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A FAMILIA DE MANUEL RODRIGUES COELHO EM RESUMO

November 13, 2017
INDICE DO MEU BLOG
CONTEÚDO DESTE BLOG – ALL CONTENTS
01. GENEALOGIA
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https://val51mabar.wordpress.com/2015/05/10/nos-os-nobres-e-a-avo-do-juscelino-tambem-pode-ter-sido-barbalho-coelho/
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https://val51mabar.wordpress.com/2015/07/22/um-nosso-lado-cristao-novo-e-talvez-outro-paulistano/
https://val51mabar.wordpress.com/2014/04/14/genealidade-e-genealogia-de-ary-barroso/
https://val51mabar.wordpress.com/2013/12/06/genealogias-de-familias-tradicionais-de-virginopolis/
https://val51mabar.wordpress.com/2013/05/30/barbalho-coelho-e-pimenta-no-site-www-ancestry-com/
https://val51mabar.wordpress.com/2012/09/11/barbalho-pimenta-e-talvez-coelho-descendentes-do-rei-d-dinis/
https://val51mabar.wordpress.com/2011/02/24/historico-do-povoamento-mineiro-genealogia-coelho-cidade-por-cidade/
https://val51mabar.wordpress.com/2012/07/02/familia-barbalho-coelho-no-livro-a-america-suicida/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/05/23/a-historia-da-familia-coelho-do-centro-nordeste-de-minas-gerais/
https://val51mabar.wordpress.com/2011/04/24/a-familia-coelho-no-livro-a-mata-do-pecanha/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/05/03/arvore-genealogica-da-familia-coelho-no-sitio-www-geneaminas-com-br/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/09/22/ascendencia-dos-ancestrais-jose-coelho-de-magalhaeseugenia-rodrigues-rocha-uma-saga-a-ser-desvendada/
https://val51mabar.wordpress.com/2013/01/17/a-heranca-furtado-de-mendonca-no-brasil/
02. PURA MISTURA
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https://val51mabar.wordpress.com/2016/11/26/trumpando-o-eleitor/
https://val51mabar.wordpress.com/2016/06/08/conspiracoes-alienigenas-tesouros-desaparecidos-e-dominacao/
https://val51mabar.wordpress.com/2016/09/17/ridiculosamente-falando/
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03. RELIGIAO
https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/que-a-paz-de-deus-seja-feita-em-todos-voces/
https://val51mabar.wordpress.com/2011/05/29/a-divina-parabola/
https://val51mabar.wordpress.com/2011/01/28/o-livro-do-conhecimento-de-deus/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/01/22/carta-de-libertacao/
04. OPINIAO
https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/das-vezes-que-opinei-na-vida-e-nao-me-arrependo/
https://val51mabar.wordpress.com/2018/04/07/a-verdade-nao-se-trata-de-nenhuma-teoria-de-conspiracao/
https://val51mabar.wordpress.com/2014/06/08/a-iii-gm/
https://val51mabar.wordpress.com/2013/01/03/israel-as-diversas-verdades-e-o-padececer-da-palestina-e-outros-textos/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/06/26/faixa-de-gaza-o-travessao-nos-olhos-da-humanidade/
https://val51mabar.wordpress.com/2013/05/12/neste-mundo-so-nao-eh-gay-quem-nao-quizer/
05. MANIFESTO FEMININO
https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/pelo-tempo-que-me-ausentei-me-perdoem/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/07/21/13-estrelas-mulher/
06. MISTO
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https://val51mabar.wordpress.com/2016/08/20/minhas-postagens-mais-recentes-no-facebook/
https://val51mabar.wordpress.com/2014/06/08/a-iii-gm/
https://val51mabar.wordpress.com/2013/11/06/trilogia-de-variedades/
https://val51mabar.wordpress.com/2012/07/02/familia-barbalho-coelho-no-livro-a-america-suicida/
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https://val51mabar.wordpress.com/2015/01/25/minhas-postagens-no-facebook-ii/
https://val51mabar.wordpress.com/2015/01/25/minhas-postagens-no-facebook-iii/
https://val51mabar.wordpress.com/2015/01/25/meus-escritos-no-facebook-iv/
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07. POLITICA BRASILEIRA
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https://val51mabar.wordpress.com/2015/04/19/movimento-fora-dilma-fora-pt-que-osso-camarada/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/10/16/o-direcionamento-religioso-errado-nas-questoes-eleitorais-brasileiras/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/10/19/resposta-de-um-neobobo-ao-excelentissimo-sr-ex-presidente-fernando-henrique-cardoso/
https://val51mabar.wordpress.com/2011/08/01/miilor-melou-ou-melhor-fernandes/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/08/05/carta-ao-candidato-do-psol-plinio-de-arruda-sampaio/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/05/26/politica-futebol-musas-e-propaganda-eleitoral-antecipada-obama-grandes-corporacoes-e-imigracao/
08. IN ENGLISH
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https://val51mabar.wordpress.com/2015/12/23/aliens-conspiracies-disappeared-treasures-and-dominance/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/06/02/the-nonsense-law/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/08/21/13-stars-woman/
https://val51mabar.wordpress.com/2011/10/05/the-suicidal-americaa-america-suicida/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/08/25/100-reasons-to-amnesty-the-undocumented-workers-in-united-states/
https://val51mabar.wordpress.com/2009/09/25/about-the-third-and-last-testament/
https://val51mabar.wordpress.com/2009/09/12/the-third-and-last-testament/
09. IMIGRACAO
https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/o-que-ha-de-novo-no-assunto-migracao/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/06/17/imigracao-sem-lenco-e-sem-documento-o-barril-transbordante-de-injusticas/

 

A FAMILIA DE MANUEL RODRIGUES COELHO EM RESUMO

 

INDICE:

001. TIO JOAOZINHO, BARBALHO, MAS NEM TANTO!

002. ENFIM ALGO CONCRETO A RESPEITO DA FAMÍLIA NUNES COELHO.

003. CONTATO CON DONA ANA ROCHA

004. ANALISANDO DADOS DE ANTEPASSADOS ENCONTRADOS NO SITE FAMILYSEARCH.

005. POLICARPO JOSE BARBALHO

006. “COROACI – ONTEM E HOJE”

007. O RESUMO EM ESQUELETOS GENEALOGICOS

008. DESCENDENTES DE D. PEDRO I, DE PORTUGAL, E DONA IGNEZ DE CASTRO?

009. GENEALOGIA DE ANTONIO JOSE MONIZ BARRETO: UM POUCO DO CONTEÚDO DA “REVISTA TRIMENSAL DO INSTITUTO HISTORICO E GEOGRAPHICO BRAZILEIRO”

010. OS BARBALHO DO RIO DE JANEIRO, POR RHEINGANTZ

011. PRIMEIROS MORADORES DE GUANHAES, VIRGINOPOLIS E PECANHA …

012. A FAMILIA DE MANUEL RODRIGUES COELHO EM RESUMO.

 

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001. TIO JOAOZINHO, BARBALHO, MAS NEM TANTO ASSIM!
A ironia se encontra naqueles títulos de genealogias que geralmente carimbam as capas dos livros abordando dados genealógicos.
Aqui não se trata de nenhuma ironia maldosa. Trata-se apenas de discernir entre algo usado por ser didático, contudo, que pode levar a algumas interpretações enganosas.
Ja mencionei isso antes. Quando nossa prima IVANIA BATISTA COELHO, intitulou o livro dela: “Arvore Genealógica da Família Coelho”, todos nos sabíamos o que o titulo significava.
Significava aquilo que na pratica enxergávamos. A frequência do sobrenome Coelho era enorme. Predominava. Isso porque ela dedicou-se `a Arvore de Descendência do Alferes-de-Milícias JOSE COELHO DE MAGALHAES. E nisso se omitia que ele fora casado com EUGENIA RODRIGUES DA ROCHA.
Logo em seguida, ela direcionou os estudos dela para o ramo do filho JOSE COELHO DA ROCHA, que foi casado com LUIZA MARIA DO ESPIRITO SANTO, filha de: ANTONIO JOSE MONIZ e MANOELA DO ESPIRITO SANTO.
Em seguida, fixou mais seus estudos em cima dos quatro filhos do casal JOSE e LUIZA. Por ter sido primeiro-moradores e fundadores de GUANHÃES, eram a nossa honra. Ainda mais que dois dos filhos estavam entre os fundadores de VIRGINÓPOLIS, cidade onde nascemos e crescemos.
E os quatro casais, filhos e seus cônjuges foram, por ordem de nascimento:
01. Francisca Eufrasia de Assis Coelho c. c. tenente Joaquim Nunes Coelho
02. tenente João Baptista Coelho c. c. Maria Honória Nunes Coelho
02. Eugenia Maria da Cruz Coelho c. c. capitão Francisco Marçal Barbalho
04. tenente Antonio Rodrigues Coelho c. c. Maria Marcolina Borges do Amaral
Por ai se observa que dois dos cônjuges também eram Coelho, então, não se admira a predominância do sobrenome. E, no caso do casal ANTONIO e MARIA MARCOLINA, os sobrenomes dela não foram adiante. O único sobrenome diferente que foi para frente foi o Barbalho.
MARIA MARCOLINA BORGES DO AMARAL descendia de dois ramos COELHO, pelo menos. Descendia de ANTONIO COELHO DE ALMEIDA, via familia PEREIRA DO AMARAL e ANNA COELHO, via a BORGES MONTEIRO.
Por enquanto não sabemos se por acaso os NUNES COELHO e os COELHO DE MAGALHAES procedem de uma mesma raiz ou raizes diferentes. Essa é uma incógnita que desperta suspense!
Ate ao momento, tínhamos que JOAQUIM e MARIA HONÓRIA NUNES COELHO eram considerados do mesmo ramo dos nossos ancestrais: EUZEBIO NUNES COELHO e ANNA PINTO DE JESUS.
Mas o parente, senhor DIONE NUNES COELHO, que concedeu-nos informações preciosas do ramo, não confirmou ainda tal hipótese. Não que duvide, apenas não tem uma prova documental que JOAQUIM, ANTONIO e JOSE NUNES COELHO sejam filhos do casal.
Portanto, vamos botar nossas barbas de molho também. Dizem que “cautela e caldo de galinha nunca fizeram mal a ninguém.”
Lembrando-nos aqui que nossa parente em Peçanha, MARINA RAIMUNDA BRAGA LEAO, acrescentou mais dois nomes ao quebra-cabeças: MARIA e ALTIVO NUNES COELHO.
Alem desses, encontrou duas senhoras de escravos, no ano de 1875, naquela cidade: JOANNA e ANNA NUNES COELHO. Ao todo, são 7 pessoas que podem, e devem, ou não descender do mesmo ramo que o nosso.
Pelas informações trazidas pelo senhor DIONE, sabemos que os informantes anteriores, dando nome ao pai do EUSEBIO por MANOEL, se enganaram, pois, o casal: THOME NUNES FILGUEIRAS e ANNA MARIA COELHO foram pais dos patriarcas EUSEBIO e MANOEL NUNES COELHO. O primeiro prosperou em GUANHÃES e o segundo em ITABIRA.
Sabemos ha muito que o padre POLICARPO JOSE BARBALHO fora, em ITABIRA, o nosso grande patriarca, embora tivéssemos noticias mesmo apenas da descendência de um dos filhos que foi o capitão FRANCISCO MARCAL BARBALHO.
Alguns sabiam que o filho JOSE DE MAGALHAES BARBALHO fora pai de ANNA, essa fora mãe de JOAO BATISTA DE MAGALHAES. Ela engravidou de alguém desconhecido de nome, por nos, e o pai JOSE enviou-a para GUANHÃES.
GUANHÃES ficava na beira da fronteira final de colonização `a época. E ali ja residiam os tios de ANNA MARIA: padre EMIGDIO DE MAGALHAES BARBALHO e capitão FRANCISCO MARCAL BARBALHO.
JOAO BATISTA, tido como resultado do malfeito de ANNA, nasceu em 15.10.1862 e cresceu em GUANHÃES. Indo depois casar-se com sua prima, CANDIDA DE MAGALHAES BARBALHO, filha e EUGENIA e do capitão FRANCISCO.
Esse personagem foi na família um verdadeiro pandego. Entre os muitos causos dele, ensinou aos netos chama-lo de tio. Para todos, era o tio JOAOZINHO. Perguntado porque, respondia: “Avó é a véia”, e indicava sua cara-metade com o beiço e queixo , conhecida pelo apelido de SA CANDINHA. Motivo: ela havia nascido 4 anos antes dele, a 10.01.1858.
E a familia disputou o titulo de a mais comica da Terra. Se não conseguiu o titulo, foi por ele não ser distribuído. Mas, em VIRGINÓPOLIS, onde criaram a família, haviam sérios concorrentes. Tanto que o provérbio ali sempre era repetido: “Se construir um muro em volta é porque é manicômio, mas se jogar uma lona em cima, vira circo.”
Com tudo o que se sabia, não havia um aprofundamento melhor da raiz dessa família. Os dados estavam ocultos.
A melhor informação que tínhamos era que o padre POLICARPO residia em ITABIRA, tinha os filhos, ficara viuvo e depois da ordenação do filho EMIGDIO, retornou ao seminário, do qual desistira na juventude para casar-se, e ai ordenou-se, ja idoso e que talvez tenha sido pároco em SANTA RITA DURAO, onde foi pároco e faleceu.
Foi atribuída ao padre EMIGDIO a composição, que ele recitava para as pessoas curiosas de saber seu passado:
“Meu pai é padre.
Eu também sou padre.
Nao sou filho de padre.
E sou padre mais velho que meu pai.”
Foram essas tradições e os causos que tornou possível a família não esquecer-se dos nomes e feitos desses ancestrais. Alias, toda a família BARBALHO era meio artista!
Em alguns locais tínhamos a informação de que a esposa do POLICARPO tinha o primeiro nome GENOVEVA. Inclusive, haviam as mulheres que receberam o nome de VITA. Imaginamos que ela houvesse recebido o apelido de GENOVEVITA, depois isso reduziu-se ao final do apelido e assim permanecendo na descendência.
Essa teoria caiu por terra a partir de quando o pesquisador JOBERTO MIRANDA RODRIGUES encontrou em MARIANA-MG, no ARQUIVO ARQUIDIOCESANO, o documento “DE GENERE ET MORIBUS” do padre EMIGDIO. Ali constava as certidões de batismo do padre e a de casamento dos pais.
Por isso vimos a saber que: o padre POLICARPO foi marido de ISIDORA FRANCISCA DE MAGALHAES. Alem disso, que era “filha natural de GENOVEVA NUNES FERREIRA ou FILGUEIRAS”.
Bom, ate ai tínhamos o nome da esposa. O que não se poderia deduzir era que fosse a única, e mãe de nossos ancestrais JOSE e FRANCISCO MARCAL.
Essa questão so ficou resolvida quando o amigo MAURO DE ANDRADE MOURA enviou-me os inventários, entre outros, da avó ISIDORA FRANCISCA.
Nele constava apenas 4 filhos. JOSE DE MAGALHAES BARBALHO, com 17 anos; EMIGDIO DE MAGALHAES BARBALHO, 14 anos; FRANCISCO MARCAL BARBALHO, 7 anos, e LUCINDA FRANCISCA DE MAGALHAES, com 3 anos de idade.
Existem registros no site Familysearch que constam o casal ter sido pai de MARIA (1817), GENOVEVA (1812) e JOAO. JOAO nasceu em 27.05.1809. Iria ser o único maior de idade na abertura do inventario da mãe, que se deu em 1827. Estaria com 18 completos. Mas acredito que esses 3 faleceram em vida da mãe, dai suas ausências.
Devemos, então, atribuir a confusão em relação `a identidade de sua esposa ao possível fato de a avó GENOVEVA ter sido a mãe de criação, especialmente para FRANCISCO MARCAL e LUCINDA. Foi a mãe que conheceram.
Nos inventários informa-se que a avó GENOVEVA possuía fazenda em ITABIRA. E encontrei no ALMANAK DA PROVÍNCIA DE MINAS GERAIS, de 1864, que houve uma fazendeira em GUANHÃES com o nome GENOVEVA NUNES FERREIRA.
Veja-se o extrato que retirei daquele ALMANAK:
DISTRICTO DE S. MIGUEL E ALMAS -Pags. 207-8
Foi creado pela resoluta de 14 de julho de 1832. Tem um distrito denominado – Patrocínio – creado pelo art. 2o. da lei n. 1:143 de 24 de Setembro de 1862.
Juizes de Paz:
1o. Francisco Nunes Coelho*
2o. Francisco de Souza Pereira
3o. Jose Pereira da Silva*
4o. Antonio Rodrigues Coelho*
Subdelegado:
Francisco Nunes Coelho*
Inspector Parochial:
Rev. Jose Julio de Oliveira (é vigário)
Professor de primeiras letras:
Joaquim Francisco de Aguiar
Vacinador:
Joaquim Domingues da Silva
Negociantes de Secos
D. Alexandrina Savelly de Alkmim.
Antonio Carlos da Conceicao
Antonio Francisco Vieira
Bento Goncalves Pimenta
Custodio Jose Moreira*
Firmianno Ribeiro de Carvalho*
Francisco Jose Moreira*
Francisco Nunes Coelho*
Joao Luiz de Souza
Joao da Silva Netto*
Joaquim Guardianno Teixeira
Jose Coelho da Rocha Ribeiro*
Jose Pereira da Silva*
Jose Rodrigues de Souza e Silva
Pio Ferreira da Silva*
Ditos de Molhados:
Campos & Pinto
Firmianno Ribeiro de Carvalho*
Francisco Jose Moreira*
Joao Luiz de Souza
Ditos de Generos do Pais:
Antonio Gomes de Brito*
Antonio Jose de Queiroz
Bernardino Manoel Ribeiro
Clementino Goncalves da Silva
Custodio Jose Moreira*
Francisco Jose Alves
Francisco Luiz da Rocha
Francisco Pinheiro de Araujo
Jeronymo Correa da Silva
Jeronymo Goncalves Lima
Jeronymo da Rocha Leme
Joao Angelo
Joao da Cunha Menezes*
Joao Nepomuceno de Aguiar
Joao da Rocha Ramos
Joaquim Antonio Pereira
Joaquim Jose da Silva
Jose Goncalves Guimarães*
Jose Justinianno de Aguiar
Jose da Silva Ribeiro
Jose Vaz Barbalho*
Jose Vieira Braga
Jose Vieira de Souza
Luiz Antonio de Araujo
Manoel Angelo dos Passos
Martiniano Ignacio Ribeiro
Martinianno Vieira de Souza
Miguel Fernandes Maciel
Pedro Teixeira da Costa
Romão da Silva Chagas
Theodoro Rodrigues da Silva
Pharmaceuticos:
Modesto Alves Barroso*
Fazendeiros que cultivam canna:
Accacio Jose da Silva
Amancio da Silva Guimarães
D. Anna Pinto de Jesus*
Antonio Coelho Linhares*
Antonio de Figueiredo
Antonio Rodrigues Coelho*
D. Genoveva Nunes Ferreira*
Joao Rodrigues Lemos
Joaquim Ferreira Pinto
Joaquim Jose de Figueiredo*
Jose Coelho da Rocha*
Jose Francisco de Azevedo
Jose Lopes Nunes
Jeronymo Maciel
Severianno Pereira Candido
Sapateiros:
Francisco Fernandes Maciel
Joaquim Roque
Jose Vicente dos Santos
Alfaiates:
Luiz Estrangeiro
Placido Jose de Souza
Seleiro
Joao da Cunha Menezes*
Carpinteiros
Manoel de Moura Justo
Manoel de Souza e Silva
Rancheiro:
Firmianno Ribeiro de Carvalho*
Districto de Patrocinio:
Não obtivemos noticia alguma deste distrito.”
  • Os asteriscos foram usados para identificar pessoas com vínculos ou possíveis vínculos com a família.

Senhor JOAO DA CUNHA MENEZES* parece-me ser avô ou tio do senhor JOAO DA CUNHA, filho de JOSE DA CUNHA MENEZES, que nos legou farta parentela em VIRGINOPOLIS.

 
O mais surpreendente ai é a presença de dona GENOVEVA NUNES FERREIRA* entre os fazendeiros.
 
Não podemos afirmar que seja a nossa ancestral mas são boas as chances. Observe-se que ela e a tetravó ANNA PINTO DE JESUS* são os benditos frutos entre os homens. Possivelmente seriam de idades semelhantes. A idade não deve ter sido impedimento.
 
Acredito que GENOVEVITA era pouca coisa mais velha que “ANNITA”. Isso porque nos foi pentavó e sextavó ao mesmo tempo. Mas por termos ela e a ISIDORA FRANCISCA na mesma linha de ascendência, e as mulheres podiam ter filhos muito cedo, não precisava ser tão mais velha.
 
POLICARPO e ISIDORA FRANCISCA casaram em 1808. Portanto, a mãe dela, naqueles dias, poderia ter uma idade aproximada de 30 anos. Ou seja, menos oito e a seguir menos 22, poderia ter nascido próximo a 1778.
 
E, 22 somado a 64, estaria com 86 anos de idade na data em que surge o mesmo nome dela no ALMANAK. Poderia sim estar viva. E os bons genes dela se somam a outros para resultar na longevidade da família.
 
Mas não podemos deixar de reconhecer a probabilidade quanto a isso ser menor. Nesse caso, ha que se esperar também que não seja ela. Pode ser uma filha ou outra parente próxima.
 
As evidencias levam a crer que seja ela mesmo, pois, isso seria mais uma razão pela qual o nome VITA ficou na família. Enquanto que o nome ISIDORA era totalmente desconhecido, ate mesmo para os netos desta.
 
Alem do que ha a coincidência de ja ser dona de fazenda em ITABIRA e, caso tenha mudado para GUANHÃES mesmo, não mudaria a profissão.
 
Seria um achado se buscássemos e encontrássemos os inventários dessa pessoa. No ALMANAK de 1872, outro que tive acesso, nem ela nem “ANNITA” aparecem mais, por isso julgo que faleceram nesse intervalo de 8 anos. Resta saber onde encontra-lo: em GUANHÃES ou no SERRO.
Nos inventários da ISIDORA FRANCISCA o nome GENOVEVA NUNES FERREIRA havia sido fixado e repetido. A duvida anterior entre o FERREIRA ou FILGUEIRAS se dissipou.
Desde o tempo em que descobriu-se o “DE GENERE” do padre EMIGDIO ja se sabia que os nomes dos pais do padre POLICARPO foram: capitão JOSE VAZ BARBALHO e ANNA JOAQUINA MARIA DE SAN JOSE.
Observe-se que o mesmo nome do pai surge em GUANHÃES, em 1864 e, em 1875, ele aparece em SABINÓPOLIS. Mas trata-se do filho de VICTORIANO JOSE BARBALHO, ja falecido, e MARIA DO CARMO DE MACEDO, que era viva aos 90 anos de idade quando os inventários do filho: FRANCISCO JOSE BARBALHO, foram abertos em 1875. O irmão JOSE VAZ foi nomeado 2o. testamenteiro.
Alem disso, pela presença do 3o. testamenteiro nomeado: capitão FRANCISCO MARCAL BARBALHO, penso que VICTORIANO tambem foi irmao do POLICARPO. Mas a confirmação devera ser encontrada em documentos da circunscrição do SERRO-DIAMANTINA.
O que nos falta ai seria tirar as duvidas quanto ao JOSE VAZ BARBALHO, pai do POLICARPO, ter sido ou não filho do casal: MANOEL VAZ BARBALHO e JOSEFA PIMENTA DE SOUZA. Mas não será aqui que iremos resolver isso.
Enfim, chegamos ao ponto. Apos `as ultimas, com os dados ja comentados no capitulo anterior, informa-se que o primo DIONE NUNES FERREIRA gentilmente presenteou-nos com mais alguns documentos reveladores.
Entre os documentos, encontram-se umas fotos do Censo de 1840, em ITABIRA. E nelas aparecem o resumo abaixo:
No.  Pessoas                              Idade     Cor.     Est. Civ.   Profis.  Situação   Niv. Alfab.
40.  Manuel Nunes Coelho           53.     pardo.    casado.   lavrador.    livre.    sabe ler
       Valeriana Roza                       51.    parda.    casada.   costureira. livre.     não
       Manuel Nunes Junior.            18.    pardo.      solt.        tropeiro.    livre.     sabe ler
       Pantalean Bento.                    21.   pardo.      solt.        ferreiro.     livre      sabe ler
       Jose Thomas                         15.     pardo.     solt.        sem. prof. livre.     sabe ler
Possuíam 6 escravos: Alexandre (26 anos), Maria Antonia (26 – viuva e cozinheira), Gessiano (14), Caetano (6), Vicente (4) e Francisca (2). Todos, inclusive as crianças, classificados como roceiros, exceto Maria Antonia.
294. Thome Nunes Filgueiras.     70.    pardo.     casado.   mineiro.    livre.    analfabeto.
        D. Anna Coelho                    70.    parda.     casada.   …………     livre.     o mesmo
        pe. Jose Gls. Filgueiras.       34.   pardo.      Eclesias. …………     ……..     …………..
Residiam nas propriedades: Jose (14); Joaquim (14), Jose (20), Rita (17), João (ns); Maria (40); Antonio (40); Felizarda (40). Eram todos livres, ocupavam-se principalmente com o trabalho de costura e sabiam ler. Apenas Maria era branca. Os outros, pardos.
Possuíam os cativos: Rosa (40); Ritta (27); Prudencia (17); Germana (25); Luzia (21); Victoria (30); Caetano (38) e Quitilianno (20).
Prudencia, Caetano e Quintilianno eram solteiros e as outras casadas. Profissões que ocupavam era alfaiates, cozinha e serventes. Não foi especificado o grau de alfabetização.
74.  Jose de Magalhaes Barbalho  30.   pardo.   casado.   fab. de ferro  livre. sabe ler
       Maria Germana                        25.  parda.    casada    costureira.    livre.   analf.
       Margarida                                   7.  parda.      solt.       …………….     livre.   idem
       Leonor                                        5.  parda       idem      …………….     livre.   idem
       Anna                                           3.  parda.      idem      …………….     livre.   idem
Possuíam 4 escravos ou, cativos, no jargão da época. Joaquim (44); Gregorio (48); Jose (39) e Martiniano (16). Eram ferreiros, carvoeiro e servente.
Ainda residiam nas dependências da casa: Miguel Angelo (19) e João Coelho (30). Miguel era pardo e livre. João era africano e liberto.
Retornando apenas um pouco ao padre POLICARPO JOSE BARBALHO, encontrei o registro de batismo dele, que se deu em SANTA RITA DURAO, tendo sido em 21 de novembro de 1779.
Pelos cálculos das idades, THOME e D. ANNA nasceram em 1770. MANOEL em 1787, VALERIANA em 1779, JOSE em 1810 e MARIA GERMANA em 1815.
Quando estava raciocinando sobre esses dados, estava cansado, então, larguei-os para la para fazer uma caminhada com o Rudy, o cachorro de minha filha e que tomo conta. Ja havia passado de hora de ele e eu fazermos nosso exercício diário.
Em meio `a caminhada ocorreu-me uma teoria: MARIA GERMANA pode ser a mesma MARIA, filha do casal MANOEL NUNES COELHO e VALERIANA ROSA GONÇALVES. Eu tinha os apontamentos dos filhos batizados em ITABIRA, que estão no site familysearch.
A partir da metade da caminhada, e tendo o pensamento, forcei-me a completar o circuito planejado, mas a ansiedade de verificar fez a jornada parecer bem mais longa que o normal. Enfim cheguei em casa e a primeira coisa que fiz, após limpar o cãozinho, foi buscar o caderno de anotações.
La estava, MARIA NUNES COELHO, 23.06.1816. Itch!!! Fez agua na teoria! Errei por um ano!
Passado algumas horas recordei-me que tinha também os registros de Livros de Batismos, de ITABIRA. Uma excepcional cortesia do amigo MAURO DE ANDRADE MOURA.
La estão registrados os nascimentos de muitos parentes nossos, especialmente da Família BARBALHO. E isso consta:
17.03.1838, pagina 77v, MARGARIDA, filha de JOSE DE MAGALHAES BARBALHO e MARIA GERMANA. Padrinhos: MANUEL NUNES COELHO e GENOVEVA NUNES FERREIRA.
Com certeza, estão ai duas pessoas que eu ja sabia fazer parte da família, antes de a preciosa contribuição do senhor DION NUNES FERREIRA.
Logo percebi o contraste. MARGARIDA foi batizada em 1838 e em 1840 estava com 7 anos de idade. Não precisei gastar muito fósforo para lembrar-me que naquele tempo era comum ocorrer a falta de padres em locais ermos, onde muitos moravam.
Ha no inventario que o amigo MAURO enviou-me, o do FRANCISCO JOSE BARBALHO, o qual esta acompanhado de Testamento. O testamento foi lavrado pelo JOSE DE MAGALHAES BARBALHO e, naturalmente, em vida do FRANCISCO.
Foi ai que descobri que FRANCISCO JOSE era filho de VICTORIANO JOSE BARBALHO e MARIA DO CARMO DE MACEDO. Tinha por irmão um JOSE VAZ BARBALHO, o qual foi nomeado segundo testamenteiro. O primeiro era a esposa QUINTINA FRANCISCA BARBALHO. O terceiro foi nada mais que o capitão FRANCISCO MARCAL BARBALHO.
Por esses dados todos penso que VICTORIANO tenha sido irmão do padre POLICARPO. O mesmo se deve achar em relação ao senhor MODESTO JOSE BARBALHO. Mas tanto os registros de batismos quanto os de casamentos devem ter ocorrido no território da atual ARQUIDIOCESE DE DIAMANTINA, cujo arquivo ainda não tivemos acesso.
Mas no Testamento do FRANCISCO JOSE BARBALHO ha uma menção a residir em ITAMBE DO MATO DENTRO. Embora, o endereço do FRANCISCO e dona QUINTINA fossem nas ruas de ITABIRA. Mais precisamente, RUA DA AGUA SANTA.
Isso fez-me raciocinar que JOSE DE MAGALHAES BARBALHO deve ter residido em ITAMBE DO MATO DENTRO, que era filial de ITABIRA. Dai a probabilidade de as filhas terem sido batizadas tempos depois do nascimento, o que era comum em dadas circunstancias.
Muitos ate fazem troça dizendo que os pais iam juntando filhos para quanto juntar um determinado numero leva-los todos a batizar no mesmo dia, porque no atacado o padre fazia mais barato! E como o padre EMIGDIO, que poderia fazer de graça, ainda estava estudando!
Nesse caso, ha a possibilidade de a MARIA GERMANA, esposa do JOSE DE MAGALHAES BARBALHO, ter mesmo sido a filha: MARIA, de MANOEL e VALERIANA.
Somando as pistas, vamos nos lembrar que a amizade entre MANOEL NUNES COELHO e POLICARPO JOSE BARBALHO ficou registrada, indiretamente, na Ata da reunião da Camara de Caeté, datada de 12 de Outubro de 1822.
Na reunião foi tratado o apoio dos “nobres homens bons” `a Proclamação da Independência do Brasil, de 7 de Setembro do mesmo ano, e apoio, condicional, ao imperador D. Pedro I. A ata esta transcrita no volume primeiro da Revista do Arquivo Publico Mineiro, fascículo 1o., de Janeiro a Março de 1896.
A ata ocupa desde a pagina 225 ate a 238. E contem umas 10 paginas dedicadas apenas `a relação das pessoas que assinaram, alguns por procuração. `A pagina 229 temos juntos: “Alferes de Ordenanças, MANOEL NUNES COELHO, e Tenente POLICARPO JOSE BARBALHO.
O capitão THOME NUNES FIGUEIRAS, note-se ai que nesse documento não aparece o “l” do sobrenome, esta nomeado `a pagina 232. Foi representado por procuração passada ao padre JOSE ANTONIO DE ARAUJO, que havia assinado antes dele. Alias, o padre ocupa boa parte da pagina por representar diversos ausentes.
Mas, certamente que não foi por acaso que MANOEL e POLICARPO aparecessem juntos na assinatura da ata.
Retornando ao registro de batizado da “tia” MARGARIDA, acredito que os padrinhos, a bisavó dela, GENOVEVA NUNES FERREIRA foi convidada por madrinha por causa da importância representada para a família.
E, nos batismos de primogênitos, geralmente os avós seriam convidados. Nesse caso, se minha hipótese estiver correta, MANUEL NUNES COELHO terá entrado por ser o avô materno. Sendo que ANNA MARIA COELHO não o acompanhou porque a bisavó teria a preferencia `a honra.
Uma pena não termos o batismo da ANNA MARIA DE MAGALHAES, pois, mais certo será que a avó materna ANNA MARICA COELHO devera ter sido a madrinha. O próprio nome da menina seria uma homenagem a uma pessoa mais velha na família.
Outro indício interessante é a presença da “cativa” GERMANA na casa do THOME NUNES FILGUEIRAS. Coincidência?! Observe-se que era da mesma idade da MARIA GERMANA, 25 anos de idade.
Sei não! Tem coisas absurdas que acontecem que ate as ciências não explicam. Pode sim ser mera coincidência. Mas o que parece ser é que a escrava mãe, por gostar tanto da sinhazinha recém-nascida, pediu para o senhor colocar o mesmo nome na própria filha.
Não pode esperar que fossem irmãs gêmeas. Uma, MARIA GERMANA, esta classificada como parda; a outra, como “crioula”. Mas não se duvide que tenham sido irmãs de leite. A menos que as duas mães tivessem excesso de produção. Assim, os irmãos de leite seriam outros.
E, por falar na cor. Lembre-se que o termo pardo no Brasil tinha diversos aspectos. Na verdade tinha componentes na ascendência e de situação econômica. Se tinha ascendência visível africana ou indígena, se fosse pobre seria pardo; e se fosse rico, poderia “embranquecer”!
De um modo geral, o termo descrevia pessoas de origem étnica mista. Obviamente, `a medida que o Império Brasileiro foi se firmando, e a cor do brasileiro natural escurecendo mais, ocorreu uma reação que influenciou as decisões governamentais.
D. Pedro II, o “bonzinho preconceituoso”, instituiu incentivos favorecendo `a imigração de pessoas europeias ou cores de pele menos escura que a do brasileiro comum. A tentativa foi a de “alvejar” o brasileiro.
Ou substituir sua elite por outra menos escura. Não nos esqueçamos que durante o século XIX as teorias afirmando que a cor branca denotava superioridade estavam na “ordem do dia”. Portanto, a decisão de “embranquecer” o brasileiro, ao invés de aplicar recursos na educação dos que ja existiam, foi uma das decisões politicas que prejudicam o pais ate hoje.
E a razão para que a cor mesmo da elite brasileira estivesse se tornando escura foi o fato de que o numero de homens que chegaram pela aventura de “enricar” era muito maior que o de mulheres brancas.
No inicio, os portugueses de poucos recursos, chegando solteiros, logo buscavam uma indígena para o matrimonio. Com o aumento da presença dos escravos, as senzalas também passaram a fornecer mulheres para seus patrões e empregados. Alias, com o passar do tempo, a senzala substituiu quase completamente a união com indígenas.
Quando a colonização em Minas Gerais iniciou-se, a população brasileira ja era mais parda que branca. E ai a situação continuou favorável `as miscigenações, pois, a probabilidade de as pessoas fazerem fortuna naquele ambiente de pura aventura era muito menor que os riscos de mortes de todas as formas.
Portanto, era ambiente pouco convidativo para mulheres brancas, especialmente as de fino trato. Essas, eram em numero reduzido e geralmente chegavam acompanhando os pais que procediam diretamente da Europa para ocupar cargos da confiança do senhor rei do Império Português.
Por mais brancos que os brasileiros possam pensar ser na atualidade, eles descendem de ramos pardos que somente puderam ser produzidos pela miscigenação com os considerados pardos a principio: os levados da Africa ou os nativos-brasileiros.
O que podemos afirmar é que a maioria absoluta dos brasileiros `a época de 1840 era considerada parda. E a tendencia é voltar a ser o que foi naquela época, pois, os consecutivos casamentos entre pessoas de origem mista tendem a diluir as cores originais, dando `a descendência um tom intermediário, o que, em minha opinião, é ate mais bonito.
Nosso primo, FELIX TOLENTINO, que estuda as genealogias do torrão natal dele, a Cidade do Serro, ja disse, em artigo publicado em jornal de Belo Horizonte, que `a medida que o ouro foi se esgotando nos veios de aluvião da região, os mineradores foram se acomodando, construindo suas casas `a beira dos córregos locais, e isso deu origem ao primeiro traçado urbano na cidade.
E, com a particularidade, esses primeiros habitantes casaram-se com suas escravas, por ausência de outras mulheres disponíveis.
No mesmo volume no qual encontra-se a Ata da Reunião da Camara de Caeté, foi publicado um histórico da região do Serro. Inclui a Freguesia do Peçanha e outras. Os artigos foram de autoria do alferes Luiz Antonio Pinto.
Acredito que isso seja uma sugestão para a origem da família a qual ele próprio fazia parte. Para explicar alguns fatos ocorridos no inicio do povoamento do SERRO, o alferes aproveita-se para mencionar um casamento realizado pelo padre, LUIZ PINTO DE ALMEIDA. Isso, `a pagina 761.
Ja, `a pagina 762, ele reproduz parte do registro de batismo de CATHARINA. Ali esta que, “A f. 110v, do Livro de Batismos da matriz de N. Sra. da CONCEICAO e Capelas filiais”, temos:
“Catharina – Aos tantos dias de Dezembro de mil setecentos de dezoito anos, batizou o Reverendo Padre Vigário o Licenciado ANTONIO DE MENDANHA SOTTO MAYOR a CATHARINA filha de MARIA escrava de MANOEL DA SILVA PINTO, e o dito senhor a reconheceu por filha; foi padrinhos, MANOEL DE MATOS SOTTO MAYOR …”
Na verdade o assento que registra foi uma copia do original que sobrou de um incêndio que havia acontecido em 25 casas no SERRO. Inclusive a do padre que guardava os livros. De toda forma, foi 7 anos depois, as testemunhas do fato devem ter confirmado.
E, por nossa ancestral ANNA PINTO DE JESUS, esposa do tetravô EUSEBIO NUNES COELHO, devemos ser reflexo desse nascimento. Possivelmente, algum dia alguém poderá demonstrar que nossa cor de pele tem um de seus inícios naquele batizado.
Acredito também que JOSEFA PIMENTA DE SOUZA, esposa de MANOEL VAZ BARBALHO, tenha sido mulata. Não sendo ela, teremos que esperar que ANNA JOAQUINA MARIA DE SAN JOSE, esposa do JOSE VAZ BARBALHO terá sido uma pessoa de cor.
Se não for assim, restar-nos-a o ramo de ascendência da tetravó ISIDORA FRANCISCA DE MAGALHAES, esposa do POLICARPO, pois, não seria possível ao JOSE DE MAGALHAES BARBALHO ter sido pardo se todos os seus ancestrais fossem brancos.
Para quem tem preconceito com essas partes da HISTORIA GENEALÓGICA, isso pode ate soar mal. Mas eu tenho um prazer maior quanto mais encontro diversidades em meus genes.
Pena para mim é que a cor morena pão assado somente se ressalta em mim quando tenho oportunidade de expor-me muito ao sol. Mas aqui no Norte do planeta as oportunidades de tomar sol são raras e muito preciosas.
Voltando ao assunto principal genealogia e herança genética, precisamos compreender que existem diferenças entre ser e ser classificado como pardo. Por ser um texto mais compacto, indico o endereço abaixo da Wikipedia, para quem desejar saber mais, ver o que o termo definia:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pardos
Ha pois que ir ao endereço e ler-se pelos menos as subdivisões do texto: “Origem” e “Nos Censos Brasileiros”. Sabendo pois, então, que 99% da população brasileira atual é “parda”. Segundo os critérios dos antigos censos.
E eu não me iludo que não sou! Embora, frequentemente, sou confundido por outros brasileiros como se tivesse origem aqui mesmo nos Estados Unidos.
Obviamente, vamos deixar claro aqui duas coisas. Os dados que temos das famílias NUNES COELHO e BARBALHO em ITABIRA são reais. A única hipótese aqui são as relações de laços familiares existentes.
Nesse caso é uma desconfiança minha de que o NUNES da ancestral GENOVEVA NUNES FERREIRA e do ancestral THOME NUNES FILGUEIRAS será o mesmo. Por isso, acredito que os NUNES COELHO e MAGALHAES BARBALHO saíram de um mesmo ventre.
Acredito também que o FERREIRA da ancestral devera encontrar-se com essa assinatura em outros membros dessa família, como exemplo: no sobrenome do sr. DION NUNES FERREIRA.
Acredito na possibilidade de que esse sobrenome FERREIRA, na maioria dos casos na região da antiga VILA DO PRÍNCIPE, atual SERRO, estará ligado aos bandeirantes. Em especial `a família do GASPAR SOARES FERREIRA. Em outros casos, os SOARES da região, na maioria, também deverão estar ligados `a mesma fonte.
Não que sejamos descendente do GASPAR. Observe-se nesse outro texto abaixo que ele estava presente na expedição que encontrou ouro em CONCEIÇÃO DO MATO DENTRO e no SERRO. Ele próprio encontrou ouro e fundou o arraial que recebeu o nome de MORRO DO GASPAR SOARES, atual MORRO DO PILAR.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Antônio_Soares_Ferreira
Observe-se que o titulo do texto ANTONIO SOARES FERREIRA, demonstra quem era o líder da expedição, embora, o GASPAR entre como integrante. E pelas assinaturas iguais, podem ter sido irmãos ou primos.
No final do texto ha indicações de onde encontrarmos a genealogia pregressa do ANTONIO. Embora o GASPAR não tenha sido identificado por SILVA LEME, no GENEALOGIA PAULISTANA, isso não quer dizer que não sejam irmãos. Muita gente não foi relacionada por ele mas os pesquisadores recentes ja acrescentaram outros nos núcleos originais que ele descreveu.
Deixando as teorias para a pratica. Consolida-se o entendimento de que JOSE DE MAGALHAES BARBALHO e MARIA GERMANA (hipótese em relação a ela por enquanto) são membros das famílias BARBALHO e NUNES COELHO. E deles, com toda certeza, nasceu a menina ANNA.
Fica apenas no ar ainda que a ANNA encontrada no Censo de 1840 seja a mesma. `A época era muito comum as crianças falecerem em idades tenras. Mas, se não for ela e essa ter falecido, certamente será outra que, nascida após o falecimento, terá recebido o mesmo nome. Nesse caso, possível homenagem `a avó ANNA MARIA COELHO.
De certo, o que sabemos foi que ANNA MARIA DE MAGALHAES engravidou-se em ITABIRA. Contava-se antes que era filho de um musico do RIO DE JANEIRO que acompanhava um circo. Ele seria negro.
Mas ha outra versão, que MURILLO COELHO, (bisneto de ANNA MARIA e neto do filho nascido em GUANHÃES, cujo nome completo era JOAO BATISTA DE MAGALHAES BARBALHO,) quando ainda lúcido, alegava essa paternidade ser de um membro da sociedade itabirana.
Talvez essa versão seja a realista, pois, algumas notas da tradição familiar apontam para uma cor mais clara desse antepassado. ANNA MARIA por outro lado podemos dizer que era de um tom mulato-claro.
Devemos observar que a “sociedade itabirana” era formada em sua maioria por pardos, o que denotava que a classificação parda tratava-se apenas da questão de cor de pele e não de situação social.
Os “nossos” pardos como THOME NUNES e o filho MANOEL NUNES, ocupavam posições naquela sociedade. Podemos verificar isso na Ata da Camara Municipal de Caeté, de 12.10.1822, na qual MANOEL NUNES COELHO comparece com a patente de Alferes de Ordenanças. O pai THOME era capitão, no mesmo documento.
Podemos inferir com exatidão a respeito do tom mulato-claro em ANNA MARIA, pois, a família recorda em seus serões que o “tio” JOAOZINHO tinha especial apreço pela neta MARIA ANGELA (JU) COELHO, pois, entre todas, ele alegava ser a que mais se parecia com a mãe dele.
E tanto a minha geração quanto a dos netos da tia JU a conheceram o suficiente para identificar o tom de cor da trisavó ANNA MARIA DE MAGALHAES. A cor não se fixou apenas desse lado, pois, descendemos também da MARIA HONÓRIA NUNES COELHO.
Tia JU deve ter herdado os genes para cor e aparência mais africana, porem, as duas dezenas de irmãos que teve variaram desde entre a cor próxima `a dela ate ao claro e loiro. Contudo, todos com traços em maior ou menor grau mostrando a miscigenação.
Alguns vão lembrar-se que o “tio” JOAOZINHO assinava apenas JOAO BATISTA DE MAGALHAES. Mas não foi assim pela vida toda. Antigamente, as pessoas mudavam seus nomes como desejavam. Nesse caso, ele cortou o BARBALHO.
Assim como o genro dele JOSE BATISTA COELHO JUNIOR, cortou o BATISTA. Isso porque essa assinatura foi herdada do avô dele, JOAO BATISTA COELHO (marido da MARIA HONÓRIA). No avô justificava-se o sobrenome porque nasceu no dia de São JOAO BATISTA. Não se sabe porque o neto não desejou perpetuar a homenagem, ao contrario de irmãos.
Entre os documentos enviados pelo senhor DIONE, encontram-se duas atas dos exames finais das escolas publicas das Freguesias de São MIGUEL E ALMAS e do PATROCÍNIO DE GUANHÃES. Ou seja, GUANHÃES e VIRGINÓPOLIS.
Em 18.12.1872, na escola dirigida pelo professor MILITAO XAVIER CALDEIRA, sob a presidência do delegado de ensino FRANCISCO NUNES COELHO, os alunos foram inquiridos. Nessa prova final, o aluno JOAO BATISTA DE MAGALHAES BARBALHO, foi o primeiro aprovado com distinção.
Postarei aqui os nomes dos outros alunos para que todos os que procurarem informações a respeito de ancestrais saibam onde localizar aqueles meninos que na atualidade são ja ancestrais de varias gerações. Segue a lista:
AMANCIO JOSE DE QUEIROZ
ANTONIO RODRIGUES COELHO JUNIOR*
ANTONIO DE ARAUJO SOARES
ALTIVO RODRIGUES COELHO*
CARLOS PEDRO(?) COELHO
FRANCISCO DE ARAUJO FARIAS
FRANCISCO RODRIGUES DE OLIVEIRA
FRANCISCO SE SOUSA TEIXEIRA
HERMOGENES BARRADA(?) DA SILVA
JORGECIANO PEREIRA GUIMARAES
JOSE COELHO DA ROCHA SOBRINHO*
JOAO LUIS DA SILVA FILHO
LINDOLPHO RODRIGUES COELHO*
MILITAO XAVIER CALDEIRA FILHO
SIMAO NUNES CALDEIRA
MODESTO SE SOUSA TEIXEIRA
ERNESTO RIBEIRO CARVALHO
MARCOS GONCALVES PIMENTA
MAXIMINO PINTO DO NASCIMENTO
SALVIANO(?) JOSE DOS REIS
INNOCENTE FERREIRA DOS REIS
HIBRAIM(?) PEREIRA DA ROCHA
LUIS BOSSI PEREIRA DA ROCHA
RAIMUNDO GONCALVES PIMENTA
RAIMUNDO JOSE DOS REIS
MANOEL DOMINGUES DA SILVA
ANTONIO PEIXOTO DA SILVA
ANTONIO DIAS DA SILVA
JOAO SILVESTRE DA SILVA
PEDRO JOSE ADVINOULAMOSTRA(?)
OUTROS ALUNOS:
VICENTE FELIX COELHO
ANTONIO TORQUATO DA SILVA
RODOLPHO EVATISTO DE MORAES
MANOEL LUIS PEREIRA
JOAQUIM FERREIRA DOS SANTOS
SALVIANO GERALDO DE ANDRADE
ANTONIO DA COSTA VILLA REAL
SEVERIANO FERREIRA SEABRA
NAO COMPARECERAM AOS EXAMES:
JOAQUIRO SATYRO DE OLIVEIRA
JOAO BERNARDES DE CASTRO
MANOEL DA SILVA COSTA
PIO NUNES COELHO*
(EMIJASAO) GOLCALVES PIMENTA
SEBASTIAO PORFIRIO NEPOMUCENO
JOSE POLIDORO DA ROCHA*
JOAO DONISETE DA SILVA
JOAO ALVES DA CUNHA
ZEFERINO PEREIRA DA SILVA
CLEMENTE PIMENTA DO NASCIMENTO ROCHA
JOSE BARBOSA DA SILVA
ANTONIO GONCALVES PIMENTA
JOAQUIM DOMINGUES DA SILVA
JOAO {JANJAN} FERREIRA DA SILVA*
JOSE DOMINGUES DA SILVA
CELESTINO PEREIRA DA SILVA
MANOEL THOMAS DA COSTA
DAVID GERALDO DE ANDRADE
SEVERIANO PEREIRA CANDIDO
No futuro PIO NUNES COELHO e JOAO {JANJAN} FERREIRA DA SILVA tornar-se-iam concunhados, casando-se na cas de ANTONIO RODRIGUES COELHO e MARIA MARCOLINA BORGES DO AMARAL. Três dos filhos do casal estavam na primeira turma.
Possivelmente, esse não comparecer `as provas devia-se `as condições climáticas de dezembro na região. Chovia tanto que os caminhos tornavam-se intransitáveis durante meses. E muitos residiam em fazendas, a léguas distantes da sede do município.
A ata foi lavrada pelo próprio professor MILITAO e vai assinada pelos presentes, inclusive o delegado do ensino FRANCISCO NUNES COELHO*.
Em 12.12.1882, na escola publica feminina, dirigida pela professora ERSILLA COELHO DE ANDRADE MAGALHAES, em VIRGINÓPOLIS, constou que o secretario foi o senhor JOAO BATISTA DE MAGALHAES. Ou seja, assim que ficou adulto, suprimiu o ultimo sobrenome.
Aparecem ai ainda os nomes dos senhores ELIDIO RODRIGUES NUNES e LUIZ FURTADO LEITE SOBRINHO. O senhor ELIDIO tem descendentes entre nossos parentes. Mas nada sei informar a respeito da esposa ou filhos.
Em dados que encontrei no site com a lista de ex-alunos do COLÉGIO DO CARAÇA, estava la registrado nada mais que meu amigo e colega: GERALDO NUNES LACERDA. Mais conhecido como GERALDO CRISPIM.
Ele esta registrado sob o numero de matricula 2160, de 1965, Filho de: ILIDIO NUNES NETO e dona ZILDA CANDIDA LACERDA. GERALDO CRISPIM casou-se com UELVA NUNES LEITE, nossa prima pelos lados BARBALHO, BATISTA COELHO e NUNES COELHO.
Ja o senhor LUIZ FURTADO LEITE SOBRINHO foi marido da LUIZA NUNES COELHO, filha dos tios JOAQUIM NUNES COELHO e FRANCISCA EUFRASIA DE ASSIS COELHO. O sobrinho no final do nome dele talvez ajude a aprofundar melhor na genealogia da familia FURTADO LEITE, ou simplesmente LEITE.
Alem desse parentesco, filhos se misturaram com os primos COELHO. Uma verdadeira farra! UELVA descende do QUINSOH, irmão da LUIZA N. COELHO.
O senhor DIONE não enviou-me a copia completa dessa 2a. ata. Assim, entre os alunos aparecem apenas os nomes daqueles que vinham primeiro, indicados pela mestra, para fazer primeiro as provas como exemplo da qualidade da escola.
E os nomes desses foram: JOAO COELHO DE ANDRADE, JULIA NUNES COELHO, MARIA ISABEL FERREIRA e MARIA COELHO DE ANDRADE. JOAO foi aprovado com distinção e as outras foram “simplesmente aprovadas”.
Fica ai a duvida quanto a JOAO e MARIA COELHO DE ANDRADE terem sido irmãos ou primos da mestra. Não tenho nenhuma informação mais adequada da família dos trisavós: JOAQUIM COELHO DE ANDRADE e JOAQUINA UMBELINA DA FONSECA, pais da Dindinha ERSILLA.
Tenho noticias que houveram os filhos JOAQUIM, JOSE (JUCA) e talvez CLARISSA. Ha a duvida quanto a essa ser neta porque viveu ate pelo menos aos anos de 1960 e andava de DIVINOLANDIA a VIRGINÓPOLIS, se o CISTA não tinha antes a noticia de que estava na estrada e mandasse a charrete de encontro.
As informações eram que não era clara apenas de nome. Mas de cabelos e pele.
A mestra ERSILLA estava muito jovem em 1882 e caso tenha sido a ou das mais velhas na família, poderia ter irmãos em idade de escola ainda. Ainda mais que naquela época podia-se entrar nas escolas primarias mesmo depois de passado os 10 anos de idade.
As tradições de família falam em dificuldades passadas por JOAQUIM, JOAQUINA e familiares, que eram muito numerosos, tendo sido esse o motivo de se transferirem para o CÓRREGO DOS HONÓRIOS, com a assistência do genro MARCAL.
Para não perdermos os pique, fiquemos apenas com o “tio” JOAOZINHO (BATISTA DE MAGALHAES BARBALHO).
Na reunião de 12.12.1882, dindinha ERSILLA, assim a chamamos por ser bisavó paterno/paterno da casa de meus pais, estava contando com 3 anos e meses de casada (05.07.1879), e ela havia se casado aos 17 anos de idade, nascida a 04.03.1862. Faleceu em 18.06.1937.
Foi a esposa do MARCAL DE MAGALHAES BARBALHO, que nasceu a 08.08.1854 e faleceu a 19.01.1909. O primeiro filho, ONESIMO, estava com menos de um ano de idade (16.02.1882).
Apos ele tiveram: VITA (30.11.1887), TRAJANO (CISTA, 20.04.1890), MARCIAL 1o., MARCIAL (12.09.1892), SALVA (irmã HELENA, 15.06.1894), MURILLO (01.07.1895 – 23.01.1914), FILOTHEIA (TETE, 31.12.1897), OLGA (22.06.1899), DAFINIS (29.09.1900 – 20.03.1901) ABILA PATROCÍNIO (BILOCA, 11.10.1903).
MARCAL foi ainda pai natural de ADELINA (24.06.1878) que casou-se em OURO PRETO com o português JOAQUIM AFONSO PAINHAS. Sobrenome esse que encontrei na Historia da IRMANDADE TERCEIRA DE SAO FRANCISCO DE ASSIS DE OURO PRETO, em outra pessoa. Mas não sei qual o parentesco.
Essa previa foi justamente para anunciar que o tio JOAOZINHO casou-se com CANDIDA (SA CANDINHA) DE MAGALHAES BARBALHO, irmã completa do MARCAL. Assim, ele e dindinha ERSILLA tornaram-se concunhados.
 SA CANDINHA e JOAOZINHO casaram-se no ano seguinte `a reunião: 30.06.1883. E foram pais de:
01. João Magalhaes Junior c. c. Alda de Magalhaes Barbalho
02. Eliezer (Seo Li) Magalhaes, solt.
03. Emydia (Miluca) Magalhaes c. c. Evencio Batista Coelho
04. Wilson (São)  Magalhaes c. c. Maria Julia de Magalhaes Pacheco
05. Davina Magalhaes c. c. Jose (Juca Coelho) “Batista” Coelho Junior
06. Getulio Magalhaes, solt.
07. Maria (Maricas) Magalhaes c. c. Sinval Rodrigues Coelho
08. Candida Magalhaes c. c. Jose de Magalhaes Barbalho
09. Gastão Magalhaes c. c. Julita Coelho do Amaral
Ai, nessa família valia aquele ditado antigo: “O mais certo joga pedra nos outros”! A começar pelos patriarcas.
Os cônjuges de todos os casados são primos mais ou menos próximos. Os solteiros tiveram filhos dos quais conhecemos dois.
Na genealogia da família o sobrenome esta intermediado ao nome pelo “de”, mas isso não havia. Eram todos Magalhaes puros. Não se sabe o porque disso. Possivelmente, tio JOAOZINHO desejou criar nova dinastia e isso seria o diferencial dos demais.
Estou explicando isso porque vou acrescentar alguns particulares da família, tiradas dos seroes que tínhamos com frequência quando os adultos reunidos contavam os “causos”.
Um deles revelava uma certa antipatia que nosso avô CISTA tinha pelo primo e tio-afim. Não se sabe se havia preconceito racial. Como os BARBALHO antigos eram pardos, os dois casamentos em famílias COELHO que ocasionou o nascimento do CISTA e irmãos os fez “brancos”  puros!
Mas o certo era que havia sim uma animosidade. Isso fica transparente com o depoimento de minha mãe MARIA JUDITH que uma vez “soltou os cachorros” contra o sogro, o CISTA, porque ele estava falando mal do avô dela, com ela presente! E olha que a duvida era somente se foi distração ou feito para provocar mesmo!
A animosidade entre eles revela-se no fato de que o CISTA era tropeiro e levava sua tropa ate o RIO DE JANEIRO, antiga capital do BRASIL.
E o comerciante JOAO DOMINGOS (ia me esquecendo de acrescentar. Era assim chamado porque os tios arranjaram um casamento, antes dele nascer, da mãe dele com a pessoa que sabemos apenas o pre-nome: DOMINGOS). recebeu uma nota que valia muito `a época e não tinha como trocar nas praças da área.
Naturalmente, como o sobrinho estava com as tropas prontas para dirigir-se `a capital, pediu a ele o favor de trocar a nota em miúdos, para proporcionar a circulação no comercio. Favor encomendado e aceito, espera-se o mês inteiro, na ida e na volta, que durava a viagem.
Ao retornar, o sobrinho entrega a mesma nota com a desculpa: “Não tive tempo de ir ao banco para trocar”! Essa pegou o tio JOAOZINHO com as calças na mão! Não teve como retribuir!
Certa vez tentei esclarecer essa confusão. Tinha ouvido na infância ou juventude que o motivo da birra era o TIO JOAOZINHO não ter colocado o sobrenome BARBALHO nos filhos. Mas os presentes na conversa retrucaram porque o próprio não assinava BARBALHO, portanto, esse não teria sido motivo.
Agora temos sim a comprovação de que era fato. JOAOZINHO cortou o BARBALHO da própria assinatura. E matou no nascedouro o progresso dela.
E so posso supor que a birra tenha nascido por motivos políticos. O CISTA era meio fanático por essa atividade. Alem de ambicioso. E. `aquela época, politica e negócios eram servidos na mesma mesa. Não se concebia uma pessoa ter sucesso sem mexer com os pauzinhos políticos.
O nome de família era fundamental para isso. Quanto maior a família, refletindo em mais votos, melhor se abriam as oportunidades para os assuntos politica e negócios.
Mas houve o fato de que o grande perpetuador do sobrenome BARBALHO em VIRGINÓPOLIS  foi o capitão FRANCISCO MARCAL BARBALHO. Mas a esposa, EUGENIA MARIA DA CRUZ, coitada, era a culpada por isso, so lhe deu 8 filhos e filhas, dos quais apenas dois eram machos. Foram o PEDRO e o MARCAL.
Esses tiveram filhos o quanto puderam. E carimbaram todos com o DE MAGALHAES BARBALHO.
Ja, das mulheres, a JULIA não se casou. As EMIGDIA, PETRONILHA, e AMBROSINA se engraçaram com os primos NUNES COELHO e não passaram o sobrenome para frente. A QUITIRINHA, encontrou-se com o JOAQUIM PACHECO e os filhos ficaram DE MAGALHAES PACHECO.
O CISTA, então, entendia que a salvação da lavoura era o JOAOZINHO e a SA CANDINHA ter feito mais uns DE MAGALHAESINHOS BARBALHINHOS para completar a roda. Mas não, justamente o casal BARBALHO com BARBALHO, so deu MAGALHAES!
Ai sim, vamos entender o CISTA. Foi uma puta sacanagem do JOAOZINHO!!!
Mas contava-se que ja na juventude JOAOZINHO não era fácil. Talvez justificando as inúmeras piadas em torno do menino peralta de mesmo apelido! Tinha também o dom da psicologia pre-freudiana.
Ele sabia por exemplo que as pessoas bisbilhotavam as ruas da cidade através das frestas das janelas de madeira, `a noite, após `aquele horário próprio, que se afirmava que “pessoas de família educada estão dormindo nesse horário porque são laboriosas e se levantam muito cedo.”
JOAOZINHO era um musico de fino gosto e muito habilidoso em diversos instrumentos. Era especialista em clarinetas. Sabedor da regra social, resolveu um dia despir-se, colocar apenas gravata e sapato para, altas horas da noite, no horário em que gente honesta estava dormindo, sair fazendo serenata pelas ruas da cidade.
No outro dia, fora do recôndito das cozinhas, ninguém havia presenciado tal feito. Nem um pio se dava sobre o acontecido.
Foram preciso passar décadas, e talvez ate o artista ja ter falecido, para que uma senhora ja idosa e sem aquelas obrigações sociais, ja que todo mundo era mais novo que ela, e o respeito tinha que ocorrer na direção para ela, resolveu confessar: “Eu vi, fulano, ciclano, beltrano e todo mundo na cidade viu o JOAO DOMINGOS fazer serenata sem roupa”!
Dentro da casa onde residiam era uma farra. Tudo segundo as regras antigas. Os filhos jantavam `as 4 – 5 horas da tarde. Para esperar o horário de dormir, iam fazer o “footing”, que se dava justamente na praça principal de VIRGINÓPOLIS, o acesso para a qual era apenas o abrir da porta da residência.
Enquanto isso SA CANDINHA, zelosa como era, dispunha copos com leite no beiral da janela na entrada. Um copo para o JOAO, outro para o GASTAO, para CANDIDA etc. Era um copo para cada filho. Eles deveriam entrar, beber o leite e ir dormir.
Certo dia o SAO chegou com fome desigual. Tomou o copo dele. Mais o da DAVINA, o da EMIGDIA etc, e acabou tomando todos. Foi justamente no hora que a CANDIDA, filha, entrou.
Dai, CANDIDA, sistemática como era, começou a falar que era um absurdo ele fazer aquilo, porque os outros iriam dormir mal, e mais isso e aquilo. Por fim resolveu ser taxativa. Vou contar para papai o que você fez.
O SAO, que não era nada bento, retrucou na hora: “Se contar pra papai, te dou um tiro na bunda”!!!
Passaram a noite, mal dormida para os outros e tranquila para o SAO. CANDIDA mais tarde, e no reservado, resolveu dedurar o irmão. Contou tudo para o pai. Ele apenas disse: “Pode deixar”!
No outro dia, CANDIDA percebeu que não havia acontecido nada. Resolveu cobrar do pai a atitude prometida. Ao argui-lo, ele falou baixinho para ela: “CANDIDA, se ele ficar sabendo que você me contou, ele pode resolver te dar um tiro na bunda mesmo. E como você vai fazer? Vai mostrar a bundo pro delegado?!” Não se falou mais nisso naquela casa.
Tio JOAOZINHO e o genro JUCA COELHO adoravam um carteado. E a turma se reunia na caso do JUCA. E o casal mais velho residia sozinho. Dado determinado horário, CANDIDA queria ir para casa mas não podia fazer isso enquanto o marido não terminasse o seu afazer, pois, era ele quem carregava a chave da casa.
Ela usava a artimanha de enviar recados, via netos, porque estava no horário. O marido retornava o recado dizendo que agora não. Um dia ela resolveu mandar um recado mais autoritário, de que: “Se ele não tem responsabilidade com o horário, que me mande a chave que vou sozinha”.
O JOAOZINHO, tranquilo, põe a mão no bolso, pega a chave, põe na mão da neta o cabo da chave e segura o da fechadura, puxa a menina para próximo de si e cochicha um recado.
A menina sai séria, ou segurando o riso, leva a chave para a avó e fala: “Oh vó, o tio JOAOZINHO mandou a chave mas falou que era pra falar com a senhora pra senhora ir a puta que pariu!” Dona JUDITH contava que fora portadora do mesmo recado mais de uma vez.
Pode ser que tudo não fosse apenas aparências! Aqueles velhos antigos tinham la seus recursos! A raiva e discussão poderia ser uma simulação para os dois comunicarem que aquele era “o dia”!
Isso poderia ser indicado por outra passagem da vida deles. Dormiam em camas separadas quando mais velhos. E no canto do mesmo quarto havia uma terceira cama para o “menino de recados”. Alguém que era escalado para dormir com eles para a eventualidade de algum passar mal ir pedir socorro.
A neta JUDITH passou os últimos meses ocupando o cargo. E contava que a avó ficava conversando com ela após JOAOZINHO recolher-se e entrar no sonho dos anjos. Um dia ela fez essa observação: “Olha como ele dorme despreocupado! Parece ate que a gente nem esta aqui com ele!”
SA CANDINHA era também super controladora. Era implicada com o marido ir `as tardinhas tomar um vinhozinho do PORTO no bar da cidade. Ja raivosa com a situação, resolveu tentar intimidar o marido para acabar com a farra.
Apresentou-se ao bar, coisa que nunca se ouvira falar que uma dona de respeito o fizesse, e sentou-se junto com o marido e pediu um copo ao atendente. Explicou ao marido que ja que ele bebia, ela também podia beber junto com ele.
Longe de ficar zangado, TIO JOAOZINHO ate agradeceu aquele ato, dizendo que agora ele tinha companhia `a altura e logo serviu o primeiro copo. A inexperiente SA CANDINHA, sorveu o conteúdo no vira.
TIO JOAOZINHO perguntou se estava bom. Ela retrucou que sim. “Então, disse ele, tome mais um pouquinho.” E encheu o segundo copo. Conversa vai, conversa vem, um copo atras do outro. SA CANDINHA ficou bebada, e o marido a levou carregada para casa. Nunca mais ela repetiu a aventura!
Mas não se deu por vencida. Com a raiva dobrada, um dia encheu um balde com agua e o levou ao bar. Olhou de soslaio na entrada e verificou que TIO JOAOZINHO estava de costas para a rua.
Entrou pe ante pe. Jogou toda a agua do balde sobre a cabeça dele. Ele, quietamente, deu uma olhada para uma janela voltada para a nascente, mudou o olhar para as portas que davam para o poente. Tudo claro!
Então, com um ar de bastante intrigado disse: “Ue seo! Não foi mesmo que choveu e nem trovejou!!!” E da mesma forma que estava bebendo o vinho antes, continuou, sem sequer dirigir uma palavra `a esposa. E ela foi para casa como um cachorro com o rabo entre as pernas!
Mas toda a família fazia das suas. Embora alguns nos pareceram mais sérios. Não se contava casos nem da MILUCA, DAVINA ou MARICAS.
SEO LI era o maldoso e esquecido. Gostava de fazer maldades com os sobrinhos. Dava puxões rápidos de cabelo para irritar os meninos. `As vezes pegava um deles, colocava uma toalha envolvendo-os pela barriga, e ficava balançando-os por fora das varandas altas, e dizendo que o apavorado sofredor estava voando!
Num dia dessas maldades, trancou um sobrinho, parece que no paiol. E ficou esperando que o menino gritasse desesperado. Acontece que passou o tempo e ele se distraiu, indo fazer outra coisa e deixando o menino trancado.
Passado mais tempo, todo mundo deu falta do menino. Começaram a procurar e a perguntar. Foi uma loucura. Depois de um bom tempo de buscas, chega o SEO LI do que estava fazendo. Ai ele se lembra do menino e corre ao paiol. Cansado de esperar, la estava ele dormindo tranquilo!!!
Ja bem velho, o mesmo personagem passava todos dias em sua caminhada dificultosa entre sua residência na Rua São Jose ate `a Conferencia de São Vicente no beco adjacente. Vez por outra, estava o RUBINHO, filho dos primos DIMAS e CIDINHA, no portão da casa e o velho não perdia a oportunidade de dar o puxão de cabelo costumeiro.
Um dia o menino ficou no local fatídico esperando. Tomou o puxão, esperou o tio se afastar uns 10 metros adiante e o chamou pelo nome. Quando ele se virou, tomou uma pedrada de estilingue bem em cima do saco. Quase se dobrou de dor. Foi a ultima vez que puxou aqueles cabelos!
Apesar desse lado maldoso do ELIEZER, e ao contrário do que possa parecer, era uma pessoa dedicada aos serviços comunitários, como a maioria dos familiares eram naquele tempo. E, em relação `as crianças, o SEO LI era daquele tipo que se dizia: “tem cheiro de égua”.
Isso significava que era um atrativo para as crianças. Ele tinha as liberdades de fazer as brincadeiras, muitas vezes de menor gosto, justamente porque tudo o que tinha, compartilhava com a meninada.
Por exemplo, tinha uma carroça puxada por animal para levar e trazer as coisas da roça. E como não era uma diversão comum e disponível para todos, ele deixava os meninos darem voltinhas na carroça. Brincava com elas como se fosse um menino maior.
Outro caso dele foi o sistema que inventou para lembrar coisas a fazer. Indo da fazenda para a cidade, olhava o que estava faltando por la. Mas a memória era fraca, então, amarrava uma palhinha no dedo para lembrar que tinha que carregar algo no dia seguinte.
Um dia alguém o viu parado em frente `a venda, olhando para o dedo e a palhinha. Curiosa, a pessoa perguntou o que ele estava fazendo. Ele respondeu: “Amarrei a palha no dedo para lembrar de fazer alguma coisa. Agora não sei que coisa que é!!!
Tio SEO LI, como o chamávamos, participava de apresentações sociais, inclusive cantando no coral da igreja e participando em peças de teatro. Recordo-me de uma que assisti quando o ginásio ainda tinha seu anfiteatro. Era um salão maior que depois foi transformado em três salas de aulas.
Ele contracenava com o sobrinho-neto, atual doutor SILVESTRE, medico. `A epoca o chamávamos de MENININHO. Não parecia, mas é 6 anos mais velho que eu. Era no inicio da década de 1960.
Eu ainda devia ser menor que ele, mas na peça o MENININHO sentava-se na perna o nosso tio comum e dava para perceber que o tio era maior, embora, para estatura de adulto fosse baixinho. Eu não teria, então, mais que 5 anos de idade.
A peça era cômica e o personagem da criança era travessa. Recordo-me apenas da cena em que o adulto, nosso tio, atuava como se houvesse dormido, sentado na cadeira e debruçado sobre a mesa.
Então, o menino travesso vinha e pregava nele um rabo de burro ou de capeta. Nas próximas cenas haviam as discussões que nada me recordo e nas falas do tio ele mexia o corpo para o rabo balançar e a assistência ir ao delírio de tanto rir.
Ha no livro: “Notas Históricas Sobre Guanhães”, o autor, nosso primo, INNOCENTE SOARES LEAO, conta um caso passado. Havia sido programada uma visita do bispo `a cidade. Naturalmente, a população 100% católica `a época fez a maior festa para aguardar o líder religioso.
Aconteceu um imprevisto. Não podendo ir, foi expedida uma nota comunicando essa informação `a população de GUANHÃES. Acontece que o responsável não comunicou, não sei eu dizer se isso foi passado via telegrama ou emissário.
Possivelmente, um emissário, pois, muita gente da região tinha contatos comerciais com Diamantina. E os estudos mais avançados se davam no SERRO e DIAMANTINA, havendo ocasiões em que os caminhos se enchiam de viajantes, sobretudo em épocas de ferias ou entrada das aulas.
E dizem que esse emissário, por ter o privilegio da informação, aproveitou-se disso. Vestiu-se de bispo. Quilômetros de distancia, as noticias ja estavam dando conta de que o bispo estava chegando. E a foguetearia não parava. Era a visita histórica.
E os ânimos ficavam cada vez mais eloquentes `a medida que naquela região montanhosa, do alto se podia avistar pontos da trajetória, e nesses pontos era vista a passagem de um cavaleiro vestido de vermelho.
Acontece que o cavaleiro foi passando por caminhos mais ermos de forma a contornar a cidade e ao invés de dirigir para ela, sumiu no mapa. O INNOCENTE LEAO reivindica a autoria da traquinagem ao pai dele. Algumas vozes de VIRGINÓPOLIS atribuíam ao SEO LI.
Dizem que o SAO era muito forte. E, como todas as pessoas envolvidas nos trabalhos de roça, fazia de tudo um pouco. Um dia tomou a obrigação de ferrar um burro. Mas houve um momento em que se distraiu e o burro deu-lhe um coice na perna.
SAO teve um rompante de raiva tão forte que pegou o animal pela pata que o atingira e, segurando com uma mão e deixando o burro esperneando de costas ate cansar, gritou com ele: “Olha aqui seo burro! Você pode ate ser mais inteligente que eu! Mas mais forte não é não!!!
SA CANDINHA, ja mais velhinha e sem dentes, adorava chupar o açúcar que cobria os beijos-quentes. Mas, com a falta dos dentes, não comia o amendoim por dentro. Ia enfileirando-os no beiral da janela onde todos passavam.
Quando resolveram perguntar para ela porque, ela respondeu: “Deixa ai, `as vezes passa algum menino que goste de amendoim e aproveita.”
Ela, sistemática, mas com sentimentos nobres. Sempre ajudou a família nas necessidades. E um dia, viveu ate 1955 quando faleceu aos 97 anos de vida, ja mais velha, a viram plantando pe de jabuticabas.
Alguém implicou-se com aquilo e resolveu arguir: “Ue SA CANDINHA, para que a senhora esta plantando arvore de jabuticaba? Nessa idade a senhora nunca vai chupar do que plantou!”
Ela voltou-se para a pessoa e respondeu: “Verdade. Mas quando eu nasci ja encontrei jabuticabeiras que eu não tinha plantado. Ai eu estou plantando para quem vier depois de mim.”
TIO JOAOZINHO também dava suas aulas praticas de vivencia. Um dia vendo um dos filhos comer um prato cheio rapidamente, para comer outro em seguida, ele ensinou para ele: “Coma devagar e mastigue bem. Quando você terminar o primeiro prato vai perceber que não precisa comer dois.” Façam a experiencia.
Esse personagem de nossa família deve ter sido tão excêntrico que escolheu o dia 15.10.1942 para falecer. Era o dia que estaria completando 80 anos de idade. Quem não gostou dessa ultima brincadeira do avô foi a neta JUDITH. Ela havia nascido 17 anos no mesmo dia.
Ja SA CANDINHA foi a outro extremo. Surpreendeu de outra forma. Era daquelas surdas espertas. Quase nada ouvia. Exceto quando estavam conversando, pensando que ela não estava ouvindo, sendo ela o assunto das conversas atravessadas.
Nessa hora ela fazia alguma observação que assustava os interlocutores. “Mas a senhora não é surda?” Ao que ela retrucava na bucha: “Eu ouço quando me convém!”
Vovó como os netos carinhosamente a chamam ate hoje, marcou diversas vezes sua viagem para as estrelas do Céu. Vez por outra ia ter alguma festa, olha ela passando mal. `A beira da morte, o padre ja preparado para a extrema-unção, todas as atividades na cidade eram canceladas.
Passada a festa, oh ela ai de volta! Foram alguns de seus últimos anos passando por essas coincidências.
Todos a respeitavam. Fora uma benfeitora da cidade. Não faz muito tempo em que numa das ultimas viagens que fiz a Virginópolis, quando pude, entrei na Igreja Matriz de Nossa Senhora do Patrocínio, e num dos vitrais da igreja vi o nome dela e do Eliezer. Foram doares da obra.
Na ultima vez que ela passou mal, estava havendo um baile na cidade. E baile era quase o único divertimento da juventude. Foram avisar ao neto JOSE FABIANO que ela havia falecido. Ele riu! “Vocês pensam que sou bobo”?! Defendia-se ele da “invenção” e peça que lhe queriam pregar!
Mas, daquela vez, quem quebrou a cara foi ele. Ela faleceu em 1955, aos 97 anos de idade. Três antes de eu nascer. Pouco antes mesmo de meu terceiro irmão JESSE nascer. E entre eu e ele ainda ha a MAGDA.
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OUTRAS CONSIDERAÇÕES
I.
Ha também que mencionar um fato ainda a ser estudado. Existe uma Família BARBALHO radicada na Cidade do GONZAGA, antigo distrito de VIRGINÓPOLIS. A situação ai é que não se sabe a origem do sobrenome dela. Nunca tive oportunidade de conversar isso com alguém de la.
Os BARBALHO antigos de VIRGINÓPOLIS negavam parentesco. E supunham que fossem descendentes de algum antigo escravo que tivesse adotado o sobrenome dos antigos senhores. Mas sempre tive duvidas quanto a isso.
Agora que temos a certeza de que nossos ancestrais eram pardos e que a ANNA MARIA DE MAGALHAES não precisaria ter sido o resultado da união do JOSE, que se supunha ser branco, com alguma escrava, as coisas mudam um pouco. Nem ele nem a MARIA GERMANA eram brancos.
O que implica que os irmãos dele também não seriam puros. Talvez houvesse uns mais brancos e outros morenos. FRANCISCO MARCAL, avô do CISTA, talvez não tenha parecido a este ser escuro, porque fosse mesmo mais claro ou porque ja estava mais velho e o branco dos cabelos dessem a impressão de brancura de pele também.
Quando o CISTA nasceu, FRANCISCO MARCAL ja estava com 70 anos. E faleceu quando o menino estava com 10 anos de idade. Pode ser que os detalhes menores não tenham ficado gravados na memória do neto.
II.
Nos registros de batismos em ITABIRA que o amigo MAURO enviou-me registra-se o nascimento de FELISBERTO, filho de POLICARPO JOSE BARBALHO e ANNA CATHARINA DAS MERCES. Foi registrado a 21.11.1852, pag. 275 do livro de registros.
Ha que se saber se esse POLICARPO seria o nosso ancestral ou algum parente nosso mais novo que ele. Naquela data, o nosso ancestral teria 73 anos de idade. E, supomos, teria retornado ao seminário e se dedicado `a família de JESUS e não `a nova prole.
Inclusive, ha um livro: “A IGREJA NA HISTORIA DE SAO PAULO”, no Google Livros, no qual o nome do POLICARPO aparece pelo menos duas vezes. No site ha o limite de datas: “1821 – 1851”.
Especifica-se la que na pagina 294 aparece o nome completo: POLICARPO JOSE BARBALHO. E na pagina 302 acrescenta-se “BARBALHO, Pe. POLICARPO JOSE: 294”. O segundo deve ser o indice remissivo. `A pagina 294 deve conter a informação de algum feito do ancestral para merecer estar no livro. Mas não esta aberto para a leitura.
Nesse caso, espera-se que ja tendo sido ordenado padre, no máximo em 1851, não era esperado ter filho em 1852. Mas nunca se sabe.
III.
Nossa prima IVANIA registra no livro dela o nome MANOEL DE MAGALHAES BARBALHO, como filho do pe. POLICARPO. Mas esse não aparece em nenhum dos registros que tive a sorte de revisar. Portanto, foi engano ou o MANOEL foi mestre em ocultar-se. Mas pode ter sido filho em outro casamento do qual não temos noticias.
Entre 1827, data do falecimento da esposa ISIDORA FRANCISCA, e 1845, data da ordenação do filho EMGDIO, ainda não encontrei nada da vida do POLICARPO. Mais certo que tenha tido outra esposa o amasia nesse intervalo.
IV.
Torna-se cada vez mais urgente, em meu conceito, decifrar nossa genealogia que se arrastou durante o século XVIII e um pouco antes.
Talvez, por uma sorte desviada, estejamos sofrendo um boicote de forças ocultas, pois, os dados mais ausentes e que nos ligariam a genealogias ja prontas e que abordam o século XVII e anteriores devem estar vagando em arquivos, especialmente naqueles que abrangem a antiga região de influencia da VILLA DO PRÍNCIPE, atual SERRO.
Por isso não encontramos a informação de quem foram os pais do JOSE VAZ BARBALHO, nosso pentavô; a confirmação ou negação de que o alferes-de-milícias JOSE COELHO DE MAGALHAES, outro pentavô, era mesmo filho do português MANUEL RODRIGUES COELHO, e o que precede a este; falta-nos ainda descobrir o que vem antes de nossos pentavós: ANTONIO JOSE MONIZ e MANOELA DO ESPIRITO SANTO, lembrando que, se ele foi o ANTONIO JOSE MONIZ BARRETO presente na obra do frei JABOATÃO, a genealogia dele ja esta descrita.
Esses são os exemplos mais gritantes. Mas não se pode esquecer que agora se juntam a eles a emenda entre MARIA GERMANA e seus pais; o casal THOME NUNES FILGUEIRAS e ANNA MARIA COELHO e ancestrais e assim por diante.
Por que isso torna-se imprescindível? Bom, diziam no recôndito da família que: “O COELHO manca, e o BARBALHO arrasta”. Isso faz-me recordar do velho SEO LI. Quantas vezes em nossa infância o víamos passando no passeio de nossa casa andando parecendo alguém com as pernas peadas!
Para a perna direita ir `a frente, tinha que dar um puxão, levantando não a perna mas todo aquele lado do corpo, quase sendo obrigado a andar de lado. O passo seguinte exigia o mesmo esforço de todo o lado esquerdo. Enquanto isso, ia gastando as solas dos sapatos naquele arrasta-pés que levariam o sr. ZE BARBALHO `a loucura!
Isso. A minha preocupação nesse caso era a de oferecer material genealógico que pudesse ajudar a decifrar tantos problemas genéticos que ocorrem na família. Entre eles podemos mencionar: LEER, demência (caduquice), cataratas precoces, descompasso entre alto e baixo índice de inteligência etc.
Mas para sermos sérios a respeito disso, preciso seria decifrar muitas outras famílias relacionadas, pois, apesar de suas assinaturas ser diferentes das mencionadas agora, elas deverão estar misturadas a elas naquele século, quer seja porque forneceram cônjuges para essas ou receberam para si. Assim, todos ja temos parentamentos.
Apos findo o trabalho genealógico, caberá aos especialistas nas devidas áreas se aproveitarem dele, estudando, descobrindo as relações, e usando isso para a prevenção e profilaxia dos males que nos atacam.
Assim, quem sabe, nossa descendência poderá atingir as idades de 150 anos, como sonham os cientistas atuais, contudo sem as penas dos sofrimentos pelos quais a minha geração ja esta passando desde os 40. Como se diz atualmente: “Entrou nos enta, tudo de ruim acontece!”
V.
Precisava estudar os ALMANAKS DA PROVÍNCIA DE MINAS GERAIS entre o de 1864 e 1872. Aquele apenas menciona que a FREGUESIA DO PATROCINIO DE GUANHAES ja existia.
Mas era comum, `a primeira apresentação, fazer-se uma retrospectiva histórica dos recém-criados. E assim poderíamos obter dados de época a respeito de fundadores e primeiro moradores.
No de 1872 temos uma lista de proprietários que seriam primeiro moradores, porem, omite-se os possíveis falecidos no intervalo. Inclusive o considerado primeiro morador, os senhores FELIX GOMES DE BRITO e JOSE ANTONIO DA FONSECA, não aparecem.
Acredito que o senhor ANTONIO GOMES DE BRITO, que aparece em 1864 como varejista em GUANHÃES, poderá ser irmão ou parente próximo do FELIX. Em sendo o caso, um pode ajudar a encontrar os dados da genealogia do outro.
VI.
Acredito ser necessário duvidarmos mesmo de todos os dados que não estão comprovados por documentação. Por isso penso ser acertada a atitude do senhor DION lembrar-nos a possibilidade de que MARIA, ALTIVO, ANTONIO, JOSE, ANNA, JOANNA e JOAQUIM NUNES COELHO tenham sido filhos do ancestral EUSÉBIO.
No caso particular do tio JOAQUIM ha uma evidencia que pode induzir `a contraditória, pois, ate onde conhecemos, ele foi o único que deu o nome EUSÉBIO a seu primogênito.
Embora a semente não tenha vingado, a atitude realmente acena para a confirmação de ser filho ou, pelo menos, parente muito próximo.
VII.
Feliz sem limites porque agora podemos confirmar que o nome MARIA GERMANA ocupa uma das lacunas contidas em nossa genealogia.
A nível de ancestrais mais recentes, fica agora como ultima vaga a ser completada apenas o nome completo do pai do bisavô: JOAO BATISTA DE MAGALHAES BARBALHO.
VIII.
A hipótese que levantei a respeito de MANOEL e VALERIANA terem sido pais da MARIA GERMANA, levando em conta a presença da “cativa” GERMANA, na casa do THOME e ANNA MARIA COELHO pode parecer fazer agua, pois, cada deveria ter sua própria casa.
Mas havemos que levar em conta que MANOEL casou-se ao 17 anos de idade. O que indica que não tinha condições próprias para manter-se com a esposa e família vindoura. Portanto, presumo que tenham vivido em casa dos pais, inclusive ate `a data de 1816, data dos registros de MARIA, filha de MANOEL e VALERIANA.
IX.
Chama a atenção também o nome do pai de VALERIANA, JOAO ALVARES. Talvez fosse esse um dos nomes mais comuns em todo o Império Português! Concorreria com JOAO DA SILVA e outros.
Mas também ha que notar-se a menção aos nomes dos pais dela ser breve e, talvez, abreviados. O que era muito comum `a época. Mas independente de ele ser ou não nosso ancestral, recordou-me outra passagem em minhas buscas genealógicas.
Trata-se da primeira elite canavieira estabelecida no Rio de Janeiro. Em 1634, JOAO ALVARES PEREIRA foi um rico cidadão, dono de terras que deram origem a diversas cidades da Baixada Fluminense como: NILOPOLIS, SAO GONÇALO e QUEIMADOS.
JOAO foi casado com IZABEL DE MONTARROIOS, filha de um dos fundadores. Tiveram a filha BEATRIZ DE LEMOS, a qual casou-se com AGOSTINHO BARBALHO BEZERRA, filho do governador LUIZ BARBALHO BEZERRA e MARIA FURTADO DE MENDONCA.
Foram os pais de JERONIMO também, e ele, junto com dona ISABEL PEDROSA, ja esta identificado como ancestral dos BARBALHO mineiros.
O casamento do AGOSTINHO ate recentemente era desconhecido dos genealogistas. Isso porque foi registrado em contrato, fora dos livros de assentamentos eclesiásticos. E não tenho noticias de que tenha tido geração.
Pode-se ver na tese abaixo que os BARBALHO fizeram parte da elite dominante. Sua presença esta registrada na pagina 106:
http://www.revistatopoi.org/numeros_anteriores/Topoi01/01_artigo02.pdf
Estão juntos, JERONIMO, AGOSTINHO e PEDRO RAMIRES, genro do JERONIMO.
AGOSTINHO teve sogro e cunhado com o mesmo nome: JOAO ALVARES PEREIRA. Inclusive o dote que recebeu, uma fazenda, era vizinha da do cunhado. A família de JOAO ALVARES PEREIRA multiplicou-se e suas ramificações foram absorvidas por outras de grande influência, como: MACHADO HOMEM e PACHECO CALHEIROS.
O JOAO ALVARES PEREIRA, filho, casou-se com PAULA DE GALEGOS, e juntos tornaram-se pais da IZABEL DE AZEVEDO COUTINHO que se casou com LUIS DE SOUZA COUTINHO. Ha que se ver esses dados nos livros do RHEINGANTZ.
Mas ai esta a possibilidade, mesmo que mínima, de o pai da VALERIANA proceder dessa origem. Pode ser ate que o JOAO ALVARES, pai dela, tivesse o sobrenome PEREIRA, mas isso não ter sido escrito ou não pode ser lido no registro do casamento dela devido ao estrago do tempo.
Mas isso conta apenas como uma informação sem conclusão alguma, por enquanto.
No momento, o meu servidor “safari” (safado!) não esta querendo deixar-me abrir a tese:
http://www.historia.uff.br/stricto/teses/Dissert-2003_CAETANO_Antonio_Filipe_Pereira-S.pdf
A partir da pagina 187 ha informações genealógicas da família BARBALHO no RIO DE JANEIRO. Nem todas corretas. Mas o autor ANTONIO FILIPE nos presta a informação de que as elites formavam “bandos” (partidos sem nome) para tentar conquistar e manter o poder.
Aqueles que conseguissem atrair mais adeptos, com votos, automaticamente dominavam e se serviam da governança.
E o nepotismo e usufrutos eram legais, sem o desvio da corrupção que, mesmo assim, ja era moeda corrente. Diga-se de passagem, A Revolta da Cachaça se deu em função das duas coisas: disputa pelo domínio e corrupção.
Não será de admirar que os GONÇALVES ja fizessem parte do bando do BARBALHO desde então!

 

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002. ENFIM ALGO CONCRETO A RESPEITO DA FAMÍLIA NUNES COELHO.
Ha algum tempo atras o primo Balduíno Cesar Rabelo deu a dica de que o sr. Dione, da Família Nunes Coelho, fazia pesquisas a respeito mas guardava para si os resultados. Deu-me o contato e eu tentei. Não resultou o que gostaria.
Ha pouco mais de mês, o primo Walquirio Coelho de Oliveira contatou-me transmitindo a informação que o próprio senhor Dione gostaria de falar comigo, deu telefone e e-mail para o contato.
Mas ai fui eu quem demorou a retomar a iniciativa. Parecia ate ma vontade. Mas coincidiu que meus deveres diários, a ocorrência das eleições brasileiras de 2018 e o livro do monsenhor Otacilio Augusto de Sena Queiroz estavam ocupando muito espaço em minha mente.
Com todo respeito aos ancestrais desse nosso ramo da família, e em particular ao sr. Dione que havia dado o passo `a frente, eu me desculpo e lembro como desculpa o fato de que queria imensamente o contato, porem, preferia que ocorresse com tempo disponível para apreciar e deliciar quaisquer dados que nos chegassem.
Antes que eu retornasse quaisquer comunicações, recebi um e-mail, via Alessandra Nunes, do sr. Dione Ferreira Nunes, contendo o essencial da formação do tronco Nunes Coelho em nossa família.
Ao ver os dados encontrei informação chocante, no bom sentido, e outras muito boas. Mas as eleições ainda não haviam ocorrido. E correndo foi que respondi ja enviando a ele o principio da família do nosso tio Antonio Nunes Coelho, que fora para Peçanha, dados que haviam me sido passados pela prima Marina Raimunda Braga Leão, de la.
Ainda recorri `a prima Ivania Batista Coelho, autora da obra: “Arvore Genealógica da Família Coelho” para eliminar a ultima duvida. E ela confirmou a passagem que ate então eu a tinha por conflituosa.
Antes que prolongar, vou apresentar o que ja possuímos em relação ao principio do ramo Nunes Coelho, formado em Minas Gerais. Apos isso, tentarei dar apenas uma pincelada rápida para salientar os pontos que mais me chamam a atenção.
O ramo NUNES COELHO de nossa família inicia-se em THOMAS (THOME) NUNES FILGUEIRAS e D. ANNA COELHO. Ambos nascidos em 1770, mais ou menos, pois, contavam 70 anos `a data de 1840.
THOME e ANNA foram pais de:
01. MANOEL NUNES COELHO, em 1840 contava com 53 anos de idade, portanto, nascido em 1787, residia na Fazenda Estiva, em Itabira do Mato Dentro, Foi casado com VALERIANA (UBERIANA) ROSA GONÇALVES, com idade de 51 anos em 1840, nascida assim em 1789, filha de JOÃO ALVARES e MARIA GONÇALVES. Casaram-se em Itabira, na data de: 27 de agosto de 1804. Foram pais de:
a) Antonio Nunes Coelho, bat. a 09.11.1806
b) Agostinho Nunes Coelho, bat. a 18.01.1808.
c) João Nunes Coelho, bat. a 15.02.1812
d) Anna Nunes Coelho, bat. a 10.05.1814
e) Maria Nunes Coelho, bat. a 23.06.1816
f) Pantaleão Bento Nunes Coelho, nascido em 1819, com 21 anos em 1840.
g) Manoel Nunes Coelho Jr, bat. a 02.11.1818
h) Jose Thomáz, nascido em 1825, com 15 anos em 1840.
Os dados acima são a soma de dados enviados pelo sr. Dione ao que se encontra no site Familysearch. Somente os três mais novos surgem nos dados que o sr. Dione enviou-me. Manoel foi o único que se repetiu em ambas as listas.
Ressalve-se que os dados do sr. Dione foram retirados do Censo de 1840, portanto, os 3 eram os que residiam com os pais. Não ha o destino dos outros filhos.
O sr. Dione relata que Manoel Nunes Coelho Jr. teria 18 anos em 1840. O que não se encaixa exatamente na data de nascimento em 1818. Mas, naquele tempo era comum as crianças falecerem. Portanto, pode ser que o Manoel acima tenha falecido, e outro nascido em 1822 o tenha substituído.
Pela sequencia de nascimentos, deveríamos ter uma pessoa nascida em 1810. Mas não havia o registro de batismo no site. Pode ter acontecido abortamento, batismo em outro lugar ou impossibilidade de ler-se o registro devido `a deterioração do livro e, ainda, não ter existido.
Talvez tenha havido algum descanso entre partos. Observe-se que dona Valeriana casou-se aos 15 anos e aos 17 ja estava tendo o primeiro filho. `As vezes os intervalos se davam naturalmente, principalmente quando a mãe amamentava os filhos por longo tempo.
O esforço fisiológico da produção do leite pode regular as ovulações, protegendo mães e filhos.
No site ainda tem:
b) AGOSTINHO NUNES COELHO c. c. THEREZA FERNANDES MADEIRA, pais de:
b.1 Edovirgem Coelho, nasc. a 17.10.1840 e bat. a 16.02.1841
b.2 Julio, nasc. a 01.09.1844
b.3 Ignez, batizada a 19.10.1850 (dado do Livro de Batismos de Itabira, pag. 181)
No site prossegue:
MANOEL NUNES COELHO c. c. PRUDENCIA CANDIDA DE JESUS, pais de:
1. Maria Nunes, bat. a 12.12.1830 e Nasc. a 02.12.1830
2. Manoela Nunes, bat. a 09.05.1834.
Em outro documento esse Manoel surge com o sobrenome NUNES FILGUEIRAS, o que descartaria a possibilidade de ser o mesmo MANOEL em nossa família.
Outra presença interessante no site familysearch é o registro de batismo de:
Rita, batizada em 06.03.1847, e filha de: João Martinho Ferreira e FRANCISCA NUNES COELHO. Francisca essa que não ha outro registro dela para sabermos se se encaixa nessa mesma genealogia.
Os padrinhos da Rita foram: Fernando Antonio Drummond e Theresa Miquelina da Silveira. Possivelmente, um parente do poeta Carlos Drummond. Demonstrando um vinculo que não poderia ser diferente, pois, em cidades pequenas como Itabira era, todas as famílias são reunidas por laços familiares.
E, ainda, encontramos no site:
EGIDIO NUNES COELHO c.c. BENICIA GUILHERMINA DE JESUS, pais de:
a. Clara, nascida a 15.07.1857 e batizada a 27.09.1857
b. Maria, nascida a 11.07.1859 e batizada a 23.07.1859
c. Antonia, batizada a 09.07.1861
d. Antonio, nascido a 09.08.1863 e batizado a 08.09.1863
e. Vicente, nascido a 19.07.1866 e batizado a 08.09.1866
f. Antonio, nascido a 17.07.1868 e batizado a 02.08.1868
Os dados no site constam proceder de Santo Antonio de Santa Barbara, o que deveria ser a Paroquia, sendo que os registros todos devem ser relativos a Itabira, mas não menciona a igreja filial. Não se encontra ai o vinculo desse Egidio com a família.
02. Ten. EUZEBIO NUNES COELHO, segundo filho do casal THOME e ANNA COELHO
Casou-se com dona ANNA PINTO DE JESUS. Não temos nome dos pais dela. Alguém adicionou na Arvore Genealógica coletiva, montada no Familysearch, que o pai seria HONORATO PINTO.
Mas penso que seja apenas chute, pois, o professor Dermeval teria chamado ANNA de ANNA HONORATA. Então, HONORATO PINTO esta mais para uma dedução, ainda mais que a sugestão de data de nascimento foi 1770 e do falecimento 1880.
O professor Dermeval Jose Pimenta deixou escrito em livro que o ten. EUZEBIO iniciou a vida econômica na Fazenda Folheta, em São Domingos do Rio de Peixes, atual Dom Joaquim, Minas Gerais, onde os filhos nasceram.
De la mudou com a família para o então Arraial de são Miguel e Almas dos Guanhães, onde a família cresceu e multiplicou-se.
O Ten. EUZEBIO NUNES COELHO casou com dona ANNA PINTO DE JESUS e foram pais de:
a) Prudêncio Nunes Coelho, casado mas não teve filhos.
b) Clemente Nunes Coelho, casou-se com Anna Maria Pereira da Silva, filha de Manoel Pereira da Silva e de Maria Pereira Moreia. Clemente e Anna foram pais de:
b.1 Anésio Nunes Coelho c. c. Julita Soares Nunes,
b.2 Amável Nunes Coelho c. c. Sebastiana Petita Coelho,
b.3 Ulisses Nunes Coelho c. c. 1a. sua sobrinha (filha do Pio) Alzira Nunes Coelho; 2a. Maria Soares e 3a. Maria de Queiroz,
b.4 Pio Nunes Coelho c. c. Josephina Marcolina Coelho
b.5 Dermeval Nunes Coelho c. c. Julia Soares Nunes
b.6 Ernestina Nunes Coelho c. c. Pio Ferreira Nunes (avós do sr. Dione, o qual também descende via materna dos Borges Monteiro fundadores de Sabinópolis, que são os mesmos nossos ancestrais),
b.7 Maria Nunes Coelho c. c. João Januário da Silva Neto,
b.8 Aneglia Nunes Coelho c. c. Pedro Alves Barroso,
b.9 Alzira (ou Algiza) Nunes Coelho c. c. Jose Coelho Leão (estão no livro da Ivania, pag. 17. Jose era irmão do dr. Innocente Soares Leao, autor do livro: “Notas Históricas Sobre Guanhães).
b.10 Vitalina Nunes Coelho c. c. Altivo Rodrigues Coelho (no documento esta Nunes Coelho em ambos, mas o tio Altivo era irmão dos tios Lindolpho e Josephina, e eram 3 irmãos casados com 3 irmãos.
b.11 Marcolina Nunes Coelho c. c. Lindolpho Rodrigues Coelho,
b.12 Knesvita Nunes Coelho c. c. Benicio Alves Barroso
c) Bento Nunes Coelho c. c. Surpina Sophia Leite, pais de:
c.1 Prudencio Nunes Coelho (sobrinho)
c.2 Antonina Nunes Coelho c. c. Sebastiao Ferreira Rabelo (pais de: Pedralvo, Pedro, Antonio, Blandina c. c. Gabriel Nunes Coelho, Marietta c. c. Onésimo de Magalhaes Barbalho, Jose, Epitácio e, acrescentando, dona Maria Clara Nunes Rabelo c. c. Francisco Dias de Andrade Jr.)
d) Cap. Francisco Nunes Coelho c. c. Maria Augusta Cesarina de Carvalho, pais de:
d.1 Salathiel Nunes Coelho c. c. Maria Julia de Campos,
d.2 America Nunes Braga c. c. Pedro de Oliveira Braga,
d.3 Dr. Heitor Nunes Coelho c. c. Modestina Ferreira da Matta,
d.4 Dr. Francisco Augusto Nunes Coelho (Chiquitinho) c. c. Inah de Carvalho
d.5 Claudionor Augusto Nunes Coelho c. c. Maria Augusta Campos Nunes (sobrinha do marido, filha de seu irmão Salathiel e Maria Julia).
d.6 Etelvina Nunes Coelho, solteira.
e) Maria Honoria Nunes Coelho c. c. ten. João Batista Coelho e foram pais de:
e.1 João Batista Coelho Junior c. c. Quitéria (Titi) Rosa Pereira do Amaral,
e.2 Maria Honoria Coelho c. c. Jose Pereira da Silva,
e.3 Antonio Paulino Coelho c. c. Julia Salles Coelho,
e.4 Sebastiana Honoria Coelho c. c. Joaquim (Quinsoh) Nunes Coelho (filho),
e.5 Joaquim (Quim Bento) Bento Coelho c. c. Antonia Paschoalina da Silva Neto,
e.6 Anna Honoria Coelho c. c. Candido de Oliveira Freire,
e.7 Emigdia Honoria Coelho c. c. Amaro de Souza e Silva,
e.8 Antonia Honoria Coelho c. c. Pedro de Magalhaes Barbalho,
e.9 Virginia Honoria Coelho c. c. Antonio Candido de Oliveira,
e.10 Jose Batista Coelho c. c. 1a. Maria Marcolina Coelho e 2a. Virginia Marcolina Coelho,
e.11 Marcolina Honoria Coelho c. c. Demetrio Coelho de Oliveira
e.13 Francisco Batista Coelho c. c. 1a. Maria Rosa Coelho do Amaral e 2a. Maria Coelho de Oliveira (as duas esposas do ti Chico eram sobrinhas dele, a 1a, filha de João Jr. e a 2a. de Virginia e Antonio Cândido)
e.3 Julia Salles era filha extraconjugal, reconhecida, de Antonio Rodrigues Coelho, que era irmão de João Batista Coelho.
e.4 Quinsoh era filho de Joaquim Nunes Coelho, irmão de Maria Honória e de Francisca Eufrasia de Assis Coelho, irmã de João Batista Coelho, ou seja, o casal Quinsoh e Sebastiana era primo-irmãos.
e.7 e e.9 Cândido e Antonio Cândido eram irmãos entre si e se casaram com as 2 irmãs.
e.8 Antonia e Pedro eram primos em primeiro grau. Ele era filho de Eugenia Maria da Cruz e do capitão Francisco Marçal Barbalho.
Eugenia Maria da Cruz foi irmã de Francisca Eufrasia, João Batista e Antonio Rodrigues Coelho, filhos todos do capitão Jose Coelho da Rocha e sua esposa Luiza Maria do Espirito Santo, fundadores de Guanhães.
f) Ten. Joaquim Nunes Coelho c. c. Francisca Eufrasia de Assis Coelho, e tiveram filhos:
f.1 Euzebio, faleceu criança,
f.2 Joaquim Nunes Coelho c. c. Sebastiana Honoria Coelho,
f.3 Jose Coelho Nunes c. c. Emigdia de Magalhaes Barbalho,
f.4 Emygdio Nunes Coelho c. c. Camila Maria da Paixão,
f.5 Rita Nunes Coelho c. c. Marcos Xavier Caldeira,
f.6 Lino Nunes Coelho, solteiro
f.7 Autino Nunes Coelho (?)
f.8 João Nunes Coelho c. c. Petronilha (Pitu) de Magalhaes Barbalho
f.9 Miguel Nunes Coelho c. c. Ambrosina (Sinha) de Magalhaes Barbalho
f.10 Luiza Nunes Coelho c. c. Luiz Furtado Leite
f.2 ja esta dito acima
f.3, f.8 e f.9 casaram na casa dos tios Eugenia e capitão Francisco Marçal.
g) Antonio Nunes Coelho c. c. Maria Araujo Ferreira e tiveram os filhos:
g.1 Virgilio Nunes Coelho (1862 + 1895)
g.2 Prudencio (1864)
g.3 Alexandre (*1873)
g.4 Leopoldina Nunes Coelho (1874) c. c. Vicente Xavier
g.5 Raymunda Nunes Coelho (1877) c. c. Antonio Moreira da Silva (1876)
g.6 Cassiano Nunes Coelho (1879) c. c. Maria Batista de Queiroz
g.7 Ana Nunes Coelho (1869) c. c. João Cardoso Furtado (1870)
g.8 Antonia Nunes Coelho (1883)
Esse ramo da família foi construído na Cidade de Peçanha. O professor Dermeval Jose Pimenta nos da noticias de que Antonio Nunes Coelho foi 3o suplente de subdelegado, no ano de 1875, quando foi criada a Vila do Rio Doce.
Em 1881 o nome mudou para Suaçui. Em 1886 houve o retorno ao antigo nome de Santo Antonio do Peçanha. Ja no período republicano o nome foi reduzido para a ultima palavra.
h) Jose Nunes Coelho c. c. Maria Luiza
O sr. Dione faz a observação de que os filhos do ten, Euzebio tinham os nomes de papas. E mencionou Joaquim, Antonio e Jose como exemplos de que ainda esta pesquisando. Mas o Francisco também não era nome de papa ate `a ultima eleição.
Observe-se que esses 4 não tem nomes de papas mas sim, talvez possamos dizer, santos da mais alta hierarquia da Igreja Católica. O que ja informou é que não encontrou a documentação mostrando a filiação deles.
Mas o Joaquim Nunes Coelho sempre foi considerado como filho de Euzebio e Anna em Virginópolis, onde criou e a família multiplicou-se, e muito.
Quem atestou que o Antonio também era, foi filho o professor Dermeval Jose Pimenta. Pelos dados que obteve dele, filiação paterna, Euzebio Nunes Coelho, e ano de nascimento, 1829, deduzo que pesquisou as listas de eleitores em Peçanha, na qual Antonio foi suplente de subdelegado em 1875 e eleitor em 1881.
Quanto ao Jose, torna-se novidade. Nunca o encontrei nem mesmo em menções. Embora, haja sim a menção a Jose Nunes Coelho no Almanak da Província de Minas Gerais, que deve ser ele.
A principio, por ter noticias de Jose Nunes Coelho, identifiquei-o como sendo o filho dos tios JOAQUIM e FRANCISCA EUFRASIA. Mas o filho deles assinava COELHO NUNES, talvez justamente para diferenciar-se do seu suposto, por enquanto, tio.
Possível será que houve algum planejamento familiar entre os patriarcas. Conhecendo os riscos dos casamentos muito consanguíneos para a descendência, podem ter decidido espalhar a família o máximo possível pelo grande território que passou a pertencer a Guanhães.
Poderia ser por isso que Maria Honória e Joaquim tenham se dirigido para o Patrocínio, atual Virginópolis. Bento e Clemente tinham fazendas bordejando os limites da atual Sabinópolis. Isso esta descrito na Ata de instalação da Vila de São Miguel e Almas, atual Guanhães.
Essas terras da Família Nunes Coelho eram imensas. Na conversa que tive em 20014 com o centenário MOACIR NUNES BARROSO ele contava das verdadeiras viagens que faziam para participar de festas maravilhosas e que as terras se estendiam ate SENHORA DO PORTO.
Creio que Francisco tenha ficado com a posse de terras da Fazenda do Grama, ou da Candonga. Ou seja, lado oposto a Sabinópolis, na direção de Virginópolis, porem, `a margem direita do Rio Corrente, que separa Virginópolis de Guanhães.
Como Prudêncio não teve filhos, também não faria diferença onde localizar-se. Falta-nos ai saber para onde Jose destinou-se, pois, sabe-se que Antonio seguiu para Peçanha e la teve sua família.
O território era mesmo tão grande que Jose poderia ter se instalado nas atuais áreas de Braúnas, Açucena, Dores de Guanhães ou mesmo no que sobrou para Virginópolis, quando emancipou-se e levou inclusive um naco do atual Município de Governador Valadares, que a descendência, se houve, tornou-se por desconhecida.
Se a intenção inicial foi espalhar para evitar a consanguinidade, ela não foi perfeita. Isso porque os consecutivos casamentos entre primos se deram e de forma tão perigosa que existem muitos descendentes com males que geralmente estão vinculados a esse fator.
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IMPRESSÕES QUE ESSAS NOVAS INFORMAÇÕES DESPERTAM
A) THOME NUNES FILGUEIRAS e ANNA COELHO
Teremos que buscar informações mais profundas a respeito das famílias que deixaram nosso ancestrais alferes-de-milícias JOSE COELHO DE MAGALHAES, e a daquele que o professor Nelson Coelho de Senna apontou como pai dele: MANUEL RODRIGUES COELHO.
No ano em que o casal acima nasceu 1770, indica a possibilidade de que possam ter sido filhos de um ou outro dos patriarcas. Apenas 12 anos antes, 1758, o português Manuel Rodrigues Coelho havia obtido sesmarias em Cachoeira do Campo, distrito da atual Ouro Preto.
Professor Nelson também afirmava que a família havia se mudado para e se distribuído em Santa Barbara, Itabira e Conceição do Mato Dentro; embora localize a Fazenda Axupé, onde disse que ali nasceram os filhos do alferes-de-milícias, em Morro do Pilar. A qual fazia divisa com Conceição.
O professor Nelson fala em “De uma crônica da família Coelho (os Coelho da Rocha, Coelho de Magalhaes, Rodrigues Coelho, Nunes Coelho …. “O fundador dessas famílias norte-mineiras foi, no século XVIII (1774) o ja referido português MANUEL RODRIGUES COELHO, …..).
Embora não se possa ter certeza, ha ai a sugestão de que as famílias dos sobrenomes mencionados tinham origem na mesma pessoa. Pode ser, então, que dona ANNA COELHO fosse irmã, talvez filha, do alferes-de-milícias.
Em minhas pesquisas no livro “ARCHIVO HERÁLDICO-GENEALÓGICO” do visconde de SANCHES DE BAENA, encontrei menção a outro contemporâneo do MANUEL, em MARIANA-MG, que se chamava BENTO RODRIGUES COELHO.
Trata-se de uma Carta de Brasão, passada a DOMINGOS RODRIGUES DE QUEIROZ, filho do BENTO e D. MARIA DE QUEIROZ SEIXAS. DOMINGOS nasceu em MARIANA. A carta dele tem a numeração 610 e esta na pagina 153 do livro.
A carta remonta a genealogia ao herói português ANTONIO DE QUEIROZ MASCARENHAS, atuante em 1640, quando da guerra de separação da coroa portuguesa da Espanha. Existe ai a possibilidade de MANUEL e BENTO ter sido irmãos.
Infelizmente, o professor Nelson ateve-se apenas `as tradições e “crônicas” que não são documentos próprios para comprovar-se as paternidades. São apenas indicativos ótimos mas não necessariamente de valor definitivo.
Mesmo o THOMAS poderia ser descendente de um ou outro. Temos que o alferes-de-milícias foi casado duas vezes. Embora o professor Nelson afirmou que a primeira esposa, ESCOLÁSTICA DE MAGALHAES, teve filhos, não os nomeou.
Afirmou também que da segunda esposa, EUGENIA RODRIGUES DA ROCHA, teve os 5 filhos: capitão Jose, capitão João, Antonio, Felix e Clara Maria de Jesus. Disse que todos, exceto Antonio, se casaram. Porem, dedicou-se apenas `a descendência do bisavô dele, capitão JOAO COELHO DE MAGALHAES.
Professor Nelson também afirmou que o alferes-de-milícias Jose Coelho DE MAGALHAES era português, da mesma forma que o suposto pai. E que o pai o havia levado para o Brasil. Sendo que em 1744 o português MANUEL RODRIGUES COELHO ja se encontrava na colônia.
Dado a essas informações, conclui-se que a idade de ambos poderia permitir ter sido pais de pelo menos um dos membros do casal: ANNA e THOMAS.
Embora o THOMAS tenha sobrenome diferente, não significa impossibilidade. Isso porque o sobrenome FILGUEIRAS (Felgueiras) era carne e osso com o COELHO. Desde os anos próximos a 1385, quando D. JOAO I, Mestre de Avis, assumiu o trono em Portugal, chamava-se o primeiro senhor de Felgueiras e Vieira: FERNAO COELHO.
Ali se dava o morgado da familia. Assim, natural seria que todas as famílias nobres do mesmo domínio se tornassem descendentes dos senhores locais. De forma que o próprio MANUEL RODRIGUES COELHO poderia ter ancestrais Filgueiras ou ter sido marido de alguém que assinasse.
Naquele tempo os filhos não herdavam necessariamente os sobrenomes dos pais. Mais comum era adotarem nomes de ancestrais e, muito comum durante os séculos XVIII e XIX, a combinação de diversos sobrenomes ancestrais. Meia dúzia era pouco!
Seria interessante se encontrássemos os inventários e, talvez, testamentos desses dois patriarcas e, quem sabe, toda a descendência nascida pelo menos no século XVIII. Isso para tirarmos ou comprovarmos essa duvida se ja não éramos consanguíneos desde la.
Outra possiblidade, porem, será a de que nossa ancestral ANNA COELHO nos dar consanguinidade via outro ramo.
Por volta do tempo em que ela nasceu, em 1775, nosso ancestral português, Antonio Borges Monteiro, casou-se no Serro com Maria Fiuza de Souza, que era filha de Norotea Barbosa Fiuza e João de Souza Azevedo.
Apos o professor Dermeval Jose Pimenta ter deixado essas informações ocorre que outros encontraram que os pais de João de Souza chamavam-se: Manuel de Souza Azevedo e Anna Coelho, sendo eles naturais de Vila Nova do Norte (?).
E, nesse caso, seria natural que alguma filha do João adotasse o nome da avó. Nem todos os membros das famílias em nosso ramo descendem deles via Dorotea. Mas podemos ai somar consangüinidades se os NUNES COELHO “sofrerem do mesmo mal”!
Mas não se pode ficar apenas em hipóteses, pois, os COELHO eram muitos na região. Portanto podemos esperar também a possibilidade de haver apenas coincidência, pois, quantas mulheres recebiam o nome de Anna naquela época e quantas tinham o COELHO como alcunha de famílias?!
Basta-nos perguntar: E quem não tem um Coelho como ancestral? Embora, o mesmo pode ser alguém ainda la na Idade Media portuguesa! Período esse que durou mais la que nos países mais instruídos.
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Ja fazem dias que escrevi o que estava acima. Hoje ja é 10.11.18. Mas o senhor DIONE FERREIRA NUNES continuou alimentando minhas buscas com outros documentos, os quais empolgaram-me tanto que não fechei esse capitulo ainda.
Bom, o que foi para mim “chocante”, no melhor sentido, foi sanar a antiga duvida quanto `a paternidade de nossa trisavó MARIA HONORIA NUNES COELHO. O causador dessa duvida foi o que encontrei no livro do professor PIMENTA.
`A pagina 71 do livro dele, “A Mata do Peçanha, sua Historia e sua Gente”, ele escreveu expressamente que CLEMENTE NUNES COELHO fora pai de PRUDÊNCIO, ANTONIO e MARIA HONORIA NUNES COELHO, casada com JOAO BATISTA COELHO.
Quando conversei com a IVANIA, ela informou-me que no mapa que acompanha o livro dela: “Arvore Genealógica da Família Coelho”, constava que era filha de EUSEBIO NUNES COELHO e ANNA PINTO DE JESUS.
Uma verdade que eu notei logo de inicio anos atras. Mas, `a pagina 221 do livro dela, copiou uma grade retirada do livro do professor DERMEVAL, inclusive com o erro. Deduzi que havia duvida.
Expliquei a mim mesmo que, como o professor DERMEVAL não havia encontrado o nome da esposa do CLEMENTE, com a qual havia tido os 3 filhos, entre outros, pensei que a IVANIA houvesse decidido ser melhor manter o nomes dos supostos avos em lugar dos pais. Quebrei o queixo!
E, como observou o senhor DIONE, ele havia observado esse erro do DERMEVAL e os que trataram do assunto posteriormente. Claro que, devido `a inocência, acabamos espalhando ao vento o que, não era uma mentira, porem, era informação falsa.
De qualquer forma, foi muito bom agora ter quebrado o queixo, pois, com isso podemos consertar nossa genealogia. Não teremos o incomodo mais de termos apenas um pai de uma ancestral porque a vaga estará ocupada.
Assim fica estabelecido que MARIA HONORIA e CLEMENTE eram, em verdade, irmãos. Todos ganhamos com a informação corrigida.
E o mais importante, embora temeroso por causa das consangüinidades dobrarem porque na nova situação, EUZEBIO NUNES COELHO e ANNA PINTO DE JESUS deixam de ser nossos pentavós e passam a ser nossos tetravós.
O problema ai fica para quem terá neles a repetitividade como ancestrais. Nos temos primos que descendem de 4 dos filhos do casal JOSE COELHO DA ROCHA e LUIZA MARIA DO ESPIRITO SANTO, ao mesmo tempo que repetem ancestrais em 4 dos filhos da JOAO BATISTA COELHO e MARIA HONORIA NUNES COELHO.
Nesse caso, loucura pouca é bobagem!!! Ainda bem que a loucura, nesse caso, tem sido refletida na amabilidade e inteligência dos 12 primos que temos nessa situação. Parentes entre os quais eu mais gosto.
Mas foi por pura sorte que nos não nos engraçamos uns com os outros e não deu nenhum casamento entre nos. Desde que a família dispersou-se, a maioria tem se casado com “parentes” mais distantes.
Isso mesmo! Antes de conhecer como conheço atualmente nossa genealogia, ninguém sabia de todos os fatos. Alguns mais antigos tinham ideia. Mas eles acreditavam que o melhor era casarmos com parentes. Não conheciam exatamente os riscos para a descendência.
Mas ao retroagir alguns ramos ao século XVIII, encontrei alguns vínculos parentais entre atuais casados que não tinham conhecimento do parentesco.
Um exemplo que jamais poderíamos imaginar,. Na pagina 257 do livro do professor DERMEVAL, ja na primeira linha, ele registra o casamento entre dona ALICE REIS e senhor ALIPIO TEIXEIRA. Confirmados ser os mesmos antigos moradores de VIRGINÓPOLIS.
A neta deles, STELLA MARIS (falecida) foi esposa do nosso primo RUI HERCY COELHO. Acontece que dona ALICE encontra-se no livro por descender do tronco PIMENTA VAZ-BARBALHO.
Ainda não ha comprovação documental do nosso conhecimento que o capitão JOSE VAZ BARBALHO foi mesmo filho de MANOEL VAZ BARBALHO e dona JOSEPHA PIMENTA DE SOUZA, os fundadores daquele tronco.
Mas as duvidas de que assim será são poucas. E, nesse caso, constata-se pelo menos um vinculo parental, embora por enquanto remoto, entre o RUI e a saudosa STELLA MARIS.
Faltaria rebuscar os nossos e outros ramos ascendentes dela para, com certeza, encontrarmos outros. Principalmente porque quanto mais próximos chegarmos aos primeiros anos do século XVIII, a população que deixou descendência em MINAS GERAIS vai ficando cada vez mais reduzida.
Nesse caso, não sobra outra alternativa a não ser sermos descendentes repetidamente dos mesmos ancestrais. Ainda mais que os “reprodutores” eram poucos mas as proles eram enormes!!!
A observação apenas é que STELLA MARIS tinha pelo menos um avô “turco”, (natural do Líbano). Pelo menos ai se garante alguma diversidade entre ela e nos, os “puro-sangue”!!!
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BENTO NUNES COELHO c. c. SURPINA SOPHIA LEITE
Supimpa esse nome da tia SUPINA! possivelmente irá encaixar-se naquele ramo LEITE que multiplicou-se em Virginópolis, o qual acredito que a maioria ja esta na família.
Ja tinha conseguido desvendar a genealogia de dona ANTONINA NUNES COELHO c. c. SEBASTIAO FERREIRA RABELO DE MAGALHAES. Quem passou-me os dados foi o primo Balduíno Cezar Rabelo. Ate ai sabia. Não sabia o nome dos pais da dona ANTONINHA como a conheceu.
Agora fica desvendado os ramos das donas BLANDINA e MARIA CLARA, alem da tia MARIETTA, casada com o tio ONESIMO DE MAGALHAES BARBALHO.
O mundo gira, e a genealogia da voltas. Tínhamos tantos parentes descendentes das três sem fazer a menor ideia, primeiro de que tinham esses vínculos e eram NUNES COELHO, agora, que eles se dobram!
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Vou fechar, quase correndo, essas minhas reminiscências a respeito da genealogia NUNES COELHO. Ainda ha detalhes a ser comunicados. Mas eles estão também ligados ao ramo BARBALHO. Assim vamos deixar para o próximo capítulo.
Ha algum tempo atras, estudando as genealogias passadas a nos pelos nossos geneologos mais antigos, em especial o professor DERMEVAL, suspeitei um pouco das coincidências. O fato era que havia que desconfiar-se do fato de todo fim de linha que ele se deparava com ele era ocupado por MANOEL não sei das quantas!
Cheguei ate fazer piada. Parece que quando não se encontra os pais de alguém, por se julgar ser português, então, acrescenta-se mais uma geração e lasca no patriarca o mais famoso nome português: MANUEL!
Era assim com os PEREIRA DO AMARAL, tendo na raiz: MANOEL PEREIRA e MARIA DE BENEVIDES. Os NUNES COELHO contavam com MANOEL NUNES COELHO.
Posteriormente, nos BORGES MONTEIRO temos a raiz que, por enquanto, vai ate ao casal português: MANUEL DE SOUSA AZEVEDO e ANNA COELHO. E o professor NELSON DE SENNA nos deixou que o alferes-de-milícias JOSE era filho do MANUEL RODRIGUES COELHO.
Agora ficamos informados que pelo menos um desses não esta em nossa raiz, pois, nosso ancestral EUSEBIO não teve o MANOEL por pai e sim irmão. Mas não se pense de todo que o MANOEL não seja ancestral de pelo menos alguns de nos.
Mas aqui ha que nos lembrarmos que se dona ANNA COELHO, a esposa do THOME NUNES FILGUEIRAS, tiver sido filha do MANUEL RODRIGUES COELHO, sendo, então, irmã do alferes-de-milícias JOSE, vamos ter a mesma incógnita, por enquanto, em duas raizes.
Fiquei feliz porque pudemos decifrar nosso parentesco com a descendência do CLEMENTE NUNES COELHO e dona ANNA MARIA PEREIRA DA SILVA. Embora o perdemos como ancestral em termos coletivos, podemos agora inscreve-lo como antepassado alem de outros, dos nossos primos próximos descendentes deles.
Alem disso, encontrou-se ai o fio da meada, mostrando que o BENTO NUNES COELHO e dona SURPINA SOPHIA LEITE deixaram descendencia que nos é cara. Em especial cita-se ai os casais:
01. Blandina Nunes Rabelo c. c. Gabriel Nunes Coelho (tios PITU e JOAO).
02. Maria Clara Nunes Rabelo c. c. Francisco Dias de Andrade Junior
03. Marietta Nunes Rabelo c. c. Onesimo de Magalhaes Barbalho
Enfim, não vamos esgotar o assunto por agora senão depois perde a graça. Por enquanto posso adiantar apenas que entramos na turma do LEO. LEOPARDOS!!!

 

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003. CONTATO COM DONA ANA ROCHA

Prezada senhora Ana Rocha,
Ha questão de um mês aproximadamente minha prima Joria Martinho Goncalves solicitou-me informações de locais dos quais nossos ancestrais procederiam em Portugal, pois, desejava aproveitar a oportunidade de um passeio para ver de onde procedemos.
Entre os locais que mencionei, dei ênfase ao Santuário de São Francisco de Assis na Cidade do Porto.
Ao retornar, ela comunicou-me com essa nota: “Oi! Fui la no santuário de São Francisco. Por sorte, a diretora do museu tava na portaria. Ela disse pra você enviar e-mail que os alunos devem ter alguma informação. So que, em 1822 (se não me engano) houve um incêndio e vários documentos perdidos. Mas ha outra opção no arquivo distrital do Porto. La eles tem informações também.”
Em razão disso estou enviando-lhe o meu e-mail: valbarbalho@hotmail.com
O mesmo estou usando para essa mensagem. O que pode verificar.
Não recordo o quanto ou o que informei `a Joria a respeito do interesse que temos a respeito da genealogia da Família Barbalho. E a oportunidade de nos encontrarmos pessoalmente para conversarmos a respeito seria rara, pois, ela reside no Brasil e eu nos Estados Unidos.
Mas, basicamente, tinha a vontade de esclarecer a linhagem Barbalho da qual descendemos, as relações familiares que possuía com linhagens de outros sobrenomes e, particularmente, locais de procedências.
E o intuito era justamente para a ocasião dos passeios, que volta e meia meus familiares fazem a Portugal, indicar-lhes onde, quem e quando nossos antepassados viveram, o que deixaram por construído para assim podermos reencontrar nossas raizes.
Alias, observo que, entre outros mais antigos, talvez tenhamos um parentesco convosco via o sobrenome Rocha. Ate ha pouco tempo, porque o conhecimento genealógico de nossa família era restrito, conhecíamo-nos pelo apelido de Família Coelho.
Isso porque era sabido na família que descendíamos do português: alferes-de-milicias Jose Coelho de Magalhães. Ele foi para o Brasil antes de 1744, segundo dados de tradição e pesquisa compilados pelo professor Nelson Coelho de Senna, em seu livro: “Algumas Notas Genealógicas”, publicado em 1939.
Nessa brochura o professor Nelson afirmou que Jose fora levado por seu pai para o Brasil. Particularmente para a Província das Minas Gerais, onde estava ocorrendo o conhecido “Ciclo do Ouro”.
Segundo o professor, o nome do pai do Jose foi Manuel Rodrigues Coelho, que juntou grande fortuna `aquela época. Como prova de que ja se encontravam no Brasil, `aquela data, ha uma carta de sessão de sesmaria em nome do Manuel.
Essa no atual Distrito (Freguesia) de Santa Rita Durão, antigo Inficcionado, pertencente `a Cidade de Mariana, Minas Gerais. Em 1756 o mesmo obteve outra sesmaria na localidade de Cachoeira do Campo, pertencente `a Municipalidade de Ouro Preto.
Foi dito também que Jose casou-se duas vezes. A primeira com dona Escolástica de Magalhães, da qual temos apenas a informação do professor Nelson de que deixaram descendência, sem informar mais. E a segunda, e principal, com dona Eugenia Rodrigues da Rocha. Ela, brasileira.
Segundo o professor Senna, a segunda foi nossa ancestral. Tendo gerado 5 filhos, sendo que a Joria e eu descendemos do capitão Jose Coelho de Magalhães Filho que, na realidade, continua mais conhecido como Jose Coelho da Rocha, fundador da Municipalidade de Guanhães, e grande multiplicador do sobrenome Coelho na região.
Algo senão inusitado, pelo menos curioso, é que a tradição mantem que também o alferes fora conhecido como Jose Coelho da Rocha.  O que seria de certa forma esquisito em tempos tão machistas iguais aqueles, o marido não ter se importado de ser conhecido pelo sobrenome da esposa.
Melhora a hipótese de que o primeiro Jose usava também o sobrenome da Rocha o fato de termos noticias que um dos filhos do capitão Jose recebeu o nome de Jose Coelho da Rocha Neto. O que, penso, não seria verdade se o avo não tivesse a assinatura. Mas pode ser engano de nossos genealogistas.
Portanto, penso haver a possibilidade de o sobrenome Rocha ser parte da linhagem Coelho antes mesmo daquele segundo casamento do alferes com Eugenia da Rocha. A possibilidade seria a de que também a mãe dele, da qual não temos nem mesmo suspeita do nome, ter pertencido ao ramo.
Posteriormente, outro genealogista na família, o professor Dermeval Jose Pimenta, escreveu que Eugenia fora filha de Giuseppe Nicatigi da Rocha e Maria Rodrigues de Magalhães Barbalho.
Possível será que esse Nicatigi esteja enganado. No livro dele o professor relatou que outro nosso ancestral, Antonio Borges Monteiro, procedia da Municipalidade de Geia. Mas trata-se da Freguesia de Pinhanços, Municipalidade de Seia, Distrito de Guarda. Imagino ser Nicatsi. Nome comum na Italia.
A informação acrescenta que Giuseppe tinha origem luso-italiana, inclusive informando que a parte italiana procedia da Calabria. Contudo, não temos nenhum outro dado que nos permita aprofundar o lado “da Rocha” que, presumivelmente, será a parte lusitana.
De qualquer forma, vemos ai a possibilidade de termos algum grau de parentesco por esse sobrenome com a senhora.
O que não seria impossível haver também outro pelo lado Rodrigues Coelho/Coelho de Magalhães. Isso porque o professor Nelson julgava que esse ramo procedia da antiga Província do Entre Douro e Minho. Muito provavelmente da área do Porto.
Caso tenhas ancestrais na região, provavelmente serão os mesmos que os nossos por ambos esses lados. No caso do “da Rocha”, li uma informação, salvo engano em Sanches de Baena, que coloca um único gerador do sobrenome, e seria um nobre procedente da Irlanda.
Quanto ao sobrenome Barbalho, foi por ele que me vi motivado a indicar o Santuário de São Francisco. Alão, em sua obra: “Pedatura Lusitana”, deixou uma observação que ditou a pista da relação entre o sobrenome e o local.
Ali ele afirma que os Barbalho “tiveram capela no Santuário de São Francisco do Porto.” Portanto, posso crer que ali estão os restos mortais de nossos ancestrais portugueses mais antigos do sobrenome. Alem da narrativa de sua Historia e Genealogia pregressa.
Como se poderá observar no tratado de Alão, copiado abaixo, ele vinculou a Família Barbalho `a Municipalidade do Porto.
Segundo noticias de autores mais antigos, foi com o primeiro donatário da Capitania de Pernambuco, Duarte Coelho, 1535, que Brás Barbalho Feyo foi para o Brasil. E, salvo engano meu, deu origem a toda descendência desse e outros sobrenomes no pais.
Note-se que Pernambuco e São Vicente ( São Paulo, Rio e Minas Gerais) foram as únicas Capitanias Hereditárias que prosperaram desde o inicio da colonização.
A primeira em função da produção de açúcar de qualidade e a segunda por estar na rota marítima das Grandes Navegações. São Vicente tornou-se porto de abastecimento, reparo de navios e comercio escravo do “gentio da terra”.
Os primeiros colonos chegados a essas províncias foram os que deixaram a descendência “nobre da terra”. Foi ela que multiplicou primeiro e foi absorvendo em seu seio familiar os recém-chegados do Velho Continente. Alem de indígenas e afrodescendentes.
Foi essa descendência que chefiou a lenta colonização do continente brasileiro. Ela foi abrindo os primeiros caminhos, fundando os primeiros arraiais e suprindo com efetivos a exploração do imenso território.
Os Barbalho primeiro se multiplicaram em Pernambuco. Foram expulsos quando da Invasão Holandesa, em 1630, para a Bahia e o Sergipe. Iniciaram com outras famílias ja aparentadas a Reconquista do Nordeste, a partir de Pernambuco para o Norte.
A partir de 1640 estiveram, especialmente na pessoa de Agostinho Barbalho Bezerra, junto com os portugueses na Guerra da Restauração. Ha uma afirmação biográfica de que ele esteve envolvido em todos os embates que se deram na Praça de Elvas, salvo engano meu.
E com os irmãos e muitos outros parentes conseguiram também a restauração do Brasil `a coroa portuguesa, que se deu nas Batalhas dos Guararapes, em 1648-9.
Nesse ponto, o ancestral Luiz Barbalho Bezerra, em idade, debilitado por doença agravada pelo stress de guerra e sem sua fortuna que empenhara na reconquista, havia sido nomeado governador do Rio de Janeiro, para exercer durante os anos de 1643-5. Indo falecer no oficio em 1644.
Ele deixou filhos que se distribuíram em Pernambuco ou Paraiba, Sergipe, Bahia e Rio de Janeiro.
Durante o Ciclo do Ouro, a partir de 1698, houve um fluxo imenso das gentes da terra, de Portugal e estrangeiros para os. campos das ricas minas. Entre os migrados estão alguns descendentes de Luiz Barbalho.
Nessa nova colonia ha renovada multiplicação. E desde o final do século XVIII, quando do esgotamento do ouro farto, essa descendência inicia migração para os novos pontos de colonização, como faz o cirurgião-mor de Porto Alegre, Policarpo Joseph Barbalho, que mudou-se para o Rio Grande do Sul por volta de 1780.
Outros ramos dirigiram-se para o Santa Catarina. Depois Goiás. Dos ramos que permaneceram no Nordeste, ha noticias que se espalharam por todo o Norte do pais.
Na atualidade vemos a dispersão da Família por todos os pontos do pais. Sendo que ha registros de nordestinos dirigindo-se para paragens mais ao Sul e sulistas retornando `as suas origens nordestinas.
A descendência atual conta-se aos milhões. Porem, não ha um numero exato por causa da dificuldade em alinhavar uma Arvore Genealógica coletiva. Infelizmente, no Brasil o poder publico ainda não enxergou vantagens em digitalizar todos os documentos antigos e disponibiliza-los via eletrônica para consulta.
Talvez o recente incidente do incêndio no Museu Nacional, no Rio de Janeiro, possa alertar alguma autoridade mais responsável para o fato de que se esquecermos nossa Historia corremos o risco de nos colocarmos eternamente como se inferiores fossemos.
No entanto, sabemos que o povo brasileiro de um modo geral descende do povo que iniciou as Grandes Navegações e por elas pudemos ter o que hoje temos que é a interconexão global.
E, via portugueses, descendemos de todos os nobres que na atualidade são estudados nos livros da Historia Universal. E deles descendem todos os povos que habitam a terra.
Desculpe ter prolongado tanto. Mas tenho o defeito de não ser conciso
Agradeço-lhe carinhosamente a prontificação para ajudar-nos. Muito obrigado mesmo.
Saudações,
Valquirio de Magalhães Barbalho.
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APENDICE
A partir de agora vou adiantar-lhe os dados que ja reuni a respeito do tronco familiar Barbalho. Talvez, se algum aluno aceitar o desafio de decifrar por nos os vínculos familiares e lugares em Portugal, essas informações sejam facilitadoras.
Penso que do ramo devem descender todos os Barbalho do pais e uma multidão centenas de vezes maior de pessoas com essa ascendência, mesmo sem assinar ou saber.
Entre os famosos pode-se citar compositores como Chico Buarque de Holanda e Fernando Brant. O bispo D. Manoel Nunes Coelho. Os dois últimos ja falecidos. Acredito ser desnecessário continuar tais menções, pois, pode-se imaginar a abrangência de boa parte do povo brasileiro.
Destino esse apêndice `aqueles que se “atreverem” a aceitar o desafio de aprofundar um pouco essas raizes com nomes de pessoas e lugares. Considero um feito difícil, pois, outros pesquisadores não encontraram.
A mencionar, Nelson Barbalho, que faleceu sem poder encontrar a chave da ligação da família Barbalho brasileira e sua origem em Portugal. A respeito desse autor:
http://www.cbg.org.br/colegio/historia/galeria-socios/nelson-barbalho-de-siqueira/
Apenas desconfio que pesquisadores anteriores não tiveram o devido acesso aos estudos de Alão. E muito possivelmente realizaram pesquisas em documentos da Torre do Tombo, sem imaginar que havia a possibilidade de encontrar melhores noticias no Porto e região.
Vamos ao resumo do que tenho conhecimento:
1a. geração
Brás Barbalho Feyo. Foi dito que nasceu em Portugal e ido para o Brasil junto com o capitão-mor Duarte Coelho. Casou-se com Catarina ou Maria Tavares de Guardes. Ela era filha de: Francisco Carvalho de Andrade e Maria Tavares de Guardes.
Por essa outra postagem abaixo, podemos seguir melhor:
http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=188&cat=Ensaios
Trata-se da Arvore de Costado de Francisco Buarque de Holanda. De autoria de Pedro Wilson Carrano Albuquerque. Editada pela editora Usina de Letras.
Entre os décimos segundos avos do Chico Buarque, nos números: 9694 e 9695 temos Brás Barbalho Feyo e Maria Guardes. Mas ja vi publicação diferente dizendo ser Catarina.
Os números 9692 e 9693 são Antonio Bezerra Felpa de Barbuda e Maria Araújo, que são pais de Guilherme Bezerra Felpa de Barbuda.
Na 13a. geração temos os números e donos dos números:
19386 Pantaleão Monteiro, Fundador do Engenho de São Pantaleão (do Monteiro)
19387 Maria Monteiro (Na verdade, Maria de Araújo)
19390 Francisco Carvalho de Andrade, senhor do Engenho de São Paulo da Várzea. “Foi …… e pessoa tão bem conceituada que conseguiu casar bem as filhas que teve c. Maria Tavares de Guardes: Ines e Leonor Guardes. Teve uma outra filha que casou com Brás Barbalho.”
19391 Maria Tavares de Guardes.
Engraçado ai foi que a outra filha, não teve a boa sorte de casar-se bem!
Maria de Araujo, esposa de Antonio Bezerra Felpa de Barbuda, era filha de Pantaleão Monteiro e Maria de Araujo (Monteiro).
2a. Geração
Temos na 11a. geração de avós do Chico Buarque:
4846 – Guilherme (ou Antonio) Bezerra Felpa de Barbuda. Com a esposa Camila Barbalho teve os filhos Luis e Felipe Barbalho Bezerra e Brasia Monteiro.
4847 – Camila Barbalho (filha de Brás Barbalho e Maria de Guardes).
Aqui a linhagem que vai ao Chico Buarque segue a de Brasia Monteiro, irmã do Luiz Barbalho Bezerra e do Felipe.
Brás Barbalho tornou-se senhor do Engenho de São Paulo em lugar do seu sogro Francisco Carvalho de Andrade.
Ha menção em outra publicação que Francisco Carvalho de Andrade foi também armeiro real na Capitania de Pernambuco.
3a. Geração
Luiz Barbalho Bezerra casou-se com Maria Furtado de Mendonça, filha de Fernand’Aires Furtado e Cecilia de Andrade Carneiro. Dos sogros nada tenho.
Luiz Barbalho foi senhor do Engenho Barbalho, que ficava no Cabo de Santo Agostinho. Nasceu em 1584 e faleceu em 1644, ocupando o cargo de governador no Rio de Janeiro.
Foi também mestre-de-campo de um terço das tropas na Bahia, durante as lutas contra os holandeses. Tornou-se notório quando liderou a retirada de suas tropas do Porto de Touro, no Rio Grande do Norte, ate Salvador na Bahia.
Enquanto não atravessou o Rio São Francisco, as tropas estavam cercadas pelo inimigo e mal municiadas e supridas. Por isso e pelos feitos a retirada foi considerada heróica.
Antes ele havia sido capturado pelos holandeses e deportado para a Holanda. Mas conseguiu fugir e entrar na Espanha, quando ainda havia a União Ibérica e Portugal e Brasil estavam sub-Júdice da Coroa Espanhola.
Em 1638 compartilhou a liderança do combate `a tentativa da invasão de Salvador pelos holandeses. Reforçou o Forte que passou a ser conhecido como Forte do Barbalho. Forte esse que não mais existe e cujo apelido tornou-se nome de bairro da cidade.
Esses dados são antigos. Contudo, a aceitação de alguns tem sido feita pelos genealogistas mais recentes, incluindo Rheingantz e Carlos Eduardo de Almeida Barata, autores de genealogias renomadas.
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ALGUMAS VERSÕES MAIS ANTIGAS:
Abaixo, copiei o titulo: “Barbalhos” do “Pedatura Lusitana”, de Cristóvão Alão de Morais:

pag. 343                    “BARBALHOS

  1. Fernão (A) Barbalho era natural de Entre Douro e Minho .. .. .. e teve:

2. Antonio Barbalho

2. Luis Barbalho

2. Alvaro Barbalho

2. Antonio Barbalho filho 1o. este viveo no Porto aonde foi cidadão. Casou com ……… e teve:

3. Antonio Barbalho

3. D. Guiomar …………………….. m.er de Ignacio Cenarche de Noronha co. g. Casou 2a. vez com D. Antonia Bezerra, ou Monteira, filha de Domingos Bezerra … … … e houve:

3. Luis Barbalho Bezerra

3. Felippe Barbalho Bezerra

3. Antonio Barbalho filho 1o. deste viveo no Brazil … … …

3. Luis Barbalho Bezerra filho 2o. de Anto. Barbalho E o 1o. de

*******************************

(A) Os f.os deste Fernão Barbalho erao primos de M.el Fran.co Barbalho e tiverao Capella em S. Fran.co do Porto. E o dito M.el Fran.co Barbalho foi pai de Clara Barbalho m.er de G.ar de Carvalho e forao pais de Jo. Lopes Barbalho fidalgo da casa delRei e Com.or de Sanfins de Nespereira e Mestre de Campo no Alentejo.

*******************************

Pag. 354

sua 2a. mulher n.2 foi insigne Soldado nas armas do Brazil: foi fidalgo da Casa delRei E com.or dos casaes na ordem de Christo. E Governador do Rio de Janeiro onde morreo.

Casou com D. Maria Furtado de M.ça  filha de Fernand’Ayres Furtado E de sua m.er Cecilia Carreira E houve:

4. Guilherme Barbalho Bezerra

4. Agostinho Barbalho Bezerra

4. Fernão Barbalho

4. Fran.co Monteiro Barbalho

4. Cosma Bezerra m.er de Fran.co de Negreiros Soeiro Sr. de hum engenho no Brazil

4. D. Antonia Bezerra m.er de Antonio Pereira de Sousa fo. de Eusebio Frra. Dromondo E de Cn.a de Sousa sua m.er.

4. D. Cecilia .. … .. m.er de Anto. Barbosa Calheiros fo. de Io. Barbosa Calheiros em Vianna

4. D. Fran.ca Furtada

4. Guilherme Barbalho Bezerra filho 1o. deste he Alcaide-mor de Serzipe delRei e tem a Comenda de seu pae. Casou com D. Anna Pereira fa. de D.os de Negreiros Soeiro Sr. de Engenho … … … e teve

5. Luis Barbalho

5. Domingos Barbalho

Pag 355

4. Ago. Barbalho Bezerra fo. 2o. de Luis Barbalho Bezerra n.3 Foi correo-mor do Brazil ……

4. Fernão Barbalho filho 3o. de Luis Barbalho Bezerra no. 3 Foi Vedor da Fazenda da India. Casou co D. Maria de Macedo m.er baixa.

4. Fran.co Monteiro Barbalho filho 4o. de Luis Barbalho Bezerra no. 3 Foi G.or da Fortaleza de S. Marcello na Bahia

3. Felippe Barbalho Bezerra filho 3o. de Antonio Barbalho no. 2 E o 2o. de sua m.er……..

2. Luis Barbalho filho 2o. de Fernão Barbalho no. 1 servio na India ……… e teve

3. D. … … … m.er de D. Luis de Sousa ou da Sylva paes delRey de Maldiva tto. de gras.

2. Alvaro Barbalho filho 3o. de Fernão Barbalho n. 1  Casou no Brazil co …. … ….”

OBSERVAÇÕES MINHAS:

Infelizmente os trabalhos de Alão não nos dão ideias de datas para compararmos.

Mas creio na possibilidade de o primeiro filho de Fernão Barbalho, ANTONIO, ser o próprio Bras Barbalho Feyo. Pode ser que tivesse o nome de Antonio Brás, tendo Alão preferido o nome de batismo e os autores no Brasil preferido o nome pelo qual todos o conheciam.

Isso porque coincide que foi dito que o Brás foi pai de Felipe, Alvaro e Camila.

Por não ter tido noticias da existência da Camila foi que ele atribuiu a paternidade do governador Luiz Barbalho Bezerra ao próprio Antonio, que era o avô e não o pai.

Para isso ser verdade, porem, houve uma completa confusão de Alão. E seria necessário que o Brás, ou Antonio Brás, houvesse se casado 3 vezes. Sendo a terceira com Catarina ou Maria Tavares de Guardes.

Se tivéssemos datas de nascimentos e falecimentos do Antonio e do Brás, ou Antonio Brás, poderíamos saber se poderiam ter sido pais do governador Luiz Barbalho que nasceu em 1584.

Existem estudos recentes que dão nomes `as esposas do Antonio. Sendo que a segunda seria filha de Branca Dias, eternizada pelo processo inquisitorial que sofreu. E a noticia da transferencia Antonio (Brás) para o Brasil não tivesse chegado aos ouvidos do autor.

Claro, o Brás poderia ter sido um membro da família não mencionado por Alão, por não ter tido conhecimento da existência dele. Dai as confusões.

Interessante foi que Alão deve ter consultado alguns arquivos mas não ter se dirigido aos filhos do próprio governador Luiz Barbalho que ainda eram vivos.

Inclusive, por ocasião da escrita, Agostinho Barbalho Bezerra fora enviado a Lisboa, para responder a processo consequente da Revolta da Cachaça, acusação de crime pelo qual foi absolvido e requereu algumas mercês reais, em função dos serviços prestados `a coroa portuguesa pelo pai, ja falecido, e por ele próprio.

Entre as mercês concedidas estaria a da Capitania Hereditária de Santa Catarina, da qual nunca tomou posse por antes ter falecido.

`A ocasião alegou ter mãe e 3 irmãs, pelas quais ele era o responsável. Dessas 3 irmãs, somente através de Alão tenho informação que uma chamava-se Francisca Furtada.

Ate então, sabia os nomes de 6 varões e 3 mulheres. Como os destinos delas é sabido, talvez tenhamos mais uma (se Agostinho incluiu dona Cecilia que ja deveria ser viuva) ou duas (caso contrário), das quais não sabemos os nomes.

Seriam, então, um total de 11 ou 12 filhos, diferentemente do que foi dito por Borges da Fonseca serem 10.

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Esse e outros estudos estão numa pagina de meu blog cujo endereço é:

O extrato esta no capitulo:
008. DESCENDENTES DE D. PEDRO I, DE PORTUGAL, E DONA IGNEZ DE CASTRO?
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O sitio abaixo:

contem informações importantes a respeito dos engenhos pernambucanos. Os engenhos de açúcar estão organizados por ordem alfabética e os nomes de fundadores e senhores em sequencia cronológica.

Algumas das informações podem ter bom uso nas pesquisas genealógicas.
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Ha no site do google livros os estudos do frei Antonio de Santa Maria Jaboatão, (Antonio Coelho Meirelles, 1695 – 1779). Ali pude ler a genealogia que ele preservou voltada tanto para as primeiras famílias chegadas `a Bahia, principal, quanto para alguns ramos das chegadas a Pernambuco.
Frei Jaboatão fez uma descrição bem resumida da Família Barbalho, penso, principalmente porque descreve a descendência de apenas duas das filhas do governador Luiz Barbalho, sendo elas: donas Cosma e Antonia; e de um filho: Guilherme, cujos dois filhos mencionados não deixaram descendência.
Os estudos de Alão, mencionam mais um: Luiz Barbalho, filho de Guilherme, mas não lhe da sucessão. Foi o único autor, dos que conheço, que menciona esse filho.
Na pagina:
https://val51mabar.wordpress.com/2017/11/13/a-familia-de-manuel-rodrigues-coelho-em-resumo/
E capitulo:
008. DESCENDENTES DE D. PEDRO I, DE PORTUGAL, E DONA IGNEZ De Castro?
descrevi os estudos que fiz na obra, pois, ha uma oportunidade de, talvez, eu e familiares sermos descendentes das famílias portuguesas primeiro chegadas `a Bahia.
Entre elas a Barbalho, através de dona Antonia Barbalho Bezerra e seu marido Antonio Ferreira de Sousa.
Tentei reabrir a pagina no Google Livros no qual pude ler a obra do Frei Jaboatão. Mas não consegui. Para facilitar aos voluntários, copiarei aqui o que ja copiei de la:
                          BARBALHOS – (PAG. 310)
“Luiz Barbalho, o velho, natural de Pernambuco, filho de Antonio Barbalho, foi mestre de campo na Bahia (2) e na armada do Conde de Torre, por ir esta derrotada para (311) as Índias de Castela, passou dela ao porto de Touro na Costa do Brasil ao norte, donde caminhou por terra com a gente, que trazia, assim soldados como moradores, rompendo matos, atravessando pelos sertões, vencendo as dificuldades dos rios e brenhas, sofrendo fomes e gentio selvagem; o que engrandecem todos os que isto escreveram como D. Francisco Manoel na Epana, fora triunfante, e foi esta armada do Conde de Torre derrotada no ano de 1639. Depois governou a Bahia com o senado da câmara, o provedor da fazenda real Lourenço Correa, e o bispo D. Pedro da Silva* pela prisão do governador D. Jorge Mascarenhas, Marquez de Montalvão, primeiro vice-rei deste estado desde, 16 de Abril de 1641 ate 26 de agosto do mesmo ano. Casou com D. Maria Furtado de Mendonça , filha de Aires Furtado de Mendonca e de sua mulher Cecilia de Andrade Carneiro, e teve filhos:
  1. Agostinho Barbalho, que, servindo bem em todas as ocasiões em que se achou, na remoção de Salvador Correa de Sa e Benevides, governador do Rio de Janeiro, o degolou. Foi senhor da ilha de Santa Catarina, de que lhe fez mercê el-rei D. Afonso VI, por provisão de 4 de Fevereiro de 1664.

2. Guilherme Barbalho, que se segue

     3. Fernão Barbalho, que serviu ao infante D. Pedro, e morreu vedor da India, sem filhos, foi fidalgo da casa real, e capitão na fortaleza de N. S. do Populo.
     4. D. Antonia, mulher de Antonio Ferreira de Souza, filho este de Eusebio Francisco e de sua mulher D. Catharina de Souza, e casou D. Antonia com este Antonio Ferreira de Souza a 11 de Setembro de 1642, e foi ministro e padrinho o Sr. bispo D. Pedro da Silva na igreja de S. Bento da Bahia, padrinhos o mestre de campo Luiz Barbalho e o governador Lourenço Correa de Brito.
     5. D. Cosma, mulher de Francisco de Negreiros, na Patativa, a fl…., n. 6, e ali a sua descendencia.
      * por provisão regia de 4 de Março de 1641. (pag. 312)
     6. Francisco Monteiro Barbalho Bezerra, que, diz dele o Liv. 4 a fl. 304, que trata dos serviços das pessoas deste estado, era fidalgo da casa de Sua Majestade, como era o dito seu pai o mestre de campo Luiz Barbalho Bezerra, e natural de Pernambuco, e que este seu filho Francisco Monteiro Barbalho Bezerra, de idade de 8 anos, assentou praça de soldado na companhia de seu irmão Agostinho Barbalho Bezerra, uma das do mestre de campo D. Felipe de Moura, com seis cruzados por mês, em 20 de Fevereiro de 1642, e serviu de soldado em outras companhias ate 17 de Março de 1667, em que, passado seu irmão Fernão Barbalho para o serviço do Sr. Infante D. Pedro, como fica dito, entrou o dito Francisco Monteiro Bezerra, ou Barbalho Bezerra, por capitão do forte novo de N. Sra. do Populo do mar, de que era o dito seu irmão Fernão Barbalho, serviu neste ate 1704, que neste ano, que requeria os seus serviços, faziam 24 anos, 4 meses e 17 dias, que servia; e é o que dele achamos.
N. 2. Guilherme Barbalho, filho segundo de Luiz Barbalho, o mestre de campo, e de sua mulher D. Maria Furtado de Mendonca, serviu nas guerras de Pernambuco, foi fidalgo da casa real, cavaleiro da ordem de Christo, foi alcaide-mor da cidade de São Christovão de Sergipe de el-rei, coronel de um partido de auxiliares na Bahia, onde casou com D. Anna de Negreiros, filha de Domingos de Negreiros, a fl…, n. 2 e 5, e de sua mulher Maria Pereira, filha de Martim Lopes Soeiro e de sua mulher Anna Pereira, a fl…, e teve filhos:
     7. Domingos Barbalho Bezerra, que se segue:
     8. D. Marianna Barbalho, mulher de Manoel Alves da Silva, filho de Antonio Alves da Silva e de Luiza Freire, sua mulher, sem filhos.
     7. Domingos Barbalho Bezerra, filho de Guilherme Barbalho, n. 2, teve o foro de fidalgo, e comenda de alcaide-mor de seu pai e avô, viveu com seu pai na patativa, solteiro.”
     `As paginas 308 e 314, respectivamente, encontram-se breves descrições do inicio das famílias Negreiros de Sergipe do Conde e Ferreiras de Souza, nas quais casaram-se dona Cosma e Guilherme e dona Antonia, respectivamente. A sequencia de descendências se da em capítulos diversos.
     Nessa obra não se relata a existência dos filhos: Cecilia, Francisca, Jeronimo e Antonio. E Sergipe do Conde, é uma municipalidade do Estado da Bahia, na qual os Barbalho baianos se multiplicaram.
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Outro estudo importante que descreve o inicio da família Barbalho no Brasil esta no endereço:
http://objdigital.bn.br/acervo_digital/anais/anais_047_1925.pdf
Infelizmente, nesse momento, o site esta mostrando uma imagem distorcida da obra.
Trata-se do livro: “Nobiliarchia Pernambucana”, publicado pela Biblioteca Nacional. Uma reprodução dos “Annaes da Bibliotheca Nacional do Rio de Janeiro” volume XLVII, de 1925. (A reprodução foi em 1925, a obra é anterior) O trabalho foi escrito por Antonio Jose Victoriano Borges da Fonseca.
Existem muitas criticas ao trabalho de Borges da Fonseca. Tratam-o por confuso e enganoso em certas partes. Não sei ate onde ele errou.
Mas observei, por exemplo, que ele disse que Jeronimo Barbalho Bezerra, que foi “degolado” (enforcado) em consequência da Revolta da Cachaça, teria sido filho do Felipe, irmão do governador Luiz Barbalho. Observe-se que ha o engano em Jaboatão ao afirmar que o “degolado” foi o Agostinho.
Na atualidade os genealogistas concordam que Jeronimo fora filho do governador Luiz. E os fatos comprovam que foi ele o enforcado.
Os genealogistas atuais também contradizem Borges da Fonseca em relação a um Antonio, o qual ele afirma ter sido filho do Felipe, irmão do Luiz Barbalho Bezerra. Isso se da em relação aos casamentos deles.
Borges da Fonseca afirma que Antonio, filho do Felipe, casou-se e foi para a Paraiba tornando-se o II senhor do riquíssimo Morgado de São Salvador do Mundo, instituído por Duarte Gomes da Silveira que, por não ter herdeiros, deixou para uma parente (neta para alguns e sobrinha para outros).
Outros, atuais, dizem que foi o Antonio Barbalho Bezerra, porem, filho do governador Luiz Barbalho Bezerra.
`A pagina 35, no “Titulo de Bezerras Felpa de Barbudas” fala que foi uma filha de Domingos Bezerra Felpa de Barbuda e Brasia Monteiro: “3. Maria Monteiro, que casou com seu primo Antonio Bezerra, filho de Luiz Barbalho”.
`A pagina 189 do estudo abaixo ha outra menção. Fala-se que Antonio, o filho mais novo, (na verdade não deve ser, pois, o autor contava apenas 6 filhos, e que o casamento de Luiz e Maria Furtado de Mendonça  se dera em 1614). teria se casado com “Joanna Gomes da Silveira, neta do ilustre Duarte Gomes da Silveira, fundador do morgado …”
Sabe-se que o casamento deu-se em 6.10.1633. Guilherme foi o primogênito. Assim, para casar-se naquela data, Antonio teria que ter sido o 2o. ou 3o. Ainda assim, para casar-se por volta de seus 15 anos de idade, no máximo.
Algumas literaturas afirmam que Jeronimo nasceu em 1616 e Agostinho em 1619, havendo assim pouca margem para que Antonio pudesse ter sido o casado em 1633.
Acredito que Borges da Fonseca tenha razão quanto ao Antonio casado com Joana ter sido filho do Felipe. E Antonio, filho do governador Luiz, ter retornado a Pernambuco onde casou-se com a Maria Monteiro. A tese é esta:
http://www.historia.uff.br/stricto/teses/Dissert-2003_CAETANO_Antonio_Filipe_Pereira-S.pdf
Borges da Fonseca, contudo, inicia o Titulo dos Barbalhos, `a pagina 139, assim:
” 1. Principia esta família em Brás Barbalho Feyo, que passou a Pernambuco logo nos primeiros anos de sua povoação. Casou com D. Leonor Guardes, irmã de Ignez Guardes mulher do instituidor do Morgado do Cabo, e filhas de Francisco Carvalho de Andrade e sua mulher Maria Tavares de Guardes.
     Deste matrimonio de Bras Barbalho Feyo nasceram:
    2 – Alvaro Barbalho Feyo, que continua. (…)
    2 – Camilla Barbalho, que ja se acha nomeada no Livro Velho da Se, por madrinha de um batizamento feito a 7 de Novembro de 1608. Casou com Fernão Bezerra. E da sua descendência se da noticia em titulo de Bezerras Felpa de Barbudas. (…)
    2.- Braz Barbalho Feyo.”
Na verdade, quando ia falar a respeito da geração deixada por Camilla e “Fernão”, ele se omite a respeito da descendência de Luiz Barbalho, mencionando apenas que eram 10 e que outros ja os haviam mencionado. Salvo engano meu, ele menciona o autor Castrioto (que pode ser o nome da obra).
Alias, posso aqui postar as informações mais exatas, `a pagina 37 temos, em relação `a família Bezerra Felpa de Barbuda:
“2 – N…….. Bezerra Monteiro, casou com Camilla Barbalho, filha de Braz Barbalho, e de sua mulher N……. Guardes, em titulo de Barbalhos. A primeira Camilla de Braz Barbalho, vivia em Olinda em 1608. No Livro velho da Se se acha nomeada como madrinha de alguns batizados. Do referido matrimonio nasceram:
3 – Luiz Barbalho Bezerra, Fidalgo da Casa Real. Comendador da Ordem de Christo e Mestre de Campo de infantaria, que governou a Bahia e o Rio de Janeiro, de quem os escritores da guerra dos Holandeses fazem muitas vezes, digo, fazem inumeráveis vezes a mais honrada memória, e seria prolixa a nossa se a fizéssemos de tantas, tão repetidas e gloriosas ações quando basta o que desse grande soldado disse o general Francisco de Brito Freire neste grande elogio: – A quem tantas continuadas ocasiões pelo decurso desta Historia, adiantaram ao insigne Mestre de Campo e deram ilustre fama principalmente naquela celebre e portentosa expedição em que socorreu a Bahia, penetrando quatrocentas léguas os desertos da America. Foi casado e teve 10 filhos, dos quais o mais velho foi o capitão Guilherme Barbalho Bezerra, mas como todos no ano de 1638 embarcaram para a Bahia, onde, e no Rio de Janeiro viveram, não tenho deles outras noticias.”
`A pagina 38 temos:
“4 – Felipe Barbalho Bezerra, consta no Livro Velho da Se que casou a 24 de Setembro de 1608 com Serafina de Morais, filha de Domingos da Silveira e de sua mulher Margarida Gomes Bezerra, em titulo de Bezerras, Morgados da Paraiba.” (pag. 37)
Deste matrimonio nasceram:
     5 – Jeronymo Barbalho Bezerra, que foi para o Rio de Janeiro, onde ha noticia que morrera degolado. (…)
     5 – Antonio Barbalho Bezerra, que ja se achava casado em 1633 com sua parente Joanna Gomes da Silveira, filha herdeira de seu tio, irmão de seu avô, Duarte Gomes da Silveira, que neles instituiu com faculdade regia o Morgado do Salvador do Mundo, da Paraiba a 6 de Dezembro do dito ano. Dele e da sua sucessão se escreve em titulo de Bezerras Morgados da Paraiba.”
`A pagina 384 o autor Borges da Fonseca, parte do livro na qual existem alguns Apêndices, retorna ao titulo Barbalhos e assim descreve, em seu inicio:
  1. “Principiou esta família em Braz Barbalho Feyo, que passou a Pernambuco logo nos primeiros anos de sua povoação  casou com N …… Guradez, irmã de Ignez Guardes, mulher do instituidor do Morgado do Cabo e filha de Francisco Carvalho de Andrade, e de sua mulher Maria Tavares de Guardes, que foram os primeiros senhores do engenho de São Paulo da Várzea. (pag. 385)
Deste matrimonio de Braz Barbalho Feyo, nasceram:
     2 – Alvaro Barbalho Feyo, de quem acima se trata
     2 – Braz Barbalho Feyo, adiante,
     2 – Camilla Barbalho, que ja se acha nomeada no Livro velho da Se por madrinha de um baptisamento feito a 7 de Novembro de 1608. Casou com Fernão Bezerra, e da sua sucessão se da noticia em titulo de Bezerra Felpa de Barbuda, onde se verá quem foram os pais do famoso Luis Barbalho Bezerra.”
Dai para frente descreve-se a descendência dos irmãos da Camila.
Aqui ha que mencionar-se a insegurança do autor em relação ao nome da esposa do Bras Barbalho Feyo (1) e do marido da filha Camila. Embora ele houvesse anunciado antes que no primeiro caso seria Leonor Tavares de Guardes, encontrei a noticia do contrário com o Frei Jaboatão.
A obra do Frei esta publicada na “Revista Trimensal do Instituto Histórico e Geographico Brasileiro” de 1889. Na pagina 43 ele inicia a descrição dos Albuquerques Maranhões em Pernambuco.
Ali fala que Leonor Tavares de Guardes era casada com Antonio Pinheiro Feyo. Esses, salvo engano porque não estou tendo acesso `a obra no momento, foram os sogros do Jeronymo de Albuquerque Maranhão, filho do Jeronymo de Albuquerque, o chamado “Adão de Pernambuco” por causa da numerosa descendência com varias mulheres.
E, no mais, a obra da noticia da descendência deles. Portanto, foi engano de Borges da Fonseca mencionar que Leonor fora esposa do Brás Barbalho Feyo. Confirmando-se ai que a esposa deste chamava-se Maria ou Catarina mesmo.
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A tese também pode ser consultada. Trata-se de um estudo a respeito da crise conhecida como: “A REVOLTA DA CACHAÇA”. Ocorrida no Rio de Janeiro entre o final de 1660 e o inicio de 1661.
Foi o embate de duas forças antagônicas entre os nobres descendentes dos fundadores do Rio de Janeiro e os que estavam sendo “empurrados com a barriga” pela corrupção no governo de Salvador Correia de Sa e Benevides.
A revolta teve como chefe maior Jeronimo Barbalho Bezerra, filho de Luiz Barbalho. O qual perdeu a vida ao final. Mas essa consequência provocou também a condenação do governador por todos os seus crimes. Veja:
http://www.historia.uff.br/stricto/teses/Dissert-2003_CAETANO_Antonio_Filipe_Pereira-S.pdf
A partir da pagina 187, capitulo: “Os Honoratiores Goncalenses: a familia Barbalho”, encontra-se uma descrição resumida desse tronco familiar e da um parecer geral a respeito dos filhos de Luiz Barbalho, que estiveram no Rio de Janeiro.
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Talvez seja melhor visitarem o endereço:
https://val51mabar.wordpress.com/2016/12/04/500-anos-de-historia-e-genealogia-da-presenca-barbalho-no-brasil/
Nessa pagina de meu blog eu disponibilizei muitos dados e menções `a família, que venho encontrando em minhas pesquisas.
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Espero que essas notas sejam uteis a quem for procurar decifrar os vínculos que tornam possível fazer a ponte que liga os Brasileiros do sobrenome Barbalho e Portugal, com seus devidos lugares, datas e pessoas.
Acredito que o estudo desse gênero e a divulgação de um resultado positivo poderá ajudar a desenvolver um fluxo de turismo dos Barbalho brasileiros a Portugal e seus parentes de Portugal para o Brasil, para apreciar os pontos históricos os quais se enfeitam com seus nomes.
Bom trabalho aos que aceitarem o desafio.
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004. ANALISANDO DADOS DE ANTEPASSADOS NO SITE FAMILYSEARCH
INDICE
01. 004. ANALISANDO DADOS DE ANTEPASSADOS NO SITE FAMILYSEARCH
02. OS DOCUMENTOS
03. OLHA OS ENGANOS!
04. O HUMILDE ANCESTRAL JOAQUIM COELHO DE ANDRADE
05. OS NOSSOS PEREIRA DO AMARAL
06. OS PEREIRA DO AMARAL – BENEVIDES
07. RESENHA FINAL
01. 004. ANALISANDO DADOS DE ANTEPASSADOS NO SITE FAMILYSEARCH
Ha muito estava adiando mas agora resolvi visitar o site Familysearch para ampliar os dados que ja possuía la e saber se aumentava meus conhecimentos, caso houvessem dados que não conheça.
Encontrei coisas interessantes. Ate mesmo maravilhosas. Mas ficou claro que ha muitos enganos.
Acredito que os enganos devam-se a ansiedades de iniciantes. Inclusive a minha.
Consta no site que o nosso ancestral, o alferes, Jose Coelho de Magalhães era filho do Bernardo Antonio e sua esposa Ana Josefa. Quem acompanha os meus estudos pode lembrar-se que “achei” que fossem. Inclusive passei isso para sites, mas ja me retratei.
Não tenho ate hoje como dizer que sim ou que não. Isso porque o professor Nelson Coelho de Senna afirmou que no lugar do Bernardo Antonio entraria um Manoel Rodrigues Coelho.
E estou dizendo um porque o professor não aprofundou na pesquisa dele, e eu ja encontrei mais de um possível ancestral com o nome Manoel Rodrigues Coelho que foram contemporâneos de nossos ancestrais em Minas Gerais.
O problema ate o momento tem sido que não encontrei documento algum que comprove qualquer hipótese.
Sei que deve haver algum Inventário e, possivelmente, Testamento do nosso ancestral, alferes-de-milicias, Jose Coelho de Magalhães, em Conceição do Mato Dentro onde foi dito que faleceu, ou no Serro que, em 1806 na data, era a única sede de Comarca na região.
Esse seria um documento que devemos guardar com carinho, pois, devera desfazer diversas duvidas e abrir novos horizontes para nossas pesquisas. Isso porque nada sabemos com segurança, pois, o que sabemos deles vem de tradições, o que podem ser falhas.
Os Testamento e Inventario do Jose Coelho de Magalhães poderiam, definitivamente, revelar com certeza se somos mesmo descendentes da Eugenia Rodrigues da Rocha, como ate agora acredita-se, ou da Escolástica de Magalhães, primeira esposa dele.
Os documentos iriam, no minimo, informar-nos quem foram os filhos de cada esposa, com quem se casaram, os que ja eram casados. e talvez alguns netos que acaso fossem órfãos.
O Testamento poderia revelar quem foram os pais, onde nasceu e ate alguma resenha a respeito de ancestrais e da origem geográfica. Mas somente depois que encontrar-se algum documento revelador é que podemos fazer uma resenha segura. Ate la, tudo não passa de especulação.
Infelizmente, não tive a oportunidade de buscar em todos os locais possíveis de encontrar algo seguro a respeito do nosso, provável, ancestral Manoel Rodrigues Coelho. Ha que verificar na Casa dos Contos e no Museu da Inconfidência, em Ouro Preto.
Se por la houver algum Inventario dele, então, poderá revelar se deixou um filho chamado Jose Coelho de Magalhães.
Algum documento do gênero devera existir, pois, foi dito ter sido muito rico. E ha a possibilidade de ele ser encontrado em documentos referentes ao Inficcionado, atual Santa Rita Durão, em Mariana, e Cachoeira do Campo, Distrito de Ouro Preto.
E não se pode descartar ainda a possibilidade de ter sido o próprio Manoel Rodrigues Coelho que tenha levado toda a família para o, então, Norte de Minas. Informa-nos o professor Nelson que a família espalhou-se por Santa Barbara, Itabira e Conceição do Serro (do Mato Dentro).
Mas não especificou quando se deu isso. Manoel ganhou a Sesmaria em Cachoeira do Campo em 1758, quando ja não havia ouro a explorar-se na região. Mas houveram outros surtos de ouro no Norte do Estado.
Talvez tenha sido atraído para a região de Conceição do Mato Dentro/Morro do Pilar, Fazenda do Axupé, onde o professor Coelho de Senna afirma que a família esteve estabelecida, ainda no século XVIII, antes de o nosso ramo ter ajudado a fundar e passar a residir em Guanhães.
Portanto, pode-se, talvez, encontrar-se algum Inventario e Testamento no Serro. Nunca se sabe. Enquanto não encontrarmos o “elo perdido” nada se pode afirmar.
Mas, queria resumir o máximo possível porque ha muito o que escrever com o que ja encontrei. Vamos, então, a apenas postar novamente alguns documentos. Deles não se pode duvidar da veracidade.
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02. OS DOCUMENTOS
a. Registro de batizado de POLICARPO JOSE BARBALHO
“Aos 21 dias do mês de novembro de 1779, na Capela de Santa Anna do (Percuava?), o padre Andre Vaz de Almeida batizou e pos os Santos Óleos a Policarpo, filho legitimo de Jose Vaz Barbalho e de sua mulher Anna Joaquina de Sam Jose. Foram padrinhos Manoel da Ponte e Delfina Soares, todos dessa freguesia (??) e por esse assino:
O vigário: Pedro Jose Pereira de Castro.”
b. Registro de batizado de PLACIDO JOSE BARBALHO
“Aos 18 dias do mês de Março de 1781 anos, nessa Igreja Matriz de Nossa Senhora de Nazaré do Inficcionado (atual Santa Rita Durão), batizei e pus os Santos Óleos a Plácido, párvulo, filho legitimo de Jose Vaz Barbalho e Anna Joaquina sua mulher, postos forros, que viverão na Freguesia de Vila do Principe a partir dessa Freguesia do Inficcionado (??) do epifano a 9 do dito mês. Foi padrinho: Silvestre de Almeida do Freixo, dessa freguesia, o que foi aposto.
O Encomendado: Pedro Jose Pereira De Castro.”
Ambos os documentos os vi nas reprodução fotográfica do livro de batizados que pode ser visto no site Familysearch.
c. Sinopse do Inventario de POLYCARPO JOSEPH BARBALHO
“POLYCARPO JOSE BARBALHO – Faleceu a 20 de junho de 1801. Era natural da Vila do Principe do Cerro Frio, filho de Manoel Vaz Barbalho e Josefa Pimenta de Souza. Casou com Bernarda Maria de Azevedo, de quem teve 7 filhos: Constancia Joaquina, casada com Jose Bernardes Ribeiro; Josefa Pimenta de Souza, casada com Jose Peixoto de Miranda, Possidônio Jose Barbalho, Julio Vaz Barbalho, Eugenia Perpetua, Candida Hypolita e Manoel Vaz Barbalho (fls. 108v Liv 4)”
d. Sinopse do Inventario de BERNARDA MARIA DE AZEVEDO
“BERNARDA MARIA DE AZEVEDO – Faleceu a 13 de abril de 1813. Era natural da Vila do Rio Grande, filha de Silvestre Silveira e Ana Gomes de Azevedo. Casou com o cirurgião-mor Policarpo Jose Barbalho, de quem teve os filhos seguintes: Constância Joaquina, Josefa Pimenta, casada com Jose Peixoto de Miranda, Possidônio Jose Barbalho, Jose Antonio Julio, Candida, Eugenia e Manoel. Era irmã de Manoel de Moura Ribeiro. (fls. 41v Liv 10)”.
Esses dois resumos podem ser vistos no endereço abaixo:
https://www.scribd.com/doc/45971157/Sinopse-dos-Inventarios-e-Testamentos-de-Porto-Alegre-RS-1776-1852
Polycarpo esta registrado na pagina 12 e dona Bernarda na 33.
Observe-se ai a coincidência do nome Silvestre aparecer tanto como padrinho do Plácido quanto como pai da dona Bernarda. Tenho uma ligeira desconfiança que seja a mesma pessoa.
Obvio, ha a duvida das diferenças de sobrenomes. Mas ele poderia chamar-se Silvestre de Almeida da Silveira. O “do Freixo”, poderia ser menção ao local onde nasceu.
Freixo é um anexo `a Cidade do Porto, e fica `as margens do Rio Douro. Muito mencionado em genealogias que citam os filhos ilustres oriundos do local. Encontram-se ali exemplos dos Cernaches, família de nobreza que ali residia.
Podemos lembrar Freixo por seu palácio:
https://en.wikipedia.org/wiki/Palace_of_Freixo
Era muito comum os portugueses chegados ao Brasil adotarem entre os sobrenomes a localidade de onde procediam, mesmo que não fossem membros de uma família com o mesmo sobrenome.
E os escrivães antigos costumavam redigir os registros depois dos fatos. E eles colocavam os nomes nas pessoas de acordo como conheciam, algumas vezes usando pseudônimos e não os verdadeiros nomes.
Se, no caso, o Silvestre chamava-se mesmo Silvestre de Almeida da Silveira, nascido em Freixo, poderia ser ao mesmo tempo padrinho do Plácido, pai da dona Bernarda Maria e, talvez, nosso ancestral, caso fosse também pai da ancestral Anna Joaquina Maria de São Jose.
Como parece que Ana Joaquina não tenha tido sobrenomes mas sim uma sequencia de nomes que compõem a Família Sagrada, e não sabemos os nomes dos pais dela, ha essa possibilidade, mesmo em sendo remota.
Naquele tempo, os profissionais de determinadas áreas viajavam mais que o povo comum. Mas não se mencionava com frequência as profissões de padrinhos. Ja foi uma dadiva mencionarem a do Policarpo Joseph Barbalho, cirurgião-mor de Porto Alegre.
Observa-se que o mais provável seria que os pais de Ana Joaquina fossem os padrinhos do primogênito Policarpo. Seria menos comum que uma mulher naquela época, talvez muito jovem, se casasse e fosse morar longe da casa dos pais.
Portanto, os candidatos mais fortes a pais dela seriam Manoel da Ponte e dona Delfina Soares. Isso pelas tradições de os primogênitos serem batizados pelos avós.
Vamos a mais documentos:
e. Sargento-Mor, DOMINGOS BARBOSA MOREIRA
Esta mencionado no documento abaixo:
http://www.ufjf.br/hqg/files/2009/10/AN-CC-0137.pdf
`A pagina 46 temos:
“101.1723/10/13 177-4; total em réis: 265.688; Sargento-mor Domingos Barbosa Moreira; quartéis da Comarca do Serro Frio.”
Na verdade, a postagem faz um translado do livro: “O LIVRO PRIMEIRO DA PROVEDORIA DA REAL FAZENDA DE MINAS GERAIS, 1722-1727”. Tradução essa feita por Angelo Alves Carrara.
f. FRANCISCO JOSE DE BARBOSA FRUAO
O Francisco aparece com os dados:
“data de entrada: 02/1747
 data de profissão: 10/1747
 1753, Juiz das marcações e medições de sesmarias.
 1764, Mestre de Noviços.”
Esses dados estão na pagina 273, da publicação:
http://www.ufjf.br/ppghistoria/files/2015/08/VERSÃO-FINAL-CRISTIANO-OLIVEIRA-DE-SOUSA.pdf
Trata-se ai da pesquisa de doutorado do professor Cristiano de Oliveira de Sousa. E o nome pomposo da monografia foi:
“Prestigio, poder e hierarquia: A “elite dirigente” da Venerável Ordem Terceira de São Francisco de Assis de Vila Rica (1751- 1804).”
1751 foi a data do estabelecimento oficial da ordem em Ouro Preto. Mas ja existia antes, pelas próprias datas de ingresso e profissão de nosso ancestral. Na verdade, ele descreve como se dava a “mafia” dos privilégios.
Para fazer parte da ordem, era preciso ter renda. E os estabelecidos nas ordem recebiam os favores das nomeações para os cargos cuja remuneração era elevada. Ou seja, dinheiro rendendo dinheiro. Uma divinização do Brasil atual.
Não se descreve detalhes da vida de nosso ancestral. Apenas passa aquelas informações e datas preciosas para os nossos estudos genealógicos. Mas o trabalho é super interessante de se ler para se ter conhecimento de como as coisas funcionavam no passado. O conhecimento não ocupa lugar.
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03. OLHA OS ENGANOS!
Resolvi falar primeiro dos enganos que encontrei na genealogia de nossa família que ja esta formada no familysearch.
Atribuo certos enganos ao que mencionei antes, ansiedades. E ja mencionei aquele meu engano de ter identificado como pais do alferes-de-milicias Jose Coelho de Magalhães aos Bernardo Antonio Pinto de Mesquita e sua esposa Ana Josepha de Magalhães Pinto.
Havia sim a possibilidade de terem sido em razão das possíveis idades. Mas não tenho nenhum documento a comprovar. E como o professor Nelson Coelho de Senna disse que o Jose era filho do Manuel Rodrigues Coelho, o chute fica parecendo mentira.
A ansiedade nesses casos pode ser traduzida por ansiedade mesmo, por um lado, mas também ha a vontade que fosse, quando as pessoas estão menos experientes.
Acontece que não tem sido fácil encontrar os dados corretos. Assim a gente pode passar a desejar que fosse aquele que primeiro aparecer. Mesmo que a coincidência seja apenas um nome.
Bom, para falar do que encontrei de fato.
Em nossa linhagem descrita pelo professor Dermeval Jose Pimenta, ele acrescentou ao que ja conhecíamos que Eugenia Rodrigues da Rocha, pentavó da minha geração, era filha de Giuseppe Nicatigi da Rocha e Maria Rodrigues de Magalhães Barbalho.
E no site esta que Maria Rodrigues foi filha do Policarpo Joseph Barbalho e Bernarda Maria de Azevedo. E la ela esta identificada como Maria Rodrigues Barbalho. Ou seja, o Magalhães talvez não existisse mesmo.
O problema esta em que a data do nascimento recai em 1767. O que seria 15 anos antes do seu neto: Jose Coelho da Rocha, ou Jose Coelho de Magalhães Filho que, segundo os genealogistas da família nasceu em 1782.
Nesse caso, ja sabemos que essa data esta incorreta e que Bernarda Maria não poderia ter sido mãe dela. Ou, haveria uma possibilidade sim.
O professor Nelson Coelho de Senna disse que o casamento da Eugenia Rodrigues com o alferes-de-milicias Jose Coelho de Magalhães deu-se em 1799. E também que ele era viuvo de dona Escolástica de Magalhães.
Nesse caso, a mãe da Eugenia poderia ter nascido em 1767. O que não poderia era ser a avo do Jose Coelho da Rocha que nasceu em 1782. Se em 1782, aos 15 anos de idade, dona Maria Rodrigues houvesse casado e tido a filha em 1783, Eugenia poderia ter se casado em 1799, também aos 16 anos de idade.
Então, o professor teria que ter-se enganado em relação `a data de nascimento do bisavô dele, tido por nascido em 1785, cuja data verdadeira poderia ter sido 1805. E isso tem fundamento de se pensar.
Isso porque ao narrar os eventos da família pelo lado materno dele, o professor Nelson da as datas de nascimento de 3 filhas. A avo dele Emilia Brasilina (1828); tia Eufrasia (1829) e tia Maria Eugenia (1835).
Ele narrou também que o casamento havia se dado em 1804. E que os bisavós dele, João e Bibiana Lourença de Araújo foram pais também de 3 filhos: João, Joaquim e Cassiano. Mas não revela as datas dos nascimentos desses tios dele.
Mas se aconteceu de o professor ter-se enganado, e o nascimento do tio João Coelho de Magalhães se deu em 1805, com o casamento se dando em 1824, teria havido espaço para o nascimento dos filhos, antes ou pelo menos um entre as mulheres.
Ao contrário, se o casamento houvesse sido mesmo em 1804, ficaria um espaço enorme demais para o nascimento dos 3 filhos, entre 1805-28 e muito curto para as 3 filhas. E a tia Bibiana teria tido uma vida fértil muito longa de 31 anos, mas somente 6 filhos.
Aviso: não seria impossível, contudo, muito pouco provável.
De toda forma, em tal suposição, nos, descendentes do Jose Coelho da Rocha, não seriamos descendentes da Eugenia e, muito provavelmente, seriamos descendentes da dona Escolástica de Magalhães.
Eu ja havia levantado a hipótese de o Jose Vaz Barbalho, por enquanto o tenho por filho do Manoel Vaz Barbalho e Josefa Pimenta de Souza, que foi pai, poderia ter sido fruto de um casamento anterior do Policarpo Joseph Barbalho, ou seja, não seria filho de dona Bernarda Maria.
Interessante aqui é que podemos observar, pelos Inventários, letras c e d, no capitulo de documentos acima, que Policarpo e Bernarda não tiveram filha com o nome Maria. Se tiveram, o nome dela não aparece nos inventários de nenhum dos dois. Algo diferente dos costumes.
Engraçado parece que pode ter havido mesmo um Jose. Observe-se que no Inventário do Policarpo, o que se confirma nos registros de batismos, que tiveram o Julio Vaz Barbalho.
Mas no Inventário de dona Bernarda ha um Jose Antonio Julio. Eu copiei como estava no documento na internet. Mas penso que foi engano de quem estava traduzindo o original para a sinopse. E o engano foi não ter colocado a ou as virgulas.
Nesse caso, eles podem ter tido Jose, Antonio e Julio. Ou Jose Antonio e Julio Vaz Barbalho.Observem que as filhas usavam dois nomes. Caso da Constância Joaquina. Os homens eram Vaz Barbalho ou Jose Barbalho.
Acredito, então, na possibilidade de que Constância Joaquina, Josefa, Jose e Antonio poderiam ter sido filhos de sangue apenas do Policarpo Joseph Barbalho. Isso porque não vi registros deles nos livros de Gravataí, como tem dos outros.
Mas de toda forma, fica aqui a dica de que não creio que nossa ancestral Maria Rodrigues tenha parentesco tão direto com Policarpo Joseph Barbalho. Acredito que ela fosse prima dele.
E a raiz onde se encontram seria na Eugenia, irmã do Manoel Vaz Barbalho, o velho. Ele nasceu em 1690 e ela em 1695, segundo o que esta no livro: “Primeiras Famílias do Rio de Janeiro”, de autoria de Carlos G. Rheingantz.
Maria poderia ter sido filha ou neta da Eugenia. E por isso teria tido a filha Eugenia Rodrigues da Rocha.
Outro erro que encontrei na Arvore foi que o nosso ancestral Antonio Jose Barbosa Fruão, foi pai do Sargento-Mor Domingos Barbosa Moreira. Nada contra. Apenas as datas não permitem. Os documentos “e” e “f” mostram isso.
Em 1723, Domingos era ja sargento-mor da Vila do Principe do Serro do Frio. O cargo era eletivo. Para ocupa-lo a pessoa precisava ter experiencia e prestigio. Não seria um recruta a ocupar o lugar. Portanto, estaria pelo menos na faixa dos 30 anos de idade.
E, para ser pai dele, o Antonio Jose teria que ter nascido uns bons 20 anos ou mais antes disso. Ou seja, teria que ter nascido por volta de 1673. O mais provável seria antes disso ainda.
Mas em 1764, o Antonio ainda estava na ativa, época em que provavelmente tornou-se também o pai da nossa ancestral Francisca Angelica da Encarnação. Isso porque, em 1781 a Francisca estava se tornando mãe do Francisco Pereira do Amaral e continuou tendo filhos pelo menos ate 1791, quando foi mãe do nosso ancestral: Malaquias Pereira do Amaral.
Tudo segundo as notas do professor Dermeval Jose Pimenta, no livro dele: “A Mata do Peçanha, sua Historia e sua Gente”.
`Aquela época seria um fato inusitado para o Antonio Jose Barbosa Fruão ter vivido ate mais de 90 anos. E ainda estar tendo filhos ja seria uma hipótese um tanto quanto fabulosa!
Não verifiquei quem postou o Antonio como pai de dois de nossos ancestrais. Seja la quem for, acredito que tenha cometido apenas uma distração. Comum a todos nos que mexemos com esse quebra-cabeças.
Erro mesmo a gente verifica numa de nossas raizes mais profundas. La esta o nosso ancestral Lovesendo Ramires casado com Zaida ibn Zaydan. O que foi verdade.
O erro esta em que postaram a mesma pessoa da esposa casada com o pai dele, Ramiro II, rei de Leon. Pior, o Lovesendo teria sido o filho que teve relações com a própria mãe.
Esse foi um erro crasso. Isso porque a informação em outros sites, como o Geneall.net, podemos verificar que a mãe do Lovesendo chamava-se, provavelmente, Onega (?). Exato, a informação esta sob suspeita com um sinal de (?). Mas não se justificaria isso se a informação que esta no familysearch fosse conhecimento.
Fiz essa Prévia a respeito desses enganos e erro apenas para salientar que não devemos confiar em tudo por enquanto. Mas ha um computo geral positivo. Vamos seguir para frente porque as boas novidades estão por vir.
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04. O HUMILDE ANCESTRAL JOAQUIM COELHO DE ANDRADE
Apesar dos riscos dos enganos, penso que esta no site do Familysearch uma das linhagens que nos ligam ao remoto passado e que podemos segui-la geração a geração.
Antes disso, vou postar aqui um documento que, senão curioso, pode ser a origem do nosso humilde ancestral Joaquim Coelho de Andrade.
O amigo Mauro Moura de Andrade ja havia me passado um resumo, contendo dados menos detalhados. Mas buscando na internet, pude encontrar tudo com mais detalhes. A postagem esta no site:
01. https://genealogiafb.blogspot.com/2014/08/relacao-dos-emigrantes-acorianos-para.html, e os detalhes na pagina:
02. https://www.dropbox.com/s/8rbhu23v6s7w51s/arbelo-rel%2Bemigrantes%2Bbrasil%2Bpass1771-74-bihit%2Bvol.V%281947%29.pdf?dl=0
Trata-se da “Relação dos emigrantes açorianos para os Estados do Brasil, extraída do “Livro de Registros dos Passaportes da Capitania Geral dos Açores”. (Continuação da pagina 165 do volume 5o.)”. Por: Antonio Raimundo Belo.
Dessa pagina do trabalho, republicado no “Boletim do Instituto Histórico”, temos `a pagina 35, lista de emigrados da “Ilha Terceira”, “Ano de 1770”:
“ANTONIO COELHO LINHARES, da Vila Nova, `a Comarca de Vila do Sabará de Minas Gerais, com sua mulher Inez Francisca, e seus filhos: Mariana, Rosa, Maria, Clara, Ana, Rita e João, menores, para a fazenda que para ele comprou o seu filho Mateus Coelho, assistente nas ditas minas.”
A “escadinha” de filhos leva a supor que esse seria um segundo casamento do ANTÔNIO e, provavelmente, o MATEUS, pessoa ja adulta, devera ter sido filho de algum primeiro matrimonio.
OBS.: `A pagina 36 temos o registro de um senhor, JOSE NUNES COELHO, que dirigia-se para o Rio de Janeiro. Anotado ai apenas pela curiosidade de ter o mesmo sobrenome de nossos ancestrais.
E em 1770, procedentes também de Vila Nova, e ele levava consigo a esposa “Mariana Antonia, filho Jose Coelho e filha Esperança de Jesus.” Em 1770, acredito, nosso ancestral MANOEL NUNES COELHO deveria estar numa faixa de 10 anos de idade.
Mais certo será que o Coelho do ANTÔNIO e do JOSE era o mesmo. Portanto, se algum dia comprovarmos parentesco com um, muito certo será que teremos parentesco com o outro.
Quanto ao MANOEL, poderá, talvez, ser aquele que em 27.08.1804 teria tido um segundo, possível, casamento com VALERIANA ROSA GONÇALVES. Esse era filho de THOMAS NUNES FILGUEIRAS e ANNA COELHO. Ha que se saber inclusive se ela seria filha do nosso suposto ancestral MANUEL RODRIGUES COELHO.
Deixando de lado as conjecturas, vamos ao que interessa. As tradições da família nos afirmam que JOAQUIM COELHO DE ANDRADE, teve um período de dificuldades econômicas.
E também que teria sido levado para a então, Paroquia de Nossa Senhora do Patrocínio de Guanhães, atual Virginópolis, pelo bisavô da minha geração, MARCAL DE MAGALHÃES BARBALHO, por ser o prometido sogro dele.
A minha impressão é a de que devemos negar esse “levar”, pois, inclui-se na tradição que o bisavô prometia arcar com as despesas dos estudos da bisavó ERSILA COELHO DE ANDRADE, na Cidade de Diamantina, para se casarem depois que ela formasse.
Acontece que entre um e outro a diferença de idade era de apenas 6 anos. E eles se casaram em 5.7.1879. Ela aos 19 anos e ele aos 25 anos de idade. Ou seja, uns 5 anos antes do casamento ela devera ter se dirigido a Diamantina aos 14, enquanto ele teria em torno de 20 anos de idade.
Poderiam ate casar-se ja. Mas seria muito difícil ele possuir recursos próprios para bancar os estudos da noiva. O trato poderia ter sido feito entre os pais dos noivos, mas acho que não seria bem o caso.
A partir disso, imagino a possibilidade de alguns familiares do trisavô JOAQUIM ter-se dirigido para o PATROCÍNIO DE GUANHÃES, inclusive o próprio pai dele e, talvez, a mãe. Isso porque a PAROQUIA foi fundada em 1858.
Portanto, imediatamente nos anos seguintes deve ter atraído algumas dezenas de casais dispostos a explorar aquela nova fronteira de colonização. Essa era a grande oportunidade para as pessoas da época.
Essa minha conjectura se da porque sabemos que a família estabeleceu-se `as margens de um córrego. O córrego, antes sem nome, passou a ser chamado CÓRREGO DOS HONÓRIOS. E fica nas divisas das cidades de DIVINOLANDIA e GONZAGA – MG.
E nossa tradição atribuiu o nome do córrego ao trisavô JOAQUIM. Isso porque ele era conhecido pelo apelido de JOAQUIM HONÓRIO. Fica obvio para mim que o apelido revelava o nome do pai dele. E seria possível que outros irmãos e primos estavam juntos.
Ha pouco tempo o amigo Mauro Moura de Andrade enviou-me resumos dos assentamentos de batismos ocorridos em FERROS, atual cidade e, então, Distrito de ITABIRA.
Entre eles estavam os registros de JOAQUIM e ANTÔNIO, filhos de HONÓRIO COELHO DA SILVA, como consta no primeiro registro, e HONÓRIO COELHO LINHARES, no segundo. A mãe de ambos foi SIMPLICIANA ROSA DE ANDRADE.
E nos arquivos do site Familysearch encontram-se o registro de casamento do HONORIO e SIMPLICIANA. Ele foi filho de ANTONIO COELHO DA SILVEIRA e MARIA VIEIRA DA SILVA.
Ela era viuva de JOAO DE SOUZA E SILVA. No mesmo site encontra-se o registro desse primeiro matrimonio. Sendo ele filho de ALEXANDRE DA FONSECA E SOUSA e ANNA JOAQUINA DA SILVA. SIMPLICIANA era filha de JOSE JOAQUIM DE ANDRADE e MARIA LUCIA DA SILVEIRA.
Porque o casamento da SIMPLICIANA com o JOÃO se deu em 1812 e com o HONÓRIO em 1822, imagino a possibilidade de esse ter sido um pouco mais novo que ela e aquele, mais velho.
Aqui temos, talvez, apenas uma coincidência. Mas o HONÓRIO, não sei se por algum engano, recebeu o sobrenome COELHO LINHARES. Mesmo sendo filho de um COELHO DA SILVEIRA.
Então, aventa-se a possibilidade de ele ter sido neto materno daquele ANTÔNIO COELHO LINHARES, procedente de Vila Nova da Ilha Terceira. A Comarca de SABARA era imensa, o que incluía Itabira e Ferros.
Não seria difícil que alguma das filhas do ANTÔNIO tenha sido esposa de marido da família SILVEIRA. E eles terem sido pais do ANTÔNIO COELHO DA SILVEIRA. Mas naquela época não se agarravam aos sobrenomes paternos.
Dava-se importância aos sobrenomes ancestrais. Muitas vezes os filhos adotavam os nomes de algum dos avós. Foi o caso, por exemplo, da JOSEFA PIMENTA DE SOUZA, que era filha do POLICARPO JOSEPH BARBALHO. O nome da filha foi o mesmo do da mãe do pai dela, ou seja, da avó.
E isso era muito comum. As pessoas tanto somavam diversos sobrenomes ancestrais ou restringiam-se ao sobrenome que mais lhes aprouvesse. Não se sabe se o MATEUS, filho do ANTÔNIO dos Açores, tinha outros sobrenomes. Mas no documento aparece apenas o COELHO.
Bom, essas minhas conjecturas em relação aos sobrenomes pouco tem a ver com o caso que queria apresentar. Trata-se apenas de uma mensagem para o futuro. Quem sabe, saber disso um dia facilite outras pesquisas.
O que quero focar aqui era no fato de encontrarmos o nosso possível ancestral JOSE JOAQUIM DE ANDRADE. Estou colocando-o como possível porque precisamos comprovar via documentos que o JOAQUIM COELHO DE ANDRADE, vulgo JOAQUIM HONÓRIO, foi mesmo o filho do HONÓRIO e SIMPLICIANA.
Se foi o caso, então, as janelas estão devidamente abertas para o nosso passado. Sabemos que a bisavó de nossa geração ERSILA COELHO DE ANDRADE contava aos netos que era parente do CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE.
Parece que tinham a informação como certa, de maneira que ninguém realmente esforçou-se para descobrir o como isso poderia dar-se. E o poeta teve realmente um tio-bisavô com o nome JOSE JOAQUIM DE ANDRADE, irmão do bisavô dele, Alferes, FRANCISCO JOAQUIM DE ANDRADE.
Alem disso, informou-nos o amigo Mauro Moura de Andrade, que eles eram primos da esposa do Alferes FRANCISCO JOAQUIM, dona MARIA CANDIDA DA CUNHA ATAIDE. Mas a informação não aparece ainda no site do Familysearch.
Para simplificar, vou postar aqui umas sequencias genealógicas que acompanhei no site e que creio ser verdadeiras. Assim, a partir do JOSE JOAQUIM DE ANDRADE, vamos seguir a sequencia de pais, avos, bisavós ….
01. Jose Joaquim de Andrade c. c Maria Lucia da Silveira
02. Helena da Conceição Correia c. c. Jose Gaspar Godoi
03. Margarida Correa Alvarenga c. c. João Francisco de Basto
04. Mécia Leme de Andrade c. c. Elias Correa de Alvarenga
05. Manoel Monteiro de Alvarenga c. c. Guiomar de Castilho
06. Balthazar Alvares de Alvarenga c. c. Mécia Monteiro
07. Bernardo Anes Soeiro de Alvarenga c. c. Joana Vaz
08. Isabel ou Mécia Cardoso c. c. Alvaro Anes Soeiro de Albergaria
09. Vasco Pais Cardoso c. c. Brites Anes de Lourenço
10. Alvaro Vaz Cardoso c. c. Maria Rodrigues de Vasconcelos
11. Vasco Lourenço Cardoso c. c. Francisca Martins
12. Lourenco Vasco Cardoso c. c. ?
13. Vasco Ermiges Cardoso c. c. Cardosos (Quinta da Torre).
14. Ermigo Pais de Matos c. c. Mecia Soeiro Cardoso
15. Paio Viegas c. c. Aldara
16. Egas Ermiges c. c. Gontinha Eris Godosende
17. Ermigo Alboazar c. c. D. Dordia Osores
18. Alboazar Lovesendes c. c. Unisco Gondines
19. Lovesendo Ramires c. c. Artiga ou Zayra ibn Zaydan
20. D. Ramiro II, rei de Leon c. c. Onega (?)
Nesse ponto encontra-se o engano que mencionei antes. Zayra foi esposa do Lovesendo e não do pai dele. Acrescente-se ai que ela era descendente do profeta Mohammad.
Agora, retornando `a geração 06 e invertendo-a temos:
06. Mecia Monteiro c. c. Balthazar Alvares de Alvarenga
07. Gaspar Monteiro c. c. Catarina Dias Correa
08. Lopo Monteiro c. c. Guiomar de Oliveira
09. Gonçalo Monteiro c. c. Isabel Rodrigues de Vasconcelos
10. Lopo Martins Monteiro c. c. Florencia Vieira
11. Martim Afonso Monteiro c. c. ?
12. Afonso Nunes Monteiro c. c. ?
13. Nuno Mendes Monteiro c. c. ?
14. Martins Pais Monteiro c. c. Mariana
15. Teresa Anes de Leomil c. c. Payo Monteiro
16. Tereza Goncalves Bezerra c. c. João Soares de Leomil
17. Gonçalo Gonçalves Bezerra c. c. Bezerra
18. Gonçalo Viegas de Riba Douro c. c. Teresa
19. Egas Mendes de Riba Douro c. c Ausenda Garcia de Sande
20. Mem Viegas c. c. (?) no site esta errado
21. Egas Moniz, o Aio c. c. Dordia Viegas de Riba Douro
22. Monio Ermiges de Riba Douro c. c. Ouroana
23. Ermigio Viegas de Riba Douro c. c. Unisco Pais
24. Toda Ermiges c. c. Egas Moniz de Riba Douro
25. Ermigio Aboazar c. c. Vivili Turtesendes
26. Aboazar Lovesendo c. c. Unisco Godinhes
27. Lovesendo Ramires c. c. Zayra ibn Zaydan
28. Ramiro II, rei de Leon c. c. Onega (?)
29. Ordonho II, rei de Leon c. c. Elvira Mendes de Portugal
30. Alfonso III, das Asturias c. c. Jimena Garces de Pamplona.
Coloquei essa sequencia apenas para ilustrar mas ela esta errada. Verifiquei em outros sites e ha essa passagem a partir do Mem Viegas para a descendência. Quem postou enganou-se.
Acontece que, mesmo assim, em algum momento, acertando-se o que estiver errado, com certeza iremos chegar aos mesmos ancestrais. No fundo no fundo vale aquele entendimento indígena.
Se a pessoa estiver num passado remoto e deixou descendência, então, será meu ancestral. Pode-se não saber como, mas que é, é!!! E, por incrível que pareça, é mesmo. E estou certo disso também.
Alias, para comprovar isso, busquei em outro site. Ali encontra-se a seguinte sequencia:
08. Alvaro Anes Soeiro de Albergaria c. c. Mécia Cardoso
09. Soeiro Fernandes de Albergaria c. c. Sancha Alvares Martins Bulhão
10. Fernão Soares c. c. (?)
11. Soeiro Fernandes c. c. Sancha Martins
12. D. Fernando Ermiges c. c. Maria Pais
13. Hermigio Mendes c. c. Sancha Pires de Bragança
14. Mem Moniz de Riba Douro c. c. Cristina Gonçalves das Asturias
15. Moninho Ermiges, o Gasco c. c. Ouroana
16. Ermigio Viegas c. c. Unisco Pais
17. Egas Moniz de Ribadouro c. c. Toda Ermiges
Obs.: Mem Moniz de Riba Douro era irmão do Egas Moniz, o Aio, que foi marido de Dordia Pais de Azevedo e de Teresa Afonso. E deles descendemos multiplas vezes.
14. D. Sancha Pires de Bragança, foi filha de Pero Fernandes, o Braganção, senhor de Bragança; e de D. Fruilhe Sanches de Celanova. Estavam entre as maiores nobrezas de Portugal `a época.
Melhor mesmo não postar algo mais que vi no familysearch devido `a duvida quanto `a certeza do que encontra-se la. Mas, de um modo geral pode-se garantir que com poucos consertos tornar-se-ia de grande credibilidade.
Apenas para esclarecer melhor o engano. No Familysearch esta que dona Tereza Fernandes de Marnel fora esposa do Mem Viegas de Riba Douro. Na verdade, ela foi esposa do Mem Viegas de Sousa. Ai temos:
20. Mem Viegas c. c. (?) no site esta errado
21. D. Egas Gomes de Sousa c. c. Gontinha Gonçalves da Maia
22. D. Gomes Echigues c. c. Gontronde Moniz de Touro
23. Echega Gucoi c. c. Aragunta Soares
24. D. Vizoi Viizois c. c. Munia
25. D. Ufo Ufes c. c. Teresa Soares
26. D. Hugo Soares Belfaguer c. c. Mendola
27. D. Sueiro Belfaguer c. c. Munia Ribeiro
28. Flavio Teodosio de Coimbra c. c. Munia Sueira de Coimbra
29. Flavio Alarico de Coimbra c. c. Flavia Teodia Atenerico
30. Flavio Ataulfo de Coimbra c. c. Lidoaria Atauldo
31. Egica
Essa linhagem vem dos reis visigóticos. Ai temos a linhagem Egica, Flavio e Rodrigo, que foi o ultimo rei eleito por parte da nobreza visigoda. A imposição do rei Rodrigo colocou os visigodos em clima de revolução civil.
Foi nesse instante que os muçulmanos se aproveitaram das fragilidades do adversário e invadiram e conquistaram a Península Ibérica, em 711 d. C.
Mas o importante a saber aqui é as nobrezas que reconquistaram Porto Cale e depois formaram o Reino de Portugal, descendem dessas e outras raizes.
Ja o Mem Viegas, filho do Egas Moniz, o Aio, não se sabe com quem se casou. Entao, no site familysearch deveria estar assim:
20. Mem Viegas c. c. (?)
19. Egas Mendes de Riba Douro c. c. (?)
18. Gonçalo Viegas de Riba Douro c. c. Tereza (?)
17. Mem Goncalves da Fonseca c. c. Maria Pires de Cambra + idem de Tavares.
Essa familia viveu no lugar de Fonte Seca. Conta-se que havia no local uma fonte que nos verões de secas prolongadas deixava de verter suas aguas. Dai o nome do local e que a corruptela do nome virou nome de família.
Alem dos “da Fonseca”, origina-se também de Egas Moniz, o Aio, os “de Vasconcelos” que descendem de dona Maria Soares Coelho, que casou-se com D. João Pires de Vasconcelos, senhor da Torre de Vasconcelos; e os “Coelho” que descendem do Soeiro Viegas Coelho, pai de dona Maria Soares, que era bisneto do Aio.
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05. OS NOSSOS PEREIRA DO AMARAL
Segundo as pesquisas processadas pelo professor DERMEVAL JOSE PIMENTA, publicadas ainda nos anos de 1960, a família PEREIRA DO AMARAL procedeu da Ilha de São Miguel, do Arquipélago dos Açores.
Desse ramo descendem os RODRIGUES COELHO, descendentes de ANTONIO RODRIGUES COELHO e MARIA MARCOLINA BORGES DO AMARAL. E a sequencia que o professor deixou foi essa:
01. Maria Marcolina Borges do Amaral c. c. Antonio Rodrigues Coelho
02. Daniel Pereira do Amaral c. c. Maria Francelina Borges Monteiro
03. Malaquias Pereira do Amaral  c. c. Ana Maria de Jesus
04. Miguel Pereira do Amaral c. c. Francisca Angelica da Encarnação (Barbosa)
05. Manuel Pereira c. c. Maria de Benevides
O ultimo casal foi o que deu origem ao ramo sendo que não temos noticias de que tenha deixado sua terra natal para ir para o Brasil. Foi o filho Miguel quem levou a alcunha para la.
No site Familysearch não ha uma sequencia para a família Pereira. Mas ha para a ascendência da Maria de Benevides do Amaral. O que parece foi que todos os ramos do qual ela descende ficaram estacados em becos sem saída.
Melhor dizendo, foram encontrados ancestrais longínquos, porem, não foram ligados ainda a ancestrais mais antigos e que retornem `aqueles ancestrais das sequencias genealógicas anteriores.
E eu a procurei primeiro por ter visto algo em nossa ancestralidade, postado no site, ligado aos Benevides. Ou Benavides, como se fala em espanhol. Inclusive levou-me a pensar que fosse apelido italiano. Mas o resumo da origem da família pode ser lido no endereço:
https://www.heraldrysinstitute.com/lang/pt/cognomi/Benevides/Portugal/idc/601523/
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06. OS PEREIRA DO AMARAL – BENEVIDES
Foi um pouco trabalhoso reencontrar o que eu havia visto antes. Mas com o engano na postagem do site Familysearch, colocando nossos ancestrais FRANCISCA ANGELICA DA ENCARNAÇÃO e  DOMINGOS BARBOSA MOREIRA como irmãos, apagara-se da memória o que vira antes.
Assim sendo, como o ANTÔNIO JOSE BARBOSA FRUÃO surge em ambas partes, vou admitir que em relação `a FRANCISCA a genealogia poderá vir a estar correta. E, se eu ainda tivesse a ansiedade de encontrar-me com os ancestrais mais antigos, pensaria que tenho a dupla ascendência.
Mas pelas razões ja resumidas anteriormente, melhor nos contentarmos com uma única vez. Vamos então abandonar a resenha e irmos direto ao assunto. Invertendo-se as posições da geração 04 acima:
04. Francisca Angelica da Encarnação c, c. Miguel Pereira do Amaral
05. Ana Maria de Jesus Benevides c. c. Francisco Jose Barbosa Fruão
06. Manuel de Souza Benevides c. c. Antonia Muniz Carneiro
07. Teresa de Benevides c. c. Jose Simões Cardoso
08. Isabel de Benevides Soares e Souza c. c. Manuel Velho Sueiro Baião
09. Tome Rodrigues de Souza Benevides c. c. Catarina Soares
10. Manuel Simões de Souza Benevides c. c. Isabel Ferreira
11. Manuel Simões de Benevides c. c. Catarina Dias Paes
12. Gaspar Rodrigues de Souza c. c. Jeronima Dias
13. Guiomar Rodrigues de Souza c c. João Goncalves da Rocha
14. Pedro Rodrigues de Sousa c. c. Violante de Benevides
15. Beatriz Afonso c. c. Bartolomeu Rodrigues
16. João Afonso Pimentel das Grotas Fundas c. c. Isabel Gonçalves de Bairros
17. Afonso Pimentel y Enriquez c. c. Maria Vigil de Quinhones y Toledo
18. Rodrigo Afonso Pimentel c. c. Leonor Enriquez de Mendonza
19. Joana Teles de Menezes c. c. conde, João Afonso Pimentel
20. D. Martim Afonso Telo de Menezes c. c, Aldonça Anes de Vasconcelos
21. Afonso Martins Teles Raposo c. c. Berengaria Lourença de Valadares
22. Gonçalo Anes, o Raposo c. c. Urraca Fernandes de Lima
23. Juan Afonso Tellez de Menezes c. c. Elvira Gonzalez de Giron
24. Teresa Sanches de Portugal c. c. Afonso Tellez de Menezes
25. Sancho I, rei de Portugal c. c. Maria Paes Ribeiro
26. Afonso I, rei de Portugal c. c. Matilda de Sabóia.
RETORNANDO `A GERACAO 20 TEMOS:
20. Aldonça Anes de Vasconcelos c. c. D. Martim Afonso Teles de Menezes
21. João Mendes Vasconcelos c. c. Aldara Afonso Alcoforado
22. Mem Rodrigues de Vasconcelos c. c. Maria Martins Zote
23. Rodrigo Anes de Vasconcelos c. c. Mércia Rodrigues de Penela
24. Maria Soares Coelho c. c. D. João Peres de Vasconcelos
25. Soeiro Viegas Coelho c. c. Maria Mendes de Gandarei
26. Egas Lourenço Coelho c. c. Senhorinha de Penagate
27. Lourenço Viegas, o Espadeiro c. c. Ortigueira
28. Egas Moniz, o Aio c. c. Dordia Pais de Azevedo
RETORNANDO `A GERACAO 18 TEMOS AINDA:
18. Leonor Enriquez de Mendonza c. c. Rodrigo Afonso Pimentel
19. Alfonso Enriquez de Castilha c. c. Joana de Mendonza y Ayala
20. Fradique Alfonso de Castilha c. c. Leonora Paloma Gedalah
21. Alfonso XI, rei de Leon, Castela e Galicia c. c. Leonor Nunez de Guzman e P. L.
22. Constanca de Portugal c. c. Ferdinand de Burgundy
23. D. Dinis, rei de Portugal c. c. Isabel Elizabeth de Aragon
24. D. Afonso III, rei de Portugal c. c. Beatriz de Castela
25. D. Afonso II, rei de Portugal c. c. Urraca de Castela
26. D. Sancho I, rei de Portugal c. c. Aldonza
27. D. Afonso Henriques, rei de Portugal c. c. Matilda de Sabóia
Ai fica constatado que todos os caminhos acabam levando ao mesmo grupo de ancestrais do tempo da Reconquista de Portugal e Espanha aos mouros.
Isso não significa que todos nos não tenhamos outros ancestrais diversos. Essa foi a nata da elite daqueles tempos. E não haviam registros, ou se perderam no tempo, de todas as pessoas que nasceram, viveram e foram contemporâneas.
Os parcos documentos que sobreviveram recordam apenas os que tinham algum poder.
Acredito que essas sequencias estejam dentro de um nível aceitável de credito. Eu próprio esperava que os Barbosa em nossa família processem dessa elite.
Particularmente a partir de quando encontrei o nome do FRANCISCO JOSE BARBOSA FRUÃO como membro da Ordem Terceira de São Francisco de Assis de Vila Rica. Era uma ordem bastante elitizada, cuja participação restringia-se aos privilegiados e não necessariamente os com méritos.
O que tenho estranhado mesmo é estarmos tendo maiores dificuldades em encontrar os fios da meada que ligam os nossos diversos Coelho, Pereira, Magalhães, Moniz, Soares e tantos outros que eram sobrenomes frequentes junto a essa elite.
Talvez, com o passar do tempo, possam eles aparecer melhor “na fita”!
Não quis detalhar mais para não ficar por demais cansativo, e repetitivo, mas essas personalidades da Historia Ibérica descendiam de todas as figuras importantes de tempos anteriores.
A princesa Urraca de Castela, esposa do Afonso II, de Portugal, era filha de Eleanor Plantageneta, rainha de Castela. Eleanor foi irma dos reis Ricardo, Coração de Leão, e John, Irmão deles. O João sem terra. Aquele que foi obrigado a assinar a Magna Carta.
E por ai vamos da elite inglesa para francesa, para alemã, italiana, retornando e indo de novo. Alem disso, ha ramos que nos ligam aos Impérios Romano, Bizantino, Grego, Persa, Egípcio etc. Incluindo nisso a rainha Esther, aquela da Bíblia.
E isso se mostra em meus estudos mais antigos. Não precisamos repetir.
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07. RESENHA FINAL
A alegria aqui ficou um tanto quanto contida por causa dos enganos que detectamos e também por causa das limitações que contemplam as informações apenas alguns ramos da família.
Seria maior o prazer se ficasse definido ligações corretas entre os ancestrais dos casais tronco, a saber:
01. Giuseppe Nicatisi da Rocha c. c. Maria Rodrigues de Magalhães Barbalho
02. Eugenia Rodrigues da Rocha c. c. alferes-de-milicias Jose Coelho de Magalhães, e
03. Antonio Jose Moniz c. c. Manoela do Espirito Santo.
Por enquanto, a ancestralidade desses 3 casais contemplaria a maior parte dos familiares com os quais tive contato durante a vida e cresci com eles.
Quanto `a informação encontrada no Familysearch de que Maria Rodrigues ter sido filha do Policarpo Joseph Barbalho e Bernarda Maria de Azevedo, contradiz todas as nossas tradições, de descendermos da Eugenia Rodrigues da Rocha, filha dela.
Isso porque sabemos que o capitão Jose Coelho de Magalhães Filho (ou da Rocha) nasceu em 1782, na antiga Fazenda do Axupé, tida como ter existido em Morro do Pilar, segundo o professor Nelson Coelho de Senna, mas que poderia ser outra que existe atualmente em Conceição do Mato Dentro.
Ou seja, para ele ter sido filho da Eugenia Rodrigues da Rocha, a mãe dela teria que ter nascido em torno de 1750, pouco mais ou pouco menos. Mas ha indícios de que os dados no Familysearch estejam errados.
Um deles foi o professor Dermeval Jose Pimenta ter deixado que o nome completo da ancestral Maria inclui os sobrenomes Rodrigues de Magalhães Barbalho. No site o “de Magalhães” não aparece.
Por enquanto, uma possibilidade que encontrei, nos registros no próprio site, foi um batizado em nome de Maria Rodrigues. Esse seria o nome da batizanda, aleatoriamente escolhido por quem registrou.
Ali temos que Maria Rodrigues nasceu em 26 Jul 1750, filha de: Estevão Rodrigues de Magalhães e dona Anna Maria da Conceição. O registro vem do livro: Santo Antonio, Ouro Branco, Minas Gerais Brazil.
Consta os números: C68o51-1 (Indexing Project  (Batch) Number; e 1284536 (GS Film Number). FHL, microfilm number 1,284,536.
Reforça a ideia de que a Maria não poderia ter sido filha do Policarpo e dona Bernarda os dados encontrados nos Inventários de ambos, nos quais não ha nenhuma menção a terem sido pais de alguma filha com o nome.
Naturalmente, nada nos garante que a Maria batizada em 1750 seja a nossa ancestral. Acredito apenas que seja uma forte candidata para o quadro.
Ela poderia ter se tornado avó em torno dos 32 anos, o que teria sido normal `aquela época. E o sobrenome do pai, Rodrigues de Magalhães, encaixa-se naquilo que o professor Dermeval publicou.
Faltar-nos-ia o complemento Barbalho. O que, infelizmente, pode estar oculto no nome Anna Maria da Conceição. `Aquela época  muitos dos nomes femininos evocavam uma devoção religiosa, suprimindo os nomes de famílias `as quais participavam.
Acredito na possibilidade de dona Anna Maria da Conceição poder ter sido descendente da Eugenia, senão de algum dos irmãos que quis lembra-la, a qual o iminente genealogista Carlos G. Rheingantz menciona como filha de Manoel de Aguiar.
Ele não identifica a esposa Maria da Costa Barbalho. No Capitulo AGUIAR, pagina 27, do livro: “Primeira Famílias do Rio de Janeiro (Sec. XVI e XVII)”, ele menciona que Manoel de Aguiar nasceu por volta de 1634 e fora casado por volta de 1664 com Domingas Martins.
Menciona ainda os nascimentos dos filhos: João de Aguiar Barbalho, Manuel Vaz Barbalho e Eugenia. E no site Familysearch ha o registro de casamento de Theodozia de Aguiar Barbalho, ocorrido a 17.12.1717; na Igreja de Nossa Senhora da Assunção, de Mariana – MG, com Matheus Lage.
Portanto, cada um desses poderá ter sido nossos ancestrais, na passagem entre dona Anna Mari ate a Eugenia Rodrigues da Rocha. A suposição procede da presença do nome Eugenia ter permanecido na família. Inclusive existindo outra do nome entre as filhas do Policarpo Joseph Barbalho, registrada em 1791.
Quanto `a descendencia atual ANDRADE, especialmente dos trisavós: JOAQUIM HONÓRIO e JOAQUINA UMBELINA DA FONSECA, alias, devemos salientar que ela também pode ter alguma ascendência nos mesmos ancestrais ja que no passado as pessoas casavam muito entre primos, temos que ainda ter mais noção de como espalhou.
Acredito que no Córrego dos Honórios, localizado entre Divinolandia de Minas e Gonzaga, deverão ter se encontrado outros descendentes do HONÓRIO e SIMPLICIANA.
Acredito que uma JOAQUINA COELHO DE ANDRADE, nascida por volta de 1826 e falecida, em Virginópolis, em 1916, aos 90 anos de idade, devera ser filha deles também.
Consta que falecera viuva de CASSIANO COELHO. Talvez seja ela a quem o professor Nelson Coelho de Senna, identificou como JOAQUINA SIMPLICIANA, esposa do tio-avô dele: CASSIANO COELHO DE ARAUJO.
Alem dela, deverão haver mais, pois, minha esposa também é ANDRADE. Cuja família procede da região entre Gonzaga, Santa Efigenia e Divinolandia. Três antigos distritos de Virginópolis.
E dela tenho os nomes de pais, avos e bisavós. Pelo lado paterno ela tem SOARES e LUIS DE ANDRADE. Esse ultimo inclusive identificado como presente na família do poeta CARLOS DRUMMOND.
Alem do VEIRA e ARAUJO E SILVA. O primeiro ligado `a mãe do HONÓRIO, Ja o ARAUJO encontra-se tanto no lado do professor NELSON, da bisavó dele, BIBIANA LOURENÇA DE ARAUJO, quanto do lado de mina esposa que é duplo ARAUJO, das bisavós: ANA DE ARAUJO E SILVA e MARIA VIEIRA DE ARAUJO.
Pelo lado materno, minha esposa é FONSECA., do bisavô: PEDRO BASILIO DA FONSECA. Pode ser que seja parente a trisavó, JOAQUINA UMBELINA DA FONSECA.
Por isso penso que esses ANDRADE do HONÓRIO devem estar presentes também na cidade de Coroacy – MG. Foram diversos os virginopolitanos que la se estabeleceram ja na fundação. E o sobrenome ANDRADE esta bem presente.
Ja no lado PEREIRA DO AMARAL temos algo inusitado. Temos uma família com o sobrenome em Virginópolis. Descendendo ela de um de seus primeiros casais moradores, os tetravós: JOAQUIM PEREIRA DO AMARAL e MARIA ROSA DOS SANTOS CARVALHAIS.
Conhecido foi que procedem de Sabinopolis. Mas não lhes temos os nomes dos pais. Por isso não sabemos se são ou não descendentes dos mesmos PEREIRA DO AMARAL.
A duvida se da porque encontrei na revista do Arquivo Publico Mineiro um artigo do alferes Luis Antonio Pinto, no qual menciona o escrivão da Camara do Serro JOSE PEREIRA DO AMARAL, em 1772.
Esse JOSE deve regular idade com nosso ancestral MIGUEL PEREIRA DO AMARAL. Poderia ser irmão, primo, talvez, tio. Mas também pode pertencer a outro ramo que se estabeleceu no Sul de Minas, na Comarca de São João d’El Rey. Esses procediam do continente.
Alem disso, ha a possibilidade de a descendência do JOSE, se teve, ter a mesma raiz dada por ANTÔNIO JOSE BARBOSA FRUÃO e ANNA MARIA DE JESUS BENEVIDES.
Isso porque era muito comum os de uma mesma família casar-se com os de outra família. Nesse caso, se o JOSE e o MIGUEL fossem irmãos ou primos, poderia o primeiro ter se casado com uma irmã da ANNA MARIA.
Mas precisamos antes provas de quem foram os pais e ancestrais do nosso JOAQUIM PEREIRA DO AMARAL para ver se essa hipótese será verdadeira.
Mas, o que mais parece é que o tetravô JOAQUIM ira encaixar-se mesmo entre os PEREIRA DO AMARAL procedentes da Ilha de São Miguel. Não sendo, seria uma ironia, pois, eles são os que assinam os apelidos.
Mas, sendo PEREIRA e AMARAL, alem de outros sobrenomes de conhecida nobreza, com certeza alguém ira encontrar raiz nos mesmos ancestrais do passado.
O sangue PEREIRA DO AMARAL é um dos mais difundidos do Centro-Nordeste Mineiro. Alem desse ramo que nos foi passado pela trisavó MARIA MARCOLINA BORGES DO AMARAL, ha aquele descrito pelo professor DERMEVAL, no livro dele.
A parte mais propriamente genealógica do livro aborda a descendência dos avos dele: MODESTO JOSE PIMENTA e ERMELINDA QUERUBINA PEREIRA DO AMARAL, que era irmã do nosso tetravô: DANIEL PEREIRA DO AMARAL. Portanto, nossa tia.
Então, alem de todas as cidades locais ja mencionadas, pode-se citar São João Evangelista e Sabinopolis, por causa da proximidade e sabermos que a família ajudou a fundar. Temos também noticias que diversas populações de outras cidades tem, em parte, sua origem nesse ramo pioneiro.
A familia é imensa. Mas esta tão espalhada e misturada que não se pode mais contar seus componentes na atualidade. E se mencionarmos inúmeros locais como registro de presença dela, com certeza, muitos outros que ficarem de fora da memória irão conter sangue dos mesmos PEREIRA DO AMARAL.
Inclusive, conhecidos temos na descendência de MARIA FRANCELINA, que foi casada com o senhor DAVID BARROSO. Ela era filha dos tetravós DANIEL e MARIA FRANCELINA. Herdou o nome da mãe.
Deles descendiam os senhores WALDOMIRO BARROSO e o cabo CICA. Ambas as famílias estiveram presentes desde minha infância e juventude.
Provavelmente, outros BARROSO na cidade poderão ter origem semelhante.
Aqui também podemos constatar a utilidade de buscarmos nas genealogias os nossos lados femininos. Muitas vezes, por causa da tradição de ter nos sido passados os sobrenomes paternos, nos somos induzidos a pensar que nos somos aquele sobrenome.
Mas a verdade pode ser bem outra. Os pais antigamente procuravam maridos para suas filhas entre seus aparentados, quando de origem na nobreza, ou entre aqueles feitos nobres por causa de seus feitos ou os feitos de seus pais, especialmente aqueles que recebiam favores reais.
Nesse caso, o sobrenome vindo do ancestral masculino frequentemente acarreta em fim de linha porque os ancestrais dele vinham do povo comum ou porque a família permaneceu longo prazo numa qualidade de nobreza secundaria.
Assim, o casamento geralmente servia para restaurar uma nobreza antiga, porem, os dados genealógicos que encontramos mais facilmente vem da linhagem materno/paterno.
Algo assim podemos verificar na linhagem genealógica a partir do FRANCISCO JOSE BARBOSA FRUÃO e ANNA MARIA DE JESUS BENEVIDES. Embora ele tenha sobrenomes de nobreza, tivesse uma posição social protegida, foi a partir dela que o rastreamento levou primeiro aos ancestrais de maior nobreza.
Ai devemos tomar conhecimento no que colocar nossa atenção quando estudamos.
Com isso podemos acrescentar ai o BARBOSA que, por enquanto, não leva aos ancestrais tidos como de maior nobreza. Isso se torna interessante ate porque se esperava que fosse o contrário.
Segundo a nossa cultura machista, eram os homens que serviam a nobreza `as suas linhagens. Mas as aparências muitas vezes enganam.
Veja-se a lista de familias mais nobres e mais ricas de Portugal `a epoca que o rei D. Manoel, o Venturoso, mandou gravar no Palacio de Sintra o registro:
https://www.vortexmag.net/talvez-tenha-sangue-real-e-nao-saiba-lista-dos-apelidos-das-familias-nobres-portuguesas/
Vejam que temos: Aguiar, Almeida, Andrade, Azevedo, Borges, Carvalho, Coelho, Ferreira, Miranda, Pereira, Pinto, Sousa (Souza).
Essas, somente a nivel de ancestrais mais recentes. Mas nenhum desses sobrenomes ainda nos levou `a descoberta de algum rastreamento mais profundo.
Outros sobrenomes que possuímos como Rodrigues, Magalhães, Monteiro, Rocha, inclusive o Benevides e outros são também de origem nobre. Esses não se encontram na lista das 72 famílias mais ricas e nobres do Reino de Portugal.
Não entraram porque `a época eram da chamada baixa nobreza. E a lista menciona apenas as de alta. Ao todo, o Visconde de Sanches de Baena, no seu “Archivo Heráldico-Genealógico” relata pelo menos umas 300. E nessas a população brasileira descendente de portugueses quase toda se encaixa.
Faço a observação também que no livro do professor Dermeval Jose Pimenta ha a menção `a presença de um ANTÔNIO COELHO DE LINHARES, como um dos primeiros moradores de São João Evangelista.
Antes pensei que pudesse ser o ANTÔNIO, batizado em 1838, em FERROS, e filho dos ancestrais HONÓRIO e SIMPLICIANA. Mas ele mencionou também que aquele teria nascido em 1826. Talvez não sejam o mesmo, mas a família poderá ser a mesma.
Acredito também que, pelos sobrenomes e por causa da época em que entram como agregados `a Família Coelho de Guanhães e Virginópolis, que dona ANTONIA NUNES LAGE e o senhor AMARO DE SOUZA E SILVA serão encaixados no mesmo grupo de famílias que migrou para Virginópolis durante o quarto final do século XIX.
Dona ANTONIA foi esposa do PEDRO NUNES COELHO e seo AMARO da tia-bisavó  EMIDIA HONORIA COELHO.

 

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005. POLICARPO JOSE BARBALHO

Sem propriamente buscar, encontrei o registro de batismo de certo PLACIDO VAZ BARBALHO.

Esse menino nasceu em 18.Mar.1781.

Por um acaso, o registro esta no livro do Distrito de Santa Rita Durão, que pertence a Mariana – MG.

Livro esse que estive com ele na mão quando visitei o Arquivo Arquidiocesano da Arquidiocese de Mariana. Mas sem os óculos, não pude ler os garranchos das letras cursivas. Cheguei a ver que havia la um POLICARPO. Qual era, não deu para definir.

Agora o site FamilySearch publicou as copias fotográficas do livro por la. Ainda não pude ler. Mas por baixo das paginas ha uma tradução do essencial. Vamos la pra ver!

Assim, lembrei-me de buscar nas paginas. E na 56 temos o PLÁCIDO, e o POLICARPO na 47.

POLICARPO DE SAM JOZE VAZ BARBALHO.

Batizado na Igreja de Nossa Senhora de Nazaré.

Filho de: JOZE VAZ BARBALHO e ANNA JOAQUINA DE SAM JOZE.

Local: Santa Rita Durão (antigo Inficcionado)

Data: 21.Mar.1779

Ou seja, o padre POLICARPO casou-se aos 29 anos, em 1808. Ja estava bem erado, como se costuma dizer e, talvez, ja fosse padre anterior ao casamento. Tudo depende das tradições que podem ocultar certos dados sensíveis das biografias de nossos antepassados.

Poderia ter abandonado as funções para depois, após ter ficado viuvo e ja com a idade aproximada de 71 anos, em torno de 1850, retornar ao seminário e `a ordenação. Mas as tradições afirmam que não chegou a ordenar antes.

O padre, nosso tio, EMIGDIO, filho do POLICARPO, ordenou-se em 1845 e dizia:

“Eu sou padre,

meu pai é padre,

eu não sou filho de padre,

e sou padre mais velho que meu pai.”

Vamos ver se aprendo a mexer nos botões. Se segurem ai!!!

Talvez consiga ver os livros de casamentos depois. E ai, se encontrar o casamento do JOSE VAZ BARBALHO e ANNA JOAQUINA, ficaremos sabendo se somos ou não descendentes diretos do MANOEL VAZ BARBALHO e de JOSEPHA PIMENTA DE SOUZA.

Vejam a pagina, que esta aberta a quem tem assinatura, gratuita, no FamilySearch:

https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:S3HY-65L9-RGR?i=46&cc=2177275

Ai encontra-se o registro do nascimento do POLICARPO. Mas antes descubra o nome do tio PLÁCIDO nos recordes e abra. No lado direito aparecera a foto do livro e para abrir basta clicar em cima.

2a. NOTA

Passei uma olhada no livro (na tradução resumida) e não encontrei outros parentes. Mas ja estou satisfeito em encontrar o tio PLÁCIDO, alem do registro do tetravô.

Infelizmente, algumas paginas estão sem a tradução, portanto, não deu para saber se os ancestrais JOSE VAZ BARBALHO e ANNA JOAQUINA MARIA DE SAM JOSE tiveram mais algum filho em SANTA RITA DURAO.

No mesmo site tem os registros de casamento do POLICARPO (1808), GERVASIO (1813) e FIRMIANO (1822).

La esta que o GERVASIO nasceu em CONCEIÇÃO DO MATO DENTRO. Mas como não tem a idade, não se sabe quando os ancestrais se mudaram para aquela cidade. E como ele casou-se em 1813, provavelmente devera ter sido o terceiro filho.

Se o PLÁCIDO não faleceu criança ainda, pode ter migrado para o RIO GRANDE DO SUL, onde la se encontrava parte da família, pois, o POLICARPO JOSEPH BARBALHO, filho do casal MANOEL VAZ BARBALHO e JOSEPHA PIMENTA DE SOUZA, mudou-se para o Sul e, `a mesma época, registrou vários filhos em GRAVATAI, na região da Grande PORTO ALEGRE.

Digo isso porque naquele estado o nome PLÁCIDO parece ser comum, inclusive teve o PLÁCIDO DE CASTRO, nascido no RS, que tornou-se herói do ACRE, quando chefiou a revolta dos seringueiros para tomar o território da BOLÍVIA.

E, talvez haja ai ate alguma possível relação de parentesco.

O POLICARPO, que foi para o RS, deixou filhos com nomes tais: MANOEL, EUGENIA, UMBELINO, ANNA, POCIDONIO, JULIO e CANDIDA.

Como sabem, alguns desses nomes são comuns na nossa linhagem BARBALHO e também são no RIO GRANDE.

Assim fica mais essa evidencia que pode ligar-nos aos ancestrais MANOEL VAZ BARBALHO e JOSPHA PIMENTA DE SOUZA, o que tenho apenas como suspeita sem ainda um comprovante documental.

Alias, JOSEPHA era nome de outra filha do POLICARPO JOSEPH. Ela deve ser mais velha e não ha o registro de nascimento no site, porem, ha o de casamento com JOSE PEIXOTO DE MIRANDA, em 05.07.1794. Deve ter casado pouco mais que menina.

A filha mais velha registrada em GRAVATAI, chamava-se EUGENIA que nasceu em 28.09.1791 e batizada em 09.10.1791. Possível será que a JOSEPHA nasceu em 1780, e o registro estivesse em livro diferente, dai não ter aparecido.

De toda forma fica também comprovada a presença dos BARBALHO no mesmo local no qual o professor NELSON DE SENNA registrou a chegada dos RODRIGUES COELHO. Embora não vi pelo traduzido nenhuma referencia a eles.

Segundo o professor, ficaram muito ricos. Então, devem ter registrado sua presença em Ouro Preto ou MARIANA, que eram mais chique!

Mas ha outro detalhe, encontrei ja que o MANUEL RODRIGUES COELHO, suposto pai do JOSE COELHO MAGALHAES, ganhou mesmo a Sesmaria que o professor NELSON menciona no livro dele, em 1744, no INFICCIONADO.

Mas, mais tarde, 1756, ele obteve outra em CACHOEIRA DO CAMPO. E esse tempo deve ter sido quando os filhos estavam casando, portanto, os registros poderão ter sido feitos em CACHOEIRA, que é distrito de OURO PRETO, embora MARIANA sempre tenha sido a sede eclesiástica do Estado.

Mesmo assim, com certeza, os RODRIGUES COELHO e os BARBALHO ja se conheciam. E quando se casam os trisavós FRANCISCO MARCAL BARBALHO e EUGENIA RODRIGUES DA ROCHA COELHO, em GUANHÃES, o fato de se conhecerem ja era consumado.

Alem disso, ja possuíam o parentesco por a EUGENIA ter sido neta da EUGENIA RODRIGUES DE MAGALHÃES BARBALHO. O que me faz supor que todas essas EUGENIAS na família receberam o nome em homenagem a EUGENIA, irmã do MANOEL VAZ BARBALHO.

Eu a descobri nos livros do CARLOS G. RHEINGANTZ. Essa EUGENIA, a meu ver, pode ter sido ancestral dos COELHO em nossa família e tia dos BARBALHO.  Ou, em outra hipótese, pode não ter tido filhos, porem, foi homenageada na descendência de seus irmãos.

Algo interessante é que quando prestei atenção que o JOSE, filho da ISIDORA MARIA DA ENCARNAÇÃO e do capitão ANTÔNIO FRANCISCO DE CARVALHO, sendo ela filha do MANOEL VAZ e da JOSEPHA PIMENTA, havia nascido em 1768, pensei na possibilidade de ele ter sido o pai do nosso padre POLICARPO.

Isso porque o POLICARPO, ao casar-se em 1808, deixava uma margem de 40 anos de espaço de tempo. Assim, se tivesse nascido por volta de 1790, aquilo seria possível. Mas agora um dos “suspeitos” de ter sido pai do POLICARPO JOSE BARBALHO esta eliminado como tal.

Então, agora temos a possibilidade de o POLICARPO JOSEPH ter sido primeiro casado em MINAS GERAIS, antes de ter ido para o RIO GRANDE DO SUL, e deixado o filho JOSE para trás. Afinal, aquele nasceu em 1735 e somente aparece tendo filhos, no SUL, em 1780, aos 45 anos de idade.

Teria portanto a possibilidade de ter tido mais uma família entre seus 25 e 45 anos de idade. Muito raramente os homens naquele tempo, os que se casavam, não o fariam ate aos 30 anos. Isso porque, pela media de idade, não esperavam viver muito mais que isso.  Mas o POLICARPO do SUL viveu ate seus 65, falecendo em 1801, na VILA DE PORTO ALEGRE.

Tempo ele teve para ter outra família, porem, não ha nenhuma menção a isso nos documentos dele, presentes na internet, inclusive dados dos inventários.

Não sendo o POLICARPO do SUL, então, voltamos `a hipótese principal. O capitão JOSE VAZ BARBALHO deve ter sido mesmo filho do casal: MANOEL VAZ BARBALHO e JOSEPHA PIMENTA DE SOUZA.

Acredito nisso também porque não tenho conhecimento de o nome POLICARPO ter se repetido nas descendência do padre POLICARPO. Se o POLICARPO JOSEPH fosse avô dele, acredito que as homenagens aconteceriam.

Mas como era homenagem a um tio que depois ficou esquecido, isso pode explicar o sumiço da alcunha em nossa genealogia. Mesmo com a presença do padre POLICARPO nela.

Falta-nos apenas confirmar essa passagem para, enfim, definir de vez os nossos vínculos com os BARBALHO do RIO DE JANEIRO.

Não  se esqueçam de visitar:

https://val51mabar.wordpress.com/2017/03/11/a-historia-e-a-familia-barbalho-coelho-andrade-na-historia/

Ai poderão constatar a presença dos BARBALHO ja em ITABIRA. Ficamos ao lado dos ANDRADE e NUNES COELHO, que acabam se misturando em VIRGINÓPOLIS e GUANHÃES.

Por hoje é so. Não encontrei o livro de registros de casamentos. Mas o JOSE VAZ e a ANNA JOAQUINA devem ter se casado no SERRO ou CONCEIÇÃO DO MATO DENTRO. Ele nasceu na primeira e ela na segunda.

3a. NOTA

Resolvi, entre outras coisas, fazer a leitura e copia completa do registro de batismo do padre POLICARPO. Contudo, vou atualizar os termos:

“Aos 21 do mes de novembro de 1779, na Capela de Santa Anna do (Percuava ??) o padre Andre Vaz de Almeida batizou e pos os Santos Oleos a Policarpo, filho legitimo de JOSE VAZ BARBALHO e de sua mulher ANNA JOAQUINA DE SAM JOSE. Foram padrinhos Manoel da Ponte e Delfina Soares, todos dessa Freguesia (??) e por este assino:

O vigário: Pedro Jose Pereira de Castro.”

Resolvi traduzir o registro do tio PLÁCIDO também. Segue:

“Aos 18 dias do mês de Março de 1781 anos, nessa Igreja Matriz de Nossa Senhora de Nazaré do Inficcionado (atual Santa Rita Durão), batizei e pus os Santos Óleos a PLÁCIDO, párvulo, filho legitimo JOSE VAZ BARBALHO e ANNA JOAQUINA sua mulher, postos forros, que viverão na Freguesia de Vila do Principe, a partir dessa Freguesia do Inficcionado, (??) do epifano a 9 do dito mês. Foi Padrinho: Silvestre de Almeida do Freixo, dessa freguesia, o que foi aposto.

O Encomendado: Pedro Jose Pereira de Castro.”

Não posso garantir que fiz a tradução réis por réis. No registro do tio PLÁCIDO temos a menção a ele ser “párvulo”, que informa uma condição de saude delicada do recém-nascido. Expressão que também aparece no registro do padre Emigdio.

No segundo registro contem a informação de que o casal estava se dirigindo para ou procedia de Vila do Principe, atual Serro. O batismo se deu a 18.Mar.1781 e o menino havia nascido no dia 09. O padrinho unico deve indicar um batizado feito `as pressas.

O escrivão foi o mesmo, porem, parece que esta escrito o encomendado.

Talvez ai se confirme a mudança da capital para o Serro. Nesse caso, poderia ter sido para a Freguesia de Conceição do Serro (atual CONCEIÇÃO DO MATO DENTRO), onde o casal teve outros filhos.

Ou, ainda, esteja ai a justificativa para que não tivessem mais filhos inscritos nos livros do Inficcionado (atual Santa Rita Durão).

A principio, tentei traduzir esses documentos pensando exatamente nos padrinhos. Era a primeira opção dos antigos buscar os avos para batizar os primogênitos. Ai tive a esperança de encontrar pelo menos um nome com a assinatura BARBALHO, o que poderia revelar nosso parentesco com MANOEL VAZ e JOSEPHA PIMENTA.

Como não foi possível, ficou a duvida se os padrinhos do padre POLICARPO não seriam os pais da ANNA JOAQUINA, da qual nada sabemos. Mas quando isso acontecia, a palavra avós precedia os nomes dos padrinhos. Porem, nem sempre a menção aparecia.

Ficou também a duvida quanto ao padre POLICARPO ser ou não o primogênito da família. Nas paginas que não tinham jeito de traduzir por meios ao nosso alcance talvez tenham outros filhos, caso ele não seja.

Para melhorar um pouco meus conhecimentos a respeito da viagem da família de Santa Rita Durão para o Serro, busquei ver se encontrava alguma Capela de Santana no percurso da estrada, que fosse antiga o suficiente para ser aquela mencionada no batismo do antepassado POLICARPO.

Existe sim, a atual Igreja de Santana, no Distrito de Cocais, que pertence `a Cidade de Barão de Cocais.

Encontrei poucas informações na internet, mas existe que a capela ja existia desde antes de 1769. Alem disso informa-se que foi capela particular das famílias: Furtado Leite e Pinto Coelho.

Ou seja, esta ai mais uma fonte de enriquecimento, pois, temos representantes de ambas as famílias em nossa genealogia. Mas esse seria assunto extra aqui neste breviário.

Segue uma postagem. Ha que rolar um pouco a matéria para chegar `a atual Igreja de Santana:

http://pelasestradasdeminas.com.br/cocais-mg-caminho-diamantes-estrada-real/

 

Mas não podemos nos esquecer que se o endereço final da viagem fosse em Conceição do Mato Dentro, poderiam ter escolhido o caminho alternativo que passa por Sabará.

Ai encontra-se outra Capela de Sant’Anna. Possivelmente um pouco mais velha que a anterior. Mas que não importa a idade ja que ambas são anteriores a 1779.

Acredito que a definição de qual delas deva-se ao nome “Percuava”, palavra que deve ser outra mas `a minha leitura foi o que deu para entender. Essa palavra pode definir o local.

Possivelmente, nosso ancestral nasceu durante a viagem dos pais, de sua origem em CONCEIÇÃO/SERRO para MARIANA/INFICCIONADO.

Pode-se ver aqui a descrição e fotografia da Capela ou Igreja de Sant’Anna:

http://www.infopatrimonio.org/?p=20213#!/map=38329&loc=-19.911423864036035,-43.826608657836914,14

 

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006. “COROACI – ONTEM E HOJE”

Esse é nome de um livro. Da autoria de dona Angela Rocha da Silva Chaves. Ela, natural da cidade cujo nome e menções são tantas em minha memória que parece ate ja ter ido la. Mas nunca fui.

No ano passado, 2017, em viagem ao Brasil pudemos rever a sobrinha de minha esposa, Olivia. Essa formou-se no curso de enfermagem e pela profissão atende na cidade. Seu parceiro Reinaldo é natural de Coroaci.

Ao conhece-lo, não pude deixar de mencionar que deveria ter muitos parentes na cidade. E ao dizer sobrenomes de pessoas ligadas `a família, eles mencionaram o livro. Em seguida veio a promessa que enviariam uma copia para mim.

Logo criei expectativas um pouco fora da realidade. Imaginei que poderia vir acompanhado de uma genealogia das famílias pioneiras. E, entre elas, identificaria facilmente nossa parentela.

Como isso foi `as vésperas de voltarmos, e estávamos em Santa Efigenia, o livro ficaria para depois. Ao retornar inclusive comuniquei aos amigos que tinha uma surpresa que logo seria compartilhada.

Mas passaram-se uns meses e acabei encontrando outro veio de dados preciosos na obra do Frei Jaboatão. Nesse intervalo meu filho foi ao Brasil e pode trazer a copia. Contudo foi difícil poder parar para ver o que de novo iriamos ver naquela obra.

Li e não havia nenhuma genealogia. Antes que ficar decepcionado, mesmo assim fiquei maravilhado com a obra da dona Angela. Coisa simples, modesta.

Mas são 185 paginas repletas daquelas informações do dia-a-dia do pequeno município que qualquer nativo adoraria ter para si. Para as pessoas de la deve ser como rever um filme da própria vida.

Os nomes dos personagens e personalidades locais são lembrados, os costumes e usos, tudo enfim tem uma pagina ou mais.

No capitulo religião são lembrados os padres e seus feitos. Os eventos, como a inauguração do primeiro grupo escolar, contam com a apresentação da ata inaugural. E nela consta os nomes das autoridades presentes, assim como os nomes de cada aluno matriculado.

Num numero total de uns 300. Então, como um habitante local não se maravilharia se ali encontrar os nomes de seus familiares, ancestrais, pessoas conhecidas etc.

Assim, segue o livro discorrendo sobre todas as atividades, desde as economicas locais, quanto a passagem de circos e touradas. Os primeiros comerciantes são lembrados. A atividade fabril, especialmente a extração da mica, com importância fundamental no desenrolar da II Guerra Mundial.

Alias, ha ate um artigo de membro da FEB (Força Expedicionária Brasileira) que esteve na Italia, quando da tomada do Monte Castelo. O nome dele, Dirceu Guedes Ramos. Esse próprio escreveu também o prefacio do livro.

Enfim, existe a lista de prefeitos e membros da câmara. Conta ainda com dados de bandas de musica, primeira estrada de rodagem, futebol, folclore, correios, Historia, chegada de luz elétrica e mais outros detalhamentos.

Na lista de bibliografias consultadas é mencionado algumas obras que despertaram minha curiosidade. Logicamente, um dos livros nem tanto porque ja o possuo. Trata-se do “A Mata do Peçanha sua Historia e sua Gente”, do professor Dermeval Jose Pimenta.

Mas também ha: “Peçanha e sua Historia”, do também nosso primo dr. Rui Pimenta Filho. O terceiro é o “Peçanha, sua Historia e sua Gente”, de Sady da Cunha Pereira. Afinal, observo que literatura existe.

Falta juntar tudo numa mesma coletânea para melhor servir a região, pois, ha uma interconexão enorme entre as genealogias das populações de todas as cidades da vizinhança.

Vamos passar, então, `a analise de alguns pontos do livro.

Ja os primeiros capítulos, naquele dedicado `a religião, mostram a presença de virginopolitanos ilustres e fundamentais na Historia de Coroaci. O segundo vigário do município foi o padre Manoel Nunes Coelho, padre Nelo, como era conhecido localmente.

D. Manoel, mais tarde bispo de Luz, foi quem elaborou a planta da Igreja de Santana. Entre os construtores temos Otoniel (So Tão) e Jose Nunes Coelho, irmãos do bispo.

Outro irmão deles, Gamaliel (seo Gama) Nunes Coelho era o mantenedor do jardim e tanques de peixes que ornamentavam o local.

Eles foram filhos dos tios-bisavós Miguel Nunes Coelho e Ambrosina (tia Sinha) de Magalhães Barbalho.

D. Manoel foi nomeado para paroquiar a cidade em 1908. Era o homem mais velho da casa, ja que tia Sinha perdera o primeiro, Ismael. Era o arrimo da família e estava com 24 anos, pois, tio Miguel havia falecido em 1903 e deixou 13 filhos vivos.

Ha uma informação por engano que consta D. Manoel como o mais velho. Mais velha que ele também tinha a Consuelo (Bebem). Mas `a época considerava-se a partir dos homens.

Alem dos ja citados, foram irmãos: Laurentina (Lala), Miguel, Notel, Laet, Maciel, Misael e Maria de Lourdes. Essa não deve ter conhecido o pai.

Entre os fundadores locais consta o casal: Demetrio Coelho de Oliveira e Marcolina Honória Coelho. Ela também nossa tia-bisavó e, naturalmente, o marido também fica no lugar de tio-bisavô, pelo casamento.

Observe-se que tia Marcolina, Sinha e Miguel eram primos em primeiro grau. Todos netos dos fundadores de Guanhães: Jose Coelho da Rocha e Luiza Maria do Espirito Santo. Alem de serem filhos de primeiros moradores de Virginópolis.

Demetrio foi parte de uma família Coelho de Oliveira, constituída pelo senhor Leonel Coelho e esposa. Foram donos da Fazenda da Lavrinha que os herdeiros venderam na década de 1920.

Talvez, acidentalmente, tenhamos encontrado o registro de batismo do senhor Leonel Coelho nos livros do município de Itabira. Não se pode dizer que seja certo mas sim um tiro de longo alcance.

A criança, Leonel, nasceu em 27.12.1837. Foi filho registrado apenas pela mãe, Bibiana de Souza Coelho. Padrinhos: Simpliciano da Silva Coelho e Maria Edwiges de Jesus. Possível será que os padrinhos fossem os avos.

Bibiana foi mãe também de Jose (03.05.1841), Gil (31.05.1846) e Maria (30.04.1848). Faltaria comprovar que pelo menos o Leonel mudou-se para Guanhães, constituiu família e dela resultou Demetrio e irmãos.

A Lavrinha tinha esse nome por ter fornecido ouro aos primeiros moradores de Guanhães e Virginópolis, existindo atualmente a fazenda remanescente no território dessa segunda. Por isso é histórica.

A respeito do Demetrio revela-nos o livro que foi o primeiro boticário do município. O segundo foi o Octaviano, filho dos tios Demetrio e Marcolina. Houve outro, Urias Coelho, que não sei dizer a qual dos ramos Coelho pertencia.

Note-se que a familia Guedes também aparece no capitulo dedicado `a saúde local. Mas por falta de dados não tenho como dizer se ha parentesco entre eles e o sr. Guedes, que foi farmacêutico antigo em Virginópolis. Possivelmente sim, e a família deve também encontrar raiz em Itabira.

O livro cita o fundador Demetrio com boas palavras dizendo-o humilde e dedicado ao atendimento do próximo. Fez-se amigo da pobreza e atendia a todo momento que fosse chamado não visando pagamento. Acabou falecendo pobre em 1911.

Voltando ao capitulo da religião, foi a viuva Marcolina quem doou o madeirame ao padre Nelo, para a construção da Igreja de Santana.

`A pagina 86 temos as fotografias dos tios Demetrio e Marcolina. Não ha como descrever. Ambos transmitem grande simpatia. E se buscarmos fotografias antigas de pessoas mais velhas na família pode-se encontrar semelhanças com a tia Marcolina.

Pesar se tem apenas de que os recursos gráficos usados na produção do livro foram limitados. Mesmo as melhores fotografias se assemelham a copias xerograficas. Não se trata de defeito do conteúdo escrito do livro em si.

Pela foto, uma pessoa que lembro-me assemelhar-se `a tia Marcolina foi tia Cecy Marcolina Coelho. Pessoas com menos de 50 anos so deverão poder lembrar-se dela por fotografia.

Tia Cecy era sobrinha da tia Marcolina e irma do meu avo materno Juca Coelho. Os laços parentais são mais íntimos que a palavra tia revela, pois, o pai, Ze Coelho, era irmão da tia Marcolina e a mãe, Maria Marcolina, era prima em primeiro grau.

Para mim não parece complicado. Mas melhor explicar. Os fundadores de Guanhães, Jose Coelho da Rocha e Luiza Maria do Espirito Santo foram pais de 4 filhos que nos interessam no momento.

Francisca Eufrazia que casou-se com Joaquim Nunes Coelho; Eugenia Maria da Cruz, casou-se com Francisco Marçal Barbalho; João Batista Coelho, casado com Maria Honoria Nunes Coelho e Antonio Rodrigues Coelho, casado com Maria Marcolina Borges do Amaral.

Joaquim foi filho de Eusebio Nunes Coelho e Anna Pinto de Jesus. Era irmão do Clemente, que foi o pai da Maria Honoria. Ou seja, eram tio e sobrinha casados com dois dos irmãos.

Joaquim e Francisca foram pais do Miguel Nunes Coelho. Eugenia e Francisco foram pais da tia Ambrosina. E Miguel e Ambrosina eram primos em primeiro grau e foram os pais do D. Manoel Nunes Coelho e seus irmãos.

Por causa do Antonio ter se casado com uma Maria Marcolina, todas as filhas deles foram chamadas Marcolina Coelho.

Todas as filhas do João Batista e Maria Honoria tinham o Honoria como nome do meio, antes do Coelho. Por isso o nome da tia era Marcolina Honoria Coelho. O mesmo acontece com Anna, Sebastiana, Emigdia e outras.

Nesse caso, a mãe do meu avo e da tia Cecy, chamava-se Maria Marcolina, mesmo nome da mãe dela, acrescido de Coelho. Essa casou-se com o Jose Batista Coelho (Ze Coelho), que era filho do João Batista e Maria Honoria também.

Por tradição o Ze Coelho deu nome de fulana Marcolina Coelho `as filhas. Esse foi o caso da tia Cecy. O mesmo se deu em relação `as filhas da segunda esposa dele, tia Virginia Marcolina Coelho, que era irmã da primeira.

Espero que não tenha ficado complicado demais para que os “de fora” não se percam!

Entre os médicos antigos ha o dr. Mario Serra. Também não sei dizer se foi o mesmo que serviu em Virginópolis. Entre as parteiras nota-se a Sa Marcolina.

Entre os médicos nascidos no local tem o dr. Cesar Coelho Xavier. Esse apenas posso supor um possível vinculo parental.

Isso porque não ha menção no livro de que nossos tios-bisavós: João Batista Coelho Neto e Lucinda Xavier de Andrade, ela natural de Coroaci, tenham vivido no município e deixado descendência por la.

Em nossos livros genealógicos a composição desse ramo da família também esta muito incompleto.

No capitulo a respeito da educação, temos uma surpresa ou coincidência. `A pagina 61 temos a menção a professora substituta: Candida de Magalhães, em 1942.

O nome é o mesmo da tia Candida, filha dos bisavós: Candida de Magalhães Barbalho e João Batista de Magalhães. A bisavó também era prima em primeiro grau da tia Marcolina.

Entre as diretoras do Ginásio Odilon Behrens existem varias com a assinatura Coelho, mas nenhuma que posso identificar com absoluta certeza pertencer ao ramo de nossa família.

Mas a diretora entre 1963-1965 chamava-se Lucilia Ferreira da Silva. Temos uma pessoa de mesmo nome na família. Tratava-se de filha dos tios-bisavos Luiza Marcolina Coelho e Emidio Ferreira da Silva.

A Lucilia em nossa família nasceu em 1893. Para tanto, teria sido diretora aos 70 anos de idade. O que não seria impossível. Acredito que a tia-avo Edith Coelho do Amaral deve ter passado dessa idade exercendo o mesmo cargo.

Mas a Lucilia retorna ao livro como diretora do Grupo Escolar Pe. Sady, ate 1975. Nisso fica a duvida, pois, estaria então com 82 anos de idade.

Não tenho data de falecimento de nossa prima Lucilia, mas foi casada com o senhor João Lopes Junior.

Entre os fundadores da biblioteca publica local conta-se com os irmãos Otoniel e Jose Nunes Coelho.

Por acidente, `a pagina 74, aparece o nome da dona Maria Madalena de Magalhães Souza. Brincadeira `a parte. Ela aparece como Supervisora de Area do antigo programa de alfabetização de adultos, o MOBRAL.

Esposa do ex-prefeito de Virginópolis, Gabriel Geraldo Soares de Souza, nosso parente, foi realmente supervisora do programa na região.

Entre os primeiros moradores menciona-se, naturalmente, Demetrio e Marcolina. Mas também aparecem Urias Coelho e Graciana, alem de João Henrique Coelho e Teodoro Coelho de Oliveira. Não sei de quem se tratam os quatro últimos.

Alem desses, existem diversos sobrenomes que poderiam ter algum vinculo parental conosco. Entre eles destaca-se o Pimenta. Que muito provavelmente seja o mesmo vinculado ao Barbalho desde os anos de 1732 com o casamento entre Manoel Vaz Barbalho e Josefa Pimenta de Souza, nossos muito prováveis ancestrais.

Em 1928 se deu a construção da estrada de rodagem (rodovia) entre Coroaci e Governador Valadares. No capitulo dedicado ao fato informa-se que houve uma festa de inauguração. Foi feito o corte da fita inaugural.

“O  corte da fita ficou a cargo da mais velha sobrevivente de um dos fundadores de Coroacy, sra. Marcolina Honoria Coelho (Siá Culina); e ao seu lado o Pe Sady e o Dr. Jose Paulo Fernandes.” Acredito que faltou a palavra esposa para completar melhor o sentido.

Conta-se ainda as voltinhas que foram oferecidas `a população naquela novidade que era um caminhão Ford 29. Seria, pela foto, classificado atualmente como uma camionete.

Os nomes dos filhos dos tios Demetrio e Marcolina foram: Hermiria, Antonietta, Julietta, Marietta, Octaviano, Maria, Juvenal, Jose (fal. menor), Valentina, Honoran e Annita.

No capitulo que aborda profissões e lojas temos diversos representantes com combinação de sobrenomes na qual entra o Coelho. Ai temos:

Otoniel (Oto) Nunes Coelho, Cicero de Oliveira Coelho, Teodoro Coelho de Oliveira, Jose Coelho Simões, Rua D. Manoel, Praça Demetrio Coelho, Demetrio e Otavio Coelho Simões, Geraldo da Costa Coelho, Abilio Ramos Coelho, Raimundo Nonato Coelho, Jose da Silva Coelho, Raimundo Martins Coelho, Jose Cecílio Coelho, Antonio de Almeida Coelho e Abel da Costa Coelho.

Não se pode afirmar que sim ou não. Alguns desses que não identificamos podem ser nossos aparentados. Lembramos que na fundação de Sabinópolis estavam os Coelho de Almeida, descendentes de Antonio Coelho de Almeida, nosso ancestral.

Os da Costa Coelho devem remontar ao Serro. Houve la uma família com esse sobrenome que remonta ao século XVIII. Dela descende o padre Lafayette da Costa Coelho, nascido no Serro e por muitos anos paroquiou em Santa Maria do Suaçui. Atualmente ele esta entre os candidatos a santo no altar católico.

Mas não seria surpresa se um bom numero dos não identificados sejam membros do mesmo ramo do nosso Coelho. Isso porque tanto o suposto ancestral Manoel Rodrigues Coelho quanto o alferes de milícias Jose Coelho de Magalhães poderão contar com muitos descendentes dos quais não temos noticias. Sabemos que tiveram mas não sabemos quem foram todos. E deles esses podem descender.

O progresso da cidade não poderia se dar sem a presença da luz elétrica. E foi levada para o local pelo padre Nelo que, viajando pela Europa resolveu comprar um dínamo, que usava o potencial energético do Córrego Santana.

Somente em 1964 essa pequena usina foi substituída pela Cemig. E a primeira iniciativa teve a participação dos irmãos Otoniel e Jose Nunes Coelho.

No capitulo dedicado `a emancipação surgem os diversos personagens com o sobrenome Coelho. Entre eles destaca-se o dr. Rafael Caio Nunes Coelho, então prefeito de Peçanha. Obviamente, nosso primo que mais tarde viria a tornar-se deputado por varias gestões.

O dr. Guilherme Machado, cuja família tem vínculos com os Coelho, também foi decisivo no capitulo.

Ai se da noticias de que um dos lideres da emancipação política foi o senhor Joaquim Campos do Amaral. Poderia ser coincidência, porem, temos uma pessoa de mesmo nome, que foi o marido de dona Maria Xavier.

O sobrenome dela denuncia a proximidade com Coroacy. O nosso conhecido foi filho do casal Antonio Ferreira Campos Baguary e professora Augusta Rabello do Amaral. Ela foi mais conhecida como Augusta Campos e virou nome de praça em Virginópolis. Essa família, umas das tradicionais locais.

Apos implantado o municipio, os Coelho se destacam na ocupação dos cargos eletivos. De grande influencia política foi o senhor Jose Coelho Simões. Foi vereador e prefeito mais de uma vez.

Na gestão dos anos 1955-1958 o prefeito contou com o vice na chapa Otoniel Nunes Coelho. Na gestão anterior dona Inez Nunes Coelho havia sido acessora da prefeitura, na área fazendária.

Na gestão 1963-1966 houve a posse de dois vereadores: Josias Coelho Pimenta e Jose de Almeida Coelho. Na gestão seguinte aparece o vereador Marcos Nunes Coelho. Os quais não conhecemos a procedência.

Nas gestões seguintes aparecem os nomes: João Crisóstomo Coelho, Afonso Coelho Pimenta, Geraldo Campos Coelho, Márcio Antonio Coelho Chaves, Amilcar Coelho de Almeida e entre os assessores surge dona Marta Helena Coelho Chaves.

Essa combinação Coelho Chaves existe entre nossos familiares. Contudo, não temos um acompanhamento dos Chaves de Virginópolis. A família foi uma das povoados locais.

A familia começou, em Virginópolis, com o casal: Francisco Chaves – Chico Carreiro e dona Joana Chaves. Segundo dados do livro “Historia de Virginópolis” da professora dona Filomena Dias de Andrade.

Dos seis filhos mencionados por dona Filomena, as filhas: Etelvina, casou-se com Jose Xavier e Matilde com Jose Rodrigues. Ela também informa que os maridos viviam em Coroacy. Os outros foram: Maria, Prudência, Olivia e Raimundo.

Entre os músicos ha a menção dos nomes: Jose, Silvio e Jorge Coelho da Rocha; Otto Nunes Coelho, Sady Coelho de Souza, Sergio Coelho da Silva e Raimundo Martins Coelho, da Lira Musical Santa Terezinha.

Uma banda anterior, a Santa Cecilia, havia sido fundada pelo D. Manoel Nunes Coelho.

Destaque para o futebol. `A pagina 150 temos a menção:

“Alguns afirmam que o Futebol com “Técnicas” foi trazido de Virginópolis, por Jose Simões, Cicero Coelho e Josio Avelino, os quais foram praticamente os primeiros jogadores de Futebol de Coroaci.”

Da familia Avelino de Virginópolis temos ainda a professora dona Conceição Avelino Coelho, viuva de nosso primo Jose Darcy Coelho. Não me recordo do sobrenome Simões relacionado a Virginópolis. Não estou dizendo isso no senso de negar, apenas não conheci.

Minha duvida ai seria se seria nosso primo Cicero Rodrigues Coelho ou o anteriormente citado Cicero de Oliveira Coelho, o qual não sei localizar em nossa Arvore Genealógica.

Entre os poetas que elaboraram odes a Coroaci constam 3 Coelho: Nilce G. Coelho, Marcio Antonio Coelho Chaves e Magda Coelho Rocha. Os Coelho da Rocha em nossa família tiveram homônimos em São João Evangelista. Porem, esses deverão ser nossos primos em outras raizes.

Talvez, entre as pessoas não mencionadas e que engrandeçam Coroaci esta, como casal, aos Notel Nunes Coelho e dona Maria Isabel Rodrigues. Ele foi mencionado pelo primeiro nome como irmão do D. Manoel.

Porem, o casal foi pai dentre outros do Monsenhor Omar Nunes Coelho. Este foi pároco em São Gotardo/Rio Paranaíba, MG. Nasceu em Coroaci em 1915 e faleceu na Diocese de Luz, em 18.01.2009. Gozava de grande respeito dos seus paroquianos.

Esse eh o resumo que faço do livro.

A ma noticia foi a de que resolvi procurar a autora para conversarmos a respeito da genealogia da cidade. Quando acessei o site da prefeitura vim a saber que ela havia falecido em setembro de 2017. Ou seja, poucos dias depois que tinha tido a noticia da existência da obra.

Dona Angela Rocha da Silva Chaves fora professora e bibliotecaria do municipio. `A pagina 184 deixou esse recado:

“Coloco-me `a inteira disposição, para futuras informações, que poderão um dia fazer parte da complemento da Historia de Coroaci.”

Resta-nos esperar que alguém com mais familiaridade e conhecimento local se anime e de continuidade a tão importante e sublime trabalho de manter nossos ancestrais vivos em seus feitos e realizações.

 

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007. O RESUMO EM ESQUELETOS GENEALOGICOS

01. Jeronimo Moniz Barreto, o velho c. c. Isabel de Lemos (17)

02. Francisco Moniz de Menezes c. c. D. Maria Lobo de Mendonça

03. Jeronimo Moniz Barreto c. c. D. Thereza de Souza

a. 04. D. Francisca Isabel Barreto de Menezes c. c. Francisco Moniz Barreto (1)

05. D. Leonor Maria da Silva Corte-Real c. c. Martinho Afonso de Mello (2)

06. D. Francisca Izabel Barreto de Menezes c. c. Martinho Moniz Barreto

07. ANTONIO JOSE MONIZ BARRETO

b. 04. D. Luiza Josefa de Menezes, irma de D. Francisca Isabel c. c. Antonio Galas da Silveira (3)

05. Diogo Moniz da Silveira c. c. D. Anna Maria da Afonseca (4)

06. Martinho Moniz Barreto c. c. D. Francisca Izabel Barreto de Menezes

07. ANTONIO JOSE MONIZ BARRETO

c. 01. Isabel de Lemos c. c. Jeronimo Moniz Barreto, o velho

02. João Rodrigues Palha c. c. Mécia de Lemos, e era filha do fidalgo cavaleiro Fernão de Lemos.

d. 02. D. Maria Lobo de Mendonça c. c. Francisco Moniz de Menezes

03. D. Victoria de Barros c. c. Manoel de Freitas do Amaral (5)

04. D. Catharina Lobo de Almeida c. c. Gaspar de Barros de Magalhães (6)

05. Henrique Lobo c. c. Isabel de Reboredo

06. Baltazar Lobo de Souza c. c. Joana Barbosa (*)

e. 03. D. Thereza de Souza c. c. Jeronimo Moniz Barreto

04. Antonia Barbalho Bezerra c. c. Antonio Ferreira de Souza

05. Luiz Barbalho Bezerra c. c. D. Maria Furtado de Mendonça (7)

06. Camilla Barbalho c. c. Guilherme Bezerra Felpa de Barbuda

07. Brás Barbalho Feyo c. c. Catharina Tavares de Guardes

f. 04. Antonio Galas da Silveira c. c. D. Luiza Josefa de Menezes

05. Agueda de Pina c. c. Lourenço de Oliveira Pita

06. Felipe de Lemos Palha c. c. Francisca Barbosa Caramuru

07. Joao Rodrigues Palha c. c. Mécia de Lemos, filha do fidalgo cavaleiro Fernão de Lemos.

g. 06. Francisca Barbosa Caramuru c. c. Felipe Palha de Lemos

07. Catarina Alvares c. c. Baltazar Barbosa de Araujo (8)

08. Genebra Alvares c. c. Vicente Dias de Beja (9)

09. Catharina du Brezil c. c. Diogo Alvares Correa, Caramuru (10)

10. Cacique Taparica, Carijó/Tupinamba

h. 04. Antonio Ferreira de Souza c. c. Antonia Barbalho Bezerra

05. D. Catharina de Souza c. c. Eusebio Ferreira (11)

06. Belchior de Souza Drummond c. c. D. Mecia de Armas (12)

07. Antonio de Souza Drummond c. c. D. Joana Barbosa Caramuru

08. Joao Goncalves Drummond c. c. D. Marta de Souza

09. Clara Anes Drummond c. c. Gaspar Goncalves Ferreira (13)

10. Sir John Drummond (16) c. c. D. Branca Afonso da Cunha (14)

11. Sir John Drummond, 12o. sr. de Lennox c. c. Elizabeth Sinclair of Roslin

i.  07. D. Joana Barbosa  Caramuru c. c. Antonio de Souza Drummond

08. Catarina Alvares c. c. Baltazar Barboza de Araujo (8)

09. Genebra Alvares c. c. Vicente Dias de Beja (9)

10. Catharina du Brezil c. c. Diogo Alvares Correa, Caramuru (10)

11. Cacique Taparica, Carijó/Tupinamba

j.  08. D. Marta de Souza c. c. Joao Gonçalves Drummond

09. Baltazar Lobo de Souza c. c. Joana Barboza (*)

Logo após ter escrito esse resumo e a descrição da numeração, lembrei-me que faltaram alguns componentes genealógicos para completar-se melhor o quadro. São apenas mais 4, mesmo que pensei antes fazer reservas a dois deles:

k. 03. Jeronimo Moniz Barreto c.c. Thereza de Souza, filho de:

04. Francisco Moniz de Menezes c.c. (1) D. Maria Lobo de Mendonça, filho de:

05. Jeronimo Moniz Barreto, o velho c.c. D. Izabel de Lemos (17), filho de:

06. Egas Moniz Barreto c.c. D. Maria da Silveira ou Anna Soares, filho de:

07. Guilherme Moniz c.c. (?), filho de:

08. Sebastião Moniz c.c. (2) D. Joana da Silva(18), filho de:

09. Guilherme Moniz Barreto, alcaide-mor de Silves (19) c.c. Ignez (20), filho de:

10. Henrique Moniz c.c. (?), filho de:

11. Vasco Martim Moniz c.c. (?)

l.  05. Henrique Lobo c. c. Isabel de Reboredo, filho de:

06. 1492 Balthazar Lobo de Sousa c. c. Joana Barbosa (*) 1a. esposa.

07. 1472 Felipa de Souza c. c. Diogo Lobo

08. Joana da Guerra c. c. João Fernandes de Souza, 4o. sr. de Baião

09. Isabel da Guerra c. c. Gonçalo Vaz Coutinho

10. D. Ignez da Guerra c. c. Alvaro Pires da Távora

11. Pedro da Guerra c. c. D. Tereza Anes De Andeiro (21)

12. D. João de Portugal, duque de Valencia c. c. Desconhecida

13. D. Pedro I, rei de Portugal c. c. D. Ines de Castro

14. D. Afonso IV, o Bravo c. c. D. Beatriz de Molina e Castela

15. D. Dinis I, o Lavrador c. c. D. Isabel de Aragão

16. D. Afonso III c. c. D. Beatriz de Castela

17. D. Afonso II c. c. D. Urraca de Castela

18. D. Sancho I, o Povoador c. c. D. Dulce de Aragão

19. D. Afonso I Henriques, o Conquistador c. c. D. Mafalda de Sabóia

20. D. Teresa de Leon c. c. D. Henri de Borgonha

21. D. Alfonso VI de Leao e Castella c. c. Ximena Moniz

(*) O nome Joana Barbosa foi sugerido por Manuel Abranches, mas não se tem certeza.

m. 10. Sir John Drummond c. c. Branca Afonso da Cunha + Catarina Vaz

11. Sir John Drummond, 12th of Lennox c. c. Elizabeth Sinclair of Roslin

12. Sir John Drummond, 11th of Lennox c. c. Mary Montfex, Heiress of Stobhall

13. Sir Malcolm Drummond, 10th of Lennox c. c. Lady Annabella Graham

14. Sir Malcolm Drummond, 9th Thane of Lennox c. c. Margareth Graham

15. John Drummond, 8th thane of Lennox c. c. Elena Drummond

16. Sir Malcolm Drummond, 7th thane of Lennox c. c. Margareth Drummond

17. Malcolm Beg Drummond, Chamberlain of Len. c. c. Ada of Maldwin of Lennox

18. Malcolm II Drummond, 5th thane of Lennox c. c. ?

19. John Drummond, 4th thane of Lennox c. c. ?

20. Maurice Drummond, 3st thane of Lennox c. c. ?

21. Malcolm de Drummond, 2nd seneschal of Lennox c. c. ?

22. Maurice de Drummond, 1st Seneschal of Lennox c. c. ?

n. 02. Elizabeth Sinclair of Roslin c. c. Sir John Drummond

03. Henry Sinclair, 1st Earl of Orkney c. c. Jean Halyburton of Dirleton

04. William Sinclair of Roslin c. c. Isabel Graham of Strathean

05. Sir William Sinclair of Roslin c. c. Rosabelle

06. Sir Henry Sinclair of Roslin, 7th lord of Roslin c. c. Alice de Fenton

07. Sir William Sinclair of Roslin, 6th lord of Roslin c. c. Amicia de Roselyn

08. Robert de St. Clair c. c. Eleanor de Dreux

RESSALVE-SE QUE:

I. Na obra do Frei Jaboatão ha uma narrativa genealogia, que ocupa quase 3 paginas a partir da numero 135, de Baltazar Barboza de Araújo e de seu meio-irmão Francisco.

Muitos dos ancestrais de ambos os personagens serão os mesmos de outros que compõem as raizes dessa genealogia.

DESCREVENDO O NUMERADO:

(1) Francisco Moniz Barreto, casado com D. Francisca Isabel, era natural da Ilha Terceira, Açores, e filho de Guilherme Moniz Barreto e sua esposa D. Maria Faleiro. Pag. 374

(2) Martinho Afonso de Mello era natural de Maragogipe, BA, e filho do sargento-mor Jose Pereira da Cunha e de D. Ignacia Pereira de Mello, sua esposa. Pag. 376

(3) Antonio Galas da Silveira teve a merce do habito de Cristo que não professou por ter falecido antes de tomar posse. Pag. 376

(4) D. Anna Maria da Afonseca foi filha do capitão Antonio Diniz de Macedo e de sua esposa D. Virginia da Fonseca, filha do sargento-mor Francisco Pinto da Fonseca Deça. Pag. 376

(5) Manoel de Freitas do Amaral foi homem rico e cavaleiro fidalgo. Pag. 206

(6) Gaspar de Barros de Magalhães, viveu no Recôncavo Baiano foi muito rico e afazendado. Pag. 203

(7) D. Maria Furtado de Mendonça fez parte da família de igual sobrenome que fez Historia no Rio de Janeiro. Era filha de Fernand’Aires Furtado de Mendonça e de sua esposa D. Cecilia de Andrade Carneiro. Pag. 311

(8) Baltazar Barbosa de Araujo era natural de Ponte de Lima, Portugal, e filho de Gaspar Barboza de Araujo e sua esposa D. Maria de Araujo. Pag. 135 e segue.

(9) Vicente Dias de Beja, era natural da Provincia do Alentejo, era moço fidalgo da casa do infante D. Luis. Pag. 86

(10) Diogo Alvares Correa, Caramuru, era filho das principais famílias nobres de

Viana. Pag. 84

(11) Eusebio Ferreira, era natural de Porto Santo, na Ilha da Madeira, e filho de Leão Ferreira. Pag. 313.

(12) D. Mécia de Armas, foi segunda esposa de Rafael Telles, do qual não teve filhos; e filha de Luis de Armas e de D. Catharina Jacques, “pessoas nobres e principais da Bahia”. Pag. 175

(13) Gaspar Goncalves Ferreira. Era filho de Gonçalo Aires Ferreira.

(14) Branca Afonso da Cunha era natural de Covilha.

(15) Elizabeth Sinclair de Roslin descendia de Sir William Sinclair of Roslin, um nobre cavaleiro na Escócia que as tradições e provas atuais indicam que chefiou uma expedição exploratória que aportou na Nova Escócia, Província do Canada, por volta de 1360, ou seja, mais de um século antes de Colombo.

A missão de William Sinclair seria a de proteger supostos tesouros dos Cavaleiros Templários, Ordem que fora dissolvida pelo papa Clemente, em 1312.

Mas houve continuidade tanto na Escócia quanto em Portugal, onde a organização veio a chamar-se Ordem de Cristo.

(16) A familia Drummond, tanto quanto a Sinclair, formou-se a partir da nobreza francesa, porem, quando da transferencia do Sir John Drummond para a Madeira ja era ha mais de 1 século família escocesa.

(17) Izabel de Lemos era irma de Felipe de Lemos Palha, filhos de João Rodrigues Palha e D. Mécia de Lemos. Pags. 469 (batizada a 25.03.1568) e 161.

(18) D. Joana da Silva era filha de Gonçalo da Silva, regedor da justiça em Lisboa. Pag. 144.

(19) Guilherme Moniz Barreto foi também casado com D. Joanna da Costa Corte-Real, filha de João Vaz da Costa Corte-Real. Pag. 144

Talvez venhamos a ser descendentes desses também, pois, o (1) Francisco Moniz Barreto tinha por pai outro Guilherme Moniz Barreto. E antes de migrar para o Brasil a família estava radicada na Ilha Terceira, Açores.

(20) D. Ignez, era filha de Gonçalo Nunez Barreto, alcaide-mor do Faro. Pag. 144

(21) D. Teresa Anes de Andeiro, foi filha de João Fernandes de Andeiro, segundo Conde de Ourem, e sua esposa D. Maior Fernandes de Moscoso.

Maior Fernandes de Moscoso era então viuva de Fernão Bezerra. Deles descendem os Bezerra em Pernambuco, dos quais também descendia o governador Luiz Barbalho Bezerra, nosso ancestral.

Consta em genealogias um terceiro nobre casado com Maior Fernandes de Moscoso. Caso seja a mesma, teremos a oportunidade de descender dela por 3 vias, sendo pelo menos uma de cada marido.

Quem desejar aprofundar mais pode verificar os nomes e genealogias dos cônjuges de nossos possíveis ancestrais mais nobres, pois, estão expostos na internet.

Aconselho aos descendentes dos ancestrais ANTÔNIO JOSE MONIZ e MANOELA DO ESPIRITO SANTO, via Luiza Maria do Espirito Santo e seu marido, o fundador de Guanhães, capitão de milícias Jose Coelho da Rocha, a copiarem esse resumo para te-lo disponível.

A minha convicção de nosso ancestral Antonio Jose ser o mesmo ANTÔNIO JOSE MONIZ BARRETO aumenta a cada retorno que faço a esses estudos. As evidencias disso são enormes.

Seria bom ter os dados guardados em mãos porque pode-se perder as informações na internet caso hajam mudanças indesejáveis no futuro. E também, fica mais fácil consultar os dados quando se for falar no assunto na ausência de um computador `as mãos.

Ha que lembrarmos também que nossa ancestral Manoela do Espirito Santo pode vir do mesmo núcleo de famílias primeiro fundadoras da Bahia.

E temos outra ancestral, Tereza (Fiuza) de Jesus, baiana, `a época, procedente de Itabaiana, atualmente em Sergipe, que devera ter pelo menos alguns dos mesmos ancestrais.

Ha a necessidade de sabermos isso para termos a ciência de que: aqueles ancestrais que pensamos ser antigos demais para termos vínculos parentais próximos com eles, em verdade, são nosso “bisavós-de-fato” devido a tantas vezes que nos são ancestrais.

 

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008. DESCENDENTES DE D. PEDRO I, DE PORTUGAL, E DONA IGNEZ DE CASTRO?

 

“ARGOLOS

Rodrigo Argolo foi um nobre Castellano, que passou `a Bahia nos princípios da sua fundação, e n’ella com Joana Barboza Lobo, uma das trez irmans orfans, filhas de Balthazar Lobo de Souza, que faleceu na carreira da India, as quaes trez irmans, com outras mais, também orfans e filhas de pessoas nobres, mandou a rainha D. Catharina, mulher do Sr. rei D. João III, no anno de 1551, na armada de que era capitão de mar e guerra Antonio de Oliveira Carvalhal, que foi o primeiro alcaide-mor da Bahia, e vieram a entregar estas orfans ao governador Thomé de Souza, primeiro que no anno de 1549 veio fundar esta cidade, mudando-a de Villa-Velha do Pereira para onde agora esta, recomendando el-rei e a rainha ao dito governador cazasse as taes donzellas com as pessoas principaes que houvesse na terra, e assim com o tal Rodrigo de Argolo, acima, que n’esta mesma ocazião, com o governador Thomé de Souza, ou na própria armada do Oliveira veio `a Bahia cazou o governador a D. Joana Barboza, a qual e suas duas irmans, nomeadas a fl… dizem as memórias, que d’ellas tratam, eram sobrinhas do Conde de Sortella. Foi este Rodrigo Argolo provedor da Alfândega da nova cidade do Salvador, Bahia de Todos os Santos, por mercê do Sr. rei D. João III, por cazar com a sobredita D.Joana Barboza, da qual teve os filhos seguintes:”

Acabo de fazer mais uma pequena revista nos escritos e encontrei, alem de outras, essa passagem bastante esclarecedora de nossa genealogia. Isso porque Balthazar Lobo de Sousa foi pai de:

01. Joana Barbosa Lobo c. c. Rodrigo de Argollo

02. Micia Lobo de Mendonça c. c. Francisco Bicudo

03. Catharina Lobo de Barbosa Almeida c. c. Gaspar de Barros Magalhães.

Cada um desses casais ira dar reflexo em nossa genealogia. Eu apenas não os analisei a contento. Mas sei que os Argollo irão depois misturar-se com nossos familiares.

Micia e Francisco serão pais de outra Micia. Essa será a primeira esposa de Jeronimo Moniz Barreto, o velho. Eles serão os pais do Egas Moniz Barreto, que será pai do Francisco Barreto de Menezes que, por sua vez, Egas Moniz Barreto, o marido de D. Ignez Teresa Barbalho Bezerra.

D. Ignez foi filha de Antonia Barbalho e Antonio Ferreira, e neta por via materna do governador Luiz Barbalho Bezerra e de sua esposa Maria Furtado de Mendonça. Por ai sai alguns títulos de nobreza do Imperio Brasileiro.

Ja a dona Catharina e seu esposo Gaspar foram pais de dona Vitoria de Barros que casou-se com Manoel de Freitas do Amaral.

Deles nasceu dona Maria Lobo de Mendonça que foi casar-se com Francisco Moniz de Menezes, observe-se como o nome eh parecido com o do Francisco Barreto de Menezes!

Maria Lobo e Francisco Moniz, porem, serão pais do Jeronimo Moniz Barreto, o mais moço que o anterior. Esse ira casar com dona Teresa de Souza, irmã da dona Ignez Teresa, também filha de Antonia Barbalho e Antonio Ferreira.

Dai para frente basta seguir na ordem descendente para encontrar-se poucas gerações depois o ANTÔNIO JOSE MONIZ BARRETO que, ate que se prove o contrario, devera ser nosso ancestral:

ANTONIO JOSE MONIZ, que se casou com MANUELA DO ESPIRITO SANTO e foram pais, em Conceição do Mato Dentro, da nossa preciosa ancestral, tetravó: LUIZA MARIA DO ESPIRITO SANTO.

E que o Divino Espirito Santo proteja a todos no carnaval e todos os dias da vida.

Essa mensagem foi passada durante o carnaval de 2018. Eu estava satisfeito com o que havia encontrado ate então. Mas dai!

Retornando `a “REVISTA TRIMENSAL” parece-me que em alguma parte o autor da genealogia ou eu cometemos um grave engano. Assim, porei em sequencia para tirar as duvidas.

PAG. 161

“N. 3 – Jeronimo Moniz Barreto (2), filho terceiro de Egas Barreto, a fl…, e de sua mulher D. Maria da Silveira …………………, e ali cazou duas vezes, a primeira com D. Micia Lobo de Mendonça, filha de Francisco Bicudo e de sua primeira mulher D. Micia Lobo de Mendonça …………………. E dela teve filhos:

  1. Egas Muniz Barreto, que se segue.”

 

Teve ainda: Angela, Maria Francisca, casadas, e Izabel e Vasco, solteiros.

PAG. 162

“N.1 – Egas Moniz Barreto (1) filho primogenito de Jeronimo Moniz Barreto e de sua primeira mulher D. Micia Lobo de Mendonça, cazou trez vezes, a primeira com D. Agueda de Lemos, irman de sua madrasta D. Izabel de Lemos, acima, e a fl…, n.5, e della teve filho:

5. Francisco Barreto de Menezes, que se segue. Batizado em Paripe a 6 de Junho de 1602.

D. Micia de Menezes, mulher de Paulo Argol, a fl…”

`As paginas 177-8 surgem dois Paulo Argolo. Na revista faltou o “o” final. O primeiro era filho do Rodrigo Argolo Castellano e dona Joana Barbosa Lobo e  casou-se com Felicia Lobo, filha de Gaspar de Barros de Magalhães e sua esposa Catharina Lobo de Barbosa Almeida, ou seja, eram primos em primeiro grau pelos lados maternos.

O autor confundiu ao dizer que dona Joana Lobo era irmã da dona Felicia. Deveriam ser tia e sobrinha.

O segundo Paulo Argolo, filho do primeiro e dona Felicia, casou-se com Micia Lobo de Mendonça. Porem essa ja possuía um parentesco um pouco mais distante, pois, foi filha de Egas Moniz Barreto e sua esposa Agueda de Lemos.

Esse era o Egas Moniz, filho do Jeronimo Moniz Barreto, o velho, e de sua primeira esposa Micia Lobo de Mendonça. Por sua vez, essa era filha de Francisco Bicudo e a primeira Micia Lobo de Mendonça, uma das 3 irmãs que foram enviadas para casarem-se com as maiores figuras da terra. Seguindo:

“N. 5 – Francisco Barreto de Menezes, fidalgo escudeiro, filho de Egas Moniz, n. 1, e de sua primeira mulher Agueda de Lemos, cazou com D. Izabel de Aragão, filha de Melchior de Aragão (2) e de sua mulher Maria Dias, e teve filhos. Faleceu D. Izabel de Aragão a 19 de Maio de 1674, ja viuva. Sepultada em S. Francisco.

12. Egas Muniz Barreto, que se segue. Batizado na sé a 22 de Agosto de 1646.

________________________

(1) Fidalgo escudeiro. Faleceu a 23 de Outubro de 1646, sepultado em Camamu, onde era morador.

(2) Senhor do engenho Mataripe. Faleceu em 1669.

Dona Izabel de Aragão, aparece na pagina 110 da Revista. Sua mãe, Maria Dias, consta, na pagina 109, ter sido “outra filha de Maria Dias e seo marido Francisco de Araujo.” E Melchior era oriundo da Ilha da Madeira.

Maria Dias, esposa de Francisco de Araujo, foi filha de Genebra Alvares e seu marido Vicente Dias de Beja. Sendo Genebra Alvares filha de Diogo Alvares Correia, o Caramuru, e Catharina Alvares, a Paraguaçu. Ou seja, teriam então o mesmo sangue que nos. A menção esta na pagina 86.

PAG. 163.

“N. 12 – Egas Moniz Barreto, filho de Francisco Barreto de Menezes, n. 5, foi coronel escudeiro fidalgo, cazou com D. Ignez Barbalho Bezerra, filha de Antonio Ferreira de Souza e de sua mulher D. Antonia, filha de Luiz Barbalho, a fl…”

FAZENDO O ESQUELETO GENEALOGICO I

01. Egas Moniz Barreto c. c. D. Ignez Barbalho, filho de:

02. Francisco Barreto de Menezes c. c. Izabel de Aragão, filho de:

03. Egas Moniz Barreto c. c. Agueda de Lemos, filho de:

04. Jeronimo Moniz Barreto c. c. Micia Lobo de Mendonça, filho de:

05. Egas Moniz Barreto c. c. D. Maria da Silveira.

PAG. 161

“Segunda vez cazou Jeronimo Moniz Barreto com D. Izabel de Lemos, filha de João Rodrigues Palha e de sua mulher Micia de Lemos e teve filhos:

4. Miguel Telles de Menezes, a fl… e ali o mais

4. Antonio Moniz Telles, adiante. Batizado na se a 19 de Abril de 1586

4. Vicente, Francisco, Jeronimo, D. Joana e Anna de Lemos, mulher de Christóvão Rabelo, com filhos, a fl…”

PAG. 372

“MONIZES DO SOCORRO

N. 1 – Francisco Moniz de Menezes, *filho de Jeronimo Moniz Barreto, o velho, e de sua segunda mulher D. Izabel de Lemos, a fl…, foi fidalgo da caza real e cazou com D. Maria Lobo de Mendonca, filha de Manoel de Freitas do Amaral e de sua mulher D. Victoria de Barros, a fl…, n. 6, e teve filhos:

1. D. Victoria de Menezes, mulher de Vasco de Souza, a fl…, e depois de Jeronimo da Cruz, cazou com este a 30 de Abril de 1658.

________________________________

  • Faleceu a 1. de Abril de 1674, sepultado na capella-mor da Mizericordia na sepultura de seu avô Francisco de Araujo.”

 

PAG. 373

“2. Jeronimo Moniz Barreto, que se segue:

N. 2 – Jeronimo Moniz Barreto, filho de Francisco Moniz de Menezes, acima, e de sua mulher D. Maria Lobo de Mendonça, cazou com D. Tereza de Souza, (1), filha de Antonio Ferreira de Souza e de sua mulher D. Antonia Bezerra, a fl. 269, e teve filhos:

3. D. Francisca Izabel Barreto de Menezes, que se segue, batizada a 21 de Janeiro de 1666″

…………………………………………………………..

5. D. Luiza Josefa de Menezes, depois, batizada a 25 de Setembro de 1687.”

FAZENDO O ESQUELETO GENEALOGICO II

01. D. Francisca Izabel Barreto de Menezes c. c. Francisco Moniz Barreto

01. D. Luiza Josefa de Menezes c. c. Antonio Galas da Silveira, ambas filhas de:

02. Jeronimo Moniz Barreto c. c. D. Thereza de Souza, filho de:

03. Francisco Moniz de Menezes c. c. D. Maria Lobo de Mendonça, filho de:

04. Jeronimo Moniz Barreto c. c. D. Izabel de Lemos, filho de:

05. Egas Moniz Barreto, o velho c. c. D. Maria da Silveira

Assim, torna-se claro que enganei-me ao identificar ao Egas Moniz Barreto, casado com Ignez Thereza, como se fosse irmão de Jeronimo Moniz Barreto, casado com dona Thereza, irmã de dona Ignez.

Os Franciscos pais eram diferentes. O problema ai foi que a mistura era muito semelhante ja que nos lados maternos dona Agueda era irmã de D. Izabel de Lemos. E dona Maria Lobo era prima de dona Micia Lobo.

O Jeronimo da D. Thereza de Souza era da geração do Francisco, pai do Egas da Ignez Thereza.

Assim se desfaz alguns mal-entendidos e também se informa o quão as famílias no período colonial se entrelaçavam de forma muito semelhante ao que fariam as gerações descendentes ate `a altura de nossos pais e seus familiares.

Observe-se, então, os riscos para a saúde da descendência! Motivo ótimo para se estudar a genealogia e usa-la em medicina preventiva.

Para uma melhor compreensão do que ja passamos nessa revista, ha que repetir aqui o esqueleto maior, ate ao momento:

ESQUELETO GENEALOGICO III

01. Diogo Alvares Correia (Caramuru) c.c. Catharina Alvares, pais de:

02. Genebra Alvares c.c. Vicente Dias de Beja, pais de:

03. Catharina Alvares c.c. Balthazar Barboza de Araujo, pais de:

04. Francisca Barboza c.c. Felippe de Lemos, pais de:

05. Agueda de Pina c.c. Lourenço de Oliveira Pita, pais de:

06. Antonio Galas da Silveira c.c. D. Luiza Josefa de Menezes, pais de:

07. Diogo Moniz da Silveira c.c. Anna Maria da Affonseca, pais de:

08. Martinho Moniz Barreto c.c. D. Francisca Izabel Barreto de Menezes, pais de:

09. ANTONIO JOSE MONIZ BARRETO

Por ai se vê como poderemos chegar `a nossa genealogia, caso esse ANTÔNIO JOSE MONIZ BARRETO seja o mesmo nosso tetravô ANTÔNIO JOSE MONIZ.

Ja vimos em nosso texto anterior, embora esteja ao depois no blog, que Baltasar Barbosa de Araújo tem ancestrais conhecidos `a sua época que remontam a anos anteriores ao ano 1.000 de nossa era.

Mas hoje sabemos que o ancestral apontado naquela carta sob o nome de Egas Moniz de Riba Douro, trata-se do senhor de Riba Douro, que se casou com Toda Ermiges. Ela foi bisneta do rei D. Ramiro I, de Leon.

A carta ate menciona que o conde D. Pedro dizia isso mas o autor não chegou `a informação. Egas e Toda foram os bisavós de Egas Moniz, o Aio. Esse foi o bisavô do D. Soeiro Viegas Coelho, o que iniciou a geração da assinatura Coelho.

D. Soeiro foi o pai de, entre outros, Maria Soares Coelho, que foi a esposa do D. João Peres, I senhor da Torre de Vasconcelos, e cuja família adotou o sobrenome por causa disso. Na carta aparece somente ele como D. João Pires de Vasconcelos. Tinha ele o apelido de “o Tenreiro”.

Outro que aparece naquela lista foi o D. Rui Gonçalves Pereira. Como ja mencionei, era primo próximo do D. Nuno Alvares Pereira. Estão eles entre as primeiras gerações desse nobre sobrenome da Pereira. E também são descendentes do rei D. Ramiro I.

A ascendência conhecida de D. Ramiro I remonta a tempos anteriores a Cristo. O que, alias, se confunde com a ascendência de toda a nobreza europeia.

01. D. Catarina Alvares foi filha do chefe Taparica, maioral dos Morubixabas, uma das tribos da nação Tupinamba.

04. Vejamos como Felipe de Lemos se enquadra num esqueleto.

ESQUELETO GENEALOGICO IV

01. Felipe de Lemos c. c. Francisca Barbosa, filho de:

02. Micia de Lemos c. c. João Rodrigues Palha, filha de:

03. Fernão de Lemos, fidalgo cavaleiro.

Dona Agueda de Lemos, que aparece na genealogia do Egas Moniz Barreto, acima, e Isabel de Lemos que aparece no Esqueleto Vi, abaixo, eram irmãs do Felipe de Lemos.

`A pagina 469 temos:

“5. Felippe de Lemos, cazado com filhos, e teve o foro de escudeiro fidalgo, e logo o de cavalleiro fidalgo por alvará de 18 de Janeiro de 1620, batizado na sé a 7 de Maio de 1576.”

Como nada se pode encontrar do Lourenço de Oliveira Pita e Anna Maria da Affonseca, vamos tratar do esqueleto seguinte:

ESQUELETO GENEALOGICO V

01. Jeronimo Moniz Barreto c.c. D. Thereza de Souza, pais de:

02. D. Francisca Izabel Barreto de Menezes c.c. Francisco Moniz Barreto, pais de:

03. D. Leonor Maria da Silva Corte-Real c.c. Martinho Affonso de Mello, pais de:

04. D. Francisca Izabel Barreto de Menezes c.c. Martinho Moniz Barreto, pais de:

05. ANTONIO JOSE MONIZ BARRETO

Como se pode ver, essas foram as duas formas como chegamos ao mesmo, possível, ancestral ANTÔNIO JOSE MONIZ BARRETO.

Falta-nos, então, a parte que nos cabe do capitulo MONIZ BARRETO:

ESQUELETO GENEALOGICO VI

01. Jeronimo Moniz Barreto c.c. Thereza de Souza, filho de:

02. Francisco Moniz de Menezes c.c. (1) D. Maria Lobo de Mendonça, filho de:

03. Jeronimo Moniz Barreto, o velho c.c. D. Izabel de Lemos, filho de:

04. Egas Moniz Barreto c.c. D. Maria da Silveira ou Anna Soares, filho de:

05. Guilherme Moniz c.c. (?), filho de:

06. Sebastião Moniz c.c. (2) D. Joana da Silva, filho de:

07. Guilherme Moniz Barreto, alcaide-mor de Silves c.c. (3) Ignez, filho de:

08. Henrique Moniz c.c. (?), filho de:

09. Vasco Martim Moniz c.c. (?)

Aqui encontramos o quadro onde D. Izabel de Lemos foi irmã de Felippe de Lemos, acima, esqueleto IV.

ESQUELETO GENEALOGICO VII

01. D. Maria Lobo de Mendonça c. c. Francisco Moniz de Menezes, filha de:

02. D. Victoria de Barros c. c. Manoel de Freitas do Amaral, filha de:

03. Catharina Lobo de Barbosa Almeida c. c. Gaspar de Barros Magalhães, filha de:

04. Henrique Lobo c. c. Isabel de Reboredo, filho de:

05. 1492 Balthazar Lobo de Sousa c. c. Joana Barbosa (?) 1a. esposa.

06. 1472 Felipa de Souza c. c. Diogo Lobo

07. Joana da Guerra c. c. João Fernandes de Souza, 4o. sr. de Baião

08. Isabel da Guerra c. c. Gonçalo Vaz Coutinho

09. D. Ignez da Guerra c. c. Alvaro Pires da Távora

10. Pedro da Guerra c. c. D. Tereza Anes De Andeiro

11. D. João de Portugal, duque de Valencia c. c. Desconhecida

12. D. Pedro I, rei de Portugal c. c. D. Ines de Castro

13. D. Afonso IV, o Bravo c. c. D. Beatriz de Molina e Castela

14. D. Dinis I, o Lavrador c. c. D. Isabel de Aragão

15. D. Afonso III c. c. D. Beatriz de Castela

16. D. Afonso II c. c. D. Urraca de Castela

17. D. Sancho I, o Povoador c. c. D. Dulce de Aragão

18. D. Afonso I Henriques, o Conquistador c. c. D. Mafalda de Sabóia

19. D. Teresa de Leon c. c. D. Henri de Borgonha

20. D. Alfonso VI de Leao e Castella c. c. Ximena Moniz

(?) O nome Joana Barbosa foi sugerido por Manuel Abranches, mas não se tem certeza.

Consta que João Fernandes ficou órfão muito novo e era o único neto de Luis Alvares de Souza. E um trisavô dele chamava-se: D. Frei Alvaro Goncalves Camelo, que foi prior da Ordem do Hospital.

Ou seja, era da Ordem dos Templários, que em 1307 foi perseguida e extinta pela Igreja Católica, porem, foi ressuscitada em 1317 pelo rei D. Diniz, passando `a Ordem do Hospital, ou Ordem Militar de Malta ou, ainda, Ordem de Cristo.

Essas informações a mais aparecem na leitura:

http://www.soveral.info/mas/Argollo.htm

Aqui se afirma também que donas Joana e dona Micia (Mécia ou Maria) na verdade eram irmãs do Henrique Lobo e dona Catharina seria sobrinha e não irmã delas.

A leitura ai tem um pouco de tudo. Romance, drama etc.

Mesmo com certa modorra em ler-se texto tão complicado, resolvi fazer a leitura melhor detalhada. Foi por isso que pude reconstituir as 20 gerações de nossos muito prováveis ancestrais.

Bom, nesse caso, em se tratando do Antonio Jose Moniz Barreto. Caso não seja ele o nosso ancestral, e pode se-lo por alguma outra via, poderemos sim sermos descendentes das mesmas pessoas, apenas seguindo outras sequências que ainda não pudemos reconstituir.

Interessante foi que `a leitura do texto, pareceu-me que o professor Manuel Abranches de Soveral fez alusão ao fato do Frei Jaboatão ter se enganado ao incluir dona Catharina como irmã das três órfãs, e destaca que foi sobrinha.

Ele alega para a correção, não apenas o que esta escrito no “Pedatura Lusitana”, de autoria do Alão, mas também documentos comprovantes. O que chegou a convencer-me. Sem duvidas.

Também alega que as filhas de Balthasar Lobo de Souza não eram órfãs, pois, o pai delas se encontrava vivo. Contudo, estava do outro lado do mundo. Em sua missão nas Índias, Goa, com sua segunda esposa e 10 filhos para cuidar.

Elas não seriam órfãs de todo. Apenas não tinham mãe e o pai era ausente. Mas ele faz mais algumas revelações importantes. Tais como, eram mesmo 3 irmãs:

01. Joana Barbosa Lobo c. c. Rodrigo de Argolo

02. Micia Lobo de Mendonça c. c. Francisco Bicudo

03. Marta de Souza c. c. João Gonçalves Drummond

E com isso faz outra revelação que passa a ser nosso próximo esqueleto:

ESQUELETO GENEALOGICO VIII

01. Baltasar Lobo de Souza c. c. Joana Barbosa (?)

02. Marta de Souza c. c. João Gonçalves Drummond

03. Antonio de Souza Drummond c. c. Joana Barbosa

03. Melchior (Belchior) de Souza Drummond c. c. Mécia de Armas

04. Catharina de Souza c. c. Eusebio Ferreira

05. Antonio Ferreira de Souza c. c. Antonia Barbalho Bezerra.

06. Tereza de Souza c. c. Jeronimo Moniz Barreto

Esses foram pais de duas das ancestrais do Antonio Jose Moniz Barreto:

01. D. Francisca Izabel Barreto de Menezes c. c. Francisco Moniz Barreto

02. D. Luiza Josefa de Menezes c. c. Antonio Galas da Silveira.

Abaixo, explicarei melhor que Joana Barbosa foi filha de Baltazar Barbosa de Araújo e dona Catarina Barbosa. Ou seja, era irmã da Francisca Barbosa, esposa do Felippe de Lemos. Esses estão no Esqueleto III, geração 4.

O trabalho do professor Soveral trata mesmo da família Argolo. O que será útil para o conhecimento da genealogia brasileira como um todo, inclusive com as preciosas informações da procedência dos títulos de nobreza do Império Brasileiro depois adquiridos pela descendência.

Fica ai mais essa dica interessante pois ele informa que tais nobres descendiam não apenas de uma das irmãs, mas de duas: dona Joana e dona Marta e da sobrinha delas, Catarina.

Ou seja, nos seriam aparentados em duplo, caso sejamos descendentes de dona Marta e dona Catarina.

Ressalve-se que na descrição de ancestrais do numero 4. Paulo Argollo, deixa escrito que Antonia Bezerra, casada com Antonio Ferreira de Souza, foi filha de Luiz Bartolo e Maria Furtado.

Não sei dizer o que levou ao engano. Pode ter sido interferência de outros dados no momento de escrever e `a revisão não ter percebido. Mas esses seriam os nossos ancestrais, Luiz Barbalho Bezerra e Maria Furtado de Mendonça. Tem-se que rolar 2 bons dedos na tela do laptop para localizar-se esse engano.

Alias, não foi por falta de literatura na qual basear-se. O casamento de Antonio Ferreira e Antonia Barbalho esta registrado tanto pelo Frei Jaboatão quanto pelo “Pedatura Lusitana”, do Alão. Vou ate repetir aqui para facilitar para os leitores. Dona Antonia e Antonio estão no numero 4:

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pag. 343                    “BARBALHOS

  1. Fernão (A) Barbalho era natural de Entre Douro e Minho .. .. .. e teve:

2. Antonio Barbalho

2. Luis Barbalho

2. Alvaro Barbalho

2. Antonio Barbalho filho 1o. este viveo no Porto aonde foi cidadão. Casou com ……… e teve:

3. Antonio Barbalho

3. D. Guiomar …………………….. m.er de Ignacio Cenarche de Noronha co. g. Casou 2a. vez com D. Antonia Bezerra, ou Monteira, filha de Domingos Bezerra … … … e houve:

3. Luis Barbalho Bezerra

3. Felippe Barbalho Bezerra

3. Antonio Barbalho filho 1o. deste viveo no Brazil … … …

3. Luis Barbalho Bezerra filho 2o. de Anto. Barbalho E o 1o. de

*******************************

(A) Os f.os deste Fernão Barbalho erao primos de M.el Fran.co Barbalho e tiverao Capella em S. Fran.co do Porto. E o dito M.el Fran.co Barbalho foi pai de Clara Barbalho m.er de G.ar de Carvalho e forao pais de Jo. Lopes Barbalho fidalgo da casa delRei e Com.or de Sanfins de Nespereira e Mestre de Campo no Alentejo.

*******************************

Pag. 354

sua 2a. mulher n.2 foi insigne Soldado nas armas do Brazil: foi fidalgo da Casa delRei E com.or dos casaes na ordem de Christo. E Governador do Rio de Janeiro onde morreo.

Casou com D. Maria Furtado de M.ça  filha de Fernand’Ayres Furtado E de sua m.er Cecilia Carreira E houve:

4. Guilherme Barbalho Bezerra

4. Agostinho Barbalho Bezerra

4. Fernão Barbalho

4. Fran.co Monteiro Barbalho

4. Cosma Bezerra m.er de Fran.co de Negreiros Soeiro Sr. de hu engenho no Brazil

4. D. Antonia Bezerra m.er de Antonio Pereira de Sousa fo. de Eusebio Frra. Dromondo E de Cn.a de Sousa sua m.er.

4. D. Cecilia .. … .. m.er de Anto. Barbosa Calheiros fo. de Io. Barbosa Calheiros em Vianna

4. D. Fran.ca Furtada

4. Guilherme Barbalho Bezerra filho 1o. deste he Alcaide-mor de Serzipe delRei e tem a Comenda de seu pae. Casou com D. Anna Pereira fa. de D.os de Negreiros Soeiro Sr. de Engenho … … … e teve

5. Luis Barbalho

5. Domingos Barbalho

Pag 355

4. Ago. Barbalho Bezerra fo. 2o. de Luis Barbalho Bezerra n.3 Foi correo-mor do Brazil ……

4. Fernão Barbalho filho 3o. de Luis Barbalho Bezerra no. 3 Foi Vedor da Fazenda da India. Casou co D. Maria de Macedo m.er baixa.

4. Fran.co Monteiro Barbalho filho 4o. de Luis Barbalho Bezerra no. 3 Foi G.or da Fortaleza de S. Marcello na Bahia

3. Felippe Barbalho Bezerra filho 3o. de Antonio Barbalho no. 2 E o 2o. de sua m.er……..

2. Luis Barbalho filho 2o. de Fernão Barbalho no. 1 servio na India ……… e teve

3. D. … … … m.er de D. Luis de Sousa ou da Sylva paes delRey de Maldiva tto. de gras.

2. Alvaro Barbalho filho 3o. de Fernão Barbalho n. 1  Casou no Brazil co …. … ….”

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O próprio professor Manuel Abranches de Soveral haveria de convir que os tempos que aqueles escritores escreveram não eram fáceis para esse tipo de trabalho. Imagine-se, vasculhar séculos de documentação não catalogada!

No caso do Alão, Soveral bem mencionou que o irmão, Belchior de Souza Lobo, do Baltazar Lobo de Souza, e outros, não foram mencionados. Ai acima, no titulo “BARBALHOS”, existem outros mistérios também.

Pelos nomes dos filhos, acredito que o Antonio Barbalho, filho de Fernão Barbalho, deverá ser o mesmo Brás Barbalho Feyo, tão frequente na literatura genealogia brasileira, surgindo desde Frei Jaboatão ate Borges da Fonseca e, obviamente, todos os mais recentes.

Caso contrario, o Brás poderá ter sido um irmão não mencionado. E dai surgem outras confusões, tais como a de que o grande Luis Barbalho teria sido filho daquele Antonio. Os mesmos autores concordam que foi filho da Camila Barbalho e alguém da Família Bezerra.

Atualmente se acredita que o pai foi o Guilherme Bezerra Felpa de Barbuda. O que, pela regressão de datas, posso dizer que seja o candidato mais forte.

Na verdade, eu não desejava ter extendido tanto esse capitulo de meus estudos. A intenção era a de resumir o que ja sabia, concentrando-o nos esqueletos que penso ser melhor explicativos. Mas a menção a que Baltazar seria sextoneto do Pedro I e dona Ines de Castro acabou incitando minha curiosidade.

Porem ha ai outro engano no trabalho do professor Soveral. Tive que buscar em outras fontes para esclarecer. Ele postou que D. João Fernandes de Andeiro teria sido filho do Infante D. João, filho de Pedro e Ines.

Na verdade foi o Pedro da Guerra quem era, como esta no esqueleto. Dona Teresa Anes de Andeiro, esposa do Pedro, era filha do João Andeiro e sua esposa Maior Fernandes de Moscoso, que tinha antes sido viuva de Fernão Bezerra.

Assim fica explicado o quão pequeno foi aquele mundo no qual nossos antepassados viviam. Ela ja era nossa ancestral via o lado Bezerra da família. Porem, com o primeiro marido. Agora as vezes podem multiplicar-se. E muito! Alem disso, descendia de D. Teresa de Leon e Henri de Borgonha.

A informação de que podemos ser descendentes do Pedro e Ines de Castro é realmente nova para mim. Ate hoje eu havia encontrado no máximo ao rei D. Diniz como nosso ancestral. Assim, a gente fica descendente de praticamente toda a Dinastia Afonsina.

Nesse caso, faltaria completar com o D. Sancho II, rei de direito, porem, deposto por desagradar `a Igreja Católica. Entrando no lugar dele o seu irmão, Afonso III.

E aqui temos um entroncamento interessante. Antes ha que nos lembrarmos que o rei D. Afonso IV foi quem ordenou a morte da rainha D. Ines de Castro. Ela e outros castelhanos que estavam em Portugal estavam ficando influentes demais junto ao príncipe herdeiro Pedro.

E como Pedro abandonou a rainha de direito Constança Manuel, em favor do amor por Ines, pensava o rei e sua corte ser melhor mata-la para evitar uma guerra com os espanhóis.

Os executores foram: Alvaro Gonçalves, Diogo Lopes Pacheco e Pero Coelho. Houve praticamente uma revolução. Mas os nervos foram acalmados e Pedro prometeu não vingar depois que subisse ao trono. E a primeira coisa que fez foi quebrar a promessa, mandando executar seus desafetos.

Pedro I foi pai do rei de direito: Fernando I. Contudo esse não teve filhos do sexo masculino para ocupar o trono. A filha tornou-se esposa do rei de Castela. Então, com o falecimento de Fernando I, o rei João I de Castela invadiu Portugal.

As cortes em Coimbra ja haviam decidido que o rei seria João I, o Mestre de Avis, que ocuparia o trono. Esse João, Infante de Portugal, era filho do mesmo Pedro I, porem, extraconjugal.

De toda forma houve a guerra. Os portugueses derrotaram os castelhanos na Batalha de Aljubarrota. Mesmo com menor numero de pessoas nas forças militares. As táticas de guerra usadas pelos portugueses ajudados por ingleses foi superior. Os espanhóis contavam com ajuda dos aragoneses e franceses.

Decidido quem ficaria no trono e que Portugal permaneceria independente, a vida continuou. O grande general da época, D. Nuno Alvares Pereira, atualmente, Santo Nun’Alvares, tinha uma filha. Chamava-se Beatriz Pereira Alvim.

D. Nuno foi casado com Leonor Alvim. Essa era filha de primos: João Pires de Alvim e dona Branca Pires Coelho. Ambos descendiam do D. Egas Moniz, o Aio.

D. Beatriz Pereira Alvim, alem de ser filha única do D. Nuno, acabou casando-se com D. Afonso, filho do rei D. João I, de Portugal, e Ines Pires Esteves. Esse D. Afonso foi o primeiro Duque de Bragança. E do casal descende a Casa de Bragança.

Assim seguiram as duas linhagens. A que seguiu a Dinastia de Avis, se extinguiu em 1580, com o rei Felipe I da Espanha tomando a coroa de Portugal.

A Reconquista se deu a partir de 1640, com o restabelecimento da coroa portuguesa e a coroação de D. João IV, que então era o herdeiro do ducado de Bragança.

Assim se mostra que podemos não ser descendentes de outros reis portugueses mais recentes, porem, todos os reis de Portugal e Brasil que existiram depois descenderam de mesmos ancestrais que nos.

E quando digo nos, estou referindo-me a boa quantidade da população brasileira. Imagine-se apenas os fatos. As 3 filhas e a neta do Baltazar Lobo de Souza devem ser ascendentes de milhões.

E, logicamente, não devem ter elas sido as únicas descendentes a se mudarem para o Brasil `a época. Pedro governou apenas 10 anos, 1357 a 1367. Teve 6 filhos que chegaram `a idade adulta. Praticamente 200 anos após seu governo foi que elas foram para o Brasil.

200 anos era suficiente para que tivesse alguns milhares de descendentes, os quais nem todos estavam em situação financeira melhor, portanto, ir para o Brasil era o sonho de “fazer a America”.

Apesar de que, somente o Baltazar Lobo de Souza estava com 10 filhos vivendo nas Índias. Ha que se pensar nisso também. Podemos ter milhares, senão milhões, de familiares indianos sem o sabermos.

Diga-se de passagem, alem desses que estavam por la, haviam outros irmãos do Baltazar. E, provavelmente, outros parentes andavam `as voltas.

Alem deles, temos a noticia no texto do Alão que antes havia ido para as Índias: o Luis Barbalho, filho de Fernão Barbalho. Ao depois foi para la também o Fernão Barbalho Bezerra, filho do governador Luiz.

O que falta saber será se toda essa gente deixou descendência e se ela permaneceu no Oriente. Se ficou, devemos ter um parentesco relativamente próximo com, pelo menos, as gentes de Goa.

Em resumo, teremos parentesco obrigatório com as pessoas dos títulos descritos pelo Frei Jaboatão:

01. 42 Albuquerques Maranhões na Bahia (1)

01. 77 Bicudo

02. 84 Caramurus na Bahia

03. 111 Britos Freires com Caramurus na Bahia

04. 135 Araújos e Barbosas

05. 138 Caramurus

06. 140 Adornos e Caxoeira

07. 144 Monizes Barretos na Bahia

08. 146 Alomba

09. 160 Ulhoa

10. 174 Telles (2)

11. 177 Argollos

12. 180 Argollo Ribeiro

13. 182 Araujo, Barboza

14. 182 Argolos e Pereiras

15. 202 Torres

16. 203 Barros e Magalhães na Bahia

17. 211 Barros, Lobo e Velho

18. 212 Moreiras do Socorro (3)

19. 217 Cunha e Severin

20. 219 Pereiras Soares de Paripe

21. 224 Amorim, Barboza

22. 226 Pereiras de Paripe

23. 238  Vaz, etc

24. 242 Florianos na Bahia (4)

25. 243 Barros da França na Bahia

26. 274 Parui, Brito e Lobo (5)

27. 276 Britos e Castros

28. 279 Castros, Freires, Souzas e Tavoras

29. 281 Souzas de Andrade (6)

30. 308 Negreiros de Sergipe do Conde

31. 310 Barbalhos

32. 313 Ferreiras e Souzas

33. 372 Monizes do Socorro e Fiuzas

34. 382 Monteiros

35. 385 Rocha, Sa e Soutomaior (7)

35. 386 Maciel e Sa

36. 392 Brito Cassão

37. 395 Dormondo (Drummond) (8)

38. 407 Subtil e Siqueira

39. 427 Bravo (9)

40. 454 Paredes na Bahia (10)

41. 468 Palha

(1) A família “Albuquerques Maranhões na Bahia” entra em nosso ramo de parentela não por ser nossa ancestral mas por possuir ancestral que compartilhamos desde seu inicio.

Essa familia começa com Jeronimo de Albuquerque, o Torto, filho do Jeronimo de Albuquerque, o Adão de Pernambuco, e de sua companheira, a indígena D. Maria do Espirito Santo Arcoverde. O Torto ajudou a conquistar o Rio Grande e foi seu primeiro governador.

Foi casado com D. Catharina Pinheiro Feio. Essa foi filha de Antonio Pinheiro Feio, reinol, e de sua esposa, D. Leonor Tavares de Guardes.

Ela foi filha do senhor do engenho de São Paulo da Várzea do Capibaribe, Francisco Carvalho de Andrade e sua esposa Maria Tavares de Guardes.

Esses foram também pais de dona Ignez de Guardes, esposa do instituidor do riquíssimo morgado do Cabo de Santo Agostinho, João Paes Barreto.

Era também irmã das anteriores, Maria ou Catharina Tavares de Guardes, que foi a esposa de Brás Barbalho Feyo, que foram os avos do Luiz Barbalho Bezerra, via Camilla Barbalho.

Diga-se de passagem, nos, Barbalho em Minas Gerais, teríamos parentesco com todos os Albuquerques ja, pelo menos, pelo lado de Martim Afonso de Sousa, primeiro Governador Geral do Brasil.

Esse foi filho de Lopo de Sousa e D. Brites de Albuquerque. Que não se trata da mesma que casou-se com Duarte Coelho.

(2) Ha ai um parentesco colateral, pois, Rafael Telles, o patriarca, casou-se segunda vez com Micia de Armas, que era viuva de Belchior de Souza Drummond (Dormondo). Eles estão do Esqueleto VIII como nossos ancestrais.

(3) Outra vez, parentesco por via do tronco que gerou Martim Afonso de Sousa.

(4) O parentesco com esses esta indefinido mas deles ha os Corte Real que se misturaram com os Moniz Barreto. Na sequencia, Barros da Franca na Bahia, entram descendentes de donas Cosma e Antonia Barbalho Bezerra.

(5) Nosso parentesco se da com D. Joana de Argolo, esposa do dr. Sebastião Parui de Brito. Britos e Castros é sequencia do anterior. O mesmo se da com o 28.

(6) Parentesco por aproximação. D. Maria Furtado Barbalho casou-se com Nicolau de Souza de Andrade, porem, não tiveram filhos.

(7) Familia que começa em Diogo da Rocha de Sa, que casou-se com Ignez Barreto, filha de Egas Moniz Barreto e irma de Duarte Moniz Barreto. Sequencia em Maciel e Sa. Segue em Brito Cassão.

(8) Os Drummond da Bahia, nesse caso, se mostram nossos duplo parentes porque descendem simultaneamente dos casais: João Gonçalves Drummond e sua esposa dona Marta de Souza; e de Baltazar Barboza de Araújo e sua esposa Catarina Alvares, filha de Caramuru e Paraguaçu.

O primeiro casal foi pai de Antonio de Souza Drummond e o segundo de D. Joana Barbosa que se casaram e foram pais do Melchior (Belchior) de Souza Drummond que casou-se com Micia de Armas, filha de Luiz de Armas e sua esposa Catarina Jacques.

Antonio, que nasceu em Ilhéus, e Micia foram os pais da Catharina de Souza, esposa do Antonio Ferreira, sendo esses os pais do Antonio Ferreira, marido da Antonia Barbalho Bezerra. Como esta no esqueleto acima (VIII).

Alias, aqui acrescenta-se essa segunda descendência nos ancestrais: Caramuru e Guaimbim-Para (Paraguaçu).

(9) Começa em Antonio Bravo, natural do Porto. Quase certamente será parente de Miguel Gomes Bravo, também do Porto, nosso ancestral no Rio de Janeiro.

(10) Começa em João Paredes da Costa que casou-se com D. Paula de Barros, filha de Gaspar de Barros de Magalhães e D. Catharina Lobo, possivelmente, nossos ancestrais.

As 41 familias acima citadas são aquelas das quais descenderíamos diretamente ou suas raizes descendem das mesmas pessoas que nos. Isso não significa que as outras não possuam semelhante vinculo.

O que fica gravado ai é que as outras, não relacionadas por mim, tem ou terão vínculos após o tempo do Frei Jaboatão (1695 – 1779). Lembrando que ele concluiu seu trabalho genealógico em 1770.

A partir disso, teremos apenas o trabalho de encontrar quem foram os pais de nosso ancestral Antonio Jose Moniz, ou se ele assinava o Barreto também, para transformar esse estudo em nossa genealogia.

Por enquanto tudo isso, apesar da trabalheira, é apenas especulação.

Apenas como uma observação. Ja recebi opinião de que isso de estudar mais profundamente nossa genealogia não ajuda em nada. Afinal, por que quer-se saber de defuntos tão distantes?!!!

A verdade é que quem ja passou, e deixou herdeiro, não esta morto. Nossos antepassados vivem em nos. Quem tem aquela opinião teria razão num ponto:

Temos uma relação de descendência com nossos pais de 50%. Ou seja, a metade de cada um vive em nos. 25% é a cota de nossos avós. 12.5% de nossos bisavós. 6.25% de nossos trisavós. 3.125% de nossos tetravós. e + ou – 1.56% de nossos pentavós.

Realmente. Dai para frente seria quase que uma bobagem pensar em grau de parentesco, pois, essa será uma porcentagem próxima `aquela que o ser humano possui com seus primos mais próximos, os chimpanzés. Então, para que saber mais?!

Acontece que hão outros detalhes. Vamos tomar como exemplo as vezes possíveis que descenderíamos do Baltazar Barbosa de Souza. Ele foi pai da dona Marta e avo da dona Catarina.

Na sequencia, temos as duas personagens:

01. D. Francisca Izabel Barreto de Menezes c. c. Francisco Moniz Barreto

02. D. Luiza Josefa de Menezes c. c. Antonio Galas da Silveira.

Ambas foram avós do Antonio Jose Moniz Barreto. Cada uma delas foi 2 vezes descendentes do Baltazar, portanto, o Antonio Jose foi 4 vezes descendente dele.

Agora, apenas caso o nosso pentavô Antonio Jose Moniz tenha sido a mesma pessoa, nos sabemos ser 5 vezes pentanetos e uma vez sextonetos dele. Ao todo 6. E multiplicando 6 X 4, temos o resultado de 24 vezes descendentes do Baltazar.

Ainda assim torna-se pouco, devido a distancia que ha entre ele e nos. O problema é não sabermos a origem da Manoela do Espirito Santo, a esposa do Antonio Jose, nosso ancestral. E se ela for baiana também?

Dela, não temos noticias mas sabemos que temos pelo menos outra ancestral baiana, cujo nome foi Teresa (Fiuza) de Jesus, esposa do sargento-mor Domingos Barbosa Moreira. Vejam ai a repetição do sobrenome Barbosa.

Ja ate não importa tanto buscar mais. 24 vezes em tal espaço de tempo ja nos da quase um grau de pentavô. Nesse caso, justifica-se a busca de ancestrais mais antigos, pois, na verdade não são tão distantes quanto imagina a nossa vã filosofia!

Mais ainda, justifica-se saber quem foram os pouco mais antigos que o Baltazar. Isso porque, esses deverão ser nossos ancestrais não apenas as possíveis 24 vezes que o Baltazar deverá ser.

Eles deverão ser os mesmos ancestrais de nossos ancestrais intermediários, cujos sangues chegaram ate a nos por outras linhagens.

Assim, embora mais antigos que o Baltazar, podem ser ate nossos parentes mais próximos. Essa ja seria uma boa justificativa. Mas, como se dizia antigamente, “o saber não ocupa lugar”!

Agora, imaginem o prazer que daria a uma criança atual, descobrindo os primeiros capítulos da Historia Universal, ao mesmo tempo podendo ter em mãos uma genealogia que mostre que os ilustres personagens são seus ancestrais ou terem algum grau de parentesco com ela!

Acredito que tal alegria não teria preço!!!

 

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009. GENEALOGIA DE ANTONIO JOSE MONIZ BARRETO: UM POUCO DO CONTEÚDO DA “REVISTA TRIMENSAL DO INSTITUTO HISTORICO E GEOGRAPHICO BRAZILEIRO”

INDICE

01. INTRODUCAO

02. EXTRATOS DA REVISTA

03. PRIMEIROS COMENTARIOS

04. ESQUELETOS GENEALOGICOS

05. BUSCANDO ANCESTRAIS DO ANTONIO JOSE MONIZ

06. ANTEPASSADOS E FAMILIARES DO ANTONIO JOSE

07. O QUE QUE A BAIANA TEM? OS QUINDINS DE IAIA!!!

08. CONSIDERAÇÕES A RESPEITO DE MAIS PARENTESCOS

09. UM POUCO DA DESCENDENCIA DA DONA COSMA BARBALHO

10. ANTONIO BARBALHO PINTO, NOSSO QUASE ANCESTRAL!

11. CONCLUSOES 

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01. INTRODUCAO

Sim, a grafia é essa mesma. Trata-se do exemplar numero 52, parte I, que foi publicada em 1889.

O engraçado, ou nota de alegria, foi que estava procurando ver se encontrava dados paternos do Gaspar de Souza Barbalho, ancestral da amiga Perlya, e encontrei algo que pode ser de grande importância para a genealogia do nosso ramo.

Na verdade, a publicação naquela revista poderia levar o nome de “Nobiliarquia Baiana”. Trata-se de estudo que abrange diversas famílias nobres. Registra pessoas que chegaram desde a implantação da Capitania ate `as ultimas décadas do século XVIII (1770). Os dados são de época. A publicação em 1889 foi uma reprodução.

`A medida que outras famílias vão chegando, ali se casam com a nobreza da terra, somando sangues de outras paragens portuguesas e brasileiras. Isso se da com a Família Barbalho.

Chegada em Pernambuco desde os tempos do capitão-mor Duarte Coelho, foge para a Bahia devido aos conflitos com os holandeses. Em 1638, o governador Luiz Barbalho Bezerra e sua esposa Maria Furtado de Mendonça se instalam na, então, capital da colônia, São Salvador.

Em 1643 ele e parte da família se transferem para o Rio de Janeiro para assumir o cargo de governador daquela província. Porem deixa na Bahia duas filhas e três filhos. D. Cosma, D. Antonia, Guilherme, Fernão e Francisco Monteiro.

Somente recentemente, através do livro “Pedatura Lusitana”, tomei conhecimento que o Fernão foi casado. Mas ele, mais tarde foi transferido para Goa, onde exerceu a função de vedor, e não temos noticias de descendência.

Ha também a menção a Francisca Furtada. Os dados que tinha mencionavam 10 o total de filhos do governador e sua esposa. Por meus estudos, ate então, havia encontrado 9. Agora se completam com Cecilia, Agostinho, Antonio e Jeronimo.

Guilherme transferiu-se para São Cristóvão, antiga capital de Sergipe, na qual foi alcaide-mor. Depois passou a alcaidaria para o filho Domingos. Acredito que Guilherme tenha assumido a governadoria por 2 ou 3 anos também.

Por enquanto não descobrimos o estado civil do Francisco Monteiro. Sabe-se que foi capitão do Forte de Nossa Senhora da Conceição do Populo, ou Forte de São Marcelo. Esse forte fica dentro da Bahia de Todos os Santos e é um dos únicos com arquitetura circular no Brasil. Por histórico, é atração turística.

Francisco Monteiro aposentou-se em 1704, com pouco mais de 24 anos de serviço. Devia estar com mais de 60 anos de idade. Portando, se teve filhos em sua juventude poderia estar tornando-se bisavô.

Acredito que o autor do estudo preferiu não fazer um capitulo dedicado `a descendência Barbalho justamente por ela ter chegado depois. Ou seja, ele expõe um inicio entre as paginas 310 a 312.

As sequências da descendência esta dispersa nos vários capítulos nos quais ela se casou. Assim, `a pagina 308 iniciara-se os “NEGREIROS DE SERGIPE DO CONDE”, no qual dona Cosma e Guilherme se casaram.

Os “FERREIRAS E SOUZAS” iniciam a partir da pagina 313. Nesse capitulo temos parte da descendência de dona Antonia e seu marido Antonio Pereira de Souza. Ali temos que:

ANTONIO PEREIRA DE SOUZA c.c. ANTONIA BARBALHO BEZERRA, pais de:

01. D. Ignez Barbalho Bezerra c.c. Egas Moniz Barreto

02. D. Thereza de Souza c.c. Jeronimo Moniz Barreto

03. D. Catharina de Souza c.c. Rafael Soares de Franca

04. D. Maria Furtado de Souza c.c. Nicolao de Souza de Andrade

05. Euzebio Ferreira, falecido criança.

06. D. Francisca Barbalho c.c. Diogo de Sa Soto-maior.

Cada um desses casais aparece nos respectivos capítulos nos quais os sobrenomes das famílias dos maridos é estudado. Somente o Egas encontra-se no capitulo MONIZES BARRETO, a partir da pagina 144.

O irmão dele, Jeronimo Moniz Barreto, esta separado, aparecendo a partir da pagina 372, no capitulo MONIZES DO SOCORRO E FIUZAS. Somente o encontrei porque interessei-me em verificar os Fiúzas, pois, temos ancestrais com o sobrenome.

D. Maria Furtado de Souza foi a unica das irmãs que não teve filhos.

Penso ser melhor copiar os trechos da revista que interessaram-me anotar de imediato. Assim se poderá verificar algo da evolução da família e depois mostro meus comentários. Segue então:

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02. EXTRATOS DA REVISTA

Pag. 313.

                        “FERREIRAS DE SOUZAS

Euzebio Ferreira, natural de Porto-Santo na ilha da Madeira do reino de Portugal, filho de Leão Ferreira passou `a Bahia, e n’ella cazou com D. Catharina de Souza (1), filha de Melchior de Souza Dormondo e de sua mulher Catarina Jacques. De Euzebio Ferreira e sua mulher D. Catarina de Souza foram filhos:

(1) cazaram na Se a 13 de Maio de 1603, em caza, que os recebeu o coadjutor Antonio Viegas; testemunhas Christóvão de Aguiar e Melchior de Sa. E faleceu ao 1o. de Novembro de 1636.

D. Catarina sua mulher faleceu a 21 de Agosto de 1649, sepultada no Carmo.”

Pag. 314

N. 5. Antonio Pereira de Souza, filho de Euzebio Ferreira e de sua mulher D. Catharina de Souza, cazou com D. Antonia Bezerra (2), filha do mestre de campo Luiz Barbalho, o velho, a fl…, batizada na capela do Nome de Jezus do Socorro a 27 de Agosto de 1656, e teve filhos:” (acima)

Cont. “14. D. Ignez Barbalho Bezerra, que casou com o coronel Egas Moniz Barreto, irmão de D. Victoria de Menezes, filha esta de Francisco Moniz de Menezes, a fl…. n.4.”

A data do batismo esta fora de lugar, pois, o casamento se deu em 1642. Possivelmente seria, então, de 1626. Para melhor acompanhar os dados, resolvi retornar `a pagina 144 e verificar o inicio do titulo MONIZES BARRETOS NA BAHIA.

Antes, nao busquei ainda os dados da ancestral de D. Catharina de Souza, que pode também ter sido nossa ancestral.

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COMPLEMENTO INTERESSANTE ACRESCIDO A ESCRITA:

“GENEALOGIAS DA ZONA DO CARMO – TITULO LV

DRUMONDS (de Itabira)

– O capitão Antonio Carvalho Drumond e sua mulher Inácia Micaela de Freitas Henriques, nascidos e batizados na freguesia da se do Funchal, na ilha da Madeira, são os troncos dos Drumond de Itabira em Minas, os quais tem larga ramificação na zona do Carmo. Os primitivos Drumonds (Dormundos) fixaram-se em São Miguel do Piracicaba.”

NOTAS NO RODAPE:

3. “Ha farta bibliografia sobre a familia Drumond, cujos troncos escoceses se fixaram na Madeira: Consultem-se as coleções da revista do Instituto Genealógico Brasileiro.”

4. “Na Nobiliarchia Pernambucana de Antonio Jose Victoriano Borges da Fonseca, vol II – 253 (edição da Biblioteca Nacional 1935), ha noticia de Leandro Teixeira Escocia de Drumond, Juliana de Drumond, Manuel Escocia de Drumond, Carlos Maria de Drumond e outros.”

5. “Também, no Catalogo Genealógico de Jaboatão (edição da revista do Instituto Histórico), pag. 395, ha um titulo Dormondo que começa: “Antonio de Souza Dormondo, natural do Brazil, capitania dos Ilheos, era filho de João Gonçalves Dormondo, da ilha da Madeira, da ilustre família dos Dormondos, e fidalgo, e de sua mulher D. Marta de Souza ….”

Penso ser informação de grande importância, pois, ai se informa que a família Drummond procede da Escócia; ja desde o período colonial houveram esses diversos ramos imigrantes no Brasil e, especialmente, nos podemos descender do Melchior de Souza Drummond, portanto, outra vez aparentados do poeta itabirano Carlos Drummond de Andrade.

Ha pouco tempo um de nossos primos fez exame de DNA. Em nossa família ha uma certa incidência de ruivos sardentinhos.

O exame dele, a meu ver, deu uma incidência elevada de porcentagem com origem no Reino Unido porque ate agora não havia encontrado ancestrais relativamente recentes como esses com essa origem.

Talvez essa informação agora feche essas contas. E também nos da uma grande evidencia de que, enfim, o nosso ANTÔNIO JOSE MONIZ foi encontrado com sua devida ascendência. Temos agora que ver o que nos falam os documentos dele, quando os encontrarmos.

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Pag. 144

                         “MONIZES BARRETOS NA BAHIA

Egas Moniz Barreto, natural da Ilha Terceira, etc, filho de Guilherme Moniz e sua mulher. Foi morgado, neto de Sebastião Moniz, também Morgado, e de sua mulher D. Joanna da Silva, filha de Gonçalo da Silva, regedor de Justiça de Lisboa, e bisneto de Guilherme Moniz Barreto, alcaide-mor de Silves, e de sua segunda mulher D. Ignez, filha de Gonçalo Nunes Barreto, alcaide-mor de Faro, do qual Guilherme Moniz Barreto, foi mulher D. Joanna da Costa Corte-Real, filha de Joao Vaz da Costa Corte-Real, terceiro-neto de Henrique Moniz, quarto-neto de Vasco Martim Moniz; foi este dito Egas Moniz Barreto o primeiro, que veio `a Bahia no tempo em que so havia a Villa-Velha e povoação do Pereira junto `a Victoria.

Foi cazado na mesma Ilha Terceira com D. Maria da Silveira, de quem teve trez filhos abaixo nomeados; sendo certo que se cazou com D. Anna como consta no assento do seu enterro, que diz assim: Faleceu Egas Moniz Barreto a 4 de Novembro de [PAG. 145] 1582, sepultado em Nossa Senhora da Ajuda, Testamenteira sua mulher D. Anna, a qual por outro assento consta faleceu a 4 de Setembro de 1596. Testamenteiro seu filho Duarte Moniz, sepultada em Nossa Senhora da Ajuda.

Nem se deve dizer, que na Bahia cazou segunda vez este Egas Moniz com outra mulher chamada D. Anna; porque a ser assim, não diria o tal assento do seu enterro, que fora testamenteiro seu filho Duarte Moniz; porque diz Cordeiro (1) no lugar citado, com os outros filhos de D. Maria da Silveira, podendo ser erro da escrita o por D. Maria, em lugar de D. Anna Soares, como se acha no seu testamento feito a 3 de Novembro de 1595. Faleceu a 4 de Setembro de 1596. Sepultada em Nossa Senhora da Ajuda pois o assento do óbito é manifesto. Foram filhos os seguintes:

       1. Duarte Moniz Barreto, que se segue;

       2. Henrique Moniz Barreto, ou Telles, abaixo

       3. Jeronimo Moniz Barreto, ou Telles, adiante

       4. Diogo Moniz Barreto, e D. Ignez Barreto a fl…., mulher de Diogo da Rocha de Sa, a fl….”

PAG. 161

‘N 3 – Jeronimo Moniz Barreto (2) filho terceiro de Egas Barreto, a fl…, e de sua mulher D. Maria da Silveira ou D. Anna, como ja ai fica anotado, passou `a Bahia com seu pai e irmãos, e ali cazou duas vezes, a primeira com D. Micia Lobo de Mendonça, filha de Francisco Bicudo e de sua primeira Mulher D. Micia

……………………………..

(1) Cordeiro, pag. 313

Lobo de Mendonça, a fl…, uma das 3 irmans orfans, que mandou a rainha D. Catharina para cazarem, com as pessoas principaes, como ja se tem dito; e della teve filhos:

          1. Egas Moniz Barreto, que se segue …”

PAG. 162

“N 1 – Egas Moniz Barreto (1) filho primeiro de Jeronimo Moniz Barreto e de sua primeira mulher D. Micia Lobo de Mendonça, cazou trez vezes, a primeira com D. Agueda de Lemos, irman de sua madrasta D. Izabel de Lemos, acima, e a fl…., n.5, e dela teve filho:

5. Francisco Barreto de Menezes, que se segue. Batizado em Paripe a 6 de Julho de 1602 ….

……………………………………………………..

N 5 Francisco Barreto de Menezes, fidalgo escudeiro, filho de Egas Moniz, n.1, e de sua primeira mulher Agueda de Lemos, cazou com D. Izabel de Aragão filha de Melchior de Aragão (2) e de sua mulher Maria Dias e teve filhos. Faleceu D. Izabel de Aragão a 19 de Maio de 1674, ja viuva. Sepultada em S. Francisco.

12. Egas Moniz Barreto, que se segue. Batizado na Se a 22 de Agosto de 1646.”

……………………………………………………………………………………..

PAG. 163

N 12 – Egas Moniz Barreto, filho de Francisco Barreto de Menezes, n.5, foi coronel escudeiro fidalgo, cazou com D. Ignez Barbalho Bezerra, filha de Antonio Ferreira de Souza e de sua mulher D. Antonia, filha de Luiz Barbalho, a fl…, n.4, como consta do livro de cazamentos na Capella do Bom Jezus, a 8 de Janeiro de 1698, e teve filhos:

15. Antonio Ferreira de Souza, que segue”

……………………………………………………………………..

“N 15 – Antonio Ferreira de Souza, filho do coronel Egas Moniz Barreto, n 12, foi escudeiro fidalgo, como seu pai, e senhor do engenho de Mataripe, cazou com D. Izabel*, filha de seu tio Diogo Moniz, o Gordo, e teve filhos:

20. Antonio Ferreira de Souza, sem geração.

21. Egas Carlos de Souza Menezes, adiante

………………………………………………………………………..

PAG. 165

N. 21 – Egas Carlos de Souza de Menezes, filho de Antonio Ferreira de Souza, n. 15, e de sua mulher D. Izabel, cazou com D. Maria Francisca da Conceição, filha de Antonio Machado Velho, a fl…. n.9, e de sua mulher D. Antonia Maria de Menezes, e teve filhos:

32. Antonio Moniz de Souza Barreto, que se segue

N.32 – Antonio Moniz de Souza, filho de Egas Carlos de Souza de [PAG. 166] Menezes, n. 21, tem o foro de Fidalgo cavaleiro, como tem seu pai, com 1$500 de moradia e um alqueire de cevada por dia, por alvara de el-rei, de 30 de Maio de 1768. Cazou com D. Luiza Francisca Severina (1) filha de Luiz Coelho Ferreira, cavaleiro professo da Ordem de Christo, e mercador na praça da Bahia, e de sua mulher D. Maria Dias do Vale.”

…………………………………………………………………………..

Acrescente-se o que vai abaixo que ainda não podia ser anotado pelo autor por ainda ser futuro `a sua época.

“Antonio Moniz Barreto de Souza e Aragão c.c. Luiza Francisca Zeferina Coelho Ferreira, pais de:

I. Jose Joaquim Moniz Barreto de Aragão, 1o. barão de Itapororoca, c.c. Josefa Joaquina Gomes Ferrão de Castelo-Branco, pais de:

I a. Maria Amalia Ferrão Moniz Barreto de Aragão c.c. Frutuoso Vicente Viana, 2o. barão de Rio de Contas.

I.b Emilia Augusta Ferrão Moniz Barreto de Aragão c.c. Joaquim Inacio de Aragão Bulcão, 1o. barão de Matuim.

II. Salvador Moniz Barreto de Aragão e Menezes, 1o. barão de Paraguassu c.c. Teresa Clara do Nascimento Viana, pais de:

II a. Francisco Moniz Barreto de Aragão, 2o. barão de Paraguassu (sem sucessão )

II b. Pedro Moniz Barreto de Aragão, 1o. barão de Rio de Contas c.c. Maria Joaquina de Aragão Bulcão (+ Carlota Lirio Ratton), pais de:

II b 1. Salvador Antonio Moniz Barreto de Aragão c.c. Maria Bernardina de Lima e Silva (sobrinha do duque de Caxias), filha de Jose Joaquim de Lima e Silva Sobrinho, 1o. conde de Tocantins e de Maria Balbina da Fonseca Costa.

III Manuel Inácio Moniz Barreto de Aragão c.c. Francisca de Assis Viana, pais de:

III a. Francisca de Assis Viana Moniz Barreto, 1a. baronesa de Alenquer c.c. Custodio Ferreira Viana Bandeira.

OBS.: Maria Joaquina de Aragão Bulcão (acima) foi filha de:

Jose de Araujo Aragão Bulcão, 2o. barão de São Francisco c.c. Ana Rita Marinho Cavalcanti de Albuquerque. Foram pais de:

Joaquim Inácio de Siqueira Bulcão c.c. Inácia Calmon du Pin e Almeida, pais de:

Antonio Araujo de Aragão Bulcão, 3o barão de São Francisco, c.c. Maria Clara e Maria Jose Moniz Viana. As duas esposas foram irmãs e filhas dos 2os. barões de Rio de Contas. (acima).

RETORNANDO `A REVISTA, PAG. 372

“MONIZES DO SOCORRO E FIUZAS

N 1 – Francisco Moniz de Menezes,* filho de Jeronimo Moniz Barreto, o velho, e de sua segunda mulher D. Izabel de Lemos, a fl…, foi fidalgo da caza real e cazou com D. Maria Lobo de Mendonça, filha de Manoel de Freitas do Amaral e de sua mulher D. Victoria de Barros a fl…, n.6, e teve filhos:

1. D. Victoria de Menezes, mulher de Vasco de Souza, a fl…., e depois de Jeronimo Cruz, cazou com este a 30 de Abril de 1658.

…………………………………………………………………………..

*Faleceu a 1 de Abril de 1674, sepultado na Capella-mor da Mizericordia na sepultura de seu avo Francisco de Araujo.”

PAG. 373

2. Jeronimo Moniz Barreto, que se segue

N 2 – Jeronimo Moniz Barreto, filho de Francisco Moniz de Menezes, acima, e de sua mulher D. Maria Lobo de Mendonça, cazou com D. Tereza de Souza (1), filha de Antonio Ferreira de Souza e de sua mulher D. Antonia Bezerra, a fl. 269, e teve filhos:

3. D. Francisca Izabel Barreto de Menezes, que se segue, batizada a 21 de Janeiro de 1666.

4. D. Joana de Souza Barreto c.c. dr. João de Aguiar Villas Boas

5. D. Eugenia Thereza de Menezes 25.09.1687

6. D. Luiza Josefa de Menezes 03.09.1673

7. D. Antonia 25.04.1672

8. D. Catarina Barreto de Menezes, 08.03.1682

9. Diogo Moniz Barreto 02.08.1677

N 3 – D. Francisca Izabel Barreto de Menezes, filha de D. Thereza de Souza e de seu marido Jeronimo Moniz Barreto, cazou com o capitão Nicolao Lopes Fiuza (2) natural de Viana, freguezia de S. Maria Maior, filho d’este capitão Nicolau Lopes Fiuza e de sua mulher Izabel Lopes, o qual Nicolau Lopes Fiuza era viuvo de D. Izabel Maria de Aragão Menezes, filha do coronel Egas Moniz Barreto e de D. Ignez Barbalho Bezerra, sua mulher, e a sobredita Izabel Maria de Aragão era também viuva do coronel Antonio Machado Velho. Não teve a dita D. Francisca Izabel Barreto de Menezes do dito Nicolao Lopes Fiuza filho algum.

Segunda vez cazou esta na freguezia de N. S. da

…………………………………………………………………………………

(1) cazaram na capella do nome de Jezus da freguezia do Desterro a 24 de Junho de 1663, e os recebeu o padre Francisco de Souza, religioso do Carmo, irmão do pai do nubente.

(2) cazaram-se a 2 de Janeiro de 1707; sendo o consorcio celebrado pelo vigário de S. Pedro Velho da Bahia doutor Francisco Pinheiro Barreto.”

………………………………………………………………………………….

PAG. 374

“Ajuda da Bahia a 1 de Novembro de 1713, esta com o capitão de infantaria pago Francisco Moniz Barreto, fidalgo da caza real, e natural da ilha Terceira, filho de Guilherme Moniz Barreto, fidalgo da caza real, e de sua mulher D. Maria Faleiro, teve d’esse segundo marido os filhos seguintes:

7. D. Leonor Maria da Silva Corte-real, que se segue

8. D. Mariana Antonia Corte-real, que vive solteira recolhida no convento do Desterro.

N 7 – D. Leonor Maria da Silva Corte-real, filha de D. Francisca Izabel Barreto de Menezes e de seu marido capitão Francisco Moniz Barreto, cazou* com Martinho Affonso de Mello, natural da Villa de Maragogipe, que a tirou por justiça, o qual era filho do sargento-mor Joze Pereira da Cunha e de sua mulher D. Ignacia Pereira de Mello, natural da Bahia, e tiveram filhos:

9. D. Anna Maria de Mello, que segue

10. D. Francisca Izabel Barreto de Menezes, adiante

11. Jose Manoel de Menezes Corte-real, solteiro

12. Martinho Francisco de Menezes Corte-real, solteiro.

N 9 – D. Anna Maria de Mello Corte-real, filha de D. Leonor Maria da Silva e de seu marido Martinho Affonso de Mello, cazou com seu parente Antonio Galas da Silva, filho de Diogo Moniz da Silva da Silveira e de sua mulher Anna Maria da Fonseca, e foram dispensados no terceiro grao de consanguinidade, e tiveram filhos:

13. Francisco Joaquim da Silveira

14. Gonçalo Joze Galas da Silveira

15. Joana Senhorinha de Menezes Corte-real

16. Diogo Moniz Barreto da Silveira

17. Maria Francisca de Menezes Corte-real

18. Victorino Moniz Barreto da Silveira

Todos menores em 1770

…………………………………………………………………………..

  • Cazaram na Capella da ordem terceira do Carmo a 12 de Dezembro de 1736 com licença do cabido pelo coadjutor Jorge Francisco de Souza.

 

PAG. 375

N 10 – D. Francisca Izabel Barreto de Menezes, filha segunda de D. Leonor Maria da Silva Corte-real e de seu marido Martinho Affonso de Mello, cazou com Martinho Moniz Barreto, filho de Diogo Moniz da Silveira, e de sua mulher D. Anna Maria da Fonseca, e foi também dispensado no terceiro grao de consanguinidade, por ser irmão de Antonio Galas, acima, e teve filhos:

19. D. Margarida Francisca de Menezes Corte-real

20. Antonio Jose Moniz Barreto

21. D. Luiza Thereza de Menezes.”

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03. PRIMEIROS COMENTARIOS

Interessou-me copiar ate aqui por causa da presença do “20. ANTÔNIO JOSE MONIZ BARRETO”. Isso porque ele parece ser de idade semelhante `a de seus primos, filhos de dona Anna Maria de Mello, portanto poderá ter sido o mesmo ANTÔNIO JOSE MONIZ, casado com MANUELA DO ESPIRITO SANTO, e pai da nossa tetravó LUIZA MARIA DO ESPIRITO SANTO, que nasceu em 1789.

Como se pode observar, Egas Moniz Barreto, que se casou com D. Ignez Thereza Barbalho Bezerra, era irmão do JERÔNIMO MONIZ BARRETO que se casou com a irmã dela, THEREZA DE SOUZA.

Ha mais tempo, encontrei no “Projeto Compartilhar” uma família Moniz. Trata-se do inventario de Antonio Muniz Barbosa, iniciado em 1786, que se encontra no museu, em São João Del Rei, e o local de moradia do Antonio Muniz era Baependi, MG.

Antonio Muniz teve um filho chamado também Antonio, batizado em 03.07.1758, e que poderia ter adotado o sobrenome Jose Moniz. Era comum trocar-se em cartório o Muniz pelo Moniz. Se fosse esse nosso ancestral, a idade dele seria compatível com a paternidade da ancestral LUIZA MARIA.

Mas ha esse outro detalhe de não termos nada alem do nome ANTÔNIO JOSE MONIZ, casado com MANUELA DO ESPIRITO SANTO. Nada que nos possa garantir alguma procedência dele.

O problema que enxergo em relação a esse Antonio, filho do senhor Antonio Muniz, ter sido nosso ancestral foi ele não ter comparecido ao testamento do pai. Poderia ser que não tivesse ultrapassado a idade infantil, como era tão comum naquele tempo.

Lógico, ele poderia ter crescido e desaparecido. Fica ai a dificuldade de dizer que fosse nosso ancestral, pois, ha na publicação apenas a informação de que “não compareceu ao testamento do pai”. Não se sabe se faleceu antes e, mesmo que não, não ha a informação com quais sobrenomes completou sua graça.

Ja, o professor Dermeval Jose Pimenta, que nos informa da existencia do ANTONIO JOSE MONIZ e sua esposa MANUELA DO ESPIRITO SANTO, talvez os possa ter achado no registro de casamento da filha LUIZA MARIA com o capitão JOSE COELHO DA ROCHA, e que foram nossos tetravós.

Caso tenha sido esse o caso, justificar-se-ia a supressão do ultimo sobrenome, BARRETO, porque era muito comum `a época abreviar-se nomes para economizar papel e tinta. Os nomes ANTÔNIO JOSE MONIZ era mais que suficiente para identificar a pessoa, pois, devia ser bem conhecido do escrivão.

O ideal mesmo seria encontrar deles o registro do próprio casamento. Esse seria o documento no qual os homens demonstravam sua independência e, geralmente, os nomes dos nubentes apareciam completos. Casamento era símbolo de status.

Nossos ancestrais JOSE e LUIZA MARIA, residiram primeiro em Conceição do Mato Dentro, numa sesmaria chamada Fazenda da Lapinha. Segundo informações do amigo Bento Silva, natural da cidade, era enorme e atualmente faz parte do território da vizinha Santana do Riacho.

Devido `as características do relevo a área foi transformada em capital nacional dos esportes radicais. E as montanhas e quedas d’agua dão ar e grande beleza dos locais antigos.

Por enquanto so posso especular que a sesmaria pertenceu ao ANTÔNIO JOSE MONIZ e sua esposa MANUELA DO ESPIRITO SANTO. O ancestral JOSE nascera na Fazenda Axupe, que foi localizada a principio na também vizinha cidade do Morro do Pilar. Talvez fosse na própria Conceição, na qual atualmente ainda existe uma propriedade de mesmo nome.

Presume-se, então, que para que o ancestral ANTÔNIO MONIZ tenha se tornado dono da Lapinha, ele ja teria posses antes de chegar a isso. Então, ser parte da família MONIZ BARRETO o favoreceria. A riqueza dela é ate lendária.

Mas não posso deixar de mencionar que ha algum tempo encontrei um personagem cujo nome foi JOSE COELHO DE MAGALHÃES. O mesmo de nosso patriarca Coelho. Mas ate ao momento tudo indica que foram homônimos e não a mesma pessoa.

Claro, nenhuma conclusão pode ser definitiva nesse ponto em que estamos. Outra possibilidade comum existe. Nada sabemos a respeito dos antecedentes dos familiares da avó MANUELA.

ANTONIO MONIZ poderia ter sido apenas um “consorte” da princesa. Poderia ser ela a herdeira de alguma das famílias primeiro chegadas a Conceição, no inicio do Ciclo do Ouro, que se dera ha poucas décadas antes do nascimento da geração deles.

Nesse estado, quaisquer ANTONIO MONIZ poderia encaixar-se no cargo de marido “consorte”.

Muito comum, no caso, pessoas como o “baiano” de tão alta estirpe ter optado pela carreira militar. E ao prestar seus serviços `a sua majestade, “que Deus a guarde”, pode ter sido destacado para o Serro e Diamantina. Conceição fazia parte por ser freguesia do Serro.

Por ser solteiro fardado, logo despertaria o interesse das donzelas “casadoiras”. E com isso justificaria tantas posses `a época.

Naturalmente, ele poderia ter a principio outra profissão, como advogado por exemplo, cuja demanda era enorme naquelas Minas Gerais em pleno Ciclo do Ouro. Ate mesmo o cargo de professor era muito requerido, e poderia ser regiamente pago.

Para comprovarmos qualquer hipótese, nada melhor que pesquisar no Serro (Museu General Carneiro + dos Otonni); Diamantina (Arquidiocese) ou Conceição (cartórios locais).

Nessas cidades, espera-se encontrar algum documento (casamento, inventario, testamento) que revele os nomes paternos dos ancestrais ANTÔNIO MONIZ e MANUELA.

Uma opção, talvez, mais direta, porem incerta, seria verificar os livros do genealogista Antonio de Araújo de Aragão Bulcão Sobrinho.

(www.cbg.org.br/colegio/historia/patronos/antonio-sobrinho/)

No endereço acima encontra-se uma biografia e a obra literária produzida por ele. Estou certo que nos era aparentado por descender dos BARBALHO nossos ancestrais.

Observe-se que os títulos da literatura genealógica escrita por ele relembram os mesmos sobrenomes envolvidos na porção genealógica que copiei da Revista Trimensal. Ali se pode destacar: Soeiro (1947), Monizes da Bahia (1950), Fiúza (1960), Bulcão (1961 a 1962) e Sa Menezes (1968). Todos entrelaçados com os BARBALHO.

A busca nessa literatura poderia encurtar a nossa procura se acaso ela revelar que o ANTÔNIO JOSE MONIZ BARRETO casou-se com MANUELA DO ESPIRITO SANTO ainda na Bahia.

Alem disso, devera informar que não ficaram na Bahia, ja que a nossa genealogia supõe que LUIZA MARIA DO ESPIRITO SANTO nasceu em Conceição do Mato Dentro, em 1789.

Mas se o ANTÔNIO mudou-se solteiro e foi casar-se em Conceição, muito possivelmente isso não será demonstrado pelo autor Antonio de Araújo.

Ha, porem, outro indicio de famílias baianas `a época na região do Serro. Havemos que nos lembrar que ja no inicio do século XVIII o português DOMINGOS BARBOSA MOREIRA casou-se com TEREZA DE JESUS, natural de Itabaiana, atualmente no Sergipe.

Eles foram os pais da NOROTEA BARBOSA FIUZA que se casou com outro português, JOAO DE SOUZA AZEVEDO. NOROTEA nasceu em São Gonçalo do Rio das Pedras, distrito do Serro.

Foram os pais da MARIA DE SOUZA FIUZA, que casou-se com mais um português, o ANTÔNIO BORGES MONTEIRO, natural de Seia da Guarda. Eles se tornaram grandes patriarcas na região. Esse casamento se deu em 1775, ja na época em que o ANTÔNIO JOSE MONIZ BARRETO deveria ser jovem.

Meus estudos mais recentes encontraram o Sargento-mor DOMINGOS BARBOSA MOREIA e suas ligações intimas com a Bahia. Em 1723 ele quitou os dízimos dos quartéis da Comarca do Serro Frio.

Muito certamente, serviu de ponto de apoio e referencia para a transferencia de familiares da esposa dele, da Bahia para a região do Serro.

Em 1750 começa o declínio do Ciclo do Ouro. O ouro esgotou-se nas áreas mais tradicionais, aquelas representas pelas cidades históricas em torno da Estrada Real.

A consequência da queda de produção foi a expansão da área de colonização em busca de novas jazidas. E muitos encontros se deram na área mais ao Norte do Estado de Minas Gerais. Ai se inclui Minas Novas e Pecanha (1750-3), Itabira (1780), Guanhães/Virginópolis (1828), Barão de Cocais (1840).

Alem disso, a produção de diamantes na região de Diamantina ainda atraiu muita gente no período pós Ciclo do Ouro.

Nesse periodo pos Ciclo do Ouro, o que atraiu um grande contingente de migrantes também foi a fertilidade das terras para produção agropecuária.

O Estado de Minas tornou-se o preferido no Brasil para migrantes do mundo inteiro, ate por volta do ano de 1900. Em 1872, quando se deu o primeiro censo populacional brasileiro, dos 9.930 milhões de habitantes, 2.039 (mais de 20%) residiam em Minas Gerais.

Observe-se que somente a Bahia, que tivera em si a capital do Brasil por mais de 200 anos, tinha população acima de 1 milhão de habitantes, alem de Minas Gerais. Outrossim, em 1872 a Bahia ja contava com 320 anos de colonização europeia e Minas Gerais com apenas 174. Observe o mapa estatístico:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Censo_demográfico_do_Brasil_de_1872

Por ai se pode ver que, em termos genealógicos, toda a população brasileira tem vínculos com Minas Gerais, pois, no inicio a Província atraiu gente de todos os pontos de Portugal e das outras províncias brasileiras. Alem, claro, dos outros componentes que se misturam em nossa genética.

Os migrantes multiplicaram-se enormemente em Minas e, depois, com a expansão da colonização para outros interiores e a industrialização de São Paulo e Rio de Janeiro, os mineiros migraram para todos os locais que os atraíram.

Nesse caso, espera-se que cada família brasileira atual, tenha pelo menos um ancestral nascido em Minas Gerais.

Não se trata aqui de dizer-se que ha algo de melhor nos mineiros. Minha analise reflete apenas o numero de pessoas e não a qualidade.

Mesmo porque, os mineiros são produto da conspiração da natureza e não das pessoas. Imaginem, foram milhões e milhões de anos. Ela trabalhou muito para concentrar em nossas serras uma quantidade imensa de minerais que, antes de a população humana multiplicar-se e conhecer mineralogia, nada valiam.

Os que chegaram por sua própria vontade no inicio, foram atraídos pelo brilho dos minerais, tais quais os insetos são atraídos pela claridade de lâmpadas quando estão enxameados.

Como a maioria não encontrou o que buscava, acabou ficando no lugar. E as gentes que ficaram, cresceram e multiplicaram, como o fariam em quaisquer outros locais que estivessem.

Isso nunca foi merito de ninguém. E sim dadiva da natureza. Mas a consequência pratica foi que os mineiros tornaram-se também, junto com os outros que os precederam, grandes ancestrais da população brasileira e ja conta com parte da mundial.

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04. ESQUELETOS GENEALOGICOS

Baseado no que ja possuíamos anteriormente e somando ao que tenho encontrado ao longo de minhas pesquisas, vou expor os esqueletos genealógicos, possíveis, da família Barbalho Coelho, cujo ramo difundiu-se na região Centro-Nordeste de Minas Gerais.

Naturalmente, as cidades bases foram Guanhães e Virginópolis. Mas dai ela se expandiu tanto para os antigos distritos delas quanto para os grandes centros, especialmente aqueles criados após sua multiplicação, tais como:  Belo Horizonte, Governador Valadares, Ipatinga e Brasilia.

Ainda, tenho noticias e contatos com pessoas de nossa família que vão desde o Rio Grande do Sul ao Acre. E de la para Aracaju e Salvador, alem de tudo o que esta dentro da Aquarela Brasileira e, em parte, exterior. Segue então:

I. PRIMEIRO ESQUELETO

01. Maria Rodrigues de Magalhães Barbalho c.c. Giuseppe Nicatigi da Rocha, pais de:

02. Eugenia Rodrigues da Rocha c.c. Jose Coelho de Magalhães, pais de:

03. Capitão Jose Coelho da Rocha c.c. Luiza Maria do Espirito Santo, pais de:

04.1 Jose Coelho da Rocha c.c. Candida Jovina Pereira e Maria de Deus Villa Real.

04.2 Maria Luiza Coelho (Nha Moça) – solteira

04.3 Francisca Eufrasia de Assis Coelho c.c. ten. Joaquim Nunes Coelho

04.4 Anna Maria de Jesus Coelho (Nha Ninha) – solteira

04.5 ten. João Batista Coelho c.c. Maria Honoria Nunes Coelho

04.6. Eugenia Maria da Cruz Coelho c.c. cap. Francisco Marçal Barbalho

04.7 Antonina – faleceu criança

04.8 Antonio Rodrigues Coelho c.c. Maria Marcolina Borges do Amaral e Virginia de Campos Nelson. E teve 2 filhas extraconjugais reconhecidas com: Getulia Justiniana de Aguiar (filha Emidia Justiniana) e Anna Girou Bonefoi (filha Julia Salles).

II. SEGUNDO ESQUELETO

01. Gov. Luiz Barbalho Bezerra c.c. Maria Furtado de Mendonça, pais de:

02. cap. Jeronimo Barbalho Bezerra c.c. Isabel Pedrosa, pais de:

03. Páscoa Barbalho c.c. Pedro da Costa Ramires, pais de:

04. Maria da Costa Barbalho c.c. Manuel de Aguiar, pais de:

05. Manuel Vaz Barbalho c.c. Josefa Pimenta de Souza, pais de:

06. Isidora Maria da Encarnação c.c. cap. Antonio Francisco de Carvalho, pais de:

07.1 João (1761)

07.2 Victoriana Florinda de Ataide (1762) c.c. Damasio Rouco

07.3 Antonio (1764)

07.4 Luciano (1766)

07.5 Mariana (1767)

07.6 Jose (1769)

07.7 Francisco (1771)

07.8 Bernardo (1776)

07.9 Boaventura Jose Pimenta (1779) c.c. Maria Balbina de Santana Borges Monteiro. Esse casal foi pai de Modesto Jose Pimenta, que se casou com Ermelinda Querubina Pereira do Amaral.

Estes foram os avos, e seus pais os bisavós, do professor Dermeval Jose Pimenta e, basicamente, no livro genealógico escrito por ele: A Mata do Peçanha, sua Historia e sua Gente, 1966, entram como a base da genealogia principal.

Tornam-se ai nossos parentes, pois, alem do Barbalho, a Maria Francelina Borges Monteiro foi irmã da Maria Balbina; e o Daniel Pereira do Amaral, irmão da Ermelinda Querubina.

Maria Francelina e Daniel foram os pais da Maria Marcolina Borges do Amaral, esposa do ten. Antonio Rodrigues Coelho. São trisavós da minha geração.

III. TERCEIRO ESQUELETO.

“MANUEL DE AGUIAR, n. por volta de 1634, fal., casado por volta de 1664 com Domingas Martins. Pais de:

I.1 João de Aguiar Barbalho, n. no Rio (Guaratiba) por volta de 1685, fal., casado no Rio (Iraja 2o., 36) a 1.7.1710 (na igreja de Santo Antonio de Jacutinga, RJ) com Agueda Rodrigues (ou Jordão), n. no Rio (Iraja), filha de Fernando Rodrigues e de Luisa da Silva, pais de:

II.1 Francisco, n. no Rio (Iraja 6o. 107) bat. a 6.6.1709 (Legitimado)

I. 2 Manuel Vaz Barbalho, n. por volta de 1690

I.3 Eugenia, n. no Rio (Iraja 6o., 78) bat., a 28.4.1695.”

Essa pequena peça de esqueleto foi extraída do Primeiras Famílias do Rio de Janeiro, de autoria do Carlos G. Rheingantz. E ele enganou-se quanto `a maternidade desses filhos. Foram filhos da Maria da Costa Barbalho que esta no II ESQUELETO.

João de Aguiar Barbalho teve também uma segunda ou primeira esposa cujo nome era Joana de Oliveira. Deles nasceu Thereza de Aguiar de Oliveira que casou-se em Mariana, a 24.06.1730 com Jose Rodrigues.

IV. QUARTO ESQUELETO (hipotético).

01. Eugenia de Aguiar Barbalho c.c. (desconhecido), pais de:

02. Anna Maria da Conceição c. c. Estevão Rodrigues de Magalhães, pais de:

03. Maria Rodrigues de Magalhães Barbalho c.c. Giuseppe Nicatigi da Rocha.

Essa situação hipotética, por enquanto, tenta explicar o sobrenome Rodrigues de Magalhães Barbalho em nossa ancestral Maria, do Primeiro Esqueleto.

Como se pode observar, Rheingantz encontrou uma Eugenia, filha do Manuel de Aguiar que, pela época do nascimento, foi também filha da Maria da Costa Barbalho.

O registro de nascimento de uma menina com o nome Maria, filha de Anna Maria e Estevão Rodrigues de Magalhães também existe. Ele encontra-se no site do

Familysearch. A menina nasceu em 1750, na cidade de Ouro Branco, MG.

Nosso ancestral Jose Coelho da Rocha nasceu em 1782. 32 anos de diferença de sua suposta avo Maria. A possibilidade de isso ter acontecido não chegava a ser absurda naquela época em que a mulheres costumavam casar com 15 anos de idade ou menos.

V. QUINTO ESQUELETO.

01. Gov. Luiz Barbalho Bezerra c.c. Maria Furtado de Mendonça, pais de:

02. Antonia Barbalho Bezerra c.c. Antonio Ferreira de Souza, pais de:

03. D. Tereza de Souza c.c. Jeronimo Moniz Barreto, pais de:

04. D. Francisca Izabel Barreto de Menezes c.c. Francisco Moniz Barreto, pais de:

05. D. Leonor Maria da Silva Corte-real c.c. Martinho Affonso de Mello, pais de:

06. D. Francisca Isabel Barreto de Menezes c.c. Martinho Moniz Barreto, pais de:

07.1 D. Margarida Francisca de Menezes Corte-real

07.2 ANTONIO JOSE MONIZ BARRETO

07.3 D. Luiza Thereza de Menezes.

Claro, apenas em suposição, por enquanto, podemos dizer que o filho 07.2, ANTÔNIO, será o mesmo que se casou com MANUELA DO ESPIRITO SANTO e tornaram-se nossos ancestrais.

Note-se também que aqui não esta em discussão o fato de essas pessoas da genealogia baiana terem sido nossos familiares. Afinal, descendem do mesmo ramo BARBALHO do qual, supostamente mas com quase certeza, nos procedemos.

As únicas discussões aqui serão:

01. Se a Eugenia do terceiro esqueleto deu ascendência `a Maria Rodrigues ou não. E, em caso de não, se algum dos irmãos ou sobrinhos geraram um ramo do qual Maria Rodrigues foi descendente.

O fato de a Maria Rodrigues ter sido mãe da Eugenia Rodrigues, nossa quinta e, simultaneamente, sextavó, deixa quase claro que esse foi mesmo o caminho que o sobrenome BARBALHO foi introduzido na linhagem COELHO.

Mas não podemos descartar outras possibilidades que não conhecemos, ja que não sabemos quais outros BARBALHO estavam presentes na região de formação da família.

A propria presença do ANTÔNIO MONIZ em nossa genealogia, em sendo ele esse que agora encontramos, pode indicar que outros primos BARBALHO dele podem te-lo acompanhado. E de algum deles podemos descender, caso seja comprovada a primeira suposição.

Não podemos ignorar a evidencia também da presença da D. Luiza Thereza como irmã do Antonio Moniz. Naturalmente os nomes dela sugerem homenagem ao próprio governador Luiz e da neta dele, D. Thereza.

Portanto, nossa ancestral LUIZA MARIA pode ser uma sequencia normal de homenagem aos ancestrais. E, diga-se de passagem, mesmo sem o saber disso, as pessoas da família continuam usando o nome Luiza ate com alguma frequência maior que outros nomes comuns.

Outra evidencia importante, que não se pode desprezar, será o segundo matrimonio do nosso tio-trisavo Jose Coelho da Rocha com Maria de Deus Villa Real.

Era um sobrenome que junto ao Corte Real acompanhava os sobrenomes da mais alta nobreza portuguesa. Poderia ate que Jose e Maria de Deus fossem primos por ela também poder ter sido descendente do Antonio e Manuela.

VI. SEXTO ESQUELETO

01. Cap. Jose Vaz Barbalho c.c. Anna Joaquina Maria de Sao Jose, pais de:

02. Alferes, padre, Policarpo Jose Barbalho c.c. Isidora Francisca de Magalhães, pais de:

03. Cap. Francisco Marçal Barbalho c.c. Eugenia Maria da Cruz Coelho.

Ou seja, essa será a ligação que, alem de levar o sobrenome Barbalho `a nossa genealogia, manteve o sobrenome e ate hoje corre na descendência.

A duvida aqui esta apenas na passagem do sobrenome do segundo esqueleto para esse. Isso porque houve tempo hábil para o Jose, filho da Isidora e do cap. Antonio Francisco ter sido pai do Policarpo Jose Barbalho, pois, o cap. Jose nasceu em 1769 e o Policarpo casou-se em 1808.

São 39 anos de espaço. Ou seja, um deles teria que ter se casado por volta dos 19 anos de idade e o outro com idade semelhante. O que não era muito comum para homens. Mas haviam os que tinham filhos antes do casamento. E isso não seria problema se a família fosse abastada.

Mas dentre os filhos do casal Manoel Vaz e Josefa Pimenta, alem de dona Isidora da Encarnação, por enquanto, encontrei apenas o cirurgião-mor, Policarpo Joseph Barbalho. Ele nasceu no Serro, exerceu o cargo em Porto Alegre e teve filhos em Gravatai – RS.

Ha a possibilidade de o Jose Vaz Barbalho ter sido irmão dos dois anteriores. Nisso, não encontraríamos dificuldades de idades, pois, o cirurgião-mor nasceu em 1735 e teve filhos ate aos anos de 1790. Dona Josefa nasceu por volta de 1712, portanto, ate por volta de 1752 ainda estaria em idade fértil.

O que calculo é que o nosso ancestral Policarpo tenha nascido em torno de 1780, mas poderia ter nascido ate em 1790, quando o pai poderia estar em torno dos 40 anos de idade dele. Em caso de ter sido filho de Manoel e Josefa.

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05. BUSCANDO ANCESTRAIS DO JOSE ANTONIO MONIZ

A partir do que ja havia encontrado, resolvi mergulhar um pouco mais nessa genealogia. e o primeiro que fiz foi buscar informações a respeito do pai do ANTÔNIO JOSE MONIZ BARRETO.

Fui desde o principio do livro, numa leitura ultradinamica, observar se via o nome dele. Pouco mais de hora de vistoria, encontrei, logo depois dos dados maternos:

PAG. 376

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“N. 5 – D. Luiza Josefa de Menezes, filha quarta de D. Thereza de Souza e de seu marido Jeronimo Moniz Barreto, n. 2; cazou com Antonio Galas da Silveira, *que teve a merce do habito da ordem de Christo, pelos serviços de seus avos, e não professou por falecer antes de o tomar; e era filho de Lourenço de Oliveira Pita e de sua mulher Agueda Pina Barboza, e para se receberem foram dispensados, e teve filhos:

29. Agueda, Joana e Thereza, que faleceram donzelas.

30. Diogo Moniz da Silveira, que se segue.

N. 30 – Diogo Moniz da Silveira, filho ultimo de D. Luiza Josefa de Menezes e de seu marido Antonio Galas da Silveira, cazou com D. Anna Maria de Afonseca, filha do capitão Antonio Diniz de Macedo, e de sua mulher D. Virginia da Fonseca, filha do Sargento-mor Francisco Pinto da Fonseca Deça, e teve filhos:

33. Jose Telles Moniz Barreto, solteiro

32. Antonio Galas da Silveira, cazou com D. Anna Maria de Mello, filha de Martim Alonso de Mello n.9.

33. Martinho Moniz Barreto, casado com D. Francisca Izabel Barreto, filha do sobredito Martinho Affonso.

“N. 34 – Diogo Moniz da Silveira, cazou com D. Margarida Josefa de Almeida Calmon, filha de João Calmon e de D. Ignácia de Nazareth, dispensados no parentesco por ser o dito Diogo primo co-irmão de sua esposa, e ate este anno de 1770 não teve filhos.”

35. Luiz Antonio Moniz da Silveira, cazado, mulher D. Apolónia.

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*Cazaram na Capella do Desterro da freguezia do Socorro a 2 de Fevereiro de 1690, e os recebeu o cônego Pedro de Teive, sendo testemunhas o sargento-mor Egas Moniz Barreto e o capitão Bartholomeu Vabo, e vigário João Ribeiro de Souza.

Segunda vez cazou com o capitão Martinho Ribeiro, sem filhos.”

PAG. 377

“36. Martinho Moniz Barreto, casado com sua prima segunda D. Francisca Izabel.

37. D. Maria Gertrudes, D. Anna Maria, donzelas.

Fr. Carlos de S. Bartolomeu, religioso menor na Bahia.

N. 33 – Marinho Moniz Barreto, filho de Diogo Muniz da Silveira, n. 30, e de sua mulher D. Anna Maria da Fonseca, cazou com sua prima segunda, D. Francisca Izabel Barreto de Menezes, filha de D. Leonor da Silva Corte-Real e de seu marido Martinho Afonso de Mello, e foram dispensados no 3o. grao, e teve filhos:

38. Margarida Francisca de Menezes Corte-Real

39. Antonio Jose Moniz Barreto

40. D. Luiza Thereza de Menezes.”

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Ja de inicio deve-se observar que tomei nota do N. 34 como um complemento útil aos estudos, pois, ali se informa que 1770 foi a data exata da escrita do livro.

Parece-me que o autor da genealogia estava querendo terminar rápido o capitulo e talvez tenha cometido alguns enganos. A principio, ele postou 2 vezes o nome Martinho Moniz Barreto, 33 e 36, ambos casados com dona Francisca Izabel.

E por ultimo alterou o nome Martinho para Marinho. Possível será que o 36 se chamasse Marinho, e pode ter se casado com D. Francisca Izabel numa segundas núpcias dela. Porem, os filhos deverão mesmo ser do Martinho.

Foi um pouco difícil compreender o que o autor afirma ter sido eles primos em segundo grau e dispensados no 3o. grau de consanguinidade. Tive que preparar dois esqueletos genealógicos para verificação. E ai ficou assim:

PRIMEIRO ESQUELETO

01. Jeronimo Moniz Barreto c.c. D. Thereza de Souza, pais de:

02. D. Francisca Izabel Barreto de Menezes c.c. Francisco Moniz Barreto, pais de:

03. D. Leonor Maria da Silva Corte-Real c.c. Martinho Affonso de Mello, pais de:

04. D. Francisca Izabel Barreto de Menezes c.c. Martinho Moniz Barreto, pais de:

05. ANTONIO JOSE MONIZ BARRETO

SEGUNDO ESQUELETO

01. Jeronimo Moniz Barreto c.c. D. Thereza de Souza, pais de:

02. D. Luiza Josefa de Menezes c.c. Antonio Galas da Silveira, pais de:

03. Diogo Moniz da Silveira c.c. Anna Maria da Affonseca, pais de:

04. Martinho Moniz Barreto c.c. D. Francisca Izabel Barreto de Menezes, pais de:

05. ANTONIO JOSE MONIZ BARRETO

Como se pode observar, tanto dona Francisca Izabel quanto Martinho eram bisnetos da dona Thereza e do Jeronimo. Então, serão primos em 3o. grau para nos atualmente, pois, as avos eram irmãs entre si.

A menos que haja outro parentesco entre os pais e que os dados presentes não nos permitam identificar. O que será bem provável porque ja percebi o quanto as famílias baianas se casavam entre primos.

Algo difícil de fugir quando os casamentos se dão em locais com populações menores. E era exatamente isso, alem dos preconceitos, que acontecia durante o período colonial brasileiro.

Os ricos buscavam casamentos em suas castas. Isso para garantir os privilégios que eram “os direitos de nobreza”.

E aqui ja podemos estar demonstrando que minhas hipóteses genealógicas estão se confirmando e ja podem ganhar o status de teorias. O que será uma fatalidade não se confirmar por verdade cientifica.

Meus objetivos de buscas genealógicas era comprovar que nossos ancestrais pouca coisa menos recentes são ancestrais de boa parte de nos, portanto, somos aparentados de todo mundo, especialmente das populações contidas em limites fronteiriços.

O segundo objetivo era justamente determinar via genealogia e com melhor grau de precisão a quantidade de consanguinidade que ha entre as pessoas. Junto a isso, levantar os males mais comuns que acompanham as famílias.

Esse objetivo tem uma função mais técnica e interessa mais ao meio medico. Via essa interação de dados, pode-se usar o conhecimento pratico na medicina preventiva. Aconselhando-se os casais antes do casamento para os riscos dessas heranças para os filhos.

E outro objetivo igualmente importante seria a facilitação do entendimento da evolução da Historia e da política no passar do tempo. Pois, se tivéssemos nossa genealogia mais completa antes de conhecer o que ensinam na Historia, iriamos verificar que ela corre em nossas veias também.

Vou apenas dizer por alto. Mas ja tenho a certeza que nossos familiares la na Bahia se entrelaçaram aos Sa de Soutomaior. Os representantes mais conhecidos desse ramo são o governador Mem de Sa, e os sobrinhos desse: o fundador do Rio de Janeiro Estacio de Sa e o governador Salvador Correia de Sa e Benevides.

Posteriormente pincelarei mais alguns dados dessa genealogia que nos permitirão demonstrar isso.

E nossa ligação não se da apenas por entrelaçamento. Salvador Correia de Sa e Benevides foi o governador do Rio de Janeiro que mandou executar nosso ancestral Jeronimo Barbalho Bezerra, em 1661. Diga-se de passagem, por pura pirraça!

Na verdade, a briga dos dois se deu em torno dos interesses políticos e econômicos que cada um defendia. Salvador defendia os privilégios de sua gangue. Jeronimo queria que a dele tivesse parte mais ampla.

Pode-se dizer que Jeronimo estava do lado menos errado. Seus companheiros de revolta depois foram perdoados e obtiveram ganho de causa. Mas ele perdeu a vida. Salvador perdeu o comando, os privilégios no Brasil e foi preso.

Quem desejar saber mais, informe-se pelo titulo: A Revolta da Cachaça no Rio de Janeiro.

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06. ANTEPASSADOS E FAMILIARES DO ANTONIO JOSE

Os esqueletos genealógicos entre D. Thereza de Souza, e seu marido Jeronimo Moniz Barreto, ate ao Antonio Jose ja estão prontos acima. Ja temos informações da ascendência dela em meus outros estudos.

Organizei, então, o terceiro esqueleto para tratar da ascendência do Jeronimo Moniz Barreto. Segue assim:

TERCEIRO ESQUELETO (nesse capitulo)

01. Jeronimo Moniz Barreto c.c. Thereza de Souza, filho de:

02. Francisco Moniz de Menezes c.c. (1) D. Maria Lobo de Mendonça, filho de:

03. Jeronimo Moniz Barreto, o velho c.c. D. Izabel de Lemos, filho de:

04. Egas Moniz Barreto c.c. D. Maria da Silveira ou Anna Soares, filho de:

05. Guilherme Moniz c.c. (?), filho de:

06. Sebastião Moniz c.c. (2) D. Joana da Silva, filho de:

07. Guilherme Moniz Barreto, alcaide-mor de Silves c.c. (3) Ignez, filho de:

08. Henrique Moniz c.c. (?), filho de:

09. Vasco Martim Moniz c.c. (?)

(1) D. Maria Lobo de Mendonça, filha de Manoel de Freitas do Amaral e Victoria de Barros.

(2) D. Joana da Silva, filha de Gonçalo da Silva, regedor da justiça em Lisboa.

(3) D. Ignez, filha de Gonçalo Nunez Barreto, alcaide-mor do Faro.

Para melhor completar esse quadro, repito aqui os outros esqueletos postados no capitulo anterior:

PRIMEIRO ESQUELETO (nesse capitulo)

01. Jeronimo Moniz Barreto c.c. D. Thereza de Souza, pais de:

02. D. Francisca Izabel Barreto de Menezes c.c. Francisco Moniz Barreto, pais de:

03. D. Leonor Maria da Silva Corte-Real c.c. Martinho Affonso de Mello, pais de:

04. D. Francisca Izabel Barreto de Menezes c.c. Martinho Moniz Barreto, pais de:

05. ANTONIO JOSE MONIZ BARRETO

SEGUNDO ESQUELETO (nesse capitulo)

01. Jeronimo Moniz Barreto c.c. D. Thereza de Souza, pais de:

02. D. Luiza Josefa de Menezes c.c. Antonio Galas da Silveira, pais de:

03. Diogo Moniz da Silveira c.c. Anna Maria da Affonseca, pais de:

04. Martinho Moniz Barreto c.c. D. Francisca Izabel Barreto de Menezes, pais de:

05. ANTONIO JOSE MONIZ BARRETO

Nesse estagio da pesquisa, não encontrei, nesse livro, os antecessores de: Martinho Affonso de Mello, Antonio Galas da Silveira e Anna Maria da Affonseca. Fica difícil por uma busca simples.

Isso porque nos títulos aos quais os sobrenomes poderiam estar ligados temos os ancestrais mais longínquos. Ou seja, os que se instalaram no Brasil. Mas haver-se-ia que tomar cada pessoa daqueles capítulos e verificar se se casou com alguém de outro capitulo e se para la a descendência foi transferida.

Francisco Moniz Barreto era portugues recém chegado ao Brasil, portanto, os dados que o precedem não se encontram nessa literatura. Veja-se o que se encontra a respeito de D. Maria Lobo de Mendonça:

PAG. 203

“BARROS E MAGALHAES DA BAHIA

Gaspar de Barros de Magalhães, homem fidalgo, viveu no Brazil no recôncavo da Bahia, onde chamam São Paulo; e viera de Portugal exterminado, foi mui rico e afazendado, cazou na Bahia com Catharina Lobo Barros de Almeida, uma das trez irmans orfans que mandou a [204] rainha D. Catharina para a Bahia cazarem com as pessoas principaes, como ja foi dito, e d’ella teve filhos:

1. Jeronimo de Barros, que se segue

2. Baltazar Lobo de Souza, adiante

3. Gaspar Barreto de Magalhães, ao depois

4. D. Felicia Lobo, que foi cazada quatro vezes, a primeira com Pedro Dias de quem teve filhos, a fl… retro n.1; a segunda com Paulo Argolo, e teve filhos a fl….; a terceira com Vicente Coelho, e a quarta com Constantino Menelao, dos quais não achamos filhos.

5. D. Micia Lobo de Mendonça, a primeira mulher de Jeronimo Moniz Barreto, a fl…, n. 3. Não era filho d’este.

6. D. Victoria de Barros, mulher de Manuel de Freitas do Amaral, adiante, e D. Ignez de Barros Lobo, depois.”

PAG. 206.

“N. 6 – D. Victoria de Barros, filha sesta de Gaspar de Barros de Magalhães, o primeiro d’este nome, e de sua mulher Catharina Lobo de Almeida, cazou com Manoel de Freitas do Amaral, homem formado e Cavalleiro fidalgo.”

A respeito de D. Victoria, seu marido e descendência não se fala mais. Mas basta dar uma rápida passada d’olhos no capitulo para constatar que todas as outras famílias mais nobres das terras brasileiras estão entrelaçadas a esse tronco. E a presença dos sobrenomes presentes hoje-em-dia são comuns em todo o Brasil.

Observe-se que não se trata da primeira vez que encontramos a menção `as órfãs enviadas pela rainha D. Catharina para casarem-se com as pessoas principais da colonia. E essa foi uma estratégia colonialista bem inteligente!

Isso remonta desde os tempos dos primeiros colonizadores que se “promiscuíam” com as indígenas e negras escravas. O caso mais famoso foi o do Jeronimo de Albuquerque, cunhado do primeiro capitão hereditário de Pernambuco, Duarte Coelho.

Com a chegada dos padres jesuitas, inclusive Manoel da Nóbrega e Jose de Anchieta, os governantes portugueses foram informados e pressentiram que as relações “ilícitas e promiscuas” produziriam pessoas com características raciais diferentes daquelas comuns `a Europa.

Logo, pelo preconceito e temor, raciocinou-se que as misturas criariam povos não apenas com diferenças físicas, mas também com intelecto que logo perceberia as agruras do colonialismo, através do qual o povo, considerado inferior, era levado a trabalhar para sustentar os privilégios dos graúdos brancos.

Como se vivia muito pouco `a época, era comum os pais deixarem uma grande quantidade de filhos menores. Mesmo aqueles com origem na nobreza e, sem os provedores paternos, tornavam-se um “incomodo” para a coroa, pois, sem fortuna não tinham como se casar, pois, os costumes exigiam os dotes cuja obrigação era dos pais das filhas.

Essas eram criadas em conventos de freiras para que depois “tivessem alguma serventia”. E, claro, criadas em uma instituição intimamente ligada `a governança, ja que Igreja e Estado estavam unidos, as crianças também eram instruídas dentro dos valores impostos por tais instituições.

Nesse caso, envia-las para a colônia passou a ser uma estratégia de Estado e não uma ação caritativa. A finalidade disso era manter a pureza da raça, ao mesmo tempo que essas crianças, “adestradas segundo os créditos da imposição da dominação de uns pelos outros”, passassem para os filhos a mesma educação que receberam.

Não se tratava de ensinar humildade e sim subserviência. Não se tratava de democratizar os privilégios da nobreza. Era uma estratégia de dominância `a distancia, pois, essas famílias eram ensinadas a se crer superiores, embora submissas ao poder metropolitano.

Assim a reação se dava em cadeia. Os nobres de Portugal eram submissos aos reis e `a Igreja. O povo ficava abaixo. Os nobres na colonia, eram submissos ao mesmo, mas impunham ao povo colonial antes a submissão a eles próprios, como se fossem mais gente.

Essa é a origem do elitismo entre as classes dominantes brasileiras e do complexo de vira-lata entre os muitos afetados pelo mal no Brasil, dentro de todas as classes socioeconômicas. Seguimos, então, com a próxima:

Como se dizia antigamente: “estava atoa na vida” e ai passou um “passarinho verde” para dar-me duas palhinhas!

PAG. 468

“PALHA

João Rodrigues Palha, de quem não achamos noticia certa donde fosse natural, e so que fora dos primeiros povoadores da nova cidade de Salvador, Bahia de Todos os Santos, e que tivera o foro de escudeiro fidalgo e morador da freguezia de Matuim, e casado com Micia de Lemos, [469] que era irmã de Beatriz de Lemos, (1) e do chantre Jorge de Pina, filhos estes de Fernão de Lemos, fidalgo Cavalleiro. De sua mulher Micia de Lemos teve João Rodrigues Palha os filhos seguintes:

1. Constancia de Pina, que se segue.

2. Vicente Rodrigues Palha, (2) que ordenado se sacerdote foi doutor formado na Universidade de Coimbra em ambos os direitos, cônego, vigário geral na se da Bahia, e governador do seu bispado, e renunciando todas estas honras se recolheu religioso no convento de S. Francisco na cidade da mesma Bahia, no qual professou a 30 de Janeiro do anno de 1600; foi o 7o. custodio, e prelado maior da dita custodia antes de ser elevada a província, e n’ella faleceu com boa opinião no convento da Bahia, pelos annos de 1636 para 1639, com o nome de frei Vicente do Salvador.

3. Izabel de Lemos, segunda mulher de Jeronimo Moniz Barreto, o velho, a fl…, e ahi o mais. Batizada na se a 25 de Março de 1568.

(1) Cazada esta com Antonio da Mota Fidalgo.

(2) Batizada na se a 28 de Janeiro de 1567.”

A primeira esposa do Jeronimo Moniz Barreto havia sido D. Micia Lobo de Mendonça, uma das 3 irmãs órfãs. Ou seja, por pouco não nos tornaríamos descendentes simultaneamente de pelo menos duas delas. Isso, obviamente, se o Antonio Moniz,  ai descendente, for mesmo o nosso ancestral.

Contudo não se para ai. Foi aqui que o “passarinho verde” disse aos meus ouvidos. Sem ter o porque, continuei lendo o que se passava.

PAG. 473

“N. 5 – Felippe de Lemos, filho de João Rodrigues Palha e de sua mulher Micia de Lemos, foi cazado com Francisca Barboza, (2) filha de Baltazar Barboza de Araújo e de Catharina Alvares, sua mulher, e era ja viuva esta Francisca Barboza de Christóvão  de Sa de Betencourt, do qual tinha dois filhos, Joanna Barboza, cazada com Miguel Telles de Menezes, e Francisco de Sa de Betencourt, casado com Anna de Souza, e d’este Felippe de Lemos teve mais:

Vicente Palha de Lemos, Lourenco de Lemos, Maria de Lemos ou Barboza e Agueda de Pina, cazada com Lourenco de Oliveira Pita, com filhos.

(2) Cazaram a 28 de Janeiro de 1620, e era viuvo de D. Maria Barboza. Piraja.

Ai esta. Antes que procurando, por sorte encontrei quem foram os pais de Antonio Galas da Silveira, marido de D. Luiza Josefa de Menezes. E ai vou ter que retornar ao livro para melhor compreender as relações de parentesco.

Certo, porem, é que, o autor do livro estava correto. O casamento entre pessoas com terceiro grau de parentesco, da aos filhos um terceiro grau de consanguinidade.

Ai se trata de genética para explicar, pois, a quantidade do DNA dos avos comuns dobram quando esses casamentos acontecem. Assim, essa quantidade se torna a mesma que ha entre pessoas primas em terceiro grau, mesmo sendo na genealogia consideradas primas em quarto grau.

Isso implica dizer que os filhos de primos em terceiro grau possuem a mesma quantidade do DNA de seus ancestrais na mesma proporção que seus pais. A cada geração, essa quantidade era para cair pela metade. Porem, a metade do lado materno se soma `a metade do lado paterno, produzindo um inteiro.

Nesse caso, ANTONIO JOSE MONIZ BARRETO e irmãos eram primos terceiros por causa da linhagem Barbalho/Barreto. Mas também tinham o sangue acumulado do lado PALHA. Nesse caso, tornaram-se mais primos que o 3o. grau, o que poderia ser o 2o.

Para que não se percam no raciocínio, resolvi repetir aqui aquele pequeno trecho da pagina 376:

“N. 6 – D. Luiza Josefa de Menezes, filha quarta de D. Thereza de Souza e de seu marido Jeronimo Moniz Barreto, n. 2; cazou com Antonio Galas da Silveira, * que teve a merce do habito da ordem de Christo, pelos serviços de seus avos, e não professou por falecer antes de o tomar; e era filho de Lourenço de Oliveira Pita e de sua mulher Agueda Pina Barbosa, e para se receberem foram dispensados, e teve filhos:”

Via Agueda Pina Barbosa constata-se que o Antonio Jose Moniz Barreto alem de Barbalho com Barbalho e Moniz Barreto com Moniz Barreto, foi também Palha com Palha. Era o Palhinha!

E assim se da porque o Francisco Moniz de Menezes ja era filho de D. Izabel de Lemos (Palha) e Jeronimo Moniz Barreto, o velho.

E observe-se que levando-se em conta apenas o Felippe de Lemos, que havia sido tio antepassado do Antonio Jose, veja-se com quantas famílias a raça se misturou. Alvares, Araújo, Barbosa, Sa de Betencourt, Souza, Oliveira e Pita.

Alias, esse Oliveira Pita do ancestral Lourenço talvez proceda dos de São Paulo. Pode ter sido um dos bravos que prontificou-se a defender a terras brasileiras conquistadas pelos holandeses.

Houveram alguns casos que paulistas se mantiveram no Nordeste e por la deixaram geração. Algo a se verificar. Não encontrei a família dele na Bahia.

Ou melhor, não encontrei o local ao qual ele possa estar inscrito. Isso porque ha um capitulo: ROCHA PITA, na Bahia. Trata-se de primeiros chegados cujos filhos podem ter se casado em outras famílias. Mas isso tem que ser verificado mas não tenho tempo agora.

Bom, ate aqui descobre-se que o ANTÔNIO JOSE MONIZ BARRETO descende dos PALHA. Não consegui nada a respeito do Lourenço de Oliveira Pita. Tive, então, que ver o lado materno da ancestral dele, FRANCISCA BARBOZA.

PAG.113

Aqui o autor deu continuidade a capitulo anterior. So não foi completamente por acaso que encontrei porque busquei antes na internet. Assim, tive algumas informações previas e passando os olhos acabei encontrando o que procurava:

“Sucessão da sexta filha de Genebra Alvares e de seu marido Vicente Dias, a qual foi:

N.17 – Catharina Alvares, filha de Genebra Alvares e de seu marido Vicente Dias de Beja, moço fidalgo da caza do infante D. Luiz, cazou com Baltazar Barbosa de Araujo, natural de Ponte de Lima, filho de Gaspar Barboza de Araujo e de sua mulher D. Maria de Araujo. De Catharina Alvares e seu marido Balthazar Barbosa, foram filhos:

1. Francisca, batizada na se a 12 Fevereiro de 1579. Casada com Christóvão de Sa Betencourt, a fl…, e depois com Felippe de Lemos.”

Observe-se que as informações são suficientes para concluirmos que esses foram os pais que procurava. E, para encontrar que capitulo fazia aquela parte separada, não precisei buscar tanto assim. Faziam parte do CARAMURUS NA BAHIA.

PAG. 84

“CARAMURUS NA BAHIA

Diogo Alvares Correia, *da principal nobreza de Vianna, vindo `a Bahia por acazo da fortuna, sendo o primeiro Portuguez, que n’ella aportou, e pizou as suas praias, e pelo sucesso do seu naufrágio, e modo com que escapando d’elle com vida a conservou entre o gentio, que lhe acrescentou o cognome de – CARAMURU – é tão celebrado na tradição e historia. Depois de ter de uma

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  • Faleceu a 3 de Outubro de 1557, sepultado no mosteiro de Jezus, que era do collegio da Companhia: cadern. fl. 70 verso.

PAG. 85

filha do principal dos indios, que habitavam as costas da barra da Bahia, varias filhas illegítimas que n’esse lugar se assentaram, e chamado ainda então, como gentia, – Paraguaçu – como escrevem algumas memórias, ou com tem outras – Guaibim-Para – e tudo quer dizer o mesmo que – mar ou rio-grande – e conhecida depois de batizada por Catharina Alvares: d’esta e de seu marido Diogo Alvares Caramuru foram filhas legitimas:

1. Anna Alvares, que se segue.

2. Genebra Alvares, adiante.

3. Apolonia Alvares, depois.

4. Gracia Alvares, mulher de Antão Gil.”

PAG. 86

“Sucessão da segunda filha legitima de Catharina Alvares e seu marido Diogo Alvares Caramuru, que foi:

N. 2 – Genebra Alvares, filha segunda de Catharina Alvares e de seu marido Diogo Alvares Caramuru, cazou com Vicente Dias de Beja, natural da Provincia do Alentejo, moço fidalgo da caza do infante D. Luiz. Assim se acha em varios papeis manuscritos feitos por pessoas antigas, que tiveram o cuidado de escrever e fazer memória dos sugeitos, que casaram com estas filhas de Catharina Alvares e seu marido Diogo Alvares Caramuru, como também do Teatro Genealógico das arvores das principais famílias do reino de Portugal e suas conquistas.

De Genebra Alvares e seu marido Vicente Dias foram filhos:

12. Diogo Dias, que se segue.

13. Maria Dias (1) mulher de Francisco de Araújo, adiante.

14. Lourenço Dias, sem geração.

15. Melchior Dias, sem geração.

16. Vicente Dias, sem geração.

17. Catharina Alvares, (2) adiante.

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(1) Batizada na se a 5 de Janeiro de 1556

(2) Batizada na se a 18 de Julho de 1559.

PAG. 87

18. Andreza Dias, mulher de Diogo de Amorim Soares, (1) filho de Francisco Soares, de Ponte de Lima, sem geração.

19. Francisca Dias (2) mulher de Antonio de Araújo, irmão de Gaspar Barbosa, de Ponte de Lima, adiante `a fl… Segunda vez cazou essa Francisca Dias (3) como consta do assento seguinte: Aos 15 de Fevereiro de 1597 recebi eu o legado Pedro de Campos, deão da se, a Francisco de Aguiar, filho de Jacome Duarte e de sua mulher Izabel de Aguiar, moradores na cidade de Braga, freguezia de S. João de Souto, com Francisca Dias, filha de Vicente Dias e de sua mulher Genebra Alvares.”

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“(1) cazaram a 12 de Janeiro de 1586

(2) cazou com este a 8 de Janeiro de 1518. Na se. Padrinhos Antonio de Paiva e Antão Gil.

(3) Faleceu esta a 8 de Agosto de 1611. Sepultada em S. Francisco.”

As informações no livro são vagas. Busquei algo mais para dimensionar a importância da indígena Gauibim-Para. Entre as coisas que acho importante foi determinar que ela era Tupinamba e o nome do pai foi Taparica. Quem desejar ver um resuminho, abra:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Catarina_Paraguaçu

Para facilitar a leitura, vamos então fazer mais um esqueleto dessa genealogia. Assim saberemos como o Antonio Galas da Silveira descende desses ancestrais. Segue assim:

QUARTO ESQUELETO (nesse capitulo)

01. Diogo Alvares Correia (Caramuru) c.c. Catharina Alvares, pais de:

02. Genebra Alvares c.c. Vicente Dias de Beja, pais de:

03. Catharina Alvares c.c. Balthazar Barboza de Araujo, pais de:

04. Francisca Barboza c.c. Felippe de Lemos, pais de:

05. Agueda de Pina c.c. Lourenco de Oliveira Pita, pais de:

06. Antonio Galas da Silveira c.c. D. Luiza Josefa de Menezes, pais de:

07. Diogo Moniz da Silveira c.c. Anna Maria da Affonseca, pais de:

08. Martinho Moniz Barreto c.c. D. Francisca Izabel Barreto de Menezes, pais de:

09. ANTONIO JOSE MONIZ BARRETO

Penso que agora ficou demonstrado que mesmo que esse Antonio Jose não seja nosso ancestral, ele devera ter sido de outras pessoas no Brasil e a descendência dele poderá ser imensa, tanto quanto é a de nosso ancestral.

Imagine-se, então, o quanto maior devera ser a descendência do Diogo Alvares e Catharina Alvares! Pode ser que não sejamos descendentes deles através do Antonio Jose, mas difícil será não sermos por outros esqueletos.

De qualquer forma fica ai comprovado que o estudo da disciplina Historia ficaria muito mais prazeiroso se ao invés de estuda-la como se os personagens nos fossem alienígenas, eles fossem o que são: nossos ancestrais.

E, diga-se de passagem, de certa forma, íntimos. São apenas 9 gerações entre a primeira geração ate ao Antonio Jose. Caso o nosso ancestral seja esse mesmo temos apenas 6 gerações ate `a minha própria.

Pode parecer que o parentesco seria pequeno, contudo, os da casa de meus pais descendem 6 vezes do mesmo Antonio Jose Moniz. Ou seja, Isso soma tanto que ele e sua esposa se tornam praticamente nossos pais, por ser 6 vezes em apenas 6 gerações!

Para fechar esse capitulo vamos anotar apenas alguns exemplos do destino de nossos aparentados. Segue então:

PAG. 244

“BARROS DA FRANCA NA BAHIA

Affonso de Franca, foi um homem honrado, e fidalgo da bom procedimento, irmão de Andre Dias da Franca, o qual Affonso da Franca passou `a Bahia com sua mulher D. Catharina Corte-Real, e o pai d’este Affonso da Franca foi Lancerote de Franca. De Affonso de Franca e sua mulher foram filhos:”

PULANDO `A PAG. 247

N, 2 – Rafael Soares da Franca, filho de João Alvares Soares e de sua mulher D. Catharina Corte-Real, cazou com D. Catharina de Souza, filha de Antonio Pereira de Souza, Cavalleiro do habito de Santiago, e de sua mulher D. Antonia Bezerra, filha do mestre-de-campo Luiz Barbalho Bezerra; foi homem rico e senhor de engenho no rio de Parana-mirim, teve filhos:”

PAG. 384

“ROCHA, SA E SOTOMAIOR

Diogo da Rocha de Sa, o 1o. aqui

Manoel de Sa Soutomaior, foi provedor da alfândega da Bahia, e cazado com Elena de Argolo, a fl… Era irmão de Diogo da Rocha de Sa, que aqui se segue, e naturaes da Villa de Viana, Foz de Lima, dos Sas e Soutomaiores, e filhos legítimos de Leonardo de Sa Soutomaior, pessoas nobres e de famílias principaes do reino de Portugal, donde se passaram para a Bahia nos princípios de sua fundação, e n’ella cazou Diogo da Rocha de Sa com D. Ignez Barreto, irman do alcaide-mor Duarte Moniz Barreto, e filhos ambos, com outros mais, que ja ficam a fl…, n. 1, e seus filhos e filhas com outros mais de Egas Moniz Barreto ahi a fl…, n. 1 e seg., e n’ella cazou Diogo da Rocha de Sa (1) e teve filhos:

1. Mem de Sa, que se segue.

2. D. Felippa de Sa, adiante

3. Diogo da Rocha de Sa, ao depois.

N. 1 – Mem de Sa, filho de Diogo da Rocha de Sa e de sua mulher D. Ignez Barreto, cazou com D. Maria Barboza, (2) filha de Francisco Barbuda, o velho, cavalleiro da caza de el-rei, e de sua segunda mulher Maria Barboza, que era irman inteira de Gaspar Dias Barboza Mello, e teve no decurso de 21 annos, que viveram cazados, os filhos seguintes:

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5. D. Escolastica, mulher do capitão Gaspar Maciel, adiante”

PAG. 386

“MACIEL E SA

N.6 Diogo de Sa Soutomaior, filho único de D. Escolastica de Sa, n. 5, e de seu marido Gaspar Maciel, capitão de mar e guerra, cazou com D. Guiomar da Rocha, primeira mulher, e teve:

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Segunda vez cazou Diogo de Sa Soutomaior com D. Francisca Barbalho, filha de Antonio Ferreira de Souza, filho de Euzebio Ferreira e de sua mulher Catharina de Souza, a fl…, n. 5 e 18: casaram na Capella do Bom Jezus do Socorro no 1o. de Dezembro de 1668.”

PAG. 391

“N. D. Roza Maria de Sa, filha do capitão-mor Mem de Sa, n. 10, e de sua mulher D. Mariana Cecilia da Serra, cazou com Egas Moniz Barreto, filho do coronel Egas Moniz Barreto e de sua mulher D. Ignez Thereza Barbalho Bezerra, a fl…:

O padre Gonçalo de Sa Soutomaior

O capitão Roque Moniz Barreto, que faleceu solteiro.

Estacio de Sa Moniz Barreto, que se segue.

Egas Moniz Barreto, que faleceu solteiro.

Jose Sotero Moniz Barreto, cazado em Pernambuco

Nazario da Rocha de Sa Soutomaior, que cazou duas vezes, a primeira com D. Roza Maria Florentina, filha de Manoel Nunes de Vasconcellos e de sua mulher D. Catharina Barboza, e d’esta teve seis filhos que todos faleceram solteiros, que foram: Manoel, Mario, Augusto, Antonio, Roza e Catharina.

Vicente Vasco Jose, que faleceu solteiro

D. Antonia Maria Francisca, adiante.

D. Roza Maria de Sa, ao depois. [PAG. 392]

D. Maria Sofia de Jezus Maciel, adiante.

D. Mariana Cecilia Bezerra, ao depois.”

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Assim completamos o capitulo com a conclusão de que, fatalmente, em sendo descendentes do Antonio Jose Moniz Barreto, seremos em maior ou menor teor aparentados da maioria dos baianos e brasileiros de um modo geral.

E se fizermos uma genealogia mais completa dos descendentes desses ancestrais verificaremos que eles também serão, obrigatoriamente, ancestrais de todas as personalidades de todos os âmbitos de atividade.

Isso significa dizer que o maior coco da Bahia, Rui Barbosa; o poeta Castro Alves e tantos escritores e compositores terão algo de nossa genética recente.

E quanto mais gerações se passam, maior tendência será de sermos aparentados das gerações mais novas. Isso porque a cada novo entroncamento haverá a chance de os filhos nascerem de descendentes de nossos ancestrais, tanto do lado materno quanto paterno.

Essa se torna a grande verdade do estudo genealógico. Não se precisa casar com parentes próximos e conhecidos para deduzir que teremos parentesco com nossos cônjuges. Ja sabemos que temos, com qualquer pessoa. A genealogia somente confirma isso e da o grau!

Quem depois abrir esse livro, pode procurar que na sequencia da descendência do Diogo Caramuru e Paraguaçu, multiplica-se, entre outras, a Araújo de Aragão. Ou seja, aquela que depois ira se encontrar com o Barbalho Barreto na formação dos diversos títulos de nobreza do império.

Outro detalhe, não confundam o capitão-mor, aqui presente, Mem de Sa, como o governador geral do Brasil. Os Sa são os mesmos. E o nome também. Mas esse casamento se deu quando o governador ja era defunto.

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07. O QUE QUE A BAIANA TEM? OS QUINDINS DE YAYA!!!

Começando com uma brincadeira, abram para acompanhar a leitura:

http://www.tcm.com/mediaroom/video/1075601/Three-Caballeros-The-Movie-Clip-Os-Quindin-De-Ya-Ya.html

Sem palavras:

PAG. 135

“ARAUJOS E BARBOZAS

Balthazar Barboza de Araujo, *de quem era irmão bastardo Francisco Barboza de Araujo, a fl… n. 3, e ambos naturaes de Ponte de Lima, era filho legitimo de Gaspar Barboza de Araujo e de sua mulher D. Maria de Araujo, neto De Francisco Rodrigues de Araujo e de sua mulher D. Genebra Barboza, filha de Estevão Gonçalves Susteiro e de sua mulher D. Brites Barboza, filha de Gonçalo Fernandes de Barboza, que servio a el-rei D. João I com gente `a sua custa na batalha de Aljubarrota, o qual Gonçalo Fernandes de Barboza houve a dita D. Brites Barboza de sua mulher Beatriz Correa, filha de Fernão Affonso Correa, senhor de honra de Farelões, e das freguezias de S. Pedro do Monte e Villameana, e de sua mulher D. Leonor Rodrigues da Cunha, neta de Affonso Vasques Correa, senhor da honra de Farelões, e de D. Berengueira Nunes Pereira, filha de Rui Pereira, a quem chamara o Bravo, e de D. Violante Lopes de Albergaria, e neta de D. Rui Gonçalves Pereira e de D. Berengueira Nunes, filha de Nuno Martins Barreto, bisneto de Paio Correa de Alvaranntu e de D. Maria Mendes de Mello, filha de Mem Soares de Mello, terceira neta de Pedro Paes Correa, e de D. Dordens Paes, filha de D. Pedro Mendes de Aguiar, quarta neta de D. Paio Soares Correa, o velho, e de sua segunda mulher D. Maria Gomes da Silva, filha de [136] D. Gomes Paes da Silva, alcaide-mor do castello de Santa Olaia, quinta neta de D. Sueiro Paes Correa e de D. Urraca Sueiro, filha de D. Huergueda, sexta neta de D. Paio Ramiro, fidalgo portuguez, rico homem d’el-rei D. Affonso VI de Espanha.

Foi Gonçalo Fernandes de Barboza filho de D. Fernão Pires de Barboza e de sua mulher D. Mauroires, filha de Aires Paes de Torozelos e de D. Urraca Ramires, filha de Dom Rui Gonçalves da Cunha, neto de Martim de Barboza e de D. Margarida Eanes, filha de João Aires Duro e neta de Aires Rodrigues Duro e de D. Thereza de Vasconcellos, filha de João Pires de Vasconcellos, bisneto de Nuno Pires Barboza, e terceiro neto de D. Pedro Nunes de Barboza e de D. Elvira, filha de Martim Pires da Maia, Ojami, de alcunha, quarto neto de D. Nuno Sanches de Barboza e de sua mulher D. Thereza Alvares, filha do Conde D. Alvaro de Ferreira de Castella, quinto neto do Conde D. Sancho Nunes e da Condessa D. Thereza Mendes, filha de D. Mem Moniz de Riba-Douro, sexto neto do Conde D. Nuno de Salanova e de Sancha Gomes Echegui, sétimo neto de Guterre Arias, Conde de Tui, mordomo-mor d’el-rei D. Affonso Magno, oitavo neto de Ermenegildo, Conde de Tui, mordomo-mor e parente d’el-rei D. Affonso Magno, pelos annos de Christo de 864.

Foram Balthazar Barboza de Araujo e seu irmão Francisco de Araújo Barboza bisnetos de Rodrigo Alvares de Araujo, commendador da ordem de Santiago, e de D. Bibiana Alvares de Antas, filha de Alvaro Pires de Antas, e neta de Estevão Rodrigues de Antas, que se achou no escalamento de Tui, como refere Azurara na Chronica d’el-rei D. João I, e concorreo nos tempos d’el-rei D. Diniz, bisneta de Gonçalo Fernandes de Antas, senhor do Pasto de Antas, e do conselho de Fragão, e de sua mulher D. Ignez Aldred, filha de D. Vasque Aldred Da Silva, terceira neta de Garcia Vasques de Antas e de sua mulher D. Thereza de Novaes, filha de D. Paio de Novaes, senhor de Gondum, que era da caza de Castella, e de sua mulher D. Thereza Oerio, quarta neta [137] de Pedro Esteves de Antas e de D. Dordia Martins, filha de Martim Dadi, o velho, e de sua mulher D. Urraca Pires, filha de D. Pedro Mendes de Aguiar.

Foram os ditos Balthazar Barboza de Araújo e seu irmão Francisco de Araújo Barboza, terceiros netos de Alvaro Rodrigues de Araújo, commendador do Rio-Frio, e de D. Constança da Veiga Azevedo, filha de Rui Lopes da Veiga Azevedo, quartos netos de Paio Rodrigues de Araújo, que chamaram o cavalleiro, embaixador d’el-rei D. João I de Portugal, capitão da guarda do infante D. Henrique, e de sua mulher D. Leonor Pereira de Barbuda, senhor do solar de Barbudo, quintos netos de Pedro Anes de Araújo Portegueiro, maior de Cella-Nova, senhor da terra de Lindozo, e de sua mulher (não lhe explica o nome) filha do senhor de Pedrozo, sextos netos de Gonçalo Rodrigues de Araújo, vassalo d’el-rei D. Fernando de Portugal, senhor de Villar de Vallar, e do Ingar de Ladrões, e Cazal de Donez, e da terra de Lindozo, e de sua mulher, que foi filha de um senhor da caza de Ribeira, e da terra de Lindozo, e dos Susgados, e Portorgo de Castro Laboeiro, e de sua mulher, que foi filha de um senhor da caza de Ribeira em Galiza, sétimos netos de Pedro Anes de Araújo, fronteiro-mor contra a parte de Galiza, e de sua mulher N. Velozo, oitavos netos de Vasco Rodrigues de Araújo, o primeiro que teve esse apellido de Araújo, por ser senhor dessa Villa, Milmenda, Interino e 13 da ordem de Santiago e de sua mulher D. Leonor Gonçalves Velho, filha de Pedro Anes Velho, mestre da ordem de Santiago em Portugal, nonos netos de Paio Cavalleiro, em quem começou esta família.

O Marquez de Monte-Bello, nas notas ao Conde D. Pedro, affirma descender do infante D. Velozo, filho d’el-rei D. Ramiro. Foi este Paio Cavalleiro senhor das villas de Araújo, Interino, Guindeve, Milmenda, e Val de Pedras. Tudo o que aqui se refere anda nos livros das linhagens em Portugal, e no Conde D. Pedro; e nos autores, que escreveram as notas ao dito Conde D. Pedro; e também no 1o. tomo da Corografia Portugueza, cap. 14 fl. 253, se trata da família dos Araújos.”

Observem que nada tratei da descendencia do Francisco de Araujo Barboza, irmão do Balthazar.

Acredito não precisar por hora, pois, isso que anotei ja deu algum trabalho e nada nos valera; tanto se acaso do Antonio Jose Moniz Barreto não nos for ancestral direto, quanto se for mas não verificarmos isso por meio dos documentos que acaso isso mostre.

A vantagem será que se esses estudos de nada valerem para nos, pelo menos poderá valer para quem, com certeza, seja descendente das pessoas ai presentes. Se lerem meus escritos, tirem bom proveito.

Quando tratei da descendencia do Jose Coelho de Magalhães, pensando ser com certeza o nosso ancestral na linhagem Coelho, tive a oportunidade de ver diversos desses mesmos nomes. E outros que antecedem a esses. Portanto ja os sei ser descendentes das realezas europeias mais antigas.

Quanto ao Francisco de Araújo Barboza temos:

PAG. 93

“N. 3 – Maria Dias, filha segunda de Genebra Alvares, n. 2, e de seu marido Duarte Dias cazou com Francisco de Araujo, filho natural de Gaspar de Barboza Araújo, natural de Ponte de Lima, da nobilissima familia dos Araújos, que ha na provincia de Entre-Douro e Minho (1).

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(1) Theat. Geneal., arv. 36. Faleceu este a 27 de Agosto de 1602. Sepultado na Mizericordia.”

Essa nota sera interessante para quem se interessar em aprofundar mais porque a descendência do irmão do Balthazar poderá ser igualmente nossa parente próxima, caso sejamos descendentes do Antonio Jose Moniz Barreto.

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08. CONSIDERAÇÕES A RESPEITO DE MAIS PARENTESCOS

A) Obviamente, não se encerrou ainda a nossa busca por nossos parentes. Não tive a oportunidade de verificar nada a respeito de nossa ancestral Manoela do Espirito Santo, que foi a esposa do pentavô Antonio Jose Moniz.

Caso ele seja o mesmo Antonio Jose Moniz Barreto, então, teríamos que buscar saber se ela era baiana e, em sendo, de qual família procedia. Caso seja, muito provavelmente terá ascendência semelhante `a do marido, com o risco, para nos que somos descendentes, de descender dos mesmos ancestrais que ele.

Se ela for mineira, terá ancestrais que serão ancestrais do marido. Essa torna-se uma fatalidade obrigatória. Contudo, em sendo ancestrais de varias gerações anteriores `as deles, não será grande problema para nos, pois, isso é o normal!

B) Alem dela temos outra oportunidade de descender do conjunto de ancestrais presentes nesse estudo. Trata-se de Thereza de Jezus. Apenas para manter a grafia daquela época.

Thereza de Jezus teve por marido ao português sargento-mor Domingos Barboza Moreira. Vejamos esse esqueleto para explicar como chegam ate a nos:

01. Domingos Barbosa Moreira c.c. Thereza de Jesus, pais de:

02. Norothea Barbosa Fiúza c.c. português, João de Souza Azevedo, pais de:

03. Maria de Souza Fiuza c.c. português, Antonio Borges Monteiro, pais de:

04. Antonio Borges Monteiro Jr. c.c. Maria Magdalena de Santana, pais de:

05. Maria Francelina Borges Monteiro c.c. Daniel Pereira do Amaral, pais de:

06. Maria Marcolina Borges do Amaral c.c. Antonio Rodrigues Coelho, e esses se tornaram nossos trisavós, tanto do lado materno quanto paterno.

02. João de Souza Azevedo foi natural de Vila Nova do Norte, Portugal, e filho de Manoel de Sousa de Azevedo e Anna Coelho.

03. Antonio Borges Monteiro foi natural da Vila de Seia, Freguesia de Pinhanços, do Distrito de Guarda, também de Portugal no continente. Foi filho de Antonio Borges e de sua segunda esposa Joanna Monteiro. Atualmente temos mais informações a respeito deles.

Segundo o professor Dermeval Jose Pimenta, Thereza de Jesus procedia de Tabaiana, BA. Isso `a epoca que o Sergipe fazia parte da Bahia, pois, a atual cidade chama-se Itabaiana e é naquele estado. Aqui podemos supor que possa ter cometido algum engano.

A única informação que nos passou a respeito do sargento-mor Domingos Barbosa Moreira foi a de que era português. Não temos ainda sua procedência.

Encontramos informações interessantes a respeito dele, ja em Minas Gerais. Isso foi descrito na pagina:

https://val51mabar.wordpress.com/2017/03/11/a-historia-e-a-familia-barbalho-coelho-andrade-na-historia/

O que ha esta no ultimo capitulo: 10. A PRESENCA DA FAMILIA BARBOSA NO INICIO DO CICLO DO OURO EM MINAS GERAIS.

Dentro do capitulo acima, inicio a descrição do que encontrei a respeito do Domingos Barbosa no sub-capitulo 6. Ha que se rolar quase todo o conteúdo da pagina para encontrar.

De util para nossa genealogia mesmo encontrei que ele arrecadou os dízimos dos quartéis da Comarca do Serro do Frio em 1723, quando ja era sargento-mor.

Alem disso, como referencia, so tínhamos as datas a partir de 1775, quando a neta Maria de Souza Fiuza se casou. Outras referencias a ele dão conta que tinha ligações com cristãos-novos, inclusive alguns processados pela Inquisição.

Outro detalhe importante da vida dele foi que a literatura afirma que alegou ter lutado contra a rebelião de Felipe dos Santos, que se deu em 1720, em Minas Gerais.

Ele usou o argumento de que havia aumentado a fazenda real com suas ações, alem de ter protegido os interesses da coroa portuguesa `as próprias custas e com o “uso de gente e escravos”.

Assim, pode-se deduzir que foi abastado. Mesmo porque, somente se o fosse poderia ter ocupado os cargos que ocupou e pretender os privilégios de nobreza que requereu.

Alem disso, a data de 1720 torna-se imprescindível para deduzir que deveria ser maduro, apto ao casamento. Provavelmente, os filhos que teve, caso tenha tido outros alem da nossa ancestral, deverão ter nascido no máximo dentro da faixa dos 30 anos seguintes.

Então, precisamos retornar `a Revista Trimensal para encontrarmos alguns dados interessantes. Vejamos então:

PAG. 375

“N. 5 – D. Eugenia Thereza de Menezes, filha de D. Thereza de Souza e de seu marido Jeronimo Moniz Barreto, n. 2, cazou com o Sargento-mor João Lopes Fiúza, * cavalleiro professo na ordem de Christo, natural de Ponte de Lima, villa de Viana, filho de Sebastião Fiúza e de sua mulher Izabel Lopes; e teve filhos:”

“23. D. Thereza Eugenia de Menezes, cazada com o capitão-mor João Felix Machado Soares em Santo-Amaro, e depois com o doutor Francisco Gomes de Sa, e de ambos sem filhos. Batizada a 11 de Maio de 1713, na Se.”

Pensar que D. Thereza Eugenia seja nossa ancestral, nessas circunstancias, seria querer demais. Mas não seria impossível.

Nascida em 1713, poderia estar pronta para o casamento por volta de 1725. `A época não seria considerado absurdo algum. Como ela não teve filhos dos seus dois maridos, nada mais consta em relação `a vida dela.

Mas algo não se pode negar. Aqui se registra o encontro das famílias Barbalho e Fiúza. Nesse caso, não se pode descartar a possibilidade de outros casamentos terem se dado entre as duas famílias. Ou Fiúza com outra família da qual, talvez, sejamos descendente.

O extremo da coincidencia ai poderia ser que D. Thereza Eugenia poderia ter tido seus dois maridos, que poderiam ter sido senhores mais velhos, e eles terem se casado com ela e falecido no espaço dos próximos 15 anos. Ou seja, antes de 1740.

Estando viuva e ainda jovem, em torno de 27 anos no máximo, poderia ter tido a terceira oportunidade de casar-se, dessa vez com um Domingos Barboza Moreira também ja maduro. Acredito que ele tenha nascido ao mais tardar em 1695, o que o faria chegar a 1740 aos 45 anos de idade.

Nesse caso, ate 1775, quando do casamento da ancestral Maria de Souza Fiúza, seriam 35 anos de espaço, perfeitamente dentro das possibilidades para os nascimentos dela e sua mãe, Dorothea Barboza Fiuza.

Construi essa hipótese apenas para alertar a respeito das possibilidades de sermos descendentes por tantas vias dos mesmos ancestrais. Não por desejo de que isso realmente tenha acontecido.

Mas para alertar a respeito dos riscos de ignorarmos a genealogia e não termos uma medida dos riscos que, por ignorância do passado, podemos estar expondo nossa descendência a eles.

A genealogia, nesse caso, devia ser um ótimo instrumento para uso em medicina preventiva. Todos deveriam te-la escrita. O médicos teriam que ser instruídos a respeito da matéria para orientar os nubentes.

E estes precisariam abrir suas consciências, pois, para eles próprios isso não seria problema, os problemas são passados para as gerações seguintes.

C) BRAVO, BRAVISSIMO. Naturalmente, havemos que considerar as diversas formas pelas quais devemos ser aparentados de todas as famílias brasileiras. O sobrenome Bravo entra como uma das possíveis chaves.

PAG. 427

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“BRAVO

Antonio Bravo, foi natural do Porto, e cazado com Margarida Antonia, e teve filhos:

1. Antonio Mendes Bravo, que se segue.”

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Esse foi apenas um inicio de um capitulo curto. Não quiz aprofundar. Somente vi que no fim do capitulo a descendência estava com o sobrenome Serrão. Será sobrenome que posteriormente produzira famílias com titulo de nobreza.

O interessante aqui foi que `a mesma época e no mesmo Porto registra-se a saída de nosso ancestral Miguel Gomes Bravo. Possibilidade de serem parentes para mim chega a 100%.

A diferença foi que nosso ancestral tomou rumo mais ao Sul. Foi para Vitoria-ES e depois Rio de Janeiro.

D) BARRETOS EM PERNAMBUCO. João Paes Barreto foi o maior entre os senhores de engenho no inicio da colonização de Pernambuco, contando com o senhorio de 10 engenhos. Foi casado com Ignez Guardes de Andrade, filha de Francisco Carvalho de Andrade e Maria Tavares de Guardes.

Brás Barbalho Feyo foi modesto em relação a ele. Foi senhor apenas do engenho São Paulo da Várzea do Capibaribe. Alias, engenho fundado pelo sogro que foi o mesmo Francisco. Foi casado com Catharina ou Maria Tavares de Guardes.

Em uma literatura ha uma descrição dizendo que Francisco havia sido uma pessoa tão bem conceituada que conseguira casar bem as filhas e outra que se casara com Brás Barbalho Feyo.

Brás foi o pai da Camilla Barbalho. Ela com o Guilherme Bezerra Felpa de Barbuda foram os pais do governador Luiz Barbalho Bezerra.

Guilherme foi neto de Antonio Martins Bezerra e Maria Martins Bezerra. Um dos casais povoadores de Pernambuco. Praticamente todos os nascidos em Pernambuco deverão te-los como ancestrais.

Por ai se ve que os primeiros chegados a cada lugar tornam-se rapidamente ancestrais das futuras gerações. E a descendência que se desloca para outras paragens acaba se tornando ancestrais das futuras gerações do novo lugar.

Dessa forma se dão as multiplicações genealógicas e justamente por isso mesmo, nos acabamos nos tornando descendentes dos mesmos ancestrais que as outras pessoas também o são.

Em Pernambuco não descendemos dos Barreto. Mas eles descendem de nossos ancestrais. Se não formos descendentes dos Barreto da Bahia, eles serão descendentes de nossos ancestrais que foram para la.

Dado que, não quiz ainda repetir a informação, em São Paulo e Rio de Janeiro, alem de descenderem dos Gomes Bravo, descendem dos capitães-mores, Antonio de Oliveira e João Carvalho de Pimenta. O que também nos descendemos.

Creio que esse motivo nos basta para demonstrar o quão infame é o orgulho das pessoas que pensam ser melhores que as outras.

Deveríamos dar o máximo de nos para fazermos uma genealogia o mais completa possível. Assim, toda vez que alguns se arvorarem de melhores que os outros poderíamos esfregar em suas faces as origens de todos.

Esse mundo precisa de menos orgulho e mais união. De menos disputas e mais soluções.

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09. UM POUCO DA DESCENDENCIA DA DONA COSMA BARBALHO

Para não deixar sem uma menção, resolvi postar um pouco da descendência de dona Cosma Barbalho Bezerra e seu marido Francisco de Negreiros Sueiro. Isso ajuda a termos uma ideia de como se diversificou nossa família na Bahia.

Bom, a bem dizer, multiplicou-se em sobrenomes. Mas os ancestrais de todos acabam se encontrando nos mesmos nichos, especialmente em Portugal. E não pretendo extrair mais nada do livro, pois que senão terei que acabar de copia-lo integralmente! E a revista tem quase 500 paginas.

PAG. 308.

“NEGREIROS DE SERGIPE DO CONDE

     Jorge Esteves, que era filho de Jeronimo Esteves, passou com sua mulher Dorothea Fernandes, naturaes todos da Villa de Agua Revez, do arcebispado de Braga, para a Bahia, e na Villa de Sergipe do Conde foi juiz ordinário e dos órfãos, e teve filhos:

     1. Domingos de Negreiros, que se segue

     2. Jeronimo de Negreiros.

     N. 2 – Domingos de Negreiros, filho de Jorge Esteves, acima, foi cazado com Maria Pereira* filha de Martim Lopes Sueiro e de sua mulher Anna Pereira a fl…, n. 2 e teve filhos:

     1. Damião de Negreiros, mulher sua D. Luzia de Souza fl…

     4. O capitão Domingos de Negreiros Sueiro, que se ordenou de sacerdote no anno de 1645, e das suas inquirições consta, que era filho de Domingos de Negreiros, acima, e de sua mulher Maria Pereira, neto por parte paterna de Jorge Esteves e de sua mulher Dorotea Fernandes, naturaes da villa de Agua Revez, do arcebispado de Braga, e por parte materna neto de Martim Lopes Sueiro e de sua mulher Anna Pereira. Batizado na capella de S. Germano Patativa, pelo coadjutor Nicolao Viegas, a 17 de Marco de 1629. Padrinhos seu tio Jeronimo de Negreiros e D. Maria de Souza, mulher de Duarte Lopes Sueiro.

     5. D. Anna de Negreiros, mulher do capitão Guilherme Barbalho, a fl… n. 2.

     6. Francisco de Negreiros Sueiro, que se segue.

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     Cazaram a 4 de Fevereiro de 1607.

PAG. 309

N. 6 – Francisco de Negreiros Sueiro, filho de Domingos de Negreiros, n. 2, e de sua mulher Maria Pereira, foi cazado com D. Cosma Barbalho, filha do mestre de campo Luiz Barbalho e de sua mulher D. Maria Furtado de Mendonça, a fl…, e teve filho:

7. Luiz Barbalho de Negreiros, que se segue.

N. 7 – Luiz Barbalho de Negreiros, filho de Francisco de Negreiros, n. 6, e de sua mulher D. Cosma Barbalho cazou com D. Luiza Corte-Real, (1) filha de João Alvares de França, a fl…, e de sua mulher D. Catharina Corte-Real, e teve filhos.

8. Francisco de Negreiros Corte-Real, que se segue

9. João Alves Soares Corte-Real, batizado a 26 de Fevereiro de 1668

10. Domingos Soares Barbalho, batizado a 23 de Março de 1669, cazou com D. Izabel Barboza a 15 de Fevereiro de 1700.

11. Antonio Barbalho de França, adiante, batizado a 7 de Novembro de 1670.

12. Gonçalo Soares de França, batizado a 10 de Janeiro de 1678, clérigo.

13. Joze Barbalho Corte-Real, faleceu solteiro.

14. D. Maria Josefa Corte-Real, solteira.

N. 8 – Francisco de Negreiros Corte-Real, filho de Luiz Barbalho de Negreiros, n.7, e de sua mulher D. Luzia Corte-Real, casou com D. Antonia de Araújo ou de Aragão (2) filha de Pedro Camelo de Aragão Pereira e de sua segunda mulher D. Anna de Araújo, a fl…, n. 74, a qual D. Antonia era viuva de Pedro Paes Machado, como fica ahi, e d’este seu segundo marido Francisco de Negreiros teve filhos; segunda vez cazou com D. Elena Maria de Argolo Menezes, filha do capitão Antonio Moreira de Menezes e de sua mulher D. Anna de Menezes, a qual D. Elena ja era viuva do legado Bartolomeo Soares, não teve filhos.

15. D. Luiza Corte-Real, mulher do alferes Sebastião da Rocha Pita, a fl… n. 12, sem filhos.

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(1) faleceu esta a 23 de Janeiro de 1716

(2) cazaram a 7 de Outubro de 1697; na capella da Pena do Engenho da Ponta.

PAG. 310

16. Luiz Barbalho de Negreiros Corte-Real, cazou com D. Anna Joaquina de Almeida, irman do mestre de campo Bernardino Marques; não teve filhos.

17. D. Anna de Araújo ou Aragão, vive solteira

18. Antonio Joze de Negreiros Corte-Real; cazado com D. Catharina Josefa, sua parents, sem filhos.

N. 11 – Antonio Barbalho da França, filho de Luiz Barbalho de Negreiros, n. 7, e de sua mulher D. Luiza Corte-Real, cazou com D. Roza de Araújo de Aragão (1), filha de Pedro Camelo de Aragão Pereira, que ja fica acima, e era esta D. Roza irman de D. Antonia, e filhas ambas, do sobredito Pedro Camelo. De D. Roza e seu marido Antonio Barbalho da França foram filhos:

19. Ignacio, batizado a 8 de Dezembro de 1693

20. Luiz Barbalho de Negreiros

21. D. Anna de Aragão, mulher de Felix de Itaparica, sem filhos.

22. D. Antonia, mulher do doutor João Pereira de Vasconcellos, a fl… n. 76.

Segunda vez cazou Antonio Barbalho, acima, com D. Catharina Jozefa de Araújo Azevedo, filha do capitão Gaspar de Araújo Azevedo e de sua mulher D. Izabel Barboza, e teve também filhos:

Antonio e D. Cosma, que faleceram solteiros.”

Creio não precisar estender mais. Mesmo porque não ha no índice indicação dos nomes com os quais se casaram essa descendência. Pelo menos, o que ja esta ai da uma mostra geral.

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10. ANTONIO BARBALHO PINTO, NOSSO QUASE ANCESTRAL!

Desfazendo confusões. Anteriormente, havia postado uma pagina em meu blog na qual reproduzi o que encontrei no livro: “PEDATURA LUSITANA, NOBILIÁRIO DE FAMILIAS DE PORTUGAL.” CAPITULO: “BARBALHOS”. O endereço da pagina é:

https://val51mabar.wordpress.com/2017/03/11/a-historia-e-a-familia-barbalho-coelho-andrade-na-historia/

Esta no capitulo da pagina: 08. DA FIDALGUIA DA FAMILIA BARBALHO.

Basta rolar o material ate aproximadamente `a metade do conteúdo da pagina para encontrar a matéria.

Mas antes disso, vejam outro relato. O amigo Mauro Moura de Andrade enviou-me também noticias em forma de paginas do livro: A SAGA DOS CRISTÃOS-NOVOS NA PARAÍBA. De autoria de dona Zilma Ferreira Pinto.

Antes de tudo, veja-se o que ha de informações mais úteis para nosso estudo agora. Segue-se isso, da pagina 143:

“Antonio Barbalho Pinto, um neto de Branca Dias no Senhorio do Camaratuba. O homem que desacatou Paulo Linge. O nobre avoengo e ancestral dos grandes povoadores.”

Ao demonstrar que, ao contrario do que fora dito por Borges da Fonseca a respeito da morte de Antonio Barbalho Pinto, dado como morto por ele em 1625, na verdade, em 1645 ainda estava vivo; ela copia, de Diogo Lopes Santiago e Maximiano Machado, `a pagina 150, e temos:

“…. e também foram soltando alguns malsinados debaixo dos mesmos passaportes e prometimento de fidelidade com as grandes peitas que lhes deram, exceto Antonio Mendes de Azevedo, que mataram, por trazer um filho e um genro na guerra…

das outras freguesias das capitanias, desde o Rio São Francisco ate a Paraíba, prenderam a outros muitos homens, e da Paraíba veio preso Antonio Barbalho, que não soltaram com os mais…

posto que o governador Paulo Linge desejou bem de prender alguns dos moradores principais, como tinha por ordem e havia ja mandado prender a Antonio Barbalho …. (71)”

Do livro pude extrair um pouco da genealogia. Veja-se isso:

  1. Antonio Barbalho Pinto e

    1. Guiomar Barbalho, filhos de:

    2. Antonio Barbalho c.c. Violante Fernandes, filho de:

    3. Fernão Barbalho c.c. ?

Violante Fernandes foi filha de: Branca Dias c.c. Diogo Fernandes.

Branca Dias fora cristã-nova e Diogo cristão-velho.

Foram casados 2 vezes cada um:

1) Violante Fernandes c.c. Joao Pereira, pais de:

     a) Leonardo Pereira c.c. Brasia Pinto

     b) Mateus Pereira

2) Antonio Barbalho c.c. D. Antonia Bezerra

a) Felipe Barbalho

b) Luis Barbalho (N. 1601 aprox.)

Antonio Barbalho Pinto c.c. Anna da Silveira.

Vejamos agora o que nos trás de interessante o PEDATURA LUSITANA:

PAG. 343

“BARBALHOS

  1. Fernão (A) Barbalho era natural de Entre Douro e Minho …… e teve:

2. Antonio Barbalho

2. Luis Barbalho

2. Alvaro Barbalho

2. Antonio Barbalho filho 1o. este viveo no Porto aonde foi cidadão. Casou com ….. e teve

3. Antonio Barbalho

3. D. Guiomar ……. m.er de Ignacio Cernache de Noronha co. g.

Casou 2a. vez com D. Antonia Bezerra, ou Monteira, filha de Domingos Bezerra … … … … e houve:

3. Luis Barbalho Bezerra

3. Felipe Barbalho Bezerra

3. Antonio Barbalho filho 1o. deste viveo no Brazil …..

3. Luis Barbalho filho 2o. de Anto. Barbalho E o 1o. de

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(A) Os f.os deste Fernão Barbalho erão primos de M.el Fran.co Barbalho e tiverão Capella em S. Fran.co do Porto. E o dito M.el Fran.co Barbalho foi pai de Clara Barbalho m.er de G.ar de Carvalho e forão pais de Jo. Lopes Barbalho fidalgo da caza delRei e com.or de Sanfins de Nespereira e Mestre de Campo no Alentejo.”

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PAG. 354

“sua 2a. mulher n.2 foi insigne Soldado nas armas do Brazil: foi fidalgo da Caza delRei E com.or dos casaes na ordem de Christo. E Governador do Rio de Janeiro onde morreo.

Casou com D. Maria Furtado de M.ça filha de Fernand’Ayres Furtado E de sua m.er Cecilia Carreira E houve:”

Na verdade, os genealogistas na atualidade seguem uma combinação de linhagens deixada por *Borges de Fonseca, e outros, na qual temos:

01. Brás Barbalho Feyo c.c. Maria (ou *Catarina) Tavares de Guardes, pais de:

02. Camila Barbalho c.c. Guilherme Bezerra Felpa de Barbuda, pais de:

03. Luis Barbalho Bezerra c.c. D. Maria Furtado de Mendonça.

*Borges da Fonseca afirma, em parte, que o nome da esposa do Brás era Leonor, mas outros mencionam nome desconhecido, embora sabendo que houvesse uma filha chamada Leonor Tavares de Guardes, filha de Francisco de Andrade Carvalho e Maria Tavares de Guardes.

No capitulo, Barbalhos, pag. 139, ele escreveu que a esposa do Brás fora a Leonor. E que Camilla Barbalho, teria se casado com Fernão Bezerra. Na segunda não ousou escrever nomes.

Na verdade, a nobiliarquia escrita por Borges da Fonseca que verifiquei na internet contem três partes.

No capitulo BEZERRAS FELPA DE BARBUDA, pag. 35, menciona `a pag. 36 o nome N……….. Bezerra Monteiro como marido da Camilla.

A outra esta mais ao final da publicação, nos indexes. O que inicia-se `a pag. 384 também não nomeia a esposa do Brás, destaca apenas que havia sido irmã de Ines Guardes, “mulher do instituidor do Morgado do Cabo”.

Quem desejar verificar os detalhes, pode-se ler o livro no endereço:

http://memoria.bn.br/pdf/402630/per402630_1925_00047.pdf

Por essas notas podemos observar que houve confusão do autor do Pedatura Lusitana. Na verdade, são dois troncos, por enquanto, separados, que deram origem `a Família Barbalho no Brasil. Aquele iniciado pelo Brás e o iniciado pelo Antonio Barbalho Pinto.

Segundo o Borges da Fonseca, o Brás ja estava no Brasil, Pernambuco, desde os tempos do primeiro proprietário da capitania, capitão-mor, Duarte Coelho. E dele nasceu Camilla Barbalho, a qual passou o sobrenome para os filhos.

Ao que tudo indica, para que tenhamos origem no Fernão Barbalho, como propõe o autor, este terá que não ter encontrado documentos dizendo que o Brás também fosse filho dele. Pela idade, acredito que Brás pode ter sido irmão do Fernão, talvez primo.

Enxergo outra pequena possibilidade também. A de que o Antonio, filho de Fernão Barbalho, fosse o próprio Brás Barbalho Feyo. Talvez se chamasse Antonio Brás Barbalho Feyo. E os autores não mencionaram.

Nesse caso, ele poderia ter sido pai de Antonio e D. Guiomar ainda em Portugal. Mas o autor do Pedatura deve ter recebido informações desencontradas ja que realmente teve filhos com os nomes Felipe e Alvaro.

O que ele também não ficou sabendo foi que teve a filha Camilla. Essa sim casou-se com Guilherme Bezerra Felpa de Barbuda, que fora neto do Pantaleão Monteiro e Brazia de Araújo ou Monteiro.

Nesse caso, Luiz Barbalho Bezerra e Felipe Barbalho Bezerra ja eram netos e não filhos do “Antonio” Brás. Dentro dessa possibilidade, o Antonio Barbalho Pinto, seria meio-irmão da Camilla Barbalho.

Porem, não se teria mais noticia desse parentesco. Em primeiro lugar ele não teria crescido na presença dele, e foi posteriormente para o Brasil.

No Brasil, poderiam ter residido distanciados. Então, quando da prisão do Antonio Pinto, poucos ou ninguém mais que ele próprio saberia de tal parentesco.

Talvez para preservar os parentes e a si próprio, mantivesse distancia por causa da condição de ser neto de uma cristã-nova.

Pareceu-me que a esposa não mencionada no Pedatura devera ser dona Violante Fernandes.

E a razão para ela não aparecer naquele livro deve ter sido justamente proceder de família cristã-nova. Isso seria motivo mais que suficiente para exclusão, para não “manchar” a nobreza porque estava-se em plena Inquisição.

Nesse caso, o Antonio Barbalho Pinto devera ter sido o primeiro filho do primeiro Antonio. E pode ter sido neto do Fernão Barbalho.

Possível será que dessa confusão tenham brotado outras, nas quais os antigos genealogistas apontavam Fernando Bezerra ou Antonio Bezerra Monteiro como pai do governador Luiz Barbalho Bezerra.

Na verdade, os dois: Luis e Luiz Barbalho Bezerra foram contemporâneos. Ja havia visto essa menção de que o grande soldado havia nascido em torno de 1601.

Na verdade, o governador Luiz Barbalho nasceu em torno de 1584 ja que foi dito que casou-se aos 30 anos, em 1614, mesmo ano no qual nasceu seu primeiro filho, Guilherme Barbalho Bezerra.

Não seria impossível, mas bastante improvável que o Luiz começasse a ter filhos e se casado em torno de seus 14 anos de idade, mesmo naquela época. Naquele tempo o homem valia o quanto tinha no bolso.

Os homens de origem nobre buscavam casamentos, quando se casavam, depois que eram provados. Os pais eram os que determinavam com quem as filhas iriam se casar. E eles preparavam dotes para o casamento das filhas.

Esses dotes representavam verdadeiras fortunas. Quanto maior fosse o dote, mais elevado na escala social poderiam “comprar” um marido. O que pretendiam comprar era segurança para a própria descendência, portanto, tinham o cuidado de escolher maridos que ja tivessem mostrado valor.

O próprio governador Luiz Barbalho Bezerra casou-se aos 30 anos.

Não se põe data no casamento do filho dele Fernão. Mas o Pedatura menciona que foi casado com Maria de Macedo, e acrescenta: “m.er baixa”. O que deve significar, sem nobreza. E, também, sem dote. Talvez ele tenha se casado novo.

Existem mais duas evidencias que nos mostram que o governador Luiz Barbalho não foi filho do Antonio Barbalho. Primeiro porque o segundo casamento dele se deu por volta de 1586, quando o governador ja era nascido.

A segunda questão foi a de que Antonio Barbalho Pinto foi o filho de Antonio Barbalho e Violante Fernandes. E que, em teoria, teria sido irmão do governador.

Nesse caso, ele teria tido um irmão que chefiou a resistência `a invasão holandesa durante vários anos, sendo famosíssimo por conta desse fato.

O governador Luiz Barbalho faleceu em 1644, no comando do Rio de Janeiro. Mas neste interim seus filhos também foram valorosos soldados contra os invasores.

A biografia do Agostinho Barbalho Bezerra esta repleta de condecorações por seus atos de bravura. Fernão, Jeronimo, Guilherme, Antonio e Francisco Monteiro também se envolveram e se tornaram heróis da resistência.

Portanto, a prisão do Antonio Barbalho Pinto levaria ao mesmo resultado que a do senhor Antonio Mendes de Azevedo, que tinha somente um filho e um genro  envolvidos na guerra.

Muito possivelmente, o Brás Barbalho Feyo poderá ter sido um tio ou, no muito, um primo mais distante. Parentesco que ficava oculto nas brumas do passado que não permitia aos holandeses ter noticia dele.

Acredito que um pequeno detalhe, que demonstra as erratas no texto do Pedatura, foi o autor ter atribuído o nome Cecilia Carreiro `a mãe de nossa ancestral Maria Furtado de Mendonça.

Pode ter encontrado Cecilia Car.o, abreviado da forma que ele usava tanto. Apenas que em algumas abreviaturas cabiam mais de um nome. No caso dela, tinha o nome completo de Cecilia de Andrade Carneiro. Car.o era, nesse caso, Carneiro.

O nosso parentesco com os Monteiro e Bezerra da-se dessa forma:

01. Pantaleão Monteiro c.c. Brazia Araújo, ou Monteiro, pais de:

02. Maria de Araujo c.c. Antonio Bezerra Felpa de Barbuda, pais de:

03. Guilherme Bezerra Felpa de Barbuda c.c. Camilla Barbalho, pais de:

04. Luiz Barbalho Bezerra c.c. Maria Furtado de Mendonça.

Segundo os genealogistas mais recentes, Antonio Bezerra Felpa de Barbuda foi filho dos grandes povoadores de Pernambuco: Antonio Martins Bezerra e Maria Martins Bezerra.

Antonio Felpa, nasceu em Ponte de Lima. Ao que tudo indica foi irmão de Domingos Bezerra Felpa de Barbuda. Domingos nasceu em 1524, em Viana. Nisso, penso que Antonio fosse mais velho.

A razão que leva-me a pensar foi o fato de essa data remontar `a grande corrida consequente aos Grandes Descobrimentos. O que direcionou o desenvolvimento para as cidades portuárias, como era Viana.

Assim fica fácil imaginar que o movimento demográfico foi de Ponte de Lima para Viana. E ai sim para Pernambuco, pois, a maioria dos povoadores procediam do Entre-Douro e Minho, sediada esta província pela cidade do Porto.

Mais informações a respeito do Domingos encontramos na postagem:

http://familybezerrainternational.blogspot.com/2009/12/fontes-sobre-as-origens-da-familia.html

Quem desejar resumir a leitura, antecipe-se `a pagina 11. Observe-se que Domingos Bezerra de Barbuda foi tio-avô do governador Luiz Barbalho Bezerra. E foram dois irmãos, Antonio e Domingos, casados com duas irmãs, Maria e Brasia Monteiro (Araújo).

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11. CONCLUSOES

A maior e principal conclusão será a de que precisamos mesmo recorrer aos documentos de época para determinarmos com certeza de que o nosso ancestral ANTÔNIO JOSE MONIZ  seja esse que se completa com o sobrenome BARRETO.

Como devem ter residido ate ao falecimento em Conceição do Mato Dentro, pode ter deixado Inventários e, talvez, Testamento em algum cartório local. Ai podemos encontrar a menção a nome de pais.

Caso não se encontrem la, poderão estar no Serro, que `a época dele foi a única Comarca na região.

Ou pode ser que tenha casado nalguma das freguesias que compunham Conceição do Serro (do Mato Dentro). Nesse caso os registros devem encontrar-se no Arquivo Arquidiocesano da Diocese de Diamantina. O ideal seria encontrar o registro de casamento dele com MANOELA DO ESPIRITO SANTO.

Quem sabe, não foram pais de pelo menos mais uma meia dúzia de meninos e meninas, alem da nossa ancestral Luiza Maria, os quais podem ter tido tanta descendência quanto Luiza Maria e o capitão Jose Coelho da Rocha. Se for o caso, será difícil encontrar pessoa na região que não tenha ascendência nos avos Antonio Jose e Manoela.

Não se pode esquecer que os trabalhos do genealogista Antonio de Araújo Aragão Bulcão Sobrinho podem ja ter essa resposta. O Antonio Jose pode ter sido parente dele e se este casou-se na Bahia, pode aparecer na literatura produzida pelo genealogista. Se houver, pode encurtar nossa labuta.

Caso se comprove essa hipotese, de sermos descendente do ANTONIO JOSE MONIZ BARRETO, talvez possamos explicar as brincadeiras que rodavam em torno da família Coelho.

Ha tempos dizia-se que os Coelho não podiam ver sombra que queriam se sentar. Ai ficaria explicado! São baianos de origem!

Ha também outro parecer do mesmo ramo familiar. Diziam que não se podia disputar uma cadeira com um Coelho. Ainda mais quando fosse preciso correr um pouco porque a cadeira não estivesse ao alcance rápido.

Isso porque o Coelho virava-se de costa e se sentava. A bunda grande chegava primeiro e ela depois puxava o corpo!!!

Em verdade, as brincadeiras eram uma celebração da dominância da família, imaginaria ou não. O certo foi que a nossa assinatura Coelho que deu maior força `as tradições chegou para o Brasil em data tardia.

Em 1744 foi passada a primeira carta de sesmarias ao português Manoel Rodrigues Coelho, que as tradições dizem ter sido o primeiro do ramo no Brasil.

Não lhe temos nomes de esposa(s). Mas também deve ter sido representante da nobreza portuguesa. Isso porque, a partir do filho dele, os casamentos se deram com pessoas das famílias que ja se encontravam no Brasil ha mais tempo.

Então, para que as gerações posteriores não tenham comentado a respeito de ancestrais tão antigos e ilustres, deve ter sido porque a bagagem que ele trazia tinha pelo menos fama igual.

E como foram muito poucas as pessoas preocupadas em guardar memória de seus ancestrais mais longínquos, os comuns contentaram-se com o vislumbre daquela figura mais nova. Mas nem precisava, por ser português da metrópole, os brasileiros ja o tinham por “superior”!

E, com esse deslumbramento por assinaturas, as gerações futuras não apenas se esqueceram da tradição anterior do recém chegado, como nem mesmo tomou nota do que era mais antigo. Assim deve ter sido a perda de nossa memória que agora precisava ser recuperada.

Escrevo apenas para que os futuros tenham onde encontrar.

Bom seria que fosse feita uma recuperação de tudo o que for possível e então fossem escritas enciclopédias novas, pois, assim poderiam as crianças de cada geração ter acesso não apenas `a Historia que nos parece de outros, mas sim a verdadeira Historia, aquela que inclui nossos ancestrais e a saga da descendência deles.

Essa é a unica e verdadeira Historia que existe. Aquela que conta a Historia dos acontecimentos e de como o sangue dos heróis circula em nossas veias.

 

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010. OS BARBALHO DO RIO DE JANEIRO, POR RHEINGANTZ

INDICE:

O1. INTRODUCAO

02. FAMILIA BARBALHO NO RIO DE JANEIRO SECULO XVII

03. MAIS BARBALHO NO RIO

04. OS BARBALHO DE AGUIAR NO RIO E MINAS

05. A NOSSA EUGENIA

06. UM POUCO MAIS DE DISCUSSÃO A RESPEITO DOS DADOS

07. UM POUCO MAIS DOS AGUIAR NA FAMILIA

08. TITULO CARVALHO

09. DOS COSTA

10. PONTOS DO NORDESTE TAMBEM SERIAM NOSSO?

01. INTRODUCAO

“Primeiras Familias do Rio de Janeiro (Séculos XVI e XVII)” Primeiro Volume.

Este é o titulo da grande obra do genealogista Carlos Grandmasson Rheingantz. A obra foi planejada para conter 3 volumes. Dos quais o primeiro foi publicado em 1965 e o segundo em 1967.

O autor não publicou o terceiro. O Colégio Brasileiro de Genealogia, sediado no Rio de Janeiro, tem publicado o terceiro em fascículos, publicação própria. Mas nunca tive acesso.

Acabo de ganhar fotos do capitulo entitulado BARBALHO, que foi resumido entre as paginas 188 a 191.

Vou manter esses dados para ajudar-nos em pesquisas maiores. Infelizmente acrescenta pouco ao que sabemos da linhagem que nos toca.

Foi bom ter este conhecimento novo porque a partir dele podemos ter uma ideia mais ampla de como se formou nossa família e, quem sabe, muito em breve, iremos poder seguir estes rastros para descobrirmos que temos uma grande parentela espalhada pelo mundo inteiro.

Ha também o senão. A presença da ancestral Maria Rodrigues de Magalhães Barbalho na atual raiz, ate onde o professor Dermeval Jose Pimenta nos deixou decifrado, da Família Coelho. Assim, essa linhagem Barbalho da qual todos descendemos pode depois encaixar-se no capitulo escrito pelo Rheingantz.

Segue o encontrado. Agradeço `a amiga Perlya que enviou-me as fotos das paginas:

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02. FAMILIA BARBALHO NO RIO DE JANEIRO SECULO XVII

PAG. 188

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“BARBALHO

Luis Barbalho Bezerra, n. por volta de 1584 e fal. no Rio (Se 3o. 31v) a 16.4.1644 (sepultado na capela-mor do Colegio da Companhia de Jesus). Governador. Filho de Fernão Bezerra Monteiro e de d. Camila Barbalho. Casado por volta de 1614 com d. Maria de Mendonça. No ano de 1638 a família toda retirou-se de Pernambuco e vai para a Bahia. Pais de:

I.1 Capitão Guilherme Barbalho

I.2 Capitão Jeronimo Barbalho Bezerra, n. em Pernambuco (?) por volta de 1616, e fal. no Rio (Se 4o. 37) a 8.4.1661, expirou degolado no cadafalso. Casado por volta de 1644 com d. Isabel Pedrosa, n. no Rio (Se 2o., 123) bat. a 1.6.1631 e fal. no Rio (Se 7o., 150v) a 10.12.1709 (fal. fora da cidade), filha de Joao do Couto Carnide e de Cordula Gomes. Pais de:

II.1 Jeronimo. n. no Rio (Se 3o. 80) bat. a 26.6.1645

II.2 Felipe Barbalho Bezerra, n. no Rio (Se 3o. 88v) bat. a 18.9.1647, fal., casado no Rio (Se 2o., 21) a 2.7.1667 com Maria Pinta, n. por volta de 1649 e fal. no Rio (Candelaria 2o., 71) a 17.10.1704 (ja viuva). Pais de:

III.1 ajudante Julião Barbalho (Bezerra), n. no Rio (Candelária, 2o., 33v), bat. a 11.6.1668.

III.2 Maria de Lima, n. no Rio por volta de 1670, fal. no Rio (Se 10o., 86), casada no Rio (Se 2o., 101) a 24.2.1686 com Faustino de Souza Pinto. Pais de:

IV.1 Francisca de Souza Barbalho, n. no Rio (Se 5o., 56) bat. a 19.3.1687, fal. de parto em 8.1723, casada no Rio (Se 3o., 91) a 7.1.1705 com Manuel Dias Pataias, residente no Rio (Inhaúma) n. em N. S. da Esperança de Pataias, bisp. de Leiria por volta de 1667, fal., viuvo de Ursula da Fonseca, e filho de Manuel Dias Pataias e Domingas Rodrigues. Pais de:

V.1 Manuel Dias (Pataias) n. no Rio (Candelaria 3o., 60v) a 18.4.1706.

V.2 Nicolau, n. no Rio (Candelaria 3o., 72) bat. a 25.9.1707

V.3 Florencia, n. no Rio (Candelaria 3o. 83v) bat. a 2.4.1709

V.4 Joana, n. no Rio (Candelaria 3o., 93) bat. a 25.11.1710

V.5 Maria de Souza, n. no Rio (Candelaria 3o. 105) bat. a 18.7.1712, fal., casada no Rio (Candelaria 4o. 19v) a 21.5.1726 com Bento Gomes de Araujo, n. em Icarai, RJ, filho de Joao de Barcelos e de Luiza Faria.

V.6 Pedro, n. no Rio (Candelaria 3o., 115) bat. a 3.12.1713

V.7 Tereza, n. no Rio (Candelaria 3o., 133) bat. a 1/4.11.1715

V.8 Maria, n. no Rio (Candelaria 3o., 146) bat. a 13.1.1717

V.9 Clemente, n. no Rio (Candelaria 4o. 7v) bat. a 8.12.1718

V.10 Francisco, n. no Rio (Candelaria 4o. 33) bat. a 17.2.1721

V.11 Francisca, n. no Rio (Se 7o. 53v) bat. a 6.4.1722

V.12 Ignacio. n. no Rio (Candelaria 4o., 82) bat. a 4.8.1723

PAG. 189

IV.2 Padre Felipe de Souza, sacerdote de habito de São Pedro, n. no Rio (Se 5o., 68v) bat. a 4.9.1689

IV.3 Pedro. n. no Rio (Se 5o. 79) bat. a 23.2.1692, fal. menor

IV.4 Maria, n. no Rio (Se 5o. 90v) bat. a 19.5.1694, fal. menor

IV.5 Maria, n. no Rio (Se 5o. 103v) bat. a 19.3.1696, fal. menor

IV.6 Inácia, n. no Rio (Se 5o. 117) bat. a 13.7.1698, fal. menor

IV.7 Maria, n. no Rio (Se 5o. 125v) bat. a 12.10.1699, fal. menor

IV.8 Tomásia de Souza, n. no Rio (Se 5o., 145) bat. a 14.11.1701, solteira em 1720.

II.3 d. Páscoa Barbalho, n. no Rio (Se 3o. 99v) bat. a 1.5.1650, fal., casada no Rio (Se 2o., 22v) a 19.1.1668 (na Igreja de Sao Jose) com Pedro da Costa Ramires, n. no Rio (Se 3o., 74), batizado a 18.7.1644, fal., filho de Domingos Carvalho de Figueiredo e de Ines da Costa. (ver CARVALHO). Pais de:

III.1 Jose da Costa Barbalho, n. no Rio por volta de 1668, fal., no Rio (Se 7o. 79) a 3.3.1705, casado no Rio (Se 2o., 90) a 7.8.1683 (o noivo com 15 anos de idade …..) (na Igreja de N. S. do Parto) com d. Madalena de Campos, n. no Rio por volta de 1658 e fal. no Rio (Se 7o., 121v) a 27.7.1707, filha de Andre de Siqueira Lordelo de de Madalena de Campos. Ver SIQUEIRA e CAMPOS. Pais de:

IV.1 d. Páscoa Barbalho da Ressurreição, n. por volta de 1685, fal., casada no Rio (Se 3o. 70) a 21.1.1703 (na Igreja de São Jose) com Jose Vieira da Costa, fal. antes de 1744, filho de Salvador Vieira e de Francisca da Costa. Pais de, entre outros:

V.1 Gonçalo da Costa Barbalho. n. no Rio (Se 6o., 162) bat. a 24.02.1719, fal., casado no Rio (Se 7o. 109v) a 25.11.1747 com Maria Teresa, n. em Sao Nicolau do Su-Surui, RJ, filha de Francisco dos Reis e de Inácia Soares.

IV.2 d. Teresa Barbalho, n. por volta de 1686, fal., casada no Rio (Se 3o., 97) a 21.1.1706 (com dispensa de 3o. e 4o. graus) com seu primo Afonso Maciel Tourinho, filho de Manuel Gomes Pereira e de Ursula de Aguiar. Ver MACIEL.

IV.3 d. Ana Maria da Costa, n. por volta de 1688, fal., casada no Rio (Se 4o., 3) em 3.5 e 24.5.1708 (na Igreja de São Jose) com seu primo em 2o. grau, adiante citado, Francisco de Matos Bezerra, filho de João Batista de Matos e de d. Michaela Pedrosa.

IV.4 Uma filha que era viva ainda e 1707.

IV.5 d. Catarina de Siqueira, n. em São Gonçalo, RJ, por volta de 1692, fal., casada e São Gonçalo, RJ a 22.2.1727 com Jose de Aguiar Daltro, n. no Rio (Se), filho de Jose de Aguiar Daltro e de Isabel Pedrosa.

II.4 Luis, n. no Rio (Se 3o., 104) bat. a 13.7.1651, fal. menor.

II.5 dona Michaela Pedrosa, n. no Rio (Se 3o. 111), bat. a 18.5.1653, fal. antes de 1723, casada por volta de 1671 com Joao Batista de Matos, n. em Lisboa por volta de 1641 e fal. no Rio (Candelaria) a 1.8.1717, filho do capitão Francisco Luis Lobo e de d. Catarina de Sene. Pais de:

III.1 Capitão Jeronimo Barbalho Bezerra, n. por volta de 1672 e fal. no Rio (Se) a 28.1.1717.

III.2 Luis de Matos Bezerra, n. por volta de 1674

III.3 Antonio Barbalho, n. por volta de 1676

III.4 Francisco de Matos Bezerra, n. por volta de 1678, fal., casado no Rio (Se 4o., 3) em maio de 1708 com sua prima em 2o. grau acima citada, d. Ana Maria da Costa (Barbalho), n. por volta de 1668, fal., filha de Jose da Costa Barbalho e de d. Madalena de Campos.

III.5 Inacio Barbalho Bezerra, n. por volta de 1681.

III.6 d. Isabel Pedrosa, n. em São Gonçalo, RJ, por volta de 1684, fal., casada em São Gonçalo, RJ, a 24.2.1721, com o capitão Bento da Fonseca e Silva, n. por volta de 1664, fal., viuvo de dona Maria de Albuquerque Queixada, filho de Antonio da Fonseca e Silva e de Maria do Couto.

III.7 d. Catarina de Sene, n. em São Gonçalo, RJ, por volta de 1687, fal., casada em São Gonçalo, RJ, a 24.2.1721 com Dom Diogo Queixada, n. em São Gonçalo, RJ, filho do capitão Bento da Fonseca e Silva e de sua primeira mulher d. Maria de Albuquerque Queixada.

III.8 Manuel de Matos Bezerra, n. por volta de 1691, e fal. no Rio (Se) a 28.12.1716 “de um tiro de espingarda”.

III.9 d. Teresa de Jesus Barbalho, n. em São Gonçalo por volta de 1694, fal., casada no Rio (Se 5o., 90) a 25.9.1723 (na Igreja da Misericórdia) com Mateus Lopes Vieira, viuvo de Brigida Correia, filho de Inacio Vieira de Magalhães e de Angela Tourinho.

III.10 d. Francisca Barbalho.

II.6 Luis, n. no Rio (Se 4o., 23) bat. a 20.5.1660. Seria este o capitão-mor Luis Barbalho Bezerra, casado por volta de 1690 com d. Ana Maria de Vasconcelos Pereira, e pais de:

III.1 Jeronimo Barbalho Bezerra, n. em Itaboraí, RJ, por volta de 1694, fal., casado em São Gonçalo, RJ, a 25.9.1724 (no oratório do pai da noiva) com sua prima em 3o. grau d. Ana de Albuquerque, filha do capitão Bento da Fonseca e Silva e de d. Maria de Albuquerque Queixada, sua primeira mulher.

I.3 Agostinho Barbalho Bezerra, n. em Pernambuco por volta de 1619, fal. no sertão do Rio Doce.

I.4 d. Cecilia Barbalho, n. em Pernambuco e fal. no Rio (Se 7o., 27v) a 9.2.1702, casada por volta de 1650 com o coronel Antonio Barbosa Calheiros. Pais de (entre outros):

II. 1 d. Antonia, n. no Rio (Iraja 6o., 8) bat. a 2.7.1654

II. 2 d. Isabel, n. no Rio (Iraja 6o., 12v) bat. a 23.4.1658

I.5 Francisco Monteiro (Bezerra), residente na Bahia.

I.6 a 1.10. Ne….”

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COMENTARIOS:

  1. Para nos o mais importante talvez seja a comprovação de que Jeronimo Barbalho Bezerra foi mesmo filho do governador Luiz Barbalho Bezerra e d. Maria Furtado de Mendonça. A duvida estava em que o “Nobiliarchia Pernambucana” oferecia a alternativa de ser filho do Felipe, irmão do Luiz. Ha que se crer nesse dado porque Rheingantz teve acesso ao registro de casamento do Jeronimo, no qual sempre se colocava os nomes dos pais dos noivos.
  2. Ja o nome para o pai do Luiz mais aceito na atualidade é Guilherme Bezerra Felpa de Barbuda. Ha literatura antiga optando por Antonio com o mesmo sobrenome. No Nobiliarchia apresenta Fernão Bezerra numa parte e N…. (desconhecido do autor) em outra. Rheingantz talvez tenha encontrado o nome no registro de óbito. Mas não era comum registrar-se nomes paternos nos óbitos. De qualquer forma, em sendo um ou outro candidato o verdadeiro pai do Luiz, acredito não alterar significativamente nossa genealogia, pois, seriam parentes, Quiça irmãos.
  3. Talvez encontre-se ai a origem de um Inacio Barbalho presente no site Familysearch. O nome da esposa dele varia de Ines da Silva para Ines do Campo. Eles registraram 3 filhos na Igreja de N. S. da Consolação em Congonhas, MG. Foram: Antonio, 27.3.1737; Manoel, 5.4.1739 e Jose, 3.5.1743. Esse pode não ser o filho de Michaela Pedrosa e Joao Batista de Matos, por esse ter nascido em 1681, ou seja, estaria com 56 anos quando o mais novo nasceu. Não que fosse impossível mas não era comum. Nos temos na família o exemplo não muito distante na época do cirurgião-mor de Porto Alegre: Policarpo Joseph Barbalho. Ele foi pai de Josepha antes mas teve outros 7 filhos em Gravataí. As datas de nascimentos variavam entre 1782, quando ele estava com 47 anos, ate 1793, quando estava com 58. Isso comprova que a idade não era uma barreira intransponível mesmo `a época. O casamento do Jose da Costa Barbalho, filho dos ancestrais Páscoa e Pedro da Costa Ramires, com Madalena de Campos, registra a proximidade das duas famílias e, muito provavelmente, o casamento de Ignacio e Ines da Silva (do Campo) pode ja ter sido entre primos. Mas não tenho o destino tomado pelos 3 filhos.

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03. MAIS BARBALHO NO RIOAo final da pagina 190 o registro da assinatura segue com um exemplo a mais de Barbalho. Trata-se de Francisco Barbalho, o qual Rheingantz não revelou origem. Resolvi postar também porque poderá servir aos pesquisadores da assinatura:

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“FRANCISCO BARBALHO, n. por volta de 1641, casado por volta de 1671 com Inácia Rangel, n. no Rio e fal. no Rio (Se 14o., 111v) a 3.12.1737, filha do capitão Marcos de Azeredo Coutinho e de Paula Rangel de Macedo. Pais de:

I.1 Maria, n. no Rio (Se 4o., 81) bat. a 28.8.1672, fal. antes da mãe.

I.2 Paula, n. no Rio (Se 4o. 94v) bat. a 6.5.1674, fal. antes da mãe.

I.3 Miguel Jacome Barbalho, fal. antes de 1737, deixando um filho natural.

I.4 Esperança Barbalho Coutinho, n. por volta de 1689, fal., casada por volta de 1709 com o ajudante Bernardo de Meireles, fal. antes de 1737. Pais de:

II.1 Inácio, n. no Rio (Se 6o., 47) bat. a 19.7.1710

II.2 Jose, n. no Rio (Se 6o., 76) bat. a 4.2.1713

II.3 Sebastião, n. no Rio (Se 6o., 120) bat. a 13.5.1716

II.4 Joana, n. no Rio (Se 6o., 167v) bat. a 7.6.1719

I.5 Jose de Azeredo, fal. antes de 1737, deixando um filho natural.”

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COMENTARIOS:

01. No “Nobiliarchia Pernambucana” de Borges da Fonseca se apresenta o Titulo de BEZERRAS JACOME. Não encontrei nele um Francisco Barbalho que pudesse ser esse descoberto por Rheingantz no Rio de Janeiro.

O capitulo inicia a partir da pagina 44. E o livro pode ser pesquisado no endereço:

http://objdigital.bn.br/acervo_digital/anais/anais_047_1925.pdf

02. Interessante também será verificar-se que a família Azeredo Coutinho ja estava entrelaçada com a Barbalho via o casamento de Jeronimo Barbalho Bezerra e dona Isabel Pedrosa, que era filha de João do Couto Carnide e Cordula Gomes.

Dona Cordula Gomes foi filha do cristão-novo Miguel Gomes Bravo e Isabel Pedrosa de Gouveia. Foi irmã de dona Antonia Pedrosa de Gouveia, casada esta com Belchior de Azeredo Coutinho.

Essa relação pode ser verificada, entre muitos outros, no endereço:

http://www.morrodomoreno.com.br/materias/familias-azevedo-e-azeredo.html

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04. OS BARBALHO DE AGUIAR NO RIO E MINAS

Na sequencia, a Perlya deu-me outro presente da maior importância para decifrar nossa genealogia.

Alias, ha algum tempo eu havia escrito que não iria preocupar-me com esse passado por enquanto, pois, previa que ja houvesse o decifrado. Queria concentrar-me apenas em solucionar as questões da passagem da Família do Rio para Minas primeiro.

O professor Dermeval Jose Pimenta havia nos deixado aquelas passagens no livro dele: “A MATA DO PECANHA, SUA HISTORIA E SUA GENTE”. Mas ele buscou apenas o ramo que seguiu ate `a Família Pimenta. Não se preocupou, ou não teve tempo, em decifrar os possíveis outros que derivam.

Seguem as passagens no livro do professor Dermeval:

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” I – LUIZ BEZERRA BARBALHO, herói brasileiro, nascido em Pernambuco, imortalizado nas lutas com os holandeses, e principalmente na sua famosa retirada `a testa de mil homens, desde o Rio Grande do Norte ate a Bahia, em 1638. Foi nomeado Governador do Rio de Janeiro. Faleceu em 1654. Pai de:

II – Capitão JERONIMO BEZERRA BARBALHO, casado com IZABEL PEDREIRA. Faleceu no cadafalso, no Rio de Janeiro, em 8 de abril de 1661.

III – PASCOA BARBALHO, neta de JERONIMO BEZERRA BARBALHO, era casada com PEDRO DA COSTA, no Rio de Janeiro, em 19 de janeiro de 1668. Deste casal procede:

IV – MARIA DA COSTA BARBALHO, batizada na Freguesia de Nossa Senhora da Apresentação de Irajá , distrito do Rio de Janeiro, casou-se com MANOEL AGUIAR, viuvo de ANA PEREIRA DE ARAUJO.

V – MANOEL VAZ BARBALHO, casado em 18-9-1732, em Milho Verde, com JOSEFA PIMENTA, filha de BELCHIOR PIMENTA DE CARVALHO.”

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Em “Ascendentes de Josefa Pimenta” ele descreve que ela descendia do capitão MANOEL PIMENTA DE CARVALHO, que instalou-se no Rio de Janeiro por volta de 1620.

Mas essa origem hoje é questionada pelos atuais genealogistas, inclusive Rheingantz, que encontrou que BELCHIOR PIMENTA DE CARVALHO (1691), era filho de JOAO PIMENTA DE CARVALHO e MARIA MACHADO. Esse era em verdade descendente do capitão-mor, JOAO PIMENTA DE CARVALHO, irmão do capitão MANOEL.

Por enquanto, vou limitar-me a reproduzir apenas o que o professor disse a respeito da Josefa:

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“IV – JOSEFA PIMENTA DE SOUZA, nascida no Rio, nos anos de 1716, criada e educada na residencia de seu pai, tendo sido batizada na Freguesia de Nossa Senhora do Mosteiro, do Rio de Janeiro; casou-se aos 18-9-1732, na Capela de Nossa Senhora dos Prazeres de Milho Verde, em Minas Gerais, com MANOEL VAZ BARBALHO (Livro 1o. de casamento da Matriz, fls. 78; livro 1o. de Tapanhoacanga, fls. 100; livro de casamento das capelas filiais de fl. 6v) conforme consta do arquivo do Alferes LUIS ANTÔNIO PINTO).”

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O alferes Luis Antonio Pinto nasceu no Serro por volta de 1842, serviu na guerra do Paraguai, e retornou para o torrão natal onde tornou-se escrivão ate o falecimento em 1925.

Formou um arquivo que teria um enorme valor na atualidade, tanto para Historia quanto para genealogia. Esse arquivo foi desleixadamente abandonado por algum tempo. Os frangalhos estão sob a guarda do Arquivo Publico Mineiro. Mas ainda conserva informações preciosas.

Ai existem alguns enganos que pudemos corrigir. Luiz e Jeronimo eram Barbalho Bezerra e não o inverso. Luiz faleceu em 1644 quando exercia o cargo de governador. Páscoa Barbalho não era neta e sim filha do Jeronimo. E Isabel era Pedrosa e não Pedreira.

Como os registros do Rheingantz prometiam mais informações a respeito do Pedro da Costa Ramires no capitulo CARVALHO, solicitei `a amiga Perlya que enviasse as fotos. E no dia seguinte enviei outro pedido dizendo que talvez o AGUIAR fosse ate mais importante.

A minha duvida encontrava-se em que tinha referencia a filhos do MANUEL e MARIA BARBALHO que assinavam DE AGUIAR BARBALHO. Suspeitei da possibilidade de o MANUEL VAZ BARBALHO não ter sido filho deles. E ela prontamente enviou o AGUIAR e, a seguir o CARVALHO.

Segue o que estava no AGUIAR. Alias, são 23 pessoas encabeçando ramos de famílias com o sobrenome Aguiar no livro do Rheingantz. Desses, reproduzirei o mínimo necessário porque deverão posteriormente encaixar-se em nossa parentela.

Infelizmente, o Carlos Rheingantz não aprofundou muito no capitulo AGUIAR. Provavelmente concentrou-se mais em outras famílias copilando o que encontrou a partir de parentescos laterais com elas.

E claro, na busca que fazia foi anotando o que encontrou de excedente mas sem preocupar-se se havia relação parental entre uns e outros.

Assim, a maioria dos membros da Família Aguiar encontrados por ele parecem ja nascidos no local, em torno dos anos de 1630, pouco mais ou pouco menos. Origem mesmo ele cita de alguns que variam entre Sao Paulo e Portugal. Mas essas não podem ser origem de todos, nem sequer da maioria.

O infelizmente escrito acima não reflete uma decepção com o trabalho do grande genealogista. Deve ter feito o que pode, não o que desejava. O próprio professor Dermeval ja dizia que inclusive deixou um fichário, arquivado no CBG-RJ, com dados dos assentamentos que encontrou.

Muito provavelmente, esse fichário contenha dados alem do livro, pois, a própria menção pelo professor Dermeval `a Maria da Costa Barbalho ter sido nossa ancestral, embora ela não entre na descrição do livro do Rheingantz, ja é um grande indicativo da importância desse fichário para toda a genealogia brasileira.

Porem, o registro da presença do sobrenome AGUIAR no Rio de Janeiro remonta aos primeiros anos de sua fundação em 1565. Nesse estudo, endereço que segue, mostra-se a presença de:

http://revistaacervo.an.gov.br/images/pdf/Deoclecio.pdf

Gonçalo de Aguiar, chegou para o Rio entre 1567 e 1568, escrivão do 2o. oficio entre 1577 a 1618.

`As paginas 71-72 ha uma curta biografia dele. Contendo mais seus trabalhos. Foi casado com Ines Gomes e era do partido do governador Salvador Correa de Sa e Benevides, o “eterno inimigo” dos familiares Barbalho Bezerra no Rio de Janeiro.

Não menciona filhos. Mas se os houve pode ser a origem na qual os Aguiar de la se juntam. Se filhos não houveram, ele deve ter levado irmãos, primos, compadres etc, para ajudar a povoar o Rio de Janeiro, e deles devem descender diversos dos 23 patriarcas mencionados por Rheingantz.

Seria praticamente impossível `aquela época as pessoas ocuparem os cargos que ele ocupou sem o apoio de um partido grande de familiares, pois, so quem tinha sustentação que poderia ocupa-los.

Isso é o que demonstra o professor Joao Fragoso no trabalho dele, endereço abaixo:

http://www.revistatopoi.org/numeros_anteriores/Topoi01/01_artigo02.pdf

Segue então a seleção de algumas paginas do livro do Rheingantz:

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”                                          AGUIAR

AMARO DE AGUIAR, n. no Rio (Se 3o., 40v) bat. a 21.1.1639, e fal. depois de 1701, filho de Manuel Vieira de Figueiredo e de Inácia de Aguiar, casado por volta de 1663 com dona Francisca de Almeida, n. no Rio (Candelaria 1o., 75v) bat. a 26.2.1646, e fal. antes de 1698, filha de Feliciano Coelho Madeira e de dona Maria de Oliveira. Pais de:

I.1 Inácia, n. por volta de 1664, citada em 1670, num legado.

I.2 Aleixo, n. no Rio (Iraja 6o., 20v) bat. a 24.8.1666

I.3 Teresa, n. no Rio (Iraja 6o. 24) bat. a 7.11.1669

I.4 d. Maria de Oliveira, n. no Rio (Iraja 6o. 27) bat. a 23.1.1671 e fal. entre 1707 e 1726, casada no Rio (Candelaria 1o., 27) a 13.1.1693, com Bernardo Jordão da Silva, n. no Rio (Iraja 6o. 31) bat. a 29.11.1666 e fal. antes de 1738, filho do sargento-mor Manuel Jordão da Silva e de Cipriana Martins. Com geração. Ver o titulo JORDAO.

I.5 Antonio Vieira de Aguiar, n. no Rio (Iraja 6o. 30) e bat. a 26.6.1673, fal., casado em primeiras nupcias no Rio (Candelaria 1o., 41v) a 17.9.1697 com Francisca das Chagas, n. no Rio, filha de Antonio Nunes e Lourença da Costa. Casado (com o nome de Antonio Vieira de Figueiredo) em segundas núpcias no Rio (Iraja 2o., 61) a 5.3.1734 com dona Isabel de Araujo, n. no Rio.

I.6 Jose, n. no Rio (Iraja 6o. 34) bat. a 2.4.1675

I.7 dona FRANCISCA DE ALMEIDA, n. no Rio (Iraja 6o., 37) bat. a 2.5.1677, fal., casada em primeiras nupcias no Rio (Campo Grande 3o., 6v) a 6.7.1693 (na capela de São João  de Trairaponga) com BELCHIOR PIMENTA DE CARVALHO, fal. em 1700, com geração. Ver PIMENTA. Casada em segundas núpcias no Rio (Se 3o., 48) a 27.2.1701 (na igreja do Engenho dos Reverendos Padres da Cia. de Jesus) com Jose de Bittencourt Correia (ou também, Correia de Bittencourt), n. no Rio, filho de Pedro de Bittencourt Correia e de dona Catarina Sarmento. Pais de:

II.1 Inácio, n. no Rio (Iraja 6o. 121v) bat. a 19.5.1718

II.2 dona Rita Maria de Jesus, n. no Rio (Iraja) por volta de 1720, fal., casada no Rio (Se 8o., 21v) a 17.11.1749 com Miguel Machado Homem, n. em Meriti, RJ, filho de Bartolomeu Machado Homem de Oliveira e de dona Inácia Quaresma.

I.8 dona Florencia de Almeida, n. no Rio (Iraja 6o., 40v) bat. a 13.11.1698 (na igreja de São Jose) com Manuel da Cunha de Sampaio, n. no Rio e fal. antes de 1741, filho de Manuel Rodrigues de Andrade e de Maria da Cunha de Sampaio. Com geração.

I.9 João Vieira de Aguiar, n. no Rio (iraja 6o., 44v) bat. a 30.6.1681, fal., casado no Rio (Se 3o., 42) a 13.9.1700 com Maria Pinheiro da Silva.

I.10 Rosa, n. no Rio (Iraja 6o., 54) bat. a 13.8.1684″

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Resolvi copiar essa parte que se encontra na pagina 21 do livro porque dona Francisca de Almeida (acrescentei letras maiúsculas no extrato) junto com Belchior Pimenta de Carvalho são identificados como pais do Belchior Pimenta de Carvalho, que devera ter sido o pai da Josefa Pimenta de Souza.

Mas uma das razoes pelas quais esses não deverão responder pelo nome de pais do Belchior II foi este ter nascido em 1691. Ou seja, 2 anos depois do matrimonio dos supostos pais. Algo que não era incomum, porem, menos comum entre as famílias dominantes.

Saltando `a pagina 24 temos:

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“MANUEL DE AGUIAR, n. por volta de 1634, fal., casado por volta de 1664 com Domingas Martins. Pais de:

I.1 Joao de Aguiar Barbalho, n. no Rio (Guaratiba) por volta de 1685, fal., casado no Rio (Iraja 2o., 36) a 1.7.1710 (na igreja de Santo Antonio de Jacutinga, RJ) com Agueda Rodrigues (ou Jordão), n. no Rio (Iraja), filha de Fernando Rodrigues e de Luisa da Silva, pais de:

II.1 Francisco, n. no Rio (Iraja 6o. 107) bat. a 6.6.1709 (Legitimado)

I. 2 Manuel Vaz Barbalho, n. por volta de 1690

I.3 Eugenia, n. no Rio (Iraja 6o., 78) bat., a 28.4.1695.”

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Aqui estava realmente o que procurava nesse capitulo. Embora existam detalhes curiosos que não batam com o que temos em mãos.

Ha que pular-se um pouco as paginas. `A pagina 27 temos:

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“Ajudante MANUEL DE AGUIAR DO VALE, n. por volta de 1635, fal., casado por volta de 1665 com Domingas de Oliveira. Pais de:

I.1 Maria de Oliveira, n. no Rio (Candelaria 2o., 22) bat. a 10.6.1666 e fal. no Rio (Jacarepaguá 5o., 8) a 4.3.1690.

I.2 Miguel, n. no Rio (Jacarepaguá 1o., 4v) bat. a 6.10.1668

I.3 Teodosia, n. no Rio (Jacarepaguá 1o., 7) bat. a 8.7.1671

I.4 Tomas, n. por volta de 1675 e fal. no Rio (Jacarepaguá 5o., 8) a 1.4.1690.”

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Pode-se ter coincidências. Mas aqui chama a atenção por termos 2 Manuel, nascidos aproximadamente `as mesmas datas, casados `a mesma época, com mulheres de mesmo nome, embora havendo um pequeno desvio no sobrenome.

Ha a possibilidade sim de que as coincidências tenham acontecido. Mas fica difícil Manuel e Domingas Martins terem se casado em 1664 e os Filhos nascerem a partir de 1685 e continuarem nascendo, provavelmente, ate depois de 1695.

Uma possibilidade seria a de o Manuel do Vale e dona Domingas terem sido pais do Manuel de Aguiar em 1664. A hipótese pode, talvez, se verificar caso os papéis analisados por Rheingantz estivessem tão deteriorados que ele tenha sido obrigado a tirar conclusões a partir do que restou.

Também porque Rheingantz não devera ter encontrado o registro de batismo de Theodozia de Aguiar Barbalho. Eu não o tenho mas ela aparece no site do Familysearch casando com Joseph Carneiro da ……, filho de Matheus Lage e Maria Carneiro.

O casamento se deu na igreja de Nossa Senhora da Assunção, na cidade de Mariana, MG, a 17.12.1717. E consta que a noiva era filha de Manuel Aguiar e Maria da Costa Barbalho.

Antes eu tinha duvidas quanto ao professor Dermeval ter identificado com acurácia os nomes dos pais do Manuel Vaz Barbalho. Mas ai fica comprovado que houveram sim os pais que ele mencionou.

A duvida permanecia apenas em relação ao sobrenome Vaz Barbalho. Mas com o atributo da paternidade do Manuel Vaz ao Manuel Aguiar também pelo Rheingantz, penso que ficou esclarecido que o professor Dermeval estava correto.

Embora, aqui ha que desconfiar-se que o Manuel Aguiar do Vale também ira se encaixar na família. Não sei como. Fica ai a evidencia de que ele foi pai de uma Teodosia. E o mesmo nome aparece em Theodozia de Aguiar Barbalho.

E no Familysearch encontra-se também o registro de casamento de Thereza de …….. de Oliveira com Jose Rodrigues, filho de Jose Rodrigues e Magdalena do Valle. Esse casamento também se deu na N. S. da Assunção de Mariana.

Acontece que Thereza de …….. de Oliveira foi filha de João de Aguiar Barbalho e Joanna de Oliveira. A data do casamento foi de 24.6.1730. Portanto, João teve duas esposas.

Por ai se pode notar que devem ter migrado para Minas Gerais, ja no inicio de sua colonização que intensificou-se no Ciclo do Ouro, os núcleos familiares que ja formavam um conglomerado de famílias entrelaçadas.

Observe-se que os Rodrigues, Vale, Barbalho, Oliveira e Aguiar se repetem. Para decifrar isso haver-se-a que juntar todos os dados possíveis daquela época num so livro.

Parece que Thereza também respondia pelo nome de Thereza Maria de Jesus. Como tal ela aparece como mãe em pelo menos 2 casamentos. Jose e ela foram pais de:

  1. Liandro Jose Barbalho que casou-se a 27.10.1753, na mesma N. S. da Assunção, com V. Barbalho. Essa de nome ilegível foi filha de Dionisio Barbalho Bezerra.
  2. Januário Jose Barbalho que casou-se a 26.1.1758, na igreja de N. S. da Conceição de Ouro Preto, MG, com Dionisia Coelho da Silva, filha de Antonio Coelho da Silva e Thereza Fernandes de Abreu.

Penso que ate ai fica esclarecido que realmente os descendentes de Manuel Vaz Barbalho e Josepha Pimenta de Souza se encaixam no tronco principal da Família Barbalho do Rio de Janeiro exatamente no casal Manoel Aguiar e Maria da Costa Barbalho.

Registre-se também que sobrenomes como Fernandes de Abreu, Coelho da Silva e outros surgem nas mesmas povoações nas quais os Barbalho se distribuíram em Minas Gerais, deixando a entender que os laços familiares influíram na povoação e distribuição da carga genética da família.

Possivelmente, Manuel Aguiar não teve filhos com dona Domingas Martins, ou esses filhos seguiram destino diferente.

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05. A NOSSA EUGENIA

Isso mesmo, a palavra escrita sem acento. Eugenia significa similaridade. Ou, mistura da mesma coisa!

Algo mais que chamou a atenção foi a presença da filha Eugênia, irmã do Manuel Vaz Barbalho. Para esclarecer o que estou antevendo preciso remontar a um “causo” de família.

Meu irmão, Odon Jose, foi o primeiro a comentar o fato. Disse que nossa tia Maria Eugênia foi, na dinastia, a Eugênia IV.

O que ele queria revelar foi que nossa tia era neta de Eugênia (sinha Gininha). Sinha Gininha era neta de nossa trisavó Eugênia  Maria da Cruz. E essa fora neta da matriarca da família Coelho: Eugênia Rodrigues da Rocha. Portanto, III, II e I respectivamente.

Mas temos, pelos estudos do professor Dermeval, que Eugênia I seria filha de Maria Rodrigues de Magalhães Barbalho. E pela regressão de possíveis datas, temos que a Eugênia I deverá ter nascido por volta de 1760.

Supondo que ela tenha sido uma das ultimas entre os possíveis filhos da ancestral Maria, poderá ter nascido quando a mãe estivesse por volta de 36 anos de idade. Ou seja, Maria teria nascido em 1724. E pode ter sido filha da Eugênia, filha do Manuel Aguiar, que então contaria com 29 anos de idade.

Em sendo assim, a Eugênia I ja seria neta dessa outra Eugênia e a partir dela seria preciso acrescentar mais um I dinástico a cada Eugênia, e a tia Maro (Maria Eugênia) teria sido a V.

Não tenho como afirmar nada, pois, não ha noticias de que a Eugtênia do Manuel Aguiar tenha sobrevivido alem da idade infantil. Mas mesmo que ela não tenha sobrevivido, a presença do nome dela nesse ramo da família torna-se um indicio de que passe por ai mesmo também a origem do ramo Coelho do qual fazemos parte.

Tudo indica, porem, que essa Eugênia sobreviveu e devera ter migrado e morado nas mesmas proximidades que seu irmão Manuel Vaz Barbalho. Alem disso, deve ter sido uma pessoa que inspirasse empatia em todos os familiares.

Se os nomes tem o poder de moldar a personalidade das pessoas, então, ficara explicado porque as duas Eugênias da dinastia que conheci tinham toda razão de exalar a simpatia que transmitiam. Conheci minha tia e `a Sinha Gininha.

E pode ser justamente por isso que o cirurgião-mor Policarpo Joseph Barbalho deu nome Eugênia `a filha nascida na data de 28.9.1791, em Gravataí, RS. Ele foi filho do Manuel Vaz Barbalho e sobrinho da Eugênia I, filha do Manuel Aguiar.

Maior evidência, porem, dessa nossa ligação de descendência com a Eugênia I foi o fato de tanto o tetravô Jose Coelho da Rocha quanto o irmão dele, João Coelho de Magalhães, terem tido filhas com o nome Eugênia.

Obviamente, João e Jose foram filhos da Eugênia Rodrigues da Rocha (II). Dai pode nascer a justificativa para as filhas. Mas as somas das evidências é o que fortalece a hipótese.

No caso especifico, em se comprovando a hipótese, boa parte de nos será, no mínimo, duplo Barbalho e duplo Aguiar, alem dos diversos outros sobrenomes que os acompanham.

Aqui será preciso acrescentar o detalhe de que entre o possível nascimento da Eugênia I e 1750 passaram-se 55 anos. `Aquela época, idade que não era incomum as mulheres que sobreviviam `a essa idade verem nascer bisnetos.

Nesse caso pode ter havido uma geração a mais e a primeira Eugênia ter sido mãe da dona Anna Maria da Conceição.

Assim, Anna Maria poderia ter nascido por volta de 1725, quando a mãe estaria por dos 30 anos de idade. Essa suposição ganha corpo em função de outro registro que comentei, ha mais tempo, ter encontrado no Familysearch. Trata-se de:

Batismo de Maria “Rodrigues”, filha de Estevão Rodrigues de Magalhães e Anna Maria da Conceição. O evento deu-se `a 26-6-1750. O local que consta no registro é Ouro Branco, MG.

A nos da atualidade parece inconveniente apenas que entre 1750 e 1782 existir apenas 32 anos. Mas `aquela época era tempo aceitável para Maria ter sido mãe da Eugênia Rodrigues da Rocha, por volta de 1766, e esta tornar-se mãe do nosso tetravô Jose Coelho da Rocha em 1782.

Por enquanto, esse ultimo registro parece encaixar-se na presença do nome Maria Rodrigues de Magalhães Barbalho, sugerido para nossa sextavo pelo professor Dermeval Pimenta. Isso porque poderia ter tomado o Rodrigues de Magalhães do pai, mas não ha ainda a confirmação de que Anna pertencia ao ramo Barbalho.

Mas não existe nenhuma impossibilidade nessa suposta sequência de eventos que permita negar essa hipótese que levanto, por enquanto.

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06. UM POUCO MAIS DE DISCUSSÃO A RESPEITO DOS DADOS

Ha que registrar-se ainda um possível engano do professor Dermeval, por identificar a outra esposa do MANUEL AGUIAR como sendo ANA PEREIRA DE ARAUJO.

O nome aparece em um batizado no familysearch. O nome do marido aparece apenas como MANOEL VAZ. O filho aparece como JULIANO VAZ BARBALHO. E o evento se deu em 27.6.1723, na igreja de N. S. da Assunção, em Diogo de Vasconcelos, MG.

No mesmo local ja havia acontecido, em 5.6.1722, o batismo de João Vas Barbalho. Ja o nome da mãe aparece como Anna Costa de Araújo.

Obviamente, essas trocas são muito comuns em documentos antigos. O mais comum era a supressão de alguns sobrenomes. E, ao que parece, suprimiram o Barbalho do Manoel Vaz.

Anna deveria ter parentes Costa e Pereira, dai o escrivão ter posto um sobrenome no primeiro registro e outro no segundo.

Antes eu havia confundido. Imaginei que essas anotações procedessem de casamentos, portanto, se fossem nubentes poderiam ter sido irmãos do Manoel Vaz. Mas `a essa época o Manoel Aguiar, supostamente, ja era falecido.

Levando-se ai em conta a data de nascimento que o Rheingantz atribuiu a ele. Se ele foi filho do Manuel Aguiar do Vale, e nascido em 1664, ai a coisa poderá mudar de rumo. Isso porque em 1723 estava prestes a completar 60 anos e ha poucos, porem ha, casos de homens que passaram pela idade formando família.

As datas de Rheingantz levam a concluir que o viuvo de Ana Pereira (Costa) de Araújo foi o MANOEL VAZ BARBALHO e não o pai dele. O alferes LUIZ ANTÔNIO PINTO ou o professor DERMEVAL devem ter se enganado ao compilar os dados.

Mas ha mesmo que se por uma pequena duvida quanto ao Manuel Aguiar ter nascido em 1634. Isso porque em 1684 estaria com 50 anos de idade. Nesse interim estaria se casando com Maria da Costa Barbalho, irmã do Jose da Costa Barbalho, descrito no capitulo BARBALHO, acima.

Pelas datas, ela deve ter nascido em torno de 1670. E estaria com 13 para 14 anos naquela época. Justamente `a idade que as mulheres estavam se casando. Mas os viúvos na idade do Manuel estavam tendo netos e casavam-se, preferencialmente, com mulheres de idades mais novas, porem, nem tanto.

Isso porque havia uma política vigorando `a época que alardeava o “crescer e multiplicar”, pois, a colônia como um todo era um verdadeiro vazio demográfico. E a coroa portuguesa tinha pressa em tomar posse efetiva, tanto para não perder o território como para poder taxar uma população maior, assim tornar-se mais rica e poderosa.

Mulheres na idade da Maria da Costa Barbalho não tinham muita escolha entre casar ou não casar. Eram praticamente obrigadas a faze-lo. Foi por isso que `a época a Cecilia Barbalho, tia-avo dela, construiu um abrigo junto `a Igreja d’Ajuda e internou-se nele com 2 filhas e outras.

Ela queria que se fundasse um convento feminino. Mas os manda-chuvas `a época não deixavam alegando falta de fundos, caso o convento não se sustentasse. Adiaram a construção ate 1750. Depois disso, os manda-chuvas internavam nele esposas e filhas que não quisessem fazer suas vontades.

De toda forma, não era nem proibido nem impossível alguém de mais idade casar-se com uma menina na idade da ancestral Maria da Costa Barbalho.

Mesmo porque, os casamentos eram tratados com os pais, e esses visavam a segurança financeira de sua descendência e não a satisfação dos filhos. Pessoas mais velhas, a partir de remediadas, tinham os privilégios.

O casamento entre Manoel Vaz Barbalho e Josepha Pimenta, em Milho Verde, se deu em 1732. Na oportunidade em que ele deveria ter enviuvado. Caso a falecida não tivesse sido esposa do pai dele, como o professor Dermeval entendeu.

Diga-se de passagem, a vida `a época era muito curta, particularmente para mulheres que tinham que passar por trabalhos de parto. Era um trabalho de altíssima periculosidade para elas e filhos,.

Assim, devemos poder acrescentar Juliano e João em nossa Arvore devido ao mesmo sangue correr nas veias. Alem disso, permanece ai mais esse indicio de que o COELHO e os BARBALHO do nosso ramo procedem da mesma raiz.

Alem disso o professor NELSON COELHO DE SENNA disse que os bisavós dele: JOAO COELHO DE MAGALHAES e BEBIANA LOURENCA DE ARAUJO eram primos carnais.

Ele não deixou explicado como. Mas diante de tantas evidências acredito ja podermos imaginar que o Araújo da Anna (Costa) Pereira denuncie isso. Outros da família dela deverão ter migrado para Minas ja entrelaçados ou a ponto disso.

Ja no site Familysearch existem diversos PEREIRA BARBALHO batizados em Santana do Capivari, MG, que poderão descender dos mesmos ancestrais que nos. Mas por enquanto ainda não da para tirar a prova, pois, os batizados se dão em tordo de 1840, mais de 100 anos após os nascimentos de João e Juliano.

Ha também um casamento em Nossa Senhora da Conceição de Ouro Preto que data de 13 de fevereiro de 1768. Os nubentes foram Manoel da Costa Barbalho e Joanna Maria de Freitas. Mas não se da nenhum detalhe de quem foram os pais.

Em Itabira, em 1.3.1813, houve o casamento entre Gervasio Jose Barbalho e Anna de Freitas da Costa. Ele foi irmão do nosso tetravô Policarpo Jose Barbalho.

Fica comprovado a falha de uma suposição exalada pelo professor Dermeval no livro dele. Ele propunha que o JOSE, como intermediário nos nomes masculinos da família, se devia a alguma homenagem `a ancestral Josepha Pimenta de Souza.

No ramo familiar do qual ele fazia parte usa-se o JOSE PIMENTA. Do nosso lado corre o JOSE BARBALHO. Entre os quais esta o Policarpo Joseph Barbalho, que foi cirurgião-mor em Porto Alegre no final do século XVIII e filho da ancestral Josepha e do Manoel Vaz Barbalho.

Acrescente-se ai o Policarpo Jose Barbalho, nosso ancestral e sobrinho ou sobrinho-neto do cirurgião-mor (que, presumivelmente, foi neto ou bisneto da mesma Josepha e Manoel). Faltando saber apenas quem foram os avos deste, pois, foi filho do capitão JOSE VAZ BARBALHO e ANNA JOAQUINA MARIA DE SAO JOSE.

Por causa dos Liandro e Januário Jose Barbalho, que não descendiam da ancestral Josefa, podemos dizer que ha outra origem para o Jose ao meio do nome. Como D. Jose I, rei de Portugal, nasceu em 6.6.1714, haverá que se lembrar dessa possível origem.

Mas pode haver outra explicação mais religiosa. Verificando-se pela leitura desses capítulos dos livros do Rheingantz contata-se que esse conglomerado de famílias do Rio congregava na Igreja de São Jose.

Pode ter acontecido que os mais antigos deixaram essa marca nos filhos para que não esquecessem a procedência deles. Algo como os portugueses chegados ao Brasil adotarem ou colocarem nos filhos o nome das cidades de onde procediam.

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07. UM POUCO MAIS DOS AGUIAR NA FAMILIA

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“JOSE DE AGUIAR DALTRO, n. no Rio por volta de 1658, fal., casado no Rio (Candelaria 1o., 18v) a 2.2.1688 com Isabel Pedrosa, n. no Rio, filha de Miguel Gomes Bravo. Pais de:” [PAG. 26]

“I.1 Manuel, n. no Rio (Se 5o., 68) bat. a 21.7.1688

I.2 Francisco Xavier, no Rio (Se 5o., 83) bat. a 6.10.1692, fal., casado no Rio (Se 5o., 29) a 26.5.1720 com Ines de Castro Amaral, n. no Rio (Se), filha de Jose Barreto do Amaral e de Teresa de Castro (Ver ANTUNES).

I. 3 Jose de Aguiar Daltro, n. no Rio (Se) por volta de 1697, fal., casado em São Gonçalo, RJ, a 22.2.1727 com d. Catarina de Siqueira, n. em São Gonçalo, filha de Jose da Costa Barbalho e de Madalena de Campos. (Ver BARBALHO).

I. 4 cabo de esquadra Antonio de Aguiar Daltro, n. em São Gonçalo, RJ, por volta de 1704, fal., no Rio (Candelária 9o., 176) a 17.6.1741, casado no Rio (Candelária 4o. 111v) a 8.8.1734 com Guiomar Maria de Menezes, viuva de Antonio Ferreira.”

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Acredito aqui que o casamento entre Jose de Aguiar Daltro e Catarina de Siqueira ja se tratava de primo com prima. Muito provavelmente o Miguel Gomes Bravo, pai da Isabel Pedrosa, ja fosse neto do Miguel Gomes Bravo e Isabel Pedrosa de Gouveia.

Esses foram os pais de dona Cordula Gomes. Ela foi esposa do João do Couto Carnide, os pais de outra Isabel Pedrosa, aquela que casou-se com o Jeronimo Barbalho Bezerra. Se não foi neto poderá ter sido bisneto.

O primeiro Bravo nasceu por volta de 1553. E Isabel de Gouveia por volta de 1563. Ja estavam tendo terceiros e tetranetos `a época.

D. Isabel Pedrosa de Gouveia foi chamada de “a poderosa” por causa de sua idade avançada. Faleceu em torno de 1667, quando ja tinha um pouco mais de 100 anos.

AO FIM DA PAGINA 26 TEMOS:

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“SALVADOR DE AGUIAR MARINS, n. por volta de 1653, fal., filho de Francisco Fernandes de Aguiar e de Barbara Pinheiro, casado em S. Gonçalo, RJ, a 11.1.1683, com Teresa de Jesus, filha do capitão Gaspar Dias de Figueiredo e de Isabel Pedrosa de Gouveia. Pais de:

I.1 Maria Ana de Oliveira, n. em São Gonçalo, por volta de 1686, fal., casada em São Gonçalo, RJ, a 14.7.1706 com Antonio de Melo Vasconcelos, n. em São Gonçalo, RJ, filho de Cristóvão de Melo Vasconcelos e de Antonia Pereira Lobo.”

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Esse exemplo fica apenas para registrar a repetição do nome Isabel Pedrosa de Gouveia. Muito provavelmente, essa esposa do capitão Gaspar Dias de Figueiredo ja tinha parte na família.

E, talvez, o próprio poderá ter sido parente do Domingos Carvalho de Figueiredo, que a seguir apresentaremos sua inserção na família.

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08. TITULO CARVALHO

`A pagina 318 temos:

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“DOMINGOS CARVALHO DE FIGUEIREDO, n. em Chaves, Portugal, por volta de 1610 e fal., casado por volta de 1640 com Ines Da Costa, n. no Rio por volta de 1622 e fal., filha de Antonio da Costa Ramires e Beatriz da Costa. Pais de:

I.1 Salvador, n. no Rio (Se 3o., 57v) bat. a 26.4.1641

I.2 Jose de Carvalho Figueiredo, n. no Rio (Se 3o., 66v) bat. a 1.4.1643 e fal., habilitado “de genere” em 1689.

I.3 Pedro da Costa Ramires, n. no Rio (Se 3o., 74) bat. a 18.7.1644 e fal., casado no Rio (Se 2o., 22v) a 19.1.1668 (na igreja de São Jose) com d. Páscoa Barbalho [Pag. 319], n. no Rio e fal., filha do capitão Jeronimo Barbalho Bezerra e de d. Isabel Pedrosa, com geração, ver COSTA e BARBALHO.”

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Esses dados ja os tínhamos quase todos. Confirma-se aqui que Pedro era mesmo neto de Antonio da Costa Ramires. A suspeita foi levantada quando vi na tese do João Fragoso que Antonio havia fundado uma fazenda e o primeiro havia sido senhor do engenho.

Quem desejar ver novamente, pule `a pagina 106 do endereço:

http://www.revistatopoi.org/numeros_anteriores/Topoi01/01_artigo02.pdf

Observe-se que alguns outros membros da família estão presentes na mesma pagina. Estou informando antes de ter o capitulo COSTA em mãos.

A minha previsão é a de que por trás do sobrenome iremos não apenas chegar a ancestrais presentes na fundação do Rio de Janeiro como também `as raizes da maioria de famílias pelo Brasil afora.

Para complementar o capitulo vou postar um segundo CARVALHO porque parece ter sido irmão do nosso ancestral DOMINGOS. Caso tenha sido, vamos poder constatar o quão maior se torna a nossa parentela. Segue então:

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“JOAO CARVALHO DE FIGUEIREDO, n. por volta de 1617 e fal. no Rio (Iraja 1o. 20) a 24.9.1708 (seria irmão do anterior?), casado por volta de 1647 com Adriana Barreto, n. no Rio (Se 1o. 41v) a 30.5.1621 e fal. no Rio (Iraja 1o., 20) a ?? 1/9.1708, filha de Antonio Pacheco Barreto e de Ursula de Brito e viuva de Escobar Meireles. Pais de:

I.1 João, n. no Rio (Se 3o., 92) bat. a 19.7.1648 e fal.

I.2 Sebastião Barreto de Brito, n. no Rio (Se 3o., 98v) bat. a 13.1.1650 e fal., casado no Rio (Se 2o., 34v) a 7.6.1672 com sua parente d. Barbara de Souza de Brito, n. no Rio e fal., filha de Jeronimo de Souza de Brito e de Ana de Azevedo. Pais de:

II.1 Antonio, n. no Rio (Candelaria 2o., 49v) bate a 24.12.1673 fal.

II.2 Antonia, n. no Rio (Candelaria 2o., 61) bat. a 12.7.1677

II.3 Maria, n. no Rio (Candelaria 2o., 66) bat. a 5.2.1679 e fal.

II.4 Adriana, n. no Rio (Iraja, 6o., 48v) bat. a 9.9.1682

II.5 Maria, n. no Rio (Iraja, 6o., 58) bat. a 26.12.1685

I.3 Inácio Carvalho de Figueiredo, n. no Rio (Iraja 6o. 5v) bat. a 19.5.1651 e fal. no Rio (Candelaria 3o., 123) a 14.8.1709, solteiro.

I.4 Andre, n. no Rio (Se 3o., 114) bat. a 7.12.1653

I.5 Teodosio Carvalho de Figueiredo, n. no Rio (Se 4o., 6) bat. a 19.5.1651 e fal., casado por volta de 1685 com Maria Pacheco de Lima, n. por volta de 1665 e fal., Pais de:

II.1 Barbara, n no Rio (Iraja 6o., 63) bat. a 23.5.1688

II.2 Sebastiana Barreto Machado, n. em Mereti, RJ, por volta de 1690 e fal., casada no Rio (Se 4o., 118) a 28.1.1715 (na igreja de São Jose) com Miguel Monteiro de Araujo, n. no Rio (Se) por volta de 1685 e fal., filho natural do padre João Monteiro e Jeronima Mendes de Brito (?).

I.6 Diogo Barbosa Rego, n. no Rio (Iraja 6o., 10v) bat. a 2.2.1657 e fal., casado por volta de 1681 com Inácia Machado, n. no Rio por volta de 1661 e fal., no Rio (Candelaria 3o., 140) a 25.11.1710 e talvez filha de Mateus Pacheco de Lima e de Maria Gago. Com geração, ver BARBOSA e GAGO. Pais de (entre outros):

II.1 João Carvalho de Figueiredo, n. no Rio (Iraja 6o, 48v) bat. a 21.9.1682, e fal., casado no Rio (Se 4o., 38) a 15.6.1711 (na igreja de São Jose) com sua prima-irmã Maria Pacheco de Lima, n. no Rio (Campo Grande) por volta de 1691 e fal., filha de Pascoal Barbosa e de Ines Pacheco de Medeiros. Pais de:

III.1 Diogo, n. no Rio (Candelaria 3o., 97) bat. a 18.3.1711

III.2 Ines de Carvalho de Figueiredo, n. em Pacobaiba, RJ, por volta de 1717 e fal., casada no Rio (Se 7o., 101) a 17.2.1747 com João Dantas de Abreu.

I.7 Agostinho, n. no Rio (Iraja 6o., 13v) bat. a 18.5.1659 e fal.

I.8 Pascoal Barbosa, n. no Rio (Iraja 6o., 14v) bat. a 13.8.1660 e fal. no Rio (Iraja 1o., 7) a 6.7.1697, casado por volta de 1681 com Ines Pacheco de Medeiros, n. por volta de 1661 e fal. Pais de:

II.1 Ana Barbosa, n. no Rio por volta de 1682 e fal., casada no Rio (Candelaria 2o., 1) a 15.8.1699 com Domingos da Silva Salgado, n. no Porto (Se) por volta de 1669 e fal., filho de Domingos da Silva Salgado e de Maria de Almeida. Pais de:

III.1 Rosa, n. no Rio (Se 6o, 15v) bat. a 7.7.1707

III.2 Domingos, n. no Rio (Se 6o., 35) bat. a 6.8.1709

II.2 a II.5 4 filhos homens

II.6 Maria Pacheco de Lima, n. no Rio (Campo Grande) por volta de 1691 e fal., casada no Rio (Se 4o., 38) a 15.6.1711 com seu primo-irmão João Carvalho de Figueiredo, ver acima.

II.7 a II.8 um filho e uma filha

II.9 Jose, n. no Rio (Candelaria 3o., s/n) bat. a 15.4.1697”

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Aqui se deve observar o quanto o Rio de Janeiro devia ser comparável a qualquer cidade interiorana. Por essas pequenas peças do quebra-cabeça de nossa Arvore Genealógica ja podemos verificar o quanto os sobrenomes se repetem, alem dos registros dos casamentos entre primos.

Observe-se que ai também temos presente o nome Teodosio. Pai, em primeiro lugar de Sebastiana Barreto Machado. Em segundo de Diogo Barbosa Rego, casado com Inácia Machado.

E, segundo o que os atuais genealogistas dizem, a ancestral Josepha Pimenta de Souza foi filha do Belchior Pimenta de Carvalho, filho de João Pimenta de Carvalho e Maria Machado. Ou seja, temos ai a possibilidade de possuir diversos graus de parentesco com esse tronco familiar.

Como nos conta o professor João Fragoso no trabalho acima mencionado neste capitulo, as elites andavam em bandos de famílias consorciadas. Como não existia uma divisão politico partidária na sociedade, as famílias se juntavam em partidos ou aglomerados para ter força política para poderem dominar o poder.

E deve ter sido este mesmo mote que levava esses conglomerados se mover a partir do mesmo grupo para os novos locais de colonização. Embora, isso deva ter sido um pouco mascarado `a chegada do Ciclo do Ouro e em Minas Gerais.

Isso por causa da formação dos partidos dos Paulistas e dos Emboabas. E com a constante chegada de “estrangeiros” como o português Jose Coelho de Magalhães.

Embora os novos chegados trazendo “nobreza nova” aos interiores tornassem os cabeças das famílias, as quais pareciam aos antigos genealogistas que houvessem sido as fundadoras delas, na verdade elas se casavam com pessoas da “nobreza da terra” que, se tivessem sido melhor estudadas, veria-se que pertenciam a raizes ate mesmo mais nobres, dos primeiros colonizadores do Brasil.

Não quero dizer com isso que alguns fossem melhor que os outros. Apenas observar que as famílias mais ricas das Capitanias de Pernambuco e São Vicente (que englobava Rio e São Paulo) descendiam de nobres como Martim Afonso de Sousa, o qual era relativamente descendente próximo dos reis.

Porem, como o tempo passou e como a multiplicação da população se deu, teve-se a impressão de que o sangue nobre diluiu.

Passados 2 séculos após ao inicio da colonização das províncias litorâneas, e com a descoberta do ouro, qualquer português cuja nobreza tivesse sofrido a mesma diluição em Portugal, ao chegar ao Brasil, passava a ser considerado mais nobre, pelo fato de ter nascido na metrópole e não porque isso fosse encontrado no sangue.

 

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09. DOS COSTA

Deixei esse espaço em branco por certo tempo. Houveram alguns contratempos e fiz uma confusão quando recebi o material, sem perceber que o que eu desejava estava la. Mas agora encontrei.

Ha somente um probleminha. Uma confirmação que desejava encontrar não esta na obra do Rheingantz. Tratava-se dos nomes dos pais de Antonio da Costa Ramires. De qualquer forma, copiarei aqui o que mais interessa:

PAG. 455

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“Antonio da Costa Ramires, n. por volta de 1589 e fal. no Rio (Se 3o., 54v) a 18.7.1648, casado por volta de 1619 com Beatriz da Costa, n. por volta de 1599 e fal. Pais de:

I 1. Inácio, n. no Rio (Se 1o., 32v) bat. a 5.6.1620

I 2. Ines da Costa, n. no Rio por volta de 1622 e fal., casada por volta de 1640 com Domingos Carvalho de Figueiredo, n. em Chaves, Portugal, por volta de 1610 e fal. Pais de: [PAG. 456]

II 1. Salvador, n. no Rio (Se 3o., 57v) bat. a 26.4.1641

II 2. Jose de Carvalho Figueiredo, n. no Rio (Se 3o., 66) bat. a 26.4.1641, e fal. Habilitado “de genere” em 1689.

II 3. Pedro da Costa Ramires …….”

Ali se repete o que se encontra a partir da pagina 188 do livro, capitulo Barbalho. Ja copiei acima (abaixo no blog), no capitulo 2, por o Pedro ter sido o nosso ancestral junto com Páscoa Barbalho. Foram mais 2 filhos de Antonio e Beatriz da Costa:

“I 3. Luis, n. no Rio (Se 2o., 88) batizado a 28.6.1628

I 4. Gregorio, n. no Rio (Se 2o., 121v) bat. a 22.3.1631”

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De grande importancia notar que a presença do sobrenome Costa no inicio da colonização do Rio de Janeiro era notável. Por maior que sejam os volumes, são 56 paginas ocupadas com a assinatura. Eles devem ter sido os Silva `a época!

Era meu objetivo verificar ai também quem teriam sido os pais da Isabel da Costa. Isso porque houveram casos de pessoas do sobrenome ser perseguidas no Rio de Janeiro pela Inquisição.

E era muito comum as famílias cristãs-novas casarem seus filhos entre si. Como se dizia antigamente: “para não espalhar a fortuna”. E a presença do nome Gregorio do ultimo filho pode ser coincidência, porem, foi também nome de membro na família perseguida.

Páscoa ja descendia do Miguel Gomes Bravo, reconhecido cristão-novo. Se o Costa da ancestral Isabel era de origem semelhante, seria natural essa ligação, pois, na verdade os cristãos-novos andavam juntos para tentar proteger uns aos outros.

Por infelicidade, segundo informações do genealogista Carlos Barata, no inicio o Rio de Janeiro não adotou o mandamento da Igreja Católica da obrigatoriedade dos livros de registro de batismos. Assim, não os havia nos primeiros 60-70 anos de existência da cidade.

Rheingantz coletou dados a partir do que existia. Podemos notar isso a partir dos inícios dos capítulos, pois ele adota datas mais ou menos nas descrições. Possível será que usou testamentos, inventários e documentos “de genere” como complementares, o que ajudou na composição inicial de algumas famílias.

Mas em outros casos não deve ter sido suficiente, ou tais documentos não foram encontrados. Esse parece ser o caso dos “da Costa”. Muito provável será que diversos dos presentes no capitulo tiveram algum ancestral comum entre os fundadores de São Sebastião do Rio de Janeiro.

Mas o decifrar disso foi deixado para genealogistas posteriores, o que não sei se ja surgiu algum candidato para assumir esse trabalho de Titans.

Importante, para os candidatos a genealogistas da atualidade e depois, será saber que a publicação dos dois primeiros volumes teria sido “precipitada”. Isso é  comum em todos os trabalhos genealógicos.

O estudante em tal disciplina precisa estabelecer limites `as suas pesquisas. Isso porque todas as vezes que encontra uma ramificação, se ele não se mantiver em seus objetivos, jamais finda uma obra, pois, genealogia parece não ter fim.

A dificuldade era muito maior para os genealogistas dos tempos de Rheingantz. Eles não possuíam internet. Dificilmente podiam contar com respostas em literaturas anteriores. E o numero de estudantes da matéria era mais reduzido.

Atualmente, com a disponibilidade da internet e a criação de sites especializados no tema, pode-se somar os trabalhos de diversos autores. Mesmo assim não quer isso dizer que o trabalho ficou “fácil”. Assim como facilitou por um lado, dificultou também pelo volume muito maior de dados a ser pesquisados.

Mesmo assim ha que informar-se que, o trabalho do grande genealogista não parou nos dois primeiros volumes que publicou. Da mesma forma que os publicou como parte do objetivo atingido, tinha também o conhecimento de que podia amplia-los.

Continuou suas pesquisas e criou um fichário que arquivou junto `a entidade criada por ele que é o Colégio Brasileiro de Genealogia – CBG – na Cidade do Rio de Janeiro. Esse fichário contem uma continuidade.

Isso e esforços próprios de discípulos do Rheingantz resultaram na publicação do terceiro volume, em 1995, em forma de fascículos do CBG. Talvez ai se encontre muitas respostas que não encontramos nos dois primeiros livros.

Uma resposta que nos interessa muito será encontrar documentado a ponte entre os Barbalho, Aguiar e Costa, que o professor Dermeval Jose Pimenta descreveu no trabalho dele. Nessas três oportunidades, Rheingantz não nos deu nos dois primeiros volumes.

No capitulo BARBALHO ele menciona filhos do casal Pedro da Costa Ramires e Páscoa Barbalho. Entre eles não inclui Maria da Costa Barbalho. Ela foi esposa de Manoel de Aguiar, que ja era viuvo. E dela devera mesmo ter nascido os filhos que assinaram “de Aguiar Barbalho”. E também o Manoel Vaz Barbalho.

O casamento entre Maria e Manoel esta comprovado no registro de casamento da filha deles: Theodozia de Aguiar Barbalho, realizado em 1717, em Mariana, na Igreja de Nossa Senhora da Assunção. Casou-se com Joseph Carneiro da ……, filho de Matheus Lage e Maria Carneiro.

Para ter-se casado em 1717, acredito que Theodozia tenha nascido em torno de 1700. O que torna suspeita a data de nascimento do Manoel Aguiar, por volta de 1634, sugerida por Rheingantz.

Isso o faria estar com mais de 60 anos ao nascimento da filha. Nada impossível em termos de considerar a virilidade desse membro da família. A dificuldade seria encontrar homens `aquela época vivos e produzindo filhos em tal idade.

Por isso acredito na possibilidade de que Manuel de Aguiar, como consta no capitulo do titulo acima (abaixo, no blog), casado com Domingas Martins, poderá ter sido pai do nosso suposto ancestral Manoel de Aguiar, e não ser o próprio. Nesse caso, talvez o complemento da informação se encontre no fichário deixado por Rheingantz.

Continuando, o grande interesse em saber os nomes dos pais do Antonio da Costa Ramires se deu porque encontrei, ha mais tempo, algo que guardei a espera da confirmação de que ele fosse avo do Pedro. Mas precisava saber-lhe os nomes dos pais para não deixar duvida alguma.

De qualquer forma, vou revelar aqui. Antes da confirmação e sob a égide de hipótese. Portanto, pode ser ele ou não. Encontrei o nome, porem, estava solteiro. Se houvessem revelado o nome da esposa, também poderia ter sido motivo de confirmação. Segue esse esqueleto genealógico então:

01. Antonio da Costa Ramires, filho de:

02. Alexandre Ramires Correia c. c. Jeronima Rodrigues, filho de:

03. Bras Correia da Costa c. c. Antonia Ramires da Costa, filho de:

04. Rui Vaz Correia c. c. N, filho de:

05. Duarte Vaz Correia c. c. N, filho de:

06. Trintão Vaz Correia c. c. N, filho de:

07. Izabel Correia c. c. Rui Vasques, filha de:

08. Fernão Afonso Correia, sr. da Honra de Monte Fralhães c. c. Leonor Anes da Cunha, filho de:

09. Afonso Correia c. c. Brites Martins da Cunha, filho de:

10. Paio Correia, o Alvarazento c. c. Maria Mendes de Melo, filho de:

11. Pero Pais Correia c. c. Dordia Pires de Aguiar, essa, filha de Pero Mendes de Aguiar e Estevainha Mendes de Gundar.

10. Maria Mendes de Melo c. c. Paio Correia, o Alvarazento, filha de:

11. Teresa Afonso Gato c.c. Mem Soares de Melo, filha de:

12. Urraca Fernandes de Lumiares c. c. Afonso Pires Gato, filha de:

13. Fernão Pires de Lumiares c. c. D. Urraca Vasques de Bragança, filho de:

14. Pedro Afonso Viegas c. c. N, filho de:

15. Afonso Viegas, o Moço c. c. Aldara Peres, filho de:

16. Egas Moniz, o Aio c. c. Dordia Pais de Azevedo.

13, D. Urraca Vasques de Bragança c. c. Fernão Pires de Lumiares, filha de:

14. D. Vasco Pires de Bragança c. c. Sancha Pires de Baião, filho de:

15. D. Fruilhe Sanches de Barbosa c. c. D. Pero Fernandes de Bragança, filha de:

16. D. Sancha Henriques, infanta de Portugal c. c. Sancho Nunes de Barbosa, filha de:

17. Henry de Bourgogne c. c. Teresa de Leon, Condessa de Portugal.

Aqui temos coisas interessantes a constatar. Por exemplo, Egas Moniz, o Aio, foi o tutor do primeiro rei de Portugal, Afonso Henriques. Esse era filho do casal da geração 17. Ou seja, isso nos faria sobrinhos dele.

Henry foi filho dos duques da Borgonha, ou Reino das Duas Sicilias, alem de ser descendente do Carlos Magno. Teresa foi filha do rei D. Alfonso VI. Aquele que concedeu as mãos das filhas aos nobres que o fossem ajudar na Reconquista de Portugal.

Egas Moniz, o Aio e Dordia Pais Azevedo foram bisavós do D. Soeiro Viegas Coelho, o primeiro a assinar o sobrenome e a passa-lo `a sua descendência.

Aqui esta também a constatação de que todos os caminhos levam aos mesmos ancestrais. Se lerem meus trabalhos passados, ou se leram com atenção e se lembram, observarão que Henry de Borgonha e Teresa, condessa soberana de Portugal, são ancestrais também dos Bezerra.

Os que desejarem rememorar, podem consultar:

http://familybezerrainternational.blogspot.com/2009/12/fontes-sobre-as-origens-da-familia.html

Na postagem esta um pouco confuso, porem, observe-se `a pagina 11 que ali se menciona D. Teresa e Henry de Borgonha. Eles foram pais também de D. Urraca Henriques de Portugal. Não confundir com a rainha D. Urraca, meio-irmã da Teresa.

Basta agora retornar um pouco `a postagem numero 009 dessa pagina, capitulo: 07. O QUE QUE A BAIANA TEM? OS QUINDINS DE YAYA!!!. Ali foi descrita a genealogia do ancestral Balthazar Barbosa de Araujo.

Pode-se observar no primeiro parágrafo da descrição que ele descendia dos mesmos Correia presentes na ascendência de Antonio da Costa Ramires.

E, obviamente, não vou entrar em maiores detalhes. Mas cada casal dos ancestrais dele na longa descrição vai dar em mesmos ancestrais.

Ainda não tomei tempo para detalhar a genealogia dos Moniz Barreto que deram origem ao Antonio Jose Moniz Barreto, nosso possível ancestral, também no texto 009. Começando pelo segundo capitulo.

Mas sei que por terem sido da alta nobreza também descenderão dos mesmos ancestrais. O que varia são as proporções. `As vezes temos um sobrenome como mais comum, dai pensamos pertencer a tal “família”. Mas, a verdade é que assinamos, porem, não somos somente isso. Somos resultado de uma mistura oriunda das mesmas fontes.

A vantagem para nos em nossos dias é que essas relações familiares mais antigas estão acessíveis em sites, e ate mesmo na Wikipedia por exemplo. Não apenas os dados que estou apresentando agora, mas observe-se que se pode verificar as famílias das quais procedem os cônjuges. Ou seja, nossos outros ancestrais. Exemplo:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Afonso_Pires_Gato

A partir dai, pode-se observar que esse foi o pai da: 11. Teresa Afonso Gato c.c. Mem Soares de Melo. E caso alguém queira estender-se mais, pode ver que o Mem Soares de Melo foi o 1o. senhor de Melo. Dai se pode tanto seguir a ascendência quanto outras descendências deles.

Ha outro esqueleto genealogico que gostaria de repetir aqui para reafirmar a ideia. Trata-se daquela que parte de nossa, muitíssimo provável, ancestral Josepha Pimenta de Souza.

Ate, então, estava em duvida quanto ao professor Dermeval Pimenta ter identificado os nomes dos avos dela. Ao que parece, ele enganou-se. E seremos mesmo descendentes do capitão-mor João Pimenta de Carvalho e não, talvez em outra instancia, do irmão dele, capitão Manoel Pimenta de Carvalho.

Vejamos, então, o que nos aponta esse esqueleto:

01. Josepha Pimenta de Souza c. c. Manoel Vaz Barbalho, filha de:

02. Belchior Pimenta de Carvalho c. c. N, filho de:

03. João Pimenta de Carvalho c. c. Maria Machado, filho de:

04. D. Catarina Pimenta c. c. capitão Ambrosio de Araujo, filha de:

05. Capitão-mor João Pimenta de Carvalho c. c. Susana Requeixo Estrada.

Essa porção pode ser verificada na postagem:

http://www.asbrap.org.br/publicac/revista/rev18_art17.pdf

Observe-se que João Pimenta de Carvalho era filho de Gonçalo Pimenta de Carvalho e Maria Jacome de Melo. Não tenho as ascendências deles. Mas por suas ligações com Vila Viçosa tudo indica que tinham ascendência nobre.

O capitão-mor surge desde o inicio do trabalho. Porem, a descendência de dona Catarina Pimenta aparece a partir da pagina 281.

O que o professor Dermeval nos deixou foi que Belchior Pimenta de Carvalho teve as duas esposas descritas no trabalho. Contudo, salienta que teve a filha Josepha, em 1712, antes desses casamentos, sem revelar nome ou procedência da mãe.

Devido `a alta incidencia de genes afrodescendente no exame de DNA de um de nossos primos, (Benin/Togo 7%; Africa Sul Oriental Bantu 4%; Africa do Norte 3% e Nigeria 3%) resultando num total de 17% de origem africana, presumo que a mãe da Josepha fosse africana.

Assim penso porque isso corresponde a ele ter mais que um dos bisavós totalmente africano. E, ao que eu saiba, ele tem apenas nossa trisavó, Maria Honoria Nunes Coelho, como possivelmente mulata.

Se o foi, para nos ela passou apenas 3.125% da porção africana que possuía para nossa geração. Isso, no caso do primo que descende apenas uma vez dela. Eu descendo como trineto e tetraneto. Portanto, ai tenho que somar mais a metade disso.

Assim, temos que somar muito mais para chegar aos 17% no caso dele. Era preciso que Josepha fosse mulata e passasse sua ascendência por diversos caminhos para nos para somarmos mais uma pitadinha cada vez. Sei que devo descender 3 vezes dela. Do primo sei apenas uma.

Assim, nossos ancestrais africanos são múltiplos e variados. Isso, devido `a proporção e `as diversas regiões de procedência. O mais provável será que a maioria, senão todos, dos nossos ancestrais recentes ja teriam quantidades elevadas de sangue africano para chegar tamanha quantidade ao primo.

Para chegar 17% a ele, era preciso que um dos pais possuísse 34% ou ambos igualmente 17%, como media. Isso porque cada progenitor passa para os filhos apenas a metade do que possui. O restante vem do parceiro.

E, ao que sei, nos sabemos ter ascendência africana mas isso não é traduzido na aparência dos ancestrais recentes que tivemos.

Vejamos mais, então, a partir da ancestral Susana:

05. Susana Requeixo Estrada c. c. capitão-mor João Pimenta de Carvalho, filha de:

06. Felippa da Motta c. c. Afonso Mendes de Estrada, filha de:

07. Francisco de Oliveira Gago c. c. Ines Sardinha, filho de:

08. Felippa da Motta c. c. Manoel de Oliveira Gago, filha de:

09. Felipa Gomes da Costa c. c. Vasco Pires da Motta, filha de:

10. Isabel Lopes de Sousa c. c. Estevão Gomes da Costa, filha de:

11. Martim Afonso de Sousa c. c. N, filho de:

12. Lopo de Sousa c. c. Beatriz de Albuquerque, filho de:

13. Pedro de Sousa c. c. Isabel Pinheiro, filho de:

14. Martim Afonso de Sousa c. c. Violante Lopes da Távora, filho de:

15. Martim Afonso de Sousa c. c. Aldonça Rodrigues de Sa, filho de:

16. Vasco Afonso de Sousa c. c. Ines Dias Manoel, filho de:

17. Martim Afonso de Sousa c. c. Aldonça Gil de Briteiros, filho de:

18. Martim Afonso Chichorro c. c. Ines Lourenco de Sousa, filho de:

19. Afonso III, rei de Portugal c. c. Madragana (Mor Afonso), filho de:

20. Afonso II, rei de Portugal c. c. Urraca de Castela, filho de:

21. Sancho I, rei de Portugal c. c. Dulce Berenguer, filho de:

22. Afonso I Henriques, rei de Portugal c. c. Mahaut de Sabóia, filho de:

23. D. Teresa de Leão c. c. Henry de Borgonha.

Assim, apesar de todas as voltas, chegamos ao mesmo lugar. Nesse caso, quem desejar compreender melhor, pode fazer o exercício de navegar na internet em busca dos ancestrais das esposas ou maridos ai presentes.

Posso adiantar que Mafalda (Mahaut) de Savoia descendia da ilustre familia italiana, sua familia real. Madragana tinha origem judia, descendente de rabinos. E Ines Dias Manoel tem toda a realeza castelhana como ancestral. E Dulce vinha de Barcelona, antigo e, talvez, nova Aragão.

Por outro lado, podemos concluir por ai que, por causa da presença não apenas de sobrenomes como também pela procedência de seus primeiros nominados, as figuras históricas do passado são nossos ancestrais e as recentes descendem deles também.

O sobrenome Correia, por exemplo nos lembra o poeta Raimundo Correia. Para que se recordem: https://www.mensagenscomamor.com/poemas-raimundo-correia. “Vai-se a primeira pomba despertada…” Por esse verso pode-se lembrar bem a pessoa e de nossa infância.

Como também nos lembra Salvador Correia de Sa e Benevides. Tinha uma leve desconfiança que fosse nosso aparentado em função do Benevides, de nossa ancestral Maria, matriarca dos Pereira do Amaral, nossos ancestrais.

Sabia que por causa da origem dele na nobreza teríamos obrigatoriamente muitos ancestrais comuns. Agora fica patente que os comuns são nossos ancestrais também comuns.

Alem do parentesco dele com Mem de Sa, o governador geral do Brasil, foi um dos governadores do Rio de Janeiro. E o mesmo que mandou executar ao nosso ancestral Jeronimo Barbalho Bezerra, por causa da Revolta da Cachaça, em 1661.

Aqui fica também patente que nos aproximamos do poeta Carlos Drummond de Andrade, tanto por nossa ascendência nos Dormondo da Ilha da Madeira, quanto sermos todos descendentes do Martim Afonso de Sousa. Obviamente, alguns de nos ja sabemos ser dos mesmos Andrade.

E assim torna-se o mundo. Afonso I Henriques de Portugal é conhecidamente ascendente da maioria da população ocidental. Inclui-se ai 2/3 de ex-presidentes dos Estados Unidos. Alem de reis e rainhas de todas as monarquias europeias.

Obviamente, não apenas ele. Alem dele, outros de nossos ancestrais descendem dos mesmos ancestrais que ele, tais como do Carlos Magno, Hugo Capeto, reis Merovingios e imperadores romanos.

Estenda-se ai aos gregos, persas, egipcios, arabes e toda sorte de gente que ocupa paginas na Historia Universal. Inclusive os personagens bíblicos, por alguns genealogistas ja terem revelado a relação entre as monarquias da Península Ibérica e a rainha Esther.

Com certeza, as repetições não acabarão por ai. Os Pereira, os Coelho, os Furtado de Mendonça, os Carneiro de Andrade, os Andrade, os Menezes, os Corte-Real, os Moniz e tantos outros nossos ancestrais repetirão esses e outros ancestrais, o que nos faz  “cuspe e escarro” dos mesmos ancestrais.

Quando se diz que uma criança de parece com seus avos deve ser um fato de pura e absoluta inevitabilidade! Somos todos mesmo “farinha do mesmo saco!”

Alias, quem desejar exercitar um pouco mais, poderá jogar na busca do Google os diversos nomes de ancestrais do Balthazar Barbosa de Araújo. Entre eles temos D. Tereza, filha de João Pires de Vasconcellos.

Na verdade, trata-se do D. João Peres, senhor da Torre de Vasconcelos. Entre outros detalhes, tornou-se senhor de Penagate por casamento. Ele casou-se com dona Maria Soares Coelho, filha do D. Soeiro Viegas Coelho. Ou seja, tanto os Coelho quanto os Vasconcelos descendem das mesmas fontes.

Outro exemplo é o de D. Rui Gonçalves Pereira. Na verdade, o bisneto, que se casou com dona Berengaria Nunes Barreto. Foi bisneto de D. Rui Gonçalves Pereira. Esses são os senhores de Trastamarra.

Entre outras coisas, são eles do mesmo núcleo familiar do Nun’Alvares Pereira, atual Santo Nuno de Santa Maria, II Condestável de Portugal. E o que se espera é os Pereira dos quais descendemos irem entroncar-se na mesma raiz.

Fica assim concretizado minha aspiração. Conhecer e divulgar a genealogia de forma a que as pessoas passem a reconhecer que nossos ancestrais fizeram a Historia e ela corre pungente em nossas veias.

Acredito que, o saber não ocupa lugar, não pode ser tomado e, inexoravelmente, facilitaria muito aos jovens interessar-se pela disciplina Historia. Afinal, não se estuda nela os feitos de marcianos e venusianos. Tudo se trata de nossa ancestralidade.

 

MAIS DOS COSTA

Eu havia visto antes, porem, deixei passar por causa da importância maior do assunto discutido acima. Mas agora resolvi postar, como complemento, duas das curiosidades havidas no capitulo. Segue então:

PAG. 440

“MANOEL DA COSTA COELHO, n. por volta de 1652 e fal., casado por volta de 1682 com Mariana Pinheira, n. por volta de 1662 e fal. Pais de:

I. 1 – Joana de Faria, n. no Rio (Candelaria 2o., 82) bat. a 12.7.1683 e fal. no Rio (Candelaria 10o., 89) a 28.1.1746, casada por volta de 1699 com Ambrosio Ramos Ferreira, n. no Porto por volta de 1669 e fal. Pais de:”

PAG. 441

“II. 3 – Gracia Maria Da Cruz Ferreira, n. no Rio (Candelaria 3o., 104) bat. a 3.5.1712 e fal. casada no Rio (Candelaria 4o., 139v) a ?.?.1736 com o capitão Carlos Jose Ribas, n. em Lisboa (São Nicolau) por volta de 1706 e fal., filho de Miguel Ribeiro Ribas e de Arcangela Maria Josefa (ou de Souza). Pais de:

III. 1 – Jose Bonifacio Ribas, n. no Rio (Candelaria 6o., 54v) bat. a 6.6.1739 e fal. casado em São Sebastião – SP, por volta de 1764 com Ana Maria de Toledo e Oliveira, n. por volta de 1744 e fal. filha de Pedro Alvares da Paz e de Escolástica de Toledo. Pais de:

IV. 1 – d. Escolástica Bonifacia de Toledo Ribas, n. em São Sebastião, SP, a 22.4.1765 e fal. em São Paulo a 31.5.1859. Casada em São Paulo (Se) a 18.2.1784 com o coronel João de Castro do Canto e Melo, n. na Ilha Terceira por volta de 1740 e fal. em São Paulo ?.?.1826, visconde com as honras de Grandeza de CASTRO, por mercê de 12.10.1826, filho de João de Castro do Canto e Melo e de Rita Quitéria. Pais de:”

PAG. 442

“V. 1 – D. Domitila de Castro Canto e Melo, n. em São Paulo a 27.12.1797, (bat. a 7.3.1798) e fal. em São Paulo a 3.11.1867, viscondessa de SANTOS. Casada em primeiras nupcias em São Paulo (Se) 13.1.1813 com o alferes Felicio Pinto Coelho de Mendonça, n. em Sant’Ana de Cocais, MG, a ?.?.17.., e fal., filho do capitão-mor Felicio Moniz Pinto Coelho da Cunha e de d. Mariana Manuela Furtado Leite de Mendonça. Com geração. Casada em segundas núpcias em Sorocaba, SP, a 14.6.1842 com o brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar. Com geração.”

Aqui o Carlos G. Rheingantz fez uma daquelas extensões alem das datas propostas em sua coleção. Omitiu as ligações de D. Domitila com D. Pedro I. Ela ficou mais conhecida como Marquesa de Santos. A ligação entre eles também resultou em geração.

Queria apenas deixar ai a possibilidade de termos mais de um grau de parentesco com ela. Tanto pelo Coelho quanto pelo Costa iniciais. Alem da ligação dela com os Furtado Leite, mesmo de nossos primos. Por fim, o Mendonça.

Ha que lembrar-se que dona Maria Furtado de Mendonça foi a esposa do governador Luiz Barbalho Bezerra, nossos ancestrais.

PAG. 415

“BALTAZAR DA COSTA, n. por volta de 1565 e fal. casado por volta de 1595 com Andreza de Souza, n. por volta de 1575 e fal. no Rio (Se 4o., 11v) a 16.10.1655, fal. filha do capitão João de Souza Pereira Botafogo e de d. Maria da Luz Escorcia Drummond. Pais de:”

PAG. 416

“I. 3 – Jeronimo da Costa, n. por volta de 1609 e fal. no Rio (Se 3o., 48) a 13.5.1647, casado com Maria Pedrosa, irmã de Domingos Pedroso, n. por volta de 1619 e fal. no Rio (Se 6o., 156) a 10.7.1698, filha de Miguel Gomes Bravo e de Isabel Pedrosa de Gouveia. Teve de uma india livre, serva de Amador Ribeiro, um filho natural:

II. 1 – Miguel.”

Aqui queria salientar o inicio da família dessa nossa tia ancestral. Era irmã da ancestral Cordula Gomes, esposa do português João do Couto Carnide.

Não sei se a reencontraremos depois em capítulos como Gomes, Gomes Bravo, Couto ou Bravo. Parece que ha algo mais no livro. Mas ha que abri-lo para ver.

Tenho da familia esse resumo:

Miguel Gomes Bravo foi filho de Rui Dias Bravo e Antonia Rodrigues. Era nascido no Porto, aproximadamente em 1563. Foi casado com Isabel Pedrosa de Gouveia e tiveram os filhos:

01. Rui Dias Bravo (1597)

02. Maria Pedrosa (1600)

03. Cordula Gomes (1602) c. c. João do Couto Carnide

04. Domingos Pedroso (vivo em 1647)

05. Maria (1616)

06. Pascoal (1618)

07. Ursula (1620)

08. Maria Pedrosa (1622) c. c. Jeronimo da Costa

09. Manuel Gomes Bravo (1624)

10. Miguel Gomes Bravo

Não consta nessa lista, Antonia Pedrosa de Gouveia, que ficou em Vitoria – ES, onde se casou com Belchior de Azeredo Coutinho, filho do bandeirante Marcos Azeredo e dona Maria Coutinho.

Essa, Azeredo Coutinho, foi uma das famílias mais influentes no período colonial também no Rio de Janeiro. E isso se reflete em títulos de nobreza no período imperial.

Pode ser que hajam outros filhos. Mas não procurei ainda. Isso porque é conhecido que foram 10 ao todo, porem, deverão ter sido 10 que chegaram `a idade adulta.

Talvez as duas primeiras Marias tenham falecido criança para que a terceira tivesse o mesmo nome. Ou os nomes delas podem estar incompletos e Antonia ser uma delas.

Assim fica comprovada um pouco mais da extensão de nossa família.

E aqui fica uma possibilidade que não passa de suspeita por enquanto. Trata-se do fato de não termos os nomes dos pais da ancestral Isabel da Costa, esposa do Antonio da Costa Ramires. Ela pode ter sido filha do casal Baltazar e Andreza.

Claro, Baltazar e Andreza podem não ser meus ancestrais porque meus primos tem ancestrais diferentes dos meus. Não sei quanto de sangue inglês corre em minhas veias. Mas no primo que fez exame de DNA constam 13% da Gra-Bretanha.

Sabe-se que os Escócia Drummond procediam da Ilha da Madeira, porem, foram escoceses em transito por la. Obviamente, dona Maria da Luz Escócia Drummond passaria muito pouco do sangue para os descendentes atuais.

Contudo, como não temos conhecimento de escoceses recentes como ancestrais, ela pode ter somado a outros para chegar porcentagem tão alta como essa. Isso equivale a 1 dos bisavós 100% da Gra-Bretanha. O que sabemos, não temos, então, será preciso somar diversos ancestrais com ascendência la.

Ou, por outro lado, o que será mais provável, pode ser que os ingleses descendam tanto dos ibéricos quanto nos. Dai pode ter havido confusão no exame do DNA, não seriamos nos com sangue inglês e sim os ingleses com nosso sangue.

Apesar de podermos ter o Drummond da fonte baiana também. Nesse caso, tanto eu quanto o primo descendemos da mesma fonte.

Mas, buscando melhor na internet, nosso amigo Lenio Richa nos informa que Jeronimo não teve filhos com a esposa Maria Pedrosa. Como os dados procedem do Rheingantz não se pode afirmar isso com absoluta certeza.

Mesmo assim, não esperemos possuir ancestrais por essa via. Para que o primo ou nos possuirmos tamanha quantidade de certo sangue, preciso será que tenhamos um ancestral recente procedente da origem do sangue.

Ou, como alternativa, para se ter uma ascendência um pouco mais longínqua, todos ou a maioria dos nossos ancestrais recentes teriam que compartilhar dessa mesma ancestralidade. Assim, nossos pais teriam uma composição semelhante entre si e, por isso, a ancestralidade mais antiga não se perderia no sangue.

 

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10. PONTOS DO NORDESTE TAMBEM SERIAM NOSSO?

Encontrei algumas coincidências que chegam a ser um pouco mais que curiosas. E talvez elas acabem nos revelando um ramo da Família Barbalho que chegou ao Brasil via Pernambuco, foi para o Rio de Janeiro, adentrou Minas Gerais e, talvez, tenha projetado um galho ate ao Rio Grande do Norte.

E a distancia não pode ser empecilho, pois, o cirurgião-mor Policarpo encarregou-se da extensão ate ao Rio Grande do Sul. E a minha desconfiança é a de que um irmão ou sobrinho dele fez o caminho oposto.

Em nossa tradição familiar havia um dito mais ou menos assim: “A família procede do Nordeste, eram três irmãos. Um foi para o Rio Grande do Sul, outro retornou para o Nordeste e o terceiro foi aquele que deu origem ao nosso Barbalho.”

Penso que esse dito que ouvi solto quando ainda criança referia-se ao tetravô Policarpo Jose Barbalho. Embora tenhamos comprovação que teve dois irmãos, Gervasio e Firmiano, não tenho o destino deles. A existência deles esta marcada pelos registros de seus casamentos em Itabira.

Mas pelo que ja encontramos em Itabira, o mais provável foi que tenham tido outros irmãos, entre eles os senhores Modesto e Victoriano Jose Barbalho. Ha dados de descendência desses dois outros, porem, não temos nomes de seus pais.

Vamos a outra passagem. Essa relatada pelo professor Dermeval nas paginas 253 e 254 do livro dele:

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”     IV – JOSEFA PIMENTA DE SOUZA, nascida no Rio, nos anos de 1716, criada e educada na residência de seu pai, tendo sido batizada na Freguesia de Nossa Senhora da Mosteiro, no Rio de Janeiro; casou-se aos 18-9-1732, na Capela de Nossa Senhora dos Prazeres de Milho Verde, em Minas Gerais, com MANOEL VAZ BARBALHO (Livro 1o. de casamento da Matriz fls. 78; livro 1o. de Tapanhoacanga, fls. 100; livro de casamento das capelas filiais de fl. 6v) conforme consta do arquivo do Alferes LUIZ ANTÔNIO PINTO.

Descendentes do casal Manoel Vaz Barbalho e Josefa Pimenta de Souza

Realizado o casamento em Milho Verde, aos 18-9-1732, esse casal, após alguns anos, fixou residência no Arraial de São Jose de Tapanhoacanga pertencente `a Freguesia de Nossa Senhora da Conceição da Vila Nova do Principe, onde criou a família. Eh possível que tenham nascido outros filhos, mas so conseguimos obter dados sobre a sua filha ISIDORA MARIA DA ENCARNAÇÃO. Pais de:

F – 1 ISIDORA MARIA DA ENCARNACAO, batizada em 28 de maio de 1738, no Arraial de Tapanhoacanga, tendo por padrinho FRANCISCO DA COSTA MALHEIRO. Em 1759, no dia 30 de agosto, casou-se com o Capitão ANTÔNIO FRANCISCO DE CARVALHO, o qual, em meados do século dezoito, veio para o Brasil e se estabeleceu naquela localidade. Era português, filho de ANTÔNIO LEAL, e Dona MARIA FRANCISCA, natural de Vila dos Colares, no Patriarcado de Lisboa. O Capitão ANTÔNIO FRANCISCO, durante muitos anos, foi sindico-geral dos Santos Lugares, na Comarca de Serro Frio. (Livros 2o. bat. fls. 98v e livro de casamento – capelas filiais fls. 6v). Pais de:

N 1 – JOãO, nascido em 1761,

N 2 – VITORIANA, nascida em 1762;

N 3 – ANTÔNIO, nascido em 1764;

N 4 – LUCIANO, nascido em 1766;

N 5 – MARIANA, nascida em 1767;

N 6 – JOSE, nascido em 1769;

N 7 – FRANCISCO, nascido em 1771;

N 8 – BERNARDO, nascido em 1776;

n 9 – BOAVENTURA JOSE PIMENTA, nascido em 1779.

OBSERVAçãO

    Do estudo que acabamos de proceder sobre a descendência do casal MANOEL VAZ BARBALHO e JOSEFA PIMENTA DE SOUZA, verificamos que este casal, entre outros, teve uma filha de nome ISIDORA MARIA DA ENCARNAÇÃO, casada naquele mesmo Arraial, com o português capitão ANTÔNIO FRANCISCO DE CARVALHO. Foi nos dado constatar que este ultimo casal teve nove filhos, mas, somente de dois deles, VITORIANA e BOAVENTURA, pudemos obter dados sobre os seus descendentes, os quais receberam o sobrenome de JOSE PIMENTA, herdados de JOSEFA PIMENTA. Face a esta circunstância supomos que os demais filhos do casal MANOEL VAZ BARBALHO e JOSEFA PIMENTA bem como seus outros netos, filhos que eram de ISIDORA MARIA DA ENCARNAÇÃO, tenham também recebido o sobrenome de JOSE PIMENTA, derivado da avo JOSEFA. Ha fortes indícios de que as varias famílias PIMENTA residentes no Norte e Nordeste de Minas se originaram em São Jose do Tapanhoacanga e de Milho Verde. Todavia não desprezamos a hipótese de que alguns dos possíveis filhos do casal MANOEL e JOSEFA tenham usado o sobrenome de PIMENTA BARBALHO ou VAZ BARBALHO, os quais teriam dado origem `as famílias de sobrenomes VAZ ou BARBALHO.

    Como não dispomos de dados sobre todos estes nove filhos, vamos focalizar apenas VITORIANA e BOAVENTURA, respectivamente N-2 e N-9.”

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Acredito que o professor Dermeval Pimenta tenha tirado conclusão um pouco precipitada ao deixar-se pender para o lado do titulo do capitulo do livro dele: “TRONCO PIMENTA-VAZ BARBALHO”.

Geralmente, as regras de nomenclatura do século XVIII e antes não se encaixavam na lógica que a sociedade passou a adotar a partir dos séculos seguintes.

9 filhos de um mesmo casal poderiam cada um adotar um sobrenome diferente. Muito comumente esses sobrenomes variavam de acordo com que variavam os sobrenomes ate aos 8 bisavós dos filhos do casal.

Assim, sobrenomes sumidos em 3 gerações anteriores poderiam renascer, mas, por as pessoas da atualidade não terem acesso `a genealógica completa daquelas pessoas, pensar-se-ia que o sobrenome surgiu do nada.

Nesse caso especifico, porem, temos ainda os nomes dos senhores ANTÔNIO LEAL e MARIA FRANCISCA. Esse segundo nome dela pode inclusive ser da Família FRANCISCO. Naquela época os escrivães costumavam usar a versão femininizada dos sobrenomes masculinos como: FURTADA, COELHA e outros.

O certo aqui é que, pode ser que numa pesquisa mais profunda, se todos os filhos de ISIDORA e capitão ANTÔNIO FRANCISCO DE CARVALHO chegaram `a idade e procriaram, podem ter deixado famílias com todos os sobrenomes ja havidos anteriormente na família. Isso inclui o “DA COSTA BARBALHO”.

Pulando-se mais uma cerca, andei verificando o capitulo BARBALHO do livro de nosso amigo ORMUZ BARBALHO SIMONETTI. Ali encontra-se o extrato:

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“Segundo o Historiador Hélio Galvão, do casal Brás Barbalho Feyo e Leonor Guardes descendem Catharina Barbalho, filha de Isabel de Vasconcellos e João Soares de Avellar. Catharina Barbalho, ao consorciar-se com Francisco Ribeiro Bessa, teve oito filhos, sendo a ultima Catharina Barbalho (segunda do nome) que se casou duas vezes: a primeira com o Tenente Jose de Mello, de Goyana, não deixando descendência, e segunda vez com Aniceto Ferreira Padilha e tiveram sete filhos. Um desses filhos de Catharina e Aniceto, ja nascido e naturalmente radicado `a terra, descende, sem duvida, Antonio Jose da Costa Barbalho, ou Antonio Barbalho da Costa, como de próprio punho escrevia ele o seu nome, sendo ele o patriarca dos Barbalho de Goianinha, vindo a falecer em 20 de novembro de 1827, aos 73 anos de idade e deixou inúmeros descendentes.”

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Acredito aqui que o “descendente, sem duvida,” deixou-me com uma enorme duvida. Ao que me pareceu, foi uma suposição e não uma certeza. Isso abre a possibilidade de o Antonio Jose da Costa Barbalho ser o mesmo “N 3 – ANTÔNIO  nascido em 1764″ anotado pelo professor Dermeval Jose Pimenta.

Veja-se que poderia ser mesmo ele se encaixando na tradição dos Barbalho. Os irmãos, em verdade, são mais que 3. Mas, por enquanto, não sabemos quantos nem quais poderiam ter assumido o sobrenome Barbalho.

Talvez, os outros não foram contados porque faleceram crianças como era tão comum acontecer naquela época. Ou podem ter sobrevivido, como aconteceu com o BOAVENTURA JOSE PIMENTA, porem, teriam sido apenas 3 que herdam o BARBALHO por sobrenome.

Existem outros indicios, porem, ajustáveis `a realidade. A afirmação do Ormuz é a de que o patriarca viveu 73 anos. Mas era muito comum acontecer enganos na contagem da idade. E chega a ser uma grande coincidência que justamente o Antonio da Isidora e capitão Antonio Francisco tenha nascido em 1864, ou seja, 63 anos antes do falecimento do senhor Antonio Jose.

Alem disso, ha ai a coincidência de o senhor Antonio ter recebido o JOSE, que era uma marca de nossa família, alem de assinar o “DA COSTA BARBALHO” ou “BARBALHO DA COSTA” como preferia assinar, que também era sobrenome em nosso ramo da família.

Pode ser mera coincidencia, porem, um dos filhos do senhor Antonio Jose da Costa Barbalho foi o Francisco Antonio Barbalho. No caso, uma possível inversão da ordem dos nomes do suposto avo: Antonio Francisco de Carvalho. Algo muito comum `aquela época.

Aqui ha que salientar-se que mesmo que a data de nascimento, 1754, e a idade ao falecimento, 73 anos, estejam corretas, não significa que minha hipótese seja falha. Muito pelo contrario.

Isso porque ainda não temos a relação de nomes dos supostos filhos do MANOEL VAZ BARBALHO e JOSEPHA PIMENTA DE SOUZA. Temos que foram pais da ISIDORA e do cirurgião-mor POLICARPO JOSEPH BARBALHO.

Mas não sabemos se houveram e quais teriam sido os possíveis outros. Os quais o professor Dermeval supunha que existiram.

E, em sendo o caso, teríamos ai quem foi para o Rio Grande do Sul, quem voltou para o Nordeste e a Isidora pode ter sido a representante de quem ficou em Minas Gerais.

Se acaso a tradição considerava apenas os homens, temos também essa opção. Trata-se do JOSE VAZ BARBALHO, o pentavô de minha geração. Enquanto não sei quem foram os pais dele, não posso descartar a possibilidade de ter sido filho do MANOEL e JOSEPHA.

Alem dessa opção, ele poderia ser o: “N 6 – JOSE, nascido em 1769″. Seria um pouco apertado, porem, por volta dos 19 anos, em 1789, este poderia estar casado. E por volta de 1789 poderia ter sido pai do nosso ancestral Policarpo Jose Barbalho.

Não tenho a data de nascimento desse ancestral. Mas tenho a do casamento que se deu em 1808, portanto, deveria estar com pelo menos 18 anos de idade. Mesmo depois dessa época ainda era comum casar-se tão jovem.

E existe uma tradição de família dizendo que ele havia ingressado no seminário, mas desistira ao apaixonar-se pela ISIDORA FRANCISCA DE MAGALHÃES, e casou-se antes de ordenar-se.

Somente depois que teve os filhos, ficou viuvo e criou a família, inclusive tendo visto antes seu filho Emigdio de Magalhães Barbalho ser ordenado padre em 1845, foi que retornou ao seminário e buscou a ordenação, indo falecer, não sabemos a data, idoso e pastoreando o rebanho do antigo Inficcionado (atual Distrito de Santa Rita Durão, Mariana, MG), local em que nascera.

De todo esse capitulo nasce ai a hipótese de que o ramo Barbalho da região de Goianinha, RN, poderá fazer parte da imensa descendência do governador LUIZ BARBALHO BEZERRA e sua esposa MARIA FURTADO DE MENDONÇA. Tudo ainda a ser confirmado.

Acredito que agora falta-nos mesmo, referindo-me ao ramo BARBALHO e COELHO do Centro Nordeste de Minas Gerais, decifrar aquele pequeno espaço de tempo, entre 1720 e 1790 de nossa genealogia para constatar todas essas suspeitas.

Como venho repetindo em meus escritos anteriores, acredito que as respostas estejam nos arquivos forenses na cidade do Serro e/ou nos eclesiásticos da Arquidiocese de Diamantina, ambas em Minas Gerais.

Os dados dessa imensa região de Minas Gerais não tem sido devidamente publicados e, parece-me, somente um mergulho nos arquivos desfarão toda e qualquer duvida. Os meus estudos tem revelado que la temos respostas.

Não sabemos quais nem quando virão. Mas gostaria de poder pagar essa visita `a terra que passaram nossos ancestrais, porque é a única forma possível de deixarmos para as futuras gerações uma Historia de Família, o mais completa possível, para assim despertar o interesse delas por nosso passado.

Um passado que, não muito distante, nos também seremos parte dele.

 

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011. PRIMEIROS MORADORES DE GUANHAES, VIRGINOPOLIS E PECANHA …

INDICE:

O1. INTRODUCAO

02. OS “HOMENS BONS” DE PECANHA

03. OS DE GUANHAES

04. COMENTARIOS A RESPEITO DO PATROCINIO DE GUANHAES

05. A) FREGUESIA E DISTRICTO DO PATROCINIO

06. B) FREGUESIA E DISTRICTO DE S. SEBASTIAO DOS CORRENTES (a)

07. C) DISTRICTO DE N. S. MãE DOS HOMENS DO TURVO

08. D) FREGUESIA E DISTRICTO DE N. S. DA PENHA DO RIO VERMELHO

09. NOSSA ANCESTRAL GENOVEVA NUNES FERREIRA

10. PRESENCA DE JOAO DA CUNHA MENEZES

11. BIOGRAFIA DE DONA DAMIANA DA CUNHA

12. BIOGRAFIA COMPLETA DE LUIZ BARBALHO BEZERRA

13. COMENTARIOS ENVOLVENDO A FAMILIA DA CUNHA MENEZES

14. COMO SABER SE OS DA CUNHA DESCENDEM DO LUIZ?

15. RELAÇÕES DE COMPADRIO NO BRASIL DO SECULO XVIII

16. VOLTANDO `AS ANALISES

01. INTRODUCAO

Resolvi passar uma revista no ALMANAK ADMINISTRATIVO, CIVIL E INDUSTRIAL DA PROVINCIA DE MINAS GERAIS.

A ideia surgiu porque estava revendo as fontes mencionadas pelo professor Nelson Coelho de Senna. Ele havia dito que no de 1870 tinha uma menção, ao capitão Jose Coelho da Rocha:

“Ja em 1821, um deles, elevado a Capitão de milícias da Comarca-do-Serro-Frio, o referido Jose Coelho da Rocha, era considerado o principal fundador e dos primeiros povoadores da referida povoação de São-Miguel-e-Almas, hoje cidade de Guanhaes, como refere Assis Martins…”

Não sei como o computador conseguiu mas ele abriu uma pagina que continha a referida publicação. Foi apenas um relance e, tendo que sair, quando retornei não mais encontrei a publicação.

Pelo menos pude comprovar que realmente havia a menção. Alem dela, outras informações a respeito da “Paroquia de Nossa Senhora do Patrocínio”, futura Cidade de Virginópolis. Depois eu conto.

Mas, rebuscando a internet novamente, pelo menos encontrei o ALMANAK editado em 1864. Em teoria, devia ser melhor ainda para o que eu queria. Assim, copiei as duas paginas que interessavam.

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02. OS “HOMENS BONS” DE PECANHA

Trata-se das relações de “homens bons” que viviam nos domínios das antigas Santo Antonio do Peçanha e São Miguel e Almas. Segue o que encontrei:

Pagina 205

“Freguezia e Districto de Santo Antonio do Peçanha foi creado pelo alvará de 1822. Dista da sede do termo 22 léguas, da capital 66 e de seus pontos extremos, ao norte 5, ao sul 6, `a leste 18 e a Oeste 7. Confina com a de S. Miguel e Almas pelo rio Correntes, e com a de Jacury pelo Suassuy. Sua população chega a 6,816 habitantes; da 368 votantes e 12 eleitores.

Juizes de paz:

1o. Remigio Electo de Souza

2o. Joao Batista Dias

3o. Jeronymo Electo de Souza

4o. Henrique Manoel Carvalho

Sub delegado:

Capitao Joao Batista de Queirós

Inspector Parochial:

Remigio Electo de Souza

Professor de primeiras letras:

Joaquim Lucas Coelho

Nao sabemos se a matriz esta provida de parocho.

Negociantes de Fazendas Secas:

Antonio Jose de Siqueira

Cyrino Jose Barbalho

Firmino Clementino da Silva

Francisco Bonifacio de Almeida Araujo

Jeronymo Electo de Souza

Jose Soares de Queirós

Remigio Electo de Souza

Negociantes de genero do pais:

Antonio da Rocha Oliveira

Elias Pereira do Nascimento

Joao Luiz Coelho

Joaquim Bernardes Vieira

Joaquim Affonso Pereira

Mathilde Delfina de Jesus

Vicente Jose do Nascimento

Fazendeiros que cultivão canna:

Antonio Eufrazio da Silva

Antonio Joaquim dos Santos

Antonio Jose de Siqueira

Antonio da Rocha Freitas

Clemente Xavier de Castro

Conrado Alves Sampaio

Cypriano Goncalves Ferreira

Francisco Antonio da Silva

Francisco Jose de Oliveira

Germano Jose Peixoto

Ildefonso da Rocha Freitas

Joao Batista de Queirós

Joao Bernardes Vieira

Joao Jose da Silva

Joao Paulo de Oliveira

Joao Vieira Simoes

Joao Pereira do Nascimento

D. Joaquina Angelica de Jesus

Jose Quirino da Silva

Jose de Sene e Silva

Manoel Francisco Pires

Manoel Gomes da Conceicao & Comp.

Manoel Netto da Silva

Manoel Rodrigues Atayde

Manoel Salles Martins

D. Maria Jose viuva de Antonio Pereira Affonso

Martinho da Rocha Freitas

D. Senhorinha Rosa de Jesus

Os herd. de Silverio dos Anjos Freitas

Thomas Antonio de Aquino

Valeriano Manso da Costa

Sapateiros:

Abel Marianno

Joao Jose d’Assuncao

Joao Jose de Oliveira

Manoel Ferreira

Ferreiros:

Eufrazio de Campos

Felicissimo Pinto

Felisberto Antonio de Aquino

Joaquim de Campos Martins

Modesto Borges”

Observe-se que Santo Antonio do Peçanha compreendia o território que hoje-em-dia esta subdivido em diversos outros municípios, inclusive Governador Valadares.

Muitos dos mencionados acima viviam nesses outros locais. Pelo livro do professor Dermeval Jose Pimenta a gente pode identificar ai diversos moradores de fazendas em São Joao Evangelista, a começar pelos que assinaram “da Rocha Freitas”.

D. Senhorinha Rosa de Jesus, então, ja devia ser a viuva do senhor Jose Carvalho da Fonseca. Eles residiram numa fazenda com terras banhadas pelo Ribeirão das Araras, próximas `a atual São Pedro do Suacui.

Foi filha de nossos pentavós: Antonio Borges Monteiro Junior e Maria Magdalena de Santana.

Tenho duvidas quanto ao ultimo mencionado, Modesto Borges, não ser membro da família de Antonio Borges Monteiro, nosso sextavô.

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03. OS DE GUANHAES

“DISTRICTO DE S. MIGUEL E ALMAS {pags. 207-8}

Foi creado pela resolução de 14 de julho de 1832. Tem um distrito denominado – Patrocinio – criado pelo art. 2o. da lei n. 1:143 de 24 de setembro de 1862.

Juizes de Paz:

1o. Francisco Nunes Coelho

2o. Francisco de Souza Ferreira

3o. Jose Pereira da Silva

4o. Antonio Rodrigues Coelho

Subdelegado:

Francisco Nunes Coelho

Inspector Parochial:

Rev. Jose Julio de Oliveira (é vigario)

Professor de primeiras letras:

Joaquim Francisco de Aguiar

Vaccinador:

Joaquim Domingues Da Silva

Negociantes de Seccos:

D. Alexandrina Sevelly de Alkmim

Antonio Carlos da Conceicao

Antonio Francisco Vieira

Bento Goncalves Pimenta

Custodio Jose Moreira

Firmianno Ribeiro de Carvalho

Francisco Jose Moreira

Francisco Nunes Coelho

Joao Luiz de Souza

Joao da Silva Netto

Joaquim Guardianno Teixeira

Jose Coelho da Rocha Ribeiro

Jose Pereira da Silva

Jose Rodrigues de Souza e Silva

Pio Ferreira da Silva

Ditos de Molhados:

Campos & Pinto

Firmianno Ribeiro de Carvalho

Francisco Jose Moreira

Joao Luiz de Souza

Ditos de Generos do Pais:

Antonio Gomes de Brito

Antonio Jose de Queiroz

Bernardino Manoel Ribeiro

Clementino Goncalves da Silva

Custodio Jose Moreira

Francisco Jose Alves

Francisco Luiz da Rocha

Francisco Pinheiro de Araujo

Jeronymo Correa da Silva

Jeronymo Goncalves Lima

Jeronymo da Rocha Leme

Joao Angelo

Joao da Cunha Menezes

Joao Nepomuceno de Aguiar

Joao da Rocha Ramos

Joaquim Antonio Pereira

Joaquim Jose Da Silva

Jose Goncalves Guimaraes

Jose Justinianno de Aguiar

Jose da Silva Ribeiro

Jose Vaz Barbalho

Jose Vieira Braga

Jose Vieira de Souza

Luiz Antonio de Araujo

Manoel Augusto dos Passos

Martinianno Ignacio Ribeiro

Martinianno Vieira de Souza

Miguel Fernandes Maciel

Pedro Teixeira da Costa

Romao da Silva Chagas

Theodoro Rodrigues da Silva

Pharmaceuticos:

Modesto Alves Barbosa

Fazendeiros que cultivão canna:

Accacio Jose da Silva

Amancio da Silva Guimaraes

D. Anna Pinto de Jesus

Antonio Coelho Linhares

Antonio de Figueiredo

Antonio Rodrigues Coelho

D. Genoveva Nunes Ferreira

Joao Rodrigues Lemos

Joaquim Ferreira Pinto

Joaquim Jose de Figueiredo

Jose Coelho da Rocha

Jose Francisco de Azevedo

Jose Lopes Nunes

Jeronymo Maciel

Severianno Pereira Candido

Sapateiros:

Francisco Fernandes Maciel

Joaquim Roque

Jose Vicente dos Santos

Alfaiates:

Luiz Estrangeiro

Placido Jose de Souza

Seleiro:

Joao da Cunha Menezes

Carpinteiros:

Manoel de Moura Justo

Manoel de Souza e Silva

Rancheiro:

Firmianno Ribeiro de Carvalho

Districto de Patrocinio:

Não obtivemos noticia alguma deste districto.”

Observe-se ai que temos a presença de nomes semelhantes, porem, de pessoas diferentes. Isso poderia provocar confusão em pessoas não familiarizadas com a genealogia local.

O negociante de secos, Jose Coelho da Rocha Ribeiro, foi também conhecido pelo apelido de ten. Jose Quirino. Foi assim chamado por ter sido criado por um irmão mais velho, cujo nome era Quirino Antonio Teixeira Coelho.

Esse Jose Coelho foi o marido de dona Emilia Brasilina Coelho da Rocha. Eles foram os avos maternos do professor Nelson Coelho de Senna, o qual descreve essa passagem em sua genealogia.

Ainda menciona que os avos eram primos, procedentes da Fazenda Axupe, donde nosso núcleo familiar Coelho viveu na segunda metade do século XVIII.

Entre os plantadores de “canna” em Guanhaes, encontra o Jose Coelho da Rocha. Esse segundo foi um dos filhos do fundador Jose Coelho da Rocha, que era casado com Luiza Maria do Espirito Santo.

Esse outro foi nosso tio-trisavô 5 vezes, por ter sido irmão de Joao Batista Coelho (1), Eugenia Maria da Cruz (2) e Antonio Rodrigues Coelho (2), alem de ter sido tio-sextavô uma vez, via Joao Batista Coelho e Joao Jr. Esses dois aparecem em Virginópolis.

Eugenia foi a matriarca dos Barbalho, com o capitão Francisco Marçal Barbalho.

Embora sem os devidos dados do Patrocínio de Guanhaes, acredito que nessa relação de São Miguel e Almas constam nomes de moradores da Paroquia.

Isso por causa dos relacionados Antonio Figueiredo, Joaquim Jose Figueiredo e os Pereira da Silva constarem como moradores na relação de 1872, em Virginópolis.

Pio Ferreira da Silva foi pai de Joao (Janjan) e Emidio Ferreira da Silva que foram maridos de filhas de Antonio Rodrigues Coelho.

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04. COMENTARIOS A RESPEITO DO PATROCINIO DE GUANHAES

Fica ai a razão pela qual não quis falar nada a respeito anteriormente. Eu queria tirar uma duvida porque 1864, data desse Almanak, foi justamente 6 anos após `a fundação da Paroquia de Nossa Senhora do Patrocínio de Guanhaes, a atual Virginópolis.

No livro de 1870, 12 anos depois da fundação, constam os nomes de apenas dois fundadores. E o primeiro não é o do senhor Felix Gomes de Brito como sempre se pregou nas escolas locais.

O nome poderá ser o da mesma pessoa. Consta que o fundador se chamava Felicio Gomes (da Silva) não tenho certeza desse outro sobrenome.

Mas pode ter havido algo semelhante ao que aconteceu em São Joao Evangelista. Nesta os primeiros colonos portugueses a fixar residência foi a família do senhor Nicolau de Oliveira e a seguir os familiares do capitão Ildefonso da Rocha Freitas.

E foi esse capitão que destinou terras para a fundação do arraial. Porem, ele “faleceu em fins de 1873” e o inicio da fundação se deu em 1875. Assim os filhos dele aparecem como fundadores, ele não.

Sabe-se que o senhor Felix Gomes de Brito obteve junto `a Igreja Católica a autorização para a fundação da paroquia que veio a transformar-se na Paroquia de Nossa Senhora do Patrocínio.

Naquele tempo, Estado e Igreja funcionavam como entidades do mesmo governo. Para fundar-se algum local era preciso ter a autorização e conivência de ambos. Geralmente, devido `a religiosidade do povo, o inicio se dava por vias religiosas.

A autorização data de antes de 1839. Mas a fundação oficial somente acontece em 1958, porque ai se registra a paroquia. Nesse caso, pode ser que o senhor Felix ja houvesse falecido. Então, o nome do fundador, nessa data, pode ser o senhor Felicio Gomes da Silva mesmo.

No livro “Historia de Virginópolis”, da dona Maria Filomena de Andrade (D. Negra), consta que o senhor Felix fora casado com dona Maria de São Jose da Silva.

Nem ela nem nos encontramos fontes que tornassem possível pelo menos calcular as idades dessas pessoas, porem, a julgar pelo fato de possuirem aquela autorização para fundar uma paroquia, ja deveriam ter chegado `a maturidade em 1839, o que tornava estatisticamente difícil ter vivido em ou alem de 1858.

Portanto, muito provavelmente, mesmo sendo fundadores da paroquia, os filhos podem ter sido fundadores do arraial e não eles. Nesse caso, o senhor Felicio deve ter sido filho deles. O que contradiz o livro da dona Maria Filomena, pois, não o menciona como filho. Cita outros.

Alias, ela cita Candido e Rita do Felix como filhos. O que deve ter acontecido de também o serem. Porem, não cita os sobrenomes dos personagens, o que nos daria isso como evidencia.

Pelos nomes dos patriarcas, que ela deixou escrito, era esperado que os filhos do senhor Felix e dona Maria assinassem mesmo Gomes da Silva.

Mais abaixo, eu postei os dados do Almanak de 1872 (para valer em 1873), no qual consta, na relação de fazendeiros, um senhor Tadeu Gomes da Silva. Talvez seja outro da irmandade.

Outros nomes de filhos mencionados por dona Filomena constam o sobrenome Primo. O que penso na possibilidade de terem sido netos do senhor Felix e não filhos.

A minha duvida se da em função de a autora do Historia de Virginópolis ter recorrido mais `a memória que `a documentação. E nos pudemos comprovar algumas falhas de memória dela. Confusões normais quando trata de outras famílias.

Não temos a data de nascimento dela. Ela não recorreu a esse recurso, mas relacionou os filhos da segunda família do professor Francisco Dias de Andrade na qual ela consta como a segunda dos nascimentos.

O primeiro foi o senhor Ari Dias de Andrade, que por acaso temos o nascimento por ter se casado na família Coelho, tendo nascido ele em 11.05.1906. O que implica que o segundo nascimento se deu após essa data.

Dona Filomena publicou o livro dela em 1979, mais ou menos, recorrendo a uma memória que começou a funcionar, com enganos, por volta de 1912, quando deve ter completado 5 anos de idade.

Disso se pode deduzir que muito dificilmente terá conhecido filhos do casal Felix e dona Maria da Silva. Possível será que esses terão nascido ao final do século XVIII ou, no máximo, no abrir do século XIX.

Mas somente após uma investigação mais detalhada em documentos poderemos esclarecer essas duvidas. Por enquanto fica a sugestão de que ha que se investigar primeiro.

Penso aqui na ata de instalação do Arraial do Patrocínio que, por ter sido criado legalmente em 1862, devera ter sido efetivado, pela ata, nos anos logo seguintes.

Esse seria o documento ideal a ser encontrado, pois, constaria os nomes daqueles que correram atras da papelada, chamados esses de fundadores, mas também de pessoas que se reuniam em torno da paroquia.

Acredito que para fundar-se um Arraial naquele tempo seria preciso ter pelo menos uns 30 a 50 residentes. Isso, dentre os que tinham renda suficiente para ter direito a voto e vez.

Ser residente apenas nao era suficiente, pois, havia-se que responsabilizar-se pela construção da igreja e outras dependências de governo, o que naquele tempo não saia dos cofres públicos, a não ser em casos de interesse.

Alem disso precisava-se manter as dependências e os funcionários. Os padres recebiam salário do estado. Os cartórios eram mantidos pelos escrivães que precisavam do trabalho para ter renda e cobrir seus custos. Enfim tudo era diferente da atualidade. 

Nos dados acima, porem, louva-se a presença do senhor Antonio Gomes de Brito que devera ser membro da família. Tendo esse sido comerciante de gêneros do pais em Guanhaes, ate 1863 pelo menos, e poderá ter sido irmão ou parente próximo do primeiro morador de Virginópolis.

Util saber disso, pois, caso os descendentes do senhor Felix resolverem buscar dados genealógicos, e houver dificuldade de encontra-los via o ancestral, poderão buscar os do senhor Antonio, que deverão ser os mesmos a partir dos pais.

A assinatura “de Brito” é uma ótima pista de onde procedia a família em Portugal. Embora, não se possa afirmar que esse seja o caso. Muitas vezes os portugueses adotavam o sobrenome do local de onde procediam após chegar ao Brasil.

Mas, o que tudo indica eh que, mesmo que isso ocorreu nesse caso particular, os “de Brito” realmente descendiam dos alcunhados pelo sobrenome. Isso porque o sobrenome eh muito antigo e o local de origem muito pequeno. Visitando a Historia da Freguesia (atual Vila) de Brito:

http://www.freguesias.pt/freguesia.php?cod=030807

Como o Almanak de 1864 não nos trouxe os dados do “Patrocínio de Guanhaes”, busquei o que esta disponível na internet, o de 1872 para valer em 1873, para pelo menos ter uma ideia de quem eram os moradores locais, apenas 14 anos após `a fundação do Arraial.

Ha que se fazer essa observação. As relações nos Almanaques não são as de moradores totais obviamente. Somente constavam pessoas que as profissões lhes davam status e influencia.

Por tras desses vinham os agregados, escravos, familiares que não tinham posses etc. Por certo haviam também indígenas que eram incorporados `as sesmarias e fazendas que eram livres, porem, destituídos do direito de terem sido os verdadeiros donos das terras.

E, claro, não podemos nos esquecer que aquele foi o tempo do completo domínio dos homens. As mulheres eram aves raras que, quando apareciam, eram mais comum ser associadas aos maridos falecidos. Ou seja, mesmo mortos eram considerados mais importantes que elas. Mas houveram raras exceções!

Aproveitei para adicionar também os moradores de São Sebastião dos Correntes, atual Sabinopolis, do Distrito de Nossa Senhora Mãe dos Homens do Turvo, atual Materlandia e Distrito de Nossa Senhora da Penha do Rio Vermelho, atual Rio Vermelho. Segue então:

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05. A) FREGUESIA E DISTRICTO DO PATROCINIO

“Juizes de Paz:

1o. Joao Baptista Coelho

2o.    ”           ”            ”      Junior

3o. Jose Joaquim de Figueiredo

4o. Joaquim Jose Da Silva Pereira

Subdelegado:

Joao Baptista Coelho

Suplentes:

1o. Firmiano Ferreira Campos

2o. Pedro Goncalves Chaves

3o. vago

Parocho:

Reverendo Bento Felis. Ferreira

Fazendeiros:

D. Anna Bernarda de Oliveira

Alexandre da Silva Pereira

Antonio Joaquim da Silva Figueiredo

Firmiano Ferreira Coelho

Joao Bernardes de Castro

Joao dos Santos Figueiredo

Joao Baptista Coelho

Joaquim Nunes Coelho

Joaquim da Silva Pereira

Jose Joaquim de Carvalho

”          ”        de Figueiredo

Manoel Goncalves do Carmo

”      da Silva Pereira

Pedro da Costa Chaves

Tadeu Gomes da Silva

Negociantes:

Joao Martins Roriz.

Engenho de Canna

Antonio Joaquim de Figueiredo

D. Anna viuva de Joaquim Ferreira Pinto

Candido Ribeiro Freire

Joaquim Nunes Coelho”

O ten. Joaquim Nunes Coelho é considerado um dos fundadores de Virginópolis. Nos ja contávamos com um parentesco com ele por ter sido irmão de Clemente Nunes Coelho. Eles foram filhos de Eusebio Nunes Coelho e d. Anna Pinto de Jesus, ela aparece nos quadros em Guanhaes.

Joaquim foi casado com Francisca Eufrasia de Assis Coelho, que também fazia parte da irmandade, filhos de Jose Coelho da Rocha e Luiza Maria do Espirito Santo. Portanto, foram nossos tios-trisavós.

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06. B) FREGUESIA E DISTRICTO DE S. SEBASTIAO DOS CORRENTES (a)

“Sua denominação vem dos três ribeirões que o atravessam, os quais se denominam: Correntinho, Corrente do Meio e Corrente Canoa. Os dois primeiros desembocam no Jequitinhonha e o ultimo no rio Doce.

Alem destes ribeirões passa em seu território, `a distancia de três léguas do povoado, o rio Guanhaes. Dista do Serro 7 léguas, do Pessanha 12, do Rio Vermelho 9, do porto de Guanhaes 5, de S. Miguel e Almas 3 1/2, da Senhora Mãe dos Homens do Turvo, que é filial, 5, e confrontam suas divisas com todos estes lugares.

De uma estatística feita com zelo, ao que nos informa o Sr. Eduardo Alves Barroso 1o. Juiz de Paz do distrito a população em 1866 foi assim computada:

Homens livres ………….. 1470

Mulheres   ”     ………….. 1545

Homens escravos ……..   525

Mulheres      ”       ……..    353

Total                ………….. 3.893

Os quais todos empregam-se de preferencia na cultura.

________________________________________________________

(a) Devemos estas noticias ao Sr. Eduardo Alves Barroso

As transações comerciais se fazem para a Diamantina.

As molestias que mais graçam são as opilações e hydropesias.

Juizes de Paz:

1o. Eduardo Alves Barroso

2o. Joao Pereira do Amaral

3o. Miguel Pereira do Amaral Junior

4o. Jose Vaz Barbalho

Subdelegado:

Eduardo Alves Barroso

Suplentes:

1o. Joao Pereira do Amaral

2o. Maximino Ribeiro de Miranda

3o. Daniel Pereira do Amaral

Parocho:

Marcelino Rodrigues Ferreira

Delegado de Instrução:

o mesmo parocho

Professor:

vago.

Negociantes:

Augusto Rodrigues de Miranda

Jose da Rocha Pinto e Souza

Capitão Joaquim Barroso Alves

Joaquim Quirino da Silveira

Raymundo Jose Alves

Serrarias:

Anselmo da Costa Guimaraes

Maximino Ribeiro de Miranda

Severianno Vaz Mourão

Engenhos de Canna:

Antonio Joaquim de Oliveira

Elias da Costa Coelho

Daniel Pereira do Amaral

Herdeiros de Jacintho Carlos de Miranda

Joaquim Barroso Alves

”        Dias de Sa

Joao Pereira do Amaral

Jose Candido de Castro Lessa

Ludugero de Oliveira Costa

Manoel Antonio de Oliveira

Maximino Ribeiro de Miranda

Miguel Antonio dos Santos Junior

Reginaldo Ferreira Rabello

Simao Vaz Mourão

Venâncio Justinianno de Gouvea

Cafelista:

Capitão Antonio Jose de Queirós

Fabrica de Ferro:

Zeferino Monteiro de Carvalho”

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07. C) DISTRICTO DE N. S. MãE DOS HOMENS DO TURVO

Juizes de Paz:

1o. Antonio Candido de Araujo Abreu

2o. Miguel Pereira do Amaral

3o. Antonio Taveira de Queiroga

4o. Sabino Barroso Alves

Subdelegado:

Antonio Candido d’Araujo Abreu

Suplentes:

1o. Sabino Alves Barroso

2o. Miguel Pereira do Amaral

3o. Antonio Taveira de Queiroga

Delegado de instrucao:

Sabino Alves Barroso

Professor:

Jose Joaquim Gomes Da Cruz

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08. D) FREGUESIA E DISTRICTO DE N. S. DA PENHA DO RIO VERMELHO

Juizes de Paz:

1o. Joao Henrique Pereira

2o. Bernardino dos Santos Carvalhaes

3o. Antonio dos Santos Carvalhaes

4o. Honorio Fernandes de Mendonca

Subdelegado:

Joao Henrique Pereira

Suplentes:

1o. Tenente-coronel Bernardino dos Santos Carvalhaes

2o. Bernardino Pereira Affonso

3o. Celestino Monteiro de Carvalho

Parocho:

Revd. Antonio Alves dos Reis

Delegado de instrução:

o mesmo parocho

Professores:

Bento do Espirito Santo Aguiar

(interino)

sexo feminino, vago.”

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09. NOSSA ANCESTRAL GENOVEVA NUNES FERREIRA

Retornando aos dados de Guanhaes, não se pode deixar de notar a presença da fazendeira D. Genoveva Nunes Ferreira. Obviamente esse sobrenome Nunes Ferreira não era incomum na região. O que o torna interessante é mesmo o prefixo Genoveva.

Isso porque, por coincidencia ou não, trata-se do mesmo nome de nossa pentavó no ramo “de Magalhães Barbalho.

Outra coincidência torna-se a nossa ancestral ter sido fazendeira no município de Itabira, ate pelo menos aos idos de 1827, quando a filha falecida, Isidora Francisca de Magalhães, foi inventariada pelo marido, Policarpo Jose Barbalho, os quais são nossos tetravós.

Sabemos que no final dos anos 1820 houve uma corrida do ouro para o recém formado Arraial de São Miguel e Almas, que durou ate aos anos 1840. E que as famílias eram de mineradores. Possivelmente, migraram para Itabira quando para la houve uma corrida do ouro ao final do século XVIII.

Eh razoável pensar que a pessoa presente em Guanhaes seja mesmo nossa ancestral. Embora, o limite de idade para que isso tenha acontecido esteja na tampa da beirada! Vovó Geno estaria com um pouco mais ou menos de 90 anos de idade, no mínimo.

Isso porque a filha Isidora houvera se casado em 1808. Supondo que a mãe a tenha gerado aos 16 anos de idade e ela se casado aos 15, teremos que a data de nascimento da primeira retorna `a volta de 1777. Algo fantástico, porem, não de todo impossível.

Levando-se em conta que muita gente da família, especialmente as mulheres pequeninas da família Barbalho, costumavam atingir a essas idades avançadas, mesmo naqueles tempos de média tão inferiores, pode-se pensar que exista algum inventario dessa nossa parente nos cartórios de Guanhaes ou museu no Serro.

Esse devera tanto informar melhor a respeito da descendência dela, como a possível maternidade de outra filha, Michaela Nunes Ferreira, acontecido em 1812, em Itabira, registrada nos livros do Ribeirão de Santo Antonio de Santa Barbara, e consta no site Familysearch.

A menos que essa Genoveva mãe da Michaela seja uma outra filha da nossa ancestral Genoveva e que ainda não temos a noticia que nasceu. Nesse caso, poderá muito bem ter nascido em torno de 1790 e ter se mudado para Guanhaes onde estaria por volta dos 70 anos de vida. Isso seria mais fácil ter acontecido.

Policarpo e Isidora Francisca batizaram uma filha com o nome de Genoveva em 28.01.1812. Mas essa não consta no inventario da mãe. Presume-se que tenha falecido criança. Se não, poderia ter sido ela.

Essa nossa ancestral Geno foi independente. No casamento dos tetravós Policarpo e Isidora consta que Isidora fora “filha natural”. Nos inventários desta fica diversas vezes mencionadas através dos dizeres: “fazenda de dona Genoveva Nunes Ferreira, mãe da falecida”.

Ou seja, não era nem casada nem viuva de ninguém pois, se o fosse, ela seria a viuva do falecido.

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10. PRESENCA DE JOAO DA CUNHA MENEZES

Não vou mencionar, a respeito de Guanhaes, a presença das diversas outras pessoas identificáveis como parte e agregadas `a nossa genealogia. Praticamente todo mundo se enquadra.

Mas ha uma pessoa que torna-se necessário tratar que é o senhor Joao da Cunha Menezes. Aparece como comerciante e celeiro. Ha mais tempo observei a presença do nome dele em anos posteriores ao de 1864. Por isso tive duvidas.

Com o surgimento do nome deste em 1864 como homem ja feito, as duvidas se dissiparam. Não pode mesmo ser o mesmo senhor Joao da Cunha Menezes que veio a ser um dos patriarcas de família em Virginópolis.

Isso porque o senhor Joao da Cunha de la foi pai do Joao Sergio (Serginho) em 1931. Para ser o mesmo, teria que te-lo feito aos 100 ou mais anos de idade. Infelizmente não tenho as datas vitais do senhor Joao, em Virginópolis, quando faleceu e com qual idade. Mas se ele tivesse atingido a tal idade seria comentário obrigatório.

O certo é que ha a tradição de que os “da Cunha Menezes” de Virginópolis descendem do D. Luiz da Cunha Pacheco e Menezes, aquele que foi governador das províncias de Goiás primeiro e depois da de Minas Gerais.

E esse Joao da Cunha Menezes presente em Guanhaes, ja estabelecido pelo menos a partir de 1863, poderá ter nascido no nascer do século XIX, ou seja, ali por volta de 1805. Com extensão ate 1920.

Isso não da a ele a oportunidade de, por exemplo, ter sido filho do “Fanfarrão Minesio”, apelido dado ao governador Luiz no “Cartas Chilenas”. Não consta que o fanfarrão tenha sido casado. Consta que não era flor que se cheirasse!

O “Fanfarrão Minesio” faleceu em 1819, porem, ha muito ja em Portugal. Portanto, ha a possibilidade do senhor Joao de Guanhaes ter sido neto dele. E penso que tenho em mãos uma pista que pode ajudar a esclarecer isso.

Encontrei um livro super interessante. Trata-se do “ANNO BIOGRAPHICO BRAZILEIRO.” Não se assombrem não. A ortografia esta correta. Isso porque as regras em vigor remontam ao ano de 1876.

O autor era o Joaquim Manoel de Macedo. E a “editora” “Typographia e Lithographia do Imperial Instituto Artistico”. Entao, tratava-se de obra oficial de governo durante do imperio de D. Pedro II.

Vou copiar duas biografias ali encontradas. Elas saíram do primeiro volume. Este contem uma centena de biografias de personalidades conhecidas e não conhecidas ate por quem gosta de Historia de um modo geral.

Depois comento mais. Segue, então:

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11. BIOGRAFIA DE DONA DAMIANA DA CUNHA

(a partir da pag. 55)

“Os sertanejos paulistas descobridores do vasto territorio que veio a formar a provincia de Goyaz, (resolvi manter a grafia de alguns nomes, o resto traduzi) tinham visto uns depois de outros passar um século sem que com toda sua bravura abater e conter a tribo selvagem dos cayapos dominadora dos sertões de Camapuan.

Intrépidos e vingativos os cayapos ousavam chegar em suas correrias ate o norte da capitania de São Paulo, batiam-se impávidos com as bandeiras paulistas (companhias ou bandos de sertanejos) e roubavam as caravanas.

Luiz da Cunha Menezes governador e capitão general da capitania de Goyaz de 1778 ate 1783 resolveu empregar meios dóceis, conciliatórios e humanos para chamar `a civilização aquela tribo enérgica e guerreira e em 1780 fez

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partir um simples mas inteligente soldado de nome Luiz a frente de cincoenta goyases e tres indios em procura amigável dos cayapos.

Depois de alguns meses chegou de volta a Villa Boa (depois cidade de Goyaz) o soldado Luiz com os seus aventureiros, trazendo cerca de quarenta cayapos com o maioral da tribo, ancião ainda forte e de imponente aspecto. Entre as mulheres vinha a filha do maioral conduzindo pela mão a um menino, e `as costas em uma como rede de cipo bonita menina de poucos meses nascida.

A menina, neta do maioral recebeu no batismo o nome de Damiana, e o governador que foi seu padrinho, deu-lhe o seu apelido, da Cunha.

Os cayapos, cujo numero avultou por novos descimentos foram estabelecidos nas aldeias Maria, e de S. Jose.

Na aldeia de S. Jose cresceu, e casou-se com um brasileiro D. Damiana da Cunha, de quem Auguste de Saint-Hilaire que foi visita-la, quando ali esteve, fala com elogio e interesse. Era mulher bonita, amável, de espirito atilado, falando bem o português, e, o que mais importa, gozando a maior consideração entre os cayapos.

Mas a harmonia e a paz não duraram muito tempo: aqueles selvagens voltaram de novo `a guerra ainda mais terrível; porque não eram poucos os que desertando das aldeias depois de ter aprendido a manejar armas de fogo levaram esse poderoso recurso aos seus irmãos dos desertos.

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Então no meio da maior fúria da guerra, quando os cayapos atacavam bandeiras, incendiavam habitações, destruíam plantações, matavam e roubavam, e em consequência sofriam também perseguições igualmente cruel, acabando muitos em vingativas e horríveis matanças, D. Damiana da Cunha começou a ilustrar sua vida ja por virtudes louvadas, realizando, ela pobre e debil senhora, o que tinham feito Nobrega e Anchieta.

Heroína do amor fraternal, anjo de caridade, apostolo da fe, suave e potente elemento de civilização, D. Damiana da Cunha, toma o grande e glorioso empenho de ir aos sertões chamar os cayapos `a vida social, `a religião santa, e ao dever do trabalho.

Essa admirável e benemérita senhora quatro vezes maravilhou os goianos pelos seus triunfos, que lhe custavam longas e penosas marchas, vida exposta `as feras e a mil outros perigos, e meses de trabalhosa perseverança, que lhe esgotavam as forças.

Ela não levava soldados, nem guerreadores: levava no coração o amor, na alma a fe, e pendente sobre o peito a cruz do redentor.

Em 1808 depois de ter se internado ao sul nos sertões do Araguaya entrou D. Damiana na aldeia de São Jose, trazendo mais de 70 cayapos de ambos os sexos que receberam as aguas batismais.

Pouco antes de 1820 preparava-se ela para segunda entrada, quando recebeu a honrosa visita do sábio Saint-Hilaire que deixou entrever duvidas sobre o resultado da empresa: D. Damiana respondeu: “os cayapos me rés-

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peitam muito para deixar de atender-me.” E o êxito do segundo empenho igualou ao do primeiro.

Em 1824 a nobre senhora-apostolo internou-se nos sertões de Camapuan, e após sete meses de fadigas e de santa pregação conduziu `a pia batismal, e ao seio da civilização cento e dois cayapos de um e outro sexo.

Era muito: estava cansada, abatida e gasta de tanto subir montanhas, descer a extensos vales, arrostar perigos e morte, e provar mil privações nos desertos.

Mas no fim de 1829 os cayapos em avultado numero apresentaram-se ameaçadores, espalhando em sua marcha destruição e morte.

O presidente de Goyaz, desde 1822, provincia do Imperio do Brasil, apelou para D. Damiana da Cunha.

O anjo serenou a tormenta: os cayapos abrandaram-se `a sua voz, e a heroína abnegada, esquecendo as profundas alterações de sua saúde, recebeu instruções do presidente da provincia, e saiu em companhia de seu marido Manoel Pereira da Cruz, e de um índio e de uma índia, Jose e Maria, que a acompanhavam sempre, a procurar conseguir a paz, a amizade, e a conquista civilizadora da indomável tribo de seus irmãos.

A 24 de maio de 1830 pela quarta e ultima vez abismou-se nos sertões, e no fim de oito meses entrou de volta em sua aldeia a 12 de janeiro de 1831.

Alquebrada e doente so com o heroico esforço resistira a 8 meses de tormentoso labor: em tais condições pouco fizera: o séquito de cayapos conquistados por sua influencia

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era menos numeroso; Damiana porem completara o sacrifício de sua vida.

Os indios aldeados saíram a recebe-la com danças e festivas demonstrações; o presidente da provincia acudira a espera-la com todas as autoridades do lugar.

Honras vans do mundo! D. Damiana da Cunha entrou na aldeia apoiada nos braços dos índios seus irmãos; trazia nos olhos quase sem luz, e na face de palidez marmórea o selo da morte.

O dia 12 de janeiro de 1831 foi o anunciador da agonia da santa.

O dia 12 de janeiro de 1831 é a branca e gloria mortalha de D. Damiana da Cunha.

Poucos dias depois ela morreu.

Hoje ninguém sabe, onde é o lugar da sepultura dessa missionaria angélica.

Tenha D. Damiana da Cunha este simples epitafio na historia: Mulher-Apostolo.”

Gostei muito a partir da introdução. `A época “os sertanejos paulistas” cantavam mais alto que os de Goiás!!! Atualmente haveria apenas que traduzir a palavra por sertanistas para corresponder ao verdadeiro significado que o autor deu.

A segunda biografia retirada da mesma literatura nos conta a vida de Luiz Barbalho. Posto-a aqui por ser o melhor resumo das peripécias do herói brasileiro e que põe uma ordem cronológica aos feitos dele de melhor maneira que todos os que ja vi antes. Segue então:

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12. BIOGRAFIA COMPLETA DE LUIZ BARBALHO BEZERRA

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15 DE ABRIL

LUIZ BARBALHO BEZERRA

Filho legitimo de Antonio Barbalho Felpa de Barbuda e Camilla Barbalho, Luiz Barbalho Bezerra nasceu em Pernambuco em um dos últimos anos {1584} do século decimo sexto.

Adotou a carreira das armas e havia quatorze anos que militava na pátria, quando em 1630 os holandeses invadiram Pernambuco, e tomaram a cidade de Olinda e o Recife.

Começou a guerra holandesa, e Luiz Barbalho levando seus dois filhos Agostinho e Guilherme, criados e escravos seus apresentou-se ao general Matias de Albuquerque na fortaleza do Arraial do Bom-Jesus de improviso construído, e desde logo principiou a distinguir-se.

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Fora preciso enumerar algumas dezenas de combates, de ataques e tomadas de redutos, de repulsa de assaltos do inimigo, e de assombrosas proezas para referir os feitos heróicos de Luiz Barbalho desde 1630 ate 1635.

Neste ultimo ano Matias de Albuquerque foi obrigado a apressar sua retirada para as Alagoas, e Luiz Barbalho e o sargento-mor Pedro Correa da Gama que comandavam na fortaleza de Nazareth, onde resistiram ao mais vigoroso e apertado cerco por quatro meses, capitularam a dois de julho com as maiores honras da guerra; mas em tal estado que ao sairem da praça alguns soldados caíram mortos por efeito da fome que a dias a guarnição sofria.

Luiz Barbalho, sua mulher e filhos ficaram prisioneiros, sendo ele logo depois mandado para a Holanda, d’onde conseguiu passar para a Espanha, e voltar para o Brasil, chegando `a Bahia a 16 de agosto de 1637, vindo nomeado mestre-de-campo de um terço que se levantara em Lisboa apenas com 250 soldados.

O cuidado da familia preocupava muito Luiz Barbalho e `a empenho seu o general Bagnuolo escreveu ao príncipe Mauricio de Nassau, pedindo que restituísse `aquele esposo e pai sua esposa e dez filhos conservados prisioneiros no Recife. O ilustre e generoso chefe holandês prontamente pôs termo ao cativeiro de dois anos dos objetos do amor do bravo Luiz Barbalho e apressou-se em manda-los para a Bahia.

Mas em 1638 Mauricio de Nassau vem com forças numerosas tentar a conquista da cidade de S. Salvador; Bagnuolo traz em socorro desta o pequeno exercito que se retirara de Pernambuco e que estava acampado na Torre de Garcia d’Avila.

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Luiz Barbalho sufoca o sentimento de gratidão pessoal e entre os defensores da cidade capital da Bahia e do estado do Brasil distingue-se como herói, e rechaçados os holandeses, recebe no ano seguinte prêmio conferido pelo rei, e deixa seu nome perpetuado em importante forte que construira.

Em 1639 chegara `a Bahia com poderosa armada o conde da Torre, e quase no fim do ano, pondo em execução vasto plano de campanha, deu a vela com numero excedente a 80 navios, levando forças de desembarque e os principais chefes brasileiros, entre os quais Luiz Barbalho.

Todo o plano do conde da Torre falhou; as tempestades o contrariaram, e a esquadra holandesa em combates e batalhas navais deixaram muito duvidosa a sua capacidade militar.

Depois dessas cruéis contrariedades o conde da Torre pôs em terra na povoação de Touros, quatorze léguas ao norte do Rio-Grande Luiz Barbalho com a gente do seu comando, e fez-se ao mar.

Era quase um sacrificio barbaro.

Luiz Barbalho assim abandonado com algumas centenas de valentes a quem o conde da Torre dera apenas ração para dois dias, ou tinha de entregar-se prisioneiro com os seus camaradas, ou atravessar o Rio-Grande, a Paraíba e Pernambuco, três capitanias sob o domínio holandês, e ainda Sergipe sem pontos de apoio e completamente exposto `as forças inimigas.

Luiz Barbalho não hesitou; preferiu a retirada quase impossível a render-se ao holandês.

Ele comandava cerca de mil soldados e alguns bravos

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capitães; falou-lhes com energia, e deu principio a retirada, saindo de um verdadeiro deserto; avançando para o sul, procurou de propósito as povoações; naquelas que não tinha guarnições holandesas acolhimento e socorros alimentícios, nas outras ocupadas pelo inimigo entrou `a força, tomou o necessário e incendiou o que não podia levar. Depois de mil trabalhos e dificuldades chegou `a Villa de Goyanna, onde os holandeses tinham 530 soldados, Barbalho atacou-os, e em furente peleja os venceu, e mandou passar `a espada os prisioneiros por não pode-los levar consigo.

Três mil holandeses divididos em três colunas saíram de Recife em perseguição a Barbalho, cuja retirada se tornou ainda mais áspera e tremenda.

O impavido mestre-de-campo viu-se forçado a marchar, fazendo grandes rodeios, a entranhar-se pelos sertões áridos e desertos, a abrir caminhos através de florestas, a transpor alguns rios engrossados pelas cheias, e outros em todo tempo mais ou menos caudalosos; as vezes urgido pela fome e pelas privações despedia partidas ligeiras em busca de alimentos; as vezes aparecendo `a descoberto oportunamente, batia-se, e forcando a recuar a coluna inimiga que de mais perto o perseguia, de novo penetrava nas matas, e iludindo com marchas falsas os holandeses, continuava a sua heróica retirada.

Por fim Luiz Barbalho chegou `a margem de S. Francisco, e passando alem dele, fez alto da parte do sul, dando descanso e alivio a seus admiráveis soldados e a não poucos imigrantes de ambos os sexos que fugindo ao jugo estrangeiro os acompanhavam.

O holandês não ousou persegui-lo alem do S. Francisco, e Luiz Barbalho depois de al-

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uns dias de repouso, prosseguiu em sua retirada, atravessou Sergipe, entrou na Bahia, e foi chegar `a cidade de S. Salvador no fim de quatro meses de marchas calculadas em mais de trezentas léguas, tendo combatido muitas vezes sempre com vantagem.

Foi este o feito talvez mais portentoso de toda a guerra holandesa.

A retirada de Luiz Barbalho mereceu o louvor insuspeito de escritores holandeses; os portugueses a compararam `a dos dez mil, e a ele chamaram o novo Xenofonte.

Pouco depois de chegar `a Bahia Luiz Barbalho é mandado de S. Salvador a desalojar os holandeses que se tinham fortificado no rio Real; atacou-os, rompeu suas fortificações, desbaratou-os e po-los em fuga depois de lhes matar mais de 300 homens.

Luiz Barbalho tinha adquirido gloriosa e fulgente fama.

Rompeu e triunfou a revolução regeneradora de Portugal. O Marquez de Montalvão, 1o. vice-rei do Brasil, aclamou D. Joao IV; mas porque dois irmãos do marquez tinham fugido para a Espanha, não querendo apoiar a causa da pátria, D. Joao desconfiou do vice-rei, e escrevendo-lhe carta autografa em que anunciava o grande acontecimento que o elevara ao trono, dizia-lhe também que adotasse a regeneração de Portugal, proclamando-o portanto no Brasil; dias depois porem faz seguir de Lisboa para a cidade de S. Salvador o padre jesuíta Francisco Vilhena, trazendo duas outras cartas, uma ao marquez, exonerando-o do cargo de vice-rei, e a segunda nomeando o bispo D. Pedro da Silva, o mestre-de-campo Luiz Barbalho Bezerra, e o procurador-mor Lourenço de Brito Correa governadores interinos do Estado do Brasil.

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Estas duas cartas deviam servir para o caso de não querer o marquez de Montalvão proclamar o rei D. Joao IV ou de hesitar em faze-lo.

O padre Vilhena chegando `a Bahia, ja achou proclamado o rei D. Joao IV; mas por leviandade, ou ma fe, conspirou para seduzir os tres governadores interinos nomeados para o caso que alias não se dera, e, fazendo entrega das cartas, levou estes a depor o marquez de Montalvão, e `a prende-lo, mandando-o depois para Portugal.

A influencia e o dolo de Vilhena embaçaram por alguns meses a gloria de Luiz Barbalho, que em 1642 foi remetido preso para Portugal.

D. Joao IV reconheceu a inocência de Luiz Barbalho vitima, não de criminosa ambição de poder; mas de confiança nas instruções e nos abusivos impulsos do padre Vilhena; e não so lhe perdoou o erro involuntário, como o nomeou governador do Rio de Janeiro em 1649. {1643}

No governo desta capitania ostentava ele toda a sua atividade, e administração zelosa e enérgica, quando faleceu a 15 de abril de 1644.

Seus restos mortais foram sepultados na capela-mor da Igreja da Companhia de Jesus.”

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13. COMENTARIOS ENVOLVENDO A FAMILIA DA CUNHA MENEZES

Aos poucos irei explicando os fatos que os dados transmitem a meu parecer.

Em primeiro lugar, desconfiei muito do inicio da biografia de dona Damiana. Uma que o governador Luiz não era muito dado `a ética e `a politica de boa vizinhança.

As biografias naquela época foram redigidas ao estilo romântico. O autor parece estar copiando o romântico Jose de Alencar, autor de “IRACEMA” e “O GUARANI”, entre outros, que, alias, viveu e escreveu entre 1829-1877.

Desconfiei do fato de que dona Damiana aparece com avô, mãe e irmão mas o pai não é anunciado. Outro detalhe curioso torna-se a menção `a beleza da menina de meses. Quantos?

Nada anormal em relação a isso. Mas crianças saudáveis são sempre bonitas, seja la qual for a origem. Acontece que quando o numero de crianças torna-se maior, o que era esperado em relação a uma população considerável, a beleza vira comum e não chama a atenção.

O que chamaria a atenção mesmo seria o nascimento de uma criança híbrida. Quando ha a hibridização se da o que comumente se chama de choque sanguíneo. Ha uma probabilidade maior de os híbridos se tornarem mais saudáveis, portanto, parecerem mais bonitos.

Associado a isso, para confirmar podem ate mesmo procurar o livro na internet e buscarem a biografia de Joao Ramalho. Ele foi o primeiro morador europeu na região de São Paulo. Acredita-se que foi naufrago.

Foi encontrado por Martim Afonso de Sousa e ajudou a esse primeiro governador geral do Brasil a fundar a primeira cidade do pais, São Vicente, em 1532. Alem disso foi o fundador de Santo Andre, com grande participação própria e de suas diversas mulheres.

Entre os indigenas não havia preconceito quanto `a poligamia. Não era uma pratica totalitária, mas era muito bem aceita. Principalmente entre os chamados maiorais.

E um estrangeiro que fosse aceito numa tribo, talvez em função da facilitação da comunicação e obtenção de vantagens para a tribo junto aos outros estrangeiros, era também preferido pelos maiorais, que lhes traziam como presente as filhas para que o “enlace matrimonial”  gerasse um parentesco. Era uma forma de garantir a manutenção da paz e prosperidade.

Os portugueses que se prestaram a ser vínculos com as tribos inclusive davam a desculpa de que eram os índios que queriam que eles tivessem mais de uma “esposa”, contrariando os mandamentos da Igreja na Europa. E foi algo que escandalizou a Anchieta e Nobrega!

Mas esses fizeram o casamento de Joao Ramalho com pelo menos uma de suas concubinas, a Bartira, filha do cacique Tibiriçá, que depois recebeu o nome de batismo de Isabel Dias, e nos brasileiros descemos quase todos do personagem e suas mulheres.

Enfim, por esses fatos, fica mais fácil crer que o Luiz soldado, não era outro senão o próprio D. Luiz da Cunha Menezes. E o inicio da versão da biografia de dona Damiana pode ser uma “conversa pra boi dormir”.

Observe-se que a publicação foi feita mais para o final do século XIX. As praticas sexuais ate ao século XVIII eram completamente diferentes no Brasil. Tudo era muito difícil, casamento era símbolo de status e as pessoas não esperavam o surgimento de um sacerdote que podia nunca vir.

A moeda corrente era o concubinato. E isso não era visto como algum defeito. Embora, quando dos registros, fizessem questão de escrever “legitimo” aos que fossem casados e registrados. Aos outros cabia um debochado “natural”.

As coisas mudaram a partir do reino da rainha Victoria, na Inglaterra. Houve a partir do reino dela um incentivo `a ortodoxia. O nobre passou a ser a completa cobertura do corpo. A obediência cega aos dogmas. E a hipocrisia de que, o que acontecia “longe dos olhos ficava longe do coração”.

Muito provavelmente sera que logo depois do governador Luiz ter se apresentado ao posto em Goiás o problema a se resolver fosse fazer a paz com a tribo. Então, era de se esperar que o maioral oferecesse a filha dele ao “maioral branco” que era solteiro.

E o “maioral branco” não poderia fazer uma desfeita ao imponente cacique. E “para o bem do povo e felicidade geral da nação”, ele também “ficou”! Mais tarde, ao saber da gravidez via algum “pombo-correio”, resolveu penetrar o desconhecido e resgatar seu sangue.

Nesse caso, não duvido da possibilidade de que dona Damiana da Cunha tenha na realidade sido filha do governador. E se o foi, poderá ter sido mãe do primeiro Joao da Cunha Menezes, que residiu em Guanhaes.

E ha a possibilidade também de este Joao ter sido o pai do senhor Jose da Cunha Menezes, que foi o pai do senhor Joao da Cunha Menezes, o que deixou descendência extensa em Virginópolis.

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14. COMO SABER SE OS DA CUNHA DESCENDEM DO LUIZ?

O bom aqui será que pode-se tirar uma prova relativamente fácil da hipótese. Uma via seria verificar se algum descente fez exame de DNA para conhecer a procedência de ancestrais. Se não tem, o exame pode ser feito.

Pronto o exame, por essa via temos duas possibilidades. Se dona Damiana foi 100% indígena, a quantidade de sangue será o dobro nos atuais descendentes caso ela tenha sido apenas 50% indígena.

Mas assim fica estabelecido que o primeiro Joao teria 50 ou 25% de sangue. O sr. Jose teria entre 12.5 e 25%. O segundo Joao entre 6.25 e 12.5%. Temos filhos do sr. Joao ainda vivos. Então, esses deverão ter a metade disso. Os netos 1/4.

Mas os netos, por descenderem de indigenas por outras vias, deverão ter pouca coisa a mais. O que deveriam ter por essa via somados a pelo menos 1 ou 2%. Se isso acontecer, a hipótese estará praticamente confirmada.

A segunda via a verificar-se seria buscar nos livros de Cartório de 1o. Oficio em Guanhaes. Ali encontrar-se-ao os registros de eleitores da vila. Esses registros continham pelo menos os nomes dos pais dos eleitores e a idade com que contavam.

Nesse caso, o nome do pai do primeiro Joao da Cunha devera ser Manoel Pereira da Cruz, o marido de dona Damiana. Não constava os nomes das mães. Elas eram consideradas secundarias. Mas o fato é que não ha como negar que a mãe seria ela mesmo.

O restante seria apenas localizar o nome da esposa do primeiro Joao Menezes para levar a genealogia completa ate ao D. Luiz. Dai para trás, melhor dizendo, para as raizes, deve estar tudo decifrado em Portugal, e nos atuais sites de genealogias portuguesas.

Obviamente tudo isso não passa de hipótese.

Quanto aos “da Cunha Menezes” de Virginópolis, pelo menos os descendentes dos casais: Joao da Cunha – Eva Nunes Coelho/Emidia Nunes Coelho e Maria da Cunha Menezes – Durval Nunes Coelho, são também descendentes do governador Luiz Barbalho Bezerra.

Os outros filhos do senhor Jose da Cunha Menezes e dona Maria Tereza Severino podem ou não ter descendência conjunta com o governador. Ao que se sabe ate agora é que os do ramo dos Barbalho são. Donas Eva, Emidia e o Durval descendiam da tia-bisavó Emigdia de Magalhães Barbalho.

Mas boa parte das outras famílias também o são porque tem ancestrais descendentes dele. Mesmo que ha muito não assinem o sobrenome.

Quanto ao sobrenome do primeiro Joao poder ter sido “da Cunha Menezes” e não “Pereira da Cruz”, como se esperaria atualmente. Ha que se lembrar que naquele tempo não havia empecilho algum de os descendentes escolherem para si sobrenomes de ancestrais mais proeminentes.

Por saber descender do governador, o primeiro Joao poderia ter adotado o “da Cunha Menezes”, que viria pelo lado materno, sem constrangimento algum. Essa ideia de preferencia pelo lado paterno somente surgiu posterior `aquela época.

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15. RELAÇÕES DE COMPADRIO NO BRASIL DO SECULO XVIII

Quanto `a questão dos batizados, eh preciso também informar-se em relação `as praticas da época. O compadrio com as pessoas que ocupavam altos cargos era imensamente buscado pelas pessoas, pois, isso significava abrir uma janela para as oportunidades.

Naquele tempo tudo girava em torno de privilégios. Sem um QI (quem indica) forte, ninguém conseguia nada na vida, a não ser aqueles que ja estavam por cima. A meritocracia funcionava de acordo com o volume das “burras”.

Por isso, eh bom dar uma olhadinha na tese abaixo. Ela descreve o compadrio em Minas Gerais. Sendo que os exemplos de padrinhos são os governadores. E um deles foi o governador da Cunha Menezes. Alias, foi o que mais aceitou afilhados.

Mas observe-se que a situação em Goiás era diferente da de Minas Gerais. Os apadrinhamentos aceitos pelo governador Luiz parece que faziam parte de uma estratégia usada por ele para fortalecer uma elite que se tornasse adversaria daquela que dominava anteriormente.

Lembremo-nos que ele estava no governo `a época em que havia muita revolta do povo da elite, inclusive a Inconfidência Mineira estava sendo gestada. A tática de dividir para enfraquecer eh estratégia mais antiga que ele. Foi por causa dela que os inconfidentes foram vencidos. A tese é essa:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-01882006000200012

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16. VOLTANDO `AS ANALISES
No caso especifico de Peçanha não ha muito o que comentar. Verifica-se a presença de pessoas que se encontram no livro do professor Dermeval Jose Pimenta: “A Mata do Peçanha, sua Historia e sua Gente”.
Alem do acréscimo de outras que podem ter gerado vínculos parentais na atualidade. Salvo engano, o senhor Manoel Netto da Silva tornou-se ancestral de alguns Coelho.
Parece-me que a nossa “em lugar de bisavó”, Melita Penha Netto, descendia dele. Ela foi a segunda esposa do bisavô Joao Rodrigues Coelho.
Não aparecem ai o senhor Cyrino Jose Barbalho e o tio Antonio Nunes Coelho. Eles surgem a partir de 1875.
De Guanhaes temos que o Jose Vaz Barbalho mais tarde transferiu-se para Sabinópolis. Não tenho ainda algo mais certo a respeito dele.
Com a ajuda do amigo Mauro Moura de Andrade pude ler os inventario e testamento do Francisco Jose Barbalho. Ai encontrei que Francisco e Jose eram irmãos.
A revelacao se faz na autorga do encargo de testamenteiros. A ordem dos nomeados foi: 1o. a esposa Quintina Barbalho; 2o. o irmão Jose Vaz Barbalho; e o 3o. o capitão Francisco Marçal Barbalho.
Infelizmente não foi revelado o grau de parentesco que havia entre eles e o trisavô Francisco Marçal. Jose e Francisco Jose eram filhos de Victoriano Jose Barbalho e dona Maria do Carmo de Macedo, e ela, `a época da abertura do inventario, estava com 90 anos.
Observe-se que também o trisavô Francisco Marçal não aparece nos dados de 1872 em Virginópolis. Deve ter se incorporado `a Paroquia mais tarde.
De Guanhaes também notei a ausência do nome do tio-tetravô Joao Coelho de Magalhães. Segundo o professor Nelson Coelho de Senna ele continuou sendo eleito para o cargo de Juiz de Paz. Faleceu em 1879. Mas ai estava ausente.
De Virginópolis ha um dado interessante por mostrar a presença do sr. Firmiano Ferreira Campos. Isso porque demonstra que ele foi o primeiro da fila de irmãos a chegar no município. Os senhores Manoel e Antonio Ferreira Campos Baguary o terão seguido.
Alem disso, constata-se as possibilidades de enganos durante a redação dos Almanaques daquela época. Firmiano aparece com o nome correto como suplente de subdelegado. Como fazendeiro recebe o nome de Firmiano Ferreira Coelho.
Como antigamente versava o ditado: “Quem não é Coelho é couve”, nos arredores de Virginópolis, os redatores o salvaram!
A lista de Virginópolis começa com dois de nossos trisavós. O pai Joao Batista pelo lado materno e o filho, Junior, pelo lado paterno.
Interessante foi que não constaram como fundadores em 1870. Na verdade, não estavam presentes na fundação da Paroquia.
E segundo a tia-avo Ruth Coelho, deixando escrito em livro próprio, eles residiam numa propriedade em território guanhanense. Mudaram-se para o povoado depois. Ela conta:
“Meu pai, Jose Batista Coelho, dizia ter vindo para Patrocínio de Guanhaes aos seis meses de idade, de onde nunca mais saiu.”
O Ze Coelho havia nascido a 05.08.1864, indo falecer a 25.09.1944. Pelos dados, eles teriam ido para a cidade em fevereiro de 1875. Mas antes disso ja eram juizes de paz local. Deve ter havido engano da tia.
Geralmente contava-se que os fundadores de Virginópolis haviam sido os senhores Felix Gomes de Brito, Jose Antonio da Fonseca, ten. Joao Batista Coelho e ten. Joaquim Nunes Coelho. Mais recentemente ouvi uma versão incluindo um certo capitão Figueiredo.
Naturalmente, ha uma diferença pequena entre os que mexeram os pauzinhos ou os papeis para registrar o acontecimento e aqueles que assinaram a ata de fundação.
Na ata deve constar todos os mencionados nos almanaques e alguns outros mais. A fundação de um arraial no qual houvesse apenas dois moradores seria distorção da realidade.
Havia o arraial. Sabe-se ate hoje onde fica a casa na qual residiu o ten. Joao Batista Coelho. Fica aproximadamente 1 km distante do local da primeira igreja. Mas, talvez, não deviam ainda residir la.
Possível será que estavam desmatando, preparando o terreno e construindo a casa. Se essas coisas não fossem postas no lugar, também não se justificava o verbo residir em termos humanos.
O Joao Junior nasceu em 1845. Portanto, estava com 17 anos de idade no ano de 1862. O pai dele, nascido em 1822, estava com 40. Com isso se demonstra a necessidade da maturidade para assumir posições ao tempo. 17 anos era uma idade ainda prematura. Mas com o pai ao lado a coisa mudava de figura!
Estranhei também não ver a presença do Joaquim Pereira do Amaral, nosso tetravô paterno, em Virginópolis. O professor Dermeval menciona um do nome que surge em 1875 com engenho de serrar madeira.
Mas, segundo ele, esse era filho de nossos pentavós Malaquias Pereira do Amaral e sua esposa Anna Maria de Jesus. Então, sendo irmão do tetravô Daniel Pereira do Amaral, que residia em Sabinópolis.
 
Mas o autor afirma que foi casado e não teve filhos. Resta-nos esperar, então, que aquele que viveu em Virginópolis e foi nosso ancestral tenha sido filho de um dos irmãos do Malaquias: Francisco, Joao ou Miguel.
 
Nesse caso, o mais provável que nosso vinculo através do ancestral Joaquim ai, embora considerado de Sabinópolis, deve ter passado pelos distritos de Rio Vermelho e Materlândia.
 
Isso porque a esposa do ancestral Joaquim chamava-se Maria Rosa dos Santos Carvalhaes. Pode ser que as famílias ainda residiam em Sabinópolis quando se casaram e se mudaram para Patrocínio.
 
Mas por certo, todos os citados no almanaque de 1872 em relação a Materlândia tem vínculos estreitos com Sabinópolis. E ali esta a presença do Miguel Pereira do Amaral, que não deve ser o irmão do Malaquias.
 
Esse nascera em 1787. Então, poderia ter sido um filho dele e, talvez, irmão do Joaquim nosso ancestral.
 
Ja em Rio Vermelho temos, alem dos Antonio e ten.-cel. Bernardino dos Santos Carvalhaes, a presença do Celestino Monteiro de Carvalho. Ele foi filho de Senhorinha Rosa de Jesus e Jose Carvalho da Fonseca, que residiam em São Pedro do Suacui.
 
Senhorinha foi filha de nossos Pentavós Antonio Borges Monteiro Junior e Maria Magdalena de Santana que fizeram parte do rol de fundadores de Sabinópolis.
 
irmã do Celestino, dona Maria Augusta Cesarina de Carvalho foi a esposa do tio, capitão Francisco Nunes Coelho. O mesmo que em Guanhaes era 1o. Juiz, subdelegado e negociante de secos.
 
Não aparece ainda como fazendeiro porque a mãe dele, Anna Pinto de Jesus, nossa pentavó com o Eusebio Nunes Coelho, ainda era viva.
 
Ele ainda foi politico dos mais respeitados e deixou uma linhagem de políticos que atuava por mais 100 anos depois daquela época.
 
Dos irmãos do Celestino, também o Maximiano Monteiro de Carvalho residiu em Rio Vermelho onde era casado, deixou filhos e era eleitor em 1865.
 
Outros três: Jose, Antonio e Manoel residiram em São Pedro do Suaçui. Obviamente, estou relembrando apenas uma das muitas famílias de nossos familiares que se instalaram na região. Imagine-se quando se desvendar as partes ocultas da nossa genealogia!!!
 
A respeito dos Alves Barroso ai presentes, são todos da família do Ary Barroso. O Sabino, por exemplo, mais tarde tornou-se deputado de muita relevância, chegando a tornar-se presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
 
Foi ele que deu o jeitinho para descolar a carreira do Ary, que era sobrinho dele. Era irmão do Joao Evangelista Barroso, o pai.
 
Tenho duvidas quanto ao farmacêutico que aparece nos dados de Guanhaes não ter o nome de Modesto Alves Barroso, ao invés de Barbosa. O Modesto Barroso deixou descendência que incorporou-se a família virginopolitana.
 
Entre os descendentes estava a dona Dinah Barroso, que foi esposa do senhor Antonio Moreira. Foram pais da Railda, esposa do tio Ozanan Barbalho e da Margarida, esposa do Lincoln Antonio Lucio.
 
Dessa miscelânea so podemos esperar mesmo mais parentesco de nossa parte com todo o circulo de cidades da região! E nos costumamos brincar que: “mesma coisa é um caminhão cheio de japoneses!” So se for em Minas Gerais!
 
PS. O Ney, meu irmão fez a observação de que os rios correntes que passam em Sabinópolis pertencem todos `a Bacia do Rio Doce. Então, esta incorreta a informação passada pelo Almanak em relação ao desaguar no Jequitinhonha.
 
A verdade passa pelo fato de que tanto o Rio Jequitinhonha quanto o Mucuri, que são os mais importantes da Região Nordeste de Minas Gerais, nascem naquelas imediações, porem, suas nascentes faziam parte do conjunto que formava o Serro e do qual Sao Sebastião dos Correntes fazia parte.
 
O nome Sabinópolis surgiu a partir do nome Sabino Alves Barroso que era ate então o filho mais ilustre da localidade. Alguns queriam que o Ary Barroso também tivesse nascido la. Mas o pai do Ary sim, nasceu la.
PS 2. Havemos de nos lembrar também que os genealogistas mais recentes afirmam que o nome do pai do Luiz Barbalho Bezerra era Guilherme Bezerra Felpa de Barbuda e não Antonio Barbalho Felpa de Barbuda como esta na biografia de 1876.
 
O sobrenome Barbalho Bezerra nasceu a partir da combinação com o sobrenome materno que procedeu de Camilla Barbalho.
 
Guilherme era filho de Antonio, com o mesmo sobrenome, que era filho do casal Antonio Martins Bezerra e Maria Martins Bezerra. Procedia de Ponte de Lima. Antonio e Maria tiveram também o filho Domingos Bezerra Felpa de Barbuda, nascido em Viana do Lima em 1524, e muitos outros.
 
Esse ramo da familia transferiu-se para o Brasil, levado pelo primeiro donatário da Capitania de Pernambuco, Duarte Coelho.
 
Isso explica a alta frequência do sobrenome Bezerra, e também Barbalho, junto `a população nordestina. Alem destes aparecem os Araújo, Andrade, Monteiro, Tavares, Mendonça, Furtado, Carneiro e outros na formação do ramo que se dirigiu para o Rio de Janeiro e posteriormente para Minas e o Sul do pais.
 
O nome Guilherme para o pai do Luiz Barbalho parece comprovar-se pelo fato de o primeiro filho ter-se chamado também Guilherme.

 

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012. A FAMILIA DE MANUEL RODRIGUES COELHO EM RESUMO.

INDICE:

01. O TRONCO

02. BUSCANDO INDICIOS DO MANUEL RODRIGUES COELHO

03. MANOEL RODRIGUES COELHO EM JARDINS DE ANGICOS-RN

04. CONTATO COM O AUTOR JOAO EVANGELISTA ROMAO

05. MANUEL RODRIGUES COELHO DA FARMACIA

06. UMA NOVIDADE A RESPEITO DO MANUEL RODRIGUES COELHO

07. MANOEL RODRIGUES COELHO NO FINAL DO SECULO XVIII

08. INFORMACOES VINDAS DO PROFESSOR NELSON

09. “PROJETO COMPARTILHAR”: PEDRO XAVIER E LUIZA BICUDA

10. MANOEL RODRIGUES COIMBRA E MARIA JOSE FERNANDES

11. ANTONIO MUNIZ BARBOSA E CLARA MARIA DE JESUS

12. SEQUENCIA DA HISTORIA DE FAMILIA

13. MAIS EVIDENCIAS NOS MAPAS

14. UM POUCO MAIS DE MANOEL RODRIGUES COELHO

15. BENTO RODRIGUES COELHO EM MINAS GERAIS

16. LOURENCO COELHO DE MAGALHAES

17. MANOEL COELHO RODRIGUES

 

012. A FAMILIA DE MANUEL RODRIGUES COELHO EM RESUMO.

 

01. O TRONCO

De acordo com os genealogistas mais antigos na família, o ramo Coelho formou-se a partir de pessoas presentes ao início do Ciclo do Ouro em Minas Gerais. E deles temos que o tronco que encontraram era formado por:

01. Maria Rodrigues de Magalhães Barbalho c.c. Giuseppe Nicatisi da Rocha, e foram pais de:

02. Eugenia Rodrigues da Rocha c.c. Alferes-de-Milicias Jose Coelho de Magalhães, e foram pais de:

03. Capitão Jose Coelho da Rocha c.c. Luiza Maria do Espirito Santo.

01. A sugestão do primeiro casal aparece em edição mais recente do livro “A Mata do Pecanha, sua Historia e sua Gente” do professor Dermeval Jose Pimenta.

Não pude ir alem, porem, encontrei no site Familysearch que mostra o registro de:

“Maria, batizada a 26.Jul.1750. Filha de Estevão Rodrigues de Magalhães e Anna Maria da Conceição.”

Caso Anna Maria tenha sido oriunda da Família Barbalho podemos ter ai a sequencia exata para o sobrenome da batizanda Maria. Ela pode ter adotado o nome e ter-se tornado nossa ancestral.

O registro procede da cidade de Ouro Branco. Ha também o registro de Manoel, a 25 Feb 1752. Alem do casamento de Rosa Maria da Conceição, em Itatiaia-RJ, a 02 Sep 1795.

02. O Alferes-de-Milicias Jose Coelho de Magalhães foi dito ser português, que havia chegado ao Brasil acompanhando a seu pai, o também português, Manuel Rodrigues Coelho.

A informação procede do professor Nelson Coelho de Senna. Mas, ao modo do professor Dermeval, não nos fornece documentação que confirme tais afirmações. Acredito que o professor Senna baseou-se em tradições de família.

03. Luiza Maria do Espirito Santo foi filha de Antonio Jose Moniz e Manuela do Espirito Santo. Foi dito que ela nasceu em Conceição do Mato Dentro, onde se casou e teve os primeiros filhos.

Mais tarde a familia mudou-se da Fazenda Lapinha, ainda em território da Cidade de Conceição, para onde haviam fundado o Arraial de São Miguel e Almas, que se tornou o atual Município de Guanhaes-MG.

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02. BUSCANDO INDICIOS DO MANUEL RODRIGUES COELHO

Aproveitando que estava revisando as literaturas para encontrar algo a respeito de nossos ancestrais Barbosa, resolvi estender um pouco a busca por esse nosso mencionado ancestral, Manuel Rodrigues Coelho.

Mencionado primeiramente pelo também, suposto, descendente dele, professor Nelson Coelho de Senna, em 1939, em sua obra: “Algumas Notas Genealógicas”.

Segundo o professor de Senna, seria o mesmo senhor que recebeu uma sesmaria do governador da Província de Minas Gerais, o general Gomes Freire de Andrade, em dezembro de 1744.

Mas eu não havia ate agora encontrado menções a esse elusivo Manuel senão num processo em Ouro Preto por disputa de direitos econômicos, na mencionada sesmaria e no site do IBGE a respeito da Cidade de Congonhas do Campo:

https://cidades.ibge.gov.br/painel/historico.php?codmun=311800

Nesse ultimo menciona-se que: “Contribuíram com grandes quantias Francisco de Lima; Manuel Rodrigues Coelho, Bernardo Pires da Silva, de modo que se começou ….”

Ja no site da prefeitura de Congonhas ha uma menção que atravessa a informação do IBGE. Veja-se no endereço:

http://mg.gov.br/conteudo/conheca-minas/turismo/igreja-do-senhor-bom-jesus-de-matosinhos

Ai se fala no quarto parágrafo a respeito do Santuário do Bom Jesus de Matozinhos:

“O interior traz decoração rica e graciosa do período rococó da arte mineira. Entre 1765 e 1769, o entalhador Jeronimo Felix Teixeira fez os retábulos do cruzeiro, concluídos em 1772 por Manuel Rodrigues Coelho. A pintura e douramento são de autoria dos pintores Joao Carvalhais (altar de Santo Antonio) e Bernardo Pires da Silva (altar de São Francisco de Paula). O retábulo-mor foi entalhado por Joao Antunes de Carvalho, simultaneamente `a execução do respectivo altar, entre os anos de 1769 e 1775.”

Ou seja, pode ser que tenhamos ai um parente artista e não milionário. O que ate pode estar ai a verdade, pois, o Manuel deve ter sido ajudante do Jeronimo Felix Teixeira, o que pode indicar que esse tenha sido sogro daquele, o que explicaria os sobrenomes Coelho Teixeira ter se formado também dessa associação.

Observe-se que alem da presença de nossa família nos primórdios da fundação de Guanhaes estavam presentes também os Carvalho, Carvalhais e Teixeira. Talvez seja apenas uma coincidência, devido `a grande frequências desses sobrenomes em descendentes portugueses.

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03. MANOEL RODRIGUES COELHO EM JARDIM DE ANGICOS-RN

Outro Manoel Rodrigues Coelho aparece como povoador no Rio Grande do Norte. O livro, possível ler em parte no Google Livros: “Alem dos Jardins: Historia e Genealogia de Jardim de Angicos/RN” de autoria de Joao Evangelista Romão, traz:

“Referem-se os primeiros registros encontrados nos livros de sesmarias, no pós-guerra, que em 1709, Manoel Rodrigues Coelho possuía três léguas de terras no Taipu pelo rio Ceara-Mirim acima. No ano seguinte, seu irmão Francisco Rodrigues Coelho e Mauricio Brochado Ribeiro requeriam a data de No. 85, concedida a 10 de fevereiro de 1710.”

Se não pela presteza da informação para a nossa genealogia, pelo menos fica registrado que o nome Mano(u)el Rodrigues Coelho tornou-se comum `a época.

Aqui também se verifica a presença do sobrenome Ribeiro, que pode dar-nos uma evidência, pois, assinantes do sobrenome Coelho Ribeiro são chamados de nossos parentes pelo professor Nelson Coelho de Senna.

Ele narra em seu livro: “5o. Dona EMILIA BRASILINA COELHO DA ROCHA (minha avo materna, casada com o tenente JOSE COELHO DA ROCHA RIBEIRO, seo primo, ficando o casal desses meus avos maternos os nove filhos mais adiante enumerados); …”

Não creio que aquele Manoel tenha sido nosso ancestral porque ha uma menção a ele ter solicitado cargos em 1749, no RN. O nosso possível ancestral ganhou sesmaria em Minas Gerais, em dezembro de 1744.

Mas não se pode descartar a possibilidade de o primeiro ter sido pai de algum que tivesse ido para Minas Gerais no auge do Ciclo do Ouro.

Observe-se que a Guerra dos Emboabas deu-se entre 1707 e 1709. Então, foi nomeado para apaziguar os ânimos o governador Antonio de Albuquerque Coelho de Carvalho.

Esse era filho do nobre Antonio de Albuquerque de Carvalho e Ines Maria Coelho. Nasceu no Maranhão, sendo que o pai era português.Havia sido governador do Grão-Para e do Maranhão.

E, pelo sobrenome Coelho, não se pode descartar a possibilidade de ter sido aparentado do Manoel Rodrigues Coelho, `a sua época povoando Jardim de Angicos-RN, o que facilitaria convidar parentes para ajuda-lo na tarefa de pacificar Minas Gerais.

Infelizmente, o que o Google Livros expõe do livro vai ate `a pagina 109, quando ainda não entra na parte genealógica. Assim não pude conferir mais detalhes que poderiam esclarecer nossa genealogia, caso haja vinculo entre nos e os de Jardins de Angicos.

Havemos de nos lembrar que Bento Rodrigues Coelho filho de Amaro Rodrigues Coelho estava em Minas Gerais por volta daqueles inícios de povoação europeia do Estado.

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04. CONTATO COM O AUTOR JOAO EVANGELISTA ROMAO

Fiz contato com o autor do livro acima mencionado. Pronta e gentilmente respondeu-me. Copio parte de sua resposta:

“Com relação a Manoel Rodrigues Coelho, não tenho sua nacionalidade. O que tenho, resumo:

Nas duas primeiras décadas de 1700, Manuel Rodrigues Coelho e seu irmão Francisco Rodrigues Coelho requereram e obtiveram três sesmarias em nossa região, no Rio Grande do Norte, começando no atual município Taipu, acompanhando o Rio Ceara-mirim, englobando terras atuais dos Poço Branco, Bento Fernandes, Jardim de Angicos e Caiçara do Rio do Vento.

Em 1724, Manoel Coelho vende parte de suas terras a Jose Pinheiro Teixeira e foi embora para a Capitania do Ceará. O restante das terras ficaram com seus descendentes entrelaçados principalmente aos Pinheiro Teixeira.

Casado com Izabel de Barros, entre seus filhos aparece Ana, batizada em 21 de outubro de 1691, Francisco Rodrigues Coelho batizado em 23 de agosto de 1697, Manoel Rodrigues Coelho batizado em 23 de abril de 1705 e também Maria Conceição de Barros que casou com Francisco Pinheiro Teixeira.”

Então, some-se mais esse Manoel Rodrigues Coelho, nascido em 1705, ao nosso rol de possibilidades. Caso ele tenha migrado para Minas Gerais por volta de seus 30 anos de idade, poderia encaixar-se em lugar do capitão-comandante de Lagoa Dourada, ou do escultor de fama.

Não se pode exclui-lo de ser o Manuel milionario que o professor Nelson identificou como português. As outras menções a esse não comentam a respeito de sua naturalidade, exceto aquelas feitas pelo professor Nelson que o da por português.

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05. MANUEL RODRIGUES COELHO DA FARMACIA

Para colorir um pouco mais a nossa variedade de Manuéis, menciono mais um da raça. Não porque o tenho por certo como possível colonizador em Minas Gerais. Mas porque também ele poderia ter tido algum filho que o tenha feito.

Trata-se do boticario Manuel Rodrigues Coelho. Apesar de ter sido boticário da corte, segundo o trabalho abaixo, “visava ter seu trabalho autorizado pelo governo, o que não conseguiu.” (`as paginas 13 para 14).

Tratava-se do trabalho: “Farmacia Tubalense Química Galenica, Teoria e Pratica.” Esse Manuel era natural de Setubal, dai o nome do livro.

Não estou encontrando maiores informações a respeito da vida dele via internet. O livro foi publicado em Coimbra, em 1735.

Seria uma grande oportunidade perdida se ele não tivesse pelo menos feito uma visita ao Brasil, pois, a farmacologia estava em seus inícios. As opções medicamentosas ainda eram parcas.

E alem da flora variada a ser estudada, haviam ja conhecimentos adquiridos dos indígenas que requeriam catalogação e confirmação.

Mas é possível que uma tentativa nesse gênero não fosse benvinda em Portugal, que possuía um governo altamente preconceituoso, ignorante e monopolista.

Os pesquisadores de países europeus mais desenvolvidos acabaram tirando proveito dessa falha dos portugueses, quando foram convidados a ir ao Brasil a partir da ida da corte portuguesa, em 1808, para la.

A postagem que mencionei acima esta no endereço da Universidade Cândido Mendes:

http://www.avm.edu.br/docpdf/monografias_publicadas/K204126.pdf

Nesse outro estudo abaixo menciona-se muitas vezes o nome do autor da Farmacopeia Tubalense. Porem, por causa do estudo referir-se exatamente a respeito das publicações do autor. Ai se afirma que apenas 1 dos minerais usados como fármaco `a época procedia do Brasil. Portanto, não se justifica uma viagem ao pais.

http://www.encontro2014.rj.anpuh.org/resources/anais/28/1400252072_ARQUIVO_ANPUH2014.pdf

Resta, então, a possibilidade de algum filho do farmacêutico Manuel Rodrigues Coelho ter tido a premissa de tornar-se um dos colonizadores.

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06. UMA NOVIDADE A RESPEITO DO MANUEL RODRIGUES COELHO

E no “Projeto Resgate” da “Rede Memória”, “Arquivo Histórico Ultramarino”, “Minas Gerais (1680-1832)”, ha essa confirmação, embora não tenha podido ler o documento, mas sim a descrição:

“Requerimento de Manuel Rodrigues Coelho, solicitando a confirmação de sesmaria de meia légua de terra em quadra, na freguesia de Cachoeira, no Termo de Vila Rica. – Anexo: Em anexo: 1 carta; 1 bilhete.”

“Data: A761, julho, 7.”

Tal requerimento deve referir-se a outra sesmaria com mesmas medidas que não a do Inficcionado. O professor Nelson de Senna menciona uma datada de 1758. Como aqui parece que a data é do ano de 1761, a confirmação desejada devera ser a dela.

Coincidência ou não, encontramos a família Rodrigues Coelho requerendo mais tarde uma concessão de sesmarias na Freguesia de Itabira, em 21.01.1779, para a FAZENDA CACHOEIRA. Assim a primeira, de 1758, estava no Município de Cachoeira do Campo, então freguesia de Vila Rica.

O Arquivo Publico Mineiro dispõe do registro da segunda:

http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/modules/cc/brtacervo.php?cid=8227

Recordo que houve um Antonio Rodrigues Coelho cujos inventários se encontram em Ouro Preto, junto com os do seu filho Jose Antonio Rodrigues Coelho, nos quais se menciona a presença do segundo em Itabira.

Esses detalhes poderão ajudar-nos em futuros aprofundamentos das pesquisas.

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07. MANOEL RODRIGUES COELHO NO FINAL DO SECULO XVIII

No Arquivo Publico Mineiro existe o catalogo de dois documentos que mencionam o capitão comandante Manoel Rodrigues Coelho. Importante notar que o local indicado no fichário chama-se Lagoa Dourada. Abra-se para ver:

http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/modules/cc/brtacervo.php?cid=10579

A data 10.07.1784, associada ao local, parece indicar ser a mesma pessoa que aparece batizando uma criança: Maria, neta de Pedro Xavier, também em Lagoa Dourada. Dados mais abaixo.

O segundo documento, importante, tem endereço em Prados-MG. Lagoa Dourada era freguesia de Prados. Verifique-se no endereço:

http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/modules/cc/brtacervo.php?cid=9993

Importante confirmar-se que esse capitão comandante Manoel Rodrigues Coelho que não parece ser o mesmo rico senhor português Manuel Rodrigues Coelho e também não deve ser o escultor de mesmo nome. Então, nossa sorte conta ai com 3 ou mais chances!

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08. INFORMACOES VINDAS DO PROFESSOR NELSON

Mas as novidades mesmo são outras. Primeiramente, ha que deixar claro que o professor Nelson não nos deu nenhuma informação precisa para a origem do alegado ancestral Manuel Rodrigues Coelho.

Na descrição do livro dele menciona a Freguesia de Cete, atual Vila, como local de origem do sobrenome Coelho. O que não se confere. O sobrenome vem desde os idos de 1180 aproximadamente, com o cavaleiro Soeiro Viegas Coelho, que o passou aos descendentes.

Ja ao final dos anos 1300 e inicio dos 1400 estabelece-se o senhorio dos Coelho, descendentes do Soeiro, em Felgueiras e Vieira. Desde então eles passam `as diversas regiões de Portugal e alem mar.

Quem quiser conferir um pouco dessa genealogia pode visitar a pagina. Fernão Coelho foi o primeiro senhor de Felgueiras e Vieira.

http://pagfam.geneall.net/1180/pessoas.php?id=1044951

Naturalmente, o sobrenome não estava restrito a ele. Deve ter sido apenas o Coelho mais graúdo `a sua época. Interessante é que a esposa dele, Catarina de Freitas, foi quem acrescentou mais ascendências nas casas reais europeias ao ramo por eles encabeçado.

Entre os primeiros povoadores das Ilhas dos Açores ja se encontram os Coelho. O Joao Coelho, por exemplo, recebeu o apelido de “o povoador”.

Possivelmente, iremos descender deste, via os Coelho Linhares e Coelho da Silveira que 300 anos depois da colonização das ilhas estavam se mudando para o Brasil, especialmente Minas Gerais. Ali os encontramos ja no século XIX, em Itabira/Santa Barbara.

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09. “PROJETO COMPARTILHAR”: PEDRO XAVIER E LUIZA BICUDA

Porem, a Historia aqui é outra. Trata-se do site chamado “Projeto Compartilhar”. Os administradores tem feito um excelente trabalho ao desvendar dados genealógicos dos primeiros moradores das partes mais ao Sul do Estado de Minas Gerais.

Ali encontrei os primórdios da descendência de Pedro Xavier e Luzia Bicuda de Alvarenga. Ele, dito natural da França; e ela de Taubaté. Eles tiveram filhas em Guaratinguetá. As 4 filhas do casal casaram-se e tiveram família em Prados, Sul de Minas.

Um detalhe foi que a filha Izabel Bicuda de Alvarenga, casada com Sebastião Pereira de Avila, natural do Rio de Janeiro, teve filhos no distrito de Lagoa Dourada, hoje cidade. E ali esta escrito no batizado da filha Maria:

“3.2 Prados – MG – aos 28-10-1748 na capela da Lagoa Dourada filial desta matriz bat. a Maria, f.l. de Sebastião Pereira Davila e de s/m Izabel Bicuda, fregueses desta dita matriz e foram padrinhos Manoel Rodrigues Coelho, solteiro e Catarina Pereira mulher de Joao da Silva, todos desta dita freguesia.”

Aqui temos algo interessante, o fato do padrinho chamar-se Manoel Rodrigues Coelho e ser solteiro. Mas desde que vi os estudos de época no tese de doutorado:

http://www.ufjf.br/ppghistoria/files/2015/08/VERSÃO-FINAL-CRISTIANO-OLIVEIRA-DE-SOUSA.pdf

do professor Cristiano Oliveira de Sousa, constatei que não eram raros os homens ricos que viviam solteiros, embora isso não os impedisse de manter relações estáveis e produzir descendência.

Em quadros dessa tese encontram-se menções ao nome de nosso ancestral Francisco Jose Barbosa Fruão ou Truão. Ele foi membro da Ordem Terceira de São Francisco de Assis de Vila Rica.

Mais ao final da vida dele deve ter transferido residência para Congonhas do Campo onde encontramos sua filha Francisca Angelica da Encarnação casando-se com nosso também ancestral, o açoriano Miguel Pereira do Amaral, natural da Ilha de São Miguel.

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10. MANOEL RODRIGUES COIMBRA E MARIA JOSE FERNANDES

Mas ate ai não se pode afirmar nada. Existe outro tratado genealógico que chamou-me a atenção. Trata-se de Manoel Rodrigues Coimbra e sua esposa Maria Jose Fernandes.

Ele foi natural São Martinho da Arvore de Coimbra. Maria Jose era natural de Guaratinguetá. E os primeiros filhos nasceram na terra materna. Tiveram 7 filhos: Maria Jose, Domingos, Antonio, Ana Maria, Felicia, Jose e Joaquim.

Nada anormal. Apenas gostaria de postar aqui os dados de batismo do Jose:

“Prados, MG aos 26-09-1740 na capela de Santo Antonio da Lagoa Dourada bat. a Jose, f.l. de Manoel Rodrigues Coimbra e de s/m Maria Jose desta freguesia, foram padrinhos o Revdo. Padre Antonio de Medeiros, e Maria Pereira, mulher de Manoel Pacheco Barrosas desta freguesia.”

Os detalhes aqui são diversos. Os dados prosseguem com descendência de apenas 2 filhas, Maria Jose e Ana Maria. Com isso ha o problema de não revelar-se outros sobrenomes que andavam pela família.

Salve-se apenas que o Pereira aparece na filha Maria Jose. Muito possivelmente, ele vem por via paterna da Maria Jose Fernandes. Era comum as mulheres receberem somente os sobrenomes maternos. Nesse caso, a Maria Jose filha, e madrinha de seu irmão Jose, deve ter adotado o sobrenome do avô materno.

Um detalhe interessante foi que o casal  Manoel Rodrigues Coimbra e Maria Jose Fernandes ja devia ser de meia idade. Isso porque a filha Maria Jose casou-se em 1737 e os irmãos dela Jose e Joaquim eram mais novos que o filho dela, Manoel Pacheco Monteiro, nascido em 1738.

Acredito que o Manoel Rodrigues Coimbra poderia chamar-se na realidade Manuel Rodrigues Coelho.

A explicação para a possibilidade é a de que era muito comum aos portugueses chegados ao Brasil adotarem os nomes de seus torrões natais como sobrenome. E muitos usavam mais de um sobrenome, conforme cada caso, ou por engano dos escrivães que nem sempre eram tão letrados quanto deveriam.

Se essa hipotese puder ser comprovada verdadeira, poderá ser esse Manuel Rodrigues Coimbra fosse o verdadeiro Manuel Rodrigues Coelho, pai do nosso pentavô Jose Coelho de Magalhães, e ai estaria o registro de batismo deste.

Observe-se que o marido da Maria Jose, filha, chamava-se Manoel Pacheco Barrosas, “natural da freguesia de Santo Estevão de Barrosas termo de Guimaraes Arc. de Braga.” Como o Coimbra, acredito que o Barrosas foi um acréscimo para distinção.

A possibilidade da mudança do sobrenome conta com a presença do outro Manoel Rodrigues Coelho. Muito provavelmente eles eram aparentados próximos e um pode ter sido chamado de Coimbra apenas para distinguir-se do outro. Mas o escrivão pode não ter atentado para esse detalhe.

Isso se daria em razão da frequência de mesmo nome ser elevada naquela época. Mesmo mais recente temos o exemplo do senhor Antonio Ferreira Campos, o qual o juiz do Serro acrescentou-lhe Baguari ao nome para distingui-lo dos muitos homônimos que existiam.

Claro, por que o professor Nelson contou outra Historia? Muito provavelmente, se a hipótese estiver correta, ele deve ter encontrado algum documento informando apenas o nome do pai do Jose.

Ai fica a situação. Onde estava esse Manuel Rodrigues Coelho? O professor Nelson não possuía sequer um milésimo da tecnologia que temos hoje. Ele faleceu em 02 de junho de 1952.

Por mais extensa que tenha sido a pesquisa dele, deve ter encontrado somente

menções ao rico senhor do nome. Era natural que concluísse aquele ser nosso ancestral.

E, então, ficamos nesse beco que o escolhido nos oferece resposta ao nome do pai, mas não encontramos mais documentos, por hora, que nos confirme ou negue a real paternidade.

Pelo menos fica-se sabendo que os sobrenomes Rodrigues e Coelho estavam presentes no mesmo local, Lagoa Dourada.

Falta-nos, então, localizar mais detalhes de ancestrais dessas pessoas ou da possível esposa ou companheira do capitão comandante Manoel Rodrigues Coelho para explicar-se o nome Magalhães no Jose Coelho de Magalhães, nosso ancestral.

O certo é que o Magalhães era e permanece tão comum entre a descendência portuguesa que difícil será buscar 3 ou mais gerações de nossos ancestrais e não encontra-lo na mistura.

No proprio Projeto Compartilhar ha dados de descendência de alguém com o nome Caetano Alves de Magalhães e Araújo. Viveu nos arredores de Congonhas do Campo. Ele, entre outros diversos exemplos de assinantes, como Bento Pinto de Magalhães, que viveram ou deixaram descendência em cidades próximas a Prados.

Fiz a menção apenas para salientar o fato de o professor Nelson ter deixado escrito que os bisavós dele: Joao Coelho de Magalhães e Bebiana Lourença de Araújo eram primos carnais. Talvez algum parente do Caetano tenha nos legado tanto o Magalhães, quanto passado o Araújo para o ramo do tio Joao.

Mas o que chamou-me a atenção também para levantar a hipótese de que o Jose, filho do Manoel Rodrigues Coimbra, possa ter sido nosso ancestral esta no fato da data de nascimento ter-se dado em 1740.

Penso essa ser uma data razoável. Isso porque segundo noticias do professor Senna ele foi casado duas vezes e faleceu em 1806. Ou seja, 66 anos de idade para a época ja era praticamente uma benção. A media estava muito abaixo disso.

O nosso ancestral Jose Coelho da Rocha nasceu em 1782 e faleceu em 1844, ou seja, aos 62 anos de idade. Apesar de seu irmão Joao Coelho de Magalhães ter vivido bons 94 anos de vida, de 1785 a 1879.

Para ter sido filho do português Manuel Rodrigues Coelho e também ser português de origem como o professor Nelson alegou a respeito do Jose Coelho de Magalhães, ele devera ter nascido antes de 1740. Isso porque em 1744 ja estariam no Brasil como demonstra a data da primeira carta de sesmaria.

O Alferes-de-Milicias Jose Coelho de Magalhães pode ter nascido ate por volta de 1730 e, nesse caso, falecido com 76 anos de idade.

Portanto, o rol de datas que temos em mãos não nos permite eliminar nenhuma possibilidade por enquanto.

Evidencia menor, por causa da alta frequência do nome `a época, foi haver uma filha do Manoel e Maria Jose Fernandes chamada Ana Maria. O Jose Coelho da Rocha também foi pai de uma Ana Maria (Sinh’Aninha).

O nome era muito comum mas a soma das pequenas evidencias é que sustenta a possibilidade!

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11. ANTONIO MUNIZ BARBOSA E CLARA MARIA DE JESUS

Ha algum tempo atras eu havia localizado outro núcleo de família no Projeto Compartilhar que parece coincidir com nossa parentela, com entroncamento na linhagem Rodrigues Coelho. Trata-se de Antonio Muniz Barbosa. Na descrição temos:

“Antonio Muniz Barbosa, nasceu na primeira metade do século XVIII na freguesia de São Pedro da Ilha de São Miguel, filho de Manoel Vieira Muniz, natural da freguesia de N. Sa. das Neves, e Apologia de Albernaz, natural da freguesia de S. Roque Ilha de S. Miguel, Bispado de Angra.”

“Aos 04-03-1753 casou com Clara Maria de Jesus, natural de Barbacena, filha de Francisco Mis [Martins], da freguesia de S. Pedro de Oliveira, Arc. de Braga e Ana Maria de Jesus natural da Ilha Terceira. Em Barbacena batizaram filhos.”

Por coincidência o casal consagrou o enlace matrimonial em Prados antes de se mudar para Barbacena. Ali lhes nasceu o filho Antonio, batizado em 03.07.1758.

Ao que se pode ver na pagina do Projeto Compartilhar, o sobrenome varia de Moniz para Muniz, o que se pode atribuir aos enganos dos escrivães.

Antonio não comparece no inventario paterno. Não se pode dizer com certeza a razão disso. O mais provável seria que fosse falecido antes do pai. Mas também pode haver outra explicação em conta.

Como se pode observar, o inventariante, Antonio Felisberto Costa, e genro do Antonio Muniz alega não saber sequer o nome da sogra; e da o sogro por nascido no Rio de Janeiro.

Outro detalhe é o que se alega de herança não parecer ser de maior importância. Alem de o inventario ter sido aberto em Baependi, que fica ao lado de Caxambu, bem no Sul de Minas e distante das áreas mais centrais do Estado.

Alem disso, se Antonio estivesse vivo em 1786, estaria com 28 anos de idade. Como o pai não era rico devia ter procurado meio próprio de vida e poderia estar vivendo em qualquer outro lugar do antigo Império Português.

Isso abre oportunidade para reavivarmos a teoria de que esse Antonio poderia ser o Antonio Jose Moniz, nosso ancestral pentavô, marido de Manoela do Espirito Santo, os pais de Luiza Maria do Espirito Santo.

Luiza foi a esposa do Jose Coelho da Rocha, filho do alferes-de-milicias Jose Coelho de Magalhães, o suposto filho do Manuel Rodrigues Coelho.

Observe-se que em torno de 1750, os mais velhos viviam na região de Prados-MG. Algo que leva a concluir que ja havia conhecimento entre eles e, com boa chance de ter acontecido, haver grau de parentesco envolvido.

Uma evidencia que reforça minha hipótese de conhecimento prévio trata-se do nome de dona Clara Maria de Jesus. Era um nome comumente adotado pelas mulheres daquele tempo. Portanto, não necessitava o exemplo de uma primeira para que outras copiassem.

Mas seria uma feliz coincidencia se, por exemplo, o Antonio Barbosa ter se casado com uma, se acaso foi o filho deles que foi para Conceição do Mato Dentro, esse filho teve uma filha casada com o Jose Coelho da Rocha que tinha uma irmã cujo nome também era Clara Maria de Jesus.

Ou seja, a evidencia indica uma maior possibilidade de que os membros das famílias ja se conheciam.

Se estava vivo, outras razões para o ancestral Antonio Jose Moniz não ter comparecido `a abertura dos inventários do suposto pai incluiriam ele poder ter ganho algo como forma de adiantamento. O pai poderia te-lo ajudado a formar sua própria tropa e isso seria combinado como herança.

Claro, seria fato marcante também a distancia entre Santana do Riacho ou Conceição do Mato Dentro e Baependi/Caxambu. Atualmente essa distancia gira em torno de 500 km, em estrada asfaltada.

Seria um mês inteiro de viagem, ida e volta. Alem disso numa direção que não fazia parte do circuito de tropas que normalmente partiam do Centro-Nordeste de Minas Gerais e seguiam em direção ao Rio de Janeiro.

Uma viagem que não teria valor para ele ja que não iria rever nenhum dos pais, ja que ambos estavam falecidos. E pode ser que tivesse perdido o afeto da família antes mesmo do falecimento da mãe.

Outro detalhe seria que as noticias sempre chegariam dias ou meses após aos acontecimentos.

Aqui se abre outra oportunidade de termos parentesco com essa família. Isso porque a mãe da dona Clara Maria chamava-se Ana Maria e procedia da Ilha Terceira, nos Açores.

O nosso ancestral Miguel Pereira do Amaral procedia da Ilha de São Miguel. A sogra dele, esposa do Francisco Jose Barbosa Fruão chamava-se Anna Maria de Jesus.

O filho do Miguel e Francisca Angelica, Malaquias Pereira do Amaral casou-se com outra Ana Maria de Jesus, natural de Congonhas do Campo e filha de Antonio Coelho de Almeida e s/m Ana Maria de Jesus.

Ou seja, não se deve dar grande credito `a possibilidade de parentesco em função do nome porque ele era muitíssimo comum. Mas isso faz uma pequena soma quando de trata de analise de evidencias possíveis.

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12. SEQUENCIA DA HISTORIA DE FAMILIA

Nos encontramos tanto o Jose Coelho de Magalhães quanto o Antonio Jose Moniz residindo na região de Conceição do Mato Dentro ao final do século XVIII e inicio do século XIX. Razão mais provável pela qual os filhos nasceram, se conheceram e casaram entre si.

O professor Nelson Coelho de Senna centra a família Coelho na Fazendo Axupe, antigamente incluída por ele no território do atual Município de Morro do Pilar. Mas na internet encontrei apenas uma fazenda com tal nome, no Município de Conceição do Mato Dentro. Confira a foto:

https://www.panoramio.com/photo/2352337

Alega-se também que Jose Coelho da Rocha e Maria Luiza moraram na Fazenda da Lapinha, território de Conceição do Mato Dentro. Contudo, com as divisões territoriais, essa propriedade enorme pertence `a vizinha Santana do Riacho, onde se encontra a Serra da Lapinha.

O que faz pensar é que `a medida que o ouro foi se esgotando, o que deve ter acontecido ja na primeira metade do século XVIII nas partes mais ao Sul do Estado de Minas, a população excedente preferiu migrar para os espaços mais vazios do Nordeste de Minas, em torno de sua, então, capital: Vila do Principe, a atual Serro.

O esgotamento precoce dos veios de ouro ao Sul deve ter acontecido por estar mais perto dos centros mais desenvolvidos como: São Vicente, Rio de Janeiro e São Paulo, e ter recebido maior quantidade de migrantes. O ouro pode ter se esgotado mas não a vontade de ficar rico aceleradamente.

Por enquanto, essas hipóteses que levanto procedem dos fatos que tenho em mãos. Mas para nega-las ou confirma-las basta-nos encontrar inventários dos personagens Manuel Rodrigues Coelho, que comprovaria ou negaria ter sido o pai do Jose Coelho de Magalhães. Mas dele não tenho o destino final.

Ja o professor Nelson alegou que o Alferes-de-Milicias Jose Coelho faleceu em Conceição do Mato Dentro, em 1806. Portanto, seus inventários e testamento, se houve, devem estar sob a custaria do Museu General Carneiro, no Serro.

Ali também, penso, deveriam estar os do Antonio Jose Moniz. Se os houverem, talvez tenhamos como jogar uma luz definitiva em nossa ancestralidade por essas linhagens que temos noticias de que chegaram ate a nos.

Quanto ao professor Nelson ter alegado que tanto o Manuel Rodrigues Coelho quanto o Jose Coelho de Magalhães tivessem sido portugueses ha que considerar-se ser uma tradição que pode não se confirmar.

Apenas relembrando, havia a tradição na família Barbalho de que o patriarca Policarpo procedia do Nordeste do Brasil e que teria tido dois irmãos, sendo que um havia retornado e outro migrado para o Rio Grande do Sul.

Agora ja sabemos que o Policarpo era mineiro de pai, mãe. E os ancestrais que procederam do Nordeste, muito provavelmente, remontam ao governador Luiz Barbalho Bezerra, pernambucano, que governou o Rio de Janeiro em 1643-4.

Da linhagem, sabemos que outro Policarpo Joseph Barbalho foi cirurgião-mor na Vila de Porto Alegre, onde faleceu em 1801, aos 66 anos de idade. Era também, mineiro, nascido na Vila do Principe, atual Serro.

Falta-nos saber se teve outros irmãos alem da Isidora Maria da Encarnação. Essa, talvez, tenha sido a irmã que permaneceu e, talvez também, tenha sido a avo do patriarca Policarpo. Então, devemos sim dar credito `as tradições, porem, com reservas!

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13. MAIS EVIDENCIAS NOS MAPAS

Tomando Congonhas do Campo como um centro regional, em torno da qual pode ser que tenha se formado nossa família, observa-se que as cidades mencionadas estão relativamente próximas entre si.

O mapa no endereço abaixo mostra bem os possíveis itinerários. E praticamente mostra o que Minas Gerais foi ate ao final do século XVIII. Temos aqui que imaginar uma linha reta entre São Joao Del’Rei e Barbacena. Prados pouca coisa ao norte, `a direita da primeira. Lagoa Dourada esta no caminho, embora não apareça, entre São Joao e Entre Rios de Minas:

http://www.abihouro.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=116&Itemid=501

Prados seria a mais distante, mais pela localização em relação `as estradas atuais. Hoje fica a 104 km de Congonhas. Contudo, o seu antigo distrito, Lagoa Dourada, fica a apenas 71. Gastava-se normalmente apenas 2 dias de viagem.

Barbacena fica a 96 km. Mas para ir-se de Barbacena para Congonhas ha que se passar por Carandaí. E de Carandaí ate Lagoa Dourada são apenas 40 km de chão. Ou seja era apenas um dia de viagem naquele tempo.

Entre Congonhas e Ouro Branco são apenas 25 km. Os mais espertos fariam a viagem na parte da manha, a partir da madrugada ate `as 11 horas.

Entre Congonhas e Ouro Preto são 57 km de distancia, mais 12 para chegar-se a Mariana. Refiro-me `a cidade. Ja em relação ao seu Distrito de Santa Rita Durão, antigo Inficcionado, passando por Ouro Preto, a distancia pesa um pouco mais, caindo nos 90 km.

O site “Distancia entre Cidades” esta um pouco desatualizado em relação `a distancia entre Congonhas e Cachoeira do Campo. Nele, a estrada mais usada seria a que vai a Ouro Preto e depois retorna pela estrada que liga esta a Belo Horizonte.

Mas via os antigos caminhos, que eram os de roça mesmo, não deve chegar a 40 km. Alias, essa deve ter sido a via que se tomava antigamente. Congonhas passando pelo Distrito de Santo Antonio do Leite ate Cachoeira do Campo. Dai para Ouro Preto são mais uns 20 km.

O que deve ter sido a via preferencial tomada por nossos ancestrais, pois, a distancia seria a mesma que o caminho anteriormente mencionado, entre Congonhas e Ouro Preto, com o conforto das paradas em núcleos urbanos.

O que faria Congonhas ser centro regional seria essa localização privilegiada. Alem de a partir da segunda metade do século XVIII contar com o Santuário de Bom Jesus do Matosinhos, o que servia de atração turística desde o inicio e era o local de retiro para os muito ricos.

Os mais ricos da Capitania tinham no local suas estancias de descanso e lazer. Usavam o local para distanciar do burburinho cansativo das capitais Ouro Preto e Mariana.

Os das classes media e médio/baixa deveriam frequentar o local por devoção religiosa e para aproveitar para encontros “casuais” com pessoas da alta que lhes poderiam ajudar em seus pleitos por algum privilegio menor.

Naquela terra de privilégios e “meritocracias oligárquicas”, somente os que tinham QI (quem indicasse) alto é que deslanchavam na ordem e prosperidade!

E nossos ancestrais que foram abastados não fugiram `a regra!

A partir do século XIX os nossos ancestrais se deslocam do circuito da Estrada Real dirigindo-se para o leste. Ai os encontramos em Itabira, Ferros, Guanhães e Virginópolis. Passam a ocupar o caminho conhecido como Circuito do Rio Doce, que fazia a ligação da região central com o Oceano, em direção ao Espirito Santo.

Assim, com o estudo do mapa regional das localidades envolvidas nessa suposta trama genealógica, pode-se observar que seria possível aos envolvidos que formaram o tecido de nossa genética tenham sido conhecidos e ate sido parentes entre si, antes de picarem-a-mula um pouco mais para o Norte, formando os genes que resultaram na Família Coelho do Centro-Nordeste de Minas Gerais.

Tomando o mapa podemos observar que Manuel Rodrigues Coelho transitava entre Santa Rita Durão, Ouro Preto, Mariana, Cachoeira do Campo e Congonhas do Campo.

Manoel Rodrigues Coimbra, vivendo no circuito Prados/Lagoa Dourada deve ter frequentado Congonhas do Campo por estar no caminho de Ouro Preto e Mariana. Essas duas eram as capitais política e religiosa da Província.

O capitão-comandante Manoel Rodrigues Coelho, por evidencias encontradas em suas próprias cartas, teria mesmo que circular por Congonhas para resolver problemas relativos ao cargo, pois, era subalterno aos superiores em Ouro Preto.

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14. UM POUCO MAIS DE MANOEL RODRIGUES COELHO

Apenas para não descartar mais a possibilidade de termos alguma veia artística ligada ao nome. Confirma-se realmente que houve um artista com o nome. E ele deixou obra também em São João Del’Rei.

Ele foi mencionado nessa postagem:

http://www.camara.gov.br/sileg/integras/360875.pdf

Ai o nome dele aparece na quarta pagina do discurso, junto a outros artistas sacros que atuaram naquela cidade.

Esse outro endereço menciona não apenas o feito mas também a profissão que nosso possível ancestral exercia:

https://patrimonioespiritual.org/2017/07/16/igreja-da-ordem-terceira-de-nossa-senhora-do-carmo-sao-joao-del-rei-minas-gerais/

A postagem diz: “Os artísticos trabalhos em madeira da capela e altar-mor e dos púlpitos são de autoria do artista Manuel Rodrigues Coelho.”

Observe-se que a referencia se da `a Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo, de São João Del’Rei. Ai se repete a Ordem Terceira, que pode ter aproximado nossos ancestrais nas cidades históricas do Estado.

Francisco Jose Barbosa Fruão, mencionado no capitulo 7, fazia parte da Ordem Terceira de São Francisco de Assis de Vila Rica.

Para ver a menção a Manuel no segundo endereço ha que se ir `a metade da postagem.

Pelo valor da contribuição que foi atribuída ao Manuel Rodrigues Coelho para a construção do Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas do Campo, suponho que ele tenha participado de alguma Ordem Terceira, provavelmente da do Carmo de Mariana, ja que não aparece entre os mais influentes na de São Francisco de Assis de Vila Rica.

Apenas para deixar marcado. O blog do nosso primo, Paulinho Cesar, também faz recordações `a nossa Historia Genealógica. Em homenagem póstuma a ele, deixo aqui o endereço como lembrança:

http://asagadevalente.blogspot.com/2010/09/

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15. BENTO RODRIGUES COELHO EM MINAS GERAIS

Decidi dar continuidade a esses estudos recordando alguns personagens que penso estar na parentela do Manuel Rodrigues Coelho, nosso aclamado ancestral.

Ha algum tempo atras encontrei no Archivo Heráldico-genealogico, do Visconde de Sanches de Baena, a Carta de Brasão passada a Domingos Rodrigues de Queirós. O documento esta na pagina 153 e é a carta de numero 610. Assim, repito-a aqui:

“Domingos Rodrigues de Queirós, cavalleiro professo na Ordem de Christo, bacharel formado pela Universidade de Coimbra, opositor aos lugares de letras, natural da cidade de Marianna, estado do Brazil; filho de Bento Rodrigues Coelho, e de sua mulher D. Maria de Queirós de Seixas; neto pela parte paterna de Amaro Rodrigues Coelho, e pela materna neto de João Queirós de Seixas, e de sua mulher D. Feliciana de Araújo Dantas; bisneto de Jacinto de Queirós, e de sua mulher Maria Coelho; terceiro neto de Antonio Francisco Marinho, e de sua mulher D. Maria de Queirós Seixas, descendentes de Antonio de Queirós Mascarenhas, bem conhecido n’este reino pela sua distincta qualidade, e conhecido valor.

Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quartéis as armas dos Coelho, no segundo as dos Queirós, e no terceiro as dos Seixas. – Br.p.a 2 de agosto de 1773. Reg. no Cart. da N., Liv. I, fl. 204v.”

Embora não apareça nenhum Manuel Rodrigues Coelho penso não ser errado esperar que um deles tenha sido parente próximo do Bento. Pelas idades prováveis, penso que um Manuel que viveu nas imediações de Mariana tenha sido irmão.

Mas também ha a possibilidade de ter sido filho e irmão do Domingos. Se esse for o caso e caso formos descendentes dele, então, seremos também descendentes do Antonio de Queiroz Mascarenhas. E, por este, descendentes do rei D. Afonso I, primeiro rei de Portugal.

O livro de Sanches de Baena pode ser lido no endereço:

https://archive.org/stream/archivoheraldic00unesgoog#page/n203/mode/2up

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16. LOURENCO COELHO DE MAGALHAES

Apenas para recordar também. O professor Nelson Coelho de Senna fez uma relação de sesmarias adquiridas por pessoas com a assinatura Coelho durante o século XVIII. Entre elas menciona uma do sr. Lourenço Coelho de Magalhães, datada de 1724.

Infelizmente, a menção parece ser única. Haveríamos que localizar tal carta para saber o local para o qual ela foi passada. Isso ajudaria.

Nessa oportunidade ha a possibilidade deste senhor Lourenço ter sido casado com alguém cuja assinatura que corria em família fosse o Rodrigues. Dai se pode ate supor que um filho do casal poderia ter adotado o nome de Manuel Rodrigues Coelho.

Ja o neto, Jose, poderia ter retornado `a alcunha ancestral e ter assinado Jose Coelho de Magalhães. São apenas conjecturas. Mas quem sabe algum dia elas venham a tornar-se realidade?!

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17. MANOEL COELHO RODRIGUES

Manoel Coelho Rodrigues foi outro personagem presente em Minas Gerais `a época do Ciclo do Ouro. O professor Nelson inclusive o menciona como recebedor de sesmaria em 1761.

A genealogia dele, mesmo incompleta, foi estudada pelo Cônego Raimundo Octavio Trindade. Não ha como descendermos dele.

Existe a possibilidade de ser algum parente próximo. Isso porque, ate mesmo para distinguir-se umas pessoas das outras, pessoas em uma mesma família costumavam usar a ordem inversa de assinaturas.

Um caso, por exemplo, seria o de irmãos com mesmo nome: João Francisco e Francisco Joao. Ou Francisco Pereira da Silva e Francisco de Assis da Silva Pereira.

Não estou colocando grande credito a essa tese, mas ha uma possibilidade, nem que sendo mínima!

No livro de Sanches de Baena encontra-se uma carta que se repete 3 vezes. Ela foi passada a 3 irmãos. `A pagina 189 a Francisco Coelho Brandão; `a pagina 548 a Pedro Coelho de Seabra (Alferes) e `a pagina 591 a Vicente Coelho da Silva Seabra Telles. Observe-se como os sobrenomes variavam.

As numerações no livro são: 753, 2163 e 2363, respectivamente. E em cada uma das vezes se lê, `a exceção dos nomes dos agraciados:

“2363. Vicente Coelho da Silva Seabra Telles. natural do termo de Villa-Rica do Oiro Preto, estado da America; filho do alferes de cavallaria Manuel Coelho Rodrigues e de sua mulher D. Josepha de Avila Figueiredo, neta do capitão João de Seabra de Guimarães; neto pela sua varonia do ajudante de infantaria Antonio Coelho, filho de Belchior Coelho, irmão do senhor de Felgueiras e Vieira.

Um escudo esquartelado; o primeiro quartel as armas dos Coelhos, no segundo as dos Seabras, no terceiro as dos Brandões, e no quarto as dos Avilas. – Br. p. a 23 de novembro de 1782. Reg. no Cart. da N., Liv. III, fl. 79.”

O iminente genealogista mineiro, Cônego Raimundo Octavio da Trindade estudou a formação da família Rocha Brandão. Entre outros livros, no Velhos Troncos Mineiros, surge:

“Tn 1 – Josefa de Avila e Silva e Figueiredo c. c. o Alferes Manuel Rodrigues Coelho, Tn 15 adiante.” e

“Tn 15 – Manuel Coelho Rodrigues c. c. Josefa de Avila e Silva e Figueiredo, Tn 1 retro. Filhos (Invent. de Manuel Coelho Rodrigues no Cart. do 1o. Of. de Ouro Preto – 1777):”

Os filhos enumerados por ele foram: Maria Jose, Pedro Coelho, Joaquim Coelho, Francisco Coelho da Silva Brandao, Francisca de Avila e Silva, Ana Francisca, Maria, Vicente Coelho de Seabra, Jose Coelho Rodrigues e Nicolau.

O Cônego Trindade não se aprofunda nos pormenores da descendência, não indo alem de netos de uns dois ou três filhos. Mesmo assim torna-se possível notar que não descendemos da família, pelo menos em nosso lado Rodrigues Coelho.

Seremos muito possivelmente parentes pelo lado Coelho, devido `as diversas vezes que o sobrenome aparece em nossos ancestrais como: Coelho no simples, Coelho de Magalhães, Coelho de Almeida, Coelho de Andrade e outros.

E esse Manuel Coelho Rodrigues e sua esposa Josefa de Avila, como se pode notar, ja eram primos pelo lado Rocha Brandão.

Dona Josefa nasceu no Brasil e os pais foram Francisco da Rocha Brandão, natural de Cabrobo na Bahia e Maria da Silva e Avila, natural de Santo Antonio do Bambu, também Bahia.

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18. CONCLUSAO

Acredito que a unica conclusão `a qual podemos chegar no caso é a de que tudo esta discutido, porém, nada resolvido!!!

Essas conjecturas são boas para exercitar nossas mentes mas o que vale mesmo são as provas!

Sinto que somente um mergulho nos arquivos em Ouro Preto, Mariana, Serro e Diamantina poderá sanar todas as duvidas com respostas absolutas e concretas.

As conjecturas serão apenas uma injeção de animo aos pesquisadores que vierem após mim, caso eu não tenha conseguido resolver as questões, para que não desanimem no surgimento de maiores dificuldades.

Afinal, eu fico de tão longe, torcendo para que outros tenham encontrado o que busco nas pesquisas deles e tendo toda a dificuldade de procurar em trabalhos que não são apropriados, sabendo que a lógica manda buscar nos ditos arquivos.

O problema sempre será: e onde encontrar a coberta que suporte a empreitada se meus fundos próprios não são suficientes para custea-la?! O nosso problema sempre foi a fartura! (Farta tudo!!!)

Por logica, deveria encontrar o registro de casamento do Alferes-de-Milicias Jose Coelho de Magalhães e Eugenia Rodrigues da Rocha, que também tinha o nome de Eugenia Maria da Cruz. Segundo o professor Nelson, o enlace se deu a 7 de setembro de 1799.

Porem, não menciona o local, embora diga que tenham vivido na Fazenda Axupe, por ele localizada em Morro do Pilar. Mas pode ser Conceição do Mato Dentro.

Em outro caso, poder-se-ia buscar os inventários do Jose Coelho, dito falecido em Conceição; ou o dela, que foi sepultada no Santo-Antonio-do-Rio-Abaixo, ja viuva, em datas que variam entre 1806 a 1819, acredito eu.

Esse esforço se daria para certificarmos os nomes dos pais do casal. Em se confirmando que um Manuel Rodrigues Coelho foi pai dele, torcer para que apareçam nomes de avos, o que facilitaria em muito as pesquisas.

Em caso de não aparecerem nomes de avos nem mesmo no registro de matrimonio, torcer para que se esclareçam as origens dos nascimentos e dai seguir o veio dessa raiz que tanto tem se mostrada arredia `as nossas pesquisas.

No mais, o que vier será lucro!!!

A HISTORIA E A FAMILIA BARBALHO COELHO ANDRADE NA HISTORIA

March 11, 2017
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01. GENEALOGIA
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https://val51mabar.wordpress.com/2015/03/07/algumas-notas-genealogicas-20142015/
https://val51mabar.wordpress.com/2015/07/22/um-nosso-lado-cristao-novo-e-talvez-outro-paulistano/
https://val51mabar.wordpress.com/2014/04/14/genealidade-e-genealogia-de-ary-barroso/
https://val51mabar.wordpress.com/2013/12/06/genealogias-de-familias-tradicionais-de-virginopolis/
https://val51mabar.wordpress.com/2013/05/30/barbalho-coelho-e-pimenta-no-site-www-ancestry-com/
https://val51mabar.wordpress.com/2012/09/11/barbalho-pimenta-e-talvez-coelho-descendentes-do-rei-d-dinis/
https://val51mabar.wordpress.com/2011/02/24/historico-do-povoamento-mineiro-genealogia-coelho-cidade-por-cidade/
https://val51mabar.wordpress.com/2012/07/02/familia-barbalho-coelho-no-livro-a-america-suicida/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/05/23/a-historia-da-familia-coelho-do-centro-nordeste-de-minas-gerais/
https://val51mabar.wordpress.com/2011/04/24/a-familia-coelho-no-livro-a-mata-do-pecanha/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/05/03/arvore-genealogica-da-familia-coelho-no-sitio-www-geneaminas-com-br/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/09/22/ascendencia-dos-ancestrais-jose-coelho-de-magalhaeseugenia-rodrigues-rocha-uma-saga-a-ser-desvendada/
https://val51mabar.wordpress.com/2013/01/17/a-heranca-furtado-de-mendonca-no-brasil/
02. PURA MISTURA
https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/mistura-que-se-mistura-da-bom-resultado/
https://val51mabar.wordpress.com/2015/10/03/meus-guardados-2015/
https://val51mabar.wordpress.com/2016/11/26/trumpando-o-eleitor/
https://val51mabar.wordpress.com/2016/06/08/conspiracoes-alienigenas-tesouros-desaparecidos-e-dominacao/
https://val51mabar.wordpress.com/2016/09/17/ridiculosamente-falando/
https://val51mabar.wordpress.com/2015/12/23/aliens-conspiracies-disappeared-treasures-and-dominance/
03. RELIGIAO
https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/que-a-paz-de-deus-seja-feita-em-todos-voces/
https://val51mabar.wordpress.com/2011/05/29/a-divina-parabola/
https://val51mabar.wordpress.com/2011/01/28/o-livro-do-conhecimento-de-deus/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/01/22/carta-de-libertacao/
04. OPINIAO
https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/das-vezes-que-opinei-na-vida-e-nao-me-arrependo/
https://val51mabar.wordpress.com/2018/04/07/a-verdade-nao-se-trata-de-nenhuma-teoria-de-conspiracao/
https://val51mabar.wordpress.com/2014/06/08/a-iii-gm/
https://val51mabar.wordpress.com/2013/01/03/israel-as-diversas-verdades-e-o-padececer-da-palestina-e-outros-textos/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/06/26/faixa-de-gaza-o-travessao-nos-olhos-da-humanidade/
https://val51mabar.wordpress.com/2013/05/12/neste-mundo-so-nao-eh-gay-quem-nao-quizer/
05. MANIFESTO FEMININO
https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/pelo-tempo-que-me-ausentei-me-perdoem/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/07/21/13-estrelas-mulher/
06. MISTO
https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/ah-que-mistura-boa-gente/
https://val51mabar.wordpress.com/2016/08/20/minhas-postagens-mais-recentes-no-facebook/
https://val51mabar.wordpress.com/2014/06/08/a-iii-gm/
https://val51mabar.wordpress.com/2013/11/06/trilogia-de-variedades/
https://val51mabar.wordpress.com/2012/07/02/familia-barbalho-coelho-no-livro-a-america-suicida/
https://val51mabar.wordpress.com/2015/01/25/03-o-menino-que-gritava-lobo/
https://val51mabar.wordpress.com/2015/01/25/minhas-postagens-no-facebook-i/
https://val51mabar.wordpress.com/2015/01/25/minhas-postagens-no-facebook-ii/
https://val51mabar.wordpress.com/2015/01/25/minhas-postagens-no-facebook-iii/
https://val51mabar.wordpress.com/2015/01/25/meus-escritos-no-facebook-iv/
https://val51mabar.wordpress.com/2015/02/14/uma-volta-ao-mundo-em-4-ou-3-atos-politica-internacional-do-momento/
07. POLITICA BRASILEIRA
https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/tudo-deu-errado-entao-nao-chora-conserta/
https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/se-nao-queria-que-isso-acontecesse-nao-deveria-ter-aceitado/
https://val51mabar.wordpress.com/2015/04/19/movimento-fora-dilma-fora-pt-que-osso-camarada/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/10/16/o-direcionamento-religioso-errado-nas-questoes-eleitorais-brasileiras/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/10/19/resposta-de-um-neobobo-ao-excelentissimo-sr-ex-presidente-fernando-henrique-cardoso/
https://val51mabar.wordpress.com/2011/08/01/miilor-melou-ou-melhor-fernandes/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/08/05/carta-ao-candidato-do-psol-plinio-de-arruda-sampaio/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/05/26/politica-futebol-musas-e-propaganda-eleitoral-antecipada-obama-grandes-corporacoes-e-imigracao/
08. IN ENGLISH
https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/space-until-to-the-end/
https://val51mabar.wordpress.com/2015/12/23/aliens-conspiracies-disappeared-treasures-and-dominance/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/06/02/the-nonsense-law/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/08/21/13-stars-woman/
https://val51mabar.wordpress.com/2011/10/05/the-suicidal-americaa-america-suicida/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/08/25/100-reasons-to-amnesty-the-undocumented-workers-in-united-states/
https://val51mabar.wordpress.com/2009/09/25/about-the-third-and-last-testament/
https://val51mabar.wordpress.com/2009/09/12/the-third-and-last-testament/
09. IMIGRACAO
https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/o-que-ha-de-novo-no-assunto-migracao/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/06/17/imigracao-sem-lenco-e-sem-documento-o-barril-transbordante-de-injusticas/

 

INDICE

01. A HISTORIA E A FAMILIA BARBALHO COELHO ANDRADE NA HISTORIA

02. FAMILIAS ANDRADE DE ARAUJO, PEREIRA DO AMARAL, RIBEIRO QUEIROZ E COUTINHO NO SERRO

03. ENFIM, PARENTES DO POETA! OU NAO!!!

04. ESPECULACAO COM SENTIDO: A IRMANACAO DOS BARBALHO E COELHO DA FAMILIA

05. BARBALHO: TUTTI BUONA GENTE!

06. A QUEBRA DO ENCANTO EM GOVERNADOR VALADARES E OUTROS CASOS DE VIAGEM.

07. FILHO DE VALADARENSE E VIRGINOPOLITANA SE DESTACA EM MODA E RECEBE TITULO DE NOBREZA.

08. DA FIDALGUIA DA FAMILIA BARBALHO

09. ARQUIVO HISTORICO ULTRAMARINHO – FUNDO CONSELHO ULTRAMARINHO – SUMARIOS DAS CONSULTAS MISTAS. (AHU_CU_CONSULTAS MISTAS, COD. 13-18

10. A PRESENCA DA FAMILIA BARBOSA NO INICIO DO CICLO DO OURO EM MINAS GERAIS.

 

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01. A HISTORIA E A FAMILIA BARBALHO COELHO ANDRADE NA HISTORIA

Contrariando minha disposição anterior, resolvi iniciar mais esse titulo em meu blog. Isso se da porque a pagina que estava usando:

https://val51mabar.wordpress.com/2016/10/22/encontro-jose-vaz-barbalho-mais-uma-vez-e-outras-noticias-para-a-familia-coelho/,

começou a ficar um pouco longa. Assim, essa nova pagina devera funcionar como II Volume daquela.

Apenas recordando alguns dados importantes que la encontramos. Fica então facultativo aos pesquisadores buscarem maiores informações a respeito de documentos usados para comprovarmos novos dados e maiores detalhes.

01. Jose Vaz Barbalho foi filho de Victoriano Jose Barbalho e dona Maria do Carmo de Macedo. Nasceu em Itabira onde o casal vivia.

02. Francisco Jose Barbalho, marido de Quintina Francisca Barbalho foi irmão do Jose Vaz.

03. Pode-se comprovar, ao contrario do que afirmava-se na Revista Genealogica Latina e no site sfreinobreza, que a bisavo do bispo D. Manoel Nunes Coelho chamava-se Isidora Francisca de Magalhães e nao Genoveva de Magalhães.

Pode-se verificar também que o casal Policarpo Jose Barbalho e Isidora Francisca de Magalhães foram pais dos filhos que chegaram `a vida adulta:

I. tabelião, Jose de Magalhães Barbalho (1810)
II. padre, Emigdio de Magalhães Barbalho (1813)
III. capitão, Francisco Marçal Barbalho (1820)
IV. Lucinda Francisca de Magalhães (1824)

04. O nome da mãe de Isidora Francisca foi mesmo Genoveva Nunes Ferreira. Deve ter sido uma mulher alem do seu tempo, pois, parece nunca ter se casado, não precisava de um homem que responsabilizasse por ela, possuía fazenda própria e era senhora da própria vida.

05. Modesto Jose Barbalho foi casado com dona Rita da Rocha e entre os diversos filhos encontrava-se dona Juvenata da Rocha Barbalho, que em 1868 se da noticia de ser casada e que residia no lugar chamado Vai-Vem, no Estado de Goiás.

Vai-Vem atualmente chama-se Ipameri, fica no Sul do Estado, relativamente próxima `a Cidade de Catalão. Na cidade ainda existe remanescentes do ramo da Rocha Barbalho. Inclusive houve a presença de pessoas com o nome Modesto Jose Barbalho e Juvenato.

06. Foram encontrados documentos que parecem comprovar que Joaquim Coelho de Andrade, o Joaquim Honório, foi filho de Honório Coelho de Linhares e Simpliciana Rosa de Andrade.

Honório foi filho de Antonio Coelho da Silveira e Maria Vieira da Silva. Simpliciana foi filha do cabo-de-esquadra e guarda-mor Jose Joaquim de Andrade e Maria Lucia da Silveira.

Para iniciarmos esse novo capitulo, resolvi reproduzir aqui esse comunicado que postei em minha pagina no facebook, convocando aos parentes para ajudar-nos nas buscas.

CONVOCACAO URGENTE.

Pessoal, acabo de encontrar alguns dados que ate estou meio “afogado” para transmitir. Mas com ela vira um pouco de responsabilidade. Vejam isso:

ENCONTRADO NO GOOGLE LIVROS:

1. “A IGREJA NA HISTORIA DE SAO PAULO: 1821 – 1851”

pag. 294 – aparece o nome “Policarpo Jose Barbalho”
pag. 302 – aparece: “Barbalho – Pe. Policarpo Jose: 294”

2. “REVISTA DO ARQUIVO PUBLICO MINEIRO”

pag. 229 – “Tenente Policarpo Joze Barbalho”
pag. 230 – “Policarpo Joze Barbalho”

O ultimo aparece no artigo:

“MEMORIAS DOS MUNICIPIOS (pag. 225)
I — CAMARA DO CAETE
Manifestacoes sobre a Independencia Nacional
Ata do dia doze de outubro de mil oitocentos e vinte e dois.”

Parece-me ai que encontramos outra paixao que nosso tetra e pentavo tinha: a politica. Portanto, não estamos roubando nada, estamos somente herdando.

Antes do mais, ha muito que venho queimando fosfato para descobrir onde o pe. Policarpo estudou. E, pelo que parece, foi em Sao Paulo. E essa informação ja ajuda bastante.

A minha dedução vem do fato de que ele foi ordenado depois do filho, pe. Emigdio, que foi ordenado em 1845. E a minha suposição era a de, por não ter encontrado rastros dele em Mariana nem no Caraca, que tivesse estudado em Diamantina. Mas o seminário de Diamantina so foi aberto em 1854.

E, pelo espaço de tempo que o livro aborda, 1821-1851, ele somente poderia ter sido ordenado em outro lugar. Talvez em 1851 ele ainda não fosse padre, mas ja seria, no mínimo, seminarista para que o chamassem Pe.

Essa foi a primeira vez que vi essa menção fora das nossas tradições. Tai confirmado que foi mesmo padre.

Agora vem a dolorosa. Não sera para mim. ksksksksks.

Convoco aos primos: Glauco, Sueli e Vilma a entrarem num confabulo, para saber se irão os 3 juntos, ou aquele que puder e, talvez, residir mais proximo `a sede da Arquidiocese de Sao Paulo.

Pela idade do documento, aproximadamente 150 anos, imagino que somente pode estar guardado nos arquivos arquidiocesanos.

O documento se chama: “DE GENERE ET MORIBUS”. Funciona como um historico escolar do seminarista. E presta informações ate ao falecimento.

No similar do padre Emigdio foi que encontramos a registro de nascimento dele e de casamento dos pais: Policarpo Jose Barbalho e Isodora Francisca de Magalhães.

Acredito que o documento do pe. Policarpo devera ser mais informativo, pois, foi casado, teve filhos e penso que deve ter sido obrigado a apresentar as provas de que fosse livre para ser ordenado. Deve conter registros de nascimentos e falecimentos.

Mas se tiver somente o nascimento dele e o casamento dos pais sera o suficiente. O que precisamos mesmo eh saber quem foram os avos dele, de imediato, para confirmar se era mesmo neto ou bisneto do casal: Manoel Vaz Barbalho e Josepha Pimenta de Souza.

Se isso ficar confirmado, ja temos a linhagem Barbalho ate ao Descobrimento do Brasil. E, via Bezerra, do Barbalho Bezerra do governador Luiz Barbalho, ate aos reis da Peninsula Ibérica.

O certo eh que so falta isso mesmo. La no Arquivo devera ter que pedirem para fazer uma consulta. Ai eles explicam o que fazer para isso. Melhor telefonar antes para saber o que fazer e quais os horários e dias de atendimento. Alguns arquivos dificultam um pouco, pois, os documentos são antigos, delicados e, `as vezes, valorizados.

Qualquer coisa, digam que estamos fazendo a genealogia do Bispo D. Manoel Nunes Coelho e o pe. Policarpo foi o bisavô dele. Isso deve facilitar um pouco o acesso.

Tai gente! A oportunidade de saber primeiro as informacoes eh dos 3 que ja residem em torno de Sao Paulo. A menos que alguem outro more por la e nao tenho a informação, ou tenha alguém disposto a fazer uma pequena viagem.

Conto com a colaboracao dos convocados e de todos que puderem ajudar. Grandes abracos, do de sempre:

Valquirio.

ADENDO PRECIOSO

Fiz uma leitura dinamica na Ata da Camara Municipal de Caeté de 12/10/1822. Leitura proveitosa para todos. Demonstra que nossos ancestrais não foram apenas politicos mas foram os cabras que assinaram embaixo para a Independência do Brasil.

Eh possível que exista documento similar abrangendo a Comarca do Serro. E nele devemos encontrar outros de nossos ancestrais.

Alias, esse ancestrais refere-se a, provavelmente, toda a população atual do Centro-Nordeste de Minas Gerais. Pelo menos foi a impressão que tive pela presença de sobrenomes bastante conhecidos. Não no sentido isolado mas nas combinações de nomes.

Exemplos bem conhecidos são os Jacome Coelho, Pinto Coelho da Cunha, alias, os membros desta família `a época estavam quase todos presentes, os homens, claro, porque mulheres eram impedidas na participação política; os Meirelles Coelho, etc.

Alguns nomes que estão nos registros de Itabira e Ferros encontram-se naquela ata também.

O nome Policarpo Jose Barbalho aparece duas vezes. Ele assinou por si e como procurador do Alferes, Jose de Moura Ribeiro, assistente do Arraial da Itabira.

Alias, diga-se de passagem que o território era todo de Caeté. E ele abrangia cidades atuais como Itabira, Ferros, Sao Gonçalo do Rio Abaixo, Brumado, Brumadinho, Barão de Cocais e muitos outros.

Melhor dizendo, ate 1827 Caeté era Sede de Concelho mas não era emancipada. Pertencia a Santa Barbara que, então, abrangia um território muito maior. Em 1827 Caeté foi emancipada, carregando consigo diversos dos atuais municípios.

Em 1833 veio a emancipação de Itabira que carregou junto atuais municípios ao seu redor e toda a area que ocupada a partir dela para o seu Norte.

Dai se pode observar que os “homens bons” da terra e que assinaram, ou foram assinados, passam de 1.000 pessoas. Suficientes para ser ancestrais de toda Minas Gerais atualmente. So não o são porque deixam de ser ascendentes de outros para nos ser ascendentes repetidas vezes.

O nome que aparece logo antes da primeira assinatura do Policarpo eh do Alferes de Ordenanças, Manoel Nunes Coelho. Falta-nos apenas decifrar se ele foi ou não o nosso ancestral.

Duas linhas antes, `a pagina 229, assina o senhor Jose Luis Rodrigues de Moura, que presumo ter sido, o tetravô do amigo Mauro Andrade Moura.

Outro que compareceu foi o Sargento-Mor Jose Joaquim de Andrade. Ja não era mais cabo de esquadra como aparece no documento que se encontra no Arquivo Publico Mineiro, requerendo nova patente. Ate ao momento ele teria sido avo do nosso trisavô: Joaquim Coelho de Andrade, o Joaquim Honório.

Enfim, na ata encontra-se de tudo um pouco. Provavelmente teremos outros ancestrais e parentes que poderemos identificar quando existir uma Arvore Genealógica das famílias que compõem o nosso clã.

Digo assim porque la aparece um senhor Joao Fernandes Madeira e outros de mesmo sobrenome. Não tenho ascendência nele, mas ele devera ser ascendente de aparentados nossos.

Poderia mesmo ter sido sogro da tia Emigdia Francisca de Magalhães e do Agostinho Nunes Coelho, filho do Manoel. Ela foi esposa do Manoel Geraldo e ele da Theresa Fernandes Madeira.

Muitíssimo interessante a leitura da curta declaração que fazem no inicio e da relação de nomes. Mas tem que ser historiador ou genealogista para ter paciência para ler a segunda parte.

O mesmo.

01. A HISTORIA E A FAMILIA NA HISTORIA

Resolvi copiar parte da Ata da reunião em Caeté para que todos possam ter acesso mais fácil. Ela eh um documento histórico de importância fundamental para a Historia do Brasil e por ela podemos pegar uma carona genealógica também. Alias, são duas disciplinas inseparáveis, como ja venho insistindo ha tanto tempo. Pena que nem todos compreendam assim.

Bom, vou copiar e depois fazer os comentários. Quem ler observara o que eh ser imprescindível. Segue então:

Revista do Archivo Publico Mineiro, ano I, 1896. Ouro Preto. Imprensa Official do Estado de Minas Gerais.

a partir da pagina 225 (copiei ja transcrevendo as palavras para o vernáculo atual)

MEMORIAS DOS MUNICIPIOS
(Manuscriptos do Archivo)

I – – CAMARA DO CAETE

Manifestações sobre a Independencia Nacional
Ata do dia doze de outubro de mil oitocentos e vinte e dois.

Ano do Nascimento do Nosso Senhor Jesus Cristo de mil e oitocentos e vinte e dois, aos doze do mes de outubro , Nesta Vila Nova da Rainha do Caeté, nos Passos do Concelho, onde se acham presentes O Guarda Mor Geral das Minas Joao Baptista Teixeira de Sousa Coutinho Juiz Ordinario Presidente da Camara, Vereador e Procurador dela, o Juiz dos órfãos, o Almotacel, os Homens Bons da Governança, os Reverendos Párocos desta Vila, o do Arraial de S. Joao Baptista do Morro Grande, com os seus Clérigos, o Barão de S. Joao Marcos e muitas outras pessoas da Nobreza do Brasil e muitos oficiais Maiores e Subalternos dos Corpos de Milicias e Ordenanças e Cidadãos de todas as classes; por todos unanimemente foi declarado que julgando-se a Patria atacada nos seus mais sagrados Direitos, desprezada a sua dignidade, insultados seus Representantes em Portugal e perdida toda a confiança no Congresso de Lisboa que so tenta escravizar de novo este riquíssimo Império, postergando nossas representações e todos os deveres e relações de confraternidade, que deveriam ligar os dois hemisférios habitados por homens da mesma Religião, do mesmo sangue, da mesma Lingua, tendo-se outrossim deliberado a convocação da Assembleia Geral Constituinte e Legislativa, e sendo por isso necessário que o poder executivo esteja plenamente autorizado para executar as Leis que se forem promulgando, o que não podia efetivar-se, estando o Principe Regente como delegado de El-Rey; e constando alem disso que o Sr. D. Joao Sexto se acha em estado de coação e obrigado a sancionar tudo quanto querem as Cortes de Lisboa, como aconteceu ha pouco; expedindo Decretos para Remessa de Tropas para acometer-nos; e exigindo finalmente a grandeza deste Continente, que nele se funde a Sede do Governo, que nos felicite; por tantos e poderosos motivos, e atendendo ao incansável desvelo com que o Principe Regente e Herdeiro da Coroa tem desempenhado o titulo de Defensor Perpetuo do Brasil concordaram todos de suas muito livres vontades em ratificar Solenemente a proclamada Independência do Brasil; protestando darem por ela as vidas; e aclamar com as devidas serenidades neste dia o mesmo Principe Regente e Defensor Perpetuo, Senhor Dom Pedro de Alcantara, Primeiro Imperador do Brasil, com a condição de que o mesmo Augusto Senhor Jure previamente, Guardar, Manter e Defender a Constituição política, que fizer a Assembleia Geral Constituinte. – Depois disto mandou o Presidente ao Primeiro Vereador, ao Segundo e ao Terceiro fazerem Aclamação seguinte: “Imperial, Imperial, pelo Senhor Dom Pedro Primeiro Imperador Constitucional do Brasil” – a qual sendo aplaudida com vivas da maior alegria e entusiasmo por todo o povo seguiram todos os cidadãos para a Igreja Matriz para unirem seus votos pela prosperidade do Império do Brasil, do Imperador e de sua Imperial Família e para renderem ao Supremo arbitro dos Impérios as devidas graças, por tao justos motivos. E desta sorte houveram por finda esta Ata que todos assinarão comigo Jose Antonio Fecundo Velloso, Escrivão da Camara que escrevi. O Juiz Presidente Joao Baptista Ferreira de Sousa Coutinho, o vereador Jose Sa de Bittencourt e Camara, o vereador Francisco Thomaz Carneiro de Miranda, o vereador Manoel da Mota Teixeira, o procurador Pedro Lino da Silva Lopes, o escrivão da câmara, Jose Antonio Fecundo Velloso, o juiz de órfãos Manoel Jose Pires da Silva Pontes, o juiz almotacel Jose Ferreira Pinto, o juiz almotacel Policeno da Costa Pacheco, Afonso Isidoro da Silva Diniz, vigário Manoel Gonçalves de Almeida, o padre Jose Sebastião de Carvalho Pena, o padre Manoel Pinto Ferreira, coadjutor de S. Joao Baptista, o padre Joao Afonso Mendes, o padre Nicolau Gomes de Sousa, capelão da Penha, o Barão de S. Joao Marcos Antonio Thomaz de Figueiredo Neves, Tenente-coronel Jose de Mello de Sousa Almeida Brandao e Menezes, coronel Jose de Sa Bittencourt, Jacinto Pinto Teixeira, coronel agregado, coronel Felicio Moniz Pinto Coelho da Cunha, coronel Joao da Mota Ribeiro, Jose Feliciano Pinto Coelho [da Cunha, então, o futuro Barão de Cocais], major de cavalaria, o capitão-mor Felisberto Jose Corrêa de Miranda, o comandante interino das ordenanças Ignacio Jose Borges, capitão de ordenanças Jose Ferreira da Silva, Joao Gomes de Araújo, Joaquim Jose de Senna, capitão Severino da Costa Ribeiro, capitão Antonio Jose Ferreira Bretas, S. Mor tenente Manoel Dias de Freitas e Mosa, ajudante Joaquim Claudino de Sousa Brandao, guarda-mor e P. estandarte Joao Antonio Magalhães, Manoel Campos Cruz, Jose Anchieta Teixeira, capitão comandante de milícias Pedro Pereira de Andrade Rego, Manoel Thomaz Pinto de Figueiredo, Egas Muniz Pinto Coelho da Cunha, Joao Miz de Oliveira Salazar, tenente Manoel Miz de Oliveira Leme, alferes Joao Duarte de Lacerda….”

Ate ao momento copiei a Ata em sua integra, no intuito de recordar os nomes de muitas pessoas conhecidas dos genealogistas, alem de demonstrar a variedade de sobrenomes que, na atualidade, se repetem em boa parte da população brasileira.

Selecionarei d’agora para frente nomes que ja entram em nossa genealogia conhecida ou daqueles que tenho a impressão que entrarão no futuro, quando houver estudos mais completos.

Melhor dizendo, para se fazer isso teria que copiar tudo na integra. Copiarei os nomes que virão porque tenho algum conhecimento da existência deles ou porque tenho vaga lembrança de te-los ouvido antes.

A Ata contem mais 10 paginas, em sua maioria absoluta uma relação da presença das mais de 1.000 pessoas, que calculo por alto. Ficaria difícil copiar os nomes um por um.

Segue então: pag. 227

Alferes, Felix Antonio Dislandes de Monlevade
Maximiano Augusto Pinto de Moura
Giuseppe Musaglio – italiano
Manuel Furtado Pinto Coelho
Jacinto Jose Pimenta de Figueiredo Vasconcelos
Tenente, Jose Correa Araujo
Quartel-Mestre da Cia. de Milicias Joao Jose Carneiro de Miranda
Capitao e Guarda-Mor Quintiliano Justino de Oliveira Horta
Porta Estandarte Manoel Ribeiro de Magalhaes

pag. 228

Joao Ribeiro de Macedo
Antonio Xavier Vieira
Joaquim de Oliveira Pacheco
Joao Jose da Rocha
Camillo Maria de Lelis
Jose e Antonio Rodrigues Lima
Capitao de Ordenancas Matheus Lopes de Magalhaens
Eusebio da Costa Seabra
Braz e Antonio Pereira da Affonseca
Alferes, Manoel Jose Dias Alves
Vicente Ferreira da Silva
Manoel Joaquim dos Santos
Capitao dos Cacadores do Mato, Jacinto Jose Andrade
Advogado nao formado, Joao Jose dos Santos
Jose Goncalves da Fonseca
Quintiliano Jose de Oliveira Alvarenga

pag. 229

Ajudante, Manoel Goncalves de Carvalho
Cabo de Esquadra, Manoel Alves Pinto
Ten. da 2a. Linha, Joaquim Jose de Faria
Emilio Pinto Ferreira de Queiroz
Joao Fernandes Madeira (por procuração)
Joao Francisco de Andrade
Alferes de Ordenanças Joao de Deus Fonseca Aleixo
Alferes de Ordenanças Joao Ribeiro da Fonseca
Antonio Coelho Ferreira
***Capitão de Ordenanças Cassimiro Carlos da Cunha Andrade [futuro comendador]
Manoel de Magalhaens e Silva
Joao Coelho de Carvalho
Jose Joaquim Coelho
***Jose Luis Rodrigues de Moura [tetravô do amigo Mauro de Andrade Moura]
***Guarda-Mor Teotonio da Costa Lage
***Alferes de Ordenanças Manoel Nunes Coelho
***Tenente Policarpo Jose Barbalho
Manoel Pereira de Senna

Pag. 230

Alferes Jose de Moura Ribeiro, p. p. Policarpo Jose Barbalho
Francisco Machado da Rocha
Manoel Gonçalves da Affonseca
Joaquim Jose de Lacerda
Furriel, Jose Teixeira Coelho
Cabo de Esquadra, Manoel de Oliveira Pacheco
Joao Gonsalves de Carvalho
Francisco Nunes Figueira
Antonio Caetano Vas
Joao Ferreira de Queiroz
Antonio de Magalhaens Portilho
Alferes, Joaquim Ferreira da Silva
Sargento-Mor, Bernardo Joaquim dos Santos
Alferes, Claudio Jose dos Santos
Alferes, Joaquim Jose dos Santos
Manoel de Soiza Machado Chaves

Pag. 231

Tenente, Joaquim Gomes Drumond
Guarda-Mor da Freguesia de S. Miguel, Manoel Moreira de Figueiredo Mascarenhas
***Guarda-Mor Jose Joaquim de Andrade
***Manoel da Costa Lage
Alferes, Jose Gervasio
***Manoel dos Reis Carvalho
Luiz Alves Pinto Ferreira
Gregorio Coelho de Moraes
Pe. Pedro Coelho de Moraes Castro
***Manoel Furtado Leite
***Guilherme Furtado Leite
Alferes, Joao Vieira de Carvalho
***Luiz Jose Pinto Coelho da Cunha
***Francisco de Assis Pinto Coelho da Cunha

Pag. 232

Francisco de Paula Coelho
***Guarda-Mor Joaquim Coelho Linhares
***Ignacio Furtado Leite
***Padre, Jose Antonio de Araujo
Joaquim da Costa Lage, p.p. o padre acima
G.M. Jose da Costa Lage, p.p. o padre acima
***Capitao, Thome Nunes Figueiras, p.p. o padre acima
Alferes de Ordenancas, Joao Jose dos Santos, p.p. o padre acima
***Joao Paulo Andrade
***Victoriano de Andrade Gomes

Pag. 233

Manoel Dias de Araujo
Manoel Jose dos Santos
Jose Alexandre da Fonseca
Francisco de Magalhaes Bastos
Maximo Teixeira de Andrade
Joao Vieira
Sebastião Carvalho de Araujo
Pedro Lino da Silva Lopes

Pag. 234

Nicolau de Tolentino Araujo
Alferes Francisco de Paula Moura, p.p.
Luiz Fernandes Vieira
Manoel Coelho Ferreira
Pe. Antonio de Souza Reis
***Antonio de Meirelles Coelho
***Estevão de Meirelles Coelho
***Joao Francisco de Aguiar
***Bernardo Martins de Carvalho
Capitão de Milicias, Joao Ignacio da Rocha
Vicente de Souza Santos

Pag. 235

Ajudante de 2a. Linha, Manoel Joaquim de Araujo
Antonio Caldeira Brant
Manoel Ferreira da Silva
Manoel Jose da Affonseca
***Joao Coelho Jacome, alferes.
Alexandre Machado Coelho, p.p. Joao Coelho Jacome
Leandro Nunes Figueiras, p.p. Joao Coelho Jacome
Manoel Monis Rabello
Sargento de Infantaria da 2a. Linha e Comandante da 8a. Cia. de Sao Gonçalo do Rio Abaixo e “agraduado” em Capitão, Manoel Antonio Teixeira

Pag. 236

***Joaquim de Meirelles Coelho
Manoel Avelino da Costa
***Francisco de Meirelles Coelho
Manoel Bicudo de Alvarenga
Jose Vieira de Senna

Pag. 237

Jose Dias Bicalho
Silverio Dias Bicalho, p.p. pe. Luis Antonio da Costa Passos
Manoel e Jose de Soiza Reis
***Francisco Joaquim de Andrade, p.p. Romão de Souza Ribeiro

Pag. 238

Joao Pereira de Andrade
Francisco Fernandes Madeiras
Boaventura Gonçalves Coelho
Felício dos Reis de Carvalho

*** Sinal para identificar pessoas que penso ter parentesco mais proximo conosco.

Ontem, 17.03.17, dia de Sao Patricio, resolvi reler a lista e anotar outros nomes dos presentes, alguns se repetem, que penso divulgar na intenção de facilitar pesquisas de possíveis descendentes que merecem ter o conhecimento da participação dos ancestrais nesse movimento fundamental da Historia do Brasil. Segue então:

Pag. 227

Joao da Motta Teixeira
Antonio Teixeira Almeida e Silva
***Quintiliano Martins da Costa
Manoel Mariano de Azeredo Coutinho
Jose de Aguiar Leite
Quintiliano Justino de Oliveira Horta

Pag. 228

Jose Caetano Teixeira Souto
Felippe Antonio Teixeira Motta
***Quintiliano Jose Ferreira de Alvarenga
Francisco Jose Duarte
Lourenço Justiniano Duarte

Pag. 229

Joao Rosa Nepomuceno
Caetano Jose de Carvalho Pena
***Antonio Coelho Ferreira
***Joao Bicudo de Alvarenga Leme

Pag. 230

Joaquim Jose de Lacerda
Jose Teixeira Coelho
Jose Nunes Ferreira Brandao
Antonio de Araujo Quintao de Miranda (profeçor de cyrurgia)
Clemente Eugenio Rebello e Castro
Joao Baptista Pinto Ferreira de Queiroz
Joao Duarte de Moraes
Antonio Baião de Almeida
Joao Baptista Barrozo

Pag. 231

Manoel Antonio de Moraes Castro
Jose Joaquim Teixeira Pena
Joao Duarte de Lacerda
Domingos Antonio Teixeira da Costa
Pe. Pedro Coelho de Moraes Castro
Joao Duarte de Lacerda (devem ser pai e filho)

Pag. 232

Cypriano de Lacerda
Christovao Dias Duarte

Pag. 233

Manoel Teixeira de Miranda
Manoel Francisco de Quadros
Caetano Lopes da Silveira
Jose Alexandre da Fonseca
Joaquim Ferraz Tibaens
Maximo Teixeira de Andrade
Manoel da Roxa Evangelho

Pag. 234

Pe. Jose Dias Duarte
Jose Teixeira da Silva
Jose Anxieta Teixeira
Manoel Teixeira Borges Aranha
Luiz Borges Teixeira Amada
***Manoel Coelho Ferreira
Antonio Teixeira
Joao Teixeira de Souza
Bento dos Reis Filgueiras

Pag. 235

Nicolau de Souza Teixeira
Manoel Brandao de Mello
Manoel Antonio Teixeira (sargento “agraduado” a capitão)

Pag. 236

Jose Caetano Teixeira da Motta
***Manoel Bicudo de Alvarenga
***Innocêncio Rodrigues de Castro
Sebastiam Joao Duarte
Manoel Dias Duarte
Domingos Dias Duarte
Joaquim da Mota Teixeira

Pag. 237

Estanislau Domingues da Silveira
***Pe. Leandro Rebello Peixoto e Castro
Felicio Pereira Barroso
Jose Gonçalves de Gurgel
Joaquim Brandao de Mello
Luis Barboza Teyxeira
Francisco Barboza Teyxeira
Luiz Mariano da Silva Perdigão
Antonio Alves Barroso

Pag. 238

Balthazar Gonçalves Martins (morador de Sao Miguel(?))
***Manoel Martins da Costa (morador de Rio do Peixe, possivelmente, Sao Domingos do Rio do Peixe, atual Dom Joaquim) p.p. Jose Anchieta Teixeira, porque estava enfermo.

Naturalmente, as pessoas cujas famílias são tradicionais da circunvizinhança de Caeté deverão ter diversos ancestrais nesse emaranhado de nomes.

Exemplo que ja identificamos antes, o nosso amigo Mauro de Andrade Moura conta com o tetravô Jose Luis Rodrigues Moura, alem dos ancestrais: Manoel Martins da Costa, pai do Quintiliano (227); Manoel da Costa Lage (231), Joaquim da Costa Lage (232), Francisco Joaquim de Andrade (trisavô do Carlos Drummond, 237).

Desculpem a falta dos paragrafos se acharem que ficou dificil de ler. O fato eh que o documento nao continha nem mesmo as divisoes que fiz. Sinal daqueles tempos quando a tinta e o papel eram caros demais. A economia era total.

Nao deu para fazer uma seleção como prometi antes. Copiei alguns nomes como exemplos. Existem algumas familias que parece estavam em maior numero. Assim evitei ficar copiando todos para nao alongar demais. E os nomes aqui presentes nem sempre são do nosso interesse imediato. Postei-os como exemplos das famílias.

Entre as coisas que desejava observar mesmo, uma foi aquela que ja debati em outros escritos meus. O fato de que a Historia que nos contam através de livros didáticos nem sempre foi a que aconteceu. E por aqui podemos comprovar uma das teorias que levantei.

Os livros didáticos procuram exaltar figuras históricas. Por exemplo, D. Pedro I foi usado como marco da Independência do Brasil. Mas a verdade a Historia oficial sempre foi usada para direcionar o raciocínio das pessoas em determinada direção. Aquela que interessa ao chamado status quo, ou aos interesses dominantes.

Em minha tese eu dizia que nos livros sempre jogaram o povo para o escanteio. Neles passa-se a impressão que determinados homens são excepcionalmente melhores que os outros. E que sem os tais a Historia se passaria completamente diferente, o que pode ser uma verdade, porem com menor significância e muito provavelmente com prejuizo para todos.

O que eu falava era que não. Que o povo eh que fazia e que as figuras historicas tiravam proveito. E a Independência do Brasil foi um dos meus exemplos. Em meus escritos eu afirmava que D. Pedro ou Duque de Caxias nada seriam se nao houvessem milhares ou milhões de pessoas por trás trabalhando para que as ações deles tivessem bons resultados.

E quando estudamos a Historia do Brasil, justamente no capitulo da Independencia, praticamente se fala apenas que D. Pedro I deu o “Grito do Ipiranga” e tudo se resolveu. Piada pronta!!!

Segundo os historiadores, D. Joao VI, ao retornar a Portugal em 1821, havia soprado no ouvido do filho Pedro: “Antes que outros façam, faca voce.” Referia-se `a Independência do Brasil. Ou seja: nao seja bobo, mais cedo ou mais tarde esse povo vai abrir os olhos e voce pode mante-los sem enxergar e ainda parecer que foi o “salvador da patria”.

Eles sabiam muito bem. Em 1789 havia acontecido a Inconfidência Mineira. Em 1817 a Revolução Pernambucana. Antes disso tinha acontecido as Revoluções de Independência dos Estados Unidos (1776) e a Republicana na Franca (1779). No intermeio tivemos as diversas revoluções que criaram novos paises na America do Sul, inclusive: Paraguai e Argentina.

E fica absolutamente claro que nao foi o grito do Pedro que iniciou tudo. Ja havia uma grande inquietação com as intenções das cortes portuguesas em relação ao Brasil. E o que chamavam “escravizar novamente” era retornar ao que fora antes, quando o Brasil fora uma colônia relegada `a obediência sem retribuição. Foi o mesmo o que ocasionou a Revolução nos Estados Unidos. (Taxação sem representação).

Desde 1808 o Brasil fora transformado em Reino Unido a Portugal e Algarve. Antes, as capitanias eram dependentes. O governo português impedia a construção de estradas e a liberdade de se comunicarem. O comercio era feito entre a capitanias e a metropole. Não se podia comercializar capitania com capitania. Nem mesmo com outros países sem uma autorização real especial.

Não se podia fundar escolas superiores. Quem quizesse estudar tinha que ir a Portugal, para ser adestrado nos modos de vida do reino. Enfim, era a completa falta de liberdade.

E o objetivo era justamente o de dividir para manter a conquista. Sabia-se que a imensidão brasileira iria produzir um numero muito maior de cidadãos. E se todos unissem em torno de qualquer objetivo ele seria realizado. E a independência estava na cabeca de todos, faltava a união.

Outra fantasia que foi validada por muito tempo eh o afirmar que a Independência do Brasil não foi violenta. Pode não ter havido o derramamento de sangue em abundância como aconteceu na Independência dos Estados Unidos, ou na Revolução Francesa. Mas a violência estava nas intenções. O que Portugal não tinha era a capacidade de leva-la a cabo.

Como descreve a Ata acima, D. Joao VI ja havia sido obrigado a assinar a autorização para usarem a forca para submeter o povo. E uma expedição chegaria `a Bahia. O problema, para as forcas portuguesas, foi justamente a diferença entre a estrutura colonial delas e as da Inglaterra.

Os ingleses mantinham um exercito de ocupação. Claro, podiam se dar ao luxo de fazer isso porque era um império emergente, industrializado e rico. Mesmo assim instituia impostos aos colonos para o soldo das tropas.

As forcas portuguesas eram menores e o império estava em decadência. A estrutura de defesa passava pelo próprio povo. As patentes expressas antecedendo aos nomes de nossos ancestrais não eram “compradas” como comumente se fala. O Brasil vivia num estado de semi-militarismo caracteristico de época. As pessoas viviam nas fronteiras coloniais. Precisam de conhecimentos militares para defender-se.

Mesmo a segurança publica era exercida pelos “homens bons”. Nome comum aos membros da baixa nobreza que participavam da governança das instituições. Melhor dizendo, a segurança ficava entregue `a vontade de Deus.

E os que sabiam que tinham pouca fe carregavam seus trabucos para quaisquer eventualidades. Como se vivia na fronteira da colonização, havia que estar-se preparado para tudo. Todos tinham que ter um pouco “de medicos, cientistas e loucos”.

As milicias, depois da Independência substituidas pela Guarda Nacional, eram a organização de defesa da vida e do território. Na verdade eram grupos paramilitares cuja função era também ajudar a Portugal manter o Império.

Em recompensa os membros eram agraciados com privilégios. Ou seja, os próprios milicianos eram responsáveis por expandir a colonização. Conquistadas novas terras e implantados os arraiais, a coroa distribuia a autorização legal de posses e a distribuição dos privilégios em forma de cargos.

A saber, porem, que os colonos de ascendência portuguesa que colonizaram o Brasil faziam parte da baixa nobreza. Eram assim chamados os nobres de linhagem. Aqueles que num passado não tao recente tiveram ascendentes na realeza. Os reis procuravam ter o máximo de filhos para garantir o direito de permanência de sua dinastia.

Mas o direito integral so era permitido ao primogênito, ou ao sucessor seguinte, `a medida que a linhagem fosse decrescida devido ao falecimento do primogênito ou por seu impedimento. De qualquer forma, sempre sobravam alguns filhos que não herdavam todos os privilégios e que também faziam seus filhos.

`A medida que a família se multiplicava, e ja temos bisavós com mais de 1.000 descendentes, não haviam cargos dentro do governo para os últimos, ou os cargos eram menores. E como os reis seguintes também tinham suas prerrogativas, as descendências dos ancestrais ia ficando cada vez mais com cara de povo, “povificando”.

Então, a transferencia para as colonias era a oportunidade de voltar a ser grande, pois, quem conseguia mais riquezas tambem tinha mais oportunidades. E a Guarda Nacional, criada pelo Patricarca da Independência, Jose Bonifacio de Andrada e Silva, foi o melhor exemplo disso. Quanto mais rico, maior era a patente que o cidadão recebia pelo privilegio. E quanto maior era a patente, maior era o poder sobre seus domínios e dominados.

E a população brasileira era predominantemente de cor. Era indígena ou africana, alem das misturas. Enquanto que na linhagem de dominância e privilégios se destacavam os de origem claramente europeia. Nunca houve uma meritocracia verdadeira.

Obvio eh, porem, que muitos dos chamados “nobres da terra” tinham alguma ascendência nativa e/ou africana. Mas se ocultava o preconceito buscando-se casamentos dos filhos com os recém-chegados de Portugal, para que a pele fosse clareada e a diferença de pele valesse mais que o conteúdo do sangue.

Nos livros, estudamos que a Independência do Brasil se deu com o “Grito do Ipiranga”. Uma versão distanciada da verdade!

Na verdade, havemos que comparar isso com os dias atuais. D. Pedro I, nem mesmo falou o que os livros dizem que disse, ao receber a correspondência das cortes de Portugal ordenando que ele retornasse e tomasse outras providencias contra a emancipação brasileira. Mas muito antes, como comentei anteriormente, tinha a ideia de aproveitar-se da onda e tornar-se a “salvação do Brasil”. Aquela foi justamente a oportunidade.

Ele nada poderia fazer sozinho. Então, o recurso era transformar a sua própria causa em causa de todos. E na realidade, com ou sem D. Pedro, o povo ja estava contaminado pelas “asas da liberdade que abriam sobre nos”.

Ja mencionei os Estados Unidos. Porem, toda a America do Sul espanhola ja havia dado seu grito de independência a comecar pela Venezuela. Quem quiser ver a sequencia, pode visitar:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Independ%C3%AAncia_da_Am%C3%A9rica_Espanhola

Portanto, a Independência do Brasil era uma questão de dias, senão horas. O que atrasou foi a transferencia da corte portuguesa para o Brasil em 1808. O Brasil deixou de ser mera colônia e passou a ser a Sede do Império, ja que Portugal caira sob o domínio francês bonapartino.

O retorno da Família Real para Portugal e, se Pedro tivesse ido também, seria o estopim aceso para a Independência e criação da Republica. Mas o Pedro I resolveu aproveitar a oportunidade de adiar e guardar o sumo privilegio para sua família.

Ele porem dependia do apoio dos milhões de brasileiros. Finda a bravataria do Ipiranga, retornou ao Rio de Janeiro e enviou mensagem a todos os brasileiros para incentiva-los a aderir ao movimento.

Agora devemos pensar como se estivéssemos nos dias atuais. Algo dessa magnitude eh atualmente empoderada pela internet. Se acontecesse, o pais inteiro assistiria a “coisa” no Ipiranga acontecer ao vivo. Logo se convocaria manifestações. Levar-se-ia pelo menos uns dois dias para fazer algo mais organizado. Ajuntar voluntários e mostrar as unhas e os dentes.

Mas naquele tempo nao existia sequer o telegrafo. Muito menos o radio ou televisão. As comunicações eram feitas nas costas de cavalos. Eh provável que a noticia tenha chegado a Ouro Preto cerca de uma semana depois. Dai para Caeté mais uns dias. Em Caeté deve ter sido chamada reunião da governança e então deve ter saído a convocação para a reunião.

Ha que lembrar-se que o fato inicial se deu a 7 de setembro. Era época em que as chuvas tropicais começavam a lavar o terreno. Então, o povo do interior precisava ja estar preparado para arar a terra e plantar. Se passasse da época não conseguiria fazer, por causa do excesso de chuvas em outubro e novembro. As estradas ficavam intransitáveis.

Mesmo assim, a convocação feita pela Concelho em Caeté deve ter levado dias para chegar ao reduto mais distante. A atual Cidade de Ferros, por exemplo, estava nesse itinerário.

La residia o Francisco Joaquim de Andrade, trisavô do poeta Carlos Drummond e pai do Comendador Cassimiro. Somente depois de tomadas as decisoes familiares eh que a reunião se daria. E isso eh o equivalente aos parcos dias com os quais se pode reunir o povo do pais inteiro atualmente, via internet.

Ha que lembrar-se tambem que Minas Gerais e Rio de Janeiro são próximos. E que os confins do Império eram algumas vezes mais distantes. Mesmo assim, sera possível que todos os principais Concelhos no pais tenham se reunido em datas semelhantes. Ou seja, pouco mais de 1 mês após ao recebimento das intimações `a beira do Ipiranga.

Foi então que se pode dar o “Grito do Caeté . Esse eh o nome do córrego que banha a cidade. E como esse devem ter sido dados outras centenas de gritos, através dos quais se proclamou a verdadeira Independência do Brasil. Ela jamais existiria sem a participação do povo.

Para barrar a Independência Portugal decidiu por implantar uma “ponta de lanca” no coração do pais. O que fez foi reunir suas forcas de ocupação em Salvador. E para la mandou também a sua primeira leva de expedicionários.

Entenda o leitor que o decadente Portugal não tinha forca naval para transportar muitos milhares de soldados ao mesmo tempo. Ele precisava ter um porto assegurado e local para organizar-se na tentativa de retomada. E os restantes das tropas iriam chegando com intervalos de meses a cada leva.

Esse era justamente o tendão de Aquiles. Em primeiro lugar, porque o domínio do pais ja era feito pelas forcas paramilitares e que agora eram revoltosas. E em segundo porque foi na Bahia que morreram as esperancas de Portugal. E foi a primeira a morrer, não a ultima!

Os portugueses chegaram a dominar a Cidade de Salvador e seus arredores. Mas os revoltosos retiraram-se para a cidade de Cachoeira, e de la e outros lugares deu-se a resistência que acabou derrotando os portugueses e fez heróis e heroínas, como as famosas Maria Quitéria e a mártir soror Joana Angelica.

Para que melhor compreendam, deixo que os próprio baianos falem por si mesmos. Vejam a publicação da Fundação Pedro Calmon e do governo do Estado da Bahia:

Click to access A%20Bahia%20na%20Independência%20Nacional%20-%20Coletânea%202%20de%20julho.pdf

Em termos de estratégia, os portugueses cometeram os maiores erros que se podia cometer. Certo era que Salvador havia sido a capital do pais e se tomassem efetivamente, seria meio caminho andado para reconquistar o restante do pais.

O problema era que as forcas na Bahia ficariam entre quatro fogos. A capital baiana poderia ser facilmente sitiada pelo norte com os pernambucanos. Ao sul e oeste pelas províncias de Minas Gerais, Espirito Santo e Goiás. Pelo mar haveriam os sulistas, paulistas e cariocas que representavam a forca naval brasileira.

Os portugueses, se fossem mais espertos teriam escolhido o Rio Grande do Norte para iniciar a reconquista. La era o ponto mais proximo de Portugal e a pequena forca naval portuguesa economizaria dias de ida e volta. Alem do mais havia uma menor população brasileira que não teria como resistir. Alem de ficar mais distante para os brasileiros se defenderem.

Somente depois que a ponta-de-lança estivesse bem estabelecida, e essa tática seria repetida no famoso Dia D, durante a chamada II Grande Guerra, tornar-se-ia possível ocupar-se em retomar o pais. Mas, mesmo que os portugueses houvessem sido mais táticos, a causa deles era perdida.

Outra chance que teriam seria a de reclamar `a Inglaterra a ajuda prometida de defesa reciproca, tratada desde o século XIV, como desenvolvimento da Crise de !383-1385. Nela, portugueses e ingleses haviam lutado em conjunto para manter a coroa portuguesa contra a inimiga comum, a Espanha.

`A mesma época, a Inglaterra possuía pelo menos 1.000 navios que utilizara para ajudar a derrotar Napoleão Bonaparte. Mas o problema não era usar a forca. O problema era a experiência que estava falando mais alto.

Muitos pensam que os livros de Historia estão corretos ao dizer que tivemos duas guerras mundiais ate agora. Mas o conceito eh apenas didático, não se trata de uma realidade. A I Guerra Mundial foram mesmo as chamadas Guerras Napoleônicas. Elas mexeram com todas as pedras. A diferença eh que nem todas caíram.

Todos os Imperios Europeus foram envolvidos. E, por extensão, todas as colónias se viram envolvidas. Pouco se fala, por exemplo, na participação brasileira. Mas como parte do Império Português o Brasil foi atacado com a invasão de Portugal.

E do Brasil, após tornar-se a nova Sede do Império, um dos primeiros atos do Regente Joao VI foi ordenar a invasão da Guiana Francesa. Algo que as forcas armadas não tiveram trabalho para fazer e a ocupação durou ate ao Tratado de Versalles – 1919. Tratado do qual o Brasil fez parte.

Um problema para os ingleses entrarem eh que haviam acabado de sair daquela I Guerra Mundial que ocasionara, por baixo, 5 milhões de mortes. Porem, na contagem oficial não se contabiliza os conflitos periféricos.

Os Estados Unidos, por exemplo, declararam guerra contra a Inglaterra em 1812. Essa guerra eh considerada a segunda guerra de Independência porque se perdesse a Inglaterra retomaria o território.

E os motivos maiores foram porque a Inglaterra estava insuflando os ataques dos indígenas contra a recém criada nação e, por causa da guerra contra a Franca, por não ter marinheiros suficientes para a guerra, estava recrutando a forca, em alto mar, os marinheiros dos Estados Unidos para combater o Napoleão.

E a Inglaterra tomou uma segunda lição na Batalha de Nova Orleans. Os ingleses queriam tomar a cidade porque era o portão de entrada para o interior da nação americana. Sem isso o pais não teria como se defender.

A invasão foi planejada com 10.000 soldados. Todos experientes e bem armados. Uma parte era exercito e o restante naval. Os defensores dos Estados Unidos não tinham como vencer aparentemente.

Era uma forca muito reduzida, talvez 5.000 homens, nunca tinham participado de guerras. A maioria não era soldado mas apenas egressos das fronteiras de colonização. Enquanto os ingleses estavam armados com as armas mais poderosas da época os do outro lado tinham suas armas de caçadores.

A estratégia dos defensores foi simples. Bloqueou-se a entrada da baia para impedir os navios de entrar. Afundaram os navios que tinham ja que usa-los numa batalha de igual para igual era perda de tempo. Concentraram a defesa no único forte na entrada da baia.

O exercito inglês desembarcou para atacar a cidade. E marchou naquela formação clássica, que a gente vê em filmes de guerras antigas. Os pelotões formando quadrados e mandando bala, num duelo no qual vence o que for mais rápido ou quem souber movimentar melhor suas pecas.

Os defensores se postaram em trincheiras e pontos estratégicos. Tinham escolhido o local onde lutar, com vantagem para si mesmo. E se postaram como no habito dos caçadores. Na espreita.

Quando as forcas inglesas atacaram em sua formação apropriada para enfrentar outros exércitos bem treinados os defensores fizeram a farra. Foi como atirar em um bando de patos. Os defensores se postaram como franco-atiradores e a cada tiro caia um inglês. Enquanto o retorno não era verdadeiro.

Percebendo que não havia chance alguma de vencer, os ingleses abandonaram a batalha deixando uma baixa de pelo menos 20% do seu contingente. Os defensores, entre mortos e feridos, podiam ser contados em poucas dúzias.

E essa passou a ser a realidade `aquela época. Quando os colonos estavam melhor preparados tinham a vantagem. Isso por dois motivos essenciais. Primeiro porque conheciam as táticas dos europeus. E segundo porque sabiam lutar do modo indígena, atacando de surpresa, causando baixas e desaparecendo antes que o inimigo reagisse.

Na guerra, se voce causa medo no adversario a ponto de faze-lo desacreditar em si mesmo, ja eh meia vitoria. Mesmo antes da batalha.

E os Estados Unidos contribuíra com dois exemplos disso. Nessa e na Guerra da Independência. A Espanha estava sendo varrida dos seus antigos domínios.

Num certo passado ate então, os brasileiros e portugueses haviam derrotado ao mesmo tempo duas superpotências europeias da época. Na luta contra a Invasão Holandesa e na Guerra da Aclamação, quando Portugal recuperou sua coroa tomada pelos Felipes da Espanha.

Mas a grande vantagem dos povos americanos tanto do Sul quanto do Norte foi que eles estavam jogando dentro de casa. A gente sabe que jogar dentro de casa sempre traz vantagens para o mandante.

Foi por isso que após os portugueses ser batidos pelos baianos o restante do Brasil nem sequer precisou lutar. Nessa época, brava gente mesmo foram praticamente so os baianos. Eles salvaram o Brasil da possibilidade de ser reduzido novamente a colônia.

Mas isso seria apenas uma possibilidade, pois, se todos entrassem com a mesma vontade na luta o mais provável seria que Portugal nem mesmo com todas as suas forcas armadas fosse ter a menor chance.

Deve ter sido devido `as experiências que a Inglaterra não se interessou em ajudar. E também não era do interesse dela. Preferiu aconselhar Portugal a aceitar a perda da colônia e fazer as pazes.

A Inglaterra tinha mais que motivos para fazer isso. A esposa do D. Pedro I foi a D. Maria Leopoldina, da Austria. O Imperio Austro-Hungaro era um dos mais fortes da Europa. Seria mexer com cumbuca.

Como mencionei, a Europa havia acabado de sair da I Grande Guerra (Napoleônicas). E isso poderia levar a uma segunda.

Outra, um dos primeiros atos de D. Joao VI quando as cortes portuguesas desembarcaram no Brasil foi abrir os portos para as “nações amigas”. Subentendido, a Inglaterra. As intenções de Portugal limitariam a liberdade de negócios para a Inglaterra.

E, entre outras riquezas que os ingleses estavam explorando no Brasil, contam-se diversas minas de ouro e diamantes, inclusive aquelas nas cidades de Diamantina, Itabira e Guanhaes. Ajudar Portugal nesse projeto seria lutar contra os próprios interesses.

E assim se confirmou a Independência brasileira. Muito mais que pelo “Grito do Ipiranga” e sim pelo “Grito de cada Rincão Brasileiro”. E se alguém disser que D. Pedro deu Independência ao Brasil, converse com os baianos para ver se eles aprovam isso! Foi o sangue deles que correu e evitou sangramento maior.

D. Pedro apenas se beneficiou, como fazem todos os politicos desde então ate hoje. A bem dizer, o Pedro I não esta com essa bola toda não! Nosso antepassado, Ramises II, do Egito, ja tinha mestres da propaganda trabalhando para ele. Quem conhece a Historia sabe disso!

Esse eh o tipo de documento que eu venho ha muito esperando encontrar. A razão maior eh a de que encontramos nomes de nossos ancestrais, porem, ha tambem a razão de que por ele podemos comprovar que os nomes deles deveriam fazer parte dos livros de Historia ou, pelo menos, como eh comum fazer-se aqui nos Estados Unidos, construir-se murais nas cidades onde houveram tais reuniões com a publicação das Atas e todos os nomes dos que assinaram ou foram representados. (p.p.)

Documentos como esses são guardados como tesouros no Smithsonian ou na Livraria do Congresso. As pessoas podem pedir para consultar e copiar. Através disso elas aprendem que a Historia eh construida pelo povo e não se depende de indivíduos especiais para faze-la acontecer. Foram nossos ancestrais que fizeram a Independência do Brasil.

Gostaria de ver se encontro as Atas de outros Concelhos como deve ter havido as de Conceição do Mato Dentro e Serro. Não posso esperar o mesmo de Diamantina porque essa vivia sob um regime especial e era como se fosse independente do restante do Brasil. Os portugueses queriam ter o absoluto controle da produção dos diamantes e deveriam ter um forte contingente de milicianos para reprimir quaisquer atividades suspeitas.

Os Arraiais de Sao Sebastiao dos Correntes (Sabinopolis – 1819) e Sao Miguel e Almas (Guanhaes – 1822) eram recém-criados. E os fundadores eram em sua maioria egressos das duas localidades mais antigas. Muitos eram nossos ancestrais e parentes. Portanto, os nomes deles deverão ser encontrados la e não no documento de Caeté.

Estou sem saber como explicar a ausência de qualquer Barbalho alem do Policarpo. `A mesma época estavam nascendo outros o que implica que os pais poderiam ser eleitores. Mas ainda nao deveriam ser.

Pelos meus calculos, baseado nos nomes que reconheci, todos os assinantes haviam nascido entre os anos de 1750 ate um pouco antes de 1800. Era natural, pois, poucos jovens teriam renda para tornar-se miliciano e eleitor. As mulheres estavam totalmente ausentes, como mandava o figurino de época. Mesmo que, para resolver, elas podiam lutar, como fez Maria Quitéria na Bahia.

Estranhei mais a ausência dos irmãos do Policarpo: Gervasio e Firmiano. Ambos se casaram em Itabira. Porem o Firmiano era recém-casado. Talvez seja deles mesmo que as tradições guardam que um foi para o Rio Grande do Sul e outro para o Nordeste. Sendo o caso, poderiam não ser eleitores mesmo em Caeté.

Ja outros, como o Victoriano Jose Barbalho, Boaventura Jose Pimenta, Miguel Pereira do Amaral, Antonio Borges Monteiro, Jose Coelho da Rocha, Joao Coelho de Magalhães e tantos outros que teriam idade para estar envolvidos nos movimento não apareceriam senão nos documentos do Serro ou Conceição Eh possível que nessas cidades identificariamos dezenas de parentes nossos ou suspeitos de se-lo.

Mas do conteúdo desse documento podemos tirar algumas lições. Uma delas eh a de que devemos agradecer `as cortes portuguesas por terem sido tao insensíveis em relação ao sentimento pátrio do povo brasileiro. Raramente se ve nalgum movimento politico tamanha unanimidade.

Deve ter havido inimigos pessoais que se abraçaram durante a reunião em torno do pacto de interesse comum. Algo que esta faltando aos jovens atualmente no Brasil. Mesmo não se tratando de inimigos!

Em segundo lugar devemos notar que o brasileiro não mudou muita coisa desde a declaração da Independência. Observe-se que a Ata faz a ressalva muito bem escrita de que o apoio a D. Pedro era condicional a ele obedecer `a Constituicao e `a Constituinte.

Pois, quem conhece a Historia sabe, ele so esperou que as coisas entre os revoltosos e Portugal se resolvessem para “dar um caminhão de bananas para o povo”. Ele dissolveu a Constituinte e recusou-se a obedecer `a Constituição, tornando-se o ditador real.

Alguma semelhança entre o passado e a atualidade não eh mera coincidência! O que eh interessante mesmo eh o povo não conhecer sua própria Historia e ficar repetindo-a tantas e tantas vezes!!!

Geralmente, os nossos livros de Historia local não a vinculam aos acontecimentos mundiais. Então, as pessoas deveriam perguntar-se: Por que los hermanos da America Latina resolveram de uma hora para outra libertar-se do jugo espanhol e o brasileiro ficou acomodado. Ai entram dois fatos. O primeiro foi que D. Joao VI enganou Napoleão e conseguiu fugir para o Brasil, enquanto o rei espanhol não foi tao esperto.

O segundo e igualmente importante foi que Napoleão empossou o irmao dele, Jose Bonaparte, como rei da Espanha e da India. E, naturalmente, los hermanos tinham o sonho da republica. Somente os conservadores, então no poder, queriam que tudo permanecesse o mesmo. Com a imposição de Jose Bonaparte a coisa mudou muito. Seria encarado pela elites como um desqualificado feito rei. E isso nem os conservadores suportariam!

As guerras e mudanças que se deram ate umas décadas depois da queda de Napoleão tem uma relação direta com as tripolias que ele aprontou, embora os livros não façam esse vinculo.

Naturalmente, a Revolucao Liberal que tomou conta de Portugal nos anos de D. Pedro I do Brasil, o mesmo Pedro IV de Portugal, e a convulsão que o Brasil passou enquanto D. Pedro II não foi empossado, tiveram outros motivos, porem, obvio eh que sem a interferencia de Napoleão a Historia seria completamente diferente.

E nisso se explica porque a verdadeira I Guerra Mundial foram as Guerras Napoleônicas Existiu um mundo antes dele e surgiu outro após ele. E os conflitos se deram no mundo inteiro.

Enquanto isso, nas Americas, particularmente no Brasil, talvez pela própria necessidade e porque estavam sob o domínio de uma forca estrangeira, nossos ancestrais tinham consciência da influencia alienígena sobre os interesses do Brasil e outras colônias.

O que parece eh que, na atualidade, as pessoas se esqueceram totalmente que os interesses externos continuam os mesmos. Mas nem todos percebem as formas ocultas de exercer o mesmo domínio que existia antes sobre os povos desavisados.

Uma delas eh justamente promover movimentos com gritos de liberdade sem se olhar quem ira exercer o poder em substituição ao que era antes. Ai esta! Os pobres lutam, lutam, e terminam sob dominâncias que nunca gerarão a mesma liberdade para todos. Enquanto o povo estiver dividido, sempre valera o ditado: “Todos são iguais perante a lei, mas tem aqueles que serão “mais iguais” que outros!”

A grande vantagem de se poder vincular os nomes de nossos ancestrais aos movimentos de importância histórica eh a de demonstrar para as crianças e jovens que eles não estudam a Historia “dos outros”.

Nos somos o resultado da Historia porque ela foi feita por nossos ancestrais. E nos cabe fazer o melhor possível pela Historia presente, pois, que eh dela que viverão nossa descendência E como descendemos de muitos indivíduos da Historia do passado, muitos do presente serão ancestrais conosco da mesma descendência.

Possível sera que, `a medida que a Historia for ensinada mostrando-se a presença de nossos ancestrais nela, as crianças e jovens irão aprende-la com mais gosto e identificar-se melhor com os fatos.

A consequência que espero disso eh que, devido a esse relacionamento familiar e intimo com a disciplina, jamais esqueçam de suas realidades e assim poderão evitar repetir os mesmos erros dos antepassados.

Da lista de presentes assinantes no documento de apoio `a Independência do Brasil existem os 3 mencionados como nossos ancestrais: Policarpo Jose Barbalho, Manoel Nunes Coelho e Jose Joaquim de Andrade. Refiro-me apenas em relação `a chamada Família Coelho dos arredores de Guanhaes e Virginópolis e dos filhos desses antepassados os quais podemos vincular na relação de ascendência/descendência.

Policarpo Jose Barbalho tornou-se ancestral dos “de Magalhaes Barbalho”. O filho dele, Francisco Marçal Barbalho, por ter se casado com Eugenia Maria da Cruz Coelho e terem se multiplicado em Virginópolis tem uma vasta descendência Embora, somente uma quantidade menor dela usa o sobrenome.

O irmão do Francisco, Jose de Magalhães Barbalho, tambem deixou descendência no mesmo ramo. Ele foi pai da Ana Maria, que foi a mãe do Joao Baptista de Magalhães (conhecido com tio Joaozinho). Este casou-se com sua prima Candida de Magalhães Barbalho (Sa Candinha), e deles descendem muitos.

Não sabemos ainda com certeza se esse Manoel Nunes Coelho eh o mesmo alegado pai do Eusebio Nunes Coelho que, ao casar-se e ter filhos com Anna Pinto de Jesus, tornou-se o grande patriarca da familia em Guanhaes, Virginópolis e região.

Não temos a certeza porque esse Manoel casou-se em 1804 em Itabira e teve filhos la. `A mesma época que também se casavam Eusebio e Anna Pinto. Portanto, temos que saber se aquele era ou nao um segundo casamento do pai.

Manoel pode ser o iniciador da multiplicação desse sobrenome na região pois, foi filho de Thomaz Nunes Filgueiras e Anna Coelho. Embora a combinação Nunes Coelho ja existisse e existem outras famílias com o mesmo nome espalhadas pelo mundo, o nosso ramo inicia-se ai.

Na Familia Coelho sao Nunes Coelho todos os que obviamente assinam. Joaquim Nunes Coelho, filho do Eusebio, casou-se com Francisca Eufrasia de Assis Coelho. Foi um dos fundadores de Virginópolis.

A sobrinha daquele, Maria Honória Nunes Coelho, filha do Clemente, casou-se com Joao Baptista Coelho, irmao da Francisca. Deles descende os Batista Coelho que também sao Nunes Coelho.

No campo do outro irmão: Antonio Rodrigues Coelho, 3 dos 14 filhos que se casaram o fizeram diretamente com membros da Família Nunes Coelho. Outros 7 casaram-se no ramo Batista Coelho. Portanto, a maioria absoluta eh Nunes Coelho.

No campo dos Barbalho, dos 7 filhos casados, 3 filhas casaram-se com filhos do Joaquim e Francisca. E boa parte dos netos e bisnetos misturaram-se aos Batista Coelho/Rodrigues Coelho, formando tambem descendência Nunes Coelho.

Por fim, o Jose Joaquim de Andrade foi pai de Simpliciana Rosa de Andrade. Ela casou-se com Honório Coelho de Linhares. Deles nasceu um filho, entre outros, que recebeu o nome de Joaquim. Como conhecemos o nosso trisavô pelo apelido de Joaquim Honório acredito que seja nosso ancestral o filho do casal.

Joaquim Honório deixou a maior parte de sua descendência no local denominado de Córrego dos Honórios. O local fica entre os municípios de Divinolandia de Minas e Gonzaga. Mas dele nasceu nossa bisavó: Ersila Coelho de Andrade. Portanto, a descendência dela e de diversos outros estava representada com a assinatura do ancestral naquele documento.

Alem deles, acredito que o Joaquim Coelho Linhares sera aparentado por essa via. Pelos dados que tenho em mãos não da para afirmar nem deduzir o grau de parentesco. Espero que com o tempo ele apareça.

Diversos outros presentes deverão também ter algum vinculo familiar conosco. Isso eh obvio mas eh impossível definir isso por enquanto. Se nossos ancestrais estavam presentes, o esperado eh que aparentados em diversos graus tambem o fizessem. Mesmo que os sobrenomes fossem completamente diferentes. Somente depois de uma pesquisa mais completa dos ancestrais dos presentes e que poderiamos determinar isso.

Alem disso, muitos dos presentes terão vínculos conosco por ser ascendentes de nossos aparentados ou mesmo parentes. Citando alguns, temos os Pinto Coelho da Cunha, os Furtado Leite, possivelmente o capitao Thome Nunes Filgueiras, os Meirelles Coelho, os Andrade da familia do Carlos Drummond, os Araujo e, entre outros mais, o senhor Manoel dos Reis Carvalho. Minha esposa tem um antepassado com nome igual e esse pode ter sido pai ou avo dele.

Interessante eh também deixar anotado que na Revista do Arquivo Publico Mineiro ha a reprodução de diversos documentos ligados `a Comarca do Serro. Entre eles ha as primeiras menções ao “Descoberto do Pecanha”.

Na sequencia temos também a narrativa do inicio da ocupação do atual Municipio de Rio Vermelho. Ali menciona, por exemplo, a presença do Tenente-coronel Antonio dos Santos Carvalhaes. Os sobrenomes me são familiares porque também aparecem nos Almanaks da Província de Minas Gerais por volta dos anos de 1872. Alem disso, eh o mesmo sobrenome de nossa ancestral Maria Rosa dos Santos Carvalhais (ou do Espirito Santo Carvalhais).

Ela foi a esposa do Joaquim Pereira de Andrade que ja no inicio da ocupação do solo virginopolitano possuia fazendas no local. Sao ancestrais dos Pereira do Amaral, Coelho de Amaral e diversas outras combinações de sobrenomes. Eh possível que tenhamos vinculos com os mesmos do Rio Vermelho.

Mas eh muita coisa. Para ter uma melhor ideia somente uma lida muito atenciosa e longa. E tempo, infelizmente, nao esta sobrando no momento.

Infelismente os documentos das outras cidades, mesmo parecendo-me ser de fundamental importância para suas Historias, não incluem documentos referentes `as noticias de como participaram no movimento de Independência do Brasil. Seria interessante se os redatores tivessem estabelecido um assunto para cada exemplar de publicação Agora nos facilitaria. O assunto deve estar espalhado nas diversas edições durante o século XX.

Par melhor compreenderem, bom sera que conheçam também o valor das patentes que nossos antepassados possuiram. O Jose Joaquim, por exemplo, foi Cabo-de-esquadra e aparece no documento como Guarda-Mor. O Policarpo aparece como Tenente e depois era Alferes. Foi a primeira vez que vi a menção ao Alferes de Ordenanças ligado ao Manoel Nunes Coelho.

Cabo-de-esquadra era um comandante de 20 arqueiros durante a Idade Media. Depois passou a ser usado para chefes de destacamentos. Podia ser usado para os chefes de delegacias policiais. Guarda-Mor estava mais antigamente ligado apenas `a fiscalização de alfândega e de navios. Com o tempo passou a ser usado para outros fiscais do fisco.

Alferes era o equivalente na atualidade ao segundo tenente. O famoso Joaquim Jose da Silva Xavier, o Tiradentes, foi alferes.

Os membros das ordenanças eram como um quadro de reserva. Eram mais solicitados para fazer o recrutamento quando havia necessidade de aumentar as forcas armadas. Os militares de primeira linha estavam entre esses e aqueles efetivos, tambem chamados de “tropas pagas”. A primeira linha na verdade era uma reserva das tropas efetivas.

Almotacel atualmente poderia ser o mesmo que funcionário do Instituto de Pesos e Medidas. Muitos imaginam e tem nossos ancestrais como perfeitos. Mas havia tanto roubo no peso das mercadorias que houve a necessidade de haver um oficial com o poder de regular o padrão de pesos e medidas.

Ha que salientar-se aqui a importância de Caeté para a Historia do Estado de Minas Gerais e do Brasil no decorrer do século XIX e durante a primeira metade do século XX. Nesse período praticamente não existiram cidades grandes no Brasil. Destacavam-se as que eram sede de concelhos. Elas eram como capitais regionais. E delas dependiam suas subalternas, as freguesias e arraiais.

Ha que destacar-se aqui também a importância da reunião e da decisão naquele concelho. Para Portugal, a reunião como aquela com tal decisão era um crime de lesa patria e lesa majestade alem de sedição. A Ata da reunião seria a melhor prova do crime! Nenhum dos participantes sabia, como nos dias de hoje se poderia saber, qual teria sido as decisões tomadas pelos outros concelhos.

Se o Concelho de Caeté fosse único com tal decisão as consequências seriam as mesmas que as da Inconfidência, ou piores, para os participantes.

Sao muitas as famílias na reunião de Caeté que se fizeram representar e delas surgiram nomes que fizeram a Historia. Alguns com ascendência direta nos personagens presentes e outros por causa das relações de parentesco com eles.

Destaco algumas familias com vínculos nessa reunião e cujos membros e aparentados tiveram grande influencia politica, econômica e cultural, particularmente a partir da reunião ate aos anos de 1960. Observa-se que as familias em cada geração costumavam mudar de local de morada. Haviam participantes como o Policarpo Barbalho que possuía raiz no Serro, mudou-se para Itabira, tornando-se parte do Concelho de Caeté e depois distribuiu-se por outros recantos do Estado.

Menciono então numeradas, 10 assinaturas de influentes ai representadas. Claro, estão presentes muitas mais, mas relaciono-as com a nossa genealogia em particular:

01. Familia Lott. O sobrenome foi de Exeter, na Inglaterra, para Minas Gerais na pessoa de Edward Wiliam Jacobson Lott. Ele casou-se com a serrana Maria Teresa Gomes da Silva Caldeira. Mudaram-se para Guanhaes onde ele tornou-se dono de mina de ouro. Depois mudaram-se para Caeté onde o patriarca esta sepultado.

Foram os avos do Marechal Lott. E a familia tem vínculos genealógicos com as famílias fundadoras de Guanhaes, inclusive os Barbalho e Coelho.

02. Familia Pinheiro da Silva. A familia formou-se no Serro com o italiano Giuseppe Pignataro. Ele foi casado com dona Helena de Barros Leite. Foram os pais do governador Joao Pinheiro da Silva. Pinheiro foi a tradução do sobrenome italiano, acrescentado do “da Silva” como declaracao de adoção `a nova patria. A mãe do Joao Pinheiro, então residente em Guanhaes, mudou-se para Caeté para poder atender melhor `a família.

Joao Pinheiro, entre muitos, foi pai tambem do governador Israel Pinheiro da Silva. Também de dona Amanda, esposa do dr. Caio Nelson de Senna, e de dona Lucia Pinheiro, esposa do professor Dermeval Jose Pimenta. Outras ligações da família se deram com os Barbalho e Coelho.

03. Os Barbalho Coelho. Ha a relação de descendencia direta ai entre o Barbalho e o Nunes Coelho com o bispo D. Manoel Nunes Coelho. Ele foi bisneto do Policarpo e do Manuel.

04. Os Nunes Coelho. Destacam-se, entre outros, o senador Francisco Nunes Coelho (Dr. Chiquitinho) e seu filho o deputado Rafael Caio Nunes Coelho. Também descendência direta do Barbalho e Coelho.

05. Alves Barroso. Ajudaram a fundar Sabinopolis. Os representantes mais conhecidos foram o deputado Sabino Alves Barroso e o compositor Ary Barroso. Atualmente existem ramos de entrelace entre eles e os Barbalho Coelho.

06. Barbalho Pimenta de Carvalho. Tronco no qual estão envolvidos os ancestrais do Policarpo. Entre os membros de destaque esta o próprio professor Dermeval Jose Pimenta.

07. Coelho de Senna. Ramo também que se liga ao Barbalho nos ancestrais maternos do professor Nelson Coelho de Senna. Com destaque para toda a familia.

08. Rodrigues Coelho Ferreira de Salles. Descendem dos Barbalho e dos ancestrais do Policarpo. Destaca-se o antigo juiz de direito e deputado dr. Antonio Rodrigues Coelho Junior. Teve filhos com participação política e burocrática como o dr. Alyrio Coelho Salles.

09. Barbalho Coelho Kubitschek de Oliveira. Familia que nao precisa apresentação Produziu o prefeito de Belo Horizonte, governador de Minas e presidente do Brasil, Juscelino Kubitschek de Oliveira.

10. Campos do Amaral. Familia multiplicada no Serro e imediações que produziu em Virginópolis o coronel Octavio Campos do Amaral. Ele foi de grande importância na Historia de Minas Gerais com envolvimento na Historia do Brasil. Pouco destacado, talvez, por ter apoiado o ditador Getulio Vargas.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_da_independ%C3%AAncia_do_Brasil

 

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02. FAMILIAS ANDRADE DE ARAUJO, PEREIRA DO AMARAL, RIBEIRO QUEIROZ E COUTINHO NO SERRO.

Não fiz um estudo completo. Mas por uma rápida olhada no histórico da existência da Cidade de Pecanha, na Revista do Archivo Publico Mineiro, de 1896, deu para ligar as antenas em relação ao assunto genealógico.

O histórico não difere em síntese daquilo que o professor Dermeval Jose Pimenta descreve no livro dele: “A MATA DO PECANHA, SUA HISTORIA E SUA GENTE”. Eh possível que ele ate tenha usado a mesma fonte de consulta.

Os artigos foram enviados `a revista pelo nosso velho conhecido, o alferes Luiz Antonio Pinto. `A época era ele o escrivão da Camara Municipal do Serro. Cidade esta que, quando sob o nome de Vila do Principe do Serro do Frio, tinha a primazia de ser a sede municipal de todo Norte e Nordeste de Minas Gerais.

O Alferes foi jornalista e autor de um famoso Arquivo que, depois de esfacelado, foi passado para a tutoria do Arquivo Publico Mineiro. Tinha um carinho especial pela genealogia da gente serrana, porem, parece não se ter dado ao trabalho de reunir seus achados em uma obra que, para nos, na atualidade seria a declaração de verdadeiro amor `a disciplina.

O alferes era a pessoa a quem todos que queriam saber algo de seus antepassados nos antigos domínios do Serro recorriam. O professor Dermeval inclusive registra correspondência entre o avo dele, Modesto Jose Pimenta, e o alferes, a pedido do primo Henrique Borges Monteiro, consultando-se a respeito de nossos tios: Isidro e Umbelino Borges Monteiro.

Henrique era filho do Isidro, que era filho do tio Isidro e neto do portugues Antonio Borges Monteiro, o que chegou de Portugal ao Serro por volta de 1770. Era natural do Distrito de Guarda, Cidade de Seia, Freguesia de Pinhancos, e nascera em 1751. O ancestral Antonio havia mandado os dois filhos mencionados acima para estudarem no Rio de Janeiro e por la progrediram.

Mas o que fez-me abrir esse novo capitulo foi uma sequencia de escrivães da Camara Municipal do Serro, ainda no século XVIII. Possível sera que houveram outros. Mas os documentos aos quais o alferes recorreu revelam apenas os que seguem:

A partir da pagina 765,

27.02.1745, Francisco Jose Coutinho
29.07.1748, Francisco de Andrada(e) de Arahujo
09.12.1770, Antonio Bernardo Sobral e Almeida
21.12.1772, Jose Pereira do Amaral
05.11.1781, Inácio Ribeyro de Queiroz (num paragrafo aparte o autor informa que esse fora filho dos portugueses: alferes Manoel Ribeiro da Costa e D. Anna Maria de Jesus Queiroz, ambos de Vianna do Minho).
28.04.1792, Marcelino Jose de Queiroz.

Tudo pode ser coincidencia. Dai espero que o leitor desse capitulo não tome essas conjecturas como conclusões.

Nada falo a respeito do Coutinho.

Ha que desconfiar-se um pouco do sobrenome Andrade de Araujo. Esse sobrenome aparece em Belchior de Andrade de Araujo, natural de Arcos de Valdevez, e senhor de engenho no Rio de Janeiro. Foi marido de Maria Cardoso de Souto Mayor, descendente dos Pontes Maciel, familia nobre das ilhas portuguesas. Tlt. Rendons, Genealogia Paulistana.

O professor Dermeval ao cometer o engano, presumo, ao identificar Josepha Pimenta de Souza como trineta deles acabou abrindo a porta para as conexões genealógicas. A filha do casal acima, Maria Andrade, foi esposa do capitão Manoel Pimenta de Carvalho, irmão do capitão-mor Joao Pimenta de Carvalho. Segundo os atuais genealogistas, Josepha descendia deste e nao daquele.

Mas fica ai a ligação através do Pimenta de Carvalho. E como Josepha entrelaçou-se na Família Barbalho, ao casar-se, no Serro, em 1832, com Manoel Vaz Barbalho fica possível imaginar que Josepha e o Francisco de Andrada(e) Araújo tenham sido primos. Dai se explica a presença de ambos aproximadamente `a mesma época e mesmo local.

Como segunda alteração feita no dia 18.02.17, lembrei-me ontem e pesquisei agora de manha para confirmar: consta no “VELHOS TRONCOS OUROPRETANOS” Do Cônego Raimundo Octavio da Trindade, vol. II, pág. 13, um titulo denominado Andrade.

Ali se nota, `a pagina 12: “Tristão Antonio de Andrade casado com Maria Carolina da Rocha. Pais de: …

F1 – Antonio de Paula Andrade c. c. Domiciana Nogueira. Filhos:
….
N4 – Orozimbo de Paula Andrade c. c Josefina Coelho Fontoura, descendente de Jose Bonifacio de Oliveira (irmão do Padre Belchior Pinheiro de Oliveira) dos Andrada de Diamantina (Tejuco).”

Muito possível que os Andrada de Diamantina tiveram inicio por la no Francisco de Andrada de Arahujo ou, quem dirá, nos pais dele. Deles talvez descendam os Dias de Andrade com ramificação em Sao Joao Evangelista e Virginópolis.

Também pode-se sonhar com a possibilidade de ele ou parente ter sido nosso ancestral por outras vias. O professor Nelson Coelho de Senna afirma que os bisavós dele, Joao Coelho de Magalhães e Bibiana Lourença de Araujo foram “primos carnais”. Infelizmente não explicou como.

Então, abriu a janela de possibilidade de os Coelho também terem o sangue Araújo. Mas ate aqui sera pura especulação.

Embora, `a 762, procurando comprovar a possível presença de descendentes do Mestre de Campo Lucas de Freitas de Azevedo, o alferes Jose Antonio Pinto recorre, entre outros, ao documento de batismo de Catharina, filha da escrava Maria, em 1718.

O que ha de particular ai foi que a Maria pertencia a Manoel da Silva Pinto, que reconheceu a paternidade da criança. [Sabe-se la que sera por essa via que chegou a nos o sangue de nossa ancestral Anna Pinto de Jesus, esposa do ancestral Eusebio Nunes Coelho! Afinal, sabemos que temos teor africano na linhagem] Alem disso a Catharina foi batizada pelo vigário padre Antonio de Mendanha Sotto Maior e o padrinho foi Manoel de Mattos Sotto Maior.

`A pagina 761 ja havia revelado que a esposa do Mestre de Campo chamara-se Izabel de Mendanha de Souto Maior. Importante ai eh nos lembrarmos que ja havia aliança entre os Souto Maior e Andrade de Araujo no Rio de Janeiro, datando de 100 anos antes do batizado acima mencionado.

Ja o Antonio Bernardo Sobral e Almeida tem comum conosco o Almeida. Sobrenome que aparece nos nossos ancestrais através da conjunção do Antonio Coelho de Almeida que era sogro do Malaquias Pereira do Amaral, co-fundador de Sabinopolis.

Tanto a esposa de um quanto a de outro chamavam-se Ana Maria de Jesus. O Malaquias nasceu em Conceição do Mato Dentro. Mas a esposa teria nascido em Congonhas do Campo, assim como a mãe do Malaquias, também dita nascida em Congonhas, e esposa do pai: Miguel Pereira do Amaral.

Os dados aparecem no livro do professor Dermeval. Tudo sera possível, principalmente porque depois de 1750, com a queda brusca da produção de ouro nos centros produtivos tradicionais, a expansão da colonização foi feita `a base da busca de novos veios que foram encontrados nos arredores de Conceição, Serro e Itabira.

E nossa genealogia registra a migração de outros ramos primeiro implantados em torno de Ouro Preto e Mariana e depois migrados para tais regiões. Entre eles estão os Coelho de Magalhães (ou Rodrigues Coelho, segundo o professor Nelson de Senna).

Mas aqui ha a possibilidade de o ancestral Antonio Coelho de Almeida descender do mesmo escrivão Antonio Sobral. Ao que parece, Antonio ja habitava a area onde surgiria a futura Sabinopolis, e haviam familias Coelho no Serro, desde o inicio verificado pela presença do procurador Leandro Coelho Mestre, presente `a pagina 765, em 1752.

A presença do Jose Pereira do Amaral poe um pouco de duvida em relação `a narrativa do professor Dermeval em relação `a entrada do sobrenome na família a partir do Miguel Pereira do Amaral que teria migrado da Ilha de Sao Miguel dos Açores. Possível eh!

Mas Jose Pereira do Amaral ja devia ser adulto, mesmo que jovem, em 1772. Enquanto o Miguel deveria ser criança. E o professor Dermeval não substancia as alegações dele com base documental, senão em outros casos.

Acredito que ele tenha se baseado em memórias. Especialmente da avo Ermelinda Querubina Pereira do Amaral. Depois que ficou viuva em 1881 ela foi residir na casa do filho, coronel Cornelio Jose Pimenta. Mas faleceu em 1906, aos 10 anos de idade do professor, e o pai em 1918, aos 22 anos do mesmo.

Na maioria das vezes as tradições nos enganam porque a memória pode misturar os fatos. Jose poderia ter sido o pai, um tio e ate um irmão mais velho do Miguel. Qualquer que for o caso temos nota ai de que a família dessa assinatura devera ser pelo menos o dobro do que temos conhecimento!

A presença dos Queiroz talvez seja a que tenha a importância imediata maior. Não tive contato maior a respeito da família como um todo. Porem, entre amigos e parentes devemos ter muitos da mesma linhagem. Ha que mandar um alo `a amiga genealogista Marina Raimunda Braga Leão em Pecanha.

A respeito de Pecanha, o professor Dermeval descreve no livro dele que para instalar-se a Vila de Pecanha, em 1880, os prédios necessários para instalação da Camara Municipal, Escolas e Cadeia Publica foram doados por iniciativa privada e um dos doadores foi o senhor Marcelino Batista de Queirós.

Esse, por sinal, havia sido o 7o. filho do casal: capitão Joao Batista de Queiroz e dona Edwiges Soares da Encarnação. No livro o professor escreveu Edwiges Carvalho de Queiroz, corrigido pela Marina, que eh descendente do casal.

Obviamente, nao se pode afirmar que o Queiroz seja o mesmo. Contudo ha uma boa possibilidade de ai termos uma linhagem de família, procedente de Viana do Minho ate aos atuais Queiroz.

Seria uma coincidência “desagradável” o senhor Marcelino Jose de Queiroz não ter sido avo ou bisavô do senhor Marcelino Batista de Queiroz que, alias, “foi Intendente, Vereador, Vice-Presidente e Presidente da Camara Municipal de Pecanha”.

Nao sei se a Marina ja aprofundou a genealogia da familia dela a ponto de constatar ou negar que por ai entraram os Queiroz de nossa região.

Meu interesse na linhagem eh o esclarecimento da presença do sobrenome entre os conhecidos e especialmente aos parentes e aparentados.

Não faz muito tempo que o amigo de infância Dilermando Lucio de Oliveira informou-me que a avo dele, Sa Ritinha, chamava-se Rita de Queiroz e procedia do Serro. Ela devera ter nascido `a mesma epoca que meus avos, ou seja, em torno da década de 1890. E presumo que a possibilidade de descender dos escrivães do Serro eh grande.

Sa Ritinha foi esposa do senhor Jose (Zeze) Lucio de Oliveira, que foi um dos, senão o, melhores prefeitos de Virginópolis. Foi mãe do também ex-prefeito Henrique Lucio de Oliveira.

Alem disso foi sogra do tio Oldack de Magalhães Barbalho e dos primos: Hercilio de Magalhães Barbalho e Alípio Coelho. Isso sem contar a recorrência de outros descendentes casados com os Coelho.

Logicamente me interesso pelo que me eh proprio mas também pelo que vale `a humanidade toda. E da-me prazer dedicar esses resumos `as pessoas que fizeram parte da minha vida, particularmente da infância.

Apos escrever essas notas, ja corrigidas e acrescidas, desliguei o computador. O particular eh que escrevo na forma de e-mail e envio para mim mesmo. Assim faço com a intenção de copiar e revisar quantas vezes necessárias antes de publicar.

Ontem, 14.03.17, foi um dia de confinamento em casa. Isso acontece quando se esta esperando tempestade de neve. E o que anunciaram poderia ser um verdadeiro desastre fora de época.

Ja estava cansado de escrever e com fome. E pensando na neve que limparia mais tarde. Após almoçar e descansar assistindo a alguma comedia na televisão, veio-me a ideia. Vou enviar o que ja tenho `a Marina e solicitar a ela que acrescentasse alguma correção necessária.

Ao reabrir minha correspondencia, deparei-me com um e-mail dela com, alem de palavras para o meu incentivo, a informação: “Quanto ao Joao Batista de Queiroz, era filho de Marcelino Jose de Queiroz (em 1792, Escrivão da Vila do Principe) e Reduzinda Ermelinda de Queiroz.”

Por um momento imaginei que estivesse ocorrendo algo sobrenatural! Pensei logo, sera que meu computador esta grampeado também ou forcas mais elevadas estão nos guiando?!

Porem, meu intuito cientifico logo começou a indagar qual poderia ser a lógica de vir a resposta antes da inquirição. Não demorou muito para chegar ao acontecido.

Quando mencionara no nome dela no primeiro escrito, consultei a lista de contatos para certificar-me do sobrenome que ela usa. Ao fazer isso, automaticamente a inclui na lista de endereçados e o cansaço impediu-me perceber isso antes. Certo foi que quando fui plantar o milho ela ja me deu a farinha pronta!

E ai esta se desenhando outro comprovante de minhas teorias. Não se trata apenas de que `a medida que vamos encontrando nossos ancestrais mais antigos, a nossa genealogia, no exemplo de nos que vimos de Minas Gerais, vai se afunilando em direção `as cidades mais antigas.

E acabamos encontrando nelas não apenas nossos ancestrais como também de todo o restante da população porque os ancestrais de uns são ancestrais de outros também.

Em comum temos com a Marina nossa raiz no sobrenome Barbalho ja que ela descende do senhor Modesto Jose Barbalho. Possivelmente teremos o Rocha, da dona Rita, esposa daquele e de outros ancestrais nossos. E muito provavelmente nos encontraremos também nesse Queiroz. Porem em um tempo pouco mais afastado.

Para os que visitarem as outras paginas do blog poderão encontrar as menções ao Domingos Rodrigues de Queiroz, cuja carta de brasão eh descrita pelo Sanches de Baena. Domingos nasceu em Mariana, foi filho de Bento e neto de Amaro Rodrigues Coelho. Estudou em Portugal. Recebeu a carta em 1772.

`A epoca em que ele vivia deve ter conhecido ao Manoel Rodrigues Coelho, português também morador de Mariana. E o professor Nelson Coelho de Senna alega em seu livro: “Algumas Notas Genealógicas”, ter sido este de quem procedia o nosso quintavo Jose Coelho de Magalhães.

Sendo o caso, suponho a possibilidade de que o Manoel foi irmão do Bento Rodrigues Coelho. O que torna comum a ambos os ancestrais que tiveram. E um ancestral do Bento foi o Antonio de Queiroz Mascarenhas, mencionado na carta de brasão. Sabe-se que a família procedia do mesmo Minho, origem dos Coelho, Vasconcelos e tantos outros dos sobrenomes mais tradicionais de Portugal.

Assim sendo os Queiroz no Serro e os Rodrigues Coelho em Mariana, que ja eram contemporâneos em sua entrada em Minas Gerais, poderão também ter sido primos em Portugal e, portanto, continuaram primos no Brasil.

Repetirei aqui o endereço da biografia e genealogia do Antonio de Queiroz Mascarenhas. Ele devera ser ancestral de todos nos ja que tornou-se personalidade importante da Historia de Portugal quando lutou, `a mesma epoca que Jeronymo e Agostinho Barbalho Bezerra, na Guerra da Aclamação, que se deu ainda na primeira metade do século XVII. Visitem:

https://www.geni.com/people/Antonio-de-Queiroz-Mascarenhas/6000000017888812821

 

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03. ENFIM, PARENTES DO POETA! OU NAO!!!

A mensagem atinge especialmente aos descendentes dos trisavós: Joaquim Coelho de Andrade (Joaquim Honorio) e Joaquina Umbelina da Fonseca; senhores pais da Dindinha Ersila, Jose (Juca), Joaquim e outros.

O nosso amigo Mauro Andrade Moura enviou-me a mensagem:

“Segue a última descoberta, perdida em meio a muitos livros no Memorial Drummond de Andrade. É a primeira divulgação da genealogia da família, os Andrades e os Lages de Itabira, um artigo do Dr. Mário Barata com colaboração do nosso Poeta. Este artigo deve ter sido editado na Revista do Instituto de Genealogia do Brasil ainda na década de 30.

Arquivos para leitura:

primeira parte
https://issuu.com/…/docs/os_andrades_e_lages_de_itabira_-_pr

segunda parte
https://issuu.com/…/docs/os_andrades_e_lages_de_itabira_-_se”

Quem verificar a leitura, primeira parte, observara que ha um Jose Joaquim de Andrade, irmão do Francisco Joaquim Andrade. O Francisco Joaquim foi o bisavô do poeta Carlos Drummond.

Segundo o que encontrei no site Familysearch, houve um Jose Joaquim de Andrade, em Itabira, que foi casado com Maria Lucia da Silveira.

Esse casal foi o feliz pais de Simpliciana Rosa de Andrade. Ela casou-se duas vezes, a primeira em 22.07.1812, com Joao de Sousa e Silva.

A segunda vez Simpliciana casou-se com Honorio Coelho de Linhares, em 12.01.1822.

Esse ultimo casal foi pai, em 26.09.1833, na Município de Ferros, da criança que recebeu os santos olhos e foi batizada com o nome Joaquim.

Aqui, por enquanto, eh apenas suposição que esse Joaquim seja o nosso trisavô, Joaquim Honorio.

Na contramão do suposto inicio dessa sequencia, o livro afirma que o Jose Francisco de Andrade faleceu solteiro. Portanto, esse não poderia ser o pai da Simpliciana, nossa provável tetravo.

Isso também seria uma suposição. O fato eh que ele aparece como pai dela no registro do casamento com o Joao de Sousa. E aparece também o nome da mae, Maria Lucia da Silveira, que não deveria aparecer sem a menção de “filha natural”, relativo `a Simpliciana, como era o costume da época. Sem a menção, presume-se que foram casados.

A nosso favor, contudo, ha sempre aquele senão. Era comum os genealogistas mais antigos cometerem enganos dessa natureza. Por mais que procurassem, não encontravam registros ou menções a casamento, automaticamente concluíam pelo solteiro.

Então, ficamos dependentes de encontrar em algum ponto de Minas Gerais, um registro de casamento entre o Jose Joaquim contra a Maria Lucia. Nele devera estar registrado os nomes dos pais de ambos. Ai a duvida se dissiparia, a favor ou contra.

Estou otimista em relação `a constatação da hipótese favorável. Isso porque, mesmo os nomes Jose, Joaquim e Andrade terem sido muito comuns, e podendo haver ate mais de duas pessoas `a mesma época com o mesmo nome, penso ser improvável a coincidência.

Lembrem-se, improvável, mas nao impossível.

Nesse caso, e sendo verdade, será verossímil que a Dindinha não se enganou quando dizia ser aparentada do Carlos Drummond. Acredito que caberia a nos esforçarmos um pouco mais para comprovarmos que a santidade dela não falhou.

Outra informação que complementa isso eh que o Honorio foi filho do Antonio Coelho da Silveira e de Maria Vieira da Silva.

Em escritos anteriores eu me enganei. Citei de memoria e dei o sobrenome Vieira `a ancestral Maria Lucia, que era Silveira.

Se essa parte da genealogia aqui exposta encaixar-se exatamente como estou pensando, então, seremos duplo “da Silveira”. E alguns membros desse ramo procederiam da “Ilha Terceira”, nos Açores.

E, talvez, a familia da tia-bisavo Emigdia Honoria Coelho tenha algum vinculo, pelo menos em meio termos. Ela foi esposa do seo Amaro de Sousa e Silva. Ou seja, mesmo sobrenome do primeiro marido, Joao, da tetravo Simpliciana Rosa de Andrade.

O seo Amaro poderia ter sido por volta de neto da Simpliciana. Ela e o Joao de Sousa foram pais, pelo menos, de uma filha, Maria, em 1814. Podem ter tido outros filhos, e o sr. Joao de Souza, filho dos tios Emigdia e Amaro, poderá ter recebido nome em homenagem ao bisavô.

Havia me esquecido ontem. Escrevi ja a noite e passava da hora porque aqui: “a marcha do veado começa cedo!” rsrsrsrsrsrs. Apenas parafraseando o nosso colega de moradia, natural de Pains, la na republica em Viçosa, o Gege. Ele contava que a mãe dele os acordava com a frase, ao que ele retrucava: “Ce bobo mãe!!!”

Mas enfim, temos que não esquecer de pelo menos mais um ramo Andrade em nossa família que procede de Itabira. Trata-se da descendência da dona Antonia Nunes Lage. Ela nasceu la e tornou-se a esposa do Pedro (Surdo) Nunes Coelho.

Refiro-me ela como também Andrade porque podemos verificar que na segunda parte do tratado genealógico acima informa-se que os “da Costa Lage” eram dos mesmos Andrade. E, muito provavelmente, muitos se casaram primos com primos, segundo o que o próprio estudo menciona.

Sa Toninha e o Pedro foram pais de:

01. Emidia Nunes Coelho – Joao da Cunha Menezes
02. Eucalina Nunes Coelho – Joao Pereira
03. Ebe Nunes Coelho – 1o. Lolo Pereira, 2o. Felipe
04. Euripedes (Dodo) Nunes Coelho – Maria Laura Candida
05. Mario Nunes Coelho
06. Maria Nunes Coelho (Irma Helena)
07. Carina Nunes Coelho – Vicente Loyola
08. Horacio Nunes Coelho – 1o. Maria Marcolina Coelho, 2o. Noemi Marcolina Coelho
09. Lauro (Pitimba) Nunes Coelho – Maria dos Anjos Rabello
10. Zinah Nunes Coelho – Minervino Nunes Leite

O senhor Joao da Cunha Menezes foi primeiro, marido de Evangelina (Eva) Nunes Coelho, que fora irmã do Pedro Nunes Coelho. Naturalmente, essa primeira família não compartilha, dentro do que ja sabemos, dos mesmo gens Andrade que a segunda.

Os dados que temos aqui, alem da porção encontrada no Familysearch, acima mencionado, também procedem da coleção de outros dados que o amigo Mauro de Andrade tem me fornecido, sobretudo a parte que toca em relação ao período 1827 a 1870 e oriundos de Itabira e Ferros.

De la para ca são dados do livro da nossa prima Ivania Batista Coelho, com adendos fornecidos por parentes, como o nome da esposa do Euripedes, fornecido pela neta deles, Vilma Natalicia Nunes.

Pedro Nunes Coelho foi filho de Jose Coelho Nunes e Emigdia de Magalhães Barbalho. Eles foram primos em primeiro grau, pois, foram filhos respectivamente das irmãs: Francisca Eufrasia de Assis Coelho e Eugenia Maria da Cruz Coelho.

Acredito que a inversão do sobrenome Nunes Coelho para Coelho Nunes pode ser devido ao Jose ter sido o primeiro neto dos fundadores de Guanhaes: Jose Coelho da Rocha e Luiza Maria do Espirito Santo. Os outros irmãos do Jose assinaram Nunes Coelho, e foram filhos do fundador de Virginópolis, Joaquim Nunes Coelho.

Outras familias antigas em Virginópolis “correm o risco” de ter parentescos com os Andrade e Lage de Itabira. Isso porque a família expandiu-se na mesma direção que corre o Rio Santo Antonio.

Assim, alguns que tem ascendência em cidades como Itabira, Santa Maria de Itabira, Ferros, Dores de Guanhaes, Senhora do Porto, Guanhaes, Virginópolis e Açucena serão candidatos a encontrar, principalmente do sexo feminino, se não assinarem atualmente Lage ou Andrade, ancestrais que se encaixam no tronco dessa família.

E pelo que se conhece da capacidade reprodutiva dessas famílias no passado, torna-se uma chance que pode bem ultrapassar 50% de chances da possibilidade.

Por enquanto não tenho como dizer nada a respeito dos Dias de Andrade em nossa família. A origem deles esta no professor Francisco Dias de Andrade que se acredita ter procedido de Diamantina, que pertencia ao Serro, local onde havia o ramo Andrade de Araújo, família histórica do Rio de Janeiro, juntamente com os Barbalho, Aguiar, Costa Ramires e outras.

Nao se descarta nenhuma possibilidade, pois, houve movimento migratório no sentido Itabira/Ferros para Diamantina no final da primeira metade do século XIX.

Inclusive acredito que Joaquina “Simpliciana” Coelho de Andrade, esposa do Cassiano Coelho de Araujo, tio-avo do professor Nelson Coelho de Senna, devera ter sido irmã do trisavô Joaquim Coelho de Andrade.

Ela tera nascido por volta de 1826, indo falecer em 1916, sendo sepultada em Virginópolis. Fonte, atestado do obito dela. E, segundo o professor Nelson, o casal criou família nas lavras de diamantes de Diamantina.

 

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04. ESPECULACAO COM SENTIDO: A IRMANACAO DOS BARBALHO E COELHO DA FAMILIA

 

Por enquanto eh especulação, mas vejamos se a nossa parentela concorda ou não com as evidencias que ja colhi.

Vamos nos lembrarmos em primeiro lugar que o professor Nelson Coelho de Senna foi o primeiro a escrever um compendio a respeito da família dele. A esse deu o nome de “ALGUMAS NOTAS GENEALÓGICAS”, publicado em 1939.

Descrevendo os próprios familiares maternos, ele afirma que um casal de trisavós se chamava: alferes, Jose Coelho de Magalhães (também conhecido, na família, por Coelho da Rocha) e Eugenia Maria da Cruz. Os filhos do casal foram:

01. Jose Coelho da Rocha – Luiza Maria do Espirito Santo
02. Joao Coelho de Magalhães – Bibiana Lourença de Araujo
03. Antonio Coelho de Magalhães, solt. (na verdade, Rodrigues Coelho)
04. Felix Coelho da Trindade
05. Clara Maria de Jesus.

Disse também que todos, exceto Antonio, foram casados. O que sabemos eh que Joao foi o bisavô do professor, o qual o conheceu por o professor ter nascido em 1876 e ele ter falecido em 1879. Nasceu e faleceu na mesma data: 19 de março, dia de Sao Jose.

Aqui entra um detalhe das Notas Genealógicas que falta esclarecer. O casal de trisavos dele teria se casado em 7 de setembro de 1799. Ou seja, muito depois do nascimento dos dois primeiros filhos.

Alega ainda que o bisavô dele casou-se com sua prima carnal Bibiana Lourença de Araujo. Foge a mim o significado de prima carnal. Obviamente, trata-se de primos reais mas nao define o grau.

O professor nao nos da datas de nascimento dos 3 filhos do casal Joao/Bibiana. Porem, da das 3 filhas. Euphrasia 1829; Maria Brasilina, avo do professor, 1828; e Maria Eugenia, 1835. Os 3 irmãos foram: Cassiano, Joao e Joaquim Coelho de Araujo.

O professor alegou que os bisavós dele casaram-se em 1804, antes que o bisavo completasse 20 anos. A disparidade eh que, para isso ter acontecido, tia Bibiana teria que estar com por volta de 50 anos de idade quando teve a ultima filha, e teria que ter havido muita distancia entre o casamento e os últimos nascimentos.

Acredito, então, que ele pode ter se enganado ao dar o bisavô falecido aos 94 anos. Eh possível que ele tenha nascido em 1805, e não em 1785. Assim, teria se casado em 1824 e não em 1804. A leitura em documentos antigos muitas vezes engana a gente.

Assim, entre 1825 e 1828, poderiam ter nascido os 3 irmãos. O problema eh não termos fatos conhecidos, por mim, das vidas deles que o comprove. Tenho que o Joaquim foi mesmo minerador em Diamantina. Mas isso aparece no Almanak de Minas, em 1872. Isso confirma informações passadas pelo professor Nelson.

Pela data do casamento dos nossos supostos ancestrais Jose e Eugenia, 1799, acredito na possibilidade de o professor ter se enganado quanto ao filho Jose ter sido filho dela. O Jose pai teve uma esposa anterior, cujo nome foi Escolástica de Magalhães. Então, seria mais condizente que essa fosse a nossa ancestral e não a Eugenia.

O professor também afirma que a Eugenia Maria da Cruz, ao morrer e ser sepultada no Arraial-de-Santo-Antonio-do-Rio-Abaixo, hoje cidade, ficou revelado o nome de Eugenia Rodrigues da Rocha.

A informação de que ela foi sepultada em Rio Abaixo leva a supor que casou-se de novo, por ainda ser jovem, pois, os filhos se mudaram para Guanhaes, juntamente com o irmão mais velho, Jose Coelho da Rocha, que foi o fundador local.

Dona Eugenia pode ter deixado os filhos para que o enteado fosse o tutor dos irmãos. Talvez, devido `a ocupação com outra suposta, por mim, família. Sendo que o outro marido ja poderia ter seus próprios filhos.

Segundo informação desta pagina, no site:

http://gencoelho.xpg.uol.com.br/inferior_files/origens/coelho_de_magalhaes.htm

 

Eugenia Rodrigues da Rocha teria sido filha de Giuseppe Nicatigi da Rocha e dona Maria Rodrigues de Magalhães Barbalho. Como se pode observar na pagina, a informação teria sido coletada do livro: “A Mata do Peçanha Sua Historia e Sua Gente”, do professor Dermeval Jose Pimenta.

Tenho copia da primeira edição do livro, datada de 1966, na qual a informação ainda não aparece. Mesmo assim, baseado nas informações primarias encontradas por esses autores, tenho pesquisado e encontrado evidencias de que algo disso tudo seja verdade.

Nao muito tempo atras, encontrei no site Familysearch o registro de batismo que diz:

Maria Magalhães, nascida a 26.07.1750, filha de Estevão Rodrigues de Magalhães e Anna Maria da Conceição. Foi então que especulei que se dona Anna Maria tivesse ancestrais com o sobrenome Barbalho, essa Maria poderia muito bem ter sido nossa sexta-avo.

O que pensei ser bem provável porque existem outras mulheres na Família Barbalho, `a época, que preferiam ter os nomes ligados aos santos, muito frequentemente em homenagem a Nossa Senhora da Conceição.

O problema maior esta em saber se essa Anna Maria tem ou não ligação com a Família Barbalho, pois, era comum o Conceição aparecer em outras famílias também.

As pessoas `aquela época não eram batizadas com o sobrenome. O site acrescenta o ultimo sobrenome do pai, como eh o costume aqui nos Estados Unidos. Portanto, o registro de batismo deve dizer apenas Maria. Ja os nomes dos pais, por ser adultos, aparecem.

Embora os de mães costumam variar de batismo para batismo. Muito comumente não se dava a elas um sobrenome. A não ser que fosse de alta classe.

O batismo da menina Maria se deu na Igreja de Santo Antonio, no municipio de Ouro Branco.

O que animou-me a retornar a esse assunto foram mais quatro registros que encontrei no mesmo site. Sao eles, dois de batismos:

01. Juliano Vaz Barbalho, filho de Manoel Vaz e Anna Pereira de Araujo. O batizado se deu na Igreja de Nossa Senhora da Assunção, em Diogo de Vasconcelos, a 27 de Jun 1723.

02. Joao Vas Barbalho, filho de Manoel Vas e Anna Costa de Araujo, na mesma Igreja, local e na data de 05 Jun 1722.

dois de casamentos:

01. Antonio de Almeida Leitão – Izabel da Quaresma
filho de: Manoel de Almeida – Josefa Maria Cardoso
filha de: Antonio Dias Quaresma – Maria da Conceição Barbalho
Esse casamento se deu em 16 Out 1731

02. Luis Barbosa de Sousa – Mariana Francisca da Conceição
filho de: Luis Barbosa de Souza – Francisca das Chagas
filha de: Antônyo Dias Quaresma – Maria da Conceição Barbalho
Esse outro se deu em 10 Fev 1750

No segundo eh que se identifica o sobrenome Quaresma do pai da esposa.

Penso que aqui temos o que pensar. Em parte porque não fica explicado o porque de os filhos do primeiro casal: Manoel Vaz e Anna Costa (ou Pereira) de Araújo terem recebido o sobrenome Barbalho, a não ser que tivessem suprimido esse sobrenome do Manoel.

Então, nesse caso, poderíamos supor que ele poderia ser o mesmo que se tornaria marido de Josepha Pimenta de Souza e daria origem ao ramo da família na região do Serro do Frio (Villa do Principe). Em sendo o caso, nossa família cresceria muito.

Essa especulação torna-se possível e, quem sabe, provável, pois, o que sabemos eh que dona Paschoa Barbalho nasceu em 1650 e casou-se com Pedro da Costa Ramires em 1668.

Caso especulemos que a filha deles, Maria da Costa Barbalho, nasceu por volta de 1670, também poderia estar tendo filhos por volta de 1690.

Maria casou-se com o viuvo Manoel de Aguiar. Então, eh possível pensar que o primeiro filho foi o Manoel Vaz Barbalho, que casou-se com a Josepha e, talvez, com a Anna Costa de Araújo.

Mas como ele poderia ter nascido em torno de 1690, por volta de 1712 ja poderia ter se casado com Anna da Costa (ou Pereira) de Araujo. Observe-se que o nome provável dela pode mesmo ser da Costa, o mesmo do Pedro da Costa Ramires, que ja era o avo do Manoel.

O da Costa aparece muito frequentemente entre os cristãos novos que conhecidamente ja tinham o costume de casar-se parente com parente.

A presença do Araújo no sobrenome talvez justificasse a alegação de que tios Bibiana e Joao eram primos carnais.

As assinaturas Araújo, da Costa e Barbalho eram muito frequentes no Rio de Janeiro, de onde procediam, durante os séculos XVI e XVII e, como a cidade era algo como hoje conhecemos por interior, a possibilidade de se terem aparentado desde então eh enorme.

Mas são os registros de casamentos que talvez ofereçam a melhor possibilidade de ponte entre os Coelho e os Barbalho. Aqui temos que especular que dona Maria Rodrigues de Magalhães Barbalho tenha sido mesmo a menina Maria de Magalhães no assentamento de batismo de Ouro Branco.

Sabemos que a mãe dessa Maria chamou-se Anna Maria da Conceição. Ela poderia ter sido a filha da Maria da Conceição Barbalho e seu marido Antônyo Dias Quaresma.

Mas aqui, para encaixar-se melhor `a nossa genealogia, teríamos que admitir que essa Maria da Conceição Barbalho fosse irmã do Manoel Vaz Barbalho, ou seja, fosse também filha da Maria da Costa Barbalho e Manoel de Aguiar. O que parece bem possível.

Precisava mesmo ter os estudos do Carlos Grandmasson Rheingantz em mãos para ver no que isso será ou não possível.

Sei que ele recordou muito da Família Barbalho na coleção: PRIMEIRAS FAMÍLIAS DO RIO DE JANEIRO (SECULOS XVI E XVII). 3 volumes. Deve constar nele os filhos do Manoel Aguiar e Maria da Costa Barbalho.

Alias, nao sei se explica ou complica. Acabo de abrir o livro do professor Dermeval para certificar-me de um dado e ali reli:

“IV – MARIA DA COSTA BARBALHO, batizada na Freguesia de Nossa Senhora da Apresentação de Iraja, distrito do Rio de Janeiro, casou-se com MANOEL DE AGUIAR, viuvo de ANA PEREIRA DE ARAUJO.”

Também resolvi abrir o familyseach novamente e la revi outro assento de casamento:

01. Manoel da Costa Barbalho – Joanna Maria de Freitas
Filho de: Anna da Costa – nao aparece marido
Filha de: Josefa de Freitas – nao aparece marido
O casamento se deu na Igreja de Nossa Senhora da Conceição, de Ouro Preto, em 13.02.1768.

Na verdade, as informações encontradas no familysearch a respeito de Joao e Juliano Vaz Barbalho estão incompletas, embora sendo batizados, consta que os nomes são mencionados, porem, deixa duvidas quanto a serem os batizandos. Isso porque os nomes aparecem completos, o que iriam usar em outros documentos que não os dos próprios batizados.

Acredito que aqui encontramos mais uma indefinição. O professor Dermeval alega que usou dados de notas do Arquivo do alferes Luis Antonio Pinto e não os documentos originais de dados relativos ao Serro. E isso pode te-lo induzido a alguns enganos.

Um que pode ter acontecido seria a informação de que Manoel de Aguiar teria tido duas esposas. No registro de casamento da Theodosia com o Joseph Carneiro da… aparece o nome do pai dela: Manoel Aguiar. O mesmo que o professor usou no livro dele.

Ja no registro em que o nome do Juliano aparece, os nomes dos pais são: Manoel Vaz e Anna Pereira de Araujo, ou seja, o mesmo nome que o professor registrou como esposa do Manoel Aguiar.

Talvez esteja havendo uma troca ali, e quem terá casado duas vezes será o Manoel Vaz Barbalho. Isso porque o Barbalho aparece tanto no registro do Juliano quanto do Joao.

Acredito que para economizar nosso trabalho devemos primeiro buscarmos encontrar mais dois registros de casamentos em seus originais. Ambos deverão estar nos arquivos da Arquidiocese de Diamantina.

Sao eles do Manoel Vaz Barbalho e Josepha Pimenta de Souza, dos livros da Capela de Nossa Senhora dos Prazeres de Milho Verde; e do capitão Jose Vaz Barbalho e Anna Joaquina Maria de Sao Jose que, por ela ter nascido em Conceição do Mato Dentro, devera ser encontrado nos registros de la.

Assim, depois deveremos verificar como essas peças se juntam. E, enfim, concluiríamos pelo menos uma etapa do encontro da ponte entre os Barbalho e os Coelho.

Detalhe importante sera nos lembrarmos que, mesmo que não sejamos descendentes da Eugenia Rodrigues da Rocha, isso não implica de imediato que os Coelho descendentes do Jose Coelho da Rocha deixem de ser “do Barbalho”!

Como os autores antigos nada disseram a respeito, será possível também que dona Maria Rodrigues de Magalhães Barbalho tenha sido irmã da primeira esposa dele, Escolástica de Magalhães.

Se assim o foi, verifica-se um caso clássico na família, ou seja, uma esposa falece e o marido dela casa-se com uma sobrinha dela. Muitas vezes uma irmã mais nova preenchia a vaga.

E isso se dava porque antigamente existia o total preconceito contra um homem tomar conta sozinho dos próprios filhos menores. Ate porque faltava tempo para isso.

Segundo tradições antigas, os casamentos nesses casos se davam como um cala-boca `as mas línguas. Quando um homem ficava viuvo com filhos novos logo se escolhia a moça mais apropriada da família para tomar conta das crianças.

Mas ai abria-se a oportunidade para as mas línguas levantarem suspeitas, pois, o que se dizer de uma moça solteira, vivendo na mesma casa com um viuvo e seus filhos?!!! Então, os pais mais atentos tratavam logo do casamento, não dando tempo `as mas línguas de levantarem os falsos.

E, se esse foi o caso, os Coelho descendentes de dona Escolástica não serão menos Barbalho que seus parentes descendentes da Eugenia. O que teriam a menos seria o lado italiano calabres do Giuseppe Nicatsi da Rocha. O que não impede que tenhamos outras ascendências italianas, pois, isso ja foi constatado em exame de DNA de primos.

Desconfio que essa seja a ortografia correta do sobrenome do Giuseppe. Nos documentos antigos as caligrafias do S e do G se pareciam muito. E o professor Dermeval traduziu o nome da Cidade portuguesa de Seia por Geia. Assim como pode ter traduzido Nicatsi por Nicatigi.

Mas, de toda forma, iríamos acrescentar o Dias Quaresma na lista de sobrenomes de nossos ancestrais. A Familia Dias Quaresma tem sua presença marcada na colonização brasileira. Como tantas outras que ja se encaixam em nossa genealogia.

Mas o que iria continuar faltando também eh a ponte entre o nosso velho JOSE COELHO DE MAGALHÃES, que atravessa o Atlantico, do Brasil a Portugal, com as nossas origens portuguesas, por essa via!

O professor Nelson informou apenas que o tio-avo dele, Cassiano Coelho de Araujo, casou-se com Joaquina Simpliciana. Mas eu encontrei em Virginópolis o atestado de obito de Joaquina Coelho de Andrade, viuva de Cassiano Coelho.

Ao que eu suponho, essa Joaquina foi irmã de nosso trisavô Joaquim Coelho de Andrade. Pelos dados de filhos de Honório Coelho de Linhares e Simpliciana Rosa de Andrade, imagino que Joaquina tenha sido filha deles também, nascida em Ferros, como os irmãos: Joaquim, 1833, e Antonio, 1838.

Pelo atestado, Joaquina faleceu aos 90 anos, em 1916. O que põe o nascimento dela em 1826. Época em que o casal Honório e Simpliciana ja eram casados, pois, o fizeram a 12 Jan 1822.

E Cassiano e Joaquina Simpliciana poderiam ter sido pais da avo do Juscelino Kubistchek, dona Maria Joaquina Coelho. Sei que Joaquina Simpliciana tinha idade para ter sido mãe da avo do Juscelino. Falta confirmar eh se o Cassiano tinha idade para ser o pai.

Outros documentos que posto para que fiquem juntos quando precisarmos consultar:

Casamento:

01. Rosa Maria da Conceição – Joao Martins Ferreira
filha de Estevão Rodrigues de Magalhães e Anna Maria da Conceição
filho de Domingos Martins Ferreira e Luiza Soares de Jesus
data: 02 Set 1795
local: Sao Jose, Itatiaia, Rio de Janeiro, Brasil

batismo:

01. Manoel, filho de: Estevão Rodrigues de Magalhães e Anna Maria da Conceição
batizado: 25 Fev 1752
nascimento: 16 Fev 1752
local: Santo Antonio, Ouro Branco, Minas Gerais, Brasil.

Apos publicar a parte acima deste capitulo, recordei-me que havia planejado antes fazer uma inspeção na localização das cidades mencionadas nos documentos, pois, muitas vezes isso também influencia nos estudos genealógicos. E não deu outra!

Em primeiro lugar, temos as cidades de Diogo de Vasconcelos e Ouro Branco. Segundo as informações do site distanciaentrecidades.com.br, em linha reta não passa de 54 km. Mas a estrada forma um grande arco, transformando a viagem em 82 km.

https://www.distanciaentreascidades.com.br/distancia-de-ouro-branco-mg-brazil-ate-diogo-de-vasconcelos-minas-gerais-mg

Interessante eh que no meio do caminho ha que passar-se por Ouro Preto e Mariana. Ai eh que as coisas se esclarecem melhor ainda.
Outro detalhe que esclarece também são as Historias dos Municípios.

Ai temos de Ouro Branco:

01. http://www.ourobranco.mg.gov.br/detalhe-da-materia/info/historia-de-ouro-branco/6495

e Diogo de Vasconcelos:

02. http://folhadediogo.blogspot.com/2009/06/historia-de-diogo-de-vasconcelos.html

Quem entrar nessa segunda poderá colher a informação de que o padre Domingos Coelho da Rocha, filho de fazendeiro local, ergueu uma ermida modesta em homenagem a Sao Domingos de Gusmão. Em torno desta formou-se o povoado que ja em 1754 recebia a pia batismal.

Isso elimina a possibilidade de os irmãos Joao e Juliano terem sido batizados em Diogo de Vasconcelos. Na verdade, a Igreja de Nossa Senhora da Assunção era a de Mariana, `a qual as terras ainda pertenciam.

Em outra reportagem afirma-se que o nome completo do padre era Domingos Pinto Coelho da Rocha. Nao faz diferença, o que eu queria ressaltar era a coincidencia do sobrenome dele, Coelho da Rocha, que também faz parte do nosso ramo familiar.

De toda forma, acredito que a presença desses Barbalho nas proximidades de Mariana e Ouro Preto reforçam a hipótese de pertencerem a um mesmo ramo familiar.

Isso porque no mesmo site Familysearch também ja encontrei outros registros. Entre eles os dos casamentos:

01. Theodozia de Aguiar Barbalho – Joseph Carneiro da ………
filha de: Manoel de Aguiar e Maria da Costa Barbalho
filho de: Matheus Lage e Maria Carneiro
O casamento se deu na Igreja N. S. Assunção, em Mariana, a 17.12.1717

02. Thereza de …….. de Oliveira – Jose Rodrigues
filha de: Joao de Aguiar Barbalho e Joana de Oliveira
filho de: Jose Rodrigues e Magdalena do Valle
Também na N. S. Assunção, Mariana, a 24.06.1730

03. Liandro Jose Barbalho – V. Barbalho
Filho de: Jose Rodrigues e Thereza Maria de Jesus
Filha de: Dionisio Barbalho Bezerra
Outro em N. S. Assunção, Mariana, a 27.10.1753

04. Januário Jose Barbalho – Dionisia Coelho da Silva
Filho de: Jose Rodrigues e Thereza Maria
Filha de: Antonio Coelho da Silva e Thereza Fernandes de Abreu
Igreja de N. S. da Conceição, Ouro Preto, em 26.01.1758

Naturalmente, acredito que o nome da mãe do Januário e do Liandro so aparece completo no casamento dela e Jose Rodrigues. Era comum as mulheres terem o nome social e o religioso.

Algo mais que aumenta a aproximação, foi o local de nascimento do nosso tetravô, Policarpo Jose Barbalho. Ele, que se tornou padre depois da família criada, nasceu no antigo Inficcionado, atual Distrito de Santa Rita Durão, pertencente a Mariana. Deve ter nascido por volta de 1790, pois, casou-se em 1808, em Itabira.

Não se sabe porque o padre Policarpo nasceu naquele Distrito, pois, o pai havia nascido no Serro e a mãe em Conceição do Mato Dentro. Ja o irmão dele, Gervasio Jose Barbalho, também nasceu em Conceição do Mato Dentro.

Outra ligação indireta, trata-se de que o professor Nelson Coelho de Senna sugeriu que nosso pentavô Jose Coelho de Magalhães procedesse do rico português Manuel Rodrigues Coelho, que possuiu datas minerais também no Distrito de Santa Rita Durão.

Aqui temos um pouco a respeito do Distrito:

http://www.pmmariana.com.br/distritos/santa-rita-durao

Em nossa familia temos ainda ligação com essa área historia do Ciclo do Ouro através da Cidade de Congonhas do Campo. Segundo o que ha na internet, Manuel Rodrigues Coelho contribuiu com algum dinheiro para a construção do Santuário de Bom Jesus do Matosinhos, que foi transformado em um dos símbolos de Minas Gerais.

Possivelmente, tenha ate mantido residência no local, pois, todos os ricos e afamados de Ouro Preto e Mariana tinham o local como ambiente de retiro, para fugir do burburinho das antigas capitais.

E também ligação genealogica mesmo, pois, segundo informações retiradas do livro do professor Dermeval Jose Pimenta, nosso ancestral Miguel Pereira do Amaral casou-se com Francisca Angelica da Encarnação, filha do português: Francisco Jose Barbosa Fruão e Anna Maria de Jesus. Elas, naturais de Congonhas.

Sendo que Miguel foi nosso sextavô, o nosso pentavô, filho dele, Malaquias Pereira do Amaral, casou-se com Anna Maria de Jesus, também congonhense, filha de Antonio Coelho de Almeida e outra Anna Maria de Jesus.

Assim sendo, podemos dizer que nosso tronco familiar foi plantado em Minas Gerais nos arredores de suas primeiras capitais, `a época de suas fundações, sendo que no virar do primeiro século, ainda ali estabelecida, espalhou-se tomando o rumo de Itabira, Morro do Pilar, Conceição do Mato Dentro e Serro, antes de projetar-se para Guanhães e Virginópolis.

Por esse lado, a irmanação dos Coelho com os Barbalho do nosso ramo devera estar representada pelos dados expostos pelo professor Dermeval Jose Pimenta. Ele nos da os dados dos casamentos:

01. Manoel Vaz Barbalho – Josepha Pimenta de Souza
Filho de: Manoel de Aguiar e Maria da Costa Barbalho
Filha de: Belchior Pimenta de Carvalho e mãe nao mencionada
O evento se deu a 18.9.1732, “na Capela de Nossa Senhora dos Prazeres de Milho Verde”, que continua Distrito do Municipio do Serro.

02. Isidora Francisca da Encarnação – cap. Antonio Francisco de Carvalho
Filha de: Manoel Vaz Barbalho e Josepha Pimenta de Souza
Filho de: Antonio Leal e Maria Francisca (portugueses).

Isidora e Antonio Francisco foram pais de: Joao (1761); Victoriana (1762); Antonio (1764); Luciano (1766); Mariana (1767); Jose (1769); Francisco (1771); Bernardo (1776) e Boaventura Jose Pimenta (1779).

Aqui ha que expor-se uma duvida que tenho por não ter em mãos documentos que comprovem. Sabemos que nosso tetravô Policarpo Jose Barbalho foi filho do capitão Jose Vaz Barbalho e dona Anna Joaquina Maria de Sao Jose.

Ha uma janela muito estreita que permitiria que o capitão Jose seja o mesmo nascido em 1769. Em 1788 ele poderia ja estar casado aos 19 anos de idade.

Porem, a ideia que penso ser mais provável seria a de que o capitão nosso ancestral tenha sido filho do Manoel Vaz Barbalho e Josepha Pimenta de Souza. `A pagina 236 do livro dele o professor Pimenta registrou que Josepha teria nascido em 1712.

Casou-se aos 20 anos e poderia ter tido filhos por mais 20 anos. Como não tenho a data do nascimento do tetravô Policarpo, fica difícil saber qual a possibilidade se encaixa melhor.

De todo jeito, so se pode obter a certeza dos fatos através de documentos que ainda não encontramos. Isso porque existe a possibilidade de estarmos incorrendo em engano e pode ser que iremos nos encaixar em outro ramo de aparentados que não seja o do Manoel Vaz e Josepha Pimenta.

No livro dele, o professor Pimenta nos da apenas um breviário a respeito da descendência de dois dos filhos de dona Victoriana e mais detalhes da descendência do bisavô dele, Boaventura.

Isidora foi a unica filha do casal Manoel e Josepha por ele mencionada no livro. Em minhas pesquisas encontrei o cirurgião-mor Policarpo Joseph Barbalho, que criou família em Gravataí, em torno dos anos de 1780, pertencente a Villa de Porto Alegre, local onde se deu o falecimento dele, em 1801.

Se também houve um filho chamado Jose e mais outros alem desses não tenho a informação ainda.

E no documento “De Genere Et Moribus” do padre Emigdio de Magalhães Barbalho esta incluida a anotação dos dados de casamento dos pais dele:

01. Padre Emigdio de Magalhães Barbalho, filho de:
Policarpo Jose Barbalho – Isidora Francisca de Magalhães
Filho de: cap. Jose Vaz Barbalho e Anna Joaquina Maria de Sao Jose
Filha de: Genoveva Nunes Ferreira (nao consta nome do pai)
O casamento se deu em 1808, em Itabira, de onde a noiva e mãe procediam.

Mais detalhes da familia encontrei no Inventario de Isidora Francisca que faleceu deixando 4 filhos vivos: Jose (1810), meu pentavô materno; Padre Emigdio (1813); Francisco Marçal (1820), meu trisavô paterno e materno; e Lucinda Francisca de Magalhães (1824). Outros 3: Joao, Genoveva e Maria devem ter falecido crianças.

O cap. Jose Vaz e Anna Joaquina foram pais de pelo menos dois outros filhos: Gervasio e Firmiano. Possível será que tenham sido pais de Victoriano e Modesto Jose Barbalho também. Ha ainda o que pesquisar.

Nesse caso, caso se confirme que Eugenia Rodrigues da Rocha foi mesmo filha de dona Maria Rodrigues de Magalhães Barbalho, que pode ser filha de Anna Maria da Conceição, e esta, filha de dona Maria da Conceição Barbalho, constataremos o vinculo parental entre os dois sobrenomes presentes em nosso ramo familiar.

Obviamente, devemos ressaltar que podemos descender pelo lado Coelho de dona Escolástica de Magalhães que, talvez, será irmã da Maria Rodrigues de Magalhães Barbalho.

Não haverá a necessidade de que dona Maria da Conceição Barbalho tenha sido filha do casal Maria da Costa Barbalho e Manoel Aguiar para que pertença ao nosso ramo familiar. Sabe-se que Maria da Costa não foi filha única. Pelo menos Jose da Costa Barbalho foi irmão dela.

Alem deles, haviam outros descendentes do governador, mestre de campo, Luiz Barbalho Bezerra e dona Maria Furtado de Mendonça no Rio de Janeiro. Uma dos irmãos de dona Páschoa Barbalho, Michaela Pedrosa Barbalho Bezerra (filhas do Jeronymo Barbalho e netas do governador Luiz) deixou descendência conhecida.

Uma das descendentes de dona Micaela foi dona Maria Nicolacia da Conceição Bezerra de Mesquita que se tornou a Baronesa de Cacequi (Rio Grande do Sul) por casamento com o barão: Frederico Augusto de Mesquita.

https://www.geni.com/people/Maria-Nicolácia-da-Conceição-Bezerra-de-Mesquita-baronesa-de-Cacequi/6000000011649732808

A irma do Jerônimo, Cecilia Barbalho Bezerra, esposa de Antonio Barbosa Calheiros, também deixou pelo menos um casal de filhos que poderão preceder a dona Maria da Conceição Barbalho.

Sabemos que Agostinho Barbalho Bezerra, outro filho do governador Luiz, foi casado com dona Brites (Beatriz) de Lemos, mas não tenho noticias de descendência deles, se houve.

D. Brites era filha de Joao Alvares Pereira e dona Isabel de Montarroyo. Das familias mais antigas e tradicionais do Rio de Janeiro.

Qualquer que for o vinculo da linhagem de dona Maria Rodrigues de Magalhães Barbalho e em sendo dona Escolástica de Magalhães sua parente materna, nos fica garantido a irmanação entre os Coelho e os Barbalho do nosso ramo familiar.

Ha aqui que salientar-se que penso que Joao de Aguiar Barbalho tenha sido irmão da dona Theodosia e do Manoel Vaz Barbalho.

A exceção seria apenas se dona Maria da Costa Barbalho tiver tido pelo menos uma irmã que também tenha se casado com membro da família Aguiar. Nos tempos de colonização das terras brasileiras tudo era possível.

Uma irmã mais nova que ela poderia ate ter se casado com algum filho do Manoel Aguiar que ja era viuvo. Os laços familiares na verdade trabalhavam como aliança entre famílias. Não era incomum 2, 3 e ate 4 irmãos se casarem com outros irmãos de outra família.

Em nossa familia temos o exemplo extremo de 4 irmãos e uma prima da família Nunes (Coelho)/Barroso se casando na família dos tios Pio Nunes Coelho e Josephina Marcolina Coelho. E isso era o comum, justificando-se mais ainda a possibilidade da irmanação entre os mesmo Barbalho e os Coelho do nosso ramo.

 

ACRESCIMO IMPORTANTE.

Nada como uma boa caminhada, como a que fiz ontem com nosso melhor amigo Rudy, de mais de uma hora, ou um bom conselho do travesseiro para abrir melhor nossas mentes, principalmente, recordar detalhes.

Primeiramente, retornarei a uma informação que tenho do passado de pesquisas. Trata-se do documento produzido pelo professor Mauricio de Almeida Abreu, da UFRJ, publicado no endereço:

Click to access mauricio_abreu.pdf

Quem desejar ir diretamente `a pagina 9, poderá verificar, no ano de 1702, o enunciado:

“Dona Páscoa Barbalho, viuva de Pedro da Costa Ramiro, em dote de casamento a Jose vieira da Costa, para casar com sua neta Dona Páscoa, doa “tres safras livres do partido que tem em seu engenho”.

Pode-se observar que os próximos quadros tratam da mesma propriedade, no Mutua, Sao Gonçalo do Rio de Janeiro, onde reuniam-se os revoltosos da chamada “Revolta da Cachaça”, e que pertencera a Jeronimo Barbalho Bezerra, o pai de dona Páscoa Barbalho.

Acredito que essas mesmas terras tenham passado como herança desde os tempos de Miguel Gomes Bravo, avo que foi de dona Isabel Pedrosa, esposa do Jeronimo. Miguel deve ter sido natural do Porto, foi contratador nos Açores, mudou-se para o Espirito Santo e depois residiu no Rio de Janeiro, deixando descendência significativa nesses lugares.

Acredito que no intervalo de 1702 e antes de 1705, a avo dona Páscoa tera falecido. E Jose Antunes de Matos, que aparece em 1705, pode ser sobrinho dela. Talvez ser filho ou neto da irma de dona Páscoa, Michaela Pedrosa, que foi esposa do portugues lisboeta, Joao Batista de Matos.

Dai pulamos para os dados contidos nos assentamentos dos Juliano e Joao Vaz Barbalho. Consta terem sido filhos de Manoel Vaz e Anna Costa (ou Pereira) de Araújo.

Anna Pereira de Araujo, alegado pelo professor Dermeval, seria o nome da primeira esposa do Manoel de Aguiar, que depois casou-se com Maria da Costa Barbalho, em 1732.

Aqui vejo uma possibilidade, mesmo que vaga, de a Anna Costa (Pereira) de Araújo, ter sido filha mais velha do casal Manoel de Aguiar e Maria da Costa Barbalho. Ai eh que esta, ele poderia mesmo ter sido viuvo de outra pessoa com o mesmo nome da filha.

Pode parecer esquisito para alguns. Mas não era incomum no passado. Meus avos maternos foram o “Juca” Coelho e Davina Magalhães. Entre falecidos e sobreviventes tiveram 19 filhos. Nenhuma das filhas chamou-se Davina.

Momentos depois de minha avo ter falecido, deixando um grande numero de filhos menores, meu avo casou-se novamente com a avo Petrina Nunes Pereira. E a primeira filha nascida do segundo casamento veio a chamar-se Davina Coelho.

Pode parecer um pouco morbido. Mas não se tratava nem mesmo de uma manifestação de amor dos homens por suas mulheres. Era mais como um tributo, uma homenagem aos falecidos.

E no caso da Anna, o nome pode ter sido completo. O Costa que aparece no assento do Joao (Anna Costa de Araujo), pode ser em homenagem a dona Maria da Costa Barbalho. E também ficaria explicada a razão de ele e o Juliano assinarem Vaz Barbalho.

Vaz do pai e Barbalho da avo. Se isso tiver acontecido, eu terei que rever meu conceito em relação ao sobrenome. Isso porque ate agora descobri que são 15 gerações desde que o nome entrou no Brasil ate chegar `a minha geração.

Nessas 15 gerações pelo menos um dos cônjuges nelas assinou o sobrenome. Se acontecer de descendermos por essa via, dona Anna será uma geração a mais, porem, o sobrenome a menos. A menos que o marido Manoel Vaz tenha sido Vaz Barbalho e o sobrenome tenha sido suprimido nos documentos.

E aqui haveríamos que ressaltar a possibilidade de o professor Dermeval e/ou o alferes Luiz Antonio Pinto terem se enganado quanto `a paternidade do Manoel Vaz Barbalho.

Ele poderia ter sido filho do Manoel Vaz e Anna em contrapartida a Manoel Aguiar e Maria da Costa Barbalho. Assim, ao invés de filho, seria neto desse segundo casal.

A possibilidade eh razoável, pois, em 1702 dona Páscoa Barbalho, aos 52 anos de idade, ja estava cumprindo a tradição doar dote para uma neta, Páscoa Barbalho, que eu ainda não tinha reparado ainda.

O que alias, trata-se de dona Páscoa Barbalho da Ressurreição, nascida por volta de 1785, filha de Jose da Costa Barbalho e dona Magdalena Campos. O casamento se deu em 1703.

Pelo menos eh o que esta no site de nosso amigo Lenio Luiz Richa. Jose foi filho de dona Páscoa e Pedro da Costa Ramires. Isso pode ser verificado no endereço:

http://www.genealogiabrasileira.com/titulos_perdidos/cantagalo_ptregos.htm

Ai temos informações interessantes, onde se mostra que as irmãs de dona Páscoa da Ressurreição: Teresa e Anna Maria casaram-se com primos.

As tres foram irmãs do capitão-mor Gonçalo da Costa Barbalho, que exerceu o cargo na Província do Espirito Santo.

Essas informações estão um pouco abaixo da metade da postagem. E no final dela temos um resumo dos primeiros Barbalho no Rio de Janeiro.

De qualquer forma repito, as conjecturas que faço foram apenas para preparar o espirito para quaisquer coisas que ficarem comprovadas através de documentação. Isso sim seria o que importa, pois, tudo o que eu disse pode tanto estar correto como errado.

E mencionei antes que precisávamos procurar os assentamentos dos casamentos dos casais: Jose Vaz Barbalho e Anna Joaquina Maria de Sao Jose; e Manoel Vaz Barbalho e Josepha Pimenta de Souza.

Nao sei dizer onde se realizou o primeiro. Suponho que tenha sido em Conceição do Mato Dentro. E, em sendo o caso, eh suposto que estejam na Arquidiocese de Diamantina.

Interessante seria encontrar também, em caso de o Jose Vaz ter sido filho deles, o do capitão Antonio Francisco de Carvalho e Isidora Francisca da Encarnação. Eles se casaram em 30.08.1759, em Tapanhoacanga, atual Distrito de Itapanhoacanga, Município de Alvorada de Minas, cujo registro também se encontra em Diamantina.

Outros documentos, como os inventários e testamentos, se houverem, referentes a esses personagens, deverão encontrar-se no Museu General Carneiro, na Cidade do Serro, porque ali se encontram os documentos referentes `a Comarca do Serro do Frio. Era a única na região, enquanto não se criaram outras cidades por la e quando tais foram elevadas a novas comarcas.

Porem, para um ramo particular de nossa família, talvez, essas buscas poderiam ser resumidas a um único documento. Ou uma pasta completa. Tratar-se-ia do “DE GENERE ET MORIBUS” do padre Policarpo Jose Barbalho. Difícil esta localizar-se onde o DE GENERE se encontra.

Não sei dizer ao certo porque, fala nossa tradição que, ele era seminarista. Mas deixou a carreira para casar-se com a Isidora Francisca de Magalhães. Casamento que se deu em Itabira, em 30.08.1808.

Importante ai eh notar-se que ainda era tempo da Inquisição. Ou seja, era proibido estudantes serem descendentes de judeus “ou outras raças infectas” como tratavam os que não fossem cristãos. Em função disso, fazia-se uma verdadeira devassa genealógica dos seminaristas. Alguns apresentavam ate 5 gerações anteriores a eles próprios.

O padre Policarpo ficou viuvo em 1827. O filho Emigdio tornou-se padre primeiro que ele, em 1845. Segundo informações indiretas, o Policarpo ja era padre em 1851. Ou seja, para isso deve ter aproveitado o currículo e a matricula em sua juventude.

Isso faz-me crer que, devido `as circunstancias, no “DE GENERE” dele deve encontrar-se tanto informações ancestrais quanto de descendência, para a comprovação de que não havia impedimento algum para que se ordenasse.

Talvez seja esse o atalho que nos falta para tirarmos toda e qualquer duvida quanto a sermos a sequencia gerada e registrada nos livros genealógicos que procedem de Pernambuco, Rio de Janeiro e Sao Paulo, nos séculos XVI e XVII, antes de retornarmos a Portugal.

Pelo menos com sentido `a assinatura Barbalho. Outros ancestrais como Miguel Gomes Bravo, Joao do Couto Carnide, Manuel Rodrigues Coelho, Jose Coelho de Magalhães etc, chegaram de Portugal ja com o bonde andando.

 

 

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05. BARBALHO: TUTTI BUONA GENTE!!!

 

Ha pouco tempo o nosso primo Jacques Soares enviou-me o resumo do resultado de exame de DNA dele. Ali se informa que ele tem ligações genéticas com quase todo o Globo Terrestre.

Benin, Togo, Africa do Sul, Nigeria, nativo americano, Italia/Grecia, Irlanda, Escandinavia, Grão Bretanha, Peninsula Iberica, Europa Oriental, Finlandia/Russia, alem do Oriente Medio. De todos ele tem um pouco.

O que chamou-me atenção `a época foram os 32% relativos a Italia/Grécia. Como explicar tal coisa, em contrapartida, por exemplo, aos parcos 15% da Península Ibérica, a surpresa dos 15% da Irlanda e 13% da Grão Bretanha. Claro, eu ja esperava que os 17% combinados de origem africana.

Julgo que a porção italiana iria girar em torno dos 20%. E uma explicação relativamente obvia seria a de que nossa linguagem eh a “mais fina flor do Lacio” Dela nos falou Olavo Bilac na linda poesia: http://www.releituras.com/olavobilac_lingua.asp

Obviamente, alem do latim, o portugues eh essencialmente fruto do grego.

Para tentar explicar o lado italiano, recordei-me que descendemos do Giuseppe Nicatsi da Rocha, segundo informou o professor Dermeval Jose Pimenta. Mas ai ha um problema. O Giuseppe era italo-lusitano. Portanto, era somente meio-italiano.

E nos passamos a nossos descendentes apenas metade de nossos genes. Portanto, ai fica complicado!

Dos 50% que possuía, Giuseppe passou 25% para Eugenia Rodrigues da Rocha. Ela baixou 12.5% para o Jose Coelho da Rocha, que passou adiante somente 6.25% para a Eugenia Maria da Cruz.

Nossa trisavó passou 3.125% para o bisavô Marçal de Magalhães Barbalho. Ele deixou de herança para a tia Vita cerca de 1.6%. O Raul Soares herdou apenas 0.8% da parte italiana do avo Giuseppe. Portanto o Jacques teve direito apenas a 0.4%.

Mas ha o outro lado. A mãe dele, Maria Helena, também foi descendente do Giuseppe. Na altura do Jose Coelho da Rocha ha a opção de descender do filho Joao Batista Coelho. Este foi o pai da tia Emigdia Honória, que foi a mãe do Cesario, pai da Maria Helena.

Nesse caso, da direito ao Jacques de herdar mais 0.4%.

Acontece que não tenho o acompanhamento das outras famílias das quais o Jacques descende. Mas sei que os Soares, Perpetuo e Coelho Lacerda fizeram estagio na mesma região entre Itabira e Conceição do Mato Dentro, especificamente Itambé do Mato Dentro, alem das duas primeiras, que os Coelho de Magalhães.

Talvez, essas 3 outras famílias tenham encontros genealógicos com o próprio Giuseppe ou com os parentes dele. Mesmo assim, isso não somaria mais que uns 2% inteiros a mais. Então, devemos supor que nossos outros ancestrais também foram italianos ou o português de um modo geral tem porcentagem elevada de sangue italiano nas veias.

Ou pelo menos, os portugueses que se dirigiram depois para o Brasil o deviam ter. Para tentar explicar isso, devemos recorrer `a Historia.

Sabemos que em 1492 o genovês Cristóvão Colombo, a soldo dos reis católicos da Espanha, tomou posse das Américas para Espanha e Portugal. Ele não a descobriu em hipótese alguma como ja sabemos atualmente. Mesmo porque, ja encontrou os indígenas como prova de que ja as haviam descoberto ha milênios atras.

O acordo das Tordesilhas somente seria assinado em 1496. Supostamente, antes de o Brasil ter sido desvendado pelo navegante europeu!

Mas, claro, se o Giuseppe não explica o lado italiano, Colombo muito menos.

Então havemos que retroceder um pouco mais na Historia. Antes que Portugal e Espanha entrassem no capitulo das Grandes Navegações, o comercio entre o Oriente e o Ocidente era dominado, na Europa, pelos venezianos.

Ai eh que esta, como diz a lenda dos marinheiros, em cada porto uma paixão. Entre uma viagem e outra os venezianos devem ter descansado em Portugal.

Mas logo em seguida, com a transferencia do centro econômico para Madrid e Lisboa, os capitalistas italianos também se moveram para la.

Outro detalhe importante eh sabermos que as famílias reais casavam entre si. Então, todas as famílias reais europeias tem uma mistura do sangue italiano. No caso especifico de Portugal, ha o casamento do primeiro rei, D. Afonso Henriques, com uma italiana, que foi a Mahaut (Mafalda) de Sabóia, a família real italiana.

O fato eh que, para se ter uma quantidade de 20% de sangue italiano por essa via esses encontros ainda são poucos. A menos que fossemos descendentes recentes das realezas europeias. O que não somos, mas sim das famílias reais, em doses diluídas.

Ha que voltar-se um pouco mais na Historia. Sabemos que a Península Ibérica foi dominada em ordem inversa pelos muçulmanos, godos/alanos e romanos. Talvez, aqui esteja a fonte.

Portugal resistiu muito. Roma entrou na antiga Hispania entre 218 a 200 a.C. Ja os povos lusitani, um tanto quanto ferozes, resistiram ate 19. Ai se destaca Viriato (140 a.C.), o herói portugues da resistência, que acabou sendo morto a traição.

O governo romano, porem, durou por apenas 4 séculos. Isso porque os godos e alanos invadiram a Península a partir de 411. Mesmo assim, a o segredo da Historia pode estar ai.

Com a invasão da Península, os romanos fundaram a cidade de Leon. Durante a Historia ali se estabeleceram a VI Legião Victrix e a VII Legião Gemina das forças expedicionárias romanas. Embora o exercito romano era multiétnico, com certeza uma parcela dele era formada por italianos de origem, principalmente o comando.

E o que corrobora com a ideia foi inclusive o nascimento do Imperador Romano Trajano ter se dado na Peninsula Iberica. Ele poderia ter sido estrangeiro com cidadania romana. Mas relata-se que pelo menos o pai era soldado italiano.

O que se infere ate ai seria que teria se formado uma elite de origem romano-italiana que por quaisquer motivos multiplicou-se sem se misturar muito. Essa porção da população relativamente pura se manteve no poder, como co-dominante pelo menos, sendo que dessa população teríamos herdado os nossos genes italianos.

Ha que nos lembrarmos que isso deverá ser quase uma verdade absoluta e não apenas uma hipótese, pois, 25% de ascendência eh o equivalente a se ter um dos 4 avos italiano.

Sabemos que não o temos, e que nossa ascendência italiana conhecida eh esporádica. Portanto, para chegar `a faixa de 20% em nosso sangue haverá que existir essa porcentagem num âmbito inteiro da nossa população ancestral.

Nos sabemos que Leon posteriormente tornou-se a capital que dominou a Peninsula antes de o territorio repartir-se em reinos. Mas as elites continuaram sendo as mesmas.

Por fim, vejam o que o nosso primo Luis Antonio Barbalho Silva, filho da Roxane, filha do dr. Helio, filho do tio Onesimo, filho também do bisavô Marçal, enviou. Não sei copiar mas ele enviou-me uma foto de uma lapide no Vaticano. Indica-se que Scipionis Barbati esta ali enterrado.

Na verdade, o nome completo do patriarca da família seria Lucius Cornelius Scipio Barbatus. (plural Barbati). Familia nobre italiana que ate atualmente usa a grafia plural do sobrenome.

Nessa outra postagem, pode-se ver o histórico da nobre Famiglia Barbati:

http://www.heraldrysinstitute.com/cognomi/Barbati/Italia/idc/801380

Abram e observem também, quem conhece, como os escudos de família se parecem muito.

Quem desejar ouvir a Historia do domínio romano da Etruria, fato que deu mesmo origem ao Império na Italia, pode acessar o video/audio:

Da Historia, devemos recordar também que a Família Barbalho estava ligada a produção do açúcar de cana desde quando entrou no Brasil. Antes disso, deve ter trabalhado com o mesmo produto na Ilha da Madeira.

Se não, eh provável que fosse família com experiência semelhante, porem, procedendo dos antigos domínios muçulmanos, que incluíam a Sicilia. Na ilha os muçulmanos introduziram a cana-de-açúcar, que haviam importado da India, e a usavam como fonte de lucro para manter seu império.

Havemos que nos lembrar ainda que a Borgonha chegou a ser chamada de Reino das duas Sicilias. A própria Sicilia fez parte de seu reinado. E o Henri da Borgonha, pai do Afonso Henriques, procedia da Borgonha. E isso praticamente garante que tivesse ancestrais italianos.

Infelizmente não encontrei ainda algo que de-me alguma certeza a respeito da origem do sobrenome Barbalho. Mas pode ser que tenhamos mais de 2.000 anos de Historia para contar.

Coincidentemente, não muito tempo depois da tomada da Etruria deu-se também a tomada de Cartago e, na sequencia, inicia-se a conquista da Península Ibérica, o que pode ter associado por essa via o sangue italiano `as elites locais e deles terá chegado ate a nos.

Existe um compendio de genealogia das familias nobres denominado: “PEDATURA LUSITANA (NOBILIARIO DE FAMILIAS DE PORTUGAL)”. Um pouco dele pode ser lido via Google Livros. Porem ali tem apenas alguns volumes.

O livro organizado por Cristóvão Alão de Morais, foi publicado em 1673. No Tomo Quarto, Volume Primeiro, estão no índice as famílias Barbalho e Bezerra. Porem, ambas deverão encontrar-se em outro volume que não pode ser lido.

A coletânea naturalmente esta arquivada na Torre do Tombo, `a Alameda Universidade, 1649-010, em Lisboa. Mas ha que fazer-se uma viagem e tanto para ir-se la. So mesmo para verificar mais que isso.

Estou informado, porem, que o pesquisador Marcelo Meira Bogaciovas esteve la e xerocou a coleção. Contudo a copia esta arquivada na biblioteca do Mosteiro de Sao Bento. A qual estava fechada para as festas de final de semana e iria reabrir em fevereiro.

Ele enviou-nos o telefone: (11) 3328-8799. Talvez possamos conseguir dar um passinho `a frente e desvendar se o nosso Barbalho tem ou não algo a ver com o Barbatus e o Barbati italiano.

Pelo jeito, para ainda estar em nosso sangue tanta porcentagem greco-romana somente mesmo se tivermos mais que alguns ancestrais distantes. Será preciso que sejamos o produto de uma boa concentração azurra em nosso sangue. E que viva a Italia.

 

 

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06. A QUEBRA DO ENCANTO EM GOVERNADOR VALADARES E OUTROS CASOS DE VIAGEM.

 

  1. Estive no Brasil por uma semana prolongada. E não pude aproveitar como desejava. Isso, no sentido de que busquei apenas alguns poucos documentos genealógicos e não tive tempo para visitar outros lugares que não Virginópolis, passagem relâmpago por Divinolandia e Santa Efigenia de Minas.

Porem, tive essa noticia. Meu irmão, Fernando, contou por alto que temos mais uma personalidade na família. Trata-se do atual prefeito de Governador Valadares, conhecido mais pelos nomes Andre Merlo.

Fernando contou-me que ele eh sobrinho da dona Tunita (Antonia Coelho da Silva, Ferreira por casamento com o professor Jose Ferreira Junior, muito conhecido nos tempos que viveram e lecionou em Virginópolis).

Como não acessei a internet la no Brasil e não tive o livro, estava emprestado, da genealogia da família la em Virginópolis, não pude confirmar.

Agora descobri que ele eh neto da Maria Leticia da Silva Coelho. Essa, filha do Joel da Silva Coelho e Maria da Conceição Rodrigues Mourão. Não tenho informações da bisavó, mas pelo sobrenome devera ter vínculos com Sabinopolis ou Serro.

Os Mourão estão entrelaçados conosco desde o século XVIII. Mas não se pode dizer que todos que assinam são nossos aparentados próximos.

O Joel, bisavô do Andre, foi filho dos meus tios-bisavos Joaquim Bento Coelho e Antonia Paschoalina da Silva Neto (tia Cunuta). Não tenho informações a respeito dela mas ele foi mais conhecido como Ti Quim Bento.

Quim Bento foi filho dos fundadores de Virginópolis, Joao Batista Coelho (o velho) e Maria Honória Nunes Coelho. Fica, então, estabelecido esse vinculo direto com o ramo Batista Coelho da nossa família.

Apenas recordando, foram 12 irmãos, filhos de Joao Batista e Maria Honória . Os quais inclui meu trisavô paterno Joao Batista Coelho Junior e meu bisavô materno Jose (Ze Coelho) Batista Coelho.

Entre os irmãos ainda temos: Maria Honória (filha), Antonio Paulino, Sebastiana Honória, Anna Honória, Emigdia Honória, Antonia Honória, Marcolina Honória e Francisco, o Ti Chico. As mulheres assinavam o Honória da mãe e os homens, exceto o Antonio Paulino e o Quim Bento, o Batista Coelho.

Batista não eh nome de Família. O Joao I o tinha em homenagem ao santo do dia de seu aniversario. Mas passou para os filhos como se fosse sobrenome. E o sobrenome permanece ainda em muitos da descendência.

Os dados podem ser acompanhados nas paginas 149, 150, 151 e 136 do livro Arvore Genealógica da Família Coelho, da prima Ivania Batista Coelho. Outros dados estão no inicio do livro e no site www.geneaminas.com.br.

Ao entrar no site, basta jogar no espaço de busca o nome do Andre Luis Coelho Merlo. Abrira uma pagina intermediaria com o nome dele. Ai basta clicar sobre o nome. Dai para frente basta ir clicando sobre os nomes paternos para acompanhar toda a parentela.

Mas o que acontece eh que quando as pessoas fazem parte da família, muitas vezes o fazem parte, como nos diz o primo Carlos do No, “de com força”. O avo do Andre Merlo era o Lindolfo Rodrigues Coelho (apelido Fica).

Fica e Maria Leticia foram os pais da Creuza Coelho Merlo. Merlo por causa do marido, Jose Miguel Merlo, do qual não tenho informações genealógicas. Esses são os pais do Andre, o atual prefeito.

E o mesmo Fica entra `a pagina 31 do livro, por ser filho do Esdras Rodrigues Coelho e Maria Amelia. Esses, procedentes de Guanhaes, do tempo em que nossa família estava tanto concentrada de um lado quando do outro da divisa entre Guanhaes e Virginópolis.

Não tenho dados do lado materno mas o Esdras foi filho dos também meus tios-bisavos: Lindolpho Rodrigues Coelho e Marcolina (Marca) Nunes Coelho. E o Coelho dela eh próprio e não do casamento.

Nunes Coelho e Rodrigues Coelho são duas linhagens diferentes dos Coelho. Mas em nossa região existem tantos casamentos entre eles que quase não existem mais uns ou outros. Somos os dois ao mesmo tempo.

O que acontece eh que alguns ancestrais são diferentes e o que ainda não descobri eh como ambas famílias se encontram na raiz Coelho. O Coelho eh um so. O que falta saber eh quem foram os pais comuns `as duas.

Acredito que a tia Marca tenha sido sobrinha da Maria Honória, esposa do Joao Batista, o velho. Mas ainda não tenho provas.

Maria Honória foi filha de um Clemente Nunes Coelho, filho do Eusebio e Anna Pinto de Jesus, e ela nasceu por volta de 1830. A tia Marca foi filha de Clemente Nunes Coelho e Anna Maria Pereira, o qual não sei dizer se eh o mesmo ou outro, talvez, um filho do primeiro. Em caso de ter sido o mesmo, elas terão sido meio-irmãs.

O tio Lindolpho foi filho dos trisavós: Antonio Rodrigues Coelho e Maria Marcolina Borges do Amaral. (Borges Monteiro e Pereira do Amaral que procede de Sabinopolis e, antes, do Serro, migrados respectivamente de Seia, no continente, e Sao Miguel, nos Acores).

Antonio Rodrigues Coelho foi patriarca dos que usam o sobrenome dele e de muitos outros na região de Guanhaes/Virginópolis. E ele foi irmão do Joao Batista Coelho, o velho, os quais foram filhos dos fundadores de Guanhaes: Jose Coelho de Magalhães Filho (mais conhecido como da Rocha) e Luiza Maria do Espirito Santo.

O que torna inusitada a eleição do Andre Merlo eh ele quebrar o encanto de ate então não ter tido prefeito nascido no município de Governador Valadares. Ele se torna o primeiro nascido e eleito por seus conterrâneos.

Nem digo inusitado pelo fato de a família estar sendo contemplada com um prefeito local.

Sao tantos os membros da família que se mudaram para a cidade, mesmo antes de o ser, e cuja população ainda era mínima (5.000 habitantes em 1945) que seria uma fatalidade um dos milhares dos atuais descendentes jamais tornar-se prefeito.

Mesmo porque, o Antonio Rodrigues Coelho Junior, Toninho Coelho, bisneto do primeiro com o nome, este nosso trisavô, ja foi vice na gestão do Jose Bonifácio Mourão. Jose Bonifácio, deputado, também primo da gente por diversos caminhos. Porem, natural de Sabinopolis.

Assim fica definido ser maior o grau de consanguinidade que temos com o atual prefeito de Governador Valadares (Valadolares) do que as primeiras noticias nos diziam.

http://hojeemdia.com.br/primeiro-plano/com-grande-folga-andré-é-eleito-prefeito-de-governador-valadares-no-primeiro-turno-1.417402

Para facilitar o entendimento, descreverei aqui as linhagens que nos ligam ao Andre. Começando por ele, o primeiro nome a aparecer na linha seguinte será do pai ou da mãe, na linhagem Coelho, do colocado acima. A sequencia será inversa na segunda linhagem. Os números romanos indicarão as gerações:

I. Andre Luis Coelho Merlo c.c. Andreia Carvalho, filho de:

II. Creuza Coelho Merlo c.c. Jose Miguel Merlo, filha de:

III. Maria Leticia da Silva Coelho c.c. Lindolfo (Fica) Rodrigues Coelho, filha de:

IV. Joel da Silva Coelho c.c. Maria da Conceição Rodrigues Mourão, filho de:

V. Joaquim (Quim) Bento Coelho c.c. Antonia Paschoalina (tia Cunuta) da Silva Neto, filho de:

VI. Joao Batista Coelho, o velho c.c. Maria Honoria Nunes Coelho, filho de:

VII. Jose Coelho de Magalhães Filho (da Rocha) c.c. Luiza Maria do Espirito Santo, pais também de:

VI. Antonio Rodrigues Coelho c.c. Maria Marcolina Borges do Amaral, pais de:

V. Lindolpho Rodrigues Coelho c.c. Marcolina (Marca) Nunes Coelho, pais de:

IV. Esdras Rodrigues Coelho c.c. Maria Amelia

III. Lindolpho (Fica) Rodrigues Coelho c.c. Maria Leticia Coelho da Silva.

Duas outras filhas do casal Jose Coelho da Rocha e Luiza Maria contribuíram significantemente para a povoação de Virginópolis. Foram elas:

01. Francisca Eufrasia de Assis Coelho c.c. Joaquim Nunes Coelho (fundadores locais)

02. Eugenia Maria da Cruz Coelho c.c. Francisco Marçal Barbalho (também meus trisavós materno e paterno.

Antonio Rodrigues Coelho e Maria Marcolina foram meus trisavós materno e paterno. A filha Maria Marcolina foi minha bisavó materna e o filho Joao Rodrigues foi meu bisavô paterno.

Antonio Rodrigues Coelho e Maria Marcolina foram pais de 14 filhos e filhas. Eles foram: Antonio Jr (dr. Coelho), Lindolpho, Altivo, Josephina, Maria Marcolina, Joao Rodrigues, Jose (ti Juca), Luiza, Angelina, Benjamin (fal. criança), Daniel, Virginia, Benjamin e Maria Carmelita.

Alem desses, Antonio foi pai de mais 2 filhas extra conjugais: Julia Salles Coelho que foi esposa do primo deles Antonio Paulino Coelho, e Emidia Justiniana de Aguiar.

Para complicar um pouquito mas. O primo Marcos Ferreira fez um comentário na previa que publiquei no facebook. Informou-me que a esposa do Andre eh a Andreia de Carvalho. Ela aparece na pagina 76 do livro da prima Ivania Batista Coelho.

Para resumir, vou postar as linhagens pelas quais somos primos também dela:

I. Andreia de Carvalho c.c. Andre Luis Coelho Merlo, filha de:

II. Maria Augusta (Guguta) Ferreira de Carvalho c.c. Antonio Carlos Carvalho, filha de:

III. Elgita Coelho do Amaral c.c. Cantidio Ferreira da Silva, filha de:

IV. Joao Rodrigues Coelho c.c. Olimpia Rosa Coelho do Amaral, filho de:

V. Antonio Rodrigues Coelho c.c. Maria Marcolina Borges do Amaral.

III. Cantidio Ferreira da Silva c.c. Elgita Coelho do Amaral, filho de:

IV. Angelina Marcolina Coelho Ferreira c.c. Joao Ferreira da Silva, filha de:

V. Antonio Rodrigues Coelho c.c. Maria Marcolina Borges do Amaral.

Observe-se por ai que os ancestrais dos filhos deles: Angelina, Lindolpho e Joao Rodrigues foram irmãos e filhos dos nossos trisavós: Antonio e Maria Marcolina.

Outro detalhe eh que a Dindinha Olimpia Rosa foi filha do Joao Batista Coelho Junior e Quiteria (Titi) Rosa Pereira do Amaral sendo, portanto, sobrinha do Ti Quim Bento.

Então, quando se fala, primos “de com força” eh ate bobagem! O melhor eh dizer logo irmãos por parte de pais diferentes.

E olhem que tenho apenas razoes para suspeitar e certeza nenhuma. O Carvalho do pai da Andreia tem boas chances de ser o mesmo que se instalou em Guanhaes `a época da colonização da área, tendo sido uma das famílias dominantes por la.

Coincide também, segundo dados do livro “A Mata do Peçanha, Sua Historia e Sua Gente”, do professor Dermeval Jose Pimenta, que nos os Barbalho temos o Pimenta de Carvalho como alcunha de família.

E muitos dela se embrenharam pelas antigas matas virgens de Minas Gerais por ocasião do Ciclo do Ouro. Pode ate ter havido migrantes, com a assinatura, diretamente de Portugal ou outros ramos ja instalados no Brasil antes.

Os Barbalho associaram-se aos Carvalho de Andrade, do casal Francisco Carvalho de Andrade, senhor do Engenho Sao Paulo, e Maria Tavares de Guardes ainda `a epoca da primeira leva de colonizadores da Capitania de Pernambuco.

Braz Barbalho Feyo, primeiro do nome que temos noticias, casou-se com Maria (ou Catharina) Tavares de Guardes, filha dele. E deles procede o “Barbalhal” brasileiro.

Alem disso, o Carvalho da região do Serro/Conceição do Mato Dentro pode ter origem comum aos Pimenta e Barbalho. O professor Dermeval Pimenta não foi mais a fundo e limitou-se a decifrar apenas a origem do próprio sobrenome, porem, deixou algumas dicas.

Ele conta que a família começou, em Minas Gerais, com o casal Manoel Vaz Barbalho e Josepha Pimenta de Souza. Procediam do Rio de Janeiro, casaram-se em 1732 na Capela de Nossa Senhora dos Prazeres de Milho Verde, distrito do Serro. Ele provinha da familia Barbalho, naturalmente, e ela da Pimenta de Carvalho.

Deles nasceu a filha Isidora Maria da Encarnação. Ela casou-se, em 1759, com o português, capitão Antonio Francisco de Carvalho, que foi sindico-geral dos Santos Lugares, da Comarca de Serro do Frio. O capitão era natural da Vila de Colares e filho de Antonio Leal e dona Maria Francisca.

Por esses dados fica o mistério do como surge o Carvalho no nome do capitão Antonio Francisco. Mas por suposição e experiência sei que os sobrenomes `aquela época não procediam necessariamente dos pais.

Podiam vir como homenagem a avos e ate bisavós. Em caso de títulos e morgados que eram passados de pai para os primogênitos, eles adicionavam a seus nomes os sobrenomes de varias de suas famílias ancestrais para mostrar o parentesco com os “maiorais”.

Um exemplo: Caetano Segismundo de Bragança e Ligne de Sousa Tavares Mascarenhas e Silva, nao passava do nome proprio do Duque de Lafoes (1797 – 1851). Exceto pelo Ligne os outros sobrenomes dele encontrar-se-ao facilmente no rolo de nossos ancestrais.

Mas o caso eh que o professor Dermeval da os nomes de batismos de 9 filhos do casal Isidora e capitão Francisco. Foram eles: Joao, Victoriana, Antonio, Luciano, Mariana, Jose, Francisco, Bernardo e Boaventura. Somente da sua tia Victoriana e do bisavo ele revela o outros nomes.

Cita que o bisavô dele, Boaventura Jose Pimenta, herdou o sobrenome da avo Josepha. E supos que outros filhos adotaram também essa tradição. Não descartou a possibilidade de alguns dos outros terem adotado o sobrenome Barbalho do avo Manoel Vaz.

Mas esqueceu-se de mencionar que algum deles pode ter adotado o sobrenome Carvalho do pai. E, por ai, pode ter surgido os Ribeiro de Carvalho que ao final dos anos 1800 estavam bastante enraizados em Guanhaes.

Descrita pelo professor Dermeval, `as paginas 71-73, a familia contou com o senhor Getulio Ribeiro de Carvalho, politico de grande expressão local, e sua irmã: Inah de Carvalho Nunes Coelho, a esposa do dr. Chiquitinho, também senador estadual.

O vinculo com os Barbalho pode estar no filho Jose, do casal Isidora e capitão Antonio Francisco de Carvalho. Assim como o Carvalho pode ter surgido no nome deste por homenagem a algum ancestral, o Jose pode ter assinado Vaz Barbalho em homenagem ao avo Manoel Vaz Barbalho, caso realmente seja neto.

Se tiver sido o caso, então, ele poderá ser o capitão Jose Vaz Barbalho que casou-se com Anna Joaquina Maria de Sao Jose e tornaram-se os pais do patriarca de nosso ramo: aquele que após `a viuvez tornou-se padre, Policarpo Jose Barbalho.

O padre Policarpo foi o pai do capitão Francisco Marçal Barbalho, o patriarca dos que usam o sobrenome na área de Virginópolis. 

Por ai se ve como os estudos genealógicos podem ajudar a aproximar as pessoas. E veja que do todo eu so conheço uma pequena cifra. Para desvendar outra parte devera que ser a troco de esforço quase descomunal!

Dona Antonia da Silva Coelho (Ferreira), dona Tunita, eh tia-avo do Andre Merlo. Os pais dela também foram o Joel da Silva Coelho e dona Conceição Mourão.

Observação: o Marcos Ferreira eh filho dos nosos primos Paulo e Maria do Rosario. Paulo também foi filho dos tios Elgita e Cantidio. Ja a Maria do Rosario foi filha do Francisco Augusto Nunes Coelho (Dr. Chiquitinho) e Inah de Carvalho. E nem caberá aqui explicar mais uma vez a proximidade genetica que temos com todos!

2. NO CEMITERIO DE VIRGINOPOLIS

Uma das necessidades que tinhamos de visitar o Brasil foi um tratamento de saúde psicológica de minha filha. Desde que minha mãe faleceu em 19.01.16 ela desenvolveu um trauma muito forte.

Como os sintomas não diminuíram, tivemos o conselho medico de visitar com ela a sepultura da avo. Seria para tentar faze-la aceitar a realidade da vida e virar essa pagina.

Apos termos nos instalado em Santa Efigenia, nos próximos dias fizemos a visita. Junto foram meus irmãos Fernando e Celeste com familiares.

Quando nos aproximamos da sepultura, expliquei a minha filha quem eram os sepultados naquela tumba. Ela teve um momento de engasgo quando falei-lhe os nomes dos avos: Odon e Judith.

O problema maior que ela tem eh a dificuldade de lidar com perdas. Mesmo aquelas que se nos parece um pouco irracionais, como: o avô Odon faleceu poucos meses antes do nascimento dela. E so viu a avo Judith em encontros rápidos em 2009, quando Maria Clara tinha apenas 5 anos. 

Não lhe passamos as mãos na cabeça. Ela não chorou nem demonstrou desconforto em estar ali. Acredito que as orações puxadas pela Celeste a fizeram acalmar e compreender a realidade.

Depois disso, senti-me `a vontade. O fato eh que também os cemitérios funcionam, de certa forma, como um parque de diversões para os genealogistas. E observei um fato que não havia notado quando sepultamos mamãe.

Na cova ao lado estão enterrados a trisavó Quitéria (Titi) Rosa do Amaral e o genro dela Joao Rodrigues Coelho. Foi ai que percebi que uma de nossas linhagens se completa nas duas covas.

Acredito que os trisavós Joao Batista Coelho Jr. e Quitéria Rosa devem ter sido enterrados como mandava a tradição, um ao lado do outro. Porem, a bisavó Dindinha Olimpia foi enterrada com o pai dela. Quando o bisavô Joao Rodrigues faleceu, o enterraram com a sogra, por causa da tradição.

Mais tarde vieram a falecer meus avos paternos: Dindinha Zulmira e Trajano (Cista). Eles faleceram com 6 anos de diferença, 1963 e 1969. Assim puderam ser sepultados na mesma cova, junto com Joao Jr. e Dindinha Olimpia.

40 anos depois da própria mãe, foi a vez de meu pai adentrar a mesma sepultura. Completando-se a linhagem com minha mãe no ano passado.

O unico detalhe observado ai foi a cova da trisavó Titi e bisavo Joao Rodrigues estar um tanto quanto descuidada. Os nomes deles estão se apagando. E não tem datas vitais acompanhando os nomes.

Parece que o cemitério também esta passando por uma reforma. Por ela a renovação de posse das sepulturas junto `a prefeitura ira mais que decuplicar de preço. Assim as pessoas estão correndo para renovar pelo valor antigo. A posse eh valida por 25 anos. Ao fim dos quais perde-se a posse, caso não haja renovação.

Algo ate compreensível no sentido de manutenção. Mas, de certa forma, surpreendente ja que essas pessoas fazem parte do patrimônio histórico do município. Os primeiros são da leva de primeiros moradores.

Embora, os fundadores mesmo devem todos ter sido enterrados no local antigo. Era ou debaixo do assoalho da igrejinha antiga, onde atualmente eh a rodoviária, ou no local destinado a cemitério anexo `a igrejinha, que são alguns quintais próximos, na Rua Sao Jose.

Tenho o obito da “tia” Joaquina “Simpliciana” Coelho de Andrade que consta ter sido sepultada, aos 90 anos, em 1916, no cemitério antigo. O atual deve ter iniciado por volta dos anos 1930, quando da construção da atual Matriz de N. S. do Patrocínio.

Apos essas constatações, Fernando mostrou-me outras sepulturas nas quais se encontram restos de nossos ancestrais da linhagem materna Barbalho. Entre os sepultados encontra-se a nossa bisavó Sa Candinha (Candida de Magalhães Barbalho).  

O que colhi no cemitério de Virginópolis foi a data de falecimento dela. Sabíamos que tinha vivido quase 100 anos. Mas faltava-me o comprovante.

O falecimento se deu a 09.09.1956. Tinhamos os dados de nascimento em 10.01.1858.

Nota-se ai que não ficou muito distante de completar 99 anos de idade. E por pouco não me passou o bastão, pois, nasci em 58 do século anterior ao atual, quando ela completaria os 100 anos de vida.

Entre os muitos falecidos nonagenários, inclusive uns poucos centenários, tenho conhecimento de outras 2 sobrinhas dela que chegaram aos 99 completos. Foram elas: tias Vita e Olga, filhas dos bisavós paternos Marçal de Magalhães Barbalho e Ersila Coelho de Andrade.

A própria Sa Candinha teve a filha Maria (Maricas) que também chegou aos 99 anos.

3. OLHOS CLAROS.

Pela primeira vez notei que os olhos de minha sogra, dona Geralda, são verdes. Não se trata de uma descoberta inusitada. Mas a minha desconfiança eh a de que o falecido sogro, Divino Luiz de Andrade, e ela mesma tem vínculos parentais com minha bisavó Ersila Coelho de Andrade.

Cheguei a procurar em Divinolandia o registro de casamento dos pais de minha sogra: Francisco Martins de Sousa e Maria Florinda de Jesus. Minha sogra não teve a oportunidade de conhecer o lado da família paterna. Perdeu o pai quando tinha 2 anos de idade.

Pelo lado paterno ela foi neta de Pedro Basilio da Fonseca. Talvez seja o mesmo Fonseca da mãe da Dindinha Ersila, Joaquina Umbelina da Fonseca. O pai da Dindinha foi o trisavô Joaquim Coelho de Andrade.

A avo paterna de minha esposa chamava-se Maria (Quita) Vieira de Carvalho. E creio que a bisavo paterno/paterno da bisavo Ersila chamava-se Maria Vieira da Silva.

E ao que sabemos eh que a Dindinha Ersila também tinha olhos verdes encantadores. O que não eh uma pista por si so, mas indicativo de algum parentesco com minha sogra.

A combinação olhos verdes com 3 sobrenomes comuns: Fonseca, Andrade e Vieira, alem de todos terem ido morar numa mesma proximidade, entre Divinolandia de Minas e Gonzaga, eh o que levanta a desconfiança de não ser mera coincidência.

Alem disso, os sobrenomes e ascendências indicam uma origem comum nas migrações que se deram para os atuais municípios mineiros de Itabira e Ferros.

Mas esses são casos ainda a ser resolvidos.

4. OUTRAS NOTICIAS:

Não pude nem pensar em ir ao Serro ou Diamantina. Assim ficou adiado quaisquer investidas no sentido de esclarecer nossas duvidas em relacao `as pontes que nos faltam para decifrar nossas raízes do inicio do século XVIII e, com isso, ligar ao que ja temos de Portugal e de outras genealogias brasileiras.

Inclusive nao pude averiguar em tais cidades a origem do casal Elias Corrêa Alvarenga e Messia Lemes de Andrade. Pode ser que ele seja ancestral do Jose Joaquim de Andrade. Esse, pai da Simpliciana Rosa de Andrade, que pode ter sido a mãe do trisavô Joaquim Coelho de Andrade.

Ja comentei a respeito deles em meus escritos anteriores.

Fotografei uma placa de rua la em Santa Efigenia. O nome de interesse eh o Lino Pereira. Esse sobrenome homenageia uma das familias mais tradicionais do local. Não por mera coincidência, eh o mesmo sobrenome da minha nora, Letícia.

Somente depois dela e o Teofilo se casarem, ela revelou-me que o pai havia nascido em Divinolandia de Minas. Ele havia sido criado em Tarumirim-MG e pensávamos que fosse de la.

Ja a mãe da Leticia, Lourdes, nasceu em Santo Antonio do Porto. Um distrito ao longo da estrada que leva a Governador Valadares. Leticia nasceu em G.V., onde os pais viveram antes de mudarem-se para os USA.

Interessante eh que cerca de 40 anos atras fui de G.V. a Virginópolis de carona com meu cunhado Joaquim Gervasio. Paramos em Santo Antonio do Porto onde o bar da parada de ônibus pertencia a um conhecido dele. Parece-me que ele o havia apresentado como um irmão.

Como havia conversado com a Lourdes e dito que conhecia o tal dono resolvi perguntar ao cunhado Joaquim de quem se tratava. Não era irmão. Era um amigo que fora criado junto com ele em Nova Era. As famílias haviam migrado de Itabira para Nova Era.

O nome do conhecido eh Moacyr Martins Quintão. O que sei ser família tradicional em Itabira. Mas não tenho dados para tirar do novelo um fio de proximidade.

Por fim, tive algumas promessas de livros que poderão ajudar a decifrar algo mais de nossa genealogia. Mas como ja tive outras que não se concretizaram no passado, vou aguardar primeiro alguma concretização antes de comentar detalhes.

 

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07. FILHO DE VALADARENSE E VIRGINOPOLITANA SE DESTACA EM MODA E RECEBE TITULO DE NOBREZA.

Assim que publiquei o artigo que incluía nossos primos, prefeito e primeira dama de Governador Valadares, a Roxane Barbalho comunicou que temos mais um nobre titulado na família.

Trata-se do Adriano Coelho Carvalhais, filho da Elda, filha dos tios Eurico e Odila, e do Jose Havas Carvalhais. Alias, esse Carvalhais pode ser o mesmo que aparece no nome da Maria Rosa dos Santos Carvalhais, nossa tetravó comum, esposa do Joaquim Pereira do Amaral.

Quero dizer, tetravó meu e da Elda e pentavó do Adriano. Assim ele terá pelo menos um duplo Carvalhais.

Acredito que os nossos Carvalhais tenham se instalado em torno do Serro, de onde partiram para a fundação da antiga Sao Sebastião dos Correntes, atual Sabinopolis, junto com os Pereira do Amaral e Borges Monteiro (1819).

Ele obteve o titulo de Conde. Penso que a honraria esteja ligada ao movimento pro retorno da monarquia nas atuais republicas: brasileira e portuguesa. O retorno de títulos a descendentes de antepassados nobres, julgo, deve estar ligado a pessoas que estejam na vanguarda do movimento.

Faço saber que não tenho parte no movimento. Muito pelo contrario. Não se trata de ter aversão sem sentido. Trata-se de não enxergar validade e mérito em títulos que surgem por nascimento. Os títulos monárquicos, na maioria das vezes, partem do nascimento e não do merecimento.

Não será, porem, o caso do Adriano que muito pouco conheço. Recordo-me dele ainda adolescente numa festa dos descendentes dos bisavós Joao Rodrigues Coelho e Olimpia Coelho do Amaral. Por Dindinha Olimpia vem o nosso Carvalhais, por ter sido neta da tetravó Maria, via trisavó Titi.

Corrigindo, o titulo do Adriano tem algo a ver com a ascendência sim. Isso porque, por mais competentes que sejamos, a maioria dos brasileiros descende dos mais variados personagens da Historia Mundial.

Em nosso caso particular, descendemos no mínimo dos Amaral, Andrade, Barbalho, Bezerra, Borges, Carvalhais, Carvalho, Coelho, Pereira, Magalhães, Moniz, Monteiro e diversas outras. Eram todas famílias consideradas nobres. Mas qual eh o brasileiro que não descende dessas e outras famílias nobres?!!!  

Não se pode esquecer que a festa era da descendência do Joao Rodrigues. E isso inclui parte da descendência da segunda esposa, Melita da Penha Neto. Os do segundo casamento dela fazem parte da família, mas não são descendentes do bisavô e sim do primo Antonio Nunes Coelho.

Em resumo, pode-se ver na reportagem abaixo a noticia da conquista do titulo. Aproveita-se para ver uma fotografia atual do Adriano.

http://guitorres.com.br/um-conde-entre-nos-adriano-carvalhais-recebe-titulo-de-nobreza/

Diga-se de passagem, também podemos recordar outras vias pelas quais estamos intimamente ligados `a atual família imperial brasileira. Vejamos a sequencia genealógica:

I. Jose Coelho de Magalhães c.c. Eugenia Rodrigues da Rocha, pais de:

II. Joao Coelho de Magalhães c.c. Bibiana Lourença de Araujo, pais de:

III. Emilia Brasilina Coelho c.c. Jose Coelho da Rocha Ribeiro, pais de:

IV. Maria Brasilina Coelho c.c. Candido Jose de Senna, pais de:

V. Nelson Coelho de Senna c.c. Emilia Gentil Gomes Candido, pais de:

VI. Múcio Emilio c.c. Sylvia Amelia Alvim de Mello Franco, pais de:

VII. Sylvia Emilia c.c. Paulo Argemiro Hungria da Silva Machado, pais de:

VIII 1. Theodoro Hungria da Silva Machado c.c. princesa d. Maria Gabriela

VIII 2. Sylvia Amelia Hungria da Silva Machado c.c. principe d. Afonso Duarte.

Ambos membros da realeza, da Casa de Orleans e Bragança.

Penso que a restauração da monarquia no Brasil somente teria um ponto realmente positivo, caso aos moldes da monarquia inglesa. Trata-se de criar com isso uma fonte de incentivo ao turismo.

Na verdade, os ingleses se curvam aos monarcas justamente porque as comemorações festivas despertam grande interesse do mundo inteiro, ocasionando uma fonte imensa de riquesas.

Nem todos se recordam mas imaginem o que gerou o casamento da princesa Diana com o príncipe Charles. A festa foi maior que a do casamento do atual príncipe, filho deles.

O problema que vejo ai eh o risco de não levar-se em conta que, pode-se apostar na chegada de uma princesa Diana ao trono e ser sorteada no lugar dela uma Carlota Joaquina da vida!!! E o risco da segunda opção desanima.

O nosso parentesco mais visível com os casados na família imperial brasileira eh o de que o primeiro casal foi nosso pentavô. O tio-tetravô Joao Coelho de Magalhães era irmão do nosso tetravô Jose Coelho da Rocha. Este, o fundador de Guanhaes e pai de fundadores de Virginópolis.

Mas existem outros vínculos. Entre eles o de que o próprio professor Nelson disse que a bisavó dele, tia Bibiana, era prima do marido.

Disse que o Ten. Ze Quirino, também era primo da esposa Emilia Brasilina.

Quem talvez fosse parente mais distante devera ser o professor Candinho de Senna, o pai do professor Nelson. Esse nasceu em Rio de Contas, na Bahia, que fica próxima `a atual divisa com o Estado de Minas Gerais.

E a familia Barbalho e outras deixaram grande descendência na Bahia, tornando-se quase impossível que ja não tivesse vinculo parental algum.

D. Milota procedia de familia ultra-tradicional da Zona do Carmo. Ou seja, do Vale do Ribeirão do Carmo, que drena as aguas a partir do entorno de Mariana. Ela descendia dos antigos bandeirantes povoadores de Minas Gerais. Diga-se de passagem, ascendentes de pelo menos metade da população brasileira atual.  

No caso dos ascendentes mais recentes a Historia se repete. Os Alvim de Mello Franco tem ascendencia nos Coelho portugueses. O que devera dar de encontro com os diversos Coelho dos quais descendemos.

No caso do Paulo Argemiro, sabemos que o Hungria dele procede do pais de mesmo nome. Mas os lados femininos dele são brasileiros. Inclusive destaca-se o Silva Machado que, separados, estão na lista de nossos ancestrais.

Isso tudo, sem contarmos que a Família Imperial Brasileira descende de mesmos ancestrais que nos. E isso, repetidas vezes!!!

Portanto, quando se pensa em ser parente distante, primeiro eh preciso consultar a genealogia antes de afirmar quaisquer coisas. E como não temos nem um decimo de nossa genealogia, devemos imaginar que são muitos outros os pontos de encontro.

No video abaixo, mostra-se uma pequena janela do movimento pro retorno da monarquia. E a estrela entrevistada eh a propria princesa, descendente direta da princesa Isabel, quinta na linha sucessória do trono imperial brasileiro, dona Maria Gabriela de Orleans e Bragança:

https://www.youtube.com/watch?v=Uc0DnLoF5mU

Por fim, para nos que descendemos dos Borges Monteiro, também fundadores de Sabinopolis, em 1819, temos la outro parente com titulo adquirido da nobreza. Trata-se do Eduardo Pellew Wilson, 2o. Conde de Wilson.

Não encontrei uma fotografia para mostrar, na internet. Mas quem visitar o geneaminas.com, endereço abaixo, pode seguir os ancestrais dele. Quando chegar ao lado Borges Monteiro, basta manter.

Ele descende do nosso sextavô, o português Antonio Borges Monteiro. Mas ai fica a duvida quanto `a consanguinidade que temos com ele, pois, essa eh a única linhagem dele que ja confirmei coincidir com a nossa. E ela foi pela metade porque descendemos da primeira esposa do Antonio e ele da segunda.

http://geneaminas.com.br/genealogia-mineira/restrita/enlace.asp?codenlace=1313185

 

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08. DA FIDALGUIA DA FAMILIA BARBALHO

Fui contatado por uma pessoa residente na Alemanha. Ela esta procurando o rumo ancestral do antepassado dela, Gaspar de Souza Barbalho. E passou-me os dados que procura:

“Gaspar de Souza Barbalho” Ele nasceu em Pernambuco em torno de 1673;

Data da morte: 1 de Jul de 1711.

Local do obito: Quixeramobim, Ceara, Brasil que fica a menos de 100km de Mombaça.

Casado com Vitoria Leonor de Montes (e Silva)

Nascida em torno de 1674 em Penedo, Alagoas, Brasil

Filha do Coronel Joao de Montes Bocarro ou “Bucaro”.

Caso haja algum outro pesquisador com informações que possam ajudar, favor contatar. O nome da nossa nova amiga eh Perlya. Intermedio o contato. Consegui apontar para ela algumas possíveis ligações do ancestral dela com os nossos.

E adiantando o andamento desse capitulo, vou repetir aqui o endereço:

http://objdigital.bn.br/acervo_digital/anais/anais_047_1925.pdf

Trata-se de copia da obra do Borges da Fonseca, intitulada “Nobiliarchia Pernambucana”, escrita por volta de 1750 mas com acréscimos, que notei, ate por volta de 1780.

O Indice esta no rodapé da postagem. Ai temos capítulos como:

Titulo de Bezerras Felpa de Barbuda, pag. 35

Titulo de Barbalhos Silveiras, pag. 45

Titulo dos Barbalhos, pag. 139

Titulo dos Uchoas, pag. 141

Titulo dos Bezerras Barrigas, pag. 164 e, entre outros,

Appendix, pag. 384 (esse apêndice trata de descendencia do Felippe Barbalho Bezerra).

Todos tem algo interessante. E naturalmente, os Barbalho se entrelaçaram com todas as outras famílias da nobiliarquia pernambucana.

O que me falta eh disponibilidade para construir uma Arvore Genealógica a partir do livro porque isso facilitaria muito o entendimento e a procura por nomes. Mas não seria trabalho pouco. O que não me intimida. Mas também não sou relógio, embora venha atuando tal e qual!!!

Bom, para encurtar o discurso, a Perlya fez uma retribuição inestimável. Enviou-me a copia das únicas 3 paginas do capitulo “Barbalhos” da obra escrita por Cristóvão Alão de Morais, sob o titulo: “Pedatura Lusitana, Nobiliário de Familias de Portugal”.

Como ja mencionei antes, faz parte do Tomo Quarto, volume segundo. Antes que descrever mais coisas, vamos logo ao que interessa! Vou postar as 3 paginas.

Perlya enviou-me mais alguma coisa, inclusive o capitulo dos “Bezerras”, mas não se encaixa em nossa genealogia. Segue então:

“pag. 343                    BARBALHOS

  1. Fernão (A) Barbalho era natural de Entre Douro e Minho .. .. .. e teve:

2. Antonio Barbalho

2. Luis Barbalho

2. Alvaro Barbalho

2. Antonio Barbalho filho 1o. este viveo no Porto aonde foi cidadão. Casou com ……… e teve:

3. Antonio Barbalho

3. D. Guiomar …………………….. m.er de Ignacio Cenarche de Noronha co. g.

Casou 2a. vez com D. Antonia Bezerra, ou Monteira, filha de Domingos Bezerra … … … e houve:

3. Luis Barbalho Bezerra

3. Felippe Barbalho Bezerra

3. Antonio Barbalho filho 1o. deste video no Brazil … … …

3. Luis Barbalho Bezerra filho 2o. de Anto. Barbalho E o 1o. de

*******************************

(A) Os f.os deste Fernão Barbalho erao primos de M.el Fran.co Barbalho e tiverao Capella em S. Fran.co do Porto. E o dito M.el Fran.co Barbalho foi pai de Clara Barbalho m.er de G.ar de Carvalho e forao pais de Jo. Lopes Barbalho fidalgo da casa delRei e Com.or de Sanfins de Nespereira e Mestre de Campo no Alentejo.

*******************************

Pag. 354

sua 2a. mulher n.2 foi insigne Soldado nas armas do Brazil: foi fidalgo da Casa delRei E com.or dos casaes na ordem de Christo. E Governador do Rio de Janeiro onde morreo.

Casou com D. Maria Furtado de M.ça  filha de Fernand’Ayres Furtado E de sua m.er Cecilia Carreira E houve:

4. Guilherme Barbalho Bezerra

4. Agostinho Barbalho Bezerra

4. Fernão Barbalho

4. Fran.co Monteiro Barbalho

4. Cosma Bezerra m.er de Fran.co de Negreiros Soeiro Sr. de hu engenho no Brazil

4. D. Antonia Bezerra m.er de Antonio Pereira de Sousa fo. de Eusebio Frra. Dromondo E de Cn.a de Sousa sua m.er.

4. D. Cecilia .. … .. m.er de Anto. Barbosa Calheiros fo. de Io. Barbosa Calheiros em Vianna

4. D. Fran.ca Furtada

4. Guilherme Barbalho Bezerra filho 1o. deste he Alcaide-mor de Serzipe delRei e tem a Comenda de seu pae. Casou com D. Anna Pereira fa. de D.os de Negreiros Soeiro Sr. de Engenho … … … e teve

5. Luis Barbalho

5. Domingos Barbalho

Pag 355

4. Ago. Barbalho Bezerra fo. 2o. de Luis Barbalho Bezerra n.3 Foi correo-mor do Brazil ……

4. Fernão Barbalho filho 3o. de Luis Barbalho Bezerra no. 3 Foi Vedor da Fazenda da India. Casou co D. Maria de Macedo m.er baixa.

4. Fran.co Monteiro Barbalho filho 4o. de Luis Barbalho Bezerra no. 3 Foi G.or da Fortaleza de S. Marcello na Bahia

3. Felippe Barbalho Bezerra filho 3o. de Antonio Barbalho no. 2 E o 2o. de sua m.er……..

2. Luis Barbalho filho 2o. de Fernão Barbalho no. 1 servio na India ……… e teve

3. D. … … … m.er de D. Luis de Sousa ou da Sylva paes delRey de Maldiva tto. de gras.

2. Alvaro Barbalho filho 3o. de Fernão Barbalho n. 1  Casou no Brazil co …. … ….”

Assim se encerram as informações. `A primeira vista pensei que fosse um horror! Isso por causa da inferência que o governador Luiz Barbalho tenha sido filho do Antonio Barbalho e de Antonia Bezerra ou Monteira.

Não teria nada contra, não fossem as muitas outras literaturas garantindo que ele foi filho do Guilherme (Antonio) Bezerra Felpa de Barbuda e de Camila Barbalho. Assim se inverte a procedência do sobrenome dele.

No entanto, quando copiei `a mão o que estava escrito pude conceber melhores ideias. Claro, ha que desculpar-se o autor Cristóvão Alão de Morais. A publicação data de 1673. E ele escreveu a respeito de toda a fidalguia portuguesa. Ou seja, no mínimo umas 500 famílias. Algumas ate com certa profundidade.

Imagine-se, então, buscar todos esses dados num amontoado de papeis, escritos por centenas de outros escrivães, cada qual com sua caligrafia. Documentos esses que ja deviam estar em processo de deterioração.

Alem disso, haviam escrivães que o eram porque não existia outro que soubesse manejar a pena, não porque fosse algum completo alfabetizado!

Um exemplo que prejudicou os trabalhos desse autor pode ser verificado via o sobrenome da sogra do governador Luiz Barbalho. Ele identificou-a com Cecilia Carreira. Na verdade, os atuais genealogistas devem ter pesquisado em maior numero de fontes com letras mais legíveis, pois, dão a ela o nome de Cecilia Carneiro de Andrade.

Certamente, não eh o nosso caso quando, apesar de buscarmos em originais vez por outra, em poucas oportunidade, temos a internet `a nossa disposição. Mesmo que ainda não esteja uma maravilha, em comparação, chega a ser quase o Céu. Exceto quando as informações que estamos procurando ainda estão em branco por essa via!

E observe-se que genealogia costuma ser tão complicado que por quaisquer distrações menores a gente costuma cometer erros crassos!

O certo eh que, após copiar, as coisas não são exatamente como pensei `a primeira vista. A publicação de Borges da Fonseca eh uma das muitas que contradizem essa versão para a origem do governador Luiz.

No entanto, a Revista do Instituto Historico e Geografico Brasileiro, vol. 52, também publica um breviário da genealogia “Barbalhos” no qual afirma que o governador Luiz foi filho de Antonio Barbalho.

Mas não aprofunda alem disso. Como a publicação eh posterior `a “Pedatura Lusitana”, o pesquisador pode ter usado-a como fonte. Mas não o menciona.

A passagem que descreve o titulo “Barbalhos” encontra-se a partir da pagina 310. `A pagina 308 inicia a descrição da família “Negreiros de Sergipe do Conde”. Ficam ai descritos os casamentos dos filhos do governador Luiz: dona Cosma com Francisco de Negreiros Sueiro e Guilherme com dona Anna de Negreiros.

Contudo nessa publicação ficou escrito que Guilherme e Anna foram pais de Domingos Barbalho Bezerra, o que corresponde ao que esta na Pedatura, e de dona Mariana Barbalho, esposa de Manoel Alves da Silva, sem geração.

Do Domingos confirma os dados e acrescenta que ficou solteiro. Nada menciona a respeito do filho Luis. Nesse caso, podemos esperar que haja em Sergipe alguma descendência desse nosso ramo familiar.

Ja `a pagina 313 inicia a descricao da Familia “Ferreiras e Souzas”. Começando por Eusebio Ferreira e seu pai, Leao Ferreira, naturais de Porto-Santo, Ilha da Madeira. Eusebio casou-se com Catarina de Souza filha de Melchior de Souza Dormondo e Micia Darmas, filha de Luiz Darmas e Catarina Jacques.

Eusebio e Catarina foram os pais do Antonio Pereira de Souza, marido da dona Antonio Barbalho Bezerra.

Nessa publicação temos que os filhos do casal Luiz Barbalho e Maria Furtado de Mendonça foram apenas 6: Agostinho, Guilherme, Fernão,  D. Antonia, D. Cosma e Francisco Monteiro.

Veja-se mais essa postagem:

http://www.historia.uff.br/stricto/teses/Dissert-2003_CAETANO_Antonio_Filipe_Pereira-S.pdf

Essa eh uma tese do professor Antonio Filipe Pereira Caetano, com o pomposo nome de:

“Entre a Sombra e o Sol – A Revolta da Cachaca, A Freguesia de Sao Gonçalo de Amarante e a Crise Politica Fluminense (Rio de Janeiro, 1640-1667)”.

O de maior importância no momento esta a partir da pagina 187, no capitulo: “Os Honoratiores Gonçalenses: a família Barbalho”. Ali também afirma-se que Luiz Barbalho e Maria Furtado houveram 6 filhos: Antonio, Guilherme, Francisco Monteiro, Cecilia, Agostinho e Jeronimo.

Fazendo a soma, observa-se que ate ai são 9. Isso porque Guilherme, Francisco Monteiro e Agostinho são repetidos em ambas as listas.

Quem abrir a publicação observara que as ascendências do casal Luiz Barbalho e Maria Furtado são declaradas. Tendo o Luiz como pais: Guilherme Bezerra Felpa de Barbuda e Camilla Barbalho. E era neto paterno de Antonio Bezerra Felpa de Barbuda.

Ja a Camilla Barbalho foi filha mesmo do Bras Barbalho Feyo e de Catarina Tavares de Guardes.

Aqui ocorre-me a possibilidade de o Brás ter usado o nome completo de Antonio Bras Barbalho Feyo. E como abreviava-se muito os nomes das pessoas para economizar tinta, e mesmo verbalmente, uns escritores podem não ter captado o Antonio e outros o Brás.

Obvio que a tese do professor Antonio Felipe não eh voltada para a genealogia. Contudo, os dados foram retirados de obras genealógicas, citadas `a pagina 187, rodapé, de genealogistas muitíssimo conhecidos como Carlos G. Rheingantz e Carlos Eduardo de Almeida Barata, o Cau Barata.

Ja `a pagina 37, da obra de Borges da Fonseca, temos esse extrato:

“3. Luiz Barbalho Bezerra, Fidalgo da Casa Real. Commendador da Ordem de Christo e Mestre de Campo de infantaria, que governou a Bahia e o Rio de Janeiro, de quem os escriptores da guerra dos Hollandezes fazem muitas vezes, digo, fazem innumeráveis vezes a mais honrada memória, e seria prolixa a nossa se a fizéssemos de tantas, tão repetidas e gloriosas acções quando basta o que deste grande soldado disse o general Francisco de Brito Freire neste grande elogio: – A quem tantas continuadas occasiões pelo decurso desta Historia, adiantaram ao insigne Mestre de Campo e deram illustre fama principalmente naquela celebre e portentosa expedição em que socorreo a Bahia, penetrando quatrocentas légoas os desertos da America. Foi casado e teve 10 filhos, dos quais o mais velho foi o Capitão Guilherme Barbalho Bezerra, mas como todos no anno de 1638 embarcaram para a Bahia onde, e no Rio de Janeiro viveram, não temos delles outras noticiais.”

Nessa ai o Borges da Fonseca falhou feio conosco! Fez aquela brincadeira: “eu sei mas não te conto.” Seria inestimável encontrar os escritos do general Francisco de Brito Freire, e outros nos quais se basearam, que nos contassem quem e quais foram os ascendentes de descentes do grande brasileiro, dito por pessoa de tempo mais próximo.

Pode ser que temos ai a primeira constatação da presença de um decimo rebento na família. Tratar-se-ia de dona “Francisca “Furtada”, mencionada apenas no Pedatura. E ai se completam os 10, anunciados via Borges da Fonseca.

Antes de iniciar essa escrita, imaginei que poderíamos ir logo colocando um fim na questão da paternidade do governador Luiz, pois, imaginei: “parece-me que os personagens Fernão Barbalho e Antonio Barbalho, primeiro e segundo mencionados no Pedatura, deverão ser pessoas mais antigas.”

Nesse caso, se encontrássemos datas que me permitissem comprovar isso, chegaríamos `a conclusão de que quem pode ter sido filho do Antonio Barbalho, não identificado pelo Cristóvão Alão de Morais, foi o (Antonio) Brás Barbalho Feyo.

A unica pista que encontrei na internet, nesse sentido, foi a Historia das Maldivas. Esta na Wikipedia, no endereço:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Maldivas

Ai se fala que o dominio português deu-se apenas entre 1558 a 1573. Ja o que se diz a respeito de Luis Barbalho, segundo filho de Fernão Barbalho, eh que foi pai da esposa de D. Luis de Sousa (ou da Sylva), os quais haviam sido pais do rei das Maldivas. Muito provavelmente, vice-rei.

Ou seja, se `aquela época tinhamos um bisneto do Fernão Barbalho naquele governo, seria praticamente impossível ao Luis Barbalho Bezerra ter sido neto do mesmo Fernão Barbalho, pois, a data do nascimento dele se deu em 1584.

Portanto, a relação de descendência e ascendência entre Fernão e Luiz Barbalho Bezerra teria mesmo que passar por outras gerações, nesse caso: o avo Brás e a mãe Camilla.

O problema também em relação aos enganos dos genealogistas muito antigos foi não terem documentos disponíveis e datados, para que calculassem primeiro, antes de fazer afirmações. Cristóvão Alão de Morais deve ter tido acesso a documentos que indicassem a procedência dos Barbalho em Pernambuco mas não atinou para esses detalhes.

Com isso nos deixou apenas pistas ótimas a seguir. Entre as quais a de agora sabermos que procedemos da antiga Província do Entre Douro e Minho, o que se repete em nosso lado Coelho.

Torna-se vital também a informação que tivemos “Capela em Sao Francisco do Porto”. Ai podemos buscar, futuramente, os dados que comprovem definitivamente esta ligação com a fidalguia via também os Barbalho. Abram a postagem:

https://www.jornaldaslajes.com.br/integra/igreja-sao-francisco-do-porto-tem-400-a-600-kg-de-ouro-mineiro/1789

Ha ai um pouco da Historia do monumento. Inclusive anuncia-se que ha túmulos que não se pode identificar os enterrados. Pode ser que entre esses existam alguns Barbalho. Somente por muita sorte deveremos encontrar em escritos de época as referencias que confirmariam a informação do Cristóvão Alão de Morais.

Pelo menos, a partir de agora os descendentes Barbalho brasileiros e pelo mundo afora tem um ponto de referencia que eh essa maravilhosa obra arquitetônica. Diga-se de passagem, nos de Minas Gerais teremos duplo motivo para visitar, ja que também poderemos admirar obras de arte tecidas com o ouro mineiro.

Se algum dia for visitar Portugal, O Porto será um de meus destinos. E, em particular, a Igreja de Sao Francisco do Porto.

Observe-se que entre as famílias identificadas com direito a sepultura no interior da Igreja encontra-se a Carneiro. O que indica a proximidade entre ela e a Barbalho. O que, possivelmente, nos da a pista para a origem do Carneiro da ancestral Cecilia.

Mais uma outra publicação interessante:

https://guerradarestauracao.wordpress.com/tag/joao-lopes-barbalho/

Ai se narra batalhas pela restauração da monarquia portuguesa. Logo no inicio ja começa aparecer o nome do “tenente de mestre de campo general Joao Lopes Barbalho”.

As referidas batalhas se deram em 1645. Mas não da para saber a relação de tempo anterior porque o texto no Pedatura apenas diz que os filhos do Fernão Barbalho eram primos do Mel. Francisco Barbalho, que era pai da Clara, a mãe do Joao L. Barbalho.

Não fica explicado primos por qual via nem o grau. Não ha como dizer quem era o mais velho ou o mais novo nessa relação parental.

A reportagem menciona nomes de outros brasileiros que lutaram juntos como: Antonio Soares da Costa, Pedro Craveiro de Campos, Felipe do Vale Caldeira, Simao de Oliveira da Gama, Alvaro Saraiva, Manuel Machado Caldeira e Domingos da Silveira. Todos com recomendação de títulos e honras por bravura. E eram veteranos da expulsão dos holandeses.

Apenas para ilustração, na tese abaixo o capitão Joao Lopes Barbalho eh mencionado, `a pagina 44, como natural de Pernambuco. Veja-se:

http://www.historia.uff.br/stricto/td/1371.pdf

Em caso disso ser verdade, ajuda a confirmar que o mais provável será que a Família Barbalho mudou-se em peso para aquele estado. O que reforça a ideia de que nosso ancestral Luiz Barbalho, alias, mencionado pelo próprio Joao Lopes Barbalho, pertencia ao mesmo ramo de família.

Mais uma postagem que engrandece o sobrenome da Familia Barbalho:

http://historiapostal.blogspot.com/2008/02/o-ofcio-de-correio-mor-de-mar-e-terra.html?m=0

Ai se relata como o Agostinho Barbalho Bezerra conseguiu o “oficio de correio-mor do Brasil”. Foi em 1662, logo após ter sido julgado e absolvido de culpa na participação dele no evento conhecido como A Revolta da Cachaça, e em consequência da qual o Jeronimo foi degolado e esquartejado.

Ao finalzinho do 12o. paragrafo da postagem acima temos:

“…. gastando nelas não so a fazenda, mas ate a mesma vida, por cuja causa ficaram seus filhos falta dela e ele Agostinho Barbalho, com o encargo de três irmãs e uma mãe que esta obrigado a amparar.”

Essa eh uma passagem que foge um pouco `a compreensão. Em primeiro lugar, ele referia-se a que o pai dele, e ele próprio, haviam empenhado todo o patrimônio que possuíam nas guerras que lutaram para defender os interesses do governo português.

Mas a menção a mãe e três irmãs sugere que houve mais uma filha na família e que ainda não consegui identificar. Isso porque D. Cecilia vivia no Rio de Janeiro, ficara viuva e reclamava pobreza. Agora sabe-se que havia a Francisca “Furtada”, que talvez fosse solteira.

Fica ai a satisfação de saber que em 1662 a ancestral Maria Furtado de Mendonça ainda vivia, tendo ela nascido por volta de 1595. Ou seja, estaria com 67 anos. O que falta eh saber qual outra irmã estava sob obrigação do Agostinho. Donas Cosma e Antonia eram casadas na Bahia e tinham filhos e filhas.

A menos que a terceira pessoa, não mencionada, fosse a ancestral Isabel Pedrosa, que se tornou viuva do Jeronimo. O filho mais velho deles, Jeronimo Barbalho, estaria ja com ou completaria 17 anos em 1662. Assim ela entraria como irmã, no lugar do falecido.

Outra possibilidade eh a de que o Jeronimo Barbalho Bezerra da Conjuração Fluminense fosse mesmo o sobrinho do governador Luiz Barbalho. Assim, a 3a. irmã seria mesmo outra pessoa e que ainda não descobrimos.

A informação de que o Fernão, filho do Luiz, foi casado também eh nova para mim. Desde que soube que ele havia ido para a India (Goa), para tornar-se Vedor da Fazenda, fiquei imaginando se não terá deixado herdeiros e por la existam alguns de nossos primos distantes.

Agora fica confirmada que essa possibilidade pode ser real. Ainda mais com a informação de que outro Luis Barbalho, mais antigo, também frequentou a India. Ha a possibilidade de por la ate existir uma Família Barbalho com alguma alteração no sobrenome, devido ao tempo e `a mudança de linguagem.

Quanto ao “mulher baixa” referente `a dona Maria de Macedo, esposa do Fernão, acredito que refira-se `a condição social dela, ou seja, de classe que não fosse de nobreza. Ou da considerada baixa nobreza.

Fica por esclarecer também se o Francisco Monteiro deixou herdeiros. Ele aposentou-se em 1704, como capitão do Forte de Sao Marcelo, também conhecido como Populo. Hoje eh uma atração turística na Baia de Sao Salvador:

https://patrimoniodesalvador.wordpress.com/2009/05/10/forte-de-sao-marcelo/

Faltaram, então, apenas dois nomes de filhos do governador Luiz Barbalho na obra do Cristóvão Alão de Morais. Seriam eles o Jeronimo e o Antonio Barbalho Bezerra. Diga-se de passagem, os dois dão alguma dor de cabeça aos genealogistas antigos.

No caso do Antonio, ha uma disputa entre o texto do Borges da Fonseca e os dados expostos por Rheingantz e levantados no Rio de Janeiro. Segundo Rheingantz, esse Antonio foi o marido da Joana Gomes da Silveira, neta de Duarte Gomes da Silveira, e tornou-se, por casamento, o segundo senhor do Morgado de Sao Salvador do Mundo da Paraíba.

Para o autor Borges da Fonseca, pag. 38, o Antonio que casou-se com a herdeira era filho do Felippe Barbalho Bezerra, irmão do governador Luiz. De qualquer forma, seja qual for, tudo fica em família.

`A mesma pagina 38, o mesmo autor declara que o Jeronymo que morreu degolado no Rio de Janeiro, em consequência da Revolta da Cachaça, era também filho do Felippe. Por azar nosso, o “Titulo de Bezerras Morgados da Pahyba” não esta incluído na publicação, do primeiro endereço postado no presente texto.

Ja `a pagina 35, Borges da Fonseca faz essa afirmação: “3 – Maria Monteiro, que casou com o seu primo Antonio Bezerra, filho de Luiz Barbalho.” Entre tantos Luizes que deviam existir `a epoca, acredito que a intenção dele foi a de identificar o governador.

Em caso de qualquer um deles estiver correto não altera grande coisa em nossa genealogia, pois, no fundo, todos ja descendiam dos mesmos ancestrais. Apenas pode acontecer de repetir mais vezes a nossa ascendência.

Em caso de descendermos do Felippe e nao do Luiz, através do Jeronimo, passaremos a ser da Silveira e Morais. Perderemos ai nosso vinculo com os Furtado de Mendonça e os Carneiro de Andrade, da avo Maria.

Mas, talvez, por outra via o nosso ramo familiar ira encontrar raiz no casal Luiz Barbalho e Maria Furtado de Mendonça, porque somos Barbalho também em nosso lado Coelho de Magalhães.

Sabe-se que dois de nossos sextavos foram: Giuseppe Nicatsi da Rocha e Maria Rodrigues de Magalhães Barbalho. Mas não sabemos ainda quem foram os ancestrais dessa avo Maria Rodrigues.

Ha algum tempo notei que o governador Luiz Barbalho deu os nomes de seus ancestrais a seus filhos. Assim são Antonia e Antonio. Francisca e Francisco. Cecilia e Guilherme. Os que faltavam seriam Cosma, Agostinho, Jeronimo e Fernão.

Agora podemos acrescentar o Fernão, pois, foi a primeira vez que vi o nome Fernand’Aires para o pai da Maria Furtado de Mendonça. Consta apenas Aires Furtado de Mendonça nas diversas literaturas que o encontrei.

Apesar do apego aos ancestrais, estranho não ter posto o nome Camilla, da própria mãe, em alguma das filhas. Nem o Brás que foi o avô materno. Isso reforça a possibilidade mesmo de ambos ter tido outros nomes alem dos quais ficaram conhecidos.

Como ja sugeri, o Brás poderia ter se chamado Antonio Brás. Ja a mãe do Luiz poderia ter chamado Francisca Camilla, ou Cosma Camilla. Ou, ainda, esses poderiam ter sido filhos que faleceram na infância, dai não existirem e não aparecerem em literaturas.

Em ultimo e caso especifico, a 3a. irmã mencionada pelo Agostinho poderá ter sido esquecida pelos genealogistas e chamar-se Camilla. 

Agostinho parece ser homenagem a santo de devoção. E Jeronimo era uma situação difícil de escapar, pois, alem do santo ha também o “demônio”. Temos que nos lembrarmos do Jeronimo de Albuquerque, conhecido como o Adão de Pernambuco, por conta de sua promiscuidade e prolífica.

Alem desse Jeronimo, houveram outros descendentes com o mesmo nome que ajudaram na chefia da luta contra a Invasão Holandesa.

Enfim, não podemos negar nem acreditar em tudo que os autores antigos escreveram. Entre as falhas do Pedatura Lusitana, a obvia foi não ter sequer mencionado que Agostinho Barbalho foi casado.

A esposa dele chamava-se Brites Lemes. Filha de Joao Alvares Pereira e Izabel de Montarroyos. Mas não sei se deixou descendência. Ela era neta de um dos fundadores do Rio de Janeiro, Diogo de Montarroyos.

Para facilitar o entendimento vou postar aqui as ascendências do governador Luiz Barbalho Bezerra. A começar do sobrenome Bezerra:

  • Antonio Martins Bezerra c. c. Maria Martins Bezerra, pais de:
  • Antonio Bezerra Felpa de Barbuda c. c. (1) Maria de Araujo, pais de:
  • Guilherme Bezerra Felpa de Barbuda c. c. (2) Camilla Barbalho, pais de:
  • Luiz Barbalho Bezerra c. c. (3) Maria Furtado de Mendonça
 
(1) Maria de Araujo foi filha dos senhores do Engenho de Sao Pantaleão: Pantaleão Monteiro e Brasia Araujo. O engenho de açúcar fundado por eles depois foi chamado de Engenho do Monteiro.
 
(2) Camilla Barbalho foi filha de Brás Barbalho Feyo e Catarina Tavares de Guardes. Foi neta materna de Francisco Carvalho de Andrade e Maria Tavares de Guardes.
 
Brás foi senhor do Engenho do Barbalho que ficava no Cabo de Santo Agostinho e do de Sao Paulo da Várzea do Capibaribe, que havia sido fundado por seu sogro.
 
http://engenhosdepernambuco.blogspot.com/p/engenhos-com-letra.html
(3) Maria Furtado de Mendonça foi filha de Fernand’Aires Furtado de Mendonça e dona Cecilia Carneiro de Andrade.
 
Francisco e Maria foram pais também de Ines, a qual foi casada com Joao Paes Velho, que se tornou dono de diversos engenhos de açúcar naquele tempo. Era dos mais ricos de Pernambuco. Francisco foi o primeiro senhor do Engenho de Sao Paulo da Várzea do Capibaribe. Era também armeiro real por profissão.

Os Bezerra procediam, antes de entrarem em Portugal, do Reino da Galicia. Eram naturais da Provincia de Lugo, na Freguesia de Becerrea. Esta faz parte do circuito dos Caminhos de Santiago de Compostela.

Era uma familia da alta nobreza local. Descendiam do rei D. Alfonso VI, de Leao e Castela. Esse ofereceu a mao de suas filhas em casamento aos nobres europeus que o ajudassem a expulsar os mouros.

Dois primos, Raimundo e Henrique da Borgonha aceitaram o desafio. Raimundo casou-se com a filha herdeira, Urraca; e Henrique com a condessa de Portugal, Teresa. Eles foram os pais do Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal, e de Urraca de Portugal, que casou-se com Bermudo Perez de Trava. Esses sao ancestrais dos Bezerras.

Ao final dessa postagem, abaixo, pode-se seguir as passagens das gerações ai implicadas. Trata-se da linhagem do Domingos Bezerra Felpa de Barbuda, irmão do Antonio do cabeçalho da linhagem postada acima.

http://familybezerrainternational.blogspot.com/2009/12/fontes-sobre-as-origens-da-familia.html

Domingos teria nascido em 1524. E foi natural de Viana do Lima. Antonio havia sido natural de Ponte de Lima. Acredito que isso o faça  mais velho que o Domingos.

Explica-se assim porque, com a posse do território brasileiro por Portugal, as cidades portuárias devem ter tido um visível crescimento. O que atraia populações novas. Seria natural que moradores de Ponte de Lima, dentro do território português, se mudassem para Viana, que eh litorânea.

Outro detalhe foi que o primeiro donatário da Capitania de Pernambuco, Duarte Coelho, ja deveria estar arregimentando pessoas para implantar o que foi dado a dele. Segundo dados históricos, a implantação se deu em 1535. A carta de doação assinada por D. Joao III foi de 10 de março de 1534.

Isso implica que os preparativos tenham se iniciado muito antes. Ou seja, era preciso procurar famílias voluntárias. Tinha-se que construir navios. Provavelmente os maridos seguiram `a frente para “limpar caminho” para receber suas famílias.

E isso representaria gasto de tempo considerável para os dias atuais. Seriam anos de preparação. As pessoas que se mudaram para Pernambuco no inicio de sua implantação ou eram adultos nascidos em torno de 1500 ou seus filhos com idades variadas.

Nesse caso especifico: Antonio Martins e esposa ja maiores de 30 anos e os filhos Domingos e Antonio Bezerra Felpa de Barbuda ja por volta de suas adolescências.

Minha hipótese também explica a sequencia de gerações. Tomando 30 anos como espaço médio entre uma geração e outra temos, a partir do ano de nascimento do Luiz Barbalho Bezerra: 1584, 1554, 1524, 1494.

Essas seriam as datas bases para cada uma das gerações descritas acima. Não posso afirmar que a minha hipótese encaixa-se de todo na realidade. Acredito que seria muito difícil as gerações substituírem umas `as outras em menos tempo.

E vejam que muitos outros adotam 25 anos, ou seja, 4/século. Isso porque os casamentos podiam se dar em idades mais tenras, podendo as mulheres se casar aos 12 anos de idade.

O que acontece eh que as pessoas viviam pouco, em media. Mas poucos descendem dos primogênitos em cada geração. Sendo assim, haviam filhos que nasciam `a altura das idades próximas a 40 anos de seus pais. E deles descendemos tanto quanto dos que nasceram em suas juventudes.

Antonio e Maria foram pais do Domingos em 1524. Se o filho Antonio filho nasceu por volta de 1520, o Guilherme não devera ter sido filho do primeiro casal, e ter sido pai em 1584. Não era incomum alguns homens chegarem aos 60 anos de idade. Incomum era ser pais com idade tão avançada para a época!

O mais provável foi ter havido uma geração intermediaria que eh representada pelo Antonio filho e Maria Araújo.

Para os que me leem com frequência, irão notar que repeti muitas coisas de escritos anteriores. Assim o fiz para facilitar `as pesquisas que outros poderão fazer a partir desse novo texto. Quero apenas facilitar para os outros e também para mim mesmo.

Principalmente quando precisar consultar todas essas referencias. Vez por outra as busco nos mecanismos eletrônicos e eles se negam a responder satisfatoriamente. E ai fica uma recordação melhorada dos meus textos mais antigos.

 

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09. ARQUIVO HISTORICO ULTRAMARINHO – FUNDO CONSELHO ULTRAMARINHO – SUMARIOS DAS CONSULTAS MISTAS. (AHU_CU_CONSULTAS MISTAS, COD. 13-18

Creio que essas referencias não nos ajudariam em nossas buscas a respeito de nossa genealogia. Mas devem existir muitos dados para fazer-se as biografias dos personagens.

Estudar isso agora seria um adiantamento em relação ao trabalho. Mas por precaução ja vou anotando as referencias, pois, quem sabe algum dia vou a Portugal, para fazer um verdadeiro livro a respeito de nossos familiares!?

Antes disso era mesmo preciso fazer o “mais facil”!!!:

Visitar o Serro e Diamantina para ver se encontramos os fios das meadas, tanto em relação ao sobrenome Barbalho quanto ao Coelho.

Aos Barbalho nos resta aquela passagem entre o Jose Vaz Barbalho e seus pais e avós. Alem de buscar saber o mesmo em relação `a esposa, Anna Joaquina Maria de Sao Jose.

Dos Coelho resta-nos pelo menos o encaixe entre o avo Jose Coelho de Magalhães e seu possível pai, Manuel Rodrigues Coelho e deste para as raizes.

Alem disso, certificar que a Eugenia Rodrigues da Rocha, esposa do Jose Coelho (ou a primeira esposa dele, Escholastica de Magalhaes), era descendente Barbalho. Para tentar encaixar-se uma raiz com a outra.

Se fosse `as duas cidades do Centro-Norte de Minas Gerais, com tempo para pesquisar, faria questão de verificar todos os nossos outros emaranhados genealógicos, como pelos lados Andrade, Moniz, Pinto e dos familiares correlatos, como os Cunha de Meneses, Coelho Pinto, Coelho de Oliveira, Sousa e Silva e muitos mais.

Por enquanto, fiquemos apenas com o que temos:

http://actd.iict.pt/eserv/actd:CUF006a002/AHU_CU_ConsultasMistas_13_18.pdf

`A segunda pagina do ano de 1667 existem duas menções interessantes:

“16 235 Agostinho Barbalho Bezerra da conta da sua jornada ao descobrimento das minas, e serra das esmeraldas, e outros particulares, e vão as cartas e certidões que se acusam 28 SET 1667”

“16 236V Nomeação de pessoas para o cargo de vedor-geral da fazenda do Estado da India. 20 OUT 1667” [nessa segunda devera haver a menção do nome do Fernando Barbalho Bezerra].

CORRECAO:

“16 282v Sobre o que escreve o Provedor-Mor da Fazenda do Brasil acerca de se haver extinto o oficio de guarda-mor da barra da Baia, e ser provido Fernão Barbalho no posto de capitão e governador do forte de Nossa Senhora do Populo, com as entradas e saídas dos navios. 26 MAI 1668.”

O que mostra que nossas datações estão incorretas relativas ao Francisco Monteiro Barbalho Bezerra, irmão do Fernão, ter assumido o cargo em 1667.

Mesmo porque, foi dito que o Francisco Monteiro aposentou-se em 1704, com um pouco mais de 24 anos de serviço. O que jogaria a posse dele para em torno de 1680.

Foi dito também que eles serviram nesses cargos ao rei Pedro II de Portugal, cuja coroação se deu em 1683, porem, houve um período de regência anterior, a partir de 1668, quando passou a governador em lugar do seu irmão, D. Afonso VI.

MAIS A RESPEITO DOS BARBALHO

“13 90v Com a carta inclusa de Luis Barbalho Bezerra, capitão-mor do Rio de Janeiro sobre a partida da frota 9 ABR 1964”

“13 122 Francisco de Soutomayor, governador do Rio de Janeiro, da conta de como tomou posse daquele governo e avisa de alguns particulares tocantes `a segurança daquela companhia. 28 SET 1644.”

3 cartas: 2 de 7 ABR 1661 e outra de 16 MAI 1661, a respeito dos acontecimentos durante o que se conhece como A Revolta da Cachaça. Consta que a revolta se deu contra Tome Correia de Alvarenga, quando foi contra Salvador Correia de Sa e Benevides, que estava em Sao Paulo e deixou o primo dele em seu lugar.

http://actd.iict.pt/eserv/actd:CUc017/CU-RioJaneiro.pdf

Nessa outra publicacao registra-se:

113. 1643, Outubro, 31, Rio de Janeiro.

Carta da Camara Municipal do Rio de Janeiro dando conta da chegado do capitão-mor Luis Barbalho Bezerra e outras deliberações.

AHU-Rio de Janeiro, cx. 2, doc. 31

AHU_CU_017, cx 2, D. 113

116. 1644, Fevereiro, 4, Rio de Janeiro

116- 1644, Fevereiro, 4, Rio de Janeiro CARTA dos oficiais da Câmara da cidade do Rio de Janeiro ao rei [D. João IV] sobre a chegada do novo capitão-mor e governador desta praça Luís Barbalho Bezerra; a aceitação do subsídio dos vinhos e vintena nos bens dos moradores, a fim de socorrer a Infantaria e o presídio do Rio de Janeiro; informando a pobreza em que se encontra a capitania devido à epidemia de bexigas que dizimou os escravos e reduziu a produção do açúcar; solicitando que parte das moeda cunhada nesta capitania seja aplicada nela para a criação de uma fortaleza; acusando o recebimento de ferros para marcar as patacas e a continuação do trabalho da cunhagem da moeda, conforme ordem do governador-geral do Estado do Brasil, António Teles da Silva. AHU-Rio de Janeiro, cx. 2, doc. 36 AHU_CU_017, Cx. 2, D. 116.

118- 1644, Abril, 20, Lisboa CARTA RÉGIA (minuta) do rei [D. João IV] ao governador e capitão-mor do Rio de Janeiro, Luís Barbalho Bezerra, ordenando que os provedores da Fazenda Real das capitanias do Rio de Janeiro, de São Paulo e de São Vicente enviem todas as sobras da Fazenda Real para o Governo do Rio de Janeiro, bem como o dinheiro dos dízimos, da nova imposição dos vinhos e vintenas, e do cunho da moeda, para se meter em um cofre de três chaves, sob a responsabilidade do dito governador, do reitor dos padres da Companhia de Jesus e do almoxarife, do qual não se gastará nenhum dinheiro sem ordem régia. AHU-Rio de Janeiro, cx. 2, doc. 39. AHU_CU_017, Cx. 2, D. 118.

120- 1644, Maio, 19, Rio de Janeiro CARTA do provedor da Fazenda Real do Rio de Janeiro, Francisco da Costa Barros, ao rei [D. João IV] sobre não haver efeitos para as despesas necessárias desta cidade, devido ao pouco rendimento do vinho, dos vinténs por cada caixa de açúcar e da falta de renda proveniente da graxa de baleia; informando a tentativa falhada do último governador [Luís Barbalho Bezerra] em impôr o subsídio dos vinhos e a vintena nos bens dos moradores, por causa da pouca vontade dos oficiais da Câmara em cumprir tais ordens após a morte do mesmo; a necessidade de rendas para o sustento do presídio e da infantaria; indicando como é arrendado o contrato dos dízimos e como a Fazenda Real sai prejudicada; solicitando instruções acerca do caso do prelado administrador eclesiástico da repartição do sul. AHU-Rio de Janeiro, cx. 2, doc. 42. AHU_CU_017, Cx. 2, D. 120.

121- 1644, Maio, 20, Rio de Janeiro CARTA do governador eleito do Rio de Janeiro, Duarte Correia Vasqueanes, ao rei [D. João IV] sobre o falecimento de seu antecessor, Luís Barbalho Bezerra, sua nomeação feita pela Câmara e povo da cidade; as medidas tomadas para enviar a frota ao Reino; a falta de artilharia, armas e munições para as fortalezas da Barra; a necessidade de reparos nas fortalezas e de armas para os soldados que as guarnecem, sugerindo o aumento das companhias de infantaria existentes naquela cidade e informando que foram levantados tanto o subsídio do vinho, quanto à vintena, ficando o presídio sem rendimento, e sua preocupação com a defesa daquela capitania, por causa do perigo holandês que ainda anda por aquela costa. AHU-Rio de Janeiro, cx. 2, doc. 43. AHU_CU_017, Cx. 2, D. 121.

132- 1645, Janeiro, 9, Rio de Janeiro CARTA dos oficiais da Câmara da cidade do Rio de Janeiro ao rei [D. João IV] sobre a disputa política existente entre o governador desta capitania, Duarte Correia Vasqueanes, e o sargento-mor Simão Dias Salgado, gerada após o falecimento do governador do [Rio de Janeiro] Luís Barbalho Bezerra, solicitando resolução acerca do impasse. AHU-Rio de Janeiro, cx. 2, doc. 55. AHU_CU_017, Cx. 2, D. 132.

A DENUNCIA NA CARTA ABAIXO EH DE INTERESSE PARA FAZER A BIOGRAFIA DE JERONIMO BARBALHO BEZERRA, POIS, FOI CONTRA O SALVADOR CORREIA DE SA E BENEVIDES QUE SE DEU A REVOLTA DA CACHACA (1660-61) E O JERONIMO FOI DEGOLADO POR ORDENS DELE.

135- 1645, Janeiro, 18, Rio de Janeiro CARTA do [governador nomeado para o Rio de Janeiro], Francisco de Souto Maior ao rei [D. João IV] sobre o estado das fortalezas da barra, a falta de artilharia e munições, armas e pólvora e as medidas que tomou para melhorar o seu funcionamento; a administração temporal e espiritual dos jesuítas sobre as três aldeias dos índios desta capitania e uma outra administrada pelo capitãomor dos índios Martim Afonso; informando a influência de Catarina Ugarth, esposa do [ex-governador] Salvador Correia de Sá e Benevides, sobre o principal da aldeia de Martim de Sá, Manuel Ubará Pitanga, além das irregularidades praticadas por aquele governador; descrevendo o estado de insegurança em que vivem os moradores, devido à falta da aplicação da Justiça nesta praça. Anexo: cartas. AHU-Rio de Janeiro, cx. 2, doc. 57. AHU_CU_017, Cx. 2, D. 135.

MAIS UM ENDERECO:

http://actd.iict.pt/eserv/actd:CUc030/CU-ServicoPartes.pdf

15- [post. 1644, Lisboa] INFORMAÇÃO do Conselho Ultramarino sobre os serviços de Guilherme Barbalho Bezerra, fidalgo e comendador da Ordem de Cristo, filho de Luís Barbalho Bezerra, como soldado, alferes e capitão de Infantaria, de [1622] até Dezembro de 1644, na luta contra os holandeses, acompanhado de criados e escravos em Pernambuco, onde foi feito prisioneiro e enviado às Índias, regressou ao Reino e voltou para a defesa de São Salvador, lutou no cerco do conde de Nassau em 1638, tendo regressado para a defesa do Alentejo na companhia do mestre-decampo Luís da Silva Teles. AHU_CU_030, Cx. 1, D. 15.

412- [post. 1684, Agosto, 23, Lisboa] INFORMAÇÃO do Conselho Ultramarino sobre os serviços de Antônio Barbalho, de 1 de Agosto de 1634 a 23 de Agosto de 1684, como soldado, alferes e capitão de Infantaria, contra os holandeses em Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Bahia. AHU_CU_030, Cx. 3, D. 412.

RESOLVI DAR CONTINUIDADE:

http://actd.iict.pt/eserv/actd:CUc017s01/CU-RJaneiroCA.pdf

1644, Janeiro, 31, Lisboa e 1644, Setembro, 6:

AHU_CU_017-01

CONSULTA (2) do Conselho Ultramarino, sobre o agravo que tirou o Capitão Antonio Corrêa do Capitão mor e Governador do Rio de Janeiro Luiz Barbalho Bezerra por se recusar a dar-lhe posse da companhia de Infantaria de que se lhe fizera mercê.
AHU_CU_017-01, Cx. 2, D. 276-277.

S. d.

CAPÍTULO 35 do Regimento dos Governadores do Estados do Brasil, relativo a sua competência para o provimento das serventias dos ofícios de justiça, guerra e fazenda.
Anexa ao n.o 277.

AHU_CU_017-01, Cx. 2, D. 278.

1644, fevereiro, 13, Lisboa

CONSULTA do Conselho Ultramarino, sobre o dinheiro que se mandara abonar ao Governador e Capitão mor Luiz Barbalho Bezerra para socorrer a gente de guerra que do Rio de Janeiro levava para Angola D. Antonio Ortiz de Mendonça.
AHU_CU_017-01, Cx. 2, D. 279-281.

1661, maio, 14, Lisboa

INFORMAÇÃO do Conselho da Fazenda acerca dos documentos referentes mesma sublevação.
Anexa ao n.o 875.
AHU_CU_017-01, Cx. 5, D. 876.

1660, dezembro, 9, Rio de Janeiro

AUTO que mandou fazer o juiz Ordinário Diogo Lobo Pereira a requerimento dos procuradores do Povo da cidade do Rio de Janeiro, sobre a conjuração que se descobrira estar preparada no Convento de São Bento.
Anexa ao n.o 875.

AHU_CU_017-01, Cx. 5, D. 878.

1660, outubro, 30, Rio de Janeiro

AUTOS que se processarão sobre a expulsão que fez o Povo do Rio de Janeiro do governo a Salvador Corrêa de Sá, Thomé Corrêa d’Alvarenga e nova eleição do Governador Agostinho Barbalho Bezerra, prisão dos ditos e cio provedor da Fazenda Real Pedro de Sousa Pereira.

Anexa ao n.o 875.

AHU-Rio de Janeiro-Calmeida, cx. 5, doc. 879. AHU_CU_017-01, Cx. 5, D. 879.

http://actd.iict.pt/eserv/actd:CUc014/CU-Paraiba.pdf

  1. 11-  [post. 1619, Lisboa]INFORMAÇÂO do [Conselho Ultramarino] sobre pertencer a Luís Barbalho de Vasconcelos, por renúncia de seus pais, os serviços de seu avô Luís Mendes de Vasconcelos.
    AHU-Paraíba, mç. 33AHU_CU_014, Cx. 1, D. 11.##########################################################

    1. 53-  [ant. 1663, março, 1, Paraíba]REQUERIMENTO de Filipe Barbalho Bezerra, ao rei [D. Afonso VI], solicitando o título de fidalgo da casa real, o hábito da Ordem de Cristo com comenda de cem mil réis e provimento de capitão-mor da capitania do Rio Grande ou Ceará,quando houver vaga, pelos serviços prestados na Paraíba e na guerra holandesa.Anexo: 4 docs. AHU-Paraíba, cx. 1 AHU_CU_014, Cx. 1, D. 53.######################################################
    Mais que interessante essa ultima referencia! Isso porque, pode ser que hajam mais Filipes. O que tenho noticias são 3 Filipe Barbalho Bezerra na família.
Segundo o autor Borges da Fonseca, houve o irmão do governador Luis Barbalho. Contudo, também afirma que esse casou-se em 24 de setembro de 1608. Ou seja, deveria estar pelo menos com uns 20 anos.
O que o colocaria com uma idade de 75 anos em 1663. Decerto, não deveria haver alguma utilidade para ele tal carta de fidalguia. Se solicitou alguma, devera te-lo feito muito antes da data.
O segundo Filipe mencionado eh o filho daquele primeiro. Dele foi dito ter sido “Cavalleiro da Ordem de Sao Bento, que não casou.” Então, em 1663, por não termos a data de seu nascimento, estaria por volta de seus 50 anos de vida.
Aqui ha um meio termo. Poderia ser ele solicitando um beneficio a mais. Isso porque, naquela idade, quando a maioria dos seus contemporâneos de idade ja haviam falecido, ele ja deveria ter alcançado seus privilégios antes dessa idade. Mas não se sabe!!!
O terceiro e ultimo que tenho noticias foi o segundo filho do Jeronymo Barbalho Bezerra. Jeronymo o qual Borges da Fonseca o deu como filho do Filipe, o primeiro, mas Rheingantz o da por filho do governador Luis Barbalho Bezerra.
Desse terceiro Filipe temos o ano de nascimento que foi em 1647. Ou seja, em 1663 estaria por volta de seus 16 anos de idade. Nesse caso especifico, as guerras contra os holandeses ja haviam terminado. Mesmo que meninos de 8 anos de idade podiam ser alistados pelos pais, não houve tempo hábil para ele lutar nela.
O unico senão de possibilidade ai seria se o Filipe do Jeronymo estivesse requerendo uma compensação em razão de o pai ter lutado na expulsão dos holandeses. E assim poderia ser feito `aquela época.
Isso porque o pai, Jeronymo Barbalho, havia perdido a vida em 1661, em consequência de degolamento e esquartejamento ordenado por Salvador Correia de Sa e Benevides, como punição por ter sido o líder do episódio histórico, ocorrido no Rio de Janeiro, denominado de A Revolta da Cachaça.
Mas os revoltosos, após julgados, foram considerados inocentes das acusações que o ex-governador Sa e Benevides os acusou. Então, o governo português ficou com essa bomba suja em suas mãos para resolver.
Era uma familia que se tornara órfã. O filho mais velho, Jeronymo também, estaria completando 18 anos. Nesse caso, haveria uma tendência a compensar `a família com alguns privilégios da nobreza, da qual os Barbalho Bezerra faziam parte.
Nesse caso, a patente que o pai possuía e o senhorio de engenho devem ter sido passados para o filho mais velho, capitão Jeronymo Barbalho Bezerra. E o Filipe deve ter escolhido a tal carta de fidalgo.
Não posso garantir mas imagino que a carta de fidalguia deveria garantir ao dono todos os privilégios de nobreza. Isso quer dizer que quando houvesse algum cargo chave na administração governamental, os fidalgos tinham prioridade. E cargo correspondia a renda. Dai o privilegio.
Estou me baseando apenas em suspeita e não em conhecimento. Isso porque, dos filhos do Jeronymo tenho certeza apenas que Páschoa e Michaela casaram-se e permaneceram no Rio de Janeiro mesmo. Não tenho o destino dos outros.
Alias, o quinto filho chamou-se Luis Barbalho Bezerra, pois, um irmão de mesmo nome havia falecido criança.
A suspeita de que o Filipe possa ter ido para Pernambuco ou Paraíba se baseia em que Rheigantz também identificou o tio dele, Antonio Barbalho Bezerra, como marido da Joana Gomes da Silveira. E por isso tornou-se o II senhor do riquíssimo Morgado do Salvador do Mundo da Paraíba.
Outro que ficou no Rio de Janeiro, o Agostinho Barbalho Bezerra, clamou dificuldades financeiras após a Revolta da Cachaça. Em seu pedido de mercês ao sr. rei, argumentou que tinha mãe e 3 irmãs pelas quais era responsável.
Assim, os outros devem ter compartilhado as responsabilidades na assistência `a família do Jeronymo, o enforcado. E se o Antonio, marido da Joana, foi mesmo irmão dele, maior teria sido essa responsabilidade.
Alias, seriam irmãos tanto se ambos foram filhos do Filipe quanto se foram do governador Luis. E isso justificaria a presença do Filipe (III) la na Paraíba. E haviam muitos parentes próximos e abastados na área entre Pernambuco e Paraíba.
Novamente, eh apenas uma suspeita não um conhecimento. Imagino que a solicitação de  “titulo de fidalgo da casa real” devia ter os mesmos componentes do pedido de brasão de armas das famílias. Nesse caso, deveria vir acompanhada de uma resenha genealógica.
E ai eh que gostaria de chegar. Se la no Arquivo Histórico Ultramarino houver o registro completo, poderemos ter acesso a pelo menos os nomes dos pais e avos desse Filipe. E ate talvez uma resenha que remonte a mais de 10 gerações.
Torcendo para que seja o Filipe, filho do Jeronymo, isso jogaria por terra a duvida quanto a Borges da Fonseca ou Rheingantz estar correto em relação `a paternidade do Jeronymo.
E mesmo que o Filipe seja um dos outros dois, iríamos jogar uma pa de cal na questão da paternidade do Luis Barbalho Bezerra. Como ele foi irmão do Filipe, e tio do filho deste, os pais do primeiro, ou avos do segundo, serão os pais do Luis.
Em caso de ficar sanada a duvida em favor do Guilherme Bezerra Felpa de Barbuda e Camilla Barbalho, então, constata-se o engano cometido no Pedatura Lusitana, que tem o Luis como filho de Antonio Barbalho e esposa que poderia ser Bezerra ou “Monteira”.
Quiça, haja na documentação uma boa e longa genealogia. Se o Filipe for tanto o irmão quanto o sobrinho do governador, que do lado Barbalho siga por pelo menos umas 5 gerações, porque ai, talvez, iremos descobrir que Antonio Barbalho e Fernão Barbalho foram também nossos ancestrais e, por isso, o engano no Pedatura terá sido menor.
Contudo, essas reflexões são positivas. Ha que nos lembrarmos que a possibilidade de ter havido outro Filipe Barbalho Bezerra eh relativamente alta. E pode ser primo distante, de forma a que a genealogia dele não esclareça a nossa. Portanto ha que se preparar o espirito para uma resposta menos generosa.
O que nos faltaria eh um candidato para fazer essa verificação!!!

 

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10. A PRESENCA DA FAMILIA BARBOSA NO INICIO DO CICLO DO OURO EM MINAS GERAIS.

 

Esse novo capitulo se abriu em razão de eu ter sido contatado por uma aparentada de nome Anália Faria. Mais uma com essa assinatura a revelar parentesco. Procurou-me via facebook porque descende o Sargento-Mor Domingos Barbosa Moreira também. Ela desejava saber se eu tinha informações mais profundas do ramo da família.

Não tinha. Eu havia abandonado esse lado de nossas raízes pela dificuldade de levantar dados via internet, ja que não tenho como fazer pesquisas in loco no Brasil. Falta-me o cacau e tempo próprios para isso ou o patrocínio de um mecenas.

Como os ancestrais que tenho mais recentes são os Coelho e os Barbalho, e deles conheço boa parte da descendência, os meus sentidos de busca acabam se voltando para esse lado. Eh como os pescadores. Querem buscar os peixes que estão acostumados a eles embora não irão desprezar outros que cairem nas redes.

Imediatamente, no sentido de ajudar `a Anália e a mim mesmo, resolvi reconsultar a internet para ver se encontraria algo de novo. Algo de surpresa encontrei no site www.geneaminas.com.br/.

Diga-se de passagem, eu próprio postei dados das famílias `as quais pertencemos. Os livros que juntaram mais dados a respeito dos meus ramos foram os: “A MATA DO PECANHA, SUA HISTORIA E SUA GENTE”, do prof. Dermeval Jose Pimenta; e “ARVORE GENEALÓGICA DA FAMÍLIA COELHO, da prima Ivania Batista Coelho.

Vez por outra, outros pesquisadores acrescentam dados. E la se encontram dados novos que não postei e não conhecia. Isso porque temos outro ancestral cujo nome foi Francisco Jose Barbosa Fruão (desconfio que esse ultimo sobrenome seja Frois(es)). E o engano poderá ter ocorrido em função da tradução feita das caligrafias antigas para o padrão gráfico.

Agora o site informa que Francisco Jose seria filho de Antonio Barbosa da Silva e Tereza Maria de Jesus, esses, naturais de Santarem, Lisboa, Portugal. Nao diz a fonte.

Tem também uma data. 1725. Ha uma cruz que poderia indicar ser o falecimento do Antonio Jose. Mas pode ser data de batismo dele. Se for o caso, então, a informação seria perfeita.

Ja no caso do Sargento-Mor Domingos Barbosa Moreira escreveram que seria irmão do Antonio Jose. O que, devido a outros dados concretos que encontrei, contrasta em muito com a data acima. Embora não se pode dizer com certeza.

A falta de outras datas importantes como as de nascimentos de cada um e dos pais não permite descartar ainda a possibilidade.

Se alguém encontrou mesmo algum documento do Francisco Jose, 1725 terá que ser a data do nascimento dele. Isso porque entre 25 e 40 anos depois ele estaria sendo pai. O que corroboraria com o nascimento da filha Francisca Angelica por volta de 1760.

Ela nos entra como ancestral no ramo Pereira do Amaral tendo sido junto com o açoriano Miguel Pereira do Amaral a matriarca do sobrenome. E o primeiro filho dela, anotado pelo professor Dermeval, Joao, nasceu em 1781.

Se 1725 tivesse sido a data de falecimento do pai, ela teria que ter nascido por aquela época. Em 1781 estaria no mínimo com 56 anos. Não poderia começar a gerar filhos e muito menos ter outros que nasceram depois. Como o caso de um dos fundadores de Sabinopolis, Malaquias Pereira do Amaral, nosso ancestral, que nasceu em 1791.

A data de 1725 esta mesmo posta como de falecimento. Então, a única possibilidade de ser pessoas da mesma família será se alguém com o mesmo nome ter falecido em 1725, porem, ter tido um filho de nome igual.

Esse filho sim poderia ter sido pai da Francisca Angelica. E quem encontrou os dados viu o nome mas não percebeu essa diferença. Mas estou quase certo que o engano foi cometido no momento de postar o dado, trocando a data de nascimento pela de falecimento.

A dificuldade de o Francisco Jose e o Domingos Barbosa ser irmãos é que em 13.10.1723 o Domingos ja era Sargento-Mor na cidade do Serro. Para chegar ao cargo era preciso ter carreira militar anterior e ainda conseguir ser eleito. Isso quer dizer que devia ter pelo menos entre 25 e 35 anos de idade.

A possibilidade de serem irmãos por parte de pai e mãe será bem pequena. Podendo ser com mais facilidade se for apenas por parte de pai.

As idades para exercer as funções de Sargento-Mor acima poderiam ser ligeiramente reduzidas em função de nobiliarquia, influencia econômica e indicação superior. Como podemos verificar adiante, se ele fosse filho de um Matias Barbosa, as portas se abririam.

Poderiam sim ter sido irmãos se a hipótese de terem existido dois Francisco Jose e não apenas um for correta. E o primeiro poderia ate mesmo ter falecido em 1725. Mas ai ha que verificar-se as biografias de ambos para ter certeza.

Continuando a busca, esbarrei no “O LIVRO PRIMEIRO DA PROVEDORIA REAL DA FAZENDA DE MINAS GERAIS, 1722-1727”. http://www.ufjf.br/hqg/files/2009/10/AN-CC-0137.pdf. `A pagina 46 encontra-se a menção ao Domingos, seus serviços e a data acima.

Foi organizado por Angelo Alves Carrara. Trata-se de uma “tradução” do primeiro livro do gênero da então recém-criada Capitania de Minas Gerais. Observem que a descoberta do ouro ja era passado. Mas o livro eh o primeiro.

Isso se da porque antes não haviam limites definidos. E o quadro geral da administração política no Brasil do Sul no inicio das descobertas estava atribuído ao Rio de Janeiro.

Apos `a Guerra dos Emboabas, ou em seus rescaldos, o pacificador Antonio de Albuquerque Coelho de Carvalho criou as Capitanias do Rio de Janeiro e de Sao Paulo e Minas do Ouro.

Em 1720 se da a Sedição de Vila Rica, na qual criou-se um mito a ser enforcado, Felipe dos Santos, enquanto outros sediciosos foram salvos por suas ligações com o poder. Para não perder o controle separaram-se em duas a província anterior, criando-se as de Sao Paulo e a de Minas do Ouro (Gerais).

Essa separação se deu para ter uma administração bem perto da fonte de produção dos minerais que eram as joias da coroa portuguesa. Minas Gerais passou a ser a atração única. E o governo português queria um controle rígido.

Inclusive, quando do esgotamento das fontes “fáceis” do ouro, em torno de 1750, fez-se a expansão das buscas. A essa época encontrou-se mais ouro em Sao Joao Batista (Minas Novas) que ficava em território do Sul da Bahia.

Para que não se perdesse o controle, e ja existia uma intendência no Serro, o governo português tomou o Sul da Bahia e o passou a Minas Gerais, tornando aquele território o atual Norte do segundo Estado, como ate atualmente o é.

Ha que se fazer essa observação aqui. Entre 1698 ate 1740 a produção de ouro e diamantes mantinha o Império Português. Com o declínio da produção, a situação econômica no reino foi aos poucos declinando.

Por essa época, um numero cada vez maior de portugueses migrou para o Brasil. A crise chegou `a penúria. Em 1750 os reis de Portugal autorizaram, por exemplo, o transporte de 5.000 pessoas, por estarem passando fome, das Ilhas da Madeira para a Ilha de Santa Catarina.

Em 1755 houve o grande terremoto de Lisboa. O que por pouco não extinguiu de vez o Império Português. Novamente, o Brasil surgiu como solução. Por um lado foi de onde se retiraram os recursos para a reconstrução. Por outro tornou-se a Terra Prometida para milhares de portugueses pobres e/ou falidos.

O que observei nos livros do Cônego Trindade eh que ele usou muito essa janela para iniciar os dados dos títulos das famílias descritas por ele. Ele preocupou-se mais com as famílias que chegaram do que com aquelas que ja estavam no Brasil e as receberam, fornecendo cônjuges para os chegados ou seus descendentes.

Uma lastima os interesses genealógicos do Cônego Raimundo Octavio não ser semelhante aos meus. Se assim o fosse, independente das famílias, eu escolheria ter escrito fascículos que envolvessem os moradores dos séculos XVIII e XIX das cidades e suas freguesias históricas.

Tem la sua validade o estudo das famílias em separado. Mas um estudo amplificado, como o que proponho, nos daria hoje a oportunidade de encontrarmos nossos enlaces genealógicos como peças de um quebra-cabeças a ser montado.

E mais importante, hoje poderíamos encontrar ancestrais mais longínquos de pessoas que se agregaram `as famílias dos estudos específicos do cônego. O que, alias, ate poderia nos oferecer a oportunidade de termos genealogias quase completas nesses 300 e poucos anos de ocupação territorial de Minas Gerais.

Embora com os registros em mãos, das antigas filiais da Diocese de Mariana, fez referencias a nascidos em ou agregados a famílias do antigo Inficcionado, atual Santa Rita Durão, e Congonhas do Campo. Mas parece que não tivemos a sorte de ele ter achado importantes nossos ancestrais que viveram nesses lugares.

Porem, ha que perdoa-lo. Era vigário da imensa Arquidiocese de Mariana. Havia muito trabalho a fazer alem desse divertimento. E se usava o provérbio: “Primeiro a obrigação e depois a devoção”.

Como os dados encontrados não me satisfizeram, continuei as buscas. E encontrei algumas menções aos personagens com sobrenome Barbosa, encontrados no trabalho do Carrara ou outros de minhas informações.

Por fim, lembrei-me dos livros do cônego Raimundo Octavio Trindade. Recorri mais uma vez `a preciosa ajuda do amigo Mauro Moura de Andrade. Ele prontamente enviou-me o VELHOS TRONCOS MINEIROS. Alias, reenviou, pois mandou-me antes e demorei a baixar, fazendo o envio perder a validade.

E o meu calculo ao buscar nos livros (a internet ja me oferece o GENEALOGIAS DA ZONA DO CARMO) do santo genealogista era esse: não espero encontrar um titulo abrangendo meus familiares, mas poderia ser que os encontrasse nas reminiscências dos agregados.

O que quero dizer com isso é que algumas vezes na menção aos membros das famílias estudadas o genealogista acrescenta: casou com fulano(a)……. filho(a)de……… e neto (a) de……. Dependendo, vai ate a algumas outras gerações anteriores.

Assim, procurei todo o primeiro livro para encontrar apenas uma referencia interessante a um Barbosa. E copio abaixo:

Tit. TASSARA DE PADUA

Pag. 195 “Tn6 Agostinho Jose Cabral, advogado, c. c. Isabel Maria Barbosa da Silva, filha do Conselheiro Quintiliano Jose da Silva que foi presidente da Provincia de 1845 a 1847 e de Maria Isabel Barbosa da Silva (Cf. Artur Resende – Geneal. Mineira, vol. II. 59). Filhos:”

Eh uma evidencia pálida. Mas foi a única que alem dos nomes dos personagens o cônego nos deixou a referencia literária na qual ampliar a noticia. Se o Barbosa é  dos nossos ancestrais pode ser ou não. Mas não custa verificar quando houver oportunidade.

Encontrei alguns outros agregados com o sobrenome Barbosa mas mesmo aparecendo em diversos casos outros, todos trazem apenas o nome do cônjuge que entrou nas famílias. Não ha referencias de pais. Alem disso, são de tempos mais recentes. Seria difícil liga-los a nossos ancestrais.

Mais `a frente vamos ver que esses Barbosa da Silva poderão descender do Mestre-de-campo Mathias Barbosa da Silva. Mas também pode vir de outros, inclusive dos nossos associados a alguém da Silva.

Aproveitei para extender meus estudos a outros personagens. O Capitão-Mor Sebastião Barbosa Prado, ao lado do Mestre-de-Campo Mathias Barbosa foram verdadeiras potências no início do Ciclo do Ouro. E eles entraram em meus estudos por mais de uma razão.

Ambos procedem da mesma área de Portugal. `Area esta que não fica muito distante da Cidade de Barcelos, local do qual o professor Dermeval disse que o Francisco Jose procedia. Ambos foram contemporâneos de nossos ancestrais.

Algo que também não deve ser coincidência eh o fato de o nosso ancestral Domingos Barbosa Moreira ter se casado com uma “baiana” (natural de Itabaiana que agora faz parte do Estado de Sergipe) e ter assentado residência na região do Serro.

Na biografia do Capitão-Mor Sebastião Barbosa Prado consta que residiu antes na Bahia. Tornou-se Capitão-Mor em Vila Rica, mas arrematou os dízimos das Comarcas de Sabará e Serro do Frio.

Talvez haja ai uma relação de pai e filho. Uma pena não termos os outros livros disponíveis na internet. Talvez haja alguma referencia a alguma ligação familiar entre eles. Alem disso, mais tarde entrariam na lista outros nossos familiares chegados depois.

Ao final desse texto postarei outros extratos dos livros do Cônego Trindade que talvez nos ajudem a localizar o paradeiro de outros nossos familiares que usaram outros sobrenomes que não o Barbosa.

Observa-se que a nossa ascendência no Sargento-Mor Domingos Barbosa Moreira nos vem através dos Borges Monteiro. Por descendermos do casal Daniel Pereira do Amaral e Maria Francelina Borges Monteiro podemos ter dois irmãos Barbosa como ancestrais. De antemão ja somos pelo menos duplo Barbosa, mesmo que não sejam irmãos.

De pronto podemos dizer que alem dos Borges Monteiro e Pereira do Amaral, descendem dos mesmos: os Rodrigues Coelho, a descendência do David Barroso, os Rodrigues Avila e pelo menos um ramo da família Faria e outras. Famílias todas da antiga região dominada pela Vila do Principe do Serro do Frio, atual Serro.

Por enquanto, segue o que encontrei a respeito dos expoentes do sobrenome Barbosa `a época do inicio do CICLO DO OURO em MINAS GERAIS.

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  1. Capitão-Mor Sebastião Barbosa Prado

Encontrado na tese: 01.  http://www3.ufrb.edu.br/simposioinquisicao/wp-content/uploads/2014/02/2013-Texto_Natalia_Ribeiro.pdf

O CRISTÃO-NOVO DIOGO NUNES HENRIQUES: A TRAJETÓRIA DE UM CONTRATADOR DE DÍZIMOS DAS MINAS ATÉ O PAÇO DOS ESTAUS (1670-1729)

NATÁLIA RIBEIRO MARTINS1

Pag. 05.

Destarte, talvez o laço mais importante que tenha estabelecido tenha sido com Sebastião Barbosa Prado, à época capitão da infantaria da Ordenança e também criador de gado, que posteriormente, quando capitão-mor das Minas, arrematou o contrato da Comarca de Sabará para o mesmo triênio arrematado por Diogo, pela Comarca de Vila Rica.

  1. http://www.snh2015.anpuh.org/resources/anais/39/1434338138_ARQUIVO_ANPUH2015-ServindoestagracadeexemploparaosmaisqueservemnasMinas.pdf

“Servindo esta graça de exemplo para os mais que servem nas Minas”: as solicitações de hábito da Ordem de Cristo por vassalos mineiros na primeira metade do séc. XVIII.

TARCÍSIO DE SOUZA GASPAR

“Internamente, como demonstra o Quadro III, o termo da Vila do Carmo foi a localidade mais referenciada nos serviços, o que permite afirmar terem residido e trabalhado ali a maior porção relativa de aspirantes ao hábito. Vila Rica concentrou o segundo séquito de solicitantes, a que se seguiram, com incidências menores, vilas e áreas situadas na comarca do Rio das Velhas, como Sabará, Vila Nova da Rainha, Vila do Príncipe e o Sertão do São Francisco. A preponderância do Carmo se deveu a dois fatores interligados: a importância da vila, sede político-militar das Minas ao longo da década de 1710, morada dos governadores dom Brás Baltasar e dom Pedro de Almeida e de alguns dos mais destacados homens principais da capitania; e a extensão de seu termo, a abrigar distritos populosos como Sumidouro, Inficionado e Catas Altas, onde residiram alguns cavaleiros. No termo de Vila Rica, o distrito de São Bartolomeu abrigou dois requerentes e a sede principal, os demais. Comparada à da comarca do Ouro Preto, a representatividade do Rio das Velhas atesta a sua posição secundarizada.

Os cavaleiros dessa região haviam sido expoentes dos primeiros tempos, como Manuel Nunes Viana, *********Sebastião Barbosa Prado **********e Antônio Pereira Jardim, atuantes num contexto em que era maior a relevância estratégica do Rio das Velhas, núcleo dos principais paulistas, berço da guerra dos Emboabas e área de jurisdição disputada pelos governos do Rio de Janeiro e da Bahia.”

39 Sebastião Barbosa Prado Santa Marinha de Oleiros, Vila do Prado (Arceb. de Braga) Recôncavo (BA) Currais (MG) 13 anos e 20 dias H.C. e 100 mil réis de tença efetiva. H.C. e 20 mil réis de tença efetiva.
(23/7/1729)

Fui eu quem postou os asteriscos para facilitar a visualização do nome de Sebastião Barbosa Prado.

  1. http://www.ufjf.br/lahes/files/2010/03/c1-a9.pdf

Pag. 02

“Conforme tal tabela, em oito ocasiões as realizações obradas em 1720 foram utilizadas na solicitação de mercês e privilégios. Caso sejam considerados os pedidos de patente ou de sua confirmação, o número sobe para vinte. Dentre os mais relevantes, destaquei dois casos, a saber, ********Sebastião Barbosa Prado ******** e Henrique Lopes e Araújo.

Por volta de 1729, *****Sebastião Barbosa Prado***** escreveu a El-Rei dando conta dos seus valorosos serviços prestados em benefício do “bem comum dos povos” e de Sua Majestade. Afirmou ser natural da freguesia da Santa Marinha de Queiros, termo de Vila do Prado do arcebispado de Praga e filho de Gregório Gonçalves, assistente no recôncavo da cidade da Bahia. Como de costume nesse tipo de requerimento, *****Sebastião Barbosa *****enumerou suas ocupações; serviu como almotacé em Vila Rica por eleição dos oficiais da câmara; ocupou, em 1713, o ofício de tesoureiro da Fazenda Real, dos bens confiscados aos presos pelo Santo Ofício e da fazenda dos defuntos e ausentes em Vila Rica e seu termo; fez “um grande serviço a Vossa Majestade” na ocasião em que arrematou o contrato da Bahia por 25 arrobas “devendo-lhe o grande crescimento que teve aquele contrato”; auxiliou na angariação de recursos para o estabelecimento da Casa da Moeda em função da junta convocada por D. Lourenço de Almeida com os principais das Minas para darem execução ao seu estabelecimento; por fim, *****Sebastião Barbosa***** declarou que serviu ao governador D. Pedro de Almeida, conde de Assumar, com muitos negros seus armados na contenção da revolta de Vila Rica; termina sua solicitação ressaltando que El-Rei havia

5 Faz-se necessário ressaltar que o número total por mim reunido acerca dos indivíduos que atuaram na revolta converge em 154 nomes.

Pag. 03.

ordenado a D. Lourenço de Almeida lhe agradecer por essa realização, sendo que lhe faria muito quando houvesse ocasião.6

*****Sebastião Barbosa Prado***** estava valendo-se de seus serviços para solicitar a El-Rei o Hábito da Ordem de Cristo com cem mil réis de tença efetiva. Não estou sugerindo que a participação na contenção da revolta de Vila Rica, como foi o caso de *****Sebastião Barbosa,***** tenha funcionado como pedra angular na solicitação do suplicante. Também não é relevante para os objetivos propostos saber se a solicitação foi atendida. O que proponho é destacar uma das facetas da instrumentalização da participação em 1720, qual seja, sua utilização como moeda de negociação objetivando mercês e privilégios. A partir de 1720, os indivíduos principiaram a incorporar suas contribuições na contenção da revolta em suas solicitações e requerimentos por mercês e privilégios. Repito, o episódio referiu-se a um pleito pela mercê do Hábito da Ordem de Cristo.”

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  1. OBSERVACOES:

Algo que sempre quis saber foi o posicionamento de nossos ancestrais em relação ao episódio da INCONFIDÊNCIA MINEIRA. Claro, ela aconteceu quase 70 anos após 1720.

E nossos ancestrais, mesmo alguns sendo portugueses de nascimento, também eram mineradores, e muitos dos inconfidentes foram portugueses. Eu queria saber justamente a posição do Alferes de Milícias Jose Coelho de Magalhães.

Esse devera ter nascido em torno de 1730 e 1750. Era português, talvez procedente da Freguesia de Cête do Concelho de Paredes. Não tenho nada que indique isso, apenas a menção ao local pelo professor Nelson Coelho de Senna. Mas isso não vem ao caso agora.

A Revolta de Vila Rica, também conhecida como Revolta de Felipe dos Santos, aconteceu em 1720. Para melhor clarear aos que não tem familiaridade com a Historia de Minas Gerais, aconselho o texto curto:

http://www.historia.uff.br/impressoesrebeldes/?revoltas_categoria=1720-revolta-vila-rica-minas-gerais

Algo de interessante a respeito do desfecho dessa revolta é ela relembrar com realismo alguns fatos da atualidade. Veja que a revolta, a principio, eh encaminhada sem nenhum planejamento.

Foi iniciada e liderada por aqueles que estavam com a barriga cheia que queriam manter seus ganhos, mesmo que esses ganhos fossem ilícitos. No caso, a circulação de “ouro em po” facilitava ludibriar o fisco.

A escolha da época também foi errada. Entre os mineradores não havia ainda a formação de um sentimento realmente nativista. Mesmo que muitos brasileiros ja pudessem ter um sonho de liberdade, o que estava acontecendo no momento não favorecia.

Isso porque ate então a população genuinamente brasileira era pequena. As Províncias não eram concebidas como parte de um mesmo pais. Pernambucano, baiano, paulista eram denominações que se usavam como se fosse de países diferentes.

Alem disso, com a descoberta do ouro de aluvião, `a época ha apenas 22 anos atras, provocou um movimento migratório intenso de portugueses para a colônia.

Portugal vivia num sistema praticamente medieval. As pessoas bem colocadas e informadas sobreviviam em torno de privilégios, os quais eram concedidos pelo governo central, ou seja, o rei. Então, os que possuíam algo tinham algum sentimento de gratidão para com sua majestade.

Nesse caso especifico, ha também a influencia do analfabetismo ortográfico, funcional e politico no qual se vivia. O sistema educacional era praticamente inexistente. Justamente para que o povo não criasse ideias de independência.

Mas nesse movimento perdeu-se a grande chance de se colocar o Brasil na vanguarda mundial do pensamento político. Se os próprios portugueses em terras brasileiras tivessem alguma aspiração de futuro melhor, eles teriam chegado `as mesmas conclusões que os patriarcas da Revolução Americana chegaram.

Foi a oportunidade de os moradores do Brasil: portugueses, brasileiros, espanhóis, nativos e africanos terem se unido e declarado a Independência. Isso teria sido estratégico porque os ouro, diamantes e outras pedras poderiam ter sido usados para criar uma civilização avançada.

O restante viria a rodo, pois, os povos que mais tarde preferiram dirigir-se para as Américas, passariam a automaticamente escolher ao Brasil e não aos Estados Unidos, com a vantagem maior de essa migração iniciar-se com quase um século de antecedência.

Nesse caso, os migrantes que desenvolveram o embrião da nação desenvolvida que se tornaram os Estados Unidos teriam se dirigido para o Brasil e, nesse caso, a genialidade deles seria a mesma, apenas mudaria sua aplicação de lugar.

O movimento de Felipe dos Santos, contudo foi como o que se verifica atualmente no Brasil. Muito entusiasmo de um lado e muita esperteza do outro.

Não se pode culpar ao Capitão-Mor Sebastião Barbosa Prado de ter servido `a metrópole em detrimento da colônia. Ele era português e empregado do rei. Fazia a fiscalização dos caminhos por onde as mercadorias, especialmente o ouro e os diamantes, passavam para cobrar o que era devido pela lei, assinada por ela, `a sua majestade.

E por esse trabalho era regiamente pago. Conhecendo a natureza humana, era mesmo impossível esperar atitude diferente de um fiel vassalo.

A intentona, porem, caiu no lugar comum e histórico. Terminou no mesmo script das outras no Brasil. Os revoltosos foram derrotados e escolheram um bobo-da-corte para servir de lição ao povo.

Como se pode observar, os verdadeiros lideres foram: “Pascoal da Silva Guimarães, Dr. Manoel Mosqueira da Rosa, Frei Vicente Botelho e Frei Francisco de Monte Alverne (ou Manuel Nunes Viana).

Algo de nota eh que Manuel Nunes Viana era reincidente em revoltas. Ele foi lider dos Emboabas, nas escaramuças que se deram durante aquela guerra. Havia acontecido entre 1707 a 1709. Foi perdoado e assumiu o habito de monge para evitar maiores suspeitas a respeito dele.

Ao que parece, a execução de Felicio dos Santos foi a mais cruel possível. Antigamente faziam a representação de 4 cavalos puxando cada membro dele. O trabalho diz que foi enforcado.

Mas eh possível que o que se fez mesmo foi usar 8 animais. Quatro de cada lado, ligados por arreios a um arrastão de madeira. Em cada ponta dos arrastões eh que se ligaria as cordas que se prenderiam aos membros do executado.

A morte seria crudelissima. Isso porque, a não ser que a tração provocasse a ruptura da coluna espinhal, os membros se separariam do corpo, que permaneceria vivo por minutos agonizantes. A morte se daria pela hemorragia, embora contida em parte por causa do estiramento dos vasos sanguíneos, o que bloquearia em parte a hemorragia profusa.

Esse quadro foi copia do que se usou na pessoa de Jeronymo Barbalho Bezerra em 1661, por causa da liderança dele no movimento chamado “A REVOLTA DA CACHAÇA”. Nesse caso, a revolta nada tinha a ver com independência. Era contrario `as corrupções do governo do Rio de Janeiro, embora, também para proteger os ganhos dos produtores.

Nesse caso de 1661 os revoltosos depois tiveram o ganho de causa nos tribunais. Mas para Jeronymo o perdão chegou mais que tarde. Não virou sequer símbolo de alguma coisa.

A dose se repete na Inconfidência Mineira. O pato da vez foi o Joaquim Jose da Silva Xavier.

Em 1817 temos o Frei Caneca como a vitima da expiação dos pecados do mundo. Mais tarde, mesmo sem vitimas fatais como exemplo para a horda popular, houveram as revoltas liberais.

Vejam que quanto mais tenebrosas possam parecer as execuções, trata-se de com isso infligir terror na população para que ela ficasse acomodada em seu lugar. Esse eh o chamado terrorismo de Estado. Que muito se tenta impor no Brasil atual através das execuções extrajudiciais e condições subumanas de cárcere. O recado eh simples, não mexa conosco, pois, você terá que enfrentar tais consequências.

Em 1889, Proclamação da Republica, a própria família real foi vitimada com o confisco de bens e o exílio.

A seguir, com exemplos sanguinários, houveram as punições aos seguidores de Antonio Conselheiro e aos Revoltosos da Chibata.

Ou seja, o que se vê de comum em todos os movimentos reprimidos no Brasil eh a escolha de vitimas, com a clara intenção de mandar o povo ficar quietinho em seu lugar, pois, quem se revoltar poderá ser a próxima vitima.

No atual movimento golpista brasileiro ja escolheram o trofeu ou a vitima. Trata-se de Luiz Inacio Lula da Silva. O problema para os golpistas eh que ele esta demonstrando ser “duro de matar”.

Querem fazer parecer que tudo eh legal mas dessa vez ha uma parte da população que não aceita o conchavo.

Por ai se vê o quanto se torna precioso o conhecimento mais detalhado da Historia para se defender de possíveis mal feitos dos políticos. Se todo mundo conhecesse os fatos do passado em detalhes, teria a consciência de que eles se repetem sempre, com pequenas variações aqui e acolá.

Se todos soubessem dessas coisas, talvez agora não estaríamos tantos passando tanta vergonha por ter auxiliado o pior acontecer. Teríamos abraçado outros métodos de combate `a corrupção que dessem resultados realísticos e sem o sacrifício de alguém para intimidar o próprio povo. Ou fazer o povo sofrer tanto quanto o esta.

As teses numero 02. e 03. trazem informações ligeiramente contrastantes em relação `a procedência do capitão-mor Sebastião Barbosa Prado. O primeiro indica que ele procedia de Santa Marinha de Oleiros, Vila do Prado.

O segundo como Santa Marinha de Queirós, mas da mesma Vila do Prado. Em ambos os casos, do Arcebispado de Braga. Embora esteja escrito Praga nesse ultimo.

A Freguesia de Santa Marinha ainda existe. E atualmente faz parte do Concelho de Vila Verde:

https://www.google.com/maps/place/Santa+M.nha,+Portugal/@41.7149719,-8.3814049,14z/data=!3m1!4b1!4m5!3m4!1s0xd250466222dec33:0x500ebbde4908520!8m2!3d41.7019246!4d-8.3623307?hl=en

Fica no Distrito (Estado) de Viana do Castelo. Alem disso, não muito distante de lugares como: Barcelos, Braga, Ponte de Lima e a própria Viana do Castelo. Cidades que estão no Norte de Portugal, e próximas da fronteira com a Galiza, na Espanha.

Nossos primeiros ancestrais chegados de Portugal para povoar a Capitania de Pernambuco procediam da mesma região. Justamente aquela que fora chamada de Entre-Douro e Minho, ou mais frequentemente apenas Minho.

Interessante eh que outras freguesias nas adjacências indicam a possível procedência de sobrenomes comuns entre nos. Entre eles podemos anotar Sa, Ribeira(o), Passos, Lajes, Quintais, Senra, Barros, Ramalha(o), Quintela, Nogueira e outros. Embora, alguns desses nomes se repitam em diferentes locais de Portugal.

De grande interesse eh observarmos que o capitão-mor Sebastião e o sargento-mor Domingos Barbosa, a principio, se mudaram para a Bahia. No caso do capitão, isso eh confirmado nas teses e estudos. (“assistente no recôncavo da cidade da Bahia”).

No caso do Domingos, isso pode ser verdade porque ele casou-se com Tereza de Jesus, brasileira, natural de Itabaiana. Que `a epoca fazia parte da Bahia, porque o territorio de Sergipe estava anexado `aquela Província. Depois, 1823, Sergipe foi emancipado.

Se não for um simples caso de coincidencia, e por não termos datas de nascimentos para os dois personagens, podemos supor como linha de investigação que, foram irmãos ou tiveram uma relação de pai (Sebastião) e filho (Domingos).

Caso seja verdade, poderíamos inferir que entre os nossos ancestrais encontra-se mais um ou dois nomes, ou seja, Gregorio Gonçalves e Sebastião Barbosa Prado.

 

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3. UMA TEORIA QUE LOGO SE QUEDA!

`As vesperas do Halloween escrevi e postei essa mensagem:

INSERCAO AO
https://val51mabar.wordpress.com/2017/03/11/a-historia-e-a-familia-barbalho-coelho-andrade-na-historia/
Quem desejar rever a Historia toda seja benvindo `a pagina do meu blog. Fiz um acréscimo interessante quase ao final da pagina. Ao que me parece, vamos ter que rever o verdadeiro nome de um de nossos ancestrais.
Se a mudança que sugiro estiver correta, então, esta aberta a porta para somar mais gente `a nossa parentela. O que acrescentei esta abaixo:
“Apos toda essa escrita pronta, no dia 30.10.17, ocorreu-me uma inspiração que talvez tenha encaixado de vez o nosso parentesco com o Capitão-Mor Sebastião Barbosa.
Recordei-me que o professor Dermeval identificou aquele nosso ancestral como Francisco Jose Barbosa Fruão. E, obviamente, não se pode esquecer dos problemas resultantes da ma conservação de documentos antigos no Brasil.
Infelizmente, Dermeval Pimenta apenas menciona o fato sem indicar uma fonte exata na qual encontrou a informação.
Mas por outras traduções da escrita antiga para a atual em que enganou-se nos significados, penso que a ligação entre os dois personagens fica `a vista, ao se levar em conta que não consegui confirmar a existência do sobrenome Fruão em nenhum outro lugar.
O que penso que possa ter acontecido é que a parte superior da palavra foi danificada no documento original. Não precisa nem mesmo reescreve-la ao modo manuscrito para verificar-se o que estou enxergando.
Basta completar o F, transformando-o em um P. Fechando-se o u, obtemos um a. E ao ã basta ligar o til ao a. Contudo, devemos nos lembramos que o “a” manuscrito é o circulo com a pequena puxada, semelhante ao d.
Agindo assim, fica fácil verificar que o Fruão na verdade é o Prado.
Para comprovar minha hipótese, o que fiz foi escrever Prado ao modo manuscrito. E com o papel liquido apaguei os excedentes, permitindo transformar o sobrenome em Fruão.
Acredito que essa seria a evidencia mais forte que temos de grau de parentesco entre o Sebastião e nosso ancestral Francisco Jose, alem do Barbosa de ambos.
Juntando as informações, ja mencionadas, de que o Sargento-Mor Domingos Barbosa Moreira primeiro passou pela Bahia (ou casou-se com uma baiana em Minas Gerais) e o Capitão-Mor Sebastião fez o mesmo trajeto, ha que desconfiar-se que os três personagens pertenceram a uma mesma família.
Nesse caso, sem envolvimento com o Antonio Barbosa de Sousa da Silva registrado no sitio geneaminas.com.br como pai do Francisco Jose e do Domingos.
A possibilidade aqui seria a de que o Sebastião e o Domingos tenham sido irmãos. E o Francisco Jose tenha sido filho de um dos dois. Ou haverão outros membros da família envolvidos no parentesco, dos quais ainda não temos noticias.
Se todos forem primos, a origem final será a mesma!”
Pareceu-me que a teoria acima fosse ótima. E creio que seja mesmo como um exercício de treinamento mental.
Mesmo descobrindo que a hipótese não se comprova ha que se manter a mente aberta para as possibilidades. E, claro, penso que a transformação do Prado em Fruão teria sido perfeitamente possível.
Ontem `a noite, porem, ainda em dia de Todos os Santos, retornei `a internet para testar o nome do ancestral Francisco Jose. De pronto descobri que não apenas o sobrenome Fruão existe ou existiu como ha outros dignos representantes dele.
No Google Livros encontrei a menção ao dr. Francisco da Villas Boas Fruão. Trata-se de uma carta de sesmaria, passada em 1741, e copiada na Revista do Arquivo Publico Mineiro, volume 7, parte 1.
A carta foi passada ao Pe. Antonio de Almeyda Barros Margulhão, assinada pelo nosso conhecido Gomes Freyre de Andrade.
Ha também outro livro escrito em francês. De nome “Voyage au Zambese”, de autoria de Paul Guyot.
`A pagina 259 ele menciona o governador de Tête Antonio Roberto de Barbosa de Villas Boas Fruão. A data para o fato circula entre 1807 e 1808. Interessante para mim foi que recordei um pouquinho do meu fraco francês.
Saber disso ja seria algo semelhante a estar em Virginópolis, numa roda de amigos e primos, iniciando o ritual de tomar uma cachaça de jabuticaba pura. O gosto do desmentido torna-se difícil de tragar, como se da com a primeira dose da cachaça. Mas, depois, tudo torna-se so alegria.
Mas como não basta pouca alegria, encontrei a prova final de que nosso ancestral chamava-se mesmo Francisco Jose Barbosa Fruão. Tudo esta numa tese, cujo endereço é o seguinte:
http://www.ufjf.br/ppghistoria/files/2015/08/VERSÃO-FINAL-CRISTIANO-OLIVEIRA-DE-SOUSA.pdf
Trata-se de uma tese de doutorado em Historia, do professor Cristiano Oliveira de Sousa. A tese foi defendida perante a banca da Universidade Federal de Juiz de Fora. E o nome bastante pomposo foi:
“Prestigio, poder e hierarquia: A “elite dirigente” da Venerável Ordem Terceira de Sao Francisco de Assis de Vila Rica (1751 – 1804).”
A tese torna-se um livro completo. São 383 paginas no total. Todas ocupadas com os mínimos detalhes da Historia e existência da sagrada Ordem Terceira. Um tratado como aqueles que gosto de fazer a respeito de tudo que escrevo.
 
De mais útil para o momento, busquei porque no enunciado do endereço no google surgia o nome do nosso ancestral. E não foi fácil encontrar a primeira menção a ele que identifiquei.
 
A leitura foi ultra super dinâmica. Passando as vistas nas paginas e atentando para as letras maiúsculas, particularmente que indicassem nomes de pessoas. Ja estava pensando em deixar isso para depois quando deparei-me com o quadro de “Mestres de Noviços” `a pagina 161.
 
A lista se encontra em ordem alfabética e o decimo relacionado não é outro que não o ancestral Francisco Jose Barbosa Fruão. Exatamente, com todas essas mesmas letras.
 
Ao descobrir mais 3 vezes que o nome aparece, conclui definitivamente que não houve engano algum em relação `a transcrição do nome.
 
`A pagina 246 temos um quadro de ofícios ocupados pelos membros da Ordem. Francisco Jose aparece em 1753 como “Juiz das demarcações e medições das sesmarias”.
 
`A pagina 273, melhores informações a respeito da pessoa. Ali temos:
 
data de entrada: 02/1747
data de profissão: 10/1747 
* 1753, Juiz das demarcações e medições das sesmarias 
* 1764, Mestre dos Noviços
 
`A pagina 378, em novo quadro, para o ano de 1764, o nome dele aparece na chapa eleita como Mestre dos Novicos.
 
Apenas para observação. Não estava procurando. Apenas vi porque passei os olhos. No ano de 1773, daquele quadro, surge dona Páscoa da Ressurreição de Jesus. Ela foi ministra da Ordem para o sexo feminino.
 
O nome Páscoa da Ressurreição de Jesus era muito comum. E uma delas foi a filha do Capitão-Mor Jose da Costa Barbalho. Essa casou-se no Rio de Janeiro em 1703. Poderá então ter sido uma filha desta ou a própria. Parte da família instalou-se na área de Vila Rica.
 
Mas essa sera pesquisa para outra ocasião.
 
Ainda não passei olhos para ver se encontro o nome de nosso ancestral no texto. O professor Cristiano de Oliveira tomou alguns nomes dos irmãos da Ordem e deu alguma esmiuçada em detalhes biográficos deles, como local de nascimento, possíveis datas, nomes de pais etc.
 
Se não tivermos a felicidade de encontrarmos na tese essas descrições, pelo menos fica na lista de abreviaturas os nomes das instituições onde se encontrarão dados individuais dos membros da referida Ordem Terceira.
 
Provavelmente encontrar-se-ão detalhes maiores no Arquivo Histórico da Casa dos Contos, Arquivo Histórico do Museu da Inconfidência – Casa do Pilar, Arquivo Histórico da Paroquia de Nossa Senhora da Conceição, Casa dos Contos e na Camara Municipal de Ouro Preto.
 
A tese em si pode não servir-nos nas particularidades maiores da biografia de nosso ancestral, mas será útil para verificação de muitas outras genealogias que renderam descendência a partir de Minas Gerais para todo o Brasil.
 
Alguns nomes mencionados são históricos e recorrentes, exatamente por causa da grande riqueza que alguns membros detinham.
 
A Ordem era composta pelas elites. Mas quando se fala a palavra ha que restringi-la porque muitas pessoas eram incluídas nelas pelo simples fato de terem sido brancas. Esse era o primeiro passo para obter privilégios. Os privilégios geravam posses.
 
Os que ocuparam postos na Ordem deverão ter sido os mais ricos. Contudo, ha no trabalho a ressalva de que o cargo de “Mestre de Noviços”, ocupado por nosso ancestral, era reservado para os menores, dos irmãos maiores da Ordem.
 
Ou seja, deve ter sido de classe media-baixa. Não ficou determinado ainda qual era a atividade profissional que ocupava. O trabalho menciona que a Ordem Terceira de Vila Rica era formada em sua maioria absoluta por pessoas com profissões urbanizadas.
 
Possível será que o Francisco Jose Barbosa Fruão tenha tido como profissão quaisquer dos serviços mecânicos ou da área intelectual. Mas somente depois de melhores estudos podemos confirmar ou negar isso.
 
Um detalhe que ficou patente foi que a data de falecimento para ele, postada no site geneaminas.com.br, como sendo em 1725, não se comprova.
 
Penso inclusive ser difícil ele ter nascido em tal data. Isso porque entrou para a Ordem Terceira de São Francisco em 1747. Ocasião em que, se a data fosse verídica, estaria com 22 anos de idade. A media de entrada na Ordem girava em torno dos 35 anos. Mas raramente excedia a 50 anos.
 
Para entrar-se seria necessario ter posses elevadas em relação `a media da população. E isso comumente so surgia após o cidadão completar 25 anos de idade. Difícil seria. Mas ha que se ressalvar que não era impossível. Proibido era ser menor de 18 anos.
 
De qualquer forma, esta ai um grande aprendizado novo!
 
Uma coincidencia foi a da minha primeira visita que fiz a Ouro Preto. Estavam a Albina (Bininha) da tia Ruth e um amigo dela de nome Eliseu. Foi a única vez que o vi na vida, em 1978, e o nome não me saiu da memória!
 
Estando la, o que mais me encantou foi a fachada da Igreja de Sao Francisco de Assis. Estava recém ou em processo de restauração. Inclusive bati uma foto do monumento que ficou perfeita. Devido `as obras não pudemos ver como era o interior.
 
A maquina era daquelas que se respirasse, a foto saia tremida. Como não havia tripe para coisa tão barata, coloquei a câmera sobre um muro de pedra próximo para dar a estabilidade necessária.
 
Nem eu nem a Bininha jamais poderíamos imaginar que estivéssemos perante a uma obra da qual nosso ancestral fez parte.
 
Verifiquem foto da Igreja:
 
http://www.ouropreto.com.br/atrativos/religiosos/igrejas/igreja-sao-francisco-de-assis
 
Apos ao que escrevi acima, rebusquei um pouco mais na internet. Ai encontrei mais este endereço:
https://archive.org/stream/saofranciscodeas00trin/saofranciscodeas00trin_djvu.txt
Trata-se do texto: “São  Francisco de Assis de Ouro Preto: Cronica Narrada Pelos Documentos da Ordem” de autoria do Cônego Raimundo Octavio da Trindade. Dei apenas uma passada d’olhos dinamica.
Encontrei 2 informações com conteúdo útil para nossas pesquisas. Não estou aqui desmerecendo o livro. Ele descreve a construção da Igreja de São Francisco em mínimos detalhes. Outras pessoas poderão verificar a presença de seus ancestrais entre os milhares ali citados.
Talvez tenhamos tido menor sorte de não vermos os nossos. Mas encontrei ao redor da pagina 244 a lista de ministros da Ordem. No ano de 1875, naquela pagina, consta o senhor Francisco Afonso Painhas.
Acontece que `a mesma época, ou pouco antes, terá nascido nosso tio-avô Joaquim Afonso Painhas, em Portugal, sem menção a lugar. Por volta de 1904 ele vem a casar-se com tia Adelina Coelho Magalhães.
Tia Adelina nasceu do bisavo Marçal de Magalhães Barbalho, em 24.6.1878 sem a menção ao nome materno em nossos livros genealógicos.
Joaquim e tia Adelina tiveram seus filhos: Vicente (1905), Geraldina (Sinhá) (1908), Joaquim (1914) e Maria (Mariinha) (1917) na mesma cidade de Ouro Preto.
Fica ai a possibilidade e quase certeza que Francisco e Joaquim Afonso Painhas terão algum grau de parentesco, muito provavelmente serão pai e filho.
O outro detalhe importante foi que ha a menção de contendas entre a Ordem e algumas pessoas. Ha uma pequena lista `a pagina 247. Ou, pelo menos é o que presumo, pois, no texto ha um salto entre a pagina 247 para a 254.
Porem, constam da lista:
  1. Francisco Jose Barbosa, letrado
  2. Francisco Barbosa Truão, advogado.
Antes dos nomes ha essa promessa do cônego:
“De alguns destes pleitos tratarei em outra parte deste trabalho. Nessas contendas, aparecem as seguintes pessoas:”, então segue a lista.
Ao repassar a vista no texto não encontrei menções aos pleitos. Mas talvez fica adiantado que muito provavelmente o nosso ancestral exerceu mesmo uma função intelectual.
No caso, ele pode não ser um contendor. Pode ter exercido a defesa da Ordem da qual fazia parte. Mas como não são apresentadas datas na lista, não se pode dizer que seja mesmo nosso ancestral em um ou em ambos os casos.
E agora pode ser que tenhamos que encontrar uma fonte desempate para a verdadeira grafia do nome que seria, talvez, Truão e não Fruão.

 

 

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4. CORONEL MATIAS BARBOSA DA SILVA

Recordei-me do nome porque o fixei desde quando estudava na Universidade Federal de Viçosa, MG. Vez por outra o ouvíamos. O que eh natural, pois, foi ele o fundador de Barra Longa, também na Zona da Mata Mineira.

No livro: “GENEALOGIAS DA ZONA DO CARMO”, o autor: Cônego Raimundo Trindade, dedicou um capitulo a ele. Pouca coisa diz, principalmente a respeito de sua genealogia. Menciona apenas a filha que deixou descendência em Portugal. E filhos extra-maritais, tendo apenas um sido nomeado: Joao Barbosa. Ha que ler-se a biografia e a parte do Testamento deixado pelo personagem:

http://www.arvore.net.br/trindade/TitMatias.htm

O Cônego Trindade era natural de Barra Longa e esse livro dele descreve exatamente algumas genealogias ligadas `a família dele. Esperava que ele dedicasse um pouco mais ao fundador local. Talvez o tenha feito no “VELHOS TRONCOS MINEIROS”. (Apos verificado a resposta foi negativa).

Como se ve, o cônego o dava por nascido em Santa Marinha de Anais, Concelho de Penda, Arcebispado de Braga. Na verdade, o Concelho era o de Penela. Era apenas a dificuldade de traduzir os (a)rabiscos do passado.

Em 1700 esse sertanista ja estava no Brasil, quando adquiriu uma concessão de sesmarias na divisa do Rio de Janeiro com Minas Gerais. Local que transformou em um “Registro”, ou posto de recolhimento fiscal. E na atualidade é o local onde esta a cidade deixada pelo povoador, atualmente com o nome de Matias Barbosa.

O “Registro” era o local onde se cobravam os impostos imperiais. Por isso, não se deve admirar que o personagem tenha se transformado em uma das pessoas de maiores fortunas de todas as Américas. Basta verificar o pouco do testamento para constatar isso.

Embora deva ter sido mais velho que os outros personagens que estamos estudando, procurei os dados dele porque pode ser um aparentado de todos, ja que compartilham o sobrenome Barbosa. Refiro-me por enquanto a: Domingos Barbosa Moreira, Sebastião Barbosa Prado e Antonio Jose Barbosa Fruão (ou Frois).

Alem disso, Santa Marinha de Anais fica atualmente em Vila Verde. Ou seja, fica no mesmo Concelho onde existe a outra Santa Marinha, a do Prado, onde nasceu o Sebastião Barbosa Prado. E um pouco de sua Historia pode ser lida no endereço:

http://jf-anais.com/historia/

Como se pode observar, não fica longe de Barroselas, outro local no qual encontrei possíveis vínculos com os Barbosa.

Do testamento do mestre-de-campo e coronel, Mathias Barbosa da Silva, o cônego Raimundo Trindade, entre outros, destacou os trechos:

“….e não ter eu ainda cargo algum que constituísse no grau de Nobreza necessária pura me serem os filhos naturais insucessiveis, pois só vivia então do algum negocio, com que andava de uma parte para outra, mas não a cavalo, porque nem o possuía, nem os havia a esse tempo em Santos e São Paulo, de sorte que por falta d’elles até o. cabos de guerra e pessoas principaes da terra todas andavam a pé…….”

“…(Estava o testador em duvida sobre ser ou não ser seu filho um certo Joao Barbosa) ………que sendo seu filho o dito Joao Barbosa, pode ser seu herdeiro, por eu e ela sermos ambos solteiros………….”

“Declaro que tenho somente uma filha por nome Dona Maria Barbosa da Silva, que se acha casada com o Brigadeiro Domingos Teixeira de Andrade, os quaes do Rio de Janeiro passaram para o reino e nelle vivem……….”

O primeiro trecho é antológico. Em outras palavras o cel. Mathias Barbosa da Silva deixa atestado que não somente ele quanto os maiorais de Sao Paulo estavam “batendo na bunda de quem passa”, trocando em miúdos: eram pobres.

Foi preciso encontrar o ouro e pedras preciosas das Minas Gerais para que isso fosse se modificando. Obviamente ele não levou em conta alguns potentados daquele tempo que viviam da captura e venda de indígenas como escravos, como foi o caso da família de Fernão Dias Paes Leme.

Da Historia do Municipio de Matias Barbosa temos que o próprio obteve uma concessão de sesmarias em 1700. E segundo a biografia exposta no Wikipedia, ele obteve a patente de mestre-de-campo também em 1700.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Matias_Barbosa_da_Silva

Nessa mesma biografia temos que faleceu em 25 de julho de 1742. Nada afirma a respeito do quanto tempo viveu para que calculássemos quando nasceu. Mas, por ter obtido a patente, ha que supor-se que ja não era tão jovem em 1700, deveria estar acima de 30 anos, mas sem uma quantidade mais precisa.

Por ter falecido em 1742, podemos esperar que estivesse numa faixa de idade máxima por volta do 40 anos então.

Nisso se encaixam a menções biográficas. Ali ele reconhece que teve filhos naturais. Mas o reverendo cônego não se dignou a menciona-los. Temos nas duas fontes que foi filho de Francisco Gomes da Silva e D. Isabel Barbosa de Caldas.

O que posso dizer com isso eh que levanto aqui a possibilidade de o Cel. Mathias Barbosa estar na faixa de 40 anos, por volta do ano de 1700, e ter sido pai do Gregorio Gonçalves, que foi o pai do Domingos Barbosa Prado.

Essa suposição se basearia em uma evidencia um pouco fraca, pois, não tenho dados mais precisos com os quais se possa calcular as idades dos outros. Em 1723 o Domingos ja era Sargento-Mor na Vila do Principe do Serro do Frio.

Ou seja, ou ja deveria ter alguma maturidade maior em termos de idade ou teria algum apadrinhamento forte. No caso, se Mathias foi o avo dele, isso poderia ter ocorrido. Poderia alcançar o cargo por volta dos 23 anos, o que não seria tão anormal nem comum.

De qualquer forma os próprios Barbosa mais jovens da época poderiam ter sido filhos, que talvez estejam relacionados no testamento completo do coronel.

E são diversos os desse sobrenome mencionados no “LIVRO PRIMEIRO DA PROVEDORIA DA REAL FAZENDA DE MINAS GERAIS – 1722-1727”.

Outros dados que encontrei, que parecem estar ligados aos nossos familiares, podem ser verificados no endereço:

https://www.geni.com/people/Antonio-Barbosa-da-Silva/6000000021210136563

Segundo os dados encontrados atualmente no geneaminas.com.br, o cel. Antonio Barbosa da Silva teria sido irmão do Francisco Jose.

O que resta eh provar que o Francisco Jose seja mesmo parte desse núcleo familiar. (Vejam o que esta nos escritos abaixo do gráfico da família do cel. Antonio).

Vejam que na parte do testamento que o Cônego Trindade reproduziu o Mathias Barbosa havia reconhecido ter tido filhos (no plural) fora do casamento. Mas o cônego mencionou apenas um, Joao Barbosa.

Pode ser que iremos entrar na herança genealogica dele de alguma forma, pois, tanto o Domingos quanto o Francisco Jose poderiam ter sido filhos dele. Pelo menos, enquanto não encontrarmos com certeza quem foram os pais deles.

O triste ai foi a hipocrisia de epoca. Aos pais extra-conjugais era permitido ignorar a existencia desses filhos, sob a alegação de que a mãe pudesse ter mantido relações com outro homem e não se podia provar em contrario.

E muitos pais extra-conjugais do passado, mesmo tendo a certeza de que os filhos eram seus, usavam do expediente de torna-los “cidadãos de segunda classe”. Quando muito lhes deixavam algumas “esmolas” da herança.

Os mais conscientes procuravam dar um meio de vida a esses filhos. Nos casos de pessoas influentes como o Mathias Barbosa, poderiam ajuda-los a comprar terras longe do local onde criavam suas famílias “legitimas”.

A hipocrisia era a de pensar-se que as chamadas familias “legitimas” tinham toda a primasia. Era como se um filho extra-conjugal que herdasse estivesse roubando de seus irmãos “legítimos”.

E, infelizmente, essa “legitimidade” e “bastardia” se encontram como nódoa ate hoje no imaginário do publico brasileiro comum. Basta ver aqueles que se julgam mais donos dos destinos do pais porque descendem mais da Casa Grande e não tanto das Senzalas!!!

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5. MATIAS BARBOSA II

Uma tese que encontrei na internet, porem, não li mas que traz informações a respeito da família de Matias Barbosa da Silva é essa:

“O DECLÍNIO DAS PROPRIEDADES DA FAMÍLIA SOUZA COUTINHO NA CAPITANIA DAS MINAS GERAIS

Francisco Eduardo Pinto1”

Deixo ai a dica de pesquisa para o caso de a posteriori descobrir-se algum parentesco conosco.

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6. http://www.ufjf.br/hqg/files/2009/10/AN-CC-0137.pdf

O Professor Angelo Alves Carrara fez a tradução do manuscrito e reproduziu os resumos das contribuições feitas ao fisco pelos “homens bons” da época na Província de Minas Gerais.

No livro não aparece nenhuma contribuição fiscal feita pelo coronel Mathias Barbosa. Talvez o tenha feito no Rio de Janeiro. Ou o tenha feito através de terceiros. Existem menções a pagamentos feitos por câmaras municipais sem explicar-se em nome de quem.

Fiz uma leitura com anotações dos nomes acompanhados de sobrenome Barbosa e as numerações nas quais aparecem. Na primeira parte são 520 anotações. O nome Sebastião Barbosa Prado eh um recordista. Aparece nos números:

pag. 40: 8, 9 e 22;

pag. 41: 41;

pag. 43: 63;

pag. 46: 106 e 107;

pag. 47: 125;

Pag. 48: 139 e 146;

Pag. 49: 163;

pag. 50: 172;

pag. 51: 185 e 188;

pag. 52: 205;

pag. 55: 251, 256 e 162;

pag. 56: 179, 180 3 281;

pag. 58: 311;

pag. 63: 391, 392 e 394.

Ou seja, algo em torno de 5% das anotações de contribuições foram feitas em nome do capitão-mor Sebastião Barbosa Prado.

Os outros Barbosa aparecerem apenas uma vez cada:

Domingos Barbosa Moreira: pag. 46 no. 101

Francisco Rebelo Barbosa: pag. 51 no. 190

Sebastião Barbosa Pereira: pag. 52 no. 203

Francisco Leite Barbosa: pag. 54 no. 242

Barbosa Rosa: pag. 62 no. 386

Jose de Abreu Barbosa: pag. 64 no. 425

Francisco Barbosa Mesquita: pag. 69 no. 515

Numa seção seguinte, que o autor alega leitura dificultosa pela qualidade de conservação do livro, encontra-se o nome Barbosa da Costa Bandeira: pag. 69 no. 26.

Soma-se a esses nomes o do Francisco Jose Barbosa Fruão que, talvez assinasse Frois. O nome dele não se encontra na lista. Possivelmente será porque ou não tinha poderes ou nasceu em épocas mais recentes.

Isso eh o que indica, pois, a filha dele, Francisca Angelica da Encarnação, teve o primeiro filho: Francisco Pereira do Amaral, em 1781. E o nosso ancestral Malaquias nasceu em 1791. Assim ela devera ter nascido no máximo uns 25 anos antes do nascimento do Francisco, o que nos da uma data de 1756.

Quanto `a paternidade do Francisco Rebelo Barbosa, ha um suspeito mais forte. Esta no endereço:

http://actd.iict.pt/eserv/actd:CUc011/CU-MinasGerais.pdf

519- [ant. 1725, Janeiro, 25]

REQUERIMENTO de Faustino Rabelo Barbosa, mestre do Campo, solicitando o treslado da ordem que lhe foi dada pelo ouvidor-geral e provedor da Fazenda de Vila Rica, Bernardo Barreira de Gusmão, para que o suplicante estabelecesse e arrendasse as passagens do rio das Velhas. Anexo: certidões.

No de inventário no catálogo: 513 AHU-Minas Gerais, cx. 6, doc. 9 AHU_CU_011, Cx. 6, D. 519.

Fora esse, não encontrei os nomes dos outros em outra referencia.

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7. OUTRAS EVIDENCIAS ENCONTRADAS NO “VELHOS TRONCOS OUROPRETANOS”.

  1. A) TIT. FIGUEIREDO NEVES

Bn 7 Cônego Joao Batista de Figueiredo. Foi vigário em Santa Barbara `a qual pertencia Itabira. O nome dele aparece nas certidões de casamento de nossos tetravós: Policarpo Jose Barbalho e Isidora Francisca de Magalhães, e de batismo do padre Emigdio de Magalhães Barbalho, usadas no “De Genere” do padre, 1838.

O Bn 4 foi também o padre Joao Batista de Figueiredo, que foi primo do primeiro e atuou em Catas Altas.

No mesmo titulo temos:

“Tn 2 Antonia Tomásia de Figueiredo Neves c. a 2-2-1819, na Capela de Santa Quitéria, filial de Santa Barbara do Mato Dentro c. o Sargento-Mor Jose Feliciano Pinto Coelho da Cunha, Barão de Cocais. Filhos em Silva Leme. vol. 4o. pag. 341.”

Não nos serve diretamente porque a suposta ascendência de nossos familiares no Barão se da por vias extra-conjugais. Pelo menos fica o registro do casamento oficial.

“Bn 16 Major Jose Joaquim de Figueiredo Neves ( T a 1-18-1843 em Porto Alegre) c. 1 no Rio Pardo (RS) em 1800 c. Francisca Ermelinda de Andrade, filha do Ten. de Dragões Joaquim Tomas de Andrade e Siqueira e Maria Joaquina da Assunção; c. 2 ainda no Rio Pardo, em 1814 c. Clara Bernardina de Magalhães. Cf Geneal. Rio Grandense de F. Guimarães e G. Felizardo. pags. 86 e 172.”

Interessante apenas pela possibilidade de ai termos outro Joao Batista de Figueiredo nessa família, o ultimo ditador militar após o golpe civil-militar de 1964.

  1. B) TIT. MURTAS

Pag. 83 “Tn9 Maria dos Anjos Murta c.c. o capitão Bernardino Cardoso Nunes, comerciante e agricultor em sua Fazenda de Santa Rita, em Sao Domingos do Arassuai. Filhos:”

Aqui se registra talvez apenas uma coincidência. A família de nosso tio-tetravô, Antonio Nunes Coelho, assinou Cardoso Nunes. Inclusive ele teve uma filha chamada Bernardina Cardoso Nunes. Talvez o capitão tenha sido um filho não localizado. Eram naturais de Pecanha, MG. Aracuai fica ao norte de nossa região.

Pag. 87 “Pn 11 Mario Fernandes Murta c. c. Teresa Lott, filha de Walter Lott de Aguiar e Ana Ferreira Lott. Sg.”

Apesar da falta de geração, devera ser parente dos Lott, nossos familiares.

Pag. 89 “Qn 15 Dr. Mario Moreira Murta, medico, residente em Governador Valadares c. c. Eponina Neiva de Figueiredo, filha de Antonio Guedes de Figueiredo e Aurea Neiva de Figueiredo. Filhos:”

Não sei dizer mas talvez seja esse o Seo. Guedes, que foi farmacêutico em Virginópolis.

  1. C) TIT. PIMENTA DA COSTA

Pag. 111 &2o. “N2 Maria Teodora da Silva c. c. capitão Domingos Jose Ferreira” que dao origem aos Ferreira Bretas. Faltou pags. 116 e 117, quando se registra a entrada da familia em Itabira.

  1. D) TIT. ROLAS

Pag. 150 “F2 Guarda-Mor Antonio Rodrigues Afonso, natural como seu irmão de Barra Longa, c. c. Caetana Correia de Magalhães Pinto, filha de Jeronimo de Magalhães Pinto e Maria Correia, moradores do Inficcionado. Filhos:”

Outra evidencia interessante para nossa família. Isso porque ha algum tempo atras eu encontrei no Geneall.net o casal: BERNARDO ANTÔNIO PINTO DE MESQUITA e ANA JOSEFA DE MAGALHAES PINTO.

Por coincidencia, ou não, tiveram um filho chamado JOSE COELHO DE MAGALHÃES, em cujo site não se mostra se teria sido casado ou não. O nosso pentavô também tinha esse mesmo nome. O professor Nelson Coelho de Senna atribuiu a paternidade do nosso ancestral ao português MANUEL RODRIGUES COELHO.

Como não encontrei nenhuma evidencia do achado do professor Nelson, acreditei que Bernardo Antonio e Ana Josefa teriam sido nossos sextavós. O problema eh que também não tenho certeza disso.

O Coelho daquele JOSE vem por meio dos avos maternos: Joao de Magalhães Coelho e Isabel Maria Pinto de Magalhães. Ou seja, Magalhães, Coelho e Pinto procediam de um mesmo ramo familiar.

Obviamente, Pinto e Magalhães são dois sobrenomes muito comuns `as famílias de origem portuguesa. Dai devem existir dezenas, o que dira milhares, de Magalhães Pinto espalhados pelo mundo. Portanto não se pode afirmar que o Jeronimo tenha tido parentesco próximo com a Ana Josefa.

Mas com certeza somam-se evidencias. Pode-se dizer que, ao longo dos mais de 300 anos desde 1700, devemos encontrar milhares de pessoas assinando “de Magalhães Pinto”. Mas o mesmo não se pode dizer de poucos anos em torno de 1700, portanto, a evidencia do tempo é forte.

Também foi dito que o nosso possível sextavô, MANUEL RODRIGUES COELHO, teve negócios no Inficcionado, inclusive obteve sesmarias e datas minerais, naquele local, em 1744. E o nome do suposto filho dele era idêntico ao do filho do BERNARDO ANTÔNIO e ANA JOSEFA.

Por isso, não descarto a possibilidade de o MANUEL RODRIGUES COELHO ter mesmo sido pai do nosso JOSE COELHO DE MAGALHÃES, que não seria o que se encontra no Geneall.net, filho do casal acima mencionado.

Mas fica ai a possibilidade de o JERONIMO DE MAGALHÃES PINTO ter sido parente proximo da ANA JOSEFA, podendo ainda ter ele sido sogro do MANUEL RODRIGUES COELHO, dai, por caráter de parentesco próximo, ter também dado nome igual ao filho.

Uma das nossas grandes dificuldades ate hoje é a de não termos encontrado documentos relacionados ao MANUEL RODRIGUES COELHO, como seria o caso de seus inventários e, se houve, testamento. Certamente eles nos dariam nome(s) de esposa(s) e filho(s).

E de quem como ele foi dito ter sido senhor de considerável fortuna não se pode esperar que não se tenha feito seus inventários. Quando estive em Ouro Preto não tive tempo de ir `a CASA DOS CONTOS nem ao MUSEU DA INCONFIDÊNCIA que poderão estar abrigando documentos de tamanha importância para nossa família.

Essas coincidencias podem indicar ate que o MANUEL ja fosse aparentado da ANA JOSEFA e muito provável do BERNARDO ANTONIO também. Seria muita coincidência não o serem e acabar se encontrando no microcosmo do Inficcionado, atual Santa Rita Durão, o MANUEL, o JERONIMO e o JOSE COELHO DE MAGALHÃES.

Como diz o ditado: “Um é pouco, dois é bom e três é demais!” Possível será ate que o próprio JOSE COELHO DE MAGALHÃES não apareça com família naquele site porque foi para o Brasil.

Antes poderá, se não for o próprio, ter sido padrinho do parente de mesmo nome. Essa seria uma razão para que tivessem nomes idênticos e se vissem no mesmo local e tempo, isso se os JOSE não forem uma única pessoa.

Mas jamais podemos negar o poder das coincidencias. No livro GENEALOGIAS DA ZONA DO CARMO ha um pequeno tit. que trata dos MAGALHÃES do tronco que povoou a região do Rio Piracicaba. Abra-se o endereço:

http://www.arvore.net.br/trindade/TitMagalhaes.htm

Observe-se que alem do titulo ser MAGALHAES, ha também a matriarca que tinha o nome JERONIMA. Embora não fosse ela a de Magalhães na família, poderia ter avos com o sobrenome, mais o Pinto. Nesse caso, poderia ser ela ate mesmo irmã do JERONIMO DE MAGALHÃES PINTO.

Não estou querendo mencionar que o JOSE COELHO DE MAGALHÃES, nosso ancestral, proceda do ramo descrito pelo cônego. Pelas datas parece-me que o ramo seria muito novo para isso.

A data de nascimento do JOSE se perdeu por enquanto nas brumas do passado. Mas ha uma pista deixada pelo professor Nelson Coelho de Senna que alegou ser ele português de origem, e ter sido levado para o Brasil pelo pai, MANUEL RODRIGUES COELHO.

Registra também o professor que a primeira carta de datas minerais e sesmarias foi passada ao MANUEL em 1744, pelo governador GOMES FREIRE DE ANDRADE. Ou seja, para tudo ser verdade o JOSE terá que ter nascido antes disso. O professor NELSON alega que JOSE faleceu em 1806.

Portanto, se tiver falecido aos 70 anos de vida, terá nascido em 1736. Aos 80, em 1726. E, aos 90, em 1716. Acredito que a ultima possibilidade seria raríssima, mas não impossível.

O certo eh que o professor NELSON também alega que o JOSE casou-se primeiro com dona ESCOLÁSTICA DE MAGALHÃES.

Nisso surge a possibilidade de nos encaixarmos nesse ramo. Sim porque tenho duvida quando ao nosso ancestral, o JOSE FILHO, ter sido filho da primeira ou segunda esposas do alferes-de-milícias JOSE.

A segunda esposa chamava-se EUGENIA RODRIGUES DA ROCHA. Alega-se ser ela a nossa pentavó. Mas ha o detalhe do filho ter nascido em 1782 e o casamento dos supostos pais ter se dado em 1799. Dai a minha duvida.

O detalhe foi que a mãe da EUGENIA, segundo notas do professor DERMEVAL JOSE PIMENTA, chamara-se MARIA RODRIGUES DE MAGALHAES BARBALHO.

Como ja mencionei anteriormente, ha um nascimento em Ouro Branco, de 1750, cujos pais foram: ESTEVÃO RODRIGUES DE MAGALHAES e ANNA MARIA DA CONCEIÇÃO com a batizanda chamando MARIA. Se a mãe proceder da familia BARBALHO, deverão esses ser nossos ancestrais, em caso de descendermos mesmo da EUGENIA.

Ressalvando ainda que a MARIA RODRIGUES poderia ter sido irmã da ESCOLÁSTICA DE MAGALHÃES. Nesse caso, o alferes teria sido primeiro marido da tia e segundo da sobrinha. O que nos coloca no mesmo ramo familiar e era comum acontecer na época.

A possibilidade de pertencermos ao ramo RODRIGUES DE MAGALHÃES nos distancia um pouco do ramo descrito no livro do Cônego TRINDADE. Isso porque o sobrenome aparece em outros personagens em tempos anteriores a 1700. Parece que ja era uma família organizada pelo sobrenome.

De quaisquer formas, temos ai as diversas possibilidades sobre a mesa. Não podemos descartar a possibilidade de que a primeira esposa do alferes JOSE, ESCOLÁSTICA, tenha algum vinculo parental com o JERONIMO DE MAGALHÃES PINTO.

Afinal, tanto os filhos dele quanto os do MANUEL RODRIGUES COELHO deverão ter crescido no microcosmo que ate atualmente é o INFICCIONADO. Então, por que não poderia filha de um e filho do outro se casar ela com ele?

E como se dizia naqueles tempos, e se fossem todos ja aparentados, melhor seria: “para não espalhar a fortuna!” O que não daria para saber de imediato seria qual parentesco que a EUGENIA RODRIGUES teria ai.

Mas, observe-se também outro detalhe. O tit. MAGALHÃES do ZONA DO CARMO esta bastante incompleto. Aponta apenas um filho descoberto pelo Cônego TRINDADE e não tem descrição de possível família do primeiro filho.

Outro detalhe, o Bn 18 do F3 eh o D. SILVERIO, reverendo ARCEBISPO DE DIAMANTINA. Alias, o interesse maior, ou os dados mais fáceis que encontrou, do cônego foram as genealogias que incluíam pessoas do clero, do qual o próprio fazia parte.

Pena que ele não nos descobriu, mesmo o bispo D. MANOEL NUNES COELHO ter sido contemporâneo dele, e ter se tornado bispo antes que ele editasse seus estudos genealógicos!

Outra grande “coincidencia” em nosso ramo familiar é o de não termos ideia por quais motivos o nosso tetravô POLICARPO JOSE BARBALHO foi nascer no INFICCIONADO. E ainda se casou, em 1808, com a tetravó ISIDORA FRANCISCA DE MAGALHÃES.

Ela foi filha “natural” da tetravó GENOVEVA NUNES FERREIRA. Pode ser que o pai da avo GENOVEVA assinasse DE MAGALHAES. Justificar-se-ia ela assinar somente o sobrenome que poderá ser da mãe dela porque isso era o costume da epoca.

Mas por não termos maiores dados, não temos ideia se esse MAGALHÃES procederia do avo materno ou do pai biológico. Os documentos não revelaram ainda. Ai se abre a possibilidade de sermos MAGALHÃES tanto pelo lado COELHO quanto pelo lado BARBALHO de uma origem única no INFICCIONADO.

O que não se sabe ate hoje foi o porque de o Capitão FRANCISCO MARCAL BARBALHO resolveu dar sequencia ao sobrenome DE MAGALHÃES BARBALHO nos filhos. Os irmãos dele, JOSE e padre EMIGDIO ja o usavam.

Mas nos filhos dele ele acrescentou o MAGALHÃES que poderia tanto ser o da mãe, ISIDORA, quanto o da esposa: EUGENIA MARIA DA CRUZ, que era neta paterna do alferes-de-milicias JOSE COELHO DE MAGALHAES e EUGENIA RODRIGUES DA ROCHA.

Ou, pelo menos, eh o que se pensa ser, caso não for a ESCOLÁSTICA DE MAGALHÃES. Não podemos esquecer mais essa evidencia, pois, nossa trisavó EUGENIA MARIA deve ter recebido o nome, provavelmente, por ter sido neta e não porque o pai teria tido uma madrasta com o mesmo nome!

Ha esse detalhe em nossa genealogia. Os dois filhos do Alferes-de-milicias, Jose Coelho de Magalhães: Jose Coelho de Magalhães Filho (ou Coelho da Rocha) e Joao Coelho de Magalhães, dos quais temos dados de descendência, tiveram filhas `as quais deram nomes Eugenia.

Desde eles nenhuma Escolástica. Tenho certa desconfiança que o alferes terá “ficado” com a ancestral Eugenia antes de ter ficado viuvo. Assim, somente no final da vida dele pode oficializar o segundo matrimonio.

Talvez isso explique o casamento ter se dado tempos depois do nascimento dos filhos, a ausência do nome Escolástica na família e a completa ignorância que temos a respeito da nossa parentela deixada por ela.

 

  1. E) TIT. ROCHA BRANDAO

Pag. 192 “8n 2 Dr. Joao Claudio de Lima, diretor do Departamento de Caça e Pesca do Ministerio da Agricultura, c. c. Marta Pinheiro de Lima, filha do Presidente Joao Pinheiro da Silva. Filhos:”

Apenas para gravar aqui, pois, temos outros aparentados casados na família do governador Joao Pinheiro, inclusive o professor Dermeval Pimenta, que casou-se com dona Lucia Pinheiro Pimenta.

  1. F) SOBREIROS

Esse titulo esta um pouco deslocado no livro VELHOS TRONCOS OUROPRETANOS. Vou postar algo mais para explicar e dizer como talvez alguns de nos ira se encaixar nessa genealogia:

Pag. 191 “Antonio Gonçalves e sua mulher Maria Gonçalves, naturais de Rua de Lixa, Freguesia de Sao Miguel da Borda de Gondim, foram pais de:

F1 Isabel Gonçalves c. c. Joao Ribeiro, Filho:

N1 Manuel Ribeiro Filgueiras bat. a 7.1.1685, c. c. Ana Maria de Campos, nat. de Campo Santo, Freguesia de Santo Antonio do Recife, filha de Joao de Campos Rabelo, nat. de Lisboa (Rua da Rosa da Partilha) e de Luisa da Penha, de Corpo Santo, por esta, bisneta de Manuel de Albernaz e de Maria Machado. Filhos:

Bn 4 Ana Maria da Conceição c. c. Manuel Machado, N3 infra

F 3 Maria Gonçalves c. c. Francisco Machado, filho de Joao Francisco e Ana Machado, naturais de Rua de Lixa. Filho unico q. d.:

N 3 Manuel Machado c. em Vila Rica em 1739 c. Ana Maria da Conceição, Bn 4 supra. Filhos:

Bn 14 Maria da Conceição de Jesus, nat. de Vila Rica, c. c. o Capitão Joao Ribeiro da Silva, nat. de Sao Miguel de Vilarinho, filho de Francisco Alves Portela e Maria Vieira, esta, de S. Paio de Moreira dos Cônegos, termo de Guimarães, e aquele de Vilarinho. Dos 13 filhos, nascidos em Congonhas do Campo, inscrevo os dois seguintes:

Tn 3 Cap. Joao Ribeiro da Silva c. c. Ana Felizarda de Oliveira

Tn 4 Emerenciana Constancia de Jesus c. c. Cirurgião-Mor Joaquim Jose dos Santos.”

Aqui esta uma janela de possibilidades boas. Uma é a de que pode estar entre os 11 outros filhos alguém que possa ter se casado com algum de nossos ancestrais e também ser nosso ancestral. O problema foi o cônego Trindade ter feito a brincadeira: “sei quem são mas não conto!!!”

Uma esperança boa será a de que entre os 11 uma devera ter herdado o nome da avo: MARIA VIEIRA. Alem disso poderá ter acrescido o DA SILVA. Ou seja, pode ter assinado MARIA VIEIRA DA SILVA.

Buscar a informação dos outros 11 filhos, que talvez estejam revelados no livro, também do cônego Trindade: “VELHOS TRONCOS MINEIROS” poderia mostrar que essa MARIA poderá ter se casado com ANTÔNIO COELHO DA SILVEIRA.

A importancia disso para nos é que esses seriam pais do HONORIO COELHO DA SILVA ou DE LINHARES, os dois sobrenomes surgem nos assentos de batismos de Itabira. Esse casou-se com SIMPLICIANA ROSA DE ANDRADE, em 12.01.1822.

Como HONORIO COELHO DA SILVA, casado com SIMPLICIANA ROSA DE ANDRADE, foi pai no batismo de JOAQUIM, em ITABIRA, a 26.09.1833, acredito que esse veio a ser o JOAQUIM COELHO DE ANDRADE, um de nossos trisavós pelo lado paterno.

Em sendo, teremos aqui o que venho buscando ha muito, ou seja, a ponte transoceânica que liga nossos genes `as raízes portuguesas com os endereços de saída e de chegada.

Quando vi o titulo SOBREIROS imaginei ate que o Cônego estivesse de brincadeira. Será que ele estava fazendo referencias aos que sobraram ou seriam so obreiros?!!!

Porem as explicações chegaram quando li dinamicamente o “GENEALOGIAS DA ZONA DO CARMO”. La ja estava o titulo SOBREIROS, mas com uma versão completamente diferente:

“Domingos Vaz e D. Luisa Sobreiros, naturais de Lixa, Freguesia de Sao Miguel, onde se casaram, e foram pais de:

F1 Manuel Teixeira Sobreiro “natural de Rua de Lixa, Freguesia de Sao Salvador”, c. c. D. Maria Ribeiro da Conceição, n. em Vila Rica, filha de Manuel Ribeiro Filgueiras e de D. Ana Maria de Campos. Filhos:

N1. Pe. Jose Teixeira Sobreiro

N2. Pe. Joaquim Teixeira Sobreiro

N3. D. Teresa Teixeira Sobreiro c. c. o Guarda-Mor Joao Pedro Cotta, Ger. em Cottas.”

Como se pode observar, dona Maria Ribeiro da Conceição, esposa de Manuel Teixeira Sobreiro, era irma de dona Ana Maria da Conceição, esposa e prima do Manuel Machado. Ou seja, o capitulo nos OUROPRETANOS poderia ser GONCALVES, que se completam com SOBREIROS do ZONA DO CARMO.

Certo é que podemos ter ligação dupla com as famílias caso descendamos da Ana Maria e do Manuel Machado. Eles foram pais, entre outros, do pe. Manoel Machado Ribeiro, que foi habilitado para ordens em 1764. Data que podemos usar para comparações.

Devemos ainda lembrar que ha em nossa família os COELHO RIBEIRO. Deles so temos noticias por terem se casado no ramo de nosso tio-tetravô Joao Coelho de Magalhães.

E o professor Nelson afirmou que eram nossos primos, ancestrais dele. Talvez tenham saído da combinação Ribeiro ai presente com o Coelho de Magalhães ou Rodrigues Coelho do inicio do século XVIII.

Ha que nos lembrarmos também que pode ser que o nosso ancestral MANOEL NUNES COELHO tenha sido filho de THOMAS NUNES FILGUEIRAS e ANNA COELHO. Eles tiveram um filho com nome idêntico.

Falta-nos comprovar que era mesmo o nosso ancestral. Nesse caso o FILGUEIRAS pode ser o mesmo que aparece no do MANUEL RIBEIRO FILGUEIRAS. E o COELHO ja ser o que nos pertence.

  1. G) TIT. ABREU E SILVA – XI DO GENEALOGIAS DO CARMO

“Felipe de Abreu e Silva, c. a 9-10-1757, no Inficcionado, c. D. Maria Joana de Jesus, filha de Jose da Rocha Vieira e de D. Maria Teresa de Jesus (Cf. rs) Cha Vieira N7).

Talvez venham a ser dos Rocha e/ou Vieira, familias que também estão no principio de nossas raízes em Minas Gerais.

  1. H) TIT. AIRES GOMES

Qn 13 Padre Pedro Maciel Vidigal.

Apenas pela curiosidade de saber que o capelão na Universidade Federal de Viçosa quando estudamos la, 1980s, era o sisudo padre Vidigal, com seus mais de 80 anos de idade.

Por fim, encontrei agregados, no livro, um Barbosa Coelho e outro Barbosa Leal que podem ser do nosso novelo familiar. Mas nada indica que sim por enquanto.

Não vou repetir aqui que temos pessoas da família casadas no GENEALOGIAS DA ZONA DO CARMO. No tit. GOMES CÂNDIDO o professor NELSON DE SENNA se casou. Ai ja estarei repetindo achados que estão em estudos anteriores.

J) ARQUIVO PUBLICO MINEIRO

Resolvi acrescentar aqui os dados de 3 cartas de sesmarias que são mencionadas no site do Arquivo Publico Mineiro:

03.dez.1744 – Manuel Rodrigues Coelho

03.dez.1744 – Caetano Borges

25.fev.1745 – Antonio Barbosa de Magalhães Coelho

O segundo ai foi para constar. Ja sabia que tinha existido um Caetano Borges na região do Serro `a época. Coincide que uma pessoa de mesmo nome foi o pai do ANTÔNIO BORGES MONTEIRO, nosso sextavô.

Foi a amiga Anamaria Nunes Vieira Ferreira, que pesquisa o lado da familia do Manuel Borges Monteiro, avo do dr. Candido Borges Monteiro, que o mencionou anteriormente. Pensamos que Antonio e Manuel foram irmãos.

Para que esse CAETANO BORGES seja o nosso ancestral, terá que ter retornado a Portugal, e la ter sido, com a segunda esposa JOANA MONTEIRO, pai do ANTONIO, em 1751. Acredito ser apenas homônimos.

Em relação ao ANTONIO BARBOSA, é obvio que desejo inclui-lo para somar aos outros do sobrenome. Mas não tenho outra referencia a ele. Contudo, os sobrenomes podem indicar ja algum grau de parentesco conosco.

 

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OS RODRIGUES COELHO; E ANDRADE DO CARLOS DRUMMOND EM MINAS GERAIS

March 25, 2016
CONTEÚDO DESTE BLOG – ALL CONTENTS
01. GENEALOGIA
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02. PURA MISTURA
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03. RELIGIAO
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04. OPINIAO
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05. MANIFESTO FEMININO
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https://val51mabar.wordpress.com/2010/07/21/13-estrelas-mulher/
06. MISTO
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07. POLITICA BRASILEIRA
https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/tudo-deu-errado-entao-nao-chora-conserta/
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https://val51mabar.wordpress.com/2010/10/16/o-direcionamento-religioso-errado-nas-questoes-eleitorais-brasileiras/
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08. IN ENGLISH
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https://val51mabar.wordpress.com/2009/09/25/about-the-third-and-last-testament/
https://val51mabar.wordpress.com/2009/09/12/the-third-and-last-testament/
09. IMIGRACAO
https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/o-que-ha-de-novo-no-assunto-migracao/
https://val51mabar.wordpress.com/2010/06/17/imigracao-sem-lenco-e-sem-documento-o-barril-transbordante-de-injusticas/

 

 

 

OS RODRIGUES COELHO; E ANDRADE DO CARLOS DRUMMOND EM MINAS GERAIS

INDICE

01. LISTA DE DOCUMENTOS
02. OS RODRIGUES COELHO
03. OS BARBALHO

04. OS COELHO DE ANDRADE

05. A SINCRONIZACAO DAS FAMILIAS RODRIGUES COELHO E ANDRADE

06. “DOIS SECULOS DOS ANDRADE EM MINAS GERAIS”

07. MINAS GERAIS, SEUS CAMINHOS E SUAS GENEALOGIAS

08. VIDA NOVA

09. A VIAGEM AO BRASIL




01. LISTA DE DOCUMENTOS

DOCUMENTO O1.

                                                   “Nelson de Senna

                                 ALGUMAS NOTAS GENEALOGICAS

                                         (para um livro de familia)

                                                    separata da

            “REVISTA DO INSTITUTO DE ESTUDOS GENEALOGICOS”

                                                           1939

                   EMPREZAGRAPHICA DA “REVISTA DOS TRIBUNAIS”

                              Rua  Conde de Sarzedos, 38 – Sao Paulo

                                                              2

                                         NOTAS DE FAMILIA

                                                             Professor Nelson de Senna

                                          PROEMIO

“Historia das nacoes nao eh, com efeito, senao a biografia de individuos, a cronica das familias, os anais das povoacoes, formando tudo isso um conjunto de tradicoes gloriosas.”

Os livros domesticos e genealogicos, as recordacoes autobiograficas e de familias, representam um legitimo patrimonio historico.

Ao Brasil se pode aplicar o que disse J. Bodin para a Franca: “Eh impossivel que a Republica e o Estado tenham valor si as familias, que devem ser seus alicerces, sao mal edificadas.”

Nem por ser plebeu, e de origem modesta, deve o homem deixar de investigar as raizes da sua ascendencia. O grande BENJAMIN FRANKLIN, filho de um simples ferreiro, procurou os seus humildes antepassados em antigas geracoes da Inglaterra, remontando do fim do seculo 18o. aos meados do seculo 16o. Este exemplo eh mais eloquente do que quanto quizessemos dizer a tal respeito.

Em Minas, escasseiam as notas e assentamentos de familia e sao falhos os informes dos registros civis e eclesiasticos, para se poder organizar um bom quadro genealogico, uma arvore completa de antepassados. Os nossos arquivos particulares e domesticos vivem ao abandono. Ninguem cuida de tais estudos, entre nos.

O nosso intuito eh resgatar aqui os nomes de vultos dos ancestrais do nosso sangue e ensinar aos nossos filhos e netos que devem prezar e venerar os troncos das geracoes de que procedemos.”

                                                                         3

                                           A FAMILIA COELHO NO BRASIL

                                                     NOTAS DE FAMILIA

                                              (DESTINA A MEUS FILHOS)

Divisa dos Coelho: “Nos a sanguine Reginum venimus et nostro veniunt sanguine Regis.” (“Nos procedemos do sangue dos Reis e os Reis provem do nosso sangue.”

                                                           OS COELHOS MEUS ANTEPASSADOS
                                                                 (por meus troncos maternos)

De uma cronica da familia Coelho (os Coelho da Rocha, os Coelho de Magalhaes, Rodrigues Coelho, Nunes Coelho, Coelho Leao, Coelho de Araujo, Coelho de Senna) localizada nos municipios mineiros de Sao Miguel de Guanhaes, Virginopolis (antigo Patrocinio), Conceicao, Sant’Anna dos Ferros, Serro, Sabinopolis, Diamantina, Sao Joao Evangelista e Pecanha – constam os seguintes apontamentos: “O fundador dessas familias norte-mineiras foi, no seculo XVIII (1774) o ja

                                                                                                9

referido portugues MANUEL RODRIGUES COELHO, em favor de quem o governador das Minas Gerais, General Gomes Freire de Andrade (primeiro conde de Bobadella), passou varias cartas de sesmarias e datas minerais, sendo a primeira concessao de 3 de dezembro de 1744. Era homem de cabedais, muitos escravos e pagava avultados quintos de ouro a sua Magestade Fidelissima. Do Inficcionado, (hoje Santa Rita Durao, comarca de Mariana) seus descendentes se passaram a outros lugares dos atuais municipios de Santa Barbara, de Itabira do Mato Dentro e de Conceicao do Serro.

Dele procede o Alferes de Milicias Jose Coelho de Magalhaes (tambem portugues, natural da Provincia do Minho) mais conhecido por Jose Coelho da Rocha, na familia, tendo se casado, ao findar do seculo XVIII (a 7 de setembro de 1799), em Morro-do-Pilar-do-Gaspar-Soares, e em 2as. nupcias, com Dona Eugenia Maria da Cruz, a qual, ao morrer e ja entao viuva, foi sepultada na matriz do Arraial de Santo-Antonio-do-Rio-Abaixo, com o nome de Eugenia Rodrigues da Rocha; enquanto o seu marido, o dito Alferes Jose Coelho da Rocha, ja falecera em 1806, no entao arraial de Conceicao-do-Mato-Dentro (depois, Cidade de Conceicao do Serro), onde esta enterrado. Ele se casara, em primeiro matrimonio, com Dona Escholastica de Magalhaes; e dos seus dois consorcios houve descendencia.

Desse segundo casal de meus trisavos maternos Alferes Jose Coelho e sua mulher Dona Eugenia procederam cinco filhos: capitao Joao Coelho de Magalhaes (meu bisavo materno), Jose Coelho de Magalhaes, Antonio Coelho de Magalhaes, Felix Coelho da Trindade e Dona Clara Maria de Jesus; e todos (com excecao de Antonio Coelho de Magalhaes, que era abastado lavrador, deixou forra numerosa escravatura e morreu celibatario) constituiram familia, deixando numerosa e prolifica descendencia, hoje esparsa em varios pontos do Brasil, em Minas Gerais e outros estados, como Espirito Santo, Rio de Janeiro, S. Paulo, Bahia, Distrito Federal, etc.

O centro de minha familia pelo tronco materno dos Coelhos, veio, pois, a ser a velha povoacao de “Sao-Miguel-e-Almas-do-Aricanga” (mais tarde Freguezia e Villa de Sao Miguel de Guanhaes, e hoje Cidade de Guanhaes), para onde, nos comecos do seculo dezenove, se haviam transferido os cinco filhos de Jose Coelho e dona Eugenia (da regiao de Mato Dentro). Ja em 1821, um deles, elevado a Capitao de milicias da Comarca-do-Serro-Frio, o referido Jose Coelho da Rocha, era considerado o principal fundador e dos primeiros povoadores da referida povoacao de Sao-Miguel-e-Almas, hoje cidade de Guanhaes, conforme refere ASSIS MARTINS (“Almanaque de Minas”, de 1870, pag. 191). E do fundador dessa familia, no Nordeste de Minas, MANOEL RODRIGUES COELHO pode se ver a primeira “Carta de Sesmaria”, na “Revista” do Arquivo Publico Mineiro (tomo X, 1905, pag. 213).

Meu bisavo, o Capitao Joao Coelho de Magalhaes, nascido em 19 de marco de 1785, faleceu em Guanhaes, em 1879, exatamente no mesmo dia de Sao Jose, (19 de marco), quando completava noventa e quatro anos; era natural do Axupe (Freguezia do Morro-do-Pilar) e estudara no Seminario de Mariana, tendo depois abandonado os estudos eclesiasticos, por falta de vocacao para padre e se casando bem moco ainda, antes de 20 anos, em 1804, com sua prima carnal Dona Bebiana Lourenco de Araujo.”

OBSERVACAO: Postei o livro completo do professor Nelson Coelho de Senna neste blog, sob o endereco:  https://val51mabar.wordpress.com/2015/05/10/nos-os-nobres-e-a-avo-do-juscelino-tambem-pode-ter-sido-barbalho-coelho/.

O professor Nelson Coelho de Senna deu enfase `a familia do bisavo dele, capitao Joao Coelho de Magalhaes e cuja familia, a principio, adotou o sobrenome Coelho de Araujo. Aqui fazemos enfase tambem `a familia do tiobisavo dele: capitao Jose Coelho de Magalhaes, ou da Rocha, mais conhecido como o fundador de Guanhaes, MG. Este e sua esposa Luiza Maria do Espirito Santo foram pais de:

01. Jose Coelho da Rocha Neto – 1811
02. Maria Luiza Coelho (Nha Moca) – 1814
03. Francisca Eufrazia de Assis Coelho – 1818 – Joaquim Nunes Coelho
04. Ana Maria de Jesus (Nha Ninha) – 1819
05. Joao Baptista Coelho – 1822 – Maria Honoria Nunes Coelho
06. Eugenia Maria da Cruz – 1824 – cap. Francisco Marcal Barbalho
07. Antonina (falecida com 3 anos de idade)
08. Antonio Rodrigues Coelho – 1829 – Maria Marcolina Borges do Amaral.

Tres deles, acompanhados de conjuges, transferiram com suas familias de Guanhaes para Virginopolis, onde sao fundadores. Antonio Rodrigues Coelho mudou-se para a Fazenda Sao Pedro que fica no municipio de Guanhaes, porem, mais proxima do distrito sede de Virginopolis. 7 dos 16 filhos deste casaram-se com primos e criaram familias em Virginopolis e Guanhaes. Outros descendentes seguiram o mesmo caminho.

Jose Coelho da Rocha Neto casou-se duas vezes, porem, nao temos o acompanhamento da descendencia dele. Parece que ela nao fixou-se em Guanhaes nem em Virginopolis. 

DUAS CARTAS DE BRAZAO:

Abaixo encontram-se duas cartas de brazao concedidas a quatro personalidades mineiras do seculo XVIII, sendo o primeiro nascido na Cidade de Mariana e os outros tres (irmaos entre eles 3),  nascidos em Ouro Preto. Estas cartas foram copiadas do “ARCHIVO HERALDICO-GENEALOGICO” e que fazem parte do desse imenso compendio copilado pelo Visconde de Sanches de Baena. Compedio este muito util aos estudos genealogicos.

DOCUMENTO 02.

Esta eh a pessoa numerada como 610, `a pagina 153:

“DOMINGOS RODRIGUES DE QUEIROZ,

cavaleiro professo na Ordem de Cristo, bacharel formado pela Universidade de Coimbra, opositor aos lugares de letras, natural da Cidade de Mariana, Estado do Brazil; filho de Bento Rodrigues Coelho, e de sua mulher D. Maria de Queiroz Seixas; neto pela parte paterna de Amaro Rodrigues Coelho, e pela materna neto de Joao Queiroz de Seixas, e de sua mulher D. Feliciana de Araujo Dantas; bisneto de Jacinto de Queiroz, e de sua mulher D. Maria Coelho; terceironeto de Antonio Francisco Marinho, e de sua mulher D. Maria de Queiroz Seixas, descendentes de Antonio de Queiroz Mascarenhas, bem conhecido neste reino pela sua distinta qualidade, e conhecido valor.

Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Coelho, no segundo as dos Queiroz, e no terceiro as dos Seixas. – Br. p. a 2 de agosto de 1773. Reg. no Cart. da N., Liv. I, fl. 204 v.”

Procurando posteriormente, encontrei uma pequena biografia com dados de ancestrais do senhor de qualidade e valor Antonio Queiroz de Mascarenhas. O endereco eh: http://informaticahb.blogspot.com/2014/08/amarante-pessoas-antonio-de-queiroz.html.

DOCUMENTO O3.

Numero 753, `a pagina 189; numero 2163, `a pagina 548 e numero 2363, `a pagina 591.

FRANCISCO COELHO BRANDAO, PEDRO COELHO DE SEABRA e VICENTE COELHO DA SILVA SEABRA TELLES.

“753. Francisco Coelho Brandao, natural do termo de Villa Rica do Oiro Preto, Estado da America; filho do alferes de cavalaria Manuel Coelho Rodrigues, e de sua mulher D. Josepha de Avila de Figueiredo, neta do capitao Joao Seabra de Guimaraes; neto o suplicante pela sua varonia do ajudante de infantaria Antonio Coelho, filho de Belchior Coelho, irmao do senhor de Filgueiras e Vieira.

Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Coelhos, no segundo as dos Seabras, no terceiro as dos Brandoes, e no quarto as dos Avilas. Br. p. a 23 de novembro de 1782. Reg. no Cart. da N., Liv. III, fl. 77v.”

Sao tres cartas de conteudo identico modificando-se apenas os nomes dos agraciados. Portanto, sao tres irmaos. O nome do pai deles aparece na lista de concessoes de sesmarias no livro do professor NELSON COELHO DE SENNA.
DOCUMENTO 04.CERTIDAO DE OBITO”Certifico que no livro de obito No. 03, F 94, R 1146 encontra-se o registro seguinte: Aos 03 de Agosto de 1916, foi sepultado no cemiterio paroquial o cadaver de Joaquina Coelho de Andrade, falecida com noventa anos de idade, viuva de Cassiano Coelho.Frei Felix Natalicio de Aguiar.Obs.: Extraido dia 22/01/2015 para fins de Documento.Jessica Fernanda Rocha.”(Com o timbre da Paroquia Nossa Senhora do Patrocinio, Virginopolis, MG. Ha o engano na data que deveria ser de 2016).DOCUMENTO 05.

Extrato do folheto, Historia dos Bispos Mineiros, do conego RAIMUNDO OCTAVIO DA TRINDADE, datado de 1961, encontrado no Arquivo Arquidiocesano de Mariana, MG.

“17 – Dom Manuel Nunes Coelho – Primeiro Bispo de Luz (Olim Aterrado) Filho de Miguel Nunes Coelho e Ambrosina de Magalhaes Barbalho, nasceu em Virginopolis, a 12 de fevereiro de 1884. Ordenado em Diamantina, onde estudou, a 7 de abril de 1907. Eleito bispo a 10 de junho de 1920, sagrou-se a 14 de novembro do mesmo ano, tomando posse, no ano seguinte, a 10 de abril. Antes, como simples sacerdote, havia paroquiado Santana do Suacui, de 1908 a 1920. Ali construiu uma bela matriz.

Visitou por mais de uma vez todo o seu bispado. Celebrou o primeiro sinodo diocesano, recebendo por isso as bencaos e congratulacoes do Santo Padre. Fundou o Colegio Sao Rafael e o Cinema Pio XI. Deu grande impulso `a Obra das Vocacoes. Construiu a Vila Vecentina. `As suas atividades, deve a sede episcopal a sua remodelacao, assim como a construcao da nova catedral. Escreveu e publicou utilissima monografia historica, topografica e demografica de sua diocese, ilustrada com numerosos cliches. Ja educou e ordenou mais de uma dezena de sacerdotes. Mantem-se em constante contato com o clero e fieis, nao so por visitas frequentes, senao tambem por suas piedosas pastorais, que se elevam a mais de trinta e cinco. Deus prolongue por muitos anos a vida de Dom Manuel e prospere com as melhores bencaos o seu ja tao fecundo apostolado.”

O folheto data de 1961. Outros dados biograficos a respeito de D. Manoel Nunes Coelho podem ser lidos na enciclopedia eletronica, no endereco: https://pt.wikipedia.org/wiki/Manoel_Nunes_Coelho. Ali especifica que Santana do Suacui revela ser a atual Cidade de Coroaci, MG. D. Manoel faleceu em 1967.

02. OS RODRIGUES COELHO

Estando pois no Brasil, durante o breve periodo entre 19.01 ate 01.02.2016, puz-me a ocupar a mente e o espirito com um pouco de genealogia. Algo que muita gente nao se interessa e nem deseja saber o porque. Faz parte! No capitulo dos Coelho de Andrade darei uma razao mais forte para faze-lo. Aguardem! Nao quero convencer aos criticos. Quero apenas ver brotar as sementes lancadas naqueles que tem solo fertil no coracao.

Como se pode ver pelo extrato, que republiquei acima, do livreto do professor NELSON COELHO DE SENNA, ele garantia sermos descendentes do portugues Manuel Rodrigues Coelho, que fora dono de imensa fortuna durante o seculo XVIII.

Estando em Belo Horizonte por uma semana, fiz visitas ao Arquivo Publico da Cidade de Belo Horizonte (APCBH), ao Arquivo Publico Mineiro (APM) e Instituto Historico e Geografico de Minas Gerais (IHGMG). O meu raciocinio era o seguinte: se existe alguma genealogia ja publicada abordando a familia do professor NELSON, entao, deverei encontrar nela o vinculo exato que nosso antepassado Jose Coelho de Magalhaes tem com o Manuel Rodrigues Coelho e talvez encontrasse algo deste para as raizes.

No APCBH fomos otimamente recebidos pelos funcionarios. Meu sobrinho Ivan foi o motorista embora nao tenha entrado na entidade. Quem entrou comigo foi o cunhado Ricardo Almeida. Pude constatar que existe um acervo imenso, produzido pelo proprio professor NELSON, contudo, no que diz respeito `a genealogia dele proprio existem alguns manuscritos que sao os rascunhos do que ele utilizou-se para escrever o “ALGUMAS NOTAS GENEALOGICAS”.

Verificado isso, indaguei pelo livro: “VELHOS TRONCOS OUROPRETANOS”, que o Paulo Cesar Pinheiro havia dito que se encontrava naquele instituto. Informaram que nao. Que a copia que possuiam havia sido enviada ao APM. Como chegamos a um beco-sem-saida resolvi visitar o segundo instituto.

No APM fomos igualmente recebidos pelos funcionarios. Sem nenhuma delonga ja estavamos vasculhando duas colecoes. Quando perguntei se o livro estava la, logo veio-me `a mente procurar pela colecao: “VELHOS TRONCOS MINEIROS” e por sugestao da funcionaria visitamos tambem o: “GENEALOGIAS MINEIRAS”, que nao tive a oportunidade nem sequer de verificar a autoria.

Ja era tardizinha e o APM nao demoraria fechar para o dia. E na ordem que as referencias foram postas no papel a funcionaria encarregada pegou apenas as duas colecoes, deixando para depois que acabassemos de verifica-las trazer o “VELHOS TRONCOS OUROPRETANOS”. Velhos troncos esses de autoria do conego RAIMUNDO OCTAVIO DA TRINDADE. Na verdade, minha intencao eminente era verificar se a familia Gomes Coelho de Magalhaes, que sabia constar entre as estudadas, nao teria sua origem no MANUEL RODRIGUES COELHO. Mais tarde verifiquei que o nome dele nao era mencionado entre os ancestrais dela.

A coisa nao andava por esse caminho no entando. O fato eh que mal tinhamos tempo para verificar os principios de cada familia descrita. O ideal seria que houvesse tempo para ler todo o conteudo, pois, quando menos se espera encontra-se algo.

Um exemplo pratico disso foi quando eu vasculhei o titulo Rendons do Genealogias Paulistanas. Ali se encontrava uma pessoa com o nome de Maria Pimenta de Carvalho. Sobrenome este que o professor DERMEVAL PIMENTA havia afirmado fazer parte das familias com as quais os Barbalho se misturaram no Rio de Janeiro. Naquele titulo dona Maria nao aparece sozinha. O autor descreve quem haviam sido os pais e outros ancestrais. Tendo como ancestral a dona Maria Cardoso de Souto Maior, que havia sido esposa do capitao Manoel Pimenta de Carvalho.

Alem disso, o autor acrescentava ter sido ela irma completa de Helena de Soutomaior, a chamada viuva de pedra, e esta descendente dos legitimos Pontes Cardoso. Essa dica foi que levou-me a decifrar ancestrais que, atualmente, talvez nao sejam nossos. Isso porque pode ser que o professor DERMEVAL tenha se enganado colocando-nos como descendentes do capital Manoel quando o genealogista Rheingantz colocou-nos como descendentes do irmao dele: o capitao-mor Joao Pimenta de Carvalho. Mas ai foge um pouco ao nosso assunto.

Antes de verificarmos o “VELHOS TRONCOS OUROPRETANOS” a reparticao tinha que fechar as portas. Somente no outro dia pude voltar para verifica-lo.

Dessa vez fui sozinho. E do pouco que pude ver encontrei apenas o titulo: “ROCHA BRANDAO”, a despertar a minha curiosidade, que esta entre as paginas 165-172.

O que chamou-me a atencao foi encontrar ali o TN 15, alferes MANUEL COELHO RODRIGUES. O mesmo que surge no “DOCUMENTO 03”, acima. Ja estava ate familiarizado com a familia dele sem ao menos imaginar a possibilidade de ser nosso ascendente. Mas sempre que procuro informacoes a respeito do nosso ancestral, ele acaba surgindo.

Apesar de nao crer ainda na possibilidade de esse personagem ser nosso ancestral, resolvi anotar-lhe pelo menos a lista de filhos, pois, nunca se sabe onde a genealogia da gente vai dar. Segue assim:

TN15 alferes, Manuel Coelho Rodrigues – Josefa de Avila da Silva Figueiredo, foram os pais de:

01. Maria Jose de Avila – Luis Lobo Leite Pereira
02. Jose Coelho Rodrigures
03. Joaquim Pedro Rodrigues
04. Francisca de Avila e Silva – Sgto. Mor Jose de Vasconcelos Parada e Sousa
05. Vicente Coelho de Seabra – Francisca Pimentel
06. Ana Francisca de Avila – Antonio Agostinho Lobo Leite Pereira (F7 de Lobo Leite)
07. Mariana de Avila – alferes Miguel da Silva
08. Pedro Coelho – Isabel
09. Nicolau Coelho – Luisa
10. Jose Coelho – Francisca

Desde que vi a lista notei a ausencia do FRANCISCO COELHO DA SILVA BRANDAO. E aqui fico na duvida quanto ao numero dois e o numero dez serem a mesma pessoa ou o primeiro faleceu antes de o segundo nascer. Mas ate ai pareceu-me completamente fora de proposito ajuntar mais esses dados.

Verifiquei duas coisas interessantes no APM. A primeira, comentada por meu cunhado quando verificou a colecao “GENEALOGIAS MINEIRAS”, aqueles livros estao limitados a familias do Centro-Sul Mineiro. Em se tocando aos livros do conego Trindade essa constatacao decepcionou-me um pouco. Isso porque o nome “VELHOS TRONCOS MINEIROS” dao a impressao de que deveria fazer um apanhado geral das familias que povoaram Minas Gerais. Talvez o nome do livro ficasse mais realista se fosse acrescentado “ALGUNS”, no inicio.

A minha decepcao nao foi com o conego. Desde que estou estudando minha genealogia compreendo as dificuldades encontradas por ele. Alias, um dos motivos que escolhi repetir parte do livro do professor NELSON COELHO DE SENNA eh justamente a queixa que ele deixou, fazendo saber o quao maltratados estavam as documentacoes em Minas Gerais. E isso nada mudou desde que ele publicou o livro dele em 1939. Pude constatar isso. Embora, o que sobrou esteja sendo melhor guardado atualmente.

O Conego Trindade tinha por base a documentacao da Arquidiocese de Mariana, onde foi o bibliotecario por varias decadas. Assim se explica, em parte, porque os estudos dele se concentraram na regiao em torno daquela Arquidiocese. Soma-se a isso ele pertencer `as familias da regiao.

A obra dele nao deixa de ser util para todo o Estado de Minas Gerais. Se nao encontramos na obra todas as familias que se formaram na regiao e se espalharam por outras areas atualmente, como os casamentos estao se dando entre pessoas que migraram de diversas partes do Brasil para regioes concentradoras de populacao, os nascidos mais recentemente deverao encontrar ancestrais nos livros publicados por ele, embora sempre terao que quebrar um pouco a cabeca para completar a parte que lhes falta, como eu o tenho feito.

Nada encontrado no APM resolvi visitar o Instituto Historico e Geografico de Minas Gerais. Foi uma visita rapida. Andei ate la. Fica uns dois ou mais kilometros de distancia. Na Rua Guajajaras, proximo ao famoso Predio JK. A visita, porem, nao teve frutos. Foi mostrado um livro da comemoracao dos 100 anos de nascimento do nosso nobre parente. Como grande contribuidor das areas humanas imaginei que as homenagens teriam sido escassas, pois, nada continha a respeito dos ancestrais dele.

Observei que ha por la um anfiteatro com o nome em homenagem ao professor DERMEVAL PIMENTA. O IHGMG foi realmente onde eles se encontravam. Afinal, um dos filhos do professor NELSON e o proprio professor DERMEVAL casaram-se com filhas do ex-governador JOAO PINHEIRO DA SILVA.

Ao mesmo tempo que as esperancas se esvaziavam e as dores das pernas inchadas comecavam a incomodar, resolvi aventurar-me mais. Havia sido quarta-feira da ultima semana que ficaria no Brasil. Resolvi fazer uma viagem surpresa a Mariana. Continuava com a ideia de procurar nao apenas o documento “DE GENERE ET MORIBUS” do padre POLICARPO JOSE BARBALHO quanto dar sequencia nas buscas pelas origens dos RODRIGUES COELHO.

Chegando a Mariana fui diretamente ao ARQUIVO ECLESIASTICO DA ARQUIDIOCESE DE MARIANA (Rua Direita, 102). Para a minha surpresa, acabara de fechar para o almoco. Fui informado pelo menos que havia a CASA SETICENTISTA, na mesma rua, no lado oposto do quarteirao. Tambem estava fechada para o almoco. Ao lado desta segunda reparticao esta a SE. A Igreja seticentista por si mesma eh um verdadeiro museu de maravilhas. Usei o tempo de descanso dos funcionarios distraindo-me com tantas obras de valor incalculavel.

A CASA SETECENTISTA abriu primeiro. Ali encontrei os inventarios de FRANCISCO RODRIGUES COELHO, datado de 02.03.1792. Poderia tanto ter sido filho do MANUEL RODRIGUES COELHO quanto descendente do BENTO RODRIGUES COELHO. Isso nao estava claro porque nao havia a filiacao no documento. Dai nao foi possivel chegar a nenhuma conclusao.

 
Um grande problema para mim era o tempo diminuto, a capacidade menor de ler os “hieroglifos” das escritas documentais antigas e a vista que ja não esta ajudando quanto antigamente. Faltou-me tino inclusive de tentar decifrar a lista de herdeiros. Se tivesse lembrado de por em pratica esse detalhe poderia, talvez, dar soluções a alguma questão futura ou ate mesmo presente. Um caso especifico seria, por exemplo, encontrar nomes como o dos ancestrais Maria Rodrigues de Magalhães e/ou Giuseppe Nicatse da Rocha.
 
Na verdade, toda a minha intenção era encontrar os inventários ou o testamento do MANUEL RODRIGUES COELHO. Neste caso, se encontrasse, teria a oportunidade de comprovar que o nosso ancestral JOSE COELHO DE MAGALHÃES era mesmo filho dele. Assim eliminaria etapas na pesquisa. Como nada havia encontrado relativo a este, dirigi-me aos Arquivos da Arquidiocese.
 
O meu objetivo principal ali era o de encontrar algo relativo ao ancestral padre, POLICARPO JOSE BARBALHO. O Joberto Miranda Rodrigues havia encontrado o documento “DE GENERE ET MORIBUS” do padre EMIGDIO DE MAGALHAES BARBALHO. Pensei ser natural encontrar os que seriam do pai dele. Mas foi engano meu. Apesar de muito esforco, nada foi encontrado.
 
Busquei inclusive nos livros de registros de nascimentos do antigo Inficcionado, atual Distrito de Santa Rita Durao. Segundo os documentos do padre Emigdio o pai dele havia nascido naquele distrito. Mas os livros estavam muito difíceis de ler. As beiradas haviam sido comidos pela traca. Em alguns lugares a tinta esta se apagando. A escrita não ajudava. E era coisa demais para o pouco tempo que me restava.
 
Por fim pedi arrego. Perguntei apenas se acaso la havia copia do livreto “BIOGRAFIAS DOS BISPOS MINEIROS”, tambem de autoria do conego TRINDADE. Nao estava catalogado mas tinham. Foi quando pedi uma copia xerox da biografia do bispo D. MANOEL NUNES COELHO. O resultado eh o DOCUMENTO 05 da relacao acima.
 
Sem mais onde ir e ao chegar da tarde retornei a Belo Horizonte.
 
Estava indeciso mais resolvi que ocuparia a sexta-feira com mais pesquisas. Dessa vez em OURO PRETO. Na CASA SETECENTISTA informaram-me que la ficava a similar, CASA DO PILAR. Ja sabendo que a reparticao somente abriria, apos ao almoco, `as 14:00hs, então, deixei para sair mais tarde. Sao apenas duas horas de viagem.
 
Ao chegar a Ouro Preto e sem perguntar primeiro, desci a ladeira em frente `a Igreja que fica perto da rodoviária. Somente ai recordei o quao íngremes são as ladeiras daquela cidade. Diga-se de passagem, seria um parque de diversões caso ela fosse nos Estados Unidos. Vi mais turistas, mesmo assim muito poucos, em Mariana. Muita gente circulava nas ruas, porem, pessoas da própria cidade envolvidas com seus afazeres diários.
 
Para os moradores locais eh uma pena que no Brasil não se investe direito na industria do turismo. Aposto como milhões de aposentados aqui dos Estados Unidos adorariam visitar as duas cidades históricas mineiras. Mas para isso acredito que haveria que ter trens rápidos ligando Belo Horizonte a elas e precisava-se adaptar um sistema de bondes semelhantes ao que existe no Corcovado e Cristo Redentor, no Rio de Janeiro. Assim, seria permitido uma vista aérea das cidades sem precisar usar aviões.
 
Nao se pode alegar que essas coisas descaracterizariam os monumentos históricos. A descaracterização ja esta quase completa. O que se ve são apenas as fachadas do que era antigo. Dentro esta tudo tomado por comércios os mais variados possíveis. Observa-se que as casas serviam a moradia em seu tempo. Agora não se mora nelas mais.
 
Por incrivel que pareca perdi em Ouro Preto. No pe da serra que desci estava a IGREJA DO PILAR e logo atras a Rua do Pilar, onde fica a CASA DO PILAR. Mas fui sem perguntar e acabei subindo a serra novamente, distraido com linhas tortas da cidade monumento. Cheguei ate `a antiga Cadeia Publica e apos informar-me desci novamente. Mas ao perguntar onde ficava o que estava procurando as pessoas não sabiam informar.
 
Passando pela porta da CASA DOS CONTOS resolvi entrar e perguntar. Era mais em baixo. Bastava seguir descendo e quando chegasse `a Igreja era so seguir a rua. Mas as ruas são tao tortas e com segundas saídas que demorei algum tempo procurando. Enfim adentrei.
 
Como em todos os lugares anteriores, fui bem recebido e la estava o estagiário Andre. Entregou o index dos documentos ali guardados para que eu escolhesse os que me interessariam. Ajudou-me bastante. Pelo sobrenome Coelho encontrei 4 documentos. Três pareceram-me promissores.
 
Um deles eram os inventários do FRANCISCO COELHO DA SILVA BRANDAO. Desde o principio o descartei porque duvidava que me fossem úteis.
 
Outros dois eram referentes a ANTONIO RODRIGUES COELHO e JOSE ANTONIO RODRIGUES COELHO. Eram pai e filho. O primeiro coincidia ter o mesmo nome de nosso terceiravo. Faleceu no final do século XVIII, 1798, e o inventario havia sido feito em conjunto com o de sua mulher também defunta, QUITERIA RIBEIRO.
 
Era naturalmente outro candidato a ser irmão ou parente muito proximo do nosso quintavo JOSE COELHO DE MAGALHÃES. Mas novamente não continha a filiação, portanto, não ha como afirmar nada. E a respeito do processo escrevi num rascunho que estava fazendo:
 
Um processo imenso que envolve dezenas de paginas. Embora em boas condições de conservação ficou difícil fazer a leitura. Precisa-se de um caligrafista experimentado. Pode encontrar-se muitas informações, inclusive de filhos mas não de ancestrais. O processo foi feito junto com o inventario da esposa: Quiteria Ribeiro.
 
Ja estava desanimado. Estava tambem la um rapaz bem novo fazendo pesquisa, porem, com experiência na area. O nome dele eh Douglas Lima. Ofereceu-se para fazer uma leitura dinâmica. Mas não foi possível revelar alem do que eu próprio havia entendido, exceto que tratava-se de residente em Sao Sebastiao de Itabira, a atual ITABIRITO. Ou seja, reune condições que aproximam das informações da família ja que Itabirito fica próxima dos locais que se espera tenham sido residência e propriedade do MANUEL RODRIGUES COELHO.
 
Os inventarios do JOSE ANTONIO RODRIGUES COELHO foram bem mais modestos. Datam de 1807, ou seja, deve ter falecido poucos anos apos o pai. Em ambos os casos perdi a oportunidade de recolher pelo menos a lista de herdeiros.
 
Como o professor NELSON COELHO DE SENNA havia escrito que o nosso ancestral comum havia tido propriedade no INFICCIONADO, esperava que os inventários dele fossem encontrados naquelas repartições. Mas não estavam. Ai seria o caso de perguntar: “E agora Jose?”
 
Somente o quarto processo tratava mesmo do MANUEL RODRIGUES COELHO. Mas era uma acao civil. Segundo o Douglas, trata-se de uma pendência em que alguém estava cobrando uma divida e o acusado alegava que ja tivera despesas demais com o acusador e que não se cobrasse dele ja que umas pelas outras ele ainda sairia em desvantagem. A ação eh de 1757.
 
De qualquer forma, de nada adiantaria para o meu propósito. Observei que a escrita da primeira pagina estava bastante danificada. Parece ate que teria sido lavada devido a marca d’agua que ainda prevalece. 
 
O dia ja estava caminhando para o final. Eu precisava tomar o onibus de volta para Belo Horizonte. Nao havia mais tempo para, talvez, dar uma pequena busca na CASA DOS CONTOS. Estava por terminar em vão minhas aventuras de descobrimentos genealógicos em Minas Gerais. Para consolo resta a sensação de que realmente existiu uma família RODRIGUES COELHO da qual devemos mesmo ser descendentes.
 
Posteriormente, acessei o sitio Family Search em busca dos nomes Rodrigues Coelho. Ali existem algumas pessoas com a assinatura mas nada garante serem da mesma família. Mesmo que algum seja promissor, como um documento de JULIAO RODRIGUES COELHO, por proceder de Ouro Preto e ser datado de 1774.
 

Ha também aqui que resguardar-se o fato de o cônego TRINDADE não ter levantado os dados da família em seus livros. Segundo o professor NELSON COELHO DE SENNA, a descendência mudara-se para Santa Barbara, Itabira e Conceição do Mato Dentro. Apos esse deslocamento os familiares foram se espalhando, a principio, pelo imenso território que era dominado pela COMARCA DO SERRO. Imagina, se atualmente existe uma dificuldade em percorrermos todas as fontes documentais nessa area, ha 70 anos atras as dificuldades tornavam o feito quase impossível.

No quinto capitulo ha uma continuidade das notas gerais mas em particular serve a toda a FAMILIA RODRIGUES COELHO.

03. OS BARBALHO

Especificamente refiro-me aqui a descendentes do casal FRANCISCO MARCAL BARBALHO e EUGENIA MARIA DA CRUZ.

Iniciando minhas buscas em Virginopolis, ja para comecar, duvidava que fosse encontrar algo. Queria localizar os registros de casamentos de dois filhos deste casal acima.

01. Marcal de Magalhaes Barbalho – Ercila Coelho de Andrade, e
02. Candida de Magalhaes Barbalho – Joao Batista de Magalhaes.

Estes sao meus bisavos paternos e maternos, respectivamente. Ja esperava que os registros de casamentos deles nao estivessem na cidade. Sabia que seria mais acertado buscar em Guanhaes ou talvez em Conceicao do Mato Dentro. Mas nunca se sabe quando algo surpreende a gente. E realmente estava correto em minha suposicao. Mas uma coisa puxa a outra. Estava concentrado em aprofundar o lado dos COELHO DE ANDRADE e o que encontrei sera melhor exposto no proximo capitulo.

Ja o que mais interessava a respeito do segundo casal era descortinar as nuvens que pairam sobre as origens do bisavo JOAOZINHO (tio Joaozinho como eh melhor conhecido na familia). Conta-se que era neto do padre POLICARPO JOSE BARBALHO. Este havia sido pai do JOSE BARBALHO que teve uma filha mulata, que soubemos ser conhecida pelo apelido de Sinh’ANNA. Supostamente o nome dela seria ANNA DE MAGALHAES. Mas nada era certo.

Conta-se tambem que ela, ainda muito nova, havia tido um caso com um senhor casado, da sociedade itabirana. Gravida e sem poder receber reparo do amante, o pai a enviou para os cuidados dos irmaos dele, ja residentes em Guanhaes, o padre EMIGDIO e o FRANCISCO MARCAL. Em Guanhaes arranjaram para ela um casamento com um homem chamado DOMINGOS. Tio JOAOZINHO acabou ficando conhecido tambem como JOAO DOMINGOS, por essa razao.

No documento “DE GENERE ET MORIBUS” do padre EMIGDIO encontra-se que o padre POLICARPO JOSE BARBALHO fora filho de JOSE VAZ BARBALHO e ANNA JOAQUINA MARIA DE SAO JOSE. E em algumas consultas no site do Google Livros encontrei no “ALMANAK ADMINISTRATIVO CIVIL E INDUSTRIAL DA PROVINCIA DE MINAS GERAIS”, `a pagina 380, da edicao dos anos de 1874/1875, que houve em Sao Sebastiao dos Correntes, atual Sabinopolis, na lista de “Juizes de Paz”, o 4o. membro que chamava-se tambem JOSE VAZ BARBALHO.

Por desconfiar que esse fosse o nome real do avo do tio JOAOZINHO queria confirmar ou negar a hipotese, investigando no registro do casamento. Caso se confirmasse, teriamos encontrado o destino do provavel ancestral. Dai para frente poderiamos procurar mais informacoes a respeito da vida dele.

Mas os livros em Virginopolis, tanto os de registro civil quanto os religiosos, comecam a partir de 1879. Dai ficou constatado que ficaria para outra oportunidade descobrir o paradeiro dele.

Mesmo assim era sabido que Sinh’ANNA deveria ter falecido em Virginopolis. Insisti em buscar as referencias ao fato na Igreja. E realmente encontramos na lista de falecidos o nome: ANNA MARIA DE MAGALHAES. O problema eh que ela esta nos indices, contudo, a pagina nao se encontrava no livro 3, como indicado. Ja haviamos procurado por mais de uma hora e o momento nao era oportuno, pois, estavam se processando os festejos de Sao Sebastiao. A secretaria ficou de buscar quando pudesse para depois enviar-me os resultados. E mais esse misterio ficou sem solucao.

Nao posso afirmar que a ANNA MARIA DE MAGALHAES encontrada no livro de obitos da matriz em Virginopolis seja a mesma nossa ancestral. Mas se encontrarmos o documento, espero que tenha nele o nome de alguma pessoa conhecida com o grau de parentesco para podermos garantir que era a propria.

Por outro lado, ficou bem claro para mim que o padre POLICARPO JOSE BARBALHO nao estudou em MARIANA. Infelizmente nao temos nenhuma tradicao nos dizendo onde foi que ele estudou. Acredito nao ter sido no CARACA. Isso porque esta na internet a lista de matriculas no site do antigo colegio. A lista nao esta completa, dai uma pequena duvida. De qualquer forma, o nome dele nao esta no que esta publicado.

Apos retornar aos Estados Unidos ocorreu-me levantar os dados de fundacao do SEMINARIO DE DIAMANTINA. Encontrei que foi fundado em 1854. Eh uma data bem no final das possibilidades mas ainda pode haver tempo para ele encaixar-se como aluno.

Isso porque as nossas tradicoes dizem que o padre EMIGDIO afirmava:

“EU SOU PADRE,
MEU PAI EH PADRE,
NAO SOU FILHO DE PADRE,
E SOU PADRE MAIS VELHO QUE MEU PAI.”

Para completar, nossas tradicoes dizem que ele ja estava idoso quando retornou ao seminario. Na certidao de casamento dele ha o registro de ter-se casado em 30.08.1808. Entao, a data de nascimento dele deve variar entre 1780 a 1790. O que o coloca entre 64 e 74 anos de idade, em 1854. Dessa forma podemos com alguma seguranca garantir a possibilidade.

A tradicao tambem sustenta que ele estivera no seminario e o deixou depois de interessar-se pela futura esposa. Eh possivel que tenha apenas concluido os estudos, assim nao tera precisado ficar no seminario a mesma quantidade de anos que os outros sacerdotes levariam para ser ordenados sem a mesma educacao previa.

No documento “DE GENERE ET MORIBUS” do padre EMIGDIO ha a inclusao das certidoes de batismo dele proprio e do casamento dos pais. Por ai soubemos que a mae dele chamara-se ISIDORA FRANCISCA DE MAGALHAES e era filha natural, naturalmente, de GENOVEVA NUNES FILGUEIRAS (ou FERREIRA).

POLICARPO, o pai, era filho de JOSE VAZ BARBALHO e ANA JOAQUINA DE SAO JOSE. No site Family Search ha os registros de casamentos de dois irmaos do padre POLICARPO: GERVAZIO e FIRMIANO, e em um deles consta que ela chamava-se ANA JOAQUINA MARIA DE SAO JOSE. Ou seja, eh a reuniao dos nomes da SAGRADA FAMILIA, exceto o de JESUS, segundo as tradicoes catolicas.

Interessante aqui sera observar a necessidade de vasculhar-se a vida da ancestral GENOVEVA para saber se descendia de algum portador do sobrenome MAGALHAES para justifica-lo na ISIDORA. Caso contrario, para desvendar a existencia dele talvez devamos levantar a vida do sacristao, MANOEL ANTONIO DE MAGALHAES. Parece que ele foi testemunha do casamento. Pode bem ter sido o pai que, embora sem assumir, estaria presente.

Ha que investigar os inventarios e testamentos dos homens que assinaram MAGALHAES `a epoca, em ITABIRA, pois, um deles podera ter deixado alguma declaracao que assumia a paternidade de nossa ancestral e assim poderiamos melhorar o nosso quadro genealogico, ocupando o espaco em branco. Esse esforco tem a necessidade de conhecermos a origem do sobrenome que carregamos ate hoje na familia, e tem pelo menos dois seculos de Historia genealogica.

Uma evidencia que pode indicar a presenca do ancestral em Diamantina foi o fato de eu ter encontrado em um dos ALMANAKS DA PROVINCIA DE MINAS GERAIS o registro da presenca de uma firma cujo nome era BARBALHO & SIMAO. Mesmo que ela nao fosse do POLICARPO deve ter sido de algum parente proximo. Estava no de 1872. A firma deveria existir ha mais tempo para figurar, pois, ja deveria ser estabelecida. Certamente que uma pessoa de mais idade `aquela epoca preferiria uma cidade onde ja tivesse alguem para contato.

Outros dois documentos “DE GENERE ET MORIBUS” que poderiamos buscar em Diamantina seriam os do Bispo D. MANOEL NUNES COELHO e o do Monsenhor ANTONIO PINHEIRO BRANDAO. Dou a explicacao para este no proximo capitulo.

Precisavamos de documentos mais precisos a respeito dos ancestrais do D. MANOEL. Apenas para limpar uma macula na genealogia atribuida a ele. Encontramos num site onde se menciona que seria bisneto de GENOVEVA, por parte materna e tambem do JOAO COELHO DE MAGALHAES. Nos casos, deveriam ser ISIDORA e JOSE COELHO DE MAGALHAES, ou DA ROCHA.

Acredito que se encontrassemos o “DE GENERE” do padre POLICARPO ja seria uma mao-na-roda encontrarmos os nomes dos avos dele. Assim poderiamos dizer com certeza como nos ligamos `a familia que se instalou no Rio de Janeiro com o ancestral LUIZ BARBALHO BEZERRA. Mas seria uma dadiva maior ainda se os membros da familia dele, que teve antes de tornar-se padre, fossem lembrados no documento.

Quando retornou ao seminario possuia diversos filhos. Ja localizamos alguns que nao sabiamos. E sao os lembrados: JOAO, EMIGDIO, GENOVEVA, MARIA, LUCINDA, FRANCISCO MARCAL, MANOEL e JOSE. Falta determinarmos se nao existem outros. Pode ser que tenha tido pelo menos mais o MODESTO JOSE BARBALHO. Ele aparece como negociante em ITABIRA, em 1872. Teve um filho cirurgiao que era o JUNIOR e outro que foi Juiz de Paz em PECANHA, o senhor CYRINO JOSE BARBALHO. Mas por enquanto nao se pode afirmar a respeito desses. Podem ser sobrinhos ou, talvez, um irmao mais novo do proprio pai POLICARPO.

04. OS COELHO DE ANDRADE

Os COELHO DE ANDRADE passaram a ser meus ancestrais a partir de meu avo paterno, TRAJANO DE MAGALHAES BARBALHO, por ele ter sido filho do casal: MARCAL DE MAGALHAES BARBALHO e ERCILA COELHO DE ANDRADE. Ele filho do casal FRANCISCO MARCAL BARBALHO e EUGENIA MARIA DA CRUZ e ela de JOAQUIM COELHO DE ANDRADE e JOAQUINA MARIA UMBELINA DA FONSECA.

Ate esse ponto sabemos de cor. Mas sempre houve uma tradicao na familia afirmando que Dindinha ERCILA, como todos conheciam a essa nossa bisavo, dizia ser parente do poeta CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE. Alguns de nossos primos sempre tiveram a curiosidade de saber onde as arvores genealogicas se encontravam. Mas ate onde sei ninguem decifrou o misterio. Sempre quiz saber porque gostaria de entender onde os diversos COELHO na familia se encontram.

Com esse proposito foi que resolvi investigar em Virginopolis as nossas origens. E o encontro daquele registro de obito foi algo bastante positivo. Tao importante que resolvi repeti-lo aqui. Segue entao:

DOCUMENTO 04.

“CERTIDAO DE OBITO

Certifico que no livro de obito No. 03, F 94, R 1146 encontra-se o registro seguinte: Aos 03 de Agosto de 1916, foi sepultada no cemiterio paroquial o cadaver de Joaquina Coelho de Andrade, falecida com noventa anos de idade, viuva de Cassiano Coelho.

Frei Felix Natalicio de Aguiar.

Obs.: Extraido dia 22/01/2015 para fins de Documento.

Jessica Fernanda Rocha.”

(Com o timbre da Paroquia Nossa Senhora do Patrocinio, Virginopolis, MG. Ha o engano na data que deveria ser de 2016).

Desvio um pouco o meu proposito para falar algo a respeito das criticas que me foram enderecadas por fazer essa investigacao. Eh compreensivel que alguns pensem ser loucura ou ate idiotice buscar nossos vinculos ancestrais. Tudo bem! Nao me incomodam. Nao convencerei a esses e eles nao me convencerao, portanto, estamos empates.

Ha aqueles porem que tem a nobreza no coracao. Dai sera a estes que mando o recado. Eles precisam de incentivo para manterem-se no caminho e para nao desistirem por causa de criticas baratas.

Em primeiro lugar, existe um mandamento que fala: “Honraras pai e mae.” Nunca ouvi dizer que ele tenha sido revogado. O que Jesus ensinou eh que todos estavam incluidos no primeiro, e eram apenas consequencia dele, portanto, nao se deve esquecer disso.

As criticas a mim procediam do fato de que tinhamos acabado de enterrar a mae dos filhos da casa de meus pais. Ela faleceu no dia 19.01.16. E no dia seguinte ao enterro eu ja estava buscando informacoes. Tinha pressa sim, pois, haviam 5 anos que eu nao ia ao Brasil, fui para ve-la nos ultimos momentos e nao a encontrei viva. Os criticos pensam que eu deveria estar ocupado com os vivos e nao com os falecidos.

Para mim, porem, nao ha vivos e falecidos. Tudo eh uma sequencia. Os que ja se foram nos os seguiremos e os que virao se reunirao conosco. Genealogia eh isso mesmo. Vem de tras e segue para adiante.

Os criticos contribuiriam muito mais se fizessem uma vaquinha para estabelecer-me um salario suficiente para eu poder viver das pesquisas. Assim tambem eles se inteirariam dos cafundos do Judas de onde procedem e dos caminhos tortos por quais passam as genealogias de todos nos. Tou cansado de trabalhar a pago em amendoins. Talvez desista ou talvez nao. Nao depende deles ou de mim. Depende mais de eu continuar tempo a visao da necessidade para o futuro.

O que me importa mesmo eh honrar a memoria de nossos pais, pois, no futuro as pessoas precisarao dela. Nao vou descrever todas as lembrancas que tenho de meus pais. Mas recordo-me bem do tempo em que eramos pequenos. Viviamos numa parte da casa que pertenceu aos nossos bisavos paternos. Havia um quarto grande que fora designado para ser o quarto dos homens. Significava que nos os meninos dormiamos nele. Ao lado desse ficava um quarto menor designado para ser o quarto de costura.

E toda a noite, quando pequenos, anos 60, mamae nos punha para dormir. Nao tinhamos televisao para tomar conta de nos. Ela precisava daquele tempo de descanso e o usava para costurar, para permitir que a familia tivesse o que vestir. Minha cama ficava no caminho que o facho de luz do quarto de costura se projetava. A luz nao me incomodava mas mantinha-me alerta. Demorava a dormir. Acabava me cansando de ouvir o som da maquina de costura que me embalava ao mesmo tempo. Nao raro, apos um cochilo profundo, acordava e mamae estava la ainda.

Nao era somente isso. Algumas vezes vi mamae esconder-se para chorar porque a vida estava dificil. Eram os dentes que nao eram mais bonitos por causa das diversas gravidezes por quais passou. Eram as incertezas da vida que acomete a todo mundo. Apesar disso e todos os outros contratempos ela nunca deixou de ser o melhor exemplo que uma mae pode ser para a familia. Passadas as lagrimas o que ela fazia era tocar a vida dificil para adiante.

Papai tinha a mesma filosofia de vida. Explicando porque nunca comprou um carro respondeu que: “Carro no Brasil eh o mesmo que ter uma segunda familia. Eu nao posso ter uma segunda familia.” Ou seja, nao importa o quanto e o que lhes faltou. Eles sacrificariam as vidas deles para que nos os sucedescemos com um pouco de conforto.

Observem agora o atestado de obito. Hoje eh 20.02.16 e estaremos passando, em agosto, pelos exatos 100 anos do falecimento de dona “JOAQUINA COELHO DE ANDRADE”. E o que se diz dela? “Um cadaver enterrado no cemiterio”. Para honrar meus pais, sei que os pais deles fizeram sacrificios semelhantes por eles. Portanto, foi a vontade dos meus pais honrar aos pais deles. O mesmo se dira de nossos avos, os quais tinham o mesmo sentimento em relacao aos pais deles. Isso sucessivamente ate nao acabar mais. Portanto, levantar a nossa genealogia nao eh nenhuma loucura. Eh algo para os que querem honrar `aqueles que merecem a honra.

Um detalhe que as pessoas nao prestam atencao eh o que se passa na Historia. Historia eh uma materia um pouco complexa. Vejam o que acontece nos dias de hoje. Claramente reconhecemos que sao muitos os personagens que estao fazendo a Historia. Especialmente, cada individuo do povo esta contribuindo com seu tijolo nessa construcao. Mas o que se aprendera a respeito da atualidade no futuro? Ora, teremos um ou outro nome lembrado nos livros como se esses fossem os salvadores da patria.

No Brasil, por exemplo, estamos acostumados a estudar que D. Pedro I proclamou a INDEPENDENCIA do pais. Ele eh lembrado como se fosse o pai da liberdade da nacao. Mas a verdade eh obviamente outra. D. Joao VI ja havia dito a ele: “Antes que algum aventureiro o faca, faca voce.” Ou seja, se ele nao tivesse aproveitado a oportunidade ja se sabia que os outros fariam. Ele nao o fez por amor `a patria mas para tirar alguma vantagem do ato.

Mesmo que o Brasil nunca tivesse se independido, se isso fosse possivel, os atuais brasileiros estariam adaptados `a atual situacao para que nao o fizessem. E isso nao impediria a Historia das Familias continuarem se processando como sempre fez. Nos teriamos nascido as mesmas pessoas. Apenas viveriamos numa sociedade um pouco diferente.

Para as pessoas no entanto, suas Historias Genealogicas sao muito mais importantes. Isso porque se nao tivessemos os ancestrais que temos nos nao seriamos nos mesmos. Nasceriam outras pessoas em nosso lugar. Isso mesmo, cada pessoa em nossa genealogia eh fundamental. Trocando uma pessoa de lugar muda tudo. Deixamos de ser nos. Entram outros em nosso lugar.

As figuras historicas que estudamos sao mais importantes `a medida que elas desfrutam conosco os mesmos ancestrais. JOAQUIM JOSE DA SILVA XAVIER (o Tiradentes), GEORGE WASHINGTON, PEDRO I, THOMAS JEFERSON, DUQUE DE CAXIAS e todos os outros tem ancestrais os quais tambem sao nossos ancestrais. E eles fizeram Historia `a medida que nossos ancestrais comuns abriram o caminho dela para eles. Nossos familiares estiveram junto com eles fazendo a Historia mesmo que alguns teimem a atribui-la a eles apenas. Se ha uma razao melhor para conhecermos algo de nossa Historia, maior razao ha de conhecermos nossos ancestrais.

Lembrem-se disso. Daqui a um seculo os nomes que estarao nos livros de HISTORIA serao: JOSE SARNEY, FERNANDO COLLOR, ITAMAR FRANCO, FERNANDO H. CARDOSO, LUIZ INACIO, DILMA ROUSEFF, GEORGE BUSH, BILL CLINTON, BARACK OBAMA etc. Nos tempos romanos nos ensinam o que CALIGULA, NERO, MARCO ANTONIO, JULIO CESAR e outros fizeram. Agora ha que se perguntar: E nossos ancestrais? Ora, sera que essas pessoas representam os valores que a epoca em que viveram eram respeitados?

Por mais respeito que possamos ter pelos politicos que entrarao para os livros de HISTORIA, nenhum deles ira substituir aqueles que nos geraram, alimentaram, vestiram, protegeram, compartilharam conosco os bons e maus momentos. Nao quero que daqui a 100 anos algum descendente de meus pais, ou dos pais da minha esposa, ou dos ancestrais deles resolva buscar informar-se a respeito deles e encontrar apenas um laconico: “eh um cadaver enterrado no cemiterio”. O cemiterio nada eh. Tem muita boa coisa a ser lembrado antes de sermos enterrados.

Atraves da genealogia podemos celebrar a vida das pessoas que sao essenciais `a nossa vida e continuarao o sendo nas vidas das geracoes que nos seguirao.

Deixando de lado a filosofia, aproveitei os dias que fiquei em Virginopolis para visitar minha madrinha, a tia ONEIDA. Claro, com o “atestado de enterrro” na mao busquei saber quem era a pessoa, pois, sendo ela neta da DINDINHA ERCILA COELHO DE ANDRADE, talvez desse alguma noticia. Mas ela alegou que nao tinha como ajudar. Nao se recordava bem dos familiares da avo. Isso porque conviveu muito pouco com ela. Dindinha faleceu em 1937 e ela havia nascido em 1929. O vovo Cista gostava que os filhos mantivessem os cabelos compridos. E a mae dele dizia que quando eles fossem na casa dela ela iria corta-los. Tia Oneida tinha medo de acontecer e o pai brigar com ela.

Mas, de concreto ela retirou de suas lembrancas alguns rasgos de memoria. Assim pude anotar o nome do casal e filhos:

JOAQUIM COELHO DE ANDRADE – JOAQUINA UMBELINA MARIA DA FONSECA, pais de:

01. Ercila Coelho de Andrade – Marcal de Magalhaes Barbalho
02. Carmelita Coelho de Andrade
03. Francisca Coelho de Andrade
04. Jose (Juca) Coelho de Andrade – Maria (Lica) Soares
05. Joaquim Coelho de Andrade – Maria

Contou-me que o tio JOAQUIM havia sido enterrado em Virginopolis e que fora o OZANAN quem providenciou o sepultamento. OZANAN, o filho mais novo dos meus avos paternos, nascera em 1936. Portanto, o falecimento se deu apos 1950. Essa informacao foi-me passada no sabado, dia em que retornei para Belo Horizonte, e quando nao tinhamos mais o cartorio para as devidas vericacoes. Mas eu proprio nao estava entusiasmado por essa busca por causa da falta de padronizacao de registros naquela epoca. Sabia que informaria no maximo quem haviam sido os pais dele e isso ja sabia.

Sabe-se que o JUCA e LICA foram pais de SALVIO e GETULIO. Este faleceu no manicomio. Era pai tambem da CLARISSE. Pessoa que justificava o nome. Clara, loira, dos olhos verdes. Contou-me a madrinha que era tambem um doce de pessoa. Boas palavras tenho ouvido de quem se recorda dela.

SALVIO foi o pai do DELMIRO que eh o pai da NEIDE ANDRADE. Esta tornou-se uma amiga que encontrei na internet e temos mantido contato. Foi pai tambem de ADALGISA, SAULO e outros.

Enquanto no Brasil e logo depois que retornei para os Estados Unidos os dados daquele ” atestado de enterro” continuaram martelando em minha mente. E a pergunta que nao se calava era quem era dona JOAQUINA COELHO DE ANDRADE, viuva de CASSIANO COELHO?!

Nao podia responder por mim mesmo. Mesmo assim fui elaborando algumas hipoteses:

01. Ela poderia ser uma irma mais velha do avo JOAQUIM COELHO DE ANDRADE. Isso me parecia conveniente porque imaginava: porque a Dindinha ERCILA havia nascido em 1862 calculava por alto que o pai dela deveria ter nascido em media uns 30 anos antes.

02. Poderia ser a mae do avo JOAQUIM. Por ela ter falecido em 1916, aos 90 anos, seria 36 anos mais velha que Dindinha ERCILA. As mulheres naquela epoca muito comumente casavam-se por volta dos 15-16 anos. Casando-se nessa idade poderia ter sido mae dele em torno de 1841. Ele poderia muito bem ter sido pai inclusive antes dos 20 anos.

03. O padre FELIX NATALICIO DE AGUIAR poderia ter se enganado e trocado o sobrenome dela pelo do marido. Assim, ela seria a nossa trisavo mesmo, com a inconveniencia de ter sido esposa de outro homem! Essa hipotese parecia ser a que tinha menos senso.

Sem saber mais onde procurar, corri `a internet. A ideia era procurar na genealogia do poeta CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE algum casamento de pessoas da familia dele com algum assinante COELHO. Pelo menos o “atestado de enterro” ja me dava um norte. Fosse quem dona JOAQUINA fosse as datas no obito evidenciavam que tinha que procurar da linhagem de bisavos dele para tras. Como ja estou acostumado, recorri primeiro ao geneaminas.com.br. Eles tem os mesmos dados que tenho anotados em casa, e eu estou na biblioteca, mas costumam ter mais alguns. Mas la estava:

FRANCISCO JOAQUIM DE ANDRADE – MARIA CANDIDA DA CUNHA ATAIDE, foram pais de:

01. 1793 Cassimiro Carlos da Cunha Andrade – Senhorinha dos Santos Alvarenga
02. 1798 Francisco de Paula Andrade – Joana Rosa Lage
03. Claudio Jose de Andrade
04. Manoel Arcanjo de Andrade
05. Constancia Maria de Andrade
06. Rosa da Cunha Andrade
07. MARIA CANDIDA DA CUNHA ANDRADE – FRANCISCO LUIZ MARTINS SILVA BRANDAO
08. Elisa Augusta de Andrade – Raimundo Martins da Costa
09. Elias de Paula Andrade Sobrinho

Francisco de Paula eh quem esta na linha de ascendencia do poeta.

Ha muito tempo elaborei uma hipotese de que o mais provavel fosse que uma mulher da familia ANDRADE houvesse casado com um homem da familia COELHO e isso explicaria o COELHO DE ANDRADE em nossa familia. Mas isso nao pode ser confundido com regra. Naquele tempo a adocao de sobrenomes nao tinha a mesma importancia que passou a ter posteriormente. Basta retornar ao inicio do capitulo 02 e verificar os nomes dos filhos do alferes MANUEL COELHO RODRIGUES. Cada filho escolhia os sobrenomes que queriam usar. E algumas vezes remontavam aos bisavos para sacramentar algum sobrenome que ja havia sido deixado de usar.

Foi entao que imaginei que a melhor possibilidade fosse o casal: MARIA CANDIDA e FRANCISCO LUIZ. Por causa do sobrenome SILVA BRANDAO imagino que possa ter sido descendente do MANUEL, muito provavelmente, do FRANCISCO COELHO DA SILVA BRANDAO, justamente aquele que o conego TRINDADE nao encontrou dados a tempo de publicar o livro: “VELHOS TRONCOS OUROPRETANOS”. Eh por isso que preciso mesmo encontrar o capitulo ROCHA BRANDAO, que deve estar revisado na colecao: “VELHOS TRONCOS MINEIROS”, por ser publicacao mais nova.

Mas o que de fato acrescenta `a Historia eh o fato de o casal postado no numero 07 surgir como pais do padre ANTONIO PINHEIRO BRANDAO DE SOUZA. Foi paroco em Sao Joao Evangelista e depois em Guanhaes onde, desde 1909, teve grande atividade. Fundou a CASA DE MISERICORDIA, salvo engano, atual HOSPITAL REGIONAL DE GUANHAES. Mas no site tem algo mais:

MARIA CANDIDA DA CUNHA ANDRADE – FRANCISCO LUIZ MARTINS SILVA BRANDAO, foram pais de:

01. Francisco Luiz Silva Andrade – Isabel Goncalves Couto
02. Antonio Pinheiro Brandao
03. Cassiana Luiz de Andrade – Irineu Pereira da Costa

O interessante aqui e salientar que alguns filhos do casal: FRANCISCO e ISABEL receberam o sobrenome LUIZ DE ANDRADE. Outro detalhe eh que o FRANCISCO LUIZ SILVA ANDRADE faleceu em BRAUNAS. Fica a poucos quilometros distante de VIRGINOPOLIS. Monsenhor ANTONIO BRANDAO faleceu em Diamantina, porem, a pedido de amigos, foi enterrado em GUANHAES, em 1957. E aqui posto o que encontrei na certidao de nascimento de meu sogro:

1932 Divino Luiz de Andrade – 1937 Geralda Francisca de Jesus, filho de:
Sebastiao (Tao Soares) Luiz de Andrade – Maria Vieira de Carvalho
Joaquim (Quinquim Soares) Soares de Andrade – Anna de Araujo e Silva.

Ha que observar-se que os dados no geneaminas nao devem estar inteiramente corretos. Isso por causa das datas de nascimentos dos irmaos de dona MARIA CANDIDA. Muito provavelmente ela nao teria sido mae do padre ANTONIO BRANDAO e ele ter falecido em 1957. No livro: “A MATA DO PECANHA, SUA HISTORIA E SUA GENTE” o professor DERMEVAL PIMENTA apresenta diversos dados biograficos dele. O Monselhor ANTONIO PINHEIRO BRANDAO, segundo o professor DERMEVAL PIMENTA, nasceu em 1861, no Distrito de MILHO VERDE, que ainda pertence `a Cidade do SERRO.

Pelos dados, dona MARIA CANDIDA deveria ter nascido depois de 1811, o que nao parece ser, para ser mae do Monsenhor PINHEIRO. Mesmo porque, no livro, o professor anota que o nome do pai dele era tambem ANTONIO PINHEIRO BRANDAO. O que tornaria mais provavel este ter se casado com uma filha do casal MARIA CANDIDA e FRANCISCO MARTINS BRANDAO, para serem os pais do monsenhor.

E nisso mora a importancia de se encontrar os dados corretos do padre PINHEIRO BRANDAO, mais facilmente via o documento “DE GENERE ET MORIBUS” na Arquidiocese de DIAMANTINA. Confirmar-se-ia ou negar-se-ia que ele foi mesmo membro da familia ANDRADE de ITABIRA. Caso se confirmasse, teriamos provas de que a familia espalhou-se naquela direcao. O que seria interessante como peca do quebra-cabecas, pois, outros ramos da familia ANDRADE como um todo procedem de la. Mais abaixo aponto alguns. Talvez isso confirme sermos todos de uma mesma familia proxima e nao ramo distinto que ja se encontrava no Brasil ou que teria vindo de Portugal em epocas diferentes.

Ha que observar-se aqui que no geneaminas.com.br ha uma inclusao indicando que QUINQUIM SOARES teria sido filho do casal MARIA CANDIDA e FRANCISCO BRANDAO. Acredito na possibilidade de ele ter sido neto por causa de o senhor TAO SOARES ter nascido na decada de 1890, e espera-se que o pai tenha nascido por volta de 30 anos antes. Ou seja, `a mesma epoca em que nasceu o Monsenhor. Precisamos afinar melhor os dados para chegarmos aos exatos.

A inclusao do ramo eh tambem corroborada por evidencia de a familia do Mons. BRANDAO ter tido falecidos em BRAUNAS. O que indica a extensao naquela area. O municipio de BRAUNAS fica numa antiga rota que segue o percurso do RIO SANTO ANTONIO. Esse grande rio da regiao passa por diversos locais, o que inclui FERROS, DORES DE GUANHAES, BRAUNAS e ACUCENA. Esse contorno que borda as fronteiras de GUANHAES e VIRGINOPOLIS tem influencia tambem em GONZAGA. Local de onde procede a familia da minha esposa, pelo lado SOARES DE ANDRADE.

Vem desse ultimo local tambem o JOAQUIM SOARES (QUINQUIM SOARES) DE OLIVEIRA. Esse foi o marido de tia VITA DE MAGALHAES BARBALHO, outra filha dos bisavos MARCAL e ERCILA. Pela semelhanca dos nomes, imagino que os dois QUINQUIM SOARES serao pelo menos primos. Assim, o que descobrir-se a respeito de um podera servir ao outro ramo da familia.

Outra evidencia a indicar a possibilidade de os ANDRADE de ITABIRA tenham se espalhado para misturar-se aos RODRIGUES COELHO em nossa regiao esta na HISTORIA. Nos anos entre 1820 a 1848 houve um surto de ouro em GUANHAES e VIRGINOPOLIS. Ali se encontraram as minas da CADONGA, do MEXIRICO e da LAVRINHA. E houve um rapido crescimento populacional devido `a atracao que isso provocou.

Terminado esse surto veio outro na area de DIAMANTINA, porem, da pedra preciosa que deu o nome ao local. O diamantes foram encontrados em grande quantidade a partir de 1720. Depois tornaram-se excassos. O novo surto envolveu as areas da Cidade do SERRO, como dos Distritos do MILHO VERDE e SAO GONCALO DO RIO DAS PEDRAS. Como o Monsenhor BRANDAO nasceu em MILHO VERDE, pode-se dizer onde os pais deles estavam.

Em seguida a promessa de desenvolvimento veio a ser uma saida da regiao para o mar. Os mineiros do NORTE DE MINAS se sentiam oprimidos desde os tempos coloniais, pois, eram obrigados a usar somente a ESTRADA REAL para buscar a mar, que era a grande avenida de comunicacao com o mundo. A partir do patriota TEOFILO OTONNI, as buscas por uma saida para o mar e mais terras ferteis para o cultivo e criacao, se intensificaram. Dai comecaram a surgir os novos assentamentos coloniais, entre os quais estao VIRGINOPOLIS, DIVINOLANDIA, ACUCENA, GONZAGA, SANTA EFIGENIA, COROACI, outros, e ate mesmo GOVERNADOR VALADARES. Antes disso essa ultima era apenas um posto avancado do exercito que o usava na repressao e reserva de indigenas mas nao era uma comunidade europeia organizada.

Uma evidencia menor eh a presenca do nome CASSIANO na familia de minha esposa. Acredito ter ouvido falar que ela tem um primo com esse nome. Mas nada se pode afirmar a esse respeito, pois, ha uma distancia temporal muito grande entre os antepassados e esse.

Retornando, porem, ao misterio de quem poderia ser dona JOAQUINA COELHO DE ANDRADE, apesar de nao ter como dizer com 100% de certeza, recordei-me de algo util. Quando descobri que nossos terceiravos se chamavam JOAQUIM COELHO DE ANDRADE e JOAQUINA UMBELINA DA FONSECA, expuz o fato, ha algum tempo atras, para informacao da parentalha na internet. A nossa prima JULIA ILCE CATAO, filha da tia OLGA DE MAGALHAES BARBALHO e FRANCISCO CATAO DE OLIVEIRA (tia OLGA era filha dos bisavos MARCAL e ERCILA), contou que a avo JOAQUINA havia falecido na casa da familia la em VIRGINOPOLIS.

Baseando-me nessa lembranca resolvi recorrer a ela. Pedi que confirmasse o que me contara antes, mas nao revelei nada a respeito do “atestado de enterro” que estava em minhas maos. Nao quis que ela soubesse porque sei que se colocamos na frente dados que a pessoa conhece de forma diferente isso pode provocar alguma confusao e as informacoes novas parecerem que ja estavam na lembranca da pessoa. Assim, ela poderia confirmar algo sem conhece-lo com certeza.

`A minha questao na pagina do Facebook dela, ILCE respondeu-me assim:

“Ola Valquirio,desde menina, nas conversas noturnas na cozinha de tia Tete, com mamae,tia Biloca, tios Marcial e Cista, Soli,,Alem da Filo e Vitoria, as historias de familia eram ali discorridas, e uma destas esta minha bisavo. Depois que ficou viuva, Dindinha a levou para morar com ela, so que ela quis um quarto independente, o qual foi preparado. Ficava entre a cozinha e a saleta de fora, sao dois quartos contiguos que tiveram as portas que se abriam para o salao, fechadas e a porta de entrada foi aberta para aquele corredor onde os cavalos entravam. Estou falando do espaco que havia entre a casa de tia Tete e a casa da Cidinha. A morte dela deve ter ocorrido entre 1908 a 1910, periodo em que mamae deixou de dormir com ela , a titulo de companhia. Me lembro que mamae dizia que ate +ou – , aos 10 anos de idade, desde os 5 anos ela dormia com a avo..Isto eu sei .Abracos.”

Respondi a ela em tom de brincadeira que era mentira. Nao disse que ela estivesse inventando alguma coisa. Apenas que quem havia falecido na casa devia ter sido a bisavo e nao a avo da mae dela. Isso porque eu havia encontrado o atestado de obito de uma JOAQUINA, cujo sobrenome nao era DA FONSECA. Procurei pelos possiveis obitos do JOAQUIM e da JOAQUINA, com o nome correto, e eles nao se encontravam nos registros de VIRGINOPOLIS. Portanto, julguei que os dois houvessem sido enterrados em DIVINOLANDIA, onde residiram ou na comunidade CORREGO DOS HONORIOS. Mas isso nao tinha como comprovar.

Mas a ILCE resolveu colaborar um pouco mais. Enviou-me via e-mail com mais esses dados:

“Valquirio, vou lhe repassar dados que eu tenho aqui oriundos de documentos e anotacoes em caderno de Dindinha. Ersila Coelho de Andrade (Dindinha), era filha de Joaquim Coelho de Andrade e de Joaquina Maria Umbelina da Fonseca, isto e: era minha bisavo e apos a morte de seu marido, meu bisavo, foi morar no chamado ” quartinho” independente, com entrada e saida para fora da casa de Dindinha, este tal quartinho eram dois quartoes que existiam em casa de tia Tete.

Cunha de Andrade e Ataide de Freitas eram bisavos de mamae pelo lado paterno de Dindinha; os bisavos de mamae , pelo lado materno de Dindinha, eram: Gomes de Alvarenga e Mecia de Andrade Melo. A sequencia prossegue seguindo o ritmo anterior: Fernao Alvarez e Tereza Novais de Andrade; Rui Freire de Andrade e Aldanca de Novaes. Os dois ultimos casais sao portugueses

Quanto a Joaquina Maria Umbelina da Fonseca, faleceu aproximadamente na data em que lhe falei ,pois mamae foi para o Colegio de Diamantina em 1911 e quando ela foi a bisa Maria Umbelina ja havia falecido. Abracos.”

Nao deu por essas informacoes chegar ao que desejo que eh identificar exatamente a nossa procedencia. No popular, como disse `a ILCE, quero dar nome aos bois. Nao nos informa ai a procedencia do COELHO. Embora eu saiba que o FREITAS muitas vezes acompanhava a nossa alcunha. Isso se da desde FERNAO COELHO, o primeiro senhor de FILGUEIRAS E VIEIRA e sua esposa, dona CATARINA DE FREITAS.

Ha que nos lembrarmos tambem que no livro “A MATA DO PECANHA, SUA HISTORIA E SUA GENTE”, o professor DERMEVAL relata a presenca do casal: capitao ILDEFONSO DA ROCHA FREITAS e dona MARIA COELHO DA SILVEIRA, nos primordios da colonizacao de SAO JOAO EVANGELISTA. Infelizmente ele nao deu enfase aos familiares do fundador daquela cidade mineira. Apenas mostra que diversos familiares do casal estavam presentes naquele tempo.

FERNAO ALVAREZ e TEREZA NOVAIS DE ANDRADE, estao na linha de ancestrais de PEDRO ALVARES CABRAL. Isso mesmo! O navegador que nao por acaso atracou nas costas do BRASIL que ha muito ja havia sido descoberto. Mas o que fazer?! Ele tomou posse e ficou conhecido como o descobridor.

Algo tambem interessante eh verificarmos que o mencionado RUI FREIRE DE ANDRADE tem o mesmo sobrenome do governador, general GOMES FREIRE DE ANDRADE, primeiro Conde de Bobadella, quem passou a primeira Carta de Sesmarias ao alegado nosso ancestral MANUEL RODRIGUES COELHO. Como ambos eram portugueses pode ai haver uma linhagem proxima de parentesco. GOMES FREIRE DE ANDRADE, porem, nasceu em 1685, segundo pesquisa que fiz ha algum tempo, o que o poria numa provavel linha da geracao de avos do RUI FREIRE DE ANDRADE. Se nao fosse o contrario.

Na internet temos informacoes de um casal, formado pelas pessoas: RUI FREIRE DE ANDRADE e ALDONCA DE MORAIS, procedente do seculo XIII, 1200s. Talvez as anotacoes da Dindinha ERCILA sejam retiradas de compendios que remontavam aos ancestrais mais distantes e nao propriamente a ancestrais imediatos dela. Referencia semelhante encontrei em relacao aos nomes GOMES DE ALVARENGA e MECIA DE ANDRADE MELO.

Talvez o caminho que nos aproxima do poeta seja o ALVARENGA. No numero 21, da genealogia do endereco abaixo, ha a nota de que dona ANA LUISA EMILIANA DE ALVARENGA nasceu em GUANHAES. Informacao que tenho por duvidosa. Isso porque ela esta na linha de terceiravos do poeta. E GUANHAES surgiu por volta de 1819, quando os bisavos do poeta ja deveriam ser casados. Contudo, a familia ALVARENGA ja se encontrava na regiao, porem, se espalhando a partir de SAO GONCALO DO RIO ABAIXO, que fica mais proxima de MORRO DO PILAR, onde o professor NELSON DE SENNA localiza a multiplicacao da familia COELHO, antes de dirigir-se para GUANHAES.

Para tentar fechar a questao, perguntei `a ILCE se ela sabia onde o corpo havia sido enterrado, ao que me respondeu:

“Oi Valquirio, ela foi enterrada em Virginopolis no antigo cemiterio que se localizava onde e hoje o super mercado do Joao da Luiza da tia Biloca. Abracos.”

Muita gente em VIRGINOPOLIS nao sabe mas onde se localiza a atual rodoviaria esteve a primeira Igreja. Era uma construacao de madeira e adobe. E o cemiterio era onde hoje estao os quintais das casas vizinhas, da Rua Sao Jose. Entre elas aquela que fora moradia da tia Biloca (ABILA PATROCINIO DE MAGALHAES), a filha mais nova dos bisavos MARCAL e ERCILA.

Perante aos dados que a ILCE passou-me e mais uma analise apressada que fiz no endereco: http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=189&cat=Ensaios, penso que sejamos aparentados do poeta CARLOS DRUMMOND, porem, um pouco mais distantes que imaginava. Preciso fazer uma analise mais detalhada para certificar-me. Se verificar-se no numero 21 na sequencia de ancestrais do poeta veremos que os sobrenomes FREIRE e ALVARENGA aparecem, alem do ANDRADE. Mas eh preciso conciliar-se melhor porque os nomes mencionados nas anotacoes passadas pela ILCE nao se repetem na postagem da USINA DE LETRAS.

Indaguei ainda da ILCE se ela tinha informacao de que Dindinha ERCILA fora aparentada de algum padre em Guanhaes. Nao citei o nome com o proposito. Mas ela nao respondeu a essa questao.

A casa antiga, `a qual ILCE mencionou, foi onde vivi ate aos meus 18 anos de idade. Era um verdadeiro “mundel”, como minha mae costumava falar. O assoalho parecia um toboga, cheio de altos e baixos por causa do empenado do assoalho. Os quartos mencionados foram derrubados por volta de 1975. Ficaram algumas dependencias frontais com a rua. Em 1977 papai construiu nossa casa sobre o que havia sido derrubado.

Assim a casa nova ficou bem distanciada da beirada da rua. Sempre nos incomodou a disposicao antiga onde o quartos eram separados da rua apenas pela parede da frente e suas janelas. Todo e qualquer barulho noturno incomodava o nosso sono. Em 1978 a construcao foi completada e a derrubada da antiga concluida.

Tia Tete (PHILOTEIA DE MAGALHAES BARBALHO) foi filha dos bisavos MARCAL e ERCILA. Era solteirona. PHILOMENA, a Philo, era uma afrobrasileira que dizia-se ter sido escrava. Era uma pessoa bonissima. Alem de dizermos que era a unica das moradoras que possuia algum juizo. Ja a VITORIA era outra moca que foi protegida da Dindinha ERCILA. Nunca se mencionou algum parentesco dela conosco. Mas era clara, com os mesmos olhos verdes dos COELHO DE ANDRADE. Nao era doida como diziam. Era retraida no mundo dela mas comunicava-se com as pessoas com quem era familiarizada.

“Soli” (ELIEZER DE MAGALHAES) era meu tiavo materno, sobrinho do bisavo MARCAL e filho dos meus bisavos CANDIDA DE MAGALHAES BARBALHO e JOAO BATISTA DE MAGALHAES.

Um grande problema em ser mais exato em relacao aos dados eh o fato de nao ter encontrado informacoes, via internet, de todos os conjuges dos tiobisavos do poeta CARLOS DRUMMOND: CLAUDIO, MANOEL, CONSTANCIA, ROSA e ELIAS poderiam muito bem ter se casado com alguem cuja assinatura fosse COELHO e deles podemos descender.

Entre as familias ANDRADE que conhecemos e todas com raizes em DIAMANTINA temos:

01. JOAO BENTO DE ANDRADE, deixou a sequencia:

Joao Bento de Andrade – ?
1822 Joaquim Bento de Andrade – Joanita Andrade
Joaquim Bento de Andrade Junior – Joaquina Augusta Dias de Andrade
1867 Joaquim Bento de Andrade Neto – Josefina Augusta Chaves
Ascendino Chaves de Andrade – 1896 Ondina Pimenta.

Essa sequencia esta no livro do professor DERMEVAL e se trada da familia ANDRADE que se radicou em Sao Joao Evangelista. JOAQUIM BENTO JUNIOR era conhecido pelo apelido de QUINCOTE. Era muito conhecido na regiao. Esse ramo da familia ANDRADE misturou-se com nossos familiares das familias PIMENTA VAZ BARBALHO, PEREIRA DO AMARAL e BORGES MONTEIRO.

02. PROFESSOR FRANCISCO DIAS DE ANDRADE

Ouvi dizer que ele vivia em DIAMANTINA, onde havia nascido e isso atestado no livro da filha dele, professora FILOMENA ANDRADE, conhecida como D. NEGRA, e passava dificuldades financeiras. `A mesma epoca o bisavo MARCAL DE MAGALHAES BARBALHO era o representante da PAROQUIA DE NOSSA SENHORA DO PATROCINIO DE GUANHAES. Esse era o nome politico e eclesiastico da futura Cidade de VIRGINOPOLIS, junto `a Camara Municipal de Guanhaes. Tendo essa oportunidade, MARCAL ofereceu as condicoes para que a familia vivesse no entao Arraial e nele fizesse escola.

O professor FRANCISCO DIAS DE ANDRADE tornou-se importante figura na educacao, que honra o nome dele em rua e unidade escolar. Foi casado duas vezes: a primeira com a professora dona CELESTINA CRISTINA DE SOUZA e a segunda com dona ANA MARIA DE ANDRADE. Alguns filhos deixaram numerosa descendencia local, atualmente misturada com a Familia COELHO e suas associadas.

03. Mas parece-nos que o que menos se espera acontece. Vejamos aqui alguns dados interessantes da Familia de JOAO COELHO DE MAGALHAES, o bisavo do professor NELSON COELHO DE SENNA. Ele foi casado com sua prima carnal, dona BEBIANA LOURENCA DE ARAUJO.

JOAO COELHO DE MAGALHAES – BEBIANA LOURENCA DE ARAUJO, foram pais de:

01. Joao Coelho de Araujo – Anna Rocha
02. Joaquim Coelho de Araujo – Maria Coelho de Souza
03. CASSIANO COELHO DE ARAUJO – JOAQUINA SIMPLICIANA
04. 1828 EMILIA BRASILINA COELHO DA ROCHA – JOSE COELHO DA ROCHA RIBEIRO
05. 1829 Euphrasia Coelho de Araujo – Jose de Queiroz
06. 1835 Maria Eugenia (Mana) Coelho – 1as. Duarte Bastos de Carvalho, 2as., Jose Felicio Leao

Acredito que o professor NELSON COELHO DE SENNA cometeu um pequeno engano, pois, narra que o bisavo dele, JOAO, havia se casado em 1804, com 19 anos de idade. Eh possivel que ele interpretou mal os rabiscos nos documentos que verificou, pois, apesar de nada dizer a respeito das datas de nascimento dos filhos, as mulheres nasceram muito depois, embora ele relate que houveram apenas 6 filhos. Ha margem ai para que a data do casamento tenha se dado em 1824, quando “tio” JOAO ja estava com 39 anos. Depois ele viveu ate 1879 e faleceu no dia que completaria 94 anos.

O professor NELSON quase nao descreve a formacao da familia deste bisavo dele. Aborda mais aquele ramo deixado por EMILIA BRASILINA que foi a avo materna dele. Dos homens pouco fala alem de dizer que todos haviam se mudado para DIAMANTINA, por la se casado, tido familias e que foram mineradores de diamantes. Quem se ocupar de ler todo o livro entendera a dificuldade. O livro data de 1939, epoca em que o professor estava passando por diversas dificuldades, inclusive o falecimento da esposa, dona EMILIA GENTIL GOMES CANDIDO DE SENNA.

Em relacao ao CASSIANO, por exemplo, ele foi bem laconico:

“3o. CASSIANO COELHO DE ARAUJO (que foi de Sao Miguel de Guanhaes, como seus precedentes irmaos, para Diamantina, antigo Arraial do Tejuco, e la se casou com Dona JOAQUINA SIMPLICIANA, indo viver nas Lavras de ITAIPABA, onde morreu, deixando descendentes).”

Senna, Nelson Coelho de; “ALGUMAS NOTAS GENEALOGICAS”, 1939, EMPREZAGRAPHICA DA “REVISTA DOS TRIBUNAIS”, Sao Paulo.

Parece que aqui chegamos a um encontro que sera dificil de negar haver alguma ligacao. Qual a probabilidade de dois homens, provavelmente de idades semelhantes, chamados CASSIANO COELHO, terem se casado com mulheres que se chamavam JOAQUINA, e entrarem na mesma familia?! Claro que a coincidencia pode ser possivel, embora acredito ser improvavel.

Neste caso estou inclinado a concluir que o COELHO do ramo COELHO DE ANDRADE em nossa familia procede deste CASSIANO. E ha que se pensar, procura-se longe aquilo que se encontra dentro da propria casa! A mencao a que fossemos parentes do poeta CARLOS DRUMMOND sempre desviou o sentido das pesquisas para o lado de ITABIRA.

Segundo nossas tradicoes, “o bisavo MARCAL estaria viajando entre GUANHAES e ITABIRA e encantara-se com os olhos verdes da menina ERCILA. O pai dela enfrentava dificuldades, com um numero grande de bocas para tratar. Entao, entraram num acordo, a menina seria mandada para estudar em DIAMANTINA com a promessa de casamento quando formasse.” Agora, se a hipotese de que o terceiravo JOAQUIM COELHO DE ANDRADE for filho do CASSIANO COELHO e dona JOAQUINA COELHO DE ANDRADE, na verdade JOAQUINA SIMPLICIANA, talvez, DE ANDRADE, se concretizar, veremos que essa tradicao nao passava de mitologia, para distrair a criancada.

Duas irmas do CASSIANO, EUPHRASIA e EMILIA BRASILINA faleceram novas. Antes do falecimento do pai delas. MARIA EUGENIA faleceu mais tarde mas nao foi tao longe. Dos outros nao sabemos. O provavel eh que o CASSIANO tambem nao tenha durado mais que as irmas. O terceiravo JOAQUIM devera ter sido o primeiro filho. Assim, quando o JOAO COELHO DE MAGALHAES faleceu, em 1879, pode ter sido ele que foi tomar posse da heranca.

Segundo o professor NELSON DE SENNA, os tres filhos foram para DIAMANTINA, onde foram mineradores de diamantes. No ALMANAK DA PROVINCIA DE MINAS GERAIS, produzido em 1872 para ser usado em 1873, encontra-se o JOAQUIM COELHO DE ARAUJO na relacao de mineradores. JOAO e CASSIANO nao aparecem. Talvez ja fossem falecidos, dai nao se ouvir mais falar deles.

Se o trisavo JOAQUIM COELHO DE ANDRADE tiver sido o primeiro filho do CASSIANO, muito provavelmente tera encabecado a familia e por essa epoca teria muitos irmaos e alguns filhos para tomar conta. Em 1879 alguns dos irmaos ja estariam chegando `a idade de tambem tomar posse de suas herancas.

Este foi o ano em que Dindinha ERCILA e bisavo MARCAL se casaram. O que deve ter prontificado o genro a ajudar o sogro a buscar terras onde estava se ampliando a colonizacao. Mais precisamente, o CORREGO DOS HONORIOS, entre DIVINOLANDIA e GONZAGA. O corrego veio a tomar esse nome por causa do apelido HONORIO, da familia como um todo.

Vai-se contra a tradicao que afirma que o casal MARCAL e ERCILA se conheceu ao acaso, por causa de alguma viagem dele, passando por algum lugar entre GUANHAES e ITABIRA. Muito provavelmente ja eram primos e sabiam disso. Embora o grau nao fosse tao proximo. A avo EUGENIA MARIA DA CRUZ era prima em primeiro grau do CASSIANO. Se este foi o pai do trisavo JOAQUIM HONORIO, entao, ele era primo em terceiro grau do bisavo MARCAL. Este seria primo em quarto grau da Dindinha ERCILA.

E sao essas coisas que me fascinam e ao mesmo tempo me apavoram na genealogia. Talvez essa informacao por ser tratada com tanta naturalidade pelos mais antigos tenha ficado escondida de todos nos. Provavelmente haveria uma mencao ao CASSIANO, porem, seria pouco lembrado porque havia falecido ha muito tempo atras. Em 1909 o bisavo MARCAL faleceu, os pais eram falecidos e era pouco o contado de alguns mais antigos com o ramo da familia que nao morava em VIRGINOPOLIS.

Claro, nao vamos aqui ja dar o caso por encerrado. Essas conjecturas sao apenas hipoteticas. Pode ate ser que a viuva do CASSIANO tenha sido enterrada em VIRGINOPOLIS sem ter esse parentesco tao proximo conosco. Talvez ela tenha passado a viver nas proximidades por assumir a heranca que foi do marido, embora nao tenhamos anotacoes de descendentes deles ja que o professor NELSON nao se ocupou deles `a epoca, em 1939.

Pelas declaracoes da ILCE, realmente temos duas JOAQUINAS na familia. A JOAQUINA SIMPLICIANA e a JOAQUINA UMBELINA. Sendo que a nossa trisavo UMBELINA faleceu antes de 1910. Tia OLGA nasceu em 1898, portanto, conviveu com a avo a partir de 1903. Penso apenas que haja um engano nas lembrancas de nossa prima em relacao ao enterro em VIRGINOPOLIS. Como nao encontrei o “atestado de enterro” nem do avo JOAQUIM nem o da avo UMBELINA, acredito que os dois tenham sido enterrados em DIVINOLANDIA.

Nesse caso depende-se de interpretacao. O trisavo JOAQUIM faleceu antes. Deve ter sido enterrado onde vivia e a maioria dos parentes o acompanhavam. A viuva foi levada para a casa da filha mais velha. Isso era convencional. Mas havia o costume de enterrar-se os conjuges na mesma cova. Entao, nao seria dificil transportar o corpo para DIVINOLANDIA. O que era feito a pe mesmo. Eram apenas uma duzia de quilometros.

JOAQUINA COELHO DE ANDRADE, se foi a mae do JOAQUIM COELHO DE ANDRADE, deve tambem ter ido pois que senao nao haveria a necessidade de ocupar-se dois quartos do antigo casarao. Ela deveria estar sob os cuidados do filho mais velho que agora tambem ja era falecido. Talvez tivesse casa propria. O certo eh que ela possui “atestado de enterro”, entao, nao se pode negar que foi enterrada em VIRGINOPOLIS. Podem talvez terem esquecido de anotar o enterro da avo UMBELINA. Acontecia. Mas para certificarmos disso haveria que verificar-se se nao o existe em DIVINOLANDIA. Encontrando-se la, estarao desfeitas as duvidas.

Uma outra interpretacao, que ate penso ser um pouco mais logica, sera a possibilidade de tanto a prima ILCE quanto o padre FELIX terem cometido algum engano. Isso porque ela cre que nossa ancestral JOAQUINA UMBELINA DA FONSECA tenha falecido antes de 1910. Mas a pessoa identificada como JOAQUINA COELHO DE ANDRADE pode ser ela mesma. O padre FELIX poderia ter apenas deduzido que esse fosse o sobrenome dela porque era o sobrenome da Dindinha ERCILA. Era comum as filhas adotarem os mesmos sobrenomes das maes em contrario ao dos pais. Afinal, apos o casamento elas iriam “pertencer” aos maridos, como mandava a cultura machocentrica da epoca.

Outro engano que o padre FELIX pode ter cometido eh ter trocado o nome do homem do qual ela era viuva. Talvez ele tenha confundido e trocado pois ela seria viuva de JOAQUIM COELHO DE ANDRADE, filho este de CASSIANO COELHO. Isso nos conduz `a hipotese de que em 1862, quando a Dindinha ERCILA nasceu, ela seria uma dos ultimos filhos da trisavo JOAQUINA, pois essa estaria com 38 anos. Tambem significa dizer que ela poderia ter tido filhos a partir dos anos 1840.

Se assim o foi, isso pode levar-nos a outra possibilidade. A de que o JOSE (JUCA) COELHO DE ANDRADE ter nascido por essa epoca e ter sido um dos irmaos mais velhos. Neste caso, como ele foi casado com MARIA (ZICA) SOARES, eles poderiam ter sido os pais do JOAQUIM (QUINQUIM SOARES) SOARES DE ANDRADE, o bisavo de minha esposa. Para isso tambem seria necessario que o professor NELSON COELHO DE SENNA estivesse correto em dizer que o bisavo dele casou-se em 1904.

Neste caso, o filho CASSIANO COELHO DE ARAUJO poderia ter sido o filho mais velho, ja que nao temos as datas dos nascimentos dos tres homens. Assim ele poderia ter, como o pai, casado-se novo, por volta dos 20 anos, e ter sido pai do avo JOAQUIM COELHO DE ANDRADE, que teria nascido por volta de 1825. Aquele QUINQUIM SOARES, contudo, pode ter sido filho de alguma irma do trisavo JOAQUIM, ou mesmo de uma filha dele, com marido assinante SOARES. Infelizmente so podemos especular essas coisas por enquanto ja que nao possuimos nem datas nem melhores informacoes.

Nos podemos ter nao maximo 8 bisavos. E 8 eh o numero que os filhos da casa de meus pais possuem mesmo. Na falta de outra opcao, sempre consolei-me com a ideia de que tinhamos pelo menos 2 que nao fossem COELHO DE MAGALHAES (ou RODRIGUES COELHO). Do ponto de vista de variabilidade genetica seria melhor que os ancestrais mais proximos nao fossem parentes entre eles mesmos.
Pensava que os bisavos Dindinha ERCILA e tio JOAOZINHO teriam algo diferente a acrescentar `a nossa genetica. Mas se a suposicao de que ela tenha o COELHO por parte do FRANCISCO LUIZ MARTINS DA SILVA BRANDAO e por parte do CASSIANO, nao fara diferenca alguma por o primeiro garantir-nos um pouquinho de variabilidade. Talvez possamos chamar a isso: “matar 2 COELHO com uma so cajadada!” Apesar de ser DE MAGALHAES BARBALHO, pode ser que o tio JOAOZINHO seja a nossa unica tabua de salvacao!
Eh facil compreender o porque de a Dindinha ERCILA ter mencionado nomes de fundadores dos ramos familiares como sendo os ancestrais dela. Isso era uma tradicao dos antigos. Na organizacao social medieval, que perdurou durante o Brasil colonial, mandava que os titulos e privilegios dos pais fossem passados aos primogenitos. Assim, `a medida que a descendencia ia se multiplicando, nao restava `aqueles que estavam ficando para tras lembrar-se em suas tradicoes de nomes de antepassados remotos.
Acontece que apos 600 anos que algum renomado de cada assinatura tivesse falecido, a probabilidade era a de que fosse ancestral de toda a populacao de paises pequenos como PORTUGAL. Basta contarmos 3 geracoes por seculo e multiplicar 5 (filhos possiveis que se casaram e tiveram filhos em cada geracao) elevado `a potencia 18. Ou seja: 5 filhos: 25 netos; 125 bisnetos; e assim por diante. No final, a descendencia sera tanta que podera ser maior que a populacao do proprio pais.
Nisso, as chances de todos descenderem dos mesmos ancestrais nao passa por uma questao duvidosa do se. Passa pela pergunta do como. Normalmente as pessoas que assinam o mesmo sobrenome de algum antepassado o fazem porque o receberam por uma linhagem masculina predominante. A maioria das outras pessoas descendem das mesmas pessoas, porem, assinam outros sobrenomes por provirem de outra linhagem onde um sobrenome diferente tornou-se predominante.
Em nosso caso particular sabermos ter ancestrais COELHO de todos os lados. Contudo, a linhagem masculina predominante na casa de nossos pais eh o BARBALHO. Dai nao assinamos o primeiro e ficamos restritos ao segundo.
Mas a tendencia da genealogia atual eh buscar a ascendencia de forma mais cientifica. Isso quer dizer que nao importa que se julga ser descendente de algum personagem eminente da mesma assinatura que possuimos. Importa mesmo eh levantar os dados de ancestrais de cada geracao anterior `a nossa. Assim vamos saber se somos mesmo descendentes de quem pensamos que somos, como o elemento superior de nos inteirarmos de como o somos.

No ALMANAK DA PROVINCIA DE MINAS GERAIS, de 1872, existem varios CASSIANOS que foram listados como fazendeiros do MUNICIPIO DO SERRO. Isso demonstra que o nome era comum. Porem, um em particular chamou-me a atencao. Tratava-se de CASSIANO RODRIGUES DE ANDRADE. Parece que teve um irmao, na mesma lista, BALDUINO RODRIGUES DE ANDRADE. Talvez sejam filhos do CASSIANO COELHO DE ARAUJO. Mas somente pesquisas mais detalhadas irao informar isso.

Nao posso ir agora mesmo fazer essas verificacoes. E se o pudesse, logo apos ir a DIVINOLANDIA, dirigir-me-ia a DIAMANTINA. La buscaria os documentos:

01. “DE GENERE ET MORIBUS” do padre POLICARPO JOSE BARBALHO
02. “DE GENERE ET MORIBUS” do Monsenhor ANTONIO PINHEIRO BRANDAO DE SOUZA
03. “DE GENERE ET MORIBUS” do bispo D. MANUEL NUNES COELHO
04. REGISTRO DE CASAMENTO do casal CASSIANO e JOAQUINA SIMPLICIANA
05. REGISTRO DE CASAMENTO do casal JOAQUIM e JOAQUINA UMBELINA
06. REGISTRO DE CASAMENTO do casal MARIA JOAQUINA COELHO e AUGUSTO ELIAS KUBITSCHEK. Esse ultimo seria para esclarecer a duvida a respeito de quem sao os pais dela, pois, pode ser filha de um dos tres casais que foram para DIAMANTINA. Ela foi a avo do JUSCELINO KUBITSCHEK, mae de dona JULIA KUBITSCHEK.
07. REGISTRO DE CASAMENTOS do professor FRANCISCO DIAS DE ANDRADE (o primeiro ou o segundo, apenas para verificar se seriamos aparentados dele, antes de os filhos terem se casado na familia).

08. REGISTRO  DE CASAMENTO de JOAQUIM BENTO DE ANDRADE e JOANITA ANDRADE.
09. Em DIAMANTINA ou outro lugar na regiao o REGISTRO DE CASAMENTO dos bisavos de minha esposa: JOAQUIM SOARES DE ANDRADE e ANNA DE ARAUJO E SILVA.

Essa soma de documentos poderia, talvez, decifrar outras coisas mas o poderia colocar os ANDRADE da regiao numa mesma raiz. Quem sabe, todos vinculados aquela raiz que chega tambem ao CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE.

Esse ultimo seria fundamental para meus filhos, pois, pode ate ser que o JOAQUIM SOARES DE ANDRADE fosse neto do CASSIANO e JOAQUINA SIMPLICIANA.

E aqui estao algumas das razoes da minha fascinacao e apavoramento. Quando casei-me tinha apenas uma desconfianca de que tivesse casado com uma prima distante. Agora a distancia nao parece ser tanta. Alem de podermos ser parentes pelo lado ANDRADE, talvez entrarao tambem o COELHO, o ARAUJO e, pelo lado materno dela, o FONSECA.

Obviamente, cada um daqueles documentos teria sua funcao propria de solucionar alguma questao em nossa genealogia. Mesmo que o CASSIANO COELHO, marido falecido de dona JOAQUINA COELHO DE ANDRADE, nao fosse o nosso parente, pode ser que nao estejamos de todo fora do fisgo desse anzol.

 

Isso se da porque nosso  ancestral MANUEL RODRIGUES COELHO pode ter deixado muitos filhos. Alem deles, sabemos apenas que o ancestral JOSE COELHO DE MAGALHAES, marido da pentavo EUGENIA RODRIGUES DA ROCHA, teve antes a esposa ESCOLASTICA DE MAGALHAES e outros filhos dos quais nao temos anotacao alguma. Se eles se espalharam pela regiao como nos informa o professor NELSON DE SENNA, teremos a certeza que desse mato tiraremos muito mais COELHO do que possa imaginar a nossa va filosofia!

Eu ja estava comemorando a possibilidade de o nosso COELHO DE ANDRADE proceder do FRANCISCO LUIZ MARTINS DA SILVA BRANDAO e MARIA CANDIDA DA CUNHA ANDRADE. Isso nos daria pelo menos um pouco de variabilidade genetica ja que ele pode descender do MANUEL COELHO RODRIGUES e talvez nao do MANUEL RODRIGUES COELHO. O provavel sera que o COELHO sera o mesmo. O lado COELHO BRANDAO vem direto dos senhores de FELGUEIRAS E VIEIRA, fonte comum de todos os COELHO.

O RODRIGUES COELHO, sendo o mesmo do BENTO RODRIGUES COELHO teria uma fonte remota de COELHO, em D. MARIA COELHO, segundo o DOCUMENTO 02. Ela deve proceder dos mesmos COELHO, com a diferenca de ter entrado em uma familia um pouco melhor misturada. No minimo sera irma, filha, prima ou sobrinha dos senhores de FILGUEIRAS E VIEIRA. Isso faz-me lembrar que minha esposa descende dos VIEIRA. Meu Deus! O globo nao passa mesmo de uma aldeia minuscula.

Talvez essas relacoes todas esclarecam melhor algo que ouvi de meu pai. Ele contou que quando o avo CISTA (TRAJANO DE MAGALHAES BARBALHO) comprou a FAZENDA BOM JARDIM, contraiu uma divida enorme com um tempo relativamente curto para paga-la. Os adversarios politicos eram interessados que ele perdesse a posse, e essa razao os ajudava. Eles eram membros da mesma familia RODRIGUES COELHO mas tinham essa richa por serem de partidos adversarios.

Papai disse que quem emprestou o dinheiro para quitar a divida em tempo com os donos anteriores da fazenda foi o professor NELSON COELHO DE SENNA. Algo inesperado para mim, pois, o partido do vovo CISTA era menos influente, enquanto o da outra parte da familia era mais. o professor NELSON parecia ser igualmente parente de ambos. Mas se o CASSIANO tiver sido o pai do terceiravo JOAQUIM, entao, vovo CISTA e professor NELSON seriam primos em terceiro grau, o que tornava o apoio melhor apropriado.

Creio que o dinheiro nao tera procedido do professor NELSON. Mas eh certo que os contatos dele eram maiores.

Quem podera ter emprestado o dinheiro ao vovo CISTA, com o intermedio do professor COELHO DE SENNA, pode ter sido o genro deste, o senhor RONAN RODRIGUES BORGES. Figura que foi da sociedade de UBERABA, foi banqueiro e mudou-se para o RIO DE JANEIRO. E la ajudou a criar os netos do professor SENNA. A situacao ocorreu assim, comecando pela mae do professor:

MARIA BRASILINA COELHO DE SENNA – CANDIDO JOSE DE SENNA, pais de:

01. Dr. Nelson Coelho de Senna – Emilia Gentil Gomes Candido de Senna, pais de:

1.a Dr. Mucio Emilio de Senna – Sylvia Amelia Alvim de Mello Franco, pais de:

1.a.1 Sylvia Emilia de M. F. Senna – Paulo Argemiro Hungria da Silva Machado, pais de:

1.a.1.1 Theodoro Hungria da Silva Machado – Maria Gabriela de Orleans e Braganca, princesa do Brasil
1.a.1.2 Silvia Amelia Hungria da Silva Machado – D. Afonso Duarte, principe de Orleans e Braganca

Se o Brasil ainda fosse monarquia, nossa familia seria uma das muitas que teriam os beneficios de ser proximas de suas magestades! O triste da Historia da familia do professor NELSON COELHO DE SENNA foi que ele foi o unico dos filhos de MARIA BRASILINA que chegou `a fase adulta. Os outros faleceram quando eram criancas. A nora Sylvia Amelia faleceu em 09.05.1934. O filho Mucio Emilio faleceu em 17.12.1938. E dona Emilia Gentil faleceu em 20.08.1939. No mesmo ano que ele publicava o livro genealogico da familia.

Sylvia Emilia teve um irmao chamado Francisco Cesario. Orfaos foram adotados pelos tios MARIA EMILIA DE SENNA e RONAN RODRIGUES BORGES. Eles educaram as criancas no RIO DE JANEIRO. E hoje a familia reside em PETROPOLIS. PAULO ARGEMIRO descende de um de dois irmaos hungaros que migraram para o Brasil durante o seculo XIX. Um multiplicou a familia no Estado de SAO PAULO. O segundo em MINAS GERAIS, mais precisamente na area de JUIZ DE FORA. Deste descende os atuais principes do BRASIL.

NAO POSSO ESQUECER TAMBEM DOS DOCUMENTOS E VISITAS A GUANHAES, CONCEICAO DO MATO DENTRO, SERRO E OURO PRETO:

10. Registro de casamento dos terceiravos: FRANCISCO MARCAL BARBALHO  e EUGENIA MARIA DA CRUZ
11. Registro de casamento dos bisavos: MARCAL DE MAGALHAES BARBALHO e ERCILA COELHO DE ANDRADE
12. Registro de casamento dos bisavos: JOAO BATISTA DE MAGALHAES e CANDIDA DE MAGALHAES BARBALHO
13. Inventario e Testamento do JOSE COELHO DE MAGALHAES e EUGENIA RODRIGUES ROCHA (em CONCEICAO DO MATO DENTRO,  o obito tambem deve estar la e devera revelar o nome do pai).
14. Registro de casamento dos quintavos: JOSE VAZ BARBALHO e ANNA JOAQUINA MARIA DE SAO JOSE
15. Em OURO PRETO, visitar a CASA DOS CONTOS para ver se encontra Inventario e Testamento do MANUEL RODRIGUES COELHO
16. Inventario e Testamento de JOAO COELHO DE MAGALHAES
17. Inventario e Testamento de ANNA MARIA COELHO (NHANINHA) Segundo os inventarios do alferes LUIZ ANTONIO PINTO, os dois ultimos documentos encontram-se no SERRO.
18. Registro de casamento, de 1732, dos ancestrais MANUEL VAZ BARBALHO e JOSEPHA PIMENTA DE SOUZA
19. Registro de casamento dos tios (quartavos): JOAO COELHO DE MAGALHAES e BEBIANA LOURENCA DE ARAUJO
20. Inventario e Testamento dos quintavos: ANTONIO JOSE MONIZ e MANUELA DO ESPIRITO SANTO (pais da LUIZA MARIA DO ESPIRITO SANTO)
21. Pelo menos o capitulo “ROCHA BRANDAO” dos livros do conego TRINDADE. Somente posteriormente recordei que nos somos DA ROCHA e nele pode encaixar-se a pentavo EUGENIA.
22. Em ITABIRA, tentar localizar documento que identifique a paternidade do MODESTO JOSE BARBALHO para saber como ele se encaixa em nossa Arvore Genealogica.
23. Qualquer outro documento que nos leve aos ancestrais de nossa ancestral GENOVEVA NUNES FILGUEIRAS.
24. Buscar os INVENTARIOS e TESTAMENTO do FRANCISCO JOAQUIM DE ANDRADE, em CAETE, ITABIRA, SABARA, OURO PRETO, CONCEICAO DO MATO DENTRO ou SERRO. Como ja temos os nomes dos conjuges dos filhos dele eh interessante saber de qual familia ele procede, pois, talvez descendamos de algum irmao dele.

Isso e tudo o mais que estes indicarem que precisamos obter para complementa-los.

Aqui esta um grande problema. Localizar, tentar ler e traduzir pode demandar tanto tempo que fica quase impossivel ser feito por uma unica pessoa sem ter tempo e financas exclusivos dedicados ao trabalho. Por outro lado, toda essa documentacao eh unica e corre serio risco de deterioracao e nao poder mais ser feita uma pesquisa que responda nossas questoes mais prementes.

Penso que o governo de MINAS GERAIS faria um grande favor `a populacao mineira promovendo a catalogacao, traducao e apostilacao de todos os documentos antigos. Os documentos traduzidos poderiam ser arquivados em uma biblioteca unica no estado e em regionais. Assim, mesmo que por algum acidente, ou crime, como o que aconteceu no DISTRITO DE BENTO RODRIGUES em MARIANA alguma coisa seja destruida, as informacoes seriam preservadas em outro lugar.

Eh fundamental preservar-se tais informacoes porque no futuro elas terao mais utilidade `a medida que a descendencia de nossos ancestrais se multiplica e se espalha pelo mundo. PORTUGAL ja deu um grande passo `a frente nessa empreitada. La os documentos legiveis tem sido scaneados e publicados em sites apropriados na internet. Isso nao apenas facilita o trabalho dos interessados. Isso incentiva aos iniciantes a pesquisarem por um meio que a condicao economica nao se contrapoe a ela.

Os dividendos dessa atitude sao enormes. Isso porque mais pessoas interessadas podem contribuir melhor com a preservacao dos originais. Alem disso, os mesmos interessados que descobrem os caminhos por onde seus ancestrais percorreram terao o incentivo de visitar os locais. O que eh uma otima forma de incentivar o turismo que se torna fonte de renda e oportunidade de emprego mais muitos que atualmente estao necessitados.

Importante lembrar da possibilidade de dona JOAQUINA COELHO DE ANDRADE ter sido irma e nao mae do trisavo JOAQUIM COELHO DE ANDRADE. Neste caso a situacao nao muda tanto de figura ja que ela se tornaria tiavo afim do professor NELSON DE SENNA e quase todas as outras consequencias seriam semelhantes.

 
Fiz essas notas genealogicas com o intuito de mante-las comigo mesmo. Na verdade, por nao ser a pessoa mais organizada do universo e fazer minhas anotacoes em montes de papeis dispersos, tomei a decisao de juntar o que possuo e o que especulo num lugar so. Nao sei quando encontrarei oportunidade de aprofundar minhas pesquisas na area discutida. Assim o faco para nao perder de vista o que ja encontrei. Quando precisar retormar as pesquisas saberei onde minhas notas serao encontradas.
 

Compartilho-as com meus familiares para que possam usa-las como orientacao caso se sintam impulsionados a ajudar-nos a decifrar nossos misterios. O mesmo o faco em relacao a pesquisadores de genealogia outros que nao os da propria familia. Afinal, em poucas geracoes o numero de descendentes desses antepassados sera tao grande que nao havera pessoas dos paises onde vivemos que nao terao ancestrais comuns a nos. Assim, isso servira a todos que se interessarem.

05. A SINCRONIZACAO DAS FAMILIAS RODRIGUES COELHO E ANDRADE

Eu ja havia decidido fechar essa parte genealogica deste texto quando ocorreu-me `a memoria certos fatos. Para desencargo da consciencia resolvi consultar velhos guardados, que estao presentes tambem na internet. O primeiro esta no site do ARQUIVO PUBLICO MINEIRO. Quando estive recentemente no BRASIL, nao havia planejado uma pesquisa completa dos dados de nossos ancestrais. Assim, perdi a oportunidade de verificar essas coisas antes.

Naquele site existem dois documentos, presumivelmente, referentes ao nosso suposto ancestral MANUEL RODRIGUES COELHO. Um de 03.04.1730, refere-se ao “pagamento do donativo real por 27 escravos”. Nao sei exatamente o que esse “donativo real” significa. O mais provavel eh ser um imposto sobre a compra dos escravos.

A segunda mencao data de 05.12.1733. Trata-se do laudo de sentenca de MANUEL RODRIGUES COELHO. Tambem nao da para saber do que se trata no conteudo. Possivelmente alguma acao civil `a qual ele respondeu mas nao da para saber se foi condenado ou nao.

Ha mais tempo vi uma ficha em onde mencionava-se que a CAMARA DE VILA RICA teve um TESOUREIRO cujo nome era MANUEL RODRIGUES COELHO, na data de 1719. Mas nao o estou encontrando mais. Portanto, tenho que descarta-lo por enquanto.

Em relacao ao primeiro documento ha que se especular um pouco. Possivel sera que os tais 27 escravos e outros, pois que, segundo o professor NELSON COELHO DE SENNA, MANUEL fora um dos homens mais ricos das GERAIS, nao deve ter ficado somente nesses escravos.

Para minorar a dor de consciencia de sermos descendentes de escravocratas podemos recorrer `a ideia de que trata-se tambem de ancestrais nossos. Isso mesmo! Se tais escravos deixaram descendentes, como alguns devem ter deixado, eh evidente que a descendencia passou como heranca aos descendentes do proprio MANUEL. Nesse caso, alguns deverao ter passado ao filho JOSE COELHO DE MAGALHAES que, devido `a multiplicacao, tera deixado outros para os herdeiros.

O proprio NELSON COELHO DE SENNA deixou escrito assim: “(com excecao de ANTONIO COELHO DE MAGALHAES, que era abastado lavrador, deixou forra numerosa escravatura e morreu celibatario)”. Pag. 09, “ALGUMAS NOTAS GENEALOGICAS”.

Ja no site da prefeitura de GUANHAES encontra-se algo da Historia local. Na versao escrita por ROGER ROCHA menciona-se a origem do BAIRRO MORRO DO CRUZEIRO. Fala que foram terras do proprietario ANTONIO COELHO DA ROCHA. Esses dois sobrenomes podem ser atribuidos ao mesmo ANTONIO. Embora ele possa ter adotado mesmo o nome de ANTONIO RODRIGUES COELHO, pois, tia RUTH COELHO dizia que o avo dela, de mesmo nome, recebera a alcunha em homenagem a um tio e padrinho que tinha nome igual.

ANTONIO COELHO DE MAGALHAES ou COELHO DA ROCHA deve ter sido neto do MANUEL RODRIGUES COELHO. E na versao da HISTORIA DE GUANHAES conta-se que o primeiro morador do MORRO DO CRUZEIRO chamava-se PRUDENCIO, que era escravo forro.

O que talvez nos associe a esse PRUDENCIO eh saber que o quartavo CLEMENTE NUNES COELHO teve uma mulher que muito provavelmente fosse afrodescendente, podendo ser filha do PRUDENCIO. CLEMENTE foi o pai da MARIA HONORIA NUNES COELHO. Sabemos que era escura ao ponto de ter sido confundida por escrava ao atender a um visitante na propria casa dela. Ela foi a esposa do tenente JOAO BAPTISTA COELHO, filho do fundador de GUANHAES, JOSE COELHO DA ROCHA, ou seja, irmao do ANTONIO, avo da Tia RUTH.

O que se relata no livro “ARVORE GENEALOGICA DA FAMILIA COELHO”, de autoria de nossa prima IVANIA BATISTA COELHO, eh que MARIA HONORIA teve um irmao com o nome PRUDENCIO NUNES COELHO. E esse nome esta presente em diversas pessoas da descendencia NUNES COELHO. Portanto, ha ai a possibilidade de no final das contas descendermos nao apenas de afrobrasileiros mas especificamente dos escravos da propriedade do MANUEL RODRIGUES COELHO.

E nos descendemos de afrobrasileiros por outras vias alem dessa, o que deve ser motivo de orgulho na familia, pois, descendemos daqueles que realmente construiram aquilo que outros tomaram como autoria propria.

Esses documentos, porem, colocam em duvida a veracidade da alegacao feita pelo professor NELSON COELHO DE SENNA de que o MANUEL RODRIGUES COELHO e seu filho JOSE COELHO DE MAGALHAES seriam ambos portugueses. Acredito que pelo menos de nascimento o JOSE COELHO DE MAGALHAES pode nao ser. O provavel sera que MANUEL e a esposa que nao sabemos o nome tenham sido portugueses de nascimento e assim tiveram um filho portugues, nascido no BRASIL.

A hipotese baseia-se no fato de que estando o portugues MANUEL no BRASIL desde antes de 1730 ele nao deve ter retornado a PORTUGAL para ter filhos. A solucao que suponho resolver a charada eh que o MANUEL RODRIGUES COELHO pode ter levado para o BRASIL um filho homonimo de si proprio, ou te-lo deixado em PORTUGAL. Como no BRASIL era proibido existirem escolas melhores, os colonos abastados eram obrigados a enviar os filhos para estudar em PORTUGAL.

Tanto faz, se o MANUEL deixou o filho em PORTUGAL ou se o enviou posteriormente para estudar. La este poderia ter se casado e ter sido pai do nosso ancestral JOSE COELHO DE MAGALHAES. Isso tambem sincroniza uma margem provavel de tempo que o JOSE viveu, pois, faleceu em 1806. A data esperada para o nascimento sera em torno de 1730 a 1760. Portanto poderia estar com mais de 60 anos. O que ja era muito alem da media de idade dos outros seres mortais.

Claro que isso nao pode ser tomado como ditado, pois, a media de idade girava em torno de 38 anos. Isso significa que uns poucos viviam ate aos 100 anos. Mas quase ninguem passava alem dos 75. Entao, ou o JOSE COELHO DE MAGALHAES viveu muito alem da media, ou nao era portugues de nascimento, ou sera mesmo neto e nao filho do MANUEL RODRIGUES COELHO.

Para corroborar com essa minha suposicao, existem alguns documentos mencionados no site do ARQUIVO PUBLICO MINEIRO, referentes ao ano de 1784, em nome do comandante MANOEL RODRIGUES COELHO. Acredito que o portugues MANUEL RODRIGUES COELHO nao tenha vivido ate a essa data e se viveu nao estaria na ativa mais, assim, nao existiria uma carta sobre o “cumprimento de ordem recebida” em nome dele.

Acredito que a sicronia desses fatos com o DOCUMENTO 02 sugere que o MANUEL RODRIGUES COELHO devia ter idade semelhante ao do AMARO RODRIGUES COELHO; o MANOEL RODRIGUES COELHO deve ter tido idade equivalente ao do BENTO RODRIGUES COELHO; e o JOSE COELHO DE MAGALHAES teria idade semelhante ao do ANTONIO RODRIGUES COELHO, pai do JOSE ANTONIO RODRIGUES COELHO e do DOMINGOS RODRIGUES DE QUEIROZ. Mas isso sera algo a ser revelado somente quando pudermos decifrar tudo o que for necessario.

E devera ser motivo de estudos mais aprofundados.

O que mais me chama a atencao nesse momento eh outro documento que esta indicado no fichario do ARQUIVO PUBLICO MINEIRO. La se encontra na notacao “CC – CX. 30 -10602” um documento de requerimento “SOBRE A CONCESSAO DE CARTA DE SESMARIA NA FREGUESIA DE ITABIRA – FAZENDA CACHOEIRA”. Constando despacho datado de 21.01.1799, em VILA RICA, ou seja, OURO PRETO. Os beneficiarios da concessao foram:

01. Angelica Rodrigues
02. Joana Rodrigues Coelho
03. Joao Rodrigues Coelho
04. Joaquim Rodrigues Coelho
05. JOSE ANTONIO RODRIGUES COELHO

Aqui se repara o engano meu e do DOUGLAS LIMA la em OURO PRETO. Quando retornei aos ESTADOS UNIDOS busquei na internet o nome referente a ITABIRITO e nao era aquele encontrado no INVENTARIO do JOSE ANTONIO RODRIGUES COELHO. Agora posso confirmar que o ITABIRA, nao tenho certeza se era SAO SEBASTIAO DE ITABIRA, referia-se mesmo ao atual MUNICIPIO DE ITABIRA. Nao resta duvida que o JOSE ANTONIO aqui eh o mesmo de la, dai, parece que encontramos um fio-da-meada.

Ha algum tempo atras eu havia visitado essa ficha no APM e ela pareceu-me diferente do que esta agora. Recordo-me que o requerimento incluia o nome do marido: FULANO COELHO, e da esposa, alem dos filhos. Quando a vi pensei na possibilidade de serem ancestrais do terceiravo JOAQUIM COELHO DE ANDRADE. Mas recordo-me de ter sentido alivio porque o RODRIGUES do marido nao estava na ficha. Portanto pensei: “Pelo menos sao outros RODRIGUES COELHO dai, mesmo sendo, a nossa consanquinidade sera menor.” Ledo engano!

Na ficha nova nao ha a especificacao se ANGELICA RODRIGUES eh a matrona da familia. De qualquer forma sao, pelo menos 4 filhos, podendo ser muito mais caso os presentes fossem adultos jovens e seus nomes puderam entrar no requerimento, deixando os menores de fora. Mas de qualquer forma, conhecendo a FAMILIA RODRIGUES COELHO e a tendencia para ter descendencia, podemos esperar que estes 4 filhos terao tido pelo menos 20 filhos no conjunto. Pelo menos, 20 pessoas que constituiram familias e deixaram filhos. Eh possivel ate que ja tivessem filhos. Pelo menos eh o que se espera do JOSE ANTONIO, pois, em 1798 ja seria inventariante do pai.

Relembremos que o INVENTARIO do ANTONIO RODRIGUES COELHO foi feito em conjunto com o da esposa falecida, QUITERIA RIBEIRO. Vemos ai um detalhe. INVENTARIOS sao feitos para partilhar os bens dos falecidos. Eh, entao, possivel que nao vimos de pronto o nome de dona ANGELICA porque ela poderia ser uma segunda esposa, ainda nao falecida. O nome dela deve aparecer entre as diversas adendas, porem, nao fizemos exame com maior detalhe.

Ao examinarmos os dados de nascimento dos filhos dos terceiravos do poeta CARLOS DRUMMOND: Alferes FRANCISCO JOAQUIM DE ANDRADE e MARIA CANDIDA DA CUNHA ATAIDE, ve-se que nasceram exatamente nessa mesma epoca. O FRANCISCO DE PAULA ANDRADE nasceu em 28.09.1798. Isso, possivelmente, sincroniza com os nascimentos dos familiares RODRIGUES COELHO. Eh facil concluir que pode inclusive ter havido mais de um casamento entre os RODRIGUES COELHO e os ANDRADE, por volta dos anos de 1820. E deles devera ter nascido a dona JOAQUINA COELHO DE ANDRADE.

Pode tambem ser que o nosso trisavo JOAQUIM COELHO DE ANDRADE seja irmao desta ultima. Eles nao precisarao descender da MARIA CANDIDA DA CUNHA ANDRADE e do FRANCISCO LUIZ DA SILVA BRANDAO. Se assim for, melhor sera para nos, pois, evitariamos repetir o RODRIGUES COELHO, mais uma vez, em funcao do CASSIANO COELHO.

Infelizmente nao ha especificacao de onde ficava a tal FAZENDA CACHOEIRA. Ha que se lembrar que o poeta CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE cresceu numa ITABIRA muito pequena. Pequena o suficiente para que todo mundo conhecesse todo mundo. Aqui esta se falando de data 100 anos anterior. O senao ai eh apenas em relacao ao local exato porque o territorio de ITABIRA naquela epoca era muito maior que na atualidade. Suas freguesias incluiam terras que atualmente sao ocupadas por diversos outros municipios, inclusive FERROS, ANTONIO DIAS e TIMOTEO, onde tiobisavos do poeta residiram.

De concreto mesmo precisamos saber se algum descendente desse ramo da FAMILIA RODRIGUES COELHO se casou com CLAUDIO JOSE, MANOEL ARCANJO, CONSTANCIA MARIA ou ROSA DA CUNHA ANDRADE. Nao importa o tamanho do municipio e se as criancas das duas familias nasceram proximas umas das outras. Uma coisa nao anula a outra porque o povo antigo andava mais que o diabo! Entao, se cresceram proximos, a possibilidade de ter havido os casamentos so aumenta. Se viveram distantes, isso nao impede que tenham se conhecido.

Acredito que nos resta as opcoes de atacar o problema em ambos os lados. O mais certo eh mesmo buscar os registros de casamento dos bisavos: MARCAL DE MAGALHAES BARBALHO e ERCILA COELHO DE ANDRADE. Se neles estiverem anotados os nomes dos avos, talvez sejamos capazes de determinar como se deu a uniao das duas familias. Possivel eh que os registros tragam somente os nomes dos pais dos noivos mas mencionem de onde procedem os avos JOAQUIM COELHO DE ANDRADE e JOAQUINA UMBELINA DA FONSECA. Dai evidencie onde procurar por mais informacoes.

Faz-se aqui, porem, a observacao. As chances de descendermos dos mesmos RODRIGUES COELHO, tanto pelo lado COELHO de GUANHAES, quanto pelo lado COELHO de ITABIRA fica quase determinada com mais essa informacao.

Se nao encontrarmos a informacao que desejamos naqueles registros, entao, a outra opcao eh buscar os de casamento dos terceiravos JOAQUIM e JOAQUINA. Acredito que isso daria a palavra final em relacao `a uniao dos ANDRADE com os COELHO. Porem, restar-nos-a certificarmos se a procedencia do COELHO eh mesmo o RODRIGUES COELHO.

O outro lado que podemos atacar eh revisar os INVENTARIOS do ANTONIO e do JOSE ANTONIO RODRIGUES COELHO. Como neles aparecerao os nomes dos herdeiros, ha a possibilidade de encontrarmos o nome do nosso ancestral entre os herdeiros do JOSE ANTONIO. Mas podemos buscar encontrar os nomes dos conjuges dos tiobisavos do CARLOS DRUMMOND que nao sabemos. Assim poderemos fechar essas contas.

 

P.S. Essa questão ja esta resolvida no capitulo 06.

Tomando essa empreitada pelo outro fio-da-meada, o que poderiamos fazer era localizar os INVENTARIO e TESTAMENTO do terceiravo do poeta, FRANCISCO JOAQUIM DE ANDRADE. No ARQUIVO PUBLICO MINEIRO encontra-se uma ficha indicando que ele requereu uma sesmaria, no ano de 1818. Eh possivel, entao, que estivesse bem ativo `a epoca e poderia ter vivido mais umas duas decadas. Nao se encontra as datas vitais dele nas fontes genealogicas ate o momento. Mas se isso aconteceu, podera ter visto todos os filhos se casarem e eles entrarao acompanhados dos conjuges no INVENTARIO. Melhor ainda se tiver falecido com TESTAMENTO.

Ha outra sincronia que talvez possa direcionar-nos melhor para a solucao da questao. Trata-se de outra familia COELHO que existia na regiao. Ela eh a PINTO COELHO que estabeleceu-se em SAO JOAO DO MORRO GRANDE, atual BARAO DE COCAIS. A cidade de BARAO DE COCAIS esta na microrregiao de ITABIRA. Continua fazendo divisa com CAETE, cidade esta da qual ITABIRA desmembrou-se para tornar-se cidade. Ou seja, por volta de 1800, ITABIRA e SAO JOAO DO MORRO GRANDE pertenciam a CAETE. E a cidade de grande influencia na regiao era SANTA BARBARA.

SANTA BARBARA foi o entreposto comercial por onde os tropeiros do regiao mais ao norte eram obrigados a passar para comercializar com a capital OURO PRETO ou com o RIO DE JANEIRO.

Os PINTO COELHO sao os mesmos da familia do JOSE FELICIANO PINTO COELHO DA CUNHA. Esse foi o nome do proprio BARAO DE COCAIS, o titulo. Devido a isso eh que ha o nome BARAO DE COCAIS como nome de cidade. Em homenagem ao filho mais ilustre dela.

 

Por coincidencia, ou nao, o JOSE FELICIANO foi quem passou sesmaria ao alferes FRANCISCO JOAQUIM quando foi governador da PROVINCIA DE MINAS GERAIS.

Os PINTO COELHO, nesse caso, tinham, com os ANDRADE do ramo do alferes FRANCISCO JOAQUIM DE ANDRADE, em comum o “DA CUNHA”. Com certeza compartilhavam outras assinaturas ancestrais. O que os tornaria propensos a se casarem com pessoas do mesmo cla, como mandavam as tradicoes da epoca. Nesse caso, havera a possibilidade de o COELHO do nosso COELHO DE ANDRADE proceder dessa fonte.

Entre nossa parentalha existe a tiavo do professor NELSON COELHO DE SENNA, dona OLYMPIA PINTO COELHO, que ganhou essa assinatura gracas ao marido assina-lo e proceder de BARAO DE COCAIS. Mas ai somente quer-se demonstrar que se um PINTO COELHO foi a GUANHAES para encontrar sua cara-metade, poucas decadas depois de 1830, entao, nao esta fora de cogitacao que um PINTO COELHO tenha ido a ANTONIO DIAS ou FERROS, onde residia o FRANCISCO JOAQUIM DE ANDRADE, buscar outra cara-metade nos mesmos anos.

A sincronia esta no fato de que a Familia PINTO COELHO estava se estabelecendo na antiga SAO JOAO DO MORRO GRANDE exatamente no final do seculo XVIII, ou seja, por volta de 1790. E ANTONIO DIAS faz parte do complexo em torno de ITABIRA. O mesmo se diz de FERROS que foi morada posterior dos patriarcas da familia CUNHA ANDRADE.

O nome do marido da dona OLYMPIA era GUSTAVO PINTO COELHO, nascido em MORRO GRANDE, atestado no livro do professor NELSON COELHO DE SENNA.

Caso encontremos que nosso ancestral seja um PINTO COELHO sera um ganho em termos de informacao genealogica, porem, nao muito a comemorar em relacao a questoes geneticas. Isso porque se os RODRIGUES COELHO forem descendentes imediatos dos senhores de FILGUEIRAS E VIEIRA, como os PINTO COELHO o eram, a consanguinidade sera a mesma. O mesmo se da em relacao aos COELHO DA SILVA. Durante o seculo XVIII MINAS GERAIS estava repleta de descendentes desses sobrenomes e todos procediam da mesma fonte.

Para descarrego dessa suspeita, encontra-se no “ALMANAK ADMINISTRATIVO CIVIL E INDUSTRIAL DA PROVINCIA DE MINAS GERAIS”, do ano de 1874, uma relacao de COELHO que habitava ITABIRA e as Freguesias de: NOSSA SENHORA DO CARMO e SANT’ANNA DOS FERROS:

1. Antonio Coelho da Silva Junior
2. Claudino Abbade Coelho
3. Thome Coelho da Silva
4. Gregorio Coelho de Moraes
5. Jose Coelho Vieira
6. Jose Coelho Ferreira
7. Francisco Coelho Jacome
8. Porfirio de Souza Coelho
9. Capitao, Jose Lucas Coelho.

Dificilmente um deles seria nosso ancestral e nao ha como saber se descendiam de habitantes antigos ou se eram recem-chegados `a regiao. Contudo, qualquer um deles podera ser nosso aparentado se as raizes familiares deste estiverem fincadas em ITABIRA.

06. “DOIS SECULOS DOS ANDRADE EM MINAS GERAIS”

Novamente, nao havia planejado mais esse capitulo que agora inicio. Apenas coincidiu que entrei em contato com o MAURO ANDRADE MOURA e ele prontamente enviou-me endereço, dele próprio, onde publicou o livro “DOIS SECULOS DOS ANDRADE EM MINAS GERAIS”. Isso poe-me com ele numa divida de imensa gratidão. E agradeço `a iniciativa tao magnânima.

 
O livro nos tras boas e não tao boas noticias. A não tao boa, por enquanto, eh o fato de que não descendemos, aparentemente, dos ancestrais ANDRADE do poeta CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE, pelo menos ate ao nível do terceiravo dele. Isso porque, como se mostra abaixo, nenhum dos filhos do casal FRANCISCO JOAQUIM DE ANDRADE e MARIA CANDIDA DA CUNHA ATAIDE assinava COELHO, o que seria necessário para formar a alcunha COELHO DE ANDRADE.
 
Mesmo os filhos do FRANCISCO LUIS DA SILVA BRANDAO e MARIA CANDIDA DA CUNHA ANDRADE nao assinaram COELHO como poderiam se ele for descendente mesmo do MANUEL COELHO RODRIGUES.
 
Resta-nos porem a possibilidade de descendermos do JOAO FRANCISCO BASTOS. Como fica explicado no livro, JOAO FRANCISCO procedia da região de BASTO, em PORTUGAL, onde se encontra CELORICO DE BASTO, e também fica o SOLAR DOS ANDRADE. Ele trocou o sobrenome pelo local de onde procedia, porem, os filhos retornaram ao ANDRADE. E como esta atestado no livro, JOAO FRANCISCO foi pai de SENHORINHA CLARA e JOAO FRANCISCO DE ANDRADE, entre outros, os quais nomes não foram citados. Chances são, então, que nos tenhamos oportunidade de termos vínculos com os ANDRADE da família do poeta, sem necessariamente descender dos mesmos ancestrais dele.
 

O MAJOS LAGE foi o pai da SENHORINHA DOS SANTOS ALVARENGA, esposa do CASEMIRO CARLOS DA CUNHA ANDRADE.

“Livro escrito por dona ORMI ANDRADE SILVA e JOSE GOMES BORGES

(A partir de anotacoes genealogicas de FRANCISCO DE PAULA ANDRADE e extrato de caderno de anotacoes do Dr. OLINTHO HORACIO DE PAULA ANDRADE)

Essa genealogia esta focada nos meandros genealogicos da familia do Comendador: FRANCISCO DE PAULA ANDRADE e sua esposa dona JOANA ROSA AMELIA DE ANDRADE LAGE.

1984

 

Abaixo, uma sequencia genealogica de dona MARIA CANDIDA DA CUNHA ATAIDE e os ancestrais dela.

Amador Bueno da Ribeira, “o Aclamado” –  Bernarda Luis
Isabel Ribeira – Domingos da Silva dos Guimaraes
Isabel da Silva Bueno – Domingos de Castro Correa
Joao Correa da Silva – Maria Pedroso de Morais
Escolastica de Morais – Joao da Cunha Ataide
MARIA CANDIDA DA CUNHA ATAIDE – Alf. FRANCISCO JOAQUIM DE ANDRADE

Titulo I – “OS ANDRADES”

“Para Itabira passou, no seculo XVIII, JOAO FRANCISCO BASTOS, que se casou com MARGARIDA CORREA DE ALVARENGA, entre outros, foram seus filhos:

1. Joao Francisco de Andrade; e
2. Senhorinha Clara de Andrade, que se casou com FRANCISCO DA COSTA LAGE, pais de, entre outros, do Sargento Mor JOAQUIM DA COSTA LAGE, o Major Lage.”

Alf. FRANCISCO JOAQUIM DE ANDRADE – MARIA CANDIDA DA CUNHA ATAIDE

1. Com. Casemiro Carlos da Cunha andrade – Senhorinha dos Santos Alvarenga
2. Ten. Claudio Jose de Andrade – Maria do Carmo Cunha
3. Manoel Arcanjo de Andrade – Umbelina Rosa da Cunha
4. Com. Francisco de Paula Andrade – Joana Rosa de Andrade Lage
5. Antonio Jose de Andrade – Francisca luis (sem geracao)
6. MARIA CANDIDA DE ANDRADE – FRANCISCO LUIS DA SILVA BRANDAO
7. Constanca Maria de Andrade – Antonio Isidoro F. Drummond
8. Rosa da Cunha Andrade – Manoel Caetano da Cunha.

 
Como se pode observar, não houve nenhum assinante COELHO como cônjuge da lista de filhos. Os filhos estavam nascendo `a mesma época em que nasceu dona JOAQUINA COELHO DE ANDRADE, ela dificilmente poderia ser neta. A única possibilidade de sermos descendentes de algum deles, então, seria por vias extraconjugais. Mas isso o livro não denuncia ter existido, portanto, o melhor eh conformar com a ideia de não fazermos parte desse ramo da família. 
 
6. MARIA CANDIDA DE ANDRADE – FRANCISCO LUIZ DA SILVA BRANDAO
“Residiu o casal em Areias, Municipio de Guanhaes.”
 
1. Joaquim Silverio da Silva – filha de Moreira dos Santos
2. FRANCISCO DA SILVA LUIS – ISABEL GONCALVES DO COUTO
3. Albino da Silva Brandao – Antonia Moreira dos Santos
4. Jose Luis da Silva Brandao – filha de Moreira dos Santos
5. Maria Barbara Pereira da Costa – Amaro Pereira da Costa
6. Ana Pereira da Costa – Cel. Ponciano Pereira da Costa
7. Cassiana Pereira da Costa – Irineu Pereira da Costa
 
Atualmente ha uma comunidade com o nome de AREIAS no município de BRAUNAS. Isso pode ser constatado através do site da DIOCESE DE GUANHAES. Ha outra comunidade no município de DORES DE GUANHAES com o nome de AREIA. Possivelmente a família estabeleceu-se naquela area, pois, os dois municípios foram FREGUESIAS de GUANHAES.
 
6.2 FRANCISCO DA SILVA LUIS – ISABEL GONCALVES DO COUTO
 
1, Joao Candido da Silva
2. Severo Luis de Andrade
3. Sincero Luis de Andrade
4. Amancio Inacio de Andrade
5. Francisco Luis de Andrade
6. Benfica Luis de Andrade
7. Virgilio Luis de Andrade
8. Ponciano Luis de Andrade
9. Ilidia
10. Blandina – Francisco Albino
 
Esses sao netos do casal MARIA CANDIDA DE ANDRADE e FRANCISCO LUIS DA SILVA BRANDAO. Esta eh a maior evidencia, por enquanto, de que o bisavo de minha esposa fazia parte da familia, nao apenas porque moravam mais próximos de onde a familia dela multiplicou-se, em GONZAGA, Minas Gerais, mas porque nomes como BENFICA e PONCIANO se repetem.
 
Outro nome que pode, talvez, evidenciar a presenca de membros da Familia ANDRADE trata-se do lugarejo, que se localiza apos a cidade de SAO GERALDO DA PIEDADE, de nome PENHA DO CASSIANO. Eh possivel que dona CASSIANA e o senhor IRINEU tenham tido filho com tal nome e ele tenha imigrado para o local.
 
Ja estive na area, quando fui levado por meu cunhado NENZINHO para conhecer a parentalha deles. O curioso foi eu ter encontrado um de meus aparentados, casado com prima deles, e o tao amigo de todos passou ao meu ambito de amizades tambem. Nao guardei o nome do parente direito mas eh conhecido como “compadre JUCA do TAO” que, no caso, nao se trata do TAO SOARES, pai do meu sogro. Sei que eh bisneto do Ti Quim Bento (JOAQUIM BENTO COELHO).
 

Alias, BENFICA como nome proprio somente ouvi falar na família de minha esposa. No mais, somente o local e o time de futebol português.

Por raciocinio semelhante podemos esperar que dona ANTONIA NUNES LAGE, esposa que foi do PEDRO (Surdo) NUNES COELHO, proceda da familia do Cel. LAGE. PEDRO e dona ANTONIA foram pais, entre outros, de dona ZINA, esposa do sr. MINERVINO NUNES LEITE, e do tiavo HORACIO NUNES COELHO.

Aqui se constata o possivel engano do sitio www.geneaminas.com.br que indica o Monsenhor ANTONIO PINHEIRO BRANDAO DE SOUZA como parte desse ramo da familia. Dificilmente ele entraria como neto nesse ramo nascendo em 1861 como eh fato. Talvez ele pudesse ser neto por parte de algum dos filhos de MARIA CANDIDA e FRANCISCO LUIZ. Embora o sobrenome PINHEIRO teria que estar oculto nos nomes dos conjuges. `As vezes as filhas adotavam os sobrenomes da mae e os nomes dos avos reapareciam nos netos.

 
7. CONSTANCA MARIA DE ANDRADE – ANTONIO ISIDORO F. DRUMMOND
 
     4. Constanca Maria de Andrade (filha) – Osorio (portugues)
 
            1. Joaquim Osorio de Andrade – filha de Jose Justiniano da Fonseca
 
Extendi um pouco esse ramo genealógico apenas para demonstrar que a Familia FONSECA estava entre as que se casaram na família do poeta. Assim, ha a possibilidade de que a nossa terceiravo JOAQUINA UMBELINA DA FONSECA tenha algum vinculo do qual não temos noticias.
 
Como eu havia previsto, houve casamento entre membro da Familia ANDRADE com a PINTO COELHO. Contudo isso se deu numa fase posterior ao nascimento tanto da JOAQUINA quanto do trisavô JOAQUIM COELHO DE ANDRADE. O casamento foi entre JOANA ROSA DE ANDRADE e o segundo marido dela ANTONIO MUNIZ PINTO COELHO. Porem ela foi neta do Com. FRANCISCO DE PAULA ANDRADE.
 

FRANCISCO JOAQUIM DE ANDRADE e MARIA CANDIDA DA CUNHA DE ATAIDE, residiram na fazenda DUAS BARRAS, situada no municipio de FERROS, o que fica nas vizinhancas tanto de DORES DE GUANHAES quanto de BRAUNAS e tambem justifica o fluxo natural da descendencia a se espalhar pela regiao de forma radial.

Por consequencia a isso podemos tambem supor que as familias dos senhores GERALDO ALVES PINTO, avo de meus sobrinhos; do senhor LONGINO (Bezinho) PEREIRA e pais da EDNA COELHO (PEREIRA), esposa do primo RAMON RODRIGUES COELHO poderao ter algum vinculo com esse ramo familiar, pois, procedem do Municipio de BRAUNAS.

Apenas para que conste aqui, vejam abaixo a linhagem que vai do FRANCISCO JOAQUIM ANDRADE ate ao terceiro neto dele CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE, o poeta.

1902 – Carlos Drummond de Andrade – Dolores Dutra de Morais
1860 – Carlos de Paula Andrade – Julieta Augusta Drummond
1835 – Elias de Paula Andrade – Rosa Amelia da Silveira Drummond
1798 – Francisco de Paula Andrade – Joana Rosa de Andrade Lage
+-1758 – Francisco Joaquim Andrade – Maria Candida da Cunha Ataide.

Revendo nossa genealogia, recolhi nomes de agregados a ela que poderao bem encaixar-se tambem na familia do poeta. As irmas, MARIA BARBARA, ANA e CASSIANA, casaram-se com os respectivos AMARO, Cel. PONCIANO e IRINEU PEREIRA DA COSTA. No livro esta posta daquela forma mesmo, tendo elas recebido os sobrenomes dos maridos. ANA e Cel. PONCIANO nao tiveram filhos. Portanto resta-nos os outros dois casais que, se viveram ao redor de AREIAS, residiriam num territorio que `a epoca pertencia a GUANHAES.

Acontece que em GUANHAES, viviam os mais antigos da Familia RODRIGUES COELHO. Somente por volta de 1860, com a posse da Fazenda SAO PEDRO e com o desenvolvimento da PAROQUIA DE NOSSA SENHORA DO PATROCINIO foi que os mais novos instalaram-se em VIRGINOPOLIS. E provavelmente foi por essa razao que ficou facilitados alguns casamentos que penso serem dignos de nota, como segue:

01. Jose (Ti Juca) Rodrigues Coelho – Maria (Mariquinhas) Pereira da Silva
02. Emidia Justiniana de Aguiar – Joaquim Leandro Pereira
03. Celuta Rodrigues Coelho – Assirio Pereira da Silva
04. Zilda Rodrigues Coelho – Benedito Pereira da Silva
05. Maria Honoria Coelho – Jose Pereira da Silva.

Provavel sera que haverao outros mais. Explica-se que havera fundamento para que o PEREIRA DA SILVA tenha sido usado, pois, o casamento dos patriarcas partiam das familias PEREIRA DA COSTA e SILVA BRANDAO. E a realidade eh essa mesmo! Com o passar das geracoes nos precisamos fazer opcoes entre os muitos sobrenomes que herdamos quais nossos filhos irao usar. Os representantes da Familia RODRIGUES COELHO e da ANDRADE ai estao em sincronia de idade. Sao da mesma epoca, dai a possibilidade de realmente representarem lacos entre nossas familias.

EMIDIA JUSTINIANA fez parte da Familia RODRIGUES COELHO por ter sido filha extraconjugal, reconhecida, do terceiravo ANTONIO RODRIGUES COELHO. Portanto, era meio-irma do Ti JUCA. CELUTA e ZILDA eran netas. E MARIA HONORIA era sobrinha, filha do JOAO BAPTISTA COELHO, que assim foi chamado por ter nascido no dia do santo, porem, passou o BAPTISTA como assinatura para a descendencia.

07. MINAS GERAIS, SEUS CAMINHOS E SUAS GENEALOGIAS

Para muitos passa despercebido a importancia de conhecer-se a HISTORIA. Mas ela eh na maioria das vezes o resultado tanto da geografia quanto da genealogia.

Agora que estamos refletindo a respeito dos possiveis vinculos entre as Familias RODRIGUES COELHO e ANDRADE ocorreu-me alguns rasgos de memoria, onde nomes de cidades que estao vinculados `a memoria historica de nossos familiares. E nessas memorias os caminhos tornam-se importantes.

Em primeiro lugar, precisamos recordar-nos o que se passou na PROVINCIA DE MINAS GERAIS a partir do seculo XVIII. Como colonia portuguesa, os mineiros foram submissos inclusive a ordens que fariam pouco sentido nos atuais dias. Uma delas era a de que haveria apenas uma entrada e que seria a mesma saida. Essa era a ESTRADA REAL. Uma imensa serpente que percorria as serras menores que compoem a SERRA DO ESPINHACO.

Na verdade, um unico caminho com o objetivo unico de controlar o que entrava e, principalmente, o que saia. Claro, em se tratando de ouro e diamantes, a visao portuguesa era viva e oportuna.

Com a diminuicao da producao do ouro, a partir de 1750, a ordem foi a de expandir a colonizacao no sentido radial em relacao `as ja formadas CIDADES HISTORICAS. Tinha-se o objetivo de encontrar novas reservas de materiais preciosos sem perder-se o controle da producao. Os colonos poderiam distanciar-se um pouco da ESTRADA REAL, porem, teriam que retornar a ela para exportar o que produziam, comprar escravos e produtos que eram controlados pela coroa. Entre eles o sal que era uma comodidade essencial e somente produzida `a distancia.

Com o passar do tempo o ouro se foi. A partir dos anos de 1800 a busca voltou-se quase exclusivamente para terras novas e ferteis para a exploracao agropecuaria. Desde o século anterior a formacao genealogica do povo mineiro ja estava caracterizada.

Nao era sem proposito que as familias ja com alguma influencia na METROPOLE ou na COLONIA conseguiam verdadeiros feudos atraves das concessoes de sesmarias. Contudo, as mais privilegiadas e com influencia conseguiam concessoes em torno dos caminhos novos e estrategicamente localizadas. Tudo fazia parte do mesmo plano de dominio. Os caminhos eram a fonte para o transporte e o comercio e, em consequencia, o inicio da multiplicacao de renda.

Quando observa-se um caminho antigo nota-se claramente o surgimento dos assentamentos coloniais mais antigos. Eles normalmente distanciavam entre si numa faixa de 30 a 40 km de distancia, dependendo da morfologia do terreno. Era a distancia diaria coberta pelas tropas.

As familias que dominavam os pontos de passagem das tropas dominavam a producao e o comercio. Portanto, lhes eram garantidas nao apenas as riquezas mas tambem a chefia politica. Dai a importancia de requerer sesmarias nas linhas dos caminhos. Obviamente, nao era algo totalmente consciente, pois, nao se sabia exatamente qual caminho se mostraria de melhor futuro. Muitas familias deram com os “burros n’agua” por iniciarem caminhos que nao trouxeram prosperidade.

Ao observar a expansao da FAMILIA ANDRADE podemos notar que seus patriarcas tiveram sucesso em escolher caminhos de futuro. Quando a familia comecou a expandir nao se encontrava bem posicionada porque o ponto de partida foi a cidade de ANTONIO DIAS. Nada contra o local. Ela apenas nao se localizava numa linha promissora.

Quando o patriarca FRANCISCO JOAQUIM DE ANDRADE optou por mudar-se para FERROS mostrou-se um visionario prudente. FERROS estava num dos circuitos naturais que levariam ao mar. Embora `aquela epoca ainda fosse proibitiva outras saidas para o mar que nao aquelas conhecidas como CAMINHO VELHO e CAMINHO NOVO da ESTRADA REAL. Naturalmente, com a PROCLAMACAO DA INDEPENDENCIA isso mudaria logo a seguir.

FERROS fica `a beira do Rio SANTO ANTONIO. Rio esse que era uma verdadeira avenida aberta para o mar, pois, desagua no Rio DOCE e este eh a maior via natural de toda a regiao. Dai, a difusao da familia nessa linha seria uma esperanca de futuro prospero para muitas geracoes que estavam por vir.

Absolutamente. Outras familias teriam visao semelhante. Uma delas foi a COELHO que se encontrava na regiao de GUANHAES. Eles tambem almejavam seu quinhao desse butim dos indios. Porem o projeto desta outra familia buscava um trajeto semelhante, contudo, em linha transversal. O projeto dos ANDRADE objetivava um inicio a partir de OURO PRETO e MARIANA, que eram as capitais politica e religiosa do estado, respectivamente. Ja os COELHO tinham o SERRO e CONCEICAO DO MATO DENTRO como ponto de origem, seguindo o Rio CORRENTES, tambem afluente do Rio DOCE. O encontro dos dois projetos se daria em torno de ACUCENA.

Em teoria, as familias nao competiam entre si. Elas se complementariam. E o esperado era que fizessem aliancas atraves do matrimonio entre os descendentes. Essas eram as duas formas de dominar. No principio era tomar posse dos feudos e a seguir construir aliancas.

Na verdade, todas as familias que buscavam dominar ja eram compostas por aliancas antigas e novas. Geralmente as familias de maior fama eram acompanhadas por inumeras agregadas. Agregadas ai era somente no nome, pois, o sangue ja estava misturado. Porem, os sobrenomes dos chefes predominavam. Mesmo que o sangue ja nem fosse o mesmo. Desfiando isso melhor: um chefe de cla casava-se com a filha de outro cla. Portanto o sangue ja era compartilhado, porem, sobrevivia o sobrenome do chefe.

O sucessor ja era um meio-sangue. E para fortalecer-se buscava casamento em um terceiro cla com influencia. O sobrenome permanecia mas os filhos teriam sua quantidade se sangue, descendente do sobrenome que usavam, reduzida para apenas 25%. Geralmente os casamentos retornavam aos proprios familiares na geracao seguinte mas isso garantia no maximo a permanencia do 1/4 sanguineo daquela alcunha.

 
Mesmo assim, inclusive apos 10 geracoes se passasando e os casamentos se dando com maior numero de familias agregadas, a alcunha chefe ficava. Entao, na maioria das vezes, nao somos na verdade aquilo que assinamos e sim o que corre em nossas veias. Embora, continuamos a dizer-nos ser gente da alcunha que assinamos.
 
A influencia dos caminhos ou estradas na formacao genetica e genealogica antigamente era grande. No caso particular das Familias RODRIGUES COELHO e ANDRADE podemos observar que haviam dois caminhos que se encontravam. A comunicacao com OURO PRETO/MARIANA ou RIO DE JANEIRO era fundamental para toda a PROVINCIA DE MINAS GERAIS. Quando a gente observa o mapa rodoviario atual perde um pouco a nocao do que foi antigamente. Um caso particular eh que BELO HORIZONTE nao existia ate 1889. Portanto o centro de gravidade do estado era outro.
 
Outro detalhe se da no atual trecho de estrada que liga SANTA MARIA DE ITABIRA a GUANHAES, passando ao largo de FERROS e, ate ha pouco tempo, tambem de SENHORA DO PORTO. Essa ultima ficava na rota entre GUANHAES e CONCEICAO DO MATO DENTRO mas nao tinha a preferencia dos tropeiros.
 
Aquele trecho novo faz algum sentido para os residentes em GUANHAES. Mas pelo mapa mostra-se inoperante para os viajantes virginopolitanos. Em primeiro lugar o trecho eh muito longo sem povoamento intermediario. Existe quase 50 kilometros de vazio demografico. Dito eh ate que o trecho foi construido gracas `a influencia de um deputado que possuia terras por onde a estrada teria que passar.
 
Bom, nunca mencionaram-me o nome do fulano. Mas sao 4 os candidatos. Eles são o dr. RAFAEL CAIO NUNES COELHO, dr. GUILHERME MACHADO, o sr. VICENTE GUABIROBA e o JOSE MACHADO SOBRINHO. Dos dois primeiros temos o resguardo dos antepassados de os terem por pessoas muito honestas para fazer tal falcatrua. Nada posso dizer em relacao aos dois ultimos. Conheci-os apenas de relance. E seria suspeito em relacao a levantar qualquer suspeita, pois, nunca fui eleitor deles. Acredito que os dois primeiros haviam se afastado da politica quando comecei a votar.
 
Isso torna-se importante por causa de o sentido de dominancia estar diretamente ligado `a disposicao dos caminhos. E as estradas do ESTADO DE MINAS GERAIS tiveram suas importancias totalmente alteradas a partir do momento em que decidiu-se, no governo GASPAR DUTRA, que: “Governar eh fazer estradas.” Mesmo antes houve influencia. Relembra-se o fato de que o plano da ESTRADA DE FERRO VITORIA A MINAS tinha um itinerario completamente diferente do que foi na pratica.
 
A estrada de ferro deveria seguir da FIGUEIRA (GOVERNADOR VALADARES) para o SERRO. E somente de la faria o torno de 90 graus em direcao a BELO HORIZONTE. Entre o plano e a construcao descobriu-se a exploracao do ferro em ITABIRA. Assim a estrada fez uma curva apressada, dirigindo-se `aquela nova localidade. Com isso o SERRO nunca teve uma ligacao veloz com o restante do mundo e isso a condenou, e `a regiao simultaneamente, a um isolamento. Que por um lado atrasou economicamente, porem, preservou parte da arquitetura colonial.
 
No mais, as estradas construidas durante o seculo XIX e XX completaram o isolamento da regiao. Tornando-a uma das mais pobres e uma das maiores contribuintes com o exodo rural. No passar de um seculo, cidades inteiras nao tiveram crescimento populacional algum. E embora os nascimentos foram muito maiores que os falecimentos, algumas tiveram suas populacoes diminuidas.
 
O que sacramentou o isolamento foram as construcoes de estradas como a RIO/BAHIA, a BR-O4O e outras margeando a regiao mas nunca servindo a consideravel area constituida pelo CENTRO-NORDESTE DE MINAS GERAIS. Somente nas ultimas decadas foi que a estrada entre ITABIRA e GUANHAES foi asfaltada. O mesmo se deu em relacao de GUANHAES para o norte da regiao. Cruzando a mesma area realizou-se o asfaltamento do que deveria ser a estrada radial VITORIA/BRASILIA.
 
Desde quando a capital foi transferida para o PLANALTO CENTRAL, em 1960, havia o projeto de ligar todas as capitais dos estados `a capital federal. Parece que o desenvolvimento de VITORIA era tao pouco que ficou por ultimo. Com isso, o CENTRO-NORDESTE DE MINAS GERAIS, que antes fora um dos pontos desenvolvimentistas do ESTADO, gracas `a producao de ouro, diamantes, cafe, leite e muitos outros produtos, inclusive o ferro, ficou isolado ate `as ultimas decadas.
 
A partir de VIRGINOPOLIS, porem, ha que observar-se do mapa que os melhores caminhos que existiam para dirigir-se a OURO PRETO ou RIO DE JANEIRO eram:
 
a) para OURO PRETO via: DISTRITO DE FARIAS (GUANHAES), DORES DE GUANHAES, FERROS, SANTA MARIA DE ITABIRA, SAO GONCALO DO RIO ABAIXO, SANTA BARBARA, CATAS ALTAS, SANTA RITA DURAO (antigo INFICCIONADO) e OURO PRETO/MARIANA.
 
b) para seguir ate ao RIO DE JANEIRO, passando por OURO PRETO/MARIANA havia a alternativa: DISTRITO DE FARIAS (GUANHAES), DORES DE GUANHAES, FERROS, SANTO ANTONIO DO RIO ABAIXO, MORRO DO PILAR, SERRA DO CIPO, LAGOA SANTA, SANTA LUZIA, SABARA, NOVA LIMA, RIO ACIMA, ITABIRITO, AMARANTINA + CACHOEIRA DO CAMPO ate OURO PRETO/MARIANA. Dai para a frente seguia-se a ESTRADA REAL.
 
c) para o RIO DE JANEIRO havia a alternativa, mais racional, de a partir de SANTA LUZIA buscar o caminho de PITANGUI. Eh um caminho talvez maior em extensao aparente. Mas saia-se do itinerario da SERRA DO ESPINHACO, passando por uma area com relevo ameno. A distancia talvez nem chegasse a ser maior, pois, como dizia o antigo ditado mineiro: “ATRAS DE UMA SERRA VEM OUTRA SERRA”. O que se andava mais no relevo ameno descontava-se na necessidade de subir, descer e caminhar em longas voltas.
 
Os caminhos que se usava para contornar as serras nao podiam ser retos por causa do desgaste que animais de carga e pessoas sofreriam. Mesmo assim, o desgaste era maior no subir e descer serras, pois, por essa via nao se conseguia viajar mais que 30 quilometros por dia, principalmente em epoca de chuva. O que era uma costante na maior parte do ano antigamente. Ja no relevo moderado cobria-se facilmente 40 quilometros por dia. E na viagem ate ao RIO DE JANEIRO gastava-se 30 dias. Algo que devia ser muito bem calculado por nossos ancestrais.
 
Outro detalhe eh que a via maior evitava atravessar rios como o SANTO ANTONIO em meio ao caminho deles. Poucas pontes sobreviviam durante os periodos chuvosos. O inicio da caminhada obedecia o estatuto não escrito da ESTRADA REAL. Ou seja, ela ligava as cidade HISTORICAS. Das quais partiam os ramos para os assentamentos coloniais mais novos. O CENTRO-NORDESTE fora dominada pelo SERRO e a filial deste, CONCEIÇÃO DO MATO DENTRO.
 
Por logica, os caminhos de conexão dirigiam-se para elas primeiro. Outra lógica era caminhar em direção ao ponto mais elevado da região, onde SERRO e CONCEIÇÃO se localizavam, acompanhando o leito dos rios maiores, no caso especifico o SANTO ANTONIO, em busca dos pontos onde eram menos largos e mais seguros de ser atravessados, mesmo em período de chuvas. 
 
E observando o mapa hidrografico de MINAS GERAIS, nota-se que a area dominada pelas cidades de DIAMANTINA, SERRO e CONCEICAO DO MATO DENTRO, alem do antigo Distrito do MORRO DO GASPAR SOARES (MORRO DO PILAR) funciona como nascente e divisor de aguas de varias bacias importantes no estado, como as dos rios JEQUITINHONHA, MUCURI, SUASSUI GRANDE, SANTO ANTONIO e VELHAS. (Este ultimo apenas de relance).
 
A viagem em direcao `a SERRA DO CIPO e continuando rumo ao caminho que liga PITANGUI ao RIO DE JANEIRO era mais segura nesse ponto, o de não precisar atravessar rios de grande importância nos locais onde se mostram mais largos, exceto ja no RIO DE JANEIRO. Alem, claro, do evitar as serras desgastantes do ESPINHACO.
 
Indo da area dominada por VIRGINOPOLIS antigamente, o problema maior, no período chuvoso, era o Rio CORRENTES. Esse eh o contorno e a divisa entre la e GUANHAES, o municipio. Mas para contornar a situacao existiam algumas pontes. Todas precarias `aquela epoca mas continuaram e continuam em uso, com reformas.
 
A mais antiga de todas deve ser a do RACHAPAU. Este eh nome de fazenda que fica aos pés das montanhas conhecidas como TRES MORROS. Antigamente era conhecida como CANDONGA. Dito eh que o significado da palavra, em dialeto africano, eh INTRIGA. Um reflexo do que aconteceu nos anos de 1820, quando foi encontrada uma mina de ouro e as disputas e fofocas andaram soltas.
 
Eh possível que essa ponte seja da época porque ela permitia um melhor acesso ao lado oposto do rio, e onde fundou-se a Fazenda SAO PEDRO, que pode ter funcionado como apoio aos mineradores e depois tornou-se sede para a Familia RODRIGUES COELHO. A própria RACHAPAU passou `a propriedade de JOSE RODRIGUES COELHO (Ti JUCA) que fora filho do terceiravo ANTONIO RODRIGUES COELHO, proprietário da anterior.
 
Do RACHAPAU nao seria difícil aos antepassados contornar os TRES MORROS. No lado oposto da montanha inclusive ha um distrito com o nome de TAQUARAL. Dali ja eh meio caminho andado para os FARIAS, os vizinhos da localidade de DORES DE GUANHAES.
 
Duas outras pontes, a do GAVIAO e a do SAPE talvez não sejam tao antigas. Porem, a do SAPE tem a vantagem em relação `as duas anteriores de estar localizada num estreito onde o terreno enforca o rio. A ponte fica muito acima do leito dele e provavelmente nunca aconteceu enchente capaz de atingi-la. Essas duas opções também levam aos FARIAS, passando ou não pelo TAQUARAL.
 
A ponte do SAO BENTO faz a ligacao para o distrito do mesmo nome `a SANTA RITA DE BRAUNAS. Como o nome ja indica, eh caminho para a propria BRAUNAS em cujo território passa o Rio SANTO ANTONIO, onde o governador JUSCELINO KUBITSCHEK mandou construir a Usina Hidreletrica do SALTO GRANDE, ainda nos anos de 1950. A opção então seria seguir de BRAUNAS para FERROS que são vizinhas.
 
A ultima ponte seria aquela que liga VIRGINOPOLIS ao Distrito de SAPUCAIA DE GUANHAES. SAPUCAIA fica a 17 km distante de VIRGINOPOLIS e quase 50 km da sede GUANHAES. Deve ter sido a preferida por alguns tropeiros de VIRGINOPOLIS, principalmente aqueles que habitavam areas dos limites entre o município de ACUCENA; alem de partes de DIVINOLANDIA DE MINAS, GONZAGA, SANTA IFIGÊNIA DE MINAS, SARDOA e SAO GERALDO DA PIEDADE, que foram distritos emancipados. O objetivo dessa travessia tanto poderia ser alcançar BRAUNAS quanto percorrer o leito oposto do Rio CORRENTES para chegar ao TAQUARAL e seguir para a sede de GUANHAES.
 
Assim se davam as opções para os tropeiros. E obviamente, por esses caminhos também se davam os casamentos. Eh importante lembrarmo-nos que as famílias dominantes se localizavam estrategicamente ao longo dos caminhos do comercio. E muitas vezes o clã de uma família passava a residir na area adjacente ao clã de outra família. Dai os casamentos entre clas tornava-se facilitado.
 
Outra opção comum era o de um clã mais antigo, melhor estabelecido e com mais representantes, enviar diversos descendentes para os estudos. E as opções mais comuns antigamente se resumiam aos cursos de medicina, que era raro, advocacia e professorado. Como não encontrariam trabalho para todos no mesmo vilarejo de onde procediam, iam ocupar vagas em vilarejos recém-formados.
 
Essa era a oportunidade de os clãs multiplicarem suas influencias, pois, os recém-chegados eram recebidos como bons partidos, quando não casados, ou os filhos dos ja casados eram absorvidos com bom grado pelos dominantes locais. E assim as alianças eram formadas não apenas no campo familiar como também no campo politico.
 
Recordando nossa tradição, foi dito que “o bisavô MARCAL DE MAGALHÃES BARBALHO encantou-se com os olhos verdes da menina ERCILA COELHO DE ANDRADE, e observando que os pais dela passavam por dificuldades com o grande numero de dependentes, tratou o casamento, ressalvando antes que ela deveria primeiro estudar em DIAMANTINA, com os estudos pagos pelo noivo.”
 
Os fatos podem desmentir ou colocar em duvida a tradição. Apesar de não sabermos ao certo, pode ser que o casamento entre dona JOAQUINA COELHO DE ANDRADE e CASSIANO COELHO (talvez o nosso primo COELHO DE ARAUJO), seja o primeiro encontro entre as duas famílias. E isso seria condizente com a premissa do ponto de congruência entre os feudos dos ANDRADE e os feudos dos COELHO de GUANHAES.
 
Nao temos em nossa genealogia anotacoes que registrem os assinantes COELHO nascidos no município de FERROS. Mas o professor NELSON COELHO DE SENNA cita que a família esteve presente por la. E FERROS foi ambiente natural dos ANDRADE, claro, com extensão registrada no município de BRAUNAS, precisamente na comunidade de AREIAS. Fato eh que AREIA também eh nome de comunidade em DORES DE GUANHAES. O que aproxima mais ainda as duas famílias.
 
Outro detalhe foi que o bisavô MARCAL era mais velho que a Dindinha ERCILA, porem, a distancia de idade não era tao maior. No detalhe, são 8 anos apenas de diferença. Pois eh dito que ela tinha 12 anos, o que faz dele ter 20 quando do suposto ocorrido. Dificilmente tal proposta teria sido feita por um moleque, praticamente, nessa idade, pois, a vida para ele ainda seria muito incerta. Ele proprio deveria estar concluindo seus estudos.
 
O que poderia ter facilitado um encontro seria se os terceiravos JOAQUIM COELHO DE ANDRADE e JOAQUINA UMBELINA DA FONSECA residissem na beira do caminho entre GUANHAES e FERROS, que leva a ITABIRA tambem. Isso pela simples razão de que a Familia MAGALHAES BARBALHO foi formada em ITABIRA, com o casamento do “padre” POLICARPO JOSE BARBALHO e ISIDORA FRANCISCA DE MAGALHAES.
 
Esses nossos quartavos foram pais do capitao FRANCISCO MARCAL BARBALHO, que levado por seu irmão, padre EMIGDIO DE MAGALHÃES BARBALHO, para GUANHAES, acabou se casando com EUGENIA MARIA DA CRUZ, a filha mais nova dos fundadores de SAO MIGUEL E ALMAS DE GUANHAES, atual GUANHAES: JOSE COELHO DA ROCHA e LUIZA MARIA DO ESPIRITO SANTO. Sendo o bisavo MARCAL filho do casal anterior e neto desse ultimo, as ligacoes com ITABIRA facilitariam o conhecimento antigo das familias, portanto, o casamento não seria ao acaso.
 
Outro detalhe esta no caminho. No território de GUANHAES existe uma fazenda chamada PANELAO. Em anos anteriores aos de 1960 tem-se a noticia de ter sido propriedade dos nossos parentes. Particularmente do que tornou-se nosso tiavo HORACIO NUNES COELHO. Esse foi filho do PEDRO NUNES COELHO (o Surdo) e dona ANTONIA NUNES LAGE. E a fazenda localiza-se nas areas circunvizinhas a BRAUNAS e DORES DE GUANHAES.
 
A area pode ser admirada através do endereço: https://pt.wikipedia.org/wiki/Parque_Estadual_Serra_da_Candonga.
 
PEDRO foi filho dos tiobisavos: EMIGDIA DE MAGALHAES BARBALHO e JOSE NUNES COELHO. O casal era primo em primeiro grau porque as mães eram irmãs. Tia FRANCISCA EUFRASIA era irma da terceiravo EUGENIA. O que torna o bisavo MARCAL tambem tio do PEDRO, porque tia EMIGDIA era irma dele.
 
O muito provável seria que a posse da Fazenda PANELAO remonte ao PEDRO ou mesmo ao pai dele, o JOSE. Ha que salientar-se que os LAGE, ANDRADE, PIRES CABRAL e outros faziam parte do conjunto chefiado pelos DA CUNHA ANDRADE, que se uniram obviamente ao DRUMMOND. Apesar de um ser tio e outro sobrinho, o casamento entre os bisavós MARCAL e ERCILA, e PEDRO e SA TONINHA devem ter se dado `a mesma época. Isso porque MARCAL deve ter se casado bem mais velho que o PEDRO.
 
Mas de todas as formas, MARCAL casou-se primeiro, o que não impede que os LAGE e ANDRADE tivessem sido vizinhos do casal JOSE e EMIGDIA. Nisso os casamentos do PEDRO com SA TONINHA e MARCAL com Dindinha ERCILA poderiam ter sido uma consequência natural do conhecimento prévio entre as famílias.
 
Certamente, nao se configura esses dois casamentos dentro de outra lógica. O que fica mais implícito eh que eles não terão ocorrido em torno da atual estrada que liga SANTA MARIA DE ITABIRA a GUANHAES. Eles são mais antigos que esse caminho.
 
Depois desses casamentos houveram outros. Um personagem que intriga e talvez venha algum dia a ajudar-nos a ajustar os pontos foi o poeta VULMAR PINTO COELHO. Fez a carreira dele em GUANHAES. Foi farmacêutico e prefeito, mas gostava mesmo era da poesia. Tenho os depoimentos a respeito dele, no endereço: http://joserabello1.blogspot.com/2011/03/vulmar-coelho-12021972-peneira-n-137-j.html. Ai o dr. RABELLINHO deixa em duvida se o poeta nasceu em SENHORA DO PORTO ou FERROS.
 
Penso que no livro: “Notas Historicas Sobre Guanhaes”, o nosso aparentado INNOCENTE LEAO SOARES deixou escrito que ele nasceu em DORES DE GUANHAES. Mas infelizmente não encontrei dados genealógicos do VULMAR. As duas opiniões são póstumas. Portanto, foram feitas com afago. Uma suspeita eh a de que este poeta tenha sido filho dos senhores: GUSTAVO e dona OLYMPIA PINTO COELHO, que era tia do professor NELSON COELHO DE SENNA. Mas este menciona o apenas os nomes de alguns filhos, citando-os como “dentre outros”. Não estão nem o VULMAR nem dona MARTHA.
 
Ja no DIARIO SECRETO DO VOVO CISTA ha uma menção `a política adversaria. Trata-se de opinião contemporânea em que o poeta foi prefeito de VIRGINOPOLIS. Não se trata de elogios. Apenas confirma que assim como o poeta era relapso em relação `as suas próprias  finanças, também o era em relação `a coisa publica. O avo CISTA era o maior conservador fiscal de quem ja ouvi falar, portanto, não sera nem bom publicar o escrito!
 
O poeta VULMAR PINTO COELHO casou-se mas nao deixou descendentes.
 
Outros casamentos que se seguiram e que podem apontar vínculos entre os COELHO e ANDRADE foram:
 
1. A tiavo NIZE COELHO DO AMARAL casou-se com JOSE CABRAL PIRES, que era natural de SANTA MARIA DE ITABIRA
 
2. O FABIO RODRIGUES COELHO, filho dos tiobisavos BENJAMIN RODRIGUES COELHO e JULIA COELHO DO AMARAL casou com dona HERCILIA GUERRA. GUERRA eh outra das assinaturas mais frequentes na genealogia dos ANDRADE. FABIO e HERCILIA nasceram em 1924 e casaram-se em 1947.
 
3. Mais recentemente, nosso parente ATHOS MARTINHO COELHO casou-se com MARIA INES PIRES. Ela natural de ITABIRA e sei que tem vinculos com os DRUMMOND mas pela genealogia ainda não cheguei `a ponte genealogica.
 
Com certeza, muitos outros serão os encontros, principalmente os mais recentes dos quais não temos nota alguma.
 
Talvez seja possível que a descoberta da MINA DE CANDONGA tenha tido uma influencia de maquiagem em nossa genealogia. A mina foi comprada por ingleses que a exploraram por cerca de 20 anos. Sabemos que deixaram descendência e nossos primos com o sobrenome LOTT são o comprovante disso. Mas nosso terceiravo, ANTONIO RODRIGUES COELHO, casou-se uma segunda vez, com dona VIRGINIA DE CAMPOS NELSON. Não tiveram filhos para efetivar essa união. Depois que ficou viuva, ela mudou-se para o RIO DE JANEIRO, onde faleceu. Não temos os devidos dados dela.
 
Apos o longo isolamento da região, e em função do crescimento urbano brasileiro tendendo a acumular o desenvolvimento em cidades polo, nas ultimas décadas pode-se notar que a genealogia acompanha o fluxo migratório. Assim, com a construção da nova capital de MINAS GERAIS, no final do século XIX, houve um fluxo grande de pessoas para BELO HORIZONTE. Os que se mudavam num passado mais distante dirigiam-se ao RIO DE JANEIRO e SAO PAULO.
 
A partir de 1940, com a construção da rodovia RIO/BAHIA, passando por GOVERNADOR VALADARES, houve um direcionamento da migração para aquela cidade, o que permaneceu ate aos anos 1970.
 
A partir dos anos 1960, porem, essa tendência passou a ser compartilhada tanto com BELO HORIZONTE quanto com ITABIRA, IPATINGA e BRASILIA. As quatro cidades tiveram crescimentos demográficos espantosos e o excesso populacional dos pequenos municípios mineiros do CENTRO-NORDESTE do estado de MINAS GERAIS foi praticamente descarregado nelas.
 
A partir dos anos 1980, com as inúmeras recessões passadas pela economia brasileira, o fluxo desviou-se para o exterior, sendo PORTUGAL, ESPANHA, ITALIA, FRANCA, INGLATERRA e ESTADOS UNIDOS a preferencia, com alguma escolha também para AUSTRALIA. Durante o inicio do século XXI a tendência tem sido a de espalhar-se em todas as direções em todos os pontos do planeta. No BRASIL temos anotados dados que variam desde o ACRE ao SERGIPE. E desde o MARANHAO ate ao RIO GRANDE DO SUL.
 
Havemos que aguardar um pouco mais de tempo para descobrirmos os vínculos que nos ligam a pelo menos mais uma casa de nobreza, criada no IMPERIO BRASILEIRO. Trata-se do Baronato de ALFIE. ALFIE atualmente eh um distrito pertencente ao município de SAO DOMINGOS DO PRATA. Teve inicio de sua colonização durante o inicio do século XVIII. Apesar da importância que possuiu, tornando motivo de estudos genealógicos por parte do cónego TRINDADE, nunca teve a oportunidade de desenvolver-se. Fica na area de influencia de ITABIRA. Foi grande o suficiente para virar titulo de nobreza.
 
O primeiro e unico barão de ALFIE foi JOAQUIM CARLOS DA CUNHA ANDRADE, que foi filho do casal: CASEMIRO CARLOS DA CUNHA ANDRADE e dona SENHORINHA DOS SANTOS ALVARENGA, ou seja, tiosbisavos do poeta CARLOS DRUMMOND.
 
O Distrito de ALFIE e as cidades de FERROS, BRAUNAS, DORES DE GUANHAES e mesmo a propria SERRO sao retratos do que os caminhos podiam dizer a respeito do futuro de um arraial nascente. Por 250 anos, por exemplo, o SERRO foi um dos municípios mais promissores do ESTADO DE MINAS. Com o desvio dos caminhos que por la passariam perdeu importância política e econômica para diversos desmembramentos feitos do seu território, como são os casos de MONTES CLAROS, DIAMANTINA, TEOFILO OTONNI, GOVERNADOR VALADARES e a pequena GUANHAES.
 
Pela importancia que teve, não se justificaria comparar-se SERRO a ITABIRA. Mas a primeira permanece ainda com seus 20.000 habitantes enquanto a segunda ja passou dos 100.000. O problema para ITABIRA agora eh manter-se sem a exploração do minério de ferro que esta se esgotando e a exploração sendo transferida para CONCEIÇÃO DO MATO DENTRO. Talvez em breve MINAS GERAIS ganhara mais uma cidade de porte médio, enquanto a matriarca de todas continuara diminuta.
 
Um ultimo pensamento a respeito das influencias na genealogia, temos que: `a medida que os clãs adquiriam poder, seus representantes maiores acabavam se relacionando, formando outras alianças políticas e genealógicas. Bons exemplos disso ocorrem em relação a nossos parentes como os descendentes do professor NELSON COELHO DE SENNA e tio-bisavô ANTONIO RODRIGUES COELHO JUNIOR.
 
Foram dignos representantes da populacao interiorana, enviados pelo povo a representa-lo junto `as assembleias do ESTADO e do PAIS. Não necessariamente obedecendo a um plano pre-fixado, porem, com o convívio com representantes de outros representantes de famílias dominantes do ESTADO DE MINAS GERAIS e do PAIS, no RIO DE JANEIRO, os filhos acabaram formando alianças matrimoniais que mais se pareciam alianças políticas. 
 

E isso acabava dando a esses representantes poder e influencia que refletiam em todos os âmbitos. Talvez a descendência deles não tenha se tornado mais influente por causa dos sobe-e-desces da política brasileira. A carreira de ambos foi amputada pelo golpe de estado que deu origem ao chamado ESTADO NOVO, que no vulgar conhecemos como a DITADURA VARGAS. O “Diario Secreto do Vovo Cista” contem excelente observação `as personalidades envolvidas, para o bem e para o mal, naquele movimento antidemocrático.

Em revisao aos escritos mais antigos a respeito da FAMILIA COELHO, precisamente na obra do professor NELSON COELHO DE SENNA, ele menciona entre as localidades denominadas: “COELHOS”, no Estado de MINAS GERAIS, a FAZENDA DOS COELHOS, que ficaria no “antigo AXUPE DO MATO DENTRO”. Acredito que referia-se `a FAZENDA AXUPE, que teria sido o quartel general do ramo da FAMILIA COELHO que nos deu origem. Embora, dito tenha sido que ela localizava-se no MORRO DO PILAR, penso que fosse mesmo em CONCEICAO DO MATO DENTRO. Ou, pelo menos, as muitas mudancas territoriais ao longo da Historia pode ter ocasionado a confusao.

Existe atualmente um local chamado LAPINHA DA SERRA, entre SANTANA DO RIACHO e CONCEICAO DO MATO DENTRO. Esse sim eh o local mais proximo de onde a familia deve ter se instalado porque os quartavos JOSE COELHO DA ROCHA e LUIZA MARIA residiram na FAZENDA DA LAPINHA, onde tiveram os 4 filhos mais velhos do casal. Toda a regiao pertencia a CONCEICAO DO MATO DENTRO, dai a identificacao dos locais de nascimentos ser este. Embora tambem parta dai o riacho denominado AXUPE, que tambem passa por MORRO DO PILAR.

Nota-se que temos recordacoes genealogicas apenas do ramo da familia que dirigiu-se para as margens do Rio Graipu e ali fundou o Arrail de SAO MIGUEL E ALMAS DE GUANHAES. Mais tarde veio a tornar-se o atual municipio de GUANHAES. Por logica, como SANTANA DO RIACHO fica no topo da cabeceira do RIO SANTO ANTONIO, era esperado que a familia se alastrasse no curso desse por ser o maior em aguas daquela microrregiao.

Como o professor NELSON DE SENNA tambem relata que o bisavo dele, JOAO COELHO DE MAGALHAES, casou-se com sua prima-irma, BEBIANA LOURENCA DE ARAUJO, era de esperar-se que outros ramos da FAMILIA COELHO fizessem parte do cla como um todo, `a altura do final do seculo XVIII. Entao, eh razoavel supor que ramos da mesma linhagem COELHO tenham descido o curso daquele rio indo aportar em SANTO ANTONIO DO RIO ABAIXO, FERROS, DORES DE GUANHAES e BRAUNAS. Com isso formando uma area de congruencia com o dominio dos ANDRADE. E, naturalmente, esses deverao ser a origem do nosso COELHO DE ANDRADE.

Infelizmente o professor NELSON nao descreveu a formacao do ramo ARAUJO que podera tambem ser COELHO. Sabe-se que o ARAUJO, como sobrenome, tambem foi frequente naquela regiao.

08. VIDA NOVA

Estou deixando em aberto esse espaco apenas por antecipacao. Estou esperando o desenrolar de alguns contatos que poderao esclarecer algumas coisas em nossa genealogia. Assim, caso tenha novidades, esse sera o capitulo para posta-las. O que tenho eh isso:

01. Espero consulta que fiz `a MITRA DA ARQUIDIOCESE DE DIAMANTINA
02. O capitulo “ROCHA BRANDAO” do livro do Conego TRINDADE podera ser-me enviado
03. Minha cunhada ficou de pesquisar o nome dos pais do bisavo deles: JOAQUIM SOARES DE ANDRADE
04. A tia NENEN tinha um arquivo secreto. Como ela faleceu apos 1979, quando da publicacao do livro da prima IVANIA, dados importantes que poderao estar nele deverao revelar-nos algo mais. Mas nao tenho certeza que obteremos tais dados tao cedo, pois, os museus de PETROPOLIS e BELO HORIZONTE estao competindo para ter tais documentos em maos. Mas pode ser tambem que nao revelem tanto de interesse `a nossa genealogia.

Abaixo resolvi postar a relacao de documentos que interessam de imediato, com algumas informacoes que poderao facilitar o encontro deles. Essa foi o que solicitei se encontrariam la em DIAMANTINA. Se pelo menos disseram que alguns estao por la, e que poderemos uma hora dessas buscar copias, ja tera sido um grande avanco. O que doi eh so ficar aguardando resposta.

 


A. DOCUMENTOS “DE GENERE ET MORIBUS”
1. Padre POLICARPO JOSE BARBALHOEra filho do capitao JOSE VAZ BARBALHO e dona ANNA JOAQUINA MARIA DE SAO JOSE. Nasceu entre 1780-1790. Casou-se, em 1808, com ISIDORA FRANCISCA DE MAGALHAES, em ITABIRA, filha natural de dona GENOVEVA NUNES FILGUEIRAS (ou FERREIRA). Apos ter a familia e ficado viuvo, antes de 1838, como consta no “DE GENERE” do filho EMIGDIO DE MAGALHAES BARBALHO ordenado em 1845, em MARIANA, retornou ao seminario ja em idade avancada. (entre 64 e 74 anos). Se ordenou em DIAMANTINA, devera estar entre os primeiros ordenados do seminario dessa cidade, pois, em 1854, quando da fundacao, ja estaria na faixa de idade acima mencionada.Na edicao de 1873-4 do “ALMANAK ADMINISTRATIVO E INDUSTRIAL DA PROVINCIA DE MINAS GERAIS” (Google Livros) aparece a casa de comercio “BARBALHO & SIMAO” que pode ter sido fundada por ele ou algum parente proximo.2. Bispo D. MANOEL NUNES COELHOEra filho de MIGUEL NUNES COELHO e dona AMBROSINA (SINHA) DE MAGALHAES BARBALHO. Nasceu em VIRGINOPOLIS, no ano de 1885. Cursou o seminario em DIAMANTINA, sendo ordenado em 1909. Foi o primeiro bispo de LUZ. Faleceu em 1967. Era bisneto do padre POLICARPO.3. Monsenhor ANTONIO PINHEIRO DE SOUZA BRANDAOFoi filho de ANTONIO PINHEIRO DA SILVA BRANDAO. Nasceu no Distrito de MILHO VERDE, em 1861. Foi ordenado no ano de 1885. Foi paroco em SAO JOAO EVANGELISTA e GUANHAES. Foi convidado a tornar-se VIGARIO-GERAL da ARQUIDIOCESE DE DIAMANTINA, pelo reverendissimo bispo D. JARDIM. Faleceu em 17-4-1957. A pedido dos fieis amigos, foi sepultado em GUANHAES.B – REGISTROS DE CASAMENTOS

1. MANOEL VAZ BARBALHO – JOSEPHA PIMENTA DE SOUZA

O casamento se deu em 18.9.1732, na CAPELA DE NOSSA SENHORA DOS PRAZERES DE MILHO VERDE. Ele era filho de: MANOEL AGUIAR e dona MARIA DA COSTA BARBALHO. Ela, filha de: BELCHIOR PIMENTA DE CARVALHO. Nasceram no RIO DE JANEIRO. Apos casar-se em MILHO VERDE, o casal MANOEL e JOSEPHA viveu no atual Distrito de ITAPANHOACANGA, de ALVORADA DE MINAS.

2. JOSE VAZ BARBALHO – ANNA JOAQUINA MARIA DE SAO JOSE

Nao tenho dados seguros alem de ele ser natural do SERRO e ela de CONCEICAO DO MATO DENTRO. Ele podera ser filho de MANOEL VAZ BARBALHO e JOSEPHA PIMENTA DE SOUZA. Tambem poderia ter sido filho de algum primeiro casamento de POLICARPO JOSEPH BARBALHO, que nasceu em 1735 e era filho do MANOEL e dona JOSEPHA.

3. CASSIANO COELHO DE ARAUJO – JOAQUINA SIMPLICIANA

Ele era filho de JOAO COELHO DE MAGALHAES e BEBIANA LOURENCA DE ARAUJO. A unica informacao eh que casaram-se em DIAMANTINA. Isso tera que ter-se dado entre 1825 a 1845. Foi mineiro nas lavras de ITAIPABA, SAO JOAO DA CHAPADA e JEQUITAHY.

4. JOAQUIM COELHO DE ANDRADE – JOAQUINA UMBELINA DA FONSECA

O casamento tera que ter se dado antes de 1862 quando nasceu a filha ERCILA. Podem proceder de GUANHAES ou DORES DE GUANHAES.

5. AUGUSTO ELIAS KUBITSCHEK – MARIA JOAQUINA COELHO

Foram os avos maternos do presidente JUSCELINO. Nao tenho dados especificos do casal. O casamento tera se dado por volta de 1870. Os pais da esposa deverao ser os casais numero 6 ou 7. Talvez o 3.

A tiavo EDITH COELHO DO AMARAL, nascida em VIRGINOPOLIS e 1898, residiu na casa de dona JULIA KUBITSCHEK enquanto cursava o Colegio em DIAMANTINA. No Memorial dele, JUSCELINO menciona os COELHO de VIRGINOPOLIS como primos dele.

6. JOAQUIM COELHO DE ARAUJO – MARIA COELHO DE SOUZA

Os pais dele foram JOAO COELHO DE MAGALHAES e BEBIANA LOURENCA DE ARAUJO. Casaram-se por volta de 1825 a 1850. Deixaram numerosa descendencia. No ALMANAK, JOAQUIM aparece na lista de mineradores da Cidade de DIAMANTINA.

7. JOAO COELHO DE ARAUJO – ANNA ROCHA

Irmao do anterior e do numero 3. Devem ter casado no intervalo de tempo acima mencionado. Junto com CASSIANO, formam um trio de irmaos descritos no livro do professor NELSON COELHO DE SENNA, que era sobrinho neto dos 3, como “foram mineradores de diamantes e casaram-se em DIAMANTINA.” JOAO e ANNA residiram no BECO DO COQUEIRO e faleceram em DIAMANTINA. Deixaram numerosa descendencia.

8. FRANCISCO DIAS DE ANDRADE – CELESTINA CRISTINA DE SOUZA

Nao tenho nome dos pais. Deverao ter se casado por volta de 1890. Eram naturais de DIAMANTINA.

9. JOAO DIAS DE ANDRADE – MARIA DOS ANJOS DA MATA MACHADO

JOAO foi irmao do anterior. Eram de DIAMANTINA e casaram-se por volta de 1890 tambem.

10. JOAQUIM BENTO DE ANDRADE – JOANITA ANDRADE

Ele nasceu em DIAMANTINA, em 1822, e era filho de JOAO BENTO DE ANDRADE. Casamento em torno de 1850.

11. JOSE COELHO DE MAGALHAES – EUGENIA RODRIGUES ROCHA (tambem conhecida como EUGENIA MARIA DA CRUZ (1a.))

Casaram-se em 7.9.1799 e viveram em MORRO DO PILAR. Podem ter se casado em CONCEICAO DO MATO DENTRO e ela era filha de GIUSEPPE NICATSE DA ROCHA e MARIA RODRIGUES DE MAGALHAES (BARBALHO).

12. ANTONIO JOSE MONIZ – MANOELA DO ESPIRITO SANTO

Deverao ter se casado por volta de 1780 e viveram em CONCEICAO DO MATO DENTRO. Foram pais de LUIZA MARIA. Podem ter sido donos da FAZENDA DA LAPINHA que fica em SANTANA DO RIACHO atualmente.

13. JOSE COELHO DA ROCHA (ou DE MAGALHAES FILHO) – LUIZA MARIA DO ESPIRITO SANTO

Casaram-se por volta de 1810 e eram filhos dos casais anteriores. Foram os frundadores do ARRAIAL DE SAO MIGUEL E ALMAS, atual GUANHAES. Comecaram a vida na FAZENDA DA LAPINHA, onde tiveram seus 4 primeiros filhos. Os outros 4 os tiveram em GUANHAES.

14. GIUSEPPE NICATSE DA ROCHA – MARIA RODRIGUES DE MAGALHAES (BARBALHO)

Sabe-se apenas que foram pais da EUGENIA RODRIGUES DA ROCHA.

15. FRANCISCO MARCAL BARBALHO – EUGENIA MARIA DA CRUZ (2a.)

Ele era filho de POLICARPO JOSE BARBALHO e ela do JOSE COELHO DA ROCHA. Casaram-se em GUANHAES, por volta de 1846. Foram os avos maternos do D. MANOEL.

16. MARCAL DE MAGALHAES BARBALHO – ERCILA COELHO DE ANDRADE

Ele era filho docasal numero 15 e ela do numero 4. Casaram-se, provavelmente em GUANHAES, em 5-7-1879. Foram tios maternos do D. MANOEL.

17. JOAO BAPTISTA DE MAGALHAES – CANDIDA DE MAGALHAES BARBALHO

Eram tambem tios maternos do D. MANOEL. Casaram-se em GUANHAES ou VIRGINOPOLIS (PATROCINIO DE GUANHAES), em 30.6.1883. Ele era filho de ANNA MARIA DE MAGALHAES e ela de FRANCISCO MARCAL e EUGENIA MARIA DA CRUZ. JOAO BAPTISTA era bisneto do padre POLICARPO.

18. JOAQUIM SOARES DE ANDRADE – ANNA DE ARAUJO E SILVA

Nao tenho informacoes especificas. A descendencia esta centrada em torno da Cidade de GONZAGA. Deverao ter se casado por volta de 1890. Ha a possibilidade de procederem de GUANHAES ou DORES DE GUANHAES.

19. EUZEBIO NUNES COELHO – ANNA PINTO DE JESUS

Casaram-se possivelmente em SAO DOMINGOS DO RIO DE PEIXE, atual Cidade de DOM JOAQUIM, por volta de 1804. Ele era filho de MANOEL NUNES COELHO. Foram os bisavos do D. MANOEL.

20. JOAO COELHO DE MAGALHAES – BEBIANA LOURENCA DE ARAUJO

O casal viveu em GUANHAES, eram primos carnais. Ele era filho do casal numero 11. Nasceu, supostamente, em 1785, e casaram-se em 1804. A data pode ser 1824 porque as datas de nascimentos das filhas foram: 1828, 1829 e 1835. Nao tenho datas dos nascimentos dos 3 filhos: JOAO, JOAQUIM e CASSIANO.

21. JOAO BAPTISTA COELHO – MARIA HONORIA NUNES COELHO

Ele foi um dos primeiros nascidos no Arraial de SAO MIGUEL, em 1822. Casaram-se por volta de 1845 quando nasceu o primeiro filho JOAO BAPTISTA COELHO JUNIOR. Ele era filho do casal numero 13. Ela era filha de CLEMENTE NUNES COELHO. CLEMENTE era filho do casal numero 19. E nao se sabe o nome da esposa com a qual teve mais filhos, entre os quais, ANTONIO e PRUDENCIO.

22. CLEMENTE NUNES COELHO – ANNA MARIA PEREIRA

Esqueci de pedir esse ultimo la em DIAMANTINA. Trata-se dos pais de tios VITALINA, MARCOLINA e PIO NUNES COELHO. Eles se casaram com filhos do trisavo ANTONIO RODRIGUES COELHO. Esse documento seria importante para desfazer a duvida se esse CLEMENTE seria o nosso quartavo ou, possivelmente, filho dele. Sabemos que nosso quartavo foi pai da MARIA HONORIA NUNES COELHO por volta de 1830. Isso porque ela foi mae do terceiravo JOAO BAPTISTA COELHO JUNIOR em 1845.

Os tres tios-bisavos nasceram nos anos 1860. Portanto, ou sao filhos do mesmo pai com uma esposa diferente ou sao netos do primeiro CLEMENTE. Tudo indica que esse segundo seja mesmo filho.

E aqui ha que atentar-se para o sobrenome PEREIRA dela, que pode ser daquele vinculado `a Familia ANDRADE. Se for o caso, teremos mais esse vinculo, pelo menos indiretamente em nosso particular. Alguns na familia contudo poderao ter o ANDRADE dobrado se esse for o caso. A descendencia de nossa tiavo MARIETTA NUNES RABELLO, que foi esposa do tio ONESIMO DE MAGALHAES BARBALHO e parte da descendencia da dona MARIA CLARA RABELLO, que foi esposa do senhor FRANCISCO DIAS DE ANDRADE JUNIOR, podem ser ANDRADE por esse lado, por terem sido filhas da dona ANTONIA NUNES COELHO, da qual paira a duvida quanto a ser ou nao do casal CLEMENTE – ANNA MARIA.

 

ANALISE DAS GENEALOGIAS ROCHA BRANDAO E SILVA BRANDAO

 

Como primeiro resultado das minhas incursoes no assunto, onde falei antes que precisava estudar o tit. ROCHA BRANDAO do livro “VELHOS TRONCOS MINEIROS” do Conego TRINDADE, o amigo JOAO ALBERTO enviou-me copia do tal. Belo comeco. Como previa, tambem estava nele o filho do alferes de cavalaria MANUEL COELHO RODRIGUES, FRANCISCO COELHO DA SILVA BRANDAO, juntamente com a familia. O que nao aparecia no “VELHOS TRONCOS OUROPRETANOS”.

Mas, tudo feito e ainda nada resolvido. Nada encontrei no capitulo que formasse vinculo direto com nossos ancestrais, por enquanto. Nao podemos descartar de todo a possibilidade de descendermos de pessoas inscritas no capitulo. Isso se da porque nenhuma genealogia eh completa.

No caso das genealogias que o Conego TRINDADE estudou, por exemplo, existem limites normais ao encontro completo das genealogias. Sabe-se que ele nasceu, viveu e trabalhou na regiao da ZONA DO CARMO, ou seja, nas imediacoes de OURO PRETO e MARIANA. Tambem que estudou familias locais, particularmente as que tinham vinculos parentais com os TRINDADE. Assim como ele tinha ao seu proprio favor o fato de ter sido guardador dos documentos eclesiasticos na ARQUIDIOCESE DE MARIANA, tambem foi diretor do MUSEU DA INCONFIDENCIA, em OURO PRETO, por outro lado, as obrigacoes na administracao junto `a ARQUIDIOCESE nao deve ter lhe dado tempo de aprofundar seus conhecimentos em freguesias mais distantes.

O resultado pratico disso eh que os dados recolhidos nos arquivos por ele administrados lhe davam uma grande vantagem. Ao mesmo tempo que a realidade da dinamica da expansao das familias produziam ramos que migravam para paragens `as vezes distantes e com isso ficava impedido de recolher dados a partir de alguma geracao.

Outro detalhe do trabalho dele, que facilitava, era poder vasculhar os documentos “DE GENERE ET MORIBUS” dos padres que se formavam em MARIANA. Tambem dos estudantes que estudaram nos colegios sob a administracao marianense. Os “DE GENERE” ofereciam uma janela mais ampla para o passado. Principalmente em relacao aos padres que cursaram o seminario antes da INQUISICAO ser extinta. Isso porque, para ser padre naquela condicao, era preciso provar-se que se era “CRISTAO (catolico) VELHO”, “sem nenhuma mancha de raca infecta”.

Pois eh! Assim era tratada a descendencia de “CRISTAOS NOVOS”, ou seja, judeus, muculmanos ou quaisquer outros que tivessem ancestrais ligados a eles. Para tornar-se padre era preciso ser “PURO SANGUE”. E para comprovar essa “pureza” tornava-se necessario examinar diversas geracoes. Eh por essa razao que os estudos do Conego TRINDADE geralmente passam por padres. Infelizmente, nao foi o caso da familia BARBALHO do nosso ramo.

Ela devia ser um objeto otimo para pesquisa segundo alguns criterios facilitadores aos estudos genealogicos. Nosso ramo comeca em um padre, POLICARPO JOSE BARBALHO, que entrou para o seminario, desistiu para casar, teve filhos, criou a familia, deu tempo ao filho EMIGDIO DE MAGALHAES BARBALHO tornar-se padre, como ja era viuvo mesmo antes do padre EMIGDIO ingressar no seminario, retornou para ordenar-se quando ja idoso. O nosso problema eh o de nao sabermos onde o POLICARPO estudou antes da ordenacao.

Apesar do padre EMIGDIO ter estudado em MARIANA, o que deve ter oferecido dificuldade para o Conego TRINDADE estudar a familia foi ela ter-se se mudado para ITABIRA e dai para mais ao norte ainda. Assim, os proximos membros clerigos dela estudaram em outras pracas. Incluindo ai o bisneto do padre POLICARPO, o padre ordenado em 1907, MANOEL NUNES COELHO. Somente em 1920 foi nomeado bispo, o primeiro da cidade de LUZ, em MINAS GERAIS.

Nao sei dizer se algum neto do padre POLICARPO veio a tornar-se padre tambem. Temos anotados apenas 9 netos dele. A ANNA MARIA, filha do JOSE, e os 8 filhos do terceiravo FRANCISCO MARCAL: EMIGDIA, PETRONILHA (Pitu), QUITERIA, CANDIDA (Sa Candinha), AMBROSINA (Sinhah), JULIA (solteira), PEDRO e MARCAL DE MAGALHAES BARBALHO. A relacao de filhos do padre POLICARPO nao foi pequena e conta ainda com GENOVEVA, MARIA, LUCINDA, JOAO, MANOEL e talvez mais alguns dos quais nao temos noticias. Assim, as possibilidades nao sao infinitas mas tambem nao sao pequenas.

As geracoes seguintes continuaram produzindo clerigos, como sao os casos da prima do bispo, SALVA DE MAGALHAES BARBALHO, intitulada irma HELENA, que foi filha do bisavo MARCAL e prima em primeiro grau do D. MANOEL, que foi filho da tia SINHAH. O proprio bispo teve um sobrinho, OMAR NUNES COELHO, que tornou-se Monsenhor. Esse, filho do NOTEL e MARIA ISABEL RODRIGUES. E uma prima, filha do PEDRO NUNES COELHO, MARIA NUNES COELHO, que tambem adotou o apelido de irma HELENA.

Essa foi superiora no hospicio em BARBACENA. Substituiu os tratamentos de choque por carinho para com os alienados, e os que sofriam ataques eram acalmadas com a presenca dela. Alguem disse que estao procurando canoniza-la. Mas preciso comprovar a informacao ainda. PEDRO era filho da tia EMIGDIA e foi casado com dona ANTONIA NUNES LAGE, da familia desse titulo em ITABIRA.

Fica ate dificil enumerar todos os membros clerigos da familia. No ramo da Sa CANDINHA e Tio JOAOZINHO, por exemplo, encontra-se o padre ARNALDO DE MAGALHAES ANDRADE. No ramo da tia EMIGDIA temos o frei ROBERTO e o JUQUINHA do Ti CACO. Os dois primeiros ja falecidos. E para nao ser injusto com os muito outros, necessario eh mencionar que existem. Sao diversos padres e freiras tanto no ramo apararentado dos RODRIGUES COELHO quanto no dos NUNES COELHO. E o Conego TRINDADE perdeu essa boa oportunidade de inclui-los num mesmo estudo, porque passaram a pertencer `a area da ARQUIDIOCESE DE DIAMANTINA, o que lhe limitava acesso aos documentos. O que se dira se tivessemos o acompanhamento completo de todos os filhos do padre POLICARPO e aparentados!

Voltando ao assunto, preciso agradecer ao amigo MAURO DE ANDRADE MOURA por tambem ter-me enviado um escaniado do livro “VELHOS TRONCOS OUROPRETANOS”. Por ele podemos observar que a obra do Conego TRINDADE andou em evolucao. As familias estudadas no mais antigo: “GENEALOGIAS DA ZONA DO CARMO” foram basicamente as mesmas. E o “VELHOS TRONCOS MINEIROS” acrescenta `as mesmas familias e outras um pouco mais de cada genealogia. Nao apenas as atualizacoes decorrentes das diferentes datas de publicacoes de cada obra.

Com o tit. ROCHA BRANDAO em maos, agradecimentos ao amigo JOAO ALBERTO que o enviou-me, pude notar poucas coisas dignas de nota, por enquanto. Uma delas foi a que houveram nascimentos no Municipio de ANTONIO DIAS. O mesmo se dara em relacao ao tit. SILVA BRANDAO. Ou seja, formaram-se essas duas, em MINAS GERAIS, no mesmo nucleo geografico onde tambem se formaram os ANDRADE, de ITABIRA e imediacoes.

Mas para iniciar mesmo minha analise ha que se observar, talvez, uma coincidencia ou um encontro acidental de grande sorte. Entre os descendentes desse ramo ROCHA BRANDAO esta inscrita da Pn14 – dona CANDIDA MARIA DE AVILA LOBO LEITE PEREIRA. Ela casou-se com o senhor JOAO MARCIANO DE LIMA, casados em 1827, sendo ele natural de SANTA LUZIA. O Conego TRINDADE deu o acompanhamento da descendencia de apenas um filho e nao menciona se houveram outros.

A probabilidade eh que os tenham havido e, neste caso, se mudado para outras paragens fora do alcance da ARQUIDIOCESE DE MARIANA. E o mais certamente, teriam se mudado para a regiao do SERRO, que apos aos anos 1820 estava em franca expansao. Por essa epoca surgiram as Freguesias de SAO SEBASTIAO DOS CORRENTES e SAO MIGUEL E ALMAS DE GUANHAES, as atuais SABINOPOLIS e GUANHAES, respectivamente. Alem delas muitas outras foram surgindo no processo de expansao em direcao ao Oceano ATLANTICO, o que mais tarde teria GOVERNADOR VALADARES como intermediaria.

O filho unico anotado foi o senhor JOAO ELISARIO BRANDAO DE LIMA, que casou-se com a prima dele, EMILIA AUGUSTA BERNHAUSS DE LIMA. O casamento se deu em 1852.

O que ha nisso eh apenas a suspeita de uma pequena possibilidade. A de que o senhor JOAO MARCAL DE LIMA tenha sido membro desse mesmo ramo. Do sr. JOAO MARCAL temos pouco alem a contar. Pelo que calculo, ele devera ter nascido nao muito depois do casamento em 1852. Nao da para saber se os pais dele foi o casal. Mas poderia ser filho de algum possivel irmao do sr. JOAO ELISARIO.

Para casar-se, o sr. JOAO MARCAL foi buscar a dona ADELAIDE COELHO SOARES, em VIRGINOPOLIS. E eles foram pais de muitos, entre os quais temos apenas a dona ZINHA do sexo feminino. E os filhos que ja tivemos noticias inclui: ABEL, ABELAR (nao confundir com o prof. ABELAR DE ALMEIDA), JOSE, OSWALDO, JOAO e TARCISIO SOARES DE LIMA. Sabe-se tambem que dona ADELAIDE foi filha dos conhecidos locais: GILBERTO COELHO DA SILVA e dona MARCIANA SOARES DE SOUZA.

Para ficar mais claro, foram eles tambem os pais dos senhores GABRIEL (GABI) e FRANCISCO (CHICO) GILBERTO. Por ai ja esclarece alguma coisa. A descendencia de ambos enquandrou-se nas Familia COELHO e BARBALHO locais.

Da parte da dona ADELAIDE, quem enquadrou-se na Familia COELHO foi o senhor ABEL. Casou-se com MARIA, irma de minha mae, e depois com a CARMELITA, filha dos tiavos: ARMANDO e NAZINHA (a suposta filha do padre FELIX). Teve filhos fora esses casamentos dos quais nao tenho anotacoes. Tambem do senhor JOSE SOARES, que foi o marido de dona EFIGENIA, restou por ultimo, em VIRGINOPOLIS, os netos: RICARDO e DARTAGNAN, outros conjuges na Familia COELHO. Nao sei por onde anda o LEANDRO irmao deles que residia aqui e ha algum tempo nao o vejo.

E, ao que me lembre, somente a prima MARLY, esposa do JOSE DAS DORES ALBUQUERQUE, mais conhecido com Cabo DE, permanece na cidade. Nao tenho certeza se descendentes da dona ZINHA e senhor PAULO FERREIRA ainda sao residentes locais.

Ai fica no ar, por enquanto, a questao, seria o senhor JOAO MARCAL DE LIMA um fruto desse ramo da familia? Deixarei para que os membros da propria busquem e nos deem a resposta. Passarei a informacao para as amigas VERA LIMA, filha do senhor JOSE SOARES, e MERE LIMA, filha do senhor TARCISIO LIMA.

Ha outra oportunidade de haver vinculos parentais atraves do personagem BURIDAN GENEROSO LIMA. O BURIDAN nasceu em 1918, no SERRO e casou-se em VIRGINOPOLIS com a LILIA COELHO. Ela era filha do JOSE CLARO COELHO (Juquita) e JULIA COELHO DE MAGALHAES PACHECO. JUQUITA procedente do ramo BATISTA COELHO e ela do MAGALHAES BARBALHO. Ou seja, ja possuiam um vinculo parental, pois, ambos procediam do ramo RODRIGUES COELHO. BURIDAN e LILIA formaram os COELHO DE LIMA que migraram para a cidade de NOVA ERA, a principio, e atualmente esta no mundo.

Outro encontro auspicioso foi o de que o 8n2, Dr. JOAO CLAUDIO DE LIMA foi casado com dona MARIA PINHEIRO, filha do Dr. JOAO PINHEIRO DA SILVA e HELENA DE BARROS PINHEIRO. O pai dela foi o presidente (quando governadores recebiam esse titulo) do Estado de MINAS GERAIS. De pouca importancia essa informacao, nao fosse pelo fato de que mais duas filhas do casal de governadores se casaram com nossos parentes.

Dona AMANDA DE BARROS PINHEIRO foi a esposa do Dr. CAIO NELSON DE SENNA, filho do professor NELSON COELHO DE SENNA e dona EMILIA GENTIL GOMES CANDIDO DE SENNA. Ja a dona LUCIA PINHEIRO foi a esposa do professor DERMEVAL JOSE PIMENTA. Um terceiro encontro das familias, mais recente, foi o casamento entre ROGERIO DE MAGALHAES NUNES com MARIA AMELIA PINHEIRO JACOB. Ela, filha de MARIA ELISA PINHEIRO, filha, por sua vez, do tambem ex-governador ISRAEL PINHEIRO DA SILVA, filho do casal de governadores.

Outra possibilidade a nivel semelhante sera o caso da Tn13 – ANTONIA, ela casou-se com BERNARDO FERREIRA DE MAGALHAES. Ate onde o Conego TRINDADE deixou, eles tiveram duas filhas, BARBARA e FRANCISCA. Contudo, esse sobrenome FERREIRA DE MAGALHAES eh encontrado entre os ancestrais de nossas aparentadas MARIA CLARA, BLANDINA e tiavo MARIETTA, que foi a esposa do tio ONESIMO DE MAGALHAES BARBALHO.

Enfim, em nossa analise chegamos ao Tn15, o alferes de cavalaria MANUEL COELHO RODRIGUES. O Conego TRINDADE nos informa que verificou os Inventarios dele, datado de 1777, no Cartorio de 1o. Oficio, em OURO PRETO. Interessante foi que ele nao foi o primeiro chegado ao BRASIL como eu imaginava. O pai dele casou-se com a Bn12 MARIA SEABRA e, como confirma a Carta de Brazao passada aos 3 irmaos, chamava-se ANTONIO COELHO RODRIGUES.

A familia teve origem em MANUEL RODRIGUES BRANDAO e dona CATARINA ANDRE, naturais de SAO PEDRO FINS DE FERREIRA, PORTUGAL. A filha VITORIA RODRIGUES BRANDAO casou-se com marido nao revelado e foi mae de CATARINA RODRIGUES BRANDAO, que foi casada com JOAO DE SEABRA GUIMARAES. Esses foram os pais de dona MARIA SEABRA.

Claro, o ramo especifico do ANTONIO COELHO RODRIGUES vem de outras paragens e ele era filho do BELCHIOR COELHO, que foi irmao de um dos senhores de FILGUEIRAS E VIEIRA. Ja a esposa do MANUEL COELHO RODRIGUES, dona JOSEFA DE AVILA DA SILVA FIGUEIREDO, era prima dele e foi o Tn1 da mesma Familia ROCHA BRANDAO, segundo a numeracao usada no capitulo pelo Conego TRINDADE.

O ramo dela passa pela bisavo CATARINA RODRIGUES BRANDAO, outra filha do casal MANUEL RODRIGUES BRANDAO e CATARINA ANDRE. CATARINA foi casada e mae do FRANCISCO DA ROCHA BRANDAO, nascido em CABROBO, BAHIA, que casou-se com MARIA DA SILVA E AVILA, natural de SANTO ANTONIO DO BAMBU, da BAHIA. Ela era a F2 no tit. AVILA, o qual nao verifiquei.

Como o FRANCISCO foi o Bn1, inicia-se a sequencia de trinetos a partir dos filhos dele, onde o Tn1 era dona JOSEFA DE AVILA E SILVA E FIGUEIREDO.

Perdi a oportunidade de analisar os inventários do filho FRANCISCO COELHO DA SILVA BRANDÃO que se encontram na CASA DO PILAR, OURO PRETO, sob a titulacao: Ficha 253, codice 51 e Auto 624. O que seria importante verificar ali era se entre os filhos haveria aquele cujo nome era FRANCISCO LUIZ DA SILVA BRANDAO. Esta relacionado no livro o Pn 28 FRANCISCO. Mas esta registrado somente com esse primeiro nome, ao lado de outros 4 irmãos. FRANCISCO LUIZ foi o marido da dona MARIA CANDIDA DA CUNHA ANDRADE, tiabisavo do poeta CARLOS DRUMMOND.

Na verdade, nesse titulo o Conego TRINDADE não fez grandes acréscimos ao que ja possuia desde os “VELHOS TRONCOS OUROPRETANOS”. Inclusive fez a relação dos diversos filhos do Alferes de Cavalaria MANUEL COELHO RODRIGUES, quase todos acompanhados de cônjuges, mas sem a sequencia de famílias. Assim, não se perde de toda a esperança de o trisavô JOAQUIM COELHO DE ANDRADE ser descendente deles.

Outro detalhe eh o de que as CARTAS DE BRAZOES recebidas pelos 3 irmãos foram datadas de 1782, ou seja, 5 anos após os inventários do MANUEL COELHO RODRIGUES. Então ja deviam ser adultos jovens. Entre eles e o trisavô podem ter existido 2 ou 3 gerações. O que não parece ser difícil de resolver mas nunca se sabe!

SILVA BRANDAO – A partir da pagina 175, do II volume do livro: “VELHOS TRONCOS MINEIROS”

Esse titulo eh uma verdadeira recapitulacao da HISTORIA DE MINAS GERAIS, e BRASIL. Ele começa em OLIVEIRA DE AZEMEIS, PORTUGAL, com os casais ANTONIO HENRIQUES DA SILVA BRANDAO e ISABEL FERREIRA; e MANOEL FERNANDES e DOMINGAS DA SILVA. Eles foram os pais, respectivamente, do casal: ANDRE HENRIQUES DA SILVA BRANDAO e ISABEL SOARES DA SILVA.

Os últimos foram os pais do Capitao JOAO DA SILVA BRANDAO, natural da terra dos pais, e que casou-se em SAO CAETANO DE MARIANA com ANTONIA MARIA DE OLIVEIRA, filha de ANTONIO RIBEIRO DE OLIVEIRA e ROSA MARIA DOS ANJOS, naturais do PORTO. Ela, neta paterna de MANUEL RIBEIRO e CATARINA DE OLIVEIRA; e neta materna de BENTO FERREIRA e MARIA DO ESPIRITO SANTO.

Para ilustrar um pouco, copio aqui o extrato da descrição de um dos filhos do Capitao JOAO: ” N7 Brigadeiro JOSE DA SILVA BRANDAO c. a 1- XII – 1781 c. ANA SANCHES DE SEIXAS DA SILVA E AVILA BRANDAO, Qn1 de ROCHA BRANDAO, moradores da rua dos Paulistas, em ANTONIO DIAS.”

A descricao continua monotona ate alcançar a Pn16, dona ADA RIBEIRO BRANDAO. Ela foi casada com nada mais nada menos que o Marechal JOAO BATISTA MASCARENHAS DE MORAIS. Nao foi pouca coisa, afinal, foi o militar brasileiro mais condecorado durante a II GUERRA MUNDIAL. Foi elogiado pelo General MARK CLARK que foi comandante geral dos exércitos aliados na Guerra da COREIA. Mas esse foi apenas um dos agregados.

Na sequencia, temos a descrição: “Tn 19 – FRANCISCA DE PAIVA SANCHES c. em OURO PRETO, em 1844, c. o Coronel EMIDIO DE PAIVA BUENO, n. em 1823, filho do Coronel EMIDIO DE PAIVA BUENO e MARIA FRANCISCA DA SILVA.”

Estes foram os pais das Qn 15 – MARIA ISABEL DE PAIVA e Qn 16 – ESTER DE PAIVA, que foram sucessivamente 1o. e 2o. matrimonios do primo delas, o governador Dr. FRANCISCO SILVIANO DE ALMEIDA BRANDAO. O SILVIANO BRANDAO, como eh mais conhecido.

Ja o Qn 20 – JULIO BUENO BRANDAO, foi senador e tambem governador do Estado de MINAS.

A Tn 20 – ANA ISABEL BUENO, foi a esposa do senhor JOSE CLARO DE ALMEIDA. Esses foram os pais do governador Dr. FRANCISCO SILVIANO DE ALMEIDA BRANDAO. Governou MINAS entre 1898 a 1902. Foi eleito vice-presidente do BRASIL mas faleceu antes da posse.

E as nossa genealogias encontram-se nesse ponto. O governador SILVIANO BRANDAO, com a primeira esposa MARIA ISABEL foi pai do Dr. MARCELO SILVIANO BRANDAO, que casou-se com dona YOLANDA CONSUELO DE SENNA, filha do professor NELSON COELHO DE SENNA e dona EMILIA GENTIL DE SENNA.

Como so tive oportunidade de estudar esses dois capítulos não posso dizer que o engano seguinte foi galatico. Eh que a relação de filhos do casal MARCELO e YOLANDA CONSUELO consta como: MARIA EMILIA, FABIO NELSON, LUCIO OTAVIO, JOSE FLAVIO E MARCELO B. SILVIANO BRANDAO. Em realidade, somente o ultimo eh filho. Os outros quatro são os irmãos mais novos de dona YOLANDA.

Os filhos do casal chamaram-se: VERENA, YOLANDINHA, ELIANA, MARIA DO CARMO (BIDU) e MARCELO BALTHAZAR. Isso pode ser verificado no livro do proprio professor NELSON.

Nao ha necessidade aqui de mencionar cada uma das figurinhas carimbadas nessa família. Houveram outros politicos conhecidos, tanto em MINAS quanto em SAO PAULO. Outros se destacaram em funções militares.

Importante aqui eh salientar como se fazia política antigamente, inclusive usando os casamentos entre os filhos das famílias mais influentes. Devemos levar em conta que somente em 1872 o BRASIL chegou `a cifra dos quase 10 milhoes de habitantes contados. Quase 2 milhoes habitavam MINAS GERAIS. Pelo que se pode imaginar, eram menos de 200 familias com 10 mil pessoas cada uma. Aqui falo em familias, nao em sobrenomes. As familias se compoem de muitos sobrenomes mas aqui quero salientar o sangue, ou seja, os ancestrais que sao mais comuns a um grupo de pessoas.

Nao vou entrar nos detalhes. O importante aqui eh mostrar como politica e familia estavam conectadas. Como mencionei antes no texto as familias depositavam em alguns de seus ramos a funcao de fazer a “diplomacia externa”. Ou seja, localmente apontava-se algum membro da familia para destacar-se, elegendo-o deputado ou senador (a nivel provincial ou imperial). Esses iam representar os interesses da familia nas capitais.

O que se passa eh que o BRASIL era completamente rural. Nao existiam grandes cidades. Mesmo RIO DE JANEIRO e SAO PAULO contavam com menos de 200 mil habitantes. Assim, os enviados pelas familias se aproximavam das outras familias dominantes. E do convivio acabavam surgindo os casamentos entre os filhos.

De volta aos interiores, muito conhecidos como “currais eleitorais”, todos vibravam, sentindo-se representados. Afinal, um parente mesmo que com menor proporcao consanguinea estava fazendo um enlace politico que irmanava pessoas de diferentes pontos da PROVINCIA ou do PAIS.

E todos se sentiam representados ja que as familias, embora vivessem numa situacao de injusticas sociais, sabiam da consanguinidade que havia dentro dela. Haviam os excluidos, como os afrobrasileiros e os nativobrasileiros. Mas sabia-se que havia proporcao de sangue de todos correndo em todas as veias. Um exemplo na familia COELHO era o de o quartavo CLEMENTE NUNES COELHO ter sido pai da MARIA HONORIA NUNES COELHO. Nao se sabe quem foi a mae, mas a MARIA HONORIA era afrodescendente.

MARIA HONORIA casou-se com o terceiravo JOAO BATISTA COELHO. E eles sao contados como primeiros moradores e grandes povoadores do municipio de VIRGINOPOLIS e imediacoes. Nos apenas nao sabemos como mas a certeza eh a de que os descendentes tem parte do mesmo sangue que corre nas veias daqueles que permaneceram classificados como afrobrasileiros, talvez porque os ancestrais seguintes deles nao se casaram com pessoas de origem europeia, a diferenca eh que as peles deles permaneceram mais escuras. Mas o parentesco existe. Apesar de as injusticas sociais terem separado uns como se fossem de menos valor que os outros.

Os nativo brasileiros deixaram sangue na familia tambem. Embora nao saibamos exatamente como aconteceu nos ramos COELHO e BARBALHO existem os tracos fisicos deixados em alguns. Como as familias sao o maior exemplo do calderao genetico brasileiro, podemos observar sempre que entre os numerosos filhos das familias mais antigas sempre surgiam os que se destavam pela pele escura, outros por tracos asiaticos, particularmente a formacao de olhos amendoados, alem das variacoes das cores e qualidades dos cabelos. Na pratica mesmo, o professor DERMEVAL PIMENTA descreveu que a avo materna dele era indigena pura.

A manifestacao pratica do envolvimento da politica e a genealogia se dava particularmente nas distribuicoes das oportunidades. O BRASIL, por sua imensidao demografica e por causa da cultura extrativista dos colonos, oferecia grandes oportunidades e recursos naturais. Como a falta de industrializacao dificultava a formacao de grandes nucleos demograficos, porque a atividade quase unica era a agropecuaria, sempre que a populacao se multiplicava alem do que comportavam as fazendas proximas, abria-se nova fronteira de colonizacao. Assim, representantes de diferentes aglomerados mais antigos se encontravam nos arraiais novos e ali as familias se expandiam.

Como a concentração em novos arraiais abria a oportunidade de continuar-se no mesmo sistema, onde novas fazendas eram iniciadas, dando emprego e prosperidade para as pessoas de nível mais elevado na economia, e os novos arraiais abriam empregos para os artesãos, como os arrieiros, os fabricantes de toda espécie de artigos usados no dia-a-dia; e também para os doutores recém-formados como dentistas, advogados, medicos, padres, professores, que formavam a classe media aspirante a rica, os brasileiros não sentiram a necessidade de entrar na era da industrialização por longas gerações, e assim perdendo o trem da Historia.

Quando boa parte do territorio nacional foi ocupado, principalmente NORDESTE e CENTRO SUL, alguns municipios governantes comecaram a crescer. E com a chegada da industrializacao, mesmo incipiente, as oportunidades melhores comecaram a surgir nas grandes capitais. Neste caso, as oportunidades de maior futuro eram direcionadas `as chamadas “boas familias”. A parentalha do interior era contemplada com um certo segundo escalao, quando alguem se mudava para la.

Mesmo os mais pobres nao eram de todo esquecidos. Claro, havia aquela situacao de que os pobres “precisavam saber o seu lugar”. Se as madames precisavam de alguma assistente, tinham os aparentados la no interior aos quais recorriam para enviar-lhes uma menina de boas qualidades para ocupar o cargo. E essa prerrogativa valia para todos que estavam destinados aos servicos gerais.

A vantagem para o povo eh que mudava-se para as capitais onde se concentravam realmente as melhores oportunidades. Assim, com o passar das geracoes, aqueles que foram enviados para servicais se multiplicaram. E muitas vezes tiveram melhor acesso `a educacao, por exemplo, que aqueles representantes das “boas familias” que permaneceram no interior. Alguns doutores sairam do ventre do povo e muitos da elite viraram povo comum.

As pessoas hoje pensam que havia menos coisa errada no passado. Mas a verdade era que, em alguns casos como o nepotismo, nao eh que nao houvesse. O nepotismo simplesmente nao era proibido e ao contrario de ser algo errado, era a regra. E `as vezes o nepotismo favorecia `as classes menos favorecidas.

O que mudou de uns tempos para ca mesmo foi que o nepotismo virou falta. A populacao cresceu muito. As pessoas perderam os vinculos. Nao se procura saber mais as genealogias. Assim, `as vezes se constrange a uns e outros por pensar-se nao se pertencer a uma mesma familia.

O grande problema no BRASIL sempre foi as elites que não souberam fazer o pais entrar na era tecnologica. Nossas elites continuaram presas ao sistema “casa grande/senzala”. Por causa do excesso de riqueza fácil que o imenso território oferecia, sempre optou-se por expandir as fronteiras agrícolas e nunca industrializar-se. O BRASIL ficou estagnado no ciclo vicioso de quando as riquezas de um lugar se esgotavam ou não podiam ser partilhado com justiça pela população crescente, partia-se para alem, ao invés de usar-se os cerebros para criar-se alternativas de riquezas.

O BRASIL tem perdido a corrida pelas respostas progressistas durante gerações. Enquanto isso, a população sofreu aumentos exponenciais ao mesmo tempo. Assim, mesmo os ricos, por causa da multiplicação de suas descendências, não criaram fortunas suficientes para mante-las no mesmo nível que tinham. Com o tempo, a maior parte das descendências dos milionários antigos misturou-se ao povo. Mas os que continuam no topo da pirâmide econômica continuam lutando pela manutenção “disfarcada” do sistema que comprometeu o desenvolvimento do pais nos últimos 5 séculos.

As disputas politicas atuais refletem essa verdade. O que esta ocorrendo eh a luta pelo poder entre pessoas de mesmo sangue, porque quem esta por cima hoje não enxerga que o compartilhamento das riquezas e dar acesso `a educação e `a cultura ao maior numero possível de cérebros faria com que as ideias mais avançadas surgissem e todos teriam acesso a um maior quinhão de riquezas fazendo o pais como um todo subir os degrais do desenvolvimento.

O problema politico no BRASIL chama-se miopia economica e analfabetismo politico, que sempre foi comum `a elite brasileira. Não se pode acusar a população pobre do mesmo erro porque ela nunca foi líder. Sempre se postou como seguidora de seus idolos e paga o preço por esse pecado mortal.

A elite brasileira do passado sempre raciocinou segundo o provérbio: “Mateus, Mateus, primeiro os meus”. E por causa da ganância, orgulho e preconceito condenou a própria descendência a herdar os problemas da atualidade. Para solucionar as cisões que brotaram do sistema falido e inapropriado, injusto para com os humildes, somente quando surgir um elemento conciliador, capaz de redistribuir a renda garantindo a segurança do todo. Somente a partir desse pressuposto eh que uma fase de progresso poderá por o pais a caminho da paz e direciona-lo no rumo correto para o desenvolvimento integral.

Outra forma que o sistema antigo usava para contenção das disparidades era o apadrinhamento. No sentido religioso bem entendido. Os grandes proprietários eram requeridos a se tornarem padrinhos dos filhos de seus agregados, o que amortizava um pouco o sentimento de diferença. E ocultava muitas vezes uma realidade de indiferença dos ricos em relação aos pobres.

Por ultimo haviam as incursões clandestinas. Os filhos e senhores de escravos se davam ao direito de abusar sexualmente das mucamas, sobremaneira as mais jovens. Delas obtinham filhos os quais, se não se casavam com pessoas de “boas famílias” eram relegadas ao titulo de cidadãos de segunda classe. Perdiam a condição de escravos, na maioria das vezes, mas nunca eram considerados como iguais aos seus irmãos de origem mais europeia.

As analises geneticas da população quilombola revelam justamente isso. Mais de 50% dos quilombolas brasileiros, do sexo masculino, tem em sua composição o cromossomo Y de origem europeia. Ja as do sexo feminino tem mais de 50% de seus cromossomas X também de origem europeia. Enquanto isso, a população branca, dita de origem europeia, tem mais de 50% de seus cromossomas X de origem africana ou indígena. Somente 20% da proporcao desse cromossoma se mostra de origem europeia, nesse grupo da população.

Dai surgiu o entendimento comum de que “embranquear a pele” resgatava os destituidos da sua condicao de “inferior”. Ha que estudar-se as estatísticas atuais para retirar alguma duvida que possa haver. Mas embora se saiba que quanto mais escura for a pele maiores serão as chances dos indivíduos pertencerem `as classes desfavorecidas, existe ja uma proporção considerável de pessoas com peles totalmente branca caindo para o mais baixo nível da pirâmide social. Algo totalmente esperado num sistema injusto. Pela lei da gravidade, eh mais fácil cair do que subir. O sistema piramidal foi feito para obedecer a essa lei.

Como mencionei antes, 200 famílias devem ter sido a base da populacao mineira desde 1872. Não se conta ai estrangeiros que ao chegarem ao pais deram assinaturas novas `a população, pois, o que criaram não foram famílias e sim um nome diferente. Como geralmente casaram-se com brasileiros, e as gerações seguintes repetiram o padrão de casamentos, então, o nome pode ter ficado mas o sangue dominante continuou brasileiro.

Numa analise idealizada, se numa geração cada uma das famílias se casasse com outra, na geração posterior teríamos apenas 100 famílias, com sangues misturados. E se a mistura continuasse por diversas gerações, esse numero seria reduzido sucessivamente para 50, 25, 12.5, 6.25, 3.125. Ou seja, na atualidade deveríamos ter apenas uma ou duas famílias.

Se considerarmos o restante da população brasileira, que era formada pelos outro 8 milhões de pessoas contadas, teríamos que esperar apenas mais duas gerações para que a mistura se completasse. Isso porque seriam outras 800 famílias que, nas duas gerações seguintes cairiam para 400 e 200. Ou seja, o mesmo numero de famílias `as quais a população mineira estaria reduzida no inicio desses cálculos.

Na pratica isso somente não aconteceu ainda porque muitas famílias tiveram seus integrantes casados monogamicamente, ou seja, casaram-se primos com primos, adiando o curso natural das coisas. O que se pode afirmar eh que, na atual condição de caldeirão genético, a sopa genealógica brasileira devera tornar-se uma única família nas próximas gerações que virão.

Porem, as assinaturas diferentes, o poder aquisitivo, as distancias entre as moradias no pais e a ignorância da realidade poderão ocultar o fato de que todos fazemos parte de uma mesma familia baseado em que descendemos de mesmos ancestrais.

A menos que todos tenhamos acesso aos dados que comprovem o que esta sendo afirmado, ou seja, tenhamos `a nossa disposição uma arvore genealógica o mais completa possível, demonstrando a única verdade que existe debaixo de todos os ceus, as concepções errôneas continuarão e continuara haver essa diferenciação esdruxula que dita haver os eles e os nos numa população que, em verdade, eh geneticamente irma.

 
 

09. A VIAGEM AO BRASIL

Nos dias anteriores ao dia 19.01.16, recebemos a noticia de que mamae sofrera um derrame muito extenso. As noticias nao eram boas. Ela foi levada para BELO HORIZONTE e o prognostico era de que faleceria em breve. E se por algum milagre escapasse viveria vegetativamente. Houve um desencontro de informacoes e esperei mais uns dois dias para decidir o que fazer.

Dia 19 seria numa terca-feira. E no sabado as coisas nao haviam melhorado. Conversei com a esposa e achamos que seria hora de eu ir. Fui procurar passagem. Encontrei a loja aberta mas nao sabia o quanto poderia gastar, portanto, não comprei, sabendo que a loja iria fechar em seguida. Quando retornei, procurei outro lugar. Por uma coincidencia nefasta houve uma pane no circuito eletrico e os computadores nao funcionavam.

Fui `a terceira e o preco estava exorbitante. Pensei que nao iria.

Mais tarde, recorremos ao computador em casa mesmo. Mundo moderno! Consegui marcar a viagem para a segunda-feira a um preco igual ou menor do que encontrei na primeira loja. Assim a viagem ficou definitivamente decidida graças `a Expedia.

O ruim de passagem barata sao as baldeacoes. Sai de BOSTON, com um frio de mais de 10 graus Celsius negativos. Desci em NOVA IORQUE e subi de novo para voltar a pousar em GUARULHOS. Nova perda de tempo, para retornar a outra aeronave e pousar em BELO HORIZONTE, exatas 24 horas apos iniciada a viagem. Na verdade foram 21 horas, em função do fuso horario. Nos dias a diferenca de horario eram de 2 horas. O que varia no percurso do ano, dependendo de qual pais estar vivendo o famigerado horario de verao.

Entre o aeroporto de CONFINS e o centro de BELO HORIZONTE perdi tempo semelhante ao de viagem entre SAO PAULO a BELO HORIZONTE. Desci no ponto final central dos ônibus executivos do aeroporto. Telefonei avisando que havia chegado e que poderiam buscar-me. O meu cunhado dr. EMERSON BRAGA foi dirigindo e junto com ele estava meu irmao JESSE. Quando estavamos saindo meu irmao disse com voz embargada: “Mamae acabou de morrer.”

Dirigimos ao hospital SOCOR sem trocarmos palavras. Ja esperava o fato mas faltou inspiracao para dar sequencia `a conversa.

Na recepcao do hospital encontramos alguns membros da familia fazendo um lanche rapido. Todos estavam calmos. Nao havia o sentimento de perda como geralmente acontece em outros casos. A gente tinha consciencia de que 90 anos de vida deixam suas marcas no corpo e dai para frente somente alguns premiados tem condicao de seguir como gostariam. Mamae foi sempre ativa. E tinha pavor de ficar entrevada numa cama. Havia dito que se fosse para ficar sofrendo sobre um leito o melhor mesmo era abreviar o tempo de permanencia na TERRA.

Mamae faleceu `as 16:30hs. Devo ter chegado aproximadamente 17:00hs no hospital. Um desencontro por um pequeno lapso de tempo. Minha irma LOLA (MARIA OLIMPIA) disse que havia dito a ela que eu estava para chegar, pela manha. E ela havia aberto um sorriso de satisfacao por isso. Haviam 5 anos desde a ultima vez que fui ao BRASIL.

Meu sobrinho IVAN ofereceu-se para levar-me ao necroterio para ver o corpo. Fui com a curiosidade de ver se eu reconheceria, pois, temia que a morte houvesse desfigurado aquela lembranca que pairava em minha memoria. A atendente abriu a mortalha deixando a vista o rosto inerte. Aproximei-me e percebi que era ela mesmo. Havia alguma alteracao mas nao uma completa desfiguracao. Para o susto da atendente, aproximei meu rosto, porem, nao toquei o corpo. Ela havia pedido para nao faze-lo.

O corpo estava inerte. Inerte como a imagem de uma santa nas IGREJAS CATOLICAS. Era a fe que ela tinha. Nao nas imagens mas na certeza de que as imagens representavam pessoas que faleceram mas nao perderam a vida. Para os catolicos de fe a vida continua, seja no purgatorio para aqueles que ainda tenham dividas a pagar ou junto a DEUS, para aqueles que tiveram a pureza em vida.

Nao creio que seja como os ceticos pensam que acreditar na transmutacao da vida seja apenas uma atitude reflexa da recusa de aceitar que a morte eh o fim de tudo. Dificil eh explicar porque tanto uma opiniao quanto a outra nao encontram bases cientificas para afirmação. Nao ha nenhum experimento cientifico capaz de provar que o outro lado da vida não exista, assim como nao existe a comprovacao de que ele possa ser negado.

O que nos resta eh apenas aquela premonicao de que o outro lado existe, para os que creem. Para mim, a morte eh como uma troca de carro velho por um carro novo. Muda-se o veiculo mas o motorista permanece o mesmo, pelo menos em consciência. Aos que cumpriram suas missoes na TERRA o veiculo novo recebido sera incorruptivel e, portanto, eternamente novo. D. JUDITH fez por merecer a proxima veste incorruptivel.

Diante do corpo de mamae tive a certeza de que ele nao representava mais os 90 anos que exerceu suas funcoes da melhor maneira possivel aqui na TERRA. Dona MARIA JUDITH COELHO BARBALHO nao sera apenas mais um “corpo enterrado no cemiterio” porque as lutas, o cumprimento do dever, a honestidade, os sacrificios, a fe, os valores e todos os ensinamentos vao reverberar na descendencia que deixou. A boa obra da qual ela participou sera lembrada por muitos que foram beneficiados por sua caridade.

MARIA JUDITH COELHO foi filha de JOSE (Juca) COELHO JUNIOR e DAVINA MAGALHAES. Neta paterna de JOSE (Ze Coelho) BAPTISTA COELHO e MARIA MARCOLINA (Sa Quinha) COELHO. Neta materna de JOAO BAPTISTA (tio Joaozinho) DE MAGALHAES e CANDIDA (Sa Candinha) DE MAGALHAES BARBALHO. Nasceu no Distrito de CORRENTINHO, pertencente a GUANHAES, na fazenda denominada de PERERECA, em 15.10.1925.

Casou-se a 10.01.1952 com o cirurgiao dentista ODON DE MAGALHAES BARBALHO, filho de TRAJANO DE MAGALHAES BARBALHO e dona ZULMIRA COELHO DE MAGALHAES. Neto paterno de MARCAL DE MAGALHAES BARBALHO e ERCILA COELHO DE ANDRADE. Neto materno de JOAO RODRIGUES COELHO e OLIMPIA COELHO DE AMARAL.

O complicador genetico foi que ZE COELHO era irmao de JOAO (Joaozinho) BATISTA COELHO JUNIOR, bisavo materno/materno do dr. ODON. MARIA MARCOLINA era irma de JOAO RODRIGUES. SA CANDINHA era irma de MARCAL DE MAGALHAES BARBALHO. TIO JOAOZINHO era primo em segundo grau de MARCAL e SA CANDINHA. E no momento paira da duvida quanto se ha ou nao outro grau de parentesco entre ERCILA e todos os outros.

Como observado nos funerais, dona JUDITH faleceu no dia 19 do mes de nascimento do dr. ODON. Ele teria completado 94 anos de vida aos 7 de janeiro se estivesse vivo. Ele proprio havia falecido no dia 19 de outubro de 2003. Mes este que dona JUDITH havia completado 78 anos de vida aos 15 dias. E outras coincidencias foram observadas.

Deixaram eles nove filhos.

1. Fernando, que esperou completar 50 anos para casar-se com Rubia e sao pais do Henrique
2. Celeste Maria, que foi a primeira a casar na familia com Joaquim, e sao pais de Luiz Carlos, Carolina e Carla Andreia.
3. Jesse Geraldo, casou-se com Lisete, (divorciados) e sao pais dos gemeos identicos Breno e Diogo, e da menina Taize
4. Magada Maria, esposa de Ricardo e pais do Ivan
5. Valquirio, casou-se com Maria da Penha, e sao os pais de Teofilo e Maria Clara
6. Ney, casou-se com Antonia, e tiveram uma criança natimorta antes de: Vitor, Raoni e Ulisses
7. Odon Jose, casou-se com Mercia e sao os pais de Filipe e Iara
8. Maria Olimpia, casou-se com Ronaldo (divorciados) e sao os pais de Lucas e Rachel
9. Maria da Gloria, casou-se com Emerson e sao os pais de Gabriela e Beatriz.

Foram apenas 9 porque quando os patriarcas se casaram ja estavam sendo considerados solteiroes `a epoca. ODON nasceu em 1922 e havia acabado de completar 30, e JUDITH havia nascido em 1925 e havia completado 26 anos em outubro do ano anterior.

Por causa dos processos de canonizacoes na IGREJA CATOLICA as pessoas pensam que poucos sao os santos. Sao duas coisas diferentes. Existem os santos (exemplos) e os santos de nosso dia-a-dia. Os exemplos sao pessoas com alguma aptidao especial. Em tudo na vida existem pessoas melhor equipadas para desempenhar as funcoes. Albert Einstein tinha o dom da matematematica e fisica. Carlos Drummond de Andrade tinha dom para a poesia. Todos tem os mesmos dons mas nem todo mundo tem esses dons no mesmo nivel.

Os exemplos sao aqueles que possuem os dons e, apesar de toda a atencao direcionada para eles, se recusam a deixar-se dominar pelo orgulho. Muitas vezes, possuir tais dons torna-se um peso, pois, com eles tambem vem a responsabilidade maior. E eh mais facil os que possuem dons se perderem que as pessoas comuns.

Ora, se para levar para o altar a IGREJA precisa investigar e deixar um processo correr por anos para certificar-se da validade ou nao de que temos um santo, entao, fica humanamente impossivel levar todos os casos ao TRIBUNAL DOS SANTOS. Se assim o fosse, processos ficariam parados por milenios e nunca receberiam respostas. Assim, eh mais facil trabalhar com os exemplos para que sirvam de parametros para o povo.

Contudo, o povo que nao possui os mesmos talentos nao esta sujeito a tal escrutinio pela IGREJA. Ele eh examinado pelo proprio TRIBUNAL CELESTE, e a resposta para usar ou nao a veste nova eh imediata. Os que tem talentos tambem, mas a palavra da IGREJA eh que se torna tardia.

Para o povo ganhar a GRACA DIVINA o criterio de selecao passa por um processo mais simples. Ora, a ti nada foi dado em especial, portanto, tudo aquilo que fizestes por menos importante que pareca sera extraordinario. Aos que pouco foi dado menos sera cobrado.

E D. JUDITH e dr. ODON podem ser exemplos de vida de pessoas comuns para pessoas comuns. Quem os conheceu sabe disso. Um casal que comecou a vida por baixo, apesar do nascimento em familia dominante. Os dois almejaram mais o bem da familia que gozar os beneficios de suas posicoes e vaidades.

Como catolicos cumpriam seus papeis de cristaos. Nao lhes sobrava tempo para eles proprios por causa da familia grande mas torciam a agenda para servir de festeiros, pelo menos uma vez, para arrecadar fundos em beneficio da comunidade catolica. Se nao podiam encabecar alguma atividade filantropica pelo menos estavam sempre contribuindo para que os que estavam encabecando nao se sentissem abandonados e nao desistissem de suas boas acoes.

Como o dinheiro era pouco, eles apertavam o cinto dos gastos fazendo o orcamento chegar ao fim do mes e economisar o que era quase impossivel. Desde os anos 1960 sabiamos que o orcamento da familia tinha 3 destinos principais. Alimentacao, vestuario e educacao.

Um exemplo disso foi a televisao. Hoje em dia os mais jovens nao terao ideia do que se passava naquela epoca. Possuir uma televisao era quase o equivalente a possuir um carro. Mais pessoas tinham carro por causa de seus trabalhos que outras possuiam televisao em casa. Foi `aquela epoca que a difusao entrou no interior do pais. Os donos das poucas casas que tinham televisoes costumavam abrir as portas das casas para que os despossuidos pudessem ter acesso `a novidade.

A casa de tia BILOCA (ABILA PATROCINIO DE MAGALHAES) era conhecida por essa caridade. Como a porta da sala era de vidro, a televisao ficava voltada para aquela “janela” enquanto a audiencia se juntava na varanda como se fosse num cinema.

Na casa de nossos pais a televisao so entrou depois que as parcas economias se juntaram e foram suficiente para comprar um aparelho usado. Os pais nao se envergonhavam disso. O que passava num aparelho novo era a mesma coisa. A imagem nao era boa em qualquer das duas. Se algo de util se recebia atraves das ondas, era igual. O raciocinio era economisar e pensar no futuro de todos.

`Aquela epoca nao se pensava em educacao senao a nivel de primario. Somente os ricos com imaginacao ja pensavam nalguma faculdade para os filhos. Porem, na familia do dr. ODON e dona JUDITH todos eram obrigados a estudar. Estudar toda a familia seria um projeto impossivel. Mas nao se desistiu do futuro diante da impossibilidade.

Os passos foram dados no compasso que fossem necessario. Se para subir toda a escada era preciso passar por todos os degrais, entao, o racionio era subir um degrau a cada vez, e como fazer nos degrais mais elevados esperava-se o momento certo para decidir o que fazer. Nenhuma barreira futura impedia o caminhar da caravana, pois, era ultrapassada quando ela se apresentava. Foram 8 universitarios na familia e uma enfermeira a nivel de segundo grau.

E o que valia para os filhos era extendido aos funcionarios ou filhos dos funcionarios da casa. Os pais que nao podiam dar estudo para os filhos nao se acanhavam em pedir ao casal para as filhas se tornarem serventes da casa, pois, sabiam que enquanto estivessem em idade seriam obrigadas a estudar. Algumas se tornaram professoras, quando o titulo era dado a nivel de segundo grau, gracas a essa visao de construcao de futuro e partilha com todos.

Sobre os ombros da d. JUDITH recaia mais o encargo da educacao extracurricular dos filhos. Era mae em tempo integral. Ja o dr. ODON era o responsavel pela cata de salarios como provedor dessa funcao. Ele a cumpria como gerente da extinta MINASCAIXA, como dentista e, mais tarde, como proprietário da FAZENDA MACUCO. Na verdade, os salários vinham mesmo da função como funcionário publico. Os trabalhos dentários eram servidos. Mas muitos não podiam pagar ou se recusavam a faze-lo. Como não tinha a indole comercial, o patriarca deixava isso como perdido.


A propriedade agricola veio como heranca apos o falecimento do pai em 1969. Mas servia quase apenas para termos leite, queijo e feijao com abundancia. Propriedade agricola pequena no BRASIL tornou-se mais uma excentricidade que fonte de renda. Se nao se tem uma outra atividade para viver-se dela, e de vez em quando emprestar `a propriedade, so se conta prejuizos.
Dona JUDITH educava a filharada pelo exemplo e proverbios. “Se brigar e chegar apanhado da rua, em casa toma surra dobrada”. “Quem ta na rua come rua.” Para aqueles que nao observavam o estrito cronograma da casa. Havia horario para qualquer das atividades. Se nao estivesse em casa no horario combinado tambem ficava sem comida ate `a proxima refeicao. “Chumbo trocado nao doi.” Quando alguem ia contar a ela a novidade de que o irmao bateu.`A medida que os filhos iam crescendo tambem as responsabilidades eram aumentadas. Vivia-se em um tempo em que havia a diferenciacao entre obrigacoes femininas e obrigacoes masculinas. Entao, as meninas eram obrigadas a lavar a casa uma vez por semana. Faziam a faxina da mesma, todos os dias, a menos que tivessem alguma colaboradora para fazer isso.
 

Os homens eram ocupados com os servicos de rua. Uma delas era a de carregar a trouxa de roupa suja ate `a casa do senhor ZE DURAO, que ficava na Fazenda dos AMBROSIOS, onde o vovo JUCA residia. Eram bons 3 quilometros de caminhada entre subidas, descidas e muitas curvas. O prazer de andar suplantava o peso a carregar. Mais tarde veio o buscar o leite na Fazenda do MACUCO.

Os momentos agradaveis para a familia vinha aos domingos. Era o dia da macarronada especial feita pela propria dona da casa. Macarronada famosa e lembrada pelos primos que, em ferias principalmente, desfrutavam conosco da guloseima. Os mais velhos sentavamos `a mesa principal. O dr. Odon recusava sentar na honra da casa, cabeceira, ficando no assento do meio, donde o braco alcancava todas as iguarias servidas. Ele proprio servia os pratos para que os mais distantes nao fossem obrigados a transitar. A mae, preocupada com os afazeres na cozinha, ficava por ultimo mas ocupava o lugar reservado `a direita dele.

Natais eram especiais. O patriarca, avesso a qualquer tipo de bebida alcoolica, comprava um garrafao de vinho (CALAFETA ou SANGUE DE BOI) para que celebrassemos a passagem com um senso mais proximo da narrativa biblica. Apenas um copo pequeno para cada pessoa. Mesmo os menores nao tao menores. Para a alegria maior da criancada era permitida a compra de uma caixa de bombons da GAROTO. Cada um ganhava uma unidade, mas depois se dava jeito para obter mais uma.

D. JUDITH nao gostava de ver os filhos na casa dos outros. Exceto em ferias que podiamos passar a semana nas fazendas dos parentes, geralmente, irmas dela. Vez por outra visitavamos GOVERNADOR VALADARES, onde hospedavamos na casa dos tios JORGE NUNES COELHO e CAMILLA COELHO, irma dela.

 

Nossa intimidade com a familia materna sempre foi visivel. Obviamente, isso se deu em funcao de a maioria dos irmaos do patriarca ter-se mudado para VALADARES. Em VIRGINOPOLIS permaneceram o proprio vovo JUCA e diversos irmaos e irmas da matriarca. Assim, o contato era diario o que acabava se extendendo aos que residiam fora porque se juntavam mais na casa do avo.

O problema em relacao a d. JUDITH preferir que os filhos não saissem das proximidades da casa era a possibilidade de eles nao se comportarem como eram ensinados. Preferia que os filhos dos outros fossem `a nossa casa. Para que ninguem ficasse intimidado, tolerava que nos fizessemos campo de futebol do terreiro.

 

Nao era um espaco grande mas devia ter pelo menos a area de meia quadra de futebol de salao. Algumas arvores ficavam no caminho mas isso nao impedia. O incoveniente maior era um dos goles ficar em frente `a porta da cozinha, e as bolas, de plastico ou borracha, algumas vezes fossem parar dentro de casa. As janelas eram de madeira, portanto, menos problemas.

Antes que fazer aqui um relato biografico completo, ja que o plano eh capitulo e nao livro, o melhor sera lembrarmos d. JUDITH em sua essencia. Como ja deixei a entender, ela nao era uma pessoa que possuisse algum dom excepcional. Era uma pessoa comum. Mas um comum como as outras pessoas comuns que no fundo sao essenciais para todos nos.

Nos dias do falecimento dela o trato feito foi o de nao deixar as lamentacoes tomarem conta. Isso porque nao podiamos lamentar e sim comemorar a vida que eh muito mais importante que a morte. Sob sugestao de primos postou-se na pagina da familia as “tiradas da d. JUDITH”. Assim, lembrar uma ou duas ja sera o suficiente para mostrar a essencia.

Entre os “defeitos” de d. JUDITH, um sempre foi o de produzir gases. Claro, todos o fazemos, mas tem gente que nao gosta de tocar no assunto. D. JUDITH nunca teve reservas quanto a isso. Se precisava esvaziar os intestinos, o fazia nao de forma escandalosa mas sem esconder o que estava fazendo. Quando sentada, apenas tombava o corpo para o lado e deixava sair. Geralmente sem som.

Uma vez estava em casa com uma visita mais formal. Como faltava a intimidade necessaria ela guardou o pum enquanto pode. E a pessoa saiu sem saber que estava causando um sacrificio a ela. Aproveitando a oportunidade da ausencia daquela pessoa ela soltou o que estava preso, observando que a visita solene havia empatado a iniciativa por algum tempo. Uma de nossas tias, meio cheia de nao me toques, quiz dar a ela um sabao:

Oh JUDITH, voce sempre teve esse defeito!

Uai, retrucou a inocente, voce nao tem esse defeito nao?

Eu nao! – retornou a implicante ofendida.

Oh coitada! – dona JUDITH falou em tom consolador – Entao eh so esse o defeito que voce nao tem!

Por ocasiao do falecimento do pai, JUCA COELHO, aos 90 anos de idade, d. JUDITH viu o imao completo mais novo, JOSE FABIANO, num canto compenetrado, parecendo estar no maior sentimento de perda. Entao ela se inspirou a consola-lo: “E entao, como esta o orfaozinho?” JOSE FABIANO ja havia passado dos 40 anos.

Em outra oportunidade ela estava com passagem marcada para visita medica em BELO HORIZONTE. E la os primos, inclusive filhas dela, tinham uma republica onde os que estavam de passagem se hospedavam. Na vespera da viagem o irmao dela, LONGINO COELHO, havia sido internado `as pressas, e nao se sabia direito a gravidade. Quando d. JUDITH chegou no apartamento de madrugada notou que os outros membros estavam ausentes.

ANGELO, filho da tia LIA COELHO, comecou a gaguejar as palavras sem encontrar as oportunas para dar a novidade. Nisso ela olhou seria e soltou: “Oh ANGELO, acaso voce esta eh querendo me dizer que o LONGINO morreu?! O ANGELO foi quem perdeu a estrutura.

 
Dona JUDITH era um pouco “snob”. Quando o dr. ODON retornou a VIRGINOPOLIS, era o maior partido na cidade. Estava na meia-idade, recém-formado, bonitao, filho do ex-prefeito e chefe politico. Era o sonho da maioria.
 
Na intimidade da familia ela contou que, apesar de primos, não conhecia direito o ODON nem sabia dizer quem era ele entre os muitos irmãos. Convivera pouco com ele, pois, quando ela começou a se entender por gente ele estava estudando fora ou ficava muito tempo na fazenda do pai, que ficava a cerca de 2 km do centro da cidade. E quando ele quis namorar ela não queria. Mas ele insistiu tanto!…
 
A santidade vem acompanhada do dom da profecia. E profecia eh viver o intangivel ao poder humano. Vivia-se nos anos 50 e 60 a grande influencia da IGREJA CATOLICA no BRASIL. A ordem do papa era observada como se fosse a VONTADE DE DEUS. `Aquela epoca as mulheres tinham que ser submissas aos homens, pelo menos em teoria. E a ordem era “crescei e multiplicai” sem pensar nas consequências.
 
D. JUDITH, graças aos conselhos da avo PETRINA, que foi a madrasta dela, conhecia o método da “tabelinha”. Por raciocínio queria dar um maior espaço entre os nascimentos dos filhos para ter condições de prestar melhor assistência a cada um. Dr. ODON não concordava. Quando ela avisava que estava no período fértil e que deveriam esperar passar, ele respondia: “DEUS da, DEUS cria.”
 
Assim foram tendo filhos a cada ano. Em 12 anos completaram os 9.
 
Anos se passaram. Ate a IGREJA CATOLICA ja havia se conformado com a ideia, antes absurda, de que ha a necessidade de dar algum espaço de tempo entre um filho e outro.
 
Quando a maioria dos filhos estavam na fase universitária e multiplicando os gastos do orçamento familiar, o dr. ODON foi consolar-se nos ombros da esposa, porque o fardo estava pesado para ele. Ela com ar maroto e consolador disse para ele: “Preocupa não ODON! DEUS deu, DEUS esta criando!”
 
D. JUDITH sempre foi forte nas piores situacoes. E parece ter herdado a presenca de espirito do avo dela, Tio JOAOZINHO. Foi a rainha do bate-pronto.   
Se houver algo de correto na astrologia sera de que os que nascem `a mesma época do ano formam personalidades semelhantes. Tio JOAOZINHO foi mestre em resposta desconcertantes também. Os dois haviam nascido no mesmo dia 15 de outubro, Tio JOAOZINHO em 1862 e ela em 1925.
 
Casos pitorescos da familia como um todo foram contados nas paginas do: www.freewebs.com/certos-barbalhos-de-virginopolis.
 
Nao entrarei em maiores detalhes da biografia porque isso seria bom assunto para um livro completo. Continuando a minha viagem pelo BRASIL, passamos umas boas duas horas na recepção do hospital. Reencontrei alguns familiares e o clima não era exatamente o de condolências, apesar da enorme perda. A família eh assim mesmo! Prefere conversar a respeito das boas coisas.
 
Somente tarde da noite nos dirigimos `a casa da MAGDA e RICARDO, no Bairro SAO GERALDO. Pela manha teríamos uma viagem cansativa de BELO HORIZONTE para VIRGINOPOLIS. Precisavamos descansar um pouco. E ao chegarmos na casa foi que tirei os calcados pela primeira vez depois de mais de um dia. Os pés pareciam duas broas de tao inchados.
 
Pela madrugada o corpo seguiu num carro funerario com o RICARDO servindo de guia. Nos seguimos ainda cedo numa van contratada para o servico. Então pude reparar que a paisagem estava verde. Depois de alguns anos em que as noticias do tempo vinham sendo de seca prolongada no centro-sul do BRASIL, o EL NINO estava provocando o retorno das aguas.
 
Durante a viagem, porem, houve certo exagero de aguas. As chuvas foram ininterruptas com momentos de maior intensidade. Mesmo assim a viagem não deixou de ser agradável em função do bate-papo. As montanhas pareciam que estavam se desmanchando sobre as estradas. Muitas barreiras caidas. E o excesso de aguas ocasionou a ruptura de um ducto que corta a principal avenida na Cidade de GUANHAES. A viagem ja havia sido cautelosa ate então e ai perdemos mais algum tempo ate encontrarmos meios de retornar `a trajetória desejada.
 
Em VIRGINOPOLIS as chuvas não deram trégua o dia todo. O velorio foi na sala de nossa casa mesmo. A visitação se deu em numero de pessoas muito menor do que o esperado. D. JUDITH foi uma pessoa querida pela população e familiares. Somente depois foi que o fato foi explicado, pois, foi feito o anuncio do falecimento no dia anterior, em BELO HORIZONTE, mas não se informou na IGREJA quando nem onde seria o enterro. E as chuvas não deram trégua. Parecia os CEUS nos contemplando com uma manifestação de alegria. Sim, não eram chuvas de choro. Eram de celebração receptiva.
 
Ao que me recordo, em cerca de 30 anos, essa foi a primeira vez que os 9 irmãos se reuniram debaixo do mesmo teto. Ate no falecimento do dr. ODON não havíamos comparecido todos porque isso veio sem aviso. Eu ja tinha passagem comprada para o BRASIL para janeiro de 2004 e ele faleceu em outubro de 2003.
 
O cortejo, a missa de corpo presente e enterro se deram sob chuvas. O numero de pessoas que compareceram foi modesto. Dei graças a DEUS por isso. Nunca mais havia visitado o cemitério. E atualmente virou uma verdadeira favela de catacumbas. Não se respeitou nenhum tipo de organização que permitisse um maior numero de pessoas transitarem. Carregar o caixão por caminhos onde so se podia transitar em linha indígena foi um sacrifício para os que o fizeram. Se o numero de presentes fosse o esperado, com as chuvas intermitentes, talvez se desse uma missão impossível.
 
Por fim o nosso amigo PICHEH pode acomodar o caixao no estreito da sepultura. Todos se foram, exceto eu e JESSE. Ajudamos a colocar de volta as pecas de marmore que cobrem e identificam a sepultura. Um trabalho herculeo, mesmo para 4 homens que ali restavam. Alem do peso havia a inconveniência da falta de espaço para os movimentos.
 
Nao fosse a inconveniencia do momento, o cemitério seria um verdadeiro parque de diversões. Essa eh a impressão que se apresenta a qualquer genealogista. Pode parecer esquisito para as pessoas normais, porem, os cemiterios se mostram verdadeiras fontes de pesquisa para os entendidos. JESSE e eu passamos os olhos sobre as lapides identificatorias nas imediações. 
 
Cada cova tinha suas historias a nos contar. Aquela na qual mamãe acabara de ser deixada no seu descanso final servia de repouso para o nosso terceiravo JOAO BAPTISTA COELHO JUNIOR (Joaozinho); nossos avos: TRAJANO (Cista) e ZULMIRA; e agora o dr. ODON e ela. Acredito que sejam mais mas esses estavam anotados na lapide, exceto mamãe, claro, pelo fato do imediato.
 
Ao lado jazem membros da família do Tio CHICO (FRANCISCO BAPTISTA COELHO). Ele foi irmao do JOAOZINHO. Embora, ambos me sejam tiobisavos, pois, o bisavo materno JOSE BAPTISTA COELHO era irmao deles. E la estavam diversos corpos enterrados que foram pessoas de saudosa memória a todos da família e cidadãos outros do município.
 

Cheguei a pensar em mais tarde retornar com um caderno e caneta nas maos para anotar muitos dados úteis que nossa genealogia ainda não registra. Entre muitos o espaço de vida do saudoso amigo ANTONIO COELHO LEITE, o Toninho do tio ANTONIO. Tio ANTONIO, como era conhecido por todos na cidade, era filho do tio CHICO. Foi o tio de todos, mesmo daqueles que não tinham tal vinculo parental. Porem, acabei não tendo oportunidade de retornar.

Findas as obrigacoes funerarias retornamos para casa. Como fora antigamente, estava lotada com pessoas da familia. As manifestações eram de solidariedade. As fotos feitas pelos sobrinhos reunia os irmaos e nossos tios. Entre nos incluimos a WANDERCY, quase filha adotiva de nossos pais, e que os acompanhou ate os ultimos momentos, servindo-lhes de apoio e despertador para os horarios dos remedios.

Ela tem uma longa historia junto `a familia por ter sido filha de EMIDIA, que foi o pau-para-toda-obra desde os tempos do avo CISTA. EMIDIA casou-se mais velha com outro funcionario da fazenda, ELY, que eh cego e teve apenas dois filhos, o que inclui o mais novo WANDER. Os dois meninos cresceram frequentando nossa casa chegando a passar tempos nela, abrigados quando tiveram problemas de saude mais serio. A intimidade chega ao ponto de a WANDERCY brincar que tera parte na heranca. Quando se falou que ela, entao, tinha direito a participar nas despesas, respondeu: “Entao, agora so sou afilhada!”

Os acontecimentos seguintes foram os normais. Quase todos os que vieram de BELO HORIZONTE precisavam voltar na quinta-feira pela manha. JESSE e eu permanecemos. E quando estive no cartorio em busca de alguma informacao, repetiu-se uma informacao que talvez nos sera util no futuro. Repetiu-se porque eu ja estava inteirado dela. Mas o nosso primo JOAO CARLOS DE AGUIAR, filho primogenito da d. HELOISA DE MAGALHAES BARBALHO, contou-nos a respeito de um, antigamente, segredo de familia.

Ele nao auterou a voz. Quem o conhece reconhece aquela voz rouca acompanhada do ar pensativo. Nao se tratava nem de confidencia ou de inconfidencia. Nao recordo porque o assunto foi levantado mas ele disse que a tia NAZINHA era filha do padre FELIX NATALICIO DE AGUIAR. E completou, “Os filhos da tia NAZINHA nunca gostaram de admitir isso, mas ele era o pai dela.” Eu nao tinha essa informacao especifica. Sempre desconfiei de algum parentesco por causa do sobrenome, mas como nao tinha dados julgava que fosse sobrinha.

O segredo, ou nem tanto, sao as duas versoes de vida do reverendo padre. No popular dizia-se que ele teve filhos com uma ou mais carolas. E quando apareciam gravidas todos sabiam que eram filhos dele. Mas a versao oficializada era a de que ele nao seria responsavel pelo evento da gravidez. Como os pais nao assumiam, por caridade, ele registrava como filho dele para que as criancas nao ficassem sem pai. Tia NAZINHA foi a esposa do tiavo ARMANDO BAPTISTA COELHO. E deles temos uma grande descendencia de educadores e pessoas do bem.

JOAO CARLOS foi filho do FELIX AGUIAR, que nao era o padre. E apos a mae ficar viuva, casou-se novamente com GERALDO (Lalado) DIAS DE ANDRADE, que era neto do professor FRANCISCO DIAS DE ANDRADE, atraves do filho FRANCISCO JUNIOR. A genealogia da familia esta postada na internet, no site www.geneaminas.com.br e outros, portanto, posso omitir aqui os detalhes.

Foi apos essa visita que resolvi comprar passagem de retorno a BELO HORIZONTE, junto com o JESSE, que tinha os compromissos dele em BRASILIA. Apesar da minha passagem de retorno para os ESTADOS UNIDOS estar marcada para somente dai a 10 dias nao parei para pensar que poderia ficar um pouco mais por la. Talvez tivesse sido mais produtivo para minhas inquiricoes se tivesse ido a GUANHAES e CONCEICAO DO MATO DENTRO. Mas nao pensei antes de comprar.

Nem mesmo no fato que minha sogra reside em SANTA EFIGENIA DE MINAS e que se ficasse mais uns dias poderia ver a inchacao dos meus pes melhorada e o tempo poderia colaborar diminuindo as chuvas e minimizando os riscos de me ver ilhado por causa de todos os desmoronamentos de estrada que andavam acontecendo. Nao pensei e quando acordei ja estava de volta a BELO HORIZONTE.

Chegamos na noite do sabado e nos dirigimos para a casa da ANDREIA e do EMERSON. Ali passamos a noite e pela manha o JESSE telefonou para a MAGDA, pois, iriamos visita-la. Tive o choque de ser comunicado naquele momento que estavam no cemiterio, fazendo as despedidas de nossa prima NIZA MARIA HERCY COELHO. (1948 + 2016). Sobrinha do papai e filha da tia ODETH. Nao sei porque eu desconhecia o fato do falecimento. Fui, entao, informado que fora o fim de uma longa e dolorosa luta contra um cancer.

NIZA sempre fora uma pessoa comunicativa e muito afavel. Naturalmente, os familiares mais proximos ja estavam melhor conformados, pois, a estavam acompanhando na luta.

Na volta do velorio, MAGDA, RICARDO e IVAN passaram e nos levaram. Na noite do domingo tivemos a oportunidade de reunirmos com a parentalha na capital de MINAS GERAIS porque foi celebrada a missa antecipada de setimo dia do falecimento em intencao `a dona JUDITH. Foi bom rever mais pessoas que ha muito eu nao via. Logo apos fizemos o bota-fora do JESSE que embarcaria no onibus para BRASILIA.

Durante a semana permaneci na casa da MAGDA e RICARDO e la sinto-me mais `a vontade em usar como base para as incursoes que faria pela cidade. O Bairro SAO GERALDO me eh familiar desde quando residi nele nos anos de 1978 e 1979. Praticamente nada fiz na segunda-feira. A partir da terca fiz as visitas aos ARQUIVOS que visitei em BELO HORIZONTE. Naturalmente, na quinta visitei MARIANA e na sexta a OURO PRETO. Assim meu tempo ficou resumido.

 

Uma unica nota diferente dessas viagens aconteceu quando passei pelo condomínio fechado de ALPHAVILLE. Fica no entroncamento da estrada que sai da BR-040 para dirigir-se a OURO PRETO, ainda no território de ITABIRITO. `A primeira vista o modelo de construção eh idêntico ao que se observa aqui nos ESTADOS UNIDOS. Uma copia quase perfeita.

No sabado fomos a outra missa de setimo dia. Dessa vez por intencao `a NIZA MARIA, e os primos fizeram a gentileza de incluir o nome da dona JUDITH com intencao igual. Haviam anos que nao me encontrava com muitos dos familiares mais proximos da tia ODETH. Alguns fiquei conhecendo ja que pelo fato de ela ter sido uma das primeiras a nascer na casa dos avos paternos e ter-se casado nova, hoje a familia ja esta bastante avancada na geracao dos bisnetos. Logo deverao comecar a aparecer os trinetos e tenho ja 22 anos de residencia nos ESTADOS UNIDOS.

A missa foi realizada na Igreja CURA D’ARS.

Logo depois fomos ao apartamento da tia MARIA HELENA onde passamos algumas horas no bom papo e no cafe acompanhado da mesa tradicional mineira.

No dia seguinte almocamos num restaurante, no Bairro SAO GERALDO. Estavam as familias da MAGDA e da ANDREIA. Na segunda embarquei de volta.

Do BRASIL tive algumas impressoes mistas. Em primeiro lugar a de que as reclamacoes tem sido injustas em relacao `a condicao economica do pais. Esta ruim para quem passou por um tempo melhor. Quem teve esse tempo e agora se sente em perdas, deve ter a impressao de que o mundo esta se acabando. Reconheco que vi o movimento nas ruas de intensa agitacao. Muita gente dando os seus proprios pulos para superar a crise. Muito vendedor ambulante.

Mas em compensacao, se se olha isso com um pouco mais de neutralidade, observa-se que o povo esta procurando o seu proprio jeito. E em comparacao com o tempo que saimos do BRASIL, a pobreza era tao imensa que todo esforço era contra o jeito. Quem ja estava estabelecido estava quebrando.

 

E a evasao de cidadaos para o exterior era uma torrente ininterrupta. O que nem de perto se compara com a atualidade. Naquele tempo, quem tentava dar seus pulos acabava quebrando as pernas porque todo o movimento financeiro a nivel de povao estava estagnado. As unicas saidas para os brasileiros eram mesmo as dos aeroportos internacionais. Por mais que se reclame hoje, nao se compara com aquele tempo.

Somente cerca de uma semana apos retornar foi que minha esposa disse-me que no ultimo domingo que passei no BRASIl havia falecido dona ALZIRA COELHO PERPETUO (1943 + 2016). Muitos da familia nao a conhecem mas foi bisneta de nossos tiobisavos: EMIGDIA HONORIA COELHO e AMARO DE SOUZA SILVA.

 

Tia EMIGDIA foi filha dos terceiravos: JOAO BAPTISTA COELHO e MARIA HONORIA NUNES COELHO. E tambem irma do ZE COELHO e JOAO BAPTISTA JUNIOR. Dona ALZIRA nasceu e foi criada na zona rural de VIRGINOPOLIS e ao casar-se com o senhor ANISIO MARTINS DA SILVA mudou-se para SANTA EFIGENIA DE MINAS, onde multiplicou a familia.

Foi com pesar que recebi a noticia. Tive pouco conhecimento com ela. Visitei-a ha cerca de 6 anos atras por ter ficado sabendo tratar-se de prima nossa para entrevista-la e conhecer melhor a genealogia que nos vinculava. Mostrou-se muito receptiva e amavel. Agora fiquei sabendo que sofreu um cancer devastador, que lhe causava dores brutais e constantes. Tratava-se de boa pessoa e a BOA PAGA lhe seja entregue pelas MAOS DIVINAS.

 
Ao retornar trouxe um exemplar do dia do jornal ESTADO DE MINAS. Chamou-me a atencao uma reportagem a respeito do contraste entre a seca passada e a presente situacao. Na postagem as fotos de um dos reservatorios de agua da capital. A primeira, do dia 27 de dezembro, as aguas não passam de um risco cercado das imensa marca de terreno seco. Em 27 de janeiro boa parte da paisagem seca estava inundada, embora o reservatório contasse com apenas 20% de sua capacidade preenchida.
 
Uma coincidencia que observo desde meus tempos de juventude. Quando faço viagens elas vem acompanhadas de chuvas. Quando em 1977 fui a primeira vez a Brasilia todos se admiraram de chuva que caiu em julho, época em que se aconselhava colocar bacias d’agua nos cômodos das casas para combater o excesso de falta de humidade.
 

Claro, nao estou querendo insinuar que as chuvas que estão faltando ao BRASIL chegaram por minha presença e não em função do EL NINO. Mas nesse ponto também não posso deixar de mencionar que tenho sido abençoado. Curiosidade eh que ja havia escrito esse pequeno paragrafo e agora conversei por telefone com uma de minhas cunhadas no BRASIL. Ela informou-me que as chuvas nao chegaram com a mesma forca em SANTA EFIGENIA.

Falou-me da longa seca, confirmando que quando houve o problema da ruptura da barragem de rejeitos da empresa SAMARCO no Distrito de BENTO RODRIGUES e GOVERNADOR VALADARES e outras cidades `a beira do RIO DOCE tiveram quase que ser evacuadas, os municipios da regiao estavam enviando caminhoes pipas em solidariedade `as populacoes sofridas. Logo em seguida foi preciso fazer-se o racionamento porque a vazao dos corregos nao estava sendo suficiente para suprir as necessidades nem mesmo das populacoes locais.

Ela informou que atualmente o racionamento foi levantado mas as chuvas nao tem sido frequentes como eram antigamente e que o calor esta muito acima do que tambem era no passado. Nao sei se a memoria da presente situacao esta mascarando o que aconteceu em torno do dia 19 de janeiro de 2016, ou se realmente as chuvas so acompanharam os caminhos por onde andei!

 
Outra observação interessante eh a de que, atualmente, as forcas de dominação do ser humano por seu semelhante não precisa mais do uso da posse da terra. Muito pelo contrario. Pouquíssimos são os que possuem poder por causa do controle de terras. Ja ha algum tempo atras o metodo usado passou para o domínio da industrialização.
 

Agora isso por uma variedade maior de domínios. Todos eles dependentes do mercado financeiro, dos bancos, da tecnologia e, principalmente, meios de comunicação. Alias, as emissoras da atualidade levam ao domínio dos caminhos sob os mesmos métodos do passado. Se o povo tivesse consciência do quanto eh manipulável e manipulado, seria capaz de controlar seu próprio destino e as desigualdades como existem não mais existiriam.

Da viagem tenho ainda que recordar a impressao. Somente apos o passar dos dias eh que a gente percebe como a rotina do mundo nos ESTADOS UNIDOS desgasta a gente. Voltar ao BRASIL, ao conforto da familia, eh como encontrar a paz e recarregar todas as baterias.

ASCENDENCIA DOS ANCESTRAIS: JOSE COELHO DE MAGALHAES/EUGENIA RODRIGUES ROCHA, UMA SAGA A SER DESVENDADA

September 22, 2010

ASCENDENCIA DOS ANCESTRAIS; JOSE COELHO DE MAGALHAES/EUGENIA RODRIGUES ROCHA, UMA SAGA A SER DECIFRADA.

 

CONTEÚDO DESTE BLOG – ALL CONTENTS
01. GENEALOGIA
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02. PURA MISTURA
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03. RELIGIAO
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04. OPINIAO
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05. MANIFESTO FEMININO
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06. MISTO
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07. POLITICA BRASILEIRA
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08. IN ENGLISH
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https://val51mabar.wordpress.com/2009/09/12/the-third-and-last-testament/
09. IMIGRACAO
https://val51mabar.wordpress.com/2018/12/31/o-que-ha-de-novo-no-assunto-migracao/
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ASCENDENCIA DOS ANCESTRAIS: JOSE COELHO DE MAGALHAES/EUGENIA RODRIGUES ROCHA, UMA SAGA A SER DECIFRADA.

 

A todos que estiverem buscando o texto: livro: GENEALOGIA DA ZONA DO CARMO, do conego R. TRINDADE, aviso que o endereco dele esta postado nesta mesma pagina, logo abaixo da presente, ou seja, eh a terceira cronica de baixo para cima.

Estou acrescentanto a estes escritos alguns dados a respeito do tio-trisavo pe. Emygdio de Magalhaes Barbalho (Leia-se Emidio). Estara na porcao inferior deste texto. Segundo de baixo para cima.

Leiam tambem, MAIS UMA CELEBRIDADE NA FAMILIA, no rodape deste texto.

Para os que ainda nao estao informados. Atualmente eu estou tentando tirar a prova de quem sao os pais do nosso ancestral JOSE COELHO DE MAGALHAES. O avo Jose nasceu em Portugal, na antiga provincia denominada de ENTRE DOURO E MINHO, que muitas vezes era mencionada apenas como MINHO.  Atualmente existem dois distritos (estados) que recebem os nomes de OPORTO e MINHO que correspondem ao territorio semelhante. Segundo as tradicoes em familia ele era de origem nobre. Infelizmente, nao temos outros dados mais especificos para ajudar encontrar coisas da vida dele em PORTUGAL. Falta-nos pelo menos saber a cidade de onde ele veio para facilitar uma possivel investigacao posterior.

Segundo nossos costumes, ele veio para o Brasil e se casou com a avo EUGENIA RODRIGUES ROCHA, tambem conhecida pelo apelido de EUGENIA MARIA DA CRUZ. Ate agora, nossos registros afirmavam que ele era ALFERES DE MILICIA, tornou-se fazendeiro e morou no AXUPE, onde tirou o sustento e criou a familia. AXUPE parece ter sido o nome da fazenda dele, que em nossos dados registram como sendo no MORRO DO PILAR – MG.

Em varios sitios da Internet tenho encontrado essa versao. Ela esta nas Historias de GOVERNADOR VALADARES e GUANHAES, por exemplo. Mas parece ser apenas a repeticao de uma estoria que alguem contou no passado e acabou sendo aceita. Infelizmente, os textos que encontramos na Internet, com respeito aas Historias das cidades sao curtos e imprecisos. Acabam levando mais aa perguntas novas que respostas propriamente ditas. Assim, embora seja dito que nossos ancestrais tiveram uma passagem por MORRO DO PILAR e se de a entender que fosse conhecida vulgarmente por AXUPE, essa versao nao aparece na Historia do MORRO DO PILAR.

MORRO DO PILAR surgiu com a chegada da Bandeira de GASPAR SOARES. Encontrando ouro ai e se instalando em um alto, por medida de seguranca, ficou conhecida como MORRO DO GASPAR SOARES. Com a construcao da primeira ermida e a devocao a NOSSA SENHORA DO PILAR, o nome veio a ser consagrado como hoje esta.

Temos tambem citacoes de que nosso ancestral JOSE COELHO DE MAGALHAES procedesse do tambem portugues: MANUEL RODRIGUES COELHO. Nao ha nenhuma afirmacao a respeito do vinculo entre eles, se eram pai e filho; avo e neto ou outro grau de descendencia. Mas este relacionamento, desde que ainda nao temos algum documento comprovando-o, esta sob suspeita.

Isso se da por causa de o MANUEL RODRIGUES COELHO, do qual o avo Jose deveria proceder, ja estava no Brasil em tempos muito anteriores ao, esperado, nascimento do avo JOSE COELHO DE MAGALHAES. No ARQUIVO PUBLICO MINEIRO, ha um documento que da ao sr. MANUEL RODRIGUES COELHO, o titulo de TESOUREIRO DA CAMARA MUNCIPAL DE VILA RICA, em 1719. Neste caso, a idade do sr. Manuel aa epoca deveria girar em torno dos 25-40 anos de idade. Nisso ja deveria ser casado e ja ter tido filhos, nao necessariamente todos.

(Nota: Ja encontrei duas mencoes a MANUEL RODRIGUES COELHO como sendo um entalhador refinado que deixou obras tanto no SANTUARIO DE BOM JESUS DE MATOSINHOS quanto no de SAO JOAO DEL’ REI, aa mesma epoca da vida do nosso suposto ancestral. Como o dito, nosso ancestral, era proprietario de minas e escravos, creio tratar-se de duas pessoas diferentes. O que pode ter levado a uma confusao dos primeiros que pesquisaram a nossa genealogia trocando um pelo outro. Esse eh um dado que merece o nosso cuidado).

Sabe-se tambem que o MANUEL RODRIGUES COELHO, fruto de nossas duvidas, fora minerador, em pleno CICLO DO OURO, e ficara muito rico, retirando a preciosidade nos veios do INFICCIONADO. Inficcionado eh um termo cujo significado eh infectado. Atualmente o lugar eh o distrito de SANTA RITA DURAO, no municipio de MARIANA.

Tambem o ARQUIVO PUBLICO MINEIRO hospeda um segundo documento de SESMARIAS E DATAS MINEIRAS, datado de 03 de dezembro de 1744, no qual descreve-se a fortuna do sr. MANUEL RODRIGUES COELHO e assinado pelo entao governador da Provincia das Minas Gerais (e isso incluia Goias, Mato Grosso (2) e outras partes do Brasil), General GOMES FREIRE DE ANDRADE (1o. CONDE DE BOBADELLA). Existe um engano na colecao de referencias a este documento informando que ele teria sido expedido em 1774. O que eh impossivel porque o general faleceu no RIO DE JANEIRO, em 1o. de janeiro de 1763, mais de dez anos antes daquela data.

Outra informacao importante a respeito do portugues MANUEL RODRIGUES COELHO eh encontrada na historia da construcao do imponente SANTUARIO DO BOM JESUS DE MATOSINHOS, que eh conhecido internacionalmente pelas muitas obras de arte que o cercam em CONGONHAS – MG. O santuario foi iniciado por uma promessa feita pelo portugues FELICIANO MENDES, enquanto sofria uma grave enfermidade. A obra foi iniciada em 1757 e consta que contou com vultosas contribuicoes em dinheiro, dadas pelo portugues MANUEL RODRIGUES COELHO. Gracas ao bom clima e a tranquilidade do local, a entao CONGONHAS DO CAMPO, servia como refugio de campo para os politicos da epoca. Enquanto MARIANA e OURO PRETO, eram consideradas as capitais, segundo o tempo de cada uma, era em CONGHONHAS que as decisoes politicas eram tomadas.

Tambem, atribuiu-se a MANUEL RODRIGUES COELHO o contributo de gerar as diversas familias com o sobrenome COELHO do CENTRO-NORTE MINEIRO. Identifica-se que a descendencia dele se dispersou a principio pelas cidades de SANTA BARBARA, ITABIRA DO MATO DENTRO e CONCEICAO DO SERRO. Mas esse milagre da multiplicacao pode nao ter-se originado numa unica pessoa. Nos descendemos de outros ramos da familia Coelho sem ser aos que estamos acostumados a reconhecer. E existem outros ramos entre as personalidades do passado mineiro que nao sabemos dizer ainda se tem ou nao um vinculo recente com o nosso. (Nos temos um ancestral com o nome de ANTONIO COELHO DE ALMEIDA, bisavo da trisavo MARIA FRANCELINA BORGES DO AMARAL pelo lado PEREIRA DO AMARAL, cuja mencao de existencia tambem se encontra no ARQUIVO PUBLICO MINEIRO.)

Outros fatos ligados aa epoca sao: o ouro em MINAS GERAIS, foi descoberto por volta de 1698; o povoamento se deu aos turbilhoes por causa da corrida do ouro; em 1712 foi criada a primeira freguesia do estado, atual MARIANA que tambem foi a primeira capital; ate 1720 tudo estava sob a jurisdicao da provincia de SAO PAULO, dai a ESTRADA REAL ter origem no caminho mais antigo, que ligava RIO DE JANEIRO a SAO PAULO, mais precisamente no sul do RIO DE JANEIRO, adentrando entao o atual territorio mineiro e seguindo todo o curso a SERRA DO ESPINHACO, que eh a coluna vertebral do estado de MINAS GERAIS. Importando que dai surgiram as primeiras cidades do estado como: PITANGUI, MARIANA, OURO PRETO, SAO JOAO DEL’ REI, SABARA, SERRO e outras.

Bom, deixando de lado esses fatos historicos, podemos concluir que dificilmente o portugues MANUEL RODRIGUES COELHO teria sido ascendente do tambem portugues: JOSE COELHO DE MAGALHAES. Este ultimo deve ter nascido entre os anos 40-60 do seculo XVIII (1700s). Nessa fase da vida, o Manuel estava em plena atividade economica no Brasil e ja deveria estar em idade relativamente avancada para a epoca. Junte-se a isso: a travessia atlantica era uma viagem por demais perigosa e cansativa para que ele se arriscasse ja que nao tinha motivo algum, principalmente nos anos 50.

Isso se pode constatar porque em 1755 aconteceu o grande terremoto que nivelou Lisboa aa altura de suas fundacoes. Portugal passou por muitas dificuldades financeiras. “El Rei” (na verdade, quem tomava decisoes governamentais em Portugal aa epoca mesmo era o marquez de Pombal) lancou uma quase “derrama” de impostos aas colonias, para a reconstrucao e reconstituicao da capital. Milhares de jovens evadiram Portugal em busca de novas oportunidades. A permanencia do MANUEL RODRIGUES COELHO no Brasil, alem de ser comoda para ele proprio, deve ter sido um requerimento tambem da coroa que precisava de pessoas de confianca, posicao e respeitaveis em cargos chaves para conter os animos que se mostrariam contrarios aas sobretaxacoes. (OBS. Derrama era a coleta de impostos mesmo que para isso fosse julgado necessario utilizar-se de meios coercivos que, aa epoca, significavam: confisco, prisao e tortura, contra a qual se deu a INCONFIDENCIA MINEIRA mais tarde).

Em outras palavras, as oportunidades estavam no Brasil. Nao havendo motivos maiores que obrigassem o sr. MANUEL RODRIGUES COELHO visitar o lugar de seu nascimento e, oportunamente, tornar-se pai do tambem portugues: JOSE COELHO DE MAGALHAES. Na idade em que ele deveria estar nos anos de 1750s, a maioria dos parentes mais proximos que conhecera na infancia ja deveriam ter falecido e os jovens, na idade da descendencia dele, estavam procurando migrar para o BRASIL).

Encerrada essa prelecao, ficou a duvida: quem entao poderiam ser os pais do nosso ancestral JOSE COELHO DE MAGALHAES? Nao ha uma resposta afirmativa por enquanto, embora tenho uma suspeita. Encontra-se no sitio GeneAll.net, de genealogia, uma figura com este mesmo nome. Nao consta que tenha sido casado. Nao ha data de nascimento para ele. Existe data para o nascimento do irmao que presumo ser o primogenito, por levar o nome do pai, varios sobrenomes correntes na familia e que eh de 1742. Da relacao de irmaos, o JOSE COELHO DE MAGALHAES eh o ultimo, dentre seis. Portanto, este deve ter sido o cacula, cujo nascimento poderia ter se dado por volta de 1750. Alem disso, sao de origem nobre, o que sempre ventilou em nossas tradicoes que teriamos tal origem. Mesmo que seja aquela nobreza reconhecida como falida, enquanto em Portugal.

Uma duvida apareceu recentemente quando verifiquei a data de nascimento da avo materna daquele JOSE COELHO DE MAGALHAES. Ela teria nascido em 1673. Dai, seria um pouco dificil ela ter se tornado mae da ANA JOSEFA, mae do JOSE, muitos anos apos essa data. Isso faz com que esta se tornasse mae dele em torno dos 40 anos de vida, o que tambem seria uma grande dificuldade para a epoca. De qualquer forma, existe a possibilidade. Tambem porque nao temos com certeza a data de nascimento do avo JOSE pode ser que ele tenha se casado um pouco mais velho.

Alias, tenho uma duvida quanto aa data do casamento dele. O livro: ARVORE GENEALOGICA DA FAMILIA COELHO, da prima: IVANIA (filha dos tios EURICO/ODILA) menciona 07.07.1799. Porem, a data do nascimento do JOSE COELHO DE MAGALHAES FILHO, tambem conhecido como JOSE COELHO DA ROCHA eh de 1782. Assim, o casamento teria se dado 17 anos apos o nascimento do filho. Por isso, penso que a data mais correta seria 1779. Embora isso seja suposicao porque existem motivos que poderiam levar o casamento a acontecer depois da familia constituida. Antigamente, devido aa falta de sacerdotes disponiveis, era comum as familias se formarem sem haver a cerimonia formal do casamento nos sertoes brasileiros, vindo ela a realizar-se em oportunidade posteriores.

Existe outra razao tambem. Aa epoca houve uma proibicao de casamentos de cidadaos portugueses e outros considerados das colonias. Em 1789 estava acontecendo a INCONFIDENCIA MINEIRA, onde houve recrudescimento das antipatias entre os da colonia e os de PORTUGAL (metropole).

Ha, porem,  a possibilidade de a avo EUGENIA RODRIGUES ROCHA ser descendente do portugues; MANUEL RODRIGUES COELHO, dai o marido dela ter sido lembrado como procedente dele, (Citando o prof. NELSON DE COELHO SENNA, a IVANIA repete a palavra “procede” sem afirmativa alguma de descender) mas pelo passar das geracoes ja deveria ser considerada brasileira. Uma das reinvindicacoes da insurgencia que se deu no NORDESTE DO BRASIL, e quase separou parte do pais (REVOLUCAO PERNAMBUCANA), que se deu por volta de 1817, no tempo do FREI CANECA (o frei Caneca ja existia mas participou de revolta posterior), era a abolicao da lei que proibia este tipo de casamento. Talvez, depois de os casamentos ja terem sido consumados ha muito tempo e nao haver como reverter isso, muitos padres poderiam aceitar ir contra a lei, alegando que a lei do homem nao poderia separar aquilo que ja estava unido por Deus. Neste caso, a data de 1799 poderia estar correta.

Hoje ja eh 30 de janeiro de 2011. Estou acrescentando esse paragrafo porque descobri algo novo. Um de nossos primos deu-me a noticia ha mais tempo atras que os portugueses MANUEL RODRIGUES COELHO e JOSE COELHO DE MAGALHAES tinham vindo de Cette. Informacao esta recolhida das anotacoes do prof. Nelson Coelho de Senna. A queixa do Milton (Lolo da tia Maricas/Cir do tio Daniel) era a de que havia procurado por todo canto sem encontrar nada a respeito de tal lugar.

Procurei tambem e encontrei apenas Cette apenas no sul da Franca, fronteira com a Espanha. Nada indica que nossos ancestrais recentes tenham tido vivido em tal lugar.

Recentemente, porem, xeretando o sitio dos Borges Cunha Mattos encontrei uma referencia que, possivelmente, tenha ajudado a decifrar o quebra-cabeca. A referencia menciona o “Mosteiro de Cete”. Fui logo aa Internet e, hoje mesmo, ja verifiquei no Google Earth. Cete eh uma freguesia, do Concelho de Paredes, no distrito de OPorto. Traduzindo: Cete eh um distrito da cidade de Paredes no estado de OPorto.

Podemos dizer que Cete seja um bairro da cidade de Paredes, porem, muito pequeno. A construcao do Mosteiro e da Igreja de Sao Pedro de Cete remontam aos anos 800.

Faz parte da cidade de Paredes tambem o distrito de Paco de Sousa. Este eh celebre, e abriga o Mosteiro de Paco de Sousa. Segundo o que esta escrito, este mosteiro foi construido por um avo ou bisavo do Egas Moniz, o Aio que era o bisavo do Soeiro Viegas Coelho, o primeiro com este sobrenome que o repassou aos filhos.

Essas informacoes implicam em dois resultados importantes. O de que agora temos um local geografico de onde os nossos ancestrais Coelho de Magalhaes devem ter tido origem. Facilita muito sabermos disso para procurar por la as nossas origens. Outro resultado importante eh que podemos confirmar por ai que somos mesmo descendentes do “Aio” de D. Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal.

Saltarei agora um lapso de tempo para falar a respeito das minhas buscas. Estive no Brasil o ano passado mas nao tive tempo de verificar nada a respeito desse assunto, mesmo porque, me faltavam nocoes de como conduzir uma busca nesse sentido. O que ha que se mencionar eh que o primo UBIRAJARA DE MAGALHAES BARBALHO, fora sempre um grande incentivador de minhas pesquisas e fomos admiradores reciprocos de nossos escritos. Ele esteve em Virginopolis naqueles dias, dizendo que o fora com o intuito particular de ver-me pessoalmente. Honrado fiquei com tal homenagem. Claro, reve-lo sempre foi glorioso momento de prazer. Tinhamos algo a nos completar. Ele gostava muito de conversar e eu gosto de ouvir.

Apos voltar aos ESTADOS UNIDOS, entrei em contato com a secretaria do ARQUIVO ARQUIDIOCESANO DE BELO HORIZONTE, cujo nome eh MARIA ELIZABETH. Eu desejava resolver a questao da paternidade de nosso ancestral e esperava que encontrasse documentos sob a guarda daquela instancia. A informacao que ela passou-me eh que a cidade de MORRO DO PILAR pertencera aa DIOCESE DE NOVA LIMA, e se encontravam no Arquivo livros daquela diocese, a partir de 1810. Pairou-me a duvida. A contar de 1810 para tras ou para frente? Deixei essa questao sem resposta planejando que, da proxima vez que fosse ao Brasil, fizesse uma visita e verificasse tudo.

Esperava que minha proxima visita viesse a ser em um futuro indeterminado, provavelmente, uns cinco anos desde o ano de 2009. Minha surpresa foi ficar sabendo em julho deste ano que estava ”intimado”, por minha esposa, a visitar o Brasil agora, nos primeiros dias de setembro. Minha missao era ”proteger” o nosso filho, Teofilo, dos “perigos do mundo” que, no Brasil, sabemos ser maiores. Pensei duas vezes antes de aceitar a intimacao, por razoes particulares de conhecimento da fera, mas nao resisti ao argumento de a idade da mamae ja ser avancada. Completou 85 anos neste outubro de 2010.

Apos atrasos de viagem, gracas ao adiamento propositado da AMERICAN AIRLINES que concelou um voo marcado para o dia 27 de agosto, de MIAMI a SAO PAULO, para o sabado pela manha, dia 28. Assim, passamos todo o dia solar em pleno voo, aterrizando em SAO PAULO por volta das 6:00hs. Mais quatro horas de cha de aeroporto em GUARULHOS, para seguir viagem e posar em CONFINS, cinco minutos antes do dia 29 iniciar. Ja neste ultimo dia e com as bagagens em maos, encontramo-nos com o primo PLAUTINHO, que esperava para dar-nos uma carona ate aa casa da MAGDA/RICARDO, minha irma. Entao, veio a pedrada, o BIRA tinha falecido no dia anterior, vitimado de cancer, contra o qual ele lutava desde pouco tempo depois do nosso ultimo encontro, segundo o que eu tinha conhecimento.

Parece-me que ele nao sabia do que estava acometido quando haviamo-nos encontrado. Posteriormente fora diagnosticado com pedras nos rins e deveria ser operado sob essa desculpa. A cirurgia acabou levando ao diagnostico da doenca. No final, perdemos um primo, amigo e mentor na familia. Resta-nos o consolo de saber que apesar de ser uma pessoa agitada, tipo hiperativa, era alguem que se conduzia pelo humilde caminho de servir ao proximo. Dai a certeza de que agora temos mais um na legiao de intercessores junto a Deus. Fora ao ler uma das cronicas dele: “BOLINHOS QUENTES”, que acabei me inspirando a contar coisas do passado de nossa familia e expuz o escrito no sitio: http://www.freewebs.com/certos-barbalhos-de-virginopolis.

Permaneci em BELO HORIZONTE o domingo e a segunda. Nao queria perder o curto prazo de viagem sem visitar o ARQUIVO ARQUIDIOCESANO. Pela manha fui aa PRACA DA LIBERDADE com esse intento. La recebi a noticia de que o haviam mudado de endereco. A Arquidiocese continua funcionando em um predio mais novo, na esquina aa direita do PALACIO DA LIBERDADE. Refiro-me aa direita de quem estiver de costas para e em frente ao palacio. Os arquivos funcionavam num predio ao lado do citado, construido no estilo ART NOUVEAU, caracteristico da epoca da construcao da capital mineira, no final do seculo XIX. O ARQUIVO havia sido mudado para o bairro SANTA TEREZA. O mesmo bairro cuja linha de onibus passa pela PRACA DA LIBERDADE. Nao perdi tempo, alem do necessario para esperar no ponto para dirigir-me ao novo endereco. Fora informado que o novo local estava na PRACA SANTA TEREZA.

Andar de onibus em BELO HORIZONTE, foi como viajar um pouco no tempo. Tempo em que morei la, e nos anos que se seguiram em que sempre serviu de ponte para as minhas outras viagens. Alem do itinerario cortar o centro no sentido PRACA DA LIBERDADE – PARQUE MUNICIPAL, usa ainda o VIADUTO SANTA TEREZA, que na verdade, da acesso ao BAIRRO DA FLORESTA, onde morei por primeiro. Era o ano de 1978 quando cheguei la. Ja moravam na republica a Magda, com as filhas da tia Ruth: Helena, Virginia e Albina (Bininha). Moraram tambem os irmaos delas: Joelzinho e Tony, alem de duas outras mocas que nao eram parentes e, no momento, tiveram seus nomes apagados de minha memoria. Ventilou-me agora um: Vania. Nao sei se esta correto.

Apos passar o VIADUTO SANTA TEREZA, o onibus segue um itinerario que evita o inicio da av. ASSIS CHATEAUBRIAND, virando aa direita. Segue e passa em frente ao INSTITUTO MEDICO LEGAL, passa sob o VIADUTO DA FRANCISCO SALLES, que liga a FLORESTA diretamente com a AREA HOSPITALAR. Quando morei la ele ainda nao existia, depois comecou a ser construido. O que esta abaixo dele era meu caminho de todos os sabados pela manha, para fazer compras no supermercado JUMBO, construido no que fora o antigo campo do AMERICA FUTEBOL CLUBE. Logo depois de passar sob o viaduto, creio que entra-se na rua onde morei por um breve tempo mas a velocidade do onibus nao permitiu individualizar o endereco. Importa apenas que eu estava num ambiente que me familiarilizo com ele.

O restante do passeio ate a PRACA SANTA TEREZA eh aquilo que BELO HORIZONTE eh. Ruas tortuosas, cheias de sobe-e-desses. Creio que nunca tinha estado antes naquela praca. O bairro SANTA TEREZA, sempre fora um pouco isolado, por causa de condicoes geograficas e intrincheirado em dois dos lados pelo RIBEIRAO ARRUDA. Depois que passamos a morar no BAIRRO SAO GERALDO, o caminho era aa esquerda, depois que construiram a VIA EXPRESSA, agora eh aa direita Ou vice-versa. Digo, a Magda e eu nos mudamos para o SAO GERALDO.

Mas o importante mesmo eh ir diretamente ao assunto. Fui otimamente recebido pela Maria Elizabeth no arquivo que se localiza numa construcao ao lado da IGREJA SANTA TEREZA e SANTA TEREZINHA, apropriadamente em frente ao ponto de onibus. Fui logo informado que os documentos disponiveis eram os do dominio da DIOCESE DE BELO HORIZONTE, ou seja, das cidades que formam a grande BH. Os de NOVA LIMA, realmente comecavam em 1810, para frente. Como premio de consolo, tive acesso aos livros de SABARA. Estes se mostraram bem mais antigos, a partir de 1720, para frente. Porem, em peticao de miseria. Cheios de buraquinhos provocados pela traca e escritos em uma caligrafia dificil de se ler, pelo menos para nos, os leigos.

Foleei com desanimo. Nao sem antes colocar as luvas cirurgicas oferecidas pela secretaria. Nao me lembrava de nenhum vinculo de nossa ARVORE GENEALOGICA, com SABARA. Para complicar mais a historia, encontrei uma pagina, com as escritas fantasmagoricas de tao apagadas pelo tempo. Eram anotacoes de casamentos. Onde usava-se colocar na margem esquerda, no sentido de quem esta lendo, os nomes dos nubentes para facilitar a localizacao posterior. Justamente nesse livro, a reencadernacao moderna tinha ocultado os nomes. Apenas tres letras, de um dos registros, podiam ser lidas sem a menor sombra de duvida ja que houveram sido escritas como se em negrito e que nao se apagaram. Eram as sobreviventes. E elas eram “Coe”. Suponho que, como o “e” tinha atingido a linha da margem, para que as outras letras que completavam o sobrenome nao invadissem os espaco de lavra do registro, o escriba as escreveu no outro lado da margem, justamente o que estava agora oculto.

Mesmo que a possibilidade do sobrenome completo fosse Coelho, nao dei maior importancia. Percebia-se que a pagina fora escrita num passado bem remoto. Pelas datas de outras anotacoes legiveis, as paginas apagadas giravam pelos anos 1770s. E o tempo esta apagando as informacoes rapidamente sendo quaisquer que sejam. Eu nao tinha nenhum aparelhamento apropriado para fazer a leitura de escrita apagada. Sei que com contraste de luz, usando ultravioleta e outras, pode-se ler perfeitamente o que esta apagado pelo tempo. Mas a olho nu, sem nem sequer a ajuda de uma lupa, fugia ao meu poder e vontade. Essa informacao, a de leitura de escritos apagados pelo tempo, eu aprendi nos documentarios onde se descreve o decifrar de escritos milenares.

Por certo estava ali registrado o casamento de alguem cuja assinatura fora Coelho. O que ja era algo inusitado porque todos os outros apontamentos que observei continham apenas os nomes dos nubentes mas nao os sobrenomes. Mas, pelo que venho notando em minhas buscas, uma grande populacao do NORTE DE PORTUGAL migrou para o BRASIL no CICLO DO OURO. E dentre estes a alcunha COELHO deve ter sido uma das mais frequentes. Nao eh incomum a citacao de nome de padres e outros cujos sobrenomes eram o de nossa familia. Dai eu pensei: sem novidades, apenas mais um Coelho da vida, mas o que temos nos com SABARA?

Fui entao informado pela Maria Elizabeth que MORRO DO PILAR atualmente pertence aa DIOCESE DE GUANHAES. Dai vieram novas esperancas de encontrar la algo que nos servisse.

Na terca-feira desembarquei em VIRGINOPOLIS, pela madrugada. Passei o dia com os familiares que estavam comecando a reunir para o V ENCONTRO DA DESCENDENCIA DOS AVOS JUCA/DAVINA/PETRINA. Na quarta fui a GUANHAES. Novamente fui bem recebido. O unico problema eh que a diocese eh nova, completou 25 anos recentemente, e nao tem propriamente uma biblioteca com documentos de registros antigos. Nao precisei mais que minutos para verificar que os documentos mais antigos estavam por volta de 1930. Uns 150 anos defasados do que eu procurava.

Porem veio outra informacao importante. Disseram que em CONCEICAO DO MATO DENTRO existe um arquivo muito bem conservado e catalogado. Mas que se eu fosse la, deveria mandar um e-mail ou telefonar previamente informando-os dos motivos das minhas pesquisas e fornecendo dados do que eu procurava. Eles me responderiam com antecipacao se havia a possibilidade de o que eu procuro estar la ou nao. Caso ouvesse algo do meu interesse, teria que agendar uma visita porque eh preciso que um funcionario esteja presente, assistindo a pesquisa. Naturalmente, para evitar danos e furtos aos preciosos documento.

Uma das secretarias em GUANHAES deu-me a sugestao para que procurasse tambem informacoes no RIO DE JANEIRO. Fiquei intrigado com a exalacao feita por ela. Naquele momento nao entendi qual o vinculo que poderia haver entre nos e a antiga capital do BRASIL. Agora, com as ideias melhor assentadas eh que imagino que ela tenha razao. Antigamente a IGREJA CATOLICA funcionava como um MINISTERIO DA COROA. Eh possivel que centralizasse informacoes de toda a colonia. E como o BRASIL e, especialmente, a familia eram catolicos praticantes, podem haver mencoes em documentos antigos arquivados no RIO DE JANEIRO.

                         Talvez existam arquivos de registros de entrada de passageiros de navios na epoca colonial. Neste caso, imagino que devamos procurar a MARINHA BRASILEIRA. O avo JOSE COELHO DE MAGALHAES entrou no BRASIL um tempo antes do nascimento do filho em 1782. Apos dar uma certa sequencia a essas minhas pesquisas descobri que existe uma montanha de documentos de epoca no ARQUIVO NACIONAL, no centro do RIO DE JANEIRO.
                         Outra ideia a que isso levou-me foi desmembrar o assunto. Sei que o EXERCITO BRASILEIRO tem um certo arquivo genealogico de seus membros. Eh uma opcao que nao podemos esquecer. Afinal, segundo mencionado, o ancestral JOSE COELHO DE MAGALHAES era ALFERES DE MILICIA, do EXERCITO COLONIAL. Tambem o tetravo JOSE COELHO DE MAGALHAES FILHO (JOSE COELHO DA ROCHA) e o irmao dele JOAO COELHO DE MAGALHAES foram capitaes do EXERCITO COLONIAL a principio e depois serviram ao EXERCITO IMPERIAL DO BRASIL. Eles fizeram parte da tropa de militares que fundou o posto avancado do exercito e que deu origem a GUANHAES. Por enquanto, somente busquei no Google o assunto: GENEALOGIA NO EXERCITO BRASILEIRO, ontem aa noite. Tem muito sitio a ser verificado. Mas nao sei se terao dados dos militares anteriores aa GUERRA DO PARAGUAI.
                          Por fim, as meninas em Guanhaes ajudaram-me fornecendo as informacoes dos sacerdotes responsaveis pelas prelazias em CONCEICAO DO MATO DENTRO, MORRO DO PILAR e MARIANA. Eles sao: Pe. Dilton Maria Pinto, (03131) 3868 1248; e-mail: diltonpinto@yahoo.com.br; Pe. Adao Soares de Souza, (03131) 3866 5145, e-mail: pe.adao@terra.com.br e D. Geraldo Lyrio Rocha, (03131) 3557 1259, e-mail: vicariatogeral.mariana@yahoo.com.br, respectivamente.

                          Eu pedi para acrescentar as informacoes de MARIANA porque queria investigar se por acaso encontraria la o registro de casamento dos tetravos: POLICARPO BARBALHO/GENOVEVA (VITA) MAGALHAES. Essa eh outra linha de investigacao que interessa particularmente aos MAGALHAES BARBALHO, cuja origem esta no casal, embora, muitos outros COELHO descendam deles, sem necessariamente estarem conscientes disso. Ja enviei e-mails a todos ha mais de uma semana mas nao obtive nenhuma resposta. (Posteriormente recebi um laconico e-mail de MARIANA informando que nao tinham nada em nome do casal. Talvez nao seja perda de tempo a quem tiver tempo fazer uma checagem pessoalmente, porem, que seja com tempo e paciencia).Com isso ficou encerrada a minha iniciativa atual no Brasil. O meu tempo ja estava acabado. Tinha que pagar pedagio aa casa da sogra em SANTA EFIGENIA DE MINAS, o que o fiz na quinta-feira. Sexta-feira comecaram as chegadas em maior numero da descendencia dos avos. Sabado, domingo e segunda festejamos. Na mesma segunda, vespera do dia 07, o da INDEPENDENCIA DO BRASIL, comecamos nossa viagem de volta aos ESTADOS UNIDOS.  Dia 09 ja estavamos em casa.

Passados alguns dias, fui dar um balanco no que tinha encontrado de nossa genealogia. Resolvi consultar a Internet a respeito do nome AXUPE. Como se sabe, constam das nossas anotacoes que nosso ancestral: JOSE COELHO DE MAGALHAES FILHO, ou JOSE COELHO DA ROCHA, nascera em AXUPE, no MORRO DO PILAR. Para minha surpresa, encontrei uma foto da fazenda AXUPE no endereco: http://www.panoramio.com/photo/2352337 de autoria de Paulo Henrique Matias. A identificacao tambem da conta de a fazenda estar no municipio de CONCEICAO DO MATO DENTRO.

                          Por isso imagino que a verdade seja essa. Eh provavel que a nossa origem esteja mesmo vinculada aa fazenda que, atualmente, faz parte do territorio de CONCEICAO DO MATO DENTRO. Pode ser que nalgum passado ela fosse considerada territorio do MORRO DO PILAR. Mas com o tempo muita coisa foi redesenhada no mapa dos municipios. Ja encontrei casos interessantes como o da cidade de FERROS. A cidade tem dois lados do RIO SANTO ANTONIO. Um lado era distrito de ITABIRA, o outro era distrito de CONCEICAO DO MATO DENTRO. Quando a cidade emancipou-se ficou com as duas metades com origem em maes diferentes. Tambem GUANHAES era FREGUESIA do SERRO. Mas quando emancipou levou DORES DE GUANHAES junto que era parte de CONCEICAO.Dai surgiu a suspeita de que nossas anotacoes genealogicas poderem conter algum engano. Afinal, se a tal fazenda tratar-se do local de nascimento de nosso ancestral, nao temos um pezinho em MORRO DO PILAR e sim em CONCEICAO.

                          Apos ter escrito e publicado estas minhas notas, ocorreu-me que podemos procurar nos cartorios de registros de imoveis alguma informacao. Quando sao feitos os inventarios ou testamentos alguns dados genealogicos sao mencionados e sao validos como registros genealogicos. Seria bom verificar ate onde no tempo estao os registros de posse da tal FAZENDA AXUPE.Sempre imaginei o que o nome AXUPE significaria. Por extensao de uma lenda eu tinha as minhas proprias conclusoes. Eh que em SARDOA-MG existe um distrito denominado de MANDASSAIA. Um antigo morador de la contou-me que isso se referia a uma senhora do local que fora a pe para a cidade. Como era epoca de chuva ela escorregou, caiu e sujou a roupa. Entao mandou o recado atraves de um emissario aos parentes: “Manda a saia”. Dai abreviou-se para o nome do local.

Assim, eu imaginei que o nome AXUPE pudesse derivar da travessia de algum curso d’agua por alguem que nao soubesse nadar. Como o curso pudesse ser mais fundo que o esperado este pudesse se ver em perigo ao “perder o pe” e outro de fora gritasse: “Acha o pe!”. Mas os meus devaneios foram bombardeados por uma informacao que nao sei precisar de onde veio, ja que o exemplar do Aurelio que tenho em maos nao traz a palavra axupe em nenhum lugar, nem mesmo com ch. Parece que AXUPE se trata apenas de um sinonimo local para o famoso guaxo, tambem conhecido pelo apelido de Joao-Congo, e imortalizado pela expressao: “ninho-de-guaxo”. Nin-de-guaxo em mireires. Em VIRGINOPOLIS o passaro eh agraciado com a graca de: Joao Gravetinho.

                           Contudo, apesar da identificacao da FAZENDA AXUPE em CONCEICAO DO MATO DENTRO, nao podemos, a partir disso, afirmar com toda certeza que essa tenha sido a propriedade do nosso ancestral JOSE COELHO DE MAGALHAES. Era muitissimo comum os nomes se repetirem. A FAZENDA MACUCO mesmo tem seus homonimos em Virginopolis o que se dira do Brasil inteiro que era repleto de macucos e axupes. (nota: a cidade de GUAXUPE – MG tem seu nome ligado aa mesma origem, identificando-se tanto com o passaro guache quanto com um tipo de abelha nativa).O novo achado, porem, levou-me a pesquisar na Internet as Historias de MORRO DO PILAR e CONCEICAO DO MATO DENTRO. Morro do Pilar comecou em 1701, com a chegada do minerador GASPAR SOARES. Foi a sede da primeira fabrica de ferro gusa do Brasil, instalada em 1814.

Tambem em 1701, a expedicao liderada pelo cel. ANTONIO SOARES FERREIRA encontrou ouro. Conta-se que GABRIEL PONCE DE LEON, que fazia parte da comitiva, retirou 20 oitavas de ouro em uma unica bateada. Em 1702, o mesmo Gabriel, no inicio da formacao do povoado, ergueu uma pequena capela, onde mais tarde veio a ser construida a igreja matriz de Nossa Senhora da Conceicao. A imagem da santa foi importada de ITU – SP. CONCEICAO eh considerada CAPITAL DO ECOTURISMO, no Brasil.

As informacoes sao poucas mas, entre elas, a que se destacou em minha mente eh a de que CONCEICAO DO MATO DENTRO, durante o seculo XVIII, esteve ligada aa antiga comarca de SABARA e depois aa de SERRO FRIO (SERRO). Nisso importa que, ha uma possibilidade minima de que o registro de casamento apagado no livro dos assentamentos de SABARA, que esteve em minhas maos, pode referir-se ao do casamento de nosso ancestral JOSE COELHO DE MAGALHAES. Claro, a possibilidade eh minima. Seria bom que algum outro interessado da familia, com a ajuda de alguem que conheca os recursos de leitura de escritas apagadas pelo tempo, verifique isso para nos. Nao sei quando voltarei ao Brasil, se com tempo e recursos. Corremos o risco de a unica prova de nossa ancestralidade ser jogada ao lixo, se alguem pensar que o documento apagado nunca mais podera ser lido. Talvez tenhamos mais haver com SABARA do que jamais imaginei.

Outra coisa que me ocorreu. Um dos fundadores de CONCEICAO, o GABRIEL PONCE DE LEON, tem chances de ser nosso ancestral. Isso, se a avo EUGENIA RODRIGUES ROCHA e a mae dela: MARIA RODRIGUES, terem nascido naquela cidade e se o Gabriel tiver deixado la parte da sua descendencia. Em 1701 ele ja deveria ser adulto, portanto elas poderiam muito bem ser neta e bisneta dele. Assim, a avo MARIA RODRIGUES poderia ter tres chances de ser neta dele, desde que em uma oportunidade seja do MANUEL RODRIGUES COELHO. As outras quatro oportunidades da avo EUGENIA se-lo seriam mais custosas ja que ela eh filha do GIUSEPPE NICATIGI DA ROCHA. Segundo nos foi dito antes, ele procedia diretamente da EUROPA, tendo sangue ITALO-LUZITANO. Mais na frente devo voltar a esse assunto porque ha uma pequena possibilidade de descendermos dele atraves da avo: MARIA LUIZA DO ESPIRITO SANTO, a esposa do capitao JOSE COELHO DA ROCHA (JOSE COELHO DE MAGALHAES FILHO).

O que implica isso eh que ai pode estar indicada mais um vinculo com as familias reais ibericas e europeias em geral. O nome Ponce de Leon surgiu da combinacao de duas familias. O rei D. Alfonso IX, de Leao e Castela, com a D. Aldonca M. da Silva foram os pais, em 1215, da Aldonca Alfonso de Leon. Ela se casou com Pedro Ponce de Cabrera e produziram os que passaram a assinar Ponce de Leon.

                            Novamente, essa nao eh uma possibilidade sem pe ou cabeca mas tambem eh pequena. No sitio GeneAll.net eu encontrei um Gabriel Ponce de Leon que deve ser o mesmo. Consta que ele teve duas filhas: Maria e Apolonia, que nasceram em SOROCABA ou ITU – SP. Mas o sitio geneall.net frequentemente nao coloca todos os dados genealogicos que acompanham os personagens da familia. Se olharem por curiosidade, verao que, por enquanto, da nossa genealogia se importaram de identificar apenas o ALEXANDRE CAFE BIRMAN que esta na setima geracao de descendentes do avo JOSE COELHO DE MAGALHAES. Quase somente os ascendentes diretos dele estao postos. Nos que somos parentes ficamos de fora.
                             Alias, eles ainda nem concluiram a ascendencia que passa pelo NELSON COELHO DE SENNA que vai se encontrar com os atuais herdeiros da coroa brasileira. O NELSON descende do mesmo JOSE COELHO DE MAGALHAES que o ALEXANDRE. Eles se separam no alto dos filhos daquele que sao, respectivamente, JOAO e JOSE FILHO. Assim, eh muito provavel que o GABRIEL PONCE DE LEON tenha tido outros descendentes mas que nao estejam relacionados naquele sitio.

                            Prestem tambem atencao nos detalhes dos sobrenomes dos outros companheiros de fundacao daqueles primeiros nucleos de habitacao do Estado de MINAS GERAIS. ANTONIO SOARES FERREIRA e GASPAR SOARES. Existe a possibilidade de descendermos deles tambem por via feminina. E muitos sao os membros em nossa familia que portam ou sao descendentes conhecidos de pessoas que assinaram os mesmos sobrenomes. Seria bom que cada familia mergulhasse nesse jogo maluco de quebra-cabecas para procurar descobrir se eles sao ou nao ancestrais delas.Recentemente no GeneAll.net tambem incluiram mais um JOSE COELHO DE MAGALHAES. Ele nao eh o ancestral que temos em nossa genealogia porque o neto dele nasceu em 1780. Pelos nascimentos da descendencia parece que essa familia permaneceu em PORTUGAL. Alem disso, pela data do nascimento do neto, espera-se que tenha nascido por volta de 50 anos antes dele. O sitio nao traz a data mas ela eh presumivel em torno de 1730. O interessante eh que o neto nasceu em VILA NOVA DO FAMILICAO, ou seja, no entorno da cidade do PORTO, na mesma antiga PROVINCIA DO ENTRE-DOURO E MINHO. Na relacao de filhos consta apenas uma filha: JOANA MARIA COELHO e o nome da esposa era: MARIA COELHO. Pode ser, entao, que tenham tido outros filhos que nao estao ainda incluidos no sitio. Neste caso, nao eh impossivel que tenha tido filhos e um deles com o mesmo nome do pai. Assim, esse poderia ser nosso ancestral, embora, a familia nao tenha ainda ligacoes com a nobreza expostas no sitio.

Mais um homonimo do avo JOSE COELHO DE MAGALHAES indica uma menor probabilidade de a minha hipotese de descendermos daquele que estava nas anotacoes ha mais tempo estar correta. Mais repeticoes significa que o nome era mais comum. O que eu ate ja imaginava porque a combinacao Jose + Coelho + Magalhaes tinha tudo para repetir-se muitas vezes por conter tres nomes absolutamente frequentes. Mas nao desanimem. Enquanto houver duvida tambem havera esperanca. Nao faz diferenca de quem somos descendentes. Importante eh sermos honrados e honrarmos todo o bem que eles tenham nos passado.

Repito aqui um pensamento que escrevi ha algum tempo atras: Nao pense que voce eh grande por ser descendente de muitos reis, nem despreze qualquer desses pequeninos, porque muito mais PODEROSO que qualquer rei humano eh o PAI dos menores de todos nos.

                             Estou acrescentando algumas anotacoes a posteriori e aproveito para mencionar que o JOSE COELHO DE MAGALHAES, pai da JOANA MARIA COELHO, nao deve ser nosso ancestral. Isso por causa do proprio nome que possui. Se ele fosse pai do JOSE COELHO DE MAGALHAES que, entao, seria irmao da JOANA e nosso ancestral nao se justificaria o nosso tetravo ser chamado de JOSE COELHO DE MAGALHAES FILHO, porque ele serio o NETO.

                              A unica possibilidade daquele ser nosso ancestral seria se ele proprio tivesse tido uma familia em Portugal e depois outra no Brasil. Nesse ponto o nosso ancestral seria bem mais velho do que esperamos e curioso por nossas tradicoes nada mencionarem a respeito. Ha um ponto a favor dessa possibilidade ter ocorrido. O filho da JOANA recebeu o nome de FELIX. E este eh o nome de um dos filhos do nosso pentavo. Geralmente alguns nomes sempre se repetem em uma mesma familia, seja por uma homenagem a um ancestral famoso ou devocao a algum santo. Mas tambem pode ser apenas coincidencia porque FELIX foi um nome muito popular no passado. Independentemente da familia.Eu busco no estudo genealogico usos mais praticos que orgulhar-me de nossos antepassados. Eh obvio que todas as pessoas que nos cercam tem ancestrais comuns conosco, nao importa se enxergamos alguma diferenca virtual nelas. E estas ligacoes familiares sao muito mais recentes do que imaginam os leigos no assunto. Preocupa-me justamente esse parentesco muito proximo entre todos, que pode causar problemas geneticos em toda a nossa descendencia. Conhecer o maximo de nossa genealogia tem o efeito pratico de conhecermos e previnir os efeitos danosos que a heranca genetica pode induzir. Alem disso, creio que o conhecimento das ligacoes familiares entre todos pacifica as pessoas exaltadas.

                              (Nota: Estive numa cerimonia de apresentacao de alunos de um programa educacional para o qual o meu filho Teofilo foi selecionado. Ao sermos recebidos pelo chefe do programa ele estava conversando com o mentor do Teo e dizia que o nome dele era Alfred porque tinha uma tradicao que corria na familia onde todas tinham um filho com o nome Alfred, em homenagem ao genitor muito antigo, ALFRED, REI DO WESSEX. Por dentro eu ri, e depois comentei com o Teo, o mesmo Alfred eh nosso ancestral diversas vezes).

Por falar nisso, minha visita a VIRGINOPOLIS deu outros frutos. O NEY, meu irmao, ja havia mencionado que tinha descoberto um primo nosso por la. Contou que o nosso tio-bisavo: LINDOLPHO RODRIGUES COELHO, o velho, havia tido um relacionamento com uma escrava. Deles nasceu um filho e esse filho deu origem a uma familia que habitou a zona rural do nosso torrao natal (BOM JESUS DA BOA VISTA mais conhecido apenas como BOA VISTA). Identifiquei o nosso tio-bisavo como o velho para que nao confundam com outros de mesmo nome. O bisavo JOAO RODRIGUES com a MELITA sao pais de um SOBRINHO dele e o ESDRAS deu a ele um neto com o mesmo nome.Mas o que de melhor eu fiquei sabendo agora eh que daquela familia que comecou por meios tortos estao manifestando frutos retos. Da geracao atual temos o primo JOAQUIM CANDIDO DA SILVA, idealizador do sitio: www.contraaviolencia.org. Fui informado que o sitio, fundado em 2000, tem chamado a atencao de milhoes de navegantes, tanto no Brasil quanto no resto do mundo. Disseram que o primo Joaquim recebeu ate uma recomendacao papal. Certo eh que, eu gostaria de divulgar, por meio desta, o sitio, nao apenas por ele ser nosso primo mas grandemente por causa do objetivo estar ligado ao assunto de maior importancia para o futuro de nossa descendencia. De nada adiantara termos descendencia e a perdermos para a violencia. Peco que visitem e apoiem a iniciativa do primo para construirmos juntos o futuro de nossa ARVORE GENEALOGICA.

                              Outra coisa que gostaria de investir tambem era no recolhimento de dados das pessoas associadas na familia. A nossa ARVORE GENEALOGICA esta centrada na descendencia direta dos avos JOSE COELHO DE MAGALHAES/EUGENIA RODRIGUES ROCHA. No futuro, se nao houver anotacoes, nossa descendencia ficara intrigada, porque conhecera apenas ramos de suas proprias arvores e lhes parecera que ramos foram cortados. Eu por exemplo ja dei o meu exemplo e coloquei os ancestrais de minha esposa ate quando encontrei. Assim ela nao parecera um ramo podado aos olhos da futura descendencia que acaso tivermos.
                               Ja enviei e-mails a algumas pessoas para que fizessem isso tambem. Mas nao vou insistir na iniciativa por causa do trabalhao que vou ter, se todo mundo resolver enviar-me dados. Eu preferia que todos se inscrevessem no sitio www.geneaminas.com.br e la postassem diretamente os dados que desejassem acrescentar. Uma grande vantagem de fazerem isso eh a de que outros pesquisadores podem estar procurando dados da descendencia de ancestrais deles e esses coincidirem com os que estiverem em nossa ARVORE GENEALOGICA. Talvez eles possam acrescentar-nos informacoes que levem parte de nos a descobrir mais ancestrais. E pode-se descobrir linhagens que venham de muitos seculos atras. Isso faz o bem de descobrirmos do como estamos inseridos na HISTORIA UNIVERSAL.
                               Passaram-se alguns dias desde que escrevi e publiquei o texto acima. Desde entao eu estava com algo mais para acrescentar mas nao o fiz. Trata-se da minha preocupacao em relacao aa documentacao que ainda existe e esta relacionada com o nosso passado, nao apenas em relacao ao assunto genealogia. Eu oberservei, no pouco que vi, que ha boa vontade de quem guarda estes papeis em preserva-los, porem, talvez essa tarefa exija um pouco mais que boa vontade apenas. Essa documentacao nao pertence aas instituicoes que as mantem e preservam. Essa documentacao pertence a todos nos porque registram o que nossas familias eram e continuam sendo. As instituicoes no passado, sejam elas governamentais ou religiosas foram sustentadas atraves dos impostos e donativos dados por nossos ancestrais, da mesma forma que nos sustentamos as atuais instituicoes.
                               As informacoes contidas nas documentacoes nos pertencem e eh nosso direito ter acesso a ela. Embora seja preciso tambem respeitar o direito de as instituicoes continuar na posse de sua guarda. Porem, eh preciso conciliar o acesso, o uso e a preservacao porque, aa medida que o tempo for passando, mais preciosas elas se tornarao. Notem como eh preservado qualquer escrito de 2.000 anos atras que for encontrado. Por mais danificado que esteja, os fragmentos sao cuidadosamente organizados e agrupados para ser estudados e expostos em museus onde nao sao economizados recursos ou tempo. Os museus que expoem tais fragmentos da Historia obtem lucros enormes, expondo fragmentos de documentos que, na epoca em que foram escritos, ninguem imaginaria que teriam tamanho valor.
                                Mesmo assim, perante os fragmentos ha sempre a lamentacao: “Por que deixou-se chegar a este estado de destruicao para tentar restaurar? Por que nao se comecou a preservar antes?” Nos nao precisamos ir muito longe no tempo. Daqui a 300 anos o mais provavel eh que toda a populacao brasileira, e parte do exterior, ira descender dos nossos ancestrais ja anotados em nossa ARVORE GENEALOGICA. Portanto, o potencial de interesse pelos dados que preservarmos agora sera exponencial em relacao ao numero de pessoas vivas que fazem parte da nossa familia.
                                Nas minhas buscas sou sempre avisado pelos institutos que guardam tais documentos no Brasil que nao ha pessoal na instituicao para fazer a pesquisa de alguma consulta que eu, como usuario, desejava fazer. Se desejar alguma informacao, preciso ir la pessoalmente. Alem disso precisarei talvez manusear desnecessariamente uma montanha de documentos para descobrir o que eu preciso. E o manuseio as vezes eh feito em vao, pois o que eu precisava nao se encontra onde procurei.
                                 Mais aa frente comentarei a respeito de novas linhas de investigacao que precisam ser verificadas. Somente no Brasil eu posso nomear umas vinte ou mais cidades que poderao conter documentos mencionando os nossos ancestrais. E em cada uma talvez seja preciso vasculhar os documentos em varios cartorios e/ou arquivos religiosos. Ou seja, de antemao posso afirmar ser humanamente inapropriado uma unica pessoa conseguir realizar tal tarefa. Isso, sem contar que aa medida que se for conseguindo novos dados e aprofundando nosso conhecimento em direcao aas raizes, essa tarefa tambem sera multiplicada!
                                 Seria preciso que as instituicoes que guardam tais documentos e em particular o governo (do povo, pelo povo, para o povo) os enxergasse nao como ARQUIVO MORTO mas sim como um ATIVO FINANCEIRO. Numa primeira etapa eles deveriam ser devidamente catalogados, traduzidos e organizados em uma imensa BIBLIOTECA VIRTUAL. Assim, todos os pesquisadores e curiosos lhes teriam acesso. Talvez, a maioria das pessoas pensarao que esse eh choro de algum pirracento contradito. Talvez os chefes das instituicoes nao estejam ainda enxergando as vantagens de se fazer isso porque pensam que sao poucos os interessados em fazer tais pesquisas. E eles nao cobrirao os custos de se colocar na REDE tal BIBIOTECA VIRTUAL.
                                 Sim, eh verdade que somos poucos os malucos que estao correndo atras de nossas raizes. A maioria da populacao nao esta nem ai para o nosso passado. Porem, eu garanto que essa situacao foi aprendida e nao eh natural. Quando era comum as familias se reunirem nos seroes, todos tinham a curiosidade de ouvir aquele velho tio ou aquela ex-escrava, contando os “causos” dos ancestrais. E isso fazia com que as pessoas descobrissem que eram gente, pois, tinham um passado a preservar. Infelizmente, o que era passado de memoria nem sempre perdurou por muitas geracoes porque uma coisa eh voce contar “causos” a respeito de pessoas conhecidas e outra eh falar a respeito daquelas que ninguem tem idade suficiente para te-las conhecido.
                                 Desde que a escrita passou a ser usada isso mudou. Voce pode falar de uma pessoa de um passado tao distante que ninguem pode ter conhecido. Mas se ha algum registro comprovando que aquela pessoa realmente existiu eh como se ela voltasse aa vida novamente. Mais importante essa pessoa se torna para as pessoas que descendem dela.
                                 A BIBLIOTECA VIRTUAL DOS DOCUMENTOS HISTORICOS precisava ser criada sim. Primeiro para os malucos que iriam escarafunchar os documentos sem precisar manusea-los e, com isso danifica-los. So que essa maluquice eh contagiosa. Os primeiros malucos iriam passar a limpo os fatos documentados e acabarao descobrindo as ramificacoes das familias, os locais onde os ancestrais viveram e, especialmente, seriam informados onde se encontra cada documento por eles estudados. Eles acabariam passando para a frente o que encontraram. E o contagio se espalharia.
                                 Entao, viria a segunda etapa do projeto. Restaurar toda a documentacao que inclua dados genealogicos. Entao, expo-la em museus. Nao para que o usuario a toque mas que possa ve-la, protegida por caixas de vidro transparentes, evitando o desgaste que a exposicao ao tempo, manuseio e intemperies causam.
                                 Quando as pessoas souberem que os documentos falando a respeito de seus ancestrais existem e podem ser vistos, elas acabarao infectadas pelo virus dessa maluquice genealogica. Mas se elas nunca souberem, a vontade de conhecer seus ancestrais, que eh inata no ser humano, acaba morrendo na ignorancia do nao saber.
                                 Eu tiro exemplo por mim mesmo. Ja estive umas tres vezes em OURO PRETO. Todas para visitar a arte que sabia que existia na cidade. Mesmo que tambem tenha passado dezenas de vezes nas bordas da cidade de MARIANA, que eh vizinha de OURO PRETO, eu nunca tive a curiosidade maior de visita-la, antes de saber que temos ancestrais nascidos naquela cidade. O mesmo se da em relacao a CONCEICAO DO MATO DENTRO E SERRO.
                                 Estive uma vez em Conceicao porque fui levado. Se soubesse que eram lugares em que meus ancestrais andaram e, principalmente, se eu soubesse que nestes lugares eu iria encontrar algo deixado por eles, eu teria ido por minha propria vontade e repetiria essa ida com prazer. Imaginem se essa maluquice pega em pelo menos um decimo de toda a populacao! Quanto de acrescimo nao teria o mercado turistico!
                                 Bom, essas sao minhas consideracoes mais prementes agora. Mas tambem tenho que acrescentar uma parte relativa aas minhas pesquisas.
                                 Infelizmente, parece que os nossos ancestrais: COELHO DA MAIS NOBRE ESTIRPE, nao estao muito interessados em deixar-me desvendar os segredos deles. Dai resolvi enveredar-me pelos ramos que, de tao humildes, nao temos a minima ideia de onde vieram. Nestes poucos dias desde que voltei do Brasil, acabei descobrindo coisas novas e reafirmando algumas antigas, para mim. Como ja disse, procurei estudar um pouco as Historias de CONCEICAO DO MATO DENTRO e MORRO DO PILAR. Assim, tenho algo a acrescentar em relacao a isso. Encontrei que, atualmente, o municipio de Conceicao eh formado por 10 distritos. Um deles tem o nome de CORREGOS. E o que isso tem o que ver conosco?
                                 Nao sei dizer ao certo por enquanto. Sei que isso trouxe aa minha mente que a avo LUIZA MARIA DO ESPIRITO SANTO, a esposa do avo JOSE COELHO DE MAGALHAES FILHO, tem como local de nascimento, indicado no livro da Ivania, um certo CORREGO PRATA. Penso que a hipotese mais provavel eh que um dos tais “CORREGOS” seja o PRATA. CORREGOS esta localizado na parte norte do municipio de CONCEICAO e faz divisa com GUANHAES, DOM JOAQUIM etc. Ou seja, era caminho que levava de CONCEICAO a GUANHAES. Nota interessante eh que DOM JOAQUIM eh o ponto de partida das geracoes mais antigas do nosso ramo NUNES COELHO. Os dados apontam la como origem escrita, nao necessariamente de nascimento, dos avos MANUEL NUNES COELHO e o filho dele: EUZ(S)EBIO NUNES COELHO.
                                 Acrescento essa emenda. Investiguei o nome PRATA entre os locais possiveis de nascimento da tetravo LUIZA. As cidades com esse prefixo em MINAS GERAIS, foram quase todas colonizadas apos o nascimento dela. Uma excecao eh SAO DOMINGOS DO PRATA. Sao Domingos esta proximo a nossa regiao tendo ligacoes com NOVA ERA, IPATINGA, ITABIRA, BRAUNAS etc. Embora nao seja de todo descartavel, ela nao fica numa linha por onde passasse um caminho que levasse a regiao de CONCEICAO e MORRO DO PILAR a outro ponto geografico que justificasse o tetravo JOSE COELHO DA ROCHA ir busca-la.
                                 A pista mais provavel contudo encontrei esses dias no GoogleEarth. Ha um corrego na regiao de CONCEICAO DO MATO DENTRO com o nome de CORREGO DA PRATA. No livro da Ivania temos a mencao apenas de CORREGO PRATA. O CORREGO DA PRATA esta no roteiro dos esportistas radicais que visitam CONCEICAO DO MATO DENTRO (capital do ecoturismo em Minas). Nao ha mencao de distrito algum com esse nome. Contudo, eh bem provavel que exista ou tenha existido alguma fazenda com o mesmo nome e de la tenha sido procedente a nossa tetravo.
                                 Hoje, 23 de dezembro de 2010, resolvi fazer esse adendo. Revisitei o GOOGLEEARTH e, para isso, eh preciso especificar na janela de buscas: Corrego da Prata, Conceicao do Mato Dentro. Desejava verificar as distancias das cidades mais proximas para ver se encontrava outros locais com os quais o corrego pudesse ser associado. A primeira que surgiu foi CARMESIA mas me pareceu a uma primeira impressao estar no sentido oposto ao que eu procurava, ou seja, fica mais distante que CONCEICAO DO MATO DENTRO do dito corrego.
                                 Agora ja eh o dia 24 e resolvi reverificar minhas informacoes. Para isso acessei a pagina: http://pt.wikipedia.org.wiki/Carm%C3%A9sia. CARMESIA era o distrito do VIAMAO DO CARMO e pertencia a CONCEICAO DO MATO DENTRO desde o seculo XVIII. Tornou-se o distrito de VIAMAO em 1923. Com a emancipacao de DOM JOAQUIM em 1938 foi incorporado ao territorio emancipado. Veio, entao, a emancipar-se de DOM JOAQUIM em 1.3.1963 adotando o nome de CARMESIA.
                                 O que pode afetar a nossa genealogia no meio dessa Historia? Simples, tantos o CORREGO AXUPE quanto o CORREGO DA PRATA passam em CARMESIA. Como era distrito de CONCEICAO DO MATO DENTRO, essa proximidade pode ter favorecido ao conhecimento do capitao JOSE COELHO DE MAGALHAES FILHO (ou DA ROCHA), registrado como natural do AXUPE e da nossa tetravo LUIZA MARIA DO ESPIRITO SANTO, registrada como natural do CORREGO DA PRATA.
                                 Ao sobrevoar ao redor do ponto indicado para a existencia do CORREGO DA PRATA, local em que tornam-se visiveis algumas lagoas imensas, percebi uns pontos com cores diferentes no solo, entre os lagos e os cursos naturais de agua. Logo percebi que seria local de povoamento. Aproximei a imagem e descortinou-se o nome SANTANA DO RIACHO. A cidade nao eh mais que um vilarejo. Ao todo nao passa dos 3 mil moradores no municipio. Talvez simpatica o suficiente para a gente resolver aposentar e morar la.
                                 Tem uma historia interessante tambem. Surgiu com o CICLO DO OURO. Provavelmente na mesma epoca de CONCEICAO DO MATO DENTRO e MORRO DO PILAR. Mas so aparece nos documentos a partir de 22.05.1.744 em funcao de Carta de Sesmarias outorgada em nome do sargento-mor ANTONIO FERREIRA DE AGUIAR E SA. No seculo XVIII, justamente o do nascimento da nossa tetravo LUIZA MARIA DO ESPIRITO SANTO, tinha o nome de RIACHO FUNDO. Por um breve periodo, 1.836/1.844 pertenceu a MORRO DO PILAR antes de retornar a CONCEICAO. Em 1911 passou a pertencer a SANTA LUZIA e em 1938 a JABOTICATUBAS. Emancipou-se em 1962. Fonte: http://www.ferias.tur.br/informacoes/3787/santando_do_riacho-mg.html.
                                 O que ha que se registrar eh que o CORREGO DA PRATA se situa no quintal de SANTANA DO RIACHO. Porem, permaneceu no municipio de CONCEICAO DO MATO DENTRO. Deve ser um caso semelhante a VIRGINOPOLIS e DIVINOLANDIA. Como VIRGINOPOLIS era a sede do municipio na epoca da emancipacao da outra, e a distancia entre as duas eh de no maximo dez quilometros, puzeram a divisa a oito quilometros de VIRGINOPOLIS e a dois de DIVINOLANDIA. Assim, parte da populacao do municipio de VIRGINOPOLIS tem contato mais facil com DIVINOLANDIA. Se os nossos ancestrais acaso moraram em alguma fazenda nas imediacoes do CORREGO DA PRATA, possivelmente, frequentavam mais o RIACHO FUNDO (SANTANA DO RIACHO) que CONCEICAO DO MATO DENTRO a aquela epoca.
                                 Ja comentei da possibilidade de a nossa familia ter comecado na FAZENDA AXUPE, em CONCEICAO e nao em MORRO DO PILAR como esta em nossa tradicao. Alem disso, temos que os primeiros filhos do CAP. JOSE/LUIZA MARIA nasceram tambem naquela cidade e nao na segunda. Isso reforca a hipotese de a familia ter tido mesmo a origem em CONCEICAO DO MATO DENTRO. Somente por obrigacao do oficio eh que o capitao mudou-se para SAO MIGUEL E ALMAS (GUANHAES). Esta hipotese obedece a regra que os investigadores de historia usam atualmente de procurar as explicacoes mais simples primeiro porque, na maioria das vezes, sao elas as corretas.
                                 Contudo, para fugir aa regra, coloquei o nome CORREGO PRATA no GOOGLE EARTH e mandei buscar. Ele imediatamente voou para a cidade de PIRENOPOLIS, GOIAS. No meio da cidade apontou-me um local com aquele nome. Imediatamente a minha curiosidade foi despertada e corri atras da informacao. Quem diria! Encontrar o que estava buscando com todas as letras, sem tirar nem por!
                                  Em minhas buscas acabei encontrando o sitio: www.pirenopolis.tur.br. Achei-o superinteressante e agradou-me a historia da cidade que muito se assemelha aas das cidades mineiras iniciadas pela mineracao aurifera. Inclusive a epoca de fundacao eh semelhante. Dai fiz contato para saber se por la existe algum maluco metido a genealogista e mais informacoes que pudessem ajudar. Mas segundo o mestre de ordens do sitio: Mauro Cruz, o CORRETO PRATA por la nao passa de um ”corguim”. Nasce na cidade e desagua no Rio das Mortes.
                                  Porem, ascendeu uma pequena esperanca. Informou-me que por la ha um certo Geraldo do Espirito Santo Lopes que eh avo da Lara, funcionaria da prefeitura e que eu poderia comunicar-me com ela atraves do endereco: turismo@pirenopolis.go.gov.br. Nao me respondeu ainda.
                                  Essa eh para os primos de BRASILIA e de GOIAS. Especialmente, Gunga, Lislie, Gabi, Ana Maria, Mariana, Natalia, Ursula, Taize, Diogo, Breno etc. Voces vao ganhar pontos se investigarem e encontrarem rastros da nossa ancestral: LUIZA MARIA DO ESPIRITO SANTO, filha de: ANTONIO JOSE MONIZ e MANUELA DO ESPIRITO SANTO. A avo Luiza deve ter nascido por volta de 1787. Se encontrarem, voces poderao gozar todos os mineiros da familia porque eles vao ser tao candangos e goianos quanto voces. Dessa eu vou rir ate perder o folego rsrsrsrsrsrsrsrs.
                                  PIRENOPOLIS teve um maluco como nos (genealogistas). O nome dele eh JARBAS JAIME. Nao deixem de visita-lo no sitio do Mauro Cruz. Quando visitarem Pirenopolis vejam se conseguem encontrar o livro dele que fala a respeito da genealogia da cidade. Quem sabe, a gente nao encontra nele uma parte de nossos ancestrais!. Mesmo que nao tenhamos ancestrais na cidade, parece que a visita vale a pena porque o relevo e o clima devem lembrar um pouco VIRGINOPOLIS. E fica bem perto de BRASILIA.
                                  Iniciei outra linha de pesquisa. Porem essa parte interessa especialmente aa descendencia dos tetravos: JOAQUIM PEREIRA DO AMARAL/MARIA ROSA DOS SANTOS CARVALHAIS (ou DO ESPIRITO SANTO CARVALHAIS, ela aparece com os dois nomes: um no mapa e outro no livro da Ivania). Sao os pais da QUITERIA ROSA (TITI) DO AMARAL que foi a esposa do JOAO BAPTISTA COELHO JUNIOR, irmao do bisavo: ZE COELHO e outros. TITI e JBCJr sao os pais da bisavo: Dindinha OLIMPIA e dos tios-bisavos: MARIQUINHAS, AMELIA, JBCNETO, SIMAO, NHAZINHA, JUCA, EVENCIO, SEO CHIQUIM, SALATHIEL e AMAVEL. E a TITI era irma do tio ERNESTO, aquele que geralmente eh reconhecido como o ancestral da FAMILIA PEREIRA, que nem sempre assina, de VIRGINOPOLIS. Detalhe, o ti JUCA, casou-se com a prima primeira deles: MARCOLINA (CULINA) PEREIRA DO AMARAL, filha do tio ERNESTO, portanto, a descendencia tem ai a dupla heranca PEREIRA DO AMARAL.
                                  Para encurtar e sacramentar a conversa, vao ao sitio: http://www.genealogia.villasboas.nom.br/Inv-Test/ManoelPereiraDoAmaral.html. Ai voces encontrarao o INVENTARIO e TESTAMENTO de MANOEL PEREIRA DO AMARAL. Tudo indica que possa estar ai a origem do nosso PEREIRA DO AMARAL que nos foi passado pelo avo JOAQUIM. O documento apenas menciona que o MANOEL teve um filho com o nome JOAQUIM. Entrei em contato com o moderador do sitio dos VILLAS BOAS e ele pronta e gentilmente respondeu-me. O nome dele eh: LUIS ANTONIO VILLAS BOAS (luisantoniovb@yahoo.com.br) e passou-me o endereco: http://www.genealogia.villasboas.nom.br/DescAncestrais/mgc/pafg06.htm#3655.
                                  No detalhe encontra-se uma breve anotacao genealogica do Cap. JOAQUIM PEREIRA DO AMARAL, filho do MANOEL, e fala que deve ter falecido em 1809. Ele casou-se com LEONOR PEREIRA, nascida em CONSELHEIRO LAFAIETE. O Luis Antonio tem dados de apenas dois filhos mas supoe que tenham havido outros ja que a primeira, MARIANA ZEFERINA, nasceu em 1792 e o FRANCISCO, em 1806. Esse JOAQUIM andou por CARRANCAS-MG e faleceu em LAVRAS-MG. Tudo pelo lado de SAO JOAO DEL REI-MG.
                                  Eu calculo que o nosso ancestral JOAQUIM, tenha nascido por volta de 1830. Isso porque a avo TITI e o tio ERNESTO devem ter nascido um pouco depois de 1850 ja que ela comecou a ser mae em 1872 e ele, pai em 1882. Eram os mais velhos da familia. Assim, pode bem ser que o JOAQUIM, filho do MANOEL seja nosso ancestral. Embora tenha tambem a possibilidade de descendermos do FRANCISCO, que se encontra no testamento por ser irmao do defunto MANOEL.
                                  Tai mais uma linha de investigacao. Se encontrassemos os nomes dos pais do nosso tetravo JOAQUIM poderia ser que fechassemos nossas contas se ele teve como pai ou avo o FRANCISCO. Caso algo assim se confirme, melhor sera para nos que descendemos simultaneamente dos PEREIRA DO AMARAL, oriundos da ILHA DE SAO MIGUEL nos ACORES. Pelo menos haveria uma certa distancia de parentesco porque os do SUL DE MINAS procedem de COUTO DE SAO JOAO DE …….(TAROUCA), BISPADO DE LAMEGO em PORTUGAL. Isso implica um pouquinho de menos consanguinidade. O que eh remedio para a nossa saude.
                                  No GOOGLE EARTH, encontrei ALDEIA DE SAO JOAO, encostada em LAMEGO. O “AURELIO” me informou que existem dois sentidos para a palavra COUTO. Pode ser um refugio em que os fugitivos da lei estavam livres do braco da lei monarquica ou simplesmente uma medida que talvez tenha o mesmo sentido do covado biblico, ou o pe, como eh chamado no ingles (foot) e no Brasil. Pelo porte da aldeia, ela esta mais para pe mesmo!
                                  Seria interessante que os que lerem essas notas e moram em VIRGINOPOLIS, ou os que nao moram mas passearao la, procurarem o FINO. (Aquele que trabalhava na venda do DIRCEU e eh sobrinho do proprio). O FINO eh filho do TINHO (ERNETINHO, filho do tio ERNESTO). Eh possivel que ele tenha ouvido falar durante a infancia dele alguns detalhes da vida do avo JOAQUIM, que era bisavo dele. Nao sei se o seo TITITO (FRANCISCO) tambem eh descendente. Ele tem boa memoria genealogica. Eh possivel que o nome dele tenha sido herdado de algum ancestral com o mesmo nome e, por isso, ele pode ter ouvido algo tambem. Apesar de o proprio ter-me dito que descende do tio-bisavo JOAQUIM BENTO COELHO (ti QUIM BENTO).
                                   Seria providencial se encontrassemos os nomes dos pais do avo JOAQUIM, senao, pelo menos a procedencia dele. Pela procedencia talvez se encontre documentacao registrando a existencia dele. Se for de LAVRAS, onde o CAP. JOAQUIM PEREIRA DO AMARAL faleceu; ou CARRANCAS, onde esteve; ou SAO JOAO DEL REI, onde nasceu, caira como uma luva.
                                   Bom, vou fazer um segundo encerramento deste texto apontando a razao que o esta levando-me a publica-lo. Nota-se que estou passando todos os detalhes de minhas pesquisas. Talvez ate detalhes que nao deveriam entrar, como a citacao de nomes de contatos etc. Mas ha um motivo primario e um secundario.
                                   O primario eh que foi descoberto que eu tenho uma bomba relogio no cerebro. Segundo um dos medicos que vi, nao eh mesmo uma bomba, eh sim um traque. Eh um aneurisma muito pequeno. Como ele nao tem data para explodir eu prefiro pensar que nao passa de um busca-pe. O primeiro medico pensa que eu ate poderia esperar algum tempo, fazer um segundo exame depois para ver se cresceu ou nao. Somente ai tomaria providencias.
                                    A segunda opiniao entendeu que eu ja deveria procurar o cirurgiao. Nesse caso, seria feito um cateterismo, passaria um tubo em meu sistema circulatorio ate o aneurisma para preenche-lo com “cola”. Isso evitaria o crescimento. Por outro lado, tambem bloqueia a irrigacao que o conduto vascular foi feito para fazer. Neste caso, pode ser que eu venha a perder uma parte da funcao do meu cerebro. Todas as outras informacoes alem disso, se ha recuperacao ou nao, qual a consequencia etc so serao respondidas depois que encontrar-me com o especialista, em 02 de dezembro.
                                   Ja pulamos para o dez de dezembro. A boa noticia eh que o especialista pediu um CTA SCAN por oferecer um diagnostico mais preciso. O maior volume no conduto sanguineo que o exame anterior havia acusado nao se justificava sequer ser chamado de aneurisma, segundo ele. Em funcao desse problema ele nao espera rever-me antes que os proximos 30 anos tenham se passado. Nao corro riscos, segundo o diagnostico do cirurgiao. Mas vou manter a publicacao para nao correr o risco de perder minhas anotacoes por qualquer outro motivo que seja.
                                    Assim, disponibilizar os dados que tenho de minhas pesquisas eh a forma mais viavel de permitir que elas possam continuar a ser feitas, nao interessa o que me aconteca. Mesmo que eu me deleite quando encontro uma informacao nova o que eu pesquiso eh para ser passado para as futuras geracoes. Elas nao serao privadas do conhecimento que eu busco. Afinal, eh por elas mesmo que faco isso. E os que se interessarem em prossegui-las depois nao precisarao recomecar do zero.
                                    O motivo secundario eh que mesmo que eu nao sofra consequencia alguma agora, nao sabemos quando chegara a nossa hora. E o tempo nao espera e passa rapido. Eu ja fiz 52. Esta cheio de pessoas em nossa familia que passaram dos 90. Mas outros nao chegaram nem perto. Espero que o reconhecimento dessa realidade nao seja duro para voces porque para mim eh um fardo menor. Sei que a vida tem outros componentes alem da materia. Se servir de consolo, acredito que todos estamos caminhando para a LUZ e “Zefini”.
                                    Neste intervalo, tenho continuado minhas pesquisas na Internet. Dessa vez reencontrei uma ficha descritiva de documentos que se encontram no ARQUIVO PUBLICO MINEIRO. No conteudo, trata-se de: “Requerimento de Joao Rodrigues Coelho, Jose Antonio Rodrigues Coelho, Joaquim Rodrigues Coelho, Joana Rodrigues Coelho e Angelica Rodrigues sobre a concessao de carta de sesmaria na freguesia de Itabira, Fazenda Cachoeira.” A nota diz que: “Consta despacho datado de 21/01/1799 em Vila Rica.”
                                    Mais que interessante foi eu notar somente agora que tal requerimento referia-se a Itabira. Era obvio que eu sabia que envolvia a familia Coelho. Tambem eh obvio que o JOAO RODRIGUES COELHO no documento nao se trata do bisavo que tenho e sim um homonimo. O JOAO RODRIGUES, bisavo, nasceu em 1872 e nao tem irmaos com tais nomes. Provavelmente, ANGELICA RODRIGUES seja a mae e, os outros, filhos. Teria que ir ao APM para ler esse documento.
                                    O motivo que chamou minha atencao refere-se a nos que descendemos da DINDINHA ERCILA. Ate onde sabemos, o pai dela se chamava JOAQUIM COELHO DE ANDRADE. Sobrenome que ela propria usava. Eh comum Itabira ser lembrada pelo ANDRADE, por causa do poeta CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE. Porem, nos falta vincular a origem do COELHO no sobrenome da bisavo e do trisavo. O nome JOAQUIM ja aparece entre os RODRIGUES COELHO do requerimento, o que poderia indicar uma repeticao familiar nao fosse pela altissima frequencia dele junto aas comunidades portuguesa e brasileira. Pela tradicao, JOAQUIM era o nome do pai de MARIA, a mae de JESUS.
                                    Pesa tambem o fato de nossas tradicoes dizerem que o bisavo MARCAL DE MAGALHAES BARBALHO estava passando a cavalo entre ITABIRA e GUANHAES, isso por volta de 1875, quando deparou-se com uma menina de encantadores olhos verdes. Ali mesmo, naquele rancho, teria feito proposta de casamento (nao aa menina mas ao pai dela). Ele ofereceu envia-la primeiro ao colegio de freiras em DIAMANTINA e o casamento ficaria tratado para depois da formatura. A proposta foi imediatamente aceita e o casamento se deu em 05.07.1879.
                                    Uma possibilidade para o COELHO do avo JOAQUIM seria, entao, ser tambem descendente desses RODRIGUES COELHO do requerimento de sesmarias. Em 1799 os requerentes deveriam todos ser adultos. Possivelmente ja casados e provavelmente ja com filhos pequenos. Um dos filhos podem muito bem ter sido pai do avo JOAQUIM com um parceiro que assinasse ANDRADE. dai a possivel origem do COELHO DE ANDRADE dele. Esse seria um tempo habil para que o avo JOAQUIM nascesse em torno do ano de 1830 e se tornasse pai da DINDINHA ERCILA em 1862. A hipotese eh essa. Agora e ir a campo para comprova-la ou desmenti-la.
                                     Curioso eh que pode apenas ser coincidencia. Mas eu tenho duvidado que sejamos descendentes do MANUEL RODRIGUES COELHO como ancestral do JOSE COELHO DE MAGALHAES, o mais velho. Ja aqui mostra-se obvia a possibilidade de ele ser ancestral de, pelo menos, parte da familia por essa via ainda nao explorada. Mas nao nos enganemos. No BRASIL, o que mais havia era RODRIGUES e COELHO, alem de SILVA. Portanto, somente por ser RODRIGUES COELHO nao significa descender do mesmo MANUEL.
                                     Ja andei perscrutando na Internet e encontrei comprovacoes atuais que existem FAZENDAS CACHOEIRA tanto em ITABIRA, quanto em SANTA MARIA DE ITABIRA e FERROS. A primeira, chamada de CACHOEIRA ALTA, eh a que penso ser menos provavel que a DINDINHA ERCILA tenha sido encontrada. Nada sei das demais, que se chamam exatamente CACHOEIRA, porque nao lhes sei a localizacao em relacao ao caminho entre ITABIRA e GUANHAES. Porem, os municipios de SANTA MARIA DE ITABIRA e FERROS ficam nesse itinerario. Lembrem-se, tambem nao sei dizer se o nome da Fazenda em que se deu o primeiro encontro entre os bisavos ERCILA e MARCAL era CACHOEIRA. As minhas conjecturas sao feitas na hipotese de ser.
                                     Depois de muito rodar, resolvi ir mesmo ao basico. Consultei a HISTORIA DE GUANHAES. No site da prefeitura encontrei 5 versoes. Pareceu-me que a mais completa de todas eh aquela que tem como fonte a CARTILHA DO CIDADAO, edicao 99. Porem, as outras tem informacoes diferentes que a completam.
                                     A que mais difere das outras eh a criada por ROGER ROCHA. Pelo sobrenome e por ocupar cargo na prefeitura deve ser algum de nossos primos. A versao dele nao eh baseada em HISTORIA ESCRITA. Eh sim uma compilacao da memoria coletiva dos antigos. Nessa versao ele informa que parece que o povo antigo acreditava que os primeiros moradores locais sejam os pentavos JOSE COELHO DE MAGALHAES e EUGENIA RODRIGUES ROCHA, com a familia. Para ler o texto completo eh melhor irem ao site: http://www.guanhaes.mg.gov.br/guanhaes/historia.html.
                                      Nao creio que essa seja a melhor versao, ou melhor, talvez nao seja a mais precisa. Ele situa o inicio de nucleo de Guanhaes por volta de 1792. Um certo tempo anterior aa construcao do Quartel Militar em PECANHA que permitiu a protecao dos colonos da regiao contra os indigenas e possibilitou a exploracao da area pela populacao de origem europeia e africana.
                                      Porem apresenta uma informacao que nos pode ser interessante. Conta o caso que a tradicao atribui o nome do BAIRRO ALTO DO CRUZEIRO aa fe do ANTONIO RODRIGUES ROCHA, dono do terreno e quem teria implantado um cruzeiro de brauna no topo do morro, devocao aa SANTA CRUZ. Cita tambem como primeiro morador um escravo forro de nome PRUDENCIO.
                                      O que isso tem haver com a nossa Historia eh isso. Geralmente a memoria coletiva guarda os fatos mais importantes da Historia, porem, molda-a segundo as proprias conveniencias. Assim, nao podemos usa-la como comprovante de fatos, porem, como indicios de alguma verdade. Provavelmente, o nome ANTONIO RODRIGUES ROCHA deve referir-se a nosso tio-tetravo. Ja ouvi duas outras versoes para o nome dele, que sao: ANTONIO RODRIGUES COELHO e ANTONIO COELHO DE MAGALHAES. A ultima versao esta no livro da IVANIA.
                                     Na abertura do livro da tia RUTH COELHO (ARVORE GENEALOGICA DA FAMILIA DE JOSE BATISTA COELHO) ela anuncia isso: “Meus avos, paterno, Joao Batista Coelho, materno, Antonio Rodrigues Coelho, eram irmaos, apesar da assinatura um pouco diferente. O primeiro recebeu este nome por ter nascido no dia de Sao Joao Batista, o segundo, para homenagear um tio e padrinho.” Ja ouvi de outra fonte a afirmacao a favor da assinatura RODRIGUES COELHO.
                                     Eh possivel que a memoria coletiva dos habitantes de Guanhaes tenham gravado ANTONIO RODRIGUES e acrescido o ROCHA. Isso, por saberem que ele era irmao do tetravo JOSE COELHO DE MAGALHAES FILHO, porem, conhecido e cantado em GUANHAES como JOSE COELHO DA ROCHA, tido e conhecido como o fundador da cidade. (Antigamente as pessoas costumavam ser conhecidas desde a infancia por um certo apelido e a maioria das pessoas nao conseguiam lembrar-se do nome verdadeiro da pessoa. Isso aconteceu com o vovo CISTA. O nome dele era TRAJANO embora houvessem pessoas que jurassem nao ser.) Dai, quando visitarmos GUANHAES podermos ter o ALTO DO CRUZEIRO como uma referencia de familia.
                                      Acrescente-se ai a informacao que o primeiro morador do morro tenha sido o escravo forro PRUDENCIO. Aparentemente nao teriamos nada com ele mas isso pode ser falso. Nos sabemos apenas que a MARIA HONORIA NUNES COELHO era, no minimo, parda. Ela foi a esposa do trisavo JOAO BATISTA COELHO citado pela tia RUTH. Sabemos que o pai dela era o CLEMENTE NUNES COELHO mas nunca soubemos quem era a mae. Acredito que os NUNES COELHO fossem brancos, portanto, eh presumivel que a mae da MARIA HONORIA fosse escura. Ha ai a possibilidade de ela ser filha do PRUDENCIO, o primeiro morador do ALTO DO CRUZEIRO.
                                      Tenho duas evidencias que podem sugerir isso. A primeira eh que PRUDENCIO nao era o nome mais comum em outros lugares. Segundo eh que a MARIA HONORIA teve um irmao que tambem se chamava PRUDENCIO. Portanto eh razoavel pensar que essa fosse uma homenagem ao avo.
                                      A sequencia de tempo tambem corrobora com essa hipotese. Nao temos as datas de nascimento de todos os personagens. A MARIA HONORIA foi mae do trisavo: JOAO BATISTA COELHO JR. em 1846. Ha sugestoes que o pai dela tenha nascido em 1806. Para que o PRUDENCIO, escravo forro, tenha sido o primeiro residente no ALTO DO CRUZEIRO, deve ter nascido algum tempo antes do ano 1800. Isso, para que tivesse tido tempo de sofrer a escravidao, conquistar a alforria e, na sequencia, talvez se casar com uma indigena e ir morar naquele local. Seria bem o tempo habil para ser pai de uma filha que, futuramente, se tornasse esposa do avo CLEMENTE.
                                       Mas isso sao apenas raciocinios de possibilidades. Nada tenho de concreto nesse assunto.
                                      No estudo que fiz dessas HISTORIAS DE GUANHAES acabei encontrando uma informacao interessante a respeito da familia Lott que esta entremeada em nossa genealogia. O sobrenome procede dos ingleses que chegaram a GUANHAES para explorar o veio aurifero da CANDONGA. Vou reproduzir abaixo parte da ”CARTILHA DO CIDADAO – EDICAO 99″ que esta no sitio da prefeitura de GUANHAES. Assim, ficara mais facil explicar a sequencia da HISTORIA.
                                      “Somente a partir de 1807, quando o Governador da Provincia procedeu a instalacao de um quartel em Pecanha, munido de homens e armas, foi iniciada, verdadeiramente, a penetracao e o povoamento das matas.                                      Eh considerado como primeiro povoador das terras de Sao Miguel, atual cidade de Guanhaes, Jose Coelho Rocha, procedente da freguesia do Morro do Pilar, entre os anos de 1811 e 1820.
                                      A capela de Sao Miguel e Almas foi erguida por Alvara Regia de D. Joao VI, de 26/01/1811, sendo instituida canonicamente pela Provisao de 17/06/1828 e concedida a Pia Batismal em 24 de setembro do mesmo ano; a Paroquia foi criada em 14/07/1832, sendo seu primeiro vigario o Pe. Firmiano Alves de Oliveira, que empossou-se no dia 30 de agosto de 1834.
                                      Tambem sao considerados fundadores de Guanhaes, Manoel de Oliveira Rosa, Joaquim de oliveira Rosa e Faustino Xavier Caldeira que, entre os anos de 1815/1821 doaram ao arcanjo Sao Miguel, terrenos situados entre os ribeiroes Bom Sucesso e Vermelho. (Em outras fontes encontrei na relacao de fundadores tambem: Jose de Oliveira Rosa, Antonio de Oliveira Braga e Francisco de Souza Ferreira.)
                                      Dado ao processo alcancado, Sao Miguel e Almas foi elevado a Distrito no ano de 1828; em 1834 o ingles Edward Jacobson Lott, fundou uma mineradora, a The Candonga Gold Mining Ltda, para exploracao da mina do Candonga, tendo a mesma funcionado ate o ano de 1845.
                                      Em 23 de mar?o de 1840, a freguesia de Sao Miguel e Almas, pela Lei Provincial no. 171, incorporou-se ao Municipio de Conceicao do Serro (hoje Conceicao do Mato Dentro), do qual se separou, em 1859, retornando ao Municipio do Serro Frio, face ao disposto na Lei provincial no. 1031.
                                       Em 25 de outubro de 1875, foi sancionada a Lei Provincial no. 2132, que criou o Municipio, ate entao pertencente ao Municipio do Serro, com a denominacao da Vila de Sao Miguel de Guanhaes, tendo sido instalado no dia 9 de dezembro de 1879, sessao presidida pelo vereador Francisco Nunes Coelho. (Esse eh nosso tio, irmao do avo CLEMENTE, pai da MARIA HONORIA, esposa do trisavo JOAO BAPTISTA COELHO. Era irmao tambem do tio JOAQUIM NUNES COELHO, marido da tia FRANCISCA EUFRASIA DE ASSIS, irma do JOAO B. COELHO. Esse FRANCISCO era pai do dr. FRANCISCO e avo do ex-deputado RAFAEL CAIO NUNES COELHO.)
                                        Pela Lei Provincial no. 2766, de 13 de setembro de 1881 a vila foi elevada a categoria de cidade, com a denominacao de Guanhaes.
                                        A Comarca foi instalada em 05 de maio de 1892, tendo sido seu primeiro Juiz o Dr. Edgardo Carlos da Cunha Pereira e Promotor de Justica, Pedro Soares.
                                        Encontrei tambem uma lista de fundadores de VIRGINOPOLIS onde constam alem do trisavo JOAO BAPTISTA, o tio JOAQUIM e o conhecido FELIX GOMES DE BRITO: JOSE ANTONIO DA FONSECA e capitao FIGUEIREDO. Creio que em algum lugar eu cometi o engano de dizer que alem dos tres primeiros que me recordava desde a infancia, havia um quarto com a provavel assinatura FERREIRA. Mas a assinatura aparece entre os fundadores de GUANHAES. Eh provavel que o quarto fosse o JOSE ANTONIO DA FONSECA.
                                         Quanto ao capitao, foi a primeira vez que ouvi dizer que ele existiu. Eh possivel que ele tenha participado nao so da fundacao da freguesia (distrito) de PATROCINIO DE GUANHAES como tambem constituido parte da familia COELHO. Temos um JERONYMO JOSE DE FIGUEIREDO que se casou com a CARLOTA PACHECO DE MAGALHAES por volta de 1900. Em nossa genealogia ele consta como vindo de DIVINOLANDIA. Ate hoje, o dominio dos FIGUEIREDO eh na divisa das duas cidades, porem mais proximo daquela que de VIRGINOPOLIS. E como os dois distritos emanciparam juntos, tendo VIRGINOPOLIS como sede, em 9 de marco de 1924, mesmo que o capitao FIGUEIREDO morasse em DIVINOLANDIA, era parte de VIRGINOPOLIS. A CARLOTA era filha da tia-bisavo QUITERIA DE MAGALHAES BARBALHO com o JOAQUIM PACHECO MOREIRA.
                                         Outro assunto que tem estimulado a minha mente sao os nomes da trisavo QUITERIA ROSA (TITI), esposa do JOAO JR. e da mae dela, MARIA ROSA. Pode ser que o ROSA no nome delas seja parte de sobrenome. Se o for estara ai a possibilidade de tambem sermos, alem de descendentes delas, descendentes de um outro fundador de GUANHAES. Nas diversas literaturas que tenho pesquisado, ha sugestoes de que ja haviam moradores, antes da chegado dos COELHO DE MAGALHAES ROCHA por la. Encontrei os nomes JOSE, MANOEL e JOAQUIM DE OLIVEIRA ROSA. Um deles doou as terras para a construcao da primeira igreja e cemiterio. Talvez, algum deles tenha tambem deixado de heranca o sobrenome ROSA para as nossas ancestrais!
                                          Por falar em OLIVEIRA temos uma questao recente que deve interessar a nossa parentalha com esse sobrenome. Eh que os filhos do RAUL da tia VITA encontraram um texto atribuindo o inicio do sobrenome OLIVEIRA como sendo de um progenitor judeu. Resolvi investigar para ver se a informacao tinha procedencia. No texto dizia-se que o tal havia nascido em 1433. Procurando no geneall.net, porem, encontrei que o primeiro a ter o sobrenome foi PEDRO OLIVEIRA, senhor do MORGADO DE OLIVEIRA. Ele foi pai, dentre outros, do D. MARTINHO PIRES DE OLIVEIRA, arcebispo de BRAGA. (foi arcebispo entre 1295 a 1313). O que nos da ai pelo menos um seculo de existencia do sobrenome OLIVEIRA anterior ao nascimento do rabino Abraham Benveniste, que o texto afirmava ser o fundador da familia OLIVEIRA.
                                       Na verdade, este eh um engano que muitos cometem. Nao se pode confiar em textos que afirmam que essa ou aquela familia foi fundada por Cristaos-Novos, ou seja, pessoas de outras religioes que foram forcadas a converter-se a cristianismo na epoca da INQUISICAO. Isso porque os cristaos-novos escolheram sobrenomes que ja eram comuns em PORTUGAL para fugir aas perseguicoes que sofriam. Eles esperavam que usando os sobrenomes comuns se misturassem na multidao e passassem despercebidos pelos inquisitores. O problema eh que estes escreviam nos respectivos registros de batismos as letras CN.  Assim, poderiam identificar posteriormente a origem das familias pelos registros dos novos convertidos.
                                      Como ja calculei. Eh estatiticamente impossivel que toda a populacao de origem iberica nao tenha algum ancestral judeu. Um contingente de judeus foi introduzido pelos romanos na epoca do DIASPORA, por volta dos anos 70 d.C. A possibilidade eh a de que poderiam existir ate trilhoes de possoas descendentes desse contingente na atualidade. Nao fossem as barreiras impostas pelas fronteiras, pelas linguas, pelos preconceitos etc, toda a populacao da TERRA, que eh apenas uma fracao dessa possibilidade, seria descendente daquele contingente. Como tambem seria descendente, simultaneamente, de toda a populacao que viveu naquela epoca e que teve a oportunidade de deixar descendencia.
                                      Bom, ate o momento as minhas pesquisas tem parecido voo de borboleta. Vai de lado-a-lado sem alcancar um itinerario retilineo. Infelizmente somente agora percebi isso. Justamente agora que estou prevendo certas dificuldades e que, provavelmente, nao poderei ir ao BRASIL por mais um longo periodo. Mas o que eu queria dizer para as pessoas que desejarem continuar ou engajar-se nessas pesquisas era que aproveitassem aquilo que ja temos de seguro. Dai comecasse a buscar novas informacoes a partir desses dados fixos e nao os dados de documentos soltos como tenho feito para depois tentar montar um quebra-cabecas.
                                      Se eu tivesse comecado com esse raciocinio, desde o principio, eh provavel que ja tivesse solucionado algumas questoes que ainda me sao duvidas. Por exemplo, talvez a origem do COELHO ANDRADE de nossa heranca genetica possa ser solucionada pela simples localizacao do registro de casamento dos bisavos ERCILA COELHO ANDRADE e MARCAL DE MAGALHAES BARBALHO. Esse casamento se deu em 05/07/1879, provavelmente em GUANHAES. Pode ser que alem dos nomes dos pais dos noivos haja a citacao dos avos paternos e maternos.
                                      O mesmo pode ser encontrado em relacao ao nome da mae e, talvez, dos avos da trisavo MARIA HONORIA NUNES COELHO. Ela se casou com o JOAO B. COELHO em junho de 1846. Provavelmente tambem em GUANHAES. Porem, segundo a CARTILHA DO CIDADAO, nesse periodo SAO MIGUEL E ALMAS DOS GUANHAES pertenceu a CONCEICAO DO MATO DENTRO. Na maior parte do periodo restante da Freguesia ela pertenceu ao SERRO. (Pertenceu a CONCEICAO de 1840 a 1859).
                                      Ja os dados de nossa ascendencia portuguesa, atraves do pentavo JOSE COELHO DE MAGALHAES, poderiam ser encontrados nos registros de casamento tanto do capitao JOSE COELHO DA ROCHA/LUIZA MARIA quanto do capitao JOAO COELHO DE MAGALHAES com a tia BIBIANA LOURENCA DE ARAUJO. O livro da IVANIA cita apenas que o casamento destes ultimos se deu em 1804. Mas os dados genealogicos do tio JOAO sao mais completos porque tem data de nascimento, 19.03.1785, e falecimento, 19.03.1879. Ou seja aos 94 anos de idade. O capitao JOSE COELHO DA ROCHA (JOSE COELHO DE MAGALHAES FILHO) nasceu em 1782 e faleceu em 17.07.1844. Nossos dados apontam como nascidos em AXUPE, MORRO DO PILAR. Mas tenho minhas duvidas como ja expliquei acima.
                                      Os dados genealogicos deles tambem podem ser encontrados em CARTAS DE SESMARIAS, INVENTARIOS E TESTAMENTOS, REQUISICOES DE SESMARIAS, CONCESSOES DAS MESMAS, isso sem falarmos nos obvios REGISTROS DE NASCIMENTO E CASMENTOS. Alias, aqui devemos tomar cuidado ao lermos Historias como as contadas pelo ROGER ROCHA citado acima. Segundo os nossos registros genealogicos os primeiros filhos do casal JOSE COELHO DA ROCHA/LUIZA MARIA DO ESPIRITO SANTO nasceram em CONCEICAO DO SERRO (CONCEICAO DO MATO DENTRO). Tia NHA NINHA nasceu em 1819 e foi a ultima dos quatro a nascerem la.
                                      O primeiro filho a nascer em SAO MIGUEL E ALMAS DOS GUANHAES foi o trisavo JOAO BAPTISTA COELHO, em 05.04.1822. Dai nao se justificar que os avos deles ja habitassem naquela freguesia. Nao creio que a avo LUIZA MARIA tivesse se dado ao luxo de viajar para CONCEICAO, naquela epoca, apenas para dar a luz aos quatro primeiro filhos. Embora fosse conveniente estar junto aa familia, possivelmente na casa da mae, nessa hora. Essa viagem nao se justificaria por haver melhores recursos la. Os partos eram assistidos por parteiras experientes em todos os lugares. O que nao impedia um alto risco para as mulheres nesse trabalho, tambem em qualquer lugar.
                                      Por nao conhecer os fatos a gente, aas vezes, se esquece do basico. Se nao tivesse me envolvido nessas pesquisas eu jamais saberia que GUANHAES e, consequentemente, VIRGINOPOLIS foram por longo tempo contadas como territorio de VILA DO PRINCIPE, ou seja, SERRO. Fomos mais SERRO que GUANHAES. Por mais de 100 anos. Enquanto de GUANHAES fomos apenas de 1875/1881 ate 1924. Mas, claro, nesse pequeno intervalo nasceram os nossos avos e boa parte dos pais.
                                      Creio que as minhas possibilidades de pesquisas via Internet estejam se esgotando. Isso porque as informacoes disponiveis sao ainda muito precarias e nao penso que havera uma mudanca significativa de atitude governamental tao cedo em relacao a isso. A maioria das pessoas no Brasil nao tem consciencia da importancia de conhecer-se Historia e nem imagina como pode usa-la como um ativo financeiro. Se as pessoas que possuem o dinheiro ou o controle dele conhecessem esse potencial, nao pensariam duas vezes em usa-lo para estimular o turismo. As oportunidades sao muitas mas eh preciso trabalhar as ideias para por isso em pratica.
                                      Eu realizaria parte dos meus sonhos na vida se encontrasse patrocinadores que me permitissem trabalhar apenas nessa busca genealogica. Nao apenas da minha familia. Mas de todo o conjunto de familias que construiram MINAS GERAIS e o BRASIL. O que, na verdade, eh uma familia unica. Se escarafuncharmos a fundo mesmo, acabaremos encontrando ligacoes familiares comuns a todos nos no passado em PORTUGAL, na AFRICA  e nas AMERICAS.
                                      Se esperarmos um pouco mais de duzentos anos, observaremos que os ramos descendentes das atuais geracoes se prolongarao em todas as direcoes, formando uma rede de ligacoes que vinculara todas as familias que conhecemos e muitas que nao ouvimos ainda falar delas. Essa eh a magica da genealogia que ate mesmo a ESCRITURA biblica nao explica mas esta intrinsecamente ligada a ela.
                                      Livro: GENENEALOGIA DA ZONA DO CARMO, do conego R. TRINDADE.

                                      Saudacoes aos parentes e particularmente aos genealogistas,                                      A internet sempre tem algo para surpreender a gente. Resolvi testar alguns nomes de pessoas postadas em nossa genealogia e acabei encontrando o site: http://www.arvore.net.br/trindade/TitGomesCandido.htm. Na verdade essa eh a versao do livro: GENEALOGIA DA ZONA DO CARMO, do conego: R. Trindade. No prefacio e na apresentacao estao as datas de 1943, portanto, nao eh novo. (Carmo eh uma referencia ao corrego onde foi encontrado um dos primeiros veios auriferos em Minas Gerais, na area de Mariana e Ouro Preto e que acabou dando nome ao conjunto de freguesias sob a jurisdicao do entao bispado de Mariana).O titulo Gomes Candido eh na verdade o da familia da d. EMILIA GENTIL HORTA GOMES CANDIDO. Para quem nao sabe, ela foi a esposa do nosso primo NELSON COELHO DE SENNA e com o qual constituiu a familia. A familia do prof. NELSON esta citada, provavelmente, com todos os nomes ate aa epoca. Eh provavel que o proprio NELSON tenha tido o conhecimento de tal obra porque ele foi falecer no inicio da decada de 50.

Ao fazer voltar a ascendencia de d. EMILIA a PORTUGAL, o livro nos informa que ela teve ancestrais em VIDOEDO, No bispado do PORTO, em PORTUGAL e em SANTA MARIA DOS OLIVAIS, nas bordas de LISBOA, naturalmente, no mesmo pais.

Os que estudaram em VICOSA e/ou conhecem a regiao, podem identificar os nomes atuais dos locais citados de nascimento dos ancestrais de d. EMILIA. GUARAPIRANGA eh a mesma PIRANGA. SAO CAETANO DO XOPOTO (O Ibrahim nasceu la heim!) eh a mesma CIPOTAMIA. Freguesia de SAO JOSE DO BARROSO equivale a RIO BRANCO. E CAPELA DE SANTA RITA eh a vulgo VICOSA.

Para quem quiser navegar no sitio, depois de entrar no endereco acima, eh so clicar na palavra INDICE, no rodape da pagina. No menu sao encontradas varias familias. Muitas das quais devem ter sido as primeiras familias europeias a render descendencia no Estado de Minas Gerais.

Farei um pequeno resumo do que encontrei e acrescentei aa nossa ARVORE GENEALOGICA no www.geneaminas.com.br:

Emilia Gentil Horta Gomes Candido – Nelson Coelho de Senna
Cel Antonio Gentil Gomes Candido – d. Francisca Elisa Horta
Dr. Antonio Gomes Candido (15.07.1802, Piranga + 18.03. 1850, RJ) – d. Maria Angelica Pereira Carvalho
Cap. Antonio Gomes Candido (Barra Longa) – d. Ana Rosa Umbelina (Cipotamia) c. 14.02.1800
alferes Francisco Gomes Candido – d. Rosa Maria de Orens
Antonio Gomes Candido (Santa Maria dos Olivais, Port. + – 1725) – Andreza Maria (idem)

d. Rosa Maria de Orens era filha de:
Manuel Gomes Ferreira (Furquim, bispado de Mariana) – d. Luisa da Silva Orens

d. Ana Rosa Umbelina era filha de:
Antonio Marques da Silvao (Vidoedo, O Porto, Portugal) – d. Maria Teresa da Conceicao (Santo Antonio da Casa Branca – Vila Rica).

Eu me interessei, alem do fato de encontrar parte da familia do prof NELSON, pela presenca do MAGALHAES, que eh o titulo XIII naquela obra. O conego TRINDADE supervaloriza as descricoes dele afirmando que aqueles primeiros ancestrais seriam os progenitores de todos os alcunhados com a assinatura deles na regiao. Provavelmente uma gafe comum aos antigos genealogistas ja que, frequentemente, essa afirmativa nao eh comprovada na pratica.

Haja vista a nossa area no entorno de GUANHAES. O nome MAGALHAES mais usado eh aquele herdado de nossa tetravo: GENOVEVA (VITA) DE MAGALHAES. Ela mais o futuro e passado pe. POLICARPO BARBALHO tanto deram origem aos MAGALHAES BARBALHO quanto a outros diversos ramos que adotaram apenas o MAGALHAES. Curiosamente, grande parte da populacao, igual a nos mesmos, descendemos simultaneamente do alferes de milicia JOSE COELHO DE MAGALHAES. Contudo a descendencia dele perpetuou apenas o COELHO por este lado. Nao sei dizer ainda se o MAGALHAES que herdamos, da vovo VITA, eh o mesmo daqueles que habitaram a regiao do CARMO.

Quanto a isso, ha uma pequena possibilidade. Isso porque sabemos que ela, segundo as tradicoes que nos foram contadas, nasceu em MARIANA. Pode nao ser mas o mais certo eh que tenha sido na regiao. O conego TRINDADE da como patriarca unico dos MAGALHAES, de la, um certo BERNARDO MAGALHAES. Porem ele so explora a descendencia do alferes JOAO SEVERIANO MAGALHAES que eh filho daquele. Neste caso, pelas datas, porque o segundo filho: Pe. BERNARDO JOSE MAGALHAES, foi ordenado em 1812, a avo Genoveva teria que estar na relacao de netas, o que nao esta. Porem o filho mais velho eh o MANUEL BERNARDO MAGALHAES. Mas nao ha dados de acompanhamento genealogico da descendencia, se a teve, dele no livro. Tambem nao eh dito que ele nao tenha deixado descendencia. Dai a possibilidade.

O meu calculo de datas eh este. O trisavo FRANCISCO MARCAL DE MAGALHAES BARBALHO nasceu em 1824. Tinha o tetravo JOSE e o Pe. EMIDIO, como irmaos mais velhos. Assim, a avo GENOVEVA deve ter comecado a ter filhos por volta de 1820. Por isso, nao deve ter nascido depois de 1804. Por outro lado, para o MANUEL BERNARDO MAGALHAES ser pai dela, ela tambem nao deve ter nascido muito antes disso. Se essa coneccao for verdadeira, entao, os nossos MAGALHAES de assinatura serao os mesmos da regiao do CARMO.

Neste mesmo sitio, encontrei no titulo GOMES apenas, sem o CANDIDO, que abrange o sobrenome HORTA e o PINHEIRO. Estes sao sobrenomes que agora sao encontrados na descendencia COELHO tambem. Porem, como nao tenho o acompanhamento de ancestrais das pessoas que portam os sobrenomes em nossa familia seria bom que os proprios investigassem se la encontram ancestrais deles.

Tai CARLUCIO da tia MARIA HELENA! A respeito de a sua SIMONE ser MAGALHAES. Talvez os ancestrais dela estejam incluidos naquela descendencia. Se descenderem do alferes JOAO SEVERIANO MAGALHAES, ate o pai dela deve estar na lista. Boa pesquisa.

Como ultima informacao util que ja encontrei no livro, ele informa que a AMANDA DE BARROS PINHEIRO, esposa do CAIO NELSON, filho do prof. NELSON COELHO DE SENNA, era filha do ex-governador JOAO PINHEIRO DA SILVA.

Resolvi procurar a genealogia do ex-governador e encontrei um vacuo nesse sentido, pelo menos na net. Depois de algum procurar, encontrei a pagina: http://www.cbg.org.br/galeria_demerval_pimenta.html. Este eh o sitio oficial do COLEGIO BRASILEIRO DE GENEALOGIA. La estava uma biografia do nosso aparentado, o prof. DEMERVAL JOSE PIMENTA. No finalzinho dela eh dito que foi casado com LUCIA PINHEIRO, tambem filha do ex-governador. Alem dos nomes dos dez filhos do casal, tambem revela o nome acima citado da esposa do governador JOAO PINHEIRO.

Apos ter elaborado e enviado essa carta a toda a familia, descobri que eu estava enganado quanto a alguns fatos. Em primeiro lugar, no que diz respeito ao vazio de informacoes genealogicas do governador JOAO PINHEIRO. Existe sim muita coisa a respeito, porem, nem todas sao abertas pelo meu computador fraquinho. Outras coisas dependem de como procurar. Encontrei muitas informacoes no sitio: http://www.israelpinheiro.org.br/projetos/arvore.ArvoreGene.htm. Trata-se do sitio da Fundacao Israel Pinheiro que, alem de filho, tambem eh ex-governador de Minas Gerais. Nessa pagina acessa-se, alem de um breve parecer genealogico do Giuseppe Pignatari, um mapinha com a descendencia do ex-governador. Clicando sobre os nomes dos filhos abre-se as paginas de cada familia. Na pagina da d. AMANDA, esposa do CAIO NELSON DE SENNA encontrei pouco mais do que ja tinhamos no livro da IVANIA.

Torna-se importante salientar que nao havera ligacao alguma com a familia PINHEIRO encontrada no livro: GENEALOGIA DA ZONA DO CARMO, do conego R. TRINDADE e o PINHEIRO dos ex-governadores. Isso porque o PINHEIRO deles vem do pai do JOAO, GIUSEPPE PIGNATARO. Era um imigrante italiano que seguindo um habito comum entre os imigrantes aa epoca resolveu aportuguesar o nome, passando a chamar-se JOSE PINHEIRO DA SILVA, que se casou com a paulista CAROLINA AUGUSTA DE MORAIS e mudaram-se para o SERRO. Eh provavel que no MORAIS exista alguma ligacao da familia com a do CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE. O nome na familia do poeta tambem vem da PROVINCIA DE SAO PAULO.

No SERRO nasceu o JOAO PINHEIRO. Uma parte interessante para nos da familia COELHO eh que, apos o “desaparecimento” do marido, que deve ter ocorrido nos anos 1.870, d. CAROLINA perambulou com a familia por OURO PRETO e GUANHAES antes de estabelecer-se em CAETE. A principio, interessa-nos essa passagem por GUANHAES. Nao encontrei nada concreto a respeito dos muitos irmaos do JOAO PINHEIRO. Exceto do irmao JOSE que se tornou padre. Portanto ficou ai aberta a possibilidade de alguns PINHEIRO em nossa regiao serem descendentes deles e, talvez, nem saibam disso.

Isso se explica pelo fato de a familia ter vivido na pobreza. O proprio JOAO ascendeu na vida gracas aa ajuda de bons filantropos e do proprio irmao padre. Ele, porem, envolveu-se na vida politica optando pela defesa do republicanismo quando o BRASIL ainda era MONARQUIA. Apos a PROCLAMACAO DA REPUBLICA ele teve uma vida de destaque por um periodo relativamente curto. Foi eleito deputado, chegou a senador e antes de concluir o mandato ja estava eleito PRESIDENTE DO ESTADO DE MINAS GERAIS em 1906. (Aa epoca, o titulo era presidente de estado e nao governador). Faleceu em 1908, antes da conclusao do mandado. Provavelmente, com a familia cheia de criancas, a viuva deve ter passado por dificuldades e alguns elos familiares podem ter se perdido. O ressurgimento somente se deu depois dos anos 60, com a CONSTRUCAO DE BRASILIA, onde o filho, ISRAEL PINHEIRO foi um dos construtores. Isso lhe abriu o caminho para a popularidade e a indicacao ao governo do ESTADO DE MINAS GERAIS.

Eh possivel que os parentes mais velhos tivessem apenas uma vaga ideia de que o ISRAEL era sobrinho dos avos ou bisavos deles. Comparando-se com a nossa familia, o JOAO PINHEIRO tem mais ou menos a mesma idade dos nossos bisavos. O ISRAEL tinha a dos nosso avos. Quando eu era crianca nos anos 1970, mal sabia os nomes dos meus bisavos, nao fosse pelo carater humano do qual eram possuidos e dos seroes em familia, nem essa ideia eu teria. Quanto mais os nomes dos irmaos deles. Nao fosse por eu estudar a nossa GENEALOGIA, tudo o que sei hoje estaria perdido para mim. Fato semelhante acontece conosco, descendentes da DINDINHA, ERCILA COELHO DE ANDRADE, por sabermos que temos um certo parentesco com o CARLOS DRUMMOND, mas, por falta dos documentos, nao o sabemos por quais caminhos. Apesar de termos um numero muito grande de pessoas interessadas pelo assunto, desde os tempos de nossos bisavos.

O site da FUNDACAO ISRAEL PINHEIRO deve trazer a genealogia quase o mais completa possivel da familia. Eu verifiquei na pagina indicada acima a parte do GIUSEPPE PIGNATARO (quando a gente le Pinhataro, de acordo com a pronuncia italiana, eh que percebe melhor a relacao entre o nome e a traducao) que volta aos anos 1.600, na Italia. Tambem acessei outra pagina que mostra a descendencia do JOAO PINHEIRO FILHO. Mas nao quiz aprofundar alem disso. Tenho outra coisa maquinando na cabeca agora.

Agora aqui faco uma observacao que faz cruzamento com suspeitas que ja mencionei anteriormente a respeito do prof. DERMERVAL JOSE PIMENTA. Como intelectual ele tambem deve ter sido um pouco distraido. Varias vezes eu disse que tinha duvidas quanto aa nossa hexavo, MARIA RODRIGUES, (esposa do luzo-italiano GIUSEPPE NICATIGI (ou NICATSI) DA ROCHA e pais da EUGENIA RODRIGUES ROCHA, esposa do primeiro JOSE COELHO DE MAGALHAES) assinar DE MAGALHAES BARBALHO como ele deixou escrito no livro dele, A MATA DO PECANHA, SUA GENTE E SUA HISTORIA. Eh que, na biografia dele, no sitio mencionado acima, do COLEGIO BRASILEIRO DE GENEALOGIA, eh citado o nome HELENA DE BARROS PIMENTA. E ele era genro!… Na genealogia no sitio da FUNDACAO ISRAEL PINHEIRO, que era filho, esta HELENA DE BARROS LEITE.

Eu havia ate chegado a pensar que ja houvesse algum parentesco entre o prof. DEMERVAL e d. HELENA. Dai um bom motivo para que ele depois viesse a se casar com a LUCIA PINHEIRO. De qualquer forma, os casamentos na familia sao perfeitamente associaveis. Alem de compartilharem ideais, eram conterraneos do SERRO o ex-governador JOAO PINHEIRO e o deputado NELSON COELHO DE SENNA. O prof. DEMERVAL nasceu em SAO JOAO EVANGELISTA, que era distrito de PECANHA, que tambem, junto com a regiao, pertencera ao SERRO. Parece-me que este ultimo eh nosso aparentado pela ascendencia no ANTONIO BORGES MONTEIRO, o portugues que radicou-se no SERRO, foi pai do BORGINHA (ANTONIO JR., um dos fundadores de SABINOPOLIS) que foi o avo da MARIA MARCOLINA BORGES DO AMARAL, a esposa do trisavo ANTONIO RODRIGUES COELHO.

Curioso aqui eh que as mencoes que o papai havia feito a ele e ao ALUISIO PIMENTA haviam levado-me a crer que fossem irmaos. O ALUISIO foi ex-reitor da UFMG, candidato a governador do ESTADO DE MINAS, pelo PL e outras cositas mas. (Teve como vice na chapa o ZE DO NATAN. Numa chapa quase sangue-puro por um ser de SAO JOAO EVANGELISTA e, respectivamente, o outro do CORRENTINHO). Tinha uma certa intimidade com o papai. (Mas o papai dizia ter preferencia pelo DEMERVAL). Devem ter sido contemporaneos na UFMG quando o papai fez ODONTOLOGIA e o ALUISIO, FARMACIA. Ou talvez no ginasial em PECANHA. O papai eh da turma de 1947 na UFMG. O curso parece ate ter sido criado para ele que se chamava ODON, mas ele foi um eterno decepcionado por o vovo nao ter lhe dado medicina. Ja, pela idade, o prof. DEMERVAL pode ter sido professor dos dois e, possivelmente, tio ou primo do outro PIMENTA.

Por fim, para completar a vasculhada na pagina 16 do livro da IVANIA, mandei o GOOGLE buscar o nome RONAN RODRIGUES BORGES. Este foi o marido da MARIA EMILIA, a quarta dos filhos do prof. NELSON COELHO DE SENNA. Imediatamente deram-me a resposta do sitio: http://www.angelfire.com/biz2/castilho/familia.html. La esta escrito isso a respeito dele: “A sua geração encontra-se descrita em a “Genealogia Mineira”, da autoria de Hildebrando de Araújo Pontes, números 1-2, 2-7 e 3-7; e também no número 1-4, acima citado -, era casado em 2as. núpcias, com Maria Emília de Sena Borges, da família Sena. Ele e seu cunhado, Nelson de Sena, assinaram com outros proeminentes políticos mineiros da época, o memorável Manifesto dos Mineiros, de 24 de outubro de 1943; manifesto esse, que foi de grande importância para a derrubada da ditadura Vargas e que representa até hoje, o mais genuíno pensamento político de nosso Estado”

O sitio acima citado faz largos elogios aos portadores da alcunha BORGES. E que me pareceu estar centrado nessa familia, na regiao de UBERABA. Nos, que temos como ancestral a ANTONIO BORGES MONTEIRO e os ancestrais dele no CONCELHO (cidade) DA SEIA, do DISTRITO (estado) DA GUARDA, em PORTUGAL, talvez os tenhamos por parentes mais proximos do que jamais possamos imaginar. Mas nao sei se animarei analisar todo o texto a procura desse vinculo! Nao me parece ser possivel estabelecer tal vinculo por esse caminho por enquanto porque a genealogia deles ja comeca em MINAS GERAIS, no entorno de OURO PRETO e o nosso BORGES vem direto de PORTUGAL para o SERRO, na mesma segunda metade do seculo XVIII.

Numa pequena analise mais detalhada, constatei que, a parte que nos toca, a metade da familia descende de d. MARIA ANTONIA DO ESPIRITO SANTO. Pelos meus calculos, ela eh de idade semelhante aa nossa tetravo, LUIZA MARIA DO ESPIRITO SANTO. Mas o sitio nao indica ancestralidade alguma da d. MARIA ANTONIA. Eles contam que o patriarca deles, cap. FRANCISCO RODRIGUES DA CUNHA MATTOS, viveu na regiao de MARIANA antes de mudar-se para UBERABA. Acredito que o caminho que tenha percorrido de um lugar a outro tenha sido a ESTRADA REAL que passa, obrigatoriamente, por CONCEICAO DO MATO DENTRO, onde os ancestrais ANTONIO JOSE MONIZ e MANUELA DO ESPIRITO SANTO teriam criado a familia. Dai a boa possibilidade de sermos uma mesma familia.

Coincidencia! Eles apenas citam que a primeira esposa do capitao FRANCISCO RODRIGUES DA CUNHA MATTOS assinava o sobrenome ALVIM. Talvez seja parente proxima da SYLVIA AMELIA ALVIM DE MELLO FRANCO, esposa do MUCIO EMILIO DE SENNA, filho do citado prof. NELSON COELHO DE SENNA. Os ALVIM DE MELLO FRANCO procedem de PARACATU DO PRINCIPE. Na boca da “FARINHA PODRE”. Este nome era o apelido antigamente do TRIANGULO MINEIRO.

                             Pe. EMYGIDO (EMIDIO) DE MAGALHAES BARBALHO
     Vou repetir um pouco da Historia da Familia de Magalhaes Barbalho. Nunca me canso e acho importante para os que nao conhecem facam uma ideia do todo.
     Nasceu, por volta de 1800, Policarpo Barbalho, no Nordeste brasileiro. Nao sabemos nada a respeito da vida pregressa dele, mas as tradicoes dizem que ele veio ou do Ceara ou do Rio Grande do Norte.
     Policarpo ainda jovem, acredito, seguiu para Mariana, Minas Gerais, para cursar o seminario e ordenar-se padre. Porem, naquela cidade apaixonou-se por Genoveva (Vita) Magalhaes. Largou o seminario e se casaram.
     Deles nasceu o primeiro filho Emygdio ou Emidio de Magalhaes Barbalho. A ele se seguiram os nascimentos de Jose, Francisco Marcal, Lucinda e Manoel. Todos de Magalhaes Barbalho.
     Nao se sabe onde nasceram mas sabe-se que os tetravos Policarpo/Genoveva mudaram-se para Itabira. O Emygdio acabou seguindo o dom do pai e ingressou no seminario. Eu presumo que seja o de Mariana que deve ter sido o unico na epoca. Nao temos a data de nascimento dele mas o provavel eh que seja em torno de 1.820. Parece-me que o Seminario do Caraca so comecou por volta de 1.847, dai nao haveria tempo habil para o pe. Emygdio ter estudado la.
     Assim que ordenou, acredito eu que por volta de 1.843, estou chutando, o que me faz chegar a essa conclusao eh a tradicao que temos a seguir que diz que ele foi para Sao Miguel e Almas, atual Guanhaes. La ele conseguiu extrair um pouco de ouro, provavelmente, na Fazenda da Lavrinha.
     Com o ouro no bolso ele ajudou ao irmao Francisco Marcal a sair de Itabira para Sao Miguel tambem. Ai o bonitao encontrou a sua cara metade que foi nada mais nada menos que a trisavo Eugenia Maria da Cruz, uma das filhas de um dos casais fundadores da freguesia, ou seja, os tetravos: Capitao Jose Coelho de Magalhaes e Luiza Maria do Espirito Santo.
     Ai comecamos a ver a influencia do pe. Emygdio na sociedade local. Logico, o primeiro nascimento na casa do casal Francisco Marcal/Eugenia so poderia mesmo chamar-se Emygdia (Emidia). Ate ai estava tudo explicado.
     Mas sao quatro os filhos do capitao Jose e da tetravo Luiza que se tornaram grandes matripatriarcas na area de Guanhaes, particularmente em Virginopolis.
     A mais velha dos 4 foi a tia Francisca Eufrasia de Assis Coelho que casou com o ten. Joaquim Nunes Coelho, que aparecem entre os primeiros moradores de Patrocinio de Guanhaes, a atual Virginopolis. O nome do quarto filho deles, que deve ser nao mais que 1 ou 2 anos mais velho que a tia Emygdia foi o Emygdio Nunes Coelho.
     O segundo mais velho dos 4 foi o ten. Joao Baptista Coelho que se casou com a Maria Honoria Nunes Coelho e formaram outro casal fundador de Virginopolis. Nome da setima filha do casal: Emygdia Honoria Coelho.
     Por fim, o filho mais novo foi o trisavo Antonio Rodrigues Coelho que se casou com a avo Maria Marcolina Borges do Amaral. Este nao fez homenagem ao padre com a esposa com quem teve 15 filhos. E acredito que a razao seja essa, ele ja era pai da tia Emygdia Justiniana de Aguiar, filha que teve fora do casamento com Getulia Justiniana de Aguiar.
     Por mal dos pecados, a avo Maria Marcolina teve que “tolerar” a oitava filha, Luiza Marcolina Coelho, se casando com o tio Emygdio Ferreira da Silva. O sobrenome Ferreira aparece entre os fundadores de Guanhaes na pessoa de Francisco de Souza Ferreira. Dai, o mais certo eh que o tio Emygdio tenha recebido o nome, em 1861, em homenagem ao padre.
     Porem, a bondade do padre Emygdio nao se limitou nisso. Em Itabira, o irmao dele, Jose de Magalhaes Barbalho havia tido uma filha cujo nome foi Sinh’Anna. Ela era filha de uma afro-brasileira que, infelizmente, nao sabemos nome ou dado qualquer outro dela.
     Esta Sinh’Anna deveria ser “fogo na roupa” ou foi violentada. A coisa nao era falada muito abertamente antigamente. Certo eh que ela ficou gravida. Existem duas teorias. Uma diz que o fascinora foi um musico de um circo do Rio de Janeiro que passara por Itabira. Outra eh a de que teria sido um homem casado, da alta sociedade itabirana.
     Muda a teoria mas nao o resultado. Tio Joaozinho nasceu em 15.10.1862. Contudo, sob a guarda dos tios dele, pe. Emygdio e Francisco Marcal. Mais tarde, o tio Joaozinho casou-se com a Sa Candinha, que era uma das filhas do casal Francisco Marcal/Eugenia Maria da Cruz. E como nao poderia faltar, a homenagem ao padre veio na figura da terceira filha, Emygdia Magalhaes. Esta eh irma da minha avo materna, Davina. Tinha o apelido de Miluca e casou-se com o tio-bisavo paterno Evencio.
     Dai para a frente, as Emidias e Emidios se multiplicaram. Mas a certeza eh a de que foi do pe Emygdio que sairam as homenagens dos nomes. A certeza se ascenta na verdade de que, nao temos entre nossos ancestrais conhecidos nenhum que se chamasse Emygdio (a) e o nome comeca a surgir exatamente no tempo em que o padre virou padre.
     O pe. Emydio tinha uma frase que repetia aos interlocutores. Ele dizia: “Eu sou padre. Meu pai eh padre. Eu nao sou filho de padre. E sou padre mais velho que meu pai.” O fato eh esse. O velho Policarpo, apos ficar viuvo, retornou ao seminario e ordenou-se padre. Portanto, tem que ter-se ordenado, no minimo, depois de 1.843. Terminou os dias e o sacerdocio dele no Inficcinado, atual Santa Rita Durao, distrito de Mariana. Nada sabemos a respeito de datas ou locais da ordenacao e sepultamento dele.
     O que levou-me a fazer essa homenagem nossos parentes padres eh isso. Um eh bisavo do bispo D. Manoel Nunes Coelho e o outro eh tio-avo. Isso, sem contar mais de uma duzia de religiosos na familia Coelho e Magalhaes Barbalho. Porem, estou tendo alguma dificuldade de encontrar qualquer dado genealogico deles. Parece que a Igreja aa qual serviram adormeceu no ponto.
     Acredito eu, que esta falhando em nao divulgar os eventos da vida desses herois, nao apenas aqueles que cito por serem meus parentes, que por sobre os ossos deles foi construida. Uma falha lamentavel que, talvez seja, em parte, por ela, que a distancia entre os fieis e a Igreja tenha aumentado tanto ultimamente.
     Como nao estou conseguindo encontrar nada a respeito dos ancestrais tanto do pe. Policarpo Barbalho quanto da vovo Vita Magalhaes resolvi vasculhar para ver se encontro algo do sentido raizes para ramos. Como ha a suspeita de o nosso Barbalho ter vindo do Ceara, vasculhei na Internet o assunto Genealogia Cearense.
     Encontrei algo no endereco: http://www.angelfire.com/linux/genealogiacearense/index_povoadores.html O titulo do documento eh: OS PRIMEIROS COLONIZADORES PORTUGUESES NO CEARA 1700 – 1800. La encontrei um unico Barbalho que eh um certo Pedro. As unicas informacoes que aparecem a respeito dele eh a de que casou-se em Quixeramobim. A esposa era da familia Pereira da Silva e fixaram residencia em Mombaca.
     Como nao tem dados especificos alem disso e ele mudou-se para o Ceara em ano desconhecido, pode ser que seja desde pai ate tetravo do pe. Policarpo Barbalho, desde que se confirme a hipotese. Nesse caso, ter-se-ia que dar uma voltinha por Mombaca ou a Diocese mais proxima, ou o Arquivo que contenha os documentos de batismo da epoca. Se for encontrado algum Policarpo solto por la, possivelmente sera o nosso ancestral.
     Mas, para melhor termos certeza seria bom encontrarmos o registro de casamento dos ancestrais Policarpo/Genoveva que deveria encontrar-se em Mariana. Ai teriamos os nomes dos pais dos conjuges e, talvez, a mencao dos locais de nascimento. Somente dai eh que podemos pensar em ampliar os nossos conhecimentos dessas nossas raizes.
                              MAIS UMA CELEBRIDADE NA FAMILIA.
     Ha poucos dias, recebi um video da Youtube que a Tate do tio Otacilio Barbalho enviou-me. Tratava-se de uma participacao da Marcela Coelho no seriado da Rede Globo de Televisao, Clandestinos. Ela acrescentou a informacao de que era filha da Rosemai do Fanor.
     Nao foi dificil para mim acionar logo minhas fontes de informacoes para confirmar a informacao e ate amplia-la um pouco. Isso porque a Rosemai eh pessoa que conheci pessoalmente e morou algum tempo em Sardoa, Minas Gerais, onde casou-se com pessoa de familia tradicional local, alem de ter sido professora e diretora da escola de la.
     Como eu me casei em Santa Efigenia de Minas e as duas cidades sao vizinhas as informacoes comecaram logo a vir aos turbilhoes. Minha cunhada foi aluna da Rosemai e so tem elogios para ela como professora. A prima pelo lado paterno das meninas dela nao somente eh muito amiga de minha esposa e da cunhada, mora aqui na cidade de Framingham tambem. Dai pude completar a ficha.
     A Marcela e a Priscila sao filhas da Rosemai com o ex-prefeito de Sardoa, Francisco Lino (nao sei dizer se tem outro sobrenome), mais conhecido como Chico do Correio. Eles nao sao mais casados.
     Para completar, so mesmo mostrar por quais caminhos os nossos graus mais intimos de parentesco se dao. Nao vou explicar tudo porque, senao, nao cabe. Vou colocar a partir da Rosemai para as raizes.
     Rosemai Coelho Gloria eh filha de
     Fanor de Campos Gloria – Luci Lucio Coelho eh filha de
     Antonio Lucio de Oliveira – Cira Coelho eh filha de
     Simao Baptista Coelho – Maria Carmelita Coelho do Amaral eh filha de
     Maria Marcolina Borges do Amaral – Antonio Rodrigues Coelho eh filho de
     Cap. Jose Coelho de Magalhaes ou da Rocha – Luiza Maria do Espirito Santo
      A partir do tio Simao, temos que ele eh filho de
      Quiteria (Titi) Rosa do Amaral – Joao Baptista Coelho Jr eh filho de
      Maria Honoria Nunes Coelho – Joao Baptista Coelho eh filho de
      Cap. Jose Coelho de Magalhaes ou da Rocha – Luiza Maria do Espirito Santo.
     A prima paterna da Marcela e da Priscila tambem informou-me que a segunda segue a carreira de modelo. Parece que a Marcela esta trabalhando tambem na peca de teatro, Tudo Bem Quando Termina Bem.
     Encontrei alguma dificuldade de entrar nos enderecos que a Tate enviou-me, no Youtube. Mas basta procurar pelo nome dela ou Clandestinos. Parece que alguma coisa ja foi retirado de circulacao.