniz de Riba Douro c. c. Cristina GonƧalves das Asturias
15. Moninho Ermiges, o Gasco c. c. Ouroana
16. Ermigio Viegas c. c. Unisco Pais
17. Egas Moniz de Ribadouro c. c. Toda Ermiges
Obs.: Mem Moniz de Riba Douro era irmĆ£o do Egas Moniz, o Aio, que foi marido de Dordia Pais de Azevedo e de Teresa Afonso. E deles descendemos multiplas vezes.
14. D. Sancha Pires de BraganƧa, foi filha de Pero Fernandes, o BraganĆ§Ć£o, senhor de BraganƧa; e de D. Fruilhe Sanches de Celanova. Estavam entre as maiores nobrezas de Portugal `a Ć©poca.
Melhor mesmo nĆ£o postar algo mais que vi no familysearch devido `a duvida quanto `a certeza do que encontra-se la. Mas, de um modo geral pode-se garantir que com poucos consertos tornar-se-ia de grande credibilidade.
Apenas para esclarecer melhor o engano. No Familysearch esta que dona Tereza Fernandes de Marnel fora esposa do Mem Viegas de Riba Douro. Na verdade, ela foi esposa do Mem Viegas de Sousa. Ai temos:
20. Mem Viegas c. c. (?) no site esta errado
21. D. Egas Gomes de Sousa c. c. Gontinha GonƧalves da Maia
22. D. Gomes Echigues c. c. Gontronde Moniz de Touro
23. Echega Gucoi c. c. Aragunta Soares
24. D. Vizoi Viizois c. c. Munia
25. D. Ufo Ufes c. c. Teresa Soares
26. D. Hugo Soares Belfaguer c. c. Mendola
27. D. Sueiro Belfaguer c. c. Munia Ribeiro
28. Flavio Teodosio de Coimbra c. c. Munia Sueira de Coimbra
29. Flavio Alarico de Coimbra c. c. Flavia Teodia Atenerico
30. Flavio Ataulfo de Coimbra c. c. Lidoaria Atauldo
31. Egica
Essa linhagem vem dos reis visigĆ³ticos. Ai temos a linhagem Egica, Flavio e Rodrigo, que foi o ultimo rei eleito por parte da nobreza visigoda. A imposiĆ§Ć£o do rei Rodrigo colocou os visigodos em clima de revoluĆ§Ć£o civil.
Foi nesse instante que os muƧulmanos se aproveitaram das fragilidades do adversƔrio e invadiram e conquistaram a Penƭnsula IbƩrica, em 711 d. C.
Mas o importante a saber aqui Ć© as nobrezas que reconquistaram Porto Cale e depois formaram o Reino de Portugal, descendem dessas e outras raizes.
Ja o Mem Viegas, filho do Egas Moniz, o Aio, nĆ£o se sabe com quem se casou. Entao, no site familysearch deveria estar assim:
20. Mem Viegas c. c. (?)
19. Egas Mendes de Riba Douro c. c. (?)
18. GonƧalo Viegas de Riba Douro c. c. Tereza (?)
17. Mem Goncalves da Fonseca c. c. Maria Pires de Cambra + idem de Tavares.
Essa familia viveu no lugar de Fonte Seca. Conta-se que havia no local uma fonte que nos verƵes de secas prolongadas deixava de verter suas aguas. Dai o nome do local e que a corruptela do nome virou nome de famƭlia.
Alem dos “da Fonseca”, origina-se tambĆ©m de Egas Moniz, o Aio, os “de Vasconcelos” que descendem de dona Maria Soares Coelho, que casou-se com D. JoĆ£o Pires de Vasconcelos, senhor da Torre de Vasconcelos; e os “Coelho” que descendem do Soeiro Viegas Coelho, pai de dona Maria Soares, que era bisneto do Aio.
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05. OS NOSSOS PEREIRA DO AMARAL
Segundo as pesquisas processadas pelo professor DERMEVAL JOSE PIMENTA, publicadas ainda nos anos de 1960, a famĆ­lia PEREIRA DO AMARAL procedeu da Ilha de SĆ£o Miguel, do ArquipĆ©lago dos AƧores.
Desse ramo descendem os RODRIGUES COELHO, descendentes de ANTONIO RODRIGUES COELHO e MARIA MARCOLINA BORGES DO AMARAL. E a sequencia que o professor deixou foi essa:
01. Maria Marcolina Borges do Amaral c. c. Antonio Rodrigues Coelho
02. Daniel Pereira do Amaral c. c. Maria Francelina Borges Monteiro
03. Malaquias Pereira do Amaral Ā c. c. Ana Maria de Jesus
04. Miguel Pereira do Amaral c. c. Francisca Angelica da EncarnaĆ§Ć£o (Barbosa)
05. Manuel Pereira c. c. Maria de Benevides
O ultimo casal foi o que deu origem ao ramo sendo que nĆ£o temos noticias de que tenha deixado sua terra natal para ir para o Brasil. Foi o filho Miguel quem levou a alcunha para la.
No site Familysearch nĆ£o ha uma sequencia para a famĆ­lia Pereira. Mas ha para a ascendĆŖncia da Maria de Benevides do Amaral. O que parece foi que todos os ramos do qual ela descende ficaram estacados em becos sem saĆ­da.
Melhor dizendo, foram encontrados ancestrais longĆ­nquos, porem, nĆ£o foram ligados ainda a ancestrais mais antigos e que retornem `aqueles ancestrais das sequencias genealĆ³gicas anteriores.
E eu a procurei primeiro por ter visto algo em nossa ancestralidade, postado no site, ligado aos Benevides. Ou Benavides, como se fala em espanhol. Inclusive levou-me a pensar que fosse apelido italiano. Mas o resumo da origem da famƭlia pode ser lido no endereƧo:
https://www.heraldrysinstitute.com/lang/pt/cognomi/Benevides/Portugal/idc/601523/
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06. OS PEREIRA DO AMARAL – BENEVIDES
Foi um pouco trabalhoso reencontrar o que eu havia visto antes. Mas com o engano na postagem do site Familysearch, colocando nossos ancestrais FRANCISCA ANGELICA DA ENCARNAƇƃO e Ā DOMINGOS BARBOSA MOREIRA como irmĆ£os, apagara-se da memĆ³ria o que vira antes.
Assim sendo, como o ANTƔNIO JOSE BARBOSA FRUƃO surge em ambas partes, vou admitir que em relaĆ§Ć£o `a FRANCISCA a genealogia poderĆ” vir a estar correta. E, se eu ainda tivesse a ansiedade de encontrar-me com os ancestrais mais antigos, pensaria que tenho a dupla ascendĆŖncia.
Mas pelas razƵes ja resumidas anteriormente, melhor nos contentarmos com uma Ćŗnica vez. Vamos entĆ£o abandonar a resenha e irmos direto ao assunto. Invertendo-se as posiƧƵes da geraĆ§Ć£o 04 acima:
04. Francisca Angelica da EncarnaĆ§Ć£o c, c. Miguel Pereira do Amaral
05. Ana Maria de Jesus Benevides c. c. Francisco Jose Barbosa FruĆ£o
06. Manuel de Souza Benevides c. c. Antonia Muniz Carneiro
07. Teresa de Benevides c. c. Jose SimƵes Cardoso
08. Isabel de Benevides Soares e Souza c. c. Manuel Velho Sueiro BaiĆ£o
09. Tome Rodrigues de Souza Benevides c. c. Catarina Soares
10. Manuel SimƵes de Souza Benevides c. c. Isabel Ferreira
11. Manuel SimƵes de Benevides c. c. Catarina Dias Paes
12. Gaspar Rodrigues de Souza c. c. Jeronima Dias
13. Guiomar Rodrigues de Souza c c. JoĆ£o Goncalves da Rocha
14. Pedro Rodrigues de Sousa c. c. Violante de Benevides
15. Beatriz Afonso c. c. Bartolomeu Rodrigues
16. JoĆ£o Afonso Pimentel das Grotas Fundas c. c. Isabel GonƧalves de Bairros
17. Afonso Pimentel y Enriquez c. c. Maria Vigil de Quinhones y Toledo
18. Rodrigo Afonso Pimentel c. c. Leonor Enriquez de Mendonza
19. Joana Teles de Menezes c. c. conde, JoĆ£o Afonso Pimentel
20. D. Martim Afonso Telo de Menezes c. c, AldonƧa Anes de Vasconcelos
21. Afonso Martins Teles Raposo c. c. Berengaria LourenƧa de Valadares
22. GonƧalo Anes, o Raposo c. c. Urraca Fernandes de Lima
23. Juan Afonso Tellez de Menezes c. c. Elvira Gonzalez de Giron
24. Teresa Sanches de Portugal c. c. Afonso Tellez de Menezes
25. Sancho I, rei de Portugal c. c. Maria Paes Ribeiro
26. Afonso I, rei de Portugal c. c. Matilda de SabĆ³ia.
RETORNANDO `A GERACAO 20 TEMOS:
20. AldonƧa Anes de Vasconcelos c. c. D. Martim Afonso Teles de Menezes
21. JoĆ£o Mendes Vasconcelos c. c. Aldara Afonso Alcoforado
22. Mem Rodrigues de Vasconcelos c. c. Maria Martins Zote
23. Rodrigo Anes de Vasconcelos c. c. MĆ©rcia Rodrigues de Penela
24. Maria Soares Coelho c. c. D. JoĆ£o Peres de Vasconcelos
25. Soeiro Viegas Coelho c. c. Maria Mendes de Gandarei
26. Egas LourenƧo Coelho c. c. Senhorinha de Penagate
27. LourenƧo Viegas, o Espadeiro c. c. Ortigueira
28. Egas Moniz, o Aio c. c. Dordia Pais de Azevedo
RETORNANDO `A GERACAO 18 TEMOS AINDA:
18. Leonor Enriquez de Mendonza c. c. Rodrigo Afonso Pimentel
19. Alfonso Enriquez de Castilha c. c. Joana de Mendonza y Ayala
20. Fradique Alfonso de Castilha c. c. Leonora Paloma Gedalah
21. Alfonso XI, rei de Leon, Castela e Galicia c. c. Leonor Nunez de Guzman e P. L.
22. Constanca de Portugal c. c. Ferdinand de Burgundy
23. D. Dinis, rei de Portugal c. c. Isabel Elizabeth de Aragon
24. D. Afonso III, rei de Portugal c. c. Beatriz de Castela
25. D. Afonso II, rei de Portugal c. c. Urraca de Castela
26. D. Sancho I, rei de Portugal c. c. Aldonza
27. D. Afonso Henriques, rei de Portugal c. c. Matilda de SabĆ³ia
Ai fica constatado que todos os caminhos acabam levando ao mesmo grupo de ancestrais do tempo da Reconquista de Portugal e Espanha aos mouros.
Isso nĆ£o significa que todos nos nĆ£o tenhamos outros ancestrais diversos. Essa foi a nata da elite daqueles tempos. E nĆ£o haviam registros, ou se perderam no tempo, de todas as pessoas que nasceram, viveram e foram contemporĆ¢neas.
Os parcos documentos que sobreviveram recordam apenas os que tinham algum poder.
Acredito que essas sequencias estejam dentro de um nĆ­vel aceitĆ”vel de credito. Eu prĆ³prio esperava que os Barbosa em nossa famĆ­lia processem dessa elite.
Particularmente a partir de quando encontrei o nome do FRANCISCO JOSE BARBOSA FRUƃO como membro da Ordem Terceira de SĆ£o Francisco de Assis de Vila Rica. Era uma ordem bastante elitizada, cuja participaĆ§Ć£o restringia-se aos privilegiados e nĆ£o necessariamente os com mĆ©ritos.
O que tenho estranhado mesmo Ć© estarmos tendo maiores dificuldades em encontrar os fios da meada que ligam os nossos diversos Coelho, Pereira, MagalhĆ£es, Moniz, Soares e tantos outros que eram sobrenomes frequentes junto a essa elite.
Talvez, com o passar do tempo, possam eles aparecer melhor “na fita”!
NĆ£o quis detalhar mais para nĆ£o ficar por demais cansativo, e repetitivo, mas essas personalidades da Historia IbĆ©rica descendiam de todas as figuras importantes de tempos anteriores.
A princesa Urraca de Castela, esposa do Afonso II, de Portugal, era filha de Eleanor Plantageneta, rainha de Castela. Eleanor foi irma dos reis Ricardo, CoraĆ§Ć£o de LeĆ£o, e John, IrmĆ£o deles. O JoĆ£o sem terra. Aquele que foi obrigado a assinar a Magna Carta.
E por ai vamos da elite inglesa para francesa, para alemĆ£, italiana, retornando e indo de novo. Alem disso, ha ramos que nos ligam aos ImpĆ©rios Romano, Bizantino, Grego, Persa, EgĆ­pcio etc. Incluindo nisso a rainha Esther, aquela da BĆ­blia.
E isso se mostra em meus estudos mais antigos. NĆ£o precisamos repetir.
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07. RESENHA FINAL
A alegria aqui ficou um tanto quanto contida por causa dos enganos que detectamos e tambƩm por causa das limitaƧƵes que contemplam as informaƧƵes apenas alguns ramos da famƭlia.
Seria maior o prazer se ficasse definido ligaƧƵes corretas entre os ancestrais dos casais tronco, a saber:
01. Giuseppe Nicatisi da Rocha c. c. Maria Rodrigues de MagalhĆ£es Barbalho
02. Eugenia Rodrigues da Rocha c. c. alferes-de-milicias Jose Coelho de MagalhĆ£es, e
03. Antonio Jose Moniz c. c. Manoela do Espirito Santo.
Por enquanto, a ancestralidade desses 3 casais contemplaria a maior parte dos familiares com os quais tive contato durante a vida e cresci com eles.
Quanto `a informaĆ§Ć£o encontrada no Familysearch de que Maria Rodrigues ter sido filha do Policarpo Joseph Barbalho e Bernarda Maria de Azevedo, contradiz todas as nossas tradiƧƵes, de descendermos da Eugenia Rodrigues da Rocha, filha dela.
Isso porque sabemos que o capitĆ£o Jose Coelho de MagalhĆ£es Filho (ou da Rocha) nasceu em 1782, na antiga Fazenda do AxupĆ©, tida como ter existido em Morro do Pilar, segundo o professor Nelson Coelho de Senna, mas que poderia ser outra que existe atualmente em ConceiĆ§Ć£o do Mato Dentro.
Ou seja, para ele ter sido filho da Eugenia Rodrigues da Rocha, a mĆ£e dela teria que ter nascido em torno de 1750, pouco mais ou pouco menos. Mas ha indĆ­cios de que os dados no Familysearch estejam errados.
Um deles foi o professor Dermeval Jose Pimenta ter deixado que o nome completo da ancestral Maria inclui os sobrenomes Rodrigues de MagalhĆ£es Barbalho. No site o “de MagalhĆ£es” nĆ£o aparece.
Por enquanto, uma possibilidade que encontrei, nos registros no prĆ³prio site, foi um batizado em nome de Maria Rodrigues. Esse seria o nome da batizanda, aleatoriamente escolhido por quem registrou.
Ali temos que Maria Rodrigues nasceu em 26 Jul 1750, filha de: EstevĆ£o Rodrigues de MagalhĆ£es e dona Anna Maria da ConceiĆ§Ć£o. O registro vem do livro: Santo Antonio, Ouro Branco, Minas Gerais Brazil.
Consta os nĆŗmeros: C68o51-1 (Indexing Project Ā (Batch) Number; e 1284536 (GS Film Number). FHL, microfilm number 1,284,536.
ReforƧa a ideia de que a Maria nĆ£o poderia ter sido filha do Policarpo e dona Bernarda os dados encontrados nos InventĆ”rios de ambos, nos quais nĆ£o ha nenhuma menĆ§Ć£o a terem sido pais de alguma filha com o nome.
Naturalmente, nada nos garante que a Maria batizada em 1750 seja a nossa ancestral. Acredito apenas que seja uma forte candidata para o quadro.
Ela poderia ter se tornado avĆ³ em torno dos 32 anos, o que teria sido normal `aquela Ć©poca. E o sobrenome do pai, Rodrigues de MagalhĆ£es, encaixa-se naquilo que o professor Dermeval publicou.
Faltar-nos-ia o complemento Barbalho. O que, infelizmente, pode estar oculto no nome Anna Maria da ConceiĆ§Ć£o. `Aquela Ć©poca Ā muitos dos nomes femininos evocavam uma devoĆ§Ć£o religiosa, suprimindo os nomes de famĆ­lias `as quais participavam.
Acredito na possibilidade de dona Anna Maria da ConceiĆ§Ć£o poder ter sido descendente da Eugenia, senĆ£o de algum dos irmĆ£os que quis lembra-la, a qual o iminente genealogista Carlos G. Rheingantz menciona como filha de Manoel de Aguiar.
Ele nĆ£o identifica a esposa Maria da Costa Barbalho. No Capitulo AGUIAR, pagina 27, do livro: “Primeira FamĆ­lias do Rio de Janeiro (Sec. XVI e XVII)”, ele menciona que Manoel de Aguiar nasceu por volta de 1634 e fora casado por volta de 1664 com Domingas Martins.
Menciona ainda os nascimentos dos filhos: JoĆ£o de Aguiar Barbalho, Manuel Vaz Barbalho e Eugenia. E no site Familysearch ha o registro de casamento de Theodozia de Aguiar Barbalho, ocorrido a 17.12.1717; na Igreja de Nossa Senhora da AssunĆ§Ć£o, de Mariana – MG, com Matheus Lage.
Portanto, cada um desses poderĆ” ter sido nossos ancestrais, na passagem entre dona Anna Mari ate a Eugenia Rodrigues da Rocha. A suposiĆ§Ć£o procede da presenƧa do nome Eugenia ter permanecido na famĆ­lia. Inclusive existindo outra do nome entre as filhas do Policarpo Joseph Barbalho, registrada em 1791.
Quanto `a descendencia atual ANDRADE, especialmente dos trisavĆ³s: JOAQUIM HONƓRIO e JOAQUINA UMBELINA DA FONSECA, alias, devemos salientar que ela tambĆ©m pode ter alguma ascendĆŖncia nos mesmos ancestrais ja que no passado as pessoas casavam muito entre primos, temos que ainda ter mais noĆ§Ć£o de como espalhou.
Acredito que no CĆ³rrego dos HonĆ³rios, localizado entre Divinolandia de Minas e Gonzaga, deverĆ£o ter se encontrado outros descendentes do HONƓRIO e SIMPLICIANA.
Acredito que uma JOAQUINA COELHO DE ANDRADE, nascida por volta de 1826 e falecida, em VirginĆ³polis, em 1916, aos 90 anos de idade, devera ser filha deles tambĆ©m.
Consta que falecera viuva de CASSIANO COELHO. Talvez seja ela a quem o professor Nelson Coelho de Senna, identificou como JOAQUINA SIMPLICIANA, esposa do tio-avƓ dele: CASSIANO COELHO DE ARAUJO.
Alem dela, deverĆ£o haver mais, pois, minha esposa tambĆ©m Ć© ANDRADE. Cuja famĆ­lia procede da regiĆ£o entre Gonzaga, Santa Efigenia e Divinolandia. TrĆŖs antigos distritos de VirginĆ³polis.
E dela tenho os nomes de pais, avos e bisavĆ³s. Pelo lado paterno ela tem SOARES e LUIS DE ANDRADE. Esse ultimo inclusive identificado como presente na famĆ­lia do poeta CARLOS DRUMMOND.
Alem do VEIRA e ARAUJO E SILVA. O primeiro ligado `a mĆ£e do HONƓRIO, Ja o ARAUJO encontra-se tanto no lado do professor NELSON, da bisavĆ³ dele, BIBIANA LOURENƇA DE ARAUJO, quanto do lado de mina esposa que Ć© duplo ARAUJO, das bisavĆ³s: ANA DE ARAUJO E SILVA e MARIA VIEIRA DE ARAUJO.
Pelo lado materno, minha esposa Ć© FONSECA., do bisavĆ“: PEDRO BASILIO DA FONSECA. Pode ser que seja parente a trisavĆ³, JOAQUINA UMBELINA DA FONSECA.
Por isso penso que esses ANDRADE do HONƓRIO devem estar presentes tambĆ©m na cidade de Coroacy – MG. Foram diversos os virginopolitanos que la se estabeleceram ja na fundaĆ§Ć£o. E o sobrenome ANDRADE esta bem presente.
Ja no lado PEREIRA DO AMARAL temos algo inusitado. Temos uma famĆ­lia com o sobrenome em VirginĆ³polis. Descendendo ela de um de seus primeiros casais moradores, os tetravĆ³s: JOAQUIM PEREIRA DO AMARAL e MARIA ROSA DOS SANTOS CARVALHAIS.
Conhecido foi que procedem de Sabinopolis. Mas nĆ£o lhes temos os nomes dos pais. Por isso nĆ£o sabemos se sĆ£o ou nĆ£o descendentes dos mesmos PEREIRA DO AMARAL.
A duvida se da porque encontrei na revista do Arquivo Publico Mineiro um artigo do alferes Luis Antonio Pinto, no qual menciona o escrivĆ£o da Camara do Serro JOSE PEREIRA DO AMARAL, em 1772.
Esse JOSE deve regular idade com nosso ancestral MIGUEL PEREIRA DO AMARAL. Poderia ser irmĆ£o, primo, talvez, tio. Mas tambĆ©m pode pertencer a outro ramo que se estabeleceu no Sul de Minas, na Comarca de SĆ£o JoĆ£o d’El Rey. Esses procediam do continente.
Alem disso, ha a possibilidade de a descendĆŖncia do JOSE, se teve, ter a mesma raiz dada por ANTƔNIO JOSE BARBOSA FRUƃO e ANNA MARIA DE JESUS BENEVIDES.
Isso porque era muito comum os de uma mesma famĆ­lia casar-se com os de outra famĆ­lia. Nesse caso, se o JOSE e o MIGUEL fossem irmĆ£os ou primos, poderia o primeiro ter se casado com uma irmĆ£ da ANNA MARIA.
Mas precisamos antes provas de quem foram os pais e ancestrais do nosso JOAQUIM PEREIRA DO AMARAL para ver se essa hipĆ³tese serĆ” verdadeira.
Mas, o que mais parece Ć© que o tetravĆ“ JOAQUIM ira encaixar-se mesmo entre os PEREIRA DO AMARAL procedentes da Ilha de SĆ£o Miguel. NĆ£o sendo, seria uma ironia, pois, eles sĆ£o os que assinam os apelidos.
Mas, sendo PEREIRA e AMARAL, alem de outros sobrenomes de conhecida nobreza, com certeza alguƩm ira encontrar raiz nos mesmos ancestrais do passado.
O sangue PEREIRA DO AMARAL Ć© um dos mais difundidos do Centro-Nordeste Mineiro. Alem desse ramo que nos foi passado pela trisavĆ³ MARIA MARCOLINA BORGES DO AMARAL, ha aquele descrito pelo professor DERMEVAL, no livro dele.
A parte mais propriamente genealĆ³gica do livro aborda a descendĆŖncia dos avos dele: MODESTO JOSE PIMENTA e ERMELINDA QUERUBINA PEREIRA DO AMARAL, que era irmĆ£ do nosso tetravĆ“: DANIEL PEREIRA DO AMARAL. Portanto, nossa tia.
EntĆ£o, alem de todas as cidades locais ja mencionadas, pode-se citar SĆ£o JoĆ£o Evangelista e Sabinopolis, por causa da proximidade e sabermos que a famĆ­lia ajudou a fundar. Temos tambĆ©m noticias que diversas populaƧƵes de outras cidades tem, em parte, sua origem nesse ramo pioneiro.
A familia Ć© imensa. Mas esta tĆ£o espalhada e misturada que nĆ£o se pode mais contar seus componentes na atualidade. E se mencionarmos inĆŗmeros locais como registro de presenƧa dela, com certeza, muitos outros que ficarem de fora da memĆ³ria irĆ£o conter sangue dos mesmos PEREIRA DO AMARAL.
Inclusive, conhecidos temos na descendĆŖncia de MARIA FRANCELINA, que foi casada com o senhor DAVID BARROSO. Ela era filha dos tetravĆ³s DANIEL e MARIA FRANCELINA. Herdou o nome da mĆ£e.
Deles descendiam os senhores WALDOMIRO BARROSO e o cabo CICA. Ambas as famĆ­lias estiveram presentes desde minha infĆ¢ncia e juventude.
Provavelmente, outros BARROSO na cidade poderĆ£o ter origem semelhante.
Aqui tambĆ©m podemos constatar a utilidade de buscarmos nas genealogias os nossos lados femininos. Muitas vezes, por causa da tradiĆ§Ć£o de ter nos sido passados os sobrenomes paternos, nos somos induzidos a pensar que nos somos aquele sobrenome.
Mas a verdade pode ser bem outra. Os pais antigamente procuravam maridos para suas filhas entre seus aparentados, quando de origem na nobreza, ou entre aqueles feitos nobres por causa de seus feitos ou os feitos de seus pais, especialmente aqueles que recebiam favores reais.
Nesse caso, o sobrenome vindo do ancestral masculino frequentemente acarreta em fim de linha porque os ancestrais dele vinham do povo comum ou porque a famĆ­lia permaneceu longo prazo numa qualidade de nobreza secundaria.
Assim, o casamento geralmente servia para restaurar uma nobreza antiga, porem, os dados genealĆ³gicos que encontramos mais facilmente vem da linhagem materno/paterno.
Algo assim podemos verificar na linhagem genealĆ³gica a partir do FRANCISCO JOSE BARBOSA FRUƃO e ANNA MARIA DE JESUS BENEVIDES. Embora ele tenha sobrenomes de nobreza, tivesse uma posiĆ§Ć£o social protegida, foi a partir dela que o rastreamento levou primeiro aos ancestrais de maior nobreza.
Ai devemos tomar conhecimento no que colocar nossa atenĆ§Ć£o quando estudamos.
Com isso podemos acrescentar ai o BARBOSA que, por enquanto, nĆ£o leva aos ancestrais tidos como de maior nobreza. Isso se torna interessante ate porque se esperava que fosse o contrĆ”rio.
Segundo a nossa cultura machista, eram os homens que serviam a nobreza `as suas linhagens. Mas as aparĆŖncias muitas vezes enganam.
Veja-se a lista de familias mais nobres e mais ricas de Portugal `a epoca que o rei D. Manoel, o Venturoso, mandou gravar no Palacio de Sintra o registro:
https://www.vortexmag.net/talvez-tenha-sangue-real-e-nao-saiba-lista-dos-apelidos-das-familias-nobres-portuguesas/
Vejam que temos: Aguiar, Almeida, Andrade, Azevedo, Borges, Carvalho, Coelho, Ferreira, Miranda, Pereira, Pinto, Sousa (Souza).
Essas, somente a nivel de ancestrais mais recentes. Mas nenhum desses sobrenomes ainda nos levou `a descoberta de algum rastreamento mais profundo.
Outros sobrenomes que possuĆ­mos como Rodrigues, MagalhĆ£es, Monteiro, Rocha, inclusive o Benevides e outros sĆ£o tambĆ©m de origem nobre. Esses nĆ£o se encontram na lista das 72 famĆ­lias mais ricas e nobres do Reino de Portugal.
NĆ£o entraram porque `a Ć©poca eram da chamada baixa nobreza. E a lista menciona apenas as de alta. Ao todo, o Visconde de Sanches de Baena, no seu “Archivo HerĆ”ldico-GenealĆ³gico” relata pelo menos umas 300. E nessas a populaĆ§Ć£o brasileira descendente de portugueses quase toda se encaixa.
FaƧo a observaĆ§Ć£o tambĆ©m que no livro do professor Dermeval Jose Pimenta ha a menĆ§Ć£o `a presenƧa de um ANTƔNIO COELHO DE LINHARES, como um dos primeiros moradores de SĆ£o JoĆ£o Evangelista.
Antes pensei que pudesse ser o ANTƔNIO, batizado em 1838, em FERROS, e filho dos ancestrais HONƓRIO e SIMPLICIANA. Mas ele mencionou tambĆ©m que aquele teria nascido em 1826. Talvez nĆ£o sejam o mesmo, mas a famĆ­lia poderĆ” ser a mesma.
Acredito tambĆ©m que, pelos sobrenomes e por causa da Ć©poca em que entram como agregados `a FamĆ­lia Coelho de GuanhĆ£es e VirginĆ³polis, que dona ANTONIA NUNES LAGE e o senhor AMARO DE SOUZA E SILVA serĆ£o encaixados no mesmo grupo de famĆ­lias que migrou para VirginĆ³polis durante o quarto final do sĆ©culo XIX.
Dona ANTONIA foi esposa do PEDRO NUNES COELHO e seo AMARO da tia-bisavĆ³ Ā EMIDIA HONORIA COELHO.

 

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005.Ā POLICARPO JOSE BARBALHO

Sem propriamente buscar, encontrei o registro de batismo de certo PLACIDO VAZ BARBALHO.

Esse menino nasceu em 18.Mar.1781.

Por um acaso, o registro esta no livro do Distrito de Santa Rita DurĆ£o, que pertence a Mariana – MG.

Livro esse que estive com ele na mĆ£o quando visitei o Arquivo Arquidiocesano da Arquidiocese de Mariana. Mas sem os Ć³culos, nĆ£o pude ler os garranchos das letras cursivas. Cheguei a ver que havia la um POLICARPO. Qual era, nĆ£o deu para definir.

Agora o site FamilySearch publicou as copias fotogrĆ”ficas do livro por la. Ainda nĆ£o pude ler. Mas por baixo das paginas ha uma traduĆ§Ć£o do essencial. Vamos la pra ver!

Assim, lembrei-me de buscar nas paginas. E na 56 temos o PLƁCIDO, e o POLICARPO na 47.

POLICARPO DE SAM JOZE VAZ BARBALHO.

Batizado na Igreja de Nossa Senhora de NazarƩ.

Filho de: JOZE VAZ BARBALHO e ANNA JOAQUINA DE SAM JOZE.

Local: Santa Rita DurĆ£o (antigo Inficcionado)

Data: 21.Mar.1779

Ou seja, o padre POLICARPO casou-se aos 29 anos, em 1808. Ja estava bem erado, como se costuma dizer e, talvez, ja fosse padre anterior ao casamento. Tudo depende das tradiƧƵes que podem ocultar certos dados sensƭveis das biografias de nossos antepassados.

Poderia ter abandonado as funƧƵes para depois, apĆ³s ter ficado viuvo e ja com a idade aproximada de 71 anos, em torno de 1850, retornar ao seminĆ”rio e `a ordenaĆ§Ć£o. Mas as tradiƧƵes afirmam que nĆ£o chegou a ordenar antes.

O padre, nosso tio, EMIGDIO, filho do POLICARPO, ordenou-se em 1845 e dizia:

“Eu sou padre,

meu paiĀ Ć© padre,

eu nĆ£o sou filho de padre,

e sou padre mais velho que meu pai.”

Vamos ver se aprendo a mexer nos botƵes. Se segurem ai!!!

Talvez consiga ver os livros de casamentos depois. E ai, se encontrar o casamento do JOSE VAZ BARBALHO e ANNA JOAQUINA, ficaremos sabendo se somos ou nĆ£o descendentes diretos do MANOEL VAZ BARBALHO e de JOSEPHA PIMENTA DE SOUZA.

Vejam a pagina, que esta aberta a quem tem assinatura, gratuita, no FamilySearch:

https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:S3HY-65L9-RGR?i=46&cc=2177275

Ai encontra-se o registro do nascimento do POLICARPO. Mas antes descubra o nome do tio PLƁCIDO nos recordes e abra. No lado direito aparecera a foto do livro e para abrir basta clicar em cima.

2a. NOTA

Passei uma olhada no livro (na traduĆ§Ć£o resumida) e nĆ£o encontrei outros parentes. Mas ja estou satisfeito em encontrar o tio PLƁCIDO, alem do registro do tetravĆ“.

Infelizmente, algumas paginas estĆ£o sem a traduĆ§Ć£o, portanto, nĆ£o deu para saber se os ancestrais JOSE VAZ BARBALHO e ANNA JOAQUINA MARIA DE SAM JOSE tiveram mais algum filho em SANTA RITA DURAO.

No mesmo site tem os registros de casamento do POLICARPO (1808), GERVASIO (1813) e FIRMIANO (1822).

La esta que o GERVASIO nasceu em CONCEIƇƃO DO MATO DENTRO. Mas como nĆ£o tem a idade, nĆ£o se sabe quando os ancestrais se mudaram para aquela cidade. E como ele casou-se em 1813, provavelmente devera ter sido o terceiro filho.

Se o PLƁCIDO nĆ£o faleceu crianƧa ainda, pode ter migrado para o RIO GRANDE DO SUL, onde la se encontrava parte da famĆ­lia, pois, o POLICARPO JOSEPH BARBALHO, filho do casal MANOEL VAZ BARBALHO e JOSEPHA PIMENTA DE SOUZA, mudou-se para o Sul e, `a mesma Ć©poca, registrou vĆ”rios filhos em GRAVATAI, na regiĆ£o da Grande PORTO ALEGRE.

Digo isso porque naquele estado o nome PLƁCIDO parece ser comum, inclusive teve o PLƁCIDO DE CASTRO, nascido no RS, que tornou-se herĆ³i do ACRE, quando chefiou a revolta dos seringueiros para tomar o territĆ³rio da BOLƍVIA.

E, talvez haja ai ate alguma possĆ­vel relaĆ§Ć£o de parentesco.

O POLICARPO, que foi para o RS, deixou filhos com nomes tais: MANOEL, EUGENIA, UMBELINO, ANNA, POCIDONIO, JULIO e CANDIDA.

Como sabem, alguns desses nomes sĆ£o comuns na nossa linhagem BARBALHO e tambĆ©m sĆ£o no RIO GRANDE.

Assim fica mais essa evidencia que pode ligar-nos aos ancestrais MANOEL VAZ BARBALHO e JOSPHA PIMENTA DE SOUZA, oĀ que tenho apenas como suspeita sem ainda um comprovante documental.

Alias, JOSEPHA era nome de outra filha do POLICARPO JOSEPH. Ela deve ser mais velha e nĆ£o ha o registro de nascimento no site, porem, ha o de casamento com JOSE PEIXOTO DE MIRANDA, em 05.07.1794. Deve ter casado pouco mais que menina.

A filha mais velha registrada em GRAVATAI, chamava-se EUGENIA que nasceu em 28.09.1791 e batizada em 09.10.1791. PossĆ­vel serĆ” que a JOSEPHA nasceu em 1780, e o registro estivesse em livro diferente, dai nĆ£o ter aparecido.

De toda forma fica tambĆ©m comprovada a presenƧa dos BARBALHO no mesmo local no qual o professor NELSON DE SENNA registrou a chegada dos RODRIGUES COELHO. Embora nĆ£o vi pelo traduzido nenhuma referencia a eles.

Segundo o professor, ficaram muito ricos. EntĆ£o, devem ter registrado sua presenƧa em Ouro Preto ou MARIANA, que eram mais chique!

Mas ha outro detalhe, encontrei ja que o MANUEL RODRIGUES COELHO, suposto pai do JOSE COELHO MAGALHAES, ganhou mesmoĀ a Sesmaria que o professor NELSON menciona no livro dele, em 1744, no INFICCIONADO.

Mas, mais tarde, 1756, ele obteve outra em CACHOEIRA DO CAMPO. E esse tempo deve ter sido quando os filhos estavam casando, portanto, os registros poderĆ£o ter sido feitos em CACHOEIRA, que Ć© distrito de OURO PRETO, embora MARIANA sempre tenha sido a sede eclesiĆ”stica do Estado.

Mesmo assim, com certeza, os RODRIGUES COELHO e os BARBALHO ja se conheciam. E quando se casam os trisavĆ³s FRANCISCO MARCAL BARBALHO e EUGENIA RODRIGUES DA ROCHA COELHO, em GUANHƃES, o fato de se conhecerem ja era consumado.

Alem disso, ja possuĆ­am o parentesco por a EUGENIA ter sido neta da EUGENIA RODRIGUES DE MAGALHƃES BARBALHO. O que me faz supor que todas essas EUGENIAS na famĆ­lia receberam o nome em homenagem a EUGENIA, irmĆ£ do MANOEL VAZ BARBALHO.

Eu a descobri nos livros do CARLOS G.Ā RHEINGANTZ. Essa EUGENIA, a meu ver, pode ter sido ancestral dos COELHO em nossa famĆ­lia e tia dos BARBALHO. Ā Ou, em outra hipĆ³tese, pode nĆ£o ter tido filhos, porem, foi homenageada na descendĆŖncia de seus irmĆ£os.

Algo interessante Ć© que quando prestei atenĆ§Ć£o que o JOSE, filho da ISIDORA MARIA DA ENCARNAƇƃO e do capitĆ£o ANTƔNIO FRANCISCO DE CARVALHO, sendo ela filha do MANOEL VAZ e da JOSEPHA PIMENTA, havia nascido em 1768, pensei na possibilidade de ele ter sido o pai do nosso padre POLICARPO.

Isso porque o POLICARPO, ao casar-se em 1808, deixava uma margem de 40 anos de espaƧo de tempo. Assim, se tivesse nascido por volta de 1790, aquilo seria possĆ­vel. Mas agora um dos “suspeitos” de ter sido pai do POLICARPO JOSE BARBALHO esta eliminado como tal.

EntĆ£o, agora temos a possibilidade de o POLICARPO JOSEPH ter sido primeiro casado em MINAS GERAIS, antes de ter ido para o RIO GRANDE DO SUL, e deixado o filho JOSE para trĆ”s. Afinal, aquele nasceu em 1735 e somente aparece tendo filhos, no SUL, em 1780, aos 45 anos de idade.

Teria portanto a possibilidade de ter tido mais uma famĆ­lia entre seus 25 e 45 anos de idade. Muito raramente os homens naquele tempo, os que se casavam, nĆ£o o fariam ate aos 30 anos. Isso porque, pela media de idade, nĆ£o esperavam viver muito mais que isso. Ā Mas o POLICARPO do SUL viveu ate seus 65, falecendo em 1801, na VILA DE PORTO ALEGRE.

Tempo ele teve para ter outra famĆ­lia, porem, nĆ£o ha nenhuma menĆ§Ć£o a isso nos documentos dele, presentes na internet, inclusive dados dos inventĆ”rios.

NĆ£o sendo o POLICARPO do SUL, entĆ£o, voltamos `a hipĆ³tese principal. O capitĆ£o JOSE VAZ BARBALHO deve ter sido mesmo filho do casal: MANOEL VAZ BARBALHO e JOSEPHA PIMENTA DE SOUZA.

Acredito nisso tambĆ©m porque nĆ£o tenho conhecimento deĀ o nome POLICARPO ter se repetido nas descendĆŖncia do padre POLICARPO. Se o POLICARPO JOSEPH fosse avĆ“ dele, acredito que as homenagens aconteceriam.

Mas como era homenagem a um tio que depois ficou esquecido, isso pode explicar o sumiƧo da alcunha em nossa genealogia. Mesmo com a presenƧa do padre POLICARPO nela.

Falta-nos apenas confirmar essa passagem para, enfim, definir de vez os nossos vĆ­nculos com os BARBALHO do RIO DE JANEIRO.

NĆ£o Ā se esqueƧam de visitar:

https://val51mabar.wordpress.com/2017/03/11/a-historia-e-a-familia-barbalho-coelho-andrade-na-historia/

Ai poderĆ£o constatar a presenƧa dos BARBALHO ja em ITABIRA. Ficamos ao lado dos ANDRADE e NUNES COELHO, que acabam se misturando em VIRGINƓPOLIS e GUANHƃES.

Por hoje Ć© so. NĆ£o encontrei o livro de registros de casamentos. Mas o JOSE VAZ e a ANNA JOAQUINA devem ter se casado no SERRO ou CONCEIƇƃO DO MATO DENTRO. Ele nasceu na primeira e ela na segunda.

3a. NOTA

Resolvi, entre outras coisas, fazer a leitura e copiaĀ completa do registro de batismo do padre POLICARPO. Contudo, vou atualizar os termos:

“Aos 21 do mes de novembro de 1779, na Capela de Santa Anna do (Percuava ??) o padre Andre Vaz de Almeida batizou e pos os Santos Oleos a Policarpo, filho legitimo de JOSE VAZ BARBALHO e de sua mulher ANNA JOAQUINA DE SAM JOSE. Foram padrinhos Manoel da Ponte e Delfina Soares, todos dessa Freguesia (??) e por este assino:

O vigĆ”rio: Pedro Jose Pereira de Castro.”

Resolvi traduzir o registro do tio PLƁCIDO tambƩm. Segue:

“Aos 18 dias do mĆŖs de MarƧo de 1781 anos, nessa Igreja Matriz de Nossa Senhora de NazarĆ© do Inficcionado (atual Santa Rita DurĆ£o), batizei e pus os Santos Ɠleos a PLƁCIDO, pĆ”rvulo, filho legitimo JOSE VAZ BARBALHO e ANNA JOAQUINA sua mulher, postos forros, que viverĆ£o na Freguesia de Vila do Principe, a partir dessa Freguesia do Inficcionado, (??) do epifano a 9 do dito mĆŖs. Foi Padrinho: Silvestre de Almeida do Freixo, dessa freguesia, o que foi aposto.

O Encomendado: Pedro Jose Pereira de Castro.”

NĆ£o posso garantir que fiz a traduĆ§Ć£o rĆ©is por rĆ©is. No registro do tio PLƁCIDO temos a menĆ§Ć£o a ele ser “pĆ”rvulo”, que informa uma condiĆ§Ć£o de saude delicada do recĆ©m-nascido. ExpressĆ£o que tambĆ©m aparece no registro do padre Emigdio.

No segundo registro contem a informaĆ§Ć£o de que o casal estava se dirigindo para ou procedia de Vila do Principe, atual Serro. O batismo se deu a 18.Mar.1781 e o menino havia nascido no dia 09. O padrinho unico deve indicar um batizado feito `as pressas.

O escrivĆ£o foi o mesmo, porem, parece que esta escrito o encomendado.

Talvez ai se confirme a mudanƧa da capital para o Serro. Nesse caso, poderia ter sido para a Freguesia de ConceiĆ§Ć£o do Serro (atual CONCEIƇƃO DO MATO DENTRO), onde o casal teve outros filhos.

Ou, ainda, esteja aiĀ a justificativa para que nĆ£o tivessem mais filhos inscritos nos livros do Inficcionado (atual Santa Rita DurĆ£o).

A principio, tentei traduzir esses documentos pensando exatamente nos padrinhos. Era a primeira opĆ§Ć£o dos antigosĀ buscar os avos para batizar os primogĆŖnitos. Ai tive a esperanƧa de encontrar pelo menos um nome com a assinatura BARBALHO, o que poderia revelar nosso parentesco com MANOEL VAZ e JOSEPHA PIMENTA.

Como nĆ£o foi possĆ­vel, ficou a duvida se os padrinhos do padre POLICARPO nĆ£o seriam os pais da ANNA JOAQUINA, da qual nada sabemos. Mas quando isso acontecia, a palavra avĆ³s precedia os nomes dos padrinhos. Porem, nem sempre a menĆ§Ć£o aparecia.

Ficou tambĆ©m a duvida quanto ao padre POLICARPO ser ou nĆ£o o primogĆŖnito da famĆ­lia. Nas paginas que nĆ£o tinham jeito de traduzir por meios ao nosso alcance talvez tenham outros filhos, caso ele nĆ£o seja.

Para melhorar um pouco meus conhecimentos a respeito da viagem da famĆ­lia de Santa Rita DurĆ£o para o Serro, busquei ver se encontrava alguma Capela de Santana no percurso da estrada, que fosse antiga o suficiente para ser aquela mencionada no batismo do antepassado POLICARPO.

Existe sim, a atual Igreja de Santana, no Distrito de Cocais, que pertence `a Cidade de BarĆ£o de Cocais.

Encontrei poucas informaƧƵes na internet, mas existe que a capela ja existia desde antes de 1769. Alem disso informa-se que foi capela particular das famƭlias: Furtado Leite e Pinto Coelho.

Ou seja, esta ai mais uma fonte de enriquecimento, pois, temos representantes de ambas as famƭlias em nossa genealogia. Mas esse seria assunto extra aqui neste breviƔrio.

Segue uma postagem. Ha que rolar um pouco a matƩria para chegar `a atual Igreja de Santana:

http://pelasestradasdeminas.com.br/cocais-mg-caminho-diamantes-estrada-real/

 

Mas nĆ£o podemos nos esquecer que se o endereƧo final da viagem fosse em ConceiĆ§Ć£o do Mato Dentro, poderiam ter escolhido o caminho alternativo que passa por SabarĆ”.

Ai encontra-se outra Capela de Sant’Anna. Possivelmente um pouco mais velha que a anterior. Mas que nĆ£o importa a idade ja que ambas sĆ£o anteriores a 1779.

Acredito que a definiĆ§Ć£o de qual delas deva-se ao nome “Percuava”, palavra que deve ser outra mas `a minha leitura foi o que deu para entender. Essa palavra pode definir o local.

Possivelmente, nosso ancestral nasceu durante a viagem dos pais, de sua origem em CONCEIƇƃO/SERRO para MARIANA/INFICCIONADO.

Pode-se ver aqui a descriĆ§Ć£o e fotografia da Capela ou Igreja de Sant’Anna:

http://www.infopatrimonio.org/?p=20213#!/map=38329&loc=-19.911423864036035,-43.826608657836914,14

 

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006.Ā “COROACI – ONTEM E HOJE”

Esse Ć© nome de um livro. Da autoria de dona Angela Rocha da Silva Chaves. Ela, natural da cidade cujo nome e menƧƵes sĆ£o tantas em minha memĆ³ria que parece ate ja ter ido la. Mas nunca fui.

No ano passado, 2017, em viagem ao Brasil pudemos rever a sobrinha de minha esposa, Olivia. Essa formou-se no curso de enfermagem e pela profissĆ£o atende na cidade. Seu parceiro Reinaldo Ć© natural de Coroaci.

Ao conhece-lo, nĆ£o pude deixar de mencionar que deveria ter muitos parentes na cidade. E ao dizer sobrenomes de pessoas ligadas `a famĆ­lia, eles mencionaram o livro. Em seguida veio a promessa que enviariam uma copia para mim.

Logo criei expectativas um pouco fora da realidade. Imaginei que poderia vir acompanhado de uma genealogia das famĆ­lias pioneiras. E, entre elas, identificaria facilmente nossa parentela.

Como isso foi `as vƩsperas de voltarmos, e estƔvamos em Santa Efigenia, o livro ficaria para depois. Ao retornar inclusive comuniquei aos amigos que tinha uma surpresa que logo seria compartilhada.

Mas passaram-se uns meses e acabei encontrando outro veio de dados preciosos na obra do Frei JaboatĆ£o. Nesse intervalo meu filho foi ao Brasil e pode trazer a copia. Contudo foi difĆ­cil poder parar para ver o que de novo iriamos ver naquela obra.

Li e nĆ£o havia nenhuma genealogia. Antes que ficar decepcionado, mesmo assim fiquei maravilhado com a obra da dona Angela. Coisa simples, modesta.

Mas sĆ£o 185 paginas repletas daquelas informaƧƵes do dia-a-dia do pequeno municĆ­pio que qualquer nativo adoraria ter para si. Para as pessoas de la deve ser como rever um filme da prĆ³pria vida.

Os nomes dos personagens e personalidades locais sĆ£o lembrados, os costumes e usos, tudo enfim tem uma pagina ou mais.

No capitulo religiĆ£o sĆ£o lembrados os padres e seus feitos. Os eventos, como a inauguraĆ§Ć£o do primeiro grupo escolar, contam com a apresentaĆ§Ć£o da ata inaugural. E nela consta os nomes das autoridades presentes, assim como os nomes de cada aluno matriculado.

Num numero total de uns 300. EntĆ£o, como um habitante local nĆ£o se maravilharia se ali encontrar os nomes de seus familiares, ancestrais, pessoas conhecidas etc.

Assim, segue o livro discorrendo sobre todas as atividades, desde as economicas locais, quanto a passagem de circos e touradas. Os primeiros comerciantes sĆ£o lembrados. A atividade fabril, especialmente a extraĆ§Ć£o da mica, com importĆ¢ncia fundamental no desenrolar da II Guerra Mundial.

Alias, ha ate um artigo de membro da FEB (ForƧa ExpedicionĆ”ria Brasileira) que esteve na Italia, quando da tomada do Monte Castelo. O nome dele, Dirceu Guedes Ramos. Esse prĆ³prio escreveu tambĆ©m o prefacio do livro.

Enfim, existe a lista de prefeitos e membros da cĆ¢mara. Conta ainda com dados de bandas de musica, primeira estrada de rodagem, futebol, folclore, correios, Historia, chegada de luz elĆ©trica e mais outros detalhamentos.

Na lista de bibliografias consultadas Ć© mencionado algumas obras que despertaram minha curiosidade. Logicamente, um dos livros nem tanto porque ja o possuo. Trata-se do “A Mata do PeƧanha sua Historia e sua Gente”, do professor Dermeval Jose Pimenta.

Mas tambĆ©m ha: “PeƧanha e sua Historia”, do tambĆ©m nosso primo dr. Rui Pimenta Filho. O terceiro Ć© o “PeƧanha, sua Historia e sua Gente”, de Sady da Cunha Pereira. Afinal, observo que literatura existe.

Falta juntar tudo numa mesma coletĆ¢nea para melhor servir a regiĆ£o, pois, ha uma interconexĆ£o enorme entre as genealogias dasĀ populaƧƵes de todas as cidades da vizinhanƧa.

Vamos passar, entĆ£o, `a analise de alguns pontos do livro.

Ja os primeiros capĆ­tulos, naquele dedicado `a religiĆ£o, mostram a presenƧa de virginopolitanos ilustres e fundamentais na Historia de Coroaci. O segundo vigĆ”rio do municĆ­pio foi o padre Manoel Nunes Coelho, padre Nelo, como era conhecido localmente.

D. Manoel, mais tarde bispo de Luz, foi quem elaborou a planta da Igreja de Santana. Entre os construtores temos Otoniel (So TĆ£o) e Jose Nunes Coelho, irmĆ£os do bispo.

Outro irmĆ£o deles, Gamaliel (seo Gama) Nunes Coelho era o mantenedor do jardim e tanques de peixes que ornamentavam o local.

Eles foram filhos dos tios-bisavĆ³s Miguel Nunes Coelho e Ambrosina (tia Sinha) de MagalhĆ£es Barbalho.

D. Manoel foi nomeado para paroquiar a cidade em 1908. Era o homem mais velho da casa, ja que tia Sinha perdera o primeiro, Ismael. Era o arrimo da famĆ­lia e estava com 24 anos, pois, tio Miguel havia falecido em 1903 e deixou 13 filhos vivos.

Ha uma informaĆ§Ć£o por engano que consta D. Manoel como o mais velho. Mais velha que ele tambĆ©m tinha a Consuelo (Bebem). Mas `a Ć©poca considerava-se a partir dos homens.

Alem dos ja citados, foram irmĆ£os: Laurentina (Lala), Miguel, Notel, Laet, Maciel, Misael e Maria de Lourdes. Essa nĆ£o deve ter conhecido o pai.

Entre os fundadores locais consta o casal: Demetrio Coelho de Oliveira e Marcolina HonĆ³ria Coelho. Ela tambĆ©m nossa tia-bisavĆ³ e, naturalmente, o marido tambĆ©m fica no lugar de tio-bisavĆ“, pelo casamento.

Observe-se que tia Marcolina, Sinha e Miguel eram primos em primeiro grau. Todos netos dos fundadores de GuanhĆ£es: Jose Coelho da Rocha e Luiza Maria do Espirito Santo. Alem de serem filhos de primeiros moradores de VirginĆ³polis.

Demetrio foi parte de uma famƭlia Coelho de Oliveira, constituƭda pelo senhor Leonel Coelho e esposa. Foram donos da Fazenda da Lavrinha que os herdeiros venderam na dƩcada de 1920.

Talvez, acidentalmente, tenhamos encontrado o registro de batismo do senhor Leonel Coelho nos livros do municĆ­pio de Itabira. NĆ£o se pode dizer que seja certo mas sim um tiro de longo alcance.

A crianƧa, Leonel, nasceu em 27.12.1837. Foi filho registrado apenas pela mĆ£e, Bibiana de Souza Coelho. Padrinhos: Simpliciano da Silva Coelho e Maria Edwiges de Jesus. PossĆ­vel serĆ” que os padrinhos fossem os avos.

Bibiana foi mĆ£e tambĆ©m de Jose (03.05.1841), Gil (31.05.1846) e Maria (30.04.1848). Faltaria comprovar que pelo menos o Leonel mudou-se para GuanhĆ£es, constituiu famĆ­lia e dela resultou Demetrio e irmĆ£os.

A Lavrinha tinha esse nome por ter fornecido ouro aos primeiros moradores de GuanhĆ£es e VirginĆ³polis, existindo atualmente a fazenda remanescenteĀ no territĆ³rio dessa segunda. Por isso Ć© histĆ³rica.

A respeito do Demetrio revela-nos o livro que foi o primeiro boticĆ”rio do municĆ­pio. O segundo foi o Octaviano, filho dos tios Demetrio e Marcolina. Houve outro, Urias Coelho, que nĆ£o sei dizer a qual dos ramos Coelho pertencia.

Note-se que a familia Guedes tambĆ©m aparece no capitulo dedicado `a saĆŗde local. Mas por falta de dados nĆ£o tenho como dizer se ha parentesco entre eles e o sr. Guedes, que foi farmacĆŖutico antigo em VirginĆ³polis. Possivelmente sim, e a famĆ­lia deve tambĆ©m encontrar raiz em Itabira.

O livro cita o fundador Demetrio com boas palavras dizendo-o humilde e dedicado ao atendimento do prĆ³ximo. Fez-se amigo da pobreza e atendia a todo momento que fosse chamado nĆ£o visando pagamento. Acabou falecendo pobre em 1911.

Voltando ao capitulo da religiĆ£o, foi a viuva Marcolina quem doou o madeirame ao padre Nelo, para a construĆ§Ć£o da Igreja de Santana.

`A pagina 86 temos as fotografias dos tios Demetrio e Marcolina. NĆ£o ha como descrever. Ambos transmitem grande simpatia. E se buscarmos fotografias antigas de pessoas mais velhas na famĆ­lia pode-se encontrar semelhanƧas com a tia Marcolina.

Pesar se tem apenas de que os recursos grĆ”ficos usados na produĆ§Ć£o do livro foram limitados. Mesmo as melhores fotografias se assemelham a copias xerograficas. NĆ£o se trata de defeito do conteĆŗdo escrito doĀ livro em si.

Pela foto, uma pessoa que lembro-me assemelhar-se `a tia Marcolina foi tia Cecy Marcolina Coelho. Pessoas com menos de 50 anos so deverĆ£o poder lembrar-se dela por fotografia.

Tia Cecy era sobrinha da tia Marcolina e irma do meu avo materno Juca Coelho. Os laƧos parentais sĆ£o mais Ć­ntimos que a palavra tia revela, pois, o pai, Ze Coelho, era irmĆ£o da tia Marcolina e a mĆ£e, Maria Marcolina, era prima em primeiro grau.

Para mim nĆ£o parece complicado. Mas melhor explicar. Os fundadores de GuanhĆ£es, Jose Coelho da Rocha e Luiza Maria do Espirito Santo foram pais de 4 filhos que nos interessam no momento.

Francisca Eufrazia que casou-se com Joaquim Nunes Coelho; Eugenia Maria da Cruz, casou-se com Francisco MarƧal Barbalho; JoĆ£o Batista Coelho, casado com Maria Honoria Nunes Coelho e Antonio Rodrigues Coelho, casado com Maria Marcolina Borges do Amaral.

Joaquim foi filho de Eusebio Nunes Coelho e Anna Pinto de Jesus. Era irmĆ£o do Clemente, que foi o pai da Maria Honoria. Ou seja, eram tio e sobrinha casados com dois dos irmĆ£os.

Joaquim e Francisca foram pais do Miguel Nunes Coelho. Eugenia e Francisco foram pais da tia Ambrosina. E Miguel e Ambrosina eram primos em primeiro grau eĀ foram os pais do D. Manoel Nunes Coelho e seus irmĆ£os.

Por causa do Antonio ter se casado com uma Maria Marcolina, todas as filhas deles foram chamadas Marcolina Coelho.

Todas as filhas do JoĆ£o Batista e Maria Honoria tinham o Honoria como nome do meio, antes do Coelho. Por issoĀ o nome da tia era Marcolina Honoria Coelho. O mesmo acontece com Anna, Sebastiana, Emigdia e outras.

Nesse caso, a mĆ£e do meu avo e da tia Cecy, chamava-se Maria Marcolina, mesmo nome da mĆ£e dela, acrescido de Coelho. Essa casou-se com o Jose Batista Coelho (Ze Coelho), que era filho do JoĆ£o Batista e Maria Honoria tambĆ©m.

Por tradiĆ§Ć£o o Ze Coelho deu nome de fulana Marcolina Coelho `as filhas. Esse foi o caso da tia Cecy. O mesmo se deu em relaĆ§Ć£o `as filhas da segunda esposa dele, tia Virginia Marcolina Coelho, que era irmĆ£ da primeira.

Espero que nĆ£o tenha ficado complicado demais para que os “de fora” nĆ£oĀ se percam!

Entre os mĆ©dicos antigos ha o dr. Mario Serra. TambĆ©m nĆ£o sei dizer se foi o mesmo que serviu em VirginĆ³polis. Entre as parteiras nota-se a Sa Marcolina.

Entre os mƩdicos nascidos no local tem o dr. Cesar Coelho Xavier. Esse apenas posso supor um possƭvel vinculo parental.

Isso porque nĆ£o ha menĆ§Ć£o no livro de que nossos tios-bisavĆ³s: JoĆ£o Batista Coelho Neto e Lucinda Xavier de Andrade, ela natural de Coroaci, tenham vivido no municĆ­pio e deixado descendĆŖncia por la.

Em nossos livros genealĆ³gicos a composiĆ§Ć£o desse ramo da famĆ­lia tambĆ©m esta muito incompleto.

No capitulo a respeito da educaĆ§Ć£o, temos uma surpresa ou coincidĆŖncia. `A pagina 61 temos a menĆ§Ć£o a professora substituta: Candida de MagalhĆ£es, em 1942.

O nome Ć© o mesmo da tia Candida, filha dos bisavĆ³s: Candida de MagalhĆ£es Barbalho e JoĆ£o Batista de MagalhĆ£es. A bisavĆ³ tambĆ©m era prima em primeiro grau da tia Marcolina.

Entre as diretoras do GinƔsio Odilon Behrens existem varias com a assinatura Coelho, mas nenhuma que posso identificar com absoluta certeza pertencer ao ramo de nossa famƭlia.

Mas a diretora entre 1963-1965 chamava-se Lucilia Ferreira da Silva. Temos uma pessoa de mesmo nome na famĆ­lia. Tratava-se de filha dos tios-bisavos Luiza Marcolina Coelho e Emidio Ferreira da Silva.

A Lucilia em nossa famĆ­lia nasceu em 1893. Para tanto, teria sido diretora aos 70 anos de idade. O que nĆ£o seria impossĆ­vel. Acredito que a tia-avo Edith Coelho do Amaral deve ter passado dessa idade exercendo o mesmo cargo.

Mas a Lucilia retorna ao livro como diretora do Grupo Escolar Pe. Sady, ate 1975. Nisso fica a duvida, pois, estaria entĆ£o com 82 anos de idade.

NĆ£o tenho data de falecimento de nossa prima Lucilia, mas foi casada com o senhor JoĆ£o Lopes Junior.

Entre os fundadores da biblioteca publica local conta-se com os irmĆ£os Otoniel e Jose Nunes Coelho.

Por acidente, `a pagina 74, aparece o nome da dona Maria Madalena de MagalhĆ£es Souza. Brincadeira `a parte. Ela aparece como Supervisora de Area do antigo programa de alfabetizaĆ§Ć£o de adultos, o MOBRAL.

Esposa do ex-prefeito de VirginĆ³polis, Gabriel Geraldo Soares de Souza, nosso parente, foi realmente supervisora do programa na regiĆ£o.

Entre os primeiros moradores menciona-se, naturalmente, Demetrio e Marcolina. Mas tambĆ©m aparecem Urias Coelho e Graciana, alem de JoĆ£o Henrique Coelho eĀ Teodoro Coelho de Oliveira. NĆ£o sei de quem se tratam os quatro Ćŗltimos.

Alem desses, existem diversos sobrenomes que poderiam ter algum vinculo parental conosco. Entre eles destaca-se o Pimenta. Que muito provavelmente seja o mesmo vinculado ao Barbalho desde os anos de 1732 com o casamento entre Manoel Vaz Barbalho e Josefa Pimenta de Souza, nossos muito provƔveis ancestrais.

Em 1928 se deu a construĆ§Ć£o da estrada de rodagem (rodovia) entre Coroaci e Governador Valadares. No capitulo dedicado ao fato informa-se que houve uma festa de inauguraĆ§Ć£o. Foi feito o corte da fita inaugural.

“O Ā corte da fita ficou a cargo da mais velha sobrevivente de um dos fundadores de Coroacy, sra. Marcolina Honoria Coelho (SiĆ” Culina); e ao seu lado o Pe Sady e o Dr. Jose Paulo Fernandes.” Acredito que faltou a palavra esposa para completar melhor o sentido.

Conta-se ainda as voltinhas que foram oferecidas `a populaĆ§Ć£o naquela novidade que era um caminhĆ£o Ford 29. Seria, pela foto, classificado atualmente como uma camionete.

Os nomes dos filhos dos tios Demetrio e Marcolina foram: Hermiria, Antonietta, Julietta, Marietta, Octaviano, Maria, Juvenal, Jose (fal. menor), Valentina, Honoran e Annita.

No capitulo que aborda profissƵes e lojas temos diversos representantes com combinaĆ§Ć£o de sobrenomes na qual entra o Coelho. Ai temos:

Otoniel (Oto)Ā Nunes Coelho, Cicero de Oliveira Coelho, Teodoro Coelho de Oliveira, Jose Coelho SimƵes, Rua D. Manoel, PraƧa Demetrio Coelho, Demetrio e Otavio Coelho SimƵes, Geraldo da Costa Coelho, Abilio Ramos Coelho, Raimundo Nonato Coelho, Jose da Silva Coelho, Raimundo Martins Coelho, Jose CecĆ­lio Coelho, Antonio de Almeida Coelho e Abel da Costa Coelho.

NĆ£o se pode afirmar que sim ou nĆ£o. Alguns desses que nĆ£o identificamos podem ser nossos aparentados. Lembramos que na fundaĆ§Ć£o de SabinĆ³polis estavam os Coelho de Almeida, descendentes de Antonio Coelho de Almeida, nosso ancestral.

Os da Costa Coelho devem remontar ao Serro. Houve la uma famĆ­lia com esse sobrenome que remonta ao sĆ©culo XVIII. Dela descende o padre Lafayette da Costa Coelho, nascido no Serro e por muitos anos paroquiou em Santa Maria do SuaƧui. Atualmente ele esta entre os candidatos a santo no altar catĆ³lico.

Mas nĆ£o seria surpresa se um bom numero dos nĆ£o identificados sejam membros do mesmo ramo do nosso Coelho. Isso porque tanto o suposto ancestral Manoel Rodrigues Coelho quanto o alferes de milĆ­cias Jose Coelho de MagalhĆ£es poderĆ£o contar com muitos descendentes dos quais nĆ£o temos noticias. Sabemos que tiveram mas nĆ£o sabemos quem foram todos. E deles esses podem descender.

O progresso da cidade nĆ£o poderia se dar sem a presenƧa da luz elĆ©trica. E foi levada para o local pelo padre Nelo que, viajando pela Europa resolveu comprar um dĆ­namo, que usava o potencial energĆ©tico do CĆ³rrego Santana.

Somente em 1964 essa pequena usina foi substituĆ­da pela Cemig. E a primeira iniciativa teve a participaĆ§Ć£o dos irmĆ£os Otoniel e Jose Nunes Coelho.

No capitulo dedicado `a emancipaĆ§Ć£o surgem os diversos personagens com o sobrenome Coelho. Entre eles destaca-se o dr. Rafael Caio Nunes Coelho, entĆ£o prefeito de PeƧanha. Obviamente, nosso primo que mais tarde viria a tornar-se deputado por varias gestƵes.

O dr. Guilherme Machado, cuja famƭlia tem vƭnculos com os Coelho, tambƩm foi decisivo no capitulo.

Ai se da noticias de que um dos lideres da emancipaĆ§Ć£o polĆ­tica foi o senhor Joaquim Campos do Amaral. Poderia ser coincidĆŖncia, porem, temos uma pessoa de mesmo nome, que foi o marido de dona Maria Xavier.

O sobrenome dela denuncia a proximidade com Coroacy. O nosso conhecido foi filho do casal Antonio Ferreira Campos BaguaryĀ e professora Augusta Rabello do Amaral. Ela foi mais conhecida como Augusta Campos e virou nome de praƧa em VirginĆ³polis. Essa famĆ­lia, umas das tradicionais locais.

Apos implantado o municipio, os Coelho se destacam na ocupaĆ§Ć£o dos cargos eletivos. De grande influencia polĆ­tica foi o senhor Jose Coelho SimƵes. Foi vereador e prefeito mais de uma vez.

Na gestĆ£o dos anos 1955-1958 o prefeito contou comĀ o vice na chapa Otoniel Nunes Coelho. Na gestĆ£o anterior dona Inez Nunes Coelho havia sido acessora da prefeitura, na Ć”rea fazendĆ”ria.

Na gestĆ£o 1963-1966 houve a posse de dois vereadores: Josias Coelho Pimenta e Jose de Almeida Coelho. Na gestĆ£o seguinte aparece o vereador Marcos Nunes Coelho. Os quais nĆ£o conhecemos a procedĆŖncia.

Nas gestƵes seguintes aparecem os nomes: JoĆ£o CrisĆ³stomo Coelho, Afonso Coelho Pimenta, Geraldo Campos Coelho, MĆ”rcio Antonio Coelho Chaves, Amilcar Coelho de Almeida e entre os assessores surge dona Marta Helena Coelho Chaves.

Essa combinaĆ§Ć£o Coelho Chaves existe entre nossos familiares. Contudo, nĆ£o temos um acompanhamento dos Chaves de VirginĆ³polis. A famĆ­lia foi uma das povoados locais.

A familia comeƧou, em VirginĆ³polis, com o casal: Francisco Chaves – Chico Carreiro e dona Joana Chaves. Segundo dados do livro “Historia de VirginĆ³polis” da professora dona Filomena Dias de Andrade.

Dos seis filhos mencionados por dona Filomena, as filhas: Etelvina, casou-se com Jose Xavier e Matilde com Jose Rodrigues. Ela tambĆ©m informa que os maridos viviam em Coroacy. Os outros foram: Maria, PrudĆŖncia, Olivia e Raimundo.

Entre os mĆŗsicos ha a menĆ§Ć£o dos nomes: Jose, Silvio e Jorge Coelho da Rocha; Otto Nunes Coelho, Sady Coelho de Souza, Sergio Coelho da Silva e Raimundo Martins Coelho, da Lira Musical Santa Terezinha.

Uma banda anterior, a Santa Cecilia, havia sido fundada pelo D. Manoel Nunes Coelho.

Destaque para o futebol. `A pagina 150 temos a menĆ§Ć£o:

“Alguns afirmam que o Futebol com “TĆ©cnicas” foi trazido de VirginĆ³polis, por Jose SimƵes, Cicero Coelho e Josio Avelino, os quais foram praticamente os primeiros jogadores de Futebol de Coroaci.”

Da familia Avelino de VirginĆ³polis temos ainda a professora dona ConceiĆ§Ć£o Avelino Coelho, viuva de nosso primo Jose Darcy Coelho. NĆ£o me recordo do sobrenome SimƵes relacionado a VirginĆ³polis. NĆ£o estou dizendo isso no senso de negar, apenas nĆ£o conheci.

Minha duvida ai seria se seria nosso primo Cicero Rodrigues Coelho ou o anteriormente citado Cicero de Oliveira Coelho, o qual nĆ£o sei localizar em nossa Arvore GenealĆ³gica.

Entre os poetas que elaboraram odes a Coroaci constam 3 Coelho: Nilce G. Coelho, Marcio Antonio Coelho Chaves e Magda Coelho Rocha. Os Coelho da Rocha em nossa famĆ­lia tiveram homĆ“nimos em SĆ£o JoĆ£o Evangelista. Porem, esses deverĆ£o ser nossos primos em outras raizes.

Talvez, entre as pessoas nĆ£o mencionadas e que engrandeƧam Coroaci esta, como casal, aos Notel Nunes Coelho e dona Maria Isabel Rodrigues. Ele foi mencionado pelo primeiro nome como irmĆ£o do D. Manoel.

Porem, o casal foi pai dentre outros do Monsenhor Omar Nunes Coelho. Este foi pĆ”roco em SĆ£o Gotardo/Rio ParanaĆ­ba, MG. Nasceu em Coroaci em 1915 e faleceu na Diocese de Luz, em 18.01.2009. Gozava de grande respeito dos seus paroquianos.

Esse eh o resumo que faƧo do livro.

A ma noticia foi a de que resolvi procurar a autora para conversarmos a respeito da genealogia da cidade. Quando acessei o site da prefeitura vim a saber que ela havia falecido em setembro de 2017. Ou seja, poucos dias depois que tinha tido a noticia da existĆŖncia da obra.

Dona Angela Rocha da Silva Chaves fora professora e bibliotecaria do municipio. `A pagina 184 deixou esse recado:

“Coloco-me `a inteira disposiĆ§Ć£o, para futuras informaƧƵes, que poderĆ£o um dia fazer parte da complemento da Historia de Coroaci.”

Resta-nos esperar que alguĆ©m com mais familiaridade e conhecimento local se anime e de continuidade a tĆ£o importante e sublime trabalho de manter nossos ancestrais vivos em seus feitos e realizaƧƵes.

 

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007. O RESUMO EM ESQUELETOS GENEALOGICOS

01. Jeronimo Moniz Barreto, o velho c. c. Isabel de Lemos (17)

02. Francisco Moniz de Menezes c. c. D. Maria Lobo de MendonƧa

03. Jeronimo Moniz Barreto c. c. D. Thereza de Souza

a. 04. D. Francisca Isabel Barreto de Menezes c. c. Francisco Moniz Barreto (1)

05. D. Leonor Maria da Silva Corte-Real c. c. Martinho Afonso de Mello (2)

06. D. Francisca Izabel Barreto de Menezes c. c. Martinho Moniz Barreto

07. ANTONIO JOSE MONIZ BARRETO

b. 04. D. Luiza Josefa de Menezes, irma de D. Francisca Isabel c. c. Antonio Galas da Silveira (3)

05. Diogo Moniz da Silveira c. c. D. Anna Maria da Afonseca (4)

06. Martinho Moniz Barreto c. c. D. Francisca Izabel Barreto de Menezes

07. ANTONIO JOSE MONIZ BARRETO

c. 01. Isabel de Lemos c. c. Jeronimo Moniz Barreto, o velho

02. JoĆ£o Rodrigues Palha c. c. MĆ©cia de Lemos, e era filha do fidalgo cavaleiro FernĆ£o de Lemos.

d. 02. D. Maria Lobo de MendonƧa c. c. Francisco Moniz de Menezes

03. D. Victoria de Barros c. c. Manoel de Freitas do Amaral (5)

04. D. Catharina Lobo de Almeida c. c. Gaspar de Barros de MagalhĆ£es (6)

05. Henrique Lobo c. c. Isabel de Reboredo

06. Baltazar Lobo de Souza c. c. Joana Barbosa (*)

e. 03. D. Thereza de Souza c. c. Jeronimo Moniz Barreto

04. Antonia Barbalho Bezerra c. c. Antonio Ferreira de Souza

05. Luiz Barbalho Bezerra c. c. D. Maria Furtado de MendonƧa (7)

06. Camilla Barbalho c. c. Guilherme Bezerra Felpa de Barbuda

07. BrƔs Barbalho Feyo c. c. Catharina Tavares de Guardes

f. 04. Antonio Galas da Silveira c. c. D. Luiza Josefa de Menezes

05. Agueda de Pina c. c. LourenƧo de Oliveira Pita

06. Felipe de Lemos Palha c. c. Francisca Barbosa Caramuru

07. Joao Rodrigues Palha c. c. MĆ©cia de Lemos, filha do fidalgo cavaleiro FernĆ£o de Lemos.

g. 06. Francisca Barbosa CaramuruĀ c. c. Felipe Palha de Lemos

07. Catarina Alvares c. c. Baltazar Barbosa de Araujo (8)

08. Genebra Alvares c. c. Vicente Dias de Beja (9)

09. Catharina du Brezil c. c. Diogo Alvares Correa, Caramuru (10)

10. Cacique Taparica, CarijĆ³/Tupinamba

h. 04. Antonio Ferreira de Souza c. c. Antonia Barbalho Bezerra

05. D. Catharina de Souza c. c. Eusebio Ferreira (11)

06. Belchior de Souza Drummond c. c. D. Mecia de Armas (12)

07. Antonio de Souza Drummond c. c. D. Joana Barbosa Caramuru

08. Joao Goncalves Drummond c. c. D. Marta de Souza

09. Clara Anes Drummond c. c. Gaspar Goncalves Ferreira (13)

10. Sir John Drummond (16) c. c. D. Branca Afonso da Cunha (14)

11. Sir John Drummond, 12o. sr. de Lennox c. c. Elizabeth Sinclair of Roslin

i. Ā 07. D. Joana Barbosa Ā CaramuruĀ c. c. Antonio de Souza Drummond

08. Catarina Alvares c. c. Baltazar Barboza de Araujo (8)

09. Genebra Alvares c. c. Vicente Dias de Beja (9)

10. Catharina du Brezil c. c. Diogo Alvares Correa, Caramuru (10)

11. Cacique Taparica, CarijĆ³/Tupinamba

j. Ā 08. D. Marta de Souza c. c. Joao GonƧalves Drummond

09. Baltazar Lobo de Souza c. c. Joana Barboza (*)

Logo apĆ³s ter escrito esse resumo e a descriĆ§Ć£o da numeraĆ§Ć£o, lembrei-me que faltaram alguns componentes genealĆ³gicos para completar-se melhor o quadro. SĆ£o apenas mais 4, mesmo que pensei antes fazer reservas a dois deles:

k.Ā 03. Jeronimo Moniz Barreto c.c. Thereza de Souza, filho de:

04. Francisco Moniz de Menezes c.c. (1) D. Maria Lobo de MendonƧa, filhoĀ de:

05. Jeronimo Moniz Barreto, o velho c.c. D. Izabel de Lemos (17), filho de:

06. Egas Moniz Barreto c.c. D. Maria da Silveira ou Anna Soares, filho de:

07. Guilherme Moniz c.c. (?), filho de:

08. SebastiĆ£o Moniz c.c. (2) D.Ā Joana da Silva(18), filho de:

09. Guilherme Moniz Barreto, alcaide-mor de Silves (19) c.c. Ignez (20), filho de:

10. Henrique Moniz c.c. (?), filho de:

11. Vasco Martim Moniz c.c. (?)

l. Ā 05. Henrique Lobo c. c. Isabel de Reboredo, filho de:

06. 1492Ā Balthazar Lobo de Sousa c. c. Joana Barbosa (*) 1a. esposa.

07. 1472 Felipa de Souza c. c. Diogo Lobo

08. Joana da Guerra c. c.Ā JoĆ£o Fernandes de Souza, 4o. sr. de BaiĆ£o

09. Isabel da Guerra c. c. GonƧalo Vaz Coutinho

10. D. Ignez da Guerra c. c. Alvaro Pires da TƔvora

11. Pedro da Guerra c. c. D. Tereza Anes De Andeiro (21)

12. D. JoĆ£o de Portugal, duque de Valencia c. c. Desconhecida

13. D. Pedro I, rei de Portugal c. c. D. Ines de Castro

14. D. Afonso IV, o Bravo c. c. D. Beatriz de Molina e Castela

15. D. Dinis I, o Lavrador c. c. D. Isabel de AragĆ£o

16. D. Afonso III c. c. D. Beatriz de Castela

17. D. Afonso II c. c. D. Urraca de Castela

18. D. Sancho I, o PovoadorĀ c. c. D. Dulce de AragĆ£o

19. D. Afonso I Henriques, o Conquistador c. c. D. Mafalda de SabĆ³ia

20. D. Teresa de Leon c. c. D. Henri de Borgonha

21. D. Alfonso VI de Leao e Castella c. c. Ximena Moniz

(*) O nome Joana Barbosa foi sugerido por Manuel Abranches, mas nĆ£o se tem certeza.

m. 10. Sir John Drummond c. c. Branca Afonso da Cunha + Catarina Vaz

11. Sir John Drummond, 12th of Lennox c. c. Elizabeth Sinclair of Roslin

12. Sir John Drummond, 11th of Lennox c. c. Mary Montfex, Heiress of Stobhall

13. Sir Malcolm Drummond, 10th of Lennox c. c. Lady Annabella Graham

14. Sir Malcolm Drummond, 9th Thane of Lennox c. c. Margareth Graham

15. John Drummond, 8th thane of Lennox c. c. Elena Drummond

16. Sir Malcolm Drummond, 7th thane of Lennox c. c. Margareth Drummond

17. Malcolm Beg Drummond, Chamberlain of Len. c. c. Ada of Maldwin of Lennox

18. Malcolm II Drummond, 5th thane of Lennox c. c. ?

19. John Drummond, 4th thane of Lennox c. c. ?

20. Maurice Drummond, 3st thane of Lennox c. c. ?

21. Malcolm de Drummond, 2nd seneschal of Lennox c. c. ?

22. Maurice de Drummond, 1st Seneschal of Lennox c. c. ?

n.Ā 02. Elizabeth Sinclair of Roslin c. c. Sir John Drummond

03. Henry Sinclair, 1st Earl of Orkney c. c. Jean Halyburton of Dirleton

04. William Sinclair of Roslin c. c. Isabel Graham of Strathean

05. Sir William Sinclair of Roslin c. c. Rosabelle

06. Sir Henry Sinclair of Roslin, 7th lord of Roslin c. c. Alice de Fenton

07. Sir William Sinclair of Roslin, 6th lord of Roslin c. c. Amicia de Roselyn

08. Robert de St. Clair c. c. Eleanor de Dreux

RESSALVE-SE QUE:

I. Na obra do Frei JaboatĆ£o ha uma narrativa genealogia, que ocupa quase 3 paginas a partir da numero 135, de Baltazar Barboza de AraĆŗjo e de seu meio-irmĆ£o Francisco.

Muitos dos ancestrais de ambos os personagensĀ serĆ£o os mesmos de outros que compƵem as raizes dessa genealogia.

DESCREVENDO O NUMERADO:

(1) Francisco Moniz Barreto, casado com D. Francisca Isabel, era natural da Ilha Terceira, AƧores, e filho de Guilherme Moniz Barreto e sua esposa D. Maria Faleiro. Pag. 374

(2) Martinho Afonso de Mello era natural de Maragogipe, BA, e filho do sargento-mor Jose Pereira da Cunha e de D. Ignacia Pereira de Mello, sua esposa. Pag. 376

(3) Antonio Galas da Silveira teve a merce do habito de Cristo que nĆ£o professou por ter falecido antes de tomar posse. Pag. 376

(4) D. Anna Maria da Afonseca foi filha do capitĆ£o Antonio Diniz de Macedo e de sua esposa D. Virginia da Fonseca, filha do sargento-mor Francisco Pinto da Fonseca DeƧa. Pag. 376

(5) Manoel de Freitas do Amaral foi homem rico e cavaleiro fidalgo. Pag. 206

(6) Gaspar de Barros de MagalhĆ£es, viveu no RecĆ“ncavo Baiano foi muito rico e afazendado. Pag. 203

(7) D. Maria Furtado de MendonƧa fez parte da famĆ­lia de igual sobrenome que fez Historia no Rio de Janeiro. Era filha de Fernand’Aires Furtado de MendonƧa e de sua esposa D.Ā Cecilia de Andrade Carneiro. Pag. 311

(8) Baltazar Barbosa de Araujo era natural de Ponte de Lima, Portugal, e filho de Gaspar Barboza de Araujo e sua esposa D. Maria de Araujo. Pag. 135 e segue.

(9) Vicente Dias de Beja, era natural da Provincia do Alentejo, era moƧo fidalgo da casa do infante D. Luis. Pag. 86

(10) Diogo Alvares Correa, Caramuru, era filho das principais famĆ­lias nobres de

Viana. Pag. 84

(11) Eusebio Ferreira, era natural de Porto Santo, na Ilha da Madeira, e filho de LeĆ£o Ferreira. Pag. 313.

(12) D. MĆ©cia de Armas, foi segunda esposa de Rafael Telles, do qual nĆ£o teve filhos; e filha de Luis de Armas e de D. Catharina Jacques, “pessoas nobres e principais da Bahia”. Pag. 175

(13) Gaspar Goncalves Ferreira. Era filho de GonƧalo Aires Ferreira.

(14) Branca Afonso da Cunha era natural de Covilha.

(15) Elizabeth Sinclair de Roslin descendia de Sir William Sinclair of Roslin, um nobre cavaleiro na EscĆ³cia que as tradiƧƵes e provas atuais indicam que chefiou uma expediĆ§Ć£o exploratĆ³ria que aportou na Nova EscĆ³cia, ProvĆ­ncia do Canada, por volta de 1360, ou seja, mais de um sĆ©culo antes de Colombo.

A missĆ£o de William Sinclair seria a de proteger supostos tesouros dos Cavaleiros TemplĆ”rios, Ordem que fora dissolvida pelo papa Clemente, em 1312.

Mas houve continuidade tanto na EscĆ³cia quanto em Portugal, onde a organizaĆ§Ć£o veio a chamar-se Ordem de Cristo.

(16) A familia Drummond, tanto quanto a Sinclair, formou-se a partir da nobreza francesa, porem, quando da transferencia do Sir John Drummond para a Madeira ja era ha mais de 1 sƩculo famƭlia escocesa.

(17) Izabel de Lemos era irma de Felipe de Lemos Palha, filhos de JoĆ£o Rodrigues Palha e D. MĆ©cia de Lemos. Pags. 469 (batizada a 25.03.1568) e 161.

(18) D. Joana da Silva era filha de GonƧalo da Silva, regedor da justiƧa em Lisboa. Pag. 144.

(19) Guilherme Moniz Barreto foi tambĆ©m casado com D. Joanna da Costa Corte-Real, filha de JoĆ£o Vaz da Costa Corte-Real. Pag. 144

Talvez venhamos a ser descendentes desses tambƩm, pois, o (1) Francisco Moniz Barreto tinha por pai outro Guilherme Moniz Barreto. E antes de migrar para o Brasil a famƭlia estava radicada na Ilha Terceira, AƧores.

(20) D. Ignez, era filha de GonƧalo Nunez Barreto, alcaide-mor do Faro. Pag. 144

(21) D. Teresa Anes de Andeiro, foi filha de JoĆ£o Fernandes de Andeiro, segundo Conde de Ourem, e sua esposa D.Ā Maior Fernandes de Moscoso.

Maior Fernandes de Moscoso era entĆ£o viuva de FernĆ£o Bezerra. Deles descendem os Bezerra em Pernambuco, dos quais tambĆ©m descendia o governador Luiz Barbalho Bezerra, nosso ancestral.

Consta em genealogias um terceiro nobre casado com Maior Fernandes de Moscoso. Caso seja a mesma, teremos a oportunidade de descender dela por 3 vias, sendo pelo menos uma de cada marido.

Quem desejar aprofundar mais pode verificar os nomes e genealogias dos cĆ“njuges de nossos possĆ­veis ancestrais mais nobres, pois, estĆ£o expostos na internet.

Aconselho aos descendentes dos ancestrais ANTƔNIO JOSE MONIZ e MANOELA DO ESPIRITO SANTO, via Luiza Maria do Espirito Santo e seu marido, o fundador de GuanhĆ£es, capitĆ£o de milĆ­cias Jose Coelho da Rocha, a copiarem esse resumo para te-lo disponĆ­vel.

A minha convicĆ§Ć£o de nosso ancestral Antonio Jose ser o mesmo ANTƔNIO JOSE MONIZ BARRETO aumenta a cada retorno que faƧo a esses estudos. As evidencias dissoĀ sĆ£o enormes.

Seria bom ter os dados guardados em mĆ£os porque pode-se perder as informaƧƵes na internet caso hajam mudanƧas indesejĆ”veis no futuro. E tambĆ©m, fica mais fĆ”cil consultar os dados quando se for falar no assunto na ausĆŖncia de um computador `as mĆ£os.

Ha que lembrarmos tambĆ©m que nossa ancestral Manoela do Espirito Santo pode vir do mesmo nĆŗcleo de famĆ­lias primeiro fundadoras da Bahia.

E temos outra ancestral, Tereza (Fiuza) de Jesus, baiana, `a Ć©poca, procedente de Itabaiana, atualmente em Sergipe, que devera ter pelo menos alguns dos mesmos ancestrais.

Ha a necessidade de sabermos isso para termos a ciĆŖncia de que: aqueles ancestrais que pensamos ser antigos demais para termos vĆ­nculos parentais prĆ³ximos com eles, em verdade, sĆ£o nosso “bisavĆ³s-de-fato” devido a tantas vezes que nos sĆ£o ancestrais.

 

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008. DESCENDENTES DE D. PEDRO I, DE PORTUGAL, E DONA IGNEZ DE CASTRO?

 

“ARGOLOS

Rodrigo Argolo foi um nobre Castellano, que passou `a Bahia nos princĆ­pios da sua fundaĆ§Ć£o, e n’ella com Joana Barboza Lobo, uma das trez irmans orfans, filhas de Balthazar Lobo de Souza, que faleceu na carreira da India, as quaes trez irmans, com outras mais, tambĆ©m orfans e filhas de pessoas nobres, mandou a rainha D. Catharina, mulher do Sr. rei D. JoĆ£o III, no anno de 1551, na armada de que era capitĆ£o de mar e guerra Antonio de Oliveira Carvalhal, que foi o primeiro alcaide-mor da Bahia, e vieram a entregar estas orfans ao governador ThomĆ© de Souza, primeiro que no anno de 1549 veio fundar esta cidade, mudando-a de Villa-Velha do Pereira para onde agora esta, recomendando el-rei e a rainha ao dito governador cazasse as taes donzellas com as pessoas principaes que houvesse na terra, e assim com o tal Rodrigo de Argolo, acima, que n’esta mesma ocaziĆ£o, com o governador ThomĆ© de Souza, ou na prĆ³pria armada do Oliveira veio `a Bahia cazou o governador a D. Joana Barboza, a qual e suas duas irmans, nomeadas a fl… dizem as memĆ³rias, que d’ellas tratam, eram sobrinhas do Conde de Sortella. Foi este Rodrigo Argolo provedor da AlfĆ¢ndega da nova cidade do Salvador, Bahia de Todos os Santos, por mercĆŖ do Sr. rei D. JoĆ£o III, por cazar com a sobredita D.Joana Barboza, da qual teve os filhos seguintes:”

Acabo de fazer mais uma pequena revista nos escritos e encontrei, alem de outras, essa passagem bastante esclarecedora de nossa genealogia. Isso porque Balthazar Lobo de Sousa foi pai de:

01. Joana Barbosa Lobo c. c. Rodrigo de Argollo

02. Micia Lobo de MendonƧa c. c. Francisco Bicudo

03. Catharina Lobo de Barbosa Almeida c. c. Gaspar de Barros MagalhĆ£es.

Cada um desses casais ira dar reflexo em nossa genealogia. Eu apenas nĆ£o os analisei a contento. Mas sei que os Argollo irĆ£o depois misturar-se com nossos familiares.

Micia e Francisco serĆ£o paisĀ de outra Micia. Essa serĆ” a primeira esposa de Jeronimo Moniz Barreto, o velho. Eles serĆ£o os pais do Egas Moniz Barreto, que serĆ” pai do Francisco Barreto de Menezes que, por sua vez, Egas Moniz Barreto, o marido de D. IgnezĀ Teresa Barbalho Bezerra.

D. Ignez foi filha de Antonia Barbalho e Antonio Ferreira, e neta por via materna do governador Luiz Barbalho Bezerra e de sua esposa Maria Furtado de MendonƧa. Por ai sai alguns tƭtulos de nobreza do Imperio Brasileiro.

Ja a dona Catharina e seu esposo Gaspar foram pais de dona Vitoria de Barros que casou-se com Manoel de Freitas do Amaral.

Deles nasceu dona Maria Lobo de MendonƧa que foi casar-se com Francisco Moniz de Menezes, observe-se como o nome eh parecido com o do Francisco Barreto de Menezes!

Maria Lobo e Francisco Moniz, porem, serĆ£o pais do Jeronimo Moniz Barreto, o mais moƧo que o anterior. Esse ira casar com dona Teresa de Souza, irmĆ£ da dona Ignez Teresa, tambĆ©m filha de Antonia Barbalho e Antonio Ferreira.

Dai para frente basta seguir na ordem descendente para encontrar-se poucas geraƧƵes depois o ANTƔNIO JOSE MONIZ BARRETO que, ate que se prove o contrario, devera ser nosso ancestral:

ANTONIO JOSE MONIZ, que se casou com MANUELA DO ESPIRITO SANTO e foram pais, em ConceiĆ§Ć£o do Mato Dentro, da nossa preciosa ancestral, tetravĆ³: LUIZA MARIA DO ESPIRITO SANTO.

E que o Divino Espirito Santo proteja a todos no carnaval e todos os dias da vida.

Essa mensagem foi passada durante o carnaval de 2018. Eu estava satisfeito com o que havia encontrado ate entĆ£o. Mas dai!

Retornando `a “REVISTA TRIMENSAL” parece-me que em alguma parte o autor da genealogia ou eu cometemos um grave engano. Assim, porei em sequencia para tirar as duvidas.

PAG. 161

“N. 3 – Jeronimo Moniz Barreto (2), filho terceiro de Egas Barreto, a fl…, e de sua mulher D. Maria da Silveira …………………, e ali cazou duas vezes, a primeira com D. Micia Lobo de MendonƧa, filha de Francisco Bicudo e de sua primeira mulher D. Micia Lobo de MendonƧa …………………. E dela teve filhos:

  1. Egas Muniz Barreto, que se segue.”

Ā 

Teve ainda: Angela, Maria Francisca, casadas, e Izabel e Vasco, solteiros.

PAG. 162

“N.1 – Egas Moniz Barreto (1) filho primogenito de Jeronimo Moniz Barreto e de sua primeira mulher D. Micia Lobo deĀ MendonƧa, cazou trez vezes, a primeira com D. Agueda de Lemos,Ā irman de sua madrasta D. Izabel de Lemos, acima, e a fl…, n.5, e della teve filho:

5. Francisco Barreto de Menezes, que se segue. Batizado em Paripe a 6 de Junho de 1602.

D. Micia de Menezes, mulher de Paulo Argol, a fl…”

`As paginas 177-8 surgem dois Paulo Argolo. Na revista faltou o “o” final. O primeiro era filho do Rodrigo Argolo Castellano e dona JoanaĀ Barbosa Lobo e Ā casou-se com Felicia Lobo, filha de Gaspar de Barros deĀ MagalhĆ£esĀ e sua esposa Catharina Lobo de Barbosa Almeida, ou seja, eram primos em primeiro grau pelos lados maternos.

O autor confundiu ao dizer que dona Joana Lobo era irmĆ£ da dona Felicia. Deveriam ser tia e sobrinha.

O segundo Paulo Argolo, filho do primeiro e dona Felicia, casou-se com Micia Lobo de MendonƧa. Porem essa ja possuƭa um parentesco um pouco mais distante, pois, foi filha de Egas Moniz Barreto e sua esposa Agueda de Lemos.

Esse era o Egas Moniz, filho do Jeronimo Moniz Barreto, o velho, e de sua primeira esposa Micia Lobo de MendonƧa. Por sua vez, essa era filha de Francisco Bicudo e a primeira Micia Lobo de MendonƧa, uma das 3 irmĆ£s que foram enviadas para casarem-se com as maiores figuras da terra. Seguindo:

“N. 5 – Francisco Barreto de Menezes, fidalgo escudeiro, filho de Egas Moniz, n. 1, e de sua primeira mulher Agueda de Lemos, cazou com D. Izabel de AragĆ£o, filha de Melchior de AragĆ£o (2) e de sua mulher Maria Dias, e teve filhos. Faleceu D. Izabel de AragĆ£o a 19 de Maio de 1674, ja viuva. Sepultada em S. Francisco.

12. Egas Muniz Barreto, que se segue. Batizado na sƩ a 22 de Agosto de 1646.

________________________

(1) Fidalgo escudeiro. Faleceu a 23 de Outubro de 1646, sepultado em Camamu, onde era morador.

(2) Senhor do engenho Mataripe. Faleceu em 1669.

Dona Izabel de AragĆ£o, aparece na pagina 110 da Revista. Sua mĆ£e, Maria Dias, consta, na pagina 109, ter sido “outra filha de Maria Dias e seo marido Francisco de Araujo.” E Melchior era oriundo da Ilha da Madeira.

Maria Dias, esposa de Francisco de Araujo, foi filha de Genebra Alvares e seu marido Vicente Dias de Beja. Sendo Genebra Alvares filha de Diogo Alvares Correia, o Caramuru, e Catharina Alvares, a ParaguaƧu. Ou seja, teriam entĆ£o o mesmo sangue que nos. A menĆ§Ć£o esta na pagina 86.

PAG. 163.

“N. 12 – Egas Moniz Barreto, filho de Francisco Barreto de Menezes, n. 5, foi coronel escudeiro fidalgo, cazou com D. Ignez Barbalho Bezerra, filha de Antonio Ferreira de Souza e de sua mulher D. Antonia, filha de Luiz Barbalho, a fl…”

FAZENDO O ESQUELETO GENEALOGICO I

01. Egas Moniz Barreto c. c. D. Ignez Barbalho, filho de:

02. Francisco Barreto de Menezes c. c. Izabel de AragĆ£o, filho de:

03. Egas Moniz Barreto c. c. Agueda de Lemos, filho de:

04. Jeronimo Moniz Barreto c. c. Micia Lobo de MendonƧa, filho de:

05. Egas Moniz Barreto c. c. D. Maria da Silveira.

PAG. 161

“Segunda vez cazou Jeronimo Moniz Barreto com D. Izabel de Lemos, filha de JoĆ£o Rodrigues Palha e de sua mulher Micia de Lemos e teve filhos:

4. Miguel Telles de Menezes, a fl… e ali o mais

4. Antonio Moniz Telles, adiante. Batizado na se a 19 de Abril de 1586

4. Vicente, Francisco, Jeronimo, D. Joana e Anna de Lemos, mulher de ChristĆ³vĆ£o Rabelo, com filhos, a fl…”

PAG. 372

“MONIZES DO SOCORRO

N. 1 – Francisco Moniz de Menezes, *filho de Jeronimo Moniz Barreto, o velho, e de sua segunda mulher D. Izabel de Lemos, a fl…, foi fidalgo da caza real e cazou com D. Maria Lobo de Mendonca, filha de Manoel de Freitas do Amaral e de sua mulher D. Victoria de Barros, a fl…, n. 6, e teve filhos:

1. D. Victoria de Menezes, mulher de Vasco de Souza, a fl…, e depois de Jeronimo da Cruz, cazou com este a 30 de Abril de 1658.

________________________________

  • Faleceu a 1. de Abril de 1674, sepultado na capella-mor da Mizericordia na sepultura de seu avĆ“ Francisco de Araujo.”

 

PAG. 373

“2. Jeronimo Moniz Barreto, que se segue:

N. 2 – Jeronimo Moniz Barreto, filho de Francisco Moniz de Menezes, acima, e de sua mulher D. Maria Lobo de MendonƧa, cazou com D. Tereza de Souza, (1), filha de Antonio Ferreira de Souza e de sua mulher D. Antonia Bezerra, a fl. 269, e teve filhos:

3. D. Francisca Izabel Barreto de Menezes, que se segue, batizada a 21 de Janeiro de 1666″

…………………………………………………………..

5. D. Luiza Josefa de Menezes, depois, batizada a 25 de Setembro de 1687.”

FAZENDO O ESQUELETO GENEALOGICO II

01. D. Francisca Izabel Barreto de Menezes c. c. Francisco Moniz Barreto

01. D. Luiza Josefa de Menezes c. c. Antonio Galas da Silveira, ambas filhas de:

02. Jeronimo Moniz Barreto c. c. D. Thereza de Souza, filho de:

03. Francisco Moniz de Menezes c. c. D. Maria Lobo de MendonƧa, filho de:

04. Jeronimo Moniz Barreto c. c. D. Izabel de Lemos, filho de:

05. Egas Moniz Barreto, o velho c. c. D. Maria da Silveira

Assim, torna-se claro que enganei-me ao identificar ao Egas Moniz Barreto, casado com Ignez Thereza, como se fosse irmĆ£o de Jeronimo Moniz Barreto, casado com dona Thereza, irmĆ£ de dona Ignez.

Os Franciscos pais eram diferentes. O problema ai foi que a mistura era muito semelhante ja que nos lados maternos dona Agueda era irmĆ£ de D. Izabel de Lemos. E dona Maria Lobo era prima de dona Micia Lobo.

O Jeronimo da D. Thereza de Souza era da geraĆ§Ć£o do Francisco, pai do Egas da Ignez Thereza.

Assim se desfaz alguns mal-entendidos e tambĆ©m se informa o quĆ£o as famĆ­lias no perĆ­odo colonial se entrelaƧavam de forma muito semelhante ao que fariam as geraƧƵes descendentes ate `a altura de nossos pais e seus familiares.

Observe-se, entĆ£o, os riscos para a saĆŗde da descendĆŖncia! Motivo Ć³timo para se estudar a genealogia e usa-la em medicina preventiva.

Para uma melhor compreensĆ£o do que ja passamos nessa revista, ha que repetir aqui o esqueleto maior, ate ao momento:

ESQUELETO GENEALOGICO III

01. Diogo Alvares Correia (Caramuru)Ā c.c. Catharina Alvares, pais de:

02. Genebra Alvares c.c. Vicente Dias de Beja, pais de:

03. Catharina Alvares c.c. Balthazar Barboza de Araujo, pais de:

04. Francisca Barboza c.c. Felippe de Lemos, pais de:

05. Agueda de Pina c.c. LourenƧo de Oliveira Pita, pais de:

06. Antonio Galas da Silveira c.c. D. Luiza Josefa de Menezes, pais de:

07. Diogo Moniz da Silveira c.c. Anna Maria da Affonseca, pais de:

08. Martinho Moniz Barreto c.c. D. Francisca Izabel Barreto de Menezes, pais de:

09. ANTONIO JOSE MONIZ BARRETO

Por ai se vĆŖ como poderemos chegar `a nossa genealogia, caso esse ANTƔNIO JOSE MONIZ BARRETO seja o mesmo nosso tetravĆ“ ANTƔNIO JOSE MONIZ.

Ja vimos em nosso texto anterior, embora esteja ao depois no blog, que Baltasar Barbosa de AraĆŗjo tem ancestrais conhecidos `a sua Ć©poca que remontam a anos anteriores ao ano 1.000 de nossa era.

Mas hoje sabemos que o ancestral apontado naquela carta sob o nome de Egas Moniz de Riba Douro, trata-se do senhor de Riba Douro, que se casou com Toda Ermiges. Ela foi bisneta do rei D. Ramiro I, de Leon.

A carta ate menciona que o conde D. Pedro dizia isso mas o autor nĆ£o chegou `a informaĆ§Ć£o. Egas e Toda foram os bisavĆ³s de Egas Moniz, o Aio. Esse foi o bisavĆ“ do D. Soeiro Viegas Coelho, o que iniciou a geraĆ§Ć£o da assinatura Coelho.

D. Soeiro foi o pai de, entre outros, Maria Soares Coelho, que foi a esposa do D. JoĆ£o Peres, I senhor da Torre de Vasconcelos, e cuja famĆ­lia adotou o sobrenome por causa disso. Na carta aparece somente ele como D. JoĆ£o Pires de Vasconcelos. Tinha ele o apelido de “o Tenreiro”.

Outro que aparece naquela lista foi o D. Rui GonƧalves Pereira. Como ja mencionei, era primo prĆ³ximo do D. Nuno Alvares Pereira. EstĆ£o eles entre as primeiras geraƧƵes desse nobre sobrenome da Pereira. E tambĆ©m sĆ£o descendentes do rei D. Ramiro I.

A ascendĆŖncia conhecida de D. Ramiro I remonta a tempos anteriores a Cristo. O que, alias, se confunde com a ascendĆŖncia de toda a nobreza europeia.

01.Ā D. Catarina Alvares foi filha do chefe Taparica, maioral dos Morubixabas, uma das tribos da naĆ§Ć£o Tupinamba.

04. Vejamos como Felipe de Lemos se enquadra num esqueleto.

ESQUELETO GENEALOGICO IV

01. Felipe de Lemos c. c. Francisca Barbosa, filho de:

02. Micia de Lemos c. c. JoĆ£o Rodrigues Palha, filha de:

03. FernĆ£o de Lemos, fidalgo cavaleiro.

Dona Agueda de Lemos, que aparece na genealogia do Egas Moniz Barreto, acima, e Isabel de Lemos que aparece no Esqueleto Vi, abaixo, eram irmĆ£s do Felipe de Lemos.

`A pagina 469 temos:

“5. Felippe de Lemos, cazado com filhos, e teve o foro de escudeiro fidalgo, e logo o de cavalleiro fidalgo por alvarĆ” de 18 de Janeiro de 1620, batizado na sĆ© a 7 de Maio de 1576.”

Como nada se pode encontrar do LourenƧo de Oliveira Pita e Anna Maria da Affonseca, vamos tratar do esqueleto seguinte:

ESQUELETO GENEALOGICO V

01. Jeronimo Moniz Barreto c.c. D. Thereza de Souza, pais de:

02. D. Francisca Izabel Barreto de Menezes c.c. Francisco Moniz Barreto, pais de:

03. D. Leonor Maria da Silva Corte-Real c.c. Martinho Affonso de Mello, pais de:

04. D. Francisca Izabel Barreto de Menezes c.c. Martinho Moniz Barreto, pais de:

05. ANTONIO JOSE MONIZ BARRETO

Como se pode ver, essas foram as duas formas como chegamos ao mesmo, possƭvel, ancestral ANTƔNIO JOSE MONIZ BARRETO.

Falta-nos, entĆ£o, a parte que nos cabe do capitulo MONIZ BARRETO:

ESQUELETO GENEALOGICO VI

01. Jeronimo Moniz Barreto c.c. Thereza de Souza, filho de:

02. Francisco Moniz de Menezes c.c. (1) D. Maria Lobo de MendonƧa, filho de:

03. Jeronimo Moniz Barreto, o velho c.c. D. Izabel de Lemos, filho de:

04. Egas Moniz Barreto c.c. D. Maria da Silveira ou Anna Soares, filho de:

05. Guilherme Moniz c.c. (?), filho de:

06. SebastiĆ£o Moniz c.c. (2) D.Ā Joana da Silva, filho de:

07. Guilherme Moniz Barreto, alcaide-mor de Silves c.c. (3) Ignez, filho de:

08. Henrique Moniz c.c. (?), filho de:

09. Vasco Martim Moniz c.c. (?)

Aqui encontramos o quadro onde D. Izabel de Lemos foi irmĆ£ de Felippe de Lemos, acima, esqueleto IV.

ESQUELETO GENEALOGICO VII

01.Ā D. Maria Lobo de MendonƧa c. c. Francisco Moniz de Menezes, filha de:

02. D. Victoria de Barros c. c. Manoel de Freitas do Amaral, filha de:

03. Catharina Lobo de Barbosa Almeida c. c. Gaspar de Barros MagalhĆ£es, filha de:

04. Henrique Lobo c. c. Isabel de Reboredo, filho de:

05. 1492Ā Balthazar Lobo de Sousa c. c. Joana Barbosa (?) 1a. esposa.

06. 1472 Felipa de Souza c. c. Diogo Lobo

07. Joana da Guerra c. c.Ā JoĆ£o Fernandes de Souza, 4o. sr. de BaiĆ£o

08. Isabel da Guerra c. c. GonƧalo Vaz Coutinho

09. D. Ignez da Guerra c. c. Alvaro Pires da TƔvora

10. Pedro da Guerra c. c. D. Tereza Anes De Andeiro

11. D. JoĆ£o de Portugal, duque de Valencia c. c. Desconhecida

12. D. Pedro I, rei de Portugal c. c. D. Ines de Castro

13. D. Afonso IV, o Bravo c. c. D. Beatriz de Molina e Castela

14. D. Dinis I, o Lavrador c. c. D. Isabel de AragĆ£o

15. D. Afonso III c. c. D. Beatriz de Castela

16. D. Afonso II c. c. D. Urraca de Castela

17. D. Sancho I, o PovoadorĀ c. c. D. Dulce de AragĆ£o

18. D. Afonso I Henriques, o Conquistador c. c. D. Mafalda de SabĆ³ia

19. D. Teresa de Leon c. c. D. Henri de Borgonha

20. D. Alfonso VI de Leao e Castella c. c. Ximena Moniz

(?) O nome Joana Barbosa foi sugerido por Manuel Abranches, mas nĆ£o se tem certeza.

Consta que JoĆ£o Fernandes ficou Ć³rfĆ£o muito novo e era o Ćŗnico neto de Luis Alvares de Souza. E um trisavĆ“ dele chamava-se: D. Frei Alvaro Goncalves Camelo, que foi prior da Ordem do Hospital.

Ou seja, era da Ordem dos TemplĆ”rios, que em 1307 foi perseguida e extinta pela Igreja CatĆ³lica, porem, foi ressuscitada em 1317 pelo rei D. Diniz, passando `a Ordem do Hospital, ou Ordem Militar de Malta ou, ainda, Ordem de Cristo.

Essas informaƧƵes a mais aparecem na leitura:

http://www.soveral.info/mas/Argollo.htm

Aqui se afirma tambĆ©m que donas Joana e dona Micia (MĆ©cia ou Maria) na verdade eram irmĆ£s do Henrique Lobo e dona Catharina seria sobrinha e nĆ£o irmĆ£ delas.

A leitura ai tem um pouco de tudo. Romance, drama etc.

Mesmo com certa modorra em ler-se texto tĆ£o complicado, resolvi fazer a leitura melhor detalhada. Foi por isso que pude reconstituir as 20 geraƧƵes de nossos muito provĆ”veis ancestrais.

Bom, nesse caso, em se tratando do Antonio Jose Moniz Barreto. Caso nĆ£o seja ele o nosso ancestral, e pode se-lo por alguma outra via, poderemos sim sermos descendentes das mesmas pessoas, apenas seguindo outras sequĆŖncias que ainda nĆ£o pudemos reconstituir.

Interessante foi que `a leitura do texto, pareceu-me que o professor Manuel Abranches de Soveral fez alusĆ£o ao fato do Frei JaboatĆ£o ter se enganado ao incluir dona Catharina como irmĆ£ das trĆŖs Ć³rfĆ£s, e destaca que foi sobrinha.

Ele alega para a correĆ§Ć£o, nĆ£o apenas o que esta escrito no “Pedatura Lusitana”, de autoria do AlĆ£o, mas tambĆ©m documentos comprovantes. O que chegou a convencer-me. Sem duvidas.

TambĆ©m alega que as filhas de Balthasar Lobo de Souza nĆ£o eram Ć³rfĆ£s, pois, o pai delas se encontrava vivo. Contudo, estava do outro lado do mundo. Em sua missĆ£o nas ƍndias, Goa, com sua segunda esposa e 10 filhos para cuidar.

Elas nĆ£o seriam Ć³rfĆ£s de todo. Apenas nĆ£o tinham mĆ£e e o pai era ausente. Mas ele faz mais algumas revelaƧƵes importantes. Tais como, eram mesmo 3 irmĆ£s:

01. Joana Barbosa Lobo c. c. Rodrigo de Argolo

02. Micia Lobo de MendonƧa c. c. Francisco Bicudo

03. Marta de Souza c. c. JoĆ£o GonƧalves Drummond

E com isso faz outra revelaĆ§Ć£o que passa a ser nosso prĆ³ximo esqueleto:

ESQUELETO GENEALOGICO VIII

01. Baltasar Lobo de Souza c. c. Joana Barbosa (?)

02. Marta de Souza c. c. JoĆ£o GonƧalves Drummond

03. Antonio de Souza Drummond c. c. Joana Barbosa

03. Melchior (Belchior) de Souza Drummond c. c. MĆ©cia de Armas

04. Catharina de Souza c. c. Eusebio Ferreira

05. Antonio Ferreira de Souza c. c. Antonia Barbalho Bezerra.

06. Tereza de Souza c. c. Jeronimo Moniz Barreto

Esses foram pais de duas das ancestrais do Antonio Jose Moniz Barreto:

01. D. Francisca Izabel Barreto de Menezes c. c. Francisco Moniz Barreto

02. D. Luiza Josefa de Menezes c. c. Antonio Galas da Silveira.

Abaixo, explicarei melhor que Joana Barbosa foi filha de Baltazar Barbosa de AraĆŗjo e dona Catarina Barbosa. Ou seja, era irmĆ£ da Francisca Barbosa, esposa do Felippe de Lemos. Esses estĆ£o no Esqueleto III, geraĆ§Ć£o 4.

O trabalho do professor Soveral trata mesmo da famĆ­lia Argolo. O que serĆ” Ćŗtil para o conhecimento da genealogia brasileira como um todo, inclusive com as preciosas informaƧƵes da procedĆŖncia dos tĆ­tulos de nobreza do ImpĆ©rio Brasileiro depois adquiridos pela descendĆŖncia.

Fica ai mais essa dica interessante pois ele informa que tais nobres descendiam nĆ£o apenas de uma das irmĆ£s, mas de duas: dona Joana e dona Marta e da sobrinha delas, Catarina.

Ou seja, nos seriam aparentados em duplo, caso sejamos descendentes de dona Marta e dona Catarina.

Ressalve-se que na descriĆ§Ć£o de ancestrais do numero 4. Paulo Argollo, deixa escrito que Antonia Bezerra, casada com Antonio Ferreira de Souza, foi filha de Luiz Bartolo e Maria Furtado.

NĆ£o sei dizer o que levou ao engano. Pode ter sido interferĆŖncia de outros dados no momento de escrever e `a revisĆ£o nĆ£o ter percebido. Mas esses seriam os nossos ancestrais, Luiz Barbalho Bezerra e Maria Furtado de MendonƧa.Ā Tem-se que rolar 2 bons dedos na tela do laptop para localizar-se esse engano.

Alias, nĆ£o foi por falta de literatura na qual basear-se. O casamento de Antonio Ferreira e Antonia Barbalho esta registrado tanto pelo Frei JaboatĆ£o quanto pelo “Pedatura Lusitana”, do AlĆ£o. Vou ate repetir aqui para facilitar para os leitores. Dona Antonia e Antonio estĆ£o no numero 4:

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pag. 343 Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā “BARBALHOS

  1. FernĆ£oĀ (A) Barbalho era natural de Entre Douro e Minho .. .. .. e teve:

2.Ā Antonio Barbalho

2. Luis Barbalho

2. Alvaro Barbalho

2. Antonio Barbalho filho 1o. este viveo no Porto aonde foi cidadĆ£o. Casou com ā€¦ā€¦ā€¦ e teve:

3. Antonio Barbalho

3. D. Guiomar ā€¦ā€¦ā€¦ā€¦ā€¦ā€¦ā€¦ā€¦.. m.er de Ignacio Cenarche de Noronha co. g.Ā Casou 2a. vez com D. Antonia Bezerra, ou Monteira, filha de Domingos Bezerra ā€¦ ā€¦ ā€¦ e houve:

3. Luis Barbalho Bezerra

3. Felippe Barbalho Bezerra

3. Antonio Barbalho filho 1o. deste viveo no Brazil ā€¦ ā€¦ ā€¦

3. Luis Barbalho Bezerra filho 2o. de Anto. Barbalho E o 1o. de

*******************************

(A) Os f.os deste FernĆ£o Barbalho erao primos de M.elĀ Fran.coĀ Barbalho e tiverao Capella em S.Ā Fran.coĀ do Porto. E o dito M.elĀ Fran.coĀ Barbalho foi pai de Clara Barbalho m.er de G.ar de Carvalho e forao pais de Jo. Lopes Barbalho fidalgo da casa delRei eĀ Com.orĀ de Sanfins de Nespereira e Mestre de Campo no Alentejo.

*******************************

Pag. 354

sua 2a. mulher n.2 foi insigne Soldado nas armas do Brazil: foi fidalgo da Casa delRei EĀ com.orĀ dos casaes na ordem de Christo. E Governador do Rio de Janeiro onde morreo.

Casou com D. Maria Furtado de M.Ƨa Ā filha de Fernandā€™Ayres Furtado E de sua m.er Cecilia Carreira E houve:

4. Guilherme Barbalho Bezerra

4. Agostinho Barbalho Bezerra

4. FernĆ£o Barbalho

4.Ā Fran.coĀ Monteiro Barbalho

4. Cosma Bezerra m.er deĀ Fran.coĀ de Negreiros Soeiro Sr. de hu engenho no Brazil

4. D. Antonia Bezerra m.er de Antonio Pereira de Sousa fo. de Eusebio Frra. Dromondo E de Cn.a de Sousa sua m.er.

4. D. Cecilia .. ā€¦ .. m.er de Anto. Barbosa Calheiros fo. de Io. Barbosa Calheiros em Vianna

4. D.Ā Fran.caĀ Furtada

4. Guilherme Barbalho Bezerra filho 1o. deste he Alcaide-mor de Serzipe delRei e tem a Comenda de seu pae. Casou com D. Anna Pereira fa. de D.os de Negreiros Soeiro Sr. de Engenho ā€¦ ā€¦ ā€¦ e teve

5. Luis Barbalho

5. Domingos Barbalho

Pag 355

4. Ago. Barbalho Bezerra fo. 2o. de Luis Barbalho Bezerra n.3 Foi correo-mor do Brazil ā€¦ā€¦

4. FernĆ£o Barbalho filho 3o. de Luis Barbalho Bezerra no. 3 Foi Vedor da Fazenda da India. Casou co D. Maria de Macedo m.er baixa.

4.Ā Fran.coĀ Monteiro Barbalho filho 4o. de Luis Barbalho Bezerra no. 3 Foi G.or da Fortaleza de S. Marcello na Bahia

3. Felippe Barbalho Bezerra filho 3o. de Antonio Barbalho no. 2 E o 2o. de sua m.erā€¦ā€¦..

2. Luis Barbalho filho 2o. de FernĆ£o Barbalho no. 1 servio na India ā€¦ā€¦ā€¦ e teve

3. D. ā€¦ ā€¦ ā€¦ m.er de D. Luis de Sousa ou da Sylva paes delRey de Maldiva tto. de gras.

2. Alvaro Barbalho filho 3o. de FernĆ£o Barbalho n. 1 Ā Casou no Brazil co ā€¦. ā€¦ ā€¦.ā€

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O prĆ³prio professor Manuel Abranches de Soveral haveria de convir que os tempos que aqueles escritores escreveram nĆ£o eram fĆ”ceis para esse tipo de trabalho. Imagine-se, vasculhar sĆ©culos de documentaĆ§Ć£o nĆ£o catalogada!

No caso do AlĆ£o, SoveralĀ bem mencionou que o irmĆ£o, Belchior de Souza Lobo, do Baltazar Lobo de Souza, e outros, nĆ£o foram mencionados. Ai acima, no titulo “BARBALHOS”, existem outros mistĆ©rios tambĆ©m.

Pelos nomes dos filhos, acredito que o Antonio Barbalho, filho de FernĆ£o Barbalho, deverĆ” serĀ o mesmo BrĆ”s Barbalho Feyo, tĆ£o frequente na literatura genealogia brasileira, surgindo desde Frei JaboatĆ£o ate Borges da Fonseca e, obviamente, todosĀ os mais recentes.

Caso contrario, o BrĆ”s poderĆ” ter sido um irmĆ£oĀ nĆ£o mencionado. E dai surgem outras confusƵes, tais como a de que o grande Luis Barbalho teria sido filho daquele Antonio. Os mesmos autores concordam que foi filho daĀ Camila Barbalho e alguĆ©m da FamĆ­lia Bezerra.

Atualmente se acredita queĀ o pai foi o Guilherme Bezerra Felpa de Barbuda. O que, pela regressĆ£o de datas, posso dizer que seja o candidato mais forte.

Na verdade, eu nĆ£o desejava ter extendido tanto esse capitulo de meus estudos. A intenĆ§Ć£o era a de resumir o que ja sabia, concentrando-o nos esqueletos que penso ser melhor explicativos. Mas a menĆ§Ć£o a que Baltazar seria sextoneto do Pedro I e dona Ines de Castro acabou incitando minha curiosidade.

Porem ha ai outro engano no trabalho do professor Soveral. Tive que buscar em outras fontes para esclarecer. Ele postou que D. JoĆ£o Fernandes de Andeiro teria sido filho do Infante D. JoĆ£o, filho de Pedro e Ines.

Na verdade foi o Pedro da Guerra quem era, como esta no esqueleto. Dona Teresa Anes de Andeiro, esposa do Pedro, era filha do JoĆ£o Andeiro e sua esposa Maior Fernandes de Moscoso, que tinha antes sido viuva de FernĆ£o Bezerra.

Assim fica explicado o quĆ£o pequeno foi aquele mundo no qual nossos antepassados viviam. Ela ja era nossa ancestral via o lado Bezerra da famĆ­lia. Porem, com o primeiro marido. Agora as vezes podem multiplicar-se. E muito! Alem disso, descendia de D. Teresa de Leon e Henri de Borgonha.

A informaĆ§Ć£o de que podemos ser descendentes do Pedro e Ines de Castro Ć© realmente nova para mim. Ate hoje eu havia encontrado no mĆ”ximo ao rei D. Diniz como nosso ancestral. Assim, a gente fica descendente de praticamente toda a Dinastia Afonsina.

Nesse caso, faltaria completar com o D. Sancho II, rei de direito, porem, deposto por desagradar `a Igreja CatĆ³lica. Entrando no lugar dele o seu irmĆ£o, Afonso III.

E aqui temos um entroncamento interessante. Antes ha que nos lembrarmos que o rei D. Afonso IV foi quem ordenou a morte da rainha D. Ines de Castro. Ela e outros castelhanos que estavam em Portugal estavam ficando influentes demais junto ao prĆ­ncipe herdeiro Pedro.

E como Pedro abandonou a rainha de direito ConstanƧa Manuel, em favor do amor por Ines, pensava o rei e sua corte ser melhor mata-la para evitar uma guerra com os espanhĆ³is.

Os executores foram: Alvaro GonƧalves, Diogo Lopes Pacheco e PeroĀ Coelho. Houve praticamente uma revoluĆ§Ć£o. Mas os nervos foram acalmados e Pedro prometeu nĆ£o vingar depois que subisse ao trono. E a primeira coisa que fez foi quebrar a promessa, mandando executar seus desafetos.

Pedro I foi pai do rei de direito: Fernando I. Contudo esse nĆ£o teve filhos do sexo masculino para ocupar o trono. A filha tornou-se esposa do rei de Castela. EntĆ£o, com o falecimento de Fernando I, o rei JoĆ£o I de Castela invadiu Portugal.

As cortes em Coimbra ja haviam decidido que o rei seriaĀ JoĆ£o I, o Mestre de Avis, que ocuparia o trono. Esse JoĆ£o, Infante de Portugal, era filho do mesmo Pedro I, porem, extraconjugal.

De toda forma houve a guerra. Os portugueses derrotaram os castelhanos na Batalha de Aljubarrota. Mesmo com menor numero de pessoas nas forƧas militares. As tĆ”ticas de guerra usadas pelos portugueses ajudados por ingleses foi superior. Os espanhĆ³is contavam com ajuda dos aragoneses e franceses.

Decidido quem ficaria no trono e que Portugal permaneceria independente, a vida continuou. O grande general da Ć©poca, D. Nuno Alvares Pereira, atualmente, Santo Nun’Alvares, tinha uma filha. Chamava-se Beatriz Pereira Alvim.

D. Nuno foi casado com Leonor Alvim. Essa era filha de primos: JoĆ£o Pires de Alvim e dona Branca Pires Coelho. Ambos descendiam do D. Egas Moniz, o Aio.

D. Beatriz Pereira Alvim, alem de ser filha Ćŗnica do D. Nuno, acabou casando-se com D. Afonso, filho do rei D. JoĆ£o I, de Portugal, e Ines Pires Esteves. Esse D. Afonso foi o primeiro Duque de BraganƧa. E do casal descende a Casa de BraganƧa.

Assim seguiram as duas linhagens. A que seguiu a Dinastia de Avis, se extinguiu em 1580, com o rei Felipe I da Espanha tomando a coroa de Portugal.

A Reconquista se deu a partir de 1640, com o restabelecimento da coroa portuguesa e a coroaĆ§Ć£o de D. JoĆ£o IV, que entĆ£o era o herdeiro do ducado de BraganƧa.

Assim se mostra que podemos nĆ£o ser descendentes de outros reis portuguesesĀ mais recentes, porem, todos os reis de Portugal e Brasil que existiram depois descenderam de mesmos ancestrais que nos.

E quando digo nos, estou referindo-me a boa quantidade da populaĆ§Ć£o brasileira. Imagine-se apenas os fatos. As 3 filhas e a neta do Baltazar Lobo de Souza devem ser ascendentes de milhƵes.

E, logicamente, nĆ£o devem ter elas sido as Ćŗnicas descendentes a se mudarem para o Brasil `a Ć©poca. Pedro governou apenas 10 anos, 1357 a 1367. Teve 6 filhos que chegaram `a idade adulta. Praticamente 200 anos apĆ³s seu governo foiĀ que elas foram para o Brasil.

200 anos era suficiente para que tivesse alguns milhares de descendentes, os quais nem todos estavam em situaĆ§Ć£o financeira melhor, portanto, ir para o Brasil era o sonho de “fazer a America”.

Apesar de que, somente o Baltazar Lobo de Souza estava com 10 filhos vivendo nas ƍndias. Ha que se pensar nisso tambĆ©m. Podemos ter milhares, senĆ£o milhƵes, de familiares indianos sem o sabermos.

Diga-se de passagem, alem desses que estavam por la, haviam outros irmĆ£os do Baltazar. E, provavelmente, outros parentes andavam `as voltas.

Alem deles, temos a noticia no texto do AlĆ£o que antes havia ido para as ƍndias: o Luis Barbalho, filho de FernĆ£o Barbalho. Ao depois foi para la tambĆ©m o FernĆ£o Barbalho Bezerra, filho do governador Luiz.

O que falta saber serĆ” se toda essa gente deixou descendĆŖncia e se ela permaneceu no Oriente. Se ficou, devemos ter um parentesco relativamente prĆ³ximo com, pelo menos, as gentes de Goa.

Em resumo, teremos parentesco obrigatĆ³rio com as pessoas dos tĆ­tulos descritos pelo Frei JaboatĆ£o:

01. 42 Albuquerques MaranhƵes na Bahia (1)

01. 77Ā Bicudo

02. 84Ā Caramurus na Bahia

03. 111Ā Britos Freires com Caramurus na Bahia

04. 135Ā AraĆŗjos e Barbosas

05. 138 Caramurus

06. 140 Adornos e Caxoeira

07. 144 Monizes Barretos na Bahia

08. 146 Alomba

09. 160 Ulhoa

10. 174 Telles (2)

11. 177 Argollos

12. 180 Argollo Ribeiro

13. 182 Araujo, Barboza

14. 182 Argolos e Pereiras

15. 202 Torres

16. 203 Barros e MagalhĆ£es na Bahia

17. 211 Barros, Lobo e Velho

18. 212 Moreiras do Socorro (3)

19. 217 Cunha e Severin

20. 219 Pereiras Soares de Paripe

21. 224 Amorim, Barboza

22. 226 Pereiras de Paripe

23. 238 Ā Vaz, etc

24. 242 Florianos na Bahia (4)

25. 243 Barros da FranƧa na Bahia

26. 274 Parui, Brito e Lobo (5)

27. 276 Britos e Castros

28. 279 Castros, Freires, Souzas e Tavoras

29. 281 Souzas de Andrade (6)

30. 308 Negreiros de Sergipe do Conde

31. 310 Barbalhos

32. 313 Ferreiras e Souzas

33. 372 Monizes do Socorro e Fiuzas

34. 382 Monteiros

35. 385 Rocha, Sa e Soutomaior (7)

35. 386 Maciel e Sa

36. 392 Brito CassĆ£o

37. 395 Dormondo (Drummond) (8)

38. 407 Subtil e Siqueira

39. 427 Bravo (9)

40. 454 Paredes na Bahia (10)

41. 468 Palha

(1) A famĆ­lia “Albuquerques MaranhƵes na Bahia” entra em nosso ramo de parentela nĆ£o por ser nossa ancestral mas por possuir ancestral que compartilhamos desde seu inicio.

Essa familia comeƧa com Jeronimo de Albuquerque, o Torto,Ā filho do Jeronimo de Albuquerque, o AdĆ£o de Pernambuco, e de sua companheira, a indĆ­gena D. Maria do Espirito Santo Arcoverde. O Torto ajudou a conquistar o Rio Grande e foi seu primeiro governador.

Foi casado com D. Catharina Pinheiro Feio. Essa foi filha de Antonio Pinheiro Feio, reinol, e de sua esposa, D. Leonor Tavares de Guardes.

Ela foi filha do senhor do engenho de SĆ£o Paulo da VĆ”rzea do Capibaribe, Francisco Carvalho de Andrade e sua esposa Maria Tavares de Guardes.

Esses foramĀ tambĆ©mĀ pais de dona Ignez de Guardes, esposa do instituidor do riquĆ­ssimo morgado do Cabo de Santo Agostinho, JoĆ£o Paes Barreto.

Era tambĆ©m irmĆ£ das anteriores, Maria ou Catharina Tavares de Guardes, que foi a esposa de BrĆ”s Barbalho Feyo, que foram os avos do Luiz Barbalho Bezerra, via Camilla Barbalho.

Diga-se de passagem, nos, BarbalhoĀ em Minas Gerais, terĆ­amos parentesco com todos os Albuquerques ja, pelo menos, pelo lado de Martim Afonso de Sousa, primeiro Governador Geral do Brasil.

Esse foi filho de Lopo de Sousa e D. Brites de Albuquerque. Que nĆ£o se trata da mesma que casou-se com Duarte Coelho.

(2) Ha ai um parentesco colateral, pois, Rafael Telles, o patriarca, casou-se segunda vez com Micia de Armas, que era viuva de Belchior de Souza Drummond (Dormondo). Eles estĆ£o do Esqueleto VIII como nossosĀ ancestrais.

(3) Outra vez, parentesco por via do tronco que gerou Martim Afonso de Sousa.

(4) O parentesco com esses esta indefinido mas deles ha os Corte Real que se misturaram com os Moniz Barreto. Na sequencia, Barros da Franca na Bahia, entram descendentes de donas Cosma e Antonia Barbalho Bezerra.

(5) Nosso parentesco se da com D. Joana de Argolo, esposa do dr. SebastiĆ£o Parui de Brito. Britos e Castros Ć© sequencia do anterior. O mesmo se da com o 28.

(6) Parentesco por aproximaĆ§Ć£o. D. Maria Furtado Barbalho casou-se com Nicolau de Souza de Andrade, porem, nĆ£o tiveram filhos.

(7) Familia que comeƧa em Diogo da Rocha de Sa, que casou-se com Ignez Barreto, filha de Egas Moniz Barreto e irma de Duarte Moniz Barreto. Sequencia em Maciel e Sa. Segue em Brito CassĆ£o.

(8) Os Drummond da Bahia,Ā nesse caso, se mostram nossos duplo parentes porque descendem simultaneamente dos casais: JoĆ£o GonƧalvesĀ Drummond e sua esposa dona Marta de Souza; e de Baltazar Barboza de AraĆŗjo e sua esposa Catarina Alvares, filha de Caramuru e ParaguaƧu.

O primeiro casal foi pai de Antonio de Souza Drummond e o segundoĀ de D. Joana Barbosa que se casaram e foram pais do Melchior (Belchior) de Souza Drummond que casou-se com Micia de Armas, filha de Luiz de Armas e sua esposa Catarina Jacques.

Antonio, que nasceu em IlhƩus, e Micia foram os pais da Catharina de Souza, esposa do Antonio Ferreira, sendo esses os pais do Antonio Ferreira, marido da Antonia Barbalho Bezerra. Como esta no esqueleto acima (VIII).

Alias, aqui acrescenta-se essa segunda descendĆŖncia nos ancestrais: Caramuru e Guaimbim-Para (ParaguaƧu).

(9) ComeƧa em Antonio Bravo, natural do Porto. Quase certamente serƔ parente de Miguel Gomes Bravo, tambƩm do Porto, nosso ancestral no Rio de Janeiro.

(10) ComeƧa em JoĆ£o Paredes da Costa que casou-se com D. Paula de Barros, filha de Gaspar de Barros de MagalhĆ£es e D. Catharina Lobo, possivelmente, nossos ancestrais.

As 41 familias acima citadas sĆ£o aquelas das quais descenderĆ­amos diretamente ou suas raizes descendem das mesmas pessoas que nos. Isso nĆ£o significa que as outras nĆ£o possuam semelhante vinculo.

O que fica gravado ai Ć© que as outras, nĆ£o relacionadas por mim, tem ou terĆ£o vĆ­nculos apĆ³s o tempo do Frei JaboatĆ£o (1695 – 1779). Lembrando que ele concluiu seu trabalho genealĆ³gico em 1770.

A partir disso, teremos apenas o trabalho de encontrar quem foram os pais de nosso ancestral Antonio Jose Moniz, ou se ele assinava o Barreto tambƩm, para transformar esse estudo em nossa genealogia.

Por enquanto tudo isso, apesar da trabalheira, Ć© apenas especulaĆ§Ć£o.

Apenas como uma observaĆ§Ć£o. Ja recebi opiniĆ£o de que isso de estudar mais profundamente nossa genealogia nĆ£o ajuda em nada. Afinal, por que quer-se saber de defuntos tĆ£o distantes?!!!

A verdade Ć© queĀ quem ja passou, e deixou herdeiro, nĆ£o esta morto. Nossos antepassados vivem em nos. Quem tem aquela opiniĆ£o teria razĆ£o num ponto:

Temos uma relaĆ§Ć£o de descendĆŖncia com nossos pais de 50%. Ou seja, a metade de cada um vive em nos. 25% Ć© a cota de nossos avĆ³s. 12.5% de nossos bisavĆ³s. 6.25% de nossos trisavĆ³s. 3.125% de nossos tetravĆ³s. e + ou – 1.56% de nossos pentavĆ³s.

Realmente. Dai para frente seria quase que uma bobagem pensar em grau de parentesco, pois, essa serĆ” uma porcentagem prĆ³xima `aquela que o ser humano possui com seus primos mais prĆ³ximos, os chimpanzĆ©s. EntĆ£o, para que saber mais?!

Acontece que hĆ£o outros detalhes. Vamos tomar como exemplo as vezes possĆ­veis que descenderĆ­amos do Baltazar Barbosa de Souza. Ele foi pai da dona Marta e avo da dona Catarina.

Na sequencia, temos as duas personagens:

01. D. Francisca Izabel Barreto de Menezes c. c. Francisco Moniz Barreto

02. D. Luiza Josefa de Menezes c. c. Antonio Galas da Silveira.

Ambas foram avĆ³s do Antonio Jose Moniz Barreto. Cada uma delas foi 2 vezes descendentes do Baltazar, portanto, o Antonio Jose foi 4 vezes descendente dele.

Agora, apenas caso o nosso pentavƓ Antonio Jose Moniz tenha sido a mesma pessoa, nos sabemos ser 5 vezes pentanetos e uma vez sextonetos dele. Ao todo 6. E multiplicando 6 X 4, temos o resultado de 24 vezes descendentes do Baltazar.

Ainda assim torna-se pouco, devido a distancia que ha entre ele e nos. O problema Ć© nĆ£o sabermos a origem da Manoela do Espirito Santo, a esposa do Antonio Jose, nosso ancestral. E se ela for baiana tambĆ©m?

Dela, nĆ£o temos noticias mas sabemos que temos pelo menos outra ancestral baiana, cujo nome foi Teresa (Fiuza) de Jesus, esposa do sargento-mor Domingos Barbosa Moreira. Vejam ai a repetiĆ§Ć£o do sobrenome Barbosa.

Ja ate nĆ£o importa tanto buscar mais. 24 vezes em tal espaƧo de tempo ja nos da quase um grau de pentavĆ“. Nesse caso, justifica-se a busca de ancestrais mais antigos, pois, na verdade nĆ£o sĆ£o tĆ£o distantes quanto imagina a nossa vĆ£ filosofia!

Mais ainda, justifica-se saber quem foram os pouco mais antigos que o Baltazar. Isso porque, esses deverĆ£o ser nossos ancestrais nĆ£o apenas as possĆ­veis 24 vezes que o Baltazar deverĆ” ser.

Eles deverĆ£o ser os mesmos ancestrais de nossos ancestrais intermediĆ”rios, cujos sangues chegaram ate a nos por outras linhagens.

Assim, embora mais antigos que o Baltazar, podem ser ate nossos parentes mais prĆ³ximos. Essa ja seria uma boa justificativa. Mas, como se dizia antigamente, “o saber nĆ£o ocupa lugar”!

Agora, imaginem o prazer que daria a uma crianƧa atual, descobrindo os primeiros capĆ­tulos da Historia Universal, ao mesmo tempo podendo ter em mĆ£os uma genealogia que mostre que os ilustres personagens sĆ£o seus ancestrais ou terem algum grau de parentesco com ela!

Acredito que tal alegria nĆ£o teria preƧo!!!

 

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009. GENEALOGIA DE ANTONIO JOSE MONIZ BARRETO:Ā UM POUCO DO CONTEƚDO DA “REVISTA TRIMENSAL DO INSTITUTO HISTORICO E GEOGRAPHICO BRAZILEIRO”

INDICE

01. INTRODUCAO

02. EXTRATOS DA REVISTA

03. PRIMEIROS COMENTARIOS

04. ESQUELETOS GENEALOGICOS

05. BUSCANDO ANCESTRAIS DO ANTONIO JOSE MONIZ

06. ANTEPASSADOS E FAMILIARES DO ANTONIO JOSE

07.Ā O QUE QUE A BAIANA TEM? OS QUINDINS DE IAIA!!!

08.Ā CONSIDERAƇƕESĀ A RESPEITO DE MAIS PARENTESCOS

09. UM POUCO DA DESCENDENCIA DA DONA COSMA BARBALHO

10. ANTONIO BARBALHO PINTO, NOSSO QUASEĀ ANCESTRAL!

11. CONCLUSOESĀ 

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01. INTRODUCAO

Sim, a grafiaĀ Ć© essa mesma. Trata-se do exemplar numero 52, parte I, que foi publicada em 1889.

O engraƧado, ou nota de alegria, foi que estava procurando ver se encontrava dados paternos do Gaspar de Souza Barbalho, ancestral da amiga Perlya, e encontrei algo que pode ser de grande importĆ¢ncia para a genealogia do nosso ramo.

Na verdade, a publicaĆ§Ć£o naquela revista poderia levar o nome de “Nobiliarquia Baiana”. Trata-se de estudo que abrange diversas famĆ­lias nobres. Registra pessoas que chegaram desde a implantaĆ§Ć£o da Capitania ate `as ultimas dĆ©cadas do sĆ©culo XVIII (1770).Ā Os dadosĀ sĆ£oĀ deĀ Ć©poca. A publicaĆ§Ć£o em 1889 foi umaĀ reproduĆ§Ć£o.

`A medida que outrasĀ famĆ­liasĀ vĆ£o chegando, ali se casam com a nobreza da terra, somando sangues de outras paragens portuguesas e brasileiras. Isso se da com aĀ FamĆ­lia Barbalho.

Chegada em Pernambuco desde os tempos doĀ capitĆ£o-mor Duarte Coelho, foge para a Bahia devido aos conflitos com os holandeses. Em 1638, o governador Luiz Barbalho Bezerra e sua esposa Maria Furtado deĀ MendonƧa se instalam na,Ā entĆ£o, capital daĀ colĆ“nia, SĆ£o Salvador.

Em 1643 ele e parte daĀ famĆ­lia se transferem para o Rio de Janeiro para assumir o cargo de governador daquelaĀ provĆ­ncia. Porem deixa na Bahia duas filhas eĀ trĆŖs filhos. D. Cosma, D. Antonia, Guilherme,Ā FernĆ£o e Francisco Monteiro.

Somente recentemente,Ā atravĆ©s do livro “Pedatura Lusitana”, tomei conhecimento que oĀ FernĆ£o foi casado. Mas ele, mais tarde foi transferido para Goa, onde exerceu aĀ funĆ§Ć£o de vedor, eĀ nĆ£o temos noticias deĀ descendĆŖncia.

HaĀ tambĆ©m aĀ menĆ§Ć£o a Francisca Furtada. Os dados que tinha mencionavam 10 o total de filhos do governador e sua esposa. Por meus estudos, ateĀ entĆ£o, havia encontrado 9. Agora se completam com Cecilia, Agostinho, Antonio e Jeronimo.

Guilherme transferiu-se para SĆ£oĀ CristĆ³vĆ£o, antiga capital de Sergipe, na qual foi alcaide-mor. Depois passou aĀ alcaidaria para o filho Domingos. Acredito que Guilherme tenha assumido a governadoria por 2 ou 3 anosĀ tambĆ©m.

Por enquantoĀ nĆ£oĀ descobrimos o estado civil do Francisco Monteiro. Sabe-se que foiĀ capitĆ£o do Forte de Nossa Senhora daĀ ConceiĆ§Ć£o do Populo, ou Forte de SĆ£oĀ Marcelo. Esse forte fica dentro da Bahia de Todos os Santos e Ć© um dosĀ Ćŗnicos com arquitetura circular no Brasil. Por histĆ³rico, Ć©Ā atraĆ§Ć£oĀ turĆ­stica.

Francisco Monteiro aposentou-se em 1704, com pouco mais de 24 anos deĀ serviƧo. Devia estar com mais de 60 anos de idade. Portando, se teve filhos em sua juventude poderia estar tornando-se bisavĆ“.

Acredito que o autor do estudo preferiuĀ nĆ£o fazer um capitulo dedicado `aĀ descendĆŖncia Barbalho justamente por ela ter chegado depois. Ou seja, eleĀ expƵe um inicio entre as paginas 310 a 312.

AsĀ sequĆŖncias daĀ descendĆŖnciaĀ esta dispersa nosĀ vĆ”riosĀ capĆ­tulos nos quais ela se casou. Assim, `a pagina 308 iniciara-se os “NEGREIROS DE SERGIPE DO CONDE”, no qual dona Cosma e Guilherme se casaram.

Os “FERREIRAS E SOUZAS” iniciam a partir da pagina 313. Nesse capitulo temos parte daĀ descendĆŖncia de dona Antonia e seu marido Antonio Pereira de Souza. Ali temos que:

ANTONIO PEREIRA DE SOUZA c.c. ANTONIA BARBALHO BEZERRA, pais de:

01. D. Ignez Barbalho Bezerra c.c. Egas Moniz Barreto

02. D. Thereza de Souza c.c. Jeronimo Moniz Barreto

03. D. Catharina de Souza c.c. Rafael Soares de Franca

04. D. Maria Furtado de Souza c.c. Nicolao de Souza de Andrade

05. Euzebio Ferreira, falecidoĀ crianƧa.

06. D. Francisca Barbalho c.c. Diogo de Sa Soto-maior.

Cada um desses casais aparece nos respectivosĀ capĆ­tulos nos quais os sobrenomes dasĀ famĆ­lias dos maridos Ć© estudado. Somente o Egas encontra-se no capitulo MONIZES BARRETO, a partir daĀ pagina 144.

OĀ irmĆ£o dele, Jeronimo Moniz Barreto, esta separado, aparecendo a partir da pagina 372, no capitulo MONIZES DO SOCORRO E FIUZAS. Somente o encontrei porque interessei-me em verificar osĀ FiĆŗzas, pois, temos ancestrais com o sobrenome.

D. Maria Furtado de Souza foi a unica dasĀ irmĆ£sĀ queĀ nĆ£o teve filhos.

Penso ser melhor copiar os trechos da revista que interessaram-me anotar de imediato. Assim seĀ poderĆ” verificar algo daĀ evoluĆ§Ć£o daĀ famĆ­lia e depois mostro meusĀ comentĆ”rios. SegueĀ entĆ£o:

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02. EXTRATOS DA REVISTA

Pag. 313.

Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  “FERREIRAS DE SOUZAS

Euzebio Ferreira, natural de Porto-Santo na ilha da Madeira do reino de Portugal, filho deĀ LeĆ£o Ferreira passou `a Bahia, e n’ellaĀ cazou com D. Catharina de Souza (1), filha de Melchior de SouzaĀ Dormondo e de sua mulher Catarina Jacques. De Euzebio Ferreira e sua mulher D. Catarina de Souza foram filhos:

(1) cazaram na Se a 13 de Maio de 1603, em caza, que os recebeu o coadjutor Antonio Viegas; testemunhasĀ ChristĆ³vĆ£oĀ de Aguiar e Melchior de Sa. E faleceu ao 1o. de Novembro de 1636.

D. Catarina sua mulher faleceu a 21 de Agosto de 1649, sepultada no Carmo.”

Pag. 314

N. 5. Antonio Pereira de Souza, filho de Euzebio Ferreira e de sua mulher D. Catharina de Souza,Ā cazou com D. Antonia Bezerra (2), filha do mestre de campo Luiz Barbalho, o velho, a fl…, batizada na capela do Nome de Jezus do Socorro a 27 de Agosto de 1656, e teve filhos:” (acima)

Cont. “14. D. Ignez Barbalho Bezerra, que casou com o coronel Egas Moniz Barreto, irmĆ£o de D. Victoria de Menezes, filha esta de Francisco Moniz de Menezes, a fl…. n.4.”

A data do batismo esta fora de lugar, pois, o casamento se deu em 1642. Possivelmente seria,Ā entĆ£o, de 1626. Para melhor acompanhar os dados, resolvi retornar `a pagina 144 e verificar o inicio do titulo MONIZES BARRETOS NA BAHIA.

Antes, nao busquei ainda os dados da ancestral de D. Catharina de Souza, que pode tambƩm ter sido nossa ancestral.

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COMPLEMENTO INTERESSANTE ACRESCIDO A ESCRITA:

“GENEALOGIAS DA ZONA DO CARMO – TITULO LV

DRUMONDS (de Itabira)

– O capitĆ£o Antonio Carvalho Drumond e sua mulher InĆ”cia Micaela de Freitas Henriques, nascidos e batizados na freguesia da se do Funchal, na ilha da Madeira, sĆ£o os troncos dos Drumond de Itabira em Minas, os quais tem larga ramificaĆ§Ć£o na zona do Carmo. Os primitivos Drumonds (Dormundos) fixaram-se em SĆ£o Miguel do Piracicaba.”

NOTAS NO RODAPE:

3. “Ha farta bibliografia sobre a familia Drumond, cujos troncos escoceses se fixaram na Madeira: Consultem-se as coleƧƵes da revista do Instituto GenealĆ³gico Brasileiro.”

4. “Na Nobiliarchia Pernambucana de Antonio Jose Victoriano Borges da Fonseca, vol II – 253 (ediĆ§Ć£o da Biblioteca Nacional 1935), ha noticia de Leandro Teixeira Escocia de Drumond, Juliana de Drumond, Manuel Escocia de Drumond, Carlos Maria de Drumond e outros.”

5. “TambĆ©m, no Catalogo GenealĆ³gico de JaboatĆ£o (ediĆ§Ć£o da revista do Instituto HistĆ³rico), pag. 395, ha um titulo Dormondo que comeƧa: “Antonio de Souza Dormondo, natural do Brazil, capitania dos Ilheos, era filho de JoĆ£o GonƧalves Dormondo, da ilha da Madeira, da ilustre famĆ­lia dos Dormondos, e fidalgo, e de sua mulher D. Marta de Souza ….”

Penso ser informaĆ§Ć£o de grande importĆ¢ncia, pois, ai se informa que a famĆ­lia Drummond procede da EscĆ³cia; ja desde o perĆ­odo colonial houveram esses diversos ramos imigrantes no Brasil e, especialmente, nos podemos descender do Melchior de Souza Drummond, portanto, outra vez aparentados do poeta itabirano Carlos Drummond de Andrade.

Ha pouco tempo um de nossos primos fez exame de DNA. Em nossa famĆ­lia ha uma certa incidĆŖncia de ruivos sardentinhos.

O exame dele, a meu ver, deu uma incidĆŖncia elevada de porcentagem com origem no Reino Unido porque ate agora nĆ£o havia encontrado ancestrais relativamente recentes como esses com essa origem.

Talvez essa informaĆ§Ć£o agora feche essas contas. E tambĆ©m nos da uma grande evidencia de que, enfim, o nosso ANTƔNIO JOSE MONIZ foi encontrado com sua devida ascendĆŖncia. Temos agora que ver o que nos falam os documentos dele, quando os encontrarmos.

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Pag. 144

Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā “MONIZES BARRETOS NA BAHIA

Egas Moniz Barreto, natural da Ilha Terceira, etc, filho de Guilherme Moniz e sua mulher. Foi morgado, neto deĀ SebastiĆ£o Moniz,Ā tambĆ©m Morgado, e de sua mulher D. Joanna da Silva, filha deĀ GonƧalo da Silva, regedor deĀ JustiƧa de Lisboa, e bisneto de Guilherme Moniz Barreto, alcaide-mor de Silves, e de sua segunda mulher D. Ignez, filha deĀ GonƧalo Nunes Barreto, alcaide-mor de Faro, do qual Guilherme Moniz Barreto, foi mulher D. Joanna da Costa Corte-Real, filha de Joao Vaz da Costa Corte-Real, terceiro-neto de Henrique Moniz, quarto-neto de Vasco Martim Moniz; foi este dito Egas Moniz Barreto o primeiro, que veio `a Bahia no tempo em que so havia a Villa-Velha eĀ povoaĆ§Ć£o do Pereira junto `a Victoria.

Foi cazado na mesma Ilha Terceira com D. Maria da Silveira, de quem teveĀ trez filhos abaixo nomeados; sendo certo que seĀ cazou com D. Anna como consta no assento do seu enterro, que diz assim: Faleceu Egas Moniz Barreto a 4 de Novembro de [PAG. 145] 1582, sepultado em Nossa Senhora da Ajuda, Testamenteira sua mulher D. Anna, a qual por outro assento consta faleceu a 4 de Setembro de 1596. Testamenteiro seu filho Duarte Moniz, sepultada em Nossa Senhora da Ajuda.

Nem se deve dizer, que na BahiaĀ cazou segunda vez este Egas Moniz com outra mulher chamada D. Anna; porque a ser assim,Ā nĆ£o diria o tal assento do seu enterro, que fora testamenteiro seu filho Duarte Moniz; porque diz Cordeiro (1) no lugar citado, com os outros filhos de D. Maria da Silveira, podendo ser erro da escrita o por D. Maria, em lugar de D. Anna Soares, como se acha no seu testamento feito a 3 de Novembro de 1595. Faleceu a 4 de Setembro de 1596. Sepultada em Nossa Senhora da Ajuda pois o assento doĀ Ć³bito Ć© manifesto. Foram filhos os seguintes:

Ā  Ā  Ā  Ā 1. Duarte Moniz Barreto, que se segue;

Ā  Ā  Ā  Ā 2. Henrique Moniz Barreto, ou Telles, abaixo

Ā  Ā  Ā  Ā 3. Jeronimo Moniz Barreto, ou Telles, adiante

Ā  Ā  Ā  Ā 4. Diogo Moniz Barreto, e D. Ignez Barreto a fl…., mulher de Diogo da Rocha de Sa, a fl….”

PAG. 161

‘N 3 – Jeronimo Moniz Barreto (2) filho terceiro de Egas Barreto, a fl…, e de sua mulher D. Maria da Silveira ou D. Anna, como ja ai fica anotado, passou `a Bahia com seu pai eĀ irmĆ£os, e aliĀ cazou duas vezes, a primeira com D. Micia Lobo deĀ MendonƧa, filha de Francisco Bicudo e de sua primeira Mulher D. Micia

……………………………..

(1) Cordeiro, pag. 313

Lobo deĀ MendonƧa, a fl…, uma das 3Ā irmans orfans, que mandou a rainha D. Catharina paraĀ cazarem, com as pessoasĀ principaes, como ja se tem dito; e della teve filhos:

Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  1. Egas Moniz Barreto, que se segue …”

PAG. 162

“N 1 – Egas Moniz Barreto (1) filho primeiro de Jeronimo Moniz Barreto e de sua primeira mulher D. Micia Lobo de MendonƧa, cazou trez vezes, a primeira com D. Agueda de Lemos, irman de sua madrasta D. Izabel de Lemos, acima, e a fl…., n.5, e dela teve filho:

5. Francisco Barreto de Menezes, que se segue. Batizado em Paripe a 6 de Julho de 1602 ….

……………………………………………………..

N 5 Francisco Barreto de Menezes, fidalgo escudeiro, filho de Egas Moniz, n.1, e de sua primeira mulher Agueda de Lemos, cazou com D. Izabel de AragĆ£o filha de Melchior de AragĆ£o (2) e de sua mulher Maria Dias e teve filhos. Faleceu D. Izabel de AragĆ£o a 19 de Maio de 1674, ja viuva. Sepultada em S. Francisco.

12. Egas Moniz Barreto, que se segue. Batizado na Se a 22 de Agosto de 1646.”

……………………………………………………………………………………..

PAG. 163

N 12 – Egas Moniz Barreto, filho de Francisco Barreto de Menezes, n.5, foi coronel escudeiro fidalgo, cazou com D. Ignez Barbalho Bezerra, filha de Antonio Ferreira de Souza e de sua mulher D. Antonia, filha de Luiz Barbalho, a fl…, n.4, como consta do livro de cazamentos na Capella do Bom Jezus, a 8 de Janeiro de 1698, e teve filhos:

15. Antonio Ferreira de Souza, que segue”

……………………………………………………………………..

“N 15 – Antonio Ferreira de Souza, filho do coronel Egas Moniz Barreto, n 12, foi escudeiro fidalgo, como seu pai, e senhor do engenho de Mataripe, cazou com D. Izabel*, filha de seu tio Diogo Moniz, o Gordo, e teve filhos:

20. Antonio Ferreira de Souza, sem geraĆ§Ć£o.

21. Egas Carlos de Souza Menezes, adiante

………………………………………………………………………..

PAG. 165

N. 21 – Egas Carlos de Souza de Menezes, filho de Antonio Ferreira de Souza, n. 15, e de sua mulher D. Izabel, cazou com D. Maria Francisca da ConceiĆ§Ć£o, filha de Antonio Machado Velho, a fl…. n.9, e de sua mulher D. Antonia Maria de Menezes, e teve filhos:

32. Antonio Moniz de Souza Barreto, que se segue

N.32 – Antonio Moniz de Souza, filho de Egas Carlos de Souza de [PAG. 166] Menezes, n.Ā 21, tem o foro de Fidalgo cavaleiro, como tem seu pai, com 1$500 de moradia e um alqueire de cevada por dia, por alvara de el-rei, de 30 de Maio de 1768. Cazou com D. Luiza Francisca Severina (1) filha de Luiz Coelho Ferreira, cavaleiro professo da Ordem de Christo, e mercador na praƧa da Bahia, e de sua mulher D. Maria Dias do Vale.”

…………………………………………………………………………..

Acrescente-se o que vai abaixo que ainda nĆ£o podia ser anotado pelo autor por ainda ser futuro `a sua Ć©poca.

“Antonio Moniz Barreto de Souza e AragĆ£o c.c. Luiza Francisca Zeferina Coelho Ferreira, pais de:

I. Jose Joaquim Moniz Barreto de AragĆ£o, 1o. barĆ£o de Itapororoca, c.c. Josefa Joaquina Gomes FerrĆ£o de Castelo-Branco, pais de:

IĀ a. Maria Amalia FerrĆ£o Moniz Barreto de AragĆ£o c.c. Frutuoso Vicente Viana, 2o. barĆ£o de Rio de Contas.

I.b Emilia Augusta FerrĆ£o Moniz Barreto de AragĆ£o c.c. Joaquim Inacio de AragĆ£o BulcĆ£o, 1o. barĆ£o de Matuim.

II. Salvador Moniz Barreto de AragĆ£o e Menezes, 1o. barĆ£o de Paraguassu c.c. Teresa Clara do Nascimento Viana, pais de:

II a. Francisco Moniz Barreto de AragĆ£o, 2o. barĆ£o de Paraguassu (sem sucessĆ£oĀ )

II b. Pedro Moniz Barreto de AragĆ£o, 1o. barĆ£o de Rio de Contas c.c. Maria Joaquina de AragĆ£o BulcĆ£o (+ Carlota Lirio Ratton), pais de:

II b 1. Salvador Antonio Moniz Barreto de AragĆ£o c.c. Maria Bernardina de Lima e Silva (sobrinha do duque de Caxias), filha de Jose Joaquim de Lima e Silva Sobrinho, 1o. conde de Tocantins e de Maria Balbina da Fonseca Costa.

III Manuel InĆ”cio Moniz Barreto de AragĆ£o c.c. Francisca de Assis Viana, pais de:

III a. Francisca de Assis Viana Moniz Barreto, 1a. baronesa de Alenquer c.c. Custodio Ferreira Viana Bandeira.

OBS.: Maria Joaquina de AragĆ£o BulcĆ£o (acima) foi filha de:

Jose de Araujo AragĆ£o BulcĆ£o, 2o. barĆ£o de SĆ£o Francisco c.c. Ana Rita Marinho Cavalcanti de Albuquerque. Foram pais de:

Joaquim InĆ”cio de Siqueira BulcĆ£o c.c. InĆ”cia Calmon du Pin e Almeida, pais de:

Antonio Araujo de AragĆ£o BulcĆ£o, 3o barĆ£o de SĆ£o Francisco, c.c. Maria Clara e Maria Jose Moniz Viana. As duas esposas foram irmĆ£s e filhas dos 2os. barƵes de Rio de Contas. (acima).

RETORNANDO `A REVISTA, PAG. 372

“MONIZES DO SOCORRO E FIUZAS

N 1 – Francisco Moniz de Menezes,* filho de Jeronimo Moniz Barreto, o velho, e de sua segunda mulher D. Izabel de Lemos, a fl…, foi fidalgo da caza real e cazou com D. Maria Lobo de MendonƧa, filha de Manoel de Freitas do Amaral e de sua mulher D. Victoria de Barros a fl…, n.6, e teve filhos:

1. D. Victoria de Menezes, mulher de Vasco de Souza, a fl…., e depois de Jeronimo Cruz, cazou com este a 30 de Abril de 1658.

…………………………………………………………………………..

*Faleceu a 1 de Abril de 1674, sepultado na Capella-mor da Mizericordia na sepultura de seu avo Francisco de Araujo.”

PAG. 373

2. Jeronimo Moniz Barreto, que se segue

N 2 – Jeronimo Moniz Barreto, filho de Francisco Moniz de Menezes, acima, e de sua mulher D. Maria Lobo de MendonƧa, cazou com D. Tereza de Souza (1), filha de Antonio Ferreira de Souza e de sua mulher D. Antonia Bezerra, a fl. 269, e teve filhos:

3. D. Francisca Izabel Barreto de Menezes, que se segue, batizada a 21 de Janeiro de 1666.

4. D. Joana de Souza Barreto c.c. dr. JoĆ£o de Aguiar Villas Boas

5. D. Eugenia Thereza de Menezes 25.09.1687

6. D. Luiza Josefa de Menezes 03.09.1673

7. D. Antonia 25.04.1672

8. D. Catarina Barreto de Menezes, 08.03.1682

9. Diogo Moniz Barreto 02.08.1677

N 3 – D. Francisca Izabel Barreto de Menezes, filha de D. Thereza de Souza e de seu marido Jeronimo Moniz Barreto, cazou com o capitĆ£o Nicolao Lopes Fiuza (2) natural de Viana, freguezia de S. Maria Maior, filho d’este capitĆ£o Nicolau Lopes Fiuza e de sua mulher Izabel Lopes, o qual Nicolau Lopes Fiuza era viuvo de D. Izabel Maria de AragĆ£o Menezes, filha do coronel Egas Moniz Barreto e de D. Ignez Barbalho Bezerra, sua mulher, e a sobredita Izabel Maria de AragĆ£o era tambĆ©m viuva do coronel Antonio Machado Velho. NĆ£o teve a dita D. Francisca Izabel Barreto de Menezes do dito Nicolao Lopes Fiuza filho algum.

Segunda vez cazou esta na freguezia de N. S. da

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(1) cazaram na capella do nome de Jezus da freguezia do Desterro a 24 de Junho de 1663, e os recebeu o padre Francisco de Souza, religioso do Carmo, irmĆ£o do pai do nubente.

(2) cazaram-se a 2 de Janeiro de 1707; sendo o consorcio celebrado pelo vigĆ”rio de S. Pedro Velho da Bahia doutor Francisco Pinheiro Barreto.”

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PAG. 374

“Ajuda da Bahia a 1 de Novembro de 1713, esta com o capitĆ£o de infantaria pago Francisco Moniz Barreto, fidalgo da caza real, e natural da ilha Terceira, filho de Guilherme Moniz Barreto, fidalgo da caza real, e de sua mulher D. Maria Faleiro, teve d’esse segundo marido os filhos seguintes:

7. D. Leonor Maria da Silva Corte-real, que se segue

8. D. Mariana Antonia Corte-real, que vive solteira recolhida no convento do Desterro.

N 7 – D. Leonor Maria da Silva Corte-real, filha de D. Francisca Izabel Barreto de Menezes e de seu marido capitĆ£o Francisco Moniz Barreto, cazou* com Martinho Affonso de Mello, natural da Villa de Maragogipe, que a tirou por justiƧa, o qual era filho do sargento-mor Joze Pereira da Cunha e de sua mulher D. Ignacia Pereira de Mello, natural da Bahia, e tiveram filhos:

9. D. Anna Maria de Mello, que segue

10. D. Francisca Izabel Barreto de Menezes, adiante

11. Jose Manoel de Menezes Corte-real, solteiro

12. Martinho Francisco de Menezes Corte-real, solteiro.

N 9 – D. Anna Maria de Mello Corte-real, filha de D. Leonor Maria da Silva e de seu marido Martinho Affonso de Mello, cazou com seu parente Antonio Galas da Silva, filho de Diogo Moniz da Silva da Silveira e de sua mulher Anna Maria da Fonseca, e foram dispensados no terceiro grao de consanguinidade, e tiveram filhos:

13. Francisco Joaquim da Silveira

14. GonƧalo Joze Galas da Silveira

15. Joana Senhorinha de Menezes Corte-real

16. Diogo Moniz Barreto da Silveira

17. Maria Francisca de Menezes Corte-real

18. Victorino Moniz Barreto da Silveira

Todos menores em 1770

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  • Cazaram na Capella da ordem terceira do Carmo a 12 de Dezembro de 1736 com licenƧa do cabido pelo coadjutor Jorge Francisco de Souza.

 

PAG. 375

N 10 – D. Francisca Izabel Barreto de Menezes, filha segunda de D. Leonor Maria da Silva Corte-real e de seu marido Martinho Affonso de Mello, cazou com Martinho Moniz Barreto, filho de Diogo Moniz da Silveira, e de sua mulher D. Anna Maria da Fonseca, e foi tambĆ©m dispensado no terceiro grao de consanguinidade, por ser irmĆ£o de Antonio Galas, acima, e teve filhos:

19. D. Margarida Francisca de Menezes Corte-real

20. Antonio Jose Moniz Barreto

21. D. Luiza Thereza de Menezes.”

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03. PRIMEIROS COMENTARIOS

Interessou-me copiar ate aqui por causa da presenƧa do “20. ANTƔNIO JOSE MONIZ BARRETO”. Isso porque ele parece ser de idade semelhante `a de seus primos, filhos de dona Anna Maria de Mello, portanto poderĆ” ter sido o mesmo ANTƔNIO JOSE MONIZ, casado com MANUELA DO ESPIRITO SANTO, e pai da nossa tetravĆ³ LUIZA MARIA DO ESPIRITO SANTO, que nasceu em 1789.

Como se pode observar, Egas Moniz Barreto, que se casou com D. Ignez Thereza Barbalho Bezerra, era irmĆ£o do JERƔNIMO MONIZ BARRETO que se casou com a irmĆ£ dela, THEREZA DE SOUZA.

Ha mais tempo, encontrei no “Projeto Compartilhar” uma famĆ­lia Moniz. Trata-se do inventario de Antonio Muniz Barbosa, iniciado em 1786, que se encontra no museu, em SĆ£o JoĆ£o Del Rei, e o local de moradia do Antonio Muniz era Baependi, MG.

Antonio Muniz teve um filho chamado tambĆ©m Antonio, batizado em 03.07.1758, e que poderia ter adotado o sobrenome Jose Moniz. Era comum trocar-se em cartĆ³rio o Muniz pelo Moniz. Se fosse esse nosso ancestral, a idade dele seria compatĆ­vel com a paternidade da ancestral LUIZA MARIA.

Mas ha esse outro detalhe de nĆ£o termos nada alem do nome ANTƔNIO JOSE MONIZ, casado com MANUELA DO ESPIRITO SANTO. Nada que nos possa garantir alguma procedĆŖncia dele.

O problema que enxergo em relaĆ§Ć£o a esse Antonio, filho do senhor Antonio Muniz, ter sido nosso ancestral foi ele nĆ£o ter comparecido ao testamento do pai. Poderia ser que nĆ£o tivesse ultrapassado a idade infantil, como era tĆ£o comum naquele tempo.

LĆ³gico, ele poderia ter crescido e desaparecido. Fica ai a dificuldade de dizer que fosse nosso ancestral, pois, ha na publicaĆ§Ć£o apenas a informaĆ§Ć£o de que “nĆ£o compareceu ao testamento do pai”. NĆ£o se sabe se faleceu antes e, mesmo que nĆ£o, nĆ£o ha a informaĆ§Ć£o com quais sobrenomes completou sua graƧa.

Ja, o professor Dermeval Jose Pimenta, que nos informa da existencia do ANTONIO JOSE MONIZ e sua esposa MANUELA DO ESPIRITO SANTO, talvez os possa ter achado no registro de casamento da filha LUIZA MARIA com o capitĆ£o JOSE COELHO DA ROCHA, e que foram nossos tetravĆ³s.

Caso tenha sido esse o caso, justificar-se-ia a supressĆ£o do ultimo sobrenome, BARRETO, porque era muito comum `a Ć©poca abreviar-se nomes para economizar papel e tinta. Os nomes ANTƔNIO JOSE MONIZ era mais que suficiente para identificar a pessoa, pois, devia ser bem conhecido do escrivĆ£o.

O ideal mesmo seria encontrar deles o registro do prĆ³prio casamento. Esse seria o documento no qual os homens demonstravam sua independĆŖncia e, geralmente, os nomes dos nubentes apareciam completos. Casamento era sĆ­mbolo de status.

Nossos ancestrais JOSE e LUIZA MARIA, residiram primeiro em ConceiĆ§Ć£o do Mato Dentro, numa sesmaria chamada Fazenda da Lapinha. Segundo informaƧƵes do amigo Bento Silva, natural da cidade, era enorme e atualmente faz parte do territĆ³rio da vizinha Santana do Riacho.

Devido `as caracterĆ­sticas do relevo a Ć”rea foi transformada em capital nacional dos esportes radicais. E as montanhas e quedas d’agua dĆ£o ar e grande beleza dos locais antigos.

Por enquanto so posso especular que a sesmaria pertenceu ao ANTƔNIO JOSE MONIZ e sua esposa MANUELA DO ESPIRITO SANTO. O ancestral JOSE nascera na Fazenda Axupe, que foi localizada a principio na tambĆ©m vizinha cidade do Morro do Pilar. Talvez fosse na prĆ³pria ConceiĆ§Ć£o, na qual atualmente ainda existe uma propriedade de mesmo nome.

Presume-se, entĆ£o, que para queĀ o ancestral ANTƔNIO MONIZ tenha se tornado dono da Lapinha, ele ja teria posses antes de chegar a isso. EntĆ£o, ser parte da famĆ­lia MONIZ BARRETO o favoreceria. A riqueza dela Ć© ate lendĆ”ria.

Mas nĆ£o posso deixar de mencionar que ha algum tempo encontrei um personagem cujo nome foi JOSE COELHO DE MAGALHƃES. O mesmo de nosso patriarca Coelho. Mas ate ao momento tudo indica que foram homĆ“nimos e nĆ£o a mesma pessoa.

Claro, nenhuma conclusĆ£o pode ser definitiva nesse ponto em que estamos. Outra possibilidade comum existe. Nada sabemos a respeito dos antecedentes dos familiares da avĆ³ MANUELA.

ANTONIO MONIZ poderia ter sido apenas um “consorte” da princesa. Poderia ser ela a herdeira de alguma das famĆ­lias primeiro chegadas a ConceiĆ§Ć£o, no inicio do Ciclo do Ouro, que se dera ha poucas dĆ©cadas antes do nascimento da geraĆ§Ć£o deles.

Nesse estado, quaisquer ANTONIO MONIZ poderia encaixar-se no cargo de marido “consorte”.

Muito comum, no caso, pessoas como o “baiano” de tĆ£o alta estirpe ter optado pela carreira militar. E ao prestar seus serviƧos `a sua majestade, “que Deus a guarde”, pode ter sido destacado para o Serro e Diamantina. ConceiĆ§Ć£o fazia parte por ser freguesia do Serro.

Por ser solteiro fardado, logo despertaria o interesse das donzelas “casadoiras”. E com isso justificaria tantas posses `a Ć©poca.

Naturalmente, ele poderia ter a principio outra profissĆ£o, como advogado por exemplo, cuja demanda era enorme naquelas Minas Gerais em pleno Ciclo do Ouro. Ate mesmo o cargo de professor era muito requerido, e poderia ser regiamente pago.

Para comprovarmos qualquer hipĆ³tese, nada melhor que pesquisar no Serro (Museu General Carneiro + dos Otonni); Diamantina (Arquidiocese) ou ConceiĆ§Ć£o (cartĆ³rios locais).

Nessas cidades, espera-se encontrar algum documento (casamento, inventario, testamento) que revele os nomes paternos dos ancestrais ANTƔNIO MONIZ e MANUELA.

Uma opĆ§Ć£o, talvez, mais direta, porem incerta, seria verificar os livros do genealogista Antonio de AraĆŗjo de AragĆ£o BulcĆ£o Sobrinho.

(www.cbg.org.br/colegio/historia/patronos/antonio-sobrinho/)

NoĀ endereƧoĀ acima encontra-se uma biografia e a obraĀ literĆ”ria produzida por ele. Estou certo que nosĀ era aparentado por descender dos BARBALHO nossos ancestrais.

Observe-se que osĀ tĆ­tulos da literaturaĀ genealĆ³gica escrita por ele relembram os mesmos sobrenomes envolvidos naĀ porĆ§Ć£oĀ genealĆ³gica que copiei da Revista Trimensal. Ali se pode destacar: Soeiro (1947), Monizes da Bahia (1950),Ā FiĆŗza (1960),Ā BulcĆ£o (1961 a 1962) e Sa Menezes (1968). TodosĀ entrelaƧados com os BARBALHO.

A busca nessa literatura poderia encurtar a nossa procura se acaso ela revelar que oĀ ANTƔNIO JOSE MONIZ BARRETO casou-se com MANUELA DO ESPIRITO SANTO ainda na Bahia.

Alem disso, devera informar queĀ nĆ£o ficaram na Bahia, ja que a nossa genealogiaĀ supƵe que LUIZA MARIA DO ESPIRITO SANTO nasceu emĀ ConceiĆ§Ć£o do Mato Dentro, em 1789.

Mas se oĀ ANTƔNIOĀ mudou-se solteiro e foi casar-se emĀ ConceiĆ§Ć£o, muito possivelmente issoĀ nĆ£oĀ serĆ” demonstrado pelo autor Antonio deĀ AraĆŗjo.

Ha, porem, outro indicio deĀ famĆ­lias baianas `aĀ Ć©poca naĀ regiĆ£o do Serro. Havemos que nos lembrar que ja no inicio doĀ sĆ©culo XVIII oĀ portuguĆŖs DOMINGOS BARBOSA MOREIRA casou-se com TEREZA DE JESUS, natural deĀ Itabaiana, atualmente no Sergipe.

Eles foram os pais da NOROTEA BARBOSA FIUZA que se casou com outroĀ portuguĆŖs, JOAO DE SOUZA AZEVEDO. NOROTEA nasceu em SĆ£oĀ GonƧalo do Rio das Pedras, distrito do Serro.

Foram os pais da MARIA DE SOUZA FIUZA, que casou-se com mais umĀ portuguĆŖs, oĀ ANTƔNIO BORGES MONTEIRO, natural deĀ Seia da Guarda. Eles se tornaram grandes patriarcas naĀ regiĆ£o. Esse casamento se deu em 1775, ja naĀ Ć©poca em que oĀ ANTƔNIO JOSE MONIZ BARRETO deveria ser jovem.

Meus estudos mais recentes encontraram o Sargento-mor DOMINGOS BARBOSA MOREIA e suas ligaƧƵes intimas com a Bahia. Em 1723 ele quitou osĀ dĆ­zimos dosĀ quartĆ©is da Comarca do Serro Frio.

Muito certamente, serviu de ponto de apoio e referencia para a transferencia de familiares da esposa dele, da Bahia para aĀ regiĆ£o do Serro.

Em 1750Ā comeƧa oĀ declĆ­nio do Ciclo do Ouro. O ouro esgotou-se nasĀ Ć”reas mais tradicionais, aquelas representas pelas cidadesĀ histĆ³ricas em torno da Estrada Real.

AĀ consequĆŖncia da queda deĀ produĆ§Ć£o foi aĀ expansĆ£o daĀ Ć”rea deĀ colonizaĆ§Ć£o em busca de novas jazidas. E muitos encontros se deram naĀ Ć”rea mais ao Norte do Estado de Minas Gerais. Ai se inclui Minas Novas e PecanhaĀ (1750-3), Itabira (1780),Ā GuanhĆ£es/VirginĆ³polisĀ (1828),Ā BarĆ£oĀ de Cocais (1840).

Alem disso, aĀ produĆ§Ć£o de diamantes naĀ regiĆ£o de Diamantina ainda atraiu muita gente noĀ perĆ­odoĀ pĆ³s Ciclo do Ouro.

Nesse periodo pos Ciclo do Ouro, o que atraiu um grande contingente de migrantesĀ tambĆ©m foi a fertilidade das terras paraĀ produĆ§Ć£oĀ agropecuĆ”ria.

O Estado de Minas tornou-se o preferido no BrasilĀ para migrantes do mundo inteiro, ate por volta do ano de 1900. Em 1872, quando se deu o primeiro censo populacional brasileiro, dos 9.930 milhƵes de habitantes, 2.039 (mais de 20%) residiam em Minas Gerais.

Observe-se que somente a Bahia, que tivera em si a capital do Brasil por mais de 200 anos, tinhaĀ populaĆ§Ć£o acima de 1Ā milhĆ£o de habitantes, alem de Minas Gerais. Outrossim, em 1872 a Bahia ja contava com 320 anos deĀ colonizaĆ§Ć£o europeia eĀ Minas Gerais com apenas 174.Ā Observe o mapaĀ estatĆ­stico:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Censo_demogrƔfico_do_Brasil_de_1872

Por ai se pode ver que, em termos genealĆ³gicos, todaĀ a populaĆ§Ć£o brasileira tem vĆ­nculos com Minas Gerais, pois, no inicio a ProvĆ­ncia atraiu gente de todos os pontos de Portugal e das outras provĆ­ncias brasileiras. Alem, claro, dos outros componentes que se misturam em nossa genĆ©tica.

Os migrantes multiplicaram-se enormemente em Minas e, depois, com a expansĆ£o da colonizaĆ§Ć£o para outros interiores e a industrializaĆ§Ć£o de SĆ£o Paulo e Rio de Janeiro, os mineiros migraram para todos os locais que os atraĆ­ram.

Nesse caso, espera-se que cada famĆ­lia brasileira atual, tenha pelo menos um ancestral nascido em Minas Gerais.

NĆ£o se trata aqui de dizer-se que ha algo de melhor nos mineiros. Minha analise reflete apenas o numero de pessoas e nĆ£o a qualidade.

Mesmo porque, os mineiros sĆ£o produto da conspiraĆ§Ć£o da natureza e nĆ£o das pessoas. Imaginem, foram milhƵes e milhƵes de anos. Ela trabalhou muito para concentrar em nossas serras uma quantidade imensa de minerais que, antes de a populaĆ§Ć£o humana multiplicar-se e conhecer mineralogia, nada valiam.

Os que chegaram por sua prĆ³pria vontade no inicio, foram atraĆ­dos pelo brilho dos minerais, tais quais os insetos sĆ£o atraĆ­dos pela claridade de lĆ¢mpadas quando estĆ£o enxameados.

Como a maioria nĆ£o encontrou o que buscava, acabou ficando no lugar. E as gentes que ficaram, cresceram e multiplicaram, como o fariam em quaisquer outros locais que estivessem.

Isso nunca foi merito de ninguĆ©m. E sim dadiva da natureza. Mas a consequĆŖncia pratica foi que os mineiros tornaram-se tambĆ©m, junto com os outros que os precederam, grandes ancestrais da populaĆ§Ć£o brasileira e ja conta com parte da mundial.

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04. ESQUELETOS GENEALOGICOS

Baseado no que ja possuĆ­amos anteriormente e somando ao que tenho encontrado ao longo de minhas pesquisas, vou expor os esqueletos genealĆ³gicos, possĆ­veis, da famĆ­lia Barbalho Coelho, cujo ramo difundiu-se na regiĆ£o Centro-Nordeste de Minas Gerais.

Naturalmente, as cidades bases foram GuanhĆ£es e VirginĆ³polis. Mas dai ela se expandiu tanto para os antigos distritos delas quanto paraĀ os grandes centros, especialmente aqueles criados apĆ³s sua multiplicaĆ§Ć£o, tais como: Ā Belo Horizonte, Governador Valadares, Ipatinga e Brasilia.

Ainda, tenho noticias e contatos com pessoas de nossa famĆ­lia que vĆ£o desde o Rio Grande do Sul ao Acre. E de la para Aracaju e Salvador, alem de tudo o que esta dentro da Aquarela Brasileira e, em parte, exterior. Segue entĆ£o:

I.Ā PRIMEIRO ESQUELETO

01. Maria Rodrigues de MagalhĆ£es Barbalho c.c. Giuseppe Nicatigi da Rocha, pais de:

02. Eugenia Rodrigues da Rocha c.c. Jose Coelho de MagalhĆ£es, pais de:

03. CapitĆ£o Jose Coelho da Rocha c.c. Luiza Maria do Espirito Santo, pais de:

04.1 Jose Coelho da Rocha c.c. Candida Jovina Pereira e Maria de Deus Villa Real.

04.2 Maria Luiza Coelho (Nha MoƧa) – solteira

04.3 Francisca Eufrasia de Assis Coelho c.c. ten.Ā Joaquim Nunes Coelho

04.4 Anna Maria de Jesus Coelho (Nha Ninha) – solteira

04.5 ten. JoĆ£o Batista Coelho c.c. Maria Honoria Nunes Coelho

04.6. Eugenia Maria da Cruz Coelho c.c. cap. Francisco MarƧal Barbalho

04.7 Antonina – faleceu crianƧa

04.8 Antonio Rodrigues Coelho c.c. Maria Marcolina Borges do Amaral e Virginia de Campos Nelson. E teve 2 filhas extraconjugais reconhecidas com: Getulia Justiniana de Aguiar (filha Emidia Justiniana) e Anna Girou Bonefoi (filha Julia Salles).

II.Ā SEGUNDO ESQUELETO

01. Gov. Luiz Barbalho Bezerra c.c. Maria Furtado de MendonƧa, pais de:

02. cap.Ā Jeronimo Barbalho Bezerra c.c. Isabel Pedrosa, pais de:

03. PƔscoa Barbalho c.c. Pedro da Costa Ramires, pais de:

04. Maria da Costa Barbalho c.c. Manuel de Aguiar, pais de:

05. Manuel Vaz Barbalho c.c. Josefa Pimenta de Souza, pais de:

06. Isidora Maria da EncarnaĆ§Ć£o c.c. cap. Antonio Francisco de Carvalho, pais de:

07.1 JoĆ£o (1761)

07.2 Victoriana Florinda de Ataide (1762)Ā c.c. Damasio Rouco

07.3 Antonio (1764)

07.4 Luciano (1766)

07.5 Mariana (1767)

07.6 Jose (1769)

07.7 Francisco (1771)

07.8 Bernardo (1776)

07.9 Boaventura Jose Pimenta (1779) c.c. Maria Balbina de Santana Borges Monteiro. Esse casal foi pai de Modesto Jose Pimenta, que se casou com Ermelinda Querubina Pereira do Amaral.

Estes foram osĀ avos, e seus pais osĀ bisavĆ³s, do professor Dermeval Jose Pimenta e, basicamente, no livro genealĆ³gico escrito por ele: A Mata do PeƧanha, sua Historia e sua Gente, 1966, entram como a base da genealogia principal.

Tornam-se ai nossos parentes, pois, alem do Barbalho, a Maria Francelina Borges Monteiro foi irmĆ£ da Maria Balbina; e o Daniel Pereira do Amaral, irmĆ£o da Ermelinda Querubina.

Maria Francelina e Daniel foram os pais da Maria Marcolina Borges do Amaral, esposa do ten. Antonio Rodrigues Coelho. SĆ£o trisavĆ³s da minha geraĆ§Ć£o.

III. TERCEIROĀ ESQUELETO.

“MANUEL DE AGUIAR, n. por volta de 1634, fal., casado por volta de 1664 com Domingas Martins. Pais de:

I.1 JoĆ£o de Aguiar Barbalho, n. no Rio (Guaratiba) por volta de 1685, fal., casado no Rio (Iraja 2o., 36) a 1.7.1710 (na igreja de Santo Antonio de Jacutinga, RJ) com Agueda Rodrigues (ou JordĆ£o), n. no Rio (Iraja), filha de Fernando Rodrigues e de Luisa da Silva, pais de:

II.1 Francisco, n. no Rio (Iraja 6o. 107) bat. a 6.6.1709 (Legitimado)

I. 2 Manuel Vaz Barbalho, n. por volta de 1690

I.3 Eugenia, n. no Rio (Iraja 6o., 78) bat., a 28.4.1695.”

Essa pequena peƧa de esqueleto foi extraƭda do Primeiras Famƭlias do Rio de Janeiro, de autoria do Carlos G. Rheingantz. E ele enganou-se quanto `a maternidade desses filhos. Foram filhos da Maria da Costa Barbalho que esta no II ESQUELETO.

JoĆ£o de Aguiar Barbalho teve tambĆ©m uma segunda ou primeiraĀ esposa cujo nome era Joana de Oliveira. Deles nasceu Thereza de Aguiar de Oliveira que casou-se em Mariana, a 24.06.1730 com Jose Rodrigues.

IV. QUARTO ESQUELETO (hipotƩtico).

01. Eugenia de Aguiar Barbalho c.c. (desconhecido), pais de:

02. Anna Maria da ConceiĆ§Ć£o c. c. EstevĆ£o Rodrigues de MagalhĆ£es, pais de:

03. Maria Rodrigues de MagalhĆ£es Barbalho c.c. Giuseppe Nicatigi da Rocha.

Essa situaĆ§Ć£o hipotĆ©tica, por enquanto, tenta explicar o sobrenome Rodrigues de MagalhĆ£es Barbalho em nossa ancestral Maria, do Primeiro Esqueleto.

Como se pode observar, Rheingantz encontrou uma Eugenia, filha do Manuel de Aguiar que, pela Ʃpoca do nascimento, foi tambƩm filha da Maria da Costa Barbalho.

O registro de nascimento de uma menina com o nome Maria, filha de Anna Maria e EstevĆ£o Rodrigues de MagalhĆ£es tambĆ©m existe. Ele encontra-se no site do

Familysearch. A menina nasceu em 1750, na cidade de Ouro Branco, MG.

Nosso ancestral Jose Coelho da Rocha nasceu em 1782. 32 anos de diferenƧa de sua suposta avo Maria. A possibilidade de isso ter acontecido nĆ£o chegava a ser absurda naquela Ć©poca em que a mulheres costumavam casar com 15 anos de idade ou menos.

V. QUINTO ESQUELETO.

01. Gov. Luiz Barbalho Bezerra c.c. Maria Furtado de MendonƧa, pais de:

02. Antonia Barbalho Bezerra c.c. Antonio Ferreira de Souza, pais de:

03. D. Tereza de Souza c.c. Jeronimo Moniz Barreto, pais de:

04. D. Francisca Izabel Barreto de Menezes c.c. Francisco Moniz Barreto, pais de:

05. D. Leonor Maria da Silva Corte-real c.c. Martinho Affonso de Mello, pais de:

06. D. Francisca Isabel Barreto de Menezes c.c. Martinho Moniz Barreto, pais de:

07.1 D. Margarida Francisca de Menezes Corte-real

07.2 ANTONIO JOSE MONIZ BARRETO

07.3 D. Luiza Thereza de Menezes.

Claro, apenas em suposiĆ§Ć£o, por enquanto, podemos dizer que o filho 07.2, ANTƔNIO, serĆ” o mesmo que se casou com MANUELA DO ESPIRITO SANTO e tornaram-se nossos ancestrais.

Note-se tambĆ©m que aqui nĆ£o esta em discussĆ£o o fato de essas pessoas da genealogia baiana terem sido nossos familiares. Afinal, descendem do mesmo ramo BARBALHO do qual, supostamente mas com quase certeza, nos procedemos.

As Ćŗnicas discussƵes aqui serĆ£o:

01. Se a Eugenia do terceiro esqueleto deu ascendĆŖncia `a Maria Rodrigues ou nĆ£o. E, em caso de nĆ£o, se algum dos irmĆ£os ou sobrinhos geraram um ramo do qual Maria Rodrigues foi descendente.

O fato de a Maria Rodrigues ter sido mĆ£e da Eugenia Rodrigues, nossa quinta e, simultaneamente, sextavĆ³, deixa quase claro que esse foi mesmo o caminho que o sobrenome BARBALHO foi introduzido na linhagem COELHO.

Mas nĆ£o podemos descartar outras possibilidades que nĆ£o conhecemos, ja que nĆ£o sabemos quais outros BARBALHO estavam presentes na regiĆ£o de formaĆ§Ć£o da famĆ­lia.

A propria presenƧa do ANTƔNIO MONIZ em nossa genealogia, em sendo ele esse que agora encontramos, pode indicar que outros primos BARBALHOĀ dele podem te-lo acompanhado. E de algum deles podemos descender, caso seja comprovada a primeira suposiĆ§Ć£o.

NĆ£o podemos ignorar a evidencia tambĆ©m da presenƧa da D. Luiza Thereza como irmĆ£ do Antonio Moniz. Naturalmente os nomes dela sugerem homenagem ao prĆ³prio governador Luiz e da neta dele, D. Thereza.

Portanto, nossa ancestral LUIZA MARIA pode ser uma sequencia normal de homenagem aos ancestrais. E, diga-se de passagem, mesmo sem o saber disso, as pessoas da famĆ­lia continuam usando o nome Luiza ate com alguma frequĆŖncia maior que outros nomes comuns.

Outra evidencia importante, que nĆ£o se pode desprezar, serĆ” o segundo matrimonio do nosso tio-trisavo Jose Coelho da Rocha com Maria de Deus Villa Real.

Era um sobrenome que junto ao Corte Real acompanhava os sobrenomes da mais alta nobreza portuguesa. Poderia ate que Jose e Maria de Deus fossem primos por ela tambƩm poder ter sido descendente do Antonio e Manuela.

VI. SEXTO ESQUELETO

01. Cap.Ā Jose Vaz Barbalho c.c. Anna Joaquina Maria de Sao Jose, pais de:

02. Alferes, padre, Policarpo Jose Barbalho c.c. Isidora Francisca de MagalhĆ£es, pais de:

03. Cap.Ā Francisco MarƧalĀ Barbalho c.c. Eugenia Maria da Cruz Coelho.

Ou seja, essa serĆ” a ligaĆ§Ć£o que, alem de levar o sobrenome Barbalho `a nossa genealogia, manteve o sobrenome e ate hoje corre na descendĆŖncia.

A duvida aqui esta apenas na passagem do sobrenome do segundo esqueleto para esse. Isso porque houve tempo hƔbil para o Jose, filho da Isidora e do cap. Antonio Francisco ter sido pai do Policarpo Jose Barbalho, pois, o cap. Jose nasceu em 1769 e o Policarpo casou-se em 1808.

SĆ£o 39 anos de espaƧo. Ou seja, um deles teria que ter se casado por volta dos 19 anos de idade e o outro com idade semelhante. O que nĆ£o era muito comum para homens. Mas haviam os que tinham filhos antes do casamento. E isso nĆ£o seria problema se a famĆ­lia fosse abastada.

Mas dentre os filhos do casal Manoel Vaz e Josefa Pimenta, alem de dona Isidora da EncarnaĆ§Ć£o, por enquanto, encontrei apenas o cirurgiĆ£o-mor, Policarpo Joseph Barbalho. Ele nasceu no Serro, exerceu o cargo em Porto Alegre e teve filhos em Gravatai – RS.

Ha a possibilidade de o Jose Vaz Barbalho ter sido irmĆ£o dos dois anteriores. Nisso, nĆ£o encontrarĆ­amos dificuldades de idades, pois, o cirurgiĆ£o-mor nasceu em 1735 e teve filhos ate aos anos de 1790. Dona Josefa nasceu por volta de 1712, portanto, ate por volta de 1752 ainda estaria em idade fĆ©rtil.

O que calculo Ć© que o nosso ancestral Policarpo tenha nascido em torno de 1780, mas poderia ter nascido ate em 1790,Ā quando o pai poderia estar em torno dos 40 anos de idade dele. Em caso de ter sido filho de Manoel e Josefa.

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05. BUSCANDO ANCESTRAIS DO JOSE ANTONIO MONIZ

A partir do que ja havia encontrado, resolvi mergulhar um pouco mais nessa genealogia. e o primeiro que fiz foi buscar informaƧƵes a respeito do pai do ANTƔNIO JOSE MONIZ BARRETO.

Fui desde o principio do livro, numa leitura ultradinamica, observar se via o nome dele. Pouco mais de hora de vistoria, encontrei, logo depois dos dados maternos:

PAG. 376

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“N. 5 – D. Luiza Josefa de Menezes, filha quarta de D. Thereza de Souza e de seu marido Jeronimo Moniz Barreto, n. 2; cazou com Antonio Galas da Silveira, *que teve a merce do habito da ordem de Christo, pelos serviƧos de seus avos, e nĆ£o professou por falecer antes de o tomar; e era filho de LourenƧo de Oliveira Pita e de sua mulher Agueda Pina Barboza, e para se receberem foram dispensados, e teve filhos:

29. Agueda, Joana e Thereza, que faleceram donzelas.

30. Diogo Moniz da Silveira, que se segue.

N. 30 – Diogo Moniz da Silveira, filho ultimo de D. Luiza Josefa de Menezes e de seu marido Antonio Galas da Silveira, cazou com D. Anna Maria de Afonseca, filha do capitĆ£o Antonio Diniz de Macedo, e de sua mulher D. Virginia da Fonseca, filha do Sargento-mor Francisco Pinto da Fonseca DeƧa, e teve filhos:

33. Jose Telles Moniz Barreto, solteiro

32. Antonio Galas da Silveira, cazou com D. Anna Maria de Mello, filha de Martim Alonso de Mello n.9.

33. Martinho Moniz Barreto, casado com D. Francisca Izabel Barreto, filha do sobredito Martinho Affonso.

“N. 34 – Diogo Moniz da Silveira, cazou com D. Margarida Josefa de Almeida Calmon, filha de JoĆ£o Calmon e de D. IgnĆ”cia de Nazareth, dispensados no parentesco por ser o dito Diogo primo co-irmĆ£o de sua esposa, e ate este anno de 1770 nĆ£o teve filhos.”

35. Luiz Antonio Moniz da Silveira, cazado, mulher D. ApolĆ³nia.

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*Cazaram na Capella do Desterro da freguezia do Socorro a 2 de Fevereiro de 1690, e os recebeu o cĆ“nego Pedro de Teive, sendo testemunhas o sargento-mor Egas Moniz Barreto e o capitĆ£o Bartholomeu Vabo, e vigĆ”rio JoĆ£o Ribeiro de Souza.

Segunda vez cazou com o capitĆ£o Martinho Ribeiro, sem filhos.”

PAG. 377

“36. Martinho Moniz Barreto, casado com sua prima segunda D. Francisca Izabel.

37. D. Maria Gertrudes, D. Anna Maria, donzelas.

Fr. Carlos de S. Bartolomeu, religioso menor na Bahia.

N. 33 – Marinho Moniz Barreto, filho de Diogo Muniz da Silveira, n. 30, e de sua mulher D. Anna Maria da Fonseca, cazou com sua prima segunda, D. Francisca Izabel Barreto de Menezes, filha de D. Leonor da Silva Corte-Real e de seu marido Martinho Afonso de Mello, e foram dispensados no 3o. grao, e teve filhos:

38. Margarida Francisca de Menezes Corte-Real

39. Antonio Jose Moniz Barreto

40. D. Luiza Thereza de Menezes.”

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Ja de inicio deve-se observar que tomei nota do N. 34 como um complemento Ćŗtil aos estudos, pois, ali se informa que 1770 foi a data exata da escrita do livro.

Parece-me que o autor da genealogia estava querendo terminar rƔpido o capitulo e talvez tenha cometido alguns enganos. A principio, ele postou 2 vezes o nome Martinho Moniz Barreto, 33 e 36, ambos casados com dona Francisca Izabel.

E por ultimo alterou o nome Martinho para Marinho. PossĆ­vel serĆ” que o 36 se chamasse Marinho, e pode ter se casado com D. Francisca Izabel numa segundas nĆŗpcias dela. Porem, os filhos deverĆ£o mesmo ser do Martinho.

Foi um pouco difĆ­cil compreender o que o autor afirma ter sido eles primos em segundo grau e dispensados no 3o. grau de consanguinidade. Tive que preparar dois esqueletos genealĆ³gicos para verificaĆ§Ć£o. E ai ficou assim:

PRIMEIRO ESQUELETO

01. Jeronimo Moniz Barreto c.c. D. Thereza de Souza, pais de:

02. D. Francisca Izabel Barreto de Menezes c.c. Francisco Moniz Barreto, pais de:

03. D. Leonor Maria da Silva Corte-Real c.c. Martinho Affonso de Mello, pais de:

04. D. Francisca Izabel Barreto de Menezes c.c. Martinho Moniz Barreto, pais de:

05. ANTONIO JOSE MONIZ BARRETO

SEGUNDO ESQUELETO

01. Jeronimo Moniz Barreto c.c. D. Thereza de Souza, pais de:

02. D. Luiza Josefa de Menezes c.c. Antonio Galas da Silveira, pais de:

03. Diogo Moniz da Silveira c.c. Anna Maria da Affonseca, pais de:

04. Martinho Moniz Barreto c.c. D. Francisca Izabel Barreto de Menezes, pais de:

05. ANTONIO JOSE MONIZ BARRETO

Como se pode observar, tanto dona Francisca Izabel quanto Martinho eram bisnetos da dona Thereza e do Jeronimo. EntĆ£o, serĆ£o primos em 3o. grau para nos atualmente, pois, as avos eram irmĆ£s entre si.

A menos que haja outro parentesco entre os pais e que os dados presentes nĆ£o nos permitam identificar. O que serĆ” bem provĆ”vel porque ja percebi o quanto as famĆ­lias baianas se casavam entre primos.

Algo difĆ­cil de fugir quando os casamentos se dĆ£o em locais com populaƧƵes menores. E era exatamente isso, alem dos preconceitos, que acontecia durante o perĆ­odo colonial brasileiro.

Os ricos buscavam casamentos em suas castas. Isso para garantir os privilĆ©gios que eram “os direitos de nobreza”.

E aqui ja podemos estar demonstrando que minhas hipĆ³teses genealĆ³gicas estĆ£o se confirmando e ja podem ganhar o status de teorias. O que serĆ” uma fatalidade nĆ£o se confirmar por verdade cientifica.

Meus objetivos de buscas genealĆ³gicas era comprovar que nossos ancestrais pouca coisa menos recentes sĆ£o ancestrais de boa parte de nos, portanto, somos aparentados de todo mundo, especialmente das populaƧƵes contidas em limites fronteiriƧos.

O segundo objetivo era justamente determinar via genealogia e com melhor grau de precisĆ£o a quantidade de consanguinidade que ha entre as pessoas. Junto a isso, levantar os males mais comuns que acompanham as famĆ­lias.

Esse objetivo tem uma funĆ§Ć£o mais tĆ©cnica e interessa mais ao meio medico. Via essa interaĆ§Ć£o de dados, pode-se usar o conhecimento pratico na medicina preventiva. Aconselhando-se os casais antes do casamento para os riscos dessas heranƧas para os filhos.

E outro objetivo igualmente importante seria a facilitaĆ§Ć£o do entendimento da evoluĆ§Ć£o da Historia e da polĆ­tica no passar do tempo. Pois, se tivĆ©ssemos nossa genealogia mais completa antes de conhecer o que ensinam na Historia, iriamos verificar que ela corre em nossas veias tambĆ©m.

Vou apenas dizer por alto. Mas ja tenho a certeza que nossos familiares la na Bahia se entrelaƧaram aos Sa de Soutomaior. Os representantes mais conhecidos desse ramo sĆ£o o governador Mem de Sa, e os sobrinhos desse: o fundador do Rio de Janeiro Estacio de Sa e o governador Salvador Correia de Sa e Benevides.

Posteriormente pincelarei mais alguns dados dessa genealogia que nos permitirĆ£o demonstrar isso.

E nossa ligaĆ§Ć£o nĆ£o se da apenas por entrelaƧamento. Salvador Correia de Sa e Benevides foi o governador do Rio de Janeiro que mandou executar nosso ancestral Jeronimo Barbalho Bezerra, em 1661. Diga-se de passagem, por pura pirraƧa!

Na verdade, a briga dos dois se deu em torno dos interesses polƭticos e econƓmicos que cada um defendia. Salvador defendia os privilƩgios de sua gangue. Jeronimo queria que a dele tivesse parte mais ampla.

Pode-se dizer que Jeronimo estava do lado menos errado. Seus companheiros de revolta depois foramĀ perdoados e obtiveram ganho de causa. Mas ele perdeu a vida. Salvador perdeu o comando, os privilĆ©gios no Brasil e foi preso.

Quem desejar saber mais, informe-se pelo titulo: A Revolta da CachaƧa no Rio de Janeiro.

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06. ANTEPASSADOS E FAMILIARES DO ANTONIO JOSE

Os esqueletos genealĆ³gicos entre D. Thereza de Souza, e seu marido Jeronimo Moniz Barreto, ate ao Antonio Jose ja estĆ£o prontos acima. Ja temos informaƧƵes da ascendĆŖncia dela em meus outros estudos.

Organizei, entĆ£o, o terceiro esqueleto para tratar da ascendĆŖncia do Jeronimo Moniz Barreto. Segue assim:

TERCEIRO ESQUELETO (nesse capitulo)

01. Jeronimo Moniz Barreto c.c. Thereza de Souza, filho de:

02. Francisco Moniz de Menezes c.c. (1) D. Maria Lobo de MendonƧa, filho de:

03. Jeronimo Moniz Barreto, o velho c.c. D. Izabel de Lemos, filho de:

04. Egas Moniz Barreto c.c. D. Maria da Silveira ou Anna Soares, filho de:

05. Guilherme Moniz c.c. (?), filho de:

06. SebastiĆ£o Moniz c.c. (2) D.Ā Joana da Silva, filho de:

07. Guilherme Moniz Barreto, alcaide-mor de Silves c.c. (3) Ignez, filho de:

08. Henrique Moniz c.c. (?), filho de:

09. Vasco Martim Moniz c.c. (?)

(1) D. Maria Lobo de MendonƧa, filha de Manoel de Freitas do Amaral e Victoria de Barros.

(2) D. Joana da Silva, filha de GonƧalo da Silva, regedor da justiƧa em Lisboa.

(3) D. Ignez, filha de GonƧalo Nunez Barreto, alcaide-mor do Faro.

Para melhor completar esse quadro, repito aqui os outros esqueletos postados no capitulo anterior:

PRIMEIRO ESQUELETO (nesse capitulo)

01. Jeronimo Moniz Barreto c.c. D. Thereza de Souza, pais de:

02. D. Francisca Izabel Barreto de Menezes c.c. Francisco Moniz Barreto, pais de:

03. D. Leonor Maria da Silva Corte-Real c.c. Martinho Affonso de Mello, pais de:

04. D. Francisca Izabel Barreto de Menezes c.c. Martinho Moniz Barreto, pais de:

05. ANTONIO JOSE MONIZ BARRETO

SEGUNDO ESQUELETO (nesse capitulo)

01. Jeronimo Moniz Barreto c.c. D. Thereza de Souza, pais de:

02. D. Luiza Josefa de Menezes c.c. Antonio Galas da Silveira, pais de:

03. Diogo Moniz da Silveira c.c. Anna Maria da Affonseca, pais de:

04. Martinho Moniz Barreto c.c. D. Francisca Izabel Barreto de Menezes, pais de:

05. ANTONIO JOSE MONIZ BARRETO

Nesse estagio da pesquisa, nĆ£o encontrei, nesse livro, os antecessores de: Martinho Affonso de Mello, Antonio Galas da Silveira e Anna Maria da Affonseca. Fica difĆ­cil por uma busca simples.

Isso porque nos tĆ­tulos aos quais os sobrenomes poderiam estar ligados temos os ancestrais mais longĆ­nquos. Ou seja, os que se instalaram no Brasil. Mas haver-se-ia que tomar cada pessoa daqueles capĆ­tulos e verificar se se casou com alguĆ©m de outro capitulo e seĀ para la a descendĆŖncia foi transferida.

Francisco Moniz Barreto era portugues recĆ©m chegado ao Brasil, portanto, os dados que o precedem nĆ£o se encontram nessa literatura. Veja-se o que se encontra a respeito de D. Maria Lobo de MendonƧa:

PAG. 203

“BARROS E MAGALHAES DA BAHIA

Gaspar de Barros de MagalhĆ£es, homem fidalgo, viveu no Brazil no recĆ“ncavo da Bahia, onde chamam SĆ£o Paulo; e viera de Portugal exterminado, foi mui rico e afazendado, cazou na Bahia com Catharina Lobo BarrosĀ de Almeida, uma das trez irmans orfans que mandou a [204] rainhaĀ D. Catharina para a Bahia cazarem com as pessoas principaes, como ja foi dito, e d’ella teve filhos:

1. Jeronimo de Barros, que se segue

2. Baltazar Lobo de Souza, adiante

3. Gaspar Barreto de MagalhĆ£es, ao depois

4. D. Felicia Lobo, que foi cazada quatro vezes, a primeira com Pedro Dias de quem teve filhos, a fl… retro n.1; a segunda com Paulo Argolo, e teve filhos a fl….; a terceira com Vicente Coelho, e a quarta com Constantino Menelao, dos quais nĆ£o achamos filhos.

5. D. Micia Lobo de MendonƧa, a primeira mulher de Jeronimo Moniz Barreto, a fl…, n. 3. NĆ£o era filho d’este.

6. D. Victoria de Barros, mulher de Manuel de Freitas do Amaral, adiante, e D. Ignez de Barros Lobo, depois.”

PAG. 206.

“N. 6 – D. Victoria de Barros, filha sesta de Gaspar de Barros de MagalhĆ£es, o primeiro d’este nome, e de sua mulher Catharina Lobo de Almeida, cazou com Manoel de Freitas do Amaral, homem formado e Cavalleiro fidalgo.”

A respeito de D. Victoria, seu marido e descendĆŖncia nĆ£o se fala mais. Mas basta dar uma rĆ”pida passada d’olhos no capitulo para constatar que todas as outras famĆ­lias mais nobres das terras brasileiras estĆ£o entrelaƧadas a esse tronco.Ā E a presenƧa dos sobrenomes presentes hoje-em-dia sĆ£o comuns em todo o Brasil.

Observe-se que nĆ£o se trata da primeira vez que encontramos a menĆ§Ć£o `as Ć³rfĆ£s enviadas pela rainha D. Catharina para casarem-se com as pessoas principais da colonia. E essa foi uma estratĆ©gia colonialista bem inteligente!

Isso remonta desde os tempos dos primeiros colonizadores que se “promiscuĆ­am” com as indĆ­genas e negras escravas. O caso mais famoso foi o do Jeronimo de Albuquerque, cunhado do primeiro capitĆ£o hereditĆ”rio de Pernambuco, Duarte Coelho.

Com a chegada dos padres jesuitas, inclusive Manoel da NĆ³brega e Jose de Anchieta, os governantes portugueses foram informados e pressentiram que as relaƧƵes “ilĆ­citas e promiscuas” produziriam pessoas com caracterĆ­sticas raciais diferentes daquelas comuns `a Europa.

Logo, pelo preconceito e temor, raciocinou-se que as misturas criariam povos nĆ£o apenas com diferenƧas fĆ­sicas, mas tambĆ©m com intelecto que logo perceberia as agruras do colonialismo, atravĆ©s do qual o povo, considerado inferior, era levado a trabalhar para sustentar os privilĆ©gios dos graĆŗdos brancos.

Como se vivia muito pouco `a Ć©poca, era comum os pais deixarem uma grande quantidade de filhos menores. Mesmo aqueles com origem na nobreza e, sem os provedores paternos, tornavam-se um “incomodo” para a coroa, pois, sem fortuna nĆ£o tinham como se casar, pois, os costumes exigiam os dotes cuja obrigaĆ§Ć£o era dos pais das filhas.

Essas eram criadas em conventos de freiras para que depois “tivessem alguma serventia”. E, claro, criadas em uma instituiĆ§Ć£o intimamente ligada `a governanƧa, ja que Igreja e Estado estavam unidos, as crianƧas tambĆ©m eram instruĆ­das dentro dos valores impostos por tais instituiƧƵes.

Nesse caso, envia-las para a colĆ“nia passou a ser uma estratĆ©gia de Estado e nĆ£o uma aĆ§Ć£o caritativa. A finalidade disso era manter a pureza da raƧa, ao mesmo tempo que essas crianƧas, “adestradas segundo os crĆ©ditos da imposiĆ§Ć£o da dominaĆ§Ć£o de uns pelos outros”, passassem para os filhos a mesma educaĆ§Ć£o que receberam.

NĆ£o se tratava de ensinar humildade e sim subserviĆŖncia. NĆ£o se tratava de democratizar os privilĆ©gios da nobreza. Era uma estratĆ©gia de dominĆ¢ncia `a distancia, pois, essas famĆ­lias eram ensinadas a se crer superiores, embora submissas ao poder metropolitano.

Assim a reaĆ§Ć£o se dava em cadeia. Os nobres de Portugal eram submissos aos reis e `a Igreja. O povo ficava abaixo. Os nobres na colonia, eram submissos ao mesmo, mas impunham ao povo colonial antes a submissĆ£o a eles prĆ³prios, como se fossem mais gente.

Essa Ć© a origem do elitismo entre as classes dominantes brasileiras e do complexo de vira-lata entre os muitos afetados pelo mal no Brasil, dentro de todas as classes socioeconĆ“micas. Seguimos, entĆ£o, com a prĆ³xima:

Como se dizia antigamente: “estava atoa na vida” e ai passou um “passarinho verde” para dar-me duas palhinhas!

PAG. 468

“PALHA

JoĆ£o Rodrigues Palha, de quem nĆ£o achamos noticia certa donde fosse natural, e so que fora dos primeiros povoadores da nova cidade de Salvador, Bahia de Todos os Santos, e que tivera o foro de escudeiro fidalgo e morador da freguezia de Matuim, e casado com Micia de Lemos, [469]Ā que era irmĆ£ de Beatriz de Lemos, (1) e do chantre Jorge de Pina, filhos estes de FernĆ£o de Lemos, fidalgo Cavalleiro. De sua mulher Micia de Lemos teve JoĆ£o Rodrigues Palha os filhos seguintes:

1. Constancia de Pina, que se segue.

2. Vicente Rodrigues Palha, (2) que ordenado se sacerdote foi doutor formado na Universidade de Coimbra em ambos os direitos, cĆ“nego, vigĆ”rio geral na se da Bahia, e governador do seu bispado, e renunciando todas estas honras se recolheu religioso no convento de S. Francisco na cidade da mesma Bahia, no qual professou a 30 de Janeiro do anno de 1600; foi o 7o. custodio, e prelado maior da dita custodia antes de ser elevada a provĆ­ncia, e n’ella faleceu com boa opiniĆ£o no convento da Bahia, pelos annos de 1636 para 1639, com o nome de frei Vicente do Salvador.

3. Izabel de Lemos, segunda mulher de Jeronimo Moniz Barreto, o velho, a fl…, e ahi o mais. Batizada na se a 25 de MarƧo de 1568.

(1) Cazada esta com Antonio da Mota Fidalgo.

(2) Batizada na se a 28 de Janeiro de 1567.”

A primeira esposa do Jeronimo Moniz Barreto havia sido D. Micia Lobo de MendonƧa, uma das 3 irmĆ£s Ć³rfĆ£s. Ou seja, por pouco nĆ£o nos tornarĆ­amos descendentes simultaneamente de pelo menos duas delas. Isso, obviamente, se o Antonio Moniz, Ā ai descendente, for mesmo o nosso ancestral.

Contudo nĆ£o se para ai. Foi aqui que o “passarinho verde” disse aos meus ouvidos. Sem ter o porque, continuei lendo o que se passava.

PAG. 473

“N. 5 – Felippe de Lemos, filho de JoĆ£o Rodrigues Palha e de sua mulher Micia de Lemos, foi cazado com Francisca Barboza, (2) filha de Baltazar Barboza de AraĆŗjo e de Catharina Alvares, sua mulher, e era ja viuva esta Francisca BarbozaĀ de ChristĆ³vĆ£o Ā de Sa de Betencourt, do qual tinha dois filhos, Joanna Barboza, cazada com Miguel Telles de Menezes, e Francisco de Sa de Betencourt, casado com Anna de Souza, e d’este Felippe de Lemos teve mais:

Vicente Palha de Lemos, Lourenco de Lemos, Maria de Lemos ou Barboza e Agueda de Pina, cazada com Lourenco de Oliveira Pita, com filhos.

(2) Cazaram a 28 de Janeiro de 1620, e era viuvo de D. Maria Barboza. Piraja.

Ai esta. Antes que procurando, por sorte encontrei quem foram os pais de Antonio Galas da Silveira, marido de D. Luiza Josefa de Menezes. E ai vou ter que retornar ao livro para melhor compreender as relaƧƵes de parentesco.

Certo, porem, Ć© que, o autor do livro estava correto. O casamento entre pessoas com terceiro grau de parentesco, da aos filhos um terceiro grau de consanguinidade.

Ai se trata de genƩtica para explicar, pois, a quantidade do DNA dos avos comuns dobram quando esses casamentos acontecem. Assim, essa quantidade se torna a mesma que ha entre pessoas primas em terceiro grau, mesmo sendo na genealogia consideradas primas em quarto grau.

Isso implica dizer que os filhos de primos em terceiro grau possuem a mesma quantidade do DNA de seus ancestrais na mesmaĀ proporĆ§Ć£o que seus pais. A cada geraĆ§Ć£o, essa quantidade era para cair pela metade. Porem, a metade do lado materno se soma `a metade do lado paterno, produzindo um inteiro.

Nesse caso, ANTONIO JOSE MONIZ BARRETO e irmĆ£os eram primos terceiros por causa da linhagem Barbalho/Barreto. Mas tambĆ©m tinham o sangue acumulado do lado PALHA. Nesse caso, tornaram-se mais primos que o 3o. grau, o que poderia ser o 2o.

Para que nĆ£o se percam no raciocĆ­nio, resolvi repetir aqui aquele pequeno trecho da pagina 376:

“N. 6 – D. Luiza Josefa de Menezes, filha quarta de D. Thereza de Souza e de seu marido Jeronimo Moniz Barreto, n. 2; cazou com Antonio Galas da Silveira, * que teve a merce do habito da ordem de Christo, pelos serviƧos de seus avos, e nĆ£o professou por falecer antes de o tomar; e era filho de LourenƧo de Oliveira Pita e de sua mulher Agueda Pina Barbosa, e para se receberem foram dispensados, e teve filhos:”

Via Agueda Pina Barbosa constata-se que o Antonio Jose Moniz Barreto alem de Barbalho com Barbalho e Moniz Barreto com Moniz Barreto, foi tambƩm Palha com Palha. Era o Palhinha!

E assim se da porque o Francisco Moniz de Menezes ja era filho de D. Izabel de Lemos (Palha) e Jeronimo Moniz Barreto, o velho.

E observe-se que levando-se em contaĀ apenas o Felippe de Lemos, que havia sido tio antepassado do Antonio Jose, veja-se com quantas famĆ­lias a raƧa se misturou. Alvares, AraĆŗjo, Barbosa, Sa de Betencourt, Souza, Oliveira e Pita.

Alias, esse Oliveira Pita do ancestral LourenƧo talvez proceda dos de SĆ£o Paulo. Pode ter sido um dos bravos que prontificou-se a defender a terras brasileiras conquistadas pelos holandeses.

Houveram alguns casos que paulistas se mantiveram no Nordeste e por la deixaram geraĆ§Ć£o. Algo a se verificar. NĆ£o encontrei a famĆ­lia dele na Bahia.

Ou melhor, nĆ£o encontrei o local ao qual ele possa estar inscrito. Isso porque ha um capitulo: ROCHA PITA, na Bahia. Trata-se de primeiros chegados cujos filhos podem ter se casado em outras famĆ­lias. Mas isso tem que ser verificado mas nĆ£o tenho tempo agora.

Bom, ate aqui descobre-se que o ANTƔNIO JOSE MONIZ BARRETO descende dos PALHA. NĆ£o consegui nada a respeito do LourenƧo de Oliveira Pita. Tive, entĆ£o, que ver o lado materno da ancestral dele, FRANCISCA BARBOZA.

PAG.113

Aqui o autor deu continuidade a capitulo anterior. So nĆ£o foi completamente por acaso que encontrei porque busquei antes na internet. Assim, tive algumas informaƧƵes previas e passando os olhos acabei encontrando o que procurava:

“SucessĆ£o da sexta filha de Genebra Alvares e de seu marido Vicente Dias, a qual foi:

N.17 – Catharina Alvares, filha de Genebra Alvares e de seu marido Vicente Dias de Beja, moƧo fidalgo da caza do infante D. Luiz, cazou com Baltazar Barbosa de Araujo, natural de Ponte de Lima, filho de Gaspar Barboza de Araujo e de sua mulher D. Maria de Araujo. DeĀ Catharina Alvares e seu marido Balthazar Barbosa, foram filhos:

1. Francisca, batizada na se a 12 Fevereiro de 1579. Casada com ChristĆ³vĆ£o de Sa Betencourt, a fl…, e depois com Felippe de Lemos.”

Observe-se que as informaƧƵes sĆ£o suficientes para concluirmos que esses foram os pais que procurava. E, para encontrar que capitulo fazia aquela parte separada, nĆ£o precisei buscar tanto assim. Faziam parte do CARAMURUS NA BAHIA.

PAG. 84

“CARAMURUS NA BAHIA

Diogo Alvares Correia, *da principal nobreza de Vianna, vindo `a Bahia por acazo da fortuna, sendo o primeiro Portuguez, que n’ella aportou, e pizou as suas praias, e pelo sucesso do seu naufrĆ”gio, e modo com que escapando d’elle com vida a conservou entre o gentio, que lhe acrescentou o cognome de – CARAMURU – Ć© tĆ£o celebrado na tradiĆ§Ć£o e historia. Depois de ter de uma

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  • Faleceu a 3 de Outubro de 1557, sepultado no mosteiro de Jezus, que era do collegio da Companhia: cadern. fl. 70 verso.

PAG. 85

filha do principal dos indios, que habitavam as costas da barra da Bahia, varias filhas illegĆ­timas que n’esse lugar se assentaram, e chamado ainda entĆ£o, como gentia, – ParaguaƧu – como escrevem algumas memĆ³rias, ou com tem outras – Guaibim-Para – e tudo quer dizer o mesmo que – mar ou rio-grande – e conhecida depois de batizada por Catharina Alvares: d’esta e de seu marido Diogo Alvares Caramuru foram filhas legitimas:

1. Anna Alvares, que se segue.

2. Genebra Alvares, adiante.

3. Apolonia Alvares, depois.

4. Gracia Alvares, mulher de AntĆ£o Gil.”

PAG. 86

“SucessĆ£o da segunda filha legitima de Catharina Alvares e seu marido Diogo Alvares Caramuru, que foi:

N. 2 – Genebra Alvares, filha segunda de Catharina Alvares e de seu marido Diogo Alvares Caramuru, cazou com Vicente Dias de Beja, natural da Provincia do Alentejo, moƧo fidalgo da caza do infante D. Luiz. Assim se acha em varios papeis manuscritos feitos por pessoas antigas, que tiveram o cuidado de escrever e fazer memĆ³ria dos sugeitos, que casaram com estas filhas de Catharina Alvares e seu marido Diogo Alvares Caramuru, como tambĆ©m do Teatro GenealĆ³gico das arvores das principais famĆ­lias do reino de Portugal e suas conquistas.

De Genebra Alvares e seu marido Vicente Dias foram filhos:

12. Diogo Dias, que se segue.

13. Maria Dias (1) mulher de Francisco de AraĆŗjo, adiante.

14. LourenƧo Dias, sem geraĆ§Ć£o.

15. Melchior Dias, sem geraĆ§Ć£o.

16. Vicente Dias, sem geraĆ§Ć£o.

17. Catharina Alvares, (2) adiante.

***************************************

(1) Batizada na se a 5 de Janeiro de 1556

(2) Batizada na se a 18 de Julho de 1559.

PAG. 87

18. Andreza Dias, mulher de Diogo de Amorim Soares, (1) filho de Francisco Soares, de Ponte de Lima, sem geraĆ§Ć£o.

19. Francisca Dias (2) mulher de Antonio de AraĆŗjo, irmĆ£o de Gaspar Barbosa, de Ponte de Lima, adiante `a fl… Segunda vez cazou essa Francisca Dias (3) como consta do assento seguinte: Aos 15 de Fevereiro de 1597 recebi eu o legado Pedro de Campos, deĆ£o da se, a Francisco de Aguiar, filho de Jacome Duarte e de sua mulher Izabel de Aguiar, moradores na cidade de Braga, freguezia de S. JoĆ£o de Souto, com Francisca Dias, filha de Vicente Dias e de sua mulher Genebra Alvares.”

**********************************

“(1) cazaram a 12 de Janeiro de 1586

(2) cazou com este a 8 de Janeiro de 1518. Na se. Padrinhos Antonio de Paiva e AntĆ£o Gil.

(3) Faleceu esta a 8 de Agosto de 1611. Sepultada em S. Francisco.”

As informaƧƵes no livro sĆ£o vagas. Busquei algo mais para dimensionar a importĆ¢ncia da indĆ­gena Gauibim-Para. Entre as coisas que acho importante foi determinar que ela era Tupinamba e o nome do pai foi Taparica. Quem desejar ver um resuminho, abra:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Catarina_ParaguaƧu

Para facilitar a leitura, vamos entĆ£o fazer mais um esqueleto dessa genealogia. Assim saberemos como o Antonio Galas da Silveira descende desses ancestrais. Segue assim:

QUARTO ESQUELETO (nesse capitulo)

01. Diogo Alvares Correia (Caramuru)Ā c.c. Catharina Alvares, pais de:

02. Genebra Alvares c.c. Vicente Dias de Beja, pais de:

03. Catharina Alvares c.c. Balthazar Barboza de Araujo, pais de:

04. Francisca Barboza c.c. Felippe de Lemos, pais de:

05. Agueda de Pina c.c. Lourenco de Oliveira Pita, pais de:

06. Antonio Galas da Silveira c.c. D. Luiza Josefa de Menezes, pais de:

07. Diogo Moniz da Silveira c.c. Anna Maria da Affonseca, pais de:

08. Martinho Moniz Barreto c.c. D. Francisca Izabel Barreto de Menezes, pais de:

09. ANTONIO JOSE MONIZ BARRETO

Penso que agora ficou demonstrado que mesmo que esse Antonio Jose nĆ£o seja nosso ancestral, ele devera ter sido de outras pessoas no Brasil e a descendĆŖncia dele poderĆ” ser imensa, tanto quanto Ć© a de nosso ancestral.

Imagine-se, entĆ£o, o quanto maior devera ser a descendĆŖncia do Diogo Alvares e Catharina Alvares! Pode ser que nĆ£o sejamos descendentes deles atravĆ©s do Antonio Jose, mas difĆ­cil serĆ” nĆ£o sermos por outros esqueletos.

De qualquer forma fica ai comprovado que o estudo da disciplina Historia ficaria muito mais prazeiroso se ao invĆ©s de estuda-la como se os personagens nos fossem alienĆ­genas, eles fossem o que sĆ£o: nossos ancestrais.

E, diga-se de passagem, de certa forma, Ć­ntimos. SĆ£o apenas 9 geraƧƵes entre a primeira geraĆ§Ć£oĀ ate ao Antonio Jose. Caso o nosso ancestral seja esse mesmo temos apenas 6 geraƧƵes ate `a minha prĆ³pria.

Pode parecer que o parentesco seria pequeno, contudo, os da casa de meus pais descendem 6 vezes do mesmo Antonio Jose Moniz. Ou seja, Isso soma tanto que ele e sua esposa se tornam praticamente nossos pais, por ser 6 vezes em apenas 6 geraƧƵes!

Para fechar esse capitulo vamos anotar apenas alguns exemplos do destino de nossos aparentados. Segue entĆ£o:

PAG. 244

“BARROS DA FRANCA NA BAHIA

Affonso de Franca, foi um homem honrado, e fidalgo da bom procedimento, irmĆ£o de Andre Dias da Franca, o qual Affonso da Franca passou `a Bahia com sua mulher D. Catharina Corte-Real, e o pai d’este Affonso da Franca foi Lancerote de Franca. De Affonso de Franca e sua mulher foram filhos:”

PULANDO `A PAG. 247

N, 2 – Rafael Soares da Franca, filho de JoĆ£o Alvares Soares e de sua mulher D. Catharina Corte-Real, cazou com D. Catharina de Souza, filha de Antonio Pereira de Souza, Cavalleiro do habito de Santiago, e de sua mulher D. Antonia Bezerra, filha do mestre-de-campo Luiz Barbalho Bezerra; foi homem rico e senhor de engenho no rio de Parana-mirim, teve filhos:”

PAG. 384

“ROCHA, SA E SOTOMAIOR

Diogo da Rocha de Sa, o 1o. aqui

Manoel de Sa Soutomaior, foi provedor da alfĆ¢ndega da Bahia, e cazado com Elena de Argolo, a fl… Era irmĆ£o de Diogo da Rocha de Sa, que aqui se segue, e naturaes da Villa de Viana, Foz de Lima, dos Sas e Soutomaiores, e filhos legĆ­timos de Leonardo de Sa Soutomaior, pessoas nobres e de famĆ­lias principaes do reino de Portugal, donde se passaram para a Bahia nos princĆ­pios de sua fundaĆ§Ć£o, e n’ella cazou Diogo da Rocha de Sa com D. Ignez Barreto, irman do alcaide-mor Duarte Moniz Barreto, e filhos ambos, com outros mais, que ja ficam a fl…, n. 1, e seus filhos e filhas com outros mais de Egas Moniz Barreto ahi a fl…, n. 1 e seg., e n’ella cazou Diogo da Rocha de Sa (1) e teve filhos:

1. Mem de Sa, que se segue.

2. D. Felippa de Sa, adiante

3. Diogo da Rocha de Sa, ao depois.

N. 1 – Mem de Sa, filho de Diogo da Rocha de Sa e de sua mulher D. Ignez Barreto, cazou com D. Maria Barboza, (2) filha de Francisco Barbuda, o velho, cavalleiro da caza de el-rei, e de sua segunda mulher Maria Barboza, que era irman inteira de Gaspar Dias Barboza Mello, e teve no decurso de 21 annos, que viveram cazados, os filhos seguintes:

************************************************

5. D. Escolastica, mulher do capitĆ£o Gaspar Maciel, adiante”

PAG. 386

“MACIEL E SA

N.6 Diogo de Sa Soutomaior, filho Ćŗnico de D. Escolastica de Sa, n. 5, e de seu marido Gaspar Maciel, capitĆ£o de mar e guerra, cazou com D. Guiomar da Rocha, primeira mulher, e teve:

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Segunda vez cazou Diogo de Sa Soutomaior com D. Francisca Barbalho, filha de Antonio Ferreira de Souza, filho de Euzebio Ferreira e de sua mulher Catharina de Souza, a fl…, n. 5 e 18: casaram na Capella do Bom Jezus do Socorro no 1o. de Dezembro de 1668.”

PAG. 391

“N. D. Roza Maria de Sa, filha do capitĆ£o-mor Mem de Sa, n. 10, e de sua mulher D. Mariana Cecilia da Serra, cazou com Egas Moniz Barreto, filho do coronel Egas Moniz Barreto e de sua mulher D. Ignez Thereza Barbalho Bezerra, a fl…:

O padre GonƧalo de Sa Soutomaior

O capitĆ£o Roque Moniz Barreto, que faleceu solteiro.

Estacio de Sa Moniz Barreto, que se segue.

Egas Moniz Barreto, que faleceu solteiro.

Jose Sotero Moniz Barreto, cazado em Pernambuco

Nazario da Rocha de Sa Soutomaior, que cazou duas vezes, a primeira com D. Roza Maria Florentina, filha de Manoel Nunes de Vasconcellos e de sua mulher D. Catharina Barboza, e d’esta teve seis filhos que todos faleceram solteiros, que foram: Manoel, Mario, Augusto, Antonio, Roza e Catharina.

Vicente Vasco Jose, que faleceu solteiro

D. Antonia Maria Francisca, adiante.

D. Roza Maria de Sa, ao depois. [PAG. 392]

D. Maria Sofia de Jezus Maciel, adiante.

D. Mariana Cecilia Bezerra, ao depois.”

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Assim completamos o capitulo com a conclusĆ£o de que, fatalmente, em sendo descendentes do Antonio Jose Moniz Barreto, seremos em maior ou menor teor aparentados da maioria dos baianos e brasileiros de um modo geral.

E se fizermos uma genealogia mais completa dos descendentes desses ancestrais verificaremos que eles tambĆ©m serĆ£o, obrigatoriamente, ancestrais de todas as personalidades de todos os Ć¢mbitos de atividade.

Isso significa dizer que o maior coco da Bahia, Rui Barbosa; o poeta Castro Alves e tantos escritores e compositores terĆ£o algo de nossa genĆ©tica recente.

E quanto mais geraƧƵes se passam, maior tendĆŖncia serĆ” de sermosĀ aparentados das geraƧƵes mais novas. Isso porque a cada novo entroncamento haverĆ” a chance de os filhos nascerem de descendentes de nossos ancestrais, tanto do lado materno quanto paterno.

Essa se torna a grande verdade do estudo genealĆ³gico. NĆ£o se precisa casar com parentes prĆ³ximos e conhecidos para deduzir que teremos parentesco com nossos cĆ“njuges. Ja sabemos que temos, com qualquer pessoa. A genealogia somente confirma isso e da o grau!

Quem depois abrir esse livro, pode procurar que na sequencia da descendĆŖncia do Diogo Caramuru e ParaguaƧu, multiplica-se, entre outras, a AraĆŗjo de AragĆ£o. Ou seja, aquela que depois ira se encontrar com o Barbalho BarretoĀ na formaĆ§Ć£oĀ dos diversos tĆ­tulos de nobreza do impĆ©rio.

Outro detalhe, nĆ£o confundam o capitĆ£o-mor, aqui presente, Mem de Sa, como o governador geral do Brasil. Os Sa sĆ£o os mesmos. E o nome tambĆ©m. Mas esse casamento se deu quando o governador ja era defunto.

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07.Ā O QUE QUE A BAIANA TEM? OS QUINDINS DE YAYA!!!

ComeƧando com uma brincadeira, abram para acompanhar a leitura:

http://www.tcm.com/mediaroom/video/1075601/Three-Caballeros-The-Movie-Clip-Os-Quindin-De-Ya-Ya.html

Sem palavras:

PAG. 135

“ARAUJOS E BARBOZAS

Balthazar Barboza de Araujo, *de quem era irmĆ£o bastardo Francisco Barboza de Araujo, a fl… n. 3, e ambos naturaes de Ponte de Lima, era filho legitimo de Gaspar Barboza de Araujo e de sua mulher D. Maria de Araujo, neto De Francisco Rodrigues de Araujo e de sua mulher D. Genebra Barboza, filha de EstevĆ£o GonƧalves Susteiro e de sua mulher D. Brites Barboza, filha de GonƧalo Fernandes de Barboza, que servio a el-rei D. JoĆ£o I com gente `a sua custa na batalha de Aljubarrota, o qual GonƧalo Fernandes de Barboza houve a dita D. Brites Barboza de sua mulher Beatriz Correa, filha de FernĆ£o Affonso Correa, senhor de honra de FarelƵes, e das freguezias de S. Pedro do Monte e Villameana, e de sua mulher D. Leonor Rodrigues da Cunha, neta de Affonso Vasques Correa, senhor da honra de FarelƵes, e de D. Berengueira Nunes Pereira, filha de Rui Pereira, a quem chamara o Bravo, e de D. Violante Lopes de Albergaria, e neta de D. Rui GonƧalves Pereira e de D. Berengueira Nunes, filha de Nuno Martins Barreto, bisneto de Paio Correa de Alvaranntu e de D. Maria Mendes de Mello, filha de Mem Soares de Mello, terceira neta de Pedro Paes Correa, e de D. Dordens Paes, filha de D. Pedro Mendes de Aguiar, quarta neta de D. Paio Soares Correa, o velho, e de sua segunda mulher D. Maria Gomes da Silva, filha de [136] D. Gomes Paes da Silva, alcaide-mor do castello de Santa Olaia, quinta neta de D. Sueiro Paes Correa e de D. Urraca Sueiro, filha de D. Huergueda, sexta neta de D. Paio Ramiro, fidalgo portuguez, rico homem d’el-rei D. Affonso VI de Espanha.

Foi GonƧalo Fernandes de Barboza filho de D. FernĆ£o Pires de Barboza e de sua mulher D. Mauroires, filha de Aires Paes de Torozelos e de D. Urraca Ramires, filha de Dom Rui GonƧalves da Cunha, neto de Martim de Barboza e de D. Margarida Eanes, filha de JoĆ£o Aires Duro e neta de Aires Rodrigues Duro e de D. Thereza de Vasconcellos, filha de JoĆ£o Pires de Vasconcellos, bisneto de Nuno Pires Barboza, e terceiro neto de D. Pedro Nunes de Barboza e de D. Elvira, filha de Martim Pires da Maia, Ojami, de alcunha, quarto neto de D. Nuno Sanches de Barboza e de sua mulher D. Thereza Alvares, filha do Conde D. Alvaro de Ferreira de Castella, quinto neto do Conde D. Sancho Nunes e da Condessa D. Thereza Mendes, filha de D. Mem Moniz de Riba-Douro, sexto neto do Conde D. Nuno de Salanova e de Sancha Gomes Echegui, sĆ©timo neto de Guterre Arias, Conde de Tui, mordomo-mor d’el-rei D. Affonso Magno, oitavo neto de Ermenegildo, Conde de Tui, mordomo-mor e parente d’el-rei D. Affonso Magno, pelos annos de Christo de 864.

Foram Balthazar Barboza de Araujo e seu irmĆ£o Francisco de AraĆŗjo Barboza bisnetos de Rodrigo Alvares de Araujo, commendador da ordem de Santiago, e de D. Bibiana Alvares de Antas, filha de Alvaro Pires de Antas, e neta de EstevĆ£oĀ Rodrigues de Antas, que se achou no escalamento de Tui, como refere Azurara na Chronica d’el-rei D. JoĆ£o I, e concorreo nos tempos d’el-rei D. Diniz, bisneta de GonƧalo Fernandes de Antas, senhor do Pasto de Antas, e do conselho de FragĆ£o, e de sua mulher D. Ignez Aldred, filha de D. Vasque Aldred Da Silva, terceira neta de Garcia Vasques de Antas e de sua mulher D. Thereza de Novaes, filha de D. Paio de Novaes, senhor de Gondum, que era da caza de Castella, e de sua mulher D. Thereza Oerio, quarta neta [137] de Pedro Esteves de Antas e de D. Dordia Martins, filha de Martim Dadi, o velho, e de sua mulher D. Urraca Pires, filha de D. Pedro Mendes de Aguiar.

Foram os ditos Balthazar Barboza de AraĆŗjo e seu irmĆ£o Francisco de AraĆŗjo Barboza, terceiros netos de Alvaro Rodrigues de AraĆŗjo, commendador do Rio-Frio, e de D. ConstanƧa da Veiga Azevedo, filha de Rui Lopes da Veiga Azevedo,Ā quartos netos de Paio Rodrigues de AraĆŗjo, que chamaram o cavalleiro, embaixador d’el-rei D. JoĆ£o I de Portugal, capitĆ£o da guarda do infante D. Henrique, e de sua mulher D. Leonor Pereira de Barbuda, senhor do solar de Barbudo, quintos netos de Pedro Anes de AraĆŗjo Portegueiro, maior de Cella-Nova, senhor da terra de Lindozo, e de sua mulher (nĆ£o lhe explica o nome) filha do senhor de Pedrozo, sextos netos de GonƧalo Rodrigues de AraĆŗjo, vassalo d’el-rei D. Fernando de Portugal, senhor de Villar de Vallar, e do Ingar de LadrƵes, e Cazal de Donez, e da terra de Lindozo, e de sua mulher, que foi filha de um senhor da caza de Ribeira, e da terra de Lindozo, e dos Susgados, e Portorgo de Castro Laboeiro, e de sua mulher, que foi filha de um senhor da caza de Ribeira em Galiza, sĆ©timos netos de Pedro Anes de AraĆŗjo, fronteiro-mor contra a parte de Galiza, e de sua mulher N. Velozo, oitavos netos de Vasco Rodrigues de AraĆŗjo, o primeiro que teve esse apellido de AraĆŗjo, por ser senhor dessa Villa, Milmenda, Interino e 13 da ordem de Santiago e de sua mulher D. Leonor GonƧalves Velho, filha de Pedro Anes Velho, mestre da ordem de Santiago em Portugal, nonos netos de Paio Cavalleiro, em quem comeƧou esta famĆ­lia.

O Marquez de Monte-Bello, nas notas ao Conde D. Pedro, affirma descender do infante D. Velozo, filho d’el-rei D. Ramiro. Foi este Paio Cavalleiro senhor das villas de AraĆŗjo, Interino, Guindeve, Milmenda, e Val de Pedras. Tudo o que aqui se refere anda nos livros das linhagens em Portugal, e no Conde D. Pedro; e nos autores, que escreveram as notas ao dito Conde D. Pedro; e tambĆ©m no 1o. tomo da Corografia Portugueza, cap. 14 fl. 253, se trata da famĆ­lia dos AraĆŗjos.”

Observem que nada tratei da descendencia do Francisco de Araujo Barboza, irmĆ£o do Balthazar.

Acredito nĆ£o precisar por hora, pois, isso que anotei ja deu algum trabalho e nada nos valera; tanto se acaso do Antonio Jose Moniz Barreto nĆ£o nos for ancestral direto, quanto se for mas nĆ£o verificarmos isso por meio dos documentos que acaso isso mostre.

A vantagem serĆ” que se esses estudos de nada valerem para nos, pelo menos poderĆ” valer para quem, com certeza, seja descendente das pessoas ai presentes. Se lerem meus escritos, tirem bom proveito.

Quando tratei da descendencia do Jose Coelho de MagalhĆ£es, pensando ser com certeza o nosso ancestral na linhagem Coelho, tive a oportunidade de ver diversos desses mesmos nomes. E outros que antecedem a esses. Portanto ja os sei ser descendentes das realezas europeias mais antigas.

Quanto ao Francisco de AraĆŗjo Barboza temos:

PAG. 93

“N. 3 – Maria Dias, filha segunda de Genebra Alvares, n. 2, e de seu marido Duarte Dias cazou com Francisco de Araujo, filho natural de Gaspar de Barboza AraĆŗjo, natural de Ponte de Lima, da nobilissima familia dos AraĆŗjos, que ha na provincia de Entre-Douro e Minho (1).

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(1) Theat. Geneal., arv. 36. Faleceu este a 27 de Agosto de 1602. Sepultado na Mizericordia.”

Essa nota sera interessante para quem se interessar em aprofundar mais porque a descendĆŖncia do irmĆ£o do Balthazar poderĆ” ser igualmente nossa parente prĆ³xima, caso sejamos descendentes do Antonio Jose Moniz Barreto.

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08.Ā CONSIDERAƇƕESĀ A RESPEITO DE MAIS PARENTESCOS

A)Ā Obviamente,Ā nĆ£oĀ se encerrou ainda a nossa busca por nossos parentes.Ā NĆ£o tive a oportunidade de verificar nada a respeito de nossa ancestral Manoela do Espirito Santo, que foi a esposa do pentavĆ“ Antonio Jose Moniz.

Caso ele seja oĀ mesmo Antonio Jose Moniz Barreto,Ā entĆ£o,Ā terĆ­amosĀ que buscar saber se ela era baiana e, em sendo, de qualĀ famĆ­lia procedia. Caso seja, muito provavelmenteĀ terĆ”Ā ascendĆŖncia semelhante `a do marido, com o risco, para nos que somos descendentes, de descender dos mesmos ancestrais que ele.

Se ela for mineira,Ā terĆ”Ā ancestrais queĀ serĆ£o ancestrais do marido. Essa torna-se uma fatalidadeĀ obrigatĆ³ria. Contudo, em sendo ancestrais de variasĀ geraƧƵes anteriores `as deles,Ā nĆ£oĀ serĆ” grande problema para nos, pois, isso Ć© o normal!

B)Ā Alem dela temos outra oportunidade de descender do conjunto de ancestrais presentes nesse estudo. Trata-se de Thereza de Jezus. Apenas para manter a grafia daquelaĀ Ć©poca.

Thereza de Jezus teve por marido aoĀ portuguĆŖs sargento-mor Domingos Barboza Moreira. Vejamos esse esqueleto para explicar como chegam ate a nos:

01. Domingos Barbosa Moreira c.c. Thereza de Jesus, pais de:

02. Norothea BarbosaĀ FiĆŗza c.c.Ā portuguĆŖs,Ā JoĆ£o de Souza Azevedo, pais de:

03. Maria de Souza Fiuza c.c.Ā portuguĆŖs, Antonio Borges Monteiro, pais de:

04. Antonio Borges Monteiro Jr. c.c. Maria Magdalena de Santana, pais de:

05. Maria Francelina Borges Monteiro c.c. Daniel Pereira do Amaral, pais de:

06. Maria Marcolina Borges do Amaral c.c. Antonio Rodrigues Coelho, e esses se tornaram nossosĀ trisavĆ³s, tanto do lado materno quanto paterno.

02.Ā JoĆ£o de Souza Azevedo foi natural de Vila Nova do Norte, Portugal, e filho de Manoel de Sousa de Azevedo e Anna Coelho.

03. Antonio Borges Monteiro foi natural da Vila de Seia, Freguesia de PinhanƧos, do Distrito de Guarda,Ā tambĆ©m de Portugal no continente. Foi filho de Antonio Borges e de sua segunda esposa Joanna Monteiro. Atualmente temos maisĀ informaƧƵes a respeito deles.

Segundo o professor Dermeval Jose Pimenta, Thereza de Jesus procedia de Tabaiana, BA. Isso `a epoca que o Sergipe fazia parte da Bahia, pois, a atual cidade chama-se Itabaiana e Ć© naquele estado. Aqui podemos supor que possa ter cometido algum engano.

AĀ ĆŗnicaĀ informaĆ§Ć£o que nos passou a respeito do sargento-mor Domingos Barbosa Moreira foi a de que eraĀ portuguĆŖs.Ā NĆ£o temos ainda suaĀ procedĆŖncia.

EncontramosĀ informaƧƵes interessantes a respeito dele, ja em Minas Gerais. Isso foi descrito na pagina:

https://val51mabar.wordpress.com/2017/03/11/a-historia-e-a-familia-barbalho-coelho-andrade-na-historia/

O que ha esta no ultimo capitulo: 10. A PRESENCA DA FAMILIA BARBOSA NO INICIO DO CICLO DO OURO EM MINAS GERAIS.

Dentro do capitulo acima, inicio a descriĆ§Ć£o do que encontrei a respeito do Domingos Barbosa no sub-capitulo 6. Ha que se rolar quase todo o conteĆŗdo da pagina para encontrar.

De util para nossa genealogia mesmo encontrei que ele arrecadou os dƭzimos dos quartƩis da Comarca do Serro do Frio em 1723, quando ja era sargento-mor.

Alem disso, como referencia, so tĆ­nhamos as datas a partir de 1775, quando a neta Maria de Souza Fiuza se casou. Outras referencias a ele dĆ£o conta que tinha ligaƧƵes com cristĆ£os-novos, inclusive alguns processados pela InquisiĆ§Ć£o.

Outro detalhe importante da vida dele foi que a literatura afirma que alegou ter lutado contra a rebeliĆ£o de Felipe dos Santos, que se deu em 1720, em Minas Gerais.

Ele usou o argumento de que havia aumentado a fazenda real com suas aƧƵes, alem de ter protegido os interesses da coroa portuguesa `as prĆ³prias custas e com o “uso de gente e escravos”.

Assim, pode-se deduzir que foi abastado. Mesmo porque, somente se o fosse poderia ter ocupado os cargos que ocupou e pretender os privilƩgios de nobreza que requereu.

Alem disso, a data de 1720 torna-se imprescindĆ­vel para deduzir que deveria ser maduro, apto ao casamento. Provavelmente, os filhos que teve, caso tenha tido outros alem da nossa ancestral, deverĆ£o ter nascido no mĆ”ximo dentro da faixa dos 30 anos seguintes.

EntĆ£o, precisamos retornar `a Revista Trimensal para encontrarmos alguns dados interessantes. Vejamos entĆ£o:

PAG. 375

“N. 5 – D. Eugenia Thereza de Menezes, filha de D. Thereza de Souza e de seu marido Jeronimo Moniz Barreto, n. 2, cazou com o Sargento-mor JoĆ£o Lopes FiĆŗza, * cavalleiro professo na ordem de Christo, natural de Ponte de Lima, villa de Viana, filho de SebastiĆ£o FiĆŗza e de sua mulher Izabel Lopes; e teve filhos:”

“23. D. Thereza Eugenia de Menezes, cazada com o capitĆ£o-mor JoĆ£o Felix Machado Soares em Santo-Amaro, e depois com o doutor Francisco Gomes de Sa, e de ambos sem filhos. Batizada a 11 de Maio de 1713, na Se.”

Pensar que D. Thereza Eugenia seja nossa ancestral, nessas circunstancias, seria querer demais. Mas nĆ£o seria impossĆ­vel.

Nascida em 1713, poderia estar pronta para o casamento por volta de 1725. `A Ć©poca nĆ£o seria considerado absurdo algum. Como ela nĆ£o teve filhos dos seus dois maridos, nada mais consta em relaĆ§Ć£o `a vida dela.

Mas algo nĆ£o se pode negar. Aqui se registra o encontro das famĆ­lias Barbalho e FiĆŗza. Nesse caso, nĆ£o se pode descartar a possibilidade de outros casamentos terem se dado entre as duas famĆ­lias. Ou FiĆŗza com outra famĆ­lia da qual, talvez, sejamos descendente.

O extremo da coincidencia ai poderia ser que D. Thereza Eugenia poderia ter tido seus dois maridos, que poderiam ter sido senhores mais velhos, e eles terem se casado com ela e falecido no espaƧo dos prĆ³ximos 15 anos. Ou seja, antes de 1740.

Estando viuva e ainda jovem, em torno de 27 anos no mƔximo, poderia ter tido a terceira oportunidade de casar-se, dessa vez com um Domingos Barboza Moreira tambƩm ja maduro. Acredito que ele tenha nascido ao mais tardar em 1695, o que o faria chegar a 1740 aos 45 anos de idade.

Nesse caso, ate 1775, quando do casamento da ancestral Maria de Souza FiĆŗza, seriam 35 anos de espaƧo, perfeitamente dentro das possibilidades para os nascimentos dela e sua mĆ£e, Dorothea Barboza Fiuza.

Construi essa hipĆ³tese apenas paraĀ alertar a respeito das possibilidades de sermos descendentes por tantas vias dos mesmos ancestrais. NĆ£o por desejo de que isso realmente tenha acontecido.

Mas para alertar a respeito dos riscos de ignorarmos a genealogia e nĆ£o termos uma medida dos riscos que, por ignorĆ¢ncia do passado, podemos estar expondo nossa descendĆŖncia a eles.

A genealogia, nesse caso, devia ser um Ć³timo instrumento para uso em medicina preventiva. Todos deveriam te-la escrita. O mĆ©dicos teriam que ser instruĆ­dos a respeito da matĆ©ria para orientar os nubentes.

E estes precisariam abrir suas consciĆŖncias, pois, para eles prĆ³prios isso nĆ£o seria problema, os problemas sĆ£o passados para as geraƧƵes seguintes.

C) BRAVO, BRAVISSIMO. Naturalmente, havemos que considerar as diversas formas pelas quais devemos ser aparentados de todas as famĆ­lias brasileiras. O sobrenome Bravo entra como uma das possĆ­veis chaves.

PAG. 427

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“BRAVO

Antonio Bravo, foi natural do Porto, e cazado com Margarida Antonia, e teve filhos:

1. Antonio Mendes Bravo, que se segue.”

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Esse foi apenas um inicio de um capitulo curto. NĆ£o quiz aprofundar. Somente vi que no fim do capitulo a descendĆŖncia estava com o sobrenome SerrĆ£o. SerĆ” sobrenome que posteriormente produzira famĆ­lias com titulo de nobreza.

O interessante aqui foi que `a mesma Ć©poca e no mesmo Porto registra-se a saĆ­da de nosso ancestral Miguel Gomes Bravo. Possibilidade deĀ serem parentes para mim chega a 100%.

A diferenƧa foi que nosso ancestral tomou rumo mais ao Sul. Foi para Vitoria-ES e depois Rio de Janeiro.

D) BARRETOS EM PERNAMBUCO. JoĆ£o Paes Barreto foi o maior entre os senhores de engenho no inicio da colonizaĆ§Ć£o de Pernambuco, contando com o senhorio de 10 engenhos. Foi casado com Ignez Guardes de Andrade, filha de Francisco Carvalho de Andrade e Maria Tavares de Guardes.

BrĆ”s Barbalho Feyo foi modesto em relaĆ§Ć£o a ele. Foi senhor apenas do engenho SĆ£o Paulo da VĆ”rzea do Capibaribe. Alias, engenho fundado pelo sogro que foi o mesmo Francisco. Foi casado com Catharina ou Maria Tavares de Guardes.

Em uma literatura ha uma descriĆ§Ć£o dizendo que Francisco havia sido uma pessoa tĆ£o bem conceituada que conseguira casar bem as filhas e outra que se casara com BrĆ”s Barbalho Feyo.

BrƔs foi o pai da Camilla Barbalho. Ela com o Guilherme Bezerra Felpa de Barbuda foram os pais do governador Luiz Barbalho Bezerra.

Guilherme foi neto de Antonio Martins Bezerra e Maria Martins Bezerra. Um dos casais povoadores de Pernambuco. Praticamente todos os nascidos em Pernambuco deverĆ£o te-los como ancestrais.

Por ai se ve que os primeiros chegados a cada lugar tornam-se rapidamente ancestrais das futuras geraƧƵes. E a descendĆŖncia que se desloca para outras paragens acaba se tornando ancestrais das futuras geraƧƵes do novo lugar.

Dessa forma se dĆ£o as multiplicaƧƵes genealĆ³gicas e justamente por isso mesmo, nos acabamos nos tornando descendentes dos mesmos ancestrais que as outras pessoas tambĆ©m o sĆ£o.

Em Pernambuco nĆ£o descendemos dos Barreto. Mas eles descendem de nossos ancestrais. Se nĆ£o formos descendentes dos Barreto da Bahia, eles serĆ£o descendentes de nossos ancestrais que foram para la.

Dado que,Ā nĆ£o quiz ainda repetir a informaĆ§Ć£o, em SĆ£o Paulo e Rio de Janeiro, alem de descenderem dos Gomes Bravo, descendem dos capitĆ£es-mores, Antonio de Oliveira e JoĆ£o Carvalho de Pimenta. O que tambĆ©m nos descendemos.

Creio que esse motivo nos basta para demonstrar o quĆ£o infame Ć© o orgulho das pessoas que pensam ser melhores que as outras.

Deverƭamos dar o mƔximo de nos para fazermos uma genealogia o mais completa possƭvel. Assim, toda vez que alguns se arvorarem de melhores que os outros poderƭamos esfregar em suas faces as origens de todos.

Esse mundo precisa de menos orgulho e mais uniĆ£o. De menos disputas e mais soluƧƵes.

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09. UM POUCO DA DESCENDENCIA DA DONA COSMA BARBALHO

Para nĆ£o deixar sem uma menĆ§Ć£o, resolvi postar um pouco da descendĆŖncia de dona Cosma Barbalho Bezerra e seu marido Francisco de Negreiros Sueiro. Isso ajuda a termos uma ideia de como se diversificou nossa famĆ­lia na Bahia.

Bom, a bem dizer, multiplicou-se em sobrenomes. Mas os ancestrais de todos acabam se encontrando nos mesmos nichos, especialmente em Portugal. E nĆ£o pretendo extrair mais nada do livro, pois que senĆ£o terei que acabar de copia-loĀ integralmente! E a revista tem quase 500 paginas.

PAG. 308.

“NEGREIROS DE SERGIPE DO CONDE

Ā  Ā  Ā Jorge Esteves, que era filho de Jeronimo Esteves, passou com sua mulher Dorothea Fernandes,Ā naturaes todos da Villa de Agua Revez, do arcebispado de Braga, para a Bahia, e na Villa de Sergipe do Conde foi juiz ordinĆ”rio e dos Ć³rfĆ£os, e teve filhos:

Ā  Ā  Ā 1. Domingos de Negreiros, que se segue

Ā  Ā  Ā 2. Jeronimo de Negreiros.

Ā  Ā  Ā N. 2 – Domingos de Negreiros, filho de Jorge Esteves, acima, foi cazado com Maria Pereira* filha de Martim Lopes Sueiro e de sua mulher Anna Pereira a fl…, n. 2 e teve filhos:

Ā  Ā  Ā 1.Ā DamiĆ£o de Negreiros, mulher sua D. Luzia de Souza fl…

Ā  Ā  Ā 4. OĀ capitĆ£o Domingos de Negreiros Sueiro, que se ordenou de sacerdote no anno de 1645, e das suasĀ inquiriƧƵes consta, que eraĀ filho de Domingos de Negreiros, acima, e de sua mulher Maria Pereira, neto por parte paterna de Jorge Esteves e de sua mulher Dorotea Fernandes, naturaes da villa de Agua Revez, do arcebispado de Braga, e por parte materna neto de Martim Lopes Sueiro e de sua mulher Anna Pereira. Batizado na capella de S. Germano Patativa, pelo coadjutor Nicolao Viegas, a 17 de Marco de 1629. Padrinhos seu tio Jeronimo de Negreiros e D. Maria de Souza, mulher de Duarte Lopes Sueiro.

Ā  Ā  Ā 5. D. Anna de Negreiros, mulher doĀ capitĆ£oĀ Guilherme Barbalho, a fl… n. 2.

Ā  Ā  Ā 6. Francisco de Negreiros Sueiro, que se segue.

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Ā  Ā  Ā Cazaram a 4 de Fevereiro de 1607.

PAG. 309

N. 6 – Francisco de Negreiros Sueiro, filho de Domingos de Negreiros, n. 2, e de sua mulher Maria Pereira, foi cazado com D. Cosma Barbalho, filha do mestre de campo Luiz Barbalho e de sua mulher D. Maria Furtado de MendonƧa, a fl…, e teve filho:

7. Luiz Barbalho de Negreiros, que se segue.

N. 7 – Luiz Barbalho de Negreiros, filho de Francisco de Negreiros, n. 6, e de sua mulher D. Cosma Barbalho cazou com D. Luiza Corte-Real, (1) filha de JoĆ£o Alvares de FranƧa, a fl…, e de sua mulher D. Catharina Corte-Real, e teve filhos.

8. Francisco de Negreiros Corte-Real, que se segue

9. JoĆ£o Alves Soares Corte-Real, batizado a 26 de Fevereiro de 1668

10. Domingos Soares Barbalho, batizado a 23 de MarƧo de 1669, cazou com D. Izabel Barboza a 15 de Fevereiro de 1700.

11. Antonio Barbalho de FranƧa, adiante, batizado a 7 de Novembro de 1670.

12. GonƧalo Soares de FranƧa, batizado a 10 de Janeiro de 1678, clƩrigo.

13. Joze Barbalho Corte-Real, faleceu solteiro.

14. D. Maria Josefa Corte-Real, solteira.

N. 8 – Francisco de Negreiros Corte-Real, filho de Luiz Barbalho de Negreiros, n.7, e de sua mulher D. Luzia Corte-Real, casou com D. Antonia de AraĆŗjo ou de AragĆ£o (2) filha de Pedro Camelo de AragĆ£o Pereira e de sua segunda mulher D. Anna de AraĆŗjo, a fl…, n. 74, a qual D. Antonia era viuva de Pedro Paes Machado, como fica ahi, e d’este seu segundo marido Francisco de Negreiros teve filhos; segunda vez cazou com D. Elena Maria de Argolo Menezes, filha do capitĆ£o Antonio Moreira de Menezes e de sua mulher D. Anna de Menezes, a qual D. Elena ja era viuva do legado Bartolomeo Soares, nĆ£o teve filhos.

15. D. Luiza Corte-Real, mulher do alferes SebastiĆ£o da Rocha Pita, a fl… n. 12, sem filhos.

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(1) faleceu esta a 23 de Janeiro de 1716

(2) cazaram a 7 de Outubro de 1697; na capella da Pena do Engenho da Ponta.

PAG. 310

16. Luiz Barbalho de Negreiros Corte-Real, cazou com D. Anna Joaquina de Almeida, irman do mestre de campo Bernardino Marques; nĆ£o teve filhos.

17. D. Anna de AraĆŗjo ou AragĆ£o, vive solteira

18. Antonio Joze de Negreiros Corte-Real; cazado com D. Catharina Josefa, sua parents, sem filhos.

N. 11 – Antonio Barbalho da FranƧa, filho de Luiz Barbalho de Negreiros, n. 7, e de sua mulher D. Luiza Corte-Real, cazou com D. Roza de AraĆŗjo de AragĆ£o (1), filha de Pedro Camelo de AragĆ£o Pereira, que ja fica acima, e era esta D. Roza irman de D. Antonia, e filhas ambas, do sobredito Pedro Camelo. De D. Roza e seu marido Antonio Barbalho da FranƧa foram filhos:

19. Ignacio, batizado a 8 de Dezembro de 1693

20. Luiz Barbalho de Negreiros

21. D. Anna de AragĆ£o, mulher de Felix de Itaparica, sem filhos.

22. D. Antonia, mulher do doutor JoĆ£o Pereira de Vasconcellos, a fl… n. 76.

Segunda vez cazou Antonio Barbalho, acima, com D. Catharina Jozefa de AraĆŗjo Azevedo, filha do capitĆ£o Gaspar de AraĆŗjo Azevedo e de sua mulher D. Izabel Barboza, e teve tambĆ©m filhos:

Antonio e D. Cosma, que faleceram solteiros.”

Creio nĆ£o precisar estender mais. Mesmo porque nĆ£o ha no Ć­ndice indicaĆ§Ć£o dos nomes com os quais se casaram essa descendĆŖncia. Pelo menos, o que ja esta ai da uma mostra geral.

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10. ANTONIO BARBALHO PINTO, NOSSO QUASEĀ ANCESTRAL!

Desfazendo confusƵes. Anteriormente, havia postado uma pagina em meu blog na qual reproduzi o que encontrei no livro: “PEDATURA LUSITANA, NOBILIƁRIO DE FAMILIAS DE PORTUGAL.” CAPITULO: “BARBALHOS”. O endereƧo da pagina Ć©:

https://val51mabar.wordpress.com/2017/03/11/a-historia-e-a-familia-barbalho-coelho-andrade-na-historia/

Esta no capitulo da pagina: 08. DA FIDALGUIA DA FAMILIA BARBALHO.

Basta rolar o material ate aproximadamente `a metade doĀ conteĆŗdoĀ da pagina para encontrar aĀ matĆ©ria.

Mas antes disso, vejam outro relato. O amigo Mauro Moura de Andrade enviou-meĀ tambĆ©m noticias em forma de paginas do livro: A SAGA DOSĀ CRISTƃOS-NOVOS NAĀ PARAƍBA. De autoria de dona Zilma Ferreira Pinto.

Antes de tudo, veja-se o que ha deĀ informaƧƵes maisĀ Ćŗteis para nosso estudo agora. Segue-se isso, da pagina 143:

“Antonio Barbalho Pinto, um neto de Branca Dias no Senhorio do Camaratuba. O homem que desacatou PauloĀ Linge. O nobre avoengo e ancestral dos grandesĀ povoadores.”

Ao demonstrar que, ao contrario do que fora dito por Borges da Fonseca a respeito da morte de Antonio Barbalho Pinto, dado como morto por ele em 1625, na verdade, em 1645 ainda estava vivo; ela copia, de Diogo Lopes Santiago e Maximiano Machado, `a pagina 150, e temos:

“…. eĀ tambĆ©m foram soltando alguns malsinados debaixo dos mesmos passaportes e prometimento de fidelidade com as grandes peitas que lhes deram, exceto Antonio Mendes de Azevedo, que mataram, por trazer um filho e um genro na guerra…

das outras freguesias das capitanias, desde o Rio SĆ£oĀ Francisco ate aĀ ParaĆ­ba, prenderam a outros muitos homens, e daĀ ParaĆ­ba veio preso Antonio Barbalho, queĀ nĆ£o soltaram com os mais…

posto que o governador PauloĀ Linge desejou bem de prender alguns dos moradores principais, como tinha por ordem e havia ja mandado prender a Antonio Barbalho …. (71)”

Do livro pude extrair um pouco da genealogia. Veja-se isso:

  1. Antonio Barbalho PintoĀ e

Ā  Ā  1.Ā Guiomar Barbalho, filhos de:

Ā  Ā  2. Antonio Barbalho c.c. Violante Fernandes, filho de:

Ā  Ā  3.Ā FernĆ£oĀ Barbalho c.c. ?

Violante Fernandes foi filha de: Branca Dias c.c. Diogo Fernandes.

Branca Dias foraĀ cristĆ£-nova e DiogoĀ cristĆ£o-velho.

Foram casados 2 vezes cada um:

1) Violante Fernandes c.c.Ā JoaoĀ Pereira, pais de:

Ā  Ā  Ā a) Leonardo Pereira c.c. Brasia Pinto

Ā  Ā  Ā b) Mateus Pereira

2) Antonio Barbalho c.c. D. Antonia Bezerra

a) Felipe Barbalho

b) Luis Barbalho (N. 1601 aprox.)

Antonio Barbalho Pinto c.c. Anna da Silveira.

Vejamos agora o que nos trƔs de interessante o PEDATURA LUSITANA:

PAG. 343

“BARBALHOS

  1. FernĆ£o (A) Barbalho era natural de Entre Douro e Minho …… e teve:

2. Antonio Barbalho

2. Luis Barbalho

2. Alvaro Barbalho

2. Antonio Barbalho filho 1o. este viveo no Porto aonde foi cidadĆ£o. Casou com ….. e teve

3. Antonio Barbalho

3. D. Guiomar ……. m.er de Ignacio Cernache de Noronha co. g.

Casou 2a. vez com D. Antonia Bezerra, ouĀ Monteira, filha de Domingos Bezerra … … … … e houve:

3. Luis Barbalho Bezerra

3. Felipe Barbalho Bezerra

3. Antonio Barbalho filho 1o. deste viveo no Brazil …..

3. Luis Barbalho filho 2o. de Anto. Barbalho E o 1o. de

*************************

(A) Os f.os deste FernĆ£o Barbalho erĆ£o primos de M.el Fran.co Barbalho e tiverĆ£o Capella em S. Fran.co do Porto. E o dito M.el Fran.co Barbalho foi pai de Clara Barbalho m.er de G.ar de Carvalho e forĆ£o pais de Jo. Lopes Barbalho fidalgo da caza delRei e com.or de Sanfins de Nespereira e Mestre de Campo no Alentejo.”

*************************

PAG. 354

“sua 2a. mulher n.2 foi insigne Soldado nas armas do Brazil: foi fidalgo da Caza delRei E com.or dos casaes na ordem de Christo. E Governador do Rio de Janeiro onde morreo.

Casou com D. Maria Furtado de M.Ƨa filha de Fernand’Ayres Furtado E de sua m.er Cecilia Carreira E houve:”

Na verdade, os genealogistas na atualidade seguem uma combinaĆ§Ć£o de linhagens deixada por *Borges de Fonseca, e outros, na qual temos:

01. BrĆ”s Barbalho Feyo c.c. Maria (ou *Catarina)Ā Tavares de Guardes, pais de:

02. Camila Barbalho c.c. Guilherme Bezerra Felpa de Barbuda, pais de:

03. Luis Barbalho Bezerra c.c. D. Maria Furtado de MendonƧa.

*Borges da Fonseca afirma, em parte, que o nome da esposa do BrĆ”sĀ era Leonor, mas outros mencionam nome desconhecido, embora sabendo que houvesse uma filha chamada Leonor Tavares de Guardes, filha de Francisco de Andrade Carvalho e Maria Tavares de Guardes.

No capitulo, Barbalhos,Ā pag. 139, ele escreveu que a esposa do BrĆ”s fora a Leonor. E que Camilla Barbalho, teria se casado com FernĆ£o Bezerra.Ā Na segunda nĆ£o ousou escrever nomes.

Na verdade, a nobiliarquia escrita por Borges da Fonseca que verifiquei na internet contem trĆŖs partes.

No capitulo BEZERRAS FELPA DE BARBUDA, pag. 35, menciona `a pag. 36Ā o nome N……….. Bezerra Monteiro como marido da Camilla.

A outra esta mais ao final da publicaĆ§Ć£o, nos indexes.Ā O que inicia-se `a pag. 384 tambĆ©m nĆ£o nomeia a esposa do BrĆ”s, destaca apenas que havia sido irmĆ£ de Ines Guardes, “mulher do instituidor do Morgado do Cabo”.

Quem desejar verificar os detalhes, pode-se ler o livro no endereƧo:

http://memoria.bn.br/pdf/402630/per402630_1925_00047.pdf

Por essas notas podemos observar que houve confusĆ£o do autor do Pedatura Lusitana. Na verdade, sĆ£o dois troncos, por enquanto, separados, que deram origem `a FamĆ­lia Barbalho no Brasil. Aquele iniciado pelo BrĆ”s e o iniciado pelo Antonio Barbalho Pinto.

Segundo o Borges da Fonseca, o BrĆ”s ja estava no Brasil, Pernambuco, desde os tempos do primeiro proprietĆ”rio da capitania,Ā capitĆ£o-mor, Duarte Coelho. E dele nasceu Camilla Barbalho, a qual passou o sobrenome para os filhos.

Ao que tudo indica, para que tenhamos origem no FernĆ£o Barbalho, como propƵe o autor, este terĆ” que nĆ£o ter encontrado documentos dizendo que o BrĆ”s tambĆ©m fosse filho dele. Pela idade, acredito que BrĆ”s pode ter sido irmĆ£o do FernĆ£o, talvez primo.

Enxergo outra pequena possibilidade tambĆ©m. A de que o Antonio, filho de FernĆ£o Barbalho, fosse o prĆ³prio BrĆ”s Barbalho Feyo. Talvez se chamasse Antonio BrĆ”s Barbalho Feyo. E os autores nĆ£o mencionaram.

Nesse caso, ele poderia ter sido pai de Antonio e D. Guiomar ainda em Portugal. Mas o autor do Pedatura deve ter recebido informaƧƵes desencontradas ja que realmente teve filhos com os nomes Felipe e Alvaro.

O que ele tambĆ©m nĆ£o ficou sabendo foi que teve a filha Camilla. Essa sim casou-se com Guilherme Bezerra Felpa de Barbuda, que fora neto do PantaleĆ£o Monteiro e Brazia de AraĆŗjo ou Monteiro.

Nesse caso, Luiz Barbalho BezerraĀ e Felipe Barbalho Bezerra ja eram netos e nĆ£o filhos do “Antonio” BrĆ”s. Dentro dessa possibilidade, o Antonio Barbalho Pinto, seria meio-irmĆ£o da Camilla Barbalho.

Porem, nĆ£o se teria mais noticia desse parentesco. Em primeiro lugar ele nĆ£o teria crescido na presenƧa dele, e foi posteriormente para o Brasil.

No Brasil, poderiam ter residido distanciados. EntĆ£o, quando da prisĆ£o do Antonio Pinto, poucos ou ninguĆ©m mais que ele prĆ³prio saberia de tal parentesco.

Talvez para preservar os parentes e a si prĆ³prio, mantivesse distancia por causa da condiĆ§Ć£o de ser neto de uma cristĆ£-nova.

Pareceu-me que a esposa nĆ£o mencionada no Pedatura devera ser dona Violante Fernandes.

E a razĆ£o para ela nĆ£o aparecer naquele livro deve ter sido justamente proceder de famĆ­lia cristĆ£-nova. Isso seria motivo mais que suficiente para exclusĆ£o, para nĆ£o “manchar” a nobreza porque estava-se em plena InquisiĆ§Ć£o.

Nesse caso, o Antonio Barbalho Pinto devera ter sido o primeiro filho do primeiro Antonio. E pode ter sido neto do FernĆ£o Barbalho.

PossĆ­vel serĆ” que dessa confusĆ£o tenham brotado outras, nas quais os antigos genealogistas apontavam Fernando Bezerra ou Antonio Bezerra Monteiro como pai do governador Luiz Barbalho Bezerra.

Na verdade, os dois: Luis e Luiz Barbalho Bezerra foram contemporĆ¢neos. Ja havia visto essa menĆ§Ć£o de que o grande soldado havia nascido em torno de 1601.

Na verdade, o governador Luiz Barbalho nasceu em torno de 1584 ja que foi dito que casou-se aos 30 anos, em 1614, mesmo ano no qual nasceu seu primeiro filho, Guilherme Barbalho Bezerra.

NĆ£oĀ seria impossĆ­vel, mas bastanteĀ improvĆ”vel que o Luiz comeƧasse a ter filhos e se casado em torno de seus 14 anos de idade, mesmo naquela Ć©poca. Naquele tempo o homem valia o quanto tinha no bolso.

Os homens de origem nobre buscavam casamentos, quando se casavam, depois que eram provados. Os pais eram os que determinavam com quem as filhas iriam se casar. E eles preparavam dotes para o casamento das filhas.

Esses dotes representavam verdadeiras fortunas. Quanto maior fosse o dote, mais elevado na escala social poderiam “comprar” um marido. O que pretendiam comprar era seguranƧa para a prĆ³pria descendĆŖncia, portanto, tinham o cuidado de escolher maridos que ja tivessem mostrado valor.

O prĆ³prio governador Luiz Barbalho Bezerra casou-se aos 30 anos.

NĆ£o se pƵe data no casamento do filho dele FernĆ£o. Mas o Pedatura menciona que foi casado com Maria de Macedo, e acrescenta: “m.er baixa”. O que deve significar, sem nobreza. E, tambĆ©m, sem dote. Talvez ele tenha se casado novo.

Existem mais duas evidencias que nos mostram que o governador Luiz Barbalho nĆ£o foi filho do Antonio Barbalho. Primeiro porque o segundo casamento dele se deu por volta de 1586, quando o governador ja era nascido.

A segunda questĆ£o foi a de que Antonio Barbalho Pinto foi o filho de Antonio Barbalho e Violante Fernandes. E que, em teoria, teria sido irmĆ£o do governador.

Nesse caso, ele teria tido um irmĆ£o que chefiou a resistĆŖncia `a invasĆ£o holandesa durante vĆ”rios anos, sendo famosĆ­ssimo por conta desse fato.

O governador Luiz Barbalho faleceu em 1644, no comando do Rio de Janeiro. Mas neste interim seus filhos tambƩm foram valorosos soldados contra os invasores.

A biografia do Agostinho Barbalho Bezerra esta repleta de condecoraƧƵes por seus atos de bravura. FernĆ£o, Jeronimo, Guilherme, Antonio e Francisco Monteiro tambĆ©m se envolveram e se tornaram herĆ³is da resistĆŖncia.

Portanto, a prisĆ£o do Antonio Barbalho Pinto levaria ao mesmo resultado que a do senhor Antonio Mendes de Azevedo, que tinha somente um filho e um genro Ā envolvidos na guerra.

Muito possivelmente, o BrĆ”s Barbalho Feyo poderĆ” ter sido um tio ou, no muito, um primo mais distante. Parentesco que ficava oculto nas brumas do passado que nĆ£o permitia aos holandeses ter noticia dele.

Acredito que um pequeno detalhe, que demonstra as erratas no texto do Pedatura, foi o autor ter atribuĆ­do o nome Cecilia Carreiro `a mĆ£e de nossa ancestral Maria Furtado de MendonƧa.

Pode ter encontrado Cecilia Car.o, abreviado da forma que ele usava tanto. Apenas que em algumas abreviaturas cabiam mais de um nome. No caso dela, tinha o nome completo de Cecilia de Andrade Carneiro. Car.o era, nesse caso, Carneiro.

O nosso parentesco com os Monteiro e Bezerra da-se dessa forma:

01. PantaleĆ£o Monteiro c.c. Brazia AraĆŗjo, ou Monteiro, pais de:

02. Maria de Araujo c.c. Antonio Bezerra Felpa de Barbuda, pais de:

03. Guilherme Bezerra Felpa de Barbuda c.c. Camilla Barbalho, pais de:

04. Luiz Barbalho Bezerra c.c. Maria Furtado de MendonƧa.

Segundo os genealogistas mais recentes, Antonio Bezerra Felpa de Barbuda foi filho dos grandes povoadores de Pernambuco: Antonio Martins Bezerra e Maria Martins Bezerra.

Antonio Felpa, nasceu em Ponte de Lima. Ao que tudo indica foi irmĆ£o de Domingos Bezerra Felpa de Barbuda. Domingos nasceu em 1524, em Viana. Nisso, penso que Antonio fosse mais velho.

A razĆ£o que leva-me a pensar foi o fato de essa data remontar `a grande corrida consequente aos Grandes Descobrimentos. O que direcionou o desenvolvimento para as cidades portuĆ”rias, como era Viana.

Assim fica fƔcil imaginar que o movimento demogrƔfico foi de Ponte de Lima para Viana. E ai sim para Pernambuco, pois, a maioria dos povoadores procediam do Entre-Douro e Minho, sediada esta provƭncia pela cidade do Porto.

Mais informaƧƵes a respeito do Domingos encontramos na postagem:

http://familybezerrainternational.blogspot.com/2009/12/fontes-sobre-as-origens-da-familia.html

Quem desejar resumir a leitura, antecipe-se `a pagina 11. Observe-se que Domingos Bezerra de Barbuda foi tio-avĆ“ do governador Luiz Barbalho Bezerra. E foram dois irmĆ£os, Antonio e Domingos, casados com duas irmĆ£s, Maria e Brasia Monteiro (AraĆŗjo).

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11. CONCLUSOES

A maior e principal conclusĆ£o serĆ” a de que precisamos mesmo recorrer aos documentos de Ć©poca para determinarmos com certeza de que o nosso ancestral ANTƔNIO JOSE MONIZ Ā seja esse que se completa com o sobrenome BARRETO.

Como devem ter residido ate ao falecimento em ConceiĆ§Ć£o do Mato Dentro, pode ter deixado InventĆ”rios e, talvez, Testamento em algum cartĆ³rio local. Ai podemos encontrar a menĆ§Ć£o a nome de pais.

Caso nĆ£o se encontrem la, poderĆ£o estar no Serro, que `a Ć©poca dele foi a Ćŗnica Comarca na regiĆ£o.

Ou pode ser que tenha casado nalguma das freguesias que compunham ConceiĆ§Ć£o do Serro (do Mato Dentro). Nesse caso os registros devem encontrar-se no Arquivo Arquidiocesano da Diocese de Diamantina. O ideal seria encontrar o registro de casamento dele com MANOELA DO ESPIRITO SANTO.

Quem sabe, nĆ£o foram pais de pelo menos mais uma meia dĆŗzia de meninos e meninas, alem da nossa ancestral Luiza Maria, os quais podem ter tido tanta descendĆŖncia quanto Luiza Maria e o capitĆ£o Jose Coelho da Rocha. Se for o caso, serĆ” difĆ­cil encontrar pessoa na regiĆ£o que nĆ£o tenha ascendĆŖncia nos avos Antonio Jose e Manoela.

NĆ£o se pode esquecer que os trabalhos do genealogista Antonio de AraĆŗjo AragĆ£o BulcĆ£o Sobrinho podem ja ter essa resposta. O Antonio Jose pode ter sido parente dele e se este casou-se na Bahia, pode aparecer na literatura produzida pelo genealogista. Se houver, pode encurtar nossa labuta.

Caso se comprove essa hipotese, de sermos descendente do ANTONIO JOSE MONIZ BARRETO, talvez possamos explicar as brincadeiras que rodavam em torno da famĆ­lia Coelho.

Ha tempos dizia-se que os Coelho nĆ£o podiam ver sombra que queriam se sentar. Ai ficaria explicado! SĆ£o baianos de origem!

Ha tambĆ©m outro parecer do mesmo ramo familiar. Diziam que nĆ£o se podia disputar uma cadeira com um Coelho. Ainda mais quando fosse preciso correr um pouco porque a cadeira nĆ£o estivesse ao alcance rĆ”pido.

Isso porque o Coelho virava-se deĀ costa e se sentava. A bunda grande chegava primeiro e ela depois puxava o corpo!!!

Em verdade, as brincadeiras eram uma celebraĆ§Ć£o da dominĆ¢ncia da famĆ­lia, imaginaria ou nĆ£o. O certo foi que a nossaĀ assinatura CoelhoĀ que deu maior forƧa `as tradiƧƵes chegou para o Brasil em data tardia.

Em 1744 foi passada a primeira carta de sesmarias ao portuguĆŖs Manoel Rodrigues Coelho, que as tradiƧƵes dizem ter sido o primeiro do ramo no Brasil.

NĆ£o lhe temos nomes de esposa(s). Mas tambĆ©m deve ter sido representante da nobreza portuguesa. Isso porque, a partir do filho dele, os casamentos se deram com pessoas das famĆ­lias que ja se encontravam no Brasil ha mais tempo.

EntĆ£o, para que as geraƧƵes posteriores nĆ£o tenham comentado a respeito de ancestrais tĆ£o antigos e ilustres, deve ter sido porque a bagagem que ele trazia tinha pelo menos fama igual.

E como foram muito poucas as pessoas preocupadas em guardar memĆ³ria de seus ancestrais mais longĆ­nquos, os comuns contentaram-se com o vislumbre daquela figura mais nova. Mas nem precisava, por ser portuguĆŖs da metrĆ³pole, os brasileiros ja o tinham por “superior”!

E, com esse deslumbramento por assinaturas, asĀ geraƧƵes futuras nĆ£o apenas se esqueceram da tradiĆ§Ć£o anterior do recĆ©m chegado, como nem mesmo tomou nota do que era mais antigo. Assim deve ter sido a perda de nossa memĆ³ria que agora precisava ser recuperada.

Escrevo apenas para que os futuros tenham onde encontrar.

Bom seria que fosse feita uma recuperaĆ§Ć£o de tudo o que for possĆ­vel e entĆ£o fossem escritas enciclopĆ©dias novas, pois, assim poderiam as crianƧas de cada geraĆ§Ć£o ter acesso nĆ£o apenas `a Historia que nos parece de outros, mas sim a verdadeira Historia, aquela que inclui nossos ancestrais e a saga da descendĆŖncia deles.

Essa Ć© a unica e verdadeira Historia que existe. Aquela que conta a Historia dos acontecimentos e de como o sangue dos herĆ³is circula em nossas veias.

 

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010. OS BARBALHO DO RIO DE JANEIRO, POR RHEINGANTZ

INDICE:

O1. INTRODUCAO

02. FAMILIA BARBALHO NO RIO DE JANEIRO SECULO XVII

03.Ā MAIS BARBALHO NO RIO

04. OS BARBALHO DE AGUIAR NO RIO E MINAS

05.Ā A NOSSA EUGENIA

06. UM POUCO MAIS DE DISCUSSƃO A RESPEITO DOS DADOS

07. UM POUCO MAIS DOS AGUIAR NA FAMILIA

08. TITULO CARVALHO

09. DOS COSTA

10. PONTOS DO NORDESTE TAMBEM SERIAM NOSSO?

01. INTRODUCAO

“Primeiras Familias do Rio de Janeiro (SĆ©culos XVI e XVII)” Primeiro Volume.

Este Ć© o titulo da grande obra do genealogista Carlos Grandmasson Rheingantz. A obra foi planejada para conter 3 volumes. Dos quais o primeiro foi publicado em 1965 e o segundo em 1967.

O autor nĆ£o publicou o terceiro. O ColĆ©gio Brasileiro de Genealogia, sediado no Rio de Janeiro, tem publicado o terceiro em fascĆ­culos, publicaĆ§Ć£o prĆ³pria. Mas nunca tive acesso.

Acabo de ganhar fotos do capitulo entitulado BARBALHO, que foi resumido entre as paginas 188 a 191.

Vou manter esses dados para ajudar-nos em pesquisas maiores. Infelizmente acrescenta poucoĀ ao que sabemos da linhagem que nos toca.

Foi bom ter este conhecimento novo porque a partir dele podemos ter uma ideia mais ampla de como se formou nossa famĆ­lia e, quem sabe, muito em breve, iremos poder seguir estes rastros para descobrirmos que temos uma grande parentela espalhada pelo mundo inteiro.

Ha tambĆ©m o senĆ£o. A presenƧa da ancestral Maria Rodrigues de MagalhĆ£es Barbalho na atual raiz, ate onde o professor Dermeval Jose Pimenta nos deixou decifrado, da FamĆ­lia Coelho. Assim, essa linhagem Barbalho da qual todos descendemos pode depois encaixar-se no capitulo escrito pelo Rheingantz.

Segue o encontrado. AgradeƧo `a amiga Perlya que enviou-me as fotos das paginas:

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02. FAMILIA BARBALHO NO RIO DE JANEIRO SECULO XVII

PAG. 188

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“BARBALHO

Luis Barbalho Bezerra, n. por volta de 1584 e fal. no Rio (Se 3o. 31v) a 16.4.1644 (sepultado na capela-mor do Colegio da Companhia de Jesus). Governador. Filho de FernĆ£o Bezerra Monteiro e de d. Camila Barbalho. Casado por volta de 1614 com d. Maria de MendonƧa. No ano de 1638 a famĆ­lia toda retirou-se de Pernambuco e vai para a Bahia. Pais de:

I.1 CapitĆ£o Guilherme Barbalho

I.2 CapitĆ£o Jeronimo Barbalho Bezerra, n. em Pernambuco (?) por volta de 1616, e fal. no Rio (Se 4o. 37) a 8.4.1661, expirou degolado no cadafalso. Casado por volta de 1644 com d. Isabel Pedrosa, n. no Rio (Se 2o., 123) bat. a 1.6.1631 e fal. no Rio (Se 7o., 150v) a 10.12.1709 (fal. fora da cidade), filha de Joao do Couto Carnide e de Cordula Gomes. Pais de:

II.1 Jeronimo. n. no Rio (Se 3o. 80) bat. a 26.6.1645

II.2 Felipe Barbalho Bezerra, n. no Rio (Se 3o. 88v) bat. a 18.9.1647, fal., casado no Rio (Se 2o., 21) a 2.7.1667 com Maria Pinta, n. por volta de 1649 e fal. no Rio (Candelaria 2o., 71) a 17.10.1704 (ja viuva). Pais de:

III.1 ajudante JuliĆ£o Barbalho (Bezerra), n. no Rio (CandelĆ”ria, 2o., 33v), bat. a 11.6.1668.

III.2 Maria de Lima, n. no Rio por volta de 1670, fal. no Rio (Se 10o., 86), casada no Rio (Se 2o., 101) a 24.2.1686 com Faustino de Souza Pinto. Pais de:

IV.1 Francisca de Souza Barbalho, n. no Rio (Se 5o., 56) bat. a 19.3.1687, fal. de parto em 8.1723, casada no Rio (Se 3o., 91) a 7.1.1705 com Manuel Dias Pataias, residente no Rio (InhaĆŗma) n. em N. S. da EsperanƧa de Pataias, bisp. de Leiria por volta de 1667, fal., viuvo de Ursula da Fonseca, e filho de Manuel Dias Pataias e Domingas Rodrigues. Pais de:

V.1 Manuel Dias (Pataias) n. no Rio (Candelaria 3o., 60v) a 18.4.1706.

V.2 Nicolau, n. no Rio (Candelaria 3o., 72) bat. a 25.9.1707

V.3 Florencia, n. no Rio (Candelaria 3o. 83v) bat. a 2.4.1709

V.4 Joana, n. no Rio (Candelaria 3o., 93) bat. a 25.11.1710

V.5 Maria de Souza, n. no Rio (Candelaria 3o. 105) bat. a 18.7.1712, fal., casada no Rio (Candelaria 4o. 19v) a 21.5.1726 com Bento Gomes de Araujo, n. em Icarai, RJ, filho de Joao de Barcelos e de Luiza Faria.

V.6 Pedro, n. no Rio (Candelaria 3o., 115) bat. a 3.12.1713

V.7 Tereza, n. no Rio (Candelaria 3o., 133) bat. a 1/4.11.1715

V.8 Maria, n. no Rio (Candelaria 3o., 146) bat. a 13.1.1717

V.9 Clemente, n. no Rio (Candelaria 4o. 7v) bat. a 8.12.1718

V.10 Francisco, n. no Rio (Candelaria 4o. 33) bat. a 17.2.1721

V.11 Francisca, n. no Rio (Se 7o. 53v) bat. a 6.4.1722

V.12 Ignacio. n. no Rio (Candelaria 4o., 82) bat. a 4.8.1723

PAG. 189

IV.2 Padre Felipe de Souza, sacerdote de habito de SĆ£o Pedro, n. no Rio (Se 5o., 68v) bat. a 4.9.1689

IV.3 Pedro. n. no Rio (Se 5o. 79) bat. a 23.2.1692, fal. menor

IV.4 Maria, n. no Rio (Se 5o. 90v) bat. a 19.5.1694, fal. menor

IV.5 Maria, n. no Rio (Se 5o. 103v) bat. a 19.3.1696, fal. menor

IV.6 InƔcia, n. no Rio (Se 5o. 117) bat. a 13.7.1698, fal. menor

IV.7 Maria, n. no Rio (Se 5o. 125v) bat. a 12.10.1699, fal. menor

IV.8 TomƔsia de Souza, n. no Rio (Se 5o., 145) bat. a 14.11.1701, solteira em 1720.

II.3 d. PĆ”scoa Barbalho, n. no Rio (Se 3o. 99v) bat. a 1.5.1650, fal., casada noĀ Rio (Se 2o., 22v) a 19.1.1668 (na Igreja de Sao Jose) com Pedro da Costa Ramires, n. no Rio (Se 3o., 74), batizado a 18.7.1644, fal., filho de Domingos Carvalho de Figueiredo e de Ines da Costa. (ver CARVALHO). Pais de:

III.1 Jose da Costa Barbalho, n. no Rio por volta de 1668, fal., no Rio (Se 7o. 79) a 3.3.1705, casado no Rio (Se 2o., 90) a 7.8.1683 (o noivo com 15 anos de idade …..) (na Igreja de N. S. do Parto) com d. Madalena de Campos, n. no Rio por volta de 1658 e fal. no Rio (Se 7o., 121v) a 27.7.1707, filha de Andre de Siqueira Lordelo de de Madalena de Campos. Ver SIQUEIRA e CAMPOS. Pais de:

IV.1 d. PĆ”scoa Barbalho da RessurreiĆ§Ć£o, n. por volta de 1685, fal., casada no Rio (Se 3o. 70) a 21.1.1703 (na Igreja de SĆ£o Jose) com Jose Vieira da Costa, fal. antes de 1744, filho de Salvador Vieira e de Francisca da Costa. Pais de, entre outros:

V.1 GonƧalo da Costa Barbalho. n. no Rio (Se 6o., 162) bat. a 24.02.1719, fal., casado no Rio (Se 7o. 109v) a 25.11.1747 com Maria Teresa, n. em Sao Nicolau do Su-Surui, RJ, filha de Francisco dos Reis e de InƔcia Soares.

IV.2 d. Teresa Barbalho, n. por volta de 1686, fal., casada no Rio (Se 3o., 97) a 21.1.1706 (com dispensa de 3o. e 4o. graus) com seu primo Afonso Maciel Tourinho, filho de Manuel Gomes Pereira e de Ursula de Aguiar. Ver MACIEL.

IV.3 d. Ana Maria da Costa, n. por volta de 1688, fal., casada no Rio (Se 4o., 3) em 3.5 e 24.5.1708 (na Igreja de SĆ£o Jose) com seu primo em 2o. grau, adiante citado, Francisco de Matos Bezerra, filho de JoĆ£o Batista de Matos e de d. Michaela Pedrosa.

IV.4 Uma filha que era viva ainda e 1707.

IV.5 d. Catarina de Siqueira, n. em SĆ£o GonƧalo, RJ, por volta de 1692, fal., casada e SĆ£o GonƧalo, RJ a 22.2.1727 com Jose de Aguiar Daltro, n. no Rio (Se), filho de Jose de Aguiar Daltro e de Isabel Pedrosa.

II.4 Luis, n. no Rio (Se 3o., 104) bat. a 13.7.1651, fal. menor.

II.5 dona Michaela Pedrosa, n. no Rio (Se 3o. 111), bat. a 18.5.1653, fal. antes de 1723, casada por volta de 1671 com Joao Batista de Matos, n. em Lisboa por volta de 1641 e fal. no Rio (Candelaria) a 1.8.1717, filho do capitĆ£o Francisco Luis Lobo e de d. Catarina de Sene. Pais de:

III.1 CapitĆ£o Jeronimo Barbalho Bezerra, n. por volta de 1672 e fal. no Rio (Se) a 28.1.1717.

III.2 Luis de Matos Bezerra, n. por volta de 1674

III.3 Antonio Barbalho, n. por volta de 1676

III.4 Francisco de Matos Bezerra, n. por volta de 1678, fal., casado no Rio (Se 4o., 3) em maio de 1708 com sua prima em 2o. grau acima citada, d. Ana Maria da Costa (Barbalho), n. por volta de 1668, fal., filha de Jose da Costa Barbalho e de d. Madalena de Campos.

III.5 Inacio Barbalho Bezerra, n. por volta de 1681.

III.6 d. Isabel Pedrosa, n. em SĆ£o GonƧalo, RJ, por volta de 1684, fal., casada em SĆ£o GonƧalo, RJ, a 24.2.1721, com o capitĆ£o Bento da Fonseca e Silva, n. por volta de 1664, fal., viuvo de dona Maria de Albuquerque Queixada, filho de Antonio da Fonseca e Silva e de Maria do Couto.

III.7 d. Catarina de Sene, n. em SĆ£o GonƧalo, RJ, por volta de 1687, fal., casada em SĆ£o GonƧalo, RJ, a 24.2.1721 com Dom Diogo Queixada, n. em SĆ£o GonƧalo, RJ, filho do capitĆ£o Bento da Fonseca e Silva e de sua primeira mulher d. Maria de Albuquerque Queixada.

III.8 Manuel de Matos Bezerra, n. por volta de 1691, e fal. no Rio (Se) a 28.12.1716 “de um tiro de espingarda”.

III.9 d. Teresa de Jesus Barbalho, n. em SĆ£o GonƧalo por volta de 1694, fal., casada no Rio (Se 5o., 90) a 25.9.1723 (na Igreja da MisericĆ³rdia) com Mateus Lopes Vieira, viuvo de Brigida Correia, filho de Inacio Vieira de MagalhĆ£es e de Angela Tourinho.

III.10 d. Francisca Barbalho.

II.6 Luis, n. no Rio (Se 4o., 23) bat. a 20.5.1660. Seria este o capitĆ£o-mor Luis Barbalho Bezerra, casado por volta de 1690 com d. Ana Maria de Vasconcelos Pereira, e pais de:

III.1 Jeronimo Barbalho Bezerra, n. em ItaboraĆ­, RJ, por volta de 1694, fal., casado em SĆ£o GonƧalo, RJ, a 25.9.1724 (no oratĆ³rio do pai da noiva) com sua prima em 3o. grau d. Ana de Albuquerque, filha do capitĆ£o Bento da Fonseca e Silva e de d. Maria de Albuquerque Queixada, sua primeira mulher.

I.3 Agostinho Barbalho Bezerra, n. em Pernambuco por volta de 1619, fal. no sertĆ£o do Rio Doce.

I.4 d. Cecilia Barbalho, n. em Pernambuco e fal. no Rio (Se 7o., 27v) a 9.2.1702, casada por volta de 1650 com o coronel Antonio Barbosa Calheiros. Pais de (entre outros):

II. 1 d. Antonia, n. no Rio (Iraja 6o., 8) bat. a 2.7.1654

II. 2 d. Isabel, n. no Rio (Iraja 6o., 12v) bat. a 23.4.1658

I.5 Francisco Monteiro (Bezerra), residente na Bahia.

I.6 a 1.10. Ne….”

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COMENTARIOS:

  1. Para nos o mais importante talvez seja a comprovaĆ§Ć£o de que Jeronimo Barbalho Bezerra foi mesmo filho do governador Luiz Barbalho Bezerra e d.Ā Maria Furtado de MendonƧa. A duvida estava em que o “Nobiliarchia Pernambucana” oferecia a alternativa de ser filho do Felipe, irmĆ£oĀ do Luiz. Ha que se crer nesse dado porque Rheingantz teve acesso ao registro de casamento do Jeronimo, no qual sempre se colocava os nomes dos pais dos noivos.
  2. Ja o nome para o pai do Luiz mais aceito na atualidadeĀ Ć© Guilherme Bezerra Felpa de Barbuda. Ha literatura antiga optando por Antonio com o mesmo sobrenome. No Nobiliarchia apresenta FernĆ£o Bezerra numa parte e N…. (desconhecido do autor) em outra. Rheingantz talvez tenha encontrado o nome no registro de Ć³bito.Ā Mas nĆ£o era comum registrar-se nomes paternos nos Ć³bitos.Ā De qualquer forma, em sendo um ou outro candidato o verdadeiro pai do Luiz, acredito nĆ£o alterar significativamente nossa genealogia, pois, seriam parentes, QuiƧa irmĆ£os.
  3. Talvez encontre-se ai a origem de um Inacio Barbalho presente no site Familysearch. O nome da esposa dele varia de Ines da Silva para Ines do Campo. Eles registraram 3 filhos na Igreja de N. S. da ConsolaĆ§Ć£o em Congonhas, MG. Foram: Antonio, 27.3.1737; Manoel, 5.4.1739 e Jose, 3.5.1743. Esse pode nĆ£o ser o filho de Michaela Pedrosa e Joao Batista de Matos, por esseĀ ter nascido em 1681, ou seja, estaria com 56 anos quando o mais novo nasceu. NĆ£o que fosse impossĆ­vel mas nĆ£o era comum. Nos temos na famĆ­lia o exemplo nĆ£o muito distante na Ć©poca do cirurgiĆ£o-mor de Porto Alegre: Policarpo Joseph Barbalho. Ele foi pai de Josepha antes mas teve outros 7 filhos em GravataĆ­. As datas de nascimentos variavam entre 1782, quando ele estava com 47 anos, ate 1793, quando estava com 58. Isso comprova que a idade nĆ£o era uma barreira intransponĆ­vel mesmo `a Ć©poca.Ā O casamento do Jose da Costa Barbalho, filho dos ancestrais PĆ”scoa e Pedro da Costa Ramires, com Madalena de Campos, registra a proximidade das duas famĆ­lias e, muito provavelmente, o casamento de Ignacio e Ines da Silva (do Campo)Ā pode ja ter sido entre primos. Mas nĆ£o tenho o destino tomado pelos 3 filhos.

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03.Ā MAIS BARBALHO NO RIOAo final da pagina 190 o registro da assinatura segue com um exemplo a mais de Barbalho. Trata-se de Francisco Barbalho, o qual Rheingantz nĆ£o revelou origem. Resolvi postar tambĆ©m porque poderĆ” servir aos pesquisadores da assinatura:

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“FRANCISCO BARBALHO, n. por volta de 1641, casado por volta de 1671 com InĆ”cia Rangel, n. no Rio e fal. no Rio (Se 14o., 111v) a 3.12.1737, filha do capitĆ£o Marcos de Azeredo Coutinho e de Paula Rangel de Macedo. Pais de:

I.1 Maria, n. no Rio (Se 4o., 81) bat. a 28.8.1672, fal. antes da mĆ£e.

I.2 Paula, n. no Rio (Se 4o. 94v) bat. a 6.5.1674, fal. antes da mĆ£e.

I.3 Miguel Jacome Barbalho, fal. antes de 1737, deixando um filho natural.

I.4 EsperanƧa Barbalho Coutinho, n. por volta de 1689, fal., casada por volta de 1709 com o ajudante Bernardo de Meireles, fal. antes de 1737. Pais de:

II.1 InƔcio, n. no Rio (Se 6o., 47) bat. a 19.7.1710

II.2 Jose, n. no Rio (Se 6o., 76) bat. a 4.2.1713

II.3 SebastiĆ£o, n. no Rio (Se 6o., 120) bat. a 13.5.1716

II.4 Joana, n. no Rio (Se 6o., 167v) bat. a 7.6.1719

I.5 Jose de Azeredo, fal. antes de 1737, deixando um filho natural.”

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COMENTARIOS:

01. No “Nobiliarchia Pernambucana” de Borges da Fonseca se apresenta o Titulo de BEZERRAS JACOME. NĆ£o encontrei nele um Francisco Barbalho que pudesse ser esse descoberto por Rheingantz no Rio de Janeiro.

O capitulo inicia a partir da pagina 44. E o livro pode ser pesquisado no endereƧo:

http://objdigital.bn.br/acervo_digital/anais/anais_047_1925.pdf

02.Ā Interessante tambĆ©m serĆ” verificar-se que a famĆ­lia Azeredo Coutinho ja estava entrelaƧada com a Barbalho via o casamento de Jeronimo Barbalho Bezerra e dona Isabel Pedrosa, que era filha de JoĆ£o do Couto Carnide e Cordula Gomes.

Dona Cordula Gomes foi filha do cristĆ£o-novo Miguel Gomes Bravo e Isabel Pedrosa de Gouveia. Foi irmĆ£ de dona Antonia Pedrosa de Gouveia, casada esta com Belchior de Azeredo Coutinho.

Essa relaĆ§Ć£o pode ser verificada, entre muitos outros, no endereƧo:

http://www.morrodomoreno.com.br/materias/familias-azevedo-e-azeredo.html

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04. OS BARBALHO DE AGUIAR NO RIO E MINAS

Na sequencia, a Perlya deu-me outro presente da maior importĆ¢ncia para decifrar nossa genealogia.

Alias, ha algum tempo eu havia escrito que nĆ£o iria preocupar-me com esse passado por enquanto, pois, previa que ja houvesse o decifrado. Queria concentrar-me apenas em solucionar as questƵes da passagem da FamĆ­lia do Rio para Minas primeiro.

O professor Dermeval Jose Pimenta havia nos deixado aquelas passagens no livro dele: “A MATA DO PECANHA, SUA HISTORIA E SUA GENTE”. Mas ele buscou apenas o ramo que seguiu ate `a FamĆ­lia Pimenta. NĆ£o se preocupou, ou nĆ£o teve tempo, em decifrar os possĆ­veis outros que derivam.

Seguem as passagens no livro do professor Dermeval:

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” I –Ā LUIZ BEZERRA BARBALHO, herĆ³i brasileiro, nascido em Pernambuco, imortalizado nas lutas com os holandeses, e principalmente na sua famosa retirada `a testa de mil homens, desde o Rio Grande do Norte ate a Bahia, em 1638. Foi nomeado Governador do Rio de Janeiro. Faleceu em 1654. Pai de:

II – CapitĆ£o JERONIMO BEZERRA BARBALHO, casado com IZABEL PEDREIRA. Faleceu no cadafalso, no Rio de Janeiro, em 8 de abril de 1661.

III – PASCOA BARBALHO, neta de JERONIMO BEZERRA BARBALHO, era casada com PEDRO DA COSTA, no Rio de Janeiro, em 19 de janeiro de 1668. Deste casal procede:

IV – MARIA DA COSTA BARBALHO, batizada na Freguesia de Nossa Senhora da ApresentaĆ§Ć£o de IrajĆ”Ā , distrito do Rio de Janeiro, casou-se com MANOEL AGUIAR, viuvo de ANA PEREIRA DE ARAUJO.

V – MANOEL VAZ BARBALHO, casado em 18-9-1732, em Milho Verde, com JOSEFA PIMENTA, filha de BELCHIOR PIMENTA DE CARVALHO.”

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Em “Ascendentes de Josefa Pimenta” ele descreve que ela descendia do capitĆ£o MANOEL PIMENTA DE CARVALHO, que instalou-se no Rio de Janeiro por volta de 1620.

Mas essa origem hoje Ć© questionada pelos atuais genealogistas, inclusive Rheingantz, que encontrou que BELCHIOR PIMENTA DE CARVALHO (1691), era filho de JOAO PIMENTA DE CARVALHO e MARIA MACHADO. Esse era em verdade descendente do capitĆ£o-mor, JOAO PIMENTA DE CARVALHO, irmĆ£o do capitĆ£o MANOEL.

Por enquanto, vou limitar-me a reproduzir apenas o que o professor disse a respeito da Josefa:

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“IV – JOSEFA PIMENTA DE SOUZA, nascida no Rio, nos anos de 1716, criada e educada na residencia de seu pai, tendo sido batizada na Freguesia de Nossa Senhora do Mosteiro, do Rio de Janeiro; casou-se aos 18-9-1732, na Capela de Nossa Senhora dos Prazeres de Milho Verde, em Minas Gerais, com MANOEL VAZ BARBALHO (Livro 1o. de casamento da Matriz, fls. 78; livro 1o. de Tapanhoacanga, fls. 100; livro de casamento das capelas filiais de fl. 6v) conforme consta do arquivo do Alferes LUIS ANTƔNIO PINTO).”

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O alferes Luis Antonio Pinto nasceu no Serro por volta de 1842, serviu na guerra do Paraguai, e retornou para o torrĆ£o natal onde tornou-se escrivĆ£o ate o falecimento em 1925.

Formou um arquivo que teria um enorme valor na atualidade, tanto para Historia quanto para genealogia. Esse arquivo foi desleixadamente abandonado por algum tempo. Os frangalhos estĆ£o sob a guarda do Arquivo Publico Mineiro. Mas ainda conserva informaƧƵes preciosas.

Ai existem alguns enganos que pudemos corrigir. Luiz e Jeronimo eram Barbalho Bezerra e nĆ£o o inverso. Luiz faleceu em 1644 quando exercia o cargo de governador.Ā PĆ”scoa Barbalho nĆ£o era neta e sim filha do Jeronimo. E Isabel era Pedrosa e nĆ£o Pedreira.

Como os registros do Rheingantz prometiam mais informaƧƵes a respeito do Pedro da Costa Ramires no capitulo CARVALHO, solicitei `a amiga Perlya que enviasse as fotos. E no dia seguinte enviei outro pedido dizendo que talvez o AGUIAR fosse ate mais importante.

A minha duvida encontrava-se em que tinha referencia a filhos do MANUEL e MARIA BARBALHO que assinavam DEĀ AGUIAR BARBALHO. Suspeitei da possibilidade de o MANUEL VAZ BARBALHO nĆ£o ter sido filho deles. E ela prontamente enviou o AGUIAR e, a seguir o CARVALHO.

Segue o que estava no AGUIAR. Alias, sĆ£o 23 pessoas encabeƧando ramos de famĆ­lias com o sobrenome Aguiar no livro do Rheingantz. Desses, reproduzirei o mĆ­nimo necessĆ”rio porque deverĆ£o posteriormente encaixar-se em nossa parentela.

Infelizmente, o Carlos Rheingantz nĆ£o aprofundou muito no capitulo AGUIAR. Provavelmente concentrou-se mais em outras famĆ­lias copilando o que encontrou a partir de parentescos laterais com elas.

E claro, na busca que fazia foi anotando o que encontrou de excedente mas sem preocupar-se se havia relaĆ§Ć£o parental entre uns e outros.

Assim, a maioria dos membros da FamĆ­lia Aguiar encontrados por ele parecem ja nascidos no local, em torno dos anos de 1630, pouco mais ou pouco menos. Origem mesmo ele cita de alguns que variam entre Sao Paulo e Portugal. Mas essas nĆ£o podem ser origem de todos, nem sequer da maioria.

O infelizmente escrito acima nĆ£o reflete uma decepĆ§Ć£o com o trabalho do grande genealogista. Deve ter feito o que pode, nĆ£o o que desejava. O prĆ³prio professor Dermeval ja dizia que inclusive deixou um fichĆ”rio, arquivado no CBG-RJ, com dados dos assentamentos que encontrou.

Muito provavelmente, esse fichĆ”rio contenha dados alem do livro, pois, a prĆ³pria menĆ§Ć£o pelo professor Dermeval `a Maria da Costa Barbalho ter sido nossa ancestral, embora ela nĆ£o entre na descriĆ§Ć£o do livro do Rheingantz, ja Ć© um grande indicativo da importĆ¢ncia desse fichĆ”rio para toda a genealogia brasileira.

Porem, o registro da presenƧa do sobrenome AGUIAR no Rio de Janeiro remonta aos primeiros anos de sua fundaĆ§Ć£o em 1565. Nesse estudo, endereƧo que segue, mostra-se a presenƧa de:

http://revistaacervo.an.gov.br/images/pdf/Deoclecio.pdf

GonƧalo de Aguiar, chegou para o Rio entre 1567 e 1568,Ā escrivĆ£o do 2o. oficio entre 1577 a 1618.

`As paginas 71-72 ha uma curta biografia dele. Contendo mais seus trabalhos. Foi casado com Ines Gomes e era do partido do governador Salvador Correa de Sa e Benevides, o “eterno inimigo” dos familiares Barbalho Bezerra no Rio de Janeiro.

NĆ£o menciona filhos. Mas se os houve pode ser a origem na qual os Aguiar de la se juntam. Se filhos nĆ£o houveram, ele deve ter levado irmĆ£os, primos, compadres etc, para ajudar a povoar o Rio de Janeiro, e deles devem descender diversos dos 23 patriarcas mencionados por Rheingantz.

Seria praticamente impossĆ­vel `aquela Ć©poca as pessoas ocuparem os cargos que ele ocupou sem o apoio de um partido grande de familiares, pois, so quem tinha sustentaĆ§Ć£o que poderia ocupa-los.

Isso Ʃ o que demonstra o professor Joao Fragoso no trabalho dele, endereƧo abaixo:

http://www.revistatopoi.org/numeros_anteriores/Topoi01/01_artigo02.pdf

Segue entĆ£o a seleĆ§Ć£o de algumas paginas do livro do Rheingantz:

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” Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā AGUIAR

AMARO DE AGUIAR, n. no Rio (Se 3o., 40v) bat. a 21.1.1639, e fal. depois de 1701, filho de Manuel Vieira de Figueiredo e de InƔcia de Aguiar, casado por volta de 1663 com dona Francisca de Almeida, n. no Rio (Candelaria 1o., 75v) bat. a 26.2.1646, e fal. antes de 1698, filha de Feliciano Coelho Madeira e de dona Maria de Oliveira. Pais de:

I.1 InƔcia, n. por volta de 1664, citada em 1670, num legado.

I.2 Aleixo, n. no Rio (Iraja 6o., 20v) bat. a 24.8.1666

I.3 Teresa, n. no Rio (Iraja 6o. 24) bat. a 7.11.1669

I.4 d. Maria de Oliveira, n. no Rio (Iraja 6o. 27) bat. a 23.1.1671 e fal. entre 1707 e 1726, casada no Rio (Candelaria 1o., 27) a 13.1.1693, com Bernardo JordĆ£o da Silva, n. no Rio (Iraja 6o. 31) bat. a 29.11.1666 e fal. antes de 1738, filho do sargento-mor Manuel JordĆ£o da Silva e de Cipriana Martins. Com geraĆ§Ć£o. Ver o titulo JORDAO.

I.5 Antonio Vieira de Aguiar, n. no Rio (Iraja 6o. 30) e bat. a 26.6.1673, fal., casado em primeiras nupcias no Rio (Candelaria 1o., 41v) a 17.9.1697 com Francisca das Chagas, n. no Rio, filha de Antonio Nunes e LourenƧa da Costa. Casado (com o nome de Antonio Vieira de Figueiredo) em segundas nĆŗpcias no Rio (Iraja 2o., 61) a 5.3.1734 com dona Isabel de Araujo, n. no Rio.

I.6 Jose, n. no Rio (Iraja 6o. 34) bat. a 2.4.1675

I.7 dona FRANCISCA DE ALMEIDA, n. no Rio (Iraja 6o., 37) bat. a 2.5.1677, fal., casada em primeiras nupcias no Rio (Campo Grande 3o., 6v) a 6.7.1693 (na capela de SĆ£o JoĆ£oĀ Ā de Trairaponga) com BELCHIOR PIMENTA DE CARVALHO, fal. em 1700, com geraĆ§Ć£o. Ver PIMENTA. Casada em segundas nĆŗpcias no Rio (Se 3o., 48) a 27.2.1701 (na igreja do Engenho dos Reverendos Padres da Cia. de Jesus) com Jose de Bittencourt Correia (ou tambĆ©m, Correia de Bittencourt), n. no Rio, filho de Pedro de Bittencourt Correia e de dona Catarina Sarmento. Pais de:

II.1 InƔcio, n. no Rio (Iraja 6o. 121v) bat. a 19.5.1718

II.2 dona Rita Maria de Jesus, n. no Rio (Iraja) por volta de 1720, fal., casada no Rio (Se 8o., 21v) a 17.11.1749 com Miguel Machado Homem, n. em Meriti, RJ, filho de Bartolomeu Machado Homem de Oliveira e de dona InƔcia Quaresma.

I.8 dona Florencia de Almeida, n. no Rio (Iraja 6o., 40v) bat. a 13.11.1698 (na igreja de SĆ£o Jose) com Manuel da Cunha de Sampaio, n. no Rio e fal. antes de 1741, filho de Manuel Rodrigues de Andrade e de Maria da Cunha de Sampaio. Com geraĆ§Ć£o.

I.9 JoĆ£o Vieira de Aguiar, n. no Rio (iraja 6o., 44v) bat. a 30.6.1681, fal., casado no Rio (Se 3o., 42) a 13.9.1700 com Maria Pinheiro da Silva.

I.10 Rosa, n. no Rio (Iraja 6o., 54) bat. a 13.8.1684″

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Resolvi copiar essa parte que se encontra na pagina 21 do livro porque dona Francisca de Almeida (acrescentei letras maiĆŗsculas no extrato) junto com Belchior Pimenta de Carvalho sĆ£o identificados como pais do Belchior Pimenta de Carvalho, que devera ter sido o pai da Josefa Pimenta de Souza.

Mas uma das razoes pelas quais esses nĆ£o deverĆ£o responder pelo nome de pais do Belchior II foi este ter nascido em 1691. Ou seja, 2 anos depois do matrimonio dos supostos pais. Algo que nĆ£o era incomum, porem, menos comum entre as famĆ­lias dominantes.

Saltando `a pagina 24 temos:

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“MANUEL DE AGUIAR, n. por volta de 1634, fal., casado por volta de 1664 com Domingas Martins. Pais de:

I.1 Joao de Aguiar Barbalho, n. no Rio (Guaratiba) por volta de 1685, fal., casado no Rio (Iraja 2o., 36) a 1.7.1710 (na igreja de Santo Antonio de Jacutinga, RJ) com Agueda Rodrigues (ou JordĆ£o), n. no Rio (Iraja), filha de Fernando Rodrigues e de Luisa da Silva, pais de:

II.1 Francisco, n. no Rio (Iraja 6o. 107) bat. a 6.6.1709 (Legitimado)

I. 2 Manuel Vaz Barbalho, n. por volta de 1690

I.3 Eugenia, n. no Rio (Iraja 6o., 78) bat., a 28.4.1695.”

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Aqui estava realmente o que procurava nesse capitulo. Embora existam detalhes curiosos que nĆ£o batam com o que temos em mĆ£os.

Ha que pular-se um pouco as paginas. `A pagina 27 temos:

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“Ajudante MANUEL DE AGUIAR DO VALE, n. por volta de 1635, fal., casado por volta de 1665 com Domingas de Oliveira. Pais de:

I.1 Maria de Oliveira, n. no Rio (Candelaria 2o., 22) bat. a 10.6.1666 e fal. no Rio (JacarepaguĆ” 5o., 8) a 4.3.1690.

I.2 Miguel, n. no Rio (JacarepaguĆ” 1o., 4v) bat. a 6.10.1668

I.3 Teodosia, n. no Rio (JacarepaguĆ” 1o., 7) bat. a 8.7.1671

I.4 Tomas, n. por volta de 1675 e fal. no Rio (JacarepaguĆ” 5o., 8) a 1.4.1690.”

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Pode-se ter coincidĆŖncias. Mas aqui chama a atenĆ§Ć£o por termos 2 Manuel, nascidos aproximadamente `as mesmas datas, casados `a mesma Ć©poca, com mulheres de mesmo nome, embora havendo um pequeno desvio no sobrenome.

Ha a possibilidade sim de que as coincidĆŖncias tenham acontecido. Mas fica difĆ­cil Manuel e Domingas Martins terem se casado em 1664 e os Filhos nascerem a partir de 1685 e continuarem nascendo, provavelmente, ate depois de 1695.

Uma possibilidade seria a de o Manuel do Vale e dona Domingas terem sido pais do Manuel de Aguiar em 1664. A hipĆ³tese pode, talvez, se verificar caso os papĆ©is analisados por Rheingantz estivessem tĆ£o deteriorados que ele tenha sido obrigado a tirar conclusƵes a partir do que restou.

TambĆ©m porque Rheingantz nĆ£o devera ter encontrado o registro de batismo de Theodozia de Aguiar Barbalho. Eu nĆ£o o tenho mas ela aparece no site do Familysearch casando com Joseph Carneiro da ……, filho de Matheus Lage e Maria Carneiro.

O casamento se deu na igreja de Nossa Senhora da AssunĆ§Ć£o, na cidade de Mariana, MG, a 17.12.1717. E consta que a noiva era filha de Manuel Aguiar e Maria da Costa Barbalho.

Antes eu tinha duvidas quanto ao professor Dermeval ter identificado com acurƔcia os nomes dos pais do Manuel Vaz Barbalho. Mas ai fica comprovado que houveram sim os pais que ele mencionou.

A duvida permanecia apenas em relaĆ§Ć£o ao sobrenome Vaz Barbalho. Mas com o atributo da paternidade do Manuel Vaz ao Manuel Aguiar tambĆ©m pelo Rheingantz, penso que ficou esclarecido que o professor Dermeval estava correto.

Embora, aqui ha que desconfiar-se que o Manuel Aguiar do Vale tambĆ©m ira se encaixar na famĆ­lia. NĆ£o sei como. Fica ai a evidencia de que ele foi pai de uma Teodosia. E o mesmo nome aparece em Theodozia de Aguiar Barbalho.

E no Familysearch encontra-se tambĆ©m o registro de casamento de Thereza de …….. de Oliveira com Jose Rodrigues, filho de Jose Rodrigues e Magdalena do Valle. Esse casamento tambĆ©m se deu na N. S. da AssunĆ§Ć£o de Mariana.

Acontece que Thereza de …….. de Oliveira foi filha de JoĆ£o de Aguiar Barbalho e Joanna de Oliveira. A data do casamento foi de 24.6.1730. Portanto, JoĆ£o teve duas esposas.

Por ai se pode notar que devem ter migrado para Minas Gerais, ja no inicio de sua colonizaĆ§Ć£o que intensificou-se no Ciclo do Ouro, os nĆŗcleos familiares que ja formavam um conglomerado de famĆ­lias entrelaƧadas.

Observe-se que os Rodrigues, Vale, Barbalho, Oliveira e Aguiar se repetem. Para decifrar isso haver-se-a que juntar todos os dados possĆ­veis daquela Ć©poca num so livro.

Parece que Thereza tambĆ©m respondia pelo nome de Thereza Maria de Jesus. Como tal ela aparece como mĆ£e em pelo menos 2 casamentos. Jose e ela foram pais de:

  1. Liandro Jose Barbalho que casou-se a 27.10.1753, na mesma N. S. da AssunĆ§Ć£o, com V. Barbalho. Essa de nome ilegĆ­vel foi filha de Dionisio Barbalho Bezerra.
  2. JanuĆ”rio Jose Barbalho que casou-se a 26.1.1758, na igreja de N. S. da ConceiĆ§Ć£o de Ouro Preto, MG, com Dionisia Coelho da Silva, filha de Antonio Coelho da Silva e Thereza Fernandes de Abreu.

Penso que ate ai fica esclarecido que realmente os descendentes de Manuel Vaz Barbalho e Josepha Pimenta de Souza se encaixam no tronco principal da FamĆ­lia Barbalho do Rio de Janeiro exatamente no casal Manoel Aguiar e Maria da Costa Barbalho.

Registre-se tambĆ©m que sobrenomes como Fernandes de Abreu, Coelho da Silva e outros surgem nas mesmas povoaƧƵes nas quais os Barbalho se distribuĆ­ram em Minas Gerais, deixando a entender que os laƧos familiares influĆ­ram na povoaĆ§Ć£o e distribuiĆ§Ć£o da carga genĆ©tica da famĆ­lia.

Possivelmente, Manuel Aguiar nĆ£o teve filhos com dona Domingas Martins, ou esses filhos seguiram destino diferente.

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05.Ā A NOSSA EUGENIA

Isso mesmo, a palavra escrita sem acento. Eugenia significa similaridade. Ou, mistura da mesma coisa!

Algo mais que chamou a atenĆ§Ć£o foi a presenƧa da filha EugĆŖnia, irmĆ£ do Manuel Vaz Barbalho. Para esclarecer o que estou antevendo preciso remontar a um “causo” de famĆ­lia.

Meu irmĆ£o, Odon Jose, foi o primeiro a comentar o fato. Disse que nossa tia Maria EugĆŖnia foi, na dinastia, a EugĆŖniaĀ IV.

O que ele queria revelar foi que nossa tia era neta de EugĆŖnia (sinha Gininha). Sinha Gininha era neta de nossa trisavĆ³ EugĆŖnia Ā Maria da Cruz. E essa fora neta da matriarca da famĆ­lia Coelho: EugĆŖnia Rodrigues da Rocha. Portanto, III, II e I respectivamente.

Mas temos, pelos estudos do professor Dermeval, que EugĆŖnia I seria filha de Maria Rodrigues de MagalhĆ£es Barbalho. E pela regressĆ£o de possĆ­veis datas, temos que a EugĆŖnia I deverĆ” ter nascido por volta de 1760.

Supondo que ela tenha sido uma das ultimas entre os possĆ­veis filhos da ancestral Maria, poderĆ” ter nascido quando a mĆ£e estivesse por volta de 36 anos de idade. Ou seja, MariaĀ teria nascido em 1724. E pode ter sido filha da EugĆŖnia, filha do Manuel Aguiar, que entĆ£o contaria com 29 anos de idade.

Em sendo assim, a EugĆŖnia I ja seria neta dessa outra EugĆŖnia e a partir dela seria preciso acrescentar mais um I dinĆ”stico a cada EugĆŖnia, e a tia Maro (Maria EugĆŖnia) teria sido a V.

NĆ£o tenho como afirmar nada, pois, nĆ£o ha noticias de que a EugtĆŖnia do Manuel Aguiar tenha sobrevivido alem da idade infantil. Mas mesmo que ela nĆ£o tenha sobrevivido, a presenƧa do nome dela nesse ramo da famĆ­lia torna-se um indicio de que passe por ai mesmo tambĆ©m a origem do ramo Coelho do qual fazemos parte.

Tudo indica, porem, que essa EugĆŖnia sobreviveu e devera ter migrado e morado nas mesmas proximidades que seu irmĆ£o Manuel Vaz Barbalho. Alem disso, deve ter sido uma pessoa que inspirasse empatia em todos os familiares.

Se os nomes tem o poder de moldar a personalidade das pessoas, entĆ£o, ficara explicado porque as duas EugĆŖnias da dinastia que conheci tinham toda razĆ£o de exalar a simpatia que transmitiam. Conheci minha tia e `a Sinha Gininha.

E pode ser justamente por isso que o cirurgiĆ£o-mor Policarpo Joseph Barbalho deu nome EugĆŖnia `a filha nascida na data de 28.9.1791, em GravataĆ­, RS. Ele foi filho do Manuel Vaz BarbalhoĀ e sobrinho da EugĆŖnia I, filha do Manuel Aguiar.

Maior evidĆŖncia, porem, dessa nossa ligaĆ§Ć£o de descendĆŖncia com a EugĆŖnia I foi o fato de tanto o tetravĆ“ Jose Coelho da Rocha quanto o irmĆ£o dele, JoĆ£o Coelho de MagalhĆ£es, terem tido filhas com o nome EugĆŖnia.

Obviamente, JoĆ£o e Jose foram filhos da EugĆŖnia Rodrigues da Rocha (II). Dai pode nascer a justificativa para as filhas. Mas as somas das evidĆŖncias Ć© o que fortalece a hipĆ³tese.

No caso especifico, em se comprovando a hipĆ³tese,Ā boa parte de nos serĆ”, no mĆ­nimo,Ā duplo Barbalho e duplo Aguiar, alem dos diversos outros sobrenomes que os acompanham.

Aqui serĆ” preciso acrescentar o detalhe de que entre o possĆ­vel nascimento da EugĆŖnia I e 1750 passaram-se 55 anos. `Aquela Ć©poca, idade que nĆ£o era incomum as mulheres que sobreviviam `a essa idade verem nascer bisnetos.

Nesse caso pode ter havido uma geraĆ§Ć£o a mais e a primeira EugĆŖnia ter sido mĆ£e da dona Anna Maria da ConceiĆ§Ć£o.

Assim, Anna Maria poderia ter nascido por volta de 1725, quando a mĆ£e estaria por dos 30 anos de idade. Essa suposiĆ§Ć£o ganha corpo em funĆ§Ć£o de outro registro que comentei, ha mais tempo, ter encontrado no Familysearch. Trata-se de:

Batismo de Maria “Rodrigues”, filha de EstevĆ£o Rodrigues de MagalhĆ£es e Anna Maria da ConceiĆ§Ć£o. O evento deu-se `a 26-6-1750. O local que consta no registro Ć© Ouro Branco, MG.

A nos da atualidade parece inconveniente apenas que entre 1750 e 1782 existir apenas 32 anos. Mas `aquela Ć©poca era tempo aceitĆ”vel para Maria ter sido mĆ£e da EugĆŖnia Rodrigues da Rocha, por volta de 1766, e esta tornar-se mĆ£e do nosso tetravĆ“ Jose Coelho da Rocha em 1782.

Por enquanto, esse ultimo registro parece encaixar-se na presenƧa do nome Maria Rodrigues de MagalhĆ£es Barbalho, sugerido para nossa sextavo pelo professor Dermeval Pimenta. Isso porque poderia ter tomado o Rodrigues de MagalhĆ£es do pai, mas nĆ£o ha ainda a confirmaĆ§Ć£o de que Anna pertencia ao ramo Barbalho.

Mas nĆ£o existe nenhuma impossibilidade nessa suposta sequĆŖncia de eventos que permita negar essa hipĆ³tese que levanto, por enquanto.

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06. UM POUCO MAIS DE DISCUSSƃO A RESPEITO DOS DADOS

Ha queĀ registrar-se ainda um possĆ­vel engano do professor Dermeval, por identificar a outra esposa do MANUEL AGUIAR como sendo ANA PEREIRA DE ARAUJO.

O nome aparece em um batizado no familysearch. O nome do marido aparece apenas como MANOEL VAZ. O filho aparece como JULIANO VAZ BARBALHO. E o evento se deu em 27.6.1723, na igreja de N. S. da AssunĆ§Ć£o, em Diogo de Vasconcelos, MG.

No mesmo local ja havia acontecido, em 5.6.1722, o batismo de JoĆ£o Vas Barbalho. Ja o nome da mĆ£e aparece como Anna Costa de AraĆŗjo.

Obviamente, essas trocas sĆ£o muito comuns em documentos antigos. O mais comum era a supressĆ£o de alguns sobrenomes. E, ao que parece, suprimiram o Barbalho do Manoel Vaz.

Anna deveria ter parentes Costa e Pereira, dai o escrivĆ£o ter posto um sobrenome no primeiro registro e outro no segundo.

Antes eu havia confundido. Imaginei que essas anotaƧƵes procedessem de casamentos, portanto, se fossem nubentes poderiam ter sido irmĆ£os do Manoel Vaz. Mas `a essa Ć©poca o Manoel Aguiar, supostamente, ja era falecido.

Levando-se ai em conta a data de nascimento que o Rheingantz atribuiu a ele. Se ele foi filho do Manuel Aguiar do Vale, e nascido em 1664, ai a coisa poderĆ” mudar de rumo. Isso porque em 1723 estava prestes a completar 60 anos e ha poucos, porem ha, casos de homens que passaram pela idade formando famĆ­lia.

As datas de Rheingantz levam a concluir que o viuvo de Ana Pereira (Costa) de AraĆŗjo foi o MANOEL VAZ BARBALHO e nĆ£o o pai dele. O alferes LUIZ ANTƔNIO PINTO ou o professor DERMEVAL devem ter se enganado ao compilar os dados.

Mas ha mesmo que se por uma pequena duvida quanto ao Manuel Aguiar ter nascido em 1634. Isso porque em 1684 estaria com 50 anos de idade. Nesse interim estaria se casando com Maria da Costa Barbalho, irmĆ£ do Jose da Costa Barbalho, descrito no capitulo BARBALHO, acima.

Pelas datas, ela deve ter nascido em torno de 1670. E estaria com 13 para 14 anos naquela Ć©poca. Justamente `a idade que as mulheres estavam se casando. Mas os viĆŗvos na idade do Manuel estavam tendo netos e casavam-se, preferencialmente, com mulheres de idades mais novas, porem, nem tanto.

Isso porque havia uma polĆ­tica vigorando `a Ć©poca que alardeava o “crescer e multiplicar”, pois, a colĆ“nia como um todo era um verdadeiro vazio demogrĆ”fico. E a coroa portuguesa tinha pressa em tomar posse efetiva, tanto para nĆ£o perder o territĆ³rioĀ como para poder taxar uma populaĆ§Ć£o maior, assim tornar-se mais rica e poderosa.

Mulheres na idade da Maria da CostaĀ Barbalho nĆ£o tinham muita escolha entre casar ou nĆ£o casar. Eram praticamente obrigadas a faze-lo. Foi por isso que `a Ć©poca a Cecilia Barbalho, tia-avo dela, construiu um abrigo junto `a Igreja d’Ajuda e internou-se nele com 2 filhas e outras.

Ela queria que se fundasse um convento feminino. Mas os manda-chuvas `a Ć©poca nĆ£o deixavam alegando falta de fundos, caso o convento nĆ£o se sustentasse. Adiaram a construĆ§Ć£o ate 1750. Depois disso, os manda-chuvas internavam nele esposas e filhas que nĆ£o quisessem fazer suas vontades.

De toda forma, nĆ£o era nem proibido nem impossĆ­vel alguĆ©m de mais idade casar-se com uma menina na idade da ancestral Maria da Costa Barbalho.

Mesmo porque, os casamentos eram tratados com os pais, e esses visavam a seguranƧa financeira de sua descendĆŖncia e nĆ£o a satisfaĆ§Ć£o dos filhos. Pessoas mais velhas,Ā a partir deĀ remediadas, tinham os privilĆ©gios.

O casamento entre Manoel Vaz Barbalho e Josepha Pimenta, em Milho Verde, se deu em 1732. Na oportunidade em que ele deveria ter enviuvado. Caso a falecida nĆ£o tivesse sido esposa do pai dele, como o professor Dermeval entendeu.

Diga-se de passagem, a vida `a Ć©poca era muito curta, particularmente para mulheres que tinham que passar por trabalhos de parto. Era um trabalho de altĆ­ssima periculosidade para elas e filhos,.

Assim, devemos poder acrescentar Juliano e JoĆ£o em nossa Arvore devido ao mesmo sangue correr nas veias. Alem disso, permanece ai mais esse indicio de que o COELHO e os BARBALHO do nosso ramo procedem da mesma raiz.

Alem disso o professor NELSON COELHO DE SENNA disse que os bisavĆ³s dele: JOAO COELHO DE MAGALHAES e BEBIANA LOURENCA DE ARAUJO eram primos carnais.

Ele nĆ£o deixou explicado como. Mas diante de tantas evidĆŖncias acredito ja podermos imaginar que o AraĆŗjo da Anna (Costa) Pereira denuncieĀ isso. Outros da famĆ­lia dela deverĆ£o ter migrado para Minas ja entrelaƧados ou a ponto disso.

Ja no site FamilysearchĀ existem diversos PEREIRA BARBALHO batizados em Santana do Capivari, MG, que poderĆ£o descender dos mesmos ancestrais que nos. Mas por enquanto ainda nĆ£o da para tirar a prova, pois, os batizados se dĆ£o em tordo de 1840, mais de 100 anos apĆ³s os nascimentos de JoĆ£o e Juliano.

Ha tambĆ©m um casamento em Nossa Senhora da ConceiĆ§Ć£o de Ouro Preto que data de 13 de fevereiro de 1768. Os nubentes foram Manoel da Costa Barbalho e Joanna Maria de Freitas. Mas nĆ£o se da nenhum detalhe de quem foram os pais.

Em Itabira, em 1.3.1813, houve o casamento entre Gervasio Jose Barbalho e Anna de Freitas da Costa. Ele foi irmĆ£o do nosso tetravĆ“ Policarpo Jose Barbalho.

Fica comprovado a falha de uma suposiĆ§Ć£o exalada pelo professor Dermeval no livro dele. Ele propunha que o JOSE, como intermediĆ”rio nos nomes masculinos da famĆ­lia, se devia a alguma homenagem `a ancestral Josepha Pimenta de Souza.

No ramo familiar do qual ele fazia parte usa-se o JOSE PIMENTA. Do nosso lado corre o JOSE BARBALHO. Entre os quais esta o Policarpo Joseph Barbalho, que foi cirurgiĆ£o-mor em Porto Alegre no final do sĆ©culo XVIII e filho da ancestral Josepha e do Manoel Vaz Barbalho.

Acrescente-se ai o Policarpo Jose Barbalho, nosso ancestral e sobrinho ou sobrinho-neto doĀ cirurgiĆ£o-mor (que, presumivelmente, foi neto ou bisneto da mesma Josepha e Manoel). Faltando saber apenas quem foram os avos deste, pois, foi filho doĀ capitĆ£oĀ JOSE VAZ BARBALHO e ANNA JOAQUINA MARIA DE SAO JOSE.

Por causa dos Liandro e JanuĆ”rio Jose Barbalho, queĀ nĆ£o descendiam da ancestral Josefa, podemos dizer que ha outra origem para o Jose ao meio do nome. Como D. Jose I, rei de Portugal, nasceu em 6.6.1714,Ā haverĆ” que se lembrar dessaĀ possĆ­velĀ origem.

Mas pode haver outraĀ explicaĆ§Ć£o mais religiosa. Verificando-se pela leitura dessesĀ capĆ­tulos dos livros do Rheingantz contata-se que esse conglomerado deĀ famĆ­lias do Rio congregava na Igreja de SĆ£o Jose.

Pode ter acontecido que os mais antigos deixaram essa marca nos filhos para queĀ nĆ£o esquecessem aĀ procedĆŖncia deles. Algo como os portugueses chegados ao Brasil adotarem ou colocarem nos filhos o nome das cidades de onde procediam.

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07. UM POUCO MAIS DOS AGUIAR NA FAMILIA

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“JOSE DE AGUIAR DALTRO, n. no Rio por volta de 1658, fal., casado no Rio (Candelaria 1o., 18v) a 2.2.1688 com Isabel Pedrosa, n. no Rio, filha de Miguel Gomes Bravo. Pais de:” [PAG. 26]

“I.1 Manuel, n. no Rio (Se 5o., 68) bat. a 21.7.1688

I.2 Francisco Xavier, no Rio (Se 5o., 83) bat. a 6.10.1692, fal., casado no Rio (Se 5o., 29) a 26.5.1720 com Ines de Castro Amaral, n. no Rio (Se), filha de Jose Barreto do Amaral e de Teresa de Castro (Ver ANTUNES).

I. 3 Jose de Aguiar Daltro, n. no Rio (Se) por volta de 1697, fal., casado em SĆ£o GonƧalo, RJ, a 22.2.1727 com d. Catarina de Siqueira, n. em SĆ£o GonƧalo, filha de Jose da Costa Barbalho e de Madalena de Campos. (Ver BARBALHO).

I. 4 cabo de esquadra Antonio de Aguiar Daltro, n. em SĆ£o GonƧalo, RJ, por volta de 1704, fal., no Rio (CandelĆ”ria 9o., 176) a 17.6.1741, casado no Rio (CandelĆ”ria 4o. 111v) a 8.8.1734 com Guiomar Maria de Menezes, viuva de Antonio Ferreira.”

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Acredito aqui que o casamento entre Jose de Aguiar Daltro e Catarina de Siqueira ja se tratava de primo com prima. Muito provavelmente o Miguel Gomes Bravo, pai da Isabel Pedrosa, ja fosse neto do Miguel Gomes Bravo e Isabel Pedrosa de Gouveia.

Esses foram os pais de dona Cordula Gomes. Ela foi esposa do JoĆ£o do Couto Carnide, os pais de outra Isabel Pedrosa, aquela que casou-se com o Jeronimo Barbalho Bezerra. Se nĆ£o foi neto poderĆ” ter sido bisneto.

O primeiro Bravo nasceu por volta de 1553. E Isabel de Gouveia por volta de 1563. Ja estavam tendo terceiros e tetranetos `a Ć©poca.

D. Isabel Pedrosa de Gouveia foi chamada de “a poderosa” por causa de sua idade avanƧada. Faleceu em torno de 1667, quando ja tinha um pouco mais de 100 anos.

AO FIM DA PAGINA 26 TEMOS:

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“SALVADOR DE AGUIAR MARINS, n. por volta de 1653, fal., filho de Francisco Fernandes de Aguiar e de Barbara Pinheiro, casado em S. GonƧalo, RJ, a 11.1.1683, com Teresa de Jesus, filha do capitĆ£o Gaspar Dias de Figueiredo e de Isabel Pedrosa de Gouveia. Pais de:

I.1 Maria Ana de Oliveira, n. em SĆ£o GonƧalo, por volta de 1686, fal., casada em SĆ£o GonƧalo, RJ, a 14.7.1706 com Antonio de Melo Vasconcelos, n. em SĆ£o GonƧalo, RJ, filho de CristĆ³vĆ£o de Melo Vasconcelos e de Antonia Pereira Lobo.”

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Esse exemplo fica apenas para registrar a repetiĆ§Ć£o do nome Isabel Pedrosa de Gouveia. Muito provavelmente, essa esposa do capitĆ£o Gaspar Dias de Figueiredo ja tinha parte na famĆ­lia.

E, talvez, o prĆ³prio poderĆ” ter sido parente do Domingos Carvalho de Figueiredo, que a seguir apresentaremos sua inserĆ§Ć£o na famĆ­lia.

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08. TITULO CARVALHO

`A pagina 318 temos:

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“DOMINGOS CARVALHO DE FIGUEIREDO, n. em Chaves, Portugal, por volta de 1610 e fal., casado por volta de 1640 com Ines Da Costa, n. no Rio por volta de 1622 e fal., filha de Antonio da Costa Ramires e Beatriz da Costa. Pais de:

I.1 Salvador, n. no Rio (Se 3o., 57v) bat. a 26.4.1641

I.2 Jose de Carvalho Figueiredo, n. no Rio (Se 3o., 66v) bat. a 1.4.1643 e fal., habilitado “de genere” em 1689.

I.3 Pedro da Costa Ramires, n. no Rio (Se 3o., 74) bat. a 18.7.1644 e fal., casado no Rio (Se 2o., 22v) a 19.1.1668 (na igreja de SĆ£o Jose) com d. PĆ”scoa Barbalho [Pag. 319], n. no Rio e fal., filha do capitĆ£o Jeronimo Barbalho Bezerra e de d. Isabel Pedrosa, com geraĆ§Ć£o, ver COSTA e BARBALHO.”

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Esses dados ja os tĆ­nhamos quase todos. Confirma-se aqui que Pedro era mesmo neto de Antonio da Costa Ramires. A suspeita foi levantada quando vi na tese do JoĆ£o Fragoso que Antonio havia fundado uma fazenda e o primeiro havia sido senhor do engenho.

Quem desejar ver novamente, pule `a pagina 106 do endereƧo:

http://www.revistatopoi.org/numeros_anteriores/Topoi01/01_artigo02.pdf

Observe-se que alguns outros membros da famĆ­lia estĆ£o presentes na mesma pagina. Estou informando antes de ter o capitulo COSTA em mĆ£os.

A minha previsĆ£o Ć© a de que por trĆ”s do sobrenome iremos nĆ£o apenas chegar a ancestrais presentes na fundaĆ§Ć£o do Rio de Janeiro como tambĆ©m `as raizes da maioria de famĆ­lias pelo Brasil afora.

Para complementar o capitulo vou postar um segundo CARVALHO porque parece ter sido irmĆ£o do nosso ancestral DOMINGOS. Caso tenha sido, vamos poder constatar o quĆ£o maior se torna a nossa parentela. Segue entĆ£o:

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“JOAO CARVALHO DE FIGUEIREDO, n. por volta de 1617 e fal. no Rio (Iraja 1o. 20) a 24.9.1708 (seria irmĆ£o do anterior?), casado por volta de 1647 com Adriana Barreto, n. no Rio (Se 1o. 41v) a 30.5.1621 e fal. no Rio (Iraja 1o., 20) a ?? 1/9.1708, filha de Antonio Pacheco Barreto e de Ursula de Brito e viuva de Escobar Meireles. Pais de:

I.1 JoĆ£o, n. no Rio (Se 3o., 92) bat. a 19.7.1648 e fal.

I.2 SebastiĆ£o Barreto de Brito, n. no Rio (Se 3o., 98v) bat. a 13.1.1650 e fal., casado no Rio (Se 2o., 34v) a 7.6.1672 com sua parente d. Barbara de Souza de Brito, n. no Rio e fal., filha de Jeronimo de Souza de Brito e de Ana de Azevedo. Pais de:

II.1 Antonio, n. no Rio (Candelaria 2o., 49v) bate a 24.12.1673 fal.

II.2 Antonia, n. no Rio (Candelaria 2o., 61) bat. a 12.7.1677

II.3 Maria, n. no Rio (Candelaria 2o., 66) bat. a 5.2.1679 e fal.

II.4 Adriana, n. no Rio (Iraja, 6o., 48v) bat. a 9.9.1682

II.5 Maria, n. no Rio (Iraja, 6o., 58) bat. a 26.12.1685

I.3 InƔcio Carvalho de Figueiredo, n. no Rio (Iraja 6o. 5v) bat. a 19.5.1651 e fal. no Rio (Candelaria 3o., 123) a 14.8.1709, solteiro.

I.4 Andre, n. no Rio (Se 3o., 114) bat. a 7.12.1653

I.5 Teodosio Carvalho de Figueiredo, n. no Rio (Se 4o., 6) bat. a 19.5.1651 e fal., casado por volta de 1685 com Maria Pacheco de Lima, n. por volta de 1665 e fal., Pais de:

II.1 Barbara, n no Rio (Iraja 6o., 63) bat. a 23.5.1688

II.2 Sebastiana Barreto Machado, n. em Mereti, RJ, por volta de 1690 e fal., casada no Rio (Se 4o., 118) a 28.1.1715 (na igreja de SĆ£o Jose) com Miguel Monteiro de Araujo, n. no Rio (Se) por volta de 1685 e fal., filho natural do padre JoĆ£o Monteiro e Jeronima Mendes de Brito (?).

I.6 Diogo Barbosa Rego, n. no Rio (Iraja 6o., 10v) bat. a 2.2.1657 e fal., casado por volta de 1681 com InĆ”cia Machado, n. no Rio por volta de 1661 e fal., no Rio (Candelaria 3o., 140) a 25.11.1710 e talvez filha de Mateus Pacheco de Lima e de Maria Gago. Com geraĆ§Ć£o, ver BARBOSA e GAGO. Pais de (entre outros):

II.1 JoĆ£o Carvalho de Figueiredo, n. no Rio (Iraja 6o, 48v) bat. a 21.9.1682, e fal., casado no Rio (Se 4o., 38) a 15.6.1711 (na igreja de SĆ£o Jose) com sua prima-irmĆ£ Maria Pacheco de Lima, n. no Rio (Campo Grande) por volta de 1691 e fal., filha de Pascoal Barbosa e de Ines Pacheco de Medeiros. Pais de:

III.1 Diogo, n. no Rio (Candelaria 3o., 97) bat. a 18.3.1711

III.2 Ines de Carvalho de Figueiredo, n. em Pacobaiba, RJ, por volta de 1717 e fal., casada no Rio (Se 7o., 101) a 17.2.1747 com JoĆ£o Dantas de Abreu.

I.7 Agostinho, n. no Rio (Iraja 6o., 13v) bat. a 18.5.1659 e fal.

I.8 Pascoal Barbosa, n. no Rio (Iraja 6o., 14v) bat. a 13.8.1660 e fal. no Rio (Iraja 1o., 7) a 6.7.1697, casado por volta de 1681 com Ines Pacheco de Medeiros, n. por volta de 1661 e fal. Pais de:

II.1 Ana Barbosa, n. no Rio por volta de 1682 e fal., casada no Rio (Candelaria 2o., 1) a 15.8.1699 com Domingos da Silva Salgado, n. no Porto (Se) por volta de 1669 e fal., filho de Domingos da Silva Salgado e de Maria de Almeida. Pais de:

III.1 Rosa, n. no Rio (Se 6o, 15v) bat. a 7.7.1707

III.2 Domingos, n. no Rio (Se 6o., 35) bat. a 6.8.1709

II.2 a II.5 4 filhos homens

II.6 Maria Pacheco de Lima, n. no Rio (Campo Grande) por volta de 1691 e fal., casada no Rio (Se 4o., 38) a 15.6.1711 com seu primo-irmĆ£o JoĆ£o Carvalho de Figueiredo, ver acima.

II.7 a II.8 um filho e uma filha

II.9 Jose, n. no Rio (Candelaria 3o., s/n) bat. a 15.4.1697”

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Aqui se deve observar o quanto o Rio de Janeiro devia ser comparĆ”vel a qualquer cidade interiorana. Por essas pequenas peƧas do quebra-cabeƧa de nossa Arvore GenealĆ³gica ja podemos verificar o quanto os sobrenomes se repetem, alem dos registros dos casamentos entre primos.

Observe-se que ai tambƩm temos presente o nome Teodosio. Pai, em primeiro lugar de Sebastiana Barreto Machado. Em segundo de Diogo Barbosa Rego, casado com InƔcia Machado.

E, segundo o que os atuais genealogistas dizem, a ancestral Josepha Pimenta de Souza foi filha do Belchior Pimenta de Carvalho, filhoĀ de JoĆ£o Pimenta de Carvalho e Maria Machado. Ou seja, temos ai a possibilidade de possuir diversos graus de parentesco com esse tronco familiar.

Como nos conta o professor JoĆ£o Fragoso no trabalho acima mencionado neste capitulo, as elites andavam em bandos de famĆ­lias consorciadas. Como nĆ£o existia uma divisĆ£o politico partidĆ”ria na sociedade, as famĆ­lias se juntavam em partidos ou aglomerados para ter forƧa polĆ­tica para poderem dominar o poder.

E deve ter sido este mesmo mote que levava esses conglomerados seĀ mover a partir do mesmo grupo para os novos locais de colonizaĆ§Ć£o. Embora, isso deva ter sido um pouco mascarado `a chegada do Ciclo do Ouro e em Minas Gerais.

Isso por causa da formaĆ§Ć£o dos partidos dos Paulistas e dos Emboabas. E com a constante chegada de “estrangeiros” como o portuguĆŖs Jose Coelho de MagalhĆ£es.

Embora os novos chegados trazendo “nobreza nova” aos interiores tornassem os cabeƧas das famĆ­lias, as quais pareciam aos antigos genealogistas que houvessem sido as fundadoras delas, na verdade elas se casavam com pessoas da “nobreza da terra” que, se tivessem sido melhor estudadas, veria-se queĀ pertenciam a raizes ate mesmo mais nobres, dos primeiros colonizadores do Brasil.

NĆ£o quero dizer com isso que alguns fossem melhor que os outros. Apenas observar que as famĆ­lias mais ricas das Capitanias de Pernambuco e SĆ£o Vicente (que englobava Rio e SĆ£o Paulo) descendiam de nobres como Martim Afonso de Sousa, o qual era relativamente descendente prĆ³ximo dos reis.

Porem, como o tempo passou e como a multiplicaĆ§Ć£o da populaĆ§Ć£o se deu, teve-se a impressĆ£o de que o sangue nobre diluiu.

Passados 2 sĆ©culos apĆ³s ao inicio da colonizaĆ§Ć£o das provĆ­ncias litorĆ¢neas, e com a descoberta do ouro, qualquer portuguĆŖs cuja nobreza tivesse sofrido a mesma diluiĆ§Ć£o em Portugal, ao chegar ao Brasil, passava a ser considerado mais nobre, pelo fato de ter nascido na metrĆ³pole e nĆ£o porque isso fosse encontrado no sangue.

 

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09. DOS COSTA

Deixei esse espaƧo em branco por certo tempo. Houveram alguns contratempos e fiz uma confusĆ£o quando recebi o material, sem perceber que o que eu desejava estava la. Mas agora encontrei.

Ha somente um probleminha. Uma confirmaĆ§Ć£o que desejava encontrar nĆ£o esta na obra do Rheingantz. Tratava-se dos nomes dos pais de Antonio da Costa Ramires. De qualquer forma, copiarei aqui o que mais interessa:

PAG. 455

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“Antonio da Costa Ramires, n. por volta de 1589 e fal. no Rio (Se 3o., 54v) a 18.7.1648, casado por volta de 1619 com Beatriz da Costa, n. por volta de 1599 e fal. Pais de:

I 1. InƔcio, n. no Rio (Se 1o., 32v) bat. a 5.6.1620

I 2. Ines da Costa, n. no Rio por volta de 1622 e fal., casada por volta de 1640Ā com Domingos Carvalho de Figueiredo, n. em Chaves, Portugal, por volta de 1610 e fal. Pais de: [PAG. 456]

II 1. Salvador, n. no Rio (Se 3o., 57v) bat. a 26.4.1641

II 2. Jose de Carvalho Figueiredo, n. no Rio (Se 3o., 66) bat. a 26.4.1641, e fal. Habilitado “de genere” em 1689.

II 3. Pedro da Costa Ramires …….”

Ali se repete o que se encontra a partir da pagina 188 do livro, capitulo Barbalho. Ja copiei acima (abaixo no blog), no capitulo 2, por o Pedro ter sido o nosso ancestral junto com PƔscoa Barbalho. Foram mais 2 filhos de Antonio e Beatriz da Costa:

“I 3. Luis, n. no Rio (Se 2o., 88) batizado a 28.6.1628

I 4. Gregorio, n. no Rio (Se 2o., 121v) bat. a 22.3.1631”

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De grande importancia notar que a presenƧa do sobrenome Costa no inicio da colonizaĆ§Ć£o do Rio de Janeiro era notĆ”vel. Por maior que sejam os volumes, sĆ£o 56 paginas ocupadas com a assinatura. Eles devem ter sido os Silva `a Ć©poca!

Era meu objetivo verificar ai tambĆ©m quem teriam sido os pais da Isabel da Costa. Isso porque houveram casos de pessoas do sobrenome ser perseguidas no Rio de Janeiro pela InquisiĆ§Ć£o.

E era muito comum as famĆ­lias cristĆ£s-novas casarem seus filhos entre si. Como se dizia antigamente: “para nĆ£o espalhar a fortuna”. E a presenƧa do nome Gregorio do ultimo filho pode ser coincidĆŖncia, porem, foi tambĆ©m nome de membro na famĆ­lia perseguida.

PĆ”scoa ja descendia do Miguel Gomes Bravo, reconhecido cristĆ£o-novo. Se o Costa da ancestral Isabel era de origem semelhante, seria natural essa ligaĆ§Ć£o, pois, na verdade os cristĆ£os-novos andavam juntos para tentar proteger uns aos outros.

Por infelicidade, segundo informaƧƵes do genealogista Carlos Barata, no inicio o Rio de Janeiro nĆ£o adotou o mandamento da Igreja CatĆ³lica da obrigatoriedade dos livros de registro de batismos. Assim, nĆ£o os havia nos primeiros 60-70 anos de existĆŖncia da cidade.

Rheingantz coletou dados a partir do que existia. Podemos notar isso a partir dos inĆ­cios dos capĆ­tulos, pois ele adota datas mais ou menos nas descriƧƵes. PossĆ­vel serĆ” que usou testamentos, inventĆ”rios e documentos “de genere” como complementares, o que ajudou na composiĆ§Ć£o inicial de algumas famĆ­lias.

Mas em outros casos nĆ£o deve ter sido suficiente, ou tais documentos nĆ£o foram encontrados. Esse parece ser o caso dos “da Costa”. Muito provĆ”vel serĆ” que diversos dos presentes no capitulo tiveram algum ancestral comum entre os fundadores de SĆ£o SebastiĆ£o do Rio de Janeiro.

Mas o decifrar disso foi deixado para genealogistas posteriores, o que nĆ£o sei se ja surgiu algum candidato para assumir esse trabalho de Titans.

Importante, para os candidatos a genealogistas da atualidade e depois, serĆ” saber que a publicaĆ§Ć£o dos dois primeiros volumes teria sido “precipitada”. Isso Ć© Ā comum em todos os trabalhos genealĆ³gicos.

O estudante em tal disciplina precisa estabelecer limites `as suas pesquisas. Isso porque todas as vezes que encontra uma ramificaĆ§Ć£o, se ele nĆ£o se mantiver em seus objetivos, jamais finda uma obra, pois, genealogia parece nĆ£o ter fim.

A dificuldade era muito maior para os genealogistas dos tempos de Rheingantz. Eles nĆ£o possuĆ­am internet. Dificilmente podiam contar com respostas em literaturas anteriores. E o numero de estudantes da matĆ©ria era mais reduzido.

Atualmente, com a disponibilidade da internet e a criaĆ§Ć£o de sites especializados no tema, pode-se somar os trabalhos de diversos autores. Mesmo assim nĆ£o quer isso dizer que o trabalho ficou “fĆ”cil”. Assim como facilitou por um lado, dificultou tambĆ©m pelo volume muito maior de dados a ser pesquisados.

Mesmo assim ha que informar-se que, o trabalho do grande genealogista nĆ£o parou nos dois primeiros volumes que publicou. Da mesma forma que os publicou como parte do objetivo atingido, tinha tambĆ©m o conhecimento de que podia amplia-los.

Continuou suas pesquisas e criou um fichĆ”rio que arquivou junto `a entidade criada por ele que Ć© o ColĆ©gio Brasileiro de Genealogia – CBG – na Cidade do Rio de Janeiro. Esse fichĆ”rio contem uma continuidade.

Isso e esforƧos prĆ³prios de discĆ­pulos do Rheingantz resultaram na publicaĆ§Ć£o do terceiro volume, em 1995, em forma de fascĆ­culos do CBG. Talvez ai se encontre muitas respostas que nĆ£o encontramos nos dois primeiros livros.

Uma resposta que nos interessa muito serĆ” encontrar documentado a ponte entre os Barbalho, Aguiar e Costa, que o professor Dermeval Jose Pimenta descreveu no trabalho dele. Nessas trĆŖs oportunidades, Rheingantz nĆ£o nos deu nos dois primeiros volumes.

No capitulo BARBALHO ele menciona filhos do casal Pedro da Costa Ramires e PĆ”scoa Barbalho. Entre eles nĆ£o inclui Maria da Costa Barbalho. Ela foi esposa de Manoel de Aguiar, que ja era viuvo. E dela devera mesmo ter nascido os filhos que assinaram “de Aguiar Barbalho”. E tambĆ©m o Manoel Vaz Barbalho.

O casamento entre Maria e Manoel esta comprovado no registro de casamento da filha deles: Theodozia de Aguiar Barbalho, realizado em 1717, em Mariana, na Igreja de Nossa Senhora da AssunĆ§Ć£o. Casou-se com Joseph Carneiro da ……, filho de Matheus Lage e Maria Carneiro.

Para ter-se casado em 1717, acredito que Theodozia tenha nascido em torno de 1700. O que torna suspeita a data de nascimento do Manoel Aguiar, por volta de 1634, sugerida por Rheingantz.

Isso o faria estar com mais de 60 anos ao nascimento da filha. Nada impossĆ­vel em termos de considerar a virilidade desse membro da famĆ­lia. A dificuldade seria encontrar homens `aquela Ć©poca vivos e produzindo filhos em tal idade.

Por isso acredito na possibilidade de que Manuel de Aguiar, como consta no capitulo do titulo acima (abaixo, no blog), casado com Domingas Martins, poderĆ” ter sido pai do nosso suposto ancestral Manoel de Aguiar, e nĆ£o ser o prĆ³prio. Nesse caso, talvez o complemento da informaĆ§Ć£o se encontre no fichĆ”rio deixado por Rheingantz.

Continuando, o grande interesse em saber os nomes dos pais do Antonio da Costa Ramires se deu porque encontrei, ha mais tempo, algo que guardei a espera da confirmaĆ§Ć£o de que ele fosse avo do Pedro. Mas precisava saber-lhe os nomes dos pais para nĆ£o deixar duvida alguma.

De qualquer forma, vou revelar aqui. Antes da confirmaĆ§Ć£o e sob a Ć©gide de hipĆ³tese. Portanto, pode ser ele ou nĆ£o. Encontrei o nome, porem, estava solteiro. Se houvessem revelado o nome da esposa, tambĆ©m poderia ter sido motivo de confirmaĆ§Ć£o. Segue esse esqueleto genealĆ³gico entĆ£o:

01. Antonio da Costa Ramires, filho de:

02. Alexandre Ramires Correia c. c. Jeronima Rodrigues, filho de:

03. Bras Correia da Costa c. c. Antonia Ramires da Costa, filho de:

04. Rui Vaz Correia c. c. N, filho de:

05. Duarte Vaz Correia c. c. N, filho de:

06. TrintĆ£o Vaz Correia c. c. N, filho de:

07. Izabel Correia c. c.Ā Rui Vasques, filha de:

08. FernĆ£o Afonso Correia, sr. da Honra de Monte FralhĆ£es c. c. Leonor Anes da Cunha, filho de:

09. Afonso Correia c. c. Brites Martins da Cunha, filho de:

10. Paio Correia, o Alvarazento c. c. Maria Mendes de Melo, filho de:

11. Pero Pais Correia c. c. Dordia Pires de Aguiar, essa, filha de Pero Mendes de Aguiar e Estevainha Mendes de Gundar.

10. Maria Mendes de Melo c. c. Paio Correia, o Alvarazento, filha de:

11.Ā Teresa Afonso Gato c.c. Mem Soares de Melo, filha de:

12. Urraca Fernandes de Lumiares c. c. Afonso Pires Gato, filha de:

13. FernĆ£o Pires de Lumiares c. c. D. Urraca Vasques de BraganƧa, filho de:

14. Pedro Afonso Viegas c. c. N, filho de:

15. Afonso Viegas, o MoƧo c. c. Aldara Peres, filho de:

16. Egas Moniz, o Aio c. c. Dordia Pais de Azevedo.

13, D. Urraca Vasques de BraganƧa c. c. FernĆ£o Pires de Lumiares, filha de:

14. D. Vasco Pires de BraganƧa c. c. Sancha Pires de BaiĆ£o, filho de:

15. D. Fruilhe Sanches de Barbosa c. c. D. Pero Fernandes de BraganƧa, filha de:

16. D. Sancha Henriques, infanta de Portugal c. c. Sancho Nunes de Barbosa, filha de:

17. Henry de Bourgogne c. c. Teresa de Leon, Condessa de Portugal.

Aqui temos coisas interessantes a constatar. Por exemplo, Egas Moniz, o Aio, foi o tutor do primeiro rei de Portugal, Afonso Henriques. Esse era filho do casal da geraĆ§Ć£o 17. Ou seja, isso nos faria sobrinhos dele.

Henry foi filho dos duques da Borgonha, ou Reino das Duas Sicilias, alem de ser descendente do Carlos Magno. Teresa foi filha do rei D. Alfonso VI. Aquele que concedeu as mĆ£os das filhas aos nobres que o fossem ajudar na Reconquista de Portugal.

Egas Moniz, o Aio e Dordia Pais Azevedo foram bisavĆ³s do D. Soeiro Viegas Coelho, o primeiro a assinar o sobrenome e a passa-lo `a sua descendĆŖncia.

Aqui esta tambĆ©m a constataĆ§Ć£o de que todos os caminhos levam aos mesmos ancestrais. Se lerem meus trabalhos passados, ou se leram com atenĆ§Ć£o e se lembram, observarĆ£o que Henry de Borgonha e Teresa, condessa soberana de Portugal, sĆ£o ancestrais tambĆ©m dos Bezerra.

Os que desejarem rememorar, podem consultar:

http://familybezerrainternational.blogspot.com/2009/12/fontes-sobre-as-origens-da-familia.html

Na postagem esta um pouco confuso, porem, observe-se `a pagina 11 que ali se menciona D. Teresa e Henry de Borgonha. Eles foram pais tambĆ©m de D. Urraca Henriques de Portugal. NĆ£o confundir com a rainha D. Urraca, meio-irmĆ£ da Teresa.

Basta agora retornar um pouco `a postagem numero 009 dessa pagina, capitulo:Ā 07.Ā O QUE QUE A BAIANA TEM? OS QUINDINS DE YAYA!!!. Ali foi descrita a genealogia do ancestral Balthazar Barbosa de Araujo.

Pode-se observar no primeiroĀ parĆ”grafoĀ daĀ descriĆ§Ć£o que ele descendia dos mesmos Correia presentes naĀ ascendĆŖncia de Antonio da Costa Ramires.

E, obviamente,Ā nĆ£o vou entrar em maiores detalhes. Mas cada casal dos ancestrais dele na longaĀ descriĆ§Ć£oĀ vai dar em mesmos ancestrais.

AindaĀ nĆ£o tomei tempo para detalhar a genealogia dos Moniz Barreto que deram origem ao Antonio Jose Moniz Barreto, nossoĀ possĆ­vel ancestral,Ā tambĆ©m no texto 009.Ā ComeƧando pelo segundo capitulo.

Mas sei que por terem sido da alta nobrezaĀ tambĆ©mĀ descenderĆ£o dos mesmos ancestrais. O que variaĀ sĆ£o asĀ proporƧƵes. `As vezes temos um sobrenome como mais comum, dai pensamosĀ pertencer a tal “famĆ­lia”. Mas, a verdade Ć© que assinamos, porem,Ā nĆ£o somos somente isso. Somos resultado de uma mistura oriunda das mesmas fontes.

A vantagem para nos em nossos dias Ć© que essasĀ relaƧƵes familiares mais antigasĀ estĆ£oĀ acessĆ­veis em sites, e ate mesmo na Wikipedia por exemplo.Ā NĆ£o apenas os dados que estou apresentando agora, mas observe-se que se pode verificar asĀ famĆ­lias das quais procedem osĀ cĆ“njuges. Ou seja, nossos outros ancestrais. Exemplo:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Afonso_Pires_Gato

A partir dai, pode-se observar que esse foi o pai da:Ā 11.Ā Teresa Afonso Gato c.c. Mem Soares de Melo. E casoĀ alguĆ©mĀ queira estender-se mais, pode ver que o Mem Soares de Melo foi o 1o. senhor de Melo. Dai se pode tanto seguir aĀ ascendĆŖncia quanto outrasĀ descendĆŖncias deles.

Ha outro esqueleto genealogico que gostaria de repetir aqui para reafirmar a ideia. Trata-se daquela que parte de nossa,Ā muitĆ­ssimoĀ provĆ”vel, ancestralĀ Josepha Pimenta de Souza.

Ate,Ā entĆ£o, estava em duvida quanto ao professor Dermeval Pimenta ter identificado os nomes dos avos dela. Ao que parece, ele enganou-se. E seremos mesmo descendentes doĀ capitĆ£o-morĀ JoĆ£o Pimenta de Carvalho eĀ nĆ£o, talvez em outra instancia, doĀ irmĆ£o dele,Ā capitĆ£o Manoel Pimenta de Carvalho.

Vejamos,Ā entĆ£o, o que nos aponta esse esqueleto:

01. Josepha Pimenta de Souza c. c. Manoel Vaz Barbalho, filha de:

02. Belchior Pimenta de Carvalho c. c. N, filho de:

03.Ā JoĆ£o Pimenta de Carvalho c. c. Maria Machado, filho de:

04. D. Catarina Pimenta c. c.Ā capitĆ£o Ambrosio de Araujo, filha de:

05.Ā CapitĆ£o-morĀ JoĆ£o Pimenta de Carvalho c. c. Susana Requeixo Estrada.

EssaĀ porĆ§Ć£o pode ser verificada na postagem:

http://www.asbrap.org.br/publicac/revista/rev18_art17.pdf

Observe-se que JoĆ£o Pimenta de Carvalho era filho de GonƧalo Pimenta de Carvalho e Maria Jacome de Melo. NĆ£o tenho as ascendĆŖncias deles. Mas por suas ligaƧƵes com Vila ViƧosa tudo indica que tinham ascendĆŖncia nobre.

O capitĆ£o-mor surge desde o inicio do trabalho. Porem, a descendĆŖncia de dona Catarina Pimenta aparece a partir da pagina 281.

O que o professor Dermeval nos deixou foi que Belchior Pimenta de Carvalho teve as duas esposas descritas no trabalho. Contudo, salienta que teve a filha Josepha, em 1712, antes desses casamentos,Ā sem revelar nome ou procedĆŖncia da mĆ£e.

Devido `a alta incidencia de genes afrodescendente no exame de DNA de um de nossos primos, (Benin/Togo 7%; Africa Sul Oriental Bantu 4%; Africa do Norte 3% e Nigeria 3%) resultando num total de 17% de origem africana, presumo que a mĆ£e da Josepha fosse africana.

Assim penso porque isso corresponde a ele ter mais que um dos bisavĆ³s totalmente africano. E, ao que eu saiba, ele tem apenas nossa trisavĆ³, Maria Honoria Nunes Coelho, como possivelmente mulata.

Se o foi, para nos ela passou apenas 3.125% da porĆ§Ć£o africana que possuĆ­a para nossa geraĆ§Ć£o. Isso, no caso do primo que descende apenas uma vez dela. Eu descendo como trineto e tetraneto. Portanto, ai tenho que somar mais a metade disso.

Assim, temos que somar muito mais para chegar aos 17% no caso dele. Era preciso que Josepha fosse mulata e passasse sua ascendĆŖncia por diversos caminhos para nos para somarmos mais uma pitadinha cada vez. Sei que devo descender 3 vezes dela. Do primo sei apenas uma.

Assim, nossos ancestrais africanos sĆ£o mĆŗltiplos e variados. Isso, devido `a proporĆ§Ć£o e `as diversas regiƵes de procedĆŖncia. O mais provĆ”vel serĆ” que a maioria, senĆ£o todos, dos nossos ancestrais recentes ja teriam quantidades elevadas de sangue africano para chegar tamanha quantidade ao primo.

Para chegar 17% a ele, era preciso que um dos pais possuĆ­sse 34% ou ambos igualmente 17%, como media. Isso porque cada progenitor passa para os filhos apenas a metade do que possui. O restante vem do parceiro.

E, ao que sei, nos sabemos ter ascendĆŖncia africana mas isso nĆ£o Ć© traduzido na aparĆŖncia dos ancestrais recentes que tivemos.

Vejamos mais, entĆ£o, a partir da ancestral Susana:

05. Susana Requeixo Estrada c. c. capitĆ£o-mor JoĆ£o Pimenta de Carvalho, filha de:

06. Felippa da Motta c. c. Afonso Mendes de Estrada, filha de:

07. Francisco de Oliveira Gago c. c. Ines Sardinha, filho de:

08. Felippa da Motta c. c. Manoel de Oliveira Gago, filha de:

09. Felipa Gomes da Costa c. c. Vasco Pires da Motta, filha de:

10. Isabel Lopes de Sousa c. c. EstevĆ£o Gomes da Costa, filha de:

11. Martim Afonso de Sousa c. c. N, filho de:

12. Lopo de Sousa c. c. Beatriz de Albuquerque, filho de:

13. Pedro de Sousa c. c. Isabel Pinheiro, filho de:

14. Martim Afonso de Sousa c. c. Violante Lopes da TƔvora, filho de:

15. Martim Afonso de Sousa c. c. AldonƧaĀ Rodrigues de Sa, filho de:

16. Vasco Afonso de Sousa c. c. Ines Dias Manoel, filho de:

17. Martim Afonso de Sousa c. c.Ā AldonƧa Gil de Briteiros, filho de:

18. Martim Afonso Chichorro c. c. Ines Lourenco de Sousa, filho de:

19. Afonso III, rei de Portugal c. c. Madragana (Mor Afonso), filho de:

20. Afonso II, rei de Portugal c. c. Urraca de Castela, filho de:

21. Sancho I, rei de Portugal c. c. Dulce Berenguer, filho de:

22. Afonso I Henriques, rei de Portugal c. c. Mahaut de SabĆ³ia, filho de:

23. D. Teresa de LeĆ£o c. c. Henry de Borgonha.

Assim, apesar de todas as voltas, chegamos ao mesmo lugar. Nesse caso, quem desejar compreender melhor, pode fazer o exercĆ­cio de navegar na internet em busca dos ancestrais das esposas ou maridos ai presentes.

Posso adiantar que Mafalda (Mahaut) de Savoia descendia da ilustre familia italiana, suaĀ familia real. Madragana tinha origem judia, descendente de rabinos. E Ines Dias Manoel tem toda a realeza castelhana como ancestral. E Dulce vinha de Barcelona, antigo e, talvez, nova AragĆ£o.

Por outro lado, podemos concluir por ai que, por causa da presenƧa nĆ£o apenas de sobrenomes como tambĆ©m pela procedĆŖncia de seus primeiros nominados, as figuras histĆ³ricas do passado sĆ£o nossos ancestrais e as recentes descendem deles tambĆ©m.

O sobrenome Correia, por exemplo nos lembra o poeta Raimundo Correia. Para que se recordem:Ā https://www.mensagenscomamor.com/poemas-raimundo-correia. “Vai-se a primeira pomba despertada…” Por esse verso pode-se lembrar bem a pessoa e de nossa infĆ¢ncia.

Como tambĆ©m nos lembra Salvador Correia de Sa e Benevides. Tinha uma leve desconfianƧa que fosse nosso aparentado em funĆ§Ć£o do Benevides, de nossa ancestral Maria, matriarca dos Pereira do Amaral, nossos ancestrais.

SabiaĀ que por causa da origem dele na nobreza terĆ­amos obrigatoriamente muitos ancestrais comuns. Agora fica patente que os comuns sĆ£o nossos ancestrais tambĆ©m comuns.

Alem do parentesco dele com Mem de Sa, o governador geral do Brasil, foi um dos governadores do Rio de Janeiro. E o mesmo que mandou executar ao nosso ancestral Jeronimo Barbalho Bezerra, por causa da Revolta da CachaƧa, em 1661.

Aqui fica tambĆ©m patente que nos aproximamos do poeta Carlos Drummond de Andrade, tanto por nossa ascendĆŖncia nos Dormondo da Ilha da Madeira, quanto sermos todos descendentes do Martim Afonso de Sousa. Obviamente, alguns de nos ja sabemos ser dos mesmos Andrade.

E assim torna-se o mundo. Afonso I Henriques de Portugal Ć© conhecidamente ascendente da maioria da populaĆ§Ć£o ocidental. Inclui-se ai 2/3 de ex-presidentes dos Estados Unidos. Alem de reis e rainhas de todas as monarquias europeias.

Obviamente, nĆ£o apenas ele. Alem dele, outros de nossos ancestrais descendem dos mesmos ancestrais que ele, tais como doĀ Carlos Magno, Hugo Capeto, reis Merovingios e imperadores romanos.

Estenda-se ai aos gregos, persas, egipcios, arabes e toda sorte de gente que ocupa paginas na Historia Universal. Inclusive os personagens bĆ­blicos, por alguns genealogistas ja terem revelado a relaĆ§Ć£o entre as monarquias da PenĆ­nsula IbĆ©rica e a rainha Esther.

Com certeza, as repetiƧƵes nĆ£o acabarĆ£o por ai. Os Pereira, os Coelho, os Furtado de MendonƧa, os Carneiro de Andrade, os Andrade, os Menezes, os Corte-Real, os Moniz e tantos outros nossos ancestrais repetirĆ£o esses e outros ancestrais, o que nos faz Ā “cuspe e escarro” dos mesmos ancestrais.

Quando se diz que uma crianƧa de parece com seus avos deve ser um fato de pura e absoluta inevitabilidade! Somos todos mesmo “farinha do mesmo saco!”

Alias, quem desejar exercitar um pouco mais, poderĆ” jogar na busca do Google os diversos nomes de ancestrais do Balthazar Barbosa de AraĆŗjo. Entre eles temos D. Tereza, filha de JoĆ£o Pires de Vasconcellos.

Na verdade, trata-se do D. JoĆ£o Peres, senhor da Torre de Vasconcelos. Entre outros detalhes, tornou-se senhor de Penagate por casamento. Ele casou-se com dona Maria Soares Coelho, filha do D. Soeiro Viegas Coelho. Ou seja, tanto os Coelho quanto os Vasconcelos descendem das mesmas fontes.

Outro exemplo Ć© o de D. Rui GonƧalves Pereira. Na verdade, o bisneto, que se casou com dona Berengaria Nunes Barreto. Foi bisneto de D. Rui GonƧalves Pereira. Esses sĆ£o os senhores de Trastamarra.

Entre outras coisas, sĆ£o eles do mesmo nĆŗcleo familiar do Nun’Alvares Pereira, atual Santo Nuno de Santa Maria, II CondestĆ”vel de Portugal. E o que se espera Ć© os Pereira dos quais descendemos irem entroncar-se na mesma raiz.

Fica assim concretizado minha aspiraĆ§Ć£o. Conhecer e divulgar a genealogia de forma a que as pessoas passem a reconhecer que nossos ancestrais fizeram a Historia e ela corre pungente em nossas veias.

Acredito que, o saber nĆ£o ocupa lugar, nĆ£o pode ser tomado e, inexoravelmente, facilitaria muito aos jovens interessar-se pela disciplina Historia. Afinal, nĆ£o se estuda nela os feitos de marcianos e venusianos. Tudo se trata de nossa ancestralidade.

 

MAIS DOS COSTA

Eu havia visto antes, porem, deixei passar por causa da importĆ¢ncia maior do assunto discutido acima. Mas agora resolvi postar, como complemento, duas das curiosidades havidas no capitulo. Segue entĆ£o:

PAG. 440

“MANOEL DA COSTA COELHO, n. por volta de 1652 e fal., casado por volta de 1682 com Mariana Pinheira, n. por volta de 1662 e fal. Pais de:

I. 1 – Joana de Faria, n. no Rio (Candelaria 2o., 82) bat. a 12.7.1683 e fal. no Rio (Candelaria 10o., 89) a 28.1.1746, casada por volta de 1699 com Ambrosio Ramos Ferreira, n. no Porto por volta de 1669 e fal. Pais de:”

PAG. 441

“II. 3 – Gracia Maria Da Cruz Ferreira, n. no Rio (Candelaria 3o., 104) bat. a 3.5.1712 e fal. casada no Rio (Candelaria 4o., 139v) a ?.?.1736 com o capitĆ£o Carlos Jose Ribas, n. em Lisboa (SĆ£o Nicolau) por volta de 1706 e fal., filho de Miguel Ribeiro Ribas e de Arcangela Maria Josefa (ou de Souza). Pais de:

III. 1 – Jose Bonifacio Ribas, n. no Rio (Candelaria 6o., 54v) bat. a 6.6.1739 e fal. casado em SĆ£o SebastiĆ£o – SP, por volta de 1764 com Ana Maria de Toledo e Oliveira, n. por volta de 1744 e fal. filha de Pedro Alvares da Paz e de EscolĆ”stica de Toledo. Pais de:

IV. 1 – d. EscolĆ”stica Bonifacia de Toledo Ribas, n. em SĆ£o SebastiĆ£o, SP, a 22.4.1765 e fal. em SĆ£o Paulo a 31.5.1859. Casada em SĆ£o Paulo (Se) a 18.2.1784 com o coronel JoĆ£o de Castro do Canto e Melo, n. na Ilha Terceira por volta de 1740 e fal. em SĆ£o Paulo ?.?.1826, visconde com as honras de Grandeza de CASTRO, por mercĆŖ de 12.10.1826, filho de JoĆ£o de Castro do Canto e Melo e de Rita QuitĆ©ria. Pais de:”

PAG. 442

“V. 1 – D. Domitila de Castro Canto e Melo, n. em SĆ£o Paulo a 27.12.1797, (bat. a 7.3.1798) e fal. em SĆ£o Paulo a 3.11.1867, viscondessa de SANTOS. Casada em primeiras nupcias em SĆ£o Paulo (Se) 13.1.1813 com o alferes Felicio Pinto Coelho de MendonƧa, n. em Sant’Ana de Cocais, MG, a ?.?.17.., e fal., filho do capitĆ£o-mor Felicio Moniz Pinto Coelho da Cunha e de d. Mariana Manuela Furtado Leite de MendonƧa. Com geraĆ§Ć£o. Casada em segundas nĆŗpcias em Sorocaba, SP, a 14.6.1842 com o brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar. Com geraĆ§Ć£o.”

Aqui o Carlos G. Rheingantz fez uma daquelas extensƵes alem das datas propostas em sua coleĆ§Ć£o. Omitiu as ligaƧƵes de D. Domitila com D. Pedro I. Ela ficou mais conhecida como Marquesa de Santos.Ā A ligaĆ§Ć£o entre eles tambĆ©m resultou em geraĆ§Ć£o.

Queria apenas deixar ai a possibilidade de termos mais de um grau de parentesco com ela. Tanto pelo Coelho quanto pelo Costa iniciais. Alem da ligaĆ§Ć£o dela com os Furtado Leite, mesmo de nossos primos. Por fim, o MendonƧa.

Ha que lembrar-se que dona Maria Furtado de MendonƧa foi a esposa do governador Luiz Barbalho Bezerra, nossos ancestrais.

PAG. 415

“BALTAZAR DA COSTA, n. por volta de 1565 e fal. casado por volta de 1595 com Andreza de Souza, n. por volta de 1575 e fal. no Rio (Se 4o., 11v) a 16.10.1655, fal. filha do capitĆ£o JoĆ£o de Souza Pereira Botafogo e de d. Maria da Luz Escorcia Drummond. Pais de:”

PAG. 416

“I. 3 – Jeronimo da Costa, n. por volta de 1609 e fal. no Rio (Se 3o., 48) a 13.5.1647, casado com Maria Pedrosa, irmĆ£ de Domingos Pedroso, n. por volta de 1619 e fal. no Rio (Se 6o., 156) a 10.7.1698, filha de Miguel Gomes Bravo e de Isabel Pedrosa de Gouveia. Teve de uma india livre, serva de Amador Ribeiro, um filho natural:

II. 1 – Miguel.”

Aqui queria salientar o inicioĀ da famĆ­lia dessa nossa tia ancestral. Era irmĆ£ da ancestral Cordula Gomes, esposa do portuguĆŖs JoĆ£o do Couto Carnide.

NĆ£o sei se a reencontraremos depois em capĆ­tulos como Gomes, Gomes Bravo, Couto ou Bravo. Parece que ha algo mais no livro. Mas ha que abri-lo para ver.

Tenho da familia esse resumo:

Miguel Gomes Bravo foi filho de Rui Dias Bravo e Antonia Rodrigues. Era nascido no Porto, aproximadamente em 1563. Foi casado com Isabel Pedrosa de Gouveia e tiveram os filhos:

01. Rui Dias Bravo (1597)

02. Maria Pedrosa (1600)

03. Cordula Gomes (1602) c. c. JoĆ£o do Couto Carnide

04. Domingos Pedroso (vivo em 1647)

05. Maria (1616)

06. Pascoal (1618)

07. Ursula (1620)

08. Maria Pedrosa (1622) c. c. Jeronimo da Costa

09. Manuel Gomes Bravo (1624)

10. Miguel Gomes Bravo

NĆ£o consta nessa lista, Antonia Pedrosa de Gouveia, que ficou em Vitoria – ES, onde se casou com Belchior deĀ Azeredo Coutinho, filho do bandeirante Marcos Azeredo e dona Maria Coutinho.

Essa, Azeredo Coutinho, foi uma das famƭlias mais influentes no perƭodo colonial tambƩm no Rio de Janeiro. E isso se reflete em tƭtulos de nobreza no perƭodo imperial.

Pode ser que hajam outros filhos. Mas nĆ£o procurei ainda. Isso porque Ć© conhecido que foram 10 ao todo, porem, deverĆ£o ter sido 10 que chegaram `a idade adulta.

Talvez as duas primeiras Marias tenham falecido crianƧa para que a terceira tivesse o mesmo nome. Ou os nomes delas podem estar incompletos e Antonia ser uma delas.

Assim fica comprovada um pouco mais da extensĆ£o de nossa famĆ­lia.

E aqui fica uma possibilidade que nĆ£o passa de suspeita por enquanto. Trata-se do fato de nĆ£o termos os nomes dos pais da ancestral Isabel da Costa, esposa do Antonio da Costa Ramires. Ela pode ter sido filha do casal Baltazar e Andreza.

Claro, Baltazar e Andreza podem nĆ£o ser meus ancestrais porque meus primos tem ancestrais diferentes dos meus. NĆ£o sei quanto de sangue inglĆŖs corre em minhas veias. Mas no primo que fez exame de DNA constam 13% da Gra-Bretanha.

Sabe-se que os EscĆ³cia Drummond procediam da Ilha da Madeira, porem, foram escoceses em transito por la. Obviamente, dona Maria da Luz EscĆ³cia Drummond passaria muito pouco do sangue para os descendentes atuais.

Contudo, como nĆ£o temos conhecimento de escoceses recentes como ancestrais, ela pode ter somado a outros para chegar porcentagem tĆ£o alta como essa. Isso equivale a 1 dos bisavĆ³s 100% da Gra-Bretanha. O que sabemos, nĆ£o temos, entĆ£o, serĆ” preciso somar diversos ancestrais com ascendĆŖncia la.

Ou, por outro lado, o que serĆ” mais provĆ”vel, pode ser que os ingleses descendam tanto dos ibĆ©ricos quanto nos. Dai pode ter havido confusĆ£o no exame do DNA, nĆ£o seriamos nos com sangue inglĆŖs e sim os ingleses com nosso sangue.

Apesar de podermos ter o Drummond da fonte baiana tambƩm. Nesse caso, tanto eu quanto o primo descendemos da mesma fonte.

Mas, buscando melhor na internet, nosso amigo Lenio Richa nos informa que Jeronimo nĆ£o teve filhos com a esposa Maria Pedrosa. Como os dados procedem do Rheingantz nĆ£o se pode afirmar isso com absoluta certeza.

Mesmo assim, nĆ£o esperemos possuir ancestrais por essa via. Para que o primo ou nos possuirmos tamanha quantidade de certo sangue, preciso serĆ” que tenhamos um ancestral recente procedente da origem do sangue.

Ou, como alternativa, para se ter uma ascendĆŖncia um pouco mais longĆ­nqua, todos ou a maioria dos nossos ancestrais recentes teriam que compartilhar dessa mesma ancestralidade. Assim, nossos pais teriam uma composiĆ§Ć£o semelhante entre si e, por isso, a ancestralidade mais antiga nĆ£o se perderia no sangue.

 

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10. PONTOS DO NORDESTE TAMBEM SERIAM NOSSO?

Encontrei algumas coincidĆŖncias que chegam a ser um pouco mais que curiosas. E talvez elas acabem nos revelando um ramo da FamĆ­lia Barbalho que chegou ao Brasil via Pernambuco, foi para o Rio de Janeiro, adentrou Minas Gerais e, talvez, tenha projetado um galho ate ao Rio Grande do Norte.

E a distancia nĆ£o pode ser empecilho, pois, o cirurgiĆ£o-mor Policarpo encarregou-se da extensĆ£o ate ao Rio Grande do Sul. E a minha desconfianƧa Ć© a de que um irmĆ£o ou sobrinho dele fez o caminho oposto.

Em nossa tradiĆ§Ć£o familiar havia um dito mais ou menos assim: “A famĆ­lia procede do Nordeste, eram trĆŖs irmĆ£os. Um foi para o Rio Grande do Sul, outro retornou para o Nordeste e o terceiro foi aquele que deu origem ao nosso Barbalho.”

Penso que esse dito que ouvi solto quando ainda crianƧa referia-se ao tetravĆ“ Policarpo Jose Barbalho. Embora tenhamos comprovaĆ§Ć£o que teve dois irmĆ£os, Gervasio e Firmiano, nĆ£o tenho o destino deles. A existĆŖncia deles esta marcada pelos registros de seus casamentos em Itabira.

Mas pelo que jaĀ encontramos em Itabira, o mais provĆ”vel foi que tenham tido outros irmĆ£os, entre eles os senhores Modesto e Victoriano Jose Barbalho. Ha dados de descendĆŖncia desses dois outros, porem, nĆ£o temos nomes de seus pais.

Vamos a outra passagem. Essa relatada pelo professor Dermeval nas paginas 253 e 254 do livro dele:

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” Ā  Ā  IV – JOSEFA PIMENTA DE SOUZA, nascida no Rio, nos anos de 1716, criada e educada na residĆŖncia de seu pai, tendo sido batizada na Freguesia de Nossa Senhora da Mosteiro, no Rio de Janeiro; casou-se aos 18-9-1732, na Capela de Nossa Senhora dos Prazeres de Milho Verde, em Minas Gerais, com MANOEL VAZ BARBALHO (Livro 1o. de casamento da Matriz fls. 78; livro 1o. de Tapanhoacanga, fls. 100; livro de casamento das capelas filiais de fl. 6v) conforme consta do arquivo do Alferes LUIZ ANTƔNIO PINTO.

Descendentes do casal Manoel Vaz Barbalho e Josefa Pimenta de Souza

Realizado o casamento em Milho Verde, aos 18-9-1732, esse casal, apĆ³s alguns anos, fixou residĆŖncia no Arraial de SĆ£o Jose de Tapanhoacanga pertencente `a Freguesia de Nossa Senhora da ConceiĆ§Ć£o da Vila Nova do Principe, onde criou a famĆ­lia. Eh possĆ­vel que tenham nascido outros filhos, mas so conseguimos obter dados sobre a sua filha ISIDORA MARIA DA ENCARNAƇƃO. Pais de:

F – 1 ISIDORA MARIA DA ENCARNACAO, batizada em 28 de maio de 1738, no Arraial de Tapanhoacanga, tendo por padrinho FRANCISCO DA COSTA MALHEIRO. Em 1759, no dia 30 de agosto, casou-se com o CapitĆ£o ANTƔNIO FRANCISCO DE CARVALHO, o qual, em meados do sĆ©culo dezoito, veio para o Brasil e se estabeleceu naquela localidade. Era portuguĆŖs, filho de ANTƔNIO LEAL, e Dona MARIA FRANCISCA, natural de Vila dos Colares, no Patriarcado de Lisboa. O CapitĆ£o ANTƔNIO FRANCISCO, durante muitos anos, foi sindico-geral dos Santos Lugares, na Comarca de Serro Frio. (Livros 2o. bat. fls. 98v e livro de casamento – capelas filiais fls. 6v). Pais de:

N 1 – JOĆ£O, nascido em 1761,

N 2 – VITORIANA, nascida em 1762;

N 3 – ANTƔNIO, nascido em 1764;

N 4 – LUCIANO, nascido em 1766;

N 5 – MARIANA, nascida em 1767;

N 6 – JOSE, nascido em 1769;

N 7 – FRANCISCO, nascido em 1771;

N 8 – BERNARDO, nascido em 1776;

n 9 – BOAVENTURA JOSE PIMENTA, nascido em 1779.

OBSERVAĆ§Ć£O

Ā  Ā  Do estudo que acabamos de proceder sobre aĀ descendĆŖncia do casal MANOEL VAZ BARBALHO e JOSEFA PIMENTA DE SOUZA, verificamos que este casal, entre outros, teve uma filha de nome ISIDORA MARIA DA ENCARNAƇƃO, casada naquele mesmo Arraial, com o portuguĆŖs capitĆ£o ANTƔNIO FRANCISCO DE CARVALHO.Ā Foi nos dado constatar que este ultimoĀ casal teve nove filhos, mas, somente de dois deles, VITORIANA e BOAVENTURA, pudemos obter dados sobre os seus descendentes, os quais receberam o sobrenome de JOSE PIMENTA, herdados de JOSEFA PIMENTA. Face a esta circunstĆ¢nciaĀ supomos que os demais filhos do casal MANOEL VAZ BARBALHO e JOSEFA PIMENTA bem como seus outros netos, filhos que eram de ISIDORA MARIA DAĀ ENCARNAƇƃO, tenhamĀ tambĆ©mĀ recebido o sobrenome de JOSE PIMENTA, derivado da avo JOSEFA. Ha fortesĀ indĆ­cios de que as variasĀ famĆ­lias PIMENTA residentes no Norte e Nordeste de Minas se originaram em SĆ£o Jose do Tapanhoacanga e de Milho Verde. TodaviaĀ nĆ£o desprezamos aĀ hipĆ³tese de que alguns dosĀ possĆ­veis filhos do casal MANOEL e JOSEFA tenham usado o sobrenome de PIMENTA BARBALHO ou VAZ BARBALHO, os quais teriam dado origem `asĀ famĆ­lias de sobrenomes VAZ ou BARBALHO.

Ā  Ā  ComoĀ nĆ£oĀ dispomos de dados sobre todos estes nove filhos, vamos focalizar apenas VITORIANA e BOAVENTURA, respectivamente N-2 e N-9.”

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Acredito que o professor Dermeval Pimenta tenha tiradoĀ conclusĆ£o um pouco precipitada ao deixar-se pender para o lado do titulo do capitulo do livro dele: “TRONCO PIMENTA-VAZ BARBALHO”.

Geralmente, as regras de nomenclatura doĀ sĆ©culo XVIII e antesĀ nĆ£o se encaixavam naĀ lĆ³gica que a sociedade passou a adotar a partir dosĀ sĆ©culos seguintes.

9 filhos de um mesmo casal poderiam cada um adotar um sobrenome diferente. Muito comumente esses sobrenomes variavam de acordo com que variavam os sobrenomes ate aos 8Ā bisavĆ³s dos filhos do casal.

Assim, sobrenomes sumidos em 3Ā geraƧƵes anteriores poderiam renascer, mas, por as pessoas da atualidadeĀ nĆ£o terem acesso `aĀ genealĆ³gica completa daquelas pessoas, pensar-se-ia que o sobrenome surgiu do nada.

Nesse caso especifico, porem, temos ainda os nomes dos senhoresĀ ANTƔNIO LEAL e MARIA FRANCISCA. Esse segundo nome dela pode inclusive ser daĀ FamĆ­lia FRANCISCO. NaquelaĀ Ć©poca osĀ escrivĆ£es costumavam usar aĀ versĆ£o femininizada dos sobrenomes masculinos como: FURTADA, COELHA e outros.

O certo aqui Ć© que, pode ser que numa pesquisa mais profunda, se todos os filhos de ISIDORA eĀ capitĆ£oĀ ANTƔNIOĀ FRANCISCO DE CARVALHO chegaram `a idade e procriaram, podem ter deixadoĀ famĆ­lias com todos os sobrenomes ja havidos anteriormente naĀ famĆ­lia. Isso inclui o “DA COSTA BARBALHO”.

Pulando-se mais uma cerca, andei verificando o capitulo BARBALHO do livro de nosso amigo ORMUZ BARBALHO SIMONETTI. Ali encontra-se oĀ extrato:

************************************************************************************Ā 

“Segundo o Historiador HĆ©lio GalvĆ£o, do casal BrĆ”s Barbalho Feyo e Leonor Guardes descendem Catharina Barbalho, filha de Isabel de Vasconcellos e JoĆ£o Soares de Avellar. Catharina Barbalho, ao consorciar-se com Francisco Ribeiro Bessa, teve oito filhos, sendo a ultima Catharina Barbalho (segunda do nome) que se casou duas vezes: a primeira com o Tenente Jose de Mello, de Goyana, nĆ£o deixando descendĆŖncia, e segunda vez com Aniceto Ferreira Padilha e tiveram sete filhos. Um desses filhos de Catharina e Aniceto, ja nascido e naturalmente radicado `a terra, descende, sem duvida, Antonio Jose da Costa Barbalho, ou Antonio Barbalho da Costa,Ā como de prĆ³prio punho escrevia ele o seu nome, sendo ele o patriarca dos Barbalho de Goianinha, vindo a falecer em 20 de novembro de 1827, aos 73 anos de idade e deixou inĆŗmeros descendentes.”

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Acredito aqui que o “descendente, sem duvida,” deixou-me com uma enorme duvida. Ao que me pareceu, foi uma suposiĆ§Ć£o e nĆ£o uma certeza. Isso abre a possibilidade de o Antonio Jose da Costa Barbalho ser o mesmo “N 3 –Ā ANTƔNIOĀ  nascido em 1764″ anotado pelo professor Dermeval Jose Pimenta.

Veja-se que poderia ser mesmo ele se encaixando naĀ tradiĆ§Ć£o dos Barbalho. OsĀ irmĆ£os, em verdade,Ā sĆ£o mais que 3. Mas, por enquanto,Ā nĆ£o sabemos quantos nem quais poderiam ter assumido o sobrenome Barbalho.

Talvez, os outrosĀ nĆ£oĀ foram contados porque faleceramĀ crianƧas como eraĀ tĆ£o comum acontecer naquelaĀ Ć©poca. Ou podem ter sobrevivido, como aconteceu com o BOAVENTURA JOSE PIMENTA, porem, teriam sido apenas 3 que herdam o BARBALHO por sobrenome.

Existem outros indicios, porem,Ā ajustĆ”veis `a realidade. AĀ afirmaĆ§Ć£o do Ormuz Ć© a de que o patriarca viveu 73 anos. Mas era muito comum acontecer enganos na contagem da idade. E chega a ser uma grandeĀ coincidĆŖncia que justamente o Antonio da Isidora eĀ capitĆ£o Antonio Francisco tenha nascido em 1864, ou seja, 63 anos antes do falecimento do senhor Antonio Jose.

Alem disso, ha ai aĀ coincidĆŖncia de o senhor Antonio ter recebido o JOSE, que era uma marca de nossaĀ famĆ­lia, alem de assinar o “DA COSTA BARBALHO” ou “BARBALHO DA COSTA” como preferia assinar, queĀ tambĆ©m era sobrenome em nosso ramo daĀ famĆ­lia.

Pode ser mera coincidencia, porem, um dos filhos do senhor Antonio Jose da Costa Barbalho foi o Francisco Antonio Barbalho. No caso, umaĀ possĆ­velĀ inversĆ£o da ordem dos nomes do suposto avo: Antonio Francisco de Carvalho. Algo muitoĀ comum `aquelaĀ Ć©poca.

Aqui ha que salientar-se que mesmo que a data de nascimento, 1754, e a idade ao falecimento, 73 anos, estejam corretas,Ā nĆ£o significa que minhaĀ hipĆ³tese seja falha. Muito pelo contrario.

Isso porque aindaĀ nĆ£oĀ temos aĀ relaĆ§Ć£o de nomes dos supostos filhos do MANOEL VAZ BARBALHO e JOSEPHA PIMENTA DE SOUZA. Temos que foram pais da ISIDORA e do cirurgiĆ£o-mor POLICARPO JOSEPH BARBALHO.

MasĀ nĆ£o sabemos se houveram e quais teriam sido osĀ possĆ­veis outros. Os quais o professor Dermeval supunha que existiram.

E, em sendo o caso,Ā terĆ­amos ai quem foi para o Rio Grande do Sul, quem voltou para o Nordeste e a Isidora pode ter sido a representante de quem ficou em Minas Gerais.

Se acasoĀ aĀ tradiĆ§Ć£o considerava apenas os homens, temosĀ tambĆ©m essaĀ opĆ§Ć£o. Trata-se do JOSE VAZ BARBALHO, o pentavĆ“ de minhaĀ geraĆ§Ć£o. EnquantoĀ nĆ£o sei quem foram os pais dele,Ā nĆ£o posso descartar a possibilidade de ter sido filho do MANOEL e JOSEPHA.

Alem dessaĀ opĆ§Ć£o, ele poderia ser o: “N 6 – JOSE, nascido em 1769″. Seria um pouco apertado, porem, por volta dos 19 anos, em 1789, este poderia estar casado. E por volta de 1789 poderia ter sido pai do nosso ancestral Policarpo Jose Barbalho.

NĆ£oĀ tenho a data de nascimento desse ancestral. Mas tenho a do casamento que se deu em 1808, portanto, deveria estar com pelo menos 18 anos de idade. Mesmo depois dessaĀ Ć©poca ainda era comum casar-seĀ tĆ£oĀ jovem.

E existe umaĀ tradiĆ§Ć£o deĀ famĆ­lia dizendo que ele havia ingressado noĀ seminĆ”rio, mas desistira ao apaixonar-se pela ISIDORA FRANCISCA DEĀ MAGALHƃES, e casou-se antes de ordenar-se.

Somente depois que teve os filhos, ficou viuvo e criou aĀ famĆ­lia, inclusive tendo visto antes seu filhoĀ Emigdio deĀ MagalhĆ£es Barbalho ser ordenado padre em 1845, foi que retornou aoĀ seminĆ”rio e buscou aĀ ordenaĆ§Ć£o, indo falecer, nĆ£o sabemos a data, idoso e pastoreando o rebanho do antigo Inficcionado (atual Distrito de Santa RitaĀ DurĆ£o, Mariana, MG), local em que nascera.

De todo esse capitulo nasce ai aĀ hipĆ³teseĀ de que o ramo Barbalho daĀ regiĆ£o de Goianinha, RN,Ā poderĆ” fazer parte da imensaĀ descendĆŖncia do governador LUIZ BARBALHO BEZERRA e sua esposa MARIA FURTADO DEĀ MENDONƇA. Tudo ainda a ser confirmado.

Acredito que agora falta-nos mesmo, referindo-me ao ramo BARBALHO e COELHO do Centro Nordeste de Minas Gerais, decifrar aquele pequenoĀ espaƧo de tempo, entre 1720 e 1790 de nossa genealogia para constatar todas essas suspeitas.

Como venho repetindo em meus escritos anteriores, acredito que as respostas estejam nos arquivos forenses na cidade do Serro e/ou nosĀ eclesiĆ”sticos da Arquidiocese de Diamantina, ambas em Minas Gerais.

Os dados dessa imensaĀ regiĆ£o de Minas GeraisĀ nĆ£o tem sido devidamente publicados e, parece-me, somente um mergulho nos arquivosĀ desfarĆ£o toda e qualquer duvida. Os meus estudos tem revelado que la temos respostas.

NĆ£o sabemos quais nem quandoĀ virĆ£o. Mas gostaria de poder pagar essa visita `a terra que passaram nossos ancestrais, porque Ć© aĀ Ćŗnica formaĀ possĆ­vel de deixarmos para as futurasĀ geraƧƵes uma Historia deĀ FamĆ­lia, o mais completaĀ possĆ­vel, para assim despertar o interesse delas por nosso passado.

Um passado que,Ā nĆ£o muito distante, nosĀ tambĆ©m seremos parte dele.

 

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011.Ā PRIMEIROS MORADORES DE GUANHAES, VIRGINOPOLIS E PECANHA …

INDICE:

O1. INTRODUCAO

02. OS “HOMENS BONS” DE PECANHA

03. OS DE GUANHAES

04. COMENTARIOS A RESPEITO DO PATROCINIO DE GUANHAES

05.Ā A) FREGUESIA E DISTRICTO DO PATROCINIO

06.Ā B) FREGUESIA E DISTRICTO DE S. SEBASTIAO DOS CORRENTES (a)

07.Ā C) DISTRICTO DE N. S. MĆ£E DOS HOMENS DO TURVO

08.Ā D) FREGUESIA E DISTRICTO DE N. S. DA PENHA DO RIO VERMELHO

09.Ā NOSSA ANCESTRAL GENOVEVA NUNES FERREIRA

10. PRESENCA DE JOAO DA CUNHA MENEZES

11. BIOGRAFIA DE DONA DAMIANA DA CUNHA

12. BIOGRAFIA COMPLETAĀ DE LUIZ BARBALHO BEZERRA

13. COMENTARIOS ENVOLVENDO A FAMILIA DA CUNHA MENEZES

14. COMO SABER SE OS DA CUNHA DESCENDEM DO LUIZ?

15. RELAƇƕES DE COMPADRIO NO BRASIL DO SECULO XVIII

16.Ā VOLTANDO `AS ANALISES

01. INTRODUCAO

Resolvi passar uma revista no ALMANAK ADMINISTRATIVO, CIVIL E INDUSTRIAL DA PROVINCIA DE MINAS GERAIS.

A ideia surgiu porque estava revendo as fontes mencionadas pelo professor Nelson Coelho de Senna. Ele havia dito queĀ no de 1870 tinha uma menĆ§Ć£o, ao capitĆ£o Jose Coelho da Rocha:

“Ja em 1821, um deles, elevado a CapitĆ£o de milĆ­cias da Comarca-do-Serro-Frio, o referido Jose Coelho da Rocha, era considerado o principal fundador e dos primeiros povoadores da referida povoaĆ§Ć£o de SĆ£o-Miguel-e-Almas, hoje cidade de Guanhaes, como refere Assis Martins…”

NĆ£o sei como o computador conseguiu mas ele abriu uma pagina que continha a referida publicaĆ§Ć£o. Foi apenas um relance e, tendo que sair, quando retornei nĆ£o mais encontrei a publicaĆ§Ć£o.

Pelo menos pude comprovar que realmente havia a menĆ§Ć£o. Alem dela, outras informaƧƵes a respeito da “Paroquia de Nossa Senhora do PatrocĆ­nio”, futura Cidade de VirginĆ³polis. Depois eu conto.

Mas, rebuscando a internet novamente, pelo menos encontrei o ALMANAK editado em 1864. Em teoria, devia ser melhor ainda para o que eu queria. Assim, copiei as duas paginas que interessavam.

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02. OS “HOMENS BONS” DE PECANHA

Trata-se das relaƧƵes de “homens bons” que viviam nos domĆ­nios das antigas Santo Antonio do PeƧanha e SĆ£o Miguel e Almas. Segue o que encontrei:

Pagina 205

“Freguezia e Districto de Santo Antonio do PeƧanha foi creado pelo alvarĆ” de 1822. Dista da sede do termo 22 lĆ©guas, da capital 66 e de seus pontos extremos, ao norte 5, ao sul 6, `a leste 18 e a Oeste 7. Confina com a de S. Miguel e Almas pelo rio Correntes, e com a de Jacury pelo Suassuy. Sua populaĆ§Ć£o chega a 6,816 habitantes; da 368 votantes e 12 eleitores.

Juizes de paz:

1o. Remigio Electo de Souza

2o. Joao Batista Dias

3o. Jeronymo Electo de Souza

4o. Henrique Manoel Carvalho

Sub delegado:

Capitao Joao Batista de QueirĆ³s

Inspector Parochial:

Remigio Electo de Souza

Professor de primeiras letras:

Joaquim Lucas Coelho

Nao sabemos se a matriz esta provida de parocho.

Negociantes de Fazendas Secas:

Antonio Jose de Siqueira

Cyrino Jose Barbalho

Firmino Clementino da Silva

Francisco Bonifacio de Almeida Araujo

Jeronymo Electo de Souza

Jose Soares de QueirĆ³s

Remigio Electo de Souza

Negociantes de genero do pais:

Antonio da Rocha Oliveira

Elias Pereira do Nascimento

Joao Luiz Coelho

Joaquim Bernardes Vieira

Joaquim Affonso Pereira

Mathilde Delfina de Jesus

Vicente Jose do Nascimento

Fazendeiros que cultivĆ£o canna:

Antonio Eufrazio da Silva

Antonio Joaquim dos Santos

Antonio Jose de Siqueira

Antonio da Rocha Freitas

Clemente Xavier de Castro

Conrado Alves Sampaio

Cypriano Goncalves Ferreira

Francisco Antonio da Silva

Francisco Jose de Oliveira

Germano Jose Peixoto

Ildefonso da Rocha Freitas

Joao Batista de QueirĆ³s

Joao Bernardes Vieira

Joao Jose da Silva

Joao Paulo de Oliveira

Joao Vieira Simoes

Joao Pereira do Nascimento

D. Joaquina Angelica de Jesus

Jose Quirino da Silva

Jose de Sene e Silva

Manoel Francisco Pires

Manoel Gomes da Conceicao & Comp.

Manoel Netto da Silva

Manoel Rodrigues Atayde

Manoel Salles Martins

D. Maria Jose viuva de Antonio Pereira Affonso

Martinho da Rocha Freitas

D. Senhorinha Rosa de Jesus

Os herd. de Silverio dos Anjos Freitas

Thomas Antonio de Aquino

Valeriano Manso da Costa

Sapateiros:

Abel Marianno

Joao Jose d’Assuncao

Joao Jose de Oliveira

Manoel Ferreira

Ferreiros:

Eufrazio de Campos

Felicissimo Pinto

Felisberto Antonio de Aquino

Joaquim de Campos Martins

Modesto Borges”

Observe-se que Santo Antonio do PeƧanha compreendia o territĆ³rio que hoje-em-dia esta subdivido em diversos outros municĆ­pios, inclusive Governador Valadares.

Muitos dos mencionados acima viviam nesses outros locais. Pelo livro do professor Dermeval Jose Pimenta a gente pode identificar ai diversos moradores de fazendas emĀ SĆ£o Joao Evangelista, a comeƧar pelos que assinaram “da Rocha Freitas”.

D. Senhorinha Rosa de Jesus, entĆ£o, ja devia ser a viuva do senhor Jose Carvalho da Fonseca. Eles residiram numa fazenda com terras banhadas pelo RibeirĆ£o das Araras, prĆ³ximas `a atual SĆ£o Pedro do Suacui.

Foi filha de nossos pentavĆ³s: Antonio Borges Monteiro Junior e Maria Magdalena de Santana.

Tenho duvidas quanto ao ultimo mencionado, Modesto Borges, nĆ£o ser membro da famĆ­lia de Antonio Borges Monteiro, nosso sextavĆ“.

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03. OS DE GUANHAES

“DISTRICTO DE S. MIGUEL E ALMAS {pags. 207-8}

Foi creado pela resoluĆ§Ć£o de 14 de julho de 1832. Tem um distrito denominado – Patrocinio – criado pelo art. 2o. da lei n. 1:143 de 24 de setembro de 1862.

Juizes de Paz:

1o. Francisco Nunes Coelho

2o. Francisco de Souza Ferreira

3o. Jose Pereira da Silva

4o. Antonio Rodrigues Coelho

Subdelegado:

Francisco Nunes Coelho

Inspector Parochial:

Rev. Jose Julio de Oliveira (Ć© vigario)

Professor de primeiras letras:

Joaquim Francisco de Aguiar

Vaccinador:

Joaquim Domingues Da Silva

Negociantes de Seccos:

D. Alexandrina Sevelly de Alkmim

Antonio Carlos da Conceicao

Antonio Francisco Vieira

Bento Goncalves Pimenta

Custodio Jose Moreira

Firmianno Ribeiro de Carvalho

Francisco Jose Moreira

Francisco Nunes Coelho

Joao Luiz de Souza

Joao da Silva Netto

Joaquim Guardianno Teixeira

Jose Coelho da Rocha Ribeiro

Jose Pereira da Silva

Jose Rodrigues de Souza e Silva

Pio Ferreira da Silva

Ditos de Molhados:

Campos & Pinto

Firmianno Ribeiro de Carvalho

Francisco Jose Moreira

Joao Luiz de Souza

Ditos de Generos do Pais:

Antonio Gomes de Brito

Antonio Jose de Queiroz

Bernardino Manoel Ribeiro

Clementino Goncalves da Silva

Custodio Jose Moreira

Francisco Jose Alves

Francisco Luiz da Rocha

Francisco Pinheiro de Araujo

Jeronymo Correa da Silva

Jeronymo Goncalves Lima

Jeronymo da Rocha Leme

Joao Angelo

Joao da Cunha Menezes

Joao Nepomuceno de Aguiar

Joao da Rocha Ramos

Joaquim Antonio Pereira

Joaquim Jose Da Silva

Jose Goncalves Guimaraes

Jose Justinianno de Aguiar

Jose da Silva Ribeiro

Jose Vaz Barbalho

Jose Vieira Braga

Jose Vieira de Souza

Luiz Antonio de Araujo

Manoel Augusto dos Passos

Martinianno Ignacio Ribeiro

Martinianno Vieira de Souza

Miguel Fernandes Maciel

Pedro Teixeira da Costa

Romao da Silva Chagas

Theodoro Rodrigues da Silva

Pharmaceuticos:

Modesto Alves Barbosa

Fazendeiros que cultivĆ£o canna:

Accacio Jose da Silva

Amancio da Silva Guimaraes

D. Anna Pinto de Jesus

Antonio Coelho Linhares

Antonio de Figueiredo

Antonio Rodrigues Coelho

D. Genoveva Nunes Ferreira

Joao Rodrigues Lemos

Joaquim Ferreira Pinto

Joaquim Jose de Figueiredo

Jose Coelho da Rocha

Jose Francisco de Azevedo

Jose Lopes Nunes

Jeronymo Maciel

Severianno Pereira Candido

Sapateiros:

Francisco Fernandes Maciel

Joaquim Roque

Jose Vicente dos Santos

Alfaiates:

Luiz Estrangeiro

Placido Jose de Souza

Seleiro:

Joao da Cunha Menezes

Carpinteiros:

Manoel de Moura Justo

Manoel de Souza e Silva

Rancheiro:

Firmianno Ribeiro de Carvalho

Districto de Patrocinio:

NĆ£o obtivemos noticia alguma deste districto.”

Observe-se ai que temos a presenƧa de nomes semelhantes, porem, de pessoas diferentes. Isso poderia provocar confusĆ£o em pessoas nĆ£o familiarizadas com a genealogia local.

O negociante de secos, Jose Coelho da Rocha Ribeiro, foi tambĆ©m conhecido pelo apelido de ten. Jose Quirino. Foi assim chamado por ter sido criado por um irmĆ£o mais velho, cujo nome era Quirino Antonio Teixeira Coelho.

Esse Jose Coelho foi o marido de dona Emilia Brasilina Coelho da Rocha. Eles foram os avos maternos do professor Nelson Coelho de Senna, o qual descreve essa passagem em sua genealogia.

Ainda menciona que os avos eram primos, procedentes da Fazenda Axupe, donde nosso nĆŗcleo familiar Coelho viveu na segunda metade do sĆ©culo XVIII.

Entre os plantadores de “canna” em Guanhaes, encontra o Jose Coelho da Rocha. Esse segundo foi um dos filhos do fundador Jose Coelho da Rocha, que era casado com Luiza Maria do Espirito Santo.

Esse outro foi nosso tio-trisavĆ“ 5 vezes,Ā por ter sido irmĆ£o de Joao Batista Coelho (1), Eugenia Maria da Cruz (2) e Antonio Rodrigues Coelho (2), alem de ter sido tio-sextavĆ“ uma vez, via Joao Batista Coelho e Joao Jr. Esses dois aparecem em VirginĆ³polis.

Eugenia foi a matriarca dos Barbalho, com o capitĆ£o Francisco MarƧal Barbalho.

Embora sem os devidos dados do PatrocĆ­nio de Guanhaes, acredito que nessa relaĆ§Ć£o de SĆ£o Miguel e Almas constam nomes de moradores da Paroquia.

Isso por causa dos relacionados Antonio Figueiredo, Joaquim Jose Figueiredo e os Pereira da Silva constarem como moradores na relaĆ§Ć£o de 1872, em VirginĆ³polis.

Pio Ferreira da Silva foi pai de Joao (Janjan) e Emidio Ferreira da Silva que foram maridos de filhas de Antonio Rodrigues Coelho.

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04. COMENTARIOS A RESPEITO DO PATROCINIO DE GUANHAES

Fica ai a razĆ£o pela qual nĆ£o quis falar nada a respeito anteriormente. Eu queria tirar uma duvida porque 1864, data desse Almanak, foi justamente 6 anos apĆ³s `a fundaĆ§Ć£o da Paroquia de Nossa Senhora do PatrocĆ­nio de Guanhaes, a atual VirginĆ³polis.

No livro de 1870, 12 anos depois da fundaĆ§Ć£o, constam os nomes de apenas dois fundadores. E o primeiro nĆ£o Ć© o do senhor Felix Gomes de Brito como sempre se pregou nas escolas locais.

O nome poderĆ” ser o da mesma pessoa.Ā Consta que o fundador se chamava Felicio Gomes (da Silva)Ā nĆ£o tenho certeza desseĀ outro sobrenome.

Mas pode ter havido algo semelhante ao que aconteceu em SĆ£o Joao Evangelista. Nesta os primeiros colonos portugueses a fixarĀ residĆŖncia foi aĀ famĆ­lia do senhor Nicolau de Oliveira e a seguir os familiares doĀ capitĆ£o Ildefonso da Rocha Freitas.

E foi esseĀ capitĆ£o que destinou terras para aĀ fundaĆ§Ć£o do arraial. Porem, ele “faleceu em fins deĀ 1873” e o inicio daĀ fundaĆ§Ć£o se deu em 1875. Assim os filhos dele aparecem como fundadores, eleĀ nĆ£o.

Sabe-se que o senhor Felix Gomes de Brito obteve junto `a IgrejaĀ CatĆ³lica aĀ autorizaĆ§Ć£o para aĀ fundaĆ§Ć£o da paroquia que veio a transformar-se na Paroquia de Nossa Senhora doĀ PatrocĆ­nio.

Naquele tempo, Estado e Igreja funcionavam como entidades do mesmo governo. Para fundar-se algum local era preciso ter aĀ autorizaĆ§Ć£o eĀ conivĆŖncia de ambos. Geralmente, devido `a religiosidade do povo, o inicio se dava por vias religiosas.

AĀ autorizaĆ§Ć£o data de antes de 1839. Mas aĀ fundaĆ§Ć£o oficial somente acontece em 1958, porque ai se registra a paroquia. Nesse caso, pode ser que o senhor Felix ja houvesse falecido.Ā EntĆ£o, o nome do fundador, nessa data, pode ser o senhor Felicio Gomes da Silva mesmo.

No livro “Historia deĀ VirginĆ³polis”, da dona Maria Filomena de Andrade (D. Negra), consta que o senhor Felix fora casado com dona Maria de SĆ£o Jose da Silva.

Nem ela nem nos encontramos fontes que tornassemĀ possĆ­vel pelo menos calcular as idades dessas pessoas, porem, a julgar pelo fato de possuirem aquelaĀ autorizaĆ§Ć£o para fundar uma paroquia, ja deveriam ter chegado `a maturidade em 1839, o que tornava estatisticamenteĀ difĆ­cil ter vivido em ou alem de 1858.

Portanto, muitoĀ provavelmente, mesmo sendo fundadores da paroquia, os filhos podem ter sido fundadores do arraialĀ eĀ nĆ£o eles. Nesse caso, o senhor Felicio deve ter sido filho deles. O que contradiz o livro da dona Maria Filomena, pois,Ā nĆ£o o menciona como filho. Cita outros.

Alias, ela cita Candido e Rita do Felix como filhos. O que deve ter acontecido deĀ tambĆ©m o serem. Porem,Ā nĆ£o cita os sobrenomes dos personagens, o que nos daria isso comoĀ evidencia.

Pelos nomes dos patriarcas, que ela deixou escrito, era esperado que os filhos do senhor Felix e dona Maria assinassem mesmo Gomes da Silva.

Mais abaixo, eu postei os dados do Almanak de 1872 (para valer em 1873), no qual consta, naĀ relaĆ§Ć£o de fazendeiros, um senhor Tadeu Gomes da Silva. Talvez seja outro da irmandade.

Outros nomes de filhos mencionados por dona Filomena constam o sobrenome Primo. O que penso na possibilidade de terem sido netos do senhor Felix eĀ nĆ£o filhos.

A minha duvida se da emĀ funĆ§Ć£o de a autora do Historia deĀ VirginĆ³polis ter recorrido mais `aĀ memĆ³ria que `aĀ documentaĆ§Ć£o. E nos pudemos comprovar algumas falhas deĀ memĆ³ria dela.Ā ConfusƵesĀ normais quando trata de outrasĀ famĆ­lias.

NĆ£oĀ temos a data de nascimento dela. ElaĀ nĆ£o recorreu a esse recurso, mas relacionou os filhos da segundaĀ famĆ­lia do professor Francisco Dias de Andrade na qual ela consta como a segunda dos nascimentos.

O primeiro foi o senhor Ari Dias de Andrade, que por acaso temos o nascimento por ter se casado naĀ famĆ­lia Coelho, tendo nascido ele em 11.05.1906. O que implica que o segundo nascimento se deuĀ apĆ³s essa data.

Dona Filomena publicou o livro dela em 1979, mais ou menos, recorrendo a umaĀ memĆ³ria queĀ comeƧou a funcionar, com enganos, por volta de 1912, quando deve ter completado 5 anos de idade.

Disso se pode deduzir que muito dificilmenteĀ terĆ” conhecido filhos do casal Felix e dona Maria da Silva.Ā PossĆ­velĀ serĆ” que essesĀ terĆ£o nascido ao final doĀ sĆ©culo XVIII ou, noĀ mĆ”ximo, no abrir doĀ sĆ©culo XIX.

Mas somenteĀ apĆ³s umaĀ investigaĆ§Ć£o mais detalhada em documentos poderemos esclarecer essas duvidas. Por enquanto fica aĀ sugestĆ£o de que ha que se investigar primeiro.

Penso aqui na ata deĀ instalaĆ§Ć£o do Arraial doĀ PatrocĆ­nioĀ que, por ter sido criado legalmente em 1862, devera ter sido efetivado, pela ata, nos anos logo seguintes.

Esse seria o documento ideal a ser encontrado, pois, constaria os nomes daqueles que correram atras da papelada, chamados esses de fundadores, masĀ tambĆ©m de pessoas que se reuniam em torno da paroquia.

Acredito que para fundar-se um Arraial naquele tempo seria preciso ter pelo menos uns 30 a 50 residentes. Isso, dentre os que tinham renda suficiente para ter direito a voto e vez.

Ser residente apenas nao era suficiente, pois, havia-se que responsabilizar-se pelaĀ construĆ§Ć£o da igreja e outrasĀ dependĆŖncias de governo, o que naquele tempoĀ nĆ£o saia dos cofresĀ pĆŗblicos, aĀ nĆ£o ser em casos de interesse.

Alem disso precisava-se manter asĀ dependĆŖncias e osĀ funcionĆ”rios. Os padres recebiamĀ salĆ”rio do estado. OsĀ cartĆ³rios eram mantidos pelosĀ escrivĆ£es que precisavam do trabalho para ter renda e cobrir seus custos. Enfim tudo era diferente da atualidade.Ā 

Nos dados acima, porem, louva-se aĀ presenƧa do senhor Antonio Gomes de Brito que devera ser membro daĀ famĆ­lia. Tendo esse sido comerciante deĀ gĆŖneros do pais em Guanhaes, ate 1863 pelo menos, eĀ poderĆ” ter sidoĀ irmĆ£o ou parenteĀ prĆ³ximoĀ do primeiro morador deĀ VirginĆ³polis.

Util saber disso, pois, caso os descendentes do senhor Felix resolverem buscar dadosĀ genealĆ³gicos, e houver dificuldade de encontra-los via o ancestral,Ā poderĆ£o buscar os do senhor Antonio, queĀ deverĆ£o ser os mesmos a partir dos pais.

A assinatura “de Brito” Ć© umaĀ Ć³tima pista de onde procedia aĀ famĆ­liaĀ em Portugal. Embora,Ā nĆ£o se possa afirmar que esse seja o caso. Muitas vezes os portugueses adotavam o sobrenome do local de onde procediamĀ apĆ³s chegar ao Brasil.

Mas, o que tudo indica eh que, mesmo que isso ocorreu nesse caso particular, os “de Brito” realmente descendiam dos alcunhados pelo sobrenome. Isso porque o sobrenome eh muito antigo e o local de origem muito pequeno. Visitando a Historia da Freguesia (atual Vila) de Brito:

http://www.freguesias.pt/freguesia.php?cod=030807

Como o Almanak de 1864 nĆ£o nos trouxe os dados do “PatrocĆ­nio de Guanhaes”, busquei o que esta disponĆ­vel na internet, o de 1872 para valer em 1873, para pelo menos ter uma ideia de quem eram os moradores locais, apenas 14 anos apĆ³s `a fundaĆ§Ć£o do Arraial.

Ha que se fazer essaĀ observaĆ§Ć£o. As relaƧƵes nos Almanaques nĆ£o sĆ£o as de moradores totais obviamente. Somente constavam pessoas que as profissƵes lhes davam status e influencia.

Por tras desses vinham os agregados, escravos, familiares que nĆ£o tinham posses etc. Por certo haviam tambĆ©m indĆ­genas que eram incorporados `as sesmarias e fazendas que eram livres, porem, destituĆ­dos do direito de terem sido os verdadeiros donos das terras.

E, claro, nĆ£o podemos nosĀ esquecer que aquele foi o tempo do completo domĆ­nio dos homens. As mulheres eram aves raras que, quando apareciam, eram mais comum ser associadas aos maridos falecidos. Ou seja, mesmo mortos eram considerados mais importantes que elas. Mas houveram raras exceƧƵes!

Aproveitei para adicionar tambĆ©m os moradores de SĆ£o SebastiĆ£o dos Correntes, atual Sabinopolis, do Distrito de Nossa Senhora MĆ£e dos Homens do Turvo, atual Materlandia e Distrito de Nossa Senhora da Penha do Rio Vermelho, atual Rio Vermelho. Segue entĆ£o:

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05.Ā A) FREGUESIA E DISTRICTO DO PATROCINIO

“Juizes de Paz:

1o. Joao Baptista Coelho

2o. Ā  Ā ” Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  ” Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā ” Ā  Ā  Ā Junior

3o. Jose Joaquim de Figueiredo

4o. Joaquim Jose Da Silva Pereira

Subdelegado:

Joao Baptista Coelho

Suplentes:

1o. Firmiano Ferreira Campos

2o. Pedro Goncalves Chaves

3o. vago

Parocho:

Reverendo Bento Felis. Ferreira

Fazendeiros:

D. Anna Bernarda de Oliveira

Alexandre da Silva Pereira

Antonio Joaquim da Silva Figueiredo

Firmiano Ferreira Coelho

Joao Bernardes de Castro

Joao dos Santos Figueiredo

Joao Baptista Coelho

Joaquim Nunes Coelho

Joaquim da Silva Pereira

Jose Joaquim de Carvalho

” Ā  Ā  Ā  Ā  Ā ” Ā  Ā  Ā  Ā de Figueiredo

Manoel Goncalves do Carmo

” Ā  Ā  Ā da Silva Pereira

Pedro da Costa Chaves

Tadeu Gomes da Silva

Negociantes:

Joao Martins Roriz.

Engenho de Canna

Antonio Joaquim de Figueiredo

D. Anna viuva de Joaquim Ferreira Pinto

Candido Ribeiro Freire

Joaquim Nunes Coelho”

O ten. Joaquim Nunes Coelho Ć© considerado um dos fundadores de VirginĆ³polis. Nos ja contĆ”vamos com um parentesco com ele por ter sido irmĆ£o de Clemente Nunes Coelho. Eles foram filhos de Eusebio Nunes Coelho e d. Anna Pinto de Jesus, ela aparece nos quadros em Guanhaes.

Joaquim foi casado com Francisca Eufrasia de Assis Coelho, que tambĆ©m fazia parte da irmandade, filhos de Jose Coelho da Rocha e Luiza Maria do Espirito Santo. Portanto, foram nossos tios-trisavĆ³s.

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06.Ā B) FREGUESIA E DISTRICTO DE S. SEBASTIAO DOS CORRENTES (a)

“Sua denominaĆ§Ć£o vem dos trĆŖs ribeirƵes que o atravessam, os quais se denominam: Correntinho, Corrente do Meio e Corrente Canoa. Os dois primeiros desembocam no Jequitinhonha e o ultimo no rio Doce.

Alem destes ribeirƵes passa em seu territĆ³rio, `a distancia de trĆŖs lĆ©guas do povoado, o rio Guanhaes. Dista do Serro 7 lĆ©guas, do Pessanha 12, do Rio Vermelho 9, do porto de Guanhaes 5, de S. Miguel e Almas 3 1/2, da Senhora MĆ£e dos Homens do Turvo, que Ć© filial, 5, e confrontam suas divisas com todos estes lugares.

De uma estatĆ­stica feita com zelo, ao que nos informa o Sr. Eduardo Alves Barroso 1o. Juiz de Paz do distrito a populaĆ§Ć£o em 1866 foi assim computada:

Homens livres ………….. 1470

Mulheres Ā  ” Ā  Ā  ………….. 1545

Homens escravos …….. Ā  525

Mulheres Ā  Ā  Ā ” Ā  Ā  Ā  …….. Ā  Ā 353

Total Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā  Ā ………….. 3.893

Os quais todos empregam-se de preferencia na cultura.

________________________________________________________

(a) Devemos estas noticias ao Sr. Eduardo Alves Barroso

As transaƧƵes comerciais se fazem para a Diamantina.

As molestias que mais graƧam sĆ£o as opilaƧƵes e hydropesias.

Juizes de Paz:

1o. Eduardo Alves Barroso

2o. Joao Pereira do Amaral

3o. Miguel Pereira do Amaral Junior

4o. Jose Vaz Barbalho

Subdelegado:

Eduardo Alves Barroso

Suplentes:

1o. Joao Pereira do Amaral

2o. Maximino Ribeiro de Miranda

3o. Daniel Pereira do Amaral

Parocho:

Marcelino Rodrigues Ferreira

Delegado de InstruĆ§Ć£o:

o mesmo parocho

Professor:

vago.

Negociantes:

Augusto Rodrigues de Miranda

Jose da Rocha Pinto e Souza

CapitĆ£o Joaquim Barroso Alves

Joaquim Quirino da Silveira

Raymundo Jose Alves

Serrarias:

Anselmo da Costa Guimaraes

Maximino Ribeiro de Miranda

Severianno Vaz MourĆ£o

Engenhos de Canna:

Antonio Joaquim de Oliveira

Elias da Costa Coelho

Daniel Pereira do Amaral

Herdeiros de Jacintho Carlos de Miranda

Joaquim Barroso Alves

” Ā  Ā  Ā  Ā Dias de Sa

Joao Pereira do Amaral

Jose Candido de Castro Lessa

Ludugero de Oliveira Costa

Manoel Antonio de Oliveira

Maximino Ribeiro de Miranda

Miguel Antonio dos Santos Junior

Reginaldo Ferreira Rabello

Simao Vaz MourĆ£o

VenĆ¢ncio Justinianno de Gouvea

Cafelista:

CapitĆ£o Antonio Jose de QueirĆ³s

Fabrica de Ferro:

Zeferino Monteiro de Carvalho”

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07.Ā C) DISTRICTO DE N. S. MĆ£E DOS HOMENS DO TURVO

Juizes de Paz:

1o. Antonio Candido de Araujo Abreu

2o. Miguel Pereira do Amaral

3o. Antonio Taveira de Queiroga

4o. Sabino Barroso Alves

Subdelegado:

Antonio Candido d’Araujo Abreu

Suplentes:

1o. Sabino Alves Barroso

2o. Miguel Pereira do Amaral

3o. Antonio Taveira de Queiroga

Delegado de instrucao:

Sabino Alves Barroso

Professor:

Jose Joaquim Gomes Da Cruz

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08.Ā D) FREGUESIA E DISTRICTO DE N. S. DA PENHA DO RIO VERMELHO

Juizes de Paz:

1o. Joao Henrique Pereira

2o. Bernardino dos Santos Carvalhaes

3o. Antonio dos Santos Carvalhaes

4o. Honorio Fernandes de Mendonca

Subdelegado:

Joao Henrique Pereira

Suplentes:

1o. Tenente-coronel Bernardino dos Santos Carvalhaes

2o. Bernardino Pereira Affonso

3o. Celestino Monteiro de Carvalho

Parocho:

Revd. Antonio Alves dos Reis

Delegado de instruĆ§Ć£o:

o mesmo parocho

Professores:

Bento do Espirito Santo Aguiar

(interino)

sexo feminino, vago.”

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09. NOSSA ANCESTRAL GENOVEVA NUNES FERREIRA

Retornando aos dados de Guanhaes, nĆ£o se pode deixar de notar a presenƧa da fazendeira D. Genoveva Nunes Ferreira. Obviamente esse sobrenome Nunes Ferreira nĆ£o era incomum na regiĆ£o. O que o torna interessante Ć© mesmo o prefixo Genoveva.

Isso porque, por coincidencia ou nĆ£o, trata-se do mesmo nome de nossa pentavĆ³ no ramo “de MagalhĆ£es Barbalho.

Outra coincidĆŖncia torna-se a nossa ancestral ter sido fazendeira no municĆ­pio de Itabira, ate pelo menos aos idos de 1827, quando a filha falecida, Isidora Francisca de MagalhĆ£es, foi inventariada pelo marido, Policarpo Jose Barbalho, os quais sĆ£o nossos tetravĆ³s.

Sabemos que no final dos anos 1820 houve uma corrida do ouro para o recĆ©m formado Arraial de SĆ£o Miguel e Almas, que durou ate aos anos 1840. E que as famĆ­lias eram de mineradores. Possivelmente, migraram para Itabira quando para laĀ houve uma corrida do ouro ao final do sĆ©culo XVIII.

Eh razoĆ”vel pensar que a pessoa presente em Guanhaes seja mesmo nossa ancestral. Embora, o limite de idade para que isso tenha acontecido esteja na tampa da beirada! VovĆ³ Geno estaria comĀ um pouco mais ou menosĀ de 90 anos de idade, no mĆ­nimo.

Isso porque a filha Isidora houvera se casado em 1808. Supondo que a mĆ£e a tenha gerado aos 16 anos de idade e ela se casado aos 15, teremos que a data de nascimento da primeira retorna `a volta de 1777. Algo fantĆ”stico, porem, nĆ£o de todo impossĆ­vel.

Levando-se em conta que muita gente da famĆ­lia, especialmente as mulheres pequeninas da famĆ­lia Barbalho, costumavam atingir a essas idades avanƧadas, mesmo naqueles tempos de mĆ©dia tĆ£o inferiores, pode-se pensar que exista algum inventario dessa nossa parente nos cartĆ³rios de Guanhaes ou museu no Serro.

Esse devera tanto informar melhor a respeito da descendĆŖncia dela, como a possĆ­vel maternidade de outra filha, Michaela Nunes Ferreira, acontecido em 1812, em Itabira, registrada nos livros do RibeirĆ£o de Santo Antonio de Santa Barbara, e consta no site Familysearch.

A menos que essa Genoveva mĆ£e da Michaela seja uma outra filha da nossa ancestral Genoveva e que ainda nĆ£o temos a noticia que nasceu. Nesse caso, poderĆ” muito bem ter nascido em torno de 1790 e ter se mudado para Guanhaes onde estaria por volta dos 70 anos de vida. Isso seria mais fĆ”cil ter acontecido.

Policarpo e Isidora Francisca batizaram uma filha com o nome de Genoveva em 28.01.1812. Mas essa nĆ£o consta no inventario da mĆ£e. Presume-se que tenha falecido crianƧa. Se nĆ£o, poderia ter sido ela.

Essa nossa ancestral Geno foi independente. No casamento dos tetravĆ³s Policarpo e Isidora consta que Isidora fora “filha natural”. Nos inventĆ”rios desta fica diversas vezes mencionadas atravĆ©s dos dizeres: “fazenda de dona Genoveva Nunes Ferreira, mĆ£e da falecida”.

Ou seja, nĆ£o era nem casada nem viuva de ninguĆ©m pois, se o fosse, ela seria a viuva do falecido.

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10. PRESENCA DE JOAO DA CUNHA MENEZES

NĆ£o vou mencionar, a respeito de Guanhaes, a presenƧa das diversas outras pessoas identificĆ”veis como parte e agregadas `a nossa genealogia. Praticamente todo mundo se enquadra.

Mas ha uma pessoa que torna-se necessƔrio tratar que Ʃ o senhor Joao da Cunha Menezes. Aparece como comerciante e celeiro. Ha mais tempo observei a presenƧa do nome dele em anos posteriores ao de 1864. Por isso tive duvidas.

Com o surgimento do nome deste em 1864 como homem ja feito, as duvidas se dissiparam. NĆ£o pode mesmo ser o mesmo senhor Joao da Cunha Menezes que veio a ser um dos patriarcas de famĆ­lia em VirginĆ³polis.

Isso porque o senhor Joao da Cunha de la foi pai do Joao Sergio (Serginho) em 1931. Para ser o mesmo, teria que te-lo feito aos 100 ou mais anos de idade. Infelizmente nĆ£o tenho as datas vitais do senhor Joao, em VirginĆ³polis, quando faleceu e com qual idade. Mas se ele tivesse atingido a tal idade seria comentĆ”rio obrigatĆ³rio.

O certo Ć© que ha a tradiĆ§Ć£o de que os “da Cunha Menezes” de VirginĆ³polis descendem do D. Luiz da Cunha Pacheco e Menezes, aquele que foi governador das provĆ­ncias de GoiĆ”s primeiro e depois da de Minas Gerais.

E esse Joao da Cunha Menezes presente em Guanhaes, ja estabelecido pelo menos a partir de 1863, poderĆ” ter nascido no nascer do sĆ©culo XIX, ou seja, ali por volta de 1805. Com extensĆ£o ate 1920.

Isso nĆ£o da a ele a oportunidade de, por exemplo, ter sido filho do “FanfarrĆ£o Minesio”, apelido dado ao governador Luiz no “Cartas Chilenas”. NĆ£o consta que o fanfarrĆ£o tenha sido casado. Consta que nĆ£o era flor que se cheirasse!

O “FanfarrĆ£o Minesio” faleceu em 1819, porem, ha muito ja em Portugal. Portanto, ha a possibilidade do senhor Joao de Guanhaes ter sido neto dele. E penso que tenho em mĆ£os uma pista que pode ajudar a esclarecer isso.

Encontrei um livro superĀ interessante. Trata-se do “ANNO BIOGRAPHICO BRAZILEIRO.” NĆ£o se assombrem nĆ£o. A ortografia esta correta. Isso porque as regras em vigor remontam ao ano de 1876.

O autor era o Joaquim Manoel de Macedo. E a “editora” “Typographia e Lithographia do Imperial Instituto Artistico”. Entao, tratava-se de obra oficial de governo durante do imperio de D. Pedro II.

Vou copiar duas biografias ali encontradas. Elas saĆ­ram do primeiro volume. Este contem uma centena de biografias de personalidades conhecidas e nĆ£o conhecidas ate por quem gosta de Historia de um modo geral.

Depois comento mais. Segue, entĆ£o:

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11. BIOGRAFIA DE DONA DAMIANA DA CUNHA

(a partir daĀ pag. 55)

“Os sertanejos paulistas descobridores do vasto territorio que veio a formar a provincia de Goyaz, (resolvi manter a grafia de alguns nomes, o resto traduzi) tinham visto uns depois de outros passar um sĆ©culo sem que com toda sua bravura abater e conter a tribo selvagem dos cayapos dominadora dos sertƵes de Camapuan.

IntrĆ©pidos e vingativos os cayapos ousavam chegar em suas correrias ate o norte da capitania de SĆ£o Paulo, batiam-se impĆ”vidos com as bandeiras paulistas (companhias ou bandos de sertanejos) e roubavam as caravanas.

Luiz da Cunha Menezes governador e capitĆ£o general da capitania de Goyaz de 1778 ate 1783 resolveu empregar meios dĆ³ceis, conciliatĆ³rios e humanos para chamar `a civilizaĆ§Ć£o aquela tribo enĆ©rgica e guerreira e em 1780 fez

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partir um simples mas inteligente soldado de nome Luiz a frente de cincoenta goyases e tres indios em procura amigƔvel dos cayapos.

Depois de alguns meses chegou de volta a Villa Boa (depois cidade de Goyaz) o soldado Luiz com os seus aventureiros, trazendo cerca de quarenta cayapos com o maioral da tribo, anciĆ£o ainda forte e de imponente aspecto. Entre as mulheres vinha a filha do maioral conduzindo pela mĆ£o a um menino, e `as costas em uma como rede de cipo bonita menina de poucos meses nascida.

A menina, neta do maioral recebeu no batismo o nome de Damiana, e o governador que foi seu padrinho, deu-lhe o seu apelido, da Cunha.

Os cayapos, cujo numero avultou por novos descimentos foram estabelecidos nas aldeias Maria, e de S. Jose.

Na aldeia de S. Jose cresceu, e casou-se com um brasileiro D. Damiana da Cunha, de quem Auguste de Saint-Hilaire que foi visita-la, quando ali esteve, fala com elogio e interesse. Era mulher bonita, amĆ”vel, de espirito atilado, falando bem o portuguĆŖs, e, o que mais importa, gozando a maior consideraĆ§Ć£o entre os cayapos.

Mas a harmonia e a paz nĆ£o duraram muito tempo: aqueles selvagens voltaram de novo `a guerra ainda mais terrĆ­vel; porque nĆ£o eram poucos os que desertando das aldeias depois de ter aprendido a manejar armas de fogo levaram esse poderoso recurso aos seus irmĆ£os dos desertos.

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EntĆ£o no meio da maior fĆŗria da guerra, quando os cayapos atacavam bandeiras, incendiavam habitaƧƵes, destruĆ­am plantaƧƵes, matavam e roubavam, e em consequĆŖncia sofriam tambĆ©m perseguiƧƵes igualmente cruel, acabando muitos em vingativas e horrĆ­veis matanƧas, D. Damiana da Cunha comeƧou a ilustrar sua vida ja por virtudes louvadas, realizando, ela pobre e debil senhora, o que tinham feito Nobrega e Anchieta.

HeroĆ­na do amor fraternal, anjo de caridade, apostolo da fe, suave e potente elemento de civilizaĆ§Ć£o, D. Damiana da Cunha, toma o grande e glorioso empenho de ir aos sertƵes chamar os cayapos `a vida social, `a religiĆ£o santa, e ao dever do trabalho.

Essa admirƔvel e benemƩrita senhora quatro vezes maravilhou os goianos pelos seus triunfos, que lhe custavam longas e penosas marchas, vida exposta `as feras e a mil outros perigos, e meses de trabalhosa perseveranƧa, que lhe esgotavam as forƧas.

Ela nĆ£o levava soldados, nem guerreadores: levava no coraĆ§Ć£o o amor, na alma a fe, e pendente sobre o peito a cruz do redentor.

Em 1808 depois de ter se internado ao sul nos sertƵes do Araguaya entrou D. Damiana na aldeia de SĆ£o Jose, trazendo mais de 70 cayapos de ambos os sexos que receberam as aguas batismais.

Pouco antes de 1820 preparava-se ela para segunda entrada, quando recebeu a honrosa visita do sĆ”bio Saint-Hilaire que deixou entrever duvidas sobre o resultado da empresa: D. Damiana respondeu: “os cayapos me rĆ©s-

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peitam muito para deixar de atender-me.” E o ĆŖxito do segundo empenho igualou ao do primeiro.

Em 1824 a nobre senhora-apostolo internou-se nos sertƵes de Camapuan, e apĆ³s sete meses de fadigas e de santa pregaĆ§Ć£o conduziu `a pia batismal, e ao seio da civilizaĆ§Ć£o cento e dois cayapos de um e outro sexo.

Era muito: estava cansada, abatida e gasta de tanto subir montanhas, descer a extensos vales, arrostar perigos e morte, e provar mil privaƧƵes nos desertos.

Mas no fim de 1829 os cayapos em avultado numero apresentaram-se ameaƧadores, espalhando em sua marcha destruiĆ§Ć£o e morte.

O presidente de Goyaz, desde 1822, provincia do Imperio do Brasil, apelou para D. Damiana da Cunha.

O anjo serenou a tormenta: os cayapos abrandaram-se `a sua voz, e a heroĆ­na abnegada, esquecendo as profundas alteraƧƵes de sua saĆŗde, recebeu instruƧƵes do presidente da provincia, e saiu em companhia de seu marido Manoel Pereira da Cruz, e de um Ć­ndio eĀ de uma Ć­ndia, Jose e Maria, que a acompanhavam sempre, a procurar conseguir a paz, a amizade, e a conquista civilizadora da indomĆ”vel tribo de seus irmĆ£os.

A 24 de maio de 1830 pela quarta e ultima vez abismou-se nos sertƵes, e no fim de oito meses entrou de volta em sua aldeia a 12 de janeiro de 1831.

Alquebrada e doente so com o heroico esforƧo resistira a 8 meses de tormentoso labor: em tais condiƧƵes pouco fizera: o sƩquito de cayapos conquistados por sua influencia

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era menos numeroso; Damiana porem completara o sacrifĆ­cio de sua vida.

Os indios aldeados saƭram a recebe-la com danƧas e festivas demonstraƧƵes; o presidente da provincia acudira a espera-la com todas as autoridades do lugar.

Honras vansĀ do mundo! D. Damiana da Cunha entrou na aldeia apoiada nos braƧos dos Ć­ndios seus irmĆ£os; trazia nos olhos quase sem luz, e na face de palidez marmĆ³rea o selo da morte.

O dia 12 de janeiro de 1831 foi o anunciador da agonia da santa.

O dia 12 de janeiro de 1831 Ć© a branca e gloria mortalha de D. Damiana da Cunha.

Poucos dias depois ela morreu.

Hoje ninguƩm sabe, onde Ʃ o lugar da sepultura dessa missionaria angƩlica.

Tenha D. Damiana da Cunha este simples epitafio na historia: Mulher-Apostolo.”

Gostei muito a partir da introduĆ§Ć£o. `A Ć©poca “os sertanejos paulistas” cantavam mais alto que os de GoiĆ”s!!! Atualmente haveria apenas que traduzir a palavra por sertanistas para corresponder ao verdadeiro significado que o autor deu.

A segunda biografia retirada da mesma literatura nos conta a vida de Luiz Barbalho. Posto-a aqui por ser o melhor resumo das peripĆ©cias do herĆ³i brasileiro e que pƵe uma ordem cronolĆ³gica aos feitos dele de melhor maneira que todos os que ja vi antes. Segue entĆ£o:

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12. BIOGRAFIA COMPLETAĀ DE LUIZ BARBALHO BEZERRA

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15 DE ABRIL

LUIZ BARBALHO BEZERRA

Filho legitimo de Antonio Barbalho Felpa de Barbuda e Camilla Barbalho, Luiz Barbalho Bezerra nasceu em Pernambuco em um dos Ćŗltimos anos {1584} do sĆ©culo decimo sexto.

Adotou a carreira das armas e havia quatorze anos que militava na pĆ”tria, quando em 1630 os holandeses invadiram Pernambuco, eĀ tomaram a cidade de Olinda e o Recife.

ComeƧou a guerra holandesa, e Luiz Barbalho levando seus dois filhos Agostinho e Guilherme, criados e escravos seus apresentou-se ao general Matias de Albuquerque na fortaleza do Arraial do Bom-Jesus de improviso construƭdo, e desde logo principiou a distinguir-se.

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Fora preciso enumerar algumas dezenas de combates, de ataques e tomadas de redutos, de repulsa de assaltos do inimigo, e de assombrosas proezas para referir os feitos herĆ³icos de Luiz Barbalho desde 1630 ate 1635.

Neste ultimo ano Matias de Albuquerque foi obrigado a apressar sua retirada para as Alagoas, e Luiz Barbalho e o sargento-mor Pedro Correa da Gama que comandavam na fortaleza de Nazareth, onde resistiram ao mais vigoroso e apertado cerco por quatro meses, capitularam a dois de julho com as maiores honras da guerra; mas em tal estado que ao sairem da praƧa alguns soldados caĆ­ram mortos por efeito da fome que a dias a guarniĆ§Ć£o sofria.

Luiz Barbalho, sua mulher e filhos ficaram prisioneiros, sendo ele logo depois mandado para a Holanda, d’onde conseguiu passar para a Espanha, e voltar para o Brasil, chegando `a Bahia a 16 de agosto de 1637, vindo nomeado mestre-de-campo de um terƧo que se levantara em Lisboa apenas com 250 soldados.

O cuidado da familia preocupava muito Luiz Barbalho e `a empenho seu o general Bagnuolo escreveu ao prĆ­ncipe Mauricio de Nassau, pedindo que restituĆ­sse `aquele esposo e pai sua esposa e dez filhos conservados prisioneiros no Recife. O ilustre e generoso chefe holandĆŖs prontamente pĆ“s termo ao cativeiro de dois anos dos objetos do amor do bravo Luiz Barbalho e apressou-se em manda-los para a Bahia.

Mas em 1638 Mauricio de Nassau vem com forƧas numerosas tentar a conquista da cidade de S. Salvador; Bagnuolo traz em socorro desta o pequeno exercito que se retirara de Pernambuco e que estava acampado na Torre de Garcia d’Avila.

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Luiz Barbalho sufoca o sentimento de gratidĆ£o pessoal e entre os defensores da cidade capital da Bahia e do estado do Brasil distingue-se como herĆ³i, e rechaƧados os holandeses, recebe no ano seguinte prĆŖmio conferido pelo rei, e deixa seu nome perpetuado em importante forte que construira.

Em 1639 chegara `a Bahia com poderosa armada o conde da Torre, e quase no fim do ano, pondo em execuĆ§Ć£o vasto plano de campanha, deu a vela com numero excedente a 80 navios, levando forƧas de desembarque e os principais chefes brasileiros, entre os quais Luiz Barbalho.

Todo o plano do conde da Torre falhou; as tempestades o contrariaram, e a esquadra holandesa em combates e batalhas navais deixaram muito duvidosa a sua capacidade militar.

Depois dessas cruĆ©is contrariedades o conde da Torre pĆ“s em terra na povoaĆ§Ć£o de Touros, quatorze lĆ©guas ao norte do Rio-Grande Luiz Barbalho com a gente do seu comando, e fez-se ao mar.

Era quase um sacrificio barbaro.

Luiz Barbalho assim abandonado com algumas centenas de valentes a quem o conde da Torre dera apenas raĆ§Ć£o para dois dias, ou tinha de entregar-se prisioneiro com os seus camaradas, ou atravessar o Rio-Grande, a ParaĆ­ba e Pernambuco, trĆŖs capitanias sob o domĆ­nio holandĆŖs, e ainda Sergipe sem pontos de apoio e completamente exposto `as forƧas inimigas.

Luiz Barbalho nĆ£o hesitou; preferiu a retirada quase impossĆ­vel a render-se ao holandĆŖs.

Ele comandava cerca de mil soldados e alguns bravos

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capitĆ£es; falou-lhes com energia, e deu principio a retirada, saindo de um verdadeiro deserto; avanƧando para o sul, procurou de propĆ³sito as povoaƧƵes; naquelas que nĆ£o tinha guarniƧƵes holandesas acolhimento e socorros alimentĆ­cios, nas outras ocupadas pelo inimigo entrou `a forƧa, tomou o necessĆ”rio e incendiou o que nĆ£o podia levar. Depois de mil trabalhos e dificuldades chegou `a Villa de Goyanna, onde os holandeses tinham 530 soldados, Barbalho atacou-os, e em furente peleja os venceu, e mandou passar `a espada os prisioneiros por nĆ£o pode-los levar consigo.

TrĆŖs mil holandeses divididos em trĆŖs colunasĀ saĆ­ram de Recife em perseguiĆ§Ć£o a Barbalho, cuja retirada se tornou ainda mais Ć”spera e tremenda.

O impavido mestre-de-campo viu-se forƧado a marchar, fazendo grandes rodeios, a entranhar-se pelos sertƵes Ć”ridos e desertos, a abrir caminhos atravĆ©s de florestas, a transpor alguns rios engrossados pelas cheias, e outros em todo tempo mais ou menos caudalosos; as vezes urgido pela fome e pelas privaƧƵes despedia partidas ligeiras em busca de alimentos; as vezes aparecendo `a descoberto oportunamente, batia-se, e forcando a recuar a coluna inimiga que de mais perto o perseguia, de novo penetrava nas matas, e iludindo com marchas falsas os holandeses, continuava a sua herĆ³ica retirada.

Por fim Luiz Barbalho chegou `a margem de S. Francisco, e passando alem dele, fez alto da parte do sul, dando descanso e alivio a seus admirĆ”veis soldados e a nĆ£o poucos imigrantes de ambos os sexos que fugindo ao jugo estrangeiro os acompanhavam.

O holandĆŖs nĆ£o ousou persegui-lo alem do S. Francisco, e Luiz Barbalho depois de al-

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uns dias de repouso, prosseguiu em sua retirada, atravessou Sergipe, entrou na Bahia, e foi chegar `a cidade de S. Salvador no fim de quatro meses de marchas calculadas em mais de trezentas lƩguas, tendo combatido muitas vezes sempre com vantagem.

Foi este o feito talvez mais portentoso de toda a guerra holandesa.

A retirada de Luiz Barbalho mereceu o louvor insuspeito de escritores holandeses; os portugueses a compararam `a dos dez mil, e a ele chamaram o novo Xenofonte.

Pouco depois de chegar `a Bahia Luiz Barbalho Ʃ mandado de S. Salvador a desalojar os holandeses que se tinham fortificado no rio Real; atacou-os, rompeu suas fortificaƧƵes, desbaratou-os e po-los em fuga depois de lhes matar mais de 300 homens.

Luiz Barbalho tinha adquirido gloriosa e fulgente fama.

Rompeu e triunfou a revoluĆ§Ć£o regeneradora de Portugal. O Marquez de MontalvĆ£o, 1o. vice-rei do Brasil, aclamou D. Joao IV; mas porque dois irmĆ£osĀ do marquez tinham fugido para a Espanha, nĆ£o querendo apoiar a causa da pĆ”tria, D. Joao desconfiou do vice-rei, e escrevendo-lhe carta autografa em que anunciava o grande acontecimento que o elevara ao trono, dizia-lhe tambĆ©m que adotasse a regeneraĆ§Ć£o de Portugal, proclamando-o portanto no Brasil; dias depois porem faz seguir de Lisboa para a cidade de S. Salvador o padre jesuĆ­ta Francisco Vilhena, trazendo duas outras cartas, uma ao marquez, exonerando-o do cargo de vice-rei, e a segunda nomeando o bispo D. Pedro da Silva, o mestre-de-campo Luiz Barbalho Bezerra, e o procurador-mor LourenƧo de Brito Correa governadores interinos do Estado do Brasil.

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Estas duas cartas deviam servir para o caso de nĆ£o querer o marquez de MontalvĆ£o proclamar o rei D. Joao IV ou de hesitar em faze-lo.

O padre Vilhena chegando `a Bahia, ja achou proclamado o rei D. Joao IV; mas por leviandade, ou ma fe, conspirou para seduzir os tres governadores interinos nomeados para o caso que alias nĆ£o se dera, e, fazendo entrega das cartas, levou estes a depor o marquez de MontalvĆ£o, e `a prende-lo, mandando-o depois para Portugal.

A influencia e o dolo de Vilhena embaƧaram por alguns meses a gloria de Luiz Barbalho, que em 1642 foi remetido preso para Portugal.

D. Joao IV reconheceu a inocĆŖncia de Luiz Barbalho vitima, nĆ£o de criminosa ambiĆ§Ć£o de poder; mas de confianƧa nas instruƧƵes e nos abusivos impulsos do padre Vilhena; e nĆ£o so lhe perdoou o erro involuntĆ”rio, como o nomeou governador do Rio de Janeiro em 1649. {1643}

No governo desta capitania ostentava ele toda a sua atividade, e administraĆ§Ć£o zelosa e enĆ©rgica, quando faleceu a 15 de abril de 1644.

Seus restos mortais foram sepultados na capela-mor da Igreja da Companhia de Jesus.”

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13. COMENTARIOS ENVOLVENDO A FAMILIA DA CUNHA MENEZES

Aos poucos irei explicando os fatos que os dados transmitem a meu parecer.

Em primeiro lugar, desconfiei muito do inicio da biografia de dona Damiana. Uma que o governador Luiz nĆ£o era muito dado `a Ć©tica e `a politica de boa vizinhanƧa.

As biografias naquela Ć©poca foram redigidas ao estilo romĆ¢ntico. O autor parece estar copiando o romĆ¢ntico Jose de Alencar, autor de “IRACEMA” e “O GUARANI”,Ā entre outros, que, alias, viveu e escreveu entre 1829-1877.

Desconfiei do fato de que dona Damiana aparece com avĆ“, mĆ£e e irmĆ£o mas o pai nĆ£o Ć© anunciado. Outro detalhe curioso torna-se a menĆ§Ć£o `a beleza da menina de meses. Quantos?

Nada anormal em relaĆ§Ć£o a isso. Mas crianƧas saudĆ”veis sĆ£o sempre bonitas, seja la qual for a origem. Acontece que quando o numero de crianƧasĀ torna-se maior, o que era esperado em relaĆ§Ć£o a uma populaĆ§Ć£o considerĆ”vel, a beleza vira comum e nĆ£o chama a atenĆ§Ć£o.

O que chamaria a atenĆ§Ć£o mesmo seria o nascimento de uma crianƧa hĆ­brida. Quando ha a hibridizaĆ§Ć£o se da o que comumente se chama de choque sanguĆ­neo. Ha uma probabilidade maior de os hĆ­bridos se tornarem mais saudĆ”veis, portanto, parecerem mais bonitos.

Associado a isso, para confirmar podem ate mesmo procurar o livro na internet e buscarem a biografia de Joao Ramalho. Ele foi o primeiro morador europeu na regiĆ£o de SĆ£o Paulo. Acredita-se que foi naufrago.

Foi encontrado por Martim Afonso de Sousa e ajudou a esse primeiro governador geral do Brasil a fundar a primeira cidade do pais, SĆ£o Vicente, em 1532. Alem disso foi o fundador de Santo Andre, com grande participaĆ§Ć£o prĆ³pria e de suas diversas mulheres.

Entre os indigenas nĆ£o havia preconceito quanto `a poligamia. NĆ£o era uma pratica totalitĆ”ria, mas era muito bem aceita. Principalmente entre os chamados maiorais.

E um estrangeiro que fosse aceito numa tribo, talvez em funĆ§Ć£o da facilitaĆ§Ć£o da comunicaĆ§Ć£o e obtenĆ§Ć£o de vantagens para a tribo junto aos outrosĀ estrangeiros, era tambĆ©m preferido pelos maiorais, que lhes traziam como presente as filhas para que o “enlace matrimonial” Ā gerasse um parentesco. Era uma forma de garantir a manutenĆ§Ć£o da paz e prosperidade.

Os portugueses que se prestaram a ser vĆ­nculos com as tribos inclusive davam a desculpa de que eram os Ć­ndios que queriam que eles tivessem mais de uma “esposa”, contrariando os mandamentos da Igreja na Europa. E foi algo que escandalizou a Anchieta e Nobrega!

Mas esses fizeram o casamento de Joao Ramalho com pelo menos uma de suas concubinas, a Bartira, filha do cacique TibiriƧƔ, que depois recebeu o nome de batismo de Isabel Dias,Ā e nos brasileiros descemos quase todos do personagem e suas mulheres.

Enfim, por esses fatos, fica mais fĆ”cil crer que o Luiz soldado, nĆ£o era outro senĆ£o o prĆ³prio D. Luiz da Cunha Menezes. E o inicio da versĆ£o da biografia de dona Damiana pode ser uma “conversa pra boi dormir”.

Observe-se que a publicaĆ§Ć£o foi feita mais para o final do sĆ©culo XIX. As praticas sexuais ate ao sĆ©culo XVIII eram completamente diferentes no Brasil. Tudo era muito difĆ­cil, casamento era sĆ­mbolo de status e as pessoas nĆ£o esperavam o surgimento de um sacerdote que podia nunca vir.

A moeda corrente era oĀ concubinato. E isso nĆ£o era visto como algum defeito. Embora, quando dos registros, fizessem questĆ£o de escrever “legitimo” aos que fossem casados e registrados. Aos outros cabia um debochado “natural”.

As coisas mudaram a partir do reino da rainha Victoria, na Inglaterra. Houve a partir do reino dela um incentivo `a ortodoxia. O nobre passou a ser a completa cobertura do corpo. A obediĆŖncia cega aos dogmas. E a hipocrisia de que, o que acontecia “longe dos olhos ficava longe do coraĆ§Ć£o”.

Muito provavelmente sera que logo depois do governador Luiz ter se apresentado ao posto em GoiĆ”s o problema a se resolver fosse fazer a paz com a tribo. EntĆ£o, era de se esperar que o maioral oferecesse a filha dele ao “maioral branco” que era solteiro.

E o “maioral branco” nĆ£o poderia fazer uma desfeita ao imponente cacique. E “para o bem do povo e felicidade geral da naĆ§Ć£o”, ele tambĆ©m “ficou”! Mais tarde, ao saber da gravidez via algum “pombo-correio”, resolveu penetrar o desconhecido e resgatar seu sangue.

Nesse caso, nĆ£o duvido da possibilidade de queĀ dona Damiana da Cunha tenha na realidade sido filha do governador. E se o foi, poderĆ” ter sido mĆ£e do primeiro Joao da Cunha Menezes, que residiu em Guanhaes.

E ha a possibilidade tambĆ©m de este JoaoĀ ter sido o pai do senhor Jose da Cunha Menezes, que foi o pai do senhor Joao da Cunha Menezes, o que deixou descendĆŖncia extensa em VirginĆ³polis.

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14. COMO SABER SE OS DA CUNHA DESCENDEM DO LUIZ?

O bom aqui serĆ” que pode-se tirar uma prova relativamente fĆ”cil da hipĆ³tese. Uma via seria verificar se algum descente fez exame de DNA para conhecer a procedĆŖncia de ancestrais. Se nĆ£o tem, o exame pode ser feito.

Pronto o exame, por essa via temos duas possibilidades. Se dona Damiana foi 100% indĆ­gena, a quantidade de sangue serĆ” o dobro nos atuais descendentes caso ela tenha sido apenas 50% indĆ­gena.

Mas assim fica estabelecido que o primeiro Joao teria 50 ou 25% de sangue. O sr. Jose teria entre 12.5 e 25%. O segundo Joao entre 6.25 e 12.5%. Temos filhos do sr. Joao ainda vivos. EntĆ£o, esses deverĆ£o ter a metade disso. Os netos 1/4.

Mas os netos, por descenderem de indigenas por outras vias, deverĆ£o ter pouca coisa a mais. O que deveriam ter por essa via somados a pelo menos 1 ou 2%. Se isso acontecer, a hipĆ³tese estarĆ” praticamente confirmada.

A segunda via a verificar-se seria buscar nos livros de CartĆ³rio de 1o. Oficio em Guanhaes. Ali encontrar-se-ao os registros de eleitores da vila. Esses registros continham pelo menos os nomes dos pais dos eleitores e a idade com que contavam.

Nesse caso, o nome do pai doĀ primeiro Joao da Cunha devera ser Manoel Pereira da Cruz, o marido de dona Damiana. NĆ£o constava os nomes das mĆ£es. Elas eram consideradasĀ secundarias. Mas o fatoĀ Ć© queĀ nĆ£o ha como negar que a mĆ£e seria ela mesmo.

O restante seria apenas localizar o nome da esposa do primeiro Joao Menezes para levar a genealogia completa ate ao D. Luiz. Dai para trƔs, melhor dizendo, para as raizes, deve estar tudo decifrado em Portugal, e nos atuais sites de genealogias portuguesas.

Obviamente tudo isso nĆ£o passa de hipĆ³tese.

Quanto aos “da Cunha Menezes” de VirginĆ³polis, pelo menos os descendentes dos casais: Joao da Cunha – Eva Nunes Coelho/Emidia Nunes Coelho e Maria da Cunha Menezes – Durval Nunes Coelho, sĆ£o tambĆ©m descendentes do governador Luiz Barbalho Bezerra.

Os outros filhos do senhor Jose da Cunha Menezes e dona Maria Tereza Severino podem ou nĆ£o ter descendĆŖncia conjunta com o governador. Ao que se sabe ate agora Ć© que os do ramo dos Barbalho sĆ£o. Donas Eva, Emidia e o Durval descendiam da tia-bisavĆ³ Emigdia de MagalhĆ£es Barbalho.

Mas boa parte das outras famĆ­lias tambĆ©m o sĆ£o porque tem ancestrais descendentes dele. Mesmo que ha muito nĆ£o assinem o sobrenome.

Quanto ao sobrenome do primeiro Joao poder ter sido “da Cunha Menezes” e nĆ£o “Pereira da Cruz”, como se esperaria atualmente. Ha que se lembrar que naquele tempo nĆ£o havia empecilho algum de os descendentes escolherem para si sobrenomes de ancestrais mais proeminentes.

Por saber descender do governador, o primeiro Joao poderia ter adotado o “da Cunha Menezes”, que viria pelo lado materno, sem constrangimento algum. Essa ideia de preferencia pelo lado paterno somente surgiu posterior `aquela Ć©poca.

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15. RELAƇƕES DE COMPADRIO NO BRASIL DO SECULO XVIII

Quanto `a questĆ£o dos batizados, eh preciso tambĆ©m informar-se em relaĆ§Ć£o `as praticas da Ć©poca. O compadrio com as pessoas que ocupavam altos cargos era imensamente buscado pelas pessoas, pois, isso significava abrir uma janela para as oportunidades.

Naquele tempo tudo girava em torno de privilĆ©gios. Sem um QI (quem indica)Ā forte, ninguĆ©m conseguia nada na vida, a nĆ£o ser aqueles que ja estavam por cima. A meritocracia funcionava de acordo com o volume das “burras”.

Por isso, eh bom dar uma olhadinha na tese abaixo. Ela descreve o compadrio em Minas Gerais. Sendo que os exemplos de padrinhos sĆ£o os governadores. E um deles foi o governador da Cunha Menezes. Alias, foi o que mais aceitou afilhados.

Mas observe-se que a situaĆ§Ć£o em GoiĆ”s era diferente da de Minas Gerais. Os apadrinhamentos aceitos pelo governador Luiz parece que faziam parte de uma estratĆ©gia usada por ele para fortalecer uma elite que se tornasse adversaria daquela que dominava anteriormente.

Lembremo-nos que ele estava no governo `a Ć©poca em que havia muita revolta do povo da elite, inclusive a InconfidĆŖncia Mineira estava sendo gestada. A tĆ”tica de dividir para enfraquecerĀ eh estratĆ©gia maisĀ antiga que ele. Foi por causa dela que os inconfidentes foram vencidos. A tese Ć© essa:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-01882006000200012

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16.Ā VOLTANDO `AS ANALISES
No caso especifico de PeƧanha nĆ£o ha muito o que comentar. Verifica-se a presenƧa de pessoas que se encontram no livro do professor Dermeval Jose Pimenta: “A Mata do PeƧanha, sua Historia e sua Gente”.
Alem do acrƩscimo de outras que podem ter gerado vƭnculos parentais na atualidade. Salvo engano, o senhor Manoel Netto da Silva tornou-se ancestral de alguns Coelho.
Parece-me queĀ a nossa “em lugar de bisavĆ³”, Melita Penha Netto, descendia dele. Ela foi a segunda esposa do bisavĆ“ Joao Rodrigues Coelho.
NĆ£o aparecem ai o senhor Cyrino Jose Barbalho e o tio Antonio Nunes Coelho. Eles surgem a partir de 1875.
De Guanhaes temos que o Jose Vaz Barbalho mais tarde transferiu-se para SabinĆ³polis. NĆ£o tenho ainda algo mais certo a respeito dele.
Com a ajuda do amigo Mauro Moura de Andrade pude ler os inventario e testamento do Francisco Jose Barbalho. Ai encontrei que Francisco e Jose eram irmĆ£os.
A revelacao se faz na autorga do encargo de testamenteiros. A ordem dos nomeados foi: 1o. a esposa Quintina Barbalho; 2o. o irmĆ£o Jose Vaz Barbalho; e o 3o. o capitĆ£o Francisco MarƧal Barbalho.
Infelizmente nĆ£o foi revelado o grau de parentesco que havia entre eles e o trisavĆ“ Francisco MarƧal. Jose e Francisco Jose eram filhos de Victoriano Jose Barbalho e dona Maria do Carmo de Macedo, e ela, `a Ć©poca da abertura do inventario, estava com 90 anos.
Observe-se que tambĆ©m o trisavĆ“ Francisco MarƧal nĆ£o aparece nos dados de 1872 em VirginĆ³polis. Deve ter se incorporado `a Paroquia mais tarde.
De Guanhaes tambĆ©m notei a ausĆŖncia do nome do tio-tetravĆ“ Joao Coelho de MagalhĆ£es. Segundo o professor Nelson Coelho de Senna ele continuou sendo eleito para o cargo de Juiz de Paz. Faleceu em 1879. Mas ai estava ausente.
De VirginĆ³polis ha um dado interessante por mostrar a presenƧa do sr. Firmiano Ferreira Campos. Isso porque demonstra que ele foi o primeiro da fila de irmĆ£os a chegar no municĆ­pio. Os senhores Manoel e Antonio Ferreira Campos Baguary o terĆ£o seguido.
Alem disso, constata-se as possibilidades de enganos durante a redaĆ§Ć£o dos Almanaques daquela Ć©poca. Firmiano aparece com o nome correto como suplente de subdelegado. Como fazendeiro recebe o nome de Firmiano Ferreira Coelho.
Como antigamente versava o ditado: “Quem nĆ£o Ć© Coelho Ć© couve”, nos arredores de VirginĆ³polis, os redatores o salvaram!
A lista de VirginĆ³polis comeƧa com dois de nossos trisavĆ³s. O pai Joao Batista pelo lado materno e o filho, Junior, pelo lado paterno.
Interessante foi que nĆ£o constaram como fundadores em 1870. Na verdade, nĆ£o estavam presentes na fundaĆ§Ć£o da Paroquia.
E segundo a tia-avo Ruth Coelho, deixando escrito em livro prĆ³prio, eles residiam numa propriedade em territĆ³rio guanhanense. Mudaram-se para o povoado depois. Ela conta:
“Meu pai, Jose Batista Coelho, dizia ter vindo para PatrocĆ­nio de Guanhaes aos seis meses de idade, de onde nunca mais saiu.”
O Ze Coelho havia nascido a 05.08.1864, indo falecer a 25.09.1944. Pelos dados, eles teriam ido para a cidade em fevereiro de 1875. Mas antes disso ja eram juizes de paz local. Deve ter havido engano da tia.
Geralmente contava-se que os fundadores de VirginĆ³polis haviam sido os senhores Felix Gomes de Brito, Jose Antonio da Fonseca, ten. Joao Batista Coelho e ten. Joaquim Nunes Coelho. Mais recentemente ouvi uma versĆ£o incluindo um certo capitĆ£o Figueiredo.
Naturalmente, ha uma diferenƧa pequena entre os que mexeram os pauzinhos ou os papeis para registrar o acontecimento e aqueles que assinaram a ata de fundaĆ§Ć£o.
Na ata deve constar todos os mencionados nos almanaques e alguns outros mais. A fundaĆ§Ć£o de um arraial no qual houvesse apenas dois moradores seria distorĆ§Ć£o da realidade.
Havia o arraial. Sabe-se ate hoje onde fica a casa na qual residiu o ten. Joao Batista Coelho. Fica aproximadamente 1 km distante do local da primeira igreja. Mas, talvez, nĆ£o deviam ainda residir la.
PossĆ­vel serĆ” que estavam desmatando, preparando o terreno e construindo a casa. Se essas coisas nĆ£o fossem postas no lugar, tambĆ©m nĆ£o se justificava o verbo residir em termos humanos.
O Joao Junior nasceu em 1845. Portanto, estava com 17 anos de idade no ano de 1862. O pai dele, nascido em 1822, estava com 40. Com isso se demonstra a necessidade da maturidade para assumir posiƧƵes ao tempo. 17 anos era uma idade ainda prematura. Mas com o pai ao lado a coisa mudava de figura!
Estranhei tambĆ©m nĆ£o ver a presenƧa do Joaquim Pereira do Amaral, nosso tetravĆ“ paterno, em VirginĆ³polis. O professor Dermeval menciona um do nome que surge em 1875 com engenho de serrar madeira.
Mas, segundo ele, esse era filho de nossos pentavĆ³s Malaquias Pereira do Amaral e sua esposa Anna Maria de Jesus.Ā EntĆ£o, sendoĀ irmĆ£o doĀ tetravĆ“ Daniel Pereira do Amaral, que residia em SabinĆ³polis.
Ā 
Mas o autor afirma que foi casado eĀ nĆ£o teve filhos. Resta-nos esperar,Ā entĆ£o, que aquele que viveu emĀ VirginĆ³polis e foi nosso ancestral tenha sido filho de um dosĀ irmĆ£os do Malaquias: Francisco, Joao ou Miguel.
Ā 
Nesse caso, o maisĀ provĆ”vel que nosso vinculo atravĆ©s do ancestral Joaquim ai, embora considerado de SabinĆ³polis, deve ter passado pelos distritos de Rio Vermelho e MaterlĆ¢ndia.
Ā 
Isso porque a esposa do ancestral Joaquim chamava-se Maria Rosa dos SantosĀ Carvalhaes. Pode ser que asĀ famĆ­liasĀ ainda residiam em SabinĆ³polis quando se casaram e se mudaram paraĀ PatrocĆ­nio.
Ā 
Mas por certo, todos os citados no almanaque de 1872 emĀ relaĆ§Ć£o a MaterlĆ¢ndia temĀ vĆ­nculos estreitos com SabinĆ³polis. E ali esta aĀ presenƧaĀ do Miguel Pereira do Amaral, queĀ nĆ£o deve ser oĀ irmĆ£o do Malaquias.
Ā 
Esse nascera em 1787.Ā EntĆ£o, poderia ter sido um filho dele e, talvez,Ā irmĆ£o do Joaquim nosso ancestral.
Ā 
Ja em Rio Vermelho temos, alem dos Antonio e ten.-cel. Bernardino dos Santos Carvalhaes, aĀ presenƧa do Celestino Monteiro de Carvalho. Ele foi filho de Senhorinha Rosa de Jesus e Jose Carvalho da Fonseca, que residiam em SĆ£o Pedro do Suacui.
Ā 
Senhorinha foi filha de nossos PentavĆ³s Antonio Borges Monteiro Junior e Maria Magdalena de Santana que fizeram parte do rol de fundadores de SabinĆ³polis.
Ā 
AĀ irmĆ£Ā do Celestino, dona Maria Augusta Cesarina de Carvalho foi a esposa do tio,Ā capitĆ£o Francisco Nunes Coelho. O mesmo que em Guanhaes era 1o. Juiz, subdelegado e negociante de secos.
Ā 
NĆ£o aparece ainda como fazendeiro porque aĀ mĆ£e dele, Anna Pinto de Jesus, nossa pentavĆ³ com o Eusebio Nunes Coelho,Ā ainda era viva.
Ā 
Ele ainda foi politico dos mais respeitados e deixou uma linhagem deĀ polĆ­ticos que atuava por mais 100Ā anos depois daquelaĀ Ć©poca.
Ā 
DosĀ irmĆ£os do Celestino,Ā tambĆ©m o Maximiano Monteiro de Carvalho residiu em Rio Vermelho onde era casado, deixou filhos e era eleitor em 1865.
Ā 
OutrosĀ trĆŖs: Jose, Antonio e Manoel residiram em SĆ£o Pedro do SuaƧui. Obviamente, estou relembrando apenas uma das muitasĀ famĆ­lias de nossos familiares que se instalaram naĀ regiĆ£o. Imagine-se quando se desvendar as partes ocultas da nossa genealogia!!!
Ā 
A respeito dos Alves Barroso ai presentes,Ā sĆ£o todos daĀ famĆ­lia do Ary Barroso. O Sabino, por exemplo, mais tarde tornou-se deputado de muitaĀ relevĆ¢ncia, chegando a tornar-se presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
Ā 
Foi ele que deu o jeitinho para descolar a carreira do Ary, que era sobrinho dele. EraĀ irmĆ£o do Joao Evangelista Barroso, o pai.
Ā 
Tenho duvidas quanto aoĀ farmacĆŖuticoĀ que aparece nos dados de GuanhaesĀ nĆ£o ter o nome de Modesto Alves Barroso, aoĀ invĆ©s de Barbosa. O Modesto Barroso deixouĀ descendĆŖncia que incorporou-se aĀ famĆ­lia virginopolitana.
Ā 
Entre os descendentes estava a dona Dinah Barroso, que foi esposa do senhor Antonio Moreira. Foram pais da Railda, esposa do tio Ozanan Barbalho e da Margarida, esposa do Lincoln Antonio Lucio.
Ā 
DessaĀ miscelĆ¢nea so podemos esperar mesmo mais parentesco de nossa parte com todo o circulo de cidades daĀ regiĆ£o! E nos costumamos brincar que: “mesma coisaĀ Ć© umĀ caminhĆ£o cheio de japoneses!” So se for em Minas Gerais!
Ā 
PS. O Ney, meuĀ irmĆ£o fez aĀ observaĆ§Ć£o de que os rios correntes que passam em SabinĆ³polis pertencem todos `a Bacia do Rio Doce.Ā EntĆ£o, esta incorreta aĀ informaĆ§Ć£o passada pelo Almanak emĀ relaĆ§Ć£o ao desaguar no Jequitinhonha.
Ā 
A verdade passa pelo fato de que tanto o Rio Jequitinhonha quanto o Mucuri, queĀ sĆ£o os mais importantes daĀ RegiĆ£o Nordeste de Minas Gerais, nascem naquelasĀ imediaƧƵes, porem, suas nascentes faziam parte do conjunto que formava o Serro e do qual SaoĀ SebastiĆ£o dos Correntes fazia parte.
Ā 
O nome SabinĆ³polis surgiu a partir do nome Sabino Alves Barroso que era ateĀ entĆ£o o filho mais ilustre da localidade. Alguns queriam que o Ary BarrosoĀ tambĆ©m tivesse nascido la. Mas o pai do Ary sim, nasceu la.
PS 2. Havemos de nos lembrarĀ tambĆ©m que os genealogistas mais recentes afirmam que o nome do pai do Luiz Barbalho Bezerra era Guilherme Bezerra Felpa de Barbuda eĀ nĆ£o Antonio Barbalho Felpa de Barbuda como esta na biografia de 1876.
Ā 
O sobrenome Barbalho Bezerra nasceu a partir daĀ combinaĆ§Ć£o com o sobrenome materno que procedeu de Camilla Barbalho.
Ā 
Guilherme era filho de Antonio, com o mesmo sobrenome, que era filho do casal Antonio Martins Bezerra e Maria Martins Bezerra. Procedia de Ponte de Lima. Antonio e Maria tiveramĀ tambĆ©m o filho Domingos Bezerra Felpa de Barbuda, nascido em Viana do Lima em 1524, e muitos outros.
Ā 
Esse ramo da familia transferiu-se para o Brasil, levado pelo primeiroĀ donatĆ”rio da Capitania de Pernambuco, Duarte Coelho.
Ā 
Isso explica a altaĀ frequĆŖncia do sobrenome Bezerra, eĀ tambĆ©m Barbalho, junto `aĀ populaĆ§Ć£o nordestina. Alem destes aparecem osĀ AraĆŗjo,Ā Andrade, Monteiro, Tavares,Ā MendonƧa, Furtado, Carneiro e outros naĀ formaĆ§Ć£o do ramo que se dirigiu para o Rio de Janeiro e posteriormente para Minas e o Sul do pais.
Ā 
O nome Guilherme para o pai do Luiz Barbalho parece comprovar-se pelo fato de o primeiro filho ter-se chamadoĀ tambĆ©m Guilherme.

 

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012. A FAMILIA DE MANUEL RODRIGUES COELHO EM RESUMO.

INDICE:

01. O TRONCO

02. BUSCANDO INDICIOS DO MANUEL RODRIGUES COELHO

03. MANOEL RODRIGUES COELHO EM JARDINS DE ANGICOS-RN

04. CONTATO COM O AUTOR JOAO EVANGELISTA ROMAO

05. MANUEL RODRIGUES COELHO DA FARMACIA

06. UMA NOVIDADE A RESPEITO DO MANUEL RODRIGUES COELHO

07. MANOEL RODRIGUES COELHO NO FINAL DO SECULO XVIII

08. INFORMACOES VINDAS DO PROFESSOR NELSON

09. “PROJETO COMPARTILHAR”: PEDRO XAVIER E LUIZA BICUDA

10. MANOEL RODRIGUES COIMBRA E MARIA JOSE FERNANDES

11. ANTONIO MUNIZ BARBOSA E CLARA MARIA DE JESUS

12. SEQUENCIA DA HISTORIA DE FAMILIA

13. MAIS EVIDENCIAS NOS MAPAS

14. UM POUCO MAIS DE MANOEL RODRIGUES COELHO

15. BENTO RODRIGUES COELHO EM MINAS GERAIS

16. LOURENCO COELHO DE MAGALHAES

17. MANOEL COELHO RODRIGUES

 

012. A FAMILIA DE MANUEL RODRIGUES COELHO EM RESUMO.

 

01. O TRONCO

De acordo com os genealogistas mais antigos na famĆ­lia, o ramo Coelho formou-se a partir de pessoas presentes ao inĆ­cio do Ciclo do Ouro em Minas Gerais. E deles temos que o tronco que encontraram era formado por:

01. Maria Rodrigues de MagalhĆ£es Barbalho c.c. Giuseppe Nicatisi da Rocha, e foram pais de:

02. Eugenia Rodrigues da Rocha c.c. Alferes-de-Milicias Jose Coelho de MagalhĆ£es, e foram pais de:

03. CapitĆ£o Jose Coelho da Rocha c.c. Luiza Maria do Espirito Santo.

01. A sugestĆ£o do primeiro casal aparece em ediĆ§Ć£o mais recente do livro “A Mata do Pecanha, sua Historia e sua Gente” do professor Dermeval Jose Pimenta.

NĆ£o pude ir alem, porem, encontrei no site Familysearch que mostra o registro de:

“Maria, batizada a 26.Jul.1750. Filha de EstevĆ£o Rodrigues de MagalhĆ£es e Anna Maria da ConceiĆ§Ć£o.”

Caso Anna Maria tenha sido oriunda da FamĆ­lia Barbalho podemos ter ai a sequencia exata para o sobrenome da batizanda Maria. Ela pode ter adotado o nome e ter-se tornado nossa ancestral.

O registro procede da cidade de Ouro Branco. Ha tambĆ©m o registro de Manoel, a 25 Feb 1752. Alem do casamento de Rosa Maria da ConceiĆ§Ć£o, em Itatiaia-RJ, a 02Ā Sep 1795.

02. O Alferes-de-Milicias Jose Coelho de MagalhĆ£es foi dito ser portuguĆŖs, que havia chegado ao Brasil acompanhando a seu pai, o tambĆ©m portuguĆŖs,Ā Manuel Rodrigues Coelho.

A informaĆ§Ć£o procede do professor Nelson Coelho de Senna. Mas, ao modo do professor Dermeval, nĆ£o nos fornece documentaĆ§Ć£o que confirme tais afirmaƧƵes. Acredito que o professor Senna baseou-se em tradiƧƵes de famĆ­lia.

03. Luiza Maria do Espirito Santo foi filha de Antonio Jose Moniz e Manuela do Espirito Santo. Foi dito que ela nasceu em ConceiĆ§Ć£o do Mato Dentro, onde se casou e teve os primeiros filhos.

Mais tarde a familia mudou-se da Fazenda Lapinha, ainda em territĆ³rio da Cidade de ConceiĆ§Ć£o, para onde haviam fundado o Arraial de SĆ£o Miguel e Almas, que se tornou o atual MunicĆ­pio de Guanhaes-MG.

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02. BUSCANDO INDICIOS DO MANUEL RODRIGUES COELHO

Aproveitando que estava revisando as literaturas para encontrar algo a respeito de nossos ancestrais Barbosa, resolvi estender um pouco a busca por esse nosso mencionado ancestral, Manuel Rodrigues Coelho.

Mencionado primeiramente pelo tambĆ©m, suposto, descendente dele, professor Nelson Coelho de Senna, em 1939, em sua obra: “Algumas Notas GenealĆ³gicas”.

Segundo o professor de Senna, seria o mesmoĀ senhor que recebeu uma sesmaria do governador da ProvĆ­ncia de Minas Gerais, o general Gomes Freire de Andrade, em dezembro de 1744.

Mas eu nĆ£o havia ate agora encontradoĀ menƧƵes aĀ esse elusivo Manuel senĆ£o num processo em Ouro Preto por disputa de direitos econĆ“micos, na mencionada sesmaria e no site do IBGE a respeito da Cidade de Congonhas do Campo:

https://cidades.ibge.gov.br/painel/historico.php?codmun=311800

Nesse ultimo menciona-se que: “ContribuĆ­ramĀ com grandes quantias Francisco de Lima; Manuel Rodrigues Coelho, Bernardo Pires da Silva, de modo que seĀ comeƧou ….”

Ja no site da prefeitura de Congonhas ha umaĀ menĆ§Ć£o que atravessa aĀ informaĆ§Ć£o do IBGE. Veja-se noĀ endereƧo:

http://mg.gov.br/conteudo/conheca-minas/turismo/igreja-do-senhor-bom-jesus-de-matosinhos

Ai se fala no quarto parƔgrafo a respeito do SantuƔrio do Bom Jesus de Matozinhos:

“O interior traz decoraĆ§Ć£o rica e graciosa do perĆ­odo rococĆ³ da arte mineira. Entre 1765 e 1769, o entalhador Jeronimo Felix Teixeira fez os retĆ”bulos do cruzeiro, concluĆ­dos em 1772 por Manuel Rodrigues Coelho. A pintura e douramento sĆ£o de autoria dos pintores Joao Carvalhais (altar de Santo Antonio) e Bernardo Pires da Silva (altar de SĆ£o Francisco de Paula). O retĆ”bulo-mor foi entalhado por Joao Antunes de Carvalho, simultaneamente `a execuĆ§Ć£o do respectivo altar, entre os anos de 1769 e 1775.”

Ou seja, pode ser que tenhamos ai um parente artista e nĆ£o milionĆ”rio. O que ate pode estar ai a verdade, pois, o Manuel deve ter sido ajudante do Jeronimo Felix Teixeira, o que pode indicar que esse tenha sido sogro daquele, o que explicaria os sobrenomes Coelho Teixeira ter se formado tambĆ©m dessa associaĆ§Ć£o.

Observe-se que alem da presenƧa de nossa famĆ­lia nos primĆ³rdios da fundaĆ§Ć£o de Guanhaes estavam presentes tambĆ©m os Carvalho, Carvalhais e Teixeira. Talvez seja apenas uma coincidĆŖncia, devido `a grande frequĆŖncias desses sobrenomes em descendentes portugueses.

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03. MANOEL RODRIGUES COELHO EM JARDIM DE ANGICOS-RN

Outro Manoel Rodrigues Coelho aparece como povoador no Rio Grande do Norte. O livro, possĆ­vel ler em parteĀ no Google Livros: “Alem dos Jardins: Historia e Genealogia de Jardim de Angicos/RN” de autoria de Joao Evangelista RomĆ£o, traz:

“Referem-se os primeiros registros encontradosĀ nos livros de sesmarias,Ā no pĆ³s-guerra, que em 1709, Manoel Rodrigues Coelho possuĆ­a trĆŖs lĆ©guas de terras no Taipu pelo rio Ceara-Mirim acima. No ano seguinte, seu irmĆ£o Francisco Rodrigues Coelho e Mauricio Brochado Ribeiro requeriam a data de No. 85, concedida a 10 de fevereiro de 1710.”

Se nĆ£o pela presteza da informaĆ§Ć£o para a nossa genealogia, pelo menos fica registrado que o nome Mano(u)el Rodrigues Coelho tornou-se comum `a Ć©poca.

Aqui tambĆ©m se verifica a presenƧa do sobrenome Ribeiro, que pode dar-nos uma evidĆŖncia, pois, assinantes do sobrenome Coelho Ribeiro sĆ£o chamados de nossos parentes pelo professor Nelson Coelho de Senna.

Ele narra em seu livro: “5o. Dona EMILIA BRASILINA COELHO DA ROCHA (minha avo materna, casada com o tenente JOSE COELHO DA ROCHA RIBEIRO, seo primo, ficando o casal desses meus avos maternos os nove filhos mais adiante enumerados); …”

NĆ£o creio que aquele Manoel tenha sido nosso ancestral porque ha uma menĆ§Ć£o a ele ter solicitado cargos em 1749, no RN. O nosso possĆ­vel ancestral ganhou sesmaria em Minas Gerais, em dezembro de 1744.

Mas nĆ£o se pode descartar a possibilidade de o primeiro ter sido pai de algum que tivesse ido para Minas Gerais no auge do Ciclo do Ouro.

Observe-se que a Guerra dos Emboabas deu-se entre 1707 e 1709. EntĆ£o, foi nomeado para apaziguar os Ć¢nimos o governador Antonio de Albuquerque Coelho de Carvalho.

Esse era filho do nobre Antonio de Albuquerque de Carvalho e Ines Maria Coelho. Nasceu no MaranhĆ£o, sendo que o pai era portuguĆŖs.Havia sido governador do GrĆ£o-Para e do MaranhĆ£o.

E, pelo sobrenome Coelho, nĆ£o se pode descartar a possibilidade de ter sido aparentado do Manoel Rodrigues Coelho, `a sua Ć©poca povoando Jardim de Angicos-RN, o que facilitaria convidar parentes para ajuda-lo na tarefa de pacificar Minas Gerais.

Infelizmente, o que o Google Livros expƵe do livro vai ate `a pagina 109, quando ainda nĆ£o entra na parte genealĆ³gica. Assim nĆ£o pude conferir mais detalhes que poderiam esclarecer nossa genealogia, caso haja vinculo entre nos e os de Jardins de Angicos.

Havemos de nos lembrar que Bento Rodrigues Coelho filho de Amaro Rodrigues Coelho estava em Minas Gerais por volta daqueles inĆ­cios de povoaĆ§Ć£o europeia do Estado.

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04. CONTATO COM O AUTOR JOAO EVANGELISTA ROMAO

Fiz contato com o autor do livro acima mencionado. Pronta e gentilmente respondeu-me. Copio parte de sua resposta:

“Com relaĆ§Ć£o a Manoel Rodrigues Coelho, nĆ£o tenho sua nacionalidade. O que tenho, resumo:

Nas duas primeiras dĆ©cadas de 1700, Manuel Rodrigues Coelho e seu irmĆ£o Francisco Rodrigues Coelho requereram e obtiveram trĆŖs sesmarias em nossa regiĆ£o, no Rio Grande do Norte, comeƧando no atual municĆ­pio Taipu, acompanhando o Rio Ceara-mirim, englobando terras atuais dos PoƧo Branco, Bento Fernandes, Jardim de Angicos e CaiƧara do Rio do Vento.

Em 1724, Manoel Coelho vende parte de suas terras a Jose Pinheiro Teixeira e foi embora para a Capitania do CearƔ. O restante das terras ficaram com seus descendentes entrelaƧados principalmente aos Pinheiro Teixeira.

Casado com Izabel de Barros, entre seus filhos aparece Ana, batizada em 21 de outubro de 1691, Francisco Rodrigues Coelho batizado em 23 de agosto de 1697, Manoel Rodrigues Coelho batizado em 23 de abril de 1705 e tambĆ©m Maria ConceiĆ§Ć£o de Barros que casou com Francisco Pinheiro Teixeira.”

EntĆ£o, some-se mais esse Manoel Rodrigues Coelho, nascido em 1705, ao nosso rol de possibilidades. Caso ele tenha migrado para Minas Gerais por volta de seus 30 anos de idade, poderia encaixar-se em lugar do capitĆ£o-comandante de Lagoa Dourada, ou do escultor de fama.

NĆ£o se pode exclui-lo de ser o Manuel milionario que o professor Nelson identificou como portuguĆŖs. As outras menƧƵes a esse nĆ£o comentam a respeito de sua naturalidade, exceto aquelas feitas pelo professor Nelson que o da por portuguĆŖs.

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05. MANUEL RODRIGUES COELHO DA FARMACIA

Para colorir um pouco mais a nossa variedade de ManuĆ©is, menciono mais um da raƧa. NĆ£o porque o tenho por certoĀ como possĆ­vel colonizador em Minas Gerais. Mas porque tambĆ©m ele poderia ter tido algum filho que o tenha feito.

Trata-se do boticario Manuel Rodrigues Coelho. Apesar de ter sido boticĆ”rio da corte, segundo o trabalho abaixo, “visava ter seu trabalho autorizado pelo governo, o que nĆ£o conseguiu.” (`as paginas 13 paraĀ 14).

Tratava-se do trabalho: “Farmacia Tubalense QuĆ­mica Galenica, Teoria e Pratica.”Ā Esse Manuel era natural de Setubal, dai o nome do livro.

NĆ£o estou encontrando maiores informaƧƵes a respeito da vida dele via internet. O livro foi publicado em Coimbra, em 1735.

Seria uma grande oportunidade perdida se eleĀ nĆ£oĀ tivesse pelo menos feito uma visita ao Brasil, pois, a farmacologia estava em seusĀ inĆ­cios. AsĀ opƧƵes medicamentosas ainda eram parcas.

E alem da flora variada a ser estudada, haviam ja conhecimentos adquiridos dosĀ indĆ­genas que requeriamĀ catalogaĆ§Ć£o eĀ confirmaĆ§Ć£o.

MasĀ Ć©Ā possĆ­vel que uma tentativa nesseĀ gĆŖneroĀ nĆ£o fosse benvinda em Portugal, queĀ possuĆ­a um governoĀ altamente preconceituoso, ignorante e monopolista.

Os pesquisadores deĀ paĆ­ses europeus mais desenvolvidos acabaram tirando proveito dessa falha dos portugueses, quando foram convidados a ir ao Brasil a partir da ida da corte portuguesa, em 1808, para la.

A postagem que mencionei acima esta noĀ endereƧo da UniversidadeĀ CĆ¢ndido Mendes:

http://www.avm.edu.br/docpdf/monografias_publicadas/K204126.pdf

Nesse outro estudo abaixo menciona-se muitas vezes o nome do autor da Farmacopeia Tubalense. Porem, por causa do estudo referir-se exatamente a respeito das publicaƧƵes do autor. Ai se afirma que apenas 1 dos minerais usados como fĆ”rmaco `a Ć©poca procedia do Brasil. Portanto, nĆ£o se justifica uma viagem ao pais.

http://www.encontro2014.rj.anpuh.org/resources/anais/28/1400252072_ARQUIVO_ANPUH2014.pdf

Resta, entĆ£o, a possibilidade de algum filho do farmacĆŖutico Manuel Rodrigues Coelho ter tido a premissa de tornar-se um dos colonizadores.

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06. UMA NOVIDADE A RESPEITO DO MANUEL RODRIGUES COELHO

E no “Projeto Resgate” da “Rede MemĆ³ria”, “Arquivo HistĆ³rico Ultramarino”, “Minas Gerais (1680-1832)”, ha essa confirmaĆ§Ć£o, embora nĆ£o tenha podido ler o documento, mas sim a descriĆ§Ć£o:

“Requerimento de Manuel Rodrigues Coelho, solicitando a confirmaĆ§Ć£o de sesmaria de meia lĆ©gua de terra em quadra, na freguesia de Cachoeira, no Termo de Vila Rica. – Anexo: Em anexo: 1 carta; 1 bilhete.”

“Data: A761, julho, 7.”

Tal requerimento deve referir-se a outra sesmaria com mesmas medidasĀ que nĆ£o a do Inficcionado. O professor Nelson de Senna menciona uma datada de 1758. Como aqui parece que a data Ć© do ano de 1761, a confirmaĆ§Ć£o desejada devera ser aĀ dela.

CoincidĆŖncia ou nĆ£o, encontramos a famĆ­lia Rodrigues Coelho requerendo mais tarde uma concessĆ£o de sesmarias na Freguesia de Itabira, em 21.01.1779, para a FAZENDA CACHOEIRA. Assim a primeira, de 1758, estava no MunicĆ­pio de Cachoeira do Campo, entĆ£o freguesia de Vila Rica.

O Arquivo Publico Mineiro dispƵe do registro da segunda:

http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/modules/cc/brtacervo.php?cid=8227

Recordo que houve um Antonio Rodrigues Coelho cujos inventƔrios se encontram em Ouro Preto, junto com os do seu filho Jose Antonio Rodrigues Coelho, nos quais se menciona a presenƧa do segundo em Itabira.

Esses detalhes poderĆ£o ajudar-nos em futuros aprofundamentos das pesquisas.

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07. MANOEL RODRIGUES COELHO NO FINAL DO SECULO XVIII

No Arquivo Publico Mineiro existe o catalogo de dois documentos que mencionam o capitĆ£o comandante Manoel Rodrigues Coelho. Importante notar que o local indicado no fichĆ”rio chama-se Lagoa Dourada. Abra-se para ver:

http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/modules/cc/brtacervo.php?cid=10579

A data 10.07.1784, associada ao local, parece indicar ser a mesma pessoa que aparece batizando uma crianƧa: Maria, neta de Pedro Xavier, tambƩm em Lagoa Dourada. Dados mais abaixo.

O segundo documento, importante, tem endereƧo em Prados-MG. Lagoa Dourada era freguesia de Prados. Verifique-se no endereƧo:

http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/modules/cc/brtacervo.php?cid=9993

Importante confirmar-se que esse capitĆ£o comandante Manoel Rodrigues Coelho que nĆ£o parece ser o mesmo rico senhor portuguĆŖs Manuel Rodrigues Coelho e tambĆ©m nĆ£o deve ser o escultor de mesmo nome. EntĆ£o, nossa sorte conta ai com 3 ou mais chances!

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08. INFORMACOES VINDAS DO PROFESSOR NELSON

Mas as novidades mesmo sĆ£o outras. Primeiramente, ha que deixar claro que o professor Nelson nĆ£o nos deu nenhuma informaĆ§Ć£o precisa paraĀ aĀ origem do alegadoĀ ancestral Manuel Rodrigues Coelho.

Na descriĆ§Ć£o do livro dele menciona a Freguesia de Cete, atual Vila, como local de origem do sobrenome Coelho. O que nĆ£o se confere. O sobrenome vem desde os idos de 1180 aproximadamente, com o cavaleiro Soeiro Viegas Coelho, que o passou aos descendentes.

Ja ao final dos anos 1300 e inicio dos 1400 estabelece-se o senhorio dos Coelho, descendentes do Soeiro, em Felgueiras e Vieira. Desde entĆ£o eles passam `as diversas regiƵes de Portugal e alem mar.

Quem quiser conferir um pouco dessa genealogia pode visitar a pagina. FernĆ£o Coelho foi o primeiro senhor de Felgueiras e Vieira.

http://pagfam.geneall.net/1180/pessoas.php?id=1044951

Naturalmente, o sobrenome nĆ£o estava restrito a ele. Deve ter sido apenas o Coelho mais graĆŗdo `a sua Ć©poca. Interessante Ć© que a esposa dele, Catarina de Freitas, foi quem acrescentou mais ascendĆŖncias nas casas reais europeias ao ramo por eles encabeƧado.

Entre os primeiros povoadores das Ilhas dos AƧores ja seĀ encontram os Coelho. O Joao Coelho, por exemplo, recebeu o apelido de “o povoador”.

Possivelmente, iremos descender deste, via os Coelho Linhares e Coelho da Silveira que 300 anos depois da colonizaĆ§Ć£o das ilhas estavam se mudando para o Brasil, especialmente Minas Gerais. Ali os encontramos ja no sĆ©culo XIX, em Itabira/Santa Barbara.

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09. “PROJETO COMPARTILHAR”: PEDRO XAVIER E LUIZA BICUDA

Porem, a Historia aqui Ć© outra. Trata-se do site chamado “Projeto Compartilhar”. Os administradores tem feito um excelente trabalho ao desvendar dados genealĆ³gicos dos primeiros moradores das partes mais ao Sul do Estado de Minas Gerais.

Ali encontrei os primĆ³rdios da descendĆŖncia de Pedro Xavier e Luzia Bicuda de Alvarenga. Ele, dito natural da FranƧa; e ela de TaubatĆ©. Eles tiveram filhas em GuaratinguetĆ”. As 4 filhas do casal casaram-se e tiveram famĆ­lia em Prados, Sul de Minas.

Um detalhe foi que a filha Izabel Bicuda de Alvarenga, casada com SebastiĆ£o Pereira de Avila, natural do Rio de Janeiro, teve filhos no distrito de Lagoa Dourada, hoje cidade. E ali esta escrito no batizado da filha Maria:

“3.2 Prados – MG – aos 28-10-1748 na capela da Lagoa Dourada filial desta matriz bat. a Maria, f.l. de SebastiĆ£o Pereira Davila e de s/m Izabel Bicuda, fregueses desta dita matriz e foram padrinhos Manoel Rodrigues Coelho, solteiro e Catarina Pereira mulher de Joao da Silva, todos desta dita freguesia.”

Aqui temos algo interessante, o fato do padrinho chamar-se Manoel Rodrigues Coelho e ser solteiro. Mas desde que vi os estudos de Ć©poca no tese de doutorado:

http://www.ufjf.br/ppghistoria/files/2015/08/VERSƃO-FINAL-CRISTIANO-OLIVEIRA-DE-SOUSA.pdf

do professor Cristiano Oliveira de Sousa, constatei que nĆ£o eram raros os homens ricos que viviam solteiros, embora isso nĆ£o os impedisse de manter relaƧƵes estĆ”veis e produzir descendĆŖncia.

Em quadros dessa tese encontram-se menƧƵes ao nome de nosso ancestral Francisco Jose Barbosa FruĆ£o ou TruĆ£o. Ele foi membro da Ordem TerceiraĀ de SĆ£o Francisco de Assis de Vila Rica.

Mais ao final da vida dele deve ter transferido residĆŖncia para Congonhas do Campo onde encontramos sua filha Francisca Angelica da EncarnaĆ§Ć£o casando-se com nosso tambĆ©m ancestral, o aƧoriano Miguel Pereira do Amaral, natural da Ilha de SĆ£o Miguel.

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10. MANOEL RODRIGUES COIMBRA E MARIA JOSE FERNANDES

Mas ate ai nĆ£o se pode afirmar nada. Existe outro tratado genealĆ³gico que chamou-me a atenĆ§Ć£o. Trata-se de Manoel Rodrigues Coimbra e sua esposa Maria Jose Fernandes.

Ele foi natural SĆ£o Martinho da Arvore de Coimbra. Maria Jose era natural de GuaratinguetĆ”. E os primeiros filhos nasceram na terra materna. Tiveram 7 filhos: Maria Jose, Domingos, Antonio, Ana Maria, Felicia, Jose e Joaquim.

Nada anormal. Apenas gostaria de postar aqui os dados de batismo do Jose:

“Prados, MG aos 26-09-1740 na capela de Santo Antonio da Lagoa Dourada bat. a Jose, f.l. de Manoel Rodrigues Coimbra e de s/m Maria Jose desta freguesia, foram padrinhos o Revdo. Padre Antonio de Medeiros, e Maria Pereira, mulher de Manoel Pacheco Barrosas desta freguesia.”

Os detalhes aqui sĆ£o diversos. Os dados prosseguem com descendĆŖncia de apenas 2 filhas, Maria Jose e Ana Maria. Com isso ha o problema de nĆ£o revelar-se outros sobrenomes que andavam pela famĆ­lia.

Salve-se apenas queĀ o Pereira aparece na filha Maria Jose. Muito possivelmente, ele vem por via paterna da Maria Jose Fernandes. Era comum as mulheres receberem somente os sobrenomes maternos. Nesse caso, a Maria Jose filha, e madrinha de seu irmĆ£o Jose, deve ter adotado o sobrenome do avĆ“ materno.

Um detalhe interessante foi que o casal Ā Manoel Rodrigues Coimbra e Maria Jose Fernandes ja devia ser de meia idade. Isso porque a filha Maria Jose casou-se em 1737 e os irmĆ£os dela Jose e Joaquim eram mais novos que o filho dela, Manoel Pacheco Monteiro, nascido em 1738.

Acredito que o Manoel Rodrigues Coimbra poderia chamar-se na realidade Manuel Rodrigues Coelho.

A explicaĆ§Ć£o para a possibilidade Ć© a de que era muito comum aos portugueses chegados ao Brasil adotarem os nomes de seus torrƵes natais como sobrenome. E muitos usavam mais de um sobrenome, conforme cada caso, ou por engano dos escrivĆ£es que nem sempre eram tĆ£o letrados quanto deveriam.

Se essa hipotese puder ser comprovada verdadeira, poderĆ” ser esse Manuel Rodrigues Coimbra fosseĀ o verdadeiro Manuel Rodrigues Coelho, pai do nosso pentavĆ“ Jose Coelho de MagalhĆ£es, e ai estaria o registro de batismo deste.

Observe-se que o marido da Maria Jose, filha, chamava-se Manoel Pacheco Barrosas, “natural da freguesiaĀ de Santo EstevĆ£o de Barrosas termo de Guimaraes Arc. de Braga.” Como o Coimbra, acredito que o Barrosas foi um acrĆ©scimo para distinĆ§Ć£o.

A possibilidade da mudanƧa do sobrenome conta com a presenƧa do outro Manoel Rodrigues Coelho. Muito provavelmente eles eram aparentados prĆ³ximos e um pode ter sido chamado de Coimbra apenas para distinguir-se do outro. Mas o escrivĆ£o pode nĆ£o ter atentado para esse detalhe.

Isso se daria em razĆ£o da frequĆŖncia de mesmo nome ser elevada naquela Ć©poca. Mesmo mais recente temos o exemplo do senhor Antonio Ferreira Campos, o qual o juiz do Serro acrescentou-lhe Baguari ao nome para distingui-lo dos muitos homĆ“nimos que existiam.

Claro, por que o professor Nelson contou outra Historia? Muito provavelmente, se a hipĆ³tese estiver correta, ele deve ter encontrado algum documento informando apenas o nome do pai do Jose.

Ai fica a situaĆ§Ć£o. Onde estava esse Manuel Rodrigues Coelho? O professor Nelson nĆ£o possuĆ­a sequer um milĆ©simo da tecnologia que temos hoje. Ele faleceu em 02 de junho de 1952.

Por mais extensa que tenha sido a pesquisa dele, deve ter encontrado somente

menƧƵes ao rico senhor do nome. Era natural que concluƭsse aquele ser nosso ancestral.

E, entĆ£o, ficamos nesse beco que o escolhido nos oferece resposta ao nome do pai, mas nĆ£o encontramos mais documentos, por hora, que nos confirme ou negue a real paternidade.

Pelo menos fica-se sabendo que os sobrenomes Rodrigues e Coelho estavam presentes no mesmo local, Lagoa Dourada.

Falta-nos,Ā entĆ£o, localizar mais detalhes de ancestrais dessas pessoas ou da possĆ­vel esposa ou companheira do capitĆ£o comandante Manoel Rodrigues Coelho para explicar-se o nome MagalhĆ£es no Jose Coelho de MagalhĆ£es, nosso ancestral.

O certo Ć© que o MagalhĆ£es era e permanece tĆ£o comum entre a descendĆŖncia portuguesa que difĆ­cil serĆ” buscar 3 ou mais geraƧƵes de nossos ancestrais e nĆ£o encontra-lo na mistura.

No proprio Projeto Compartilhar ha dados de descendĆŖncia de alguĆ©m com o nome Caetano Alves de MagalhĆ£es e AraĆŗjo. Viveu nos arredores de Congonhas do Campo. Ele, entre outros diversos exemplos de assinantes, como Bento Pinto de MagalhĆ£es, que viveram ou deixaram descendĆŖnciaĀ em cidades prĆ³ximas a Prados.

Fiz a menĆ§Ć£o apenas para salientar o fato de o professor Nelson ter deixado escrito que os bisavĆ³s dele: Joao Coelho de MagalhĆ£es e Bebiana LourenƧa de AraĆŗjo eram primos carnais. Talvez algum parente do Caetano tenha nos legado tanto o MagalhĆ£es, quanto passado o AraĆŗjo para o ramo do tio Joao.

Mas o que chamou-me a atenĆ§Ć£o tambĆ©m para levantar a hipĆ³tese de que o Jose, filho do Manoel Rodrigues Coimbra, possa ter sido nosso ancestral esta no fato da data de nascimento ter-se dado em 1740.

Penso essa ser uma data razoĆ”vel. Isso porque segundo noticias do professor Senna ele foi casado duas vezes e faleceu em 1806. Ou seja, 66 anos de idade para a Ć©poca ja era praticamente uma benĆ§Ć£o. A media estava muito abaixo disso.

O nosso ancestral Jose Coelho da Rocha nasceu em 1782 e faleceu em 1844, ou seja, aos 62 anos de idade. Apesar de seu irmĆ£o Joao Coelho de MagalhĆ£es ter vivido bons 94 anos de vida, de 1785 a 1879.

Para ter sido filho do portuguĆŖs Manuel Rodrigues Coelho e tambĆ©m ser portuguĆŖs de origem como o professor Nelson alegou a respeito do Jose Coelho de MagalhĆ£es, ele devera ter nascido antes de 1740. Isso porque em 1744 ja estariam no Brasil como demonstra a data da primeira carta de sesmaria.

O Alferes-de-Milicias Jose Coelho de MagalhĆ£es pode ter nascido ate por volta de 1730 e, nesse caso, falecido com 76 anos de idade.

Portanto, o rol de datas que temos em mĆ£os nĆ£o nos permite eliminar nenhuma possibilidade por enquanto.

Evidencia menor, por causa da alta frequĆŖncia do nome `a Ć©poca, foi haver uma filha do Manoel e Maria Jose Fernandes chamada Ana Maria. O Jose Coelho da Rocha tambĆ©m foi pai de uma Ana Maria (Sinh’Aninha).

O nome era muito comum mas a soma das pequenas evidencias Ć© que sustenta a possibilidade!

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11. ANTONIO MUNIZ BARBOSA E CLARA MARIA DE JESUS

Ha algum tempo atras eu havia localizado outro nĆŗcleo de famĆ­lia no Projeto Compartilhar que parece coincidir com nossa parentela, com entroncamento na linhagem Rodrigues Coelho. Trata-se de Antonio Muniz Barbosa. Na descriĆ§Ć£o temos:

“Antonio Muniz Barbosa, nasceu na primeira metade do sĆ©culo XVIII na freguesia de SĆ£o Pedro da Ilha de SĆ£o Miguel, filho de Manoel Vieira Muniz, natural da freguesia de N. Sa. das Neves, e Apologia de Albernaz, natural da freguesia de S. Roque Ilha de S. Miguel, Bispado de Angra.”

“Aos 04-03-1753 casou com Clara Maria de Jesus, natural de Barbacena, filha de Francisco Mis [Martins], da freguesia de S. Pedro de Oliveira, Arc. de Braga e Ana Maria de Jesus natural da Ilha Terceira. Em Barbacena batizaram filhos.”

Por coincidĆŖncia o casal consagrou o enlace matrimonial em Prados antes de se mudar para Barbacena. Ali lhes nasceu o filho Antonio, batizado em 03.07.1758.

Ao que se pode ver na pagina do Projeto Compartilhar, o sobrenome varia de Moniz para Muniz, o que se pode atribuir aos enganos dos escrivĆ£es.

Antonio nĆ£o comparece no inventario paterno. NĆ£o se pode dizer com certeza a razĆ£o disso. O mais provĆ”vel seria que fosse falecido antes do pai. Mas tambĆ©m pode haver outra explicaĆ§Ć£o em conta.

Como se pode observar, o inventariante, Antonio Felisberto Costa, e genro do Antonio Muniz alega nĆ£o saber sequer o nome da sogra; e da o sogro por nascido no Rio de Janeiro.

Outro detalheĀ Ć© o que se alega de heranƧa nĆ£o parecer ser de maior importĆ¢ncia. Alem de o inventario ter sido aberto em Baependi, que fica ao lado de Caxambu, bem no Sul de Minas e distante das Ć”reas mais centrais do Estado.

Alem disso, se Antonio estivesse vivo em 1786, estaria com 28 anos de idade. Como o pai nĆ£o era rico devia ter procurado meio prĆ³prio de vida e poderia estar vivendo em qualquer outro lugar do antigo ImpĆ©rio PortuguĆŖs.

Isso abre oportunidade para reavivarmos a teoria de que esse Antonio poderia ser o Antonio Jose Moniz, nosso ancestral pentavƓ, marido de Manoela do Espirito Santo, os pais de Luiza Maria do Espirito Santo.

Luiza foi a esposa do Jose Coelho da Rocha, filho do alferes-de-milicias Jose Coelho de MagalhĆ£es, o suposto filho do Manuel Rodrigues Coelho.

Observe-se que em torno de 1750, os mais velhos viviam na regiĆ£o de Prados-MG. Algo que leva a concluir que ja havia conhecimento entre eles e, com boa chance de ter acontecido, haver grau de parentesco envolvido.

Uma evidencia que reforƧa minha hipĆ³tese de conhecimento prĆ©vio trata-se do nome de dona Clara Maria de Jesus. Era um nome comumente adotado pelas mulheres daquele tempo. Portanto, nĆ£o necessitava o exemplo de uma primeira para que outras copiassem.

Mas seria uma feliz coincidencia se, por exemplo, o Antonio Barbosa ter se casado com uma, se acaso foi o filho deles que foi para ConceiĆ§Ć£o do Mato Dentro, esse filhoĀ teve uma filha casada com o Jose Coelho da Rocha que tinha uma irmĆ£ cujo nome tambĆ©m era Clara Maria de Jesus.

Ou seja, a evidencia indica uma maior possibilidade de que os membros das famĆ­lias ja se conheciam.

Se estava vivo, outras razƵes para o ancestral Antonio Jose Moniz nĆ£o ter comparecido `a abertura dos inventĆ”rios do suposto pai incluiriamĀ ele poder ter ganho algo como forma de adiantamento. O pai poderia te-lo ajudado a formar sua prĆ³pria tropa e isso seria combinado como heranƧa.

Claro, seria fato marcante tambĆ©m a distancia entre Santana do Riacho ou ConceiĆ§Ć£o do Mato Dentro e Baependi/Caxambu. Atualmente essa distancia gira em torno de 500 km, em estrada asfaltada.

Seria um mĆŖs inteiro de viagem, ida e volta. Alem disso numa direĆ§Ć£o que nĆ£o fazia parte do circuito de tropas que normalmente partiam do Centro-Nordeste de Minas Gerais e seguiam em direĆ§Ć£o ao Rio de Janeiro.

Uma viagem que nĆ£o teria valor para ele ja que nĆ£o iria rever nenhum dos pais, ja que ambos estavam falecidos. E pode ser que tivesse perdido o afeto da famĆ­lia antes mesmo do falecimento da mĆ£e.

Outro detalhe seria que as noticias sempre chegariam dias ou meses apĆ³s aos acontecimentos.

Aqui se abre outra oportunidade de termos parentesco com essa famĆ­lia. Isso porque a mĆ£e da dona Clara Maria chamava-se Ana Maria e procedia da Ilha Terceira, nos AƧores.

O nosso ancestral Miguel Pereira do Amaral procedia da Ilha de SĆ£o Miguel. A sogra dele, esposa do Francisco Jose Barbosa FruĆ£o chamava-se Anna Maria de Jesus.

O filho do Miguel e Francisca Angelica, Malaquias Pereira do Amaral casou-se com outra Ana Maria de Jesus, natural de Congonhas do Campo e filha de Antonio Coelho de Almeida e s/m Ana Maria de Jesus.

Ou seja, nĆ£o se deve dar grande credito `a possibilidade de parentesco em funĆ§Ć£o do nome porque ele era muitĆ­ssimo comum. Mas isso faz uma pequena soma quando de trata de analise de evidencias possĆ­veis.

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12. SEQUENCIA DA HISTORIA DE FAMILIA

Nos encontramos tanto o Jose Coelho de MagalhĆ£es quanto o Antonio Jose Moniz residindo na regiĆ£o de ConceiĆ§Ć£o do Mato Dentro ao final do sĆ©culo XVIII e inicio do sĆ©culo XIX. RazĆ£o mais provĆ”velĀ pela qual os filhos nasceram, se conheceram e casaram entre si.

O professor Nelson Coelho de Senna centra a famĆ­lia Coelho na Fazendo Axupe, antigamente incluĆ­da por eleĀ no territĆ³rio do atual MunicĆ­pio de Morro do Pilar. Mas na internet encontrei apenas uma fazenda com tal nome, no MunicĆ­pio de ConceiĆ§Ć£o do Mato Dentro. Confira a foto:

https://www.panoramio.com/photo/2352337

Alega-se tambĆ©m que Jose Coelho da Rocha e Maria Luiza moraram na Fazenda da Lapinha, territĆ³rio de ConceiĆ§Ć£o do Mato Dentro. Contudo, com as divisƵes territoriais, essa propriedade enorme pertence `a vizinha Santana do Riacho, onde se encontra a Serra da Lapinha.

O que faz pensar Ć© que `a medida que o ouro foi se esgotando, o que deve ter acontecido ja na primeira metade do sĆ©culo XVIII nas partes mais ao Sul do Estado de Minas, a populaĆ§Ć£o excedente preferiu migrar para os espaƧos mais vazios do Nordeste de Minas, em torno de sua, entĆ£o, capital: Vila do Principe, a atual Serro.

O esgotamento precoceĀ dos veios de ouroĀ ao Sul deve ter acontecidoĀ por estar mais perto dos centros mais desenvolvidos como: SĆ£o Vicente, Rio de Janeiro e SĆ£o Paulo, e ter recebido maior quantidade de migrantes. O ouro pode ter se esgotado mas nĆ£o a vontade de ficar rico aceleradamente.

Por enquanto, essas hipĆ³teses que levanto procedem dos fatos que tenho em mĆ£os. Mas para nega-las ou confirma-las basta-nos encontrar inventĆ”rios dos personagens Manuel Rodrigues Coelho, que comprovaria ou negaria ter sido o pai do Jose Coelho de MagalhĆ£es. Mas dele nĆ£o tenho o destino final.

Ja o professor Nelson alegou que o Alferes-de-MiliciasĀ Jose Coelho faleceu em ConceiĆ§Ć£o do Mato Dentro, em 1806. Portanto, seus inventĆ”rios e testamento, se houve, devem estar sob a custaria do Museu General Carneiro, no Serro.

Ali tambƩm, penso, deveriam estar os do Antonio Jose Moniz. Se os houverem, talvez tenhamos como jogar uma luz definitiva em nossa ancestralidade por essas linhagens que temos noticias de que chegaram ate a nos.

Quanto ao professor Nelson ter alegado que tanto o Manuel Rodrigues Coelho quanto o Jose Coelho de MagalhĆ£es tivessem sido portugueses ha que considerar-se ser uma tradiĆ§Ć£o que pode nĆ£o se confirmar.

Apenas relembrando, havia a tradiĆ§Ć£o na famĆ­lia Barbalho de que o patriarca Policarpo procedia do Nordeste do Brasil e que teria tido dois irmĆ£os, sendo que um havia retornado e outro migrado para o Rio Grande do Sul.

Agora ja sabemos que o Policarpo era mineiro de pai, mĆ£e. E os ancestrais que procederam do Nordeste, muito provavelmente, remontam ao governador Luiz Barbalho Bezerra, pernambucano, que governou o Rio de Janeiro em 1643-4.

Da linhagem, sabemos que outro Policarpo Joseph Barbalho foi cirurgiĆ£o-mor na Vila de Porto Alegre, onde faleceu em 1801, aos 66 anos de idade. Era tambĆ©m, mineiro, nascido na Vila do Principe, atual Serro.

Falta-nos saber se teve outros irmĆ£os alem da Isidora Maria da EncarnaĆ§Ć£o. Essa, talvez, tenha sido a irmĆ£ que permaneceu e, talvez tambĆ©m, tenha sido a avo do patriarca Policarpo. EntĆ£o, devemos sim dar credito `as tradiƧƵes, porem, com reservas!

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13. MAIS EVIDENCIAS NOS MAPAS

Tomando Congonhas do Campo como um centro regional, em torno da qual pode ser que tenha se formado nossa famĆ­lia, observa-se que as cidades mencionadas estĆ£o relativamente prĆ³ximas entre si.

O mapa no endereƧo abaixo mostra bem os possĆ­veis itinerĆ”rios. E praticamente mostra o que Minas Gerais foi ate ao final do sĆ©culo XVIII. Temos aqui que imaginar uma linha reta entre SĆ£o Joao Del’Rei e Barbacena. Prados pouca coisa ao norte, `a direita da primeira. Lagoa Dourada esta no caminho, embora nĆ£o apareƧa, entre SĆ£o Joao e Entre Rios de Minas:

http://www.abihouro.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=116&Itemid=501

Prados seria a mais distante, mais pela localizaĆ§Ć£o em relaĆ§Ć£o `as estradas atuais. Hoje fica a 104 km de Congonhas. Contudo, o seu antigo distrito, Lagoa Dourada, fica a apenas 71. Gastava-se normalmente apenas 2 dias de viagem.

Barbacena fica a 96 km. Mas para ir-se de Barbacena para Congonhas ha que se passar por CarandaĆ­. E de CarandaĆ­ ate Lagoa Dourada sĆ£o apenas 40 km de chĆ£o. Ou seja era apenas um dia de viagem naquele tempo.

Entre Congonhas e Ouro Branco sĆ£o apenas 25 km. Os mais espertos fariam a viagem na parte da manha, a partir da madrugada ate `as 11 horas.

Entre Congonhas e Ouro Preto sĆ£o 57 km de distancia, mais 12 para chegar-se a Mariana. Refiro-me `a cidade. Ja em relaĆ§Ć£o ao seu Distrito de Santa Rita DurĆ£o, antigo Inficcionado, passando por Ouro Preto, a distancia pesa um pouco mais, caindo nos 90 km.

O site “Distancia entre Cidades” esta um pouco desatualizado em relaĆ§Ć£o `a distancia entre Congonhas e Cachoeira do Campo. Nele, a estrada mais usada seria a que vai a Ouro Preto e depois retorna pela estrada que liga esta a Belo Horizonte.

Mas via os antigos caminhos, que eram os de roƧa mesmo, nĆ£o deve chegar a 40 km. Alias, essa deve ter sido a via que se tomava antigamente. Congonhas passando pelo Distrito de Santo Antonio do Leite ate Cachoeira do Campo. Dai para Ouro Preto sĆ£o mais uns 20 km.

O que deve ter sido a via preferencial tomada por nossos ancestrais, pois, a distancia seria a mesma que o caminho anteriormente mencionado, entre Congonhas e Ouro Preto,Ā com o conforto das paradas em nĆŗcleos urbanos.

O que faria Congonhas ser centro regional seria essa localizaĆ§Ć£o privilegiada. Alem de a partir da segunda metade do sĆ©culo XVIII contar com o SantuĆ”rio de Bom Jesus do Matosinhos, o que servia de atraĆ§Ć£o turĆ­stica desde o inicio e era o local de retiro para os muito ricos.

Os mais ricos da Capitania tinham no local suas estancias de descanso e lazer. Usavam o local para distanciar do burburinho cansativo das capitais Ouro Preto e Mariana.

Os das classes media e mĆ©dio/baixa deveriam frequentar o local por devoĆ§Ć£o religiosa e para aproveitar para encontros “casuais” com pessoas da alta que lhes poderiam ajudar em seus pleitos por algum privilegio menor.

Naquela terra de privilĆ©gios e “meritocracias oligĆ”rquicas”, somente os que tinham QI (quem indicasse) alto Ć© que deslanchavam na ordem e prosperidade!

E nossos ancestrais que foram abastados nĆ£o fugiram `a regra!

A partir do sĆ©culo XIX os nossos ancestrais se deslocam do circuito da Estrada Real dirigindo-se para o leste. Ai os encontramos em Itabira, Ferros, GuanhĆ£es e VirginĆ³polis. Passam a ocupar o caminho conhecido como Circuito do Rio Doce, que fazia a ligaĆ§Ć£o da regiĆ£o central com o Oceano, em direĆ§Ć£o ao Espirito Santo.

Assim, com o estudo do mapa regional das localidades envolvidas nessa suposta trama genealĆ³gica, pode-se observar que seria possĆ­vel aos envolvidos que formaram o tecido de nossa genĆ©tica tenham sido conhecidos e ate sido parentes entre si, antes de picarem-a-mula um pouco mais para o Norte, formando os genes que resultaram na FamĆ­lia Coelho do Centro-Nordeste de Minas Gerais.

Tomando o mapa podemos observar que Manuel Rodrigues Coelho transitava entre Santa Rita DurĆ£o, Ouro Preto, Mariana, Cachoeira do Campo e Congonhas do Campo.

Manoel Rodrigues Coimbra, vivendo no circuito Prados/Lagoa Dourada deve ter frequentado Congonhas do Campo por estar no caminho de Ouro Preto e Mariana. Essas duas eram as capitais polĆ­tica e religiosa da ProvĆ­ncia.

O capitĆ£o-comandante Manoel Rodrigues Coelho, por evidencias encontradas em suas prĆ³prias cartas, teria mesmo que circular por Congonhas para resolver problemas relativos ao cargo, pois, era subalterno aos superiores em Ouro Preto.

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14. UM POUCO MAIS DE MANOEL RODRIGUES COELHO

Apenas para nĆ£o descartar mais a possibilidade de termos alguma veia artĆ­stica ligada ao nome. Confirma-se realmente que houve um artista com o nome. E ele deixou obra tambĆ©m em SĆ£o JoĆ£o Del’Rei.

Ele foi mencionado nessa postagem:

http://www.camara.gov.br/sileg/integras/360875.pdf

Ai o nome dele aparece na quarta pagina do discurso, junto a outros artistas sacrosĀ que atuaram naquela cidade.

Esse outro endereƧo menciona nĆ£o apenas o feito mas tambĆ©m a profissĆ£o que nosso possĆ­vel ancestral exercia:

https://patrimonioespiritual.org/2017/07/16/igreja-da-ordem-terceira-de-nossa-senhora-do-carmo-sao-joao-del-rei-minas-gerais/

A postagem diz: “Os artĆ­sticos trabalhos em madeira da capela e altar-mor e dos pĆŗlpitos sĆ£o de autoria do artista Manuel Rodrigues Coelho.”

Observe-se que a referencia se da `a Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo, de SĆ£o JoĆ£o Del’Rei. Ai se repete a Ordem Terceira, que pode ter aproximado nossos ancestrais nas cidades histĆ³ricas do Estado.

Francisco Jose Barbosa FruĆ£o, mencionado no capitulo 7, fazia parte da OrdemĀ Terceira de SĆ£o Francisco de Assis de Vila Rica.

Para ver a menĆ§Ć£o a Manuel no segundo endereƧo ha que se ir `a metade da postagem.

Pelo valor da contribuiĆ§Ć£o que foi atribuĆ­da ao Manuel Rodrigues Coelho para a construĆ§Ć£o do SantuĆ”rio de Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas do Campo, suponho que ele tenha participado de alguma Ordem Terceira, provavelmente da do Carmo de Mariana, ja que nĆ£o aparece entre os mais influentes na de SĆ£o Francisco de Assis de Vila Rica.

Apenas para deixar marcado. O blog do nosso primo, Paulinho Cesar, tambĆ©m faz recordaƧƵes `a nossa Historia GenealĆ³gica. Em homenagem pĆ³stuma a ele, deixo aqui o endereƧo como lembranƧa:

http://asagadevalente.blogspot.com/2010/09/

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15. BENTO RODRIGUES COELHO EM MINAS GERAIS

Decidi dar continuidade a esses estudos recordando alguns personagens que penso estar na parentela do Manuel Rodrigues Coelho, nosso aclamado ancestral.

Ha algum tempo atras encontrei no Archivo HerĆ”ldico-genealogico, do Visconde de Sanches de Baena, a Carta de BrasĆ£o passada a Domingos Rodrigues de QueirĆ³s. O documento esta na pagina 153 e Ć© a carta de numero 610.Ā Assim, repito-a aqui:

“Domingos Rodrigues de QueirĆ³s, cavalleiro professo na Ordem de Christo, bacharel formado pela Universidade de Coimbra, opositor aos lugares de letras, natural da cidade de Marianna, estado do Brazil; filho de Bento Rodrigues Coelho, e de sua mulher D. Maria de QueirĆ³s de Seixas; neto pela parte paterna de Amaro Rodrigues Coelho, e pela materna neto de JoĆ£o QueirĆ³s de Seixas, e de sua mulher D. Feliciana de AraĆŗjo Dantas; bisneto de Jacinto de QueirĆ³s, e de sua mulher Maria Coelho; terceiroĀ neto de Antonio Francisco Marinho, e de sua mulher D. Maria de QueirĆ³s Seixas, descendentes de Antonio de QueirĆ³s Mascarenhas, bem conhecido n’este reino pela sua distincta qualidade, e conhecido valor.

Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quartĆ©is as armas dos Coelho, no segundo as dos QueirĆ³s, e no terceiro as dos Seixas. – Br.p.a 2 de agosto de 1773. Reg. no Cart. da N., Liv. I, fl. 204v.”

Embora nĆ£o apareƧa nenhum Manuel Rodrigues Coelho penso nĆ£o ser errado esperar que um deles tenha sido parente prĆ³ximo do Bento. Pelas idades provĆ”veis, penso que um Manuel que viveu nas imediaƧƵes de Mariana tenha sido irmĆ£o.

Mas tambĆ©m ha a possibilidade de ter sido filho e irmĆ£o do Domingos. Se esse for o caso e caso formos descendentes dele, entĆ£o, seremos tambĆ©m descendentes do Antonio de Queiroz Mascarenhas. E, por este, descendentes do rei D. Afonso I, primeiro rei de Portugal.

O livro de Sanches de Baena pode ser lido no endereƧo:

https://archive.org/stream/archivoheraldic00unesgoog#page/n203/mode/2up

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16. LOURENCO COELHO DE MAGALHAES

Apenas para recordar tambĆ©m. O professor Nelson Coelho de Senna fez uma relaĆ§Ć£o de sesmarias adquiridas por pessoas com a assinatura Coelho durante o sĆ©culo XVIII. Entre elas menciona uma do sr. LourenƧo Coelho de MagalhĆ£es, datada de 1724.

Infelizmente, aĀ menĆ§Ć£o parece ser Ćŗnica. HaverĆ­amos que localizar tal carta para saber o local para o qual ela foi passada. Isso ajudaria.

Nessa oportunidade ha a possibilidade deste senhorĀ LourenƧo ter sido casado comĀ alguĆ©m cuja assinatura que corria emĀ famĆ­lia fosse o Rodrigues. Dai se pode ate supor que um filho do casal poderia ter adotado o nome de Manuel Rodrigues Coelho.

Ja o neto, Jose, poderia ter retornado `a alcunha ancestral e ter assinado Jose Coelho deĀ MagalhĆ£es. SĆ£oĀ apenas conjecturas. Mas quem sabe algum dia elas venham a tornar-se realidade?!

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17. MANOEL COELHO RODRIGUES

Manoel Coelho Rodrigues foi outro personagem presente em Minas Gerais `aĀ Ć©poca do Ciclo do Ouro. O professor Nelson inclusive o menciona como recebedor de sesmaria em 1761.

A genealogia dele, mesmo incompleta, foi estudada peloĀ CĆ“nego Raimundo Octavio Trindade.Ā NĆ£o ha como descendermos dele.

Existe a possibilidade de ser algum parenteĀ prĆ³ximo. Isso porque, ate mesmo para distinguir-se umas pessoas das outras, pessoas em uma mesmaĀ famĆ­lia costumavam usar a ordem inversa de assinaturas.

Um caso, por exemplo, seria o deĀ irmĆ£os com mesmo nome:Ā JoĆ£oĀ Francisco e Francisco Joao. Ou Francisco Pereira da Silva eĀ Francisco de Assis da Silva Pereira.

NĆ£oĀ estou colocando grande credito a essa tese, mas ha uma possibilidade, nem que sendoĀ mĆ­nima!

No livro de Sanches de Baena encontra-se uma carta que se repete 3 vezes. Ela foi passada a 3Ā irmĆ£os. `A pagina 189 a Francisco Coelho BrandĆ£o; `a pagina 548 a Pedro Coelho de Seabra (Alferes) e `a pagina 591 a Vicente Coelho da Silva Seabra Telles. Observe-se como os sobrenomes variavam.

AsĀ numeraƧƵesĀ no livro sĆ£o:Ā 753, 2163 e 2363, respectivamente. E em cada uma das vezes seĀ lĆŖ, `aĀ exceĆ§Ć£o dos nomes dos agraciados:

“2363. Vicente Coelho da Silva Seabra Telles. natural do termo de Villa-Rica do Oiro Preto, estado da America; filho do alferes deĀ cavallaria Manuel Coelho Rodrigues e de sua mulher D. Josepha de Avila Figueiredo, neta doĀ capitĆ£oĀ JoĆ£o deĀ Seabra deĀ GuimarĆ£es; neto pela sua varonia do ajudante de infantaria Antonio Coelho, filho de Belchior Coelho,Ā irmĆ£o do senhor de Felgueiras e Vieira.

Um escudo esquartelado; o primeiro quartel as armas dos Coelhos, no segundo as dosĀ Seabras, no terceiro as dosĀ BrandƵes, e no quarto as dosĀ Avilas. – Br. p. a 23 de novembro de 1782. Reg. no Cart. da N., Liv. III, fl. 79.”

O iminente genealogista mineiro,Ā CĆ“nego Raimundo Octavio da Trindade estudou aĀ formaĆ§Ć£o daĀ famĆ­lia Rocha BrandĆ£o. Entre outros livros, no Velhos Troncos Mineiros, surge:

“Tn 1 – Josefa de Avila e Silva e Figueiredo c. c. o Alferes Manuel Rodrigues Coelho, Tn 15 adiante.” e

“Tn 15 – Manuel Coelho Rodrigues c. c. Josefa de Avila e Silva e Figueiredo, Tn 1 retro. Filhos (Invent. de Manuel Coelho Rodrigues no Cart. do 1o. Of. de Ouro Preto – 1777):”

Os filhos enumerados por ele foram: Maria Jose, Pedro Coelho, Joaquim Coelho, Francisco Coelho da Silva Brandao, Francisca de Avila e Silva, Ana Francisca, Maria, Vicente Coelho de Seabra, Jose Coelho Rodrigues e Nicolau.

OĀ CĆ“nego TrindadeĀ nĆ£oĀ se aprofunda nos pormenores daĀ descendĆŖncia,Ā nĆ£o indo alem de netos de uns dois ouĀ trĆŖs filhos. Mesmo assim torna-seĀ possĆ­vel notar queĀ nĆ£o descendemos daĀ famĆ­lia, pelo menos em nosso lado Rodrigues Coelho.

Seremos muito possivelmente parentes pelo lado Coelho, devido `as diversas vezes que o sobrenome aparece em nossos ancestrais como: Coelho no simples,Ā Coelho deĀ MagalhĆ£es, Coelho de Almeida, Coelho de Andrade e outros.

E esse Manuel Coelho Rodrigues e sua esposa Josefa de Avila, como se pode notar, ja eram primos pelo lado Rocha BrandĆ£o.

Dona Josefa nasceu no Brasil e os pais foram Francisco da Rocha BrandĆ£o, natural de Cabrobo na Bahia e Maria da Silva e Avila, natural de Santo Antonio do Bambu,Ā tambĆ©m Bahia.

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18. CONCLUSAO

Acredito que a unicaĀ conclusĆ£o `a qual podemos chegar no caso Ć© a de que tudo esta discutido, porĆ©m, nada resolvido!!!

Essas conjecturasĀ sĆ£oĀ boas para exercitar nossas mentes mas o que vale mesmoĀ sĆ£o as provas!

Sinto que somente um mergulho nos arquivos em Ouro Preto, Mariana, Serro e DiamantinaĀ poderĆ” sanar todas as duvidas com respostas absolutas e concretas.

As conjecturasĀ serĆ£o apenas umaĀ injeĆ§Ć£o de animo aos pesquisadores que vieremĀ apĆ³s mim, caso euĀ nĆ£o tenha conseguido resolver asĀ questƵes, para queĀ nĆ£o desanimem no surgimento de maiores dificuldades.

Afinal, eu fico deĀ tĆ£oĀ longe, torcendo para que outros tenham encontrado o que busco nas pesquisas deles e tendo toda a dificuldade de procurar em trabalhos queĀ nĆ£oĀ sĆ£o apropriados, sabendo que aĀ lĆ³gica manda buscar nos ditos arquivos.

O problema sempre serĆ”:Ā e onde encontrar a coberta que suporte a empreitada se meus fundosĀ prĆ³priosĀ nĆ£oĀ sĆ£o suficientes paraĀ custea-la?! O nosso problema sempre foi a fartura! (Farta tudo!!!)

Por logica, deveria encontrar o registro de casamento do Alferes-de-Milicias Jose Coelho deĀ MagalhĆ£es e Eugenia Rodrigues da Rocha, queĀ tambĆ©m tinha o nome de Eugenia Maria da Cruz. Segundo o professor Nelson, o enlace se deu a 7 de setembro de 1799.

Porem,Ā nĆ£oĀ menciona o local, embora diga que tenham vivido naĀ Fazenda Axupe, por ele localizada em Morro do Pilar. Mas pode serĀ ConceiĆ§Ć£o do Mato Dentro.

Em outro caso, poder-se-ia buscar osĀ inventĆ”rios do Jose Coelho, dito falecido emĀ ConceiĆ§Ć£o; ou o dela, que foi sepultada no Santo-Antonio-do-Rio-Abaixo, ja viuva, em datas que variam entre 1806 a 1819, acredito eu.

EsseĀ esforƧo se daria para certificarmos os nomes dos pais do casal. Em se confirmando que um Manuel Rodrigues Coelho foi pai dele, torcer para queĀ apareƧam nomes de avos, o que facilitaria em muito as pesquisas.

Em caso deĀ nĆ£oĀ aparecerem nomes de avos nem mesmo no registro de matrimonio, torcer para que seĀ esclareƧam as origens dos nascimentos e dai seguir o veio dessa raiz que tanto tem se mostrada arredia `as nossas pesquisas.

No mais, o que vierĀ serĆ” lucro!!!

BARBALHO, PIMENTA E, TALVEZ, COELHO, DESCENDENTES DO REI D. DINIS

September 11, 2012

BARBALHO, PIMENTA E, TALVEZ, COELHO, DESCENDENTES DO REI D. DINIS

 

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01. GENEALOGIA
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02. PURA MISTURA
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06. MISTO
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07. POLITICA BRASILEIRA
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08. IN ENGLISH
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09. IMIGRACAO
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BARBALHO, PIMENTA E, TALVEZ, COELHO, DESCENDENTES DO REI D. DINIS

CONTEUDO

O SOBRENOME COELHO
O SOBRENOME BARBALHO
O SOBRENOME PIMENTA DE CARVALHO
LISTA DE DOCUMENTOS QUE PRECISAMOS
MAIS RECENTES NOVIDADES DA FAMILIA BARBALHO

Aos interessados na genealogia das familias Barbalho, Coelho, Pimenta e outros.

Farei um relatorio em funcao dos novos achados e apontarei acoes que poderao ajudar-nos a remover as lacunas ja identificadas para confirmarmos a nossa ascendencia em personalidades historicas do Brasil e de Portugal.

Comecarei por apontar tais lacunas em relacao ao sobrenome Coelho. E logo passarei ao sobrenome Barbalho porque o que for encontrado em relacao a este sera, provavelmente, valido para aquele.

Segundo os estudos do professor Demerval Jose Pimenta, em seu livro: “A Mata do Pecanha, sua Historia e sua Gente”, temos uma sequencia genealogica assim formada para o ramo Coelho:

O SOBRENOME COELHO

(? 173.) Maria Rodrigues de Magalhaes Barbalho – Giuseppe Nicatsi da Rocha
(? 1759) Eugenia Rodrigues da Rocha – alferes Jose Coelho de Magalhaes
1782 capitao Jose Coelho de Magalhaes (ou da Rocha) – Luiza Maria do Espirito Santo
1824 Eugenia Maria da Cruz (Coelho) – capitao Francisco Marcal de Magalhaes Barbalho

Na data provavel em que Maria Rodrigues de Magalhaes Barbalho nasceu havia um casal na regiao do Serro/Conceicao do Mato Dentro, cujos nomes foram Manoel Vaz Barbalho e Josepha Pimenta de Souza. Eles sao candidatos a pais daquela. Porem nao ha como, pelos dados que temos, explicar a presenca do sobrenome Magalhaes no nome dela. Os nomes dos pais de Eugenia Rodrigues foram sugestoes posteriores `a publicacao do livro do professor Demerval em 1966, onde nao constam. Nao sei dizer a origem.

Existem sugestoes, inclusive deixado em escrito pelo professor Nelson Coelho de Senna, que o pai do portugues e alferes Jose Coelho de Magalhaes se chamaria Manoel Rodrigues Coelho. Este foi uma pessoa importante no Ciclo do Ouro em Minas Gerais, possuindo exploracao de minas de ouro e ocupando, em 1719, o cargo de “tesoureiro da Villa Rica”, atual Ouro Preto.

E tambem contribuiu com fartas quantias em dinheiro para a construcao do Santuario de Bom Jesus de Matosinhos, iniciado em 1757, em Congonhas do Campo. Porem, a hipotese de haver relacao de pai e filho entre eles nao se sustenta porque Manoel Rodrigues Coelho ja seria idoso, era residente em Minas Gerais e o Jose Coelho de Magalhaes teria nascido em Portugal, por volta de 1750.

A unica possibilidade para a relacao filial ter havido seria a de que o alferes fosse brasileiro. O que nao eh uma impossibilidade, mesmo a tradicao afirmando ele ser portugues. Posso lembrar que nossas tradicoes afirmaram por muito tempo que o nosso ancestral Policarpo Jose Barbalho era nordestino e os documentos revelaram que nasceu na atual Santa Rita Durao, distrito de Mariana, em Minas Gerais.

Sao irmaos de Eugenia Maria da Cruz e que deixaram descendencia: Francisca Eufrasia de Assis, Jose Coelho da Rocha (Neto), Joao Batista Coelho e Antonio Rodrigues Coelho. Maria Luiza (Nha Moca) e Ana Maria (Nha Ninha) nao se casaram. Antonina faleceu crianca.

1. Acredito que para solucionar as hipoteses de ascendencias seria ideal encontrarmos o registro de casamento do alferes Jose Coelho de Magalhaes e Eugenia Rodrigues da Rocha. Geralmente o documento menciona os nomes dos pais e dos avos dos nubentes. Tambem eh comum mencionarem a procedencia deles, o que facilitaria uma busca posterior caso necessario. Embora ha mencao de que os filhos nasceram em Morro do Pilar, antigo Morro do Gaspar Soares, os registros devem encontrar-se nos Arquivos em Conceicao do Mato Dentro.

Pelo lado Coelho, somente apos encontrarmos tal documento, ou outro que ofereca os dados em consideracao, teremos seguranca em afirmar quem nos legou o nome de Familia Coelho. Nome este que eh considerado como familia dominante na regiao de Guanhaes embora a familia seja o resultado da mistura com diversos outros sobrenomes.

Pode ser que haja uma forma indireta de negar (ou confirmar) que o alferes Jose tenha sido filho do Manoel Rodrigues Coelho. Devido a importancia dele e da opulencia de bens que acumulou durante o Ciclo do Ouro, imagino que tenha se tornado tronco de familias destacadas na sociedade mineira colonial e imperial. Neste caso, o conego Trindade deve ter registrado a descendencia dele no seu livro: “Velhos Troncos Mineiros”. Entao, teriamos que encontrar o alferes Jose Coelho de Magalhaes (ou, pelo menos, Jose Coelho da Rocha) entre seus filhos ou netos. Se nao o encontrarmos saberemos que pertencera a ascendencia diversa.

Contudo, nao se descarta a possibilidade de a Maria Rodrigues de Magalhaes Barbalho constar entre os filhos ou netos do Manoel Rodrigues Coelho. Os sobrenomes atribuidos a ela faziam parte da sociedade presente em Congonhas do Campo, cidade em que o Manoel Rodrigues Coelho deve ter mantido residencia, porque esta tornou-se refugio dos ricos, fugindo das tribulacoes da, entao, capital Vila Rica.

O SOBRENOME BARBALHO

Quanto ao sobrenome Barbalho, pensei que recentemente houvesse encontrado as respostas mais provaveis para a nossa genealogia. Contudo existem controversias que precisam ser resolvidas para garantir que nao venhamos a cometer erros de identificacao por desejarmos ser descendentes de quem nos pareca “mais bonito” e nao de quem realmente somos. Assim, o que temos como hipotese ate o momento eh o exemplo de sequencia abaixo. Ai veremos que ate mesmo o sobrenome Coelho esta posto em duvida por catedraticos que nos apontam ancestrais diversos do que nos foram trazidos pelos nossos familiares. Vejamos a sequencia:

1824 Francisco Marcal de Magalhaes Barbalho – Eugenia Maria da Cruz (Coelho)
(? 1780) Policarpo Jose Barbalho – Isidora Francisca de Magalhaes
(? 1740) Jose Vaz Barbalho – Anna Joaquina Maria de Sao Jose (ou Sam-Jose)
1735 (hipotese) Policarpo Jose Barbalho – esposa nao identificada
Manoel Vaz Barbalho – 1716 Josepha Pimenta de Souza
Maria da Costa Barbalho – Manoel Aguiar (viuvo de Ana Pereira de Araujo)
Paschoa Barbalho – Pedro da Costa Ramiro
(hipotese) Agostinho Barbalho Bezerra – Brites ou Beatriz de Lemos
Jeronimo Barbalho Bezerra – Izabel Pedroso (ou Pedreira)
Luiz Barbalho Bezerra – Maria Furtado de Mendonca (hipotese em relacao `a mae)

Ha aqui que expor a sequencia de ancestrais a partir de Josepha Pimenta de Souza. Tenho descoberto coisas novas a respeito deles, porem, teremos que rever os dados encontrados pelo professor Demerval Jose Pimenta para comprovarmos a versao posta por ele no livro. Sao eles:

1716 Josepha Pimenta de Souza – Manoel Vaz Barbalho
1691 Belchior Pimenta de Carvalho – parceira nao revelada
Belchior Pimenta de Carvalho – Francisca de Almeida
1610 Manoel Pimenta de Carvalho – Maria de Andrade (possivelmente Andrada)

As contestacoes comecam a partir do casal Francisco Marcal e Eugenia Maria da Cruz. Ha algum tempo atras o pesquisador Odon Jose de Magalhaes Barbalho encontrou a “Relacao de Bispos Brasileiros de 1551 a 1952 – Sfreinobreza.com”, via google, no endereco eletronico: http://www.sfreinobreza.com/eclesiasticobispos02.htm. Ali encontra-se uma pequena genealogia do bispo D. Manoel Nunes Coelho, simultaneamente neto das irmas: Francisca Eufrasia de Assis (paterno) e Eugenia Maria da Cruz (materno).

Contudo contem umas informacoes que considero distorcidas naquela pequena genealogia ali apresentada. Afirma-se que Eugenia Coelho (Maria da Cruz) seria ” Filha de JoĆ£o Coelho da Rocha e de Luiza de MagalhĆ£es.”.

Nos nao temos duvida quanto ela ter sido filha do Jose Coelho de Magalhaes “Filho”, mais conhecido como Jose Coelho da Rocha, fundador e um dos primeiros moradores de Guanhaes, e de sua esposa Luiza Maria do Espirito Santo. No livro: “Arvore Genealogica da Familia Coelho”, editado em 1979 por nossa prima Ivania Batista Coelho encontram-se todos os dados para comprovacao deste fato. Alem disso, na propria capa do livro apresenta-se o esboco de uma foto que esta publicada na pagina 10.

A foto deve ter sido tirada no maximo em 1870 e traz os filhos vivos do casal capitao Jose e Luiza Maria. Eugenia eh a primeira dos que se encontram em pe. Portanto, nao ha porque duvidar desta informacao. Alem do mais, em 1979, data da publicacao do livro, ainda estavam vivas pessoas que conheceram, senao todos, pelo menos o Antonio Rodrigues Coelho que viveu ate 1910. A Ivania fez a foto circular antes da publicacao e tivemos a oportunidade de ve-la nesse tempo.

Entre os vivos posso citar a neta Vita de Magalhaes Barbalho, nascida em 1887 e falecida 99 anos depois. Marina Coelho de Oliveira, que foi popularmente conhecida como “tia Nenen”, nascida em 1883 e falecida 101 anos depois. Outra neta: Maria Magalhaes, mais conhecida como “Maricas” era mais nova, nasceu em 1899 e faleceu outros 99 anos depois. Alem disso haviam o testemunho de dezenas de pessoas que conheciam os fatos por meio de conhecer os personagens como avos e que teriam reclamado caso as identificacoes no livro da Ivania estivesse incorretas.

Contudo, ha o fato recente que obriga-me a voltar a esse assunto. Eh que encontrei no site: “books.google.com.br” uma sinopse do “Anuario Genealogico Latino: Volume 4”. Eu estava buscando “Genealogia Barbalho”. E o que a sinopse dizia era isso: ” pais de: IV – Miguel Nunes Coelho. c. c. d. Ambrosina Magalhaes Barbalho, filha de Francisco Marcal Barbalho e de d. Eugenia Coelho; n. p. de Policarpo Barbalho e de d. Genoveva … Ver sua biografia na “Revista Genealogico Latina.”” A data do Anuario eh de 1952. Miguel Nunes Coelho foi filho da Francisca Eufrasia de Assis (Coelho) e do tenente Joaquim Nunes Coelho.

O mesmo erro pode ser comprovado no Sfreinobreza.com. O mais provavel eh que um tenha copiado do outro e ambos copiaram de terceiros. Talvez o autor dos enganos tenha sido o conego Trindade. Foi autor de muitas genealogias, inclusive escreveu a genealogia mineira mais conhecida: “Velhos Troncos Mineiros”. O conego Trindade escreveu: “Historia dos Bispos Mineiros”, que deve ter incluido o bispo D. Manoel Nunes Coelho, pois, era bispo `a epoca e nasceu apenas um ano depois do conego.

Nos dados a respeito da Familia Barbalho no site Family Search e comprovados nos Autos de Genere do padre Emigdio de Magalhaes Barbalho temos que Policarpo Jose Barbalho foi casado com Isidora Francisca de Magalhaes. E tiveram os filhos: Joao, Genoveva, Emigdio, Maria e Lucinda. A relacao de filhos dele que encontramos no livro da Ivania foi: Emigdio, Jose, Francisco Marcal, Lucinda e Manoel. Ela nao conseguiu encontrar o nome da esposa. E, ao que parece, os irmaos foram lembrados por serem os mais novos e de alguma forma devem ter mantido contato entre si, mesmo apos a dispersao da familia.

Sabemos que o padre Emigdio e Francisco Marcal foram residentes em Guanhaes. Suspeita-se que o Jose nao tenha sido porem ele enviou para la a filha Sinh’Anna, por esta ter engravidado em Itabira. Em Guanhaes ela tornou-se mae de Joao Batista de Magalhaes, que o conhecemos por “tio Joaozinho”. Este casou-se com sua prima em segundo grau, Candida de Magalhaes Barbalho (conhecida como Sa Candinha), fa. de Francisco Marcal e Eugenia.

Somente recentemente ficou evidente um dos motivos pelo qual o nome da Lucinda ficou na memoria da familia. Ela foi batizada em 10.07.1824. A data de nascimento que tinhamos do Francisco Marcal eh de 30.06.1824. Essa diferenca de 7 dias sugere um nascimento gemelar. Porem, fica sem explicacao o fato de o Family Search ter microfilmado o registro de batismo dela e nao o dele. Alias, nao tinham o registro do pe. Emigdio antes do documento dele “De Genere Et Moribus” ser encontrado. Parece que nao tinham ou haviam escolhido nao publicar os registros masculinos.

Em funcao de existirem estes apontamentos genealogicos, mais provavelmente incorretos, em publicacoes prestigiosas, torna-se necessario comprovarmos as paternidades de nossos ancestrais Francisco Marcal e Eugenia Maria da Cruz. O documento ideal que resolveria as duas questoes ao mesmo tempo seria o registro de casamento dos dois. O casamento deles deve ter se dado entre 1845 e 1848, em Guanhaes. Epoca em que a Frequesia pertenceu a Conceicao do Mato Dentro. O mais provavel eh que tal registro esteja nesta ultima cidade.

Outro documento que poderia resolver a questao da paternidade do Francisco Marcal e outras questoes seria o: “Autos de Genere et Moribus” do pe. Policarpo Jose Barbalho. Sabemos que ele ordenou-se apos ficar viuvo. Viuvez essa que se deu antes de 1838. Mas que a ordenacao se deu apos 1845, quando aconteceu a ordenacao do pe. Emigdio. O filho tornou-se padre mais velho que o pai.

O documento do pe. Policarpo, que deve encontrar-se em Mariana – MG, podera ter sido iniciado antes de 1808, quando Policarpo e Isidora Francisca se casaram. Nossas tradicoes dizem que ele era seminarista antes de casar-se. E concluiu o seminario apos enviuvar. Acredito que por tratar-se da ordenacao de uma pessoa que ja fora casada deveremos encontrar alem da genealogia pregressa ate aos avos pelo menos, como foi feito no caso do pe. Emigdio, tambem havera a inclusao da descendencia.

Neste caso teriamos, pelo menos, a citacao dos nomes dos filhos. Talvez a citacao de nomes de conjuges dos que ja fossem casados e, ainda, de netos que ja haviam comecado a nascer.

O documento “De Genere Et Moribus” do padre Emigdio de Magalhaes Barbalho revelou-nos que o padre Policarpo Jose Barbalho foi filho de Jose Vaz Barbalho e Anna Joaquina Maria de Sam-Jose (ou Sao Jose). O sobrenome Vaz Barbalho no nome do pai nos induz a crer que tenha sido, entao, neto do Manoel Vaz Barbalho e Josepha Pimenta de Souza. Contudo, sem um documento comprovando nao ha como ter certeza porque naquela epoca os sobrenomes nao eram fixos. Geralmente, os filhos decidiam assinar sobrenomes que melhor lhes convinham. Geralmente eram nomes de ancestrais como avos e bisavos. Por isso os sobrenomes de irmaos quase nunca coincidiam uns com os outros.

Ja no caso das mulheres o assunto era mais complicado ainda. Algumas optavam por homenagear os santos de suas devocoes e nao os ancestrais. Este eh o caso da Anna Joaquina Maria de Sam-Jose. Talvez nao encontremos nenhum destes nomes nos pais dela. Como se pode ver, o nome dela refere-se `a genealogia de Jesus, ou seja, Sant”Anna e Sao Joaquim eram os pais de Santa Maria que foi a esposa de Sao Jose. Somente os documentos poderao revelar a familia a qual ela pertencia.

Resolvi incluir na sequencia genealogica acima um intermediario entre Jose Vaz Barbalho e Manoel Vaz Barbalho. Isso porque o Family Search tem publicado fichas referentes ao filho do Manoel e Josepha, Policarpo Joseph Barbalho. Este primeiro Policarpo nasceu em 1735 e a data esperada para o nascimento do padre Policarpo eh por volta de 1783. Neste caso ha a possibilidade de o Jose ter sido filho diretamente do casal ou sido neto dele. Ha espaco de tempo habil para ambas as possibilidades terem acontecido (nao simultaneamente).

Mas era raro acontecer um homem naquela epoca comecar uma primeira familia apos os 40 ou mais anos de idade. Geralmente isso acontecia com os viuvos, no caso de uma segunda familia. E os registros dos filhos do Policarpo Joseph Barbalho em Gravatai – RS se dao apos 1780. Nao ha como garantir que uma opcao ou outra seja a mais verdadeira.

Outro abacaxi que o professor Demerval Jose Pimenta deixou para a gente descascar eh a passagem da geracao do casal Jeronimo Barbalho Bezerra e Izabel Pedreira (ou Pedroso) e d. Paschoa Barbalho. Ele afirmou que esta era neta daquele mas nem mesmo sugeriu quem poderiam ser os pais dela. Ele menciona apenas que: “era casada com PEDRO DA COSTA, no Rio de Janeiro, em 19 de janeiro de 1668.” (pagina 252).

Domingo, 17 de setembro de 2012, encontrei mais uma pequena informacao a respeito do casal. As informacoes se encontram no endereco: http://www.ub.edu/geocrit/sn/sn-218-32.htm e derivados. Eh um estudo com o titulo pomposo de: “Um quebra-Cabeca (Quase) Resolvido: Os Engenhos da Capitania do Rio de Janeiro, Seculos XVI e XVII.” Foi financiado pelo CNPq e eh de autoria do professor Mauricio de Almeida Abreu, da UFRJ. Parece que estao tentando fazer uma recuperacao de dados semelhantes `as que foram feitas em relacao aos engenhos acucareiros de Pernambuco.

O assunto do estudo tem pouca coisa a nos acrescentar. Porem, por pura coincidencia, o segundo quadro postado no trabalho foi um exemplo que o autor escolheu aleatoriamente para explicar as formas de passagem dos engenhos de uns donos para outros. Na data de 1684 descreve-se a venda de metade da propriedade (Engenho de Sao Bento, no Mutua, Sao Goncalo – RJ) a Pedro da Bessa. Porem, a partir de 1686, informa-se que o nome do novo dono era Pedro da Costa Ramiro. Ja a anotacao de 1702 informa ser dona do mesmo: Paschoa Barbalho, viuva de Pedro da Costa Ramiro.

Por ai pode-se concluir que, em primeiro lugar: existiu um casal formado por Paschoa Barbalho e Pedro da Costa como esta proposto no livro do professor Demerval. Segundo, que o nome completo do marido foi Pedro da Costa Ramiro. Embora nao se possa descartar a hipotese de o ultimo nome ser Bessa, e Ramiro ser o apelido pelo qual ele fosse mais conhecido. Por exemplo ele poderia chamar-se Pedro da Costa Bessa e ser filho de algum Rodrigo Bessa, o que justificaria o uso do Ramiro no final como sendo: “filho do”.

A verdade eh que o sobrenome Ramiro existe e eh bastante popular na Espanha e suas antigas colonias. E nao muito tempo antes de 1668, data de casamento de Paschoa e Pedro, o Brasil esteve nas maos da Espanha, sendo que alguns colonos espanhois foram para o Brasil. Exemplo disso foram os irmaos Rendon, que deram nome ao Titulo Rendons, nas genealogias paulistanas.

Outras informacoes interessantes sao que a propriedade ficava em Sao Goncalo, lugar onde, segundo as inferencias historicas, tambem se achava a Fazenda do Bravo, cujo dono foi Jeronimo Barbalho Bezerra, o suposto avo de d. Paschoa. Fica tambem nas proximidades a Fazenda de Sao Mateus, cujo fundador foi Joao Alvares Pereira, o pai de d. Brites ou Beatriz de Lemos, esposa de Agostinho Barbalho Bezerra, o dito: “filho do governador Jeronimo Barbalho Bezerra”. Parece que todas as pecas estao se juntando. E as respostas `as nossas questoes poderao ser encontradas nos registros mais antigos de Sao Goncalo.

Ha aqui outro significado importante para a nossa familia. Quando encontrei os dados da Familia Barbalho desde Pernambuco, a familia ja estava envolvida na producao de acucar desde os tempos em que Duarte Coelho Pereira era o Capitao-Mor daquela Capitania. Passando para o Rio de Janeiro a familia se manteve na mesma atividade, que perdurou por mais de 150 anos de residencia no Brasil. Teremos que rastrear a vida dos ancestrais posteriores a D. Paschoa Barbalho, porem, eh bem provavel que a familia tenha se mantido nesta atividade ate Trajano (Cista) de Magalhaes Barbalho. Mesmo que em menor escala, com a producao de rapadura, ou seja, acucar mascavo.

[Tentei adiantar alguma coisa em relacao `a familia Bessa e busquei por ela no Rio de Janeiro. Nada encontrei que pudesse vincular-nos a eles. Faltam inclusive informacoes a respeito deles na internet. Mas encontrei site dedicado `a familia com alegacoes de que descenderiam de D. Lopo Dias de Haro. Haro foi familia de alta nobreza basca. Frequentemente a vemos envolvida nas misturas genealogicas medievais. E o site alegava que D. Lopo foi casado d. Urraca Alfonso de Leon.

No geneall.net Portugal os nomes estao mais “espanholados”. Para encontra-lo la precisa-se escrever Lope Diaz de Haro. Realmente ele se casou com D. Urraca Alfonso. Alega-se naquele site que tambem tivesse adotado o sobrenome Bessa por ter tomado a Cidade de Baeza aos mouros. Contudo, o geneall.net discorda da adocao do nome Bessa. Nem ele nem os filhos o usaram. Mas eh possivel que algum descendente dele o tenha feito. Nao deu para fazer uma verificacao mais completa porque sao muitos os membros da familia Bessa anotados naquele site.

Mas temos uma informacao do professor Demerval que pode indicar que os Bessa e os Barbalho estiveram juntos no Rio de Janeiro. Seria muita especulacao da minha parte afirmar que sim. Porem, nao estaria fora da logica que as duas familias, por causa de lacos familiares, tenham migrado juntas para Minas Gerais na epoca do Ciclo do Ouro e la termos um encontro paralelo. Neste caso porque o elemento de ligacao entre as duas teria sido a familia Pereira do Amaral. Copiarei aqui a pouca informacao que o professor nos passou no livro: “A Mata do Pecanha, paginas 128-129.

“D. Ana Bessa – 1884. Eh filha de Daniel Pereira do Amaral e Maria Francelina Borges Monteiro. Nasceu em Sao Sebastiao dos Correntes {atual Sabinopolis} em 1855. Casou-se em Guanhaes com Americo Bessa. Enviuvando-se, com a idade de 25 anos, transferiu sua residencia para o Arraial de Sao Joao Evangelista, onde ja se encontrava o seu irmao Antonio Borges do Amaral. Manteve uma pequena casa comercial. Do casal nasceu Cecilia Bessa, casada com Jose Caetano da Silva. Faleceu em 6-3-1947.”

1884 foi a data em que don’Anna mudou-se para Sao Joao. O casal eh relembrado na pagina 127 porque o filho do Antonio Borges do Amaral: Sebastiao Amaral, casou-se com Marilia da Silva Amaral, filha dele. Boa parte do livro eh ocupada com a parentalha de Daniel Pereira do Amaral e Maria Francelina Borges Monteiro. Modesto Jose Pimenta que foi bisneto do casal Manoel Vaz Barbalho e Josepha Pimenta de Souza, alem de ter sido sobrinho de Maria Francelina Borges Monteiro, casou-se com Ermelinda Querubina Pereira do Amaral, que fora irma do Daniel Pereira do Amaral, e Ermelinda e Modesto foram avos paternos do professor Demerval.

A coneccao entre os Coelho de Virginopolis e Guanhaes e os Borges Monteiro & Pereira do Amaral se da atraves do casamento de Antonio Rodrigues Coelho e Maria Marcolina do Amaral, que tambem era filha de Daniel e Maria Francelina. Aqui ha apenas que se lembrar que os Coelho tambem podem ter em sua raiz os mesmo Barbalho, caso se confirme que Maria Rodrigues de Magalhaes Barbalho tenha algum grau de parentesco com o casal Manoel e Josepha.]

Apos dedicar algum tempo buscando por filhos do Jeronimo, encontrei duas mencoes. Uma refere-se `a filha Micaela Barbalho Bezerra Pedroso, que se casou com o portugues: Joao Batista de Matos Lobo. Esta nao poderia ter sido mae de d. Paschoa Barbalho por ter nascido por volta de 1653. Em 1668 ela nao estaria nem sequer tendo filhos, porque a data provavel de seu casamento foi de 1671, quanto mais filhos se casando. Ha a pequena possibilidade de as duas serem irmas.

No livro “Memorial Nilopolitano – Tomo I” encontra-se uma pequena genealogia referente a Joao Alvares Pereira, fundador da Fazenda Sao Mateus, que deu origem a Nilopolis e outras cidades da Baixada Fluminense. Naquele memorial se encontra escrito: “1. Beatriz ou Brites de Lemos – nasceu no Rio de Janeiro e foi batizada em 14 de julho de 1627. Casada provavelmente em 1645, com o capitao Agostinho Barbalho Bezerra, filho do governador Jeronimo Barbalho Bezerra.”

A principio pensei que fosse um engano do autor porque o Jeronimo nunca foi governador do Rio de direito. Ele somente foi governador de fato, durante o periodo da Historia conhecido como “Revolta da Cachaca”. Ele foi nomeado pela populacao rebelada contra o governador Salvador Correia de Sa e Benevides. Mas enquanto aguardavam resposta `a mensagem enviada a Portugal para saber que solucao o rei daria ao conflito, Correia de Sa e seus aliados paulistas surpreenderam os revoltosos e executaram Jeronimo sumariamente. Ha uma boa razao para chama-lo de governador, porem, essa razao nao eh otima.

E eh aqui que as coisas podem estar torcidas na hipotese de descendermos do Jeronimo Barbalho Bezerra. Melhor dizendo, se a d. Paschoa Barbalho for neta dele. Para que ela fosse neta seria esperado que tivesse nascido pelo menos uns 14 anos antes de ter casado, ou seja, em 1654 ou antes.

Acredito que d. Paschoa teria que ter sido filha de um filho do Jeronimo para que pudesse ter recebido o Barbalho como assinatura e este permanecer, como o professor Demerval sugere que permaneceu. Era comum algumas filhas receberem os sobrenomes das maes. Mas nao era muito comum uma sequencia de tres mulheres ligadas por um sobrenome passa-lo depois para um descendente masculino. E assim teria acontecido se o Jeronimo tivesse tido uma filha. Esta fosse mae da d. Paschoa. Que foi a mae de d. Maria da Costa Barbalho. Por fim foi a mae do Manoel Vaz Barbalho.

A principio, vi por alto uma informacao de que o Jeronimo teria tido dois filhos. Neste caso, com d. Micaela e Agostinho essa conta ficaria fechada. No livro “Memorial Nilopolitano – Tomo I” ha uma Paschoa Araujo, que fora sobrinha de d. Beatriz de Lemos. Entao, seria algo comum o nome ser frequente na familia. Assim, ela e o Agostinho poderiam ter sido pais de d. Paschoa Barbalho, o que seria algo bem provavel. Por isso levantei aquela hipotese.

Mas havia que se por em duvida a existencia de outro Agostinho Barbalho Bezerra alem do irmao do Jeronimo. E haviam literaturas citando o irmao do Jeronimo como marido de d. Brites (ou Beatriz) de Lemos. Mas a biografia do Agostinho tio, num livro de biografias de personalidades pernambucanas afirma com todas as letras que o nome da esposa deste fora Cecilia Barbosa. E ainda afirma que a fortuna deixada por ele `a sua viuva foi muito pequena.

Neste ponto a biografia dele entra em acordo com a de d. Cecilia Barbalho. A literatura mostra que ela ficou viuva `a epoca em que Agostinho foi dado por morto. E que por nao poder dar dote `as filhas para que encontrassem casamentos em “boas familias”, recolheu-se com elas em um retiro por ela propria criado junto `a Igreja de Nossa Senhora da Conceicao, na antiga Rua da Ajuda. A intencao dela era a de criar um convento ali, para que as mulheres que nao quizessem se sujeitar `as imposicoes dos pais e dos maridos da epoca tivessem para onde correr e se abrigar. A ideia dela, lancada em 1670-75, so foi posta em pratica em 1750. Mas o Convento de Nossa Senhora da Ajuda tournou-se importante referencia para o Rio de Janeiro por mais de 150 anos.

Mesmo sem buscar por isso, lendo diversas mencoes ao Agostinho Barbalho Bezerra, filho do mestre de campo Luiz Barbalho Bezerra e de sua esposa d. Maria Furtado de Mendonca, comecei a notar algumas discrepancias que, talvez, possam corroborar com a ideia de que foi mesmo um filho do Jeronimo Barbalho Bezerra, homonimo do Agostinho, quem se casou com d. Brites de Lemos. E, por falta de um melhor acompanhamento genealogico, os historiadores poderem ter misturado as duas biografias, tornando-as apenas em uma. Atribuindo todos os feitos ao Agostinho tio.

As evidencias que enxerguei comecam com a data de nascimento para o Agostinho tio. Alguns afirmam ser 1621. Ja nas biografias de pernambucanos ilustres a data eh de 1609. D. Cecilia Barbosa nascera em 1613, no Rio de Janeiro. O que significativamente mostra que era nora e nao filha do governador Luiz Barbalho Bezerra, como algumas literaturas sugerem. Em 1613 os Barbalho residiam ainda na Capitania de Pernambuco. E, como copiado acima, d. Brites nasceu em 1627. Entao, seria bem provavel que se casasse com alguem mais proximo `a propria idade dela.

Ja o Jeronimo Barbalho Bezerra eh, por enquanto, um misterio a ser decifrado. Varias literaturas que visitei o mencionam como filho do Luiz Barbalho Bezerra mas nenhuma menciona o nome da mae dele. Presume-se que teria sido D. Maria Furtado de Mendonca mas presuncao nao eh ciencia exata. Pode tambem nao ser. Alias, na genealogia baiana ela encontra-se como mae de seis filhos. Em ordem de nascimentos: Agostinho, Guilherme, Fernao, Antonia, Cosma e Francisco Monteiro. Nao ha Jeronimo, Celia, e Cecilia, que alguns autores consideram como filha ou parente proxima e nao nora.

E isso talvez seja o indicativo da existencia de uma outra familia que o Luiz Barbalho Bezerra possa ter tido e tenha ficado esquecida pelos historiadores. No site geneall.net Portugal os nomes postos para pais de Maria Furtado de Mendonca sao: Pedro Carreiro Salema e Maria Nunes de Andrade. Estes nomes contradizem toda literatura brasileira que consultei e que afirma serem: Aires Furtado de Mendonca e Cecilia de Andrade Carneiro.

Ha duas hipoteses que podem lancar luz a essa questao. Pedro Carreiro e Maria Nunes poderiam ter sido Cristaos-Novos e terem sido obrigados a converter-se ao catolicismo pelo primeiro visitador da Inquisicao no Brasil e terem sido batizados com os nomes que permaneceram na genealogia brasileira. A visita de Heitor Furtado de Mendonca a Pernambuco se deu em 1595, ano do suposto nascimento de Maria Furtado de Mendonca. O pai dela poderia ter adotado o nome de batismo de Aires Furtado de Mendonca para provar a conversao completa e submissao ao inquisidor. Esta hipotese, embora pareca lunatica, nao foge `a realidade da epoca. Ele teria que optar entre a submissao e as tortura e morte.

Contudo, penso que o mais provavel ter acontecido eh os diligentes mantenedores do site http://www.geneall.net Portugal terem cometido uma distracao e nao ter observado a discrepancia. Pedro Carreiro Salema e Maria Nunes de Andrade realmente poderiam ter sido sogros do Luiz Barbalho Bezerra num possivel primeiro casamento deste. Como era muito comum acontecer de as mulheres falecerem durante ou posterior ao parto, em consequencia dos riscos para a epoca, ele poderia ter ficado viuvo antes do casamento com Maria Furtado. Neste caso, os genealogistas do GeneAll.net podem ter se enganado e dado por pais `a esposa trocada.

Essa hipotese poria luz `a necessidade de o Jeronimo Barbalho Bezerra ter nascido mais proximo dos anos 1600 para que em torno de 1625 pudesse ter-se tornado pai de Agostinho Barbalho Bezerra (o sobrinho), tambem em um possivel primeiro casamento ou, senao, num caso simples de convivio extra-marital, muitissimo comum `a epoca. Somente assim um suposto “filho do governador Jeronimo Barbalho Bezerra” teria idade para casar-se com d. Beatriz de Lemos, batizada em 1627.

Esta hipotese tambem poria luz no sobrenome Carreiro para a filha de Luiz Barbalho Bezerra, Celia. Ou seja, ela seria irma completa do Jeronimo e meio-irma dos outros acima mencionados. Quanto `a Cecilia, nao ha explicacao alguma para ela ter sido filha do Luiz. Porem, podendo acontecer de terem sido duas Cecilias. A Barbosa, suposta esposa do Agostinho Barbalho Bezerra, tio; e a Barbalho, a viuva que tornou-se a mentora intelectual da criacao do primeiro Convento feminino da Cidade do Rio de Janeiro. O que penso eh que elas sejam uma unica pessoa.

Vou copiar alguns dados biograficos creditados ao Agostinho Barbalho Bezerra, tio, para que compreendam porque acredito que os historiadores misturaram as biografias dele e do sobrinho, caso este tenha mesmo existido. As duas primeiras estao tambem em outros, porem, estou copiando do: http://pt.wikipedia.org/wiki/Agostinho_Barbalho_Bezerra:

“Fernando de Camargo, Eu El-Rei vos envio muito saudar. Bem sei que nao e necessario persuadir-vos a que concorrais de vossa parte com o que for necessario para o descobrimento das Minas a que envio Agostinho Barbalho Bezerra, considerando ser natural desse Estado e que como tal mostra particular desejo dos aumentos dele e esperando pela experiencia que tenho do bem com que ate agora me serviu, que assim o fara em tudo o que lhe encarregar, porque pela noticia que me tem chegado do vosso zelo e de como vos houvestes em muitas ocasioes do meu servico me faz certo vos disporeis a me fazer este e ele vos dira o que convir para este efeito. Encomendo-vos que facais toda assistencia para que se consiga com o bom fim o que tanto desejo, o que eu quisera ver conseguido no tempo e posse destes meus reinos, entendendo que, hei de ter muito particular lembranca de tudo que fizerdes nesta materia, para vos fazer merce e honra, que espero me saibais merecer.”

Nesta parte eu saliento os dizeres: “para o descobrimento das Minas a que envio Agostinho Barbalho Bezerra, considerando ser natural desse Estado e que como tal mostra particular desejo dos aumentos dele”, porque nao da para discernir se o rei (Afonso VI) referia-se a Agostinho ou ao proprio Fernando Camargo. O Agostinho tio era pernambucano e o Agostinho sobrinho nasceu no Rio de Janeiro, portanto, era natural daquele Estado. `A epoca, 1663, nao havia divisoes politicas entre Rio de Janeiro e Sao Paulo. Tudo estava incluindo na Capitania de Sao Vicente.

Na sequencia do texto acima citado ha essa missiva do conde de Obidos escrita ao governador do Rio de Janeiro, Pedro de Melo, referindo-se ao mesmo Agostinho que fora nomeado pelo rei como “cacador das esmeraldas”. Depois esse titulo foi passado para Fernao Dias Pais Leme. Segue o texto:

“Tudo isso de Agostinho Barbalho e uma va ambicao e vas quantas promessas ha feito nas minas, por cuja causa e certo nao deve ser a tencao de Sua Majestade que se lhe paguem soldos. Ele entra de pes de la a pedir o que consta do rol que Vossa Senhoria me enviou; pouco a pouco ha de querer ir introduzindo nos soldos, que de nenhuma maneira convem se lhe paguem; Vossa Senhoria tem satisfeito a carta de Sua Majestade no que te aqui tem obrado; sou de parecer que se lhe nao de mais cousa alguma; que ja com o que tem recebido se nao pode desculpar nem Vossa Senhoria deixar de ser o instrumento de todo o bom sucesso que tiver, se acaso for mais feliz a sua confianca do que hao sido as diligencias de Salvador Correia, impossivel que so podera vencer sem esperanca a fortuna de Sua Majestade; pelo que Vossa Senhoria suspenda o concurso de tudo o mais que lhe pedir.”

Essa indisposicao do conde de Obidos mostra duas possibilidades. A primeira sera que se pode colocar duvida quanto a esse Agostinho ser o tio porque diante do alto prestigio que ele gozava como homem que lutou na Guerra dos Holandeses, na Restauracao da Monarquia Portuguesa e na ponderacao com que comportou durante a Revolta da Cachaca, nao seria inteligente da parte do conde escrever algo desse nivel. Como dizia o antigo ditado: “O que se fala nao se escreve.”

Por outro lado, esta ai a comunicacao entre dois partidarios do velho Salvador Correia de Sa e Benevides. A Revolta da Cachaca aconteceu contra este ultimo e houvera sido liderada por Jeronimo Barbalho Bezerra, o suposto pai do Agostinho, sobrinho. Seria mais facil as iras se aflorarem contra este do que contra o tio.

O conde de Obidos, d. Vasco Mascarenhas, foi governador do Brasil e das Indias, tornando-se vice-rei do Brasil de 1663 ate 1667. Este eh o exato periodo entre a nomeacao de Agostinho e o falecimento de ambos. Em escrito anterior eu cometi o engano de atribuir o conteudo dessa missiva ao governador Pedro de Melo quando na verdade ele era o recipiente dela.

No “Diccionario Biographico de Pernambucanos Celebres”, de autoria de Francisco Augusto Pereira da Costa, encontram-se pistas que ajudam a discernir as personalidades dos Agostinhos tio e do sobrinho. E tambem de suas vidas privadas. Extrairei alguns pontos da biografia de Agostinho Barbalho Bezerra e os leitores perceberao ate onde quero chegar:

“Agostinho Barbalho Bezerra, bem jovem ainda, achou-se envolvido nas lutas marciais da invasao hollandeza em Pernambuco…”

“Occupada esta provincia em 1630 pelo exercito hollandez, seu pae que entao estava no comeco de sua carreira militar, apresentou-se ao general Mathias de Albuquerque, com os seus escravos e criados, mantidos a sua custa e sem remuneracao alguma pelo estado, e offerece os servicos de todos pela cauza da patria;…”

“A heroica defesa do Arraial do Bom Jesus, os feitos da Varzea do Capibaribe, de Serinhaem e outros, foram testemunhas do valor de Agostinho Barbalho Bezerra. Cahindo prisioneiro em poder dos hollandezes, por dous annos esteve privado de sua liberdade; mas conseguindo-a, elle apresenta-se de novo no exercito no anno de 1639, entao ja possuindo as dragonas de capitao de infantaria que lhe conferira o Conde de Torre.”

“Estava entao em Portugal travada a luta renhida com a Hespanha. Agostinho Barbalho sobe aos regios pacos de D. Joao IV, e offerece os seus servicos em defesa da causa da liberdade portugueza. Parte sem demora para o Alentejo, acompanhado de criados e cavalleiros mantidos a sua custa, e nos oito dias em que o Marquez de Torre-Cusa teve sitiada a praca de Elvas, Agostinho Barbalho achou-se em todos os combates que se deram.

Recebendo entao a noticia do fallecimento de seu pae na cidade do Rio de Janeiro, Agostinho Barbalho parte para essa provincia, e ahi se demora por algum tempo residindo na freguezia de Sao Goncalo, onde possuia uma fazenda.”

“Poucos dias depois da partida de Sa e Benevides, amotinou-se o povo contra elle, negando-lhe obediencia, depondo e prendendo o seu delegado; e apoiado pela Camara, proclamaram governador a Agostinho Barbalho, Elle nega-se a annuir aos desejos dos revoltosos, refugia-se no convento de S. Francisco, mas elle era o unico homem que merecia as sympathias e confianca do povo e do Senado da Camara.

O povo procura-o, descobre-o afinal, insta para que acceite o cargo que a sua confianca nelle depositava e elle resiste; mas esgotada a paciencia e os meios suasorios, vem a ameaca, a forca, e Agostinho Barbalho, entre a morte e o governo, acceita por fim o mandato popular.”

“Voltando Salvador Correia, e assumindo o governo, remetteu presos para Lisboa Agostinho Barbalho e os autores do levante; mas reconhecendo El-Rei a sua innocencia, permittiu-lhe a volta para o Rio de Janeiro, e honrou-o com a doacao da capitania de Santa Catharina.

A prudencia com que se houve Agostinho Barbalho no seu ephemero governo, aquietou e serenou os animos populares, correndo nao poucas vezes a sua vida, grandes riscos e perigos. No anno de 1662, ja Agostinho Barbalho achava-se de novo em Portugal militando na campanha do Alentejo, acompanhado de criados e cavallos mantidos a sua custa.”

“Na guerra da invasao hollandeza em Pernambuco, e na guerra da restauracao de Portugal do dominio de Hespanha, Agostinho Barbalho Bezerra conquistara titulos taes de benemerencia e de honra, que jamais o seu nome deixara de figurar entre os homens illustres de um e outro paiz.”

“No Rio de Janeiro casara-se Agostinho Barbalho com D. Cecilia Barbosa, e ahi fallecendo, legou a sua esposa e filhas fortuna tao mediocre, que apenas a salvara da pobreza. A data do fallecimento de Agostinho Barbalho Bezerra e desconhecida; mas em 1675 elle ja nao pertencia ao numero dos vivos, pois a 25 de Julho desse anno, sua viuva D. Cecilia Barbosa deu comeco a fundacao de um recolhimento na ermida de Nossa Senhora d’Ajuda, na cidade do Rio de Janeiro, para suas filhas, para si, e para donzellas e senhoras que quizessem viver em clausura, e separadas e desprendidas do seculo, consagradas exclusivamente a Deus.”

“Balthazar da Silva Lisboa, tratando nos seus annaes do Rio de Janeiro, de Luiz Barbalho Bezerra, consagrou estas palavras a memoria de seu filho: Elle deixou a sua imagem e semelhanca em Agostinho Barbalho Bezerra, o bravo debellador dos corsarios que infestavam as costas, tendo logar distincto na apotheose entre os seus patricios pelas suas virtudes, valor, generosidade, e acerto nos negocios; serviu tambem de administrador geral das minas e por seus bons servicos obteve alvara de commenda.”

Enganei-me quanto a ter encontrado a data de 1609 para o nascimento de Agostinho tio nesta biografia. Ela nao menciona data de nascimento mas agora recordei-me que encontrei essa informacao solta nalgum endereco outro da internet.

A publicacao eh de 1882 e contem 804 paginas de biografias de pernambucanos ilustres. Apenas as biografias de Agostinho e Luiz Barbalho Bezerra, das pessoas dessa assinatura, sao encontradas la. Existem varios Barreto, Andrade e Bezerra que devem ter algum grau de parentesco com as personalidades que estou investigando. Porem seria um trabalho um tanto arduo fazer uma busca completa. Conservei a grafia de epoca que nao eh tao diferente da atual. Pelo menos, os sons sao os mesmos e isso nao dificulta tanto a leitura.

A biografia dedicada a Luiz Barbalho Bezerra eh tambem reveladora quanto `a importancia do personagem para a Historia Brasileira. Revela bons detalhes dos combates que se deram contra os holandeses e que equiparam o exercito brasileiro com conhecimentos taticos que levaram posteriormente `a completa expulsao dos invasores. Conhecendo esses detalhes todos torna-se imcompreensivel o porque de os nomes de tais defensores da patria brasileira terem sido expurgados dos livros oficiais de Historia Brasileira!

Nestas minhas idas e vindas, mergulhos estes nem sempre em total estado de alerta, encontrei a informacao de que Agostinho Barbalho Bezerra havia requerido junto ao Conselho Ultramarinho o cargo de Correio-Mor do Brasil. Porem houve um desencontro de informacoes em que o cargo de correios gerais, exceto das Indias orientais, ja haviam sido concedidos a Luis Gomes da Mata. A maior parte da trama pode ser visualizada no endereco: http://historiapostal.blogspot.com/2008/02/o-ofcio-de-correio-mor-de-mar-e-terra.html.

O texto mostra os passos tomados por Agostinho Barbalho, o tio, para obter varios favores da coroa. Porem, sua peticao para Correio-Mor eh contestada por Luis da Mata. E ele faz uma treplica com mais alegacoes a seu favor, entre elas: “lhe faƧa V. Maj. mercĆŖ do posto de Mestre de Campo da mesma praƧa e do cargo de Administrador das Minas, em que pela experiĆŖncia que dela tem, espera fazer um grande serviƧo a V. Maj”.

E, antes disso, tinha levantado um argumento que muito me havia intrigado. Isso ele disse: “gastando nelas nĆ£o sĆ³ a fazenda, mas atĆ© a mesmo a vida, por cuja causa ficaram seus filhos falta dela e ele Agostinho Barbalho, com o encargo de trĆŖs irmĆ£s e uma mĆ£e que estĆ” obrigado a amparar.” Este foi o argumento mais forte porque ele nao apenas tinha gasto toda sua vida com o servico `a coroa, Portugal e Brasil, tambem tinha empregado o seu proprio meio de vida que era a fazenda.

Mas a informacao que mais me havia chamado a atencao fora a de que estava obrigado a amparar a propria mae e tres irmas. Na primeira vez que li isso nao observei que se tratavam de irmas e enxerguei irmaos. O que obrigatoriamente incluiria pelo menos um homem. O fato eh este, ate agora nao encontrei dados genealogicos de irmas, e muito menos irmaos, que o Agostinho tio pudesse estar obrigado a amparar em 1663. Ou mesmo em 1644, quando do falecimento do pai.

O pai dele, Luiz Barbalho Bezerra, falecera em 1644. Portanto, em 1663, nao poderia ter mais que um filho menor de idade. A esposa dele, d. Maria Furtado de Mendonca, segundo me consta, nasceu por volta de 1595. Em 1644 estaria por volta dos 49 anos de idade. Se se tivesse casado novamente, nao teria filhos.

Por outro lado, eles foram para o Rio de Janeiro em 1643. Os dados genealogicos que tenho sao provenientes da Bahia que nao mencionam em hipotese alguma tais irmas. Elas poderiam ter nascido em Pernambuco, como nasceram os 6 acima citados, mais o Jeronimo e Celia, que nao posso afirmar que fossem filhos de d. Maria Furtado. Mas teriam que ter vivido na Bahia junto com toda a familia, durante o periodo das Invasoes Holandesas. Ai nao creio que todas passariam despercebidas dos geneologistas.

Em razao dessa alegacao de ter mae e tres irmas para amparar, pensei poder tratar-se mais razoavelmente do Agostinho sobrinho. Porem o texto da historia postal nao deixa duvida quanto ao requerente ser o Agostinho tio. E, em sendo irmas, poderia ele, em tese, sim ter tido tres irmas solteironas para amparar. Embora tenhamos que comprovar que elas existiram.

O fato novo para mim foi a alegacao de os “filhos” ficarem na falta da fazenda. Isso implicaria dizer que o Agostinho tio teve pelo menos uma crianca do sexo masculino. Assunto que me era desconhecido ate entao. Todas as referencias anteriores mencionavam filhas. Como isso eh claramente mencionado tanto na biografia do Agostinho acima quanto na de d. Cecilia abaixo citadas.

Embora minha hipotese perca forca, ainda assim ha que considerar-se a possibilidade de que quem tomou as redeas do empreendimento de pesquisar as minas de materiais preciosos no Brasil tenha sido o Agostinho sobrinho. Uma possibilidade do que possa ter acontecido eh a de o tio ter sublocado este encargo ao sobrinho. Naturalmente porque ele pleiteou diversas atividades ao mesmo tempo, sabendo que ele jamais daria conta de administrar tudo sozinho.

E creio na possibilidade de o tio ter falecido por volta de 1665, um pouco antes do alegado falecimento de 1667. Isso porque mesmo tendo sido negada a ele a concessao de Correio-Mor do Brasil, apos recurso de seu competidor, ele nao retrucou neste periodo. Era certo que ele teria que estar contando com outros para ajuda-lo nos encargos de donatario da Ilha de Santa Catarina, mestre de campo no Rio de Janeiro, “cacador das esmeraldas” no Espirito Santo, administrador das minas de Sao Paulo e administracao dos correios, alem da expectativa de se tornar governador do Rio de Janeiro quando Pedro Melo saisse do cargo. No caso dos correios, a prestacao de servico era publica mas executada por iniciativa privada.

No livro: “Pantheon Fluminense: Esbocos Biographicos” de Presalindo de Lery Santos, paginas 235/6, ha uma curta biografia de d. Cecilia Barbalho. Ali se afirmam dois dados que apontam para a confirmacao de minha hipotese. A primeira eh que ela nasceu “na cidade do Rio de Janeiro a 18 de Novembro de 1613”. A segunda eh a de que foi “casada com Agostinho Barbalho Bezerra, filho do mestre de campo Luiz Barbalho Bezerra”. O material eh de 1880 e esta no google livros.

Por fim temos estas palavras no texto, http://pt.wikipedia.org/wiki/Agostinho_Barbalho_Bezerra: “Era casado com Brites de Lemos, que em fins de 1667 em Lisboa vai requerer o pagamento dos soldos que o Governo devia ao marido e as despesas que fizera com a gente que o acompanhara ao mal-aventurado descobrimento da serra das Esmeraldas.” O inicio deste texto nao deixa duvida quanto `a pretendida biografia ser dedicada ao Agostinho tio, “Era pernambucano, filho de Luis Barbalho Bezerra…”

Essa afirmacao acima contrasta totalmente com a biografia de d. Cecilia, escrita no Pantheon Fluminense: “Morrendo Agostinho Barbalho, Cecilia e suas filhas foram-se mantendo honradamente conforme os recursos de que dispunham; sentia nao poder transportar-se para Portugal, onde suas filhas encontrassem casamentos que satisfizessem os sentimentos aristocraticos que a preocupavam,…”

Como contraponto ha tambem essa informacao na internet, no endereco: http://www.arqnet.pt/dicionario/barbalho.html. Ali temos: “Barbalho Bezerra, (Agostinho); Brasileiro corajoso e empreendedor, que viveu no seculo XVII. Natural de S. Paulo, ignora-se a data do nascimento, e fal. em 1667.” Alguns outros autores consideram o falecimento de Agostinho Barbalho Bezerra, filho de Luiz Barbalho Bezerra, ocorrido por entre 1670 e 1671. Certo eh que houve um falecimento em 1667 que parece ser o do sobrinho.

Naturalmente, o “Natural de S. Paulo” trata-se de uma pequena errata. A Capitania era a de Sao Vicente que somente muito depois veio a ser conhecida como Capitania de Sao Paulo. Era dividida em duas partes: uma que ia de Macae-RJ ate Caraguatatuba-SP e outra entre Bertioga-SP e Cananeia-PR. Entre meio as duas partes existia a de Santo Amaro, entre Bertioga a Caraguatatuba. A cidade do Rio de Janeiro foi fundada dentro desta capitania `a revelia do donatario. Somente depois eh que foram definidos os limites entre Rio, Sao Paulo e Minas Gerais. Se formos olhar o atual mapa do Brasil, o Agostinho sobrinho seria fluminense e nao paulista.

Em 1663, seria mais provavel que o Agostinho sobrinho pudesse alegar que tinha mae e irmas para amparar. Tanto d. Antonia quanto d. Cosma, irmas do Agostinho tio, foram bem casadas e permaneceram na Bahia. Nao tenho noticia de outra irma do Agostinho tio alem da Celia Carreiro, que tambem foi casada e, possivelmente, bem casada. Ja o Agostinho sobrinho deveria ter mae viva, d. Izabel Pedroso, e deve ter tido outras irmas alem de d. Michaela que, em 1663, estaria com 9 anos de idade.

Mas a alegacao do sacrificio da fazenda poderia ter partido tanto de um Agostinho quanto do outro. Se ambos tivessem se referindo a seus pais: Luiz Barbalho Bezerra perdeu todas as suas posses na tentativa de expulsao dos holandeses e o Jeronimo deve ter tido os bens confiscados por Salvador Correia de Sa, durante o contra-golpe, no passar da Revolta da Cachaca.

Bom, nao vejo como, de minha parte isolada, dar solucao a todas as questoes ai levantadas. O certo seria fazer o rastreamento dos dados levantados primeiramente pelo professor Demerval Jose Pimenta. Creio que o melhor caminho seria buscar os documentos por ele mencionados em seu livro, a comecar pelo registro de casamento de Manoel Vaz Barbalho e Josepha Pimenta de Souza. O casamento se deu em Milho Verde, em 18.9.1732. Cidade do Serro, MG.

Ele menciona: “Livro 1o. de casamento da Matriz, fls. 78; livro 1o. de Tapanhoacanga, fls. 100; livro de casamento das capelas filiais de fl. 6v”. Acredito que ele estava se referindo ao casamento propriamente dito; ao registro de nascimento de Isidora Maria da Encarnacao (filha do casal) e ao casamento desta. Somente o primeiro nos bastaria. Este documento sera fundamental para tirarmos outra duvida que foi posta em nossa linhagem genealogica do lado Pimenta de Carvalho. Mais abaixo tratarei exclusivamente dela e voltarei ao assunto.

Encontrando tal registro, espero confirmar os nomes dos pais e avos dos nubentes. Assim constatariamos que os pais do noivo foram Maria da Costa Barbalho e Manoel Aguiar (“viuvo de Ana Pereira de Araujo”). E os avos maternos dele seriam: d. Paschoa Barbalho e Pedro da Costa. O casamento destes ultimos teria se dado “no Rio de Janeiro, em 19 de janeiro de 1668”. Mas nao ha a mencao `a Freguesia ou igreja. E eh justamente desse outro registro que dependemos para comprovarmos quem foram os pais dela e se realmente foi neta do Jeronimo Barbalho Bezerra.

Como nao temos os dados genealogicos completos do Jeronimo Barbalho Bezerra, existe a possibilidade de ele ter nascido por volta de 1630 e ser realmente irmao completo do Agostinho Barbalho Bezerra tio, ou seja, filho do Luiz Barbalho Bezerra e Maria Furtado de Mendonca. Neste caso ele ate poderia ter tido o filho Agostinho Barbalho Bezerra sobrinho, que dificilmente teria se casado com d. Brites de Lemos por esta ter idade por volta da idade do pai dele. Mas, neste caso, d. Paschoa Barbalho poderia ter sido irma deste Agostinho e nao filha.

Seria necessario para isso que o professor Demerval tivesse cometido o engano de da-la por neta do Jeronimo e nao filha. Isso reforcaria a ideia de que partiria mesmo do Agostinho sobrinho alguma solicitacao com a alegacao de ter mae viuva (d. Izabel Pedroso, que ficara viuva em 1661 com o enforcamento do Jeronimo) e tres irmas para amparar. Alem de d. Paschoa e d. Michaela, existiria uma terceira irma ainda nao identificada por mim. Mas nesse ponto reconheco que as minhas consideracoes estao um pouco alem dos fatos mais provaveis. Devemos nos ater `as possibilidades mais simples.

Apenas por curiosidade, devo informar que nosso banco de dados em relacao `a familia no Rio de Janeiro esta crescendo. Varias vezes eu havia visto uma observacao na internet a respeito da existencia de um Francisco Barbalho. Mas so me dignei a buscar quando vi os dados nos passados pelo professor Demerval sendo contestados pelo pesquisador Lenio Richa. Nao necessariamente por ele, mas vi os dados na publicacao assinada por ele. Quando falar a respeito do titulo Pimenta de Carvalho voltarei ao assunto.

Porem, depois de procurar o autor para ver a questao na linhagem Pimenta de Carvalho, verifiquei este enunciado no trabalho dele: “3-6. Inacia Rangel, npv. 1652, f. Rio 1737, cpv. 1672, com Francisco Barbalho, npv. 1641 (possivelmente filho ou neto de Luiz Barbalho Bezerra e Maria Furtado de Mendonca), pais de:…” Procurei-o mais uma vez para informa-lo que a possibilidade se ser filho eh praticamente nula e o mais possivel eh que fosse neto.

O enunciado acima esta no endereco: http://www.genealogiabrasileira.com/titulos_perdidos/cantagalo_ptazercout.htm. A pagina trata de complementos ao titulo Azeredo Coutinhos. Assunto tratado pelos famosos genealogistas Pedro Taques e Luiz Gonzaga da Silva Leme. E o extrato acima esta no capitulo 6o., paragrafo 1o. Isso porque a informacao que tinha a respeito do filho do Luiz Barbalho e Maria Furtado eh mais ampla. Encontrei-a na “Revista Trimensal do Instituto Historico e Geographico Brasileiro, Volume 52, Catalogo Genealogico, pagina 312. Ali temos o extrato:

“6. Francisco Monteiro Barbalho Bezerra, que, diz d’elle o liv. 4 a fl. 304, que trata dos servicos das pessoas deste estado, era fidalgo da casa de Sua Majestade, como era o dito seu pai o mestre de campo Luiz Barbalho Bezerra, e natural de Pernambuco, e que este seu filho Francisco Barbalho Bezerra, de idade de 8 annos, assentou praca de soldado na companhia de seu irmao Agostinho Barbalho Bezerra, uma das do mestre de campo D. Felippe de Moura, com seis cruzados por mez, em 20 de Fevereiro de 1642, e servio de soldado em outras companhias ate 17 de Marco de 1667, em que, passando seu irmao Fernao Barbalho para o servico do sr. Infante D. Pedro, como fica dito, entrou o dito Francisco Monteiro Bezerra, ou Barbalho Bezerra, por capitao do forte novo de N. Sra. do Populo do mar, de que era o dito seu irmao Fernao Barbalho, servio n’este ate 1704, que n’este anno, que requeria os seus servicos, faziam 24 annos, 4 mezes e 17 dias, que servia; e e o que d’elle achamos.”

O Forte de Nossa Senhora do Populo, ou Forte de Sao Marcelo, fica dentro da Baia de Todos os Santos, de frente para a centro historico de Salvador. Tem a caracteristica de ser redondo, unico nas Americas. Eh um ponto alto do turismo baiano. Por esse pequeno relatorio pode-se deduzir que este Francisco deve ter se mantido na Bahia, nao indo com os pais para o Rio de Janeiro. E o irmao, que era mais velho que ele, deve ter ficado por tutor. Pode-se ver que o Francisco nasceu em 1634 e, pelas anotacoes baianas, foi o derradeiro de d. Maria Furtado. Tambem que a aposentadoria compulsoria dele se deu aos 70 anos de idade. Infelizmente nao se informa geracao alguma que acaso ele tenha tido. Eh dito apenas que o Fernao nao teve.

O Francisco suspeito de ser filho ou neto do Luiz Barbalho pode ser filho do Jeronimo Barbalho Bezerra. Embora, agora tenhamos que levar em conta a possibilidade de ele ser filho do Agostinho tio. Penso que esta seja uma possibilidade de menor credito porque, exceto por aquela mencao de “filhos” no “historiapostal”, sempre encontrei a expressao filhas, tanto para Agostinho tio quanto para d. Cecilia, esposa dele. E isso reforca a ideia de que o Agostinho sobrinho estivesse envolvido nas pesquisas minerais porque, neste caso, os filhos poderiam ser dele.

Terei que entrar em contato novamente com o pesquisador Lenio Richa, para alerta-lo em relacao `aquela possibilidade nova, para mim.

Nao tenho a intencao de detalhar muito mais essa nossa linhagem Barbalho. Creio que ela tem sido fartamente estudada, pelo menos em direcao `as suas raizes a partir de Luiz Barbalho Bezerra e d. Maria Furtado de Mendonca. Outras linhagens a partir deles tambem devem ter sido bem estudadas por causa de serem ascendentes de grandes nomes da Historia do Brasil, embora, nao ha tanto alarde a esse respeito. A minha preocupacao maior tem que ser a de comprovar primeiro que descendemos deles, o restante sera lucro.

Como ja passei em escrito anterior, atraves do ancestral Antonio Bezerra Felpa de Barbuda nao devera ser dificil comprovar parentesco com o Domingos Bezerra Felpa de Barbuda, que acredito ser irmaos. Pode-se comprovar a linhagem deste segundo que o liga `a familia real portuguesa no endereco: http://familybezerrainternational.blogspot.com/2009/12/fontes-sobre-as-origens-da-familia.html. Basta-nos, entao, confirmar que tiveram ancestral comum na linhagem Bezerra. E dai para tras ja estara tudo mastigado. A linhagem inclusive pode ser acompanhada no site do GeneAll.net Portugal.

A “Revista Trimensal do Instituto Historico e Geographico Brasileiro, Volume 52, Catalogo Genealogico”, mostra nao apenas os filhos do mestre de campo Luiz Barbalho Bezerra e d. Maria Furtado de Mendonca, a partir da pagina 308. Mostra tambem o envolvimento deles com os Ferreiras de Souzas, pagina 313 e os Negreiros de Sergipe do Conde, pagina 308.

Alem disso temos varias outras insercoes, que nao verifiquei a fundo o suficiente para dizer que encontrei todas, como: “N-5. O doutor Joao de Aguiar Villas-Boas, filho de Joao de Aguiar Villas-Boas, n.1, cazou com D. Joana de Souza Barreto, filha do Capitao Jeronimo Moniz Barreto e de sua mulher D. Thereza de Souza, filha de Antonio Ferreira de Souza e de sua mulher D. Antonia Bezerra Barbalho, a fl…, n.5 e seg.” D. Antonia Barbalho era filha do mestre de campo Luiz Barbalho e d. Maria Furtado de Mendonca. Aquilo esta na pagina 359.

Em Monizes do Socorro e Fiuzas, na pagina 373, encontramos: “N-2. Jeronimo Moniz Barreto, filho de Francisco Moniz de Menezes, acima, e de sua mulher D. Maria Lobo de Mendonca, cazou com Thereza de Souza (1), filha de Antonio Ferreira de Souza e de sua mulher D. Antonia Bezerra…”

Nos Maciel e Sa, na pagina 386, esta: “Diego de Sa Soutomaior cazou com D. Francisca Barbalho, filha de Antonio Ferreira de Souza… na capela do Bom Jezus do Socorro em 1o. de Dez. de 1668.”

Mais `a frente, pagina 391, tem-se: “D. Roza Maria de Sa casou com Egas Moniz Barreto, filho de Egas Moniz Barreto e D. Ignez Thereza Barbalho Bezerra…” D. Ignez era filha de Antonio Ferreira e d. Antonia Barbalho Bezerra.

E na pagina 247 encontramos esta informacao: “N-2. Rafael Soares de Franca, filho de Joao Alvares Soares e de sua mulher D. Catharina de Souza, filha de Antonio Pereira de Souza, cavalleiro de habito de Santiago, e de sua mulher D. Antonia Bezerra, filha do mestre de campo Luiz Barbalho Bezerra; foi homem rico e senhor de engenho no rio de Parana-mirim; teve filhos:”

Outro extrato importante eh este: “N-6. Francisco de Negreiros Sueiro, filho de Domingos de Negreiros, n.2, e de sua mulher Maria Pereira, foi cazado com D. Cosma Barbalho, filha do mestre de campo Luiz Barbalho e de sua mulher D. Maria Furtado de Mendonca, a fl…, e teve filhos:”

Para complicar, ou melhor, explicar a minha confianca em que os dados genealogicos pregressos ja estejam fartamente estudados, basta coletar alguns dados encontrados no GeneAll.net Portugal. Para quem nao eh cliente plus do site nao podera visualizar que d. Antonia Barbalho Bezerra eh filha do mestre de campo Luiz Barbalho Bezerra e d. Maria Furtado de Mendonca mas, como sabemos, podemos ver que a filha dela, D. Ignez Thereza Barbalho Bezerra casou-se com o nobre Egas Moniz Barreto e deles descendem:

1. Jose Joaquim Moniz Barreto de Aragao, 1o. barao de Itapororoca; 2. Maria Amalia Ferrao Moniz Barreto Aragao, que se casou com Frutuoso Vicente Viana, 2o. barao de Rio das Contas; 3. Emilia Augusta Ferrao Moniz Aragao, que se casou com Joaquim Inacio de Aragao Bulcao, 1o. barao de Matuim; 4. Salvador Moniz Barreto de Aragao e Menezes, 1o. Barao de Paraguassu; 5. Francisco Moniz Barreto de Aragao, 2o. barao de Paraguassu; 6. Pedro Moniz Barreto de Aragao, 1o. barao de Rio das Contas; 7. Francisca de Assis Viana Moniz Bandeira, 1a. baronesa de Alenquer e Antonio Araujo de Aragao Bulcao, 3o. barao de Sao Francisco casou-se com duas filhas do 2o. barao de Rio das Contas, sendo elas: Maria Clara e Maria Jose Moniz Viana.

As constatacoes acima foram feitas em uma rapida inspecao. Nao procurei descobrir mais detalhes da genealogia que, mais certamente, levar-me-iam `as muitas autoridades atuais espalhadas pelo Brasil afora. Uma boa referencia de onde devemos encontrar bons dados a respeito da linhagem acima citada sera a obra do genealogista: Antonio de Araujo de Aragao Bulcao Sobrinho (1898 – 1965). Um resumo da biografia dele encontra-se na pagina: http://www.cbg.org.br/patronos_27.html. Ela nos informa que ele escreveu: “Os Tres Baroes de Rio das Contas”, de 1944. E, entre outras, estudou as familias: Soeiro, Villas-Boas, Bandeira, Fiuza, Bulcao e Sa Menezes. Certamente sao as mesmas que se envolveram com a descendencia Barbalho.

Tambem, sera bem provavel que existam os registros de fidalguia de varios membros da familia. Os fidalgos pediam cartas de fidalguia e armas para comprovar seus privilegios junto `as autoridades administrativas do reino. E para a sua expedicao era feito um levantamento genealogico que penso, era registrado nos livros de fidalguia na corte portuguesa e, posteriormente, na brasileira. E foram fidalgos os ancestrais de Luiz Barbalho Bezerra: Francisco Carvalho de Andrade, Pantaleao Monteiro, Antonio Bezerra Felpa de Barbuda, Braz Barbalho Feio e outros.

O proprio Luiz Barbalho Bezerra foi fidalgo da mais alta estirpe brasileira. E os filhos Agostinho, Guilherme, Fernao e, penso, tambem o Jeronimo conquistaram o direito de fidalguia por causa do envolvimento nas guerras contra os holandeses. Ja o Francisco Monteiro, que foi capitao do Forte de Nossa Senhora do Populo, pode ter conquistado o direito de fidalguia apos os combates contra os holandeses, ou pela influencia paterna.

Voltando `a questao da solucao do problema de provarmos que descendemos do padre Policarpo Jose Barbalho e de sua esposa Isidora Francisca de Magalhaes, lembrei-me que existem outros documentos que podem ate “quebrar mais de um galho” em nossas pesquisas. Um deles seria o registro de casamento do Marcal de Magalhaes Barbalho e (H)Ercila Coelho de Andrade. Marcal de M. Barbalho foi um dos filhos do casal Francisco Marcal e Eugenia Maria da Cruz (Coelho). Eles sao a razao de as assinaturas Barbalho e Coelho estarem tao intimamente ligadas. E sao avos maternos do bispo D. Manoel Nunes Coelho tambem.

O registro de casamento deles podera revelar os nomes dos avos paternos do Marcal que, espero, foram Policarpo e Isidora. Marcal e Ercila casaram-se a 05.07.1879, provavelmente, em Guanhaes. Esta data eh um pouco capiciosa para determinarmos com exatidao onde o registro podera se encontrar. A Vila de Sao Miguel de Guanhaes adquiriu o direito de emancipacao em 1875, porem, a instalacao da nova vila so se deu em 9 de setembro de 1879. Marcal de Magalhaes Barbalho foi um dos vereadores eleitos, representando a Paroquia de N. Sra. do Patrocinio de Guanhaes (atual Virginopolis). Antes destas datas, Guanhaes pertencia ao Serro. Portanto, o registro podera encontrar-se em uma ou outra cidades.

A vantagem eh que este documento poderia expor tambem os avos paternos da Eugenia. Neste caso comprovariamos que serao Jose Coelho da Rocha (ou Magalhaes) e Luiza Maria do Espirito Santo e nao Joao e Luiza de Magalhaes como advogam o site sfreinobreza e a Revista Latina de Genealogia.

Nao menos importante, este documento revelaria tambem os avos da “Dindinha Ercila”, como continua a ser tratada por netos, bisnetos e diversas outras geracoes. Segundo nos consta foi filha de Joaquim Coelho de Andrade e Joaquina Umbelina da Fonseca. Nao temos dados anteriores a eles mas a descendencia loira e de olhos verdes seria uma das garantias de que tivessem forte ascendencia goda europeia. E outro indicativo disso foi a tradicao mantida pela descendencia de que “Dindinha Ercila” dizia que era prima do Carlos Drummond de Andrade. A tradicao nao menciona o grau. Ela faleceu em 1937 e nao falava isso por vaidade.

Caso este registro mencionar os nomes dos avos paternos dela, poderemos comparar com a lista de tios-avos ou bisavos do poeta. O mais provavel eh que uma das tias tenha se casado com alguem que assinasse Coelho e, por esta razao, ela ter assinado Coelho de Andrade que herdou do pai. Segundo nossas anotacoes, os pais dela deveriam ter nascido em Itabira e ela propria ja deve ter sido registrada em Guanhaes.

Massageia o nosso ego saber que podemos ter parentesco com um grande poeta como foi o Carlos Drummond de Andrade. Porem, conhecendo o pouco que conheco de genetica, penso ser mais importante para a nossa saude saber que ele e, provavelmente, nos descendemos dos indios brasileiros. Isso nos garante um pouco mais de variabilidade genetica que nao teriamos se fossemos descendentes apenas de europeus puros. Massageia o ego sim, mas consola mais saber que a nossa genetica nao eh tao igual `a de frangos de granja.

Outro registro de casamento que poderia solucionar a questao das paternidades de Francisco Marcal e Eugenia Coelho seria o de Ambrosina de Magalhaes Barbalho e Miguel Nunes Coelho. Eles foram os pais do bispo D. Manoel Nunes Coelho. Casaram-se em Virginopolis, porem, eh possivel que o registro tenha se dado nos livros de Guanhaes. Devem ter casado tambem em 1879, ou em 1880.

O mesmo se daria com o registro de casamento de mais uma filha de Francisco Marcal e Eugenia Maria. Trata-se de Candida de Magalhaes Barbalho, mais conhecida pelo apelido de Sa Candinha, com Joao Batista Magalhaes, mais conhecido como tio Joaozinho. Este casamento se deu em 30.06.1883, tambem em Virginopolis. Mas o registro pode tambem estar em Guanhaes. Pelo lado de Sa Candinha devera revelar que seus avos paternos serao Policarpo e Isidora e, pelo materno, Jose e Luiza Maria.

Ja pelo lado do tio Joaozinho ha que se torcer que o escrivao tenha ignorado o que se tinha por costume e escrito a verdade. Isso porque ele era bisneto do padre Policarpo e Isidora, porem, atraves do filho Jose de Magalhaes Barbalho. Deste nao temos ainda o registro. O Jose foi pai de Anna, que ficou na memoria da descendencia como Sinh’Anna de Magalhaes. A Sinh’Anna engravidou de alguem em Itabira e foi enviada para Guanhaes, para que os tios dela, padre Emigdio e Francisco Marcal, tomassem conta.

Antes mesmo de ela dar `a luz, parece que os tios acertaram o casamento dela com um certo Domingos. Quando tio Joaozinho nasceu foi criado como se fosse filho dessa pessoa. Inclusive era chamado de Joao do Domingos, que acabou sendo abreviado para Joao Domingos, embora nunca tenha assinado o Domingos como nome. O normal acontecer em casos como estes seria os escrivaes deixarem em branco o espaco para os pais biologicos. E isso ocultava parte da historia genetica das pessoas. Portanto, se o escrivao no caso quebrou a regra, devemos entao ficar sabendo quem foi o pai do tio Joaozinho e, talvez, o nome da avo materna. Sabemos que a mae da Sinh’Anna tinha origem africana porque ela foi mulata, mas nao lhe temos sequer o primeiro nome.

Outra explicacao que ocorreu-me para o fato de o nome Isidora ter sido trocado por Genoveva como mae do Francisco Marcal na Revista Latina de Genealogia e no sfreinobreza eh a de que a Isidora Francisca de Magalhaes pudesse ser conhecida como Isidora ou Francisca da Genoveva. Isso porque a mae dela chamava-se Genoveva Nunes Filgueiras, ou Ferreira. Como a tendencia popular eh de simplificar os nomes, pode ser que as pessoas que a conheceram acabaram optando por chama-la de Vita, como diminutivo de Genoveva, ao inves de Dorinha ou Chiquinha.

Com isso, seus netos e bisnetos lembrar-se-iam mais de ouvirem ter falado de Vita, principalmente porque haviam algumas descendentes que receberam o nome Vita como homenagem a ela. Quando tentaram lembrar-se do nome a partir do apelido acabaram celebrando o Genoveva e nao Isidora Francisca. E a unica solucao para o problema agora sera encontrarmos documentos mais antigos que tenham as anotacoes corretas. De preferencia, os do tempo em que ela ainda estava viva.

O SOBRENOME PIMENTA DE CARVALHO

Comecarei a partir daquei copiando parte da pagina 253 do livro do professor Demerval Jose Pimenta. Paricularmente a parte que ele deu nome de “Ascendentes de Josefa Pimenta”. Vamos la entao:

“I – Capitao MANOEL PIMENTA DE CARVALHO, nascido em Vila Vicosa, Alentejo em Portugal, por volta de 1610 e falecido no Rio (Candelaria 2o., 25v), a 3-5-1676; foi casado nos anos de 1640, com MARIA DE ANDRADE, nascida por volta de 1622, filha de BELCHIOR DE ANDRADE e de MARIA CARDOSO. Deste casal nasceram varios filhos, entre os quais:

II – BELCHIOR PIMENTA DE CARVALHO, casado no Rio (Campo Grande, 3o., 60v) em 6-7-1693, na Capela de Sao Joao do Tarairaponga, com FRANCISCA DE ALMEIDA, nascida no Rio (Iraja 6o., 37), batizada em 2-5-1677, sendo filha de AMARO DE AGUIAR e de FRANCISCA DE ALMEIDA.

Pais de:

III – BELCHIOR PIMENTA DE CARVALHO, nascido no Rio (Iraja 6o.v), batizado a 10-4-1691, casado em primeiras nupcias no Rio (Guaratiba 3o. 4v) a 25-10-1616, na Capela de Nossa Senhora da Conceicao, com URSULA TELES DE MENEZES, nascida no Rio e ali falecida a 23-10-1727. Deste primeiro matrimonio, nasceram dois filhos: JOAO PIMENTA DE MENEZES e MATIAS PIMENTA TELES. Em segunda nupcias, casou-se com MARIA COUTINHO DE MOURA, com a qual teve varios filhos. Alem desses filhos, BELCHIOR PIMENTA DE CARVALHO, era pai de uma filha, nascida no Rio por volta de 1716 e criada desde crianca, em sua propria residencia. Esta sua filha chamava-se:

IV – JOSEFA PIMENTA DE SOUZA, nascida no Rio, nos anos de 1716, criada e educada na residencia de seu pai, tendo sido batizada na Freguesia de Nossa Senhora do Mosteiro, do Rio de Janeiro; casou-se aos 18-9-1732, na Capela de Nossa Senhora dos Prazeres de Milho Verde, em Minas Gerais, com MANOEL VAZ BARBALHO (Livro 1o. de casamento da Matriz, fls. 78; livro 1o. de Tapanhoacanga, fls 100; livro de casamento das capelas filiais de fl. 6v) conforme consta do arquivo do Alferes LUIZ ANTONIO PINTO.”

O que levantou a duvida quanto a esta linhagem genealogica descoberta pelo professor Pimenta em estar correta foi um pequeno trecho que extrai do pagina: http://www.genealogiabrasileira.com/titulos_perdidos/cantagalo_ptmoreiras.htm. A pagina pertence ao site do genealogista Lenio L. Richa e o que chamou-me a atencao esta no Capitulo 4o., paragrafo 3o.:

“5-2 Maria Coutinho de Moura, b. Jacarepagua, Rio, 1705, c. 1738, com Belchior Pimenta de Carvalho (viuvo de Ursula Teles de Menezes), n. Iraja, f. de Joao Pimenta de Carvalho e Maria Machado, com pelo menos (CR, 2, 134 e 341).”

Foi esse trechinho que fez-me contatar aquele genealogista para alertar a respeito do fato de que havia o conflito de informacoes com o livro “A Mata do Pecanha”. Nao conseguimos ainda sanar a duvida. Os dados que ele tinha procediam do trabalho do genealogista Carlos Rheingantz (abreviado por CR, nas anotacoes dele).

O CR foi quem fez um grande trabalho de coleta genealogica no Rio de Janeiro e ate parece que foi o mesmo quem criou um arquivo de fichario com anotacoes dos documentos por ele pesquisados e que eh referencia para muitos pesquisadores. O fichario eh propriedade do Colegio Brasileiro de Genealogia, CBG, situado no Rio de Janeiro. E o proprio professor Demerval mencionou esse fichario em suas pesquisas.

O Lenio L. Richa e eu concordamos com a possibilidade de o CR ter-se enganado quanto a fazer a troca de casais (Belchior Pimenta de Carvalho e Francisca de Almeida pelo Joao Pimenta de Carvalho e Maria Machado), porem, ha que se lembrar que genealogia eh um trabalho melindroso e a possibilidade de engano eh igual para ambas as partes. Sera preciso manter a mente aberta para aceitar-se qualquer que for o resultado correto.

E, pelo que vemos, as consultas do professor Pimenta foram feitas nao diretamente nos livros de registros paroquiais e sim nos arquivos do alferes Luiz Antonio Pinto. Segundo um comentario, se nao me engano do proprio professor Pimenta, este arquivo andou perdido e talvez nao se encontre completo. Contudo, seja la o que restou dele, encontra-se no Arquivo Publico Mineiro – APM -, em Belo Horizonte. Assim, ha a opcao de pesquisar-se nas duas fontes: paroquiais no Serro e Arquivos no APM.

O Arquivo do alferes Luiz Antonio Pinto eh vasto e ele deve ter sido o primeiro genealogista a coletar dados e organizar genealogias da populacao do Centro-Nordeste de Minas Gerais. Ele nasceu em 1841 e foi jornalista no Serro na maior parte de sua vida. Tinha o bom costume de armar arvores genealogicas dos conhecidos e registrou diversas familias da regiao. Faleceu no ano de 1924 deixando uma vasta obra nessa area.

Entre as familias pesquisadas encontram-se: Pereira, Melo, Rodrigues, Araujo, Silva, Pinheiro, Carvalho, Miranda, Gomes, Africa, Brant, Leal, Vargas, Chagas, Borges, Pinto, Coelho, Dumont, Andrade, Oliveira, Sanches etc. Praticamente todas sao do nosso direto interesse por estarem interligadas com a descendencia de nossos ancestrais, senao nos troncos no passado com certeza nos ramos do presente.

Mesmo antes de ter conhecimento desse desacordo, vez por outra eu encontrava a mencao ao nome de algumas pessoas dessa linhagem e ja estava ajuntando alguns dados, no intuito de completa-la porque tinha a impressao de que estava proximo a encontrar algum fio perdido da meada que nos levasse a outras ligacoes com as familias reais da Peninsula Iberica. Ja havia encontrado outras versoes do trecho que copiarei abaixo. Resolvi posta-lo por considera-lo o mais completo.

Isto encontra-se na “Revista do Instituto Historico e Geografico Brasileiro – Volume 34 – Parte Segunda, pagina 165 – Capitulo V e ultimo. Trata-se do Titulo Rendons, retirado da obra “Nobiliarquia Paulistana Historica e Genealogica” de Pedro Taques de Almeida Pais Leme, que eh o genealogista referencia dos tempos coloniais. Ele nasceu em 1714 e faleceu em 1777, portanto, bem proximo do tempo que os mais antigos que temos noticia dessa linhagem, em documentos brasileiros, viveram. Segue entao:

“1 – 5. D. Anna de Alarcao e Luna, nasceu em S. Paulo e de um mesmo parto com seu irmao D. Jose Rendon, supra. Na companhia de seu pai D. Joao Matheus Rendon pelos annos de 1655, se recolheu ao Rio de Janeiro. Este fidalgo viuvou pelos annos de 1646 em S. Paulo, onde segunda vez casou com D. Catharina Goes de Siqueira, como adiante mostramos, e com ella se passou para a capitania do Rio de Janeiro, onde ja era morador desde 1651 seu irmao D. Jose Rendon de Quebedo, do n. 3o. adiante, como alli tratamos. No Rio de Janeiro casou D. Anna de Alarcao e Luna com Ignacio de Andrade Souto Maior (*D’aqui por diante vai esta descendencia copiada de um titulo de Rendons feita pelo Illmo. Sr. Joao Siqueira Ramos em 1746, que me foi confiado depois de sua morte) senhor da casa de Jerecino com sete engenhos, capitao e muitas vezes vereador da mesma cidade, filho de Ignacio de Andrada Machado, natural da Ilha Terceira, d’onde passou ao Rio de Janeiro, o qual era legitimo descendente das familias dos seus apellidos, de cuja origem se trata em titulo de Machados, das ilhas, e de sua mulher Helena de Souto-Maior, chamada a viuva de Pedra, sua parenta e filha de Belchior da Ponte Maciel, da familia dos Pontes Cardoso, da mesma ilha, como se ve em titulo de Pontes:

teve:

paragrafo 1o. Jose de Andrada Souto-Maior
paragrafo 2o. D. Helena de Andrada Souto-Maior

2 – 1. Jose de Andrada Souto-Maior, nasceu no Rio de Janeiro, onde vive neste anno de 1746 senhor da casa de Jerecino, que fora de seus pais. Casou com sua prima D. Anna de Araujo e Andrada, filha de Francisco de Araujo de Andrada e de sua mulher D. Maria de Souro, filha de Joao de Souro, e neta pela parte paterna de Belchior de Andrada e Araujo, natural da Villa de Arcos e capitao no Rio de Janeiro, e de sua mulher Maria Cardoso de Souto-Maior, irma inteira de Helena de Souto-Maior, de quem fallamos acima, cap. 5o.”.

Neste caso, Francisco de Araujo de Andrada foi irmao de Maria de Andrade(a), que foi a esposa de Manoel Pimenta de Carvalho, natural de Villa Vicosa do Alentejo. No paragrafo 2o. temos que D. Helena de Andrada Souto-Maior casou-se com Clemente Pereira de Azeredo Coutinho. A familia Azeredo Coutinho foi uma das mais importantes do Rio de Janeiro dos tempos coloniais e, certamente, tem descendentes em todo o Brasil atualmente.

Existem algumas informacoes importantes para nossa genealogia caso o pesquisador Carlos Rheingantz ter cometido engano e o alferes Luiz Antonio Pinto, copiado pelo professor Demerval, estiver correto. A primeira, ja ha muito que encontrei, eh que Belchior de Andrade, citado no “A Mata do Pecanha” chama-se realmente: Belchior de Andrada e Araujo e procedia da Villa de Arcos “de Valdevez”. Isso ja esta destacado em meu texto: https://val51mabar.wordpress.com/2011/02/24/historico-do-povoamento-mineiro-genealogia-coelho-cidade-por-cidade/, capitulo 70, Arcos de Valdevez.

E agora tambem sabemos que o nome completo da nossa possivel ancestral seria Maria Cardoso de Souto-Maior, irma de “Helena de Souto-Maior, chamada a viuva de Pedra”, e filhas de Belchior da Ponte Maciel, procedente da Ilha Terceira, que faz parte do Arquipelago dos Acores.

Por infelicidade, nao encontrei o tal “titulo Pontes” inteiramente publicado na internet. Porem, pelo que parece, do pouco que pude ver, esse capitulo foi parcialmente perdido ou o autor cometeu algum engano. Parece que diferentemente das outras familias estudadas por Pedro Taques, a familia comeca a partir de ancestrais ja presentes no Brasil e nao traz seus ancestrais dos reinos de Portugal ou Espanha.

A melhor noticia, porem, surgiu do Ancestry.com e do GeneAll.net Portugal. Atraves do primeiro informei-me que Belchior da Ponte Maciel foi casado com Ignez Fernandes e que era descendente de D. Joao Peres de Vasconcelos, o Tenreiro. Se alguem puxar pela memoria de meus escritos anteriores lembrar-se-a que este foi o marido de D. Maria Soares Coelho, filha do D. Soeiro Viegas Coelho, o primeiro a adotar e a repassar essa alcunha aos descendentes e que era bisneto do Egas Moniz, o Aio.

Com estes dado em maos, dei uma rapida olhada no GeneAll.net Portugal e para minha surpresa, ja que nao tinha corrido a ele desde quando soube o nome do pai de Maria Cardoso Souto-Maior, la estava ele e as bolinhas que indicam descender da familia real portuguesa. A quintavo (pentavo) de Belchior da Ponte Maciel, na linhagem Cardoso, foi Maria Nunes de Faria, cuja ascendencia leva ao rei D. Dinis de Portugal e a todas as familias reais europeias e alem. [Ja corrigi abaixo este dado, porque foi descendente de Afonso Dinis, meio-irmao do rei, e filhos do D. Afonso III, outro dos reis de Portugal].

Ou seja, caso comprovada a linhagem genealogica proposta pelo alfere Luiz Antonio Pinto e secundada pelo professor Demerval, ja teremos mais este vinculo com os mesmos ancestrais que ate agora venho encontrando em outras linhagens. Estes resultados, segundo o que venho ha muito propondo, nao sao meras coincidencias. Sao apenas respostas `as probabilidades matematicas de sermos inumeras vezes saidos do mesmo grupo de ancestrais. Quanto mais antigas forem as linhagens, multiplicadas serao as probabilidades de reencontrarmos ancestrais comuns em todas as linhagens.

Bom, alertado por aquela discrepancia expressa nos trabalhos do professor Demerval e do pesquisador Rheingantz, andei procurando pelo nome Joao Pimenta de Carvalho. Como capitulo `aparte, encontrei um Joao Pimenta de Carvalho na Historia Brasileira, completamente distinto da descendencia do Manoel Pimenta de Carvalho, oriundo de Villa Vicosa do Alentejo.

Este Joao Pimenta de Carvalho aparece, entre outros, no endereco: http://www.valedoparaiba.com/cidadesdaregiao_novo/?pagina=cidade&cid=30&menu=111. Trata-se de um site dedicado a Paraty – RJ. Uma rapida biografia dele nos informa que foi o primeiro morador deste local. Foi locotenente da condessa de Vimieiro, d. Mariana de Sousa Guerra, neta de Martim Afonso de Sousa. Tambem foi capitao-mor da Capitania de Sao Vicente.

Este Joao Pimenta de Carvalho faleceu por volta de 1660, bem antes do nosso ancestral Belchior Pimenta de Carvalho, o novo, ter nascido. Foi casado com Maria de Lara que descendia dos Oliveira Gagos de Santos. Nao encontrei na descendencia deste outro Joao Pimenta de Carvalho quem pudesse ocupar o cargo de pai de Belchior. Porem nao posso garantir que nao houvesse nenhum. Ha que se buscar mais porque em Pedro Taques e Silva Leme temos apenas a mencao de que foi casado com Maria Lara, (da nobilissima familia dos Lara, cap. 1o. paragrafo 3o. (3-4) doTitulo Laras, naquelas genealogias), sem a descricao de descendencia.

Porem, o passo mais correto nao eh buscar no sentido dos troncos para a descendencia. Melhor mesmo eh buscar o registro de casamento de Manoel Vaz Barbalho e Josepha Pimenta de Souza para verificar se ha mencao aos nomes dos avos paternos dela. Se houver, teremos a resposta.

Fica aqui tambem o registro do engano do professor Demerval Jose Pimenta que chegou a pensar que a familia Pimenta de Carvalho da qual descendemos tenha sido a unica na epoca colonial no Rio de Janeiro. Temos ai um tronco mais antigo a partir do capitao-mor Joao Pimenta de Carvalho e outro, do capitao Manoel Pimenta de Carvalho, procedente de Villa Vicosa do Alentejo.

Continuando minhas pesquisas encontrei outro Joao Pimenta de Carvalho de interesse. Na pagina 424 encontra-se este enunciado, no endereco na net : http://www.arvore.net.br/Paulistana/ACastanhos.htm:

“6-1 Manoel Pimenta de Sampaio, nobre cidadao do Rio de Janeiro em 1671, sendo entao capitao de ordenanca de Jacarepagua, casado com Anna Joaquina de Menezes, fa. de Francisco Moniz de Albuquerque e de Maria Pimenta de Menezes, n. p. de Pedro Moniz Tello (este irmao de Manoel Pimenta Tello, que foi mestre de campo dos auxiliares no Rio de Janeiro) e de Ignez de Andrade, naturais do Rio de Janeiro, bisn. de Egas Moniz Tello, cavaleiro fidalgo, natural da ilha da Madeira, e de Maria Pimenta de Carvalho (irma direita do revdmo doutor Joao Pimenta de Carvalho, que foi deao da se do Rio de Janeiro); tern. de Manoel Pimenta de Carvalho, natural de Vila Vicosa do Alem Tejo, e de Maria de Andrade, natural do Rio de Janeiro, esta fa. de Belchior de Andrade de Araujo, natural de vila dos Arcos de Valdevez.”

Como sempre, os nossos familiares sao os ultimos. Parece que os membros de nossos troncos familiares no Rio de Janeiro foram considerados de menor importancia pelos genealogistas do passado. Nossos antepassados para eles nao foram “gente boa” o suficiente para constituirem um titulo de genealogia completo, porem, foram bons o suficiente para receberem mencoes honrosas como ancestrais de membros das familias troncos. Nao interessa as razoes que tenham tido os autores, o importante eh que podemos aproveitar as pedrinhas rejeitadas por eles para usa-las como pedras angulares na construcao de nossa Arvore Genealogica.

Neste trecho encontramos dois provaveis irmaos do primeiro Belchior Pimenta de Carvalho encontrado no livro do professor Demerval. D. Maria Pimenta de Carvalho e seu irmao direito, Revmo. Dr. Joao Pimenta de Carvalho, que foi deao da Se do Rio de Janeiro. O Aurelio nos define a palavra deao como: “1. Ecles. Dignitario eclesiastico que preside ao cabido; decano. 2. Decano. 3. Ecles. Coordenador de um grupo de parocos.” E define decano como: “1. O mais antigo ou mais velho dos membros de uma classe, instituicao ou corporacao; deao.”

Entendo, pois, que este Joao Pimenta de Carvalho devia ser o clerigo mais antigo e que possuia uma certa ascendencia sobre seus confrades. Apesar dessa informacao aparentemente elimina-lo como ancestral de alguem por causa do celibato instituido pela Igreja Catolica e rigorosamente fiscalizado naquela epoca da Inquisicao, ha que se manter a mente ligeiramente aberta para uma possibilidade. A de que ele tenha se relacionado com Maria Machado, antes ou mesmo depois de ordenado. Quanto a isso, naquele tempo essas coisas aconteciam e eram melhor toleradas, em nome da Santa Madre Igreja. Exigia-se apenas a discricao no tratamento do assunto entre os paroquianos.

Para acobertar o deslise do irmao, o Belchior Pimenta de Carvalho, o velho, poderia ter adotado como seu proprio filho aquele que seria nosso ancestral. Se algo assim aconteceu, nao alteraria muito a nossa genealogia em termos paternos. Alteraria o lado materno onde teriamos que trocar nossa linhagem Almeida, de d. Francisca de Almeida, para a Machado, de d. Maria Machado. Isso na verdade, possivel, nao muda muito a genetica. Eh provavel que os Almeida e os Machado tivessem muitos ancestrais comuns em Portugal. E isso se tornaria como montar um quebra-cabecas que possui todas as pecas com formatos iguais. Uma peca em ordem trocada mudaria a figura, porem, nao mudaria o formato do conjunto do quadro.

Contudo, mesmo que todas estas minhas conjecturas possam ser entendidas como boas, somente se tornarao grandes hipoteses a partir do momento em que forem comprovadas. Se encontrarmos documentos comprovando a linhagem descrita pelo professor Demerval, algum interessado depois podera buscar o que levou o pesquisador Carlos Rheingantz ao engano, e vice-versa.

As duas versoes cairam como um encruzilhada em nossa genealogia. Nao creio que mudara muita coisa em relacao ao nosso conteudo genealogico tambem porque, embora a encruzilhada nos ofereca dois caminhos diferentes, ambos levarao ao mesmo fim. Supondo que o Joao Pimenta de Carvalho, com Maria Machado, que teria sido pai do Belchior Pimenta de Carvalho, o moco, fosse descendente do capitao-mor Joao Pimenta de Carvalho e nao do Manoel Pimenta de Carvalho, procedente de Vila Vicosa, talvez tenhamos ai somente um pouco mais de trabalho para recompor a nossa Arvore Genealogica, mas o resultado continuara sendo que seremos descendentes das mesmas familias nobres europeias. Senao atraves do proprio capitao-mor, sera atraves de sua esposa que era oriunda dos Oliveira Gago paulistas.

Nos estudos que tenho feito ate agora ja encontrei outros Pimenta de Carvalho no Rio de Janeiro, inclua-se ai (tanto) Joao (quanto Maria), mas nenhum com idade apropriada para encaixar-se em nosso quebra-cabecas. Creio que sejam nossos familiares mas nao tive dados suficientes para comprovar isso. Continuo acreditanto que nao podemos dispensar uma boa lida na obra: “Primeiras Familias do Rio de Janeiro (Seculos XVI e XVII ….) do Carlos Rheingantz.

Nao muito tempo atras, recebi a divulgacao, via CBG, da publicacao de um livro com a genealogia do Bananal. Nome dado a uma das partes das capitanias que deram origem a Rio, Minas e Sao Paulo. Talvez neste tambem encontremos melhores informacoes. Sobretudo a respeito da genealogia do capitao-mor Joao Pimenta de Carvalho.

Caso nao aconteca outra alternativa senao a de sermos mesmo descendentes do Manoel Pimenta de Carvalho e Maria de Andrade, apos comprovada nossa ascendencia em Manoel Vaz Barbalho e Josepha Pimenta de Souza, poderemos buscar o documento “De Genere Et Moribus” do Revmo. Dr. Joao Pimenta de Carvalho. Se o encontrarmos eh provavel que tenhamos um passaporte para encontrarmo-nos com varias raizes da familia.

Ele nasceu na epoca em que Portugal estava sob a Dinastia Filipina, ou seja, estava sob o dominio espanhol, quando a Inquisicao era das mais ferrenhas. Isso implica dizer que antes da ordenacao sua genealogia deve ter sido profundamente investigada para garantir que fosse cristao velho e “sem manchas judaizantes” ou que os ancestrais estiveram envolvidos em qualquer acusacao de sacrilegios. Dai podemos esperar descobrir quem na epoca eram nossos ancestrais em Arcos de Valdevez, Vila Vicosa e no proprio Rio de Janeiro e outros. No caso da Ilha Terceira a “onca ja eh morta”, no caso dos ancestrais de Belchior da Ponte Maciel. Porem, temos outros ancestrais de la.

Eh possivel que mesmo fazendo a troca do casal Belchior Pimenta de Carvalho e Francisca de Almeida pelo Joao Pimenta de Carvalho e Maria Cardoso a nossa genealogia nao ira alterar-se sensivelmente. O sobrenome Machado, tanto quanto o Almeida, estao mesclados com varias das familias primeiro-chegadas ao Brasil. Sera bem possivel que trocando um pelo outro mudaremos algumas pecas do nosso quebra-cabecas de lugar mas logo descobriremos que haverao ancestrais comuns a ambos em suas raizes portuguesas. Seria bom encontrarmos a verdade porque isso retificaria os caminhos genealogicos, contudo, muito pouco devera alterar geneticamente falando. Mesmo que o nosso possivel ancestral Joao Pimenta de Carvalho seja outro que nao estes que ja identificamos.

Como diz o antigo ditado: “Todos os caminhos levam a Roma.” (E o novo que acabo de inventar: “Se correr o bicho pega, se ficar o bicho vaticana.” Um dia explicarei o senso de humor nisso ai). Eu mencionei anteriormente o fato de todas as linhagens genealogicas tenderem para convergir para ancestrais comuns. Mesmo que partamos de linhagens diferentes haverao sempre muitos encontros no final. E pelo que observei dos nossos possiveis ancestrais a partir de Belchior da Ponte Maciel e Ignez Fernandes, nos teremos, repetidamente, os mesmos ancestrais.

Digo isso porque se encontrarmos o nosso vinculo de parentesco com o poeta Carlos Drummond de Andrade, a genealogia dele, ja tao bem estudada, nos informara que descendemos inumeras vezes da familia real portuguesa, particularmente do rei D. Dinis e, em consequencia, de Henri de Bourgogne e Tereza de Leon. Ou seja, os mesmos ancestrais que a familia Barbalho repetira, caso comprovado que o nosso ancestral Antonio Bezerra Felpa de Barbuda, nascido em Ponte de Lima, seja irmao ou primo do Domingos Bezerra Felpa de Barbuda, natural da vizinha Viana do Castelo.

Ambos, alem de, certamente, parentes proximos entre si foram concunhados. O primeiro casou-se com Maria de Araujo e o segundo com Brazia Monteiro, filhas do fidalgo Pantaleao Monteiro e Brazia de Araujo. O Bezerra, segundo o familybezerrainternational tambem descende do casal Henri de Bourgogne e Tereza de Leon. Diga-se de passagem, sao os pais de D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal.

Como afirmei anteriormente, isso nada tem o que ver com coincidencia e sim com um fato derivado da probabilidade matematica. No caso de comprovar-se a tradicao de que os descendentes Furtado Leite do Centro-Nordeste de Minas Gerais sao descendentes de Jose Feliciano Pinto Coelho da Cunha, o barao de Cocais, terao repetidamente os mesmos ancestrais.

Por fim, se as tradicoes que dizem que os Coelho, descendentes do alferes Jose Coelho de Magalhaes, falharem e nao forem descendentes do personagem historico em Minas Gerais: Manoel Rodrigues Coelho, e sim de Bernardo Antonio Pinto de Mesquita e Ana Josefa de Magalhaes Pinto, teremos a constatacao imediata de que voltaremos aos mesmos ancestrais, atraves dos reis dos quais eles descendem. E se a tradicao estiver correta, talvez teriamos apenas um pouco mais de trabalho para comprovar que Manoel Rodrigues Coelho tambem tinha os mesmos ancestrais.

O fato eh este, “nada acontece por acaso”. O “mundo eh que eh pequeno” demais para que estas “falsas coincidencias” nao se cansem de repetir.

Vou postar aqui tambem uma observacao deixada pelo professor Demerval Pimenta, na pagina 254 de seu livro: “A Mata do Pecanha, sua Historia e sua Gente”.

“Do estudo que acabamos de proceder sobre a descendencia do casal MANOEL VAZ BARBALHO e JOSEFA PIMENTA DE SOUZA, verificamos que este casal, entre outros, teve uma filha de nome ISIDORA MARIA DA ENCARNACAO, casada naquele mesmo Arraial, com o portugues Capitao ANTONIO FRANCISCO DE CARVALHO. Foi nos dado constatar que este ultimo casal teve nove filhos, [Joao, 1761; Vitoriana, 1762; Antonio, 1764; Luciano, 1766; Mariana, 1767; Jose, 1769; Francisco, 1771; Bernardo, 1776 e Boaventura Jose Pimenta, 1779] mas, somente de dois deles, VITORIANA e BOAVENTURA, pudemos obter dados sobre os seus descendentes, os quais receberam o sobrenome de JOSE PIMENTA, herdados de JOSEFA PIMENTA. Face a esta cisrcunstancia supomos que os demais filhos do casal MANOEL VAZ BARBALHO e JOSEFA PIMENTA bem como seus outros netos, filhos que eram de ISIDORA MARIA DA ENCARNACAO, tenham tambem recebido o sobrenome de JOSE PIMENTA, derivado da avo JOSEFA. Ha fortes indicios de que as varias familias PIMENTA residentes no Norte e Nordeste de Minas se originaram de Sao Jose do Tapanhoacanga e de Milho Verde. Todavia, nao desprezamos a hipotese de que alguns dos possiveis filhos do casal MANOEL e JOSEFA tenham usado o sobrenome de PIMENTA BARBALHO ou VAZ BARBALHO, os quais teriam dado origem `as familias de sobrenomes VAZ e BARBALHO.”

Acredito que em 1966, quando da publicacao do seu livro, o professor Demerval nao fizesse a menor ideia de quao rapido se dava a multiplicacao humana. Ele menciona tanto os Barbalho quanto os Coelho de Guanhaes e Virginopolis como apendices das familias Borges Monteiro e Pereira do Amaral sem muito de preocupar com a possibilidade de tambem serem descendentes do mesmo casal Manoel Vaz Barbalho e Josefa Pimenta de Souza.

Talvez a desatencao dele para o fato tenha se devido por ja possuir em maos as publicacoes “Algumas Notas Genealogicas” do professor Nelson Coelho de Senna e o “Genealogia e Biografias de Serranos e Diamantinenses” do Dr. Luiz Eugenio Pimenta Mourao. Estes abordam ramos das familias citadas que o professor Pimenta nao abordou. Alem, claro, dos trabalhos do alferes Luiz Antonio Pinto. Eh possivel que o professor Pimenta tenha pensado que, se os outros nao encontraram ligacoes sera porque nao as haviam. E, possivelmente, os outros nao as encontraram porque tinham em mente outras prioridades que nao as de encontrar justamente essas respostas que hoje buscamos.

Como “nada acontece por coincidencia” mesmo, acredito que se tomarmos o casal JOSEPHA PIMENTA DE SOUZA e MANOEL VAZ BARBALHO como ponto-de-partida, nao me sera surpresa encontra-lo como tronco de todas as familias da regiao do entorno da Cidade do Serro, antiga Capital do Norte de Minas. E o mesmo podera se dar se o mesmo fizermos a partir de outros casais que tenham plantado suas dinastias nos mesmos area e tempo. Nao sera “por acaso” que todos seremos: Amaral, Andrade, Barbalho, Borges, Coelho, Ferreira, Monteiro, Pereira, Pimenta e muitos outros, simultaneamente. Sera tudo uma questao de constatacao matematica. E seremos, consequentemente, inumeras vezes descendentes dos mesmos ancestrais que viveram em Portugal em seculos passados.

Alias, temos versao diferente daquela que escrevi acima dando o capitao-mor Joao Pimenta de Carvalho como casado com Maria de Lara. No endereco: http://www.genealogiabrasileira.com/titulos_perdidos/cantagalo_ptoligagos.htm, o pesquisador Lenio Richa apresenta esta versao, no cap. 1o., paragrafo 4o., numero “3 -1. Susana Requeixo, cc. o Cap. Mor Joao Pimenta de Carvalho, n. Portugal, Cavaleiro Fidalgo da Casa Real, morador na Ilha Grande, 1620, Cap. Mor e Ouvidor Loco-Ten. da condessa de Vimieiro, “o qual casou na familia dos Oliveiras Gagos, de Santos”, f. de Goncalo Pimenta de Carvalho, n. Portel, e Maria Jacome de Melo, n. Vila Vicosa, Alentejo, talvez pais de pelo menos:”

No endereco: http://www.valedoparaiba.com/cidadesdaregiao_novo/?pagina=cidade&cid=30&menu=111, acima mencionado, ha a citacao a outra Maria Jacome de Melo, filha do locotenente acima mencionado, segundo a curta biografia dele ali colocada, e uma das primeiras residentes em Paraty, segundo as poucas informacoes a ela dedicadas. No trabalho do pesquisador Lenio Richa esta ainda nao esta presente entre os descendentes dele.

Senti a necessidade de acrescentar mais algumas linhas a este texto. Minhas consideracoes aqui tratam-se de esclarecer um pouco mais o que penso a respeito de, talvez, termos que alterar a proposta da linhagem Pimenta de Carvalho da qual descendemos. Como ja abordei anteriormente, talvez teremos que trocar o casal Belchior Pimenta de Carvalho e Francisca de Almeida pelo Joao Pimenta de Carvalho e Maria Machado. Se for o caso, posso apenas especular por enquanto mas as pecas estao se ajuntando para resultar naquilo que afirmei antes de que a gente altera a figura mas nao altera o formato do quadro em nosso quebra-cabecas.

Ocorreu-me de explicar para os aprendizes de genealogistas que acaso venham a ler este texto a diferenca entre alta e baixa nobreza. As pessoas geralmente pensam que os termos se refiram apenas ao fato de os membros da alta nobreza ocuparem os postos de reis, duques, marqueses, viscondes etc. E os membros da baixa nobreza sejam pessoas feitas nobres por qualquer outro valor que nao a ascendencia nos de alta nobreza, particularmente, dos reis. Mas a verdade eh auspiciosamente diferente disso.

A probabilidade matematica nos ajuda a definir isso melhor. Realmente, os considerados de alta nobreza sao geralmente os reis e seus descendentes mais proximos. Mas devemos lembrar que os casamentos dos reis partiam de interesses em fazer aliancas. Portanto, os reis e as rainhas tinham filhos destes casamentos que, por direito legal, eram os sucessores. Algumas monarquias adotavam o primeiro nascido como sucessor legal (incluia filho ou filha). Mas a maioria dava esse direito somente aos descendentes do sexo masculino. Ou seja, o rei deveria sempre ser o primogenito do rei anterior.

Um dos problemas que Portugal viveu foi justamente por essa questao. D. Maria I era a filha de D. Jose I, que nao teve herdeiros masculinos. A solucao encontrada foi faze-la casar-se com o proprio tio para garantir a sucessao na linhagem bragantina. Se ela ficou louca depois disso nao deve ter sido por poucas razoes.

Porem, alem dos reis e rainhas poderem ter diversos filhos proprios, era comum eles, os homens principalmente, terem outras familias em regime de concumbinato. Isso servia como plano de contingencia para o caso de nao nascerem filhos dos rei e rainha legais, ou os nascidos fossem incompetentes para governar. Pessoas portadoras de impedimentos como a demencia desde a infancia.

Portugal sofreu duas vezes por falta de herdeiros legimos ao trono. Uma no que se chamou de “Crise de 1383 a 1385”, quando a Espanha reclamou o trono portugues. A solucao so se deu apos ter havido guerra entre os dois paises. Com a derrota da Espanha subiu ao trono D. Joao I, o mestre de Aviz. Ele era filho extra-marital do rei.

Alem disso, ele foi tambem pai extra-marital da dinastia de Braganca. Ja seus herdeiros de direito continuaram a dinastia ate 1580, quando novamente o problema se repetiu e, dessa vez, o rei espanhol, Felipe II, nao deixou a peteca cair em maos de outros. Somente a partir de 1640 a monarquia portuguesa foi restaurada na pessoa de D. Joao IV, que era o VIII duque de Braganca.

Voltando ao ponto que quero chegar, os reis geralmente eram pais de inumeros filhos. Muitas vezes as filhas eram enviadas a outras cortes para tornarem-se rainhas consorte (termo muitissimo apropriado!) ou se casavam com membros da alta nobreza local. Dos filhos, o mais velho estava destinado a tornar-se rei. Os outros recebiam titulos subalternos dentro da alta nobreza.

Na proxima geracao, a de netos de determinado rei, a familia poderia ser multiplicada exponencialmente. Nos podemos ter ideia disso lembrando-nos do numero de descendentes de nossos avos. Em meu caso particular, tive cem primos do lado paterno e quase o mesmo numero do lado materno. Mas o cargo de rei era apenas um e os outros postos tambem nao eram suficientes para encaixar todo mundo na mesma esfera. Com isso, uma parte da descendencia, automaticamente, era forcada a entrar numa expiral de desvalorizacao hierarquica. E tambem era em funcao disso que a descendencia procurava casar-se entre si para nao perder de todo o “status magico” de ser parente do rei.

Para complicar as coisas, cada rei novo que subia ao trono repetia a situacao. E o numero de descendentes, mesmo se repetindo o casamento de primos com primos, continuava aumentando em escala exponencial. Imaginem uma situacao dessas ocorrendo num pais do tamanho de Portugal, cuja populacao era pequena em consideracao aos nossos dias, e antes das conquistas em outros continentes que, sem elas nao havia como expandir. Ora, com o passar de 3 ou 4 seculos o primeiro rei seria ascendente de todos os portugueses, desde o rei mais recente ate ao indigente que por qualquer situacao adversa estivesse obrigado a pedir esmola.

Pois eh, a partir de entao eh que os que ocupavam cargos considerados de menor importancia passaram a ser conhecidos como de baixa nobreza. Muitas vezes eram pessoas promovidas pelo valor que demonstravam em guerras ou conhecimentos (descobrimentos em particular). E, estes, se nao haviam guardado a Arvore Genealogica que comprovava suas ascendencias em reis do passado, adquiriam o direito de se casarem com as filhas daqueles que tinham “pedigree”. Eh por isso que, muitas vezes, se torna mais facil encontrarmos uma linhagem nobre atraves de linhagem materna que paterna.

Bom, ocorreu-me lembrar aqui estes fatos por causa da encruzilhada que ficamos entre descendermos do Manoel Pimenta de Carvalho ou do capitao-mor Joao Pimenta de Carvalho. (Podemos ate descender de ambos ou de nenhum deles.) Se observarmos nos detalhes, podemos esperar que ambos, possivelmente, teriam ja algum grau de parentesco. Primeiro porque as assinaturas eram iguais. Depois porque o primeiro procedia de Vila Vicosa e o segundo de Portel. Ambas as localidades estao relativamente proximas uma da outra no mapa.

Para completar a mae de Joao Pimenta tambem era natural de Vila Vicosa. Ambas as localidades estavam contidas no territorio do Ducado de Braganca, cujo titulo foi instituido no final dos anos 1300. Alias, Vila Vicosa era a sede do Ducado de Braganca. Quem desejar saber um pouco mais a respeito de Portel, visite o endereco: http://www.cm-portel.pt/pt/conteudos/freguesias/portel/Breve+Historia+da+Freguesia.htm. Ai pode-se constatar que em 1257 o local fora doado por D. Afonso III, rei de Portugal, ao nobre D. Joao Peres de Alboim, Mordomo-Mor do rei. Apos a Crise de 1383-1385, ele foi doado a D. Nuno Alvares Pereira, o II Condestavel de Portugal.

Acredito que tanto Joao quanto Manoel Pimenta de Carvalho faziam parte da pequena nobreza portuguesa, mesmo antes de o primeiro ter sido feito fidalgo da casa real, ou casado com uma Oliveira Gago e o segundo ter casado com uma Ponte Maciel. Embora nao tenhamos a genealogia pregressa deles, todos os indicios apontam para essa conclusao. Mas nao desejo entrar em mais detalhes do que o necessario neste assunto. Antes ha que provarmos ser descendentes de um ou outro para somente depois visitarmos os detalhes que poderiam interessar-nos. E diga-se de passagem, sendo esta hipotese correta, voltaremos aos mesmos ancestrais do passado em Portugal.

Outra conclusao que tiro deste estudo eh a de que nos falta a construcao de uma Arvore Genealogica a partir desses nossos ancestrais abordados ate aqui. Era a minha vontade, pelo menos, construir uma Arvore Genealogica abrangendo especialmente o sobrenome Barbalho desde o inicio da colonizacao portuguesa no Brasil e fazer as coneccoes dela com as diversas outras genealogias ja prontas e que os nossos ancestrais Barbalho lhes sejam ancestrais, mesmo que nao como troncos masculinos como normalmente se faz.

Acredito que um trabalho como este nao prestaria maior favor `as pessoas particulares que usam o sobrenome Barbalho nos dias atuais do que `a Historia dos brasileiros como um todo. Isso porque o sobrenome Barbalho chegou ao Brasil junto com os outros primeiros povoadores portugueses do pais. Alem disso, as biografias de Luiz Barbalho Bezerra e seus filhos serviriam de icones a serem seguidos, pelos sacrificios que fizeram pela liberdade de Brasil e Portugal e pelos exemplos de vida que foram. Exemplos estes que a populacao atual precisava saber reconhecer e seguir.

Pouco depois de eu ter publicado este texto em meu blog, descobri um pequeno engano de minha parte quanto `a identificacao do rei D. Dinis como nosso ancestral nessa linhagem, porem, trata-se do D. Afonso Dinis, meio-irmao do rei, sendo ambos filhos do D. Afonso III. Por isso escrevi uma carta, que agora acrescento aqui, para enviar aos meus contatos. Ha muito tenho noticias de D. Afonso Dinis como nosso possivel ancestral na linhagem Coelho, caso o nosso ancestral alferes Jose Coelho de Magalhaes for filho de Bernardo Antonio Pinto de Mesquita e Ana Josefa de Magalhaes Pinto. Segue entao:

Meus prezados,

Publiquei ontem o que penso ser a ultima pagina em meu blog, no endereco: https://val51mabar.wordpress.com/2012/09/11/barbalho-pimenta-e-talvez-coelho-descendentes-do-rei-d-dinis/. Revisando agora de manha os dados contidos no geneall.net Portugal, observei um pequeno engano de minha parte. A ascendencia que encontrei foi em D. Afonso Dinis, irmao do rei D. Dinis e filhos do D. Afonso III, rei de Portugal.

De qualquer forma, ficou estabelecido o vinculo entre a populacao (boa parte) da regiao da antiga Villa do Principe, atual Serro, com a casa real portuguesa. Contudo, ficou uma grande duvida quanto `a sequencia genealogica naquele site estar correta. Vou copia-la aqui, com as datas para que fique melhor esclarecido. Vejam entao:

1824 Francisco Marcal de Magalhaes Barbalho – Eugenia Maria da Cruz
+ – 1780 Policarpo Jose Barbalho – Isidora Francisca de Magalhaes
+ – 1740 Jose Vaz Barbalho – Anna Joaquina Maria de Sam-Jose
1716 Josepha Pimenta de Souza – Manoel Vaz Barbalho
1691 Belchior Pimenta de Carvalho – parceira nao identificada
+ – 1650 Belchior Pimenta de Carvalho – Francisca de Almeida
1622 Maria de Andrade – Manoel Pimenta de Carvalho
+ – 1590 Maria Cardoso de Souto-Maior – Belchior de Andrade de Araujo
1577 Belchior da Ponte Maciel – Ines Fernandes

Daqui para frente eh o que se encontra no geneall.net Portugal, porque la ja continha os ancestrais de Helena de Sottomayor (ou Souto-Maior), a viuva de Pedra, que na pagina: http://www.arvore.net.br/Paulistana/Rendons.htm esta apresentada assim: “f.Āŗ de Innocencio de Andrade Machado, natural da ilha Terceira (legĆ­timo descendente da famĆ­lia de seu apelido), e de Helena de Souto-Maior, chamada a viĆŗva da Pedra, por esta neto de Belchior da Ponte Maciel, da famĆ­lia dos Pontes Cardoso da mesma ilha. Teve:” Esta pagina eh copiada dos trabalhos dos genealogistas Pedro Taques de Almeida Pais Leme e Luiz Gonzaga da Silva Leme. As descricoes nos trabalhos originais estao melhor trabalhadas. O extrato da pagina mencionada esta no capitulo 5o., paragrafo 1o, na passagem das paginas 14 para 15.

No item 1-1 Jose de Andrada Souto-Maior, ha a informacao de que Maria Cardoso de Souto-Maior era irma inteira da Helena de Souto-Maior ja mencionada. continua entao:

1540 Gaspar de Souto Cardoso – Catarina Valadao
+ – 1510 Maria Alvares Cardosa de Souto Maior – Roque da Ponte Maciel
1485 Margarida Cardoso – Pedro Goncalves do Souto, “o Cavaleiro”
1460 Henrique Cardoso – Beatriz Afonso Homem
Martim Anes Cardoso, “o Pequeno” – parceira nao identificada
Maria Nunes Faria – Joao Vaz Cardoso
Duarte de Faria – parceira nao identificada
1440 Lourenco de Faria – Luisa Pires
1420 Alvaro de Faria – Isabel da Silva
1400 Joao Alvares de Faria – Alda Martins de Meira
1380 Maria de Sousa – Alvaro Goncalves de Faria
1362 D. Lopo Dias de Sousa, sr. de Mafra, Ericeia e Enxara dos Cavaleiros – parceira nao identificada
1330 D. Alvaro Dias de Sousa – Maria Teles de Menezes*
1305 D. Diogo Afonso de Sousa – D. Violante Lopes Pacheco
1260 D. Afonso Dinis – D. Maria Pais Ribeira
1210 D. Afonso III, rei de Portugal – Maria Peres de Enxara
1185 D. Afonso II, rei de Portugal – Urraca, Infanta de Castela
1154 D. Sancho I, rei de Portugal – Dulce de Barcelona, Infanta de Aragao
1109 D. Afonso Henriques, 1o. rei de Portugal – Mahaut (ou Mafalda) de Savoia (Saboia)

*Maria Teles de Menezes – 1330 D. Alvaro Dias de Sousa
1310 D. Martim Afonso Telo de Menezes – Aldonca Anes de Vasconcelos
1280 D. Afonso Martins Teles Raposo – Berengaria Lourenco de Valadares
1250 D. Goncalo Anes Raposo – D. Urraca Fernandes de Lima
1225 D. Joao Afonso Telo de Menezes – Elvira Gonzalez Giron
1205 D. Teresa Sanches – Alfonso Tellez, sr. de Menezes e Albuquerque
1154 D. Sancho I, rei de Portugal – D. Maria Pais Ribeira, “a Ribeirinha”

Como se pode ver, sendo estas linhagens corretas, somos duas vezes descendentes da familia real portuguesa na mesma linhagem. A partir do D. Sancho I, temos que ele deu origem a linhagens diferentes, com parceiras diferentes, que se encontraram no casamento de primos em Maria Teles e D. Alvaro Dias.

O que leva `a suspeita de algum engano eh haverem tres geracoes inseridas no espaco de 20 anos, de 1440 a 1460. Porem, as datas nao refletem, necessariamente, os anos de nascimento dos personagens. O que pode ter acontecido eh uma ou mais geracoes terem sido representadas pelas datas de casamentos e isso fez as idades aparentemente aproximadas. Ou, ainda, pode ser um simples erro de inclusao de geracoes, confusao de ter sido colocado irmaos como sendo pais uns dos outros, quando os filhos se casaram primo com primo

LISTA DE DOCUMENTOS QUE PRECISAMOS

01. Registro de casamento do alferes Jose Coelho de Magalhaes (talvez tenha sido conhecido como Jose Coelho da Rocha) e Eugenia Rodrigues Rocha (talvez tenha sido conhecida como Eugenia Maria da Cruz, 1a.) – deve ser encontrado em Conceicao do Mato Dentro ou em Belo Horizonte, caso Morro do Pilar pertenca `a Arquidiocese de Belo Horizonte. Talvez haja Testamento passado por um deles.

02. Registro de casamento de Maria Rodrigues de Magalhaes Barbalho e Giuseppe Nicatisi da Rocha. Talvez exista em Conceicao do Mato Dentro ou Serro. Solucionaria a questao de ela ser ou nao ser filha de Manoel Vaz Barbalho e Josepha Pimenta de Souza.

03. Registro de casamento de Francisco Marcal de Magalhaes Barbalho e Eugenia Maria da Cruz. Deve ser encontrado em Conceicao do Mato Dentro. Dariamos fim `a duvida `a paternidade de ambos.

04. Documento “De Genere Et Moribus” do padre Policarpo Jose Barbalho. Deve ser encontrado em Mariana nos Arquivos Diocesanos desta cidade mineira. Podera em uma so cajadada liquidar varios “coelhos” que temos a resolver. Podera estabelecer a filiacao do Francisco Marcal de Magalhaes Barbalho e de seus irmaos Jose e Manoel. E, talvez, revelar mais algum que nao seja do nosso conhecimento.

Tambem revelaria quem seriam os avos dele. O “De Genere” do padre Emigdio revelou que ele era filho de Jose Vaz Barbalho e Anna Joaquina Maria de Sao Jose. Isso levou-me a considerar duas hipoteses em relacao aos avos paternos. Poderiam ser os mesmos Manoel Vaz Barbalho e Josepha Pimenta de Souza. Porem, Policarpo casou-se em 1808, deixando suspeita que tenha nascido por volta de 1780. O casal citado acima casou-se em 1732, em Milho Verde do Serro.

Em 1735 o casal Manoel e Josepha teve um filho com o nome Policarpo Joseph Barbalho. Entao, ha espaco de tempo suficiente para que este filho tenha se casado por volta de 1758 e tenha sido pai de Jose Vaz Barbalho. E este, por volta de 23 anos depois, ter sido pai de um Policarpo neto, que tornar-se-ia muito depois o padre Policarpo Jose Barbalho. Esta possibilidade baseia-se no fato de se mudarem as geracoes e os nomes se repetirem em homenagem aos ancestrais. E isso eh muito comum na Familia Barbalho.

O Policarpo Joseph Barbalho pode ter ficado viuvo e se casado uma segunda vez. Esta seria a razao de ele aparecer nos registros de Gravatai – RS. Neste segundo casamento ele casou-se com Bernarda Maria de Azevedo e naquela cidade tiveram varios filhos. Uma delas, Josefa Pimenta de Souza casou-se em 1784. E o registro de obito dele foi lavrado na Villa de Porto Alegre, em 1801, onde faleceu aos 66 anos de idade. Mas a hipotese que penso ser mais provavel eh a de o Jose Vaz Barbalho ser mesmo filho do casal Manoel e Josepha e ser irmao deste Policarpo, alem de Isidora Maria da Encarnacao, cuja descendencia eh retratada no livro do professor Demerval.

05. Registro de casamento de Jose Vaz Barbalho e Anna Joaquina Maria de Sam-Jose. Este deve ser encontrado em Conceicao do Mato Dentro porque ele nasceu no Serro e ela naquela cidade. Uma segunda opcao seria encontra-lo no Serro porque nao se sabe quem mudou para onde. Ajudaria-nos a encontrar os nomes dos pais e dos avos.

06. Registro de casamento de Manoel Vaz Barbalho e Josepha Pimenta de Souza. Este se deu no Distrito de Milho Verde, pertencente a Villa do Principe, atual Serro – MG. A data eh de 18.09.1732. A referencia eh: “Livro 1o. de casamento da Matriz, fls. 78”.

07. Registro de casamento de Paschoa Barbalho e Pedro da Costa, acontecido “no Rio de Janeiro, em 19 de janeiro de 1668.” Isso nao significa que somente estes documentos nos interessam. Se encontrassemos o registro de batismo de d. Paschoa ja poderia ajudar a solucionar essa questao. E mesmo o registro de casamento de d. Maria da Costa Barbalho e Manoel Aguiar ja mostraria os pais dela e os avos. Enfim, qualquer outros documentos narrando essa genealogia ja nos ajudaria a montar o nosso quebra cabeca genealogico. Ao que tudo indica, os registros podem estar nos livros referentes a Sao Goncalo, pois, ali deve ter nascido d. Paschoa.

08. Arquivos do alferes Luiz Antonio Pinto, que se encontra no Arquivo Publico Mineiro – APM -, em Belo Horizonte. Segundo o professor Demerval Jose Pimenta existem anotacoes do registro de casamento de Manoel Vaz Barbalho e Josepha Pimenta de Souza neste.

09. Documento “De Genere Et Moribus” do Revmo. Dr. Joao Pimenta de Carvalho, que deve ter nascido por volta de 1630, nascido no Rio de Janeiro.

10. Registro de casamento de Marcal de Magalhaes Barbalho e (H)Ercila Coelho de Andrade. Deve ter-se dado em Guanhaes, em 05.07.1879 mas os registros podem estar na Cidade do Serro.

11. Registro de casamento de Candida de Magalhaes Barbalho e Joao Batista Magalhaes. Aconteceu em 30.06.1883, em Virginopolis ou Guanhaes.

12. Registro de casamento de Ambrosina de Magalhaes Barbalho e Miguel Nunes Coelho. O casamento deve ter-se dado em 1879 ou 1880 e, mais provavel, em Virginopolis. Mas os registros podem estar em Guanhaes por aquila ainda ser distrito desta `a epoca.

Os registros de casamentos dos outros irmaos: Emigdia de Magalhaes Barbalho, casada com Jose Coelho Nunes (ou Nunes Coelho), sem data; Petronilha de Magalhaes Barbalho, c.c. Joao Nunes Coelho, sem data; Pedro de Magalhaes Barbalho, c.c. Antonia Honoria Coelho, a 25.11.1876 e Quiteria de Magalhaes Barbalho, c.c. Joaquim Pacheco Moreira, sem data, tambem ajudariam a dar resposta `a parte de nossas duvidas e ajudariam a melhorar o nosso conhecimento a respeito dos ancestrais dos conjuges.

MAIS RECENTES NOVIDADES DA FAMILIA BARBALHO

Recentemente encontrei as informacoes que muito procurava, com relacao `a paternidade de nossa ancestral Paschoa Barbalho e ao encaixe entre o Antonio Bezerra Felpa de Barbuda e o tronco familiar da Familia Bezerra de Menezes. Ha agora um indicativo mais forte que tenha mesmo sido irmao de Domingos Bezerra Felpa de Barbuda. Para facilitar meu trabalho, vou anexar aqui dois capitulos do texto do meu blog: https://val51mabar.wordpress.com/2011/02/24/historico-do-povoamento-mineiro-genealogia-coelho-cidade-por-cidade/. Assim nao terei que reescrever o que ja esta pronto. Segue entao:

81. CIDADE DE SAO GONCALO, RIO DE JANEIRO

Este capitulo deveria ser encaixado entre meio o do Rio de Janeiro e o de Nilopolis. Mas somente nos ultimos dias, hoje eh 12.10.2012, consegui algumas informacoes que tanto procurava. Alias, encontrei ate um pouco mais. Isso se deu gracas a uma navegacao que fiz na Internet e, por curiosidade cliquei sobre o endereco: http://www.historia.uff.br/stricto/teses/Dissert-2003_CAETANO_Antonio_Filipe_Pereira-S.pdf.

Ali se encontra uma tese intitulada: “ENTRE A SOMBRA E O SOL, A REVOLTA DA CACHACA, A FREGUESIA DE SAO GONCALO DE AMARANTE E A CRISE POLITICA FLUMINENSE (RIO DE JANEIRO, 1640-1667). O autor eh Antonio Filipe Pereira Caetano. A tese dele eh complexa e longa, porem, da pagina 187 a 194 ha um capitulo: “Os Honoratiores Goncalenses: A Familia Barbalho” que, logico, despertou mais o meu interesse.

Nao li toda a tese, porem, ressaltou `as minhas vistas o detalhe de o autor defender o casamento entre a Historia e a Genealogia para melhor compreensao dos fatos. Pensei: perfeito, justamente o que venho debatendo em meus proprios estudos. Embora, ha que se adicionar tambem Geografia. Geralmente, os estudiosos mais antigos procuram estudar o que eh chamado de “fato”. Contudo, na maioria das vezes eles nos apresentam topicos com uma boa dosagem de opiniao. Isso se da porque nunca os fatos sao aquilo que aconteceu porque eles sao consequencia de processos que, muitas vezes, transcorrem ao longo de muitos anos.

Aquilo que aconteceu em 11 de setembro de 2011 aqui nos Estados Unidos nao foi um fato, foi apenas um capitulo de uma extensa novela que vem se desenrolando ao longo dos seculos. E quem pensa como a maioria dos americanos que resolvera a questao reagindo apenas em funcao daquele “topico” de nossa Historia, ira perder o tempo dele e somente ira prolongar mais as consequencias desastrosas das respostas irresponsaveis. Isso foi o que o presidente George W. Bush fez. Mas aqui estou desviando um pouco do nosso assunto. Que isso sirva apenas de um parametro de como as coisas realmente sao.

Nao posso afirmar que o autor Antonio Filipe tenha sido perfeito na tese dele ja que nao a li por completo. Porem, a ideia de aliar-se a genealogia com a Historia faz um sentido perfeito. E os dados que ele nos passa em sua obra comprova isso ja que temos inumeras literaturas ja arroladas em nossos estudos que, como veremos mais na frente, estao repletas de dados falsos, portanto, nao podem ser consideradas pontos de Historia e sim fantasias que misturam fatos e interpretacoes erroneas.

Vou dar um credito para o Antonio Filipe em alguns dados que ele fornece no capitulo acima mencionado. Principalmente naqueles que ele recolheu de estudos anteriores e que tenham ligacao direta com Sao Goncalo. Depois mencionarei algumas informacoes que, a meu ver, sao distorcidas. Nao que ele as tenha inventado, porem, nao creio que as literaturas que ele consultou apresentem a essencia da verdade. E, claro, nos que somos humanos e tentamos trabalhar com uma gama enorme de informacoes ao mesmo tempo, estamos sujeitos aos nossos proprios erros. Eu proprio estou sempre procurando voltar e consertar os meus. Uma pequena distracao e … la se vai a vaca para o brejo!

Vamos, entao, primeiro passar uma pequena pincelada pela Historia de Sao Goncalo, do Rio de Janeiro. E para isso eu estou recorrendo `as postagens de Historia de Sao Goncalo nos sites da Prefeitura de la e da Wikipedia. Enderecos: http://www.saogoncalo.rj.gov.br/historia.php & http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Gon%C3%A7alo_(Rio_de_Janeiro).

A regiao em torno da Baia da Guanabara foi habitada pelos indios tamoios. Como ja vimos no capitulo do Rio de Janeiro, essa nacao indigena era arredia em relacao aos portugueses e preferia o contato com os franceses. Logo apos `a implantacao da Cidade de Sao Sebastiao do Rio de Janeiro e o exterminio dos indios resistentes, comecou-se a distribuicao de Sesmarias para que os colonos ocupassem e fizessem a defesa do territorio.

No site da prefeitura ha um “quadro sinotico” que resume o processo historico da cidade. Vou copiar e depois dar mais detalhes. Segue:

1579 – a area eh dada como Sesmaria ao nobre Goncalo Goncalves. Ele funda o arraial em torno da capela erguida em homenagem ao santo de sua devocao, Sao Goncalo do Amarante que, na verdade, foi beatificado porem nao canonizado.
16… – Foi implantada uma fazenda conhecida como Colubande, pelos jesuitas. A sede da fazenda foi preservada e hoje eh usada pelo Batalhao da Policia Florestal do Estado do Rio de Janeiro.
1644 – O arraial eh elevado `a categoria de freguesia.
1645 – Pedido de Jurisdicao da freguesia
1646 – Elevacao `a categoria de Paroquia de Sao Goncalo do Amarante. Contava, entao, com 6.000 habitantes.
1647 – confirmacao da freguesia.
1660/1661 – De Sao Goncalo e Niteroi nasce A Revolta da Cachaca, importante marco na Historia Fluminense.
1819 – Suspensao da condicao de Freguesia e eh rebaixada a distrito de Niteroi.
1890 – Elevada a Vila e Municipio. Instalacao do Municipio no mesmo ano, em 12.10.
1892 – Supressao do Municipio em maio e restauracao em dezembro.
1922 – Elevacao `a categoria de cidade.
1923 – Supressao da condicao de Cidade e retorno `a de Vila.
1929 – Restauracao definitiva `a condicao de Cidade.
1940/1950 – Instalam-se grandes industrias e recebe o apelido de “Manchester Fluminense”.

Atualmente, Sao Goncalo eh a segunda cidade mais populosa do Rio de Janeiro e conta com 1.1 milhoes de habitantes aproximadamente. Alguns pontos turisticos podem ser observados a partir do endereco: http://www.saogoncalo.rj.gov.br/sao_goncalo.php.

Talvez os estudiosos que escreveram os dois primeiros textos referidos logo acima nao tenham feito a ligacao dos fatos, pelo menos aparentes, de que as datas de 1644 a 1661 coincidem com a chegada e o assentamento da Familia Barbalho no Estado do Rio de Janeiro, particularmente, na Cidade de Sao Goncalo. Desde 1643 ate 15.04.1644, quando faleceu, o governador do Rio de Janeiro era Luiz Barbalho Bezerra que viera da Bahia para este fim, substituindo a Salvador Correia de Sa e Benevides que teria que viajar para Portugal, para responder a processo aberto contra ele.

Devido `a proximidade da data do falecimento de Luiz Barbalho e a implantacao da Freguesia, eh presumivel pensar que o ato tenha nascido na mesa daquele governador, embora implantado pelo seu sucessor: Francisco de Souto-Maior. Francisco de Souto-Maior era mestre de campo de um terco na Bahia e, certamente, tinha bom relacionamento com Luiz Barbalho que fora mestre de campo tambem na Bahia antes de dirigir-se para o Rio de Janeiro. (Talvez seja nosso aparentado pelo lado Pimenta de Carvalho. Os detalhes mais intimos dessa ligacao encontram-se no meu texto: https://val51mabar.wordpress.com/2012/09/11/barbalho-pimenta-e-talvez-coelho-descendentes-do-rei-d-dinis/).

A observacao que se faz aqui eh a de que a comitiva que deve ter acompanhado Luiz Barbalho, incluindo seus filhos, deve ter se instalado toda em Sao Goncalo, dai o crescimento e a melhoria do local poder ter sido a justificativa para o acelaramento do crescimento no seculo XVII. Tambem nao podemos ignorar a razao obvia de que os recem-chegados tinham o interesse de consolidar um status social elevado que traziam desde Pernambuco.

A criacao da Freguesia significava uma oportunidade de se verem representados nos meios politicos locais. Cada freguesia devia ter o direito a ser representada por pelo menos um senador na Camara Municipal. E isso fazia parte das tramitacoes politicas naquela epoca, como o eh hoje, em escala maior.

Nao ha necessidade de aprofundarmos muito em relacao `a Historia de Sao Goncalo – RJ. Temos acima os enderecos na Internete para os que desejarem mais alguns detalhes. Infelizmente nao temos muito mais `a nossa disposicao. Percebi que o estudo do Antonio Filipe apresenta um pouco mais de genealogia alem da da Familia Barbalho. Contudo, eh muito pouco para o que eu desejava.

O que pretendo agora eh mostrar um pouco de nossa genealogia, suspeita e/ou confirmada, com ligacoes diretas com a Cidade de Sao Goncalo. Comecarei por outro ramo que nao o Barbalho. Copiarei aqui um pequeno extrato do livro: “A Mata do Pecanha, sua Historia e sua Gente”, do professor Demerval Jose Pimenta, que se encontra na pagina 248:

“Os ascendentes da primeira mulher de ANTONIO BORGES MONTEIRO, de nome MARIA DE SOUZA FIUZA, progenitora de ANTONIO BORGES MONTEIRO JUNIOR (Borginha), fazendeiro em Sao Sebastiao dos Correntes {atual Sabinopolis – MG}, sao os seguintes:

Sargento-Mor DOMINGOS BARBOSA MOREIRA, portugues, casado com TERESA DE JESUS, brasileira, natural de Tabaiana, na Bahia. {atualmente se chama Itabaiana, e localiza-se em Sergipe}.

Pais de:

F 1 – NOROTEA BARBOSA FIUZA, brasileira, natural de Sao Goncalo, casada com JOAO DE SOUZA AZEVEDO, natural de Portugal.

Pais de:

N 1 – MARIA DE SOUZA FIUZA, nascida na Vila do Principe, atual Cidade do Serro. Casou-se em 15 de novembro de 1775, na mesma Vila, com ANTONIO BORGES MONTEIRO. Faleceu em 20 de novembro de 1780.”

Estes foram os pais de Antonio Jr, Dorothea e Joao Borges Monteiro. Atualmente encontramos os dados de que Joao de Souza Azevedo, portugues, natural de Vila Nova do Norte, era filho de Manoel de Sousa Azevedo e Anna Coelho. Suspeito que o nome Vila Nova do Norte se refira a Vila Nova de Gaia, Vila Nova do Famalicao ou Vila Nova, no extremo norte da Ilha Terceira, Acores. O problema eh que nao encontrei nenhuma referencia a Vila Nova do Norte em Portugal.

Outro problema a ser resolvido eh saber a qual Sao Goncalo se refere o local de nascimento da ancestral Norothea. A principio eu optei por dar a resposta mais simples `a questao, ou seja, que ela tivesse nascido em Sao Goncalo do Rio das Pedras, que eh um Distrito da antiga Vila do Principe. Alem do mais, consta que este Sao Goncalo surgiu como arraial por volta de 1779 e foi implantado por Domingos Barbosa.

Existe no Arquivo Publico Mineiro – APM – o registro de uma Carta de Sesmarias, datada de 25 de agosto de 1739. O sesmeiro contemplado chamava-se Domingos Barbosa Moreira. Porem, nao obtive informacao se a tal carta trata da posse do local. Mas torna-se razoavel pensar que o fundador do Arraial tenha sido, talvez, um filho do sargento-mor. Isso por causa das datas que podemos deduzir a partir do que temos de concreto.

Maria de Souza Fiuza casou-se em 1775. Deveria ter no minimo 15 anos. Se a mae dela nasceu uns 15 anos antes, seria possivel que esta ja houvesse nascido em Sao Goncalo do Rio das Pedras, embora, o local nao tivesse tal nome. Poderia ter sido o nome da Sesmaria. Mas se a media de casamento da mae e da filha foi 18 anos, temos que o nascimento de d. Dorothea foi na epoca ou anterior `a Sesmaria, dai ela teria que ter nascido em outro Sao Goncalo, e a cidade candidata mais provavel seria a do Rio de Janeiro.

Como foi dito que Domingos era portugues e casou-se com Teresa de Jesus, de Sergipe, era muito provavel que tivessem residido no Rio de Janeiro antes de “assentarem praca” em Minas Gerais. Outro detalhe eh o de que nao sabemos dizer se Dorothea foi a primogenita de Teresa, e Maria Fiuza foi a primogenita de Dorothea. Se nao foram, as datas podem recuar ate por volta de trinta anos ao ano de 1739. Dai o nascimento de Manoel e Teresa poderiam recuar para as voltas de 1680, o que tornaria inviavel tanto eles estarem presentes na fundacao do Arraial quanto Dorothea ter nascido em Sao Goncalo do Rio das Pedras.

Contudo, tudo isso nao passa de hipoteses. O que temos de concreto eh o nome desses ancestrais e o de Sao Goncalo como referencia. Qual deles, nao podemos tomar partido ainda.

Vamos, entao, `a tese do Antonio Filipe Pereira Caetano, referencia acima. Logo de inicio, no capitulo “Os Honoratiores Goncalenses: A Familia Barbalho” ele da uma versao para o inicio da Familia Barbalho Bezerra no Brasil. Ali ele menciona o casal Antonio Martins Bezerra , tambem conhecido como Felpa Bezerra, e Maria Martins Bezerra. A novidade maior para mim eh a informacao de que o casal foi para o Brasil junto com o primeiro donatario de Pernambuco, Duarte Coelho Pereira.

Recorramos entao a outras fontes para sabermos quem era esse Antonio Felpa Bezerra. Para simplificar, postarei aqui uma linhagem genealogica a partir dos reis da Peninsula Iberica, dos quais ele descendia. A primeira informacao que encontrei dos ancestrais dele encontra-se no endereco: http://familybezerrainternational.blogspot.com/2009/12/fontes-sobre-as-origens-da-familia.html. E em segundo plano, confirmei no sitio http://www.geneall.net Portugal. Segue e depois explico:

1016 Fernando I Magno, rei de Castela e Leao – Sancha, infanta herdeira de Leao
1039 Alfonso VI, rei de Castela – Ximena Moniz
1080 Teresa de Leao, condessa soberana de Portugal – Henri de Bourgogne
1095 D. Urraca Henriques – Bermudo Perez de Trava
D. Teresa Bermudez de Trava – D. Fernando Aires de Lima
1176 D. Rodrigo Fernandes, o Codorniz – ? Rodrigues
1198 Maria Rodrigues Codorniz – Joao Bezerra
Goncalo Gomes Bezerra – ?
Soeiro Goncalvez Bezerra – ?
1340 Fernao Bezerra – Maior Fernandes de Moscoso
Martim Bezerra de Moscoso – ? do Campo
Lopo Bezerra de Moscoso – N
Fernao Lopes Bezerra – ?
Lopo Fernandes Bezerra – ?
Rodrigo ou Affonso Bezerra – Violante Moscoso
Martim Bezerra – ?
Antonio Pires ( ou Martins) Bezerra – Maria Martins Bezerra
1526 Domingos Bezerra Felpa de Barbuda – Brasia Monteiro

O autor do texto da Familia Bezerra nao menciona os primeiro reis no topo dessa linhagem. Ele comeca de Teresa, a condessa soberana de Portugal. Ela foi a mae tambem do Afonso Henriques, que foi tutorado pelo famoso Egas Moniz, o Aio. Afonso Henriques tornou-se o primeiro rei de Portugal. Egas Moniz foi o bisavo do Soeiro Viegas Coelho, o primeiro a adotar o sobrenome e a passa-lo para os filhos.

No final da linhagem apresenta-se a definicao que o Antonio Martins Bezerra tambem foi mencionado como Antonio Pires, porem, para ser filho de Martim, a regra determinava que ele fosse cognominado mesmo de Martins. E a sequencia leva a Domingos Bezerra Felpa de Barbuda, casado com Brasia Monteiro. Brasia era filha de Pantaleao Monteiro e Brasia Araujo. Essa sequencia leva `a uma das muitas linhagens da familia Bezerra no Nordeste brasileiro.

O que nos interessa aqui eh o autor Antonio Filipe nos ter informado que Antonio Martins Bezerra e Maria Martins Bezerra se instalaram em Pernambuco. Porem, por outras fontes, acredito que ele tenha cometido um engano ao dizer que o casal fora tambem os pais de Guilhereme Bezerra Felpa de Barbuda. Pode ate ser, porem, este sera outro Guilherme, acredito, um tio do Guilherme casado com Camila Barbalho.

No endereco: http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=188&cat=Ensaios&vinda=S, “Arvore de Costado de Francisco Buarque de Holanda”, de autoria de Pedro Wilson Carrano de Albuquerque, disponibilizado pela Usina de Letras, nao temos os nomes do Antonio Martins Bezerra e Maria, porem, temos o de Antonio Bezerra Felpa de Barbuda, casado com Maria Araujo, irma da Brasia Monteiro. Estes sim sao indicados como pais de um Guilherme, possivel, marido da Camila Barbalho, que era filha de Braz Barbalho Feyo e Catharina Tavares de Guardes. Catharina era filha de Francisco Carvalho de Andrade, armeiro real, e Maria Tavares de Guardes, tambem chegados a Pernambuco com Duarte Coelho Pereira.

Desta parte para cima deste capitulo eu o estava escrevendo diretamente no computador, no qual deixei o escrito no inbox. Agora o terminei no papel antes de passa-lo para o computador.

A razao pela qual nao estou podendo continuar meu trabalho no aparelho se da por minha esposa e eu termos tido uma briga sem maiores fundamentos. Porem ela eh a dona dele e decidiu que nao poderia mais manipula-lo. (Morre de ciumes de eu estar procurando namorada ali…, ah aha ha!…). De minha parte, posso a abster-me da regalia de mexer no que eh dela e guardado com tanto ciume. Estou agora usando algumas horas de emprestimo para tornar publico os meus pensamentos.

Voltando um pouco aos dados que ja coletei, temos que o nucleo inicial que formou o ramo Barbalho (e a Familia Brasileira de um modo geral) ao qual pertencemos se compoe a partir de tres senhores de engenho, assentados em Pernambuco, desde o periodo em que Duarte Coelho Pereira foi seu primeiro Capitao-Mor. Sao Eles:

1. Pantaleao Monteiro, casou-se com Brazia de Araujo. Foi senhor do Engenho de Sao Pantaleao, que ficava na Varzea do Beberibe. Este engenho passou a ser conhecido como Engenho do Monteiro, porem, por causa do sobrenome de dono posterior. No local onde existiu o engenho, atualmente se encontra o Bairro do Monteiro, em Recife. Pantaleao e Brazia foram pais de: Maria de Araujo, esposa de Antonio Bezerra Felpa de Barbuda.

2. Francisco Carvalho de Andrade, casou-se com Maria Tavares de Guardes. Foi senhor do Engenho Sao Paulo, tambem na Varzea do Capibaribe. Era armeiro real. O casal foi pai de Catharina ou Maria Tavares de Guardes que se casou com Braz Barbalho Feyo.

3. Braz Barbalho Feyo, casou-se com Catharina (ou Maria) Tavares de Guardes. Foi senhor do Engenho do Barbalho, que se encontrava no Cabo de Santo Agostinho, tambem em Pernambuco. Foram pais de Camila Barbalho que se casou com Guilherme ou Antonio Bezerra Felpa de Barbuda.

Segundo o pesquisador Antonio Filipe Pereira Caetano, foi desta mesma epoca a chegada do casal Antonio Martins Bezerra e Maria Martins Bezerra a Pernambuco. Ele atribui a paternidade do Guilherme a este casal, enquanto que no estudo: “Chico Buarque e seus Antepassados” especifica-se que houve um filho com esse nome atribuido a Antonio Bezerra Felpa de Barbuda e Maria Araujo.

Creio que a segunda versao faca mais sentido. Isso porque no site familybezerrainternational (vejam o resumo no final do texto) mostra-se que Antonio e Maria Martins Bezerra foram os pais de Domingos Bezerra Felpa de Barbuda, que foi o marido de Brazia Monteiro, tambem filha dos senhores de engenho: Pantaleao Monteiro e Maria Araujo.

Naquele site ha tambem a infromacao de que Domingos nascera em Viana, em 1526. Disso podemos deduzir que os pais dele terao nascido em torno de 1500, podendo ser um pouco mais ou um pouco menos. Nao muito menos ou mais para o caso da Maria Martins, por causa do limite util da vida reprodutiva feminina.

No ensaio publicado pela Usina de Letras ha a informacao de que Antonio Bezerra Felpa de Barbuda nasceu na Cidade de Ponte de Lima. Ele esta identificado no estudo sob a numeracao: 9692. Maria Araujo eh o numero seguinte. O proximo eh Braz Barbalho Feyo, seguido da esposa: Catharina (ou Maria) Tavares de Guardes. Observando-se o mapa de Portugal, percebe-se que Ponte de Lima e Viana estao na mesma linha do Vale do Rio de Lima e sao vizinhas.

Isso leva ao pensamento de que Antonio e Maria Martins tenham iniciado suas vidas em Ponte de Lima e depois se mudado para Viana, antes de embarcarem para Pernambuco. A razao para isso eh que, ja no inicio dos anos 1500 a Cidade de Viana experimentou um grande progresso por ter sido favorecida pelo fato de estar nas proximidades do oceano e, por esta razao, ter se tornado um dos mais ativos entrepostos comerciais na epoca das Grandes Descobertas. Portanto, seria natural que houvesse um fluxo migratorio nesse sentido. Neste caso, a data esperada para o nascimento do irmao do Domingos, o Antonio, seria anterior a 1526.

O que, em segunda hipotese, o fluxo migratorio ser invertido. Isso porque os primeiros exploradores embarcados junto com Duarte Coelho foram para o Brasil por volta de 1535. Naturalmente, deverao ter seguido apenas os homens que implantaram primeiro algumas construcoes, fizeram os contatos com os indigenas e decidiram locais de moradas. Temos que nos lembrar que a viagem que atualmente se da em questao de horas sobre o Atlantico era feita em meses naquela epoca. Ate as primeiras mulheres poderem ter sido levadas passaram-se uns poucos anos.

Porem, isso nao implica que a mudanca da familia tenha sido no sentido que apresensei primeiro. Se a Maria Martins fosse natural de Ponte de Lima poderia ter sido mais conveniente para ela voltar a residir na cidade natal, enquanto esperava o marido. E este podera ter feito viagens de visita, embora as dificuldades fossem enormes. Mas nunca se sabe! O que atualmente considerariamos grande dificuldade, muitas vezes, era considerado como sendo apenas “parte da vida” por nossos ancestrais. Para alguns, a travessia do Atlantico talvez fosse diversao, como hoje eh a pratica de esportes superradicais para uns poucos.

Se essa segunda opcao ocorreu eles poderiam ter sido pais de um dos Guilherme Bezerra Felpa de Barbuda, que poderia ter nascido entre 1535 e 1550, caso a Maria Martins tivesse se casado bastante nova. Ai sim este, com certa dificuldade, poderia ter se casado com a Camila Barbalho que seria bem mais nova que ele. Mas o que penso ser mais provavel eh encaixar-se ai uma geracao intermediaria entre o nascimento dos filhos do casal: Antonio e Maria Martins Bezerra e o provavel bisneto (e nao neto) Luis Barbalho Bezerra, nascido “em 1584, na propria Capitania de Pernambuco.”

Como na primeira hipotese espera-se que o Antonio Bezerra Felpa de Barbudo tenha nascido por volta de 1524, ou antes, em Ponte de Lima, sera perfeitamente esperado que possa ter sido pai do Guilherme, cerca de 30 anos depois e ter-se tornado avo, outros 30 anos seguintes do nosso heroi Luis Barbalho Bezerra. A media de 30 anos entre geracoes eh ate um pouco esticada em relacao `as condicoes da epoca, onde a media de vida das pessoas girava em torno de 30 anos. Apenas nos dias de hoje essa media eh considerada normal.

Neste caso, eh perfeitamente possivel que o Guilherme, filho do Antonio e que realmente existiu, seja mesmo o pai do Luis, o bisneto de Antonio e Maria Martins Bezerra. Contudo, se a segunda hipotese ocorreu e o Guilherme foi um filho tardio do casal Antonio e Maria, ha tambem a possibilidade de o Luis ter sido um filho tardio do Guilherme.

Observem aqui que nao estou querendo contradizer o pesquisador Antonio Filipe e os autores que ele consultou apenas para ser “do contra”. Ele nos revela que outros autores encontravam informacoes que corroboram com uma hipotese que eu levantei antes, ou seja, que Antonio e Maria Martins Bezerra, pais do Domingos Bezerra Felpa de Barbuda seriam tambem nossos ancestrais. E, ate entao, que o Domingos e o Antonio de mesmo sobrenome dele eram irmaos.

O importante eh que o trabalho do Antonio Filipe ajudou-me a preencher duas lacunas que existiam em minha hipotese de linhagem de familia que vinculava a Familia Barbalho do Centro-Nordeste de Minas Gerais a alguns reis da Peninsula Iberica. Neste ponto, a resposta que eu procurava ja foi confirmada. Nos temos a linhagem entre as familias reais ate ao Antonio Martins Bezerra. Agora sabemos que ele eh, via Guilherme ou via Antonio e Guilherme, ancestral do Jeronimo Barbalho Bezerra. A segunda lacuna, que veremos mais `a frente, diz respeito aos filhos do Jeronimo, que nos poe diretamente ligados com os mesmos ancestrais.

O autor do “Entre a Sombra e o Sol …” menciona que a origem do sobrenome Bezerra se deu na Provincia de Lugo, na Galiza, que eh a parte Noroeste da Espanha, vizinha do Norte de Portugal. Galiza ou Galicia foi o primeiro reino de sistema medieval implantado na Europa e se deu com a queda do Imperio Romano em 511 d. C., com as invasoes germanicas. Os galegos (ou gaios) e os visigodos foram os ancestrais loiros das familias iberoamericanas. Eu acrescento que o local foi Becerrea, uma Freguesia onde os Becerra eram dominantes. Passando para Portugal o sobrenome foi traduzido para Bezerra.

O interessante eh que, do ponto de vista genealogico, aos descendentes que desejam sentir-se mais proximos das familias reais, a hipotese de que foi o Guilherme, filho do Antonio e Maria, o nosso ancestral sera mais atrativa porque economisa-se uma geracao, o que dobraria os nossos vinculos geneticos. Mas o meu questionamento vem em funcao da questao do tempo da passagem das geracoes. Entre 1494, data de nascimento provavel que eu hipotetizo como sendo a do Antonio Martins Bezerra, e 1584, data de nascimento do Luis, passam-se 90 anos. Essa distancia entre avo e neto nao era impossivel naquela epoca, mas era improvavel, e eh mais apropriada para a relacao entre bisavo e bisneto.

Dando sequencia `a nossa linhagem genealogica temos entao o seguinte:

1494 Antonio Martins Bezerra – Maria Martins Bezerra
1524 Antonio Bezerra Felpa de Barbuda – Maria Araujo
1554 Guilherme Bezerra Felpa de Barbuda – Camila Barbalho
1584 Luis Barbalho Bezerra – Maria Furtado de Mendonca
1616 Jeronimo Barbalho Bezerra – Izabel Pedroso
1650 Paschoa Barbalho – Pedro da Costa Ramiro
1678 Maria da Costa Barbalho – Manoel Aguiar
1706 Manoel Vaz Barbalho – 1716 Josepha Pimenta de Souza
1738 Isidora Maria da Encarnacao – Antonio Francisco Carvalho
1779 Boaventura Jose Pimenta – Maria Balbina de Santana (Borges Monteiro)
1821 Modesto Jose Pimenta – Ermelinda Querubina Pereira do Amaral
1853 Cornelio Jose Pimenta – Josephina Carvalho de Souza
1893 Demerval Jose Pimenta – Lucia Pinheiro Pimenta

As tres primeiras datas e as para Maria e seu filho Manoel sao hipoteticas apenas para que tenhamos nocao de uma linha de tempo razoavel. Por razoes obvias estiquei a genealogica ate ao autor do livro: “A Mata do Pecanha, sua Historia e sua Gente”. O pai dele, coronel Cornelio, foi um dos primeiros moradores do Arraial que deu origem ao Municipio de Sao Joao Evangelista – MG, onde ja residia antes da fundacao. Os nossos vinculos com eles se dao pela linhagem Barbalho; atraves da bisavo Maria Balbina de Santana (Borges Monteiro) e da avo: Ermelinda Querubina Pereira do Amaral.

A segunda lacuna que o Antonio Filipe nos ajudou a preencher foi o fato de ele ter encontrado que d. Paschoa Barbalho era filha do Jeronimo Barbalho Bezerra. Descrevendo o ramo Barbalho ate onde conseguiu dados, foi o professor Pimenta quem nos passou a consciencia de sermos descendentes do Luis Barbalho Bezerra. Nome este que esta invertido em seu livro. A descricao apresentada pelo professor Demerval eh a seguinte:

“Ascendentes de Manoel Vaz Barbalho

I – LUIZ BEZERRA BARBALHO, heroi brasileiro, nascido em Pernambuco, imortalizado nas lutas contra os holandeses, e principalmente na sua famosa retirada `a testa de mil homens, desde o Rio Grande do Norte ate a Bahia, em 1638. Foi nomeado Governador do Rio de Janeiro. Faleceu em 1654.

Pais de:

II – Capitao JERONIMO BEZERRA BARBALHO, casado com IZABEL PEDREIRA. Faleceu no cadafalso, no Rio de Janeiro, em 8 de abril de 1661.

III – PASCOA BARBALHO, neta de JERONIMO BEZERRA BARBALHO, era casada com PEDRO DA COSTA, no Rio de Janeiro, em 19 de Janeiro de 1668. Deste casal procede:

IV – MARIA DA COSTA BARBALHO, batizada na Freguesia de Nossa Senhora da Apresentacao de Iraja, distrito do Rio de Janeiro, casou-se com MANOEL AGUIAR, viuvo de ANA PEREIRA DE ARAUJO.

Pais de:

V – MANOEL VAZ BARBALHO, casado em 18.9.1732, em Milho Verde, com JOSEFA PIMENTA, filha de BELCHIOR PIMENTA DE CARVALHO.”

Apesar dos pequenos enganos do professor Demerval, como a inversao da assinatura; a troca da data de falecimento do dia 6 para o dia 8; a troca do sobrenome Pedroso, em Izabel, para Pedreira, e a data para o falecimento do Luis, de 1644 para 1654, acredito que possamos confiar nos resultados das pesquisas dele, embora, sempre havera que se fazer uma verificacao.

Uma dessas verificacoes foi a que encontrei numa tese a respeito dos engenhos do Rio de Janeiro (www.ub.edu/geocrit/sn/sn-218-32.htm, segundo quadro – 1686 – 1705) onde se comprova que d. Paschoa Barbalho realmente existiu; o nome completo do marido dela era Pedro da Costa Ramiro, e no final do seculo XVII foram donos do Engenho de Sao Bento, situado no Mutua, nas bandas de Sao Goncalo.

Quanto ao sobrenome “da Costa”, gostaria de verificar posteriormente se tinha algum relacionamento com Antonio da Costa, o navegador que participou da conquista do Rio de Janeiro, apoiando Estacio de Sa, e/ou com Pedro da Costa, o primeiro “tabeliao do publico e judiciario” da Cidade de Sao Sebastiao do Rio de Janeiro.

Essa curiosidade a respeito de relacionamento se extende tambem ao sobrenome Aguiar, em Manoel Aguiar, marido de Maria da Costa Barbalho. Sabemos que estes sobrenomes permanecem presentes no Rio de Janeiro entre as familias mais conhecidas de la. Eh possivel que estejam ligados aos fundadores e personalidades historicas do Rio de Janeiro, pelo menos no que se trata `as familias da classe de servidores publicos.

Voltando entao ao trabalho do Antonio Filipe Pereira Caetano e a Sao Goncalo. Na pagina 179 encontram-se algumas informacoes da passagem da geracao do Jeronimo Barbalho Bezerra para a de Paschoa Barbalho. Levantei anteriormente varias hipoteses baseadas nos indicios distorcidos que encontrei em textos na internet. Todas erradas, exceto por uma.

Num resumo de biografia do mestre de campo Luis Barbalho Bezerra, na Wikipedia, foi dito que os irmaos Jeronimo e Agostinho haviam chegado jovens ao Rio de Janeiro, com os pais deles. Eles foram para la em 1643. Portanto seria algo totalmente inesperado que uma neta do Jeronimo estivesse se casando em 1668, segundo o proposto pelo professor Demerval. Assim, sugeri que ela fosse filha. Tambem duvidei da informacao da Wikipedia a respeito das idades dos personagens. O dado de que o Jeronimo nasceu por volta de 1616 o coloca com 28 anos, o que era para la de meia-idade naquela epoca.

Mas o que mais ajudou em nosso caso foram os dados abaixo:

Joao do Couto Carnide – Cordula Gomes, pais de:
Isabel Pedroso – Jeronimo Barbalho Bezerra

Estes nossos ancestrais foram pais de : Jeronimo Barbalho, 1645; Felipe Barbalho Bezerra, 1647; Paschoa Barbalho, 1650; Luis Barbalho, 1651 (falecido antes de 1660); Micaela Barbalho Bezerra Pedroso, 1653; e Luis Barbalho Bezerra, 1660. O Antonio Filipe informa que estes filhos nasceram no Rio de Janeiro, porem, os netos, principalmente os oriundos das filhas possuiram ligacoes com Sao Goncalo.

Os dados que ja encontraramos realmente informam que Agostinho e Jeronimo possuiram fazendas em Sao Goncalo. A nota da presenca do Agostinho em Sao Goncalo nos vem na biografia dele, escrita por Francisco Augusto Pereira da Costa, no “Diccionario Biographico de Pernambucanos Celebres”.

Ja a presenca do Jeronimo eh mais especifica. O trabalho do Antonio Filipe e outros afirmam que teve fazenda na Ponta do Bravo. Este foi o local onde ocorreram as reunioes que decidiram pela eclosao do feito mais conhecido do Jeronimo que foi liderar “A Revolta da Cachaca”. Ele foi o unico dos lideres que foi sumariamente condenado e executado. Os outros foram presos e, julgados em Portugal, ganharam as simpatias dos cabecas da realeza, e que os deram por inocentes, enquanto Salvador Correa de Sa e Benevides tornou-se reu e culpado do assassinato de um dos herois da resistencia ao invasor holandes.

Fica, assim, confirmado os nossos vinculos com Sao Goncalo e justificado a abertura deste capitulo.

Numa das literaturas que consultei ha a mencao de que houvera um segundo Luiz Barbalho Bezerra que aparece como capitao no Rio de Janeiro. O que posso presumir eh que o tal seja o filho mais novo do Jeronimo.

As fontes literarias consultadas pelo Antonio Filipe, em relacao `a nossa genealogia, foram o “Dicionario das Familias Brasileiras”, p. 368 (Barbalho Bezerra) de Afonso Henriques da Cunha Bueno & Carlos Eduardo de Almeida Barata, lancado em 2000; e “Primeiras Familias do Rio de Janeiro (seculos XVI e XVII), pags. 188-195 do Carlos Rheingantz, lancado em 1965. O “Dicionario de Familias Brasileiras” a partir de agora fara parte de literaturas a serem consultadas para a ampliacao dos nossos conhecimentos genealogicos. Foi a primeira vez que ouvi mencao a respeito dele.

Acrescente-se agora a definicao de que Cecilia Barbalho era mesmo filha do Luis Barbalho Bezerra, o velho, e nao esposa do Agostinho, como muitos erroneamente o indicaram. Este erro esta inclusive anotado na propria biografia dela. No livro “Pantheon Fluminense; Esbocos Biographicos” este engano esta ali registrado tambem. Observe-se que ali se menciona a presenca de filhas do casal, porem, nao da nome a elas.

Outra grande novidade, para mim, que o trabalho do Antonio Filipe nos da eh a de que houve um filho dos ancestrais Luis Barbalho e Maria Mendonca chamado Antonio Barbalho Bezerra, casado com Joana Gomes da Silveira. Nao posso afirmar com certeza mas penso que possa have ai um engano de informacao. O casal realmente existiu e faz parte da Historia da Vila de Nossa Senhora das Neves, atual Joao Pessoa.

Ao mencionar o Antonio Barbalho Bezerra o Antonio Filipe pode ter cometido os enganos de dizer que ele fora o filho mais novo (“casou, em 6 de novembro de 1633”) e de que a esposa fosse neta de Duarte Gomes da Silveira. Acredito que o Francisco Monteiro tenha sido o filho mais novo e antes eu calculei errado que tivesse nascido em 1634. O mais provavel eh que tenha nascido em 1644, pois, recebeu a aposentadoria compulsoria em 1704. Se bem recordo, as aposentadorias compulsorias no servico militar se davam aos 60 anos e nao aos 70. Oferecerei mais detalhes da vida do Antonio Bezerra no capitulo 82, dedicado `a Cidade de Joao Pessoa.

Outro engano que o Antonio Filipe cometeu tambem foi o dizer que Luis Barbalho Bezerra foi pai de apenas seis filhos. Acredito que os genealogistas baianos basearam os estudos deles apenas nos documentos encontrados na Bahia. O mesmo deve ter sido feito no Rio de Janeiro. Assim, ambos os times encontraram o numero 6, porem, a relacao de nomes difere uma da outra lista. Da Bahia constam: Agostinho, Guilherme, Fernao, Antonia, Cosma e Francisco Monteiro. No Rio temos: Antonio, Guilherme, Cecilia, Francisco Monteiro, Agostinho e Jeronimo. Ou seja, 3 sao repetidos, o que nos da um total de 9 filhos.

Infelizmente, perdi a fonte onde encontrei o nome Celia Carreiro. Nao posso usar o geneall.net Portugal como referencia porque fui eu quem indicou o nome e a referencia. Ela parece nao ser filha da Maria Furtado de Mendonca, por nao se encontrar em nenhuma das listas. E, talvez, se encaixe perfeitamente como filha de alguma possivel primeira esposa falecida do Luis Barbalho, por causa do indicativo da data de 1600 para o nascimento do marido dela: Fernao Aires Furtado.

Segundo o Antonio Filipe, Luis Barbalho e Maria Furtado teriam se casado em 1644, quando o Luis contava 30 anos. Algo nao muito comum para os homens de familias bem posicionadas socialmente como era a dele.

Assim ficam definidos 9 filhos e filhas de Luis Barbalho Bezerra (mais uma a ser confirmada) e Maria Furtado de Mendonca. Eh interessante que, se esta lista estiver correta, nos podemos ter uma visao de como uma unica familia poderia dominar o cenario nacional naquele tempo, bastando ser numerosa, fazer parte da nobreza da terra e colocar-se `a disposicao do servico Publico, ou de sua magestade.

Nao posso dizer que a familia tivesse um plano de dominio do pais mas isso poderia ter ocorrido se alguns acontecimentos infelizes nao tivessem ocorrido. Certamente, nao houve um planejamento porque foram as guerras contra os holandeses que praticamente forcaram a familia a entrar toda para o servico militar e, em consequencia disso, ser dispersada para os pontos estrategicos da nacao `a epoca.

Tirando Pernambuco que, aparentemente, Luis Barbalho nao deixou descendentes e tambem nao seria necessario porque ja possuia vinculos familiares com os mais poderosos locais, vejamos para onde foram os filhos. Observando-se antes que, em Pernambuco, o avo do Luis Barbalho: Bras Barbalho Feyo, era concunhado de Joao Paes Velho Barreto que se tornou o senhor de engenhos mais prospero daquela Capitania. Joao Paes casou-se com Ines e Bras com Catharina (ou Maria), filhas de Francisco Carvalho de Andrade e Maria Tavares de Guardes. Outros Barbalho da familia tambem devem ter permanecido em Pernambuco.

Por um certo tempo, o Guilherme foi o alcaide-mor de Sao Christovao, a entao capital de Sergipe. E o filho dele, Domingos, o sucedeu.

Em tambem sendo filho, o Antonio tornou-se o segundo senhor do morgado de Sao Salvador do Mundo da Paraiba. Foi um morgado riquissimo e criado pelo sogro dele: Duarte Gomes da Silveira (ou avo de sua esposa Joana Gomes da Silveira).

Em Salvador, o Fernao Barbalho era capitao do Forte de Sao Marcelo, tambem conhecido como Nossa Senhora do Populo. Ele deixou o cargo para servir ao Infante e futuro rei D. Pedro, em Portugal. Este Pedro foi o cabeca da armacao que destituiu o rei Afonso VI em 1668, tornando-se Pedro, o regente, antes de tornar-se rei apos `a morte do irmao em 1686.

Fernao colocou em seu posto como capitao do Forte de Sao Marcelo o seu irmao: Francisco Monteiro Barbalho Bezerra. Essa manobra manteve um dos varoes da familia na Bahia, porem, enfraqueceu um pouco o poder dela no pais porque o Francisco poderia ter sido destacado para algum outro ponto estrategico, como a Capitania de Sao Paulo por exemplo, onde nao tinha representantes.

As aliancas continuam na Bahia, com os casamentos das filhas Antonia e cosma. Elas se casaram respectivamente com Antonio Ferreira de Souza e Francisco de Negreiros Sueiro. Familias estas que dominavam o rico Reconcavo Baiano. Para se ter uma melhor ideia dessas aliancas, d. Ines Theresa Barbalho Bezerra, filha de d. Antonia, casou-se com o fidalgo Egas Moniz Barreto, que no mesmo ano do casamento foi promovido a coronel, e que cuja influencia genetica nas familias nobres do Imperio torna-se bastante acentuada.

A existencia do Jeronimo fora discreta, sobressaindo-se apenas durante “A Revolta da Cachaca”. Nao tenho como afirmar realmente que fora discreta porque existe a possibilidade de os inimigos deles terem queimado alguns documentos com registros da presenca dele na Terra. Um tipo de vinganca ate facil de prever em casos de pessoas que eram executadas, principalmente de forma sumaria. Talvez ele tenha aparecido menos justamente por talvez ter sido encarregado de ser o Aio da familia. Enquanto tinha ainda irmaos menores, filhos e sobrinhos, alem dos mais velhos estarem envolvidos nas guerras, alguem teria que assumir os negocios e a pageanca do cla.

O falecimento do Jeronimo em consequencia da “Revolta da Cachaca” deve ter castrado as mehores oportunidades da familia porque os filhos eram ainda muito jovens e nao poderiam assumir cargos de maiores responsabilidades.

No Rio de Janeiro a familia teve la seu apice com o Agostinho. Alem de “bem casado” e bem relacionado com as altas esferas do poder, tinha um curriculum invejavel e quase impecavel. A ambicao dele foi enorme. Pediu e ganhou o direito perpetuo sobre a Ilha de Santa Catarina. Mas nunca tomou posse porque faleceu logo depois de ter conseguido. Lembremos que Santa Catarina, a ilha, onde hoje se localiza Florianopolis, foi o quartel avancado que assegurou a posse dos Estados da Regiao Sul para o Brasil.

Na ocasiao do falecimento dele, ele acumulava o cargo de “cacador das esmeraldas”. Era administrador das minas de Sao Paulo. Se o encontro das minas tivesse se dado na administracao dele, Minas Gerais teria ganhado pelo menos um marques com o sobrenome Barbalho.

Ainda no Rio de Janeiro, a Cecilia Barbalho casara-se com Antonio Barbosa Calheiros. Oriundo de familia (Barbosa) que fazia parte das altas rodas do poder. Igualmente triste, neste sentido, foi a Cecilia ter ficado viuva sem que o marido lhe tivesse deixado heranca muito relevante. Foi dito que por esta razao internou-se, com as filhas, em um abrigo construido por ela propria na propriedade da Capela de Nossa Senhora da Conceicao, na famosa Rua da Ajuda. Mais tarde ela tornou-se a mentora do Convento de Nossa Senhora da Ajuda. Foi o primeiro convento feminino do Rio de Janeiro

Ha que se fazer aqui uma ressalva. Parece que a informacao a respeito dos detalhes genealogicos da Cecilia Barbalho encontram-se no “Primeiras Familias do Rio de Janeiro, 1:195”, do genealogista Carlos Rheingantz. No livro: “Alfandega do Rio de Janeiro”, do Jose Eduardo Pimentel de Godoy, na passagem das paginas 16 para 17, a respeito de Joao Barbosa Calheiros, ele menciona que este personagem: “era certamente parente de Antonio Barbosa Calheiros, genro de Agostinho Barbalho Bezerra, e cunhado de Jeronimo Barbalho Bezerra, poderosa familia que desafiou o predominio de Salvador Correa de Sa e Benevides.”

Obviamente, o Antonio Filipe, abrindo a mesma pagina do mesmo livro, informa-nos que Antonio Barbosa foi cunhado do Agostinho e do Jeronimo simultaneamente, ao dizer que a esposa: Cecilia Barbalho, era irma deles. Tudo eh possivel mas estou dando credito maior ao Antonio Filipe. Todos estamos sujeitos a distracoes. Mas a segunda hipotese parece ter mais logica.

Outro detalhe dessa genealogia foi que eu havia encontrado na pagina: http://www.genealogiabrasileira.com/titulos_perdidos/Cantagalo_ptazercout.htm, do nosso confrade Lenio Richa, no capitulo 6o., paragrafo 1o., item 3 – 6, que Inacia Rangel havia se casado com Francisco Barbalho. O Lenio sugeria que esse Francisco fosse filho ou neto do Luis Barbalho e que o nascimento provavel dele teria se dado por volta de 1650.

Baseado em minha interpretacao anterior de que o Francisco Monteiro Barbalho Bezerra havia nascido em 1634, sugeri que aquele Francisco Barbalho pudesse ser neto.

Com a eventualidade de o nascimento do Francisco Monteiro poder ter se dado em 1644, penso ai haver uma remota possibilidade de serem a mesma pessoa, embora, ressalte-se que os filhos de Inacia e Francisco nasceram no Rio, praticamente impedindo essa possibilidade, em funcao de o Francisco Monteiro ter-se capitao do Forte de Nossa Senhora do Populo, na Bahia, desde 1667 ate 1704.

Se acaso o Francisco Barbalho, marido da Inacia Rangel, for mesmo descendente dos nossos ancestrais, nao sera filho do Jeronimo como pensei primeiro. Podera ser filho do Agostinho, embora, nao tenho a relacao de filhos dele.

Voltando agora ao assunto principal deste capitulo que eh o nosso relacionamento com a Cidade de Sao Goncalo, no Rio de Janeiro, fiz contato com a administracao da “SAL” – Sociedade de Artes e Letras de Sao Goncalo – que agora estou impedido de manter contato frequente via internet. O contato era no sentido de encontrar entre os associados alguem mais interessado tambem em genealogia. O primeiro contato havia sido otimo, com pronto retorno.

Com o impedimento, penso que o assunto podera morrer ai. Havia enviado uma treplica apenas falando por alto o que eu pretendia, porem, nao havia posto substancia em minhas ideias ainda. Mas o que eu gostaria de incentivar era o contato entre as pessoas e penso que com isso poderia ocorrer um movimento turistico em torno da genealogia. Tomo a Familia Barbalho apenas como um exemplo mas as outras linhagens familiares brasileiras poderiam espelhar-se no padrao e fazer o mesmo.

O que pretendo precisava do apoio das pessoas que ja se ocupam com genealogia, historia, cultura e com as prefeituras e seus orgaos correspondentes. Dentro do que visualizo, cada prefeitura poderia ter pelo menos uma salinha para abrigar um genealogista local que tivesse acesso `as documentacoes antigas. Melhor seria entao que se criasse um site novo de genealogia ou aproveitar-se algum ja existente.

Assim poderiamos combinar todos os nossos achados genealogicos num unico local, para podermos desvendar os graus de parentesco que existe na populacao como um todo. Lembrem-se que o principio podera ser dificultoso, porem, eh um trabalho que se fara uma vez e servira para sempre, dependendo apenas de manutencao e atualizacao corriqueira.

Outra contribuicao importante ao plano sera a identificacao de locais e propriedades relacionadas aos ancestrais. Ha a necessidade de presevar-se esse patrimonio historico e de familia. Um exemplo disso eh a preservacao de casas que pertencderam ou foram locais onde os personagens historicos nasceram, tornando-as museus patrimoniais e biograficos deles.

Neste ponto gostaria de salientar que a Cidade de Sao Goncalo nao esta aproveitando a oportunidade que possui em maos. Ate ao momento nao encontrei relacionamento historico algum entre os pontos turisticos que ela explora e o sobrenome Barbalho. As unicas referencias q Baue encontrei sao as indicacoes de que atualmente o Bairro do Gradim se encontra em terras que antes faziam parte da Ponta do Bravo que, agora, relaciono com a propriedade que pertenceu a Jeronimo Barbalho. Tambem que houve um engenho, invocando o nome de Sao Bento, que foi propriedade de d. Paschoa Barbalho e Pedro da Costa Ramiro, nossos ancestrais.

Tenho a curiosidade de saber onde e como os meus ancestrais viveram. E penso que se todos os descendentes deles tambem soubessem que os tem como ascendentes, teriam curiosidade igual e ate maior. O problema eh que a informacao nao esta disponivel para todos. Digo mais. Esta restrita a uma minoria! Ora, quem no Brasil sabe quem foram e o que fizeram Luis, Jeronimo, Antonio, Fernao, Gulherme, Agostinho, Francisco e outros Barbalho Bezerra daquela e outras epocas? A divulgacao da genealogia facilitaria o despertar da curiosidade das pessoas pelos fatos historicos e pelos locais por onde passaram os ancestrais delas.

Se eu fosse visitar Sao Goncalo hoje, entre um hotel cinco estrelas e uma pousada num local das fazendas que pertenceram aos meus ancestrais eu preferiria a pousada, desde que eu pudesse realmente conhecesse a relacao que existe entre a minha pessoa e os antigos moradores do local. Claro, ficaria satisfeito tambem se encontrasse outras pessoas, atuais moradoras da cidade, que fossem descendentes dos mesmos ancestrais.

Bom, a seguir, o projeto passaria para uma segunda etapa. Identificados os personagens historicos e suas propriedades, juntamente com a identificacao das descendencias, viriam as comemoracoes. Digamos que, devido ao projeto estar em fase apenas de elaboracao, podemos tomar a data de 2030 como uma possivel data de inicio. Dai para frente observe-se o que ha por se lembrar:

2030 – Encontro cultural Brasil/Holanda e discussoes dos 400 anos da Invasao Holandesa em Pernambuco.

2032 – 300 anos do casamento dos patriarcas Manoel Vaz Barbalho e Josepha Pimenta de Souza, ocorrido em Minho Verde, distrito da Cidade do Serro, MG.

2034 – 400 anos da Invasao Holandesa em Joao Pessoa.

2038 – 400 anos da rechacao da Invasao Holandesa `a Bahia, importante capitulo da Historia. Existem varias datas em torno deste acontecimento como, por exemplo, a construcao do Forte de Nossa Senhora da Conceicao, tambem conhecido como o Forte do Barbalho, por Luis Barbalho Bezerra.

2043 – Chegada da Familia Barbalho ao Rio de Janeiro e instalacao do governador Luis Barbalho Bezerra. Estas sao outras comemoracoes quarto-centenarias.

2044 – 15 de abril, quarto-centenario do falecimento do governador Luis Barbalho, no Rio de Janeiro.

2060/2061 – Comemoracao do quarto-centenario da “Revolta da Cachaca”, com enfase especial em Sao Goncalo, Niteroi e Rio de Janeiro.

2084 – Quinto-centenario do nascimento de Luis Barbalho Bezerra.

Aqui estou apresentando apenas um resumo de datas a serem comemoradas nao me atendo a acontecimentos menores como os de criacoes de muitos municipios do pais, nos quais estavam presentes a descendencia dos personagens. Seria o caso, por exemplo, da criacao da Paroquia de Nossa Senhora do Patrocinio de Guanhaes, atual Virginopolis, MG, em 1858. Dai havera o que se comemorar em 2058. (duocentenario).

A descendencia tambem se extende ao Rio Grande do Sul – Gravatai em particular – desde o final dos anos 1700. O mesmo se da em Florianopolis. Possivelmente haverao personagens e feitos importantes de descendentes a que se comemorar e ser colocado no calendario comemorativo. Nossas pesquisas precisam ser construidas a muitas maos em conjunto para obtermos um conhecimento mais completo de nossos parentes.

O objetivo dessas comemoracoes seria tambem o de criar-se um fluxo continuo de turismo da descendencia aos locais vinculados aos seus ancestrais em anos e datas nao comemorativos. Creio que somente da descendencia Barbalho existam ja milhoes de brasileiros e estrangeiros. Entre os que assinam e os que nao assinam o sobrenome. Se cada uma dessas pessoas pagarem pelo menos uma visita na vida aos locais de seus ancestrais, este fluxo estara criado. E vira o tempo em que se tornara ate superlotado.

E aqui estou mencionando apenas uma linhagem familiar. Imagine-se o que se dara se o levantamento genealogico for feito nas inumeras familias ou, pelo menos, em relacao aos principais patri e matriarcas, desde as primeiras colonizacoes no pais ate aos dias de hoje!…

Quanto `as informacoes a respeito de moradores e/ou nascidos no exterior, visitem o Family Search e busquem o sobrenome Barbalho. Observarao nao muitas mas ja ha um numero razoavel de pessoas com este sobrenome aqui nos EEUU. A maioria delas pertencem ao ramo familiar do qual herdei meu sobrenome e as conheci pessoalmente. Acredito que quanto mais o tempo passar, mais este numero se multiplicara, e seria saudavel para a economia de todos nos que estas pessoas nao perdessem os rumos de onde vieram. Mas se os descendentes delas nao tiverem referencias fisicas de onde os seus ancestrais partiram, o que as motivara visitar o pais de origem deles?

Um dos pontos que penso ser necessario para que o projeto de certo eh fazer a pesquisa e a divulgacao dos feitos heroicos praticados pelos ancestrais. Livros a respeito das vidas do Luis, do Agostinho, do Jeronimo e outros ajudariam muito.

Uso este argumento por uma razao. Se poucos sao os que no Brasil podem dizer: conheco os personagens, no exterior eles sao totalmente ignorados. Mesmo que as acoes deles no Brasil tenham tido o efeito nao intencional de influenciar na Historia dos Estados Unidos, por exemplo.

Com a expulsao dos holandeses do Brasil, alguns judeus preferiram voltar para a Europa mas acabaram atracando em Nova Amisterda, atual Nova Iorque. Ali fundaram a primeira, e por quase dois seculos a unica, sinagoga no pais. Estes portugueses e espanhois de origem e brasileiros temporarios deixaram descendentes que lutaram nas Guerras de Independencia e na de 1812, alem de terem ajudado a criar o sistema economico que fez deste pais a nacao mais poderosa do mundo durante o decorrer do seculo XX.

Apesar dessa verdade, entrei em contato com uma empresa de pesquisa de heraldica aqui. Alegaram possuir um banco de dados contendo mais de um milhao de sobrenomes mas que nem sequer tinham noticia do sobrenome Barbalho. Ate parece piada!

Certamente, os outros nomes comuns portugueses e espanhois eles possuem porque fazem parte da heranca genetica de passado mais remoto por aqui. Isso em parte porque metade do territorio da parte continental continua dos Estados Unidos foi tomada aos mexicanos e espanhois e nela os espanhois de origem foram assimilados. Em outra parte por causa da migracao portuguesa que vem ocorrendo desde os tempos coloniais para aqui tambem. Portanto, eh muito comum encontramos americanos “velhos” com assinaturas tais como Pereira, Mesquita, Sanchez e outros.

Aproveitando que estou recordando, gostaria de fazer aqui algumas observacoes a respeito da genealogia dos Barbalho no Rio de Janeiro. Inclusive o Antonio Filipe repete no trabalho dele a data de nascimento do Agostinho Barbalho como sendo 1619. Vi apenas uma mencao como sendo 1609, mas creio que devo levantar o alerta para que se pesquise melhor a respeito da duvida porque a ultima data parece se encaixar melhor em alguns fatos da vida dele.

Neste caso, o dado de que o Luis Barbalho Bezerra, o velho, tenha nascido em 1584 e se casado 30 anos depois nao se casa com dados de outros pesquisadores. A biografia da Cecilia, no “Pantheon Fluminense”, afirma que ela nascera em 1613.

Tambem temos o fato de que o Agostinho foi elevado `a patente de capitao pelo conde de Torre em 1639. `A epoca ele servia sob o comando do proprio pai, Luis Barbalho, e se ele tivesse nascido em 1619 seria mais novo que Antonio, Guilherme, Fernao e Jeronimo, alem de centenas de outros que estariam prestando servico na mesma companhia. Alem dessa clausula de hierarquia em funcao de idade, note-se que os que possuissem recursos proprios teriam preferencia.

Segundo informacoes mais que conhecidas, Luis Barbalho Bezerra havia gasto tudo o que possuia combatendo os holandeses, a ponto de que quando chegou ao Rio de Janeiro para governa-lo foi-lhe concedida uma pensao para ele, pelo menos, poder alugar uma casa de morada. Seria quase hilario o pai alegar peticao de miseria enquanto o filho estivesse em condicao financeira aceitavel mas nao o ajudasse. A ressurreicao financeira do Agostinho deve ter-se dado atraves do dote que recebeu, “pelo sacrificio que fez” de casar-se com Brites ou Beatriz de Lemos, filha do riquissimo Joao Alvares Pereira.

Face a estas razoes, penso que seja mais logico que Agostinho tenha nascido em 1609 e sido promovido a capitao por volta dos 30 anos, o que o faria um dos mais velhos em sua companhia e menos necessario estar com as burras cheias de dinheiro para tal. Alem disso, sendo mais velho que o Jeronimo, ficaria explicado o fato de o povo ter recorrido a ele primeiro para governar o Rio de Janeiro. O lider da Revolta da Cachaca foi o Jeronimo e nao o Agostinho. Este aceitou o cargo somente sob ameaca de morte. Se ele nao fosse o mais velho, possivelmente, o Jeronimo teria assumido o governo desde o inicio porque hierarquicamente ambos preencheriam os mesmos requisitos.

Como pudemos observar anteriormente, ficou completamente comprovado que a Familia Pimenta e suas correlatas por descendencia desta eh mesmo descendente das familias reais ibericas e alhures. Isso significa que todos os nossos primos que sao “folhas” na Arvore Genealogica do Tronco Pimenta – Vaz Barbalho, descrito pelo professor Demerval Jose Pimenta em sua obra prima: “A Mata do Pecanha, sua Historia e sua Gente” fazem parte da linhagem nobre descendente do ramo Bezerra oriundo da Galiza.

O que falta agora em minha pesquisa eh a confirmacao de que as Familias Barbalho e Coelho, do Norte e Centro-Nordeste de Minas Gerais tenham vinculo igual ou semelhante com o casal Manoel Vaz Barbalho e Josepha Pimenta de Souza. Quanto `a linhagem Barbalho ela ja esta definida ate Jose Vaz Barbalho, natural do Serro, que se casou com Anna Joaquina Maria de Sao Jose, natural de Conceicao do Mato Dentro, ambas cidades em Minas Gerais. A data presumivel do nascimento do Jose Vaz Barbalho o colocam na possibilidade de ser filho ou neto do casal Manoel/Josepha. E o sobrenome quase o “condena” a isso.

O documento que poderia nos mostrar todas as comprovacoes que precisamos em relacao ao sobrenome Barbalho seria “os Autos de Genere” do padre Policarpo Jose Barbalho. Estes deverao ser encontrados em Mariana – MG. O padre Policarpo foi filho de Jose/Anna Joaquina e este vinculo paterno foi constatado nos “Autos de Genere” do padre Emigdio de Magalhaes Barbalho, filho do padre Policarpo e sua esposa Isidora Francisca de Magalhaes. Nao ha confusao nenhuma ai. O padre Policarpo casou-se, ficou viuvo, criou a familia e retornou ao seminario que comecara antes de casar-se em 1808.

Uma alternativa seria encontrarmos os registros do casamento de Jose Vaz e Anna Joaquina. Provavelmente, as nupcias se deram em Conceicao do Mato Dentro ou em alguma de suas muitas Freguesias na epoca. Embora nao tenhamos data para este acontecimento, ele deve ter ocorrido entre 1760 a 1780. Depende do nascimento do Jose que pode ter nascido entre 1733 a 1755.

Quanto ao ramo Coelho, creio que tanto os registros de casamento de Jose Coelho de Magalhaes e Eugenia Rodrigues da Rocha, quanto os do casamento dos pais dela: Giuseppe Nicatsi da Rocha e Maria Rodrigues de Magalhaes Barbalho mostrariam o casal Manoel/Josepha como pais da Maria Rodrigues, caso assim o for mesmo. As datas que temos como base indicam que Maria Rodrigues poderia ser filha mas nao teria tempo habil para ser neta. Porem, podera haver grau alternativo de parentesco.

Essa duvida quanto a ser filha ou nao deriva dos sobrenomes Rodrigues de Magalhaes que, segundo anotacao posterior do professor Demerval, ela usava. Por volta dos anos de 1600 e 1700 tornou-se muito comum as pessoas de origem nobre usarem um maior numero de sobrenomes, na maioria dos casos relacionados a ancestrais mais antigos e, algumas vezes, em homenagem a padrinhos. Como nao sabemos ainda quem foram os ancestrais da Maria Rodrigues, nao temos como explicar o sobrenome completo dela.

Uma hipotese alternativa seria a de ela ter sido irma, sobrinha ou prima do Manoel Vaz Barbalho. Pelo o que o professor Demerval nos apresentou na genealogia encontrada por ele, Manoel Vaz Barbalho era filho de Maria da Costa Barbalho e Manoel Aguiar, todos naturais do Rio de Janeiro, muito provavelmente de Sao Goncalo. E existe uma razao muito boa para que um possivel nucleo familiar tenha se mudado para Minas Gerais na decada de 1720. O mesmo pode ter se dado com parte da familia de Josepha Pimenta, dai a razao de os dois se encontrarem em Milho Verde e ali se casarem.

Em primeiro lugar, Minas Gerais atraiu milhares de aventureiros a partir de 1700 em razao da descoberta das minas de ouro e por isso ter se dado o inicio do “Ciclo do Ouro” no pais. Porem na decada de 20 a febre inicial ja deveria ter se arrefecido porque os veios conhecidos ja tinham donos e estavam sendo explorados. Mas em 1720 houveram tres fatos que deverao ter dado um impulso menor, porem certeiro, ao fluxo imigratorio para Minas.

Em primeiro lugar, 1720 marca a data da revolta chefiada por Filipe dos Santos Freire. Essa foi uma revolta quase nos mesmos moldes da chamada “Guerra dos Emboabas” que nao apenas estava vinculada `a exploracao do ouro mas, principalmente, com a falta de liberdade do povo da terra e o monopolio do comercio garantido aos lusitanos. Dominada a revolta, o governador da entao Capitania de Sao Paulo e das Minas de Ouro: Antonio de Albuquerque Coelho de Carvalho, criou a nova Capitania das Minas Gerais separando-a da de Sao Paulo para obter maior controle da situacao. O risco de ocorrer outro movimento de emancipacao incentivou essa criacao.

Junto com a criacao da nova Capitania criou-se tambem a Comarca do Serro Frio, os diamantes foram encontrados no Distrito do Tejuco (atual Diamantina) e, em 1725, foi criada a casa de fundicao na Vila do Principe, atual Serro. Destes fatos, o de menor importancia para o movimento migratorio foi o encontro dos diamantes porque o monopolio de exploracao foi tao acirrado que muitos moradores (mesmo os escravos) foram expulsos para prevenir o extravio da riqueza. Restou, naturalmente, o fluxo migratorio de servidores publicos que, certamente, ha muito esperavam tal oportunidade de arranjar um bom cabide de emprego naquela terra que estava praticamente sem lei.

Eh possivel que tenha sido este o contexto que pode ter levado toda a Familia Aguiar da Costa Barbalho para, primeiramente, Milho Verde. Este distrito fazia parte do quadrilatero dos diamantes e a demora do governo portugues em autorizar concessoes de exploracao da pedra pode ter sido o motivo que levou o casal Manoel Barbalho/Josepha Pimenta a mudar-se dele para Tapanhoacanga (atual distrito de Alvorada de Minas, Itapanhoacanga). Local este que pertencia a Conceicao do Mato Dentro, que ainda fazia parte da Vila do Principe (Serro), e que `a epoca era um dos maiores produtores de ouro da Capitania.

Neste contexto podemos ter tido mais de um membro da familia se instalando na regiao. D. Paschoa Barbalho havia nascido em 1650 e se casado em 1668. Desde entao ate 1690 poderia perfeitamente ter filhos. Supondo que Maria da Costa Barbalho tenha nascido em torno de 1685, nao seria impossivel ter sido mae da Maria Rodrigues de Magalhaes Barbalho. Apesar de o sobrenome de Magalhaes Barbalho indicar a maior probabilidade de ai ter ocorrido uma geracao intermediaria. Sabemos que a Eugenia Rodrigues Rocha nasceu apos 1750. Portanto, a mae dela tera que ter nascido, no maximo, por volta de 40 anos antes.

O que poe o nascimento da mae dela em torno de 1720 ou mais. Espaco suficiente para que o avo ou a avo dela, na linhagem Barbalho, tenha sido filho ou filha da Maria da Costa Barbalho, nao sendo o Manoel Vaz Barbalho. O que tambem nao elimina a possibilidade de a linhagem Coelho descender dos outros irmaos de d. Paschoa Barbalho. Nao quero fazer mais conjecturas a este respeito. Por enquanto, o que temos de concreto eh que o casal Manoel Vaz/Josepha Pimenta residiam no local e no tempo certo em que a Maria Rodrigues de Magalhaes Barbalho nasceu. Portanto, eles sao os primeiros candidatos a serem os pais dela.

So mesmo com os documentos esclareceremos as duvidas. E creio que qualquer que venha a ser o resultado, penso que os registros dos casamentos acima citados estejam todos em Conceicao do Mato Dentro. So espero que algum anjo os localize e nos mande os resultados porque estou impedido de tentar acha-los por conta propria.

Outro fato eh este, se em ambos os casos, Barbalho e Coelho, encontrarmos respostas positivas em relacao a todos sermos ramos do mesmo tronco Pimenta – Vaz Barbalho, poderemos afirmar que o Norte e Nordeste de Minas Gerais terao se tornado um grande feudo de ascendencia Barbalho Bezerra, embora, o sobrenome Barbalho tenha sido mantido apenas em uma pequena parcela da populacao. Outros sobrenomes predominam em numero de assinantes mas a maioria teria igual ascendencia Barbalho.

Apenas concluindo este capitulo. Uma das razoes de minha esposa manter as discordias dela comigo eh a questao dela muito agradar-se de torturar-me com as frequentes perguntas: “E em que isso esta de dando dinheiro? Os outros estao ganhando dinheiro e nao estao nem ai para suas pesquisas, e quanto a sua familia esta te pagando? O que os seus antepassados vao te dar agora?”

As perguntas sao realmente embaracosas se colocarmos somente a prespectiva financeira como objetivo. Para minha esposa, como para a maioria das pessoas na atualidade, o prazer esta em possuir. Ela que foi e continua uma das pessoas destituidas em nossa Historia, jamais compreendera que o dinheiro jamais comprara todos os prazeres da vida.

Descendermos de determinados ancestrais nos da um prazer que nao depende de dinheiro algum. Conheco milhares de descendentes de meus ancestrais e a classe social financeira desta descendencia varia dos mais pobres aos mais ricos. Portanto, a presenca ou a ausencia do dinheiro nao impede de termos o mesmo prazer. Neste caso hao apenas duas alternativas: ou se eh ou nao se eh descendente.

Nao ha meios termos. Sendo que quem nao for podera ser descendente de outros ancestrais ingualmente importantes, e dos quais nos nao somos. Dai o prazer eh para todos. Nao se faz distincao alguma. Porem, quando tratamos de ancestrais que nasceram ha mil anos anteriores ao nosso nascimento, quase que podemos afirmar com absoluta certeza que o prazer eh para todos, exceto em casos excepcionais.

Quem nao descente de determinados ancestrais, pode ser rico do jeito que for, nao tera dinheiro para tornar-se descendente. O dinheiro nao compra ascendencia para ninguem, portanto, cada um tenha prazer naquela heranca que lhe eh propria, sabendo que os descendentes que acaso gerar acabarao se tornando tambem descendentes de outros ancestrais que este cada um nao foi. Ora, se alguem tem prazer em seus ancestrais, maior prazer terao os descendentes dele, porque terao mais ancestrais do que aqueles que os geraram.

O conhecimento da genealogia so aumenta o nosso prazer. Quanto mais conhecemos maior eh o nosso prazer. E deixar estes estudos como heranca `a nossa descendencia eh a garantia de que deixaremos heranca prazeirosa que nao se acabar; so se multiplica. Heranca genealogica eh algo que nao se compra e algo que nao se vende mas, por ser eterna, vale mais que todos os valores financeiros da Terra.

Nao comparo os valores espirituais com os valores genealogicos. Mas se a espiritualidade depende do surgimento de um primeiro casal formatado pelas Maos de um Creador, entao, a genealogia eh uma Carta Escrita pelo Creador, atraves de suas letras geneticas. Desde a formacao do primeiro casal a receita para a nossa formacao ja estava escrita. Genetica e genealogia andam juntas. Nos somos a traducao da Ordem do Creador de crescermos e multiplicarmo-nos. Nos somos o que os nossos ancestrais ja foram e o que sera a nossa descendencia. Se houve um Creador no surgimento do primeiro casal, entao, ha uma ligacao direta entre o Creador e nos atraves de nossa genetica.

Alguem podera dizer que falo do prazer genealogico mas que nao conheco o prazer do dinheiro. Eh verdade! Dinheiro eh algo que jamais tive na vida. Nem nunca esforcei para te-lo. Ou melhor, esforcei por coisas que acabaram nao me dando dinheiro algum. Mas observando o mundo percebo que o prazer na genealogia eh maior porque o dinheiro nao foi feito para que todos o tenham em abundancia. Por mais que todos se esforcem igualmente, sempre haverao os que ficarao com a maior parte, enquanto outro nao o terao. Ja a genetica parece ser algo que brota da Fonte Divina, pois, todos possuimos com abundancia. Falta-nos apenas conhecer o que nos cabe. E nossa parte ninguem toma.

*Micaela Barbalho Bezerra Pedroso, filha de Jeronimo Barbalho Bezerra e Izabel Pedroso, casou-se com o portugues Joao Batista de Matos. Existem diversas referencias a ela na internet e ao ramo genealogico que partiu dela e foi para Santa Catarina. Agora podemos confirmar que este e o nosso Barbalho eh o mesmo com a constatacao de que Micaela e Paschoa Barbalho eram irmas.

Maiores informacoes a respeito da nossa genealogia Barbalho na pagina: https://val51mabar.wordpress.com/2012/09/11/barbalho-pimenta-e-talvez-coelho-descendentes-do-rei-d-dinis/.

Acrescentarei mais um assunto aqui neste capitulo que tem apenas uma relacao indireta com a nossa genealogia. Ha alguns anos atras fui premiado com a inscricao e possibilidade de visitar o site geneall.net Portugal. Algo que apareceu como um “pop up” no computador. Aceitei, me inscrevi e gozei de otimos momentos estudando o banco de dados que eles possuem, particularmente no que se trata da genealogia pregressa de um certo Jose Coelho de Magalhaes, nobre de ascendencia e com todas as caracteristicas de poder ser o nosso ancestral de mesmo nome.

Recentemente, apos perder minha regalia de ter a conveniencia de possuir um computador dentro de casa, desejei voltar ao site para enviar aos administradores o encontro da ligacao entre d. Paschoa Barbalho e os pais dela: Jeronimo Barbalho Bezerra e Isabel Pedreira (Pedroso). Para minha surpresa, a inscricao havia sido cancelada e em lugar dela a oferta de associar-me sob um preco confortavel, por seis meses e, claro, a consequente expiracao no final do contrato e a automatica elevacao de meus custos.

A surpresa nao foi nada agradavel. Nao que eu seja mal agradecido. Ao contrario, fico devendo eterna gratidao pela oportunidade que me foi dada nos ultimos anos. O problema eh que a administracao do site mexeu com a pessoa errada com esta atitude comercial. Claro, eu pagaria a anuidade com o maior prazer se o dinheiro em meu bolso estivesse sobrando. Mas a realidade eh justamente o contrario. O que estao sobrando sao as minhas dividas e nao posso dar-me ao luxo de acrescentar nem mais um centavo a elas.

Neste caso, termina aqui nossa parceria. Nao creio que para mim havera consequencia maior porque sei que o que tenho que buscar eh justamente aquilo que nao se encontra naquele site. Alias, como gratuitamente recebi o direito de acesso a parte dos dados que la se encontram, gratuitamente enviei tambem as minhas descobertas que, na maioria dos casos, so nao foram mais completas porque o site nao atualizou o que enviei, assim, nao pude dar sequencia ao que considero o mais importante da genealogia.

Sendo sincero neste ponto, o site geneall.net Portugal possui mais dados a respeito de pessoas do passado. Eh contido primeiramente de nossos falecidos. Estes, em muitos casos, foram personalidades da Historia Universal e seus aparentados mais proximos. Claro, eles sao o atrativo para o site, porem nem tanto. Refiro-me ao fato de serem os nossos falecidos e somente atrairao mais usuarios se eles forem conectados com a descendencia que estiver viva. A verdade pode ser cruel, porem, os falecidos nao compram nada.

Se nao os ligarmos `as pessoas que estao vivas, eles despertarao o interesse apenas de alguns mais abinegados, como os historiadores que ja conhecam o fato de que a genealogia esta diretamente afetando os fatos historicos. Com a genealogia ha uma melhor compreensao e uso deles. Porem, acredito que os sites genealogicos somente terao sucesso completo quando oferecerem dados que liguem a maioria das pessoas vivas `a rede de linhagens ascendentes e que demonstrem que temos ligacoes parentais com todas ou a maioria das personalidades historicas.

Constatei isso atraves do desenvolvimento da minha propria curiosidade pelo assunto. Se nao tivesse encontrado naquele site uma pessoa, que pudesse ser meu ancestral, ha alguns anos atras, as minhas visitas nao teriam passado de uma ou duas. E jamais teria voltado porque ficaria para mim dificil sentir as pessoas que la estao como referencia em minha vida. Nao sou professor de Historia, portanto, so me interessariam aqueles que tivessem algum vinculo comigo, direta ou indiretamente. Hoje seria, por exemplo, o caso dos presidentes dos Estados Unidos que tem vinculo genetico conosco, incluindo o atual. Sao por volta de 75% deles.

Voltando `a ligacao que estava prestes a passar para o geneall.net Portugal, a ligacao de nossa ancestral d. Paschoa Barbalho ao pai dela, conecta naquele mesmo site o inicio da familia do professor Demerval Jose Pimenta, ou seja, os nossos primos Pimenta. Mesmo os dados do livro do professor nao conecta toda a familia `as pessoas da atualidade. Como a publicacao se deu em 1965, existem 2 ou 3 geracoes ainda sem recordar. Importante agora seria que os dados estivessem disponiveis no site porque os possiveis inscritos contribuintes dos dias de hoje poderiam reconhecer seus pais, avos e/ou bisavos. Se as geracoes permanecerem como la estao, no campo dos tri, tetra e pentavos, a maioria nao tera informacao para fazer tal coneccao e o interesse nao sera despertado em todos, apenas em alguns poucos como eu. Que infelizmente, poderao, como eu, nao ter a disposicao financeira de comprar o acesso.

Este eh o caso particular das familias Coelho e Magalhaes Barbalho ja parcialmente postadas naquele site. Do lado Magalhaes Barbalho, a pessoa mais antiga com a assinatura Barbalho e, provavelmente, conectavel `a mesma linhagem eh o Jose Vaz Barbalho, que eh pentavo da minha geracao mas que ja possui nonanetos e esta a caminho da proxima geracao. Se nao se descobrir e fazer a devida coneccao, seria muito dificil estes descendentes mais distantes encontrarem as informacoes que nos, que estamos a caminho do encerramento de nossa visita `a Terra, temos ainda em nossas memorias. Estes sim seriam os clientes mais almejados pelo site, porque terao mais o que viver e mais com que contribuir, financeiramente.

Pelo lado Coelho temos a hexavo (sextavo) Maria Rodrigues de Magalhaes Barbalho. Ha a possibilidade de ser irma do Jose Vaz Barbalho e ambos serem filhos do Manoel Vaz Barbalho e Josepha Pimenta de Souza. Mas tambem pode nao ser irma e sim uma parente proxima. Qualquer que seja a verdade, precisamos encontrar os dados que conectem as tres linhagens. Caso consigamos, entao, poderemos realmente dizer que podemos fazer este “negocio”, como dizem os bons mineiros. Ou seja, nos ficaremos felizes com a coneccao entre os nossos vivos e os nossos falecidos. E os sites de genealogia poderao faturar melhor com a oportunidade de se abrir um numero muito maior de candidatos a associados.

E aqui esta uma das razoes pelas quais a minha esposa odeia o que eu tenho feito. Para ela, as pessoas que entendem dos assuntos de internet eh que sao as inteligentes. Segundo ela, enquanto a gente tem que dar um duro danado para conseguirmos o nosso dinheiro suado, os inteligentes ficam la do outro lado, sentados em suas cadeiras e mesas, apenas elaborando falcatruas para o toma-lo de nos. E nisso nao discordo plenamente dela. As pessoas que estao do outro lado da coneccao nao se interessam pelo sacrificio que temos feito, elas desejam que contribuamos com nossos achados e com nosso suado dinheiro. E as informacoes que tornamos publicas se revertem em beneficios para elas, a cada vez que conseguem outro “pato” de nossa familia em seu quadro de associados.

Aqui preciso pedir desculpas aos meus primos pelas muitas vezes que indiquei o geneall.net Portugal como fonte de acesso a dados genealogicos. Sempre pensei que os dados mais antigos fossem publicos e nao imaginava que os estava indicando uma arapuca. De agora para sempre, entao, continuo recomendando o site, quando isso for absolutamente necessario, porem, com o aviso de que precisarao contribuir para ter acesso. Quem nao se importar de contribuir podera ter suas curiosidades satisfeitas.

O melhor de tudo, porem, eh que nao precisam do geneall.net Portugal para terem acesso aos dados relativos ao sobrenome Barbalho em nosso ramo. Eles estao disponiveis no http://www.geneaminas.com.br. Pelo menos, por enquanto, eh do dominio publico e a matricula eh gratuita, em caso de haver o interesse. O que, alias, esta muito mais completo porque ja lancei la todos os dados que ja coletei ate hoje. Assim, nao sera dificil para milhares de pessoas que nao tenho os dados encontrarem seus ancestrais proximos. Apenas alerto para o fato de que a nossa coneccao com as familias reais da Peninsula Iberica ja estar pronta la, porem, por enquanto apenas em relacao ao ramo Pimenta da familia. O Coelho e o Magalhaes Barbalho esta pendente.

Quando a confirmacao dos dados que ali se encontram registrados, caso alguem os queiram comprovar, indico o familybezerrainternational para os dados entre o Antonio Martins Bezerra e os ancestrais Teresa de Leao, condessa de Portugal e Henri de Bourgogne. Sao umas dez geracoes, indo dos anos 1.000 a 1500 aproximadamente. Mais dados em relacao a este nucleo familiar podem ser obtidos atraves da Wikipedia. Geralmente o site oferece biografias e informacoes genealogicas das personalidades historicas. Assim fica ate melhor informativo porque podemos aprender algo mais em relacao a nossos ancestrais.

No caso da Teresa de Leao, por exemplo, podemos ver que foi filha do rei Alfonso VI e neta dos Fernando I Magno e Sancha, Infanta de Leao. Passando para a biografia deles tambem pode-se ver que entre os ancestrais deles estao o heroi Vimara Peres, e outros reis e imperadores de varias realezas europeias e outras. Teresa e Henri tambem foram os pais de Afonso Henriques, fundador da monarquia e primeiro rei de Portugal.

A coneccao do Antonio Martins Bezerra e sua descendencia Barbalho Bezerra pode ser feita atraves do trabalho do Antonio Filipe Pereira Caetano. “Entre a Sombra e o Sol, A Revolta da Cachaca, a Freguesia de Sao Goncalo de Amarante e a Crise Politica Fluminense” paginas de 187 a 194: “Os Honoratiores Goncalenses: A Familia Barbalho.” Deste ponto em diante encontramos com o livro do professor Demerval Pimenta. Cuja coneccao eh feita ao livro da Ivania Batista Coelho: “Arvore Genealogica da Familia Coelho” atraves das assinaturas Borges Monteiro e Pereira do Amaral, por enquanto. Em breve o faremos atraves do Barbalho tambem.

Assim, chegamos aos dias modernos, porem, ha que se ressalvar que eu estou colocando uma geracao a mais que o Antonio Filipe indicou. Assim, pode-se visitar tambem o ensaio de genealogia do Chico Buarque de Holanda no site da Usina de Letras. Outro site que enriquece o nosso conhecimento eh aquele que contem os dados a respeito dos “Engenhos Pernambucanos”. Ali podemos buscar os engenhos: Barbalho, Monteiro (ou Sao Pantaleao) e Sao Paulo. Todos pertencentes aos nossos ancestrais que foram primeiros povoadores de Pernambuco. No Rio de Janeiro temos o Engenho de Sao Bento, na regiao do Mutua, Sao Goncalo, que pertenceu a d. Paschoa Barbalho e a seu marido: Pedro da Costa Ramiro.

Enfim, no mais eh continuar pesquisando. Antes que me esqueca, nos sites GENi e Google Genealogia podemos ver nossas ligacoes com a Familia Barbalho em Santa Catarina atraves da irma de d. Paschoa Barbalho: Micaela Barbalho Bezerra Pedroso; e do Rio Grande do Sul, atraves do site Family Search, atraves de Policarpo Joseph Barbalho, particularmente com Gravatai. A busca continua.

82. JOAO PESSOA, PARAIBA

Iniciarei este capitulo um pouco no escuro porque nao tive tempo de fazer um estudo mais profundo, antes de eu perder a coneccao com meu antigo computador. Exceto por alguns dados que ja os estava ajuntando, o restante vira da memoria propria e, portanto, sujeito a enganos. Envitarei aprofundar muito para procurar evitar tambem os erros.

Como se sabe, apos descoberto o Brasil, Portugal estava envolvido com a franca expansao economica, por causa da descoberta do caminho alternativo para as Indias Orientais, por D. Vasco da Gama. Portugal nao abandonou totalmente o Brasil pela simples razao de que, se o fizesse outros tomariam posse. No inicio foram feitas apenas algumas feitorias nas costas de Pindorama, para que os degredados por la fizessem contato com os indigenas, colhessem deles o que lhes parecesse ter algum valor para ser enviado a Portugal, a troco de bugingangas e ferramentas de metal.

O que fez os portugueses acordarem para o que estavam perdendo foi a intervencao dos destituidos europeus, pelo Tratado de Tordesilhas. Por este Tratado, sob as bencaos poderosas do papa, as Americas tornaram-se feudo exclusivo da Espanha e de Portugal. Inconformados, franceses, ingleses e nierlandeses (conglomerado dos paises-baixos e vizinhos) passaram a fazer contato com tribos indigenas, hostis aos portugueses, e comercio com elas, em termos extremamente vantajosos para os europeus. Somente assim Portugal descobriu o Brasil de riquezas a serem exploradas.

Dentro deste quadro, temos um padrao que ocorre desde o inicio, em tres pontos do territorio brasileiro. Sao eles: Rio de Janeiro, Paraiba e Sergipe. Nestes tres pontos os franceses chegaram e se instalaram primeiro. Posteriormente da-se tambem a invasao francesa ao Maranhao. Mas Rio e Sergipe ja se encontram recordados nestes meus escritos. Falta, entao, a Paraiba.

Os portugueses, com a criacao das Capitanias Hereditarias no Brasil, haviam se firmado em Sao Vicente (Sao Paulo), Salvador (Bahia) e Olinda (Pernambuco). O restante da costa estava excassamente habitada por europeus e as distancias imensas impediam uma acao de protecao policial maior. Assim os navios mercantes e piratas de outras nacoes nao encontravam o menor problema em aportar e negociar diretamente com o homem da terra e esse comercio levou a relacoes de amizade entre nativos e franceses. Em alguns casos tambem a relacionamento parental.

No caso especifico da Paraiba aconteceu de os portugueses ja estarem procurando implantar ali engenhos de acucar, a entao mola propulsora do comercio internacional. Por volta dos anos 1570 houve o rapto da filha de um dos caciques paraibanos. O autor da facanha foi um empregado mas um senhor de engenho se encantou pela beleza da menina e a tomou para si. Nisso os franceses sentiram a oportunidade de fazer a intriga e instigar a vinganca por parte dos indigenas. A tribo cometeu o maior massacre a moradores, tanto na area ocupada pelo engenho quanto na regiao. Fala-se em 600 mortos.

A Paraiba estava entre as Capitanias de Pernambuco e Marica. Marica pertencia a Pero Lopes de Sousa, irmao do Martim Afonso de Sousa, o primeiro Governador-Geral do Brasil e donatario e fundador da Capitania de Sao Vicente. Mas como a Capitania de Pernambuco era muito mais prospera, foi dela que partiu a reacao. A primeira ordem real foi a de criar-se a Capitania Real da Paraiba, em 1574. Assim como foram criadas as Capitanias de Sergipe d’El Rei e a Capitania Real do Rio de Janeiro. Estes territorios foram recomprados pela coroa, que nomeou para elas administradores. Essa recompra ja havia sido feita tambem na Bahia.

De inicio, em relacao `a Paraiba, a criacao ficou apenas no papel, enquanto se davam as guerras de conquista. Houveram algumas tentativas rechacadas pelos indigenas e franceses mas, em 1585, a expedicao de Joao Tavares eliminou a resistencia. Foi ai que se deu a criacao da Vila Real de Nossa Senhora das Neves, em homenagem `a santa do dia. Este nome muda para Felipeia de Nossa Senhora das Neves, em homenagem a Felipe II. (3 Felipes governaram a Uniao Iberica entre 1580 e 1640).

A cidade recebe outro nome a partir de 1634, quando os holandeses a conquistaram. Retorna ao primeiro nome 20 anos depois, 1654, quando os holandeses foram expulsos e, ja no seculo XX, troca o nome para Joao Pessoa. Sendo o ultimo nome uma homenagem ao “presidente do Estado” que foi assassinado por razoes politicas na sublevacao da Ditadura Vargas.

Desde o inicio de sua criacao ate aos meados do seculo XX, a Cidade de Joao Pessoa teve a caracteristica de ser uma municipalidade quartel, servindo de residencia para militares e funcionarios do setor publico em primeiro lugar. Por esta razao sempre foi uma cidade mais com caracteristicas bucolicas interioranas, vindo a despertar-se para a industrializacao e desenvolvimento apenas a partir da segunda metade do seculo XX. Ou seja, acompanhou o lento processo brasileiro de despertar de seu “berco explendido”.

O professor Antonio Filipe referiu-se a Antonio Barbalho Bezerra (poder) ser filho dos nossos ancestrais: o governador Luis Barbalho Bezerra e sua esposa Maria Furtado de Mendonca. Se ele estiver correto, a Paraiba tambem sera “nossa” (aparentada).

Brincadeira `a parte, temos que falar um pouco a respeito de quem foi Duarte Gomes da Silveira. Segundo informacoes soltas, encontrei que era neto de Antonio Gomes Bezerra, um descendente da Casa do Morgado de Paredes de Viana do Castelo. Este Antonio Gomes havia sido expedicionario no Norte da Africa, na epoca em que Portugal estava estabelecendo ali suas conquistas. Na africa ele tomou para si uma escrava, descendente de Aboali, um dos conquistadores da Peninsula Iberica, quando os mouros a tomaram. Levando a esposa para Portugal, ela lhe gerou Maria Gomes Bezerra que, ao contrario do que fala o autor onde li essa passagem, nao deveria ser mulata e sim morena como parte das espanholas e portuguesas.

Aqui ha que se fazer essa distincao que ja abordei antes no texto: A Historia da Familia Coelho do Centro-Nordeste de Minas Gerais. Ali fica claro que a populacao europeia e do Norte da Africa, sobretudo aquela mais proxima ao Estreito de Gibraltar, teve origem comum. Com a dispersao apos a ultima Era Glacial, houveram distincoes entre os diversos grupos familiares europeus do Norte, do Centro e do Sul Europeus e do Norte da Africa, sendo que, as miscigenacoes ocorreram em maior quantidade nas partes mais ao Sul. Contudo, o que fica claro eh que os habitantes do Norte da Africa nao tem as mesmas caracteristicas dos africanos subsaarianos. Dai nao se pode caracterizar, sem sombra de duvida, que o resultado do casamento de Antonio Gomes Bezerra e uma descendente do Aboali fosse mulata. Mais certamente era morena.

O certo eh que, Maria Gomes Bezerra foi esposa de Pedro Alves da Silveira, casal tambem pioneiro em Pernambuco nos tempos de Duarte Coelho Pereira. Estes foram os pais de: Domingos, Duarte, Ana e outros filhos. O Domingos estudou em Portugal e ocupou cargos de relevancia, que dependiam de escrituracao, em Pernambuco.

O irmao Duarte, porem, foi o aventureiro. Casou-se com D. Fulgencia Tavares, filha de Joao Tavares, o conquistador e primeiro governador efetivo da Paraiba. Para o Duarte, essa situacao apenas “juntou a fome com a vontade de comer”. Junto com o sogro fora um dos combatentes mais efetivos aos adversarios franceses e indigenas. Com as vitorias vieram-lhe os premios, em forma de benesses e propriedades de terras. Alem disso, teve a cobertura do irmao Domingos e da nata administradora de Pernambuco que a tudo lhe dava o crivo de aprovado.

A fortuna de Duarte Gomes da Silveira constituiu-se de, pelo menos, dois engenhos: o Velho e o Novo, nos arredores de Joao Pessoa e diversas outras fazendas de gado no sertao. Foi a partir disso que ele criou o riquissimo morgado de Sao Salvador do Mundo da Paraiba.

Como possuia economias de sobra e desejava por todos os meios ver a Vila de Nossa Senhora das Neves properar, estabeleceu premios aos que construissem casas de qualidade o local. Com isso deve ter garantido a prosperidade inicial da capital do futuro Estado da Paraiba.

Mas a vida dele nem sempre foi sucesso. Durante a invasao holandesa perdeu o unico filho e um dos irmaos. Nao deixou herdeiros considerados corretos `a epoca. E aqui ha uma discordancia entre a informacao no trabalho do Antonio Filipe (capitulo 81) e outroas fontes diversas. Segundo aquele, Joana Gomes da Silveira era neta e para as outras fontes foi filha extra-conjugal. Mas o que importa eh que ela foi a herdeira de fato que, casando-se com o Antonio Barbalho Bezerra, passou ao “consorte” o morgadio de Sao Salvador do Mundo da Paraiba.

Outro detalhe da vida de Duarte Gomes da Silveira foi o de ter sido processado por sonegacao de impostos e de ter sido colaboracionista com o invasor holandes. Li essas informacoes rapidamente e me parece que existem teses que desaprovam tais ideias. Eu proprio questionaria tais insinuacoes porque ele deve ter falecido antes de 1654, quando da retomada da Paraiba pelos brasileiros, portanto, nao teria sobrado tempo para ser acusado no caso de traicao.

Uma virada de sorte na vida de uma membro dessa familia nos presta maiores informacoes genealogicas a respeito dela. Em 1731, Marianna Paschoa Bezerra* foi obrigada a comparecer ao Tribunal do Santo Oficio, em Lisboa, para responder `a acusacao de pratica de judaismo. Embora tenha alegado ser crista velha, pareceu-me que foi condenada. Penso que foi uma verdadeira caca `as bruxas. (Hoje eh Halloween, e ha ai um certo paralelo entre este caso e o das bruxas de Salem aqui em Massachusetts).

Na internet encontrei o endereco: utinga.wordpress.com/2010/09/21/marianna-paschoa-bezerra-o-santo-oficio-e-os-rocha-bezerra/. Parece-me que a postagem foi feita pelo genealogista Joao Felipe da Trindade (jfhipotenusa@gmail.com). Existe la um link para o site da Torre do Tombo, Portugal, em que o processo completo pode ser analisado. Eu busquei apenas o que ja estava mastigado. E isso se restringe ao que, em um depoimento, a Marianna Paschoa cita tanto sua genealogia paterna quanto materna. Mostro aqui apenas a materna, acompanhando o autor Joao Felipe.

Faco ainda a ressalva de que nao tenho como garantir que o Antonio Barbalho Bezerra tenha mesmo sido filho do nosso ancestral: Luis Barbalho Bezerra. Tudo pode acontecer mas isso me parece um tanto quanto grandioso, mas as mencoes nos textos de autores nordestinos nao mencionam a relacao parental. Nao eh um tanto esquisito isso!?

Outra informacao que vi e que nao consegui voltar `a mesma fonte foi a de que existiu outro Antonio Barbalho Bezerra, um com e outro sem o Pinto no final. Parece-me que o primeiro casou-se com Anna da Silveira, irma do Duarte. Foi dito que o tal Antonio era natural do reino, dai penso poder ser irmao ou parente proximo do Bras Barbalho Feyo, o avo materno do Luis Barbalho.

Em todos casos, ja eh dificil esperar que o Antonio, suposto filho do Luis, tenha se casado com uma filha do Duarte, cuja data proposta de nascimento eh de 1555, muito menos com uma irma dele. Mas Anna e Joana sao duas pessoas diferentes que, talvez, tenham mesmo se casado com homonimos.

Segue entao o resumo que fiz do pouco de genealogia coletado na pagina do Utinga.

Luis Barbalho Bezerra – Maria Furtado de Mendonca (acrescimo meu)
Antonio Barbalho Bezerra – Joana Gomes da Silveira, pais de:

1. Serafina Moraes – solteira
2. Antonio Barbalho Bezerra – Maria Teixeira
3. Antonio Bezerra Monteiro – foi casado, com pessoa nao identificada.
4. Duarte Gomes da Silveira
5. Maria Barbalho Bezerra – Balthasar da Rocha Bezerra
6. Victoria Barbalho Bezerra – Diogo Nunes Thomas

2. Antonio Barbalho Bezerra – Maria Teixeira, pais de:

2.1 Salvador – falecido crianca
2.2 Andreza – falecida crianca
2.3 Joana – Joao Peixoto

2.3 Joana – Joao Peixoto, paid de:

2.3.1 Jose Gomes
2.3.2 Luzia
2.3.3 Joana
2.3.4 Quiteria
2.3.5 Antonio Barbalho
2.3.6 Joao Peixoto
2.3.7 Duarte Gomes
2.3.8 Bartholomeu Peixoto
2.3.9 Jose

5. Maria Barbalho Bezerra – Balthasar da Rocha Bezerra, pais de:

5.1 Antonio da Rocha Bezerra
5.2 Manoel da Rocha Bezerra – Magdalena Luna
5.3 Balthasar da Rocha Bezerra – Marianna
5.4 Miguel Barbalho Bezerra – Maria Jacome Barbalho
5.5 Maria Bezerra Vasconcelos – Manoel Ribeiro de Carvalho
5.6 Archangela da Silveira – Ventura Pereira Parente + Pedro da Rocha Bezerra
5.7 Simao da Rocha Bezerra

5.2 Manoel da Rocha Bezerra – Magdalena Luna, pais de:

5.2.1 Antonio da Rocha Bezerra – (?) Josefa de Oliveira Leite

Obs.: Manoel da Rocha Bezerra foi tambem pai extra-conjugal de um filho, com sua prima: 6.5 Joana Gomes da Silveira (abaixo)

6.5.1 Joao Gomes da Silveira

5.6 Archangela da Silveira -I- Ventura Pereira Parente, pais de:

5.6.1 Maria Barbalho
5.6.2 Ignacia
5.6.3 Luzia
5.6.4 Joao – falecido crianca

Obs.: Os filhos foram naturais e moradores de Taquara, no Bispado de Pernambuco. Ventura Pereira Parente foi senhor de engenho.

5.6 Archangela da Silveira – II – Pedro da Rocha Bezerra, pais de:

5.6.5 – Marcos (natural e morador de Juazeiro).

Obs.: “A Sesmaria 552 concedida ao Sargento-Mor Jose Pedro Tinoco, na Ribeira do Assu, pertenceu aos irmaos Capitao-Mor Balthasar da Rocha Bezerra, Coronel Miguel Barbalho Bezerra e seu cunhado Pedro da Rocha Bezerra.”

6. Victoria Barbalho Bezerra – Diogo Nunes Thomas, pais de:

6.1 Antonio Barbalho – falecido crianca
6.2 Luiza Barbalho – solteira
6.3 Thereza Barbalho – solteira
6.4 Joanna Gomes da Silveira*
6.5 Maria da Silveira – Gaspar Henriques
6.6 Guiomar Nunes
6.7 Diogo Nunes Thomas – Catharina Ferreira Barreto
6.8 Marianna Paschoa Bezerra*

Obs.: Diogo Nunes Thomas, pai de Marianna Paschoa e seus irmaos, era filho de outro Diogo Nunes Thomas e de Guiomar Nunes, todos naturais de Pernambuco.

6.5 Joanna Gomes da Silveira* foi a mae do filho extra-conjugal de seu primo 5.2 Manoel da Rocha (acima), pais de:

6.5.1 Joao Gomes da Silveira

O que reforca a hipotese de tratar-se essa familia de descendencia do possivel filho do governador Luis Barbalho Bezerra: Antonio Barbalho Bezerra, eh o nome Antonio Bezerra Monteiro entre seus filhos. Temos que recordar que o sobrenome Monteiro corria na familia como secundario e tratando-se de heranca genetica proveniente de Pantaleao Monteiro. Isso reforca a hipotese de sermos mesmo descendentes do Antonio Bezerra Felpa de Barbuda, que foi marido da Maria Araujo, filha daquele senhor de engenho. O proprio Luis Barbalho teve uma irma com o nome de Brasia Monteiro. Ela casou-se com Luis Bras Bezerra e sao eles que se alinham como ancestrais do Chico Buarque de Holanda. O Luis, nosso ancestral, colocou o nome Francisco Monteiro Barbalho Bezerra no filho mais novo.

Por outro lado, eh suspeito que a Marianna Paschoa Bezerra* nao tenha tido a brilhante ideia de citar os Luis Barbalho Bezerra e sua esposa Maria Furtado de Mendonca como bisavos dela no processo que enfrentou. Naquela hora dificil, o nome deles continuariam valendo como peso favoravel `a sua defesa. Por outro lado, eh possivel que ela nem sequer soubesse disso, pois, nascendo em 1681, nao deve ter conhecido sequer os avos, que supostamente teriam se casado em 1633. Parece que o intervalo de geracoes foi realmente longo para o caso de ela se lembrar do detalhe.

Saindo do assunto genealogia de pessoas e passando ao de genealogia de cidades, ha que se corrigir as ambicoes das cidades de Joao Pessoa-PB e Sao Christovao-SE de serem, respectivamente, as terceira e quarta cidades a serem criadas no Brasil. Nao foi preciso grande esforco para verificar algumas outras datas de fundacoes mais antigas, apenas de algumas cidades que conheco a parte de suas Historias ligadas `a Historia do Brasil.

Sao Vicente, fundada por Martim Afonso de Sousa, surgiu em 22.01.1532; Olinda, fundada por Duarte Coelho Pereira, em 09.03.1535; em seguida surge Vila Velha do Espirito Santo, 23.05.1535; Salvador eh de 1549; Vitoria surge em 08.09.1551; a propria Sao Paulo foi criada em 1560 e o Rio de Janeiro, fundado por Estacio de Sa, em 01.03.1565. Estes foram apenas os nomes que lembrei-me de imediato e que estao ligados aos primeiros administradores que o pais teve.